estudos sobre mediunidade e doutrinação

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Estudos sobre Mediunidade e Doutrinao

IDF/JF Instituto de Difuso Esprita de Juiz de Fora-MG CVDEE Centro Virtual de Divulgao e Estudo do Espiritismo: http://www.cvdee.org.br Comunidade Virtual Esprita Joanna de Angelis Grupo Fraternidade Leopoldo Machado http://www.espirito.com.br

A DOR DO PRXIMO TAMBM NOSSA

Os que ensinam, com excees louvveis, quase sempre se caracterizam por dois modos diferentes de agir. Exibem certas atitudes quando pregam, e adotam outras quando em atividade diria. Da resulta a perturbao geral, porque os ouvintes se sentem vontade para mudar a roupa do carter.Esprito : Emmanuel.Psicografia: Francisco Cndido Xavier Livro: Caminho, Verdade e Vida - Cap. 38

SUMRIO

CONSIDERAES INICIAIS .............................................................................................................................. 7 Doutrina Esprita.. ............................................................................................................................................ ....7 Os Obreiros do Senhor ........................................................................................................................................ 8 Advento do Esprito de Verdade.......................................................................................................................... 8 ESTUDOS SOBRE MEDIUNIDADE .................................................................................................................10 A PRECE ........................................................................................................................................................... 11 1 CONCENTRAO - NOES GERAIS...................................................................................................... 12 1.1 Concentrao ............................................................................................................................................ 12 2 O PERISPRITO ........................................................................................................................................... 13 2.1 A Viso do Perisprito antes do Espiritismo .............................................................................................. 13 2.2 A Viso Esprita do Perisprito ................................................................................................................... 13 3 OS FLUIDOS ESPIRITUAIS ........................................................................................................................ 15 3.1 Conceitos Bsicos ..................................................................................................................................... 15 3.2 Mecanismo de Formao .......................................................................................................................... 16 3.3 A Aura .......................................................................................................................................................16 3.4 Caractersticas dos Fluidos ....................................................................................................................... 17 3.5 Fluidos e Perisprito ................................................................................................................................... 17 4 OS CENTROS DE FORA E A GLNDULA PINEAL ................................................................................. 18 4.1 A Glndula Pineal ...................................................................................................................................... 20 5 O PENSAMENTO: IDEOPLASTIA E CRIAES FLUDICAS ................................................................... 22 5.1 O Crebro .................................................................................................................................................23 5.2 O Pensamento ........................................................................................................................................... 23 5.3 Ideoplastia ................................................................................................................................................. 25 5.3.1 Mecanismo e Durao ............................................................................................................................ 25 5.3.2 Classificao........................................................................................................................................... 25 5.4 Licantropia (Zooantropia) .......................................................................................................................... 26 5.5 Recursos ideoplsticos nas Reunies Medinicas ................................................................................... 26 6 FLUIDOTERAPIA ......................................................................................................................................... 27 6.1 O Passe ....................................................................................................................................................27 6.2 gua Fluida................................................................................................................................................ 29 6.3 Irradiao ... ............................................................................................................................................... 29 6.4 Passe a Distncia ...................................................................................................................................... 29 6.5 Sesses Medinicas .................................................................................................................................. 29 7 A MEDIUNIDADE ATRAVS DOS TEMPOS .............................................................................................. 30 7.1 ndia ..........................................................................................................................................................30 7.2 Egito ..........................................................................................................................................................31 7.3 China..........................................................................................................................................................31 7.4 Israel ..........................................................................................................................................................31 7.5 Grcia ........................................................................................................................................................31 7.6 Jesus .........................................................................................................................................................32 7.7 Idade Mdia ............................................................................................................................................... 32 7.8 O Espiritismo ............................................................................................................................................. 32 8 MDIUM: CONCEITO, CLASSIFICAO E DESENVOLVIMENTO MEDINICO ................................................ 32 8.1 Mdium e Mediunidade ............................................................................................................................. 32 8.2 Classificao Geral dos Mdiuns .............................................................................................................. 33 8.3 Desenvolvimento Medinico...................................................................................................................... 34 8.3.1 Por que desenvolver a mediunidade? .................................................................................................... 35 8.3.2 Etapas do Desenvolvimento Medinico ................................................................................................. 35 9 CLASSIFICAO DOS FENMENOS MEDINICOS SEGUNDO SEUS EFEITOS .......................................... 37 9.1 Fenmenos Objetivos ................................................................................................................................ 37 9.2 Fenmenos Subjetivos .............................................................................................................................. 38 9.3 Teoria das Manifestaes Fsicas ............................................................................................................. 38 9.3.1 Manifestao Fsicas Espontneas ........................................................................................................ 39 10 AS COMUNICAES MEDINICAS ........................................................................................................ 39 10.1 A Natureza das Comunicaes ............................................................................................................... 40 10.2 Da Identidade dos Espritos .................................................................................................................... 40

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10.3 Perguntas aos Espritos .......................................................................................................................... 41 10.4 Evocaes ............................................................................................................................................... 42 10.5 A Caridade no Intercmbio com os Espritos Desencarnados................................................................ 43 10.6 Fraudes, Mistificaes, Contradies ..................................................................................................... 44 10.6.1 Fraudes ................................................................................................................................................44 10.6.2 Mistificaes ......................................................................................................................................... 44 10.6.3 Contradies......................................................................................................................................... 45 10.7 Abusos no Exerccio da Mediunidade ..................................................................................................... 46 11 INFLUNCIA MORAL DO MDIUM E DO MEIO ...................................................................................... 46 11.1 Afinidade Fludica e Sintonia Vibratria .................................................................................................. 47 11.2 O Mdium na Reunio Medinica ........................................................................................................... 47 11.3 O Meio ....................................................................................................................................................49 12 O PAPEL DO MDIUM NAS COMUNICAES ....................................................................................... 53 13 MDIUNS ESCREVENTES E FALANTES ................................................................................................ 55 13.1 Conceitos e Objetivos .............................................................................................................................. 56 13.2 Classificao dos Mdiuns Escreventes Segundo o Modo de Execuo............................................... 56 13.3 lassificao dos Mdiuns Falantes Segundo a Mecnica do Processo Medinico ............................................. 56 13.4 Classificao dos Mdiuns Segundo o Grau de Desenvolvimento da Faculdade.................................. 57 14 PERIGOS E INCONVENIENTES, PERDA E SUSPENSO DA FACULDADE MEDINICA........................................ 57 14.1.1 Mediunidade e Estados Patolgicos .................................................................................................... 59 14.1.2 Mediunidade na Infncia ...................................................................................................................... 60 14.2 Perda e Suspenso da Faculdade Medinica......................................................................................... 60 15 AS MANIFESTAES VISUAIS, BICORPOREIDADE E TRANSFIGURAO ....................................... 62 15.1 Das Manifestaes Visuais ..................................................................................................................... 62 15.2 Bicorporeidade......................................................................................................................................... 63 15.3 Transfigurao ......................................................................................................................................... 64 16 MEDIUNIDADE DE CURA ......................................................................................................................... 65 16.1 Modalidades de Terapia Espiritual .......................................................................................................... 65 16.2 Espiritismo e Mdium Curador ................................................................................................................ 66 16.3 Finalidade das Curas Espirituais ............................................................................................................. 67 17 DESDOBRAMENTO, CATALEPSIA E LETARGIA .................................................................................... 67 17.1 Desdobramento (Sonambulismo) ............................................................................................................ 67 17.2 Catalepsia e Letargia ............................................................................................................................... 68 18 OBSESSO: CONCEITO E CAUSAS ....................................................................................................... 69 18.1 Patologias ................................................................................................................................................ 70 18.2 Causas ....................................................................................................................................................70 19 OBSESSO: CLASSIFICAO ................................................................................................................. 71 19.1 Obsesso Simples ................................................................................................................................... 71 19.2 Fascinao .............................................................................................................................................. 72 19.3 Subjugao .............................................................................................................................................. 72 20 OBSESSO: TRATAMENTO, PROGNSTICO E PROFILAXIA .............................................................. 73 20.1 Tratamento .............................................................................................................................................. 73 20.2 Prognstico .............................................................................................................................................. 76 20.3 Profilaxia .................................................................................................................................................76 21 AS DOENAS MENTAIS ........................................................................................................................... 77 21.1 Classificao............................................................................................................................................ 77 21.2 Diagnstico Diferencial ............................................................................................................................ 78 21.3 Tratamento .............................................................................................................................................. 78 22 PARAPSICOLOGIA E ESPIRITISMO ........................................................................................................ 79 22.1 Fenmeno Anmico e Medinico ............................................................................................................. 79 22.2 Principais Fenmenos Anmicos ............................................................................................................. 79 22.3 Anlise Crtica da Diviso Anmico-Medinico ........................................................................................ 80 22.4 O que a Parapsicologia ........................................................................................................................ 80 22.5 A Histria do Psi ...................................................................................................................................... 81 22.6 Os Fenmenos Psi-Gama ....................................................................................................................... 81 22.7 Os Fenmenos Psi-Kapa ........................................................................................................................ 82 22.8 Os Fenmenos Psi-Teta .......................................................................................................................... 82 22.9 A Memria Extra Cerebral ....................................................................................................................... 82 23 A DISCIPLINA COMO A BASE DA CARIDADE ........................................................................................ 83 23.1 Da Reunio Propriamente Dita................................................................................................................ 83 23.2 Dos Componentes da Reunio Medinica .............................................................................................. 85 23.3 Outros Aspectos Importantes .................................................................................................................. 86

