estágio iv_instâncias não escolares de educação

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FACULDADE PEDRO II Instituto Superior de Educação RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV “Práticas em Instâncias não Escolares de Educação” Adriana Teixeira Miranda Oliveira Belo Horizonte 2010

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Page 1: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

FACULDADE PEDRO II

Instituto Superior de Educação

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

“Práticas em Instâncias não Escolares de Educação”

Adriana Teixeira Miranda Oliveira

Belo Horizonte

2010

Page 2: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

1

Adriana Teixeira Miranda Oliveira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

“Práticas em Instâncias não Escolares de Educação”

Relatório de estágio apresentado ao Curso de Licenciatura em Pedagogia /8º Período, como

parte da exigência da disciplina: Estágio Curricular Supervisionado IV Coordenadora: Cláudia Gomes M. Costa

Belo Horizonte

2010

Page 3: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

2

FACULDADE PEDRO II – INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Belo Horizonte, ......../......../........

De: Adriana Teixeira Miranda Oliveira

À Coordenação do Estágio Supervisionado

Assunto: Apresentação de Relatório

Em atendimento às determinações constantes da disciplina de Estágio Curricular

Supervisionado IV, submeto à apreciação de V.S.a o relatório das atividades observadas e

desenvolvidas no Estágio de Licenciatura em Pedagogia / Práticas em Instâncias não

Escolares de Educação. O estágio foi realizado na Prefeitura de Belo Horizonte - GERED/NO

– Gerência Regional de Educação Noroeste, localizada na Rua Peçanha 144- Bairro Carlos

Prates/ Belo Horizonte/MG, no período de 16 de agosto de 2010 a 01 de setembro de 2010,

cumprindo uma carga horária total de 50 horas.

Atenciosamente,

_____________________________

Adriana Teixeira Miranda Oliveira

Page 4: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

3

“Verifica-se hoje, uma ação pedagógica múltipla na sociedade.

O pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o

âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais

amplas da educação informal e não-formal”.

Libâneo

Page 5: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

4

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................5 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO .........................................................................................8 2. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DA EMPRESA ........................................................8 3. PROJETO DE ESTÁGIO ...................................................................................................9

3.1 – Projetos Desenvolvidos nas Escolas Municipais – Regional Noroeste/BH ......................9

3.1.1 – Projeto Ciências – Escola Municipal Nossa Senhora do Amparo .................................9

3.1.2 – PROJOVEM – Programa Nacional de Inclusão de Jovens ..........................................10

3.1.3 – Projeto da Escola da Juventude ....................................................................................10

3.1.4- Análise do Projeto Educativo Bolsa- Escola .................................................................11

3.1.5- Análise do projeto Educativo BH-VIDA ......................................................................12

3.1.6- Análise do Programa Crescer ........................................................................................12

3.1.7 - Análise da Atuação do Especialista em Educação Básica ............................................13

3.1.8- Acompanhamento no Plano de Intervenção Pedagógica – Alfabetização no tempo

certo ..........................................................................................................................................13

3.1.9- Análise do Projeto Educativo- Projeto ao Idoso.............................................................14

3.2 – Programas e Projetos: Ações integradas para atender a população ................................16

4. RELATO DA PRÁTICA PROFSSIONAL......................................................................18

4.1 – Organograma da GERED-NO ........................................................................................20

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................21 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................23 ANEXOS .................................................................................................................................24

Anexo I – Carta Resposta da Empresa .....................................................................................25

Anexo II– Ficha de Identificação do Estabelecimento ............................................................27

Anexo III – Ficha de Avaliação do Estagiário .........................................................................30

Anexo IV – Ficha de Auto-Avaliação de Estágio Supervisionado IV .....................................32

Anexo V – Fichas de Registro de Atividades ..........................................................................34

Page 6: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

5

INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado de Ensino é uma atividade de importância primordial na

formação profissional do Licenciado em Pedagogia1, na medida em que propicia ao mesmo,

condições de:

� Adquirir uma atitude de trabalho sistematizado;

� Conhecer a realidade do ambiente de trabalho profissional;

� Incentivar o exercício do senso crítico, de observação e criatividade;

� Acelerar a sua formação profissional, permitindo-lhe a articulação entre seus

conhecimentos teóricos e práticos;

� Sentir suas próprias deficiências e buscar seu auto-aprimoramento;

� Familiarizar-se com sistemas e procedimentos usuais, além de permitir contatos

com profissionais experientes e de diferentes formações, adquirindo

sensibilidade para a convivência entre profissionais com valores e motivos

diversos.

