eternidade da vida, a

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1997Editora Bahá’í

Compilado porROLF VON CZÉKUS

Uma Seleção dasSagradas Escrituras e Escritos Bahá’ís

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A ETERNIDADE DA VIDA1ª edição, Abril de 1997

Seleção de textos de livros bahá’íspublicados em inglês e português.

Compilação e tradução:Rolf von Czekus

ISBN 85.320.0026.6

Editor responsável:EDITORA BAHÁ’Í BRASILC. Postal 19813800-000 - Mogi-Mirim, SPFone/Fax: 019-862.2507

Impressão:Abaeté Copiadora e Gráfica Ltda.Rua Taguá, 190/21201508-010 - S. Paulo, SPFone/Fax: (011) 277-6360 / 277-3557

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Apresentação

Um fato inevitável da realidade da vida é que todos osseres humanos um dia, fatalmente, terão de deixar este pla-no de vida, quando a morte, inexorável, tirar o alento de seucorpo físico.

Todos aceitam esse fato, mas quando o ente que partiuera pessoa querida de nossas relações, pai, mãe, filho, filha,o esposo, a esposa ou outros parentes, e mesmo um amigoou pessoa que a gente admirava — o fato passa a ser muitodoloroso, muitas vezes julgado até injusto da parte de Deus.E incompreensível.

Para uma hora dessa, de tristeza, pesar e luto; para quese encontre uma explicação da razão desse passamento tãoprematuro, ou aparentemente injustificável; ou ainda paraque, por amor à Verdade, se conheça a realidade da vida —foi que a Editora Bahá’í do Brasil preparou esta compilação,que intitulou de: A ETERNIDADE DA VIDA.

São textos de Bahá’u’lláh, o fundador da Fé Bahá’í,mensageiro de Deus para os nossos dias e guia infalível davida humana. E textos de ‘Abdu’l-Bahá, o Mestre, filho deBahá’u’lláh, por ele designado como Centro de seu Convê-nio e intérprete autorizado de seus ensinamentos.

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5A Eternidade da Vida

Tratam de vários temas ligados à vida e à morte, àpassagem da pessoa humana por este plano de vida. AETERNIDADE DA VIDA significa que a vida da pessoa, deseu ser real, é eterna. A passagem por este plano físico étransitória, tem um objetivo definido que é preciso conhecerpara melhor nos prepararmos para a continuação da jorna-da... nos infinitos mundos do além.

Editora Bahá’í do Brasil

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+ % ) , - $ .pelos que deixaram este plano

da vida.

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Glória a Ti, ó Senhor, meu Deus! Não rebaixes a cria-tura que exaltaste através do poder da Tua soberania eternanem removas para longe de Ti aquele que fizeste entrar notabernáculo da Tua eternidade. Queres Tu expulsar, ó meuDeus, o ser que amparaste com Tua proteção, e consentesem afastar de Ti, ó meu Desejo, aquele para o qual foste umrefúgio? Podes Tu humilhar a quem elevaste, ou esqueceraquele a quem deste o poder de se lembrar de Ti?

Glorificado, imensamente glorificado és Tu! És Aqueleque sempre foi o Rei da criação inteira e seu Primeiro Impulsor,e haverás de permanecer para sempre o Senhor de todas ascoisas criadas, O que as rege. Glorificado és, ó meu Deus! SeTu deixares de ser misericordioso para com Teus servos, quem,então, haverá de lhes mostrar misericórdia? E se Tu recusaressocorrer Teus bem-amados, quem poderá socorrê-los?

Glorificado, imensuravelmente glorificado és Tu! Ésadorado em Tua verdade, e a Ti nós todos, veramente, ado-ramos; e estás manifesto em Tua justiça, e a Ti nós todosveramente damos testemunho. És, em verdade, amado emTua graça. Não há outro Deus além de Ti, o Amparo noPerigo, O que Subsiste por Si Próprio.

Bahá’u’lláh

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8 A Eternidade da Vida

...Suplico-Te, ó Tu que és a Luz do mundo e o Se-nhor das nações, neste momento exato, quando com asmãos da esperança me seguro à orla das vestes de Tuamercê e bondade — perdoa Teus servos que se elevaramà região da Tua proximidade, dirigindo suas faces aos es-plendores da luz do Teu Semblante, volvendo-se para ohorizonte da Tua aprovação e aproximando-se do oceanoda Tua misericórdia e que, durante toda a sua vida, Teexpressaram louvor e arderam com o fogo do seu amorpor Ti. Ordena-lhes, ó Senhor meu Deus, tanto depoiscomo antes de sua morte, o que seja próprio de Tuasuma bondade e excelsa misericórdia.

Possam os seres que a Ti ascenderam — eu Te peço,ó meu Senhor — recorrer àquele que é o mais sublimeCompanheiro, e abrigar-se à sombra do Tabernáculo daTua majestade e do Santuário da Tua Glória. Do oceanodo Teu perdão, esparge sobre eles, ó meu Senhor, o queos torne dignos de permanecerem, por toda a duração daTua própria soberania, dentro de Teu mais excelso Reinoe Teu Domínio supremo. Potente és Tu para fazer o queTe apraz.

Bahá’u’lláh

Ó meu Deus! Ó Tu que perdoas os pecados! Tu queconcedes dádivas e afastas aflições!

Suplico-Te, verdadeiramente, que perdoes os pecadosdos que abandonaram as vestes físicas e ascenderam aomundo espiritual.

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9A Eternidade da Vida

Ó meu Senhor! Purifica-os das transgressões; as tris-tezas, desvanece-lhes e transforma sua escuridão em luz.Permite que entrem no jardim da felicidade, purifiquem-secom a água mais límpida e, no mais sublime monte, con-templem Teus esplendores.

‘Abdu’l-Bahá

Ó meu Deus! Ó meu Deus! Verdadeiramente, este teuservo, humilde ante a majestade de Tua divina supremacia esubmisso à porta de Tua unicidade, creu em Ti e em Teusversículos e testificou Tua palavra, tendo sido aceso com ofogo de Teu amor, imerso nas profundezas do oceano de Teuconhecimento, e atraído por Tuas brisas. Ele confiou em Ti,volveu a face a Ti, ofereceu a Ti suas súplicas e recebeu acerteza de Teu perdão e indulgência. Ele abandonou estavida mortal e levantou vôo para o reino da imortalidade,anelando pela graça de atingir Tua Presença.

Ó Senhor! Exalta-lhe a posição; abriga-o à sombra dopavilhão de Tua mercê suprema; faze-o adentrar teu gloriosoparaíso e perpetua-lhe a existência em Teu sublime jardimde rosas, a fim de que ele venha a se imergir no oceano daluz, no mundo dos mistérios.

Tu, em verdade, és o Generoso, o Poderoso, O quesempre perdoa, o Dispensador de Graças.

