Évora local n.º 71

12
évora local Deliberações da C.M. de Évora TEATRO Garcia de Resende pág.05 pág.07 pág.09 Câmara Municipal de Évora / Director: José Ernesto D’Oliveira // Semanário, 10 Novembro de 2011 Sabia que...A Igreja do salvador acolheu cerimónias litúrgicas até 1911? 71 Numa parceria entre a Universidade de Évora e a Câmara Municipal II Workshop em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural A Vereadora da Câmara Municipal de Évora, Cláudia Sousa Pereira, participou na abertura do II Workshop em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural que decorreu nos dias 3 e 4 de Novembro, no Colégio Espírito Santo (Universidade de Évora). Intitulado “Os Espaços de Memória e as Memórias dos Espaços”, este workshop foi organizado pelo Mestrado em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural da Escola de Ciências Sociais – Departamento de História da Universidade de Évora e pelo Departamento de Centro Histórico Património e Cultura da Câmara Municipal de Évora.

Upload: dcre-cmevora

Post on 29-Mar-2016

229 views

Category:

Documents


6 download

DESCRIPTION

Évora Local n.º 71

TRANSCRIPT

Page 1: Évora Local n.º 71

évora local

Deliberaçõesda C.M. de Évora

TEATROGarcia de Resende

pág.05 pág.07 pág.09

Câmara Municipal de Évora / Director: José Ernesto D’Oliveira // Semanário, 10 Novembro de 2011

Sabia que...A Igreja do salvador acolheu cerimónias litúrgicas até 1911?

71

Numa parceria entre a Universidade de Évora e a Câmara Municipal II Workshop em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural

A Vereadora da Câmara Municipal de Évora, Cláudia Sousa Pereira, participou na abertura do II Workshop em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural que decorreu nos dias 3 e 4 de Novembro, no Colégio Espírito Santo (Universidade de Évora).

Intitulado “Os Espaços de Memória e as Memórias dos Espaços”, este workshop foi organizado pelo Mestrado em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural da Escola de Ciências Sociais – Departamento de História da Universidade de Évora e pelo Departamento de Centro Histórico Património e Cultura da Câmara Municipal de Évora.

Page 2: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 02

Page 3: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 03

Numa parceria entre a Universidade de Évora e a Câmara Municipal

II Workshop em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural

A Vereadora da Câmara Municipal de Évora, Cláudia Sousa Pereira, participou na abertura do II Workshop em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural que decorreu nos dias 3 e 4 de Novembro, no Colégio Espírito Santo (Universidade de Évora).Intitulado “Os Espaços de Memória e as Memórias dos Espaços”, este workshop foi organizado pelo Mestrado em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural da Escola de Ciências Sociais – Departamento de História da Universidade de Évora e pelo Departamento de Centro Histórico Património e Cultura da Câmara Municipal de Évora.Na sessão de abertura deste evento, que contou com comunicações de diversos especialistas e com temas de interesse significativo na área patrimonial da cidade e da região, tiveram lugar as intervenções do Director da Escola de Ciências Sociais, José Alberto Machado; da Vereadora Cláudia Sousa Pereira; da Directora do DHIS, Antónia Fialho Conde; da Directora do Mestrado em GVPHC, Ana Cardoso de Matos; e da representante da Comissão Organizadora, Francisca Mendes.O Director da Escola de Ciências Sociais, José Alberto Machado, deu as boas vindas aos participantes e destacou a importância deste workshop, frisando, entre outras considerações, que “a memória tem de ser construtora de novos caminhos que passam pela sua revalorização”.A Vereadora Cláudia Sousa Pereira salientou a importância da cooperação entre a Universidade de Évora e a Câmara Municipal, que abrange diversas áreas, entre as quais a do património.Realçou igualmente o significado do encontro entre técnicos do Município, muitos fizeram inclusivamente a sua formação nesta Universidade, e que desenvolvem trabalho prático na área patrimonial, com quem produz Conhecimento, a Universidade, sendo este workshop um primeiro passo mais visível de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido e que vai continuar entre estas duas instituições da cidade, no qual todos ganham, preservando e aumentando a herança que recebemos de outras gerações.

A Directora do Departamento de Historia, Antónia Fialho Conde, deu as boas vindas e sublinhou a aposta na formação que é feita pelo Departamento, designadamente no que concerne às questões do património, sendo este curso dos mais concorridos e dos mais bem sucedidos, provando-o inclusive o número de teses já defendidas.

Falou também da necessidade de criar nos alunos a ideia que existe algo mais para além do campo teórico, sendo este workshop um dos muitos exemplos de iniciativas que o demonstram, fazendo também votos que esta partilha de experiências e saberes possa mesmo inspirar o desenvolvimento das suas teses de mestrado.

A Directora do Mestrado, Ana Cardoso de Matos, centrou a sua intervenção na mais valia que representam estes workshops para os alunos e na parceria de trabalho entre Universidade e Câmara, destacando o facto dos alunos trabalharem na autarquia, transmitindo assim o conhecimento prático, sua vivência e partilha.