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A NOVA ERA ..................................................................................................................................................... 87 ESTUDOS SOBRE DOUTRINAO ................................................................................................................ 88 24 CONCENTRAO/PRONTIDO PARA OUVIR ....................................................................................... 90 24.1 Formando a corrente ............................................................................................................................... 90 24.2 Mantendo a vibrao ............................................................................................................................... 91 24.3 Prontido para ouvir ................................................................................................................................ 91 24.4 Relacionamento Mdium/Doutrinador ..................................................................................................... 92 25 PRTICA DA DOUTRINAO .................................................................................................................. 93 25.1 Influncias do mdium e da mediunidade ............................................................................................... 93 25.2 As fases da comunicao medinica ...................................................................................................... 93 26 ESCALA ESPRITA: TIPOS DE COMUNICANTES ................................................................................... 95 26.1 Terceira Ordem - Espritos Imperfeitos ................................................................................................... 95 26.2 Segunda Ordem - Bons Espritos ............................................................................................................ 95 26.3 Primeira Ordem - Espritos Puros............................................................................................................ 96 26.4 Caractersticas dos espritos ................................................................................................................... 96 26.4.1 Espritos Que No Conseguem Falar .................................................................................................. 97 26.4.2 Espritos que desconhecem a prpria situao ................................................................................... 98 26.4.3 Espritos suicidas .................................................................................................................................. 98 26.4.4 Espritos alcolatras e toxicmanos ..................................................................................................... 98 26.4.5 Espritos que desejam tomar o tempo da reunio................................................................................ 99 26.4.6 Espritos irnicos .................................................................................................................................. 99 26.4.7 Espritos desafiantes ............................................................................................................................ 99 26.4.8 Espritos descrentes ........................................................................................................................... 100 26.4.9 Espritos dementados ......................................................................................................................... 100 26.4.10 Espritos amedrontados.................................................................................................................... 100 26.4.11 Espritos que auxiliam os obsessores .............................................................................................. 101 26.4.12 Espritos vingativos ........................................................................................................................... 101 26.4.13 Espritos mistificadores..................................................................................................................... 101 26.4.14 Espritos obsessores inimigos do espiritismo................................................................................... 102 26.4.15 Espritos galhofeiros, zombeteiros ................................................................................................... 102 26.4.16 Espritos ligados a trabalhos de magia, terreiro, etc ........................................................................ 102 26.4.17 Espritos sofredores .......................................................................................................................... 102 27 A NATUREZA DOS ESPRITOS .............................................................................................................. 104 27.1 Como avaliar a natureza de um esprito? (lm) ...................................................................................... 104 27.1.1 Nas comunicaes instrutivas ............................................................................................................ 104 27.2 Guias e protetores ................................................................................................................................. 104 27.3 A filtragem da manifestao .................................................................................................................. 105 27.3.1 Diferena nas atitudes dos bons e dos maus espritos ...................................................................... 105 27.4 Fases da doutrinao ............................................................................................................................ 106 27.4.1 Abertura .............................................................................................................................................106 27.4.2 O dilogo ...........................................................................................................................................108 27.4.3 As ameaas ........................................................................................................................................ 109 27.4.4 Propostas e acomodaes ................................................................................................................. 110 27.4.5 Desvio de ateno .............................................................................................................................. 111 27.5 Duplicidade de doutrinadores ................................................................................................................ 112 27.6 Fixaes mentais ................................................................................................................................... 112 27.7 Perguntas ao comunicante .................................................................................................................... 113 27.8 Cacoetes/mutilaes/deformaes ....................................................................................................... 113 27.9 Comunicaes simultneas pelo mesmo mdium.............................................................................. 114 27.10 Linguagem enrgica ............................................................................................................................ 114 27.11 Tempo de doutrinao......................................................................................................................... 115 27.12 Fora fsica .......................................................................................................................................... 115 27.13 Dificuldade de se expressar em nossa lngua..................................................................................... 116 27.14 Espritos ligados umbanda ............................................................................................................... 116 27.15 Oferendas materiais/objetos/alimentos ............................................................................................... 117 27.16 O fechamento da comunicao ........................................................................................................... 117 28 TCNICAS COMPLEMENTARES ........................................................................................................... 118 28.1 A prece .................................................................................................................................................118 28.2 O passe ................................................................................................................................................119 28.3 O choque anmico ................................................................................................................................. 122 28.4 As sesses prticas do espiritismo ....................................................................................................... 123 28.5 A regresso de memria ....................................................................................................................... 124 28.6 Hipnose .................................................................................................................................................125 28.6.1 Fenmenos hipnticos ....................................................................................................................... 125

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28.6.2 Terapia dos fenmenos hipnticos .................................................................................................... 125 28.6.3 Pensamento/vontade - pensar/agir .................................................................................................... 125 29 PROBLEMAS E SOLUES ................................................................................................................... 126 29.1 Contradies e mistificaes ................................................................................................................. 126 29.2 Animismo ............................................................................................................................................... 126 29.2.1 Animismo e mediunidade ................................................................................................................... 127 29.2.2 Como reconhecer a produo anmica? ............................................................................................ 127 29.3 Os recm-desencarnados ..................................................................................................................... 128 29.4 Informao sobre a morte ..................................................................................................................... 129 29.5 Charlatanismo e embuste...................................................................................................................... 129 29.6 Mdiuns iniciantes ................................................................................................................................. 130 29.7 Mdium de desdobramento ................................................................................................................... 131 29.8 Doutrinador e consultas......................................................................................................................... 131 29.9 Doutrinador e vaidade ........................................................................................................................... 131 29.10 Orientaes finais ................................................................................................................................ 132

CONSIDERAES INICIAIS

Doutrina EspritaToda crena respeitvel. No entanto, se buscaste a Doutrina Esprita, no lhe negues fidelidade. Toda religio sublime. No entanto, s a Doutrina Esprita consegue explicar-te os fenmenos medinicos em que toda religio se baseia. Toda religio santa nas intenes. No entanto, s a Doutrina Esprita pode guiar-te na soluo dos problemas do destino e da dor. Toda religio auxilia. No entanto, s a Doutrina Esprita capaz de exonerar-te do pavor ilusrio do inferno, que apenas subsiste na conscincia culpada. Toda religio conforto na morte. No entanto, s a Doutrina Esprita suscetvel de descerrar a continuidade da vida, alm do sepulcro. Toda religio apregoa o bem como preo do paraso aos seus profitentes. No entanto, s a Doutrina Esprita estabelece a caridade incondicional como simples dever. Toda religio exorciza os Espritos infelizes. No entanto, s a Doutrina Esprita se dispe a abra-los, como a doentes, neles reconhecendo as prprias criaturas humanas desencarnadas, em outras faixas de evoluo. Toda religio educa sempre. No entanto, s a Doutrina Esprita aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compresses dogmticas, para que a f contemple a razo, face a face. Toda religio fala de penas e recompensas. No entanto, s a Doutrina Esprita elucida que todos colheremos conforme a plantao que tenhamos lanado vida, sem qualquer privilgio na Justia Divina. Toda religio erguida em princpios nobres, mesmo as que vigem nos outros continentes, embora nos paream estranhas, guardam a essncia crist. No entanto, s a Doutrina Esprita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretao do Evangelho. Porque a Doutrina Esprita em si a liberdade e o entendimento, h quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula. Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que no colabores, sem perceber, nos vcios da ignorncia e nos crimes do pensamento. Esprita deve ser o teu carter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda. Esprita deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experincias. Esprita deve ser o nome de teu nome, ainda que respires em aflitivos combates contigo mesmo. Esprita deve ser o claro adjetivo de tua instituio, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenes e honrarias terrestres. Doutrina Esprita quer dizer Doutrina do Cristo. E a Doutrina do Cristo a doutrina do aperfeioamento moral em todos os mundos. Guarda-a, pois, na existncia, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia vir em que sers naturalmente convidado a prestar-lhe contas. EMMANUEL Psicografado por F. C. Xavier - Livro Religio dos Espritos - Ed. FEB.

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Os Obreiros do SenhorAproxima-se o tempo em que se cumpriro as coisas anunciadas para a transformao da Humanidade. Ditosos sero os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro mvel, seno a caridade! Seus dias de trabalho sero pagos pelo cntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmos: "Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforos, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra", porquanto o Senhor lhes dir: "Vinde a mim, vs que sois bons servidores, vs que soubestes impor silncio aos vossos cimes e s vossas discrdias, a fim de que da no viesse dano para a obra!" Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissenses, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade vir e eles sero levados no turbilho! Clamaro: "Graa! graa!" O Senhor, porm, lhes dir: "Como implorais graas, vs que no tivestes piedade dos vossos irmos e que vos negastes a estender-lhes as mos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como suplicais graas, vs que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfao do vosso orgulho? J recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celestes so para os que no tenham buscado as recompensas da Terra." Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiis e j marcou com o dedo aqueles cujo devotamento apenas aparente, a fim de que no usurpem o salrio dos servidores animosos, pois aos que no recuarem diante de suas tarefas que ele vai confiar os postos mais difceis na grande obra da regenerao pelo Espiritismo. Cumprir-se-o estas palavras: "Os primeiros sero os ltimos e os ltimos sero os primeiros no reino dos cus."