‘Abdu’l-Bahá

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10 A Eternidade da Vida

Ó Senhor! Nesta, a Maior Revelação, Tu aceitas a in-tercessão dos filhos pelos pais. É esta uma das graças espe-ciais, infinitas, desta Revelação. Aceita, pois, ó Tu, SenhorBondoso, o pedido deste Teu servo no limiar de Tua unici-dade e submerge seu pai no oceano de Tua graça, porqueesse filho se levantou para te prestar serviço e, em todos ostempos, se esforça no caminho de Teu amor. Verdadeira-mente, és Quem dá, o Perdoador e o Bondoso!

‘Abdu’l-Bahá

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Excertos das “Palavras Ocultas”de Bahá’u’lláh*

Ó FILHO DO HOMEM!Tu és Meu domínio, e Meu domínio não perece; por que

temes perecer? És Minha luz, e Minha luz jamais se extingui-rá; por que receias extinção? És Minha glória, e Minha glórianão se esvaece; és Minha vestimenta, e Minha vestimenta ja-mais se desgastará. Permanece firme, pois, em teu amor porMim, a fim de Me encontrares no Reino da Glória.

Ó FILHO DO SER!Examina-te a ti mesmo, cada dia, antes de seres instado a

prestar contas, porque a morte, sem prenúncio haverá de tesobrevir e serás chamado a responder por teus atos.

Ó FILHO DO SUPREMO!Fiz da morte a mensageira de teu júbilo. Por que la-

mentas? A luz, Eu a fiz derramar sobre ti o seu esplendor.Por que te ocultas diante deste esplendor?

Ó FILHO DO ESPÍRITO!Com as jubilosas novas da luz, Eu te saúdo; exulta! À

corte da santidade, Eu te chamo; ali permanece, a fim depoderes viver em paz para todo o sempre.

Ó FILHO DO ESPÍRITO!O espírito da santidade traz as boas novas da reunião;

por que lamentas? O espírito do poder te confirma em SuaCausa; por que te ocultas? A luz de Seu Semblante te guia;como te podes desviar?

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13A Eternidade da Vida

Ó FILHO DO MUNDANISMO!Aprazível é o reino da existência, fosses tu atingi-lo;

glorioso o domínio da eternidade, fosses tu passar além domundo mortal; doce é o santo êxtase, se sorvesses do cálicemístico oferecido pelas mãos do Jovem celestial. Pudessestu alcançar esta condição, livrar-te-ias da destruição e damorte, da fadiga e do pecado.

Ó FILHO DO HOMEM!Pondera e reflete. Será teu desejo morrer sobre teu lei-

to, ou derramar teu sangue vital sobre o pó, como Mártir emMeu caminho, tornando-te assim a manifestação de Meumandamento e o revelador de Minha luz no mais alto pa-raíso? Julga bem, ó servo!

Ó FILHO DO ESPÍRITO!Rompe tua gaiola e, assim como o fênix do amor, alça

vôo para o firmamento da santidade. Renuncia a ti mesmoe, prenhe do espírito da misericórdia, habita no reino dasantidade celestial.

Ó DESCENDENTE DO PÓ!Não te contentes com o ócio de um dia passageiro,

privando-te do repouso eterno. Não troques o jardim deinfindável deleite pelo monte de pó que é o mundo mortal.De tua prisão ascende aos gloriosos prados do além e, de tuagaiola mortal, alça teu vôo até o paraíso do Infinito.

* Livro publicado em português, completo, pela Editora Bahá’í do Brasil.

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A alma do homem esua sobrevivência após a morte

E agora a respeito de tua pergunta sobre a alma dohomem e sua sobrevivência após a morte. Sabe tu que, emverdade,

a alma após sua separação do corpo continuará aprogredir até que atinja a presença de Deus, em umacondição e um estado que nem a revolução dos séculose eras, nem os acasos e as vicissitudes deste mundo,poderão alterar.

Durará enquanto durar o Reino de Deus — Sua soberania,Seu domínio e Seu poder. Haverá de manifestar os sinais deDeus e Seus atributos e revelar Sua benevolência e genero-sidade. O movimento de Minha Pena aquieta-se quandotenta descrever, de um modo digno, a sublimidade e a glóriade tão excelsa condição. Tamanha é a honra da qual a Mãoda Misericórdia investirá a alma, que nenhuma língua poderevelá-la adequadamente, nem qualquer outro instrumentoterreno decrevê-la. Bem-aventurada a alma que, na hora desua separação do corpo, estiver santificada das vãs imagina-ções dos povos do mundo. Essa alma vive e atua segundo aVontade de Seu Criador e entra no Paraíso supremo. AsDonzelas do Céu, habitantes das mais elevadas mansões,

“Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh”*

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15A Eternidade da Vida

circundá-la-ão e os Profetas de Deus e Seus eleitos procurarãosua companhia. Com eles essa alma conversará livremente, re-latando-lhes o que teve de sofrer no caminho de Deus, o Senhorde todos os mundos. Se a alguém se disser o que é destinadoa essa alma nos mundos de Deus, Senhor do trono nas alturase do reino terrestre, todo o seu ser arderá instantaneamente emseu anseio por atingir essa condição excelsa, santificada e res-plandecente... A natureza da alma após a morte não pode jamaisser descrita, nem é apropriado ou permissível revelar seu caráterplenamente aos olhos dos Homens. Os profetas e Mensageirosde Deus têm sido enviados com o fim único de guiar a huma-nidade ao Caminho Reto da Verdade. É o intuito fundamental deSua Revelação educar todos os homens para que possam, nahora de sua morte, ascender ao trono do Altíssimo no graumáximo de pureza e santidade e com desprendimento abso-luto. Da luz irradiada por essas almas, dependem o progres-so do mundo e o adiantamento de seus povos. Elas são comofermento que leveda o mundo existente; constituem a forçaanimadora que faz manifestarem-se as artes e maravilhas domundo. Por seu intermédio, as nuvens dispensam suas gra-ças aos homens e a terra produz seus frutos. É mister quetodas as coisas tenham uma causa, uma força motriz, umprincípio animador. Essas almas, símbolos do desprendi-mento, têm provido e continuarão a prover o impulso supre-mo que move o mundo dos seres.

O mundo do além é tão diferente deste mundo como esteo é do mundo da criança, ainda no ventre materno.Quando a alma atinge a presença de Deus, assumirá aforma que melhor convier à sua imortalidade e for dig-na de sua morada celestial.