Além disso, as atividades do Estágio Supervisionado permitem atenuar o impacto da

passagem da vida do estudante para a vida profissional e favorecem melhor integração dos

conteúdos curriculares que estão sendo estudados no curso.

O Estágio Supervisionado é uma atividade inserida no processo de aprendizagem, com a

finalidade de complementar a formação profissional dos alunos dos Cursos de Licenciaturas,

visando o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos durante a graduação.

O Estágio Curricular Supervisionado IV é uma disciplina do Curso de Pedagogia da FAPE22

do 8° período, que visa práticas em instâncias não escolares de educação, abrangendo uma

carga horária no total de 50 horas, sendo distribuídas:

� Orientações gerais do estágio na FAPE2 – 10 horas;

� Conceitos e definições teóricas, relativas aos diferentes tipos de organização e

ambientes de aprendizagem- 40horas.

1 Conforme instruções do Manual de Estágio Supervisionado FAPE2 2 FAPE2- Faculdade Pedro II

Page 7: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

6

Atividades:

a) Identificação de processos e componentes que integram os projetos educativos, em

diferentes formas de manifestação e modalidades. Elaboração de projetos, programas e

planos de intervenção que contribuam para a melhoria dessas práticas e introdução de

novas formas de pensá-las e organizá-las.

b) Aplicação de estratégias de intervenções pedagógicas junto às organizações,

considerando a prática do gestor, o processo administrativo pedagógico e o

planejamento das estratégias de intervenção.

c) Implementação, coordenação acompanhamento e avaliação de atividades e projetos

educativos.

O estágio supervisionado IV foi realizado na PBH Regional Noroeste, localizada na Rua

Peçanha 144- Bairro Carlos Prates/ MG, no período de 16 de agosto de 2010 a 01 de setembro

de 2010, cumprindo uma carga horária total de 50 horas.

Durante este período em um espaço não-escolar, foi possível verificar o papel do pedagogo na

Regional da PBH/Noroeste que é de extrema importância, tendo como habilidades

desempenhadas a função de mediador e articulador junto às escolas da Rede Municipal –

Noroeste-BH.

Considerando a prática pedagógica no cotidiano de algumas Escolas Municipais da Regional

Noroeste- BH, foi possível observar: o baixo rendimento dos alunos; indisciplina nas salas de

aula; desinteresse pelo processo de ensino-aprendizagem e pouca participação desses alunos.

Ao analisar cada um desses aspectos, foi possível percebê-los como conseqüência de uma

proposta curricular fragmentada, pouco motivadora, cujos conteúdos selecionados e os

recursos pedagógicos utilizados não se relacionavam com os interesses nem com o contexto

dos alunos, permitindo considerar o planejamento curricular da escola como uma questão

básica da gestão pedagógica e que deve possibilitar uma prática pedagógica significativa.

O currículo, de certa forma, reflete os conhecimentos necessários pela sociedade de acordo

com cada período histórico, um número elevado de baixo rendimento escolar. Sendo assim, a

Page 8: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

7

GERED/NO3, compreende que é necessário elaborar uma proposta política pedagógica, junto

às Escolas Municipais, voltada para a formação do cidadão situado no mundo globalizado.

Nestas condições, a escola passa a refletir sobre um currículo real que atenda as mudanças

atuais da sociedade vivenciadas pelos alunos.

3 GEREDE/NO- Gerência Regional de Educação Noroeste

Page 9: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

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1 – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO A ficha com os dados de identificação do estabelecimento conforme Anexo II. 2 – DIAGNÓSTICO DA REALIDADE DA EMPRESA A Regional Noroeste está localizada na Rua Peçanha nº 144 – Bairro Carlos Prates – Belo

Horizonte/MG - CEP: 30710.040 - Telefone: (31) 32277649.