O Esprito de Verdade. (Paris, 1862.) (ESE - Cap. XX - item 5)

Advento do Esprito de VerdadeVenho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrdulos que acima deles reina a imutvel verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: Vinde a mim, todos vs que sofreis. Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas speras sendas da impiedade. Meu Pai no quer aniquilar a raa humana; quer que, ajudandovos uns aos outros, mortos e vivos, isto , mortos segundo a carne, porquanto no existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faa ouvir no mais a voz dos profetas e dos apstolos, mas a dos que j no vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! pois que a morte a ressurreio, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescero e se desenvolvero como o cedro. Homens fracos que compreendeis as trevas das vossas inteligncias, no afastais o facho que a clemncia divina vos coloca nas mos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regao de vosso Pai. Sinto-me por demais tomado de compaixo pelas vossas misrias, pela vossa fraqueza imensa, para deixar de entender mo socorredora aos infelizes transviados que, vendo o cu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos so reveladas; no mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades. Espritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instru-vos, este o segundo. No Cristianismo encontramse todas as verdades; so de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do alm-tmulo, que julgveis o nada, vozes vos clamam: Irmos! nada perece. Jesus-Cristo o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade. O Esprito de Verdade. (Paris, 1860).

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Venho instruir e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem a sua resignao ao nvel de suas provas, que chorem, porquanto a dor foi sagrada no Jardim das Oliveiras; mas, que esperem, pois que tambm a eles os anjos consoladores lhes viro enxugar as lgrimas. Obreiros, traai o vosso sulco; recomeai no dia seguinte o afanoso labor da vspera; o trabalho das vossas mos vos fornece aos corpos o po terrestre; vossas almas, porm, no esto esquecidas; e eu, o jardineiro divino, as cultivo no silncio dos vossos pensamentos. Quando soar a hora do repouso e a trama da vida se vos escapar das mos e vossos olhos se fecharem para a luz, sentireis que surge em vs e germina a minha preciosa semente. Nada fica perdido no reino de nosso Pai e os vossos suores e misrias formam o tesouro que vos tornar ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas e onde o mais desnudo dentre todos vs ser talvez o mais resplandecente. Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmos so bem-amados meus. Instruvos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o sublime objetivo da provao humana. Assim como o vento varre a poeira, que tambm o sopro dos Espritos dissipe os vossos despeitos contra os ricos do mundo, que so, no raro, muito miserveis, porquanto se acham sujeitos a provas mais perigosas do que as vossas. Estou convosco e meu apstolo vos instrui. Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos da vida, a lanar-vos um dia, livres e alegres, no seio dAquele que vos criou fracos para vos tornar perfectveis e que quer modeleis vs mesmos a vossa malevel argila, a fim de serdes os artfices da vossa imortalidade. O Esprito de Verdade. (Paris, 1861).

Sou o grande mdico das almas e venho trazer-vos o remdio que vos h de curar. Os fracos, os sofredores e os enfermos sos os meus filhos prediletos. Venho salv-los. Vinde, pois, a mim, vs que sofreis e vos achais oprimidos, e sereis aliviados e consolados. No busqueis alhures a fora e a consolao, pois que o mundo impotente para d-las. Deus dirige um supremo apelo aos vossos coraes, por meio do Espiritismo. Escutai-o. Extirpados sejam de vossas almas doloridas a impiedade, a mentira, o erro, a incredulidade. So monstros que sugam o vosso mais puro sangue e que vos abrem chagas quase sempre mortais. Que, no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis a sua lei divina. Amai e orai; sedes dceis aos Espritos do Senhor; invocai-o do fundo de vossos coraes. Ele, ento, vos enviar o seu Filho bem-amado, para vos instruir e dizer estas boas palavras: Eis-me aqui; venho at vs, porque me chamastes. O Esprito de Verdade. (Bordus, 1861).

Deus consola os humildes e d fora aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda a parte, junto de cada lgrima o colocou um blsamo que consola. A abnegao e o devotamento so uma prece contnua e encerram um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espritos sofredores compreender essa verdade, em vez de clamarem contra suas dores, contra os sofrimentos morais que neste mundo vos cabem em partilha. Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegao, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impem. O sentimento do dever cumprido vos dar repouso ao Esprito e resignao. O corao bate ento melhor, a alma se asserena e o corpo se forra aos desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se sente, quanto mais profundamente golpeado o Esprito. O Esprito de Verdade. (Havre, 1863). (O Evangelho segundo o Espiritismo - Cap. VI - 5, 6, 7 e 8.)

ESTUDOS SOBRE MEDIUNIDADE

Colocamos disposio dos companheiros do Instituto de Difuso Esprita de Juiz de Fora-MG, a apostila com os Estudos sobre Mediunidade. Este um trabalho despretensioso, cujo objetivo no esgotar os assuntos, mas apresentar as idias bsicas necessrias em um estudo sobre a Mediunidade. No se trata de um livro esprita: as obras doutrinrias, em especial O Livro dos Mdiuns, so de leitura obrigatria! Este curso, baseado no COEM do Centro Esprita Luz Eterna (Paran), tem enriquecido a formao esprita de trabalhadores da rea medinica, bem como de expositores, doutrinadores, plantonistas, etc. Aps cada captulo, apresentamos uma breve bibliografia que deve ser consultada sempre que possvel. Esperamos que este trabalho seja proveitoso a todos.

IDE-JF/CVDEE

A PRECEH quem conteste a eficcia da prece, com fundamento no princpio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, intil se torna exp-las. Este argumento no oferece muita lgica porque, independente de Deus conhecer as nossas necessidades, a prece proporciona, a quem ora, um bem-estar incalculvel j que aproxima a criatura do seu Criador. A prece o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixes. Filha primognita da f, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No existe qualquer frmula para orar. O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos, quando ditas de corao e no de lbios somente. A qualidade principal da prece ser clara, simples e concisa. A prece pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificao. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espritos incumbidos da execuo de suas vontades. Pela prece, obtm o homem o concurso dos bons Espritos que acorrem a sustent-lo em suas boas resolues e a inspirar-lhe idias ss. Ele adquire, desse modo, a fora moral necessria a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode tambm desviar de si os males que atrairia pelas suas prprias faltas. Quando Jesus nos disse: tudo o que pedirdes com f, em orao, vs o recebereis [Mateus-21:22] revelounos que o ato de orar algo muito profundo do que se pode observar primeira vista. Desta mxima: concedido vos ser o que quer que pedirdes pela prece, fora ilgico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providncia se no acede a toda splica que se lhe faa, uma vez que ela sabe, melhor do que ns, o que para o nosso bem. como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrrio aos seus interesses. Devemos cultivar o hbito de orar, porque a prece, inegavelmente, tem sua eficcia. O santurio domstico que encontre criaturas amantes da orao e dos sentimentos elevados, converte-se em campo sublime das mais belas floraes e colheitas espirituais. A prece no movimento mecnico de lbios, nem disco de fcil repetio no aparelho da mente. vibrao, energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as prprias foras, realiza trabalhos de inexprimvel significao. Semelhante estado psquico descortina foras ignoradas, revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores. Os raios divinos, expedidos pela orao santificadora, convertem-se em fatores adiantados de cooperao eficiente e definitiva na cura do corpo, na renovao da alma e iluminao da conscincia. Toda prece elevada manancial de magnetismo criador e vivificante e toda criatura que cultiva a orao, com o devido equilbrio do sentimento, transforma-se, gradativamente, em foco irradiante de energias da Divindade. Compreende-se tambm que, alm da importncia do cultivo da orao, devemos aprender a orar e a entender as respostas do Alto s nossas splicas. Exporemos em prece ao Senhor os nossos obstculos, pedindo as providncias que se nos faam necessrias paz e execuo dos encargos que a vida nos delegou; entretanto, suplicaremos tambm a Ele nos ilumine o entendimento, para que lhe saibamos receber dignamente as decises. Entre o pedido terrestre e o Suprimento Divino, imperioso funcione a alavanca da vontade humana, com deciso e firmeza, para que se efetive o auxlio solicitado. Confiemos em Deus e supliquemos o amparo de Deus, mas, se quisermos receber a Beno Divina, procuremos esvaziar o corao de tudo aquilo que discorde das nossas peties, a fim de oferecer Beno Divina clima de aceitao, base e lugar. Em verdade, todos ns podemos enderear a Deus, em qualquer parte e em qualquer tempo, as mais variadas preces; no entanto, ns todos precisamos cultivar pacincia e humildade, para esperar e compreender as respostas de Deus. Bibliografia 1) O Livro dos Espritos - Allan Kardec 2) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec

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CONCENTRAO - NOES GERAISEm Nos Domnios da Mediunidade o Instrutor Albrio esclarece Andr Luiz: Precisamos considerar que

a mente permanece na base de todos os fenmenos medinicos.... atravs da mente que se manifestam os valores adquiridos pelo Esprito, as experincias acumuladas, as virtudes, os conhecimentos, os defeitos, os dramas vividos, as afeies, o rancor, a bondade, o ressentimento, a compreenso, a vingana, a alegria, a tristeza, o amor e o dio. Todas estas caractersticas intrnsecas do Esprito exteriorizam-se atravs da mente, definindo o grau de evoluo em que nos encontramos e a faixa vibratria em que vivemos. Deus fez o homem para viver em sociedade. Nenhum homem possui faculdades completas - somente pela unio social que elas se completam, umas s outras. Dependemos dos nossos semelhantes, e constantemente agimos e reagimos uns sobre os outros. Estabelecemos laos, formamos grupos e nos influenciamos mutuamente. A natureza dos nossos pensamentos, as nossas aspiraes, o nosso sistema de vida, a se expressarem atravs de atos, palavras e pensamentos, determinam a qualidade dos Espritos que, pela lei de afinidades, sero compelidos a sintonizarem conosco nas tarefas cotidianas e, especificamente, nas prticas medinicas. No LM [it 232] somos alertados:Fora erro acreditar algum que precisa ser mdium para atrair a si os seres do mundo invisvel. Eles povoam o espao; temo-los incessantemente em torno de ns, intervindo em nossas reunies, seguindo-nos ou evitando-nos, conforme os atramos ou repelimos, A faculdade medinica em nada influi para isto: ela mais no do que um meio de comunicao.

Por isso a afirmativa: Mediunidade no basta s por si. O importante a utilizao que fazemos da faculdade.

1.1 ConcentraoExiste um estado da mente em que ela se atm quilo que a atrai naturalmente ou para o que ela se prope a fazer, estado este que chamamos concentrao. Este estado mental alcanado de duas formas: a) espontnea - inconsciente, involuntria; b) programada - fruto de esforo e de exerccio continuado, tendo em vista um objetivo (adaptao psquica). No caso do mdium, o conhecimento deste mecanismo fundamental. atravs desta atitude mental que se abriro as portas que permitem o trnsito do plano fsico para o espiritual e vice-versa, ou seja, um estado mental de predisposio perceptiva de outras condies vibracionais que no sejam as dos sentidos fsicos. Podemos utilizar alguns mtodos que facilitam alcanar este estado. Atravs de exerccios respiratrios, de msica, de leituras edificantes, nos predispomos a um relaxamento fsico e mental. Fsico, em relao musculatura do corpo fsico; mental, em relao abstrao dos problemas que no dizem respeito finalidade do momento. Na concentrao o mdium cria um campo em torno de si, que exerce influncia sobre si prprio. Emite vibraes que se estendem pelos espaos e, por um processo natural de sintonia, atuam em outras mentes que lhe so equivalentes, estabelecendo-se uma ligao com estas mentes. O improviso nesta atividade mental, a invigilncia, a falta de evangelho, a ociosidade mental e fsica ir provocar o cansao psquico, a inquietao em decorrncia da instabilidade de pensamentos, a polivalncia de

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idias. Por isso necessria uma constante preparao ntima, conseguida atravs da prece, de leituras salutares, do cultivo de pensamentos equilibrados, do trabalho no bem e dos cuidados com a sade fsica. Bibliografia O Livro dos Mdiuns - Allan Kardec Nos Domnios da Mediunidade - Andr Luiz/Chico Xavier

2 O PERISPRITO 2.1 A Viso do Perisprito antes do EspiritismoAtravs das pocas mais remotas, as religies e as filosofias procuraram um elemento fludico ou semimaterial que pudesse servir de trao de unio entre o corpo fsico - material, e o Esprito - quintessenciado e sutil, donde resultou, para o perisprito, uma variada e complexa sinonmia. No Egito, a mais antiga crena, a dos comeos (5.000 a.C.) j acreditava na existncia de um corpo para o Esprito, denominado "kha", que quer dizer o duplo. Na ndia, o livro sagrado dos Vedas refere em seus cnticos ao "Linga Sharira". Na China, Confcio falava sobre "corpo aeriforme". Para os antigos hebreus era o "Nephesch", que levava no seu ntimo o sopro Divino. Na Grcia, os filsofos adotavam variada nomenclatura para designarem o envoltrio do Esprito; Pitgoras - "carne sutil da alma"; Aristteles - "corpo sutil ou corpo etreo"; Hipcrates - "Eidolon". Paracelso, precursor da Qumica moderna, deu-lhe o nome de "corpo astral", baseado na sua cor prateada e luminosidade prpria. Para os pensadores da Escola de Alexandria, era denominado, "Astroid", "corpo areo" e "veculo da alma". Paulo em uma epstola [I Corntios-cap 15 v.42,44] refere-se ao "corpo espiritual" ou "corpo incorruptvel". Tertuliano chama-lhe de "corpo vital da alma". Santo Agostinho, So Bernardo, Santo Hilrio e So Baslio, identificaram-no como invlucro da alma, "Pneuma".

2.2 A Viso Esprita do PerispritoO termo perisprito foi criado por Allan Kardec: "Envolvendo o grmen do fruto, h o perisperma; do mesmo modo, uma substncia que, por comparao, se pode chamar de perisprito, serve de envoltrio ao Esprito" [LE - qst 93] Allan Kardec que explica ser o perisprito lao de unio entre a alma e o corpo fsico, lao este semimaterial, ou seja, de natureza intermediria entre o Esprito e o corpo fsico. Assim, podemos dizer que o homem formado de trs partes essenciais: a) O corpo fsico, ou seja, corpo material, anlogo ao dos animais; b) A alma, o Esprito encarnado, que tem no corpo sua habitao, o princpio inteligente, em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral; c) O perisprito, substncia semimaterial que serve de envoltrio ao Esprito, ligando a alma ao corpo fsico. A morte a destruio do invlucro mais grosseiro, o Esprito conserva o segundo, que lhe constitui um corpo etreo, invisvel para ns no estado normal, mas que pode tornar-se visvel e mesmo tangvel, como sucedem nos fenmenos das aparies.

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O Dr. Encause, escritor neo-espiritualista, que foi mdico e professor da Escola de Paris, sugere em Alma Humana uma engenhosa comparao, prpria para a sua poca, mas muito explicativa: o homem encarnado comparado a uma carroa puxada por um animal. O carro da carroa, que por sua natureza grosseiramente material e por sua inrcia, corresponde bem ao nosso corpo fsico. O cavalo seria nosso perisprito, que unido por tirantes ao carro e por rdeas ao cocheiro, move todo o sistema, sem participar da resoluo da direo. O cocheiro o Esprito, que dirige e orienta a direo e a velocidade. O Esprito quer, o perisprito transmite, e o corpo fsico executa a ordem na matria. O perisprito, ou corpo fludico do Esprito, um dos mais importantes produtos do Fluido Csmico Universal; uma "condensao" desse fluido em torno de um foco inteligente. Sabemos que o corpo fsico tem o seu princpio de origem nesse mesmo fluido, condensado e transformado em matria tangvel. No perisprito, a "transformao molecular" se opera diferentemente, porquanto, o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etreas. O corpo perispiritual e o corpo carnal tem, pois, origem no mesmo elemento primitivo - ambos so matria - ainda que em dois estados diferentes. Do meio onde se encontra, que o Esprito extrai do Fluido Csmico Universal o seu perisprito, dos fluidos do ambiente. Resulta da que os elementos constitutivos do perisprito, naturalmente variam conforme o mundo. A natureza do envoltrio fludico, est em relao com o grau de adiantamento moral do Esprito: nos Espritos puros ser belo e etreo; nos Espritos infelizes materializado e grosseiro. O Esprito forma o seu perisprito das partes mais puras ou mais grosseiras do FCU peculiar ao mundo onde vive. Da deduzirmos que a constituio ntima do perisprito no a mesma em todos os Espritos encarnados ou desencarnados que formam a humanidade terrestre. Como afirma Allan Kardec: "O perisprito passa por transformaes sucessivas, tornado-se cada mais etreo, at a depurao completa, que a condio dos Espritos puros." O perisprito no est absolutamente preso ao corpo do encarnado, irradia mais ou menos fora dele, segundo a sua pureza, com dimetros variveis de indivduo para indivduo, em cores e aspectos diferentes, constituindo a "aura do homem encarnado". Toda a sensao que abala a massa nervosa do corpo fsico, desprende uma energia, uma vibrao, qual se deu muitos nomes: fluido nervoso, fluido magntico, fora psquica, etc. Esta energia age sobre o perisprito, para comunicar-lhe o movimento vibratrio particular, segundo o territrio cerebral excitado, de maneira que a ateno da alma seja acordada e que se produza o fenmeno de percepo; o Esprito emite ento a ordem da resposta, que, atravs do perisprito atinge o corpo e efetuar a manifestao material da resposta. Estmulo Resposta Corpo Fsico Fluido Nervoso Perisprito Esprito

A vibrao causada no perisprito pelo fluido nervoso ficar armazenada durante algum tempo em nvel consciente, para posteriormente passar ao nvel inconsciente. Temos assim, no perisprito, um arquivo de todas as experincias do corpo fsico, desde o momento da concepo at a desencarnao. Durante o processo reencarnatrio, medida que o novo corpo vai se formando, a unio com o perisprito ocorre molcula a molcula, clula a clula. Assim, o perisprito vai moldando o corpo fsico que se forma, funcionando, segundo Emmanuel, como o "Mantenedor de unio molecular que organiza as configuraes tpicas de cada espcie."