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16 A Eternidade da Vida

Tal existência é uma existência contingente e não absoluta, desdeque aquela é precedida por uma causa, enquanto esta última éindependente disso. A existência absoluta confina-se estritamen-te a Deus, enaltecida seja Sua glória. Felizes aqueles que apre-endem essa verdade. Fosses tu ponderar em teu coração aconduta dos Profetas de Deus, testificarias segura e prontamenteque deve haver outros mundos, forçosamente, além deste mun-do. A maioria dos verdadeiramente sábios e eruditos, atravésdos tempos, assim como foi anotado pela Pena da Glória naEpístola da Sabedoria, tem atestado a verdade daquilo que asagrada Escritura de Deus revelou. Até os materialistas, em seusescritos, têm dado testemunho da sabedoria desses Mensagei-ros divinamente designados e têm considerado as referênciasque os Profetas fizeram ao Paraíso, ao fogo do inferno, às fu-turas recompensas e punições, como sendo motivadas por umdesejo de educar e elevar as almas dos homens. Considera tu,pois, como a humanidade em geral, quaisquer que sejam suascrenças ou teorias, tem reconhecido a excelência desses Profe-tas de Deus e Lhes admitido a superioridade. Essas Jóias doDesprendimento são aclamadas por alguns como as personifica-ções da sabedoria, enquanto outros crêem que sejam o Porta-Voz do próprio Deus. Como poderiam essas Almas ter consen-tido em se render aos inimigos, se acreditassem serem todos osmundos de Deus reduzidos a esta vida terrena? Teriam Elessofrido voluntariamente tais aflições e tormentos como nenhumhomem jamais experimentou ou testemunhou?

Bahá’u’lláh

* Livro publicado pela Editora Bahá’í do Brasil.

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17A Eternidade da Vida

A natureza da alma

Tu Me perguntaste sobre a natureza da alma. Sabe tu, emverdade, que

a alma é um sinal de Deus, uma jóia celestial cujarealidade os mais eruditos dos homens não conseguiramapreender e cujo mistério mente alguma, por aguçadaque seja, pode esperar jamais desvendar.

Entre todas as coisas criadas, é a primeira a declarar a ex-celência de seu Criador, a primeira a Lhe reconhecer a gló-ria, a aderir à Sua verdade e a primeira a curvar-se emadoração diante d’Ele. Se for fiel a Deus, refletirá a Sua Luze a Ele, afinal regressará. Se, porém, falhar em lealdade aoseu Criador, tornar-se-á vítima do eu e da paixão, em cujasprofundidades, finalmente, mergulhará.

Quem quer que, neste Dia, tenha recusado permitir queas dúvidas e fantasias dos homens o desviem d’Aquele queé a Verdade Eterna - não tendo deixado o tumulto provocadopelas autoridades eclesiásticas e seculares impedí-lo de re-conhecer Sua Mensagem - será considerado por Deus, Se-nhor de todos os homens, como um de Seus poderosos si-nais, e será contado entre aqueles cujos nomes foram inscri-tos pela Pena do Altíssimo em Seu Livro. Bem-aventuradoquem tiver reconhecido a verdadeira estatura dessa alma,que lhe tiver admitido o grau e descoberto as virtudes.

Muito foi escrito nos livros da antigüidade sobre asvárias etapas no desenvolvimento da alma, tais como concu-piscência, irascibilidade, inspiração, benevolência, contenta-mento, beneplácito Divino e coisas semelhantes; a Pena do Al-tíssimo, todavia, não se inclina a estender-se sobre elas. Cada

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18 A Eternidade da Vida

alma que, neste Dia, anda humildemente com seu Deus e n’Elese apoia, se encontrará investida da honra e glória de todos osbons nomes e graus.

Quando o homem está adormecido, não se pode dizer quesua alma tenha sido, de modo algum afetada inerentemente porqualquer objeto externo. Não é suscetível a alteração alguma emseu estado ou caráter original. Qualquer variação em suas fun-ções deve ser atribuída a causas externas. É a essas influênciasexternas que quaisquer variações em seu ambiente, sua compre-ensão e percepção devem ser atribuídas.

Consideremos os olhos humanos. Embora possuam a facul-dade de perceber todas as coisas criadas, o mais leve impedi-mento, no entanto, pode a tal ponto lhes obstruir a visão que ospriva do poder de discernir qualquer objeto. Glorificado seja onome d’Aquele que criou essas causas e lhes é a Causa, Quemordenou que delas dependessem cada modificação e variação nomundo dos seres. Toda coisa criada no universo inteiro é apenasuma porta que conduz a Seu conhecimento, um sinal de Suasoberania, uma revelação de Seus nomes, um símbolo de Suamajestade, um indício de Seu poder, um meio de acesso a SeuCaminho reto...

Em verdade, digo,

a alma humana é, em sua essência, um dos sinais deDeus, um mistério entre Seus mistérios. É um dos pode-rosos sinais do Onipotente, o precursor que proclama arealidade de todos os mundos de Deus.

Dentro dela jaz oculto aquilo que o mundo atual é completa-mente incapaz de apreender. Pondera tu em teu coração a revela-ção da Alma de Deus que se insinua em todas as Suas Leis, e vêcomo contrasta com aquela natureza vil e apetitiva que se rebelou

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19A Eternidade da Vida

contra Ele, que proíbe os homens de se volverem ao Senhor dosNomes e os impele a seguir seus desejos lascivos e maléficos.Essa alma, em verdade, andou longe no caminho do erro...

Tu me perguntaste, além disso, a respeito do estado da almaapós sua separação do corpo. Sabe tu, em verdade, que

a alma do homem, se tiver seguido os caminhos deDeus, voltará, seguramente, e se associará à glória dobem-amado.

Pela retidão de Deus!

haverá de atingir um grau que nenhuma pena nemlíngua pode descrever.

A alma que tiver permanecido fiel à Causa de Deus e semantido inabalavelmente firme em Seu Caminho, haverá depossuir, após sua ascensão, tal poder que todos os mundosque o Onipotente criou podem ser beneficiados por seu in-termédio. Esta alma, a mando do Rei Ideal e do EducadorDivino, provê o levedo puro para fermentar o mundo dosseres, e fornece o poder através do qual as artes e maravi-lhas do mundo se tornam manifestas. Considera como afarinha necessita de levedo para ser fermentada. Aquelasalmas que são os símbolos do desprendimento são o fermen-to do mundo. Medita sobre isto e sê tu dos agradecidos.

Em várias de Nossas Epístolas, referimo-nos a estetema, expondo as diversas etapas no desenvolvimento daalma. Em verdade, digo, a alma humana está elevada acimade toda saída e todo regresso. É imóvel e, no entanto, voa;move-se, porém está quieta. É, em si, um testemunho que provaa existência de um mundo que é contingente, bem como a re-alidade de um mundo que não tem princípio nem fim. Vê como

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20 A Eternidade da Vida

o sonho que tiveste pode, após um intervalo de muitos anos,reapresentar-se diante de teus olhos. Considera como é estra-nho o mistério do mundo que te aparece em teu sonho. Ponderaem teu coração a inescrutável sabedoria de Deus e medita sobresuas múltiplas revelações...

Bahá’u’lláh

A individualidade, personalidade, consciência ecompreensão do homem após a morte física

Tu Me perguntaste se o homem — sem ser os Profetas deDeus e Seus eleitos — há de reter, após a morte físicaexatamente a mesma individualidade, personalidade, cons-ciência e compreensão que lhe caracterizam a vida nestemundo. Se for o caso — tu observaste — visto que uma ligeiralesão às faculdades mentais, causada, por exemplo, por umdesmaio ou uma doença grave, priva o homem de sua compreen-são e consciência, como é que a morte, a qual deve envolver adesintegração de seu corpo e a dissolução dos elementoscomponentes, é incapaz de lhe destruir essa compreensão eextinguir essa consciência? Como pode alguém imaginar quea consciência e a personalidade do homem possam ser mantidasquando os próprios instrumentos necessários à sua existênciae ao seu funcionamento já foram completamente decompostos?