Page 4: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 04

Page 5: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 05

Deliberaçõesda Câmara Municipal de Évora

Em reunião pública de 11 de Outubro

Câmara de Évora informada sobre esforços para solucionar a problemática das águas

A Câmara Municipal de Évora, na sua mais recente reunião pública, abordou, entre outros assuntos, a situação do Sistema Multimunicipal de Abastecimento de Água e de Saneamento, tendo o Presidente da autarquia informado da recente reunião que manteve com a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, sobre o problema de relacionamento da autarquia eborense com a empresa Águas do Centro Alentejo.

O Presidente José Ernesto d’ Oliveira indicou ainda que o assunto será agendado para a primeira reunião pública de Câmara a realizar no mês de Novembro, aguardando até lá resposta da Ministra à proposta por si apresentada na reunião de 4 de Outubro.

No período antes da Ordem do Dia, o Vereador António Dieb (PSD) fez ainda referência à necessidade de se concluir a revisão do Regulamento Municipal de Publicidade, iniciada em Janeiro de 2011, de modo a regular a actividade e com isso solucionar questões prementes como a colocação indevida de publicidade na cidade e perda de receitas por falta de adequada regulamentação.

O Presidente informou que a revisão do Regulamento Municipal está a ser elaborada pelo Departamento de Apoio Jurídico e Notariado, reconhecendo ser esta uma matéria com certa complexidade de elaboração, daí a proposta ainda não ter sido apresentada à Câmara.

Foi submetida a deliberação a proposta sobre as orientações estratégicas da Habévora – Gestão Habitacional, EEM para o período de duração do mandato dos presentes órgãos sociais, tendo sido aprovada com três votos favoráveis (PS) e quatro abstenções (CDU e PSD).

De acordo com o artigo 16º da Lei nº 53-F/2006, de 29 de Dezembro, são definidas pela Câmara Municipal orientações estratégicas relativas ao exercício da função accionista, pelo menos, com referência ao período de duração do mandato da administração fixado pelos respectivos estatutos, as quais definem os objectivos a prosseguir tendo em vista a promoção do desenvolvimento local e contemplando a celebração de contratos-programa.

Também nos termos do artigo 23º do mesmo diploma, as empresas encarregadas da promoção do desenvolvimento económico local devem celebrar contratos-programa onde se defina pormenorizadamente o seu objecto e missão, bem como as funções de desenvolvimento local.

Outros assuntos aprovados

A aprovação da minuta de Adenda ao Acordo de Parceiros “Política de Cidades – Redes Urbanas para a Competitividade e Inovação”, da rede Terras do Sol, foi aprovada com seis votos favoráveis (PS e CDU) e uma abstenção (PSD). Uma decisão que vem no seguimento do pedido de reprogramação do Programa Estratégico, submetido ao InAlentejo e já aprovado, que determinou a introdução de alterações nos volumes de financiamento dos projectos transversais.

A ratificação da apresentação da candidatura ao InAlentejo da operação “Iniciativas de Eficiência Energética e de Inovação na iluminação Pública no Município de Évora em Ligação com o Projecto Inovgrid” foi aprovada com seis votos a favor (PS e CDU) e a uma abstenção (PSD). Esta proposta permite à autarquia, através dos fundos comunitários, recuperar dinheiro de uma obra concretizada há um ano atrás e que visou a optimização energética na Ecopista.

Foi aprovada por unanimidade a cedência de lote de terreno no Parque Industrial e Tecnológico de Évora à empresa J.L. Sofio, Lda, com área total de 3.400 m2, para instalação de actividade de comércio por grosso e a retalho de máquinas, ferramentas, acessórios e produtos consumíveis para a indústria, comércio por grosso e a retalho de tintas, drogaria, ferragens e quinquilharias, serviços de assistência técnica e aluguer de máquinas, serviços de apoio à gestão de empresas e particulares, nomeadamente contabilidade e mediação de seguros.

Apoio às Juntas de Freguesia

No período reservado ao público, o Presidente da Junta de Freguesia de Nº Sra. da Tourega entregou de uma subscrição de 10 presidentes de Junta que dá conta da situação difícil que as mesmas atravessam e que esperam ver resolvida até ao final do ano. Na sequência desta entrega, foi agendada pelo Presidente da Câmara uma reunião no próximo dia 20, pelas 18 horas, nos Paços do Concelho, para se aprofundar a reflexão conjunta desta temática.

O Presidente da Junta de Freguesia de Nª Sra. de Machede efectuou a entrega de um abaixo-assinado sobre a evolução da obra do IP2 e a necessidade do projecto ter em conta os interesses da população. O Presidente da Câmara Municipal comprometeu-se, no apoio da posição da população, a fazer chegar este documento à empresa Estradas de Portugal, comparecendo também numa reunião com técnicos ligados ao projecto que terá lugar na próxima segunda-feira, pelas 11 horas, nos Paços do Concelho de Évora.

Page 6: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 06

Page 7: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 07

Sabia queA Igreja do salvador acolheu cerimónias litúrgicas até 1911?