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Outra funo importante do perisprito na mediunidade. Um Esprito s consegue se manifestar em nosso meio, atravs da combinao de seus fluidos perispirituais com os fluidos perispirituais do mdium, que passam a formar uma espcie de "atmosfera fludico-espiritual" comum s suas individualidades, atmosfera esta que torna possvel os fenmenos medinicos nos seus diferentes tipos. Resumindo, as principais funes do perisprito so: servir de veculo de unio do corpo fsico com o Esprito; arquivar nas suas camadas sutis e permanentes, os conhecimentos adquiridos atravs de nossa evoluo individual; irradiar-se em volta do corpo fsico, interpenetrando-o, constituindo um dos componentes da aura humana; servir de molde para a formao do corpo fsico; permitir a ocorrncia dos fenmenos medinicos."To arrojada a tentativa de transmitir informes sobre a questo aos companheiros encarnados, quo difcil se faria esclarecer lagarta com respeito ao que ser ela depois de vencer a inrcia da crislida colocada no cho, arrastando-se pesadamente, o inseto no desconfia que transporta consigo os germes das prprias asas." (Emmanuel)

Bibliografia O Livro dos Espritos - Allan Kardec A Gnese - Allan Kardec Obras Pstumas - Allan Kardec Antologia do Perisprito - Jos Jorge Correnteza de Luz - Jos Raul Teixeira Alma Humana - Antnio Freire

3 OS FLUIDOS ESPIRITUAISO estudo dos fenmenos espritas fez-nos conhecer estados de matria e condies de vida que a Cincia havia longo tempo ignorado. Ficamos sabendo que, alm do estado radiante, a matria, tornada invisvel e impondervel, se encontra sob formas cada vez mais sutis que se denominam fluidos. medida que se rarefaz, adquire novas propriedades e uma capacidade de irradiao sempre crescente; torna-se uma das formas da energia. Esta fora, gerada pelo prprio Esprito encarnado ou desencarnado, tem sido designada sob os nomes de fora dica, fludo magntico, fora eltrica, fora psquica e, mais recentemente, de Bioenergia. atravs dessa energia especfica que os Espritos interagem uns com os outros e exercem a sua influncia no mundo corpreo.

3.1 Conceitos BsicosEm LE [qst 27] dizem os benfeitores espirituais que todas as coisas que existem no Universo podem ser sistematizadas em trs elementos fundamentais denominados de TRINDADE UNIVERSAL. Esses elementos so:

DEUS - ESPRITO MATRIA

Deus: a causa primria, a inteligncia suprema, cuja natureza no nos dada conhecer agora; Esprito: o princpio inteligente, uma "energia pensante", com inteligncia e moralidade prprias; Matria: que na definio esprita "tudo sobre o qual o Esprito exerce a sua ao." Observa-se, portanto, que o conceito esprita de matria transcende definio da fsica oficial (tudo que

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tem massa e ocupa lugar no espao). Se retirarmos do Universo os Espritos e Deus, tudo o que restar matria. Reconhece-se trs tipos de matria: a) Matria Pondervel: a matria do mundo fsico, que preenche o mundo dos encarnados e d origem aos corpos fsicos; b) Matria Impondervel: a matria do mundo espiritual, num tnus vibratrio mais elevado que no nos dado perceber. Forma o perisprito, as construes do mundo espiritual e os fluidos espirituais. c) Fluido Csmico Universal (FCU): a matria elementar primitiva, dispersa por todo o Universo. Uma matria extremamente sutil, cujas modificaes e transformaes vo constituir a inumervel variedade dos corpos da natureza. nesse elemento primordial para a vida, que vibram e vivem todos os seres e todas as coisas: constelaes e sis, mundos e almas (como peixes no oceano). A manipulao desse fluido pelos Espritos atravs de seus pensamentos e sentimentos, vai dar origem aos fluidos espirituais.

3.2 Mecanismo de FormaoO benfeitor Andr Luiz define Fluido Espiritual como sendoum fluido vivo e multiforme, estuante e inestancvel, a nascer-lhe da prpria alma, de vez que podemos defini-lo at certo ponto, por subproduto do fluido csmico, absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante do Criador, esparsa em todo o cosmos, transubstanciando-a, sob a prpria responsabilidade, para influenciar na Criao, a partir de si mesma.

Observa-se pela definio de Andr Luiz que todo um processo dinmico e complexo envolve a formao dos Fluidos Espirituais. Ao ser absorvido pelo corpo espiritual, o Fluido Universal ser manipulado na mente. A mente humana, sediada no Centro Coronrio um brilhante laboratrio de foras sutis, onde o pensamento e a vontade esto aglutinando as partculas do Fluido Csmico Universal e dando a elas as suas prprias caractersticas. O Fluido Espiritual especfico da individualidade, ser distribudo por todos os centros de fora, ocupar as regies mais ntimas do perisprito e ao se exteriorizar para fora da organizao espiritual ir constituir a aura, distribuindo-se, logo aps, pelo ambiente, formando a atmosfera espiritual do local.

3.3 A AuraA aura o resultado da difuso dos fluidos espirituais para alm da organizao perispiritual. Forma em torno do Esprito um envoltrio fludico, de cerca de 20 a 25 cm a partir da superfcie do corpo, segundo Hernani Guimares de Andrade, e vai se constituir no retrato de nosso mundo ntimo. O que somos, o que pensamos e o que sentimos ser fielmente retratado em nosso campo urico. Todos os elementos da natureza possuem a sua aura tpica, mas ser no homem, devido aos seus diversos estados de sensibilidade e afetividade, que as irradiaes uricas iro sofrer as mais profundas modificaes. No ano de 1939, o tcnico em Eletricidade Semyon Kirlian, coadjuvado por sua esposa Valentina, na Rssia, construiu uma cmara eltrica de alta freqncia na qual se pode obter fotografias das auras. Denomina-se KIRLIANGRAFIA a tcnica que hoje estuda e interpreta a aura humana. Nos dias atuais, existem muitos trabalhos de registro dessas irradiaes uricas, mostrando, muitos deles, as mudanas do campo urico relacionadas aos diversos estados emocionais, como tambm as mudanas relacionadas s condies de sade e enfermidade.

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Acredita-se que, no futuro, o estudo da aura, atravs da fotografia Kirlian, venha a ser de grande utilidade na Medicina, na Psicologia e em muitas outras reas da Cincia oficial, no entanto, no presente momento, apesar "De inmeras observaes ainda no se chegou a concluses precisas de como interpretar as modificaes desses campos e seus respectivos reflexos na zona fsica, principalmente em suas posies patolgicas." (Jorge Andra)

3.4 Caractersticas dos FluidosOs fluidos espirituais no possuem qualidade sui generis, mas sim, qualidades do indivduo que os elaborou. Em decorrncia ento da evoluo espiritual e das peculiaridades particulares de cada pessoa, os fluidos iro assumir caractersticas diversas: a) Pureza: varia ao infinito e depende do grau de evoluo moral que a criatura j alcanou. Os fluidos menos puros, densos, grosseiros, formam a atmosfera espiritual do planeta, em decorrncia do atraso espiritual que ainda caracteriza a populao de Espritos vinculados ao orbe terrestre. Os fluidos espirituais vo se eterizando e se sutilizando medida que se afastam da crosta, assumindo um grau de pureza sempre crescentes. As esferas espirituais mais afastadas da superfcie da Terra so formadas dos fluidos mais puros em virtude de serem habitadas por entidades moralmente mais elevadas. b) Propriedades Fsicas: os fluidos espirituais apresentam caractersticas fsicas como: odor, colorao, temperatura, etc. Pessoas portadoras de sensibilidade medinica podem perceber essas caractersticas. c) Qualidade dos Fluidos: tm conseqncias de importncia capital a qualidade dos fluidos espirituais. Sendo esses fluidos formados a partir do pensamento e, podendo este modificar-lhes as propriedades, evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou ms dos pensamentos que os fazem vibrar. Ser, portanto, a soma dos sentimentos da individualidade, o "raio da emoo", na expresso de Andr Luiz, que ir qualificar o fluido, dando a ele potencialidades superiores ou inferiores. Nesse sentido, os fluidos vo trazer o cunho dos sentimentos de dio, inveja, cime, hipocrisia, de bondade, de paz, etc. A qualidade dos fluidos ser, em sntese, o reflexo de todas as paixes, das virtudes e dos vcios da humanidade. Assim sendo, encontrar-se- fluidos balsamizantes, alimentcios, vivificadores, estimulantes,

anestesiantes, curativos, sonferos, enfermios, etc.