Sabe tu que a alma do homem está elevada acima detodas as enfermidades do corpo ou da mente e in-dependente delas.

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21A Eternidade da Vida

O fato de uma pessoa enferma mostrar sinais de fraqueza é devidoaos empecilhos que se interpõem entre sua alma e seu corpo, poisa própria alma fica isenta de qualquer mal do corpo. Considera aluz da lâmpada. Embora um objeto externo possa interferir com suairradiação, a própria luz continua a brilhar sem diminuição deintensidade. Semelhantemente, cada enfermidade que aflige ocorpo do homem é um obstáculo que impede a alma de manifestarseu poder e força inerentes.

Ao deixar o corpo, entretanto, ela mostrará tal as-cendência e revelará tamanha influência, que forçaalguma na terra pode igualar. Cada alma pura,evoluída e santa será dotada de tremendo poder ecom júbilo extremo se regozijará.

Consideremos a lâmpada que se oculta debaixo de umalqueire. Embora sua luz resplandeça, sua irradiação, noentanto, se esconde dos homens. Do mesmo modo, conside-remos o sol que está obscurecido pelas nuvens.

Observemos como seu esplendor parece haver diminuí-do, quando, na realidade, a fonte dessa luz permanece inal-terada. A alma do homem deve ser comparada a esse sol, etodas as coisas na terra a seu corpo. Enquanto nenhumobstáculo exterior se interpõe entre eles, o corpo continuaráa refletir a luz da alma em sua plenitude e a ser sustentadopelo seu poder. Logo que um véu se interpõe entre eles,porém, o brilho dessa luz parece diminuir.

Consideremos outra vez o sol quando está completamen-te escondido atrás das nuvens. Embora a terra esteja aindailuminada com sua luz, a medida de luz que ela recebe é, nãoobstante, bem reduzida. Enquanto as nuvens não se tiverem dis-persado, o sol não irradiará outra vez na plenitude de sua glória.

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22 A Eternidade da Vida

Nem a presença da nuvem, nem a sua ausência, pode afetar demodo algum o inerente esplendor do sol.

A alma do homem é o sol pelo qual seu corpo é ilu-minado e do qual deriva seu sustento.

Assim deve ela ser considerada.Vejamos, além disso, como o fruto, antes de se formar, jaz

potencialmente dentro da árvore. Fosse a árvore despedaçada,nenhum sinal ou parte do fruto, por menor que fosse, poderiaser percebido. Ao aparecer, porém, como já observaste, mani-festa-se em sua admirável beleza e gloriosa perfeição. Certasfrutas, de fato, atingem seu mais pleno desenvolvimento só de-pois de serem tiradas da árvore.

Bahá’u’lláh

A taça que é a vida

Sabe tu que todo ouvido que ouve, se for conservadopuro e sem corrupção, deve, em todos os tempos e de todas asdireções, escutar a voz que pronuncia estas palavras sagradas:“Verdadeiramente, somos de Deus e a Ele haveremos de re-gressar.” Os mistérios da morte física do homem e de seu re-gresso não foram divulgados e ainda permanecem sem seremlidos. Pela retidão de Deus! Se fossem revelados, causariamtamanho medo e tristeza que alguns pereceriam, enquantooutros se regozijariam a ponto de desejarem a morte e supli-carem com incessante ânsia, ao Deus Uno e Verdadeiro — exal-tada seja Sua glória — que lhes apressasse o fim.

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23A Eternidade da Vida

A morte oferece a todo crente confiante a taça queé a vida, em verdade. Confere júbilo e é portadorade contentamento. Concede a dádiva da vida eterna.

Para aqueles que têm saboreado o fruto da existência ter-rena do homem, o qual é o reconhecimento do Deus Uno eVerdadeiro — exaltada seja Sua glória — a vida no além é talcomo não podemos descrever. Conhecê-la cabe, tão somente,a Deus, o Senhor de todos os mundos.

Bahá’u’lláh

Os mundos de Deus

Quanto à tua pergunta a respeito dos mundos de Deus.Sabe tu, em verdade —

os mundos de Deus são incontáveis, e infinitos em seuâmbito. Ninguém os pode calcular ou compreender, sal-vo Deus, o Onisciente, a Suma Sabedoria.

Considera teu estado enquanto dormes. Verdadeiramente,digo, este fenômeno é o mais misterioso dos sinais de Deusentre os homens — fossem eles sobre isto ponderar em seuscorações. Vê tu como a coisa que presenciaste em teu sonhose realiza plenamente depois de passar algum tempo. Se omundo no qual te encontraste em teu sonho tivesse sido idên-tico ao mundo em que vives, aquilo que sucedeu nesse sonhoteria necessariamente acontecido neste mundo no mesmo mo-mento de sua ocorrência. Fosse assim, tu mesmo haverias dis-so dado testemunho. Assim, não sendo, porém, deve-se deduzirforçosamente que o mundo em que vives é diferente e separado

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24 A Eternidade da Vida

daquele que conheceste em teu sonho. Este não tem começo nemfim. Seria verdade se tu sustentasses estar esse mesmo mundo— segundo decretou o Deus Todo-Poderoso e Onipotente —dentro de teu próprio ser, envolvido dentro de ti. Igualmente seriaverdade afirmar que, havendo teu espírito transcendido as limi-tações do sono e se despojado de todo laço terreno, foi levadopelo ato de Deus, a atravessar um reino que jaz oculto na maisíntima realidade deste mundo. Verdadeiramente, digo,

a criação de Deus abrange mundos além destemundo, e criaturas distintas destas criaturas.

Em cada um desses mundos tem Ele ordenado coisas nas quaisninguém pode penetrar, salvo Ele, O que em tudo penetra, quepossui toda sabedoria. Deves meditar sobre aquilo que te temosrevelado, a fim de poderes descobrir o desígnio de Deus, teuSenhor e o Senhor de todos os mundos. Nestas palavras se têmentesourado os mistérios da Sabedoria Divina...

Bahá’u’lláh

O paraíso

Quanto ao Paraíso: É uma realidade e disso, nenhumadúvida pode haver, e

realiza-se agora, neste mundo, através do amor porMim e Meu beneplácito. Quem a isso atingir, Deusajudará neste mundo inferior e, após a morte, Ele ocapacitará a obter acesso ao Paraíso, cuja vasti-dão é como a dos céus e da terra.