A Regional Noroeste desenvolve trabalhos junto às escolas com a finalidade de recuperação

das mesmas, buscando construir uma concepção de Sistema Municipal de Ensino de forma

democrática e participativa, envolvendo múltiplos segmentos na perspectiva de uma educação

de qualidade.

A Coordenação Pedagógica da GERED/NO articula em parceria com a SMED-BH4, a

construção de projetos que são adotados na Regional Noroeste. Defini-se a pauta de trabalho e

conteúdos a serem desenvolvidos junto às escolas, programas e projetos de capacitação inicial

e continuada dos alfabetizadores..

A reforma administrativa introduz novos conceitos e novas práticas na gestão das políticas

sociais do município para garantir os direitos sociais. (Intersetorialidade, descentralização e

informatização são os principais eixos da mudança).

O resultado será a ampliação dos programas já existentes e a implantação de novas

alternativas que possibilitem o enfrentamento das graves questões sociais da cidade, através

da integração das políticas sociais e em parceria constante com a população. É o cuidado com

o cidadão promovido pela prefeitura.

Durante o período no período de 16 de agosto de 2010 a 01 de setembro de 2010, foi possível

acompanhar o desenvolvimento de alguns desses projetos implementados na Região Noroeste

de BH que serão descritos no capítulo 3 deste relatório.

4 SMED-BH – Secretaria Municipal de Educação BH

Page 10: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

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3 – PROJETO DE ESTÁGIO

3.1 – PROJETOS DESENVOLVIDOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS – REGIONAL

NOROESTE-BH

3.1.1 – Projeto Ciências – Escola Municipal “Nossa Senhora do Amparo”

Finalidade: Subsidiar o processo de orientação curricular do conteúdo de ciências para

alunos da EJA.

Conteúdos trabalhados: Saúde e Doença; Alimentação e Cultura; Meio Ambiente e

Sexualidade.

Justificativa: O ensino de ciências deve contribuir para que os alunos comprendam melhor o

mundo e suas transformações, possam agir de forma responsável em relação ao meio

ambiente e aos seus semelhantes e reflitam sobre as questões éticas que estão implícitas na

relação entre ciências e sociedade.

A proposta deste projeto é ajudar o aluno a formar uma mentalidade crítica e sintonizada com

o tempo presente, embasada em conteúdos pertinentes e sua experiência de vida, oferecendo a

ele oportunidade de compreensão e atuação no mundo que vivemos.

Objetivo geral: Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e

uma atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e

cultural.

Objetivos específicos:

� Formular perguntas e suposições sobre assuntos em estudo;

� Organizar e registrar informações por meio de esquemas e pequenos textos;

� Valorizar atitudes e comportamentos favoráveis à saúde, em relação à

alimentação e à higiene pessoal desenvolvendo a responsabilidade com o

próprio corpo e com os espaços em que habita.

Público alvo: Alunos do ciclo avançado da EJA.

Page 11: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

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3.1.2 – PROJOVEM – Programa Nacional de Inclusão de Jovens

Educação, qualificação e ação comunitária

O PROJOVEM é componente-chave da política nacional da juventude, no governo Luiz

Inácio Lula da Silva. Será implementado em 2005, sob a coordenação da secretária Geral da

Presidência da Republica em parceria com o Ministério da educação, o Ministério do trabalho

e Emprego e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Seus destinatários

são jovens de 18 a 24 anos, que terminaram a quarta, mas não concluíram a oitava serie do

Ensino Fundamental, que atualmente não estejam estudando e que não tenham vínculos

formais de trabalho. Aos participantes, o PROJOVEM oferecerá oportunidades de elevação da

escolaridade de qualificação profissional e de planejamento e execução de ações comunitárias

de interesse público.

3.1.3 – Projeto da Escola da Juventude

Princípios: A Escola da Juventude a ser criada na Escola Municipal de Belo Horizonte terá

como objetivo central de ação pedagógica propiciar aos jovens da região da Pedreira Prado

Lopes possibilidades de formação escolar em tempo integral para alunos do 3º ciclo e

voltadas para a inclusão produtiva para os alunos do ensino médio.

