estratÉgia e programa de saÚde da famÍlia
TRANSCRIPT
ESTRATÉGIA E
PROGRAMA DE
SAÚDE DA
FAMÍLIA
PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
0 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................... 1
1 – PAISC – Programa de Atenção Integral à Saúde da
Criança........................................................................................... 3
2 – PROSAD – Programa de Atenção à Saúde do
Adolescente.................................................................................... 7
3 – PAISM – Programa de Atenção à Saúde da
Mulher.............................................................................................. 09
4- PAISA – Programa de Atenção Integral à Saúde do
Adulto................................................................................................. 13
4.1 – Saúde Do Homem......................................................................... 13
4.2 – Hiperdia (Hipertensão e diabetes)................................................. 14
4.3 – Controle da Tuberculose e Eliminação da Hanseníase................ 19
5- PAISI – Programa de Assistência Integral à Saúde do
Idoso................................................................................................. 21
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E RECOMENDADAS...................... 27
APÊNDICES....................................................................................... 33
ANEXOS............................................................................................... 37
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
1 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
INTRODUÇÃO
Já vimos nos módulos anteriores que a Saúde da Família trabalha com práticas
interdisciplinares desenvolvidas por equipes que se responsabilizam pela saúde da
população a ela adscrita e na perspectiva de uma atenção integral humanizada,
considerando a realidade local e valorizando as diferentes necessidades dos grupos
populacionais.
Aprendemos também que a função da Equipe de Saúde da Família é prestar
assistência contínua à comunidade, acompanhando integralmente a saúde da
criança, do adulto, da mulher, dos idosos, enfim, de todas as pessoas que vivem no
território sob sua responsabilidade, com respeito as suas particularidades.
Em paralelo a esta estratégia o Governo Federal tem estabelecido programas de
saúde voltados para atender a população por divisões cronológicas, bem como
outros programas voltados para problemas de saúde específicos e que acabam por
se inter-relacionar com a estratégia de saúde da família como estratégia de
organização da Atenção Primária à Saúde.
Neste capítulo, vamos fazer uma abordagem à relação entre a Saúde da Família
com os programas de saúde específicos direcionados à população de diferente faixa
etária e gênero, como já citamos: Saúde da Criança, Saúde do Adulto, Saúde do
Idoso. Abordaremos também os principais programas voltados para patologias
específicas como a hipertensão arterial e o diabetes mellitus, que atualmente se
apresentam interligadas à grande incidência de doenças do aparelho
cardiocirculatório e por fim aos programas de controle de tuberculose e eliminação
da hanseníase.
Voltamos a lembrar mais uma vez que este material não é ao todo inédito, mas sim
baseado nas discussões teóricas de autores diversos, bem como na produção
teórico-científica e legislativa do Ministério da Saúde, no que diz respeito ao
Programa de Saúde da Família e demais programas, e que deverão nortear
permanentemente a rotina da assistência á saúde.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
2 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Por fim, é necessário ressaltar que a abordagem que faremos aqui, é estritamente
voltada para a visão de gestão dos serviços, não sendo nossa intenção fazer
abordagem de âmbito clínico. As questões clínicas deverão ser esclarecidas através
dos protocolos e diretrizes clínicas publicadas e disponibilizadas pelo Ministério da
Saúde e demais referencias em saúde.
Ao final deste caderno, você encontra um demonstrativo de cadernos e protocolos
do ministério que estarão sempre à sua disposição em vias impressas nas unidades
de saúde e em via eletrônica através das bibliotecas virtuais em saúde e no site do
Ministério.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
3 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
1- PAISC – Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança:
Com enfoque nas ações básicas de saúde de alto custo-
efetividade, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento,
aleitamento materno e orientação para o desmame, controle de
doenças diarreicas, de infecções respiratórias agudas e de
doenças que se podem prevenir por imunização.
1.1 - Saúde da Criança:
A legislação brasileira, por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente, reforça o
compromisso pela promoção do bem-estar desses pequenos cidadãos e a
responsabilidade que não esta apenas na família, mas no Estado e na sociedade
como um todo. Por essa razão, a atenção à saúde da criança deve ser pensada
segundo a necessidade de envolvimento de diversos setores para alcance deste fim.
Os cuidados com a saúde infantil estão entre as ações essenciais da estratégia de
Saúde da Família e das políticas públicas em geral, afinal a própria taxa de
mortalidade infantil, além de um indicador de saúde, é um importante indicador de
desenvolvimento das nações. As atividades desenvolvidas por seus profissionais
prezam por um atendimento de saúde mais humano e de melhor qualidade para as
crianças de suas áreas adscritas, visualizando não apenas a redução da
mortalidade, mas a promoção da qualidade de vida para as crianças crescerem e
desenvolverem todo o seu potencial.
Seguindo o princípio da equidade estabelecido pelo SUS, que estabelece maior
atenção a quem mais precisa na atenção à saúde da criança desenvolvida pelas
equipes de Saúde da Família é possível priorizar grupos específicos, considerados
de maior risco de adoecer e que consequentemente demandam maior atenção nas
ações dessa política de saúde: gestantes e puérperas, recém-nascidos, a criança
menor 5 anos, a criança portadora de deficiência e aquelas egressas de internações.
Como podemos perceber a atenção à saúde infantil começa bem antes do próprio
nascimento, já pela qualidade do pré-natal, associado à saúde da mulher visando a
atenção clínico-ginecológica com ênfase na anticoncepção, no atendimento às
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
4 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
mulheres vítimas de violência, às doenças sexualmente transmissíveis/AIDS e à
saúde das adolescentes, importantes tanto para a garantia do intervalo interpartal e
para a prevenção de gravidez indesejada ou de alto risco, quanto para identificar
fatores de risco ou diagnosticar e tratar doenças/problemas que podem com
prometer a saúde da mulher e do recém-nato.
Ela perpassa ainda as várias fases da infância haja vista suas particularidades, em
forma de ações permanentes e sistematizadas, de maneira a contribuir para a
identificação, até mesmo precoce, dos problemas prioritários.
Visando a garantir o atendimento organizado pela equipe de Saúde da Família, o
Ministério da Saúde instituiu, baseado ainda nessa dualidade saúde da
criança/mulher a “Primeira Semana Saúde Integral” quando no momento da
realização do teste do pezinho a equipe de saúde deverá atender integralmente a
criança e a mulher com avaliação das condições de saúde da criança, da mãe,
incentivo ao aleitamento materno e apoio às dificuldades apresentadas, aplicação
das vacinas para a puérpera e a criança, agendamento da consulta de pós-parto e
planejamento familiar para a mãe, e de acompanhamento para a criança, utilizando
o Cartão da Criança.