3.5 Fluidos e PerispritoSendo o perisprito dos encarnados de natureza idntica a dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um lquido. Esses fluidos exercem sobre o perisprito uma ao tanto mais direta, quanto por sua expanso e sua irradiao com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o perisprito, este, a seu turno reage sobre o organismos materiais com que se acha em contato ntimo. Se os eflvios so de boa natureza, o corpo ressente uma impresso salutar; se so maus, a impresso penosa. Se so permanentes e enrgicos, os eflvios maus podem ocasionar desordens fsicas e mentais das mais srias. Muitas enfermidades tm sua gnese nesta absoro de natureza infeliz. Bibliografia A Gnese - Allan Kardec No Invisvel - Lon Denis Evoluo em Dois Mundos - Andr Luiz/Chico Xavier

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4 OS CENTROS DE FORA E A GLNDULA PINEALSabemos que os Espritos encarnados e desencarnados so dotados de um corpo fludico, semimaterial, isto , composto de fluidos em diferentes estados de condensao. Esse corpo fludico o perisprito ou corpo espiritual. O perisprito est intimamente regido por vrios centros de fora que trabalham vibrando uns em sintonia com os outros, sob o poder diretor da mente. A mente que determina o funcionamento mais ou menos equilibrado destes centros de fora e so eles que do condies para que o perisprito desempenhe as suas vrias funes. A localizao desses centros de fora no perisprito corresponde a dos plexos no corpo fsico, com exceo dos que esto no crnio perispiritual, o coronrio e o frontal, que se ligam aos centros enceflicos. Plexos so feixes nervosos do corpo fsico onde h maior concentrao de nervos. Os centros de fora so tambm denominados de discos energticos e centros vitais, mas so vulgarmente conhecidos pelo nome de chacras, por causa das filosofias orientais. Chacra palavra snscrita que significa roda, pois eles tm forma circular com mais ou menos 5 cm de dimetro, possuem vrios raios de ao que giram, incessantemente, com a passagem da energia, lembrando um ventilador em movimento. Cada um tem as suas cores prprias, caractersticas. Quanto mais evoluda a pessoa, mais brilhantes so essas cores, alcanam maior dimetro e os seus raios giram com maior desenvoltura. So eles que distribuem, controlam e dosam as energias que o nosso corpo fsico necessita, como tambm regulam e sustentam os sentimentos, as emoes, e alimentam as clulas do pensamento. atravs dos centros de fora que so levadas as sensaes do corpo fsico para o Esprito, pois so eles que captam as energias e as influncias exteriores. O Fluido Csmico Universal ao ser absorvido metabolizado pelo centro coronrio, em fluido espiritual uma energia vitalizadora - imprescindvel para a dinmica do nosso corpo fsico, sentimentos, emoes e pensamentos. Aps a metabolizao, essa energia circula pelos outros centros de fora e canalizada atravs da rede nervosa para todo o organismo com maior ou menor intensidade de acordo com o estado emocional da criatura, porque eles esto subordinados a impulsos da mente, irradiando-se, posteriormente, em seu derredor, formando a nossa aura, que uma espcie de espelho fludico capaz de refletir o que se passa no campo psquico. Ela reflete o nosso estado de Esprito. Hbitos, conduta e aes nocivas, todos os atos contrrios s Leis Divinas, tornam os chacras desequilibrados e comprometem o funcionamento harmonioso do conjunto. Tal seja a viciao do pensamento, tal ser a desarmonia no centro de fora correspondente que reagir sobre o corpo fsico. Exemplo: - maledicncia, calnia -> desequilibra o centro de fora larngeo; - sentimentos inferiores (inveja, cime, egosmo, vaidade, mgoa) -> desequilibram o centro de fora cardaco; - sexo sem amor, sem respeito ou sem responsabilidade -> desequilibra o centro de fora gensico. Quanto mais equilibrados e harmnicos entre si, mais sade fsica e psquica para a criatura e maior carga de energias ou foras vitalizadoras teremos para doar no processo de irradiao. O equilbrio para os nossos chacras conseguiremos atravs da reforma ntima, pela reforma moral,

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atravs do burilamento das nossas facetas negativas, procurando desfazer-nos das imperfeies que ainda trazemos dentro de ns. So em nmero de sete os principais centros de fora: a) Centro Coronrio: o mais importante pelo seu alto potencial de radiaes. Nele se assenta a ligao com a mente. Relaciona-se materialmente com a epfise ou glndula pineal, ligando os planos espiritual e material. Recebe, em primeiro lugar, os estmulos do Esprito comandando os demais, vibrando, porm, com eles em regime de interdependncia, isto , so ligados entre si, obedecem ao comando do coronrio, mas cada um tem a sua funo prpria. como se todos formassem uma orquestra e o coronrio fosse o regente. Dele emanam as energias de sustentao de todo o sistema nervoso. o grande assimilador das energias solares e captador dos raios que a espiritualidade superior envia para a Terra, capazes de favorecer a sublimao das almas. Esse centro de fora desenvolve-se na proporo da evoluo espiritual. b) Frontal ou Cerebral: tem grande influncia sobre os demais. Relaciona-se materialmente com o crtex cerebral. Trabalha em movimentos sincrnicos e de sintonia com o centro coronrio, do qual recolhe os estmulos mentais, transmitindo impulsos e anseios, ordens e sugestes aos rgos e tecidos, clulas e implementos do corpo por que se expressa. responsvel pelo funcionamento dos centros da inteligncia. Comanda os 5 sentidos: viso, audio, tato, olfato e paladar. Comanda atravs da hipfise todo o sistema glandular interno, com exceo do timo, tireide e paratireide. Administra todo o sistema nervoso. O coronrio fornece as energias e ele administra. por este centro de fora que podemos, segundo a nossa vontade, irradiar calma, alvio, equilbrio, conforto a quem esteja necessitando, bastando usar a fora do pensamento. responsvel pelos poderes mentais. c) Larngeo: controla os rgos da respirao, da fala e as atividades do timo, da tireide e paratireide. Relaciona-se com o plexo cervical. um centro de fora muito desenvolvido nos grandes cantores e oradores. d) Cardaco: controla, regula as emoes. Comanda os sentimento. responsvel pelo funcionamento do corao e do aparelho circulatrio. Relaciona-se materialmente com o plexo cardaco. e) Esplnico: responsvel pelo funcionamento do bao, pela formao e reposio das defesas orgnicas atravs do sangue. Relaciona-se materialmente com o plexo mesentrico e bao. f) Gstrico ou Umbilical: responsvel pelos aparelhos digestivos. Relaciona-se com o plexo solar. Responsvel pela absoro dos alimentos. g) Gensico ou Bsico: relaciona-se com os plexos sacro e lombar. Responsvel pelos rgos reprodutores e das emoes da advindas. Como diz Andr Luiz, nele se assenta o santurio do sexo. responsvel no s pela modelagem de novos corpos fsicos como pelos estmulos criadores com vistas ao trabalho, associao e a realizao entre as almas. So essas energias sexuais, quando equilibradas, que levam os homens a pesquisar no campo da Cincia, da tecnologia com vistas a descobrir remdios, vacinas, inventar aparelhos, mquinas que visem a melhorar a qualidade de vida dos homens. Levam tambm as pessoas a criarem no ramo das Artes, da Literatura ou em qualquer outro ramo cultural ou educacional. Quando equilibradas, levam as pessoas a se dedicarem a obras benemritas, a se associarem para promover os homens socialmente, para estabelecerem a paz e a concrdia entre a humanidade, defenderem a natureza, etc.

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Quanto mais evoluda a pessoa, mais ampliao ter das foras sexuais em inmeras atividades para o bem. Vai havendo maior diversificao na canalizao dessas energias. Elas deixam de ser canalizadas somente para o erotismo, como acontece nas pessoas menos evoludas. As que j conseguem viver em regime de castidade sem tormento mental podem canalizar estas energias para o trabalho em benefcio do prximo, para o campo da Cincia, da Cultura, da Mediunidade.Pituitria Coronrio

Pineal

Frontal ou Cerebral Tireide e Paratireide Corao e Timo Larngeo

Cardaco Pncreas Supra-renais Bao Esplnico Gstrico ou Umbilical

Gensico ou Bsico

Cccix

4.1 A Glndula PinealJorge Andra, mdico psiquiatra, expositor e escritor esprita, que h muitos anos tem se dedicado aos estudos da mediunidade e das obsesses, afirma-nos em Nos Alicerces do Inconsciente:A trade por excelncia, da mais alta expresso no mecanismo medinico,seria representada: a) pela glndula pineal; b) pelos centros de energia vital ou chacras; c) pelo sistema neuro-vegetativo.