Sua proposta pedagógica terá como premissa a compreensão desses jovens como sujeitos de

direitos dotados de autonomia, de positividade e capazes de agir coletivamente e de propor e

executar ações a partir de seus interesses e necessidades, tendo em vista os seus processos de

formação e as questões que vivenciam no cotidiano.

Estrutura e funcionamento

Equipe de trabalho: O coletivo de profissionais da Escola de Juventude será composto por

uma equipe de professores que serão escolhidos por processo de seleção aberto a todos os

profissionais da RME- BPH, além de agentes culturais e de formadores profissionalizantes.

3º ciclo: Atendimento em tempo integral, com proposta curricular interdisciplinar centrada na

concepção do letramento como responsabilidade de todas as aeras de conhecimento.

Ensino Médio: Atendimento integrado de ensino médio geral e profissionalizante,

priorizando formações para as áreas como nutrição, multimídia e produção cultural.

Enturmação: 3º ciclo: 30 alunos - Ensino médio; 35 alunos

Page 12: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

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Eixos de trabalho: Aproximar a lógica da cultura escolar à lógica das culturas juvenis através

de currículo aberto, da incorporação de novas tecnologias às praticas escolares, de novas

formas de organização do trabalho escolar etc., visando a potencializar a relação ensino-

aprendizagem.

Centros de juventude: O Projeto dos Centros da Juventude é uma proposta de intervenção

intersetorial que tem como objetivo central criar espaços educativos, fora da escola, para

adolescentes e jovens em situação de risco social. Pretende instituir locais-referência para o

trabalho com a juventude, com a convergência das ações de várias secretarias voltadas para

esse segmento da população.

Estes espaços deverão permitir a realização de oficinas artística, de atividades esportivas e de

projetos sócio-culturais. Alguns espaços já existentes, como o Parque das águas, o Parque

Jardim Belmonte, Parque Lagoa do Nado, o Mercado da lagoinha, o CAC Providência

facilitaram a sua implementação.

3.1.4- Análise do Projeto Educativo Bolsa- Escola

Programa Nacional do Bolsa Escola foi criado em 2001 com a proposta de conceder benefício

monetário mensal a milhares de famílias brasileiras em troca da manutenção de suas crianças

nas escolas.

A população a ser atendida foi definida segundo dois parâmetros e um requisito: faixa etária,

renda e freqüência à escola. Assim, todas as famílias com renda per capita mensal inferior a

R$ 90,00, cujas crianças de 6 a 15 anos estiverem freqüentando o Ensino Fundamental

regular, podem ser beneficiadas pelo Bolsa Escola Federal. Uma vez beneficiária, a família

passa a receber R$ 15,00 mensais, por aluno, limitado a R$ 45,00, ou três crianças por

família. O dinheiro é pago diretamente à população por meio de cartões magnéticos, nas

agências da Caixa Econômica Federal, postos de atendimento do Caixa Aqui ou lotéricas.

A cada três meses, a freqüência das crianças bolsistas é analisada e o pagamento do benefício

a seus pais ou responsáveis pode ser suspenso quando houver mais de 15% de faltas em um

dos meses do período apurado.

Page 13: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

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Os municípios que adotam o Bolsa Escola assinam um termo de adesão; instituem um

programa de renda mínima por meio de lei municipal; cadastram e selecionam, conforme os

critérios citados anteriormente, as famílias beneficiárias. Como contrapartida à entrada no

programa, devem desenvolver ações sócio-educativas para todas as crianças de Ensino

Fundamental na localidade; criar o Conselho de Controle Social do Bolsa Escola e controlar a

freqüência escolar dos alunos bolsistas.

3.1.5- Análise do projeto Educativo BH-VIDA

BH VIDA – Este programa vai mudar a lógica do sistema de saúde na cidade, promovendo

eficiência no atendimento e na resolução de problemas que afetam a saúde. Para isto vai

interagir com variadas áreas, tais como educação, meio ambiente, programas de geração de

emprego e renda e de promoção da cidadania. Com o trabalho de equipes compostas por um

médico, um enfermeiro e agentes de saúde, será feito o acompanhamento e monitoramento da

saúde das famílias e ao mesmo tempo, um levantamento das questões que interferem

diretamente no processo de obtenção da saúde. O BH vida pretende, também acabar com

problemas crônicos como as filas e a demora nas unidades de atendimento. Até agosto, 1.700

milhão de habitantes já estarão sendo beneficiados diretamente pelo BH vida.