Toda criança deve receber o “Cartão da Criança”, de preferência ainda na
maternidade. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da
avaliação integral à saúde da criança (0 a 6 anos), que envolve o registro no, Cartão
da Criança, de avaliação do peso, altura, desenvolvimento, vacinação e
intercorrências, o estado nutricional, bem como trás orientações à
mãe/família/cuidador sobre os cuidados com a criança (alimentação, higiene,
vacinação e estimulação) em todo atendimento.
Você pode encontrar o modelo da caderneta de saúde da criança no site do
Ministério da Saúde, através do seguinte endereço:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_5ed.pdf
È relevante ainda, ressaltar que toda a equipe de saúde deve estar muito bem
preparada e capacitada para esse acompanhamento, com destaque para os agentes
comunitários de saúde que tem papel fundamental identificando crianças de risco,
fazendo busca ativa de crianças faltosas ao calendário de acompanhamento do
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
5 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
crescimento e desenvolvimento, detectando e abordando adequadamente as
alterações na curva de peso e no desenvolvimento neuro-psicomotor da criança e
oferecer especial atenção às patologias prevalentes da infância com destaque para
as diarreias; sífilis e rubéola congênitas; tétano neonatal; HIV/ AIDS; doenças
respiratórias/alergias.
Vale lembrar também que o acompanhamento da criança pela equipe de saúde da
família deve sempre visar estreitar e manter o vínculo da criança e da família com os
serviços de saúde, propiciando oportunidades de abordagem para a promoção da
saúde, de hábitos de vida saudáveis, vacinação, prevenção de problemas e agravos
e provendo o cuidado em tempo oportuno.
A saúde da família trabalha também de forma conjunta com o programa de
Vigilância Alimentar e Nutricional, incluindo desde a avaliação do perfil nutricional,
até a priorização do atendimento de crianças e famílias em programas de
transferência de renda como o Programa Bolsa Família, por exemplo, visando os
seguintes objetivos:
Prevenção da desnutrição,
Acompanhamento pré-natal,
Incentivo ao aleitamento materno e orientação no desmame,
Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento,
Uso do ferro profilático e vitaminas para recém-nascidos prematuros e de
baixo peso, suplementação medicamentosa de vitamina A em áreas
endêmicas,
Suplementação alimentar para gestantes desnutridas, nutrizes e crianças
em risco nutricional,
Promoção de atividades educativas,
Identificação e captação de gestantes desnutridas e crianças em risco
nutricional e/ou desnutridas,
Manter arquivo atualizado de crianças cadastradas e fazer busca ativa de
faltosos ao calendário de acompanhamento proposto pelo referido
programa.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
6 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Outro aspecto importantíssimo na atenção à saúde da criança e que esta inserida no
leque de ações da saúde da família é a questão da imunização, competindo à
equipe as seguintes propostas em sua área de abrangência, segundo
recomendações do Ministério da Saúde:
• Realizar a vacinação de mulheres em idade fértil com a dupla adulto e
tríplice viral;
• Realizar vacinação contra hepatite B na faixa etária de até 19 anos;
• Realizar a vacinação de gestantes com a vacina dupla adulto em casos de
ausência de esquema vacinal, esquema vacinal incompleto, ou completado
há mais de 5 anos;
• Completar esquema com a dupla adulto e tríplice viral no pós-parto e pós-
aborto, se o esquema vacinal não estiver completo;
• Realizar o esquema de vacinação contra hepatite B nas primeiras 12 horas
de vida do recém-nascido. Ressalta-se a necessidade de aplicação de
imunoglobulina anti-hepatite B nos casos de recém-nascidos de mãe HBSag
positivo também nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido;
• Realizar vacinação com o BCG de preferência na maternidade, atingindo
cobertura de 90% das crianças;
• completar o esquema básico de vacinação da criança (ANEXO 1), visando
atingir 95% da população menor de 1 ano vacinada contra a poliomielite
(VOP), contra o tétano, coqueluche, difteria e hemófilos B (tetravalente) e
hepatite b; 95% da população com 1 ano vacinada contra a rubéola, caxumba
e sarampo (tríplice viral);
• vacinar 100% da população menor de 1 ano nos municípios de área
endêmica e de área de transição contra febre amarela.
È de se saber que em algumas situações de maior risco poderá haver necessidade
de atenção do profissional especialista para dar suporte à equipe de saúde da
família ou para acompanhamento de casos mais graves, dentro das possibilidades
locais e de referenciamento regional. No entanto, o compromisso de
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
7 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
acompanhamento da criança pela equipe de saúde da família deve ser mantido, pois
propicia a continuidade da assistência e a abordagem familiar.
Por fim, devemos lembrar que a atenção em saúde da criança deve ser um processo
contínuo, organizado de acordo com as necessidades locais. Portanto, o
planejamento do trabalho das equipes de Saúde da Família referente a saúde
infantil é elemento essencial. Além das informações adquiridas das fontes locais,
dados e informações para tal estão disponíveis, em nível de sistema de informações,
através de vários programas e sistemas de abrangência nacional que podem prover
números e informações importantes e norteadoras. Todos eles podem ser
acessados através da plataforma DATASUS no endereço www.datasus.gov.br.
São eles:
Sistema de informação sobre nascidos vivos (SINASC)
Sistema de informação sobre mortalidade (SIM)
Sistema de informação ambulatorial (SIA)
Sistema de informação da atenção básica (SIAB)
SISPRENATAL
Sistema de informações de agravos de notificação (SINAN)
Sistema de informação sobre internações hospitalares (SIH)
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
8 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
2- PROSAD – Programa de Atenção à Saúde do Adolescente,
fundamentado em áreas prioritárias como o acompanhamento do
crescimento e do desenvolvimento, a sexualidade, a saúde bucal,
a saúde mental, a saúde reprodutiva, a saúde do escolar
adolescente, a prevenção de acidentes, o trabalho cultural, o lazer
e o esporte.
2.1- SAÚDE DO ADOLESCENTE
A adolescência constitui o período de desenvolvimento situado entre a infância e a
idade adulta, uma etapa de crescimento e desenvolvimento humano, marcada por
grandes transformações físicas, psíquicas e sociais.
Atualmente se formos demarcar cronologicamente esse período de vida
encontraremos algumas divergências. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
considera, como adolescência e juventude o período que se estende dos 10 aos 24
anos, identificando adolescentes jovens (de 15 a 19 anos) e adultos jovens (de 20 a
24 anos). Já a lei brasileira, através do Estatuto da Criança e do Adolescente,
considera adolescente o indivíduo de 12 a 18 anos.
Talvez por abranger uma faixa etária um pouco maior, recomenda-se para fins de
atenção a saúde na estratégia de Saúde da Família, que seja adotada a cronologia
do OMS, ou seja, adolescência dos 10 aos 19 anos.
