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1
ESTADO DO PARANÁ
SEED – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
2160-0002-1 – DOZE DE NOVEMBRO, COLÉGIO ESTADUAL
ENSINO MÉDIO E PROFISSIONAL
RUA BELÉM, 2776 - BAIRRO: CENTRO - CEP: 85770-000
FONE: (0XX) 46-3543-1172e 3543-1847
e-mail: [email protected]
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
REALEZA 2017
2
“Escola é...
O lugar onde se faz amigos
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
Gente que trabalha, que estuda,
Que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um
Se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados.”
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
Que não tem amizade a ninguém
Nada de ser como o tijolo que forma a parede,
Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora, é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos educar-se,
Ser “Feliz”.
(Paulo Freire)
3
SUMÁRIO
1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ......................... 06
1.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................ 06
1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO ............................... 06
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO ....... 08
1.4 ESTRUTURA FÍSICA, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS 10
1.5 RECURSOS HUMANOS ................................................................ 12
1.6 INSTÂNCIAS COLEGIADAS .......................................................... 17
1.7 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR .......................................... 17
2 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO ............................ 18
2.1 GESTÃO ESCOLAR ....................................................................... 19
2.1.1 Instâncias Colegiadas ..................................................................... 20
2.1.2 Equipamentos Físicos e Pedagógicos ............................................ 23
2.2 ENSINO-APRENDIZAGEM ............................................................ 23
2.2.1 Plano de Trabalho Docente ............................................................ 24
2.2.2 Avaliação ......................................................................................... 25
2.2.3 Registros da Prática Pedagógica .................................................... 26
2.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO ..................... 28
2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO ........................ 28
2.5 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS,
PROFESSORES E DEMAIS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ..
28
2.6 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS
E/OU RESPONSÁVEIS ..................................................................
30
2.7 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO ....................................................................................
32
2.8 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE ... 33
2.9 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO E
CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS ..........................
33
2.10 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES
EXTERNOS E INTERNOS), ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO
IDADE/ANO ....................................................................................
35
2.11 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E
DISCENTES ....................................................................................
38
4
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO
PEDAGÓGICA DA ESCOLA (MARCO CONCEITUAL) ................
39
3.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ..................................................... 43
3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ............................................................ 45
3.3 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURA
TRABALHO E ESCOLA ..................................................................
49
3.4 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR, CURRICULO, CUIDAR
E EDUCAR.......................................................................................
51
3.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ............................................ 53
3.6 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ...................................................... 55
3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA ............................................................ 56
3.8 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM ............................... 57
3.9 CONCEPÇÃO TECNOLÓGICA ...................................................... 57
3.10 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DIVERSIDADE ....... 58
3.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ...................................................... 59
3.12 CONCEPÇÃOFORMAÇÃO CONTINUADA .................................... 62
3.13 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ..................... 64
3.13.1 Estatuto do Idoso ............................................................................ 65
3.12.2 Diversidades dos Sujeitos Escolares .............................................. 66
3.13.2.1 Gênero e Diversidade Sexual ....................................................... 69
3.13.2.2 História da Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Lei
10.639/03; LEI 11.645/08) ..............................................................
71
3.13.3 Tecnologia e Educação ................................................................... 72
3.13.4 Currículo e Conhecimento ............................................................... 73
3.13.5 Cuidar e Educar .............................................................................. 75
3.13.6 Cidadania e Direitos Humanos ....................................................... 76
3.13.7 Educação Ambiental (LEI 9.795/99) ............................................... 78
3.13.8 Educação Fiscal ............................................................................. 80
3.13.9 Enfrentamento à Violência na Escola ............................................. 81
3.13.10 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas .......................................... 82
3.13.11 Educação Especial ......................................................................... 82
3.13.12 Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio ......................... 84
4 PROPOSTA DE TRABALHO DA ESCOLA PARA
5
ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE (Marco
Operacional) ............................................................................
91
4.1 PLANEJAMENTO ........................................................................... 97
4.2 CALENDÁRIO ESCOLAR ............................................................... 99
4.3 AÇÕES DIDÁTICASPEDAGÓGICAS ............................................. 100
4.3.1 Redimensionamentos da organização do trabalho pedagógico.... 101
4.4 CELEM (CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRA MODERNA) .... 101
4.5 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIDADECURRICULAR ............ 104
4.6 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL ..... 106
4.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ................................... 108
4.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ELEMENTOS ........ 109
4.9 CURRÍCULO COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL NA
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA E SUA RELAÇÃO COM O
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ............................................
112
4.10 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA ............................................. 115
4.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO PROGRAMA DE
AMPLIAÇÃO DE JORNADA – AETE ..............................................
116
4.12 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ........................................................ 117
4.13 PLANO DE CURSO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ................. 118
4.14 INTRODUÇAO GERAL DA PROPOSTA PEDAGÓGICA
CURRICULAR ................................................................................
119
4.14.1 Justificativa ..................................................................................... 120
4.15 LEGISLAÇÃO ARTICULADA AO CURRÍCULO ............................. 121
4.15.1 Cidadania e Direitos Humanos ....................................................... 122
4.15.2 Educação Ambiental (Lei 9.795/99) ................................................ 123
4.15.3 Educação Fiscal .............................................................................. 124
4.15.4 Enfrentamento à Violência na Escola ............................................. 125
4.15.5 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas .......................................... 126
4.15.6 Temas da Diversidade- Gênero e Diversidade Sexual ................... 127
4.15.7 História da Cultura Afro Brasileira Africana e Indígena (Lei
10.639/03; LEI 11.645/08) ...............................................................
127
4.16 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ....................................................... 128
4.17 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP ............................ 129
6
1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
1.1DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Doze de Novembro, Médio e Profissional, código 00021
situado à Rua Belém nº. 2776, Centro – Realeza, código 2160 de propriedade do
Governo do Estado do Paraná, com dependência administrativa da Secretaria Estadual
da Educação, código 02 com jurisdição do Núcleo Regional de Ensino, código 012 de
Francisco Beltrão e, tendo como Entidade Mantenedora o Governo do Estado do
Paraná.
Em 30 de dezembro de 1981, pela Resolução nº 3772 foi autorizado o
funcionamento do Colégio Estadual “Doze de Novembro” - Ensino de 1º e 2º Graus que
resultou da Reordenação da Escola Reordenada de 2º Grau “Érico Veríssimo” e o
Grupo Escolar “Doze de Novembro”; mais tarde " Colégio Estadual Doze de Novembro
- Ensino Médio e Profissional".
O Colégio Estadual Doze de Novembro - Ensino de 1º e 2º Graus foi
reconhecido em 20 de junho de 1983, através da Resolução nº 2516. O ato da
renovação do reconhecimento do curso deu-se por intermédio da Resolução nº 323/03
de 29/04/03. A aprovação do Regimento Escolar aconteceu através do Ato
Administrativo nº 143/2001 de 31 de maio de 2001 do Setor de Estrutura e
Funcionamento do Núcleo Regional de Educação.
A escola está localizada em área urbana, distante 75 km do Núcleo Regional de
Educação de Francisco Beltrão.
Endereço eletrônico:
HYPERLINK "mailto:[email protected]"
1.2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Doze de Novembro Ensino Médio e Profissional, situado a
Rua Belém nº 2776 – Centro – do Município de Realeza, Paraná de propriedade do
Governo do Estado do Paraná, reconhecido pela Resolução nº 2516 de 20.06.83.
No dia 19 de março de 1968 foi criado com o nome de Escola Normal Colegial “
Cândido Machado Neto”, na gestão do primeiro Prefeito Municipal Sr. João Maria
Correia e vinculada á CNEC, (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade);
7
Secção Estadual do Paraná, setor local Realeza e mantida pelo sob a presidência do
Sr. Arnolfo Umann. Sendo composto o quadro dos primeiros profissionais da seguinte
forma:
Função Nome
Diretora Cleonita da Conceição Lessa
Secretário Elio Barbieiro
Professora de Didática/ Teoria e Prática/
Fundamentos
Ivete Felhberg
Professor de Educação Física Ramiro da Silva
Professor de Ciências Aerovaldo Corrêa
Professor de Desenho/ Música Orlanda Maschner
Professora de Religião Egedir Leonora Bresolin
Professora de Português Leonita da Conceição Lessa
Em 14.02.78, pelo Decreto nº 4637 a Secretaria de Estado da Educação
autoriza a Escola Reordenada de 2° Grau “Érico Veríssimo”, resultante da
Reordenação do Colégio Comercial Estadual e da Escola Normal Colegial, ambas de
Realeza, que passa a fazer parte do ”Complexo Escolar Bruno Zuttion”.
Em 30.12.81, pela Resolução nº 3772 foi autorizado o funcionamento do Colégio
Estadual “Doze de Novembro” – Ensino de 1º e 2º Graus, que resultou da
Reordenação da Escola Reordenada de 2º Grau “Érico Veríssimo” e o Grupo Escolar
“Doze de Novembro”. O Colégio Estadual “Doze de Novembro” Ensino de 2º Grau, é
reconhecido em 20.06.83 através da Resolução nº 2516. Em 2070 foi implantada a
Escola Técnica Comercial, tendo como Diretor Presidente Modesto Golin, Secretária
Eva Chicanowski e os seguintes profissionais:
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Professores Nome
Professora de Economia/ Ed. Mora e Cívica/ Ciências Biológicas
Egedir Leonora Bresolin
Matemática Modesto Golin
Contabilidade Luís Serzio Sassi
Português Hermes Vieczorek
Inglês / Direito Usual Nilson Luiz Schlemmer História Valmor Bresolin
Técnico Comercial Ana Fermino Oliveira
Religião Irmã Maria Cecília
Merendeiras Doracir de Oliveira Gomes
Maria Amaro
Serviços Gerais Izaíra Maria de Oliveira Gomes ,Leonira Dallanora
e Albina Buzatto
Pela Resolução nº 1666 de 17.05.91, é municipalizado o ensino das séries
iniciais do 1º Grau e este Estabelecimento de Ensino passou a denominar-se Colégio
Estadual “Doze de Novembro”, Ensino de 2º Grau, em homenagem Grupo Escolar
“Doze de Novembro”, primeiro Estabelecimento Estadual de Ensino na época da sua
criação, 1963. Recebeu este nome, tendo em vista a emancipação do Município de
Realeza ter ocorrido em 12.11.1963.
Em 18 de Março de 2002, passou a denominar-se Colégio Estadual Doze de
Novembro - Ensino Médio e Profissional, através da Resolução nº 4456/02, pois
passou a ofertar o Curso Técnico em Administração nas formas subsequente e
Integrada ao Ensino Médio. O ato da renovação do reconhecimento do curso se deu
através da Resolução nº 323/03 de 29/04/03.
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO NA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Doze de Novembro - Ensino Médio e Profissional oferta o
Ensino Médio, Educação Profissional Administração Integrado e Administração
Subsequente, com funcionamento nos períodos matutino, vespertino e noturno, com
Matriz Curricular organizada por disciplina. Entre os cursos ofertados por este
Estabelecimento de Ensino estão:
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O Curso de Ensino Médio Regular com matrícula anual e duração de três
anos, conforme Resolução n° 5590 SUED/SEED. O Colégio oferta as três séries
anuais, com funcionamento nos períodos diurno e noturno, conforme previsto na Matriz
Curricular, organizado por disciplinas da Base Nacional Comum e Parte Diversificada,
com carga horária total de 2400 horas e com certificação no final do curso. Conta-se
atualmente com 4 turmas de 3º Anos, 4 turmas de 2º Anos e 3 turmas de 1º Anos.
O Curso Técnico em Administração em Nível Médio – Integrado, com
organização de forma anual, com aulas presenciais, composto por disciplinas da Base
Nacional Comum, Parte Diversificada e Formação Específica, duração de quatro anos
perfazendo um total de 3200 horas, com conteúdos estabelecidos por intermédio de
diretriz da SEED, tendo por finalidade os conhecimentos científico-tecnológicos e a
preparação para o mundo do trabalho. Com a terminalidade plena, o aluno receberá o
diploma de Técnico em Administração, com validade em todo o território nacional.
O curso Técnico em Administração Subsequente está organizado de forma
semestral, com aulas presenciais. É composto por disciplinas da Formação Específica,
com conteúdos estabelecidos através de diretrizes da SEED, tendo por finalidade os
conhecimentos científico - tecnológico e a preparação para o mundo do trabalho
voltado para as relações sociais.
Seu funcionamento dá-se no período noturno, perfazendo 04 horas diárias, 20
horas semanais, com carga horária total de 1200 horas.
Ao concluir com êxito os três semestres do curso, o aluno receberá o diploma
de Técnico em Administração, com validade em todo território nacional. Contamos
com 1 turma de 1º Ano do Curso Técnico em Administração,1 turma de 2º Curso
Técnico em Administração, 3º Ano do Curso Técnico em Administração e 4º Ano do
Curso Técnico em Administração, total de 4 turmas.
Neste ano de 2017, são 09 turmas no período da manhã, sendo 5 turmas do
Ensino Médio e 4 turmas do Curso Técnico em Administração; 03 turmas do Ensino
Médio no período da tarde e 05 turmas no período da noite, sendo 3 turmas do
Ensino Médio e 2 turmas do Curso Técnico em Administração Subsequente
conforme tabela abaixo:
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NÚMERO DE ALUNOS POR TURMA E TURNO (SERE)
TURMA 2° 3° 1°
TÉC.ADM
2°
TÉC.ADM
3°
TÉC.ADM
4°
TÉC.ADM
1°SU
TÉC.ADM
3°SU
TÉC.ADM
MANHÃ 40 56 57 32 20 20 13 - -
TARDE 31 20 20 - - - - - -
NOITE 27 44 45 - - - - 57 11
SERE - Sistema Estadual de Registro Escolar
ALUNOS 1ªA 2ªA 2ªB 3ªA 3ªB 1ªAI 2ªAI 3ªAI 4ªAI
BRANCO 33 17 15 18 20 14 15 9
PARDO 6 7 6 6 5 13 6 4
AMARELO 0 2 0 1 0 0 0 0
NEGRO 0 0 1 1 0 0 2 1
ATÉ 2 SAL. MIN. 10 10 8 7 8 12 9 12
DE 2 A 4 SAL. MIN. 22 10 7 7 8 10 10 2
SUPERIOR A 5 SAL. MIN. 7 2 3 3 7 5 1 0
ALUNOS 1ªC 2ªC 3ªC
BRANCO 16 9 7
PARDO 6 8 3
AMARELO 0 0 0
NEGRO 2 0 0
ATÉ 2 SAL. MIN. 17 7 1
DE 2 A 4 SAL. MIN. 6 3 3 SUPERIOR A 5 SAL.
MIN. 0 2 2
Questionário socioeconômico
1.4 ESTRUTURA FÍSICA, MATERIAIS E ESPAÇOS PEDAGÓGICOS
Quanto à estrutura física, hoje o Colégio Estadual Doze de Novembro -
Ensino Médio e Profissional dispõe de:
09 (nove) salas de aula com condições de abrigar até 35 alunos (em cada uma)
e 01 (uma) sala com condições de abrigar 25 (vinte e cinco) alunos;
1 (uma) sala para professores onde é também utilizada para prática de hora-
atividade;
1 (uma) biblioteca, também utilizada com 10 (dez) computadores do Proinfo;
1 (um) laboratório com 10 (dez) computadores do Proinfo;
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1 (um) laboratório de informática do Paraná Digital com 03 (três) computadores
funcionando;
1 (um) laboratório para prática de experiências de Física, Química e Biologia
(com falta de materiais adequados para uso nas práticas das atividades);
1 (um) saguão com 8 (oito) mesas e banquetas para refeitório, com capacidade
para 06 (seis) pessoas cada uma;
2 (duas) quadras poliesportiva somente com a coberta ; (abertas dos lados)
1 (uma) cozinha, para preparo da merenda escolar (não adequada);
1 (um) depósito para merenda (não adequado);
1 (uma) ala administrativa, que abriga Direção, Secretaria e 02 (dois) banheiros
para professores;
1 (uma) sala pequena ocupada pela Documentação escolar;
1 (uma) sala pequena para a Equipe Pedagógica;
Quanto à biblioteca o acervo se encontra em bom estado, contando com 8.467
livros: estando divididos em: livros de Arte, Almanaque Abril, Livros para uso dos
docentes, Literatura / crônicas, Língua Estrangeira, Gestão Escolar, Teatro,
Livros para os cursos de Técnico em Informática e Técnico em Administração.
O Colégio está em conformidade com a Lei nº 18.424 de 08 de janeiro de 2015,
regulamentada pelo Decreto nº 4.587 de 13 de julho de 2016. Mesmo tendo, um
colégio com boa estrutura física, é necessário sempre melhorar as instalações e
modernizar equipamentos, otimizando os espaços e utilizando de forma consciente e
responsável todo material disponível.
Quanto ao aprendizado e aos conhecimentos dos alunos podemos constatar que
a maioria possui facilidade na apreensão dos conhecimentos científicos e tecnológicos,
permitindo a maior aprovação no final do ano letivo. Os professores procuram aplicar
novas metodologias e utilização de tecnologias digitais e midiáticas, tendo disponível:
6 Vídeo cassetes
3 DVDs
10 televisores pendrive (sendo que realmente funcionam são no máximo 4)
03 televisores para levar para as salas
02 Retroprojetores
03 Impressoras
06 Aparelhos de som
12
03 computadores Paraná Digital
20 computadores Proinfo
04 Data Show
02 Notebook
01 caixa de som com microfone
Internet Banda Larga
02 máquinas fotográfica / filmadora
1.5 RECURSOS HUMANOS
Todos os dados retirados da demanda da instituição, do questionário do
senso e da pasta individual com os documentos dos mesmos.
a) Corpo Administrativo:
Nome Função Habilitação PDE Turno
Moacir Marchi
Furtado
Diretor Letras-Português X Matutino/Noturno
Solange
Regina
Pierosan
Diretora –
Auxiliar
Português-Inglês X Vespertino
Maria de
Lurdes Triches
Secretária Letras-Português Matutino/Noturno
b) Corpo de Especialista:
Nome Função Habilitação PDE Turno
Ivone Schissel Pedagoga Pedagogia Plena Noturno
Luzia do Carmo
de Oliveira Luz
Pedagoga Pedagogia Plena Manhã
Iraci Lasta Moço Pedagoga Pedagogia Plena X Manhã/ Vespertino
*Everley Maria
Chicanoski
Ransolin
Coord. De
Curso
Ciências
Econômicas e
Matemática
X Manhã/ Noturno
13
c) Corpo Docente da Base Nacional do Núcleo Comum
Nome Função Habilitação PDE Turno Licenciatura
Cátia Cilene Prinz Professora – QPM Educação Física Manhã/tarde
Plena
Carize Antonelli Professora – PSS Letras
Português/Inglês
Tarde/noite
Plena
Cristianela Susin Professora – QPM Filosofia Manhã/ Noite
Plena
Dirlaine de Oliveira Professora – QPM Português Noite
Plena
Ewerton Rodrigo Libardi Professor – QPM Educação Física Manhã
Plena
Everley Maria Chicanoski
Ranzolin
Professora -QPM Ciências
Econômicas e
Matemática
X Manhã/noite
Plena
Fernanda Bedin Professora- PSS História Manhã/tarde/noi
te
Plena
Ivete R Raymundo Professora – QPM Física X Manhã/tarde
Plena
Izabel Cristina Scalabrin Professora – QPM Geografia X Manhã/tarde/
Noite
Mestrado
Doutorado
Janete Lourdes Deparis Professora – QPM Arte X Manhã/tarde/
noite
Plena
Janete Fornal Professora – PSS Administração de
Empresas
Noite Plena
Joelma Toninato
Ragonha Piccoli
Professora – QPM Física X Manhã/noite Plena
Jhonnes Mateus Dias Professor – QPM Educação Física Noite
Plena
Jonas Siedlecki Andrade Professor – QPM Sociologia Manhã/Tarde/
Noturno
Plena
Klayre Elaine Linden
Baldissera
Professora – QPM Administração de
Empresas
X Manhã/ Noturno Plena
Luciana Fatima Herbele Professora – PSS Português Manhã/noite
Plena
Maria Rosa Argenta Professora – QPM Matemática Manhã/tarde/
Noite
Plena
Marina Alves dos Santos Professora – PSS Letras Manhã/tarde/ Plena
14
Antonelo Português/Inglês noite
Miro Alfonso Klinger Professor – QPM Química x Manhã/tarde
Plena
Nelci Zmijevski Furtado Professora – PSS Sociologia Manhã
Plena
Neusa da Silva Professora – QPM Biologia Manhã/tarde/
Noite
Plena
Raquel Cristiane Bohrer
Campra
Professora- QPM História Manhã/tarde/
noite
Plena
Rosane Aparecida Bettin
Baldissera
Professora – QPM Química X Tarde/Noturno Plena
Roseli Tartari Professora – PSS História Manhã
Plena
Rosely Dal Molin Professora – QPM Ciências
Contábeis
X Manhã/noite Plena
Silvana Marta Marcello Professora – QPM Matemática X Manhã/tarde/
noite
Plena
Simone Marcia Alberti Professora – QPM Biologia X Manhã/tarde Plena
Valeria Dolores Kohl
Barbiero
Professora – QPM Português Manhã/Tarde Plena
d) Corpo Docente Formação Específica
Nome Função Habilitação PD
E
Turno Licenciatura
Eliseu dos Santos
Cezar
Adm. de Prod. de
Materiais
Administração de
Empresas
Manhã Plena
Janete Fornal Comp.