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25A Eternidade da Vida

Ali as Donzelas de glória e santidade lhe atenderão, durante odia e nas horas da noite, enquanto o Sol da infindável beleza deseu Senhor sobre ele irradiará em todos os tempos, e ele reluzirácom tão intenso brilho, que fitá-lo ninguém suportará. Tal é adispensação da Providência, mas o povo, no entanto, se excluipor um véu lastimável. De igual modo, apreende tu a naturezado fogo do inferno e sê dos que realmente crêem. Para cada atorealizado, há de haver uma recompensa, segundo a avaliação deDeus, e disso dão amplo testemunho os próprios preceitos e asproibições que o Todo-Poderoso prescreveu. Pois, certamente,se os atos não fossem recompensados, se nenhum fruto dessem,então a Causa de Deus - excelso é Ele - se provaria fútil. Imen-suravelmente enaltecido é Ele, acima de tais blasfêmias! Paraaqueles, porém, desprendidos de todos os laços, um ato é, narealidade, sua própria recompensa. Fôssemos nos estender sobreeste tema, numerosas Epístolas teriam que ser escritas.

Bahá’u’lláh

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“O encanto mortal há de desvanescer-se; as rosas hãode dar lugar a espinhos, e a beleza e a mocidade viverãoseus dias e não mais serão. O que perdura eternamente,porém, é a Beleza do Verdadeiro, porquanto seu esplendornão perece e sua glória perenemente subsiste; seu encanto éonipotente e seu fascínio, infinito.

Bem-aventurado, pois, o semblante que reflete o esplen-dor da Luz do Bem-Amado; Graças ao Senhor, tu foste ilu-minado por essa Luz, adquiriste a pérola do verdadeiro co-nhecimento e proferiste a Palavra da Verdade.”

‘Abdu’l-Bahá

A imortalidade do espírito

(I)

Os Livros Sagrados falam da imortalidade do espírito:é a base fundamental das religiões divinas. Dizem haver duasespécies de recompensas e punições, as desta vida, e as dooutro mundo.

Em todos os mundos de Deus, seja neste, ou nosmundos celestiais, espirituais, há paraíso e há infer-no. Ganhar as recompensas é ganhar a vida eterna.

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28 A Eternidade da Vida

Por isso Cristo disse que se deveria pelos atos merecer atingira vida eterna, e, nascendo da água e do espírito, entrar noReino do Céu.

As recompensas desta vida são as virtudes e perfei-ções que adornam o homem.

Por exemplo, ele está submerso em trevas e torna-se luminoso;tem pouco conhecimento, e adquire sabedoria; é descuidado, etorna-se vigilante; adormecido, e desperta; morto, e ressuscita; écego, e adquire a visão; surdo, e ganha o poder de ouvir; de ho-mem terreno, transforma-se em homem celestial; de materialista,em homem de espiritualidade. Em virtude de tais recompensas,alcança o nascimento espiritual; faz-se nova criatura. É-lhe aplicá-vel, pois, o versículo do Evangelho que diz, com referência aosdiscípulos: “Não nasceram do sangue, nem da vontade da carne,nem da vontade do varão, mas de Deus”. Equivale a dizer: liberta-ram-se das qualidades animais que caracterizam a natureza huma-na, e adquiriram as divinas, as graças de Deus. É isso que significao segundo nascimento. Para essas almas, não há maior tortura quea de serem excluídas de Deus, nem existe punição mais severa doque a de serem dominadas pelos vícios sensuais e desejos da car-ne, e estigmatizadas por baixezas e indignidades. Quando, graçasà luz da fé, elas se libertam da escuridão de tais vícios, sendoiluminadas pelo esplendor do Sol da Realidade e enobrecidas portodas as virtudes, nisso vêem sua maior recompensa - nisso reco-nhecem o verdadeiro paraíso. Da mesma maneira, elas conside-ram a punição espiritual, isto é, a tortura ou o castigo da existên-cia, como equivalente a estar sujeito ao mundo da natureza, a serprivado de Deus, a ser brutal e ignorante, dominado pela luxúria,absorvido pela fraqueza animal, caracterizado por más tendênci-as, tais como a tirania, a crueldade, a mentira, o apego às coisas

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deste mundo e a sujeição a idéias satânicas. Para essas almas,tudo isso constitui a maior tortura, a mais severa punição.

De modo semelhante,

as recompensas do outro mundo são a vida eternamencionada claramente em todos os Livros Sagra-dos, as perfeições e as graças divinas, e a eternafelicidade; são perfeições e a paz alcançadas no do-mínio espiritual, após se haver deixado este mundo,

assim como as recompensas desta vida são as verdadeiras perfei-ções luminosas obtidas neste mundo e causadoras da vida eterna,pois nelas consiste o próprio progresso da existência. Tal comosucede quando o homem passa do estado embrionário para o damaturidade e assim se torna a manifestação destas palavras:“Abençoado seja Deus, o melhor dos criadores”. As recompen-sas do outro mundo são, pois, a paz, as graças espirituais, as vá-rias dádivas espirituais no Reino de Deus, a realização dos dese-jos da alma e do coração, e o encontro com Deus no mundo daeternidade; justamente como, por outro lado, as punições ou tor-turas do outro mundo consistem em achar-se destituído das espe-ciais bênçãos divinas e graças absolutas, e em degradar-se aosgraus inferiores da existência. Quem se priva destes favores divi-nos, embora continue a existir após sua partida deste mundo, é,no entanto, considerado pelo povo da verdade como sendo ummorto.

Uma prova lógica da imortalidade do espírito é esta:uma coisa inexistente não pode dar sinal de existência; é impos-sível que sinais apareçam da inexistência absoluta, porque sinaissão um resultado, o que depende de uma causa. De um solinexistente não se irradiará luz alguma, bem como, de um marinexistente, nenhuma onda surgirá; jamais cairão chuvas de uma

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nuvem que não existe, nem aparecerão frutos numa árvore ine-xistente; tampouco poderá um homem inexistente manifestar ouproduzir coisa alguma. Enquanto, pois, aparecerem sinais deexistência, estes serão prova de uma existência.

Consideremos: o Reino de Cristo ainda hoje existe; de um reiinexistente, seria possível manifestar-se um reino tão grandioso?Seria possível terem ondas tão altas surgido de um mar que nãoexistia, ou tão deleitável fragrância ter emanado de um jardim ine-xistente? Reflitamos: não resta efeito, vestígio ou influência algumade qualquer outro ser após a dispersão das partes que o compu-nham, uma vez desintegrados seus elementos — sejam estes demineral, vegetal, ou animal. Somente o homem, o espírito humano,persiste, continua a agir e exercer poder ainda depois da desinte-gração do corpo e da dispersão das partículas que o compunham.

Este é um ponto extremamente sutil: considerai-o com aten-ção. Apresentamos uma prova racional, para que os sensatos apossam pesar na balança da razão e da justiça. Se, porém, oespírito humano enlevar-se, se for atraído ao Reino de Deus, seadquirir a visão interior e fortalecer o ouvido espiritual, a tal pontoque os sentimentos espirituais predominem, então verá a imortali-dade do espírito tão claramente como vê o sol, e perceberá a boanova e os sinais de Deus por todos os lados.

Amanhã daremos outras provas.