Atendimento de urgência e especializado – agilizar e melhorar a qualidade destes serviços,

tais como: implantação da Central de Regulação do Sistema de Urgência; articulação do

sistema de urgência com o de atenção básica, articulação do sistema de urgência de BH com

os sistemas de saúde dos municípios da região metropolitana; melhoria do acesso à atenção

especializada, através das políticas e GANS; regulação da relação com os prestadores, com

recadastramento geral da capacidade instalada de saúde no município.

3.1.6- Análise do Programa Crescer

Programa Crescer – Consolidação e ampliação, em 2001, do programa de combate ao trabalho

infantil, em parceria com o Ministério Público e juizado da infância e da Adolescência e

implantação de novas ações destinadas às crianças pequenas que estão nos abrigos.

Este projeto tem como objetivo oferecer meios para que a criança possa crescer com saúde

física e saúde espiritual unindo esporte e espiritualidade.

Page 14: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

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Nossas crianças não só precisam, como tem o direito de crescer com alegria, sabedoria e

graça, e nós adultos, pais e mães, professores, autoridades e lideranças em geral têm o dever

de oferecer, condições e propostas para que isto aconteça.

3.1.7 - Análise da Atuação do Especialista em Educação Básica

O especialista da educação tem papel importante na coordenação e articulação do processo

ensino-aprendizagem sendo co-responsável, com a direção da escola, na liderança da gestão

pedagógica que deve ser o eixo da notear o planejamento, a implementação e o

desenvolvimento das ações educacionais.

Nesse sentido, abrem-se para o especialista três campos fundamentais de atuação na escola,

interligados e articulados entre si, abrangendo as ações de planejamento, implementação,

organização e avaliação do processo de ensinar e aprender medidas pela necessidade de se

garantir um clima interno favorável ao desenvolvimento destas ações e ainda, a necessária e

indispensável participação e envolvimento com os pais e comunidade.

São eles:

� Desenvolvimento curricular e ensino-aprendizagem;

� Organização escolar;

� Relações internas e com a comunidade.

3.1.8- Acompanhamento no Plano de Intervenção Pedagógica- Alfabetização no tempo

certo

O foco de acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas na escola está entrado nos

indicadores referentes aos resultados escolares, ao desempenho dos alunos, ao seu sucesso na

vida escolar: melhor ensino, mais aprendizagem e melhor desempenho escolar. Esse é o olhar

central de todos os envolvidos no processo.

Contudo, o especialista em educação básica terá que se preocupar em manter à vista de todos

as metas pactuadas pela escola e os resultados dos alunos no PROALFA e no PROEB e

através de cartazes, faixas, murais, divulgá-los para toda a comunidade escolar. Deverá

Page 15: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

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também ter a lista com os nomes dos alunos que não estão com o desempenho recomendável,

portanto no desempenho baixo e intermediário. Quem são e onde estão estes alunos? Quais as

ações de intervenção que estão sendo desenvolvidas para atendê-los e por quem?

É preciso introduzir e promover a mudança nas práticas pedagógicas diversificando o

repertório de procedimentos didáticos, tais como excursão, debate, discussão, entrevistas,

trabalho em dupla e em grupo, oficinas pedagógicas, pesquisa dentre outros, tanto nos anos

iniciais como nos anos finais do Ensino Médio e Ensino Fundamental.

Elabore com os professores ações de intervenção pedagógica em toda e qualquer disciplina

em que o aluno apresentar dificuldades. Para alunos com dificuldades em leituras e escritas,

forme turmas de letramento, com funcionamento extra-turno, com um professor que tenha

domínio da prática de alfabetização.

Com o empenho de toda a escola, você e sua equipe estarão contribuindo e garantindo que os

objetivos educacionais sejam atingidos e as metas pactuadas cumpridas. “Alunos estudando e

aprendendo e a escola fazendo a diferença”.