Organizacional
Administração de
Empresas
Noturno Plena
Rosely Dal Molin *Introd.à Economia Ciências Contábeis e
Matemática
x Noturno Plena
Klayre Elaine Linden
Baldissera
Comp.
Organizacional
Ciências Contábeis
x Manhã Plena
Janete Fornal Org. Sistemas e
Métodos
Administração de
Empresas
Noite Plena
Rosely Dal Molin Org. Sistemas e
Métodos
Ciências Contábeis e
Matemática,
Manhã Plena
Rosely Dal Molin Contabilidade Ciências Contábeis e
Matemática,
X Manhã/Noite Plena
15
Klayre Elaine Linden
Baldissera
Teoria Geral de
Administração
Ciências Contábeis
X Manhã Plena
Janete Fornal Teoria Geral de
Administração
Administração de
Empresas
Noite Plena
Eliseu dos Santos
Cezar
Adm. de Prod. de
Materiais
Administração de
Empresas
Manhã Plena
Klayre Elaine Linden
Baldissera
*Introd.à Economia Ciências Contábeis
X Manhã Plena
Klayre Elaine Linden
Baldissera
Gestão de
Pessoas
Ciências Contábeis X Manhã Plena
Eliseu dos Santos
Cezar
Gestão de
Pessoas
Administração de
Empresas
Noite Plena
Eliseu dos Santos
Cezar
Informática Administração de
Empresas
Manhã/Noite Plena
Eliseu dos Santos
Cezar
Adm. de Prod. de
Materiais
Administração de
Empresas
Manhã Plena
Maria Rosa Argenta Estatística
Aplicada
Form. De Prof. de
Disc.profissionalizante
de Ens. De 2° grau.
Noite Plena
Janete Fornal Comp.
Organizacional
Administração de
Empresas
Noite Plena
Klayre Elaine Linden
Baldissera
Elab. e Análise de
Projeto
Ciências Contábeis
X Manhã Plena
Klayre Elaine Linden
Baldissera
Marketing
Ciências Contábeis
X
Manhã Plena
Janete Fornal Marketing
Administração de
Empresas
Noite Plena
Marina Alves dos
Santos Antonello
Noções de Dir. e
Leg. Soc. do Trab.
Direito e Letras
Português/Inglês
Manhã/Noite Plena
Klayre Elaine Linden
Baldissera
Adm. Financeira e
Orçamentária
Ciências Contábeis
X Manhã/Noite Plena
Rosely Dal Molin Elab. e Análise de
Projeto
Ciências Contábeis e
Matemática,
X
Noite Plena
Rosely Dal Molin Metodologia
Científica
Ciências Contábeis e
Matemática,
X Noite Plena
16
e) Funcionários Administrativos
Nome Função Habilitação Turno
Alceni Luis Faustino Agente
Educacional II
Informática
Empresarial
Manhã/Tarde
Carlos Augusto Mafei Agente
Educacional II
Ensino Médio Licença sem
vencimento
Dionimara Baptista
Pires
Agente
Educacional II
Pedagogia Tarde/Noturno
Elaine Cristina Becker Agente
Educacional II
Mat. com ênfase
em Inf.
Manhã/Tarde
Maria de L. Triches Bez Agente
Educacional II
Letras –
Português
Manhã/Noturno
Maria J. de Oliveira
Gomes
Agente
Educacional II
Administração Manhã/Noturno
Daliany Prandes Agente
Educacional II
Administração,
Especialização
Manhã
Sandra Regina S.
Bonatto
Prof. da Lei
15308/06
Matemática Manhã/Noite
f) Funcionários De Serviços Gerais
Nome Função Habilitação Turno
Maria Ivete Fontana Agente
Educacional I
Gestão de
Qualidade
Manhã/tarde
Marlene do Carmo
Rambo
Agente
Educacional I
Gestão de
Qualidade
Manhã/noite
Mônica T. Baumback Agente
Educacional I
Gestão de
Qualidade
Manhã/tarde
Nilva Maria Noschang Agente
Educacional I
Gestão de
Qualidade
Manhã/noite
Otilia Schlickmann Pivotti Agente
Educacional I
Gestão de
Qualidade
Manhã/noite
17
Cleusa Correa Pivotti Agente
Educacional I
Ensino Médio Manhã/tarde
Sueli Machado Agente
Educacional I
Ensino Médio Manhã/tarde
Todos os dados retirados da demanda da instituição, do questionário do
senso e da pasta individual com os documentos dos mesmos.
1.6 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
A instituição possui APMF, Grêmio Estudantil intitulado Filhos da Revolução,
Conselho Escolar e Conselho de Classe.
1.7 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR
Pelo diagnóstico realizado através de um questionário socioeconômico enviado
para os familiares ou responsáveis dos alunos, constata-se que os alunos deste
Estabelecimento de Ensino são oriundos da zona urbana e rural, filhos de
trabalhadores e trabalhadoras do campo e de trabalhadores do setor terciário, tais
como: comerciantes, funcionários públicos, trabalhadores autônomos, profissionais
liberais, empresários, diaristas, empregados e empregadas domésticas,
desempregados, arrendatários e trabalhadores volantes.
O nível socioeconômico das famílias é diversificado, compreende salário
mínimo, prevalecendo a média de três salários, outras variáveis de ganhos para cima,
e há também registro de baixa renda .
Em relação à situação familiar no que se refere ao grau de instrução, constatou-
se que a maioria de pais e mães apresenta nível de pouca escolaridade, outros
possuem Ensino Fundamental. Também existem pais e mães que possuem Ensino
Médio, alguns com Ensino Superior, como há também um número mínimo de
analfabetos, mas, valorizam o conhecimento científico que possibilita a mudança
através da educação, das relações sociais, culturais, através da organização coletiva.
18
ALUNOS 1ªD 2ªD 3ªD
BRANCO 8 8 16
PARDO 7 12 8
AMARELO 0 2 0
NEGRO 0 2 0
ATÉ 2 SAL. MIN. 6 16 11
DE 2 A 4 SAL. MIN. 4 6 11 SUPERIOR A 5 SAL.
MIN. 2 2 3
2. DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
A Proposta Política Pedagógica do Colégio Estadual Doze de Novembro -
Ensino Médio e Profissional está sendo reestruturada para atender às novas
demandas, necessidades e adequações às exigências do mundo atual. Sendo assim,
19
esta Proposta Pedagógica é um documento aberto que frequentemente sofrerá
mudanças, pois, deverá acompanhar as evoluções da legislação vigente do modo de
“Fazer Escola”, partindo do princípio de que vivemos a época da "cultura de projetos"
em nossa sociedade, onde as condutas de antecipação para prever e explorar o futuro
faz parte de nosso presente. Essa influência do futuro sobre nossas adaptações
cotidianas só faz sentido, se o domínio que tentamos desenvolver sobre os diferentes
espaços, cumpre a função de melhorar as condições de vida do ser humano,
respeitando as diferenças e o direito à igualdade.
Portanto, foi a partir desse pensar inicial que surgiu esta proposta. Baseamo-
nos em Veiga para a construção do Projeto Político Pedagógico da nossa escola, pois,
há concordância quando diz: Veiga (2001, p. 11) a concepção de um projeto
pedagógico deve apresentar características tais como:
a) ser processo participativo de decisões;
b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que
desvele os conflitos e as contradições;
c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os
agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo;
d) conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho
educativo, voltado para uma realidade específica;
e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão;
f) nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos
problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem;
g) ser exequível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação;
h) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola;
i) ser construído continuamente, pois, como produto, é também um processo;
j) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que
desvele os conflitos e as contradições;
2.1 GESTÃO ESCOLAR
A gestão democrática na escola é um processo político através do qual as
pessoas discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham,
acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento
da própria escola. Esse processo, sustentada no diálogo e na alteridade, tem como
20
base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito
às normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a
garantia de amplo acesso às informações e aos sujeitos da escola.
Dessa forma, a Gestão Democrática pressupõe compreender que a educação é
um direito de todos e a escola como serviço público, deve exigir a transparência nas
decisões e a real possibilidade de interferência e conduções básicas para a democracia
e a participação. Durante muito tempo, em muitos casos, as instâncias colegiadas
existiam apenas no papel, não participavam nas tomadas de decisões, apenas
assinavam aquilo que era decidido pela direção e às vezes por um e outro membro da
escola, uma vez que já tinha se tornado cultural, deixar que os outros tomassem as
decisões. Diante disso, até que se desmistificou esta realidade, foi um trabalho árduo,
para conscientizar a comunidade escolar da importância de participar no planejamento
e nas ações desenvolvidas pela escola. Outro fator que dificultava muito a participação
era o fato das reuniões serem muito demoradas e cansativas, por isso a importância de
se ter um planejamento e uma pauta bem definida. Iniciar as reuniões no horário
marcado, ser objetivo e valorizar a presença e as sugestões dos membros das
instâncias colegiadas.
Sempre que realiza-se reuniões, comunica-se com antecedência os membros
das instâncias colegiadas, informamos a pauta da reunião e deixamos bem claro a
importância da presença de cada um. Uma das ações previstas para nossa escola, é
que as instâncias colegiadas participem efetivamente da reformulação do Projeto
Político Pedagógico (o que está acontecendo no momento).
2.1.1 Instâncias Colegiadas
Na gestão democrática a representatividade da comunidade escolar se faz pelos
diferentes segmentos: pais de alunos, professores e funcionários representados pela
associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF); pelos representantes de turma;
dos professores no Conselho de Classe de forma coletiva; e pelos diferentes
segmentos da escola no Conselho Escolar, que contribuem significativamente a partir
da compreensão das suas atribuições e visualizam resultados positivos na
aprendizagem dos alunos, na conservação física do ambiente escolar e sua melhoria;
na execução do projeto pedagógico, na aplicação de recursos financeiros provindos da
esfera pública ou através de promoções.
21
APMF - possibilita a integração entre família-escola-comunidade através de
reuniões mensais ou quando necessário para que haja o aprimoramento do processo
educacional, sugerindo ações a partir da proposta Pedagógica do Estabelecimento de
Ensino. A APMF conta com representantes de pais, professores e funcionários; onde
participam da organização, gerenciamento, distribuição e aplicação de verbas que a
escola recebe ou arrecada através dos eventos.
CONSELHO ESCOLAR – O Conselho Escolar é um órgão colegiado de
natureza deliberativa, consultiva e fiscal, não tendo caráter político-partidário, religioso,
racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados seu Dirigente ou Conselheiros.
Tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de colegiado, promovendo a
articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os setores da escola,
constituindo-se no órgão máximo de direção. A atuação e representação de qualquer
dos integrantes do Conselho Escolar visará ao interesse maior dos alunos inspirados
nas finalidades e objetivos da educação pública, para assegurar o cumprimento da
função da escola que é ensinar. A ação do Conselho Escolar estará articulada com a
ação dos profissionais que atuam na escola, preservada a especificidade de cada área
de atuação. O Conselho Escolar tem autonomia que será exercida com base nos
seguintes compromissos: a) A legislação em vigor; b) A democratização da gestão
escolar; c) As oportunidades de acesso, permanência e qualidade de ensino na escola
pública de todos que a ela têm direito. O Conselho Escolar é reunido mensalmente, ou
sempre que for necessário. O CONSELHO ESCOLAR constituído pela direção,
direção auxiliar, pedagogos, professores, um representante de cada segmento da
comunidade escolar e um representante da sociedade civil organizada; atua no
estabelecimento de diretrizes para organização e funcionamento da escola, tendo
como orientação a legislação educacional em vigor, bem como, o Projeto Político
Pedagógico. Enquanto órgão soberano, é convocado para resolver situações extremas
que fogem ao cotidiano da escola, ou de nível de dificuldade maior, referente às
questões administrativas, didáticas ou pedagógicas. Assim os colegiados atuam de
forma a garantir que as ações acima citadas sejam efetivadas constantemente na
prática, sempre pensando na melhoria da qualidade educacional para os educandos.
GRÊMIO ESTUDANTIL intitulado de Filhos da Revolução é composto por alunos
representantes dos cursos do Ensino Médio e Ensino Profissional dos três turnos da
escola, com o objetivo de unir, debater e analisar os direitos e deveres dos alunos
22
desenvolvendo ações sociais que venham contribuir para o bom andamento da
instituição. A cada dois anos é renovado através de eleição.
CONSELHO DE CLASSE - O Conselho de Classe permite que direção, equipe
pedagógica e corpo docente avaliem a prática educativa, e a partir de diagnósticos ou
constatações, possam reorientar as ações que venham contribuir para a garantia e
melhoria da qualidade em educação.
CRITÉRIOS PARA O CONSELHO DE CLASSE:
Postura do educador frente ao processo ensino-aprendizagem;
Aproximação e melhor relacionamento entre professor e aluno;
O comportamento do aluno frente à classe, ao professor e à escola;
Se há coerência entre critérios de avaliação adotados pelos professores;
Auto-avaliação dos profissionais da escola sobre seu trabalho pedagógico;
Análise diagnóstica das turmas;
Proposta de ação individual e coletiva;
Análise dos casos relevantes;
Propostas curriculares alternativas para alunos com deficiências específicas;
Adaptações curriculares para alunos portadores de necessidades especiais;
Partindo desse pressuposto, as ações e discussões que ocorrem e depois do
Conselho de Classe, não devem se tornar somente um instrumento burocrático,
em que os participantes apenas deliberam sobre a promoção ou retenção dos
estudantes, mas para acompanhar e diagnosticar as possíveis causas que
interferem no processo de ensino-aprendizagem reorientando as ações.
O CONSELHO DE CLASSE É CONSTITUÍDO PELAS SEGUINTES CATEGORIAS:
a) Diretor e Diretor Auxiliar;
b) Equipe Pedagógica;
c) Representante da Equipe Administrativa;
d) Professores;
e ) Representante de pais ou responsáveis por aluno regularmente matriculado;
f) Um aluno representante do Grêmio Estudantil.
23
2.1.2 Equipamentos Físicos e Pedagógicos
Área construída: 8.054,09m²
Quadra poliesportiva: 02 ( x)sim ( x) coberta
( )descoberta ( )não
Laboratórios de: ( )Ciências ( x)Física
/Química/Biologia
Biblioteca ( x)sim ( )não
Laboratório de Computadores Paraná Digital: 03
Computadores Proinfo: 20
Data Show: 04
Computadores Desktop: 08
Notebook: 03
TV Multimidias: 14
Sala para docentes ( x) sim ( ) não
Sala da direção ( x) sim ( ) não
Sala para atendimento pedagógico ( x) sim ( ) não
Quantidade de salas de aula 10
Instalações sanitárias
Funcionários
Professores
Alunos
Adaptados
( x) sim ( ) não
( x) sim ( ) não
( x) sim ( ) não
( x) sim ( ) não
( x) sim ( ) não
Cozinha ( x) sim ( ) não
Espaço para armazenamento da merenda escolar ( x) sim ( ) não
Refeitório ( ) sim ( x)não
Área livre ( x) sim ( ) m² ( ) não
Acessibilidade ( x) sim ( ) não
O colégio possui rampas de acesso.
2.2 ENSINO-APRENDIZAGEM
Busca-se o desenvolvimento de uma concepção de ensino onde educador e
educandos sejam sujeitos do seu processo de desenvolvimento, pois, necessitam da
mediação das experiências e saberes de ambos, para que se concretize a
aprendizagem. Nessa concepção a função do educador deve ser a de oportunizar
atividades que encaminhem o educando ao seu desenvolvimento potencial, dessa
forma, é papel do educador ser mediador das atividades. Para tal, os conteúdos
trabalhados nascem da necessidade que o educando encontra ao tentar realizar sua
tarefa. Há a necessidade de criar situações em que o indivíduo seja instigado a refletir
e buscar o conhecimento, por meio de circunstâncias em que ele precise fazer
escolhas diante de problemas que surgem espontaneamente e não criados num clima
artificial. Preza-se na escola por um espaço em que o professor não assuma a posição
24
de concentrador do saber, mas sim o professor é quem direciona o trabalho
pedagógico, o sujeito que proporciona um espaço democrático e aberto. Esse espaço
distancia-se daquele em que geralmente nos colocamos em sala de aula: ditadores de
um conhecimento que somente nós podemos disseminar. “É preciso que, pelo
contrário, desde o começo do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora
diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado
forma-se e forma ao ser formado. É nesse sentido que ensinar não é transferir
conhecimento, conteúdos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma,
estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado” (Freire, 2000, p. 25). O eixo
organizador da prática pedagógica está na aprendizagem, entendendo que alguns
alunos precisam de mais tempo e de metodologias diferenciadas para garantir que
ocorra a efetiva aprendizagem, e vale lembrar o que Paulo Freire não se cansava de
repetir: “ensinar exige comprometimento”.
2.2.1 Plano de Trabalho Docente
O Artigo 13, II e IV da LDB para justificar o termo Plano de Trabalho Docente
como sendo dever do professor elaborar o Plano de Trabalho Docente e trabalhar pelo
seu cumprimento em consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino, com os princípios norteadores das políticas educacionais da SEED e com a
legislação vigente para a Educação Nacional.
É o documento norteador da ação pedagógica, é através dele que o docente vai
realizar ações para atingir seus objetivos previstos. É organizado de forma mensal,
trimestral, semestral, de acordo com a organização do trabalho pedagógico da escola
(...). Os conteúdos necessariamente devem estar de acordo com o PPP e PPC da
escola (...). O desdobramento dos conteúdos estruturantes e básicos (DCE) em
conteúdos específicos será feito pelo professor em discussão com os demais
professores da área que atuam na escola.
O professor deve dominar o conteúdo, ter o conhecimento em sua totalidade e
em seu contexto, para a relação com as demais áreas do conhecimento e sua
contextualização. As especificações quanto aos demais encaminhamentos que variam
de turma para turma, devem constar no Livro de Registro de Classe.
Este documento que legitima a vida legal do aluno e explicita entre o pretendido
e o feito, deve estar estreitamente articulado ao Plano de Trabalho Docente, levando
25
em consideração à Matriz Curricular, Calendário Escolar, Proposta Pedagógica
Curricular, Plano de Ação da Escola, e por fim ao Projeto Político Pedagógico. (NRE-
Paraná) amparado legalmente pela Lei 9394/96, art. 13, inciso II, este documento deve
ser elaborado pelo professor com a intenção de organizar o processo de ensino-
aprendizagem. Deve estar em consonância com o PPP e com a legislação vigente para
a Educação Nacional. É no PTD que se registra o planejamento, a execução e o
resultado. Neste sentido, é a sistematização das decisões tomadas pelo professor. O
Plano de Trabalho Docente é realizado trimestralmente, reunindo os professores por
disciplina, acompanhado pela equipe pedagógica e arquivado em uma pasta na área
de trabalho pedagógico; quando necessário a equipe pedagógica imprimi uma cópia de
cada disciplina. Este pode ser consultado pelo interessado constantemente.
2.2.2 Avaliação
A avaliação como diagnóstico tem por objetivo avaliar atos e situações, tendo
em vista tomar decisões no sentido de criar condições para maior capacidade do que
se esteja buscando ou construindo através da compreensão da aprendizagem,
oferecendo meios que integram as experiências, obtendo os melhores resultados,
auxiliando o aluno em seu desenvolvimento de forma a obter maior integração na
apropriação dos conhecimentos, habilidades, hábitos e convicções. Assim para cada
instrumento de avaliação nas diferentes disciplinas, são estabelecidos critérios,
buscando facilitar a quantificação de resultados.
Nenhuma avaliação poderá ocorrer sem critérios previamente definidos. Estes
devem ser do conhecimento de todos os alunos. São critérios fundamentais, entre
outros: organização e clareza na apresentação dos resultados da aprendizagem,
correção, articulação das partes, sequência lógica, rigor na argumentação, criatividade.
A avaliação trimestral é resultado da média aritmética das avaliações e
recuperações realizadas no trimestre. A média final será resultado da seguinte fórmula:
1º T + 2º T +3º T
______________ = 10,0
3
Será promovido automaticamente o aluno que tiver média igual ou superior a 6,0
e frequência igual ou maior a 75%.