‘Abdu’l-Bahá

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31A Eternidade da Vida

(II)

Ontem tratamos da imortalidade do espírito.Observamos que tanto o poder de entendimento

como a capacidade de ação do espírito humano são de duascategorias, isto é, o espírito percebe e age de duas maneirasdiferentes: uma, por meio de instrumentos ou órgãos, como,por exemplo, vê com os olhos, ouve com os ouvidos, falacom a língua. Tal é a percepção do homem — do espíritohumano, e tal é seu modo de agir, por meio de órgãos.

É o espírito que vê, sendo os olhos o instrumento;o espírito que ouve, por meio dos ouvidos; o espí-rito que fala, por intermédio da língua.

A outra maneira pela qual o espírito manifesta seus po-deres de perceber e agir não depende dos órgãos. Porexemplo, durante o sono, vê sem precisar de olhos, ouvesem usar os ouvidos, fala sem língua e move-se sem pés.Estas ações não dependem de instrumentos e órgãos.Quantas vezes acontece, durante o sono, o espírito perce-ber um sonho, cujo significado se torna claro uns doisanos depois, ao sucederem os fatos correspondentes. As-sim também, quantas vezes acontece que um problemainsolúvel no estado de vigília é resolvido no mundo dossonhos.

Acordado, o homem enxerga com os olhos apenas umapequena distância, ao passo que, em sonho, pode dooriente ver o ocidente. Acordado, vê o presente, en-quanto dormindo, vê o futuro.

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Acordado, o homem viaja, por meios rápidos, apenas vintefarsakhs* por hora; em sono, num abrir e fechar de olhos, atra-vessa o mundo, de leste a oeste. O espírito, pois, viaja de doismodos: sem meios, sendo esta uma viagem espiritual, e commeios, no caso de uma viagem material, assim como um pássaropode voar ou ser transportado.

Enquanto adormecido, o corpo parece morto: não vê, nemouve; não sente, não tem consciência ou percepção; seus poderesestão inativos. O espírito, entretanto, vive, subsiste; ainda mais, suapenetração é aumentada, seu vôo é de maior alcance, sua inteligên-cia é superior.

Imaginar que o espírito pereça ao morrer o corpo,é como imaginar que o pássaro morra ao quebrar-se-lhe a gaiola. Nada tem o pássaro que recear,porém, com a destruição da gaiola. Nosso corpo éapenas a gaiola, enquanto o espírito é o pássaro.

Vemos que esse pássaro voa no domínio do sono, sem a gaiola;portanto, se esta for quebrada, ele continuará a existir, e seussentimentos serão até mais poderosos, suas percepções maisagudas, e sua felicidade maior. Na verdade, deixará um infernopara entrar num paraíso de delícias, pois para os pássaros gra-tos, não há paraíso maior que se libertar da gaiola. É por issoque os mártires se precipitam na arena do sacrifício com per-feito contentamento e alegria.

Quando o espírito humano age por intermédio do cor-po, seu poder é limitado pela capacidade corporal. Assim,com os olhos, o homem vê até uma certa distância, equivalentea uma hora, mas com a vista interior, com os olhos mentais, vê

* Um farsakh é equivalente a 4 milhas, aproximadamente.

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a América, percebe o que está ali, examina e pode decidirdeterminados assuntos. Fosse o espírito idêntico ao corpo, opoder da vista interior estaria na mesma proporção. Torna-seclaro, pois, que o espírito é diferente do corpo — que o pássaroé diferente da gaiola — e que seu poder aumenta, e sua pene-tração é mais aguda, quando age independentemente do corpo.Ao abandonar um instrumento, o possuidor continua a agir. Umescritor pode quebrar a pena e permanecer vivo e presente.Uma casa pode ser destruída, sem que o dono deixe de viver.Aqui temos uma das evidências lógicas da imortalidade da alma.

Há outra: o corpo pode aumentar ou diminuir de peso, ado-ecer ou recuperar a saúde, fatigar-se ou descansar, perder às ve-zes uma mão ou uma perna, ou sofrer outra mutilação, ficar cego,ou surdo, ou mudo, ou paralítico — numa palavra, está sujeito atodas as imperfeições. O espírito, entretanto, conserva seu estadooriginal, sua própria percepção; é eterno, não pode ser mutilado,nem se tornar defeituoso. Quando o corpo, porém, é completa-mente dominado por alguma doença ou outra aflição, pode ficarprivado das graças do espírito, tal como o espelho, quando sequebra ou se cobre de poeira, e assim não reflete os raios do sol,nem revela suas graças.

Já explicamos que o espírito do homem não existe nocorpo, por ser santificado e não sujeito a entradas nem saí-das — coisas que são puras condições físicas.

A relação entre espírito e corpo é semelhante à do sol como espelho. O espírito mantém-se numa só condição, nãosendo afetado pelas moléstias do corpo, nem pela suasaúde; não adoece, nem enfraquece; não diminui empeso ou em tamanho; não se torna pobre, nem infeliz.

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As enfermidades do corpo não o atingem; ainda que o corpo setorne débil, perca mãos, pés e língua, ou seja privado dos sen-tidos, audição ou vista, nada disso terá efeito algum sobre o es-pírito. É claro, pois, é indiscutível, que o espírito difere do cor-po, e sua duração é independente da duração deste. Na verda-de, o espírito exerce supremo domínio sobre o corpo; sua forçae sua influência tornam-se visíveis nele, semelhantes às graças dosol refletidas no espelho. O espelho, porém, ao cobrir-se de pó,ou quebrar-se, deixa de refletir os raios do sol.

‘Abdu’l-Bahá

A respeito do corpo, da alma e do espírito

Há no mundo da humanidade três graus: os do corpo,da alma e do espírito.

O corpo é o estágio físico ou animal do homem.

Do ponto de vista do corpo, o homem é participante doreino animal. Os corpos dos homens e dos animais sãocompostos de elementos ligados pela lei da atração.

Como o animal, o homem possui as faculdades dossentidos, está sujeito ao calor, ao frio, à fome, à sede, etc.;diferentemente do animal, o homem tem alma racional, ainteligência humana.

Essa inteligência humana é o intermediário entreseu corpo e seu espírito.

Quando o homem permite ao espírito, através daalma, iluminar seu entendimento, então ele contémtoda a Criação;

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porque o homem, sendo a culminância de tudo o que veio antese, assim, superior a todas as evoluções precedentes, contémtodo o mundo inferior dentro de si próprio.

Iluminada pelo espírito através do veículo da alma,a inteligência radiante do homem transforma-o noponto sublimado da Criação.

Mas, por outro lado, quando o homem não abre a mentee o coração às bênçãos do espírito, e sim inclina a alma parao lado material, na direção da parte corporal de sua natureza,então ele desce de sua alta posição e torna-se inferior aos ha-bitantes do mais baixo reino animal. Neste caso, o homemestá numa triste situação! Pois, se as qualidades espirituaisda alma, aberta ao sopro do Espírito Divino, nunca sãousadas, tornam-se atrofiadas, debilitadas e, por fim, incapa-zes; enquanto que, exercitadas somente as qualidades mate-riais da alma, estas fazem-se terrivelmente poderosas — e ohomem infeliz e desencaminhado torna-se mais selvagem,mais injusto, mais vil, mais cruel, mais malevolente do queos próprios animais inferiores.