Talvez essa seja a parte da população a ser atendida que mais requer preparo e
habilidades extra clínicas, uma vez que prevalece ainda entre a cultura social a ideia
de que adolescentes são rebeldes, desinteressados e agressivos, o que requer dos
profissionais e serviços um melhor preparo para procurar identificar questões que
possam aumentar o seu grau de vulnerabilidade frente aos riscos, tais como:
questões de gênero associadas com raça/etnia e classe social; condições de vida;
condições de saúde; acesso ou não à informação; insuficiência de políticas públicas
em saúde e educação, etc.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
9 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Um elemento importante e defendido até mesmo no âmbito legal (Estatuto do
Adolescente, Código Penal Brasileiro, códigos de ética profissionais) é a questão da
confidencialidade das informações e privacidade dos adolescentes. Os serviços de
saúde devem estar preparados para oferecer essas prerrogativas, com espaços
adequados e profissionais qualificados.
Vale lembrar também da necessidade do estabelecimento de redes
interinstitucionais entre a unidade de saúde da família e suas equipes, com demais
instituições sociais como: grupos sociais e religiosos, familiares, fábricas,
associações juvenis, sindicatos, clubes, etc.
Em suma, no tocante ao adolescente, a estratégia de saúde da família terá a
oferecer:
1) Visita domiciliar
2) Atendimento individual
3) Atividades em grupo para adolescentes e familiares a fim de:
- desenvolver a capacidade de ouvir, falar e de comunicar-se;
- estabelecer um processo coletivo de discussão e reflexão;
- construir uma experiência de reflexão educativa comum.
Para Silva e Ranña, 2006,
“A adolescência é caracterizada como uma fase de muitas mudanças
físicas, psicológicas e sociais, fazendo do adolescente um
“investigador” do mundo, das pessoas, das coisas e, principalmente, de
si próprio. Desta forma, muitos temas, como sexualidade, doenças
sexualmente transmissíveis, preservativos, drogas, todos eles
diretamente relacionados à saúde, podem ser bastante atraentes.”
(SILVA e RANÑA, 2006, pag.25)
Por fim, é fundamental que a comunidade tenha conhecimento da existência do
serviço disponibilizado para adolescentes e, por isso, a divulgação do serviço,
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
10 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
especialmente para os jovens que nela residem é essencial. O conhecimento por
parte do adolescente, da existência desse tipo de serviço, torna a procura por ajuda,
apoio e tratamento mais fácil e mais garantido.
O Agente Comunitário de Saúde é um ator fundamental na captação dos
adolescentes para as unidades de Saúde da Família, a vez que durante suas visitas
deve incentivar os responsáveis e, principalmente, os próprios adolescentes a
procurem a unidade de saúde de referência diante de qualquer problema ou dúvida.
É preciso lembrar que muitos adolescentes deixam de procurar ajuda e/ou
tratamento porque desconhecem os serviços que lhes são oferecidos.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
11 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
3- PAISM – Programa de Atenção à Saúde da Mulher através de
atividades de assistência clínico-ginecológica, assistência pré-natal e
assistência ao parto e puerpério imediato.
3.1- SAÚDE DA MULHER
Mulheres são atualmente um público que recebe especial atenção no âmbito das
políticas de saúde, tanto por serem a maioria da população, como por serem as
principais frequentadoras dos serviços de saúde.
Desde as primeiras décadas do século XX, a saúde da mulher já fora incorporadas
às políticas públicas de saúde, embora nessa época, ela fosse um tanto limitada,
uma vez que abrangia exclusivamente questões sobre gravidez e a parto. Nessa
época, os programas maternos infantis traduziam a imagem da mulher como seu
papel de mãe e doméstica e preconizavam as ações materno infantis como
estratégia de proteção aos grupos de risco (mulheres e crianças), que tinha acesso
a alguns cuidados de saúde no ciclo gravídico-puerperal, ficando sem assistência na
maior parte de sua vida. Tinham como característica a verticalização e falta de
integração como outros programas e segundo BRASIL, 2004, as metas eram
definidas pelo nível central, sem qualquer avaliação das necessidades da saúde das
populações locais e assim, por consequência, não era possível um alcance
satisfatório nos indicadores de saúde da mulher.
Nessa época, os movimentos feministas voltaram-se para a reivindicação de seus
direitos de assistência que extrapolavam o momento da gestação e parto e ações
que proporcionassem melhorias nas condições gerais de saúde em todos os ciclos
da vida, além de contemplarem os fatores sociais, econômicos, culturais e afetivos.
Sob essa ótica, em 1984 o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência
Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marcando, sobretudo, uma ruptura conceitual
com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para
eleição de prioridades neste campo (BRASIL, 1984).
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
12 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
O próprio processo de desenvolvimento do SUS foi fator muito favorecedor no
período de 84 a 89 e na década de 90, pelas características da nova política de
saúde, pelo processo de municipalização e principalmente pela reorganização da
atenção primária, por meio da estratégia da Saúde da Família.
É de responsabilidade das equipes o desenvolvimento das ações inerentes e
pactuadas através da política de saúde da mulher tais como:
Atenção à Saúde da Mulher Adolescente;
Voltada para a população feminina de 10 a 19 anos, através principalmente de
ações educativas e de redução da vulnerabilidade das adolescentes à saúde sexual
e reprodutiva, com especial atenção para os problemas de DSTs, e da prevenção da
gravidez precoce (abaixo de 20 anos segundo o a OMS).
Atenção à Saúde da Mulher Adulta;
Voltada para população feminina com idade aproximada de 20 a 59 anos, com
atenção para educação em saúde sexual, o planejamento familiar, tratamento, busca
ativa e aconselhamento para as DSTs, atenção a vitimas de violência sexual,
atenção aos cânceres de colo útero e mama, conforme protocolos preconizados pelo
Ministério da Saúde, além da atenção durante a gravidez, parto e puerpério.
O ministério da Saúde preconiza hoje, o numero de pelo menos 6 consultas de pré-
natal para mulher grávida visando o acompanhamento adequado de mãe e feto, a
redução da mortalidade materna e neonatal e a humanização do parto e puerpério.
A perfeita organização das equipes de saúde da família, bem como sua articulação
com a o serviço de maternidade, devem estar adequadamente preparados para
garantir a todas as gestantes de sua área esse direito fundamental. Desde o
atendimento na unidade de saúde da família, como através das visitas domiciliares,
essas gestantes devem ser “captadas”, buscadas e orientadas, para o cadastro no
sistema de informação de pré-natal, bem como seu acompanhamento regular pela
equipe.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
13 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Lembramos ainda que outro aspecto muitíssimo importante para que deve estar
muito bem estruturado o serviço de saúde da família, é para a questão, da busca
ativa de casos e fatores de risco para os cânceres de colo de útero e mama, que
atualmente estão entre as principais causas de mortes por câncer em mulheres.