26
Serão cobrados por trimestre no mínimo dois ou mais trabalhos (orais ou
escritos) e/ou duas ou mais provas ou testes. Sendo respeitadas as especificidades
das disciplinas de Educação Física e Arte.
A todos os alunos será possibilitada a recuperação de estudos, de forma
paralela, sempre imediata e ao longo do período escolar com intervenção pedagógica
com nova explicação do professor, realização de trabalhos individuais e/ou monitoria,
apresentações de atividades complementares e/ou elaboração de acordo com as
exigências de cada disciplina.
A obrigatoriedade de estudos de recuperação consta na Lei nº 9394/96, Artigo
24, Inciso V, alínea e. Um instrumento sistematizador, organizador do processo
educativo escolar, onde se materializa a ação educativa;
* Envolver intenções e práticas para sua concretização;
* Um conjunto de escolhas que ocorrem na escola vai até a sala de aula e em
cada aula;
Um gerenciador de efeitos, que contribui para a construção das identidades,
como uma instituição e professor, de um conhecimento que fica em cada aluno, com
marcas diferenciadas, mas que estão presentes.
O Regimento Escolar do Colégio Estadual Doze de Novembro – Ensino Médio e
Profissional aprovado pelo Ato Administrativo nº 328/2008, situado à Rua Belém, nº
2776, Centro, município de Realeza, Estado do Paraná, NRE de Francisco Beltrão,
mantido pelo Governo do Estado do Paraná, passa a vigorar com a seguinte redação: o
estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão
Parcial, porém aos alunos transferidos será assegurado o direito da mesma.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até (03) três
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
É vedada a Progressão Parcial na educação Profissional Técnica de Nível Médio na
Rede Estadual.
Serão aceitas transferências de alunos com dependência em até (03) três
disciplinas devendo ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
Este Adendo entrará em vigor no ano subsequente de sua aprovação pelo Núcleo
Regional de Educação de Francisco Beltrão.
A Avaliação ainda necessita de estudos mais aprofundados para garantir o
conhecimento integral dos alunos (e que vem sendo muito discutida em todas as
27
reuniões pedagógicas), existindo uma preocupação por todos os professores e deve
ser constantemente revista. A recuperação vem sendo realizada por todos os
professores com retomada de conteúdos de forma contínua e paralela, em acordo com
as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs) e a legislação vigente.
CONSELHO DE CLASSE - O Conselho de Classe permite que direção, equipe
pedagógica e corpo docente avaliem a prática educativa, e a partir de diagnósticos ou
constatações, possam reorientar as ações que venham contribuir para a garantia e
melhoria da qualidade em educação.
CRITÉRIOS PARA O CONSELHO DE CLASSE:
Postura do educador frente ao processo ensino-aprendizagem;
Aproximação e melhor relacionamento entre professor e aluno;
O comportamento do aluno frente à classe, ao professor e à escola;
Se há coerência entre critérios de avaliação adotados pelos professores;
Auto-avaliação dos profissionais da escola sobre seu trabalho pedagógico;
Análise diagnóstica das turmas;
Proposta de ação individual e coletiva;
Análise dos casos relevantes;
Propostas curriculares alternativas para alunos com deficiências específicas;
Adaptações curriculares para alunos portadores de necessidades especiais;
Partindo desse pressuposto, as ações e discussões que ocorrem e depois do
Conselho de Classe, não devem se tornar somente um instrumento burocrático,
em que os participantes apenas deliberam sobre a promoção ou retenção dos
estudantes, mas para acompanhar e diagnosticar as possíveis causas que
interferem no processo de ensino-aprendizagem reorientando as ações.
O CONSELHO DE CLASSE É CONSTITUÍDO PELAS SEGUINTES CATEGORIAS:
a) Diretor e Diretor Auxiliar;
b) Equipe Pedagógica;
c) Representante da Equipe Administrativa;
d) Professores;
e) Representante de pais ou responsáveis por aluno regularmente matriculado;
f) Um aluno representante do Grêmio Estudantil.
28
2.2.3 Registros da Prática Pedagógica
O registro das atividades que dizem respeito à aprendizagem é direito e dever
dos docentes e dos discentes. No caso dos discentes, são tais registros que
possibilitam comprovar a responsabilidade nas oportunidades de aprendizagem
ofertadas aos estudantes, tanto em frequência, como em conteúdo, metodologia e
recuperação de estudos, além da avaliação o caso dos docentes são obrigatórios o
Livro Registro de Classe por escrito até o ano de 2016 e em 2017 passou a ser online e
os mesmos ficam disponíveis para consultas.
2.3 ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
A instituição tem alunos com necessidades especiais, e a estes são
assegurados o direito de estudos mediante metodologias diferenciadas e individuais
que possibilitem a sua aprendizagem conforme o Regimento Escolar. Os alunos que já
frequentavam a sala de apoio no Ensino Fundamental fazemos o encaminhamento
para que o mesmo permaneça tendo acompanhamento.
2.4 ARTICULAÇÃO ENTRE AS ETAPAS DE ENSINO
A articulação ocorre na medida em que os professores, bem como direção e
equipe pedagógica, acolhem os alunos com um olhar diferenciado, com a
responsabilidade de integrá–los no espaço escolar para que o mesmo sinta como é o
ambiente escolar. O tempo reservado para as atividades, ambientação e organização
dentro do novo espaço e ritmo escolar, é maior. Em casos específicos a equipe
pedagógica entra em contato com a escola da qual o aluno frequentava para obter
informações que venham contribuir para ajuda do desenvolvimento do mesmo no
ensino aprendizagem.
2.5 ARTICULAÇÃO ENTRE DIRETORES, PEDAGOGOS, PROFESSORES E DEMAIS
PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
A organização do trabalho pedagógico passa pela integração entre os
envolvidos na dinâmica escolar, na perspectiva de que tudo na escola é educativo e em
função de objetivos comuns. É essencial ter momentos e formas de diálogo entre a
equipe gestora, professores e funcionários, em que canais de integração possam ser
estabelecidos ou fortalecidos coletivamente e se reflitam na prática diária, com um
29
clima de trabalho propício à satisfação das expectativas de toda a comunidade escolar,
permeado por democracia, solidariedade, respeito à diversidade, combate à
discriminação, clareza quanto a direitos e deveres. Os diálogos acontecem em
reuniões pedagógicas, no planejamento, nos dias de formação continuada, nas horas
atividades.
Encontra-se dentro da escola diversas lideranças, atuando cada qual na sua
função e que precisam definir suas ações em harmonia com o Projeto Político
Pedagógico da escola. É importante sempre lembrar que para tornar a escola um
espaço especial, visando à construção de uma sociedade melhor, precisa-se
desenvolver um trabalho em equipe, um trabalho solidário entre todos os que compõem
o cotidiano escolar.
Temos o gestor administrativo (diretor), o pedagógico (coordenador), o
coordenador de curso, o da sala de aula (professor) e outros cargos definidos pela
estrutura de funcionamento das políticas públicas. Basicamente, em todas as escolas
os gestores desenvolvem as seguintes funções:
Professor – deve ser entendido como um agente de educação integral, cujas
habilidades, conhecimentos e atitudes em relação ao aluno, são o centro de eficácia do
processo educativo.
Diretor (diretor auxiliar) – assume uma série de funções, tanto de natureza
administrativa quanto pedagógica. Entre as suas responsabilidades principais estão:
Gerenciar os aspectos materiais e financeiros da escola.
Harmonizar as relações entre os profissionais da educação que atuam na
escola.
Articular a relação escola-comunidade.
Construir em parceria com todos os segmentos da escola, as normas,
regulamentos, adotando medidas condizentes com os objetivos e princípios propostos.
Promover um sistema de ação integrado e cooperativo.
Manter um processo de comunicação claro e aberto entre os membros da
escola e entre a escola e a comunidade.
Estimular a inovação e melhoria do processo educacional.
Coordenador de Curso - Estende seu trabalho a todos os alunos, orientando-
os em seus estudos, com o objetivo de que os mesmos sejam mais proveitosos. São
funções do orientador educacional:
30
Auxiliar o educando quanto a seu auto-conhecimento, a sua vida intelectual e a
sua vida emocional.
Trabalhar para estabelecer na escola um ambiente de alegria e confiança.
Procurar trazer a família para cooperar de maneira mais eficiente e positiva na
vida do educando.
Realizar trabalho de aproximação da escola com a comunidade.
Realizar observações e entrevistas pessoais com os alunos e seus familiares.
Participar do processo de avaliação escolar e recuperação dos alunos.
Dos Agentes Educacionais I e II
A educação não se dá apenas na sala de aula, mas, nos diferentes espaços da
escola. Todos os profissionais da educação (diretores, pedagogos, professores e os
agentes educacionais) são responsáveis por transmitirem saberes e valores
fundamentais para a formação dos nossos estudantes. Como dito anteriormente, cada
profissional da escola tem responsabilidade no resgate e na prevenção dos problemas
enfrentados do cotidiano escolar. E os agentes educacionais, como podem contribuir
para o bom andamento do ambiente escolar?
Devido às oportunidades de diálogo com os estudantes em diferentes espaços
da escola, como no pátio, nos corredores ou no balcão de atendimento da secretaria,
os agentes educacionais podem identificar potenciais situações de abandono escolar,
de uso de drogas, e outros problemas que podem atrapalhar a vida escolar do aluno,
adquirindo informações que a equipe pedagógica, professores e direção muitas vezes
não têm. Se o agente perceber qualquer problema deve informar à equipe pedagógica
ou a direção da escola. Desta forma, faz-se necessário envolver todos os profissionais
da educação, conscientizando-os da sua função quanto ao fortalecimento do
enfrentamento aos problemas do cotidiano escolar, contribuindo com o bom andamento
do ambiente e com desempenho da aprendizagem do aluno. Consta no Regimento da
instituição todas as funções referentes aos agentes educacionais I e II.
2.6 ARTICULAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM OS PAIS E/OU
RESPONSÁVEIS
No que se refere à educação, deve haver conhecimento, disponibilidade,
empenho por parte da família em saber o que está acontecendo dentro da escola,
31
reconhecendo e estimulando a aprendizagem de seu filho. Com isso, estará
colaborando para o desenvolvimento da mesma.
Contudo, sabe-se que muitas famílias não participam efetivamente do cotidiano
escolar dos filhos e, consequentemente, influenciam negativamente no
desenvolvimento do aluno em sala de aula. Os educadores buscam estratégias para
que os pais se envolvam mais no processo de aprendizagem, através de reuniões, que
são utilizadas para relatar o que acontece na escola e com o aluno e/ ou promovem
atividades de integração entre pais e filhos. Apesar dos esforços, nem sempre os pais
comparecem nestes eventos, frustrando as expectativas da escola.
Para que os pais participem do cotidiano escolar dos filhos é necessário que a
escola tome a iniciativa de convidá-los, visto que muitos pais não têm o conhecimento
de como é o processo de aprendizagem, ou mesmo, como podem auxiliar nas
dificuldades encontradas na instituição.
Segundo o Estatuto da Criança e Adolescente “É direito dos pais ou
responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição
das propostas educacionais” (cap. IV, parágrafo único).
Sabe-se do grande valor que se tem a participação das Instâncias Colegiadas
nas atividades da escola e o quanto essa participação pode favorecer com a qualidade
do ensino ministrado. É muito importante que as mesmas participem e se façam ouvir
no dia-a-dia escolar, não esquecendo que, a função principal da socialização da
aprendizagem é dos docentes.
Porém, da mesma forma em que nos preocupamos com a presença das famílias
na escola, também estamos nos reorganizando de forma diferente para conseguir
presença de membros das instâncias colegiadas nas reuniões. Pensando em formas
diferenciadas, reunir a comunidade escolar através de algumas ações como:
apresentações de atividades (Feiras do Conhecimento, envolvendo todas as
disciplinas, poesias, teatro, música, dança, etc), bem como entrega de boletins,
chamando a atenção para a participação dos membros das instâncias colegiadas nas
reuniões pré-definidas. Também criamos o grupo da APMF e do Conselho Escolar no
Whatsapp, onde é possível mantermos contatos com muita frequência, não
descartando as reuniões presenciais, que são indispensáveis e muito importantes para
tomadas de decisões coletivas.
32
2.7 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
A formação continuada de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei nº 9394/96, nos artigos dedicados a formação dos profissionais da
educação, estabelece as formas de formação continuada: Sólida formação teórica e
interdisciplinar sobre educação, fundamentos históricos, políticos e sociais, conteúdos
a serem ensinados pela escola que permitem a apropriação do processo de trabalho
pedagógico, exercício da análise crítica brasileira e da realidade educacional.
Unidade entre teoria-prática é necessária assumir uma postura na produção do
conhecimento da organização curricular dos cursos que não se reduz a justa posição
da teoria e prática, no trabalho docente como princípio educativo na base de formação
profissional, na pesquisa como meio de produção do conhecimento científico e
intervenção da prática social.
Capacitado e atualizado, é consciente que a capacitação deve ser constante.
Por isso propõe como um momento de encontro e troca de experiências, as Reuniões
Pedagógicas, previstas em calendário escolar, onde estarão reunidos todos os
professores das diversas áreas do conhecimento; podendo ainda ser realizadas nessas
reuniões palestras e debates, com temas a serem definidos previamente.
Os profissionais da educação também buscam meios de manterem-se
atualizados diante de assuntos inerentes ao fazer pedagógico, tanto em momentos
como a capacitação pedagógica quanto em cursos ofertados pela SEED ou ainda
outros particulares e Cursos à Distância.
Além, de capacitação descentralizada, cursos, reuniões pedagógicas, dia de
Planejamento, Formação Continuada, Equipe Multidisciplinar; no próprio ambiente
escolar são viabilizados momentos que permitem a reflexão da prática pedagógica,
como em reuniões pedagógicas ou na hora-atividade que podem ser encaminhadas de
forma a possibilitar estudos pertinentes à educação. Referente aos encontros da
Equipe Multidisciplinar na primeira reunião o pedagogo explica o comprometimento
com a proposta, determina junto com os demais participantes como será trabalhado em
sala de aula e nos trabalhos extraclasses, os dias e horas do encontro entre os
participantes, que geralmente é em horário intermediário, debatem os textos, realizam
pesquisas para enriquecimento do trabalho predefinido.
Todos os trabalhos são registrados através de textos, fotos e vídeos; PDE,
também fazemos parceria com a UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA
33
SUL) para grupos de estudos, etc., no próprio ambiente escolar são viabilizados
momentos que permitem a reflexão da prática pedagógica, como em reuniões
pedagógicas ou na hora-atividade que podem ser encaminhadas de forma a possibilitar
estudos de textos, legislações, ofícios, periódicas e outros pertinentes à educação.
2.8 ACOMPANHAMENTO E REALIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE
A hora-atividade é um momento utilizado pelo professor para organizar sua
prática docente, com a realização de atividades pertinentes ao processo ensino-
aprendizagem. Planejar e estudar são fundamentais para a sistematização de ações
para que os objetivos da disciplina sejam atingidos. Esta se dá na escola com horários
específicos para os professores, que conseguem trocar ideias havendo uma boa
integração e socializações entre a equipe de docentes, suprindo os anseios atingindo
assim os objetivos de cada educador. A equipe pedagógica sempre que possível
procura acompanhar os docentes.
2.9 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO PEDAGÓGICO E CRITÉRIOS DE
ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS
O Colégio inicia suas atividades às 7:30h às 11:30h, 13:15h às 17:15h e 19:00h
às 23:00h com duração de 45 minutos cada aula, com 15 minutos de intervalo em
cada período. O Colégio conta com uma equipe de 35 docentes todos com formação
adequada na referida área, 1 diretor e 1 diretora auxiliar , 3 pedagogas, 07 agentes I e
06 agentes II e uma professora readaptada. Atualmente atende 11 turmas de Ensino
Médio Regular de 1ª, 2ª e 3ª séries, 4 turmas de Técnico em Administração Integrado
ao Ensino Médio e 2 turmas de Administração Subsequente, 2 turmas de CELEM, 1
projeto de Hora Treinamento .
A) O Atendimento às Modalidades:
Atualmente o Colégio atende 4 turmas de Técnico em Administração Integrado
ao Ensino Médio e 02 turmas de Administração Subsequente.
B) As Atividades de Ampliação de Jornada Escolar
São atividades educativas integradas ao currículo escolar que visam ampliar os
tempos, os espaços escolares e as oportunidades de aprendizagem para o
34
desenvolvimento integral das crianças, adolescentes e jovens que compõem as
instituições de ensino da rede pública estadual. São desenvolvidas por meio dos
seguintes programas: Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo (AETE); Por
meio desse programa, cada escola pode propor uma atividade de ampliação de jornada
por modalidade de ensino, cujo objetivo é: promover a melhoria da qualidade do ensino
por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas em contra
turno, na escola ou no território em que ela está situada, a fim de atender às
necessidades socioeducacionais dos alunos; ofertar atividades complementares ao
currículo escolar vinculadas ao Projeto Político Pedagógico da Escola, respondendo às
demandas educacionais e aos anseios da comunidade; possibilitar maior integração
entre alunos, escola e comunidade, democratizando o acesso ao conhecimento e aos
bens culturais.
A instituição de ensino, considerando a etapa e a modalidade de oferta, tem
ainda a possibilidade de desenvolver outros programas ofertados pela Secretaria de
Estado de Educação e também faz parceria com a UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL
DA FRONTEIRA SUL); através do PIBID que tem por objetivo compreender, planejar e
intervir práticas educativas que contemplem a realidade das escolas, assim
desenvolvendo o processo de ensino aprendizagem no ensino de Biologia. Propondo
ações que visem a utilização de diferentes espaços para os processos de ensino
aprendizagem: laboratório de biologia, de informática, biblioteca, visitas de campo,
entre outros, como espaços de referência para além da sala de aula.
O pibidianos, elaboram e desenvolvem propostas didático-metodológicas que
potencializam o aprendizado e a integração entre diferentes saberes e áreas do
conhecimento cientifico, além de produzir materiais didático-pedagógicos que
subsidiem os trabalhos desenvolvidos na escola atendendo o caráter interdisciplinar
transversal conforme deliberam os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e as
Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná (DCE).
C ) Inclusão - educação especial amparo legal estado democrático de direito
A instituição tem alunos com necessidades especiais e a estes são assegurados
o direito de estudos mediante metodologias diferenciadas e individuais, que
possibilitem a sua aprendizagem conforme o Regimento Escolar e integrando – os no
meio ambiente de forma que estes não se sintam excluídos.
35
2.10 ÍNDICES DE APROVEITAMENTO ESCOLAR (INDICADORES EXTERNOS E
INTERNOS), ABANDONO/EVASÃO E RELAÇÃO IDADE/ANO
Rendimento Escolar na Escola Doze de Novembro, C E-EM Profissional
Acesso Rápido
Rendimento Escolar - Dados Preliminares - Ano 2015
Ensino/Série
Taxa de Aprovação
Taxa de
Reprovação
Taxa de
Abandono
Total de
Aprovados
Aprovados
por Conselho
de Classe
Ensino Médio Regular
1º Ano 67,47% 33,04% 18,67% 13,86%
2º Ano 70,97% 42,73% 14,19% 14,84%
3º Ano 83,21% 36,84% 5,11% 11,68%
Total do Ensino 73,36% 37,50% 13,10% 13,54%
Ensino Médio Integrado
1º Ano 82,76% 33,33% 6,90% 10,34%
2º Ano 86,67% 7,69% 6,67% 6,67%
3º Ano 100,00% 6,67% 0,00% 0,00%
4º Ano 100,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Total do Ensino 90,14% 15,63% 4,23% 5,63%
Educação Profissional - Nível Técnico
1º Ano 28,95% 0,00% 2,63% 68,42%
2º Ano 35,71% 0,00% 7,14% 57,14%
Total do Ensino 31,82% 0,00% 4,55% 63,64%
Fonte: SERE / ABC Data: 2016
36
Taxa de Distorção Idade/Série na Escola Doze de Novembro, C E-EM Profissional
Taxa de Distorção Idade/Série - Ano 2015
Ensino Taxa de Distorção
Ensino Médio
1° Ano 24,62%
2º Ano 23,53%
3º Ano 14,47%
4º Ano 0,00%
Total do Ensino 20,79%
Rendimento Escolar na Escola Doze de Novembro, C E-EM Profissional
Rendimento Escolar
Indicadores 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Aprovação
Ensino Médio 93,1% 82,7% 77,8% 79,4% 83,8% 81% 76,2% 66,8% 76,2%
Reprovação
Ensino Médio 6,9% 3,1% 5,5% 4,9% 13,2% 9,5% 13% 14,8% 11,3%
Abandono
Ensino Médio 6,9% 3,1% 5,5% 4,9% 13,2% 9,5% 13% 14,8% 11,3%
Ensino Médio 0% 14,2% 16,7% 15,7% 3% 9,5% 10,8% 18,4% 12,5%
Fonte: CENSO / INEP
A) Abandono Escolar:
Quanto ao abandono escolar, a Instituição de Ensino realiza contatos, através
dos diversos meios de comunicação, com os alunos faltosos e consequentemente, se
não obtiver resultado positivo, encaminha a situação para o Conselho Tutelar que toma
as providências cabíveis.