Fortalecidos todos os desejos e aspirações pelo ladoinferior da natureza da alma, ele se embrutece cada vezmais, até todo o seu ser em nada superar os animais, queperecem. Homens assim, planejam fazer o mal, ferir edestruir; não têm absolutamente o espírito da compaixãoDivina, pois a qualidade celestial da alma foi dominadapela qualidade material. Se, ao contrário, a natureza espi-ritual da alma é tão fortalecida que subjuga o lado mate-rial, então o homem aproxima-se do Divino; sua natureza hu-mana vem a ser tão glorificada que as virtudes da AssembléiaCelestial nele se manifestam; ele irradia a Misericórdia de

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Deus, estimula o progresso espiritual da raça humana, pois setransforma numa lâmpada para lhe iluminar o caminho.

Percebeis como a alma é mediadora de corpo e espírito.De maneira semelhante, é esta árvore intermediária de se-mente e fruto. Quando o fruto da árvore aparece e ficamaduro, então sabemos que ela é perfeita; se a árvore nãoproduz fruto, terá simplesmente crescimento inútil, semnenhum proveito.

Quando a alma tem em si a vida do espírito, entãoela produz bom fruto e se converte numa ÁrvoreDivina.

Desejo que tenteis compreender este exemplo. Espero que ainexprimível bondade de Deus vos fortaleça a tal ponto que aqualidade celestial de vossa alma, a qual a relaciona com oespírito, domine para sempre o lado material, governando ossentidos tão completamente que vossa alma se aproxime dasperfeições do Reino Celestial. Que vossas faces, firmementevoltadas para a Luz Divina, se tornem tão luminosas que to-dos os vossos pensamentos, palavras e obras brilhem com aRadiância Espiritual de vossas almas, de tal modo que nasreuniões do mundo mostreis perfeição em vossa vida.

Certas pessoas ocupam-se unicamente com as coisasdeste mundo; suas mentes são tão limitadas por aparênciase interesses tradicionais que ficam cegas a qualquer outroplano de existência, ao sentido espiritual de todas as coisas!Pensam e sonham em fama terrena, em progresso material.Prazeres sensuais e ambientes confortáveis circunscrevemseu horizonte, suas mais altas ambições concentram-se no su-cesso das condições e circunstâncias mundanas! Não reprimemsuas mais baixas inclinações; comem, bebem e dormem! Como

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o animal, não pensam senão no próprio bem-estar físico. Éverdade que essas necessidades devem ser atendidas. A vida éum fardo que deve ser carregado enquanto estamos na terra,mas não devemos permitir que os cuidados com as coisas infe-riores da vida monopolizem todos os nossos pensamentos easpirações. As ambições do coração devem ascender a umobjetivo mais glorioso, a atividade mental deve alçar-se a níveismais altos!

O homem deve manter na alma a visão da perfeiçãocelestial

e lá preparar uma morada para a inexaurível generosidade doEspírito Divino.

Que vossa ambição seja a conquista da civilizaçãoCelestial sobre a terra! Peço para vós a bênção suprema, afim de que sejais tão plenos da vitalidade do Espírito Celes-tial que vos torneis a causa de vida ao mundo.

‘Abdu’l-Bahá

Alma, espírito e mente

PERGUNTA: Qual a diferença entre a mente, o espíritoe a alma ?

RESPOSTA: Em outra ocasião explicamos que o espí-rito se divide universalmente em cinco categorias: o vegetal,o animal, o humano, o da fé e o Espírito Santo.

O espírito vegetal é o poder do crescimento

que atua na semente pela influência de outras existências.

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38 A Eternidade da Vida

O espírito animal é o poder de todos os sentidos;

depende da composição e associação dos elementos, perecen-do quando estes se desintegram. Assemelha-se a esta lâmpada:ao se combinarem o querosene, o pavio e o fogo, resulta luz,mas uma vez dissolvida essa combinação, separando-se as par-tes associadas, a luz se extingue.

O espírito humano, que distingue o homem do ani-mal, é a alma racional. Estes dois termos, espírito hu-mano e alma racional, designam a mesma coisa.

Tal espírito, ou, segundo a terminologia dos filósofos, essaalma racional, abrange tudo e — dentro dos limites da ca-pacidade humana — descobre a realidade das coisas, tor-nando-se conhecedor de suas peculiaridades e de seus efei-tos, e das qualidades e propriedades dos seres. Os segredosdivinos, porém, as realidades celestiais, escapam ao espíritohumano, a menos que este seja reforçado pelo espírito dafé. É semelhante a um espelho, que, embora claro, polido ebrilhante, ainda precisa da luz. Enquanto não receber umraio do sol, não descobrirá os segredos celestiais.

A mente é o poder do espírito humano. O espírito é ofoco; a mente é a luz que dele irradia.

O espírito humano é a árvore e a mente o fruto. A mente éa perfeição do espírito, é sua qualidade essencial, assimcomo os raios solares são uma necessidade essencial do sol.

Demos esta explicação em forma resumida, porémcompleta; refleti, pois, sobre isso, para que, através da graçaDivina, possais compreendê-la mais a fundo.

‘Abdu’l-Bahá

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A existência da alma racional após amorte do corpo físico

PERGUNTA: Quando o corpo for abandonado, e oespírito estiver livre, de que modo existirá a alma racional?Suponhamos que as almas amparadas pelas graças do Espí-rito Santo atinjam a verdadeira existência e a vida eterna,mas que será das almas racionais, ou espíritos velados?

RESPOSTA: Há quem pense ser corpo a substância, exis-tindo por si, e o espírito o acidente, dependendo da substânciacorpórea; mas, pelo contrário, a alma racional é a substância, daqual o corpo depende. Se o acidente — corpo — for destruído,a substância — espírito — permanecerá.

Em segundo lugar, a alma racional, ou seja, o espíritohumano, não desce para o corpo, nem entra nele, pois des-cida e entrada são características dos corpos, e a alma racio-nal está isenta disso. Visto que o espírito jamais entrou nestecorpo, não carecerá de morada, ao abandoná-lo.

A relação entre o espírito e o corpo é semelhante à re-lação desta luz com este espelho. Quando o espelhoestá limpo, perfeito, a luz da lâmpada torna-se visívelnele, mas quando se encobre de poeira, ou se quebra,a luz desaparece.

Já que a alma racional, ou seja, o espírito humano, nãoentrou neste corpo, nem existiu por seu intermédio, por queimaginarmos que precisará de qualquer substância para con-tinuar a existir após a decomposição do corpo? Ao contrário,a alma racional é a substância, e graças a ela o corpo existe.A personalidade da alma racional existe desde seu começo, nãosendo devida à mediação do corpo. O estado e a personalidade

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da alma racional, entretanto, podem fortalecer-se neste mundo.

A alma poderá progredir, atingindo vários graus deperfeição, como também poderá estacionar no maisfundo abismo da ignorância, privada dos sinais deDeus.