Como podemos notar, a glndula pineal e o sistema neuro-vegetativo so rgos do corpo fsico e os centros de energia vital so rgos do corpo perispiritual. A glndula pineal foi bastante conhecida dos antigos, fato observado atravs de descries existentes. A escola de Alexandria participou ativamente dos estudos da pineal que achavam-se ligados a questes religiosas. Os gregos conheciam-na como conarium, e os latinos como pinealis, semelhante a uma pinha. Estes povos, em suas dissertaes, localizavam na pineal o centro da vida. Mais tarde, os trabalhos sobre a glndula pineal se enriqueceram com estudos de De Graff, Stenon e Descartes que, em 1677, fez uma

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minuciosa descrio da glndula, atribuindo-lhe papel relevante que se tornou conhecida at os nossos dias. Para ele: "A alma o misterioso hspede da glndula pineal." No incio do sc. XIX, embriologistas relacionaram a pineal ao terceiro olho de alguns rpteis lacertdeos da Nova Zelndia e passaram a consider-la como um rgo vestigial, abandonado pela natureza, o que atrasou, em muito, os estudos sobre a pineal. Porm, em 1954, vrios estudiosos publicaram um livro como o somatrio crtico de toda a literatura existente sobre a glndula pineal, chegando a algumas concluses que foram comprovadas em trabalhos subseqentes. Dentre estas: que a glndula pineal passou de um rgo sensorial a uma glndula de secreo endcrina, entretanto, permanece sofrendo influncia da luz, ou seja: a luz inativa a pineal e a ausncia de luz, ativa a pineal; a pineal teria influncia sobre o amadurecimento das glndulas sexuais - ovrios e testculos; quando atuante, a pineal inibiria o desenvolvimento destas glndulas, e a inatividade da pineal permitiria o seu desenvolvimento ocorrendo assim o aflorar da sexualidade; seus hormnios favoreceriam o sono, diminuiriam crises convulsivas, sendo por isso conhecida como glndula da tranqilidade; atuaria ainda como reguladora das funes da tireide, pncreas e supra-renais; seria ainda uma reguladora global do sistema nervoso central. Temos, at aqui, um ligeiro resumo do que a Cincia oficial conhece hoje sobre a glndula pineal Busquemos agora, algumas consideraes espritas. Allan Kardec [LM-it 226] questiona aos Espritos: "O desenvolvimento da mediunidade guarda relao como o desenvolvimento moral do mdium? No, a faculdade propriamente dita se radica no organismo no depende da moral." Tecem a seguir valiosos comentrios quanto ao problema do uso da faculdade. Interessa-nos, porm, a expresso textual dos Espritos: "a faculdade propriamente dita se radica no organismo", esta afirmao aguanos a s curiosidade de pesquisar em torno da sede da mediunidade. Qual seria o rgo responsvel por tal aquisio fundamental do Esprito encarnado? Na poca em que Kardec codificou o Espiritismo pouco se conhecia da anatomia e estrutura microscpica da pineal e muito menos ainda de suas funes. Com o avano da Cincia, porm, houve condies de recebermos informaes mais amplas dos Espritos atravs das obras complementares da codificao. Andr Luiz, , sem dvida alguma, o autor espiritual que mais amplas elucidaes nos faz sobre o assunto. Em Missionrios da Luz [cap I e II] Andr Luiz estudando um mdium psicgrafo com o instrutor Alexandre, observa a epfise - ou pineal - do mdium que est a emitir intensa luminosidade azulada, e o instrutor Alexandre esclarece:No exerccio medinico de qualquer modalidade, a pineal desempenha o papel mais importante. Andr Luiz observa: - Reconheci que a glndula pineal do mdium expedia luminosidade cada vez mais intensa... a glndula minscula transformara-se em ncleo radiante e ao redor, seus raios formavam um ltus de ptalas sublimes. Andr Luiz prossegue narrando o que v: - Examinei atentamente os demais encarnados, em todos eles a pineal apresentava notas de luminosidade, mas em nenhum brilhava como no mdium em servio. Alexandre esclarece: pode reconhecer agora que todo centro glandular uma potncia eltrica. Atravs de suas foras equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emisso e recepo de raios peculiares nossa esfera espiritual, na pineal que reside o sentido novo dos homens, entretanto, na grande maioria, a potncia divina dorme embrionria.

Em Evoluo em Dois Mundos [cap IX], que fala da Evoluo do crebro, Andr Luiz explica a evoluo da pineal, que deixou de ser um olho exterior, como era nos lacertdeos da Nova Zelndia, para fazer parte do

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crebro em seu interior na zona mais nobre o tlamo, relacionando s emoes mais sutis. Em Missionrios da Luz, o instrutor Alexandre fornece ainda outras informaes a Andr Luiz:No se trata de um rgo morto segundo as velhas suposies, a glndula da vida mental. Ela acorda no organismos do homem na puberdade, as foras criadoras, e em seguida continua a funcionar como o mais avanado laboratrio de elementos psquicos da criatura terrestre. Aos 14 anos aproximadamente, a glndula reajusta-se ao concerto orgnico e reabre seus maravilhosos mundos de sensaes e impresses da esfera emocional. Entrega-se a criatura recapitulao da sexualidade, examinando o inventrio de suas paixes vividas em outras pocas, que reaparecem sob fortes impulsos. Ela preside aos fenmenos nervosos da emotividade, como rgo de elevada expresso no corpo etreo. Desata de certo modo os laos divinos da natureza, os quais ligam as existncias umas s outras, na seqncia de lutas pelo aprimoramento da alma e deixa entrever a grandeza das faculdades criadoras de que a criatura se acha investida.

Vemos ento atribudas glndula pineal funes que s agora esto sendo esclarecidas pela Cincia oficial. Segundo revelaes dos instrutores espirituais, ela domina o campo da sexualidade e estabelece contato com o mundo extracorpreo. Continuando as elucidaes doutrinrias, voltemos a Missionrios da Luz e vamos encontrar Andr Luiz surpreso com a amplitude de funes da pineal, e, a certa altura, interroga Alexandre sobre o papel das gnadas (testculos e ovrios) no desencadeamento e preservao das energias sexuais. Alexandre esclarece:As glndulas genitais so demasiadamente mecnicas para guardarem os princpios sutis e quase imponderveis da gerao. Acham-se absolutamente controladas pelo potencial magntico de que a pineal a fonte fundamental. As glndulas genitais segregam hormnios psquicos ou unidades-fora que vo atuar nas energias geradoras. Os cromossomos da bolsa seminal no lhe escapam a influenciao absoluta e determinada.

Alexandre prossegue fornecendo valiosas informaes sobe a influncia do nosso estado emocional, sobre as gnadas - via glndula pineal, o que de grande importncia para os padres de conduta ntima que devem vigorar em cada um de ns. Bibliografia Livro dos Mdiuns - Allan Kardec Missionrios da Luz - Andr Luiz/Chico Xavier Evoluo em Dois Mundos - Andr Luiz/Chico Xavier Grilhes Partidos - Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco Entre a Terra e o Cu - Andr Luiz/Chico Xavier Foras Sexuais da Alma - Jorge Andra Nos Alicerces do Inconsciente - Jorge Andra

5 O PENSAMENTO: IDEOPLASTIA E CRIAES FLUDICASO Princpio Inteligente (P.I.), atravs de sua longa viagem pelos Reinos da Natureza, foi desenvolvendo caractersticas e aptides importantes e indispensveis para a sua evoluo. Funes rudimentares e simples, se transformaram, com o passar do tempo, em funes cada vez mais especializadas e complexas. Da funo desenvolvida por uma nica organela celular tivemos o aparecimento de maravilhosos e competentes aparelhos e sistemas orgnicos. Tudo isso exigiu um controle eficiente e preciso; assim o P.I. foi desenvolvendo simultaneamente o sistema nervoso, para desempenhar esta tarefa. Aps milnios, de evoluo estava pronto o espetacular rgo do corpo humano, o crebro, que passou a ser o dirigente e o gerente de cada repartio do corpo fsico do homem.

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5.1 O CrebroAo nascimento, o crebro humano pesa aproximadamente 500 gramas e possui cerca de 100 milhes de neurnios (clulas nervosas). No adulto o crebro pesa aproximadamente 1500 gramas e tem tambm cerca de 100 milhes de neurnios. Sabemos, que a partir do nascimento, o homem vai desenvolvendo cada vez mais as suas aptides, e este desenvolvimento, como vimos, no decorre da multiplicao das clulas nervosas. Hoje sabemos que este fato se d pelo aumento crescente da unio entre estas clulas, ou seja, de sinapses nervosas (nome que a Cincia d unio entre as clulas nervosas). Assim, o que diferencia o crebro de uma criana do crebro de um adulto o nmero de sinapses nervosas. A Cincia atual aceita que a maior ou menor aptido cerebral, se deve ao maior ou menor nmero de sinapses nervosas. Podemos tambm estender estes conhecimentos aos animais, diferenciando-os em aptides de acordo com o nmero de sinapses nervosas. O que muito interessante, que o fator determinante para termos mais ou menos sinapses diretamente proporcional ao exerccio e ao estmulo constante ao sistema nervoso, e tambm, que essa capacidade de formar sinapses, ao contrrio que muitos pensam, a mesma do nascimento ao tmulo, ou seja independe da idade do indivduo demonstrando cientificamente que, realmente, nunca tarde para estudar e aprender. Qualquer atividade nossa comandada pelo crebro, desde as mais simples, como o piscar dos olhos, at as mais complexas como escrever, falar, etc. Se acompanharmos a evoluo do P.I., vamos observar que as aptides aps serem conquistadas, so armazenadas como patrimnio eterno do ser. medida que aptides mais complexas se desenvolvem, as mais simples passam ao controle do inconsciente (automatismo). Podemos assim dizer que: o crebro comanda o nosso corpo fsico utilizando-se de ordens conscientes (falar, escrever, andar, etc.) e ordens inconscientes (piscar os olhos, bater o corao, respirar, etc.). A Cincia da Terra consegue explicar como ocorrem as alteraes cerebrais diante de um estmulo, qual a rea do crebro responsvel pelo controle de certa funo orgnica, explica como a ordem, partindo do crebro, atinge o rgo efetor. A Cincia terrena se perde quando no consegue entender o motivo pelo qual, a um mesmo estmulo, duas pessoas respondem de forma to diferente em certas circunstncias. Por que duas pessoas ao ouvirem uma mensagem ou uma msica, uma chega s lgrimas, enquanto a outra mostra-se indiferente. Para entendermos este aspecto, temos de recorrer cincia no convencional. O Espiritismo nos explica este fato com clareza. Ns espritas sabemos a diferena entre o Esprito encarnado e o Esprito desencarnado, e entre outras coisas, que o encarnado, por precisar atuar sobre a matria densa, necessita do corpo fsico. A Doutrina Esprita, nos ensina que o corpo fsico desde o momento da concepo formado tendo como molde o perisprito. Nosso corpo fsico uma cpia de nosso corpo perispiritual (rplica rudimentar). Guardando certos limites, podemos afirmar que o crebro humano uma rplica do crebro perispiritual, e que este crebro fsico seria rudimentar quando comparado ao crebro perispiritual, pois nem todas as caractersticas so passadas ao corpo fsico, mas apenas as possveis e necessrias a cada reencarnao. Seriam dois computadores de geraes diferentes.