Índice de Abandono
Ensino Médio
1º Ano 13,86%
2º Ano 14,84%
3º Ano 11,68%
Ensino Profissional – Administração Integrado
1º Ano 10,34%
37
2º Ano 6,67%
3º Ano 0,00%
4º Ano 0,00%
Ensino profissional - Administração Subsequente
1º Ano 68,42%
2º Ano 57,14%
B) Prevenção ao uso de Álcool e outras Drogas e Enfrentamento às Violências na
instituição de ensino:
A Prevenção ao Uso indevido de drogas tem como objetivo, refletir sobre o
consumo de drogas no contexto atual e as possíveis consequências geradas por elas
ao indivíduo e à sociedade.
A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas busca-se constantemente o
conhecimento científico, que vai além, das discussões do campo biológico e afetivo.
Aborda-se esta problemática através de palestras, seminários, filmes e
documentários de orientação e prevenção que devem contemplar informações sobre
seus males e consequências, estimulando a questão da qualidade de vida, bem como
orientações sobre comportamento e atitudes positivas e negativas. Contamos também
com a parceria e colaboração da UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA
SUL) e dos PIBIDIANOS.
Procuramos apoiar e orientar o dependente químico e a família para tratamento,
de acordo com as possibilidades da escola, encaminhando para as instituições
competentes. Mantemos uma parceria com a gestão municipal e quando necessário
encaminhamos para atendimento psicológico.
Mostrar que ter uma ocupação, trabalho e atividade de lazer é importante na
recuperação e oferecer apoio pedagógico domiciliar. Além disso, a ética é um elemento
fundamental, pois, o conjunto de atitudes e sentimentos inter-relacionados, parte do
respeito ao ser humano e natureza em sua forma mais ampla, passa pela vida pessoal,
familiar, profissional e culminando nos princípios morais para a convivência social.
38
2.11 RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E DISCENTES
A relação do professor com seus alunos é de fundamental importância para a
educação, pois, a partir da forma de agir do docente é que o aprendiz se sentirá mais
receptivo a disciplina.
A reciprocidade, simpatia e respeito entre os profissionais da educação e
discentes proporcionam um trabalho construtivo, em que o educando é tratado como
pessoa e não como número.
A valorização do conhecimento e do trabalho docente pode levar a educação a
um status prioritário dentro da escola, pensando assim, nossos professores têm
consciência e clareza dos seus objetivos a serem alcançados e refletem
constantemente sobre as conquistas e dificuldades dos alunos, para que assim possam
melhor intervir, ajudando-os a progredir em seu aprendizado.
Sabendo que o conhecimento do aluno, o desenvolvimento de sua capacidade
e o uso de suas habilidades depende de um ambiente que favoreça a aprendizagem, o
professor deve proporcionar um conjunto de ferramentas culturais a fim de favorecer o
processo mental do mesmo.
O Colégio por sua vez, como instituição organiza-se para garantir a
aprendizagem de todos, comprometendo-se com eles e construindo um novo vínculo
pedagógico, resgatando o sentido do estudo mediante uma proposta pedagógica
significativa e participativa com integração através de atividades culturais, esportivas,
gincanas, viagens de estudo, etc.
39
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA
(MARCO CONCEITUAL)
A escola precisa buscar consciência da sua historicidade, da fase em que
encontra-se o desenvolvimento, e a consciência de que está em contradição com
outras concepções de mundo. A necessidade humana de vivenciar, valores que
assegurem o crescimento pessoal e a integração com o social vão delinear e desenhar
a concepção de mundo proposta por esta instituição.
Em conformidade com Freire (1987, p. 87), “Nosso papel não é falar ao povo
sobre a nossa visão de mundo, ou tentar impô-la a ele, mas dialogar com ele sobre a
sua e a nossa”. É primordial que a escola analise e reflita sobre as diversas
concepções e a integração das mesmas. Entende-se, nessa perspectiva, que a escola
precisa ser espaço estratégico, onde possa-se desenvolver o compromisso com a
construção da cidadania.
Apontando em direção às bases antropológicas do que propõe como concepção
dialética da filosofia da educação, Saviani (2003) ressalva que "lhe interessa um
homem concreto, isto é, o homem como síntese de múltiplas determinações, vale dizer,
o homem como conjunto das relações sociais".
Assim, o importante, acerca do homem, é sua localização, o seu enraizamento
sócio-histórico-político no presente, fonte de valores, que apareça como lugar em que
os homens, através de todas as dificuldades, estão a caminho de realizar progressos
decisivos. O educando, segundo esta percepção, pode ser encarado como um ser
ativo, dinâmico, coparticipante do processo educativo, já que é o forjador da história
que trabalha no presente a partir de conteúdos significativos e atuais permanentemente
avaliados face às realidades sociais.
O entendimento de mundo determina o grupo a que se pertence, esse grupo é
definido como a reunião de “... todos os elementos sociais que partilham de um mesmo
modo de pensar e agir.” A compreensão de mundo quando não há crítica, é coerente, é
ocasional e desagregada. O ponto inicial para a concepção de mundo pela escola “é o
desenvolvimento da consciência de que somos produtos do processo histórico até hoje
desenvolvido, fazendo o inventário da infinidade de traços recebidos" (GRAMSCI,
1984, p 12).
A tendência educativa centrada nos conteúdos, no valor vinculado às realidades
sociais, terá que trabalhar, necessariamente, a partir de modelos que tenham uma
40
relação direta com o presente da comunidade e, portanto, do indivíduo. Ao aluno
caberá assim, a partir, dessa experiência sócio/cultural participar ativamente do
processo de aprendizagem, confrontando suas apreensões com os modelos e
conteúdos expressos pelo professor. Levando em consideração, a diversidade social
brasileira, inserida no contexto da sociedade contemporânea capitalista e desigual, vive
o conflito das grandes transformações científicas e tecnológicas do mundo atual.
Percebe-se que a velocidade da mudança impulsionada pela aceleração da
produção, da aplicação do conhecimento científico, sua concretização em processos e
produtos tecnológicos invadem o cotidiano individual e coletivo do nosso tempo, com
isto, precisa-se interagir com essa realidade, constituindo-se em instrumento de
transformação, buscando elos com seus vínculos históricos e quais os maiores
desafios para o futuro, sabendo que o capitalismo predomina e consequentemente há
uma desigualdade de distribuição de renda. Isso restringe as oportunidades de
apropriação do conhecimento e ascensão social.
No contexto atual, observa-se que a maioria dos alunos estão desinteressados,
não possuem perspectiva sócio-cultural-econômica e, consequentemente, isso
possibilita a manutenção do sistema vigente, norteado por princípios de exploração e
injustiça. Na sociedade atual os princípios éticos devem ser resgatados. Bem como,
repensar a estrutura sociocultural atual, sem paternalismo e o cumprimento das leis, no
país, referentes à saúde e educação de qualidade, possibilitando assim, a melhor
distribuição de rendas e um maior comprometimento da família com a educação de
seus filhos que são os alunos em questão. A escola deve preocupar-se com a
formação integral do aluno numa visão onde o conhecer e o intervir encontrem-se.
Portanto, vive-se hoje uma explosão das diferenças: étnicas, culturais, sociais,
religiosas, sexuais e nacionais, que coloca a questão do resgate da identidade. A
diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a
escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas e diferentes concepções
de mundo. Tem-se consciência da existência de um mundo materialista, desigual,
globalizado, e que por intermédio dos meios de comunicação atinge todos os domínios
da vida humana, repassando informações.
Entende-se que o ser humano é capaz de avaliar sua própria existência, de
optar, de decidir pelos rumos que deve seguir. Por isso, se integra à comunicação, à
produção das relações sociais, à educação que é um processo contínuo e permanente,
41
que transcende por toda a vida. Vivendo em sociedade e em função das relações
sociais, estabelece-se e desenvolve características específicas, que lhes são
peculiares e possibilitam sua singularidade, na transformação e reconstrução da
mesma.
Pela educação o homem tem acesso ao conhecimento e aos instrumentos
necessários para interpretar a realidade, realizar escolhas que lhes possibilitem agir
sobre o meio. Na ação educativa o que deve estar implícito é o aperfeiçoamento do
próprio homem, como ser cidadão, político, com capacidade para questionar, criticar,
reivindicar e participar no desenvolvimento da sociedade.
O homem como ser social e histórico é capaz de interagir com o meio, fazer
opções e tomar decisões, com capacidade de transformar-se e transformar através da
comunicação e transmissão do conhecimento. Em função das relações sociais este
desenvolve características específicas que lhe são peculiares para seu
desenvolvimento por intermédio da ciência e tecnologia.
A educação supõe um processo tipicamente humano, que realiza-se de forma
intencional e integrada, para a organização do comportamento mais conveniente a
cada sujeito determinado pela aquisição de conhecimentos e interiorização de
comportamentos e atitudes. Pela educação o homem apropria-se dos saberes, evoluí
de forma inteligente com a natureza que domina em função do bem comum, da qual
beneficia-se, em consequência da cultura que naturalmente produz ou simplesmente
adquire no dia-a-dia das realizações pessoais, como história, arte, comunicação,
ciência, técnica, política, religião, lazer e outros elementos mais.
A escola enquanto organização deve oferecer oportunidades educacionais que
garantam o ensino de qualidade para todos, proporcionando aos educandos uma visão
ampla e aprofundada da realidade de forma que possa:
Aplicar a prática educativa escolar contribuindo para o desenvolvimento de cada
aluno;
Ampliar seu conhecimento e a capacidade de descobrir, criar, questionar, criticar
e transformar a realidade;
Ampliar seu senso crítico com responsabilidade sócio-político e cidadã;
Contribuir para a construção de uma nova sociedade, fundada em relações
sociais de colaboração e responsabilidade:
42
Conhecer e analisar os interesses da comunidade escolar, como referência, para
desenvolver a educação de nossos alunos para atuar com segurança nas diferenças e
suas especificidades.
Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo
crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo propositivo,
para garantir um meio ambiente saudável e a boa qualidade de vida.
Compreender que a saúde é produzida nas relações como meio físico,
econômico e sócio cultural, identificando fatores de risco à saúde pessoal e coletiva
presentes no meio em que vive. Considerar as dimensões biológicas, psíquica e
sociocultural da sexualidade, buscando contemplar uma visão ampla e não reducionista
das questões que envolvem a sexualidade e o seu desenvolvimento no âmbito pessoal.
Saber respeitar a individualidade de cada um.
Um aspecto fundamental que proporciona suporte a escola é a família. Ela
representa o alicerce de sustentação na formação de hábitos, atitudes e valores que
são incorporados e transcendem na escola e estendem-se por toda a vida. É na escola
que são explicitadas as relações sociais pelo meio das atividades desenvolvidas em
diferentes áreas do conhecimento que exigem do aluno uma participação efetiva
condizente com sua vida escolar, através do trabalho coletivo, que reflete toda ação, no
fortalecimento de si próprio e no processo de mudança que se deseja construir.
Nesse contexto, é cogente compartilhar decisões com envolvimento dos
diferentes segmentos que compõem a comunidade escolar por intermédio da gestão
democrática. E a essência é a autonomia que constrói-se no cotidiano escolar, mas é
preciso lidar com conflitos e opiniões diferentes. Algumas características da gestão
escolar democrática:
Participação das decisões e informações;
Preocupação com a qualidade da educação;
Transparência no uso dos recursos da escola.
Numa comunidade democrática de aprendizagem envolve-se a reflexão, a
determinação e a reconstrução do conhecimento. Os alunos aprendem democracia
vivendo e construindo sua comunidade democrática de aprendizagem e de vida,
aprendem a pensar, a refletir, a transformar seu próprio pensamento, seus hábitos,
comportamento e seu papel na sociedade.
A reconstrução da escola envolve responsabilidade de toda comunidade escolar
43
e compreende a dimensão pedagógica, a gestão democrática, o ambiente educativo, a
formação e condições de trabalho dos profissionais da escola, o espaço físico e o
tempo escolar como também o acesso e a permanência do aluno. A formação
continuada de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº
9394/96, nos artigos dedicados a formação dos profissionais da educação estabelece
as formas de formação continuada:
Sólida formação teórica e interdisciplinar sobre educação, fundamentos
históricos, políticos e sociais, conteúdos a serem ensinados pela escola que permitem
a apropriação do processo de trabalho pedagógico, exercício da análise crítica
brasileira e da realidade educacional.
Unidade entre teoria-prática faz-se necessário assumir uma postura na
produção do conhecimento da organização curricular dos cursos que não se reduz a
justaposição da teoria e prática, no trabalho docente como princípio educativo na base
de formação profissional, na pesquisa como meio de produção do conhecimento
cientifico e intervenção da prática social.
Gestão democrática visa aprender o significado social de poder que se
reproduz no cotidiano da escola, na relação professor-aluno, na concepção e
elaboração dos conteúdos curriculares.
Compromisso social e ético do profissional da educação com ênfase na
concepção sócio histórica do educador.
Trabalho coletivo e interdisciplinar entre alunos e professores como eixo
norteador do trabalho docente e na redefinição da organização curricular.
Articular formação inicial e continuada, diálogo permanente de formação
inicial e do mundo do trabalho, programas e projetos de educação continuada deve
incluir saberes científicos, críticos e didáticos que são realizados na forma presencial
ou a distancia.
3.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Na sociedade atual, busca-se elo com seus vínculos históricos e quais os
maiores desafios para o futuro, sabendo que o capitalismo predomina, e
consequentemente, há uma desigualdade de distribuição de renda. Isso restringe as
oportunidades de apropriação do conhecimento e ascensão social. No contexto
presente, observa-se que a maioria dos nossos alunos estão desinteressados, não
44
possuem perspectiva sócio-cultural-econômica e, consequentemente, isso possibilita a
manutenção do sistema vigente, norteado por princípios de exploração e injustiça.
Na sociedade de hoje os princípios éticos devem ser resgatados. Também deve-
se repensar a estrutura sociocultural atual, sem paternalismo e o cumprimento das leis,
no pais, referentes à saúde e educação de qualidade, possibilitando assim a melhor
distribuição de rendas e um maior comprometimento da família com a educação de
seus filhos que são nossos alunos.
Numa concepção marxisista a sociedade caracteriza-se como um todo composto
de várias partes que engloba a economia, a política, as ideias como base da
organização social, a partir das relações estabelecidas pelos homens. Há vários grupos
sociais em sociedades diferentes com culturas diferentes que são considerados na
ação educativa. A sociedade em seu conceito apresenta-se como a totalidade de
indivíduos entre os quais há relações intersubjetivas, ou seja, como mundo social. Um
organismo cujos elementos são em primeiro lugar as famílias e depois os indivíduos
isolados caracterizados por atitudes comuns ou institucionalizados.
A sociedade desejada é aquela que deve ser justa, democrática, igualitária e
humana, com igualdade de oportunidades e de direitos, com melhor distribuição de
renda e de mudança de comportamento, respeitando os valores, a cultura individual e
coletiva.
O exame das variadas concepções pedagógicas e, nelas, a visão de escola,
permite deduzir que nenhuma delas nega o fato de que as escolas são instituições
sociais que, para cumprirem seus objetivos, precisam ser, de alguma forma,
administradas ou geridas. No entanto, apresentam posições diferentes e,
frequentemente, conflitantes em relação ao objetivo social das escolas e às formas
organizacionais. A importância da gestão educacional de sistemas de ensino e escolas
tem sido ressaltada há anos na pesquisa educacional, tendo sido, inclusive, antecipada
nas propostas pedagógicas de esquerda. É notório que a autonomia fortalece as
escolas, acentua o espírito de equipe, envolvendo os professores e demais educadores
na responsabilidade em assumir um papel na configuração da organização do trabalho
escolar não apenas na sala de aula, mas, na escola como um todo. Trata-se de um
processo que se identifica bem com a reivindicação de participação conjunta de pais,
professores, alunos, nos processos de tomada de decisão e corresponsabilização
pelas ações de ensino e aprendizagem.
45
As escolas existem para promover o desenvolvimento das potencialidades
físicas, cognitivas e afetivas dos alunos por meio da aprendizagem de saberes e
modos de ação, para que se transformem em cidadãos participativos na sociedade em
que vivem. Seu objetivo primordial, portanto, é o ensino e a aprendizagem, que se
cumpre pelas atividades pedagógicas, curriculares e docentes, estas, por sua vez,
viabilizadas pelas formas de organização escolar e de gestão. Constituem-se, assim,
dois campos de investigação, de práticas e de exercício profissional, articulados entre
si pela correlação, numa instituição, entre fins e meios.
3.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM
Partindo do que relata Morin (2001) ao referir-se sobre a complexidade do ser
humano: "ser, ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural", apresenta-
se nossa concepção de homem e, em consequência, as aspirações pretendidas em
relação ao cidadão que querer se formar. Entendendo o sujeito tanto biológico como
social, tem-se por objetivo desenvolver no aluno a consciência e o sentimento de
pertencer ao mundo, de modo que possa compreender a interdependência entre os
fenômenos e seja capaz de interagir de maneira crítica, criativa e consciente com seu
meio natural e social.
Alguns desafios são fundamentais no que se refere à formação do sujeito,
desenvolver competências para contextualizar e integrar, para situar qualquer
informação em seu contexto, para colocar e tratar os problemas, ou seja, o grande
desafio de formar sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas.
Assim, acredita-se na possibilidade de formar um cidadão mais indignado com as
manifestações e acontecimentos da vida cotidiana, um cidadão que saiba mediar
conflitos e propor soluções criativas e adequadas a favor da coletividade, que tenha
liberdade de pensamento e atitudes autônomas para buscar informações nos diferentes
contextos, organizá-las e transformá-las em conhecimentos aplicáveis.
Para o educador Freire (1996), o homem só começa a ser um sujeito social,
quando estabelece contato com outros homens, com o mundo e com o contexto de
realidade que os determina geográfica, histórica e culturalmente, é nessa perspectiva
que a escola se torna um dos espaços privilegiados para a formação do homem. Onde
foi o homem medieval considerado o motor do conhecimento, isto é, ele é aquele que
conhece, busca informação procurando saber e sendo influenciado. Ele que faz com
46
que o homem torne-se o centro, e que todo caminho seja determinante porque é
necessário sempre “algo mais”. Ele é o que olha para o alto.
Vive-se em uma Era, marcada pela competição e pela procura de excelência,
em que progressos científicos e avanços tecnológicos definem exigências novas,
estabelecendo novos paradigmas para os indivíduos que procuram ingressar ou
pretendem manter-se no mundo do trabalho. As mudanças exigem novos conceitos de
valores, baseados numa concepção progressista e transformadora.
A crescente interdependência entre os povos cria a necessidade de que
aprenda-se a viver em comunidade no planeta. Mas como fazê-lo, se não somos
capazes de viver juntos em nossas próprias comunidades, onde é assustadora a
crescente desigualdade socioeconômica entre os cidadãos?
Contudo, percebe-se, que o centro de tudo isso é o homem. É preciso dar-lhe
condições para que encontre por conta própria a sua felicidade e realização pessoal.
Para isso, existe um caminho a percorrer, às vezes árduo, na busca do resgate de seus
valores éticos e morais, do conhecimento e do processo de crescimento intelectual,
valorizando e fortalecendo suas raízes em seu ecossistema de herança. Isso formará
pessoas autônomas, com capacidade de análise sabendo de sua razão crítica nas
relações interpessoais e no respeito aos direitos do homem e do cidadão.
A educação para a humanização significa pensar e agir fundamentando-se em
princípios éticos responsáveis, determinações políticas interventivas, criatividade
estética sensível. Nesta direção, a humanização da educação e da escola é, ao mesmo
tempo, processo e produto, nascidos e conquistados, num projeto de mútua
determinação e radicais lutas de educadores transformadores. Como processo, é a
ação diária nas escolas, nas aulas, nas reuniões, no trabalho pedagógico, para fazer
valer os princípios da igualdade, da convivência fraterna, da reciprocidade, da
solidariedade ativa, para a promoção de um mundo mais justo e humano.