3.1.9- Análise do Projeto Educativo- Projeto ao Idoso

Projeto ao Idoso – Manutenção e ampliação dos programas de atenção e proteção ao

idoso, tais como o Disque Idoso, alfabetização de idosos e atividades educativas e culturais.

Através da educação deve:

a) possibilitar a criação de cursos abertos para alfabetização do idoso, bem como para

propiciar a ele acesso continuado ao saber;

b) inserir, nos currículos do ensino fundamental, conteúdos que tratem do processo de

envelhecimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir conhecimentos sobre o

assunto;

c) desenvolver programas educativos, especialmente nos meios de comunicação, sobre o

processo de envelhecimento.

Page 16: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

15

Princípios e Diretrizes:

São princípios da Política Municipal do Idoso:

I – cooperação da sociedade, da família e do Município na promoção da autonomia,

integração e participação do idoso na sociedade;

II – direito à vida, à cidadania, à dignidade e ao bem-estar social;

III – proteção contra discriminação de qualquer natureza;

IV – prevenção e educação para um envelhecimento saudável;

V – universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o idoso atendido pelas políticas

sociais;

VI – igualdade no acesso ao atendimento.

São diretrizes da Política Municipal do Idoso:

I – descentralização político-administrativa dos programas, projetos, serviços e benefícios de

atenção ao idoso;

II – participação da sociedade por meio de suas organizações representativas;

III – planejamento de ações a curto, médio e longo prazos, com metas exeqüíveis, objetivos

claros, aferição de resultados e garantia de continuidade

Page 17: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

16

3.2 – PROGRAMAS E PROJETOS: AÇÕES INTEGRADAS PARA ATENDER À

POPULAÇÃO

A coordenação pedagógica realiza mensalmente formações com a equipe de supervisoras com

o objetivo de implementar os programas e projetos oferecer informações a cerca do

desenvolvimento infantil e como estes aprendem através de atividades e práticas, bem como

se processa o seu desenvolvimento social, psico, cognitivo e emocional. Estas formações são

conduzidas e orientadas através de atividades em grupo, com construção de materiais,

apresentação dos grupos, e debates acerca dos assuntos abordados.

A coordenação ainda realiza de dois e dois meses encontros com os gestores de escolas e

creches que atendem a este segmento. Nestes encontros são abordados temas gerenciais e

pedagógicos que contemplam mecanismos de ações integradas para atender à população que

fortalecem as práticas e necessidades da educação, como também o conhecimento do ser

criança e como se desenvolvem.

Com a preocupação de como o grupo de educadores ministram e conhecem o

desenvolvimento da criança e como essas aprendem e se desenvolve, esta coordenação

pedagógica realiza semestralmente encontros com as educadoras que atendem este segmento,

oferecendo momentos de troca de conhecimentos e prática em torno de como se processa as

atividades dentro do espaço escolar.

Função da Secretaria Municipal de Educação:

� Desenvolver, implementar e zelar pela política de Educação no Município.

� Desenvolver, promover e apoiar programas e eventos difusores da Educação.

� Propor, desenvolver, adotar e adaptar métodos e técnicas capazes de fazer da

Educação um processo atraente e acessível a todas as faixas da população.

� Propor inovações e modernizações de valor reconhecido na área da Educação,

tornando-a instrumento de conscientização e formação de cidadania.

Page 18: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

17

Os projetos de cada escola, assim, serão matéria prima de debate e reflexão nos coletivos das

escolas, nas redes de trocas, nos painéis e seminários de debate que no II Congresso Político-

Pedagógico se transformam em orientação curricular para as escolas da Rede Municipal de

Educação.

Às vezes, o que aparenta ser um problema acaba sendo apenas o sintoma de outros mais

profundos e mais difíceis de serem detectados. Buscando ajudar a escola no seu processo de

construção de seu projeto de ação pedagógica, o projeto de Ação Pedagógica observará como

o coletivo de profissionais da escola enfrentam os problemas cotidiano, criando para isto,

ações estratégicas que acabaram por construir uma nova dinâmica no interior da escola,

transformando sua prática pedagógica e sua relação com as famílias e com o bairro.

Com estes relatos, pretendemos dar referências para que cada escola, avaliando sua própria

realidade, enfrentando seus problemas específicos, possa também construir ações que

permitam o avanço do trabalho pedagógico.