5.2 O PensamentoA cincia esprita nos ensina que a ordem realmente nasce na vontade do Esprito que, por uma "vibrao nervosa", faz vibrar certa regio de nosso crebro perispiritual e este emite uma outra "vibrao nervosa" que faz a rea correspondente no crebro fsico emitir uma ordem ao rgo efetor do corpo fsico.

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Ou seja, quem realmente responde ao estmulo do meio o Esprito, e a resposta ganha o corpo fsico atravs do perisprito. O Esprito pensa e manda, o perisprito transmite e o corpo fsico materialmente responde. No exemplo que citamos, o Esprito ao ouvir a mensagem ou a msica responde ao estmulo. aps julg-lo utilizando-se de todo seu patrimnio moral e intelectual, adquirido em reencarnao sucessivas, explicando assim a resposta diferente de dois Espritos ao mesmo estmulo. Ou seja, ocorre na matria a exteriorizao de tudo aquilo que existe no Esprito como um todo. Albert Einstein afirmava que todos ns vivemos em um Universo de energias, que a matria , na verdade, a apresentao momentnea da energia, como a gua que pode apresentar-se em seus trs estados (slido, lquido e gasoso). O sbio cientista nos ensinou que toda fonte de energia propaga sua influncia no Universo atravs de ondas (ex.: fonte de calor com ondas de calor, fonte sonora com ondas sonoras, fonte luminosa como ondas de luz, etc.), e que esta influncia vai at ao infinito. Ao campo de influncia, existente ao redor de toda fonte de energia (matria), a Cincia deu o nome de "CAMPO DE INFLUNCIA DE EINSTEIN". Se analisarmos o campo de influncia de uma fonte de energia, vamos conseguir deduzir aspectos importantes desta fonte, mesmo sem conhec-la diretamente (o estudo feito pelos astrnomos com a irradiao emitida das estrelas). Cada fonte de energia tem o seu campo de influncia prprio. Quando o Esprito pensa, estando encarnado ou no, pois como vimos, quem pensa o Esprito e no o crebro fsico, ele funciona como uma fonte de energia, criando as ondas mentais (partculas mentais) gerando em torno de si o CAMPO DE INFLUNCIA DA MENTE HUMANA, conhecido com o nome de hlito mental, como nos ensina o autor espiritual Andr Luiz. Como cada um de ns pensa de acordo com o seu patrimnio intelecto-moral, emitimos ondas mentais diferentes, ou seja, cada um de ns tem o seu Hlito Mental prprio HLITO MENTAL INDIVIDUAL. Projetamos constantemente uma vibrao nas partculas que compem nosso perisprito de acordo com a nossa evoluo (cor, cheiro, sensao agradvel) ou desagradvel e algum que se aproxima de ns. A espiritualidade nos ensina que um grupo de Espritos (encarnados ou desencarnados) que pensa da mesma forma (evoluo semelhante) formam um Hlito Mental de um Grupo, HLITO MENTAL DE UMA COLETIVIDADE. Como vimos, a energia de uma fonte se propaga atravs de ondas. A Fsica nos ensina que o que diferencia uma onda de outra, so suas caractersticas fsicas como: amplitude, freqncia, comprimento, etc. Assim, uma onda seria luminosa, outra de calor, outra sonora, outra mental, segundo estas caractersticas fsicas. Para simplificarmos a anlise, utilizaremos apenas a freqncia de uma onda, ou seja, o nmero de ciclos em determinado tempo (ciclos por segundo). Assim teramos ondas de alta, mdia e baixa freqncia. A fsica tambm nos ensina que o campo de influncia das ondas que esta fonte emite maior quando maior a freqncia (ex.: emissoras de rdio que emitem ondas de mais elevada freqncia atingem maior distncia de seu sinal). A espiritualidade nos ensina que esta lei obedecida na Cincia espiritual, ou seja, quanto mais evoludo moralmente o Esprito (encarnado ou desencarnado) mais alta a freqncia de suas ondas mentais. Assim Espritos muito evoludos emitem ondas de altssima freqncia (maior o seu campo de influncia) e Espritos pouco evoludos ondas de baixa freqncia (menor o campo de influncia). Assim, obedecendo a uma lei fsica, podemos afirmar que o poder de influncia do Bem muito maior do que do Mal. A Fsica da Terra nos diz que fontes que emitem ondas de freqncias iguais se atraem e fontes que emitem ondas de freqncia deferentes se repelem. Assim tambm ocorre com o Esprito, esteja ele encarnado ou no. O local (dimenso) do Universo onde Espritos que emitem o mesmo tipo de HLITO MENTAL se encontram recebe o nome de FAIXA VIBRATRIA, ou FAIXA DE PENSAMENTO, ou FAIXA DE INFLUNCIA. Quando se acha em uma faixa vibratria, o Esprito que a est atrai e atrado para esta faixa, ou seja, alimenta e alimentado dos sentimentos dessa faixa de pensamentos ou de sentimentos. Devemos

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nos burilar, no sentido de sempre estarmos em faixas vibratrias mais evoludas; tudo depende dos sentimentos (ondas) que criamos diuturnamente.

5.3 IdeoplastiaIdeoplastia - palavra de origem grega que trata do estudo das formas atravs do pensamento. Na literatura esprita, tambm podemos encontrar outras designaes com o mesmo significado: criaes fludicas, formas-pensamento, imagens fludicas, ou, ainda, construes mentais. Sendo os fluidos espirituais a atmosfera dos seres espirituais, os Espritos tiram desse elemento os materiais sobre os quais operam; nesse meio que ocorrem os fenmenos perceptveis a sua viso e a sua audio.

5.3.1 Mecanismo e DuraoOs Espritos atuam sobre os fluidos espirituais empregando o pensamento e a vontade, seus principais instrumentos de ao. Por este mecanismo, eles podem imprimir aos fluidos, direo, pode lhes aglomerar, combinar, dispersar, organizar, podendo tambm, mudar-lhes as propriedades. dessa forma que as guas podem ser fluidificadas, adquirindo certas qualidades curadoras. O pensamento reflete-se no perisprito, que sua base e meio de ao; ele reproduz todos os movimentos e matizes. Na medida em que o pensamento se faz, instantaneamente o corpo fludico retrata as formas criadas, deixando de existir to logo o mesmo pensamento cesse de agir naquele sentido. Para o Esprito que , tambm ele, fludico, todas as criaes mentais so to reais como eram no estado material quando encarnado; mas, pela razo de serem fruto do pensamento, sua existncia to fugidia quanto a deste. O pensamento pode materializar-se criando formas de longa durao conforme a persistncia da onda em que se expressa.

5.3.2 ClassificaoAs construes mentais podem resultar de uma inteno (voluntria) ou de um pensamento inconsciente (involuntria). Basta que o Esprito pense numa coisa para que esta se reproduza. Tenha um homem, por exemplo, a idia de matar a outro, embora o corpo material se lhe conserve impassvel, seu corpo fludico posto em ao pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste ltimo; executa fluidicamente o gesto. A imagem da vtima criada e a cena toda pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola na mente. Isto permite entender por que todo e qualquer pensamento pode tornar-se conhecido: por evidenciar-se no corpo fludico, pode ser percebido por outros Espritos, encarnados ou desencarnados, que estejam vibrando em sintonia. Mas, importante considerar que o que realmente visto pelo observador a inteno. Sua execuo, todavia, vai depender da persistncia de propsitos, de circunstncias que a favoream. Modificadas as intenes, os planos tambm sofrero mudanas. As criaes fludicas inconscientes retratam as preocupaes habituais do indivduo, seus desejos, seus projetos, seus anseios, desgnios bom ou maus. Elas surgem e se desfazem alternadamente. As idias, as lembranas vividas, em nvel inconsciente, tambm gravitam em torno de quem as elabora. As criaes fludicas, que so fruto de uma inteno, so programadas com um objetivo especfico. Podem ser promovidas por mentores espirituais ou obsessores. A tcnica utilizada, tanto por Espritos bons quanto por Espritos inferiores, a mesma. Os mentores espirituais atiram as lem