Especial atenção deve ser dada a população entre 25 e 59 anos no tocante ao
exame de investigação citopatológica do colo do útero, popularmente conhecido
como exame preventivo ou Papanicolau, que está indicado anualmente para a
população feminina nesta faixa etária. Os agentes Comunitários de saúde tem aí um
grande poder de contribuição por conhecerem suas mulheres desta faixa etária e
para o seu acompanhamento. No Brasil, observa-se que o maior número de
mulheres que realizam o exame Papanicolau está abaixo de 35 anos de idade,
enquanto o risco para a doença aumenta a partir dessa idade
Já o rastreamento para o câncer de mama, é feito através da mamografia anual para
mulheres acima de 40 anos, ou acima de 35 em casos de grande fator de risco. Esta
deve ser oferecida às mulheres nesta idade sempre que existir o contato com a
mesma, e a supervisão nas micro áreas podem ser muito bem realizadas pelos
agentes comunitários de saúde.
Mulher no Climatério e Menopausa;
Esse é o período da vida da mulher que embora algumas passem ilesas por ele, em
contrapartida algumas delas apresentam sintomas variáveis em razão do brusco
desequilíbrio hormonal. Além disso, existem fatores externos, sociais e afetivos que
também irão influenciar na apresentação em maior ou menor grau dos referidos
sintomas.
Os manuais do Ministério da Saúde voltados para a promoção da saúde da mulher
na proposta da estratégia de Saúde da Família e ressaltam para a atenção em
saúde nessa fase da vida, a necessidade de compreensão por parte dos
profissionais que a ela acompanham, os aspectos relacionados ao estilo de vida
saudável, como uma dieta adequada e controle do peso, atividades física a fim de
evitar uma série de doenças crônico-degenerativas, de elevada morbimortalidade,
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
14 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
além da garantia de disponibilidade de tempo para lazer e convivência com
familiares e amigos, a dedicação a uma atividade produtiva e o acesso à informação.
Para atingir os princípios de humanização e da qualidade da atenção à mulher
recomendados pelo Ministério da Saúde, os serviços da estratégia de Saúde da
Família deverão estar organizados de forma a garantir os seguintes elementos:
o – acesso da população feminina às ações e aos serviços de saúde nos três
níveis de assistência (a saúde da família deverá sempre estar articulada com
os demais serviços de média e alta complexidade, visando a resolutividade);
o – captação precoce e busca ativa das usuárias;
o – disponibilidade de recursos tecnológicos e uso apropriado, de acordo com
os critérios de evidência científica e segurança da usuária;
o – capacitação técnica dos profissionais de saúde e funcionários dos serviços
envolvidos nas ações de saúde para uso da tecnologia adequada,
acolhimento humanizado e práticas educativas voltadas à usuária e à
comunidade;
o – disponibilidade de equipamentos e materiais educativos;
o – acolhimento amigável, buscando-se a orientação da clientela sobre os
problemas apresentados e possíveis soluções, assegurando-lhe a
participação nos processos de decisão em todos os momentos do
atendimento e tratamentos necessários;
o - disponibilidade de informações e orientação da clientela, familiares e da
comunidade sobre a promoção da saúde, assim como os meios de prevenção
e tratamento dos agravos a ela associados;
o – estabelecimento de mecanismos de avaliação continuada dos serviços e do
desempenho dos profissionais de saúde, com participação da clientela;
o – análise de indicadores que permitam aos gestores e profissionais monitorar
o andamento das ações, o impacto sobre os problemas tratados e a
redefinição de estratégias ou ações que se fizerem necessárias.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
15 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
4- PAISA – Programa de Atenção Integral à Saúde do Adulto
(priorização de agravos específicos como hipertensão arterial,
diabetes mellitus, tuberculose, hanseníase).
4.1- SAÚDE DO HOMEM
Seja pelas variáveis socioculturais, seja pela dificuldade de reconhecer suas
necessidades, o homem, ao contrário da mulher, é o personagem que geralmente
menos procura os serviços de saúde, privando-se da proteção necessária à
preservação de sua saúde, e em consequência, vários estudos já demonstraram sua
maior vulnerabilidade para adoecer ou mesmo morrer, com relação às mulheres.
Frente a essa realidade o Ministério da Saúde institui em 2008 a Política Nacional
de Saúde do Homem, passando a incorporá-la às práticas da Saúde da Família.
Para que os princípios preconizados por esta política de humanização e da
qualidade da atenção integral à saúde do homem sejam efetivamente alcançados
pela estratégia de saúde da família, devemos atender aos seguintes elementos:
Garantia de cesso da população masculina aos serviços de saúde
organizados em rede, possibilitando melhoria do grau de resolutividade dos
problemas e acompanhamento do usuário pela equipe de saúde;
Informações e orientação à população-alvo, aos familiares e a comunidade
sobre a promoção, prevenção e tratamento dos agravos e das enfermidades
do homem;
Prevenção e orientação com fins de redução das mortes e acidentes por
causas externas e violências, que atualmente estão como a principal causa
de mortes entre homens, principalmente os mais jovens;
Captação precoce da população masculina nas atividades de prevenção
primaria relativa às doenças cardiovasculares e cânceres, entre outros
agravos recorrentes;
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
16 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Capacitação técnica dos profissionais de saúde para o atendimento das
disfunções sexuais masculinas e para orientação e tratamento das DSTs;
Ampliar e qualificar a atenção ao planejamento reprodutivo masculino,
inclusive a assistência à infertilidade;
Estimular a participação e inclusão do homem nas ações de planejamento de
sua vida sexual e reprodutiva, enfocando inclusive a paternidade responsável;
Elaboração e análise dos indicadores que permitam à equipe monitor as
ações e avaliar seu impacto, redefinindo as estratégias e/ou atividades que se
fizerem necessárias;
Estimular, na população masculina, através da informação, educação e
comunicação, o autocuidado com sua própria saúde;
Solicitar parceria com os movimentos sociais e populares, e outras entidades
organizadas para divulgação ampla das medidas preventivas;
4.2- HIPERDIA
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a mais frequente das doenças
cardiovasculares e o principal fator de risco para as complicações mais comuns
como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal
crônica terminal e muitas outras.
Não obstante, o Diabetes Mellitus também vem assumindo hoje posição de uma
epidemia mundial sendo um grande desafio para os sistemas de saúde de todo o
mundo.