Como produto, é o espaço novo da educação do homem ativo, esperançoso,
que aprendeu a viver junto aos seus semelhantes, na empreitada da formação e da
produção social, da cultura, das relações humanizadas, ou seja, um espaço dotado de
características humanas livres, conscientes e responsáveis pelo destino individual e
social. O homem, antes de ser criado por uma abstração, é um ser vivo, um ser com
necessidades e potencialidades materiais, além, das dimensões de identidade e
significação que a civilização e a cultura lhe conferem. Nesta direção, é que o homem
47
produz os seus meios de sobrevivência. E, neste fazer de si, dá origem ao seu
autoprocesso de humanização e hominização da natureza.
O homem define-se, pois, por esta capacidade material de produzir seus meios
de sobrevivência material e de construir, a partir destes, uma grade de representação
simbólica e institucional, que dá formas à sociedade e cultura aos ordenamentos
ideológicos da vida social e aos produtos espirituais da prática social. Assim, os
homens não nascem prontos, acabados, mas, são constituídos em uma intrincada rede
de inter-relações entre causas externas e internas de sua formação, evolução e
produção social. Tendo a escola a função de formar cidadãos pensantes, críticos e
atuantes, entende-se a aprendizagem como um processo interativo, dinâmico e
consequente entre sujeito/sujeito e sujeito/conhecimento.
Muitos autores atuais apontam para o fim da escola. Já os profissionais da área,
em contrapartida, reafirmam sua opção pela escola e educação formal como instituição
social privilegiada de construção da igualdade. O saber escolar deve ser apropriado
pelos educandos para promoção das qualidades inerentes à condição humana
esclarecida. Freire (2008) afirmava que para a educação é imprescindível a formação
de cidadãos críticos, ativos, sujeitos históricos que intervenham no processo de
formação da sociedade.
Esse processo comporta o domínio das formas que permitam chegar à cultura
sistematizada. E por esse motivo, já estaria justificada a importância da reflexão. O
ensino pautado pelos princípios e práticas humanistas propõe convocar a escola e a
educação, seus agentes e interlocutores, abertos à formação da consciência crítica e
da participação política solidária. Isto significa afirmar que a construção de um projeto
pedagógico resistente e transformador exige o compromisso ético social dos
educadores e administradores, na produção de uma concepção política democrática,
buscando transformar as estruturas atuais da sociedade caracterizada pelas práticas
individualistas e competitivas.
Compreender este estado e pensar a sua superação requer coragem de propor
uma educação e uma escola que supere a concepção educacional de formar para o
trabalho, numa dimensão estreita, pois, se assume aí a integração da educação como
fria produtora de mão de obra do mercado de trabalho da sociedade consumista atual.
Uma dimensão fundamental de uma educação humanizada e humanizadora, induz a
necessidade de rever os métodos, procedimentos pedagógicos que, muitas vezes
48
restringem os conteúdos escolares e o processo pedagógico à dimensão cognitiva,
esquecendo-se de que o homem é um ser, cuja intelectualidade e emoção fundem-se
trazendo implicações no desenvolvimento educativo. Uma educação intelectualista, em
que o objetivo principal seja o cumprimento do programa curricular, ignorando o
indivíduo em sua totalidade, poderá deixar lacunas irreparáveis na formação integral do
mesmo, uma vez que uma verdadeira aprendizagem não se restringe à transmissão ou
apropriação de saberes conceituais. Neste sentido, GALVÃO (2008,) afirma que: Ao
contrário do que sugere a tradição intelectualista do ensino, uma pedagogia inspirada
na psicogenética walloniana não pondera o desenvolvimento intelectual como a meta
máxima e exclusiva da educação. Considera-a, ao contrário, meio para a meta maior
do desenvolvimento da pessoa, afinal, a inteligência tem status de parte no todo
constituído da pessoa.
A aprendizagem inicia-se no contexto concreto da vivência social da família,
com todas as suas contradições, passando pelos ambientes escolares e por todo o
ciclo vital. Neste movimento, dá-se a dinâmica entre o racional e o emocional, o afetivo
e o sentimental, fundamentos básicos de uma aprendizagem relacional, necessários
para a produção e apropriação do conhecimento. Oliveira e Rego (2003),
fundamentadas na teoria de Vygotsky, afirmam que o ser humano aprende por meio do
legado de sua cultura e na interação com outros humanos, sendo o aprendizado sobre
emoções e afetos iniciado nos primeiros dias de vida, perdurando por toda a sua
existência.
Para Vygotsky (1996), quando se compreende a base afetiva da pessoa é que é
possível compreender o pensamento humano. Ou seja, as razões que impulsionam os
pensamentos, encontram suas origens nas emoções que as constroem. Evidenciam-
se, portanto, a mútua relação entre as esferas afetivo/cognitivas, influenciando-se no
processo evolutivo do conhecimento. Sendo assim, as interações que ocorrem no
âmbito escolar são pontuadas pela afetividade e é fundamental estimular a busca de
mecanismos que viabilizem uma mediação afetivo-motivadora, uma vez que a
afetividade habilita a pessoa a olhar para o outro, valorizando-o e instigando elementos
como a autoestima, fator essencial para a aprendizagem e, consequentemente, ao
desenvolvimento das potencialidades do sujeito.
Pensar numa educação que requer um novo olhar para o aluno, no sentido da
compreensão da pessoa completa, sugere lembrar que a escola não é participante
49
única do processo de construção do indivíduo. Propõe-se, portanto, preconizar uma
parceria entre escola e família, uma vez que os pais são a base referencial do saber do
indivíduo.
3.3 CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL, CULTURA TRABALHO E
ESCOLA.
A formação humana integral na sociedade atual, marcada por práticas sociais
excludentes e por uma educação escolar tradicionalmente assentada na dominação e
no controle sobre os indivíduos, pensar uma educação voltada para a emancipação
passa, necessariamente, por tomar como objetivo uma formação voltada para a
reflexão e para a crítica. Além disso, pautada na possibilidade de levar em
consideração a capacidade de o indivíduo tornar-se autônomo intelectual e
moralmente, isto é, de ser capaz de interpretar as condições histórico-culturais da
sociedade em que vive e impor autonomia às suas próprias ações e pensamentos.
Essas finalidades, entendendo-se assim, devem estar na base das proposições
curriculares, isto é, da definição das áreas e disciplinas, dos conhecimentos, do
tratamento metodológico conferido a eles, dos processos avaliativos, por fim, do
conjunto de práticas que dão materialidade a determinado projeto educativo (SILVA,
2012). Formação humana integral também refere-se à compreensão dos indivíduos em
sua inteireza, isto é, a tomar os educandos em suas múltiplas dimensões intelectual,
afetiva, social, corpórea, com vistas a propiciar um itinerário formativo que potencialize
o desenvolvimento humano em sua plenitude, que realiza-se pelo desenvolvimento da
autonomia intelectual e moral.
Qual o sentido de uma formação voltada para a produção da autonomia dos
indivíduos? Vale lembrar que a educação inclusive a escolar possui sempre um duplo
caráter: o da adaptação e da emancipação, o da produção da identidade e da
diferença. A escola, entretanto, em nossa sociedade tem privilegiado mais a adaptação
do que a emancipação, mais a produção da semelhança, da padronização, do que da
diferenciação.
Colocar no horizonte a possibilidade de formação para a autonomia intelectual e
moral, significa tomar um posicionamento diante desse duplo caráter da ação
educativa, significa comprometer-se, ao mesmo tempo, com a produção da identidade
e da diferença, com a adaptação e a emancipação. De outro modo, ou a educação
50
escolar destina-se à formação para a autonomia ou ela não é capaz de ultrapassar a
mera adaptação dos indivíduos à sociedade. Autonomia intelectual e moral, institui-se,
assim, como a grande finalidade do projeto educativo voltado para a formação humana
integral.
É com o fim, dentre outros, de possibilitar essa formação voltada para a
autodeterminação que justifica-se a ênfase que deve-se dar no processo de
escolarização ao desenvolvimento das múltiplas possibilidades de comunicação pelo
uso das diferentes linguagens. A relação entre pensamento e linguagem, tão bem
explorada por Vygotsky (1998), ensina que não é possível valermos das formas mais
complexas de formalização do pensamento, na ausência do pleno domínio das
capacidades de expressão verbal.
Como então explicar a secundarização da oralidade em favor da expressão
escrita, tão frequente em nossas escolas? Será que ao referenciar-se às grandes
finalidades da escola em nossa sociedade não deve-se problematizar o modo como
vem desenvolvendo-se a relação entre linguagem oral e escrita, entre formalização do
pensamento e capacidade de comunicação? Este é um dos desafios, entre tantos
outros, que colocam diante do planejamento da ação educativa, se nos guiarmos pelo
compromisso com a superação das limitações interpostas à realização de um projeto
educativo de fato emancipatório.
Outro desses desafios diz respeito à necessidade de se manter vivo o interesse,
o gosto, o prazer pela aprendizagem, tantas vezes substituídos por práticas que, ao
adquirirem o caráter de obrigatoriedade, de repetição pura e simples ou pelo fato de
não fazerem o menor sentido, fazem brotar em nossos alunos menos o gosto e mais a
desmotivação, menos o prazer e mais o desinteresse pelo que lhes é proposto.
Essa necessidade, de manter-se o gosto pela investigação, pelo novo, de
cultivar o prazer em se ter acesso ao conhecimento, precisa se converter em um dos
critérios balizadores da ação de planejar a ação educativa, assim como o exercício do
raciocínio lógico e da autonomia de pensamento. As finalidades ora destacadas aliam-
se a um dos grandes fins a que tem sido destinada a escolarização básica: o acesso a
conhecimentos científicos básicos, bem como a conhecimentos de outra natureza.
Muito mais do que, ser um fim em si mesmo, o acesso ao conhecimento, convertido em
saber escolar através das transposições didáticas, é o meio de que dispõe-se para
51
aproximar da realização de um projeto educativo no qual esteja no horizonte o
exercício da autonomia, da reflexão e da crítica.
3.4 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR, CURRICULO, CUIDAR E EDUCAR.
A origem do à origem do termo currículo é procedente do latim curriculum,
significando trajeto a ser percorrido (GARCIA, 1995). Autores como Moreira e Silva
(1997) e Pedra (2001) concordam que o termo currículo destaca-se na literatura
educacional nos Estados Unidos no começo do século XX. Nesse período, a
industrialização originou a necessidade de mão de obra de forma definitiva, o
aperfeiçoamento dos modos de produção, o que influenciou o pensar e fazer currículo.
Diferentes definições de currículo, refletem diferentes concepções de currículo,
para que possa-se explorar o conceito de currículo mostrando sua diversidade de
possibilidades, objetivando entender o conceito de Diretrizes Curriculares, pois,
compreendem-se de forma mais clara se pensar, primordialmente, no conceito de
currículo, visto que este antecede a noção de Diretrizes Curriculares dos Cursos de
Graduação.
Os currículos são orientados pela dinâmica da sociedade e, sempre, por uma
seleção de conhecimentos a partir da finalidade e dos objetivos educacionais
desejados. Cabe a nós, como profissionais da Educação, encontrar respostas. Não
trata-se de uma proposta fácil; antes é um grande desafio a ser construído,
processualmente pelos sistemas e instituições de ensino, objetivando práticas
curriculares e pedagógicas que levem à formação integral do educando e possibilitem
construções intelectuais elevadas, mediante a apropriação de conceitos necessários à
intervenção consciente na realidade. Uma política de ensino médio nesta perspectiva
visa superar as difíceis e desiguais condições de oferta da educação brasileira é um
dos grandes desafios da política educacional.
É a partir daí, que se apresenta uma possibilidade de organização curricular do
ensino médio que potencialize uma ampliação de conhecimentos em sua totalidade e
não por suas partes isoladas. Para fins formativos, isso significa identificar
componentes e conteúdos curriculares que permitam fazer relações cada vez mais
amplas e profundas entre os fenômenos que se quer “apreender” e a realidade na qual
eles se inserem.
Na gestão democrática é essencial que cumpra-se a função educativa
52
pedagógica. Isso implica no aprofundamento de relações de colaboração,
responsabilidade e solidariedade de toda comunidade escolar, pais, alunos,
professores e funcionários. Por serem, relações humanas, estão presentes as
contradições, complexidades e desencontro de ideias.
A gestão da Educação é responsável por garantir a qualidade da educação
entendida como processo de mediação no seio da prática social global por constituir-se
no único mecanismo de hominização do ser humano e a formação humana de
cidadãos comprometidos com o mundo do trabalho, com a sabedoria de viver junto,
respeitando as diferenças, comprometida com a construção de um mundo melhor
(SAVIANI, 2003).
A gestão democrática da educação é cada vez mais exigida para que a escola
cumpra sua função educativa, é uma prática cotidiana que contém o princípio da
reflexão, da compreensão e da transformação que envolve um projeto pedagógico
libertador.O currículo escolar deve asseverar princípios para possibilitar o
embasamento das reflexões, como propiciar instrumentos didáticos, teóricos e práticos,
por intermédio dos conteúdos das diversas áreas do conhecimento que:
Que respeitem e incentivem a liberdade de pensamento, a discussão, a
capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da importância do debate no
interior da escola;
Possibilite a prática da reflexão, da comunicação, do diálogo e do
acompanhamento do processo ensino aprendizagem;
Que os sujeitos escolares tenham consciência da necessidade de participar dos
movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares;
Criem entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação
continuada e atualizada, o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender, para
desenvolver a autonomia intelectual e superar a dependência das informações e das
elaborações, da dominação cultural e burguesa;
Produção de um currículo que possibilite aos alunos o domínio do conhecimento
historicamente acumulado, o acesso à fruição das conquistas da humanidade no
campo das artes, das ciências, das letras e da tecnologia.
Permita aos sujeitos escolares conhecerem, valorizarem e vivenciarem as
manifestações populares compreendendo as relações de interdependência entre as
culturas;
53
Possibilite a prática da solidariedade, para lutar contra qualquer forma de
discriminação da raça, gênero, contra portadores de necessidades especiais e outras;
Assegure a alegria do presente para que o aluno consiga vivê-la nos diferentes
momentos da sua vida.
O Currículo faz parte da identidade da escola, e deve contribuir para o
desenvolvimento da cidadania por meio dos comportamentos, dos valores, julgamentos
e a cultura que está sendo construída, pelas relações entre sujeitos escolares na
seleção e organização dos conteúdos, as metodologias, escolhas de conhecimentos,
procedimentos e concepções de mundo.
É no currículo que se determina o caráter dinâmico da escola, a reprodução dos
valores e a forma de pensar da classe escola e da classe social que domina
economicamente a sociedade e a contraposição a esses valores. Com a analise da
natureza dos problemas sociais, afere-se que qualquer membro da sociedade
democrática carece enfrentar, demanda um currículo de sinopses para lhes prestar
apropriada atenção, já que estes problemas não têm acolhido nas disciplinas
estabelecidas ou nas categorias de conhecimento representadas pelas matérias
escolares (TANNER E TANNER,1980). Mostra assim, o caminho do Projeto Político-
Pedagógico, onde a preocupação é com os conteúdos e as atividades que englobam
as diferentes áreas do conhecimento, de forma que aconteça a aprendizagem dos
alunos.
3.5 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
“O homem se faz pela sua prática real pratica que se desdobra no tempo e que
é efetivado no contexto do ser humano. O homem é, portanto, aquilo que ele se faz.
Mas, ele fazendo as coisas, ou seja, vai construindo-se, o resultado se sua prática
concreta real e cultural” (SEVERINO, 2007). Encara-se o próximo século como um
tempo que, por toda a parte, indivíduos e poderes públicos concederam a busca do
“conhecimento”, não somente como um meio para alcançar um fim, mas como, um fim
em si mesmo.
Precisa-se entender que as transformações vêm ocorrendo de forma radical na
área do conhecimento, passando a ocupar um lugar relevante no processo de
desenvolvimento dos povos que habitam nosso planeta. É impossível pensar em
transformação sem que ocorra a ruptura dos processos educacionais existentes na
54
escola atual, ocasionando distanciamento enorme entre o que ela ensina e o que a
comunidade necessita apreender para o seu dia-a-dia. A contextualização do
conhecimento é hoje fundamental no processo de construção e na formação do ser
humano para prepará-lo para as diferentes áreas de atuação no mercado de trabalho
em constante evolução.
Mediante a essas transformações deve-se, também, considerar que o ser
humano aprende muito no seu cotidiano e que essas aprendizagens ocorrem em vários
níveis, sendo amplamente determinadas pela cultura em forma de produção,
estimuladas e contextualizadas às novas tecnologias. A escola dentro desse cenário
tem trabalhado constantemente na busca de novas propostas, de reformas
curriculares, visando melhorar instrumentos e métodos de mudança na estrutura do
conhecimento e seus desdobramentos, dando especial atenção ao desenvolvimento e
crescimento das relações sociais de forma ampla e geral.
E, estudar como o conhecimento é tecido exige que se admitam as diferenças
culturais sem hierarquias, o que abre múltiplas possibilidades ao ato humano de
conhecer e quebrar o paradigma da “visão compartimentalizada” do conhecimento,
fenômeno que constitui de um todo maior o “saber elaborado”. Segundo Morim (2000),
“o conhecimento é, portanto, um fenômeno multidimensional, no sentido, que é de
maneira inseparável ao mesmo tempo físico, biológico, cerebral, mental, psicológico,
cultural e social”.
Deve-se ter em mente que é nessa relação do homem com a sociedade, a vida
e o mundo, que concernida-se a reproblematizada questão do “conhecimento”. As
exigências que hoje se fazem presentes no seio da sociedade decorrem dos padrões
de qualidade e mudanças pautadas num mundo globalizado e em constante evolução,
o que levou ao que chama-se de “revolução do conhecimento” que passa a exigir
indivíduos capazes de se auto atualizarem. Aí o papel da educação passa a ser de vital
importância no sentido de criar condições essenciais para que esses desenvolvam
suas competências e que percebam a importância da escolaridade em função das
novas exigências do mercado de trabalho e a tendência da sociedade em nível
mundial.
Entretanto, faz-se necessário levar em consideração que o conhecimento é
construído e transformado, coletivamente, e ancorado na realização do saber,
deixando, assim de ser visto numa perspectiva estática, passando a ser encarado
55
como um processo dinâmico onde sua construção é condição imprescindível para a
formação completa do educando. Mediante a esta proposição feita, entende-se então
que o conhecimento na concepção desta instituição escolar é visto como compromisso
político de todos: poder público, família, professores, sociedade civil organizada,
visando à dignidade e a qualidade de vida, enveredando pelos caminhos da construção
deste, deixando de privilegiar a transmissão pura e simples de conteúdos ditos
científicos, primando por uma pedagogia fundada em princípios de respeito,
responsabilidade e cooperação.
3.6 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Todo espaço é um espaço de educação. Viver é um processo constante e
dialógico de educação, de educar e ser educado. O ser humano, nas diversas esferas
relacionais no qual participa – sejam elas na família, na escola, na igreja, nos clubes –
está sempre aprendendo algo, mediada pelos mais variados motivos: aprender para
saber, para conviver, para fazer ou mesmo para ser (BRANDÃO, 1993). Sendo assim,
vida e educação estão interligadas entre si.
Educação é tudo que a humanidade aprendeu acerca de si mesma, é uma
prática social, uma atividade dos homens situando-os dentro de sua história e da
História Universal. É uma prática transformadora, que pela sua ação interage na
sociedade e nas relações de trabalho. Sendo assim, propõe-se uma educação pautada
no desenvolvimento de capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e
selecioná-las; com capacidade de aprender, criar e formular ao invés do simples
exercício de memorização. Essa educação está organizada em áreas de
conhecimento, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos numa
perspectiva de interdisciplinaridade e contextualização.
Logo, é por meio, da educação que o sujeito passa a ter condições de inserir-se
na sociedade, podendo ou não ter uma visão crítica desta. Esta característica é
vislumbrada, quando apresenta uma noção de que educação “é abrir oportunidade
para a criança se expressar/comunicar, e através disso oportunizar à mesma um
conhecimento que seja significativo para seu crescimento, dando liberdade e vai
percebendo o que vai aparecendo e trabalha com isso que aparece” (FREIRE, 2003).
A educação escolar deve constituir-se numa ajuda sistemática, planada e
continuada, diferindo de processos educativos que ocorrem em outras instâncias, como
56
na família, no trabalho, no lazer, na mídia e nos demais espaços da construção do
conhecimento e de valores para o convívio social. Ela deve ser, portanto, o local em
que os alunos se apropriem de conhecimentos sociais culturais e tecnológicos de
maneira crítica e construtiva.