Reutilização de igrejas antigas – Igreja do Salvador

A reutilização do património arquitectónico religioso é conhecida em Portugal desde o século XIX, tendo sido durante o século XX que se encetaram acções de adaptação a igrejas, capelas e ermidas. Os espaços de carácter litúrgico e sagrado têm conhecido novas funções que provocam, na maioria dos casos, a perda da sua natureza e identidade arquitectónica e sagrada. A complexidade da reutilização das igrejas antigas reside na conciliação entre a sua natureza, a forma e a função, cujo desconhecimento ou desprezo levam a opções irreversíveis para a recuperação e valorização deste património.Este processo não pode ser encarado como uma simples reutilização de um edifício, pois não se refere apenas ao seu aspecto funcional, mas a um espaço que através da linguagem arquitectónica comunica o mistério, celebra a liturgia e anuncia a presença do Sagrado. No centro histórico da cidade de Évora descobrem-se muitas igrejas que se encontram encerradas ou desafectas do culto por motivos de ordem histórica, por desadequação da organização espacial do espaço sagrado face às reformas litúrgicas, por alteração dos hábitos e ritos devocionais, por perda de tradições religiosas ou simplesmente pela extinção das suas paróquias e comunidades, e que foram perdendo o seu carácter original devido à alteração do seu uso sem que a nova função se comprometa com a anterior.A igreja do Salvador de Évora, e o seu espólio de bens culturais móveis, é um destes exemplos. Está em processo a sua reutilização cultural como uma acção que concorre para a recuperação e fruição deste espaço sagrado e litúrgico. Esta igreja, pertencente ao extinto Convento do Salvador, os seus espaços anexos e a torre sobreviveram às sucessivas ocupações após a extinção das ordens religiosas, em 1886. A função litúrgica da igreja passou a ser garantida pela confraria dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, até 1911. A partir desta data deixou de servir aos cerimoniais litúrgicos com a mesma frequência, passando a capela mortuária. Mas já há alguns anos a esta parte a igreja parece ter-se votado à clausura do antigo convento.O projecto em curso, de reutilização cultural da igreja do Salvador e seus espaços anexos, é a materialização desta reflexão, que consiste na alteração de uma igreja, projectada originalmente em função dos cerimoniais litúrgicos e da vida conventual, para espaço expositivo, a qual por natureza também já o é em si, um espaço museológico pela riqueza do seu património integrado, pelo que em conjunto com bens móveis pode ser fruído e apreciado, testemunhando a História, como revitalizante da memória e instrumento narrativo, dinâmico, social, cultural e espiritual.

A adaptabilidade do espaço sagrado à nova função é um desafio complexo que deve ter em conta a sua natureza e enquadramento original, intervindo sem o negligenciar, sem o adulterar, em favor de qualquer função, mas sim procurando descodificar, capacitar e comunicar o que estes espaços são e representam. A reutilização cultural da igreja do Salvador incide na memória da funcionalidade litúrgica e conventual, na integração expositiva de todos os elementos decorativos, na disposição das peças no seu “ambiente natural”, na reposição de acessibilidades e percursos originais, recorrendo a uma intervenção cenográfica da vivência litúrgica, devocional e conventual conforme a época e a comunidade de origem.A reutilização cultural é uma medida de reabilitação para dar nova vida às igrejas antigas desafectas do culto no centro da cidade. Este processo poderá inverter a tendência de vermos igrejas degradadas e encerradas no centro da cidade. Não podendo ser usufruídas para o fim para o qual foram criadas, a função litúrgica, a sua reutilização deverá sempre atender à natureza sagrada que se materializa na arquitectura e à sua função original de forma que possibilite o usufruto do património religioso na plenitude do seu sentido e na verdade da sua contemplação.

Estela Safara Cameirão, Arq. Coordenadora do GAPAECâmara Municipal de ÉvoraDivisão de Assuntos Culturais/Núcleo de Documentação

Page 8: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 08

Page 9: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 03

Câmara de Évora requalificou campo de jogos em duas escolas

A Câmara Municipal de Évora, enquanto responsável pelos edifícios escolares de 1º ciclo, procede a uma vistoria técnica especializada uma vez por trimestre a todos os campos de jogos e equipamentos desportivos existentes no interior das escolas.

Decorrente desta vistoria, foram diagnosticadas duas situações com piso bastante degradado. Perante a situação, a Câmara Municipal procedeu a uma avaliação das ofertas existentes para a remodelação daqueles espaços.

Tendo em conta a relação qualidade/custo, o piso foi substituído por um tipo de relva sintética que permite a prática de diversas actividades, nomeadamente futebol, basquetebol, ginástica, dança, entre outras.

As intervenções abrangem duas escolas da cidade, Chafariz d’El Rei e Vista Alegre, estando já concluído o campo de jogos da EB1 Chafariz d’El Rei.

Page 10: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 10 évoralocal / pág. 10

Page 11: Évora Local n.º 71

évoralocal / pág. 11

Page 12: Évora Local n.º 71