No Brasil, segundo pesquisas e dados disponíveis através dos sistemas de
informação em saúde, a hipertensão arterial e o diabetes juntas são responsáveis,
pela primeira causa de morte e de hospitalizações – as doenças cardiovasculares –
além de amputações de membros inferiores, insuficiência renal crônica submetidos
à diálise, sendo responsáveis por em gasto enorme por parte dos sistemas públicos
de saúde.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
17 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Diante desses dados, o Governo Federal verificou a necessidade de criar um
programa que, através de um sistema pudesse cadastrar e acompanhar pessoas
hipertensas e diabéticas. Sendo assim, criou em 04 de março de 2002, através da
Portaria nº 371/GM, o programa Hiperdia.
Trata-se de um programa que permite cadastrar e acompanhar os portadores de
hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus, captados e vinculados às equipes de
estratégia de Saúde da Família, gerando informações para profissionais e gestores
das secretarias municipais, estaduais e ministério da saúde.
O programa permite ainda acompanhar e monitorar de forma contínua a qualidade
clínica da população assistida, garantindo a distribuição dos medicamentos
prescritos, ao mesmo tempo em que, pode se definir um perfil epidemiológico da
população e consequentemente desenvolver políticas de saúde pública que levem à
modificação do quadro atual e a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.
Na Prática, o programa envolve o acompanhamento clínico dos pacientes
cadastrados, ações de educação em saúde, a busca ativa dos pacientes faltosos às
consultas de rotina que devem ser agendadas previamente, busca ativa daqueles
portadores de fatores de risco, triagem da população, e ainda o incentivo àqueles
com dificuldade de adesão ao tratamento, com responsabilização para tal de todos
os membros atuantes na estratégia de saúde da família, que deverão atuar de
acordo com suas competências nas seguintes ações:
4.2.1- Controle de Hipertensão
Diagnóstico de casos.
Diagnóstico clínico.
Cadastramento dos portadores no sistema.
Busca ativa de casos:
o Medição de P. A. de usuários.
o Visita Domiciliar.
o Inserção no Programa de Hipertensão.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
18 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Tratamento dos casos:
o Acompanhamento ambulatorial e domiciliar.
o Fornecimento de medicamentos.
o Acompanhamento domiciliar de pacientes com sequelas de AVC e outras
complicações.
Diagnóstico precoce de complicações:
o Referência para exames laboratoriais complementares.
o Referência para ECG.
o Referência para RX de tórax.
o Realização de exames clínico odontológico.
1º Atendimento de urgência:
o 1º Atendimento às crises hipertensivas e outras complicações.
o Acompanhamento domiciliar.
o Fornecimento de medicamentos.
Atendimento à Saúde Bucal:
o Ações para diagnóstico, reabilitação e controle das patologias bucais, visando à
prevenção dos quadros de agravamento e complicações decorrentes da
hipertensão.
Controle de Hipertensão
Diagnóstico de casos.
Diagnóstico clínico.
Cadastramento dos portadores.
Busca ativa de casos:
o Medição de P. A. de usuários.
o Visita Domiciliar.
o Inserção no Programa de Hipertensão.
Tratamento dos casos:
o Acompanhamento ambulatorial e domiciliar.
o Fornecimento de medicamentos.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
19 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
o Acompanhamento domiciliar de pacientes com sequelas de AVC e outras
complicações.
Diagnóstico precoce de complicações:
o Referência para exames laboratoriais complementares.
o Referência para ECG.
o Referência para RX de tórax.
o Realização de exames clínico odontológico.
1º Atendimento de urgência:
o 1º Atendimento às crises hipertensivas e outras complicações.
o Acompanhamento domiciliar.
o Fornecimento de medicamentos.
Atendimento à Saúde Bucal:
o Ações para diagnóstico, reabilitação e controle das patologias bucais, visando
à prevenção dos quadros de agravamento e complicações decorrentes da
hipertensão.
Medidas Preventivas do HA:
o Ações educativas para controle de condições de risco (obesidade, vida
sedentária, tabagismo) e prevenção de complicações.
o Ações educativas e de controle das patologias bucais.
4.2.2- Controle da Diabetes Melittus
Diagnóstico de casos:
Investigação em usuários com fatores de risco.
Cadastramento dos portadores.
Busca ativa de casos:
o Visita Domiciliar.
Tratamento de casos:
o Acompanhamento ambulatorial e domiciliar.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
20 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
o Educação terapêutica em diabetes.
o Fornecimento de medicamentos.
o Curativos.
Monitorização dos níveis de glicose do paciente:
o Realização de exame dos níveis de glicose (glicemia capilar) pelas unidades
de saúde.
Diagnóstico precoce de complicações:
o Realização ou referência laboratorial para apoio ao diagnóstico de
complicações.
o Referência para ECG.
1º Atendimento de urgência:
o 1º atendimento às complicações agudas e outras intercorrências.
o Encaminhamento ao ambulatório de referência da Regional.
o Acompanhamento domiciliar.
Atendimento em Saúde Bucal:
o Ações para diagnóstico, reabilitação e controle das patologias bucais, visando
à prevenção dos quadros de agravamento e complicações decorrentes do
diabetes.
Medidas preventivas e de promoção da saúde:
o Ações educativas sobre condições de risco (obesidade, vida sedentária).
o Ações educativas para prevenção de complicações (cuidados com os pés,
orientação nutricional, cessação do tabagismo e alcoolismo) controle da PA e
das dislipidemias).
o Ações educativas para auto aplicação de insulina.
o Ações educativas e de controle das patologias bucais buscando proporcionar
condições para o autocuidado.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
21 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Você poderá consultar no final de nosso caderno os modelos de fichas utilizados
para cadastramento e acompanhamento de pacientes hipertensos e diabéticos
inseridos no programa (anexos 3,4 e 5, respectivamente).
4.3- PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE E ELIMINAÇÃO DA
HANSENÍASE.
Tuberculose e hanseníase são doenças transmissíveis passiveis de cura. No
entanto, a prevalência de ambas verificada atualmente ainda se encontra muito
aquém das propostas sugeridas pelo governo federal visando seu controle
eliminação.
No caso da tuberculose, o governo visa o controle da doença nas populações
suscetíveis e da hanseníase busca-se alcançar no país a meta considerada
compatível com o estado de eliminação da doença, ou seja, 1 caso da doença para
no máximo 10.000 habitantes/ano.
De inicio, essa proposta fora assumida exclusivamente pela vigilância
epidemiológica, mas com a ascensão da estratégia de saúde da família e o objetivo
da descentralização das ações, o processo de busca ativa, diagnóstico a tratamento
passa a ser responsabilidade da equipe de Saúde da Família.
4.3.1- Controle da Tuberculose
Busca ativa de casos:
o Identificação de Sintomáticos Respiratórios (SR).
Notificação de casos.