3.7 CONCEPÇÃO DE ESCOLA
“Dar carinho é só o começo. Você mostra que se importa com os alunos quando
ouve o que eles sentem e valoriza as capacidades e os gostos de cada um. Assim,
ajuda a formar pessoas mais felizes e cidadãos responsáveis.” Nossa Instituição
escolar tem como compromisso garantir o acesso aos saberes elaborados socialmente,
e que constituem instrumento para o desenvolvimento, a socialização o exercício da
cidadania democrática e a petrificação de valores. A escola seja um espaço de
formação e informação, na qual a aprendizagem de conteúdos deve necessariamente
favorecer a inserção do aluno no dia-a-dia das questões sociais marcantes num
universo de capacidades, de modo a favorecer a compreensão e a intervenção nos
fenômenos sociais e culturais, assim como possibilitar aos alunos usufruir as
manifestações cultuais nacionais e universais.
Dentro dessa visão tem-se consciência de que a Escola surgiu da necessidade
de sistematizar e transmitir esses conhecimentos, tendo como base o uso da
democracia justa e igualitária, a qual contribui para a formação de um cidadão
participativo e responsável.
A Escola tem a função transformadora, autônoma e emancipadora para a
formação de um mundo que permita igualdade de condições a todos. Porém, ao longo
do tempo foi modificando-se, conforme a necessidade dos grupos sociais. Sendo
assim, a escola tem socializado com seus educandos conhecimentos científicos,
filosóficos, culturais, éticos e morais entre outros. Entende-se que, a escola é para
todos, mas as condições são precárias e inadequadas para atender às diversidades.
Necessita-se com urgência de escolas com centros de atendimento
especializados nas diversas áreas de deficiências, maior número de escolas rurais e
que as escolas indígenas, também, sejam orientadas de forma a educar e auxiliar os
nossos indígenas. Nesse sentido, para responder as questões emergentes de nossa
sociedade, precisamos buscar parcerias com segmentos sociais e comunidade em
geral, políticos e representantes regionais. A função da escola continua sendo formar
57
cidadãos para que o mesmo tenha condições de exercer com competência suas
funções na sociedade e o exercício de cidadania, com respeito, honestidade, moral e
ética, fazendo a diferença no meio ao qual está inserido.
3.8 CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM
“A tarefa do professor não é ensinar os alunos a pensarem, eles já podem
pensar, mas, trocar mutuamente seus modos de pensar e buscar melhores maneiras
de abordagem e modificação de um objeto”. Ao longo dos anos observa-se que o
ensino centra-se na figura do professor ao mesmo tempo em que - a grande maioria
deles limita-se à reprodução e à transmissão de conhecimentos. Essa situação revela,
a ambos, alunos e professores, uma prática nada prazerosa e tampouco
transformadora (FREIRE, 1996).
Para que todos tenham a mesma oportunidade de desenvolver-se na escola, é
essencial refletir sobre a postura do professor. O professor, por intermédio de reflexões
sobre o processo de aprendizagem e a sua prática pedagógica, pode intervir e inserir
no desenvolvimento da aprendizagem do aluno. Vale lembrar também que a
aprendizagem está sofrendo uma ruptura, provocando uma mudança de paradigma na
produção e na divulgação do conhecimento e no ensino aprendizagem. O papel do
professor e da escola já não é única fonte de informação dos jovens.
A sociedade contemporânea está tornando a informação acessível a um número
cada vez maior de pessoas, e a expressão mais avançada desse processo é a internet.
Desta forma, a condução do processo de ensino, aprendizagem tem como objetivo
tornar vívido o estudo e o desenvolvimento da criança, mostrando-a como interpretar
com profundidade a ação dos alunos, possibilitando um perfil de um professor que
reflete enquanto age, toma decisões para mudar o rumo de sua ação, interpreta,
orienta e avalia de forma justa, porque o importante não é seguir uma teoria
preestabelecida, mas o quanto sua prática pedagógica é convincente.
3.9 CONCEPÇÃO TECNOLÓGICA
Sobre tecnologia, assinala-se que criou-se uma redoma falsa em torno do
verdadeiro propósito e natureza da tecnologia. Segundo o autor "esta vista na
sociedade como um processo autônomo; algo constituído e visto à margem de tudo
como se tivesse vida própria; independente das intenções sociais, poder e privilégio.”
58
Examina-se a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente, e que
constantemente, provocasse alterações profundas na vida das escolas.
Certamente que isso é verdade de forma parcial. Portanto, se debruçar sobre o
que tem vindo mudar pode-se incidir no erro de não questionar quais as relações que
permanecem sem alterações. Dentre estas, as mais importantes e relevantes são as
desigualdades econômicas e culturais que sobrepujam a nossa sociedade (Noble,
1984). Ainda, em conformidade com Machado (2002), o processo educativo há de se
revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel criador do
homem.
É preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia mediante a qual
não somente reforme-se o ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem.
A tecnologia tem um impacto significativo não apenas na produção de bens e serviços,
mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes. A LDB
- Lei de Diretrizes da Educação 9394/96 ao propor a formação tecnológica como eixo
do currículo assume, segundo Kuerger (2000), a concepção que aponta como síntese,
entre o conhecimento geral e o específico, determinando novas formas de selecionar,
organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa
no âmbito educacional, pois, a mesma pode contribuir para o aumento das
desigualdades, ou para a inserção social, vista-se, como uma forma de estabelecer
mediações entre o aluno e o conhecimento de todas as áreas. Urge, pois, continuar a
lutar pela escolarização como um bem público contra a domesticação política que tem
inflamado o debate educativo contribuindo para que a educação em geral e o currículo.
3.10 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA, DIVERSIDADE
Em relação à política de inclusão educacional implicam em afirmar as condições
e assegurar o acesso igualitário do aluno para apropriar-se dos bens culturais
historicamente acumulados. O processo de inclusão concentra-se na preocupação da
escola com o entendimento à diversidade individual, social, econômica, cultural que o
educando no desenvolvimento de práticas pedagógicas reconhece e valoriza a cultura
e o conhecimento, buscando respostas educativas para que aconteça a aprendizagem
com a totalidade dos alunos.
59
Uma política de inclusão procura resgatar os valores humanos de solidariedade,
colaboração e igualdade de direitos que foram negados por muito tempo pela
sociedade. Refere-se na possibilidade de acesso de participação nas relações sociais
que se estabelecem em sua trajetória. Em sentindo amplo a inclusão significa olhar
para as diferenças produzidas como constituintes da estrutura de ensino onde coloca a
responsabilidades da escola em seu contexto que envolve serviços técnicos
pedagógicos e administrativos onde dão sustentação ao processo que desencadeia na
aquisição do saber.
A educação inclusiva constitui-se no processo de mudanças de valores, atitudes,
comportamentos e compromissos dos profissionais educadores e da sociedade que por
sua vez, produzem outras mudanças de posições pessoais e coletivas, por isso é
assumida como responsabilidade coletiva da comunidade escolar. Nesta perspectiva
todos são responsáveis pelo êxito de cada aluno sob o ponto de vista ético, enquanto,
educadores e participantes da construção de uma sociedade inclusiva, de valores
éticos que estão ligados na interação de forma deliberada, livre e espontânea
consciente de si e dos outros, capaz de reflexão, reconhecimento e existência dotados
de vontades para o exercício autônomo e independente, onde a diversidade se
constitui em um dos fatores mais importantes para um ensino de qualidade. Freire
(1996) escreveu:
[...] conforme uma visão autenticamente utópica, a esperança não quer dizer cruzar os braços e esperar. A esperança só é possível quando cheios de esperança, procuramos alcançar o futuro anunciado que nasce no marco da denúncia por meio da ação reflexiva... a esperança utópica é o compromisso
cheio de risco.
Como percebe-se acima que não pode-se alcançar o futuro anunciado sem
realmente ter ações em conjunto, analisa-se que em primeiro deve-se agir com base
naquilo que se espera, como forma de preparação para o caminho para aquilo que se
almeja.
3.11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo organizado e contínuo que objetiva compreensão e
aprimoramento. Implica na concretização das expectativas educativas. A avaliação é
um processo abrangente que envolve uma reflexão crítica sobre a prática no sentido de
captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilita contribuir para
uma tomada de decisão refletindo sobre o que possibilitará superar os obstáculos.
60
A avaliação tem por base acolher uma situação de aprendizagem, propiciando
qualidade de ensino tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, sempre que houver
necessidade.
[...] a avaliação da compreensão (refere-se a um tipo de aprendizagem de qualidade) e o ensino para as mesmas não são atividades separadas. O professor/ a fomenta a aprendizagem compreensiva dando acesso aos alunos/ as ao diálogo crítico sobre os problemas que encontram aos realizar suas tarefas. Este tipo de avaliação faz parte do processo de aprendizagem e não é apenas uma atividade final, centrada nos resultados da aprendizagem (Elliott, 1990 p.224).
A avaliação como diagnóstico é um processo de coleta de informações rigorosa
e sistemática dirigida à obtenção de dados válidos e confiáveis que permitem tomar
decisões voltadas a uma determinada situação que adota critérios coerentes e
instrumentos adequados quanto ao processo de ensino aprendizagem. A
instrumentalização da avaliação que serve ao planejamento educacional da escola
pode ser compreendida, mediante uma chave indicativa de opções, quanto ao
paradigma avaliativo às técnicas de coleta e de análise de dados.
A Lei de Diretrizes e Bases atribui à escola decidir sobre sua proposta
pedagógica. Vale lembrar que a escola não pode controlar todos os fatores que
interagem na formação do aluno, e que não tratam-se de impor determinados
conteúdos e valores, mas, de ser coerente com a sua prática pedagógica assumida, o
possibilitar aos alunos uma discussão sobre eles e a construção de critérios para a
avaliação do rendimento no processo educacional.
Para que a avaliação escolar tenha função relevante e significativa na prática
escolar é imprescindível entendê-la como instrumento de análise permanente do
processo pedagógico que revela ao professor em que medida os alunos estão ou não
se apropriando dos conteúdos trabalhados. Desse modo a avaliação terá a tração
diagnóstica, possibilitando ao professor novas ações e ajustes no planejamento,
respeitando os limites e as especificidades dos alunos.
Para tanto, é necessário ter pressente que a finalidade da avaliação é ajudar os
educadores a planejar a continuidade de seu trabalho, ajustando-o ao processo
educacional de seus alunos, buscando oferecer-lhes condições de superar obstáculos
e desenvolver o autoconhecimento, a autonomia e jamais qualificá-los. Nesse sentido,
faz-se necessário que a escola tenha como prioridade os valores humanos, éticos e os
princípios escolhidos pela escola respeito, responsabilidade e cooperação, para nortear
61
a sua caminhada na educação, sempre voltados para a sua emancipação, construção
do sucesso escolar e inclusão como princípio e compromisso social.
A avaliação deve ser concebida como um instrumento para ajudar o aluno a
aprender e faz parte integrante do trabalho realizado em sala de aula para, a partir
dela, o professor rever os procedimentos que vem utilizando e replanejar o seu
trabalho. Para o aluno ela permite ver os avanços e as dificuldades, tem a tração
permanente de diagnóstico e acompanhamento do processo ensino aprendizagem. O
professor assume um papel de pesquisador que investiga quais os problemas
enfrentados pelos alunos por quê, estudando com cuidado as produções realizadas,
conversando com os alunos sobre estas, considerando as razões que levaram a
produzi-las de uma determinada maneira e não de outra, ouvindo suas justificativas,
detectando o nó que emperra o processo.
Só assim, a avaliação é um instrumento de aprendizagem, quando o professor
utiliza as informações conseguidas para planejar suas intervenções, propondo
procedimentos que levem os alunos a atingir novos patamares e conhecimento. Ao
avaliar cada produção do aluno, o professor faz uma comparação: compara o que o
aluno fez ou faz com o que ele esperava que ele fizesse, soubesse, ousasse... ou seja,
em qualquer situação de avaliação, todos temos em mente um ou mais parâmetros que
servem de medida para apreciar o que está sendo avaliado. A avaliação acontece
vinculada às atividades do dia-a-dia da sala de aula, possibilitando a reflexão contínua
sobre o processo de aprendizagem.
Porém, são necessários também momentos específicos, previstos em
calendário, para fazer um balanço geral do trabalho, uma síntese do desempenho dos
alunos e do professor. Após esse balanço, percebe-se que enfrentou dificuldades, mas
também fez muitas conquistas e isso deve ser registrado como um fator relevante, pois,
leva o aluno e o professor a perceberem a evolução e a melhorar sua autoestima.
Deve-se salientar que a avaliação deve ser realizada com sensibilidade e inteligência.
O educador deve ter a consciência da própria visão do mundo, da sua ideologia,
dos sentimentos e hábitos não para eliminá-los ou impedir que interfiram no seu
julgamento, mas, para, conhecendo-os melhor, controlar a sua influência. Não
podemos esquecer também a função social da escola que é a de resignificar conceitos
e ajudar o aluno a adquirir informações e não a ser um mero acumulador de dados,
62
ajudando-o a desenvolver sua autonomia, enfim, a formar cidadãos que exerçam seus
direitos e deveres.
3.12 CONCEPÇÃOFORMAÇÃO CONTINUADA
Não tem como falar em educação de qualidade sem mencionar uma formação
continuada de professores; que já vem sendo considerada, juntamente com a formação
inicial, uma questão fundamental nas políticas públicas para a educação.
A escola está desempenhando vários e novos papéis na sociedade atual; este
vem sendo um campo de constante mutação, e o professor tem um papel central: é ele
o responsável pela mudança de atitude e pensamento dos alunos. O professor precisa
também estar preparado para os novos e crescentes desafios desta geração que
nunca esteve tão em contato com novas tecnologias e fontes de acesso ao
conhecimento (o que inclui a internet), como hoje.
Além disso, em sua formação inicial possivelmente houve alguns aspectos
deficitários, pois, um exame do histórico da formação inicial em nosso país mostra que
ela não vem sendo bem-sucedida na maioria das vezes. Os cursos de licenciatura são
considerados ineficientes para a formação de professores realmente capacitados para
ensinar.
Para, pelo menos, minorar estes efeitos e melhorar a prática docente, algo que
inúmeros estudiosos desta área apontam como alternativa é a formação continuada de
professores. Para justificar a formação continuada de professores, três razões têm sido
normalmente apontadas, a necessidade contínua de aprimoramento profissional e de
reflexões críticas sobre a própria prática pedagógica, pois, a efetiva melhoria do
processo ensino-aprendizagem apenas acontece pela ação do professor; a
necessidade de superar-se o distanciamento entre contribuições da pesquisa
educacional e a sua utilização e aproveito para a melhoria da sala de aula, implicando
que o professor seja também pesquisador de sua própria prática; em geral, os
professores têm uma visão simplista da atividade docente, ao conceberem que para
ensinar basta conhecer o conteúdo e utilizar algumas técnicas pedagógicas
(SCHNETZLER e ROSA, 2003). Esta formação continuada, não esgota-se somente em
um curso de atualização, mas deve ser encarada como um processo, construído no
cotidiano escolar de forma constante e contínua (CUNHA apud KRASILCHIK, 2000).
63
No entanto, observa-se que na realidade não é isso o que ocorre na formação
continuada de professores. Ela dá-se, geralmente, com cursinhos de curta duração,
simpósios, reuniões, e também, por outras ações que têm como princípio a prática da
autoformação e da formação colaborativa entre professores (MALDANER e NERY,
2009), nos quais não se rompe com a racionalidade técnica. Esta é uma concepção
errônea da formação continuada, e “mantém o professor atrelado ao papel de „simples
executor e aplicador de receitas‟ que, na realidade, não dão conta de resolver os
complexos problemas da prática pedagógica” (SCHNETZLER, 2000, p.23). Portanto,
estes cursos de formação continuada, da mesma forma que os cursos de formação
inicial, vêm sendo considerados insatisfatórios.
Apoiando-se no pensamento de Schön, Rosa e Schnetzler (2003) defendem que
para romper com a racionalidade técnica, uma possibilidade é a ideia de parceria
colaborativa. Nesta parceria colaborativa, a partir da interação entre pares que
assumem papéis específicos no processo, a reflexão e a intervenção na realidade se
viabilizam. Uma nova proposta de epistemologia da docência dada pela prática de bons
profissionais é a perspectiva do professor reflexivo. É uma prática que vem ganhando
bastantes adeptos e que enfrenta alguns obstáculos, mas que é necessária para uma
prática docente eficaz. A formação continuada de acordo com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394/96, nos artigos dedicados a formação dos
profissionais da educação estabelece as formas de formação continuada:
Sólida formação teórica e interdisciplinar sobre educação, fundamentos históricos, políticos e sociais, conteúdos a serem ensinados pela escola que consentem a apropriação do processo de trabalho pedagógico, exercício da análise crítica brasileira e da realidade educacional.
Unidade entre teoria-prática é necessária admitir uma atitude na produção do conhecimento da organização curricular dos cursos que não reduz-se a justaposição da teoria e prática, no trabalho docente como princípio educativo na base de formação profissional, na pesquisa como meio de produção do conhecimento cientifico e intervenção da prática social (BRASIL, 1996).
64
3.13 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
A prática educativa frente aos Desafios Educacionais Contemporâneos em todas
as disciplinas, contempla analise, reflexão, discussão e problematização acerca das
questões da Educação Ambiental na Atualidade, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, e os temas da Diversidade
quais sejam, Educação das Relações Étnico-Raciais, de Gênero, Cultura Afro-brasileira
e Africana, Saúde e Prevenção nas Escolas e Sexualidade. A temática Educação do
Campo também será abordada.
O estudo dessas temáticas visa atender a diversidade escolar oportunizando a
todos a aquisição de saberes científicos e a preparação para o exercício da cidadania.
Fundamenta a organização do trabalho pedagógico e o desenvolvimento das
atividades educacionais onde os conteúdos disciplinares devem ser tratados, de modo
contextualizado, estabelecendo-se relações entre eles, para contribuir na compreensão
e a crítica das contradições sociais, políticas e econômicas do mundo contemporâneo.
A educação, enquanto processo social deve propiciar aos alunos, jovens e
adultos oriundos de classes trabalhadoras, urbana e rural a oportunidade de analisar a
realidade de diferentes campos de conhecimento, expressar suas opiniões, exercitar a
liberdade de decisão em suas ações individuais e a condição de participação em ações
coletivas.
É imprescindível a formação humana baseada nos princípios morais, éticos,
sociais e filosóficos que favoreçam o debate, a reflexão e a promoção da vida. Essa
compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural e a pluralidade das
identidades que caracterizam os grupos e a sociedade que compõem a comunidade
escolar.
As temáticas serão trabalhadas nas diferentes áreas do conhecimento
articulados devidamente aos conteúdos de cada disciplina. Nesta perspectiva, os
“desafios educacionais e os temas da diversidade” no currículo devem pressupor ser
parte desta totalidade. Portanto, eles não podem se impor à disciplina numa relação
artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu
contexto e não ao contrario transversalizando-o ou secundarizando-o (SEED/PR,
2003).
65
3.13.1 Estatuto do Idoso
A educação para a transformação coopera para o enfrentamento de desafios,
como o das pessoas mais velhas que tornam-se rejeitadas, inferiorizadas e
conformistas em face das agressões de um mundo que rotiniza a vida, impedindo ou
dificultando o relacionamento humano e o entendimento da própria realidade, que
compõe-se num vir a ser ininterrupto pelo processo intenso de mudanças de valores,
de práticas, de modos de viver.
Tanto as pessoas que trabalham e convivem com idosos como os próprios
idosos carecem aprender a conhecer criticamente a realidade social em que vive-se,
reconhecendo-se como integrantes desse contexto e cidadãos responsáveis pelas
possibilidades de mudança. A educação para viver a velhice e conviver com idosos é
uma necessidade indiscutível e impreterível.
O mundo atual proporciona inúmeros problemas e dificuldades, mas ainda,
oferece alternativas que permitem enfrentá-los para que possa-se desfrutar as
conquistas que garantem a longevidade e o prazer de viver por mais tempo. A
complexidade da vida atual estabelece um modo de pensar que leve à descoberta de
novos paradigmas para viver o envelhecimento em sua plenitude, respeitando as
singularidades do ser idoso.
Viver plenamente é estar sempre pronto a se posicionar, a responder a desafios
e a ressignificar a própria existência. É aceitar, divergir, participar, envolver-se, estar
presente, ousar novas experiências, ser propositivo, exercer a cidadania. Assim,
reforçam-se o significado e a importância da educação, que pode, de acordo com a
realidade vivida pelo idoso, possibilitar o desenvolvimento de uma visão crítica sobre si
e sobre a sociedade em que está inserido, na procura constante de sua libertação.
Para Freire (1999), a liberdade é um movimento de envolvimento e de busca de
superação das opressões: A liberdade, que é uma conquista, e não uma doação, exige
uma permanente busca. Busca permanente que apenas existe no ato responsável de
quem a faz. Ninguém tem liberdade para ser livre: pelo contrário, luta por ela
precisamente porque não a tem. Não é ainda a liberdade um ponto ideal, fora dos
homens, ao qual inclusive eles alienam-se. Não é ideia que se faça mito. É condição
indispensável ao movimento de busca em que estão inscritos os homens como seres
inconclusos. A educação para a liberdade é condição que habilita o idoso a propor
66
planos e realizar projetos de vida, construindo, continuamente, novas possibilidades de
ser.
