estimulação dupla para a transformação colaborativa de
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Estimulação dupla para a transformação colaborativa de sistemas agrícolas: o papel dos
modelos para a agência de construção
Vänninen, I.; Querol, M.; Engeström, Y.
Problemas
Agricultores faziam o controle de pragas de forma individual, que não era suficiente para controlar a mosca branca.
As ações de um levavam a consequências aos outros. Por exemplo, quando um retirava o material de suas estufas espalhava as moscas brancas para outras estufas próximas.
Falta de comunicação entre os agricultores.
Conflito entre agricultores sazonais e anuais devido ao mercado.
Mudanças históricas na forma de produzir não permitia a eliminação da praga.
6.10.2021 © Maa- ja elintarviketalouden tutkimuskeskus 3
Individualperspective…
…collective perspective
Interpretação Teórica do Problema
• Unidade de análise rede de sistemas de atividades relativamente independentes.
• A mosca branca (praga) é um runaway object, objeto fugidio que não existe ponto de controle.
• Necessidade de expandir a forma de entender o problema e criar um novo modelo de manejo de praga coletivo.
ABORDAGEM TEÓRICA
Mediação Cultural da ação humana
Sujeito Objeto
Instrumentos
Resultados
Expansão
Objeto 1
Instrumento 1
Sujeito
Resultado com mediação do instrumento 1
Novo objeto 2
Resultado esperado com instrumento 2
Novo instrumento 2 expandido
Agência transformadora
• Expansão requer agência transformadora.
• A capacidade de formar e implementar intenções que vão além do rotinas e condições dadas da atividade de trabalho em que os sujeitos estão envolvidos, para transformar qualitativamente essa atividade de trabalho (Engestrom ¨ & Sannino, 2013).
• Capacidade de transformar / expandir a sua atividade.
Como resolver uma tarefa além da capacidade atual?
Sujeito Objeto
Instrumentos
Resultados
• As tarefa experimentada por uma criança em um contextoexperimental é em geral acima das suas capacidades e não consegueresolver com as habilidades existentes.
• Nesses casos um objeto neutro é colocado próximo à criança e frequentemente observamos como o estímulo neutro é usado nasituação e toma a função de um sinal.
• Portanto, a criança ativamente incorpora o objeto neutro no processode resolução do problema.
• Podemos dizer que quando surgem situações difíceis um estímuloneutro adquire a função de a partir deste ponto entrar na estrutura da operação que assume um caráter essencialmente diferente. (Vygotsky, 1978, p. 74)
• Usando esta abordagem nós não nos limitamos aométodo usual de oferecer ao sujeito um simples estímulo e esperamos uma resposta direta.
• Em vez disso nós oferecemos um segundo estímuloque tem uma função especial. Desta forma nós somoscapazes de estudar o processo de resolução de umatarefa com a ajuda de um mediador auxiliarespecífico.
• Portanto, nós somos também capazes de descobrir a estrutura interna de desenvolvimento de processospsicológicos superiores.
Auto-confrontação com dados espelho processo de mediação
Subject Dados espelho Questionamento: por que fez isso?
Instrumentos analíticos implícitos
Auto-confrontação já é um conceito conhecido na Ergonomia. A ideia é o sujeito se confrontar consigo mesmo, suas práticas.
Ao ser confrontado o sujeito usa os instrumentos que já possui para tentar resolver a tarefa ou responder as perguntas do entrevistador. Porém,
A auto-confrontação é eficiente em criar necessidade de mudança, colocando o sujeito em conflito de interesse, no entanto, não o ajuda a sair do impasse.
Estimulação dupla como processo de remediação cultural
Sujeito Objeto: Problema ou tarefa
Resultado da Tarefa
Instrumentos
2º Estimulo
O 2º Estímulo atua como um empoderador, expande a capacidade do indivíduo de resolver o problema.
Pode ser, por exemplo, um modelo que ajuda na análise de um problema. Podendo a ver novas causas que antes não conseguia ver. E consequentemente desenhar soluções que vão além.
Estimulação Dupla para expansão no LM
Sujeito Objeto: Dados espelho
Resultado: Primeiro Estímulo (ex: explique um problema X)
Conceito atual
2º Estímulo
No LM, o intervencionista oferece um primeiro estímulo que pode dados espelho que devem ser analisados, por exemplo.
Novo conceito mais expandido
O Laboratório de Mudanças entre produtores de hortaliças
• 6 sessões
• participantes: agricultores sazonais e anuais, exntensionistas, pesquisadores, o facilitadores e um representante da empresa compradora de hortaliças.
15
Resultados
Primeira fase – conflito de motivos
• Os produtores tiveram que resolver a mosca branca problema, mas não poderia fazê-lo usando métodos tradicionais que incorporam o controle químico e biológico aplicado por atores individuas (produtores de estufa) isolados uns dos outros.
• O conflito já existia antes da intervenção porém havia uma necessidade de expandir a forma de entender o problema.
Necessidade de expansão do objeto
• Interessante apontar que soluções emergiram já na primeira sessão - o monitoramento, porém o mesmo se mantinha a nível individual. O desafio era como ajudar os participantes expandirem a solução para coletiva?