Diagnóstico clínico de casos:
o Exame clínico de SR e comunicantes.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
22 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Acesso a exames para diagnóstico e controle:
o Laboratorial e radiológico –
o Referência para baciloscopia.
o Referência para exame radiológico em SR com baciloscopias negativas (BK-)
Bacilo Koch negativo.
Cadastramento dos portadores.
Tratamento dos casos BK+ Bacilo Koch positivo (supervisionado) e BK (auto
administrado):
o Tratamento supervisionado dos casos BK +.
o Tratamento auto administrado dos casos BK -.
o Fornecimento de medicamentos
o Atendimento às intercorrências.
o Busca de faltosos.
Medidas preventivas:
o Vacinação com BCG.
o Pesquisa de comunicantes.
o Quimioprofilaxia.
o Ações educativas.
4.3.2- Controle da Hanseníase
Busca ativa de casos:
o Identificação de sintomáticos dermatológicos entre usuários.
Notificação dos casos confirmados:
o Encaminhamento dos casos suspeitos para o ambulatório de referência.
Diagnóstico clínico de casos:
o Exame de sintomáticos dermatológicos e comunicantes de casos.
Cadastramento dos portadores.
Acompanhamento dos casos positivos e supervisão do tratamento:
o Acompanhamento ambulatorial e domiciliar.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
23 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
o Avaliação dermato-neurológica.
o Fornecimento de medicamentos.
o Curativos.
o Atendimento de intercorrências.
Controle das incapacidades físicas:
o Atividades Educativas.
Medidas preventivas:
o Pesquisa de comunicantes.
o Divulgação de sinais e sintomas da hanseníase.
o Prevenção de incapacidades físicas.
o Atividades educativas.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
24 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
5- PAISI – Programa de Assistência Integral à Saúde do Idoso, cujo
objetivo fundamental é “conseguir a manutenção de um estado de
saúde com a finalidade de atingir um máximo de vida ativa, na
comunidade, junto à família, com o maior grau possível de
independência funcional e autonomia” (MS, 2001). Envolve um
conjunto de ações voltadas para promoção, prevenção e recuperação
da saúde ou manutenção de uma qualidade de vida.
5.1- SAÚDE DA POPULAÇÃO IDOSA:
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento como:
“um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível,
universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro,
próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo
o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e,
portanto, aumente sua possibilidade de morte”.
Fruto da melhoria de indicadores de saúde como mortalidade infantil e morbidade, a
população idosa no mundo vem aumentando consideravelmente e sem dúvidas, boa
parte da população adscrita atendida por qualquer equipe de saúde da família, será
de pessoas nessa fase da vida, dependentes cada vez mais de nossos serviços.
É preciso ter em mente que o cuidado da pessoa idosa deve ser um trabalho
conjunto entre equipe de saúde, família e o próprio idoso. A dependência é o maior
temor nessa faixa etária e evitá-la ou postergá-la passa a ser uma função da equipe
de saúde da família que lhe acompanha, segundo princípios da Política Nacional de
Saúde da Pessoa Idosa, sendo que as ações coletivas na comunidade, as
atividades de grupo, a participação das redes sociais dos usuários são alguns dos
recursos indispensáveis para atuação nas dimensões cultural e social no cuidado
com os idosos.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
25 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
O Ministério da Saúde disponibiliza um importante instrumento de avaliação do
estado de saúde do idoso, a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, que deverá
incorporar também a rotina de atendimento das equipes de Saúde da Família, tanto
para fins de identificação sistematizada de idosos frágeis ou com risco de
fragilização, como instrumento de avaliação de indicadores. Você poderá encontrá-la
disponível no site do Ministério da Saúde, na parte de publicações, optar pela letra
C ou nas unidades de Saúde da Família ou secretarias de saúde.
Abaixo, você encontra de forma sistematizada a relação de atribuições dos
diferentes profissionais que compõem a Saúde da Família no tocante à atenção à
saúde da pessoa idosa, segundo Ministério da Saúde:
Atribuições Comuns a todos os Profissionais da Equipe:
Planejar, programar e realizar as ações que envolvem a atenção à saúde da
pessoa idosa em sua área de abrangência, conforme orientação deste
Caderno.
Identificar e acompanhar pessoas idosas frágeis ou em processo de
fragilização.
Alimentar e analisar dados dos Sistemas de Informação em Saúde - Sistema
de Informação da Atenção Básica (SIAB) - e outros para planejar, programar
e avaliar as ações relativas à saúde da pessoa idosa.
Conhecer os hábitos de vida, valores culturais, éticos e religiosos das
pessoas idosas, de suas famílias e da comunidade.
Acolher a pessoas idosas de forma humanizada, na perspectiva de uma
abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos com
ética, compromisso e respeito.
Prestar atenção contínua às necessidades de saúde da pessoa idosa,
articulada com os demais níveis de atenção, com vistas ao cuidado
longitudinal ao longo do tempo.
Preencher, entregar e atualizar a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa,
conforme Manual de Preenchimento específico.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
26 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Realizar e participar das atividades de educação permanente relativas à
saúde da pessoa idosa.
Desenvolver ações educativas relativas à saúde da pessoa idosa, de acordo
com o planejamento da equipe.
Atribuições do Agente Comunitário de Saúde – ACS
Cadastrar todas as pessoas idosas de sua micro área e manter o cadastro
atualizado.
Preencher, entregar e atualizar a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa,
conforme seu Manual de Preenchimento específico.
Identificar e encaminhar o idoso frágil à Unidade de Saúde.
Realizar visitas domiciliares às pessoas idosas conforme planejamento
assistencial, dando prioridade às frágeis ou em processo de fragilização.
Buscar a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à
Unidade,mantendo a equipe informada, principalmente, a respeito dos idosos
frágeis.
Estar em contato permanente com as famílias.
Avaliar condições de risco de quedas observáveis no domicílio.
Atribuições do Médico
Realizar atenção integral às pessoas idosas.
Realizar consulta, incluindo a avaliação multidimensional rápida e
instrumentos complementares, se necessário, avaliar quadro clínico e emitir
diagnóstico;
Prescrever tratamento medicamentoso, quando necessário.
Solicitar exames complementares, quando necessário.
Realizar assistência domiciliar, quando necessário.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
27 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Encaminhar, quando necessário, a pessoa idosa à serviços de referências de
média e alta complexidade, respeitando fluxos de referência e contra
referência locais e mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento.
Orientar ao idoso, aos familiares e/ou cuidador sobre a correta utilização dos
medicamentos.
Orientar ao idoso, aos familiares e/ou cuidador a identificação de sinais e/ou
sintomas que requeriam atendimento de saúde imediato.
Realizar atividades de educação permanente e interdisciplinar referente à
atenção à pessoa idosa.