A educação libertadora desenvolve as competências necessárias ao
enfrentamento dos desafios do envelhecimento e fortalece a coragem de romper para
constituir o novo. Para que esse tipo de ação realize-se, são basilares iniciativas de
qualidade, nomeadamente destinadas e programadas para a pessoa idosa, não
restritas, a fins assistencialistas ou paternalistas, mas voltadas ao desenvolvimento do
idoso como sujeito de mudanças, inclusive do próprio modo de viver a velhice.
Considerando a importância da educação para o idoso, assevera Salgado
(2007) que a disponibilidade para aprender nem sempre é uma característica dos
idosos, cabendo aos profissionais a responsabilidade de estimular essas atitudes,
buscando métodos pedagógicos apropriados e suavizando o estigma preconceituoso
de que na velhice é muito difícil aprender.
É conhecendo e conjeturando criticamente sobre a realidade pessoal e sobre o
mundo em que vive-se, problematizando fatos, sendo criativos e desenvolvendo a
capacidade de inovação que aprende-se a ser livres, para construir história e a
sociedade. O idoso pode e deve ser sujeito de sua história, e os projetos pedagógicos
têm de assumir esse compromisso, assim, como o de educar crianças, jovens e adultos
para viverem um relacionamento de igualdade de direitos e deveres com os idosos.
A concepção problematizadora e libertadora de educação precisa ser vivida na
família, na escola, nas universidades, nos ambientes de trabalho e de lazer, nos grupos
de convivência, nas associações, incluindo a transversalidade do envelhecimento como
princípio. Desta forma, estarão humanizando a vida, engrandecendo e fortalecendo o
ser humano, contra toda a ideologia que caracteriza o mundo materialista e
desrespeitoso do consumo.
3.13.2 Diversidades dos Sujeitos Escolares
A diversidade é edificada pelos sujeitos ao longo do processo histórico e cultural
ao se “fazer presente na produção de práticas, saberes, valores, linguagens, técnicas
artísticas, científicas, representações do mundo, experiência de sociabilidade e de
aprendizagem” (GOMES, 2008, p.18).
Passa-se a considerar o que é diversidade porque somos seres sociais
introduzidos num contexto cultural, que oferece modelos e normas a serem seguidos,
67
os quais nomeia-se e identifica-se como verdadeiros e normais. Todos aqueles que
não seguem estes padrões causam-nos estranhamentos.
Com base nas relações “nós e outros” grupos são constituídos e delimitam suas
fronteiras. Nas relações de poder estabelecidas, alguns grupos assumem posições
hegemônicas enquanto outros são considerados inferiores ou “anormais”. Estas
relações fazem-se presentes nos espaços escolares. Nos diferentes grupos que
formam-se há mulheres, homens, homossexuais, brancos, negros, pardos, jovens
provenientes de diversas cidades e que vivenciam diferentes manifestações culturais.
Todos estes convivendo no mesmo espaço e estabelecendo relações harmônicas ou
conflituosas que influenciam, consequentemente, o trabalho docente.
Assumir e trabalhar com a diversidade é um desafio aos docentes, pois,
precisam articular suas identidades e seus valores com a multiplicidade de identidades
e valores dos diferentes sujeitos que convivem nos espaços escolares. Traçar a
diversidade presente nas instituições é fundamental para o desenvolvimento do
trabalho docente, pois, a percepção dos sujeitos deriva das suas experiências de vida e
de como eles construíram a concepção de si e dos outros.
A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, em seu artigo 6º
estabelece que a educação é um direito de todas e todos e, ainda, devem ser
garantidas pelo Estado condições para acesso e permanência no âmbito
escolar.Entretanto, pesquisas científicas vindas dos mais diversos campos disciplinares
mostram que grupos específicos da população são continuamente afastados da escola.
As altas taxas de evasão escolar masculina (37,9% dos homens segundo dados do
IBGE em 2011) têm sido apontadas como consequência de referenciais de
masculinidade difundidos socialmente.
Uma identidade masculina baseada na agressividade, na indisciplina e em
noções hierarquizadas do que é ser homem ou mulher, segundo esses últimos
estudos, reproduzido uma cultura de violência e afastado os meninos dos bancos
escolares.
Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) compõem outro
grupo populacional que tem seu direito fundamental à educação violada, igualmente,
com altas taxas de evasão escolar. Em razão da total invisibilidade dada ao problema,
órgãos governamentais, ainda, não dispõem de indicadores que possam medir o
tamanho estatístico dessa exclusão escolar.
68
No entanto, pesquisas qualitativas sinalizam a recorrência com que a exclusão
escolar aparece nas trajetórias de vidas das pessoas LGBT, e são sempre associadas
ao ódio e à violência perpetrados contra essa população, dentro do ambiente escolar.
O que as investigações acima citadas fazem em comum é identificar as discriminações
de gênero como causas para processos de exclusão escolar. As pessoas que não se
submetem aos padrões de feminilidades, masculinidades e orientações sexuais
encarados como normais, a partir, da ótica dos padrões sociais dominantes, são
reiteradamente expostas, no ambiente escolar, a violações de direitos, agressões
físicas e verbais e discriminações de todo tipo. Suas diferenças convertem-se em reais
desigualdades.
Por exemplo, a Defensoria Pública do Estado do Paraná recebe várias
denúncias de discriminações nas escolas, sendo, as principais delas: a recusa de
utilização do nome social, o desrespeito à identidade de gênero de travestis e
transexuais, a prática reiterada de insultos contra pessoas integrantes da população
LGBT e agressões físicas ou ameaças contra mulheres. Ao contrário de “ideologias” ou
“doutrinas”, sustentadas por crenças ou fé, o conceito de gênero está baseado em
parâmetros científicos de produção de saberes sobre o mundo e busca identificar
processos históricos e culturais que classificam as pessoas a partir de uma relação
sobre o que é entendido como feminino e masculino.
Estamos nos referindo a um operador que cria sentido para as diferenças
percebidas em nossos corpos e articula indivíduos, emoções e práticas dentro de uma
estrutura de poder que pode, entre outros, refletir-se na exclusão escolar. Nos últimos
meses, porém, em vez de nos depararmos com a aprovação de planos de educação
que levassem em conta tais pesquisas, e validassem o princípio constitucional de
construção de um país mais justo e igualitário, foi reacesa a cruzada contra a igualdade
de gênero.
Partindo de argumentos falaciosos e distorcendo um debate consolidado há
décadas no campo intelectual nacional e internacional, grupos religiosos têm
sistematicamente ignorado o princípio da laicidade do Estado, censurando qualquer
menção às categorias “gênero” ou “orientação sexual”, especialmente, nos planos
locais de educação. Agindo dessa maneira, o objetivo acaba sendo adiar por mais dez
anos o reconhecimento da dignidade humana de grupos historicamente excluídos e de
seu direito fundamental à educação.
69
Temos assistido a essa tentativa de retrocesso, e não podemos nos calar frente
às investidas para barrar as metas de combate às desigualdades sociais. Ao contrário
do que se tem deliberadamente divulgado, falar em uma educação que promova a
igualdade de gênero não significa, anular as diferenças percebidas entre as pessoas,
mas garantir um espaço democrático, onde tais diferenças não se desdobrem em
desigualdades, hierarquias ou marginalizações.
É hora de exigir que o direito à educação seja assegurado a qualquer cidadã ou
cidadão brasileira/o e, para isso, políticas de combate às desigualdades de gênero e
sexualidade precisam ser implementadas e o exercício da cidadania, garantido o
acesso a educação escolar igualitário, na escola realizamos palestras e debates como
meio de conscientização e respeito ao ser humano.
3.13.2.1 Gênero e Diversidade Sexual
Se durante vários séculos a escola não precisou explicar a razão de ensinar as
hierarquias e desigualdades, faz-se necessário um conjunto de documentos que
demonstrem o preconceito e a violência produzida pela instituição escolar. Em relação
à hierarquia de gênero as mulheres foram„naturalmente‟, quando não excluídas,
diminuídas, estimuladas diferentemente e incluídas em ações menos importantes. E
ainda hoje, tanto se pergunta sobre a diferença entre meninos e meninas,
demonstrando o preconceito latente.
Entendemos aqui que a escola desde sempre aplicou uma pedagogia de gênero
que consolidou a ideia de desigualdade entre homens e mulheres. Também em razão
das diferentes experiências com a sexualidade e o desejo, a escola, sem qualquer
explicação sempre se colocou no lugar da produção da norma heterosexual,
produzindo, contribuindo e ampliando preconceitos em razão da sexualidade,
praticando a homofobia, a lesbofobia e a transfobia. Sim, a escola, os saberes
escolares e as práticas pedagógicas precisam ser objeto de reflexão sobre as
desigualdades sexuais e de gênero.
A ideia de diretrizes curriculares é aqui colocada em outro território do
pensamento, da reflexão e das práticas pedagógicas; são aqui tomadas como
narrativas construídas como crítica e resistência aos saberes normativos da escola. As
diretrizes de gênero e diversidade sexuais aqui apresentadas, se colocam como
„contra-narrativas‟ ou „contra-diretrizes‟, isto é, representam um texto que se propõe a
ser um lugar de questionamento das verdades estabelecidas e que fazem funcionar as
70
relações desiguais entre os gêneros e os sexos. Desse modo, não serão apresentados
aqui novos conhecimentos, novos saberes científicos e metodologias de aplicação. O
que estamos chamando de diretrizes é um conjunto de reflexões fundamentais que
problematizam as verdades consolidadas sobre gênero, sexualidade e diversidade
sexual. Nesse sentido, se des-instaura (des-territorializa) uma ideia universal de
diretriz, re-territorializando-a. Isso se dá com o trabalho cuidadoso com os temas que
concorrem para uma abordagem sobre o gênero, a sexualidade e diversidade sexual.
Subvertendo a ideia tradicional de diretriz curricular, estas diretrizes, por abordar temas
que trazem consigo importantes críticas dos conhecimentos estabelecidos, apresenta-
se na forma de reflexão, com o objetivo de desestabilizar as verdades que construíram
os preconceitos, as fobias, as violências sobre os sujeitos.
Portanto gênero é um conceito construindo historicamente com a função de
análise das relações sociais entre os seres humanos, refletir sobre as diferenças de
gênero entre os seres humanos, refletir sobre as diferença de gênero entre homens e
mulheres. Analisar como as desigualdades são produzidas e reproduzidas no cotidiano
escolar por meio da socialização é fundamental, pois, assim pode-se pensar em uma
educação mais democrática, através de reestruturação de conceitos e preconceitos
que contribuem com as relações de dominação.
O objetivo principal ao trabalhar gênero e diversidade sexual nas escolas é a
disseminação de práticas pedagógicas de enfrentamento ao preconceito, e também, à
discriminação desencadeando ações que visem educar a sociedade para o respeito, a
valorização da diversidade e do ser humano.
É preciso trabalhar na perspectiva de que as pessoas não tenham os seus
direitos negados por motivos que envolvam a sexualidade e sua identidade sexual, mas
que sejam respeitadas em sua orientação sexual. Portanto, precisa ficar atentos à
formação continuada da comunidade escolar, tendo em vista o conhecimento científico,
a superação do senso comum e o enfrentamento as diversas formas de violência.
3.13.2.2 História da Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Lei 10.639/03; LEI
11.645/08)
Inclui-se a esta proposta o trabalho com a Educação das Relações Etnicorraciais
e Afrodescendência, o cumprimento da Lei nº 10639/03 e a Lei nº 11645/08 que
estabelece a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Buscando
71
promover o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra
paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas ao lado das
indígenas, européias e asiáticas a partir do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira
e Africana. Considerando-se assim a diversidade cultural paranaense sob uma
perspectiva de inclusão e igualdade social proposta nas Diretrizes Curriculares da
educação Básica Estadual.
A História da Cultura Afro-Brasileira e Africana e Indígena reflete questões
amplas e polêmicas, uma vez que envolve a educação e a cultura de povos no sentido
de fazer um resgate, uma imagem positiva do homem negro e indígena, sem
discriminação de cor, etnia e situação social.
De acordo, com a Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003, tornou-se obrigatória a
inclusão nos currículos do Ensino Fundamental e Médio conteúdos relacionados à
História da Cultura Afro-Brasileira e Africana, até então, inexistentes ou
inadequadamente trabalhados.
É necessário que a escola como instituição educacional assuma o compromisso
de desenvolver um trabalho específico sobre o tema, com o objetivo de resgatar,
respeitar e valorizar a cultura do povo negro e indígena através do conhecimento de
sua religiosidade, hábitos, costumes, etc. A prática pedagógica deve envolver o coletivo
da escola. Com o auxilio dos professores, equipe pedagógica, direção, funcionários e
alunos, deve ser realizado um trabalho com seriedade e responsabilidade em prol da
valorização da vida.
Ao abordar a temática é importante que os professores façam abordagens
positivas na perspectiva de contribuir para que os alunos pertencentes a esses grupos
mirem-se, bem como os demais, positivamente, quer pela valorização da história de
seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição para o país e para a
humanidade.
A educação das relações étnicorraciais, engloba a produção de conhecimentos,
assim, como de atitudes, posturas e valores que preparem os educandos para uma
vida em fraternidade e partilha, formando cidadãos conscientes e responsáveis a fim de
terem mais respeito e dignidade humana.
72
3.13.3 Tecnologia e Educação
As novas tecnologias, no ambiente escolar podem contribuir para a melhoria das
condições de acesso à informação, minimiza limitações relacionadas ao tempo e ao
espaço e permite agilizar a comunicação entre professores, alunos e instituições. Além
disso, os recursos tecnológicos da informática na educação escolar vieram contribuir
na inovação da prática do professor em seu trabalho diário em sala de aula.
Por outro lado, é pura ilusão, pensar que tais vantagens são somente
graciosidades do mundo globalizado para amenizar conflitos ou corrigir injustiças
impostas pelas diversas analogias de poder. No plano didático, o uso dos recursos
tecnológicos traz também competições de diferentes ordens, envolvendo a
necessidade de rever princípios, conteúdos, metodologias e práticas harmonizáveis
com as potencialidades dos instrumentos digitais.
É necessário para uma boa prática não só os saberes constituídos no decorrer de
sua carreira, mas, também, investir no saber disciplinar, sem o qual não se efetiva a
atividade de transmissão do conhecimento, mesmo considerando-se que o que ensinar
teria prioridade sobre o como ensinar. Em conformidade com Sacristán, “o
conhecimento realmente operativo, na prática pedagógica, é o que justifica os
esquemas práticos que se exercem” (SACRISTÁN, 2000, p. 89).
O ingresso dos recursos tecnológicos no ambiente escolar, não restringe-se
somente a utilização de determinados equipamentos e produtos. Essa evolução
tecnológica e sua chegada e utilização no trabalho docente veio a contribuir na
alteração de comportamentos. A utilização desses recursos tecnológicos sem o devido
preparo do docente para a sua introdução na prática diário das escolas veio advir um
choque cultural e uma resistência por parte dos docentes em sua aplicação, ocorrendo
assim, o aceleramento da crise de identidade dos professores.
Com o aparecimento dos computadores e da internet, e sua inserção no ambiente
escolar, tornou-se possível a entrada desses novos recursos tecnológicos na vida
escolar, visto que, antes desse aparecimento era inviável a instalação de um
computador no ambiente escolar pelo seu tamanho e custo. De acordo Kenski (2008, p.
45) “a maioria das tecnologias é utilizada como auxiliar no processo educativo”. Não
apenas o computador e a internet como outros recursos que foram inseridos na prática
do docente em sala de aula, movimentaram a educação e provocaram novas
73
mediações entre a abordagem do professor, o entendimento do docente e o
conhecimento veiculado.
3.13.4 Currículo e Conhecimento
O currículo é uma produção social, cultural, e, é uma ação coletiva, que a escola
tem autonomia para organizar, buscando uma unidade entre as Diretrizes Curriculares
Nacionais, Diretrizes Curriculares Estaduais (em discussão) e as reais necessidades da
Comunidade Escolar, não perdendo de vista, que é direito das novas gerações
apropriar-se do conhecimento acumulado historicamente, instrumentalizando o aluno
para compreender a realidade e nela atuar modificando-a.
A organização curricular e disciplinar está sujeita a Base Nacional Comum,
porém, o momento histórico que passa a educação paranaense, exige um rompimento
com a estrutura linear dos conteúdos, e uma nova estrutura toma o seu lugar. Essa
estrutura curricular esta sendo elabora pelo coletivo do colégio por meio da
reformulação da Proposta Pedagógica, núcleo do Projeto Político Pedagógico, que se
concretizará com base nas Diretrizes Curriculares do Paraná.
A LDB e os quatro alicerces da Educação também orientam o Currículo do
Ensino Fundamental e Médio propondo: uma visão orgânica do conhecimento,
interdisciplinaridade, relação entre os conteúdos, situações de aprendizagem e
contextos de vida social e pessoal, reconhecimento das linguagens como formas de
constituição dos conhecimentos e das identidades. Estes pressupostos terão, portanto,
uma perspectiva interdisciplinar e contextualizada, buscando atingir os objetivos a que
se propõe a instituição.
Novos caminhos têm sido buscados nos diversos campos das ciências, no
sentido de romper com a organização linear do conhecimento escolar. Essa questão
configura-se num grande desafio para os educadores. Percebe-se a necessidade de
criar condições e estratégias, para que o aluno construa uma nova maneira de
compreender a realidade da qual faz parte, extrapolando as relações locais, buscando
relações mais amplas, ajudando-o a relacionar as experiências anteriores e as
vivencias pessoais e a formular e resolver problemas que utilizem os conhecimentos
apreendidos em diferentes situações.
O currículo é um campo de produção e de criação de significado sobre os vários campos e atividades sociais, no currículo se trabalha sobre sentidos e
74
significados recebidos, sobre materiais culturais existentes... considerando-se a cultura e o currículo como relações sociais (SILVA, T.T., 1999).
Perante, a uma realidade educacional e social complexa, em que o contexto
socioeconômico cria um cenário de profundas mudanças nas relações sociais,
sobretudo, no âmbito da cultura, em que o conhecimento multiplica-se
ininterruptamente, bem como as invenções tecnológicas faz-se oportuno perguntar:
como construir um currículo que responda às exigências desses avanços, mas que
antes de tudo fomente uma formação humana e crítica? Como ponderar as
particularidades locais de estudantes situados num tempo e espaço de cultura, de
relações e de saberes? Ou ainda, de que forma o currículo povoa o imaginário dos
educadores e direciona sua prática pedagógica?
O significado do currículo tem mudado ao longo da história da Pedagogia, no
entanto, ao atentar para as ideias mais atuais a respeito deste tema observa-se que o
entendimento do currículo passa pelo papel da escola na contemporaneidade. Passa
por uma revisão de conceitos a respeito dos sujeitos envolvidos e das práticas
desenvolvidas. Passa pela capacidade de reaprender sobre as relações e interações
construídas socialmente na era da informação, da comunicação.
Dinâmica do Currículo - A nova LDB, Lei nº 9394/96, no seu artigo 12, inciso I
estabelece, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta
pedagógica, baseada em sua grade curricular. Para isso, faz-se necessário que a
escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com
competência e dignidade na sociedade, realize junto com sua equipe pedagógica e
equipe docente atividades sistemáticas, cuidadosamente planejadas, em torno das
quais o conteúdo e a forma que articulem-se inevitavelmente, onde o professor e o
aluno compartilhem parcelas cada vez maiores de significados com relação aos
conteúdos do currículo escolar, ou seja, o professor guia suas ações para que o aluno
participe de tarefas e atividades que o façam se aproximar cada vez dos conteúdos que
a escola tem para ensinar.A metodologia de ensino é compreendida como um
instrumento eficiente e eficaz para organizar as atividades de sala de aula com
experiências significativas.
Dentro dessa visão, o professor, nessa perspectiva, deve estabelecer uma nova
relação com quem está aprendendo, passar do papel de “salista” ao de
“acompanhante”, formando não mais alguém que transmite conhecimento, mas aquele
75
que ajuda seus alunos a encontrar, organizar e gerir o saber, guiando, porém, não
modelando os espíritos e demonstrando grande firmeza quanto aos valores
fundamentais que devem orientar toda a vida.
O trabalho pedagógico do professor consiste em averiguar o que o aluno já sabe
e como raciocina, com a finalidade de formular a pergunta precisa, no momento exato,
de modo que possa construir seu próprio conhecimento. Visando essa reflexão, o papel
do professor é promover a interação aluno/objeto de conhecimento, assim como o seu
compromisso com a formação do cidadão.