Page 19: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

18

4 – RELATO DA PRÁTICA PROFISSIONAL

No contexto atual da nossa sociedade abrem-se novas perspectivas para o pedagogo.

Empresas, hospitais, ONGs, e outros formam hoje um novo campo de atuação deste

profissional, para prestar seu serviço até então restritos a outros profissionais. Esta realidade

vem modificando paradigmas de que o pedagogo está apto somente para exercer suas funções

no âmbito escolar. Esses aspectos leva-nos a refletir sobre a possibilidade de um novo campo

de atuação para o pedagogo, até agora pouco explorado.

Na GERED/NO, foi possível vivenciar as formas de atuação deste profissional sob diversas

abrangências. Muitas escolas da Rede Municipal enfrentam uma série de problemas em seu

cotidiano, o que faz com que a equipe pedagógica se mobilize e reflita sobre sua própria

experiência, buscando a superação dos mesmos.

Estes problemas podem ser os pontos de partida de um rico processo de mudança e

aprendizagem, pois partindo da constatação de que não sabemos como resolvê-los, vem nossa

necessidade de aprender. Os problemas enfrentados no dia-a-dia das escolas também

funcionam como ativadores de ações e processos pedagógicos inovadores.

A concepção que fundamenta a proposta de trabalho do pedagogo tem como eixo os

problemas do cotidiano que, depois de analisados através de um processo de investigação, são

o ponto de partida para a definição de ações pedagógicas. Estas ações avaliadas ao longo do

processo, não revelando novos problemas, dando origem assim a um novo ciclo de ação.

Construir um projeto de intervenção exige deste profissional saber definir prioridades,

estabelecer critérios de análise para tomar decisões sobre o qual ou quais problemas devem

ser priorizados pela escola. Muitas vezes esta definição não é fácil e cria alguns conflitos, pois

é difícil definir que o problema está gerando uma série de outros.

O trabalho da equipe pedagógica da GERED/No, também visa proporcionar às escolas uma

maior autonomia, inclusive financeira. Ações são esquematizadas para que os processos de

contratação sejam agilizados, existe ainda o desenvolvimento de serviços necessários para a

solução dos problemas detectados, bem como estratégias para redução de custos, contribuindo

para melhor utilização dos recursos da educação.

Page 20: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

19

Para apoiar a GERED no trabalho junto às escolas, a Secretaria Municipal de Educação entra

com recursos financeiros e com um grupo de profissionais para acompanhamento de todo o

processo. Com o projeto de ação pedagógica construído pelas comunidades escolares, a

equipe pedagógica da GERED vai superando as dificuldades enfrentadas no seu cotidiano e

ampliando alternativas e implementando novas práticas visando atender às demandas de cada

escola.

Page 21: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

20

4.1– ORGANOGRAMA DA GERED/NO - BH

GI Diretoria

Pedagógica

Jussara

G2 Gerência

Pedagógica Beatriz

G2 Gerência

Administrativa Conceição

Bolsa Escola

Mirian

Acompanhantes Pedagógicas

Educação Infantil

Acompanhantes Pedagógicas

Projetos Especiais

Acompanhantes Pedagógicas

Ensino Fundamental

Inclusão

Acompanhantes Pedagógicas

EJA/ PROJOVEM

Page 22: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

21

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse estágio do Curso de Pedagogia foi realizado no âmbito não escolar, onde foi possível

constatar o importante papel que os pedagogos desenvolvem. As observações das práticas

pedagógicas e os diálogos com profissionais da educação, em especial os pedagogos,

permitiram no decorrer deste período, a possibilidade de experimentar situações que

acontecem fora do âmbito escolar e, sem dúvida foram muito enriquecedoras, pois deram

continuidade ao processo de reflexão entre a articulação teórica com a prática, já iniciado em

outros estágios, mas desta vez focando o papel do pedagogo em instâncias não escolares de

educação.

A GERED/NO traz um diferencial que são os projetos articulados junto às Escolas da Rede

Municipal de Educação – Regional Noroeste. A atuação do pedagogo é indispensável, eles

procuram conhecer a realidade de cada escola e, a partir disso planejam um trabalho de

intervenção, onde a ênfase será dada para a qualidade de ensino oferecido para a população.