Atribuições do Enfermeiro
Realizar atenção integral às pessoas idosas.
Realizar assistência domiciliar, quando necessário.
Realizar consulta de enfermagem, incluindo a avaliação multidimensional
rápida e instrumentos complementares, se necessário, solicitar exames
complementares e prescrever medicações, conforme protocolos ou outras
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal, observadas as
disposições legais da profissão.
Supervisionar e coordenar o trabalho dos ACS e da equipe de enfermagem.
Realizar atividades de educação permanente e interdisciplinar junto aos
demais profissionais da equipe.
Orientar ao idoso, aos familiares e/ou cuidador sobre a correta utilização dos
medicamentos.
Atribuições do Auxiliar/Técnico de Enfermagem
Realizar atenção integral às pessoas idosas.
Orientar ao idoso, aos familiares e/ou cuidador sobre a correta utilização dos
medicamentos.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
28 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Participar das atividades de assistência básica, realizando procedimentos
regulamentados no exercício de sua profissão na UBS e quando indicado, ou
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários.
Atribuição do Dentista
Realizar atenção integral às pessoas idosas.
Realizar consulta, avaliar quadro clínico, emitindo diagnóstico e realizar
tratamento restaurador, quando necessário.
Solicitar exames complementares, quando necessário.
Realizar os procedimentos clínicos da saúde bucal, incluindo atendimento de
urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais.
Prescrever medicamentos e outras orientações na conformidade dos
diagnósticos efetuados.
Realizar assistência domiciliar, quando necessário.
Supervisionar e coordenar o trabalho do auxiliar de consultório dentário e do
técnico de higiene dental.
Orientar a pessoa idosa, aos familiares e/ou cuidador sobre a importância da
higienização da boca e da prótese;
Encaminhar, quando necessário, a pessoa idosa a serviços de referências de
média e alta complexidade em saúde bucal, respeitando fluxos de referência
e contra referência locais e mantendo sua responsabilização pelo
acompanhamento.
Atribuição do Técnico de Higiene Dental (THD)
Realizar atenção integral às pessoas idosas.
Orientar a pessoa idosa, aos familiares e/ou cuidador sobre a importância da
higienização da boca, próteses e na presença de qualquer anormalidade
comunicar a equipe de saúde.
Desenvolver ações de prevenção e promoção da saúde bucal.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
29 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Apoiar as atividades dos auxiliar de consultório dentário e dos ACS.
Realizar atividades de educação permanente referente à atenção à pessoa
idosa, junto aos demais profissionais da equipe.
Atribuição do Auxiliar de Consultório Dentário (ACD)
Realizar atenção integral às pessoas idosas.
Realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal.
Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal da
pessoa idosa junto aos demais profissionais da equipe.
Apoiar as atividades dos ACS.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
30 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de Parto, Aborto e Puerpério: assistência
humanizada à mulher. Brasília/DF, 2001.
BRASIL, Ministério da Saúde. Planejamento Familiar: manual para o gestor.
Brasília, 2002b.
BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher : Princípios e Diretrizes. Brasília/ DF, 2004.
BRASIL, Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do
Homem. Brasília/ DF, 2008.
BRASIL, Ministério da Saúde. Política de Morbimortalidade por Acidentes e
Violência. Brasília/DF, 2001.
BRASIL, Ministério da Saúde. Políticas e Diretrizes de Prevenção das DST/Aids
entre Mulheres. Brasília/DF, 2003. (Coleção DST-Aids, Série manuais, n. 57).
BRASIL, Ministério da Saúde. Programa de Humanização no Pré-natal e
Nascimento: informações para gestores e técnicos. Brasília, 2001b
BRASIL, Ministério da Saúde. Assistência Integral à Saúde da Mulher: bases da
ação programática. Brasília/DF, 1984.
BRASIL, Ministério da Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS. Manual do
multiplicador adolescente.Brasília/DF, 1997.
BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde e Desenvolvimento da Juventude Brasileira:
construindo uma agenda nacional. Brasília/DF. 1999.
BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde Integral de Adolescentes e Jovens.
Brasília/DF, 2005.
BRASIL, Ministério da Saúde. Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Caderno
da Atenção Básica nº 19, Brasília/DF, 2005.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
31 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
BRASIL, Ministério da Saúde. Manual técnico para o Controle da Tuberculose.
Caderno da Atenção Básica, Brasília/DF, 2005.
BRASIL, Ministério da Saúde. Guia para Controle da Hanseníase, Brasília/DF,
2002.
BRASIL, Ministério da Saúde. Hipertensão Arterial Sistêmica. Caderno da Atenção
Básica nº 15, Brasília/DF, 2005.
BRASIL, Ministério da Saúde. Diabetes Mellitus. Caderno da Atenção Básica nº 16,
Brasília/DF, 2005.
BRASIL, Ministério da Saúde. Agenda de Compromissos para a Saúde Integral
da Criança e Redução da Mortalidade Infantil. Brasília/DF, 2004.
GOMES R, NASCIMENTO EF, ARAÚJO FC. Por que os homens buscam
menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens
com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad. SaúdePública vol.23
no.3 Rio de Janeiro Mar. 2007
SÃO PAULO, Secretaria Municipal de Saúde. Manual de atenção à saúde do
adolescente. São Paulo, 2006.
Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei Federal n°8069 de 13 de julho de 1990.
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm .
Estatuto do Idoso. Lei Federal n°10741 de 1° de outubro de 2003. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/2003/L10.741.htm
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
32 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Caderno de Atenção Básica:
Saúde da Criança. Caderno de
Atenção básica 16.
Disponível em:
200.214.130.94/dab/docs/publicacoes/
cadernos_ab/abcad23.pdf
Cadernos da Atenção Básica –
Controle dos Cânceres do Colo
Uterino e da Mama. Cadernos da
Atenção Básica nº13. Disponível em
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/docum
entos/cardernos_ab/documentos/abca
d13.pdf .
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
1 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Cadernos da Atenção Básica –
Diabetes Mellitus. Cadernos da
Atenção Básica nº16.Disponívelem
http://dtr2004.saude.gov.br/dab/docum
entos/cardernos_ab/documentos/abca
d16.pdf
Caderno da Atenção Básica -
Hipertensão Arterial Sisitemica.
Caderno de Atenção Básica nº 15.
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicac
oes/caderno_atencao_basica15.pdf
Caderno de atenção básica, nº 19
Envelhecimento e saúde da pessoa
idosa. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicac
oes/abcad19.pdf
Manual técnico pré- natal e puerpério.
Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicac
oes/manual_tecnico_prenatal_puerperi
o.pdf
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
2 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Manual de Controle de Doenças
Sexualmente Transmissíveis.