‘Abdu’l-Bahá

A vida eterna e a entrada no reino de Deus

Perguntastes sobre a vida eterna e a entrada no Reino.A expressão usada para indicar o Reino é céu, mas isso éapenas uma figura, ou modo de dizer, e não uma realidadeou fato.

O Reino aqui não é um lugar material, pois transcendeo tempo e o espaço. É um mundo espiritual, divino, ocentro da soberania de Deus; é independente do corpoe daquilo que é corpóreo, e sua pureza e santidadepairam acima de toda a imaginação humana.

Ser limitado pelo espaço é próprio dos corpos e não dosespíritos. Espaço e tempo envolvem o corpo, mas não amente ou o espírito. Vemos o corpo do homem confinar-sea um pequeno espaço, ocupar uns dois palmos de terra, aopasso que seu espírito e sua mente viajam a todos os paísese regiões, até mesmo através do ilimitado espaço dos céus,abrangendo tudo o que existe, fazendo descobertas nas maiselevadas esferas e mais infinitas distâncias. Isso é porque parao espírito não existe espaço, e circunscrevê-lo é impossível. O

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espírito vê terra e céus como uma só coisa, fazendo em ambosas suas descobertas. O corpo, por outro lado, está restrito a umespaço, e nada sabe daquilo que estiver além desse espaço.

Há duas espécies de vida: a do corpo e a do espírito.A primeira é material, mas a segunda expressa aexistência do Reino, depende do Espírito Divino e dosopro de vida que emana do Espírito Santo.

A vida material, se bem que tenha existência, é, para os santos,pura inexistência; é morte absoluta. Assim, o homem existe, eesta pedra também existe, mas quão diferentes a existência dohomem e a da pedra! A pedra existe, mas em relação ao ho-mem, é inexistente.

A vida eterna é uma graça concedida pelo EspíritoSanto, assim como o ar e as brisas primaveris são asgraças da estação recebidas pela flor.

Consideremos: esta flor tinha, a princípio, uma vida compa-rável à do mineral; ao chegar a primavera, com as graças desuas nuvens e o calor do sol ardente, atingiu outra vida,adquiriu fragrância, delicadeza e frescura. A primeira vidada flor, em comparação com a segunda, é apenas morte.

Queremos dizer com isso que

a vida do Reino é a do espírito, a vida eterna, pura eindependente de lugar,

assim como o espírito humano, que é inespacial. Se exami-nardes o corpo humano, não encontrareis nenhum ponto oulocal destinado ao espírito, porque, sendo imaterial, nunca se lo-calizou. Associa-se ao corpo do mesmo modo que o sol, a este

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espelho. O sol não está dentro do espelho, mas tem com elealguma relação.

Assim também, o mundo do Reino é santificado acima detudo o que é perceptível pela vista ou pelos outros sentidos -audição, olfato, gosto ou tato. A mente do homem, cuja existên-cia é reconhecida - em que parte do corpo está? Se com osolhos, ouvidos, ou outros sentidos examinardes o corpo, não aencontrareis; entretanto, a mente existe. É, pois, inespacial, masse associa ao cérebro. O Reino Divino também é assim. O amornão tem sede, mas está ligado ao coração. Semelhantemente, oReino não se limita a um certo lugar, mas tem uma relação como homem.

A entrada no Reino é através do amor a Deus e dodesprendimento; depende de se ser santo e casto, sin-cero e puro; é pela constância, pela fidelidade, e pelosacrifício da vida.

Estas explicações mostram que o homem é imortal, quevive eternamente. Para os que acreditam em Deus, que Lhetêm amor e fé, a vida é excelente, é eterna, mas para aquelasalmas privadas de Deus, embora tenham vida, sua vida éobscura - comparada com a vida dos que acreditam emDeus, é inexistência.

Por exemplo, os olhos e as unhas têm vida, mas a dasunhas em comparação com a dos olhos equivale à inexistên-cia. Esta pedra e este homem ambos existem, mas a existênciada pedra em comparação com a do homem é inexistência,pois quando o homem morre, seu corpo decompondo-se,torna-se igual à pedra ou à terra. É claro, pois, que o mineral,embora exista, é, em relação ao homem, inexistente.

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De modo semelhante, as almas privadas de Deus, se bemque existam neste mundo e no vindouro, em comparação coma santa existência dos filhos do Reino Divino, são inexistentes eafastadas de Deus.

‘Abdu’l-Bahá

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Índice

Apresentação .................................................................................... 5Orações pelos que deixaram este plano da vida ......................... 7Excertos dos Escritos de Bahá’u’l'lah .......................................... 13

Do livro “AS PALAVRAS OCULTAS” .......................................... 15Do livro “Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh” ................ 17

A alma do homem e sua sobrevivência após a morte . 17A natureza da alma .......................................................... 20A individualidade, personalidade, consciência e com-preensão do homem após a morte física ....................... 23A taça que é a vida ......................................................... 25Os mundos de Deus ......................................................... 26O paraíso ........................................................................... 27

Excertos dos Escritos de ‘Abdu’l-Bahá ........................................ 29A imortalidade do espírito (I) .............................................. 31A imortalidade do espírito (II) ............................................. 35A respeito do corpo, da alma e do espírito ....................... 38Alma, espírito e mente .......................................................... 41A existência da alma racional após a morte do corpofísico ........................................................................................ 43A vida eterna e a entrada no reino de Deus ...................... 44

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A ETERNIDADE DA VIDA

REFERÊNCIAS: Os textos selecionados para este livro encontram-sepublicados em livros maiores da Editora Bahá’í doBrasil, a saber:

ORAÇÕES: Livro “ORAÇÕES E MEDITAÇÕES”, edição 1996.pgs. 84/85/87/88.

EXCERTOS DOS ESCRITOS DE BAHÁ’U’LLÁH:Excertos das Palavras Ocultas, de Bahá’u’lláh.

Livro “AS PALAVRAS OCULTAS”, de Bahá’u’lláh,edição 1996.

pgs. 25/30/31/78/34/64/65.

Texto nº 1 – Livro: “Seleção dos Escritos de Bahá’u’lláh”edição 1977.

pgs. 103/105Texto nº 2 – Idem, pgs. 105/107Texto nº 3 – Idem, pgs. 102/103Texto nº 4 – Idem, pgs. 213/214Texto nº 5 – Idem, pgs. 207/208Texto nº 6 – Idem, pgs. 209/210

EXCERTOS DOS ESCRITOS DE ‘ABDU’L-BAHÁ:Texto de abertura: livro “Seleção dos Escritos de ‘Abdu’l-

Bahá”, edição 1993.pg. 185, texto nº 175

Texto nº 1 – Livro “O Esplendor da Verdade”, edição 1979.pgs. 185/188

Texto nº 2 – Idem, pgs. 188/190Texto nº 3 – Idem, pgs. 176/177Texto nº 4 – Idem, pgs. 196/197Texto nº 5 – Idem, pgs. 198/200Texto nº 6 – Idem, pgs. 198/200

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