Toda a equipe pedagógica se mantém em permanente contato com a comunidade escolar, ou

seja, os professores, os educandos e seus responsáveis e todos os profissionais da escola,

orientando com as múltiplas formas pedagógicas e implementação de projetos da Rede

Municipal de Ensino com apoio da SMED-BH.

Frequentemente são realizadas reuniões com a comunidade escolar, onde participam os

pedagogos, os acompanhantes pedagógicos, os professores e coordenadores pedagógicos.

Dessa forma, estabelece-se um canal de participação e ao mesmo tempo cria-se um vínculo

direto com a GERED/NO. Os pedagogos nessas orientações pedagógicas não é um mero

transmissor de conhecimento, mas sim um articulador do processo ensino-aprendizagem,

onde a comunidade escolar exerce também um papel participativo.

A educação é um processo cujos fins remetem a valores e princípios pedagógicos que

determinam o modo pelo qual os pedagogos e professores colocam os alunos em relação com

conteúdos educacionais e avaliando de diversas formas e continuamente os resultados desse

processo.

Page 23: Estágio IV_Instâncias não escolares de educação

22

Viver esta experiência foi enriquecedora, possibilitou assimilar novos conhecimentos teóricos

e práticos, ampliando minha concepção sobre a educação e atuação dos pedagogos em

instâncias não escolares de educação.

É importante salientar a atuação dos pedagogos na elaboração e participação na discussão de

projetos e atuação direta nas escolas, trabalhando na orientação, planejando e organizando

juntamente com a comunidade escolar a implementação dos mesmos. Esta análise possibilitou

perceber como é importante a participação e atuação do pedagogo, desmistificando que o

pedagogo é somente um profissional que atua na sala de aula, mas que ele é um planejador e

executor de várias ações que englobam o aprendizado.

Outro fator relevante foi o acolhimento da GERED/NO, que me deu apoio e abertura,

oferecendo subsídios para a realização deste trabalho. A troca de experiências foi fundamental

para a realização deste estágio e possibilitou-me adquirir mais conhecimento sobre assuntos

que fazem parte da rotina profissional do pedagogo fora do âmbito escolar.

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BIBLIOGRAFIA

MANUAL DE ESTÁGIO, 2009 - Faculdade Pedro II- Credenciamento Portaria MEC 1.096 de 29 de Maio de 2006. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. A Escola Pública Municipal de Belo

Horizonte. Belo Horizonte: PBH, 1989/1991. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Cadernos Escola Plural 1: Construindo uma referência curricular para a Escola Plural : Uma reflexão preliminar. Belo Horizonte: PBH, [s.d.]. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Cadernos Escola Plural 2: Proposta curricular da Escola Plural: Referências norteadoras. Belo Horizonte: PBH, [s.d.]. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Cadernos Escola Plural 3: Uma proposta curricular para o 10 e o 20 ciclos de formação. Belo Horizonte: PBH, [s.d.]. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Cadernos Escola Plural 4: Avaliação dos processos formadores dos educandos. Belo Horizonte: PBH, [s.d.]. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Educação básica de jovens e adultos: Escola Plural. Belo Horizonte: PBH, [s.d.]. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Reflexões sobre a prática pedagógica

na Escola Plural 1: Os projetos de trabalho. Belo Horizonte: PBH, [s.d.]. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Reflexões sobre a prática pedagógica

na Escola Plural 2: Turmas aceleradas: Retratos de uma nova prática. Belo Horizonte: PBH, [s.d.]. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Terceiro ciclo de formação: Repensando a nossa prática. Belo Horizonte: PBH, [s.d.]. BELO HORIZONTE. PREFEITURA MUNICIPAL. Vamos nos conhecer melhor? Belo Horizonte: PBH: SMED, [s.d.].

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ANEXOS

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ANEXO I

CARTA RESPOSTA DA ESCOLA

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ANEXO II

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIENTO

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ANEXO III

FICHA DE AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO

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ANEXO IV

FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV

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ANEXO V

FICHAS DE REGISTRO DE ATIVIDADES ESTÁGIO IV