Disponível em:
http://www.aids.gov.br/assistencia/man
ualcontroledst.pdf
Manual de Procedimentos para
Vacinação.
Disponível em:
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/f
unasa/manu_proced_vac.pdf
Caderneta de Saúde da Criança
Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivo
s/pdf/caderneta_idoso.pdf
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
ESTRATÉGIA E PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
3 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Caderneta de Saúde da Pessoa
Idosa
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivo
s/pdf/caderneta_idoso.pdf
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
NOME DA DISCIPLINA AQUI
4 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
APÊNDICE
APENDICE 1- Calendário Nacional Básico de Vacinação da Criança
IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS
Ao
nascer
BCG - ID Dose
única Formas graves de tuberculose
Vacina contra
hepatite B (1)
1ª dose Hepatite B
1 mês
Vacina contra
hepatite B 2ª dose Hepatite B
2 meses
Vacina tetravalente
(DTP + Hib) (2) 1ª dose
Difteria, tétano, coqueluche,
meningite e outras infecções
causadas pelo Haemophilus
influenzae tipo b
VOP (vacina oral
contra pólio) 1ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
VORH (Vacina Oral
de Rotavírus
Humano) (3)
1ª dose Diarréia por Rotavírus
Vacina tetravalente
(DTP + Hib) 2ª dose
Difteria, tétano, coqueluche,
meningite e outras infecções
causadas pelo Haemophilus
influenzae tipo b
4 meses
VOP (vacina oral
contra pólio) 2ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
VORH (Vacina Oral
de Rotavírus
2ª dose Diarréia por Rotavírus
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
NOME DA DISCIPLINA AQUI
5 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
Humano) (4)
6 meses
Vacina tetravalente
(DTP + Hib) 3ª dose
Difteria, tétano, coqueluche,
meningite e outras infecções
causadas pelo Haemophilus
influenzae tipo b
VOP (vacina oral
contra pólio)
3ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
Vacina contra
hepatite B
3ª dose Hepatite B
9 meses Vacina contra febre
amarela (5)
dose
inicial Febre amarela
12
meses SRC (tríplice viral)
dose
única Sarampo, rubéola e caxumba
15
meses
VOP (vacina oral
contra pólio)
reforço Poliomielite (paralisia infantil)
DTP (tríplice
bacteriana)
1º reforço Difteria, tétano e coqueluche
4 - 6
anos
DTP (tríplice
bacteriana 2º reforço Difteria, tétano e coqueluche
SRC (tríplice viral) reforço Sarampo, rubéola e caxumba
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
NOME DA DISCIPLINA AQUI
6 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
APENDICE 2- Calendário Nacional Básico de Vacinação do Adolescente
IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS
EVITADAS
De 11 a 19 anos (na primeira
visita ao serviço de saúde)
Hepatite B 1ª dose Contra Hepatite B
dT (Dupla tipo
adulto) (2)
1ª dose Contra Difteria e
Tétano
Febre amarela
(3)
Reforço Contra Febre
Amarela
SCR (Tríplice
viral) (4)
dose
única
Contra Sarampo,
Caxumba e
Rubéola
1 mês após a 1ª dose contra
Hepatite B Hepatite B 2ª dose contra Hepatite B
6 meses após a 1ª dose contra
Hepatite B Hepatite B 3ª dose contra Hepatite B
2 meses após a 1ª dose contra
Difteria e Tétano
dT (Dupla tipo
adulto) 2ª dose
Contra Difteria e
Tétano
4 meses após a 1ª dose contra
Difteria e Tétano
dT (Dupla tipo
adulto) 3ª dose
Contra Difteria e
Tétano
a cada 10 anos, por toda a vida
dT (Dupla tipo
adulto) (5) reforço
Contra Difteria e
Tétano
Febre amarela reforço Contra Febre
Amarela
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
NOME DA DISCIPLINA AQUI
7 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
APENDICE 3- Calendário Nacional Básico do Adulto e Idoso
IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS
A partir de 20 anos
dT (Dupla tipo
adulto)(1)
1ª dose Contra Difteria e Tétano
Febre amarela
(2)
Dose
inicial
Contra Febre Amarela
SCR
(Tríplice viral)
(3)
Dose
única
Contra Sarampo,
Caxumba e Rubéola
2 meses após a 1ª
dose contra Difteria e
Tétano
dT (Dupla
tipo adulto)
2ª dose Contra Difteria e Tétano
4 meses após a 1ª
dose contra Difteria e
Tétano
dT (Dupla tipo
adulto) 3ª dose Contra Difteria e Tétano
a cada 10 anos, por
toda a vida
dT (Dupla tipo
adulto) (4) reforço Contra Difteria e Tétano
Febre amarela reforço Contra Febre Amarela
60 anos ou mais
Influenza (5) dose
anual
Contra Influenza ou
Gripe
Pneumococo
(6)
dose
única
Contra Pneumonia
causada pelo
pneumococo
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
NOME DA DISCIPLINA AQUI
8 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
ANEXOS
ANEXO 1 - Modelo de ficha cadastro de hipertensos(frente).
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
NOME DA DISCIPLINA AQUI
9 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
NOME DA DISCIPLINA AQUI
10 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
ANEXO 2- Modelo de Ficha cadastro de hipertensos (Verso).
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
NOME DA DISCIPLINA AQUI
11 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
ANEXO 3- Modelo de Ficha de Acompanhamento de Hipertensos.
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
NOME DA DISCIPLINA AQUI
12 WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521
SITES E LINKS SUGERIDOS PARA BUSCA DE INFORMAÇÕES:
http://www.saude.gov.br/ - Site do Ministério da Saúde com informações
diversas sobre dados de saúde no país, decretos e portarias do Ministério, etc.
contém links para os sistemas de informação mencionados neste caderno,
além do que disponibiliza todos os cadernos de atenção básica, protocolos e
cadernos de políticas mencionados.
http://www.datasus.gov.br – Proporciona consulta a dados referentes ao SUS,
banco de dados por unidade da federação e municípios. É possível acessar
dados da RIPSA (Rede Interagencial de Informações para a Saúde) -
“Indicadores e Dados Básicos - Brasil” (IDB), contendo dados demográficos,
socioeconômicos, de mortalidade, de morbidade, fatores de risco, de recursos
e cobertura de profissionais e serviços.
http://www.funasa.gov.br – site da Fundação Nacional de Saúde, com “link”
para o CENEPI (Centro Nacional de Epidemiologia) e outros. Permite o acesso
ao periódico Informe Epidemiológico do SUS. Traz informações sobre o
trabalho da Fundação, projetos, artigos e publicações (como o Informe
Epidemiológico do SUS, Guia de Vigilância Epidemiológica), entre outros.