Processo de construção de 2º Estímulos
• 1º Estímulos - Começamos com dados espelho brutos não interpretados. Ex: fotos de práticas indesejáveis, gráficos comparando resultados de infestação de diferentes agricultores, dados de custos, circulo temporal mostrando quando o problema ocorria, falas sobre o problema.
• 2º Estímulos . Qual é o problema e por que ocorre?
”It costs me 5000 euros extra per
year to control whiteflies that are
coming from my neighbour.”
(interview of a seasonal grower
located next to a year-round grower)
Vita flygare hos odlare A, B och C
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
700,0
800,0
900,0
29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27
Odlare A
Odlare B
Odlare C
”This one and only year-round company
in the 1970s, it was called ”dispersal center”
because its neighbouring companies
always
got whiteflies very early in the spring.”
(inter-
view of a retired advisor)
Modelo usado para compreender a interdependência entre os agricultores
© Maa- ja elintarviketalouden tutkimuskeskus
Jan
Feb
Mar
Apr
May
Jun Jul
Aug
Sep
Oct
Nov
Dec
Whiteflies start spreadingfrom year-round crops tooutdoors and infest seaso-nal crops. Year-round toma-to crops are topped and whi-tefly control is relaxed.
Seasonal crops are infested.
Year-round tomatocrops are thrown outand greenhouses arecleaned (unless inter-planting is done)
Whitefliy control in sea-sonal crops is relaxedwhen the plants are top-
ped. Whiteflies moveto newly planted year-round tomato cropsfrom seasonal crops orfrom outdoors wherethey multiply on weeds.
Seasonal tomatoand cucumbercrops are thrownout and greenhou-ses are cleaned
Summer break for mostyear-round crops. .
Year-round crops
Seasonal crops
Subject
Object
Outcomesense,
meaning
Rules Community Division of labor
Instruments:
Processo de expansão do problema• Processo de enriquecimento do
modelo de representação do problema.
• O modelo produzido em uma sessão se tornava o 1º Estimulo em uma próxima sessão.
• Chegando a uma representação mais sistêmica do problema.
Retorno ao conflito de motivos
• Importante apontar que durante as sessões houve um retorno ao conflito de motivos. Os participantes diversas vezes voltaram a discussão para análise de qual era o real problema.
Leaf/plant removal
spreads whitefllies
outside
Weather favours
dispersal of whiteflies
Plants are better hosts for pests
in wintertime?
Chemicals degrade slowly in
artificial light in winter time due
to lack of light
Chemical control used
as backup
Too few or too late
releases of
biocontrol agents
Biocontrol agents do not
perform well in winter
months
High-pressure sodium
lamps (no UV, warmth)
Resistent
whiteflies
Too high
population
growth
Vents are opened for
ventilation
(technology)
Too high
population
growth
Whiteflies breed on
outdoor plants
Inefficient
biocontrol
Biocontrol agents
removed with leaf
removal?
Inappropriate
information and limited
learning
Close proximity
of greenhouses
Immigration to
seasonal crops Immigration to year-
round crops
Modelo ajudou a ver a interdependência entre agricultores
Surge a célula germinal com a ideia básica: compartilhamento de informação e conhecimento
Paul (sessão 3/131): “Acho que talvez devêssemos ter uma coffee meeting
uma vez por mês, ou a cada dois meses, etc. Fale sobre a situação
vivida, o que foi feito e como funcionou ”.
Seus componentes principais surgiram como: a) compartilhamento
de informações e conhecimento sobre a praga, e b) um método de monitoramento padronizado para
produzir dados comparáveis sobre a densidade da praga nas lavouras. (4ª
sessão)
Nurseries with outsour-ced or own monitoring
Club ”NärPest”
Advisor collective
Vitaflygare hos några året runt odlare
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27
A
B
C
D
E
Research collective
Raw data, hypo-thesis building
Information &knowledgefrom raw data,researchresults
General &specific in-formation
Information &knowledge needs
Supportingcollectives
Knowledge sharing and collaborat-ive learning based on boundaryobject (pest density database)
Information searching, knowledge production, sense-making, projectgeneration
Growers with shared interest
Data-base
Zooming in &zooming out
New model of activity:
O processo de estimulação dupla• O processo de formação do motivo é
coletivo.
• O processo de aprendizagem e construção de agência transformadora avançou e retrocedeu durante o processo.
• Os participantes fizeram uso de artefatos auxiliares não apenas para vislumbrar possibilidades de ações, mas para formular o problema em primeiro lugar - em outros palavras, para formar o problema.
Papel dos modelos?
• O processo de formação de problema é bidirecional, ou seja, a motivação era construída e reconstruída com o uso do artefato auxiliar.
• Uma cadeia de múltiplos estímulos em vez de um único.
Papel dos modelos?
• O processo de modelagem ajudou os participantes a irem além dos meros aspectos bioecológicos e técnicos do problema que se apresentavam nos dados do espelho e a compreender o potencial do compartilhamento de informações e conhecimentos sobre a mosca-branca.
• Os modelos tornam as coisas visíveis e compartilhadas acelerando o processo natural de comunicação e compartilhamento de conhecimento entre os participantes