O aluno esta construindo o conhecimento, mas o professor trabalha como
mediador dessa construção. Essa mediação não funciona com autoritarismo, com
imposição de conhecimento, porém, como um catalisador químico que, presente numa
relação, facilita ou acelera e até mesmo possibilita essa reação. Como mediador o
professor não se perde no processo, mas acelera e até possibilita a aprendizagem,
respeitando a natureza do sujeito e do objeto e, principalmente, do processo de
construção do conhecimento. Partindo principio que o aluno é quem constrói o
conhecimento em interação com o meio, o professor intervém,dispondo o ambiente
com seus materiais e instaurando um clima democrático de autonomia e reciprocidade.
3.13.5 Cuidar e Educar
Percebe-se que nos dias atuais, e apoiados nos paradigmas emergentes da
complexidade (DEMO, 2002; MORIN, 2002) e da visão sistêmica relacionada ao ser
vivo (CAPRA, 2001; CAPRA, 2002; MATURANA & VARELA, 2001), o indivíduo como
ser global, não fragmentado e não linear, em todos os momentos e em todas as
situações, ou seja, cuidar e educar, contemplando de maneira democrática todas as
diferenças e, ao mesmo tempo, a natureza complexa do indivíduo.
Inteiramente entendidas e aplicadas, cuidar e educar caminham
concomitantemente e de forma indissociável, possibilitando que ambas as ações
construam na totalidade, a identidade e a autonomia da criança. A ação conjunta dos
educadores e demais membros da equipe da instituição é fundamental para afiançar
que o cuidar e o educar aconteçam de maneira integrada. Essa atitude deve ser
contemplada desde o planejamento educacional até a realização das atividades em si.
Na escola, a relação entre professores e alunos é abarcada pela troca de
conhecimento, e também, pelo afeto e pelo cuidado. Ou seja, além da transmissão de
76
conteúdos, também são instituídas relações emocionais significativas entre ambos. Já
referente à sala de aula, insurgem incalculáveis sentimentos com os quais precisam
aprender a lidar. Para as crianças e os jovens, a escola configura-se como um dos
fundamentais espaços de sociabilidade de suas vidas, onde aprendem a conviver com
as diferenças, a relacionar-se com os colegas, a criar laços de solidariedade e
amizade.
Muitos adultos guardam boas lembranças da época da escola, falam com
carinho de professores que tiveram e cultivam amizades que foram construídas ao
longo dos anos em que estudaram juntos. Ao mesmo tempo, a escola é produtora de
insatisfações e frustrações que podem perdurar por muito tempo. Como expõe Melman
(1994), é “uma situação estrutural do sujeito viver, com a educação que ele recebeu e
ao mesmo tempo contra ela”.
3.13.6 Cidadania e Direitos Humanos
Sabe-se que a função social da escola pública é formar pessoas com condições
de compreender e atuar na sociedade, por isso, a demanda de Educação em/para os
direitos humanos faz-se necessário nas escolas. È oportuno dizer que utilização da
expressão em/para visa remete ao trabalho não somente teórico, mas também, e
principalmente, á prática dos direitos humanos no dia-a-dia da escola e da sociedade.
Eixo Educação Básica - Princípios Condutores: O direito à educação constitui-se
um direito fundamental, inalienável, subjetivo e humano, considerando o disposto nas
legislações nacionais, a saber: a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e, em nível
internacional, os documentos que pautam a Educação em Direitos Humanos, e estão
referenciados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, pelo Programa
Mundial de Educação em Direitos Humanos e, em âmbito nacional, pelo Programa
Nacional de Direitos Humanos, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos e
as Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos, a educação e os direitos
humanos são princípios indissociáveis, sendo que a educação constitui-se como um
direito humano, imprescindível para a emancipação cidadã, ética e política dos sujeitos.
Neste sentido, educar em direitos humanos configura-se como uma política de
estado, postulada em normativas internacionais e nacionais pactuadas pelo Brasil.
Sendo assim, o Programa Nacional de Direitos Humanos e o Plano Nacional de
77
Educação em Direitos Humanos apresentam-se como importantes ferramentas no
campo dos direitos humanos por sistematizarem as ações prioritárias a serem
executadas pelo Estado e sociedade civil organizada que compõem o cenário de
defesa, garantia proteção e controle social das políticas públicas em direitos humanos.
A importância do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos é
estabelecida por seus princípios, dimensões, objetivos e eixos como uma política
pública de Estado, por meio da qual o fortalecimento de uma sociedade gestada pelo
princípio democrático seja a ação precípua entre os entes federados. Diante deste
contexto, o governo federal, por meio do Plano Nacional de Educação em Direitos
Humanos, orienta que os estados elaborem seus Planos Estaduais como forma de dar
visibilidade à educação em direitos humanos e definir estratégias de ação para o
fomento da EDH.
Neste sentido, salienta-se um novo paradigma para a educação do século XXI:
educar em direitos humanos constitui-se um compromisso do Estado de Direito.
Antevendo todo esse processo, o Conselho Nacional de Educação estabelece
orientações que relacionam os direitos humanos e a educação, por meio dos seguintes
documentos: Diretrizes Gerais para a Educação Básica, Diretrizes Curriculares para a
Educação Infantil, Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de 09 anos e
Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio.
Assim, o Conselho Nacional de Educação conduz o processo para a elaboração
das Diretrizes Nacionais de Educação em Direitos Humanos, homologada em 30 de
maio de2012, por meio do Parecer n.º 08/2012 e da Resolução n.º 01/2012 – CNE/CP
ver nº 9393 – 96. Sabe-se que a função social da escola pública é formar pessoas com
condições de compreender e atuar na sociedade, por isso, a demanda de Educação
em/para os direitos humanos faz-se necessária nas nossas escolas. É oportuno dizer
que a utilização da expressão “em/para” visa remeter ao trabalho não somente teórico,
mas também, e principalmente, à prática dos direitos humanos no dia-a-dia da escola e
da sociedade.
Compreende-se então, que, os direitos do cidadão é uma prática efetiva, fruto de
conscientização política e educacional do individuo, que dotado de direitos, deveres,
pode coletivamente promover a justiça, a igualdade e a liberdade (Filosofia do direito),
portanto, Direitos Humanos apresenta-se como direitos fundamentais que todos devem
usufruir sem nenhuma discriminação étnica, social, sexual, econômica, jurídica,
78
política, ideológica, de nacionalidade, cor, faixa etária, profissão, condição de saúde
física e mental, religião, nível de instrução e julgamento moral, que tem como eixo
principal o reconhecimento do direito a vida, sem o qual todos os demais direitos
perdem o sentido.
De acordo com Volpi (1998), são condições imprescindíveis para obter-se uma
convivência em que todos sejam respeitados indistintamente. Consequentemente, a
educação para o respeito aos direitos humanos careceria ser o conteúdo, mais basal,
essencial, fundamental e inicial de qualquer processo educativo, por fim, das contas,
respeitar (o)a outro(a) pela simples condição de ser uma pessoa igual a mim (humana),
deveria ser a primeira e mais importante das aprendizagens da vida de qualquer
pessoa (VOLPI, 1998).
Assim sendo, a formação desta cultura significa criar, influenciar, compartilhar e
consolidar mentalidades, costumes, atitudes, hábitos e comportamentos que decorrem
dos valores que carecem ser transformados em práticas pedagógicas na escola, por
intermédio dos conhecimentos teóricos e práticos na valorização do ser humano como
pessoa dotada de inteligência que propicia o desenvolvimento de suas potencialidades.
Dessa forma, não trata-se somente de uma questão didática e pedagógica, mas
é muito mais, amplo em sua complexidade, uma vez que envolve questões culturais e
históricas, marcadas por poderes arbitrários. Quando trata-se de direitos humanos
trata-se também de educação para a cidadania com a formação de cidadão
participativo e solidário, consciente de seus deveres e direitos. É um processo
extremamente complexo e difícil, que pode concretizar-se, à longo prazo, visto que os
resultados podem estender-se ao longo da vida dos educandos.
3.13.7 Educação Ambiental (LEI 9.795/99)
A Educação Ambiental, segundo a lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, é um
componente essencial e permanente da educação Nacional, devendo estar presente
em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não formal. Por seu
caráter humanista, holístico, interdisciplinar e participativo a Educação Ambiental pode
contribuir muito para renovar o processo educativo, trazendo a permanente avaliação
crítica, a adequação dos conteúdos à realidade local e o envolvimento dos educando
em ações concretas de transformação desta realidade.Metodologia dos 3r‟s:
79
Reduzir: consiste em tentar reduzir a quantidade que se produz de lixo, como
por exemplo, comprar produtos mais duráveis e evitar trocá-los por qualquer novidade
no mercado.
Reutilizar: Procurar embalagens, por exemplo, que possam ser usadas mais de
uma vez – como garrafas retornáveis de vidro. Ou quem sabe, criar novas utilidades
para as que você não precisa mais.
Reciclar: o mais conhecido dos 3R‟s; consiste em transformar um produto-
resíduo em outro, visando diminuir o consumo de matéria-prima extraída da natureza.
A Educação Ambiental (EA) é um tema cada vez mais tratado nas escolas
brasileiras. Em algumas delas, há até certa carga horária destinada à conscientização
ambiental dos alunos. Um dos enfoques desse tipo de educação deveria se pautar na
Política ou Pedagogia dos 3R‟s (reduzir, reutilizar e reciclar), porém, nem sempre esses
três assuntos são tratados de maneira igualitária. Na enciclopédia: “sustentabilidade é
um conceito sistêmico; relacionado com a continuidade dos aspectos econômico,
sociais, culturais e ambientais da sociedade humana”. Podemos dizer que na pratica
esse conceito representa promover a exploração de áreas ou de uso de recursos
planetário (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o
meio ambiente e as comunidades humanas e todas as biosferas que dele dependem
para existir.
Algumas Estratégias de Ensino para a Prática da Educação Ambiental um
programa de educação ambiental para ser efetivo deve promover simultaneamente, o
desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias à
preservação e melhoria da qualidade ambiental. Utiliza-se como laboratório, o
metabolismo urbano e seus recursos naturais e físicos, iniciando pela escola,
expandindo-se pela circunvizinhança e sucessivamente até a cidade, a região, o país, o
continente e o planeta. A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver
adaptada às situações da vida real da cidade, ou do meio em que vivem aluno e
professor.
A crise ambiental é marcada pela degradação socioambiental e fruto da
fragilidade dos valores que orientam a relação que estabelece-se entre o ser humano e
a natureza. Esta relação intensifica-se ao longo do tempo, de forma mais acentuada,
resultando na miséria, no consumismo e na exclusão social e econômica. Esta
deterioração gera crises que interferem no conhecimento.
80
Nesse contexto a educação é vista como um processo de desenvolvimento
humano, responsável pela mudança de mentalidade com a finalidade de compreender
melhor a educação ambiental, por meio de um trabalho efetivo através do
conhecimento sistematizado, pela formação de um sujeito histórico capaz de pensar e
agir na transformação social.
O enfoque pedagógico da Educação Ambiental deve ser abordado a partir da
realidade escolar com debates, articulações políticas e econômicas presentes nos
contextos locais, regionais, mundiais e suas consequências. A temática abordada deve
estar amparada na regulamentação que orienta o trabalho na legislação aplicada ao
Meio Ambiente, tanto no âmbito rural como urbano com vista ao desenvolvimento
humano e mudança nas estruturas políticas e sociais.
3.13.8 Educação Fiscal
A inserção da temática Educação Fiscal tem como escopo estimular a mudança
de valores, crenças e culturas do indivíduo, na perspectiva da formação de um ser
integral, como meio de propiciar o exercício da cidadania e a transformação social.
O processo de ensino e aprendizagem pode contribuir permanentemente para o
desenvolvimento e conscientização dos direitos e deveres no que se trata do valor
social do tributo e ao controle social do estado. A prática pedagógica deve voltar-se
para a organização, mobilização e estimulo à participação social quanto às situações
tributárias, às finanças e gastos públicos do governo federal, estadual e municipal,
como também as verbas, que são designados para estes.
A partir desse enfoque, a educação fiscal representa um mecanismo de
transformação social, deve nortear-se pelos princípios políticos estético e ético das
Diretrizes Curriculares Nacionais, pela legislação educacional vigente, respeitando as
diretrizes nacionais, estaduais e municipais e pela autonomia das instituições de
ensino.
É necessário que haja um processo de reflexão na promoção de ações que
motivem o educando cidadão a dar conta dos problemas que o cerca e desperte para
uma responsabilidade participativa efetiva e assumir o desafio de promover mudanças
para construir uma sociedade com novos valores.
Nesse sentido, os professores devem trabalhar com diferentes formas de
abordagem, nos conteúdos das disciplinas, contemplando reflexões acerca da função
81
socioeconômica dos tributos, possibilitando o conhecimento da administração pública,
bem como incentivando o acompanhamento pela sociedade, da aplicação dos recursos
públicos, criando assim, condições para uma relação democrática entre o Estado e o
cidadão.
3.13.9 Enfrentamento à Violência na Escola
O tema violência escolar nos dias atuais traz muitas indagações, pois, as
mudanças sociais, políticas, econômicas e demográficas influenciam para aumentar a
violência. Ao tratar sobre violência associa-se a desorganização da ordem, a perda do
sentido moral e ético, a perda da compreensão, causados pelo uso de drogas, a
exploração sexual, das ameaças, discussões e agressões morais e físicas.
E conciso compreender que a violência escolar acontece em tempos e espaços
diferentes como no decorrer do período escolar, dentro da sala de aula, nos ambientes
internos, na relação professor aluno. Essa dimensão envolve a estrutura social, política
econômica, cultural e familiar que gera uma desorganização e desestruturação onde
surge a consequência que sobre caí na escola e na sociedade.
A relação de poder e violência constituem-se pelas relações entre os sujeitos da
escola, diversos profissionais que atuam nela, como também entre alunos, Arendt
(1994), propõe uma concepção que procura superar o senso comum de que poder é
violência ou violência é poder e argumenta que em verdade ela destrói o poder e que a
cada diminuição no poder é um convite a violência, esclarecendo que o poder apenas é
efetivado enquanto a palavra e os atos não separam-se, quando as palavras não são
vazias e os atos não são brutais, quando as palavras não são usadas para velar
intenções, mas para revelar realidades, e os ato não são utilizados para violar e
destruir, mas para instituir relações de realidade.
Perante essa constatação, a violência escolar não é um problema fácil de ser
resolvido, pelo fato de estar relacionada a uma situação histórica e de grande
complexidade. Estabelece-se, de um lado, pelas ações que visam o cumprimento das
leis e das normas determinadas pelos órgãos centrais e de outro pela dinâmica dos
grupos internos que permitem a troca de ideias, palavras e sentimentos, onde criam-se
laços de afetividade entre os professores, educandos e toda a comunidade escolar.
Dessa forma, os estabelecimentos de ensino devem ser um espaço educativo
que além da transmissão dos conhecimentos técnicos e científicos também exercem
82
importante função de educar, isto significa, contribuir para o desenvolvimento integral
da personalidade do educando através da formação de hábitos e atitudes positivas que
permitem ao mesmo tempo sentirem-se mais estimulados e motivados desenvolvendo
um ambiente de amizade, bem estar e segurança.
Trabalhar em parceria com a Patrulha Escolar, Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar na prevenção e enfrentamento à
violência.
3.13.10 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
A Prevenção ao Uso indevido de drogas tem como objetivo refletir sobre o
consumo de drogas no contexto atual e as possíveis consequências geradas por elas
ao indivíduo e à sociedade. Tratar a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas deve
buscar constantemente o conhecimento científico que vai além das discussões do
campo biológico e afetivo.
As abordagens feitas através de palestras de orientação e prevenção devem
contemplar informações sobre seus males e consequências estimulando a questão da
qualidade de vida, bem como orientações sobre comportamento e atitudes positivas e
negativas. Apoiar e orientar o dependente químico e a família para tratamento de
acordo com as possibilidades da escola, encaminhando para as instituições
competentes.
Mostrar que ter uma ocupação, trabalho e atividade de lazer é importante na
recuperação e oferecer apoio pedagógico domiciliar. Além disso, a ética é um elemento
fundamental, pois o conjunto de atitudes e sentimentos inter-relacionados partem do
respeito ao ser humano e natureza em sua forma mais ampla, passam pela vida
pessoal, familiar, profissional e culminando nos princípios morais para a convivência
social.
3.13.11 Educação Especial
A Educação Especial é uma área relativamente nova. Como campo de estudo
da Pedagogia, foi sistematizada em meados do século XX e, apenas na década de
1960, passou a integrar a organização das Secretarias de Estado da Educação como
parte da estrutura e funcionamento dos sistemas de ensino. Isso acontece, de forma
pioneira no cenário nacional, no Estado do Paraná, em 1963.
83
Esse marco histórico guarda um significado para a compreensão atual da
Educação Especial, já que as concepções sobre a natureza do atendimento realizado,
que o antecederam e o sucederam, relacionam-se a uma complexa luta de interesses
decorrentes das transformações políticas e econômicas por que passaram as diversas
formações sociais. Deve-se entender o movimento histórico que definiu a Educação
Especial como integrante do sistema de ensino em meio às mesmas contradições
existentes no contexto geral de educação, decorrentes de suas formas de participação
na sociedade capitalista, constituída na dimensão da práxis e do trabalho social. São
as mudanças nas formas de organização da vida produtiva e material que determinam
as transformações na constituição do alunado da Educação Especial, ao longo da
história.
Se, em sua origem, no séc. XVIII prestava-se ao atendimento apenas às
pessoas com deficiências sensoriais como a surdez e a cegueira, atualmente, amplia
seu escopo de atuação, incorporando a ampla gama de alunos com necessidades
educacionais especiais e que, não necessariamente, apresentam alguma deficiência,
como é o caso dos superdotados. A definição desse alunado está condicionada às
complexas relações de poder imersas nos movimentos sociais concretos e não à mera
relação do meio social com a representação da deficiência. Neste texto, apresenta-se
um amplo panorama da atenção às pessoas com deficiência na história, desde a
Antiguidade aos dias atuais, destacando-se as concepções de sujeito subjacentes, em
cada uma das etapas que constituíram marcos em relação ao atendimento prestado.
Assim, pretende-se demonstrar que muitas das práticas, desenvolvidas na
contemporaneidade, têm suas raízes fundadas nas primeiras percepções da sociedade
em relação a esse grupo de pessoas, fortalecendo mitos e estereótipos acerca de suas
limitações e possibilidades. Educação Especial a organização da Educação Especial
sempre esteve determinada por um critério básico: a definição de um grupo de sujeitos
que, por inúmeras razões, não corresponde à expectativa de normalidade ditada pelos
padrões sociais vigentes.
Assim, ao longo da história, ela constitui uma área da educação destinada a
apresentar respostas educativas a alguns alunos, ou seja, àqueles que, supostamente,
não apresentariam possibilidades de aprendizagem no coletivo das classes comuns,
que foram, entre outras denominações estigmatizam-te, rotulados como excepcionais,
retardados, deficientes. Essa concepção que motivou a sua natureza de atendimento
84
esteve, portanto, vinculada a um movimento social de sistematização de práticas de
disciplinamento relacionadas à „caracterização‟ dos indivíduos (loucos, marginais,
doentes mentais, deficientes), a fim de enquadrá-los em categorias que facilitariam seu
tratamento.
Essa situação remete à questão histórica dos diagnósticos e prognósticos que,
muitas vezes, perpetuaram-se como práticas de exclusão social. Esclarece Veiga Neto
(2001) que ainda que os critérios de partilha normal, anormal emergem da “pura
relação do grupo consigo mesmo”, as marcas da anormalidade vêm sendo procuradas,
ao longo da Modernidade, em cada corpo para que, depois, a cada corpo se atribua um
lugar nas intricadas grades das classificações dos desvios, das patologias, das
deficiências, das qualidades, das virtudes, dos vícios.
Assim, constata-se que a atenção educacional aos alunos, atualmente
denominados com necessidades especiais, esteve motivada por concepções de
atendimento que refletem diferentes paradigmas nas relações da sociedade com esse
segmento populacional. O extermínio, a separação, o disciplinamento, a medicalização
são diferentes práticas para se relacionar com as pessoas que fogem ao padrão de
normalidade, produzidas no interior de cada grupo social para responder às suas
exigências de existência. A cada um dos momentos envolvidos nos processos
históricos de produção da vida decorre uma concepção de homem, sociedade e
conhecimento que determinam a natureza e a abrangência das políticas de
atendimento a essa população.
3.13.12 Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio
A Resolução CNE/CEB nº 3/2008, que teve como base o Parecer CNE/CEB nº
11/2008, dispôs sobre a instituição do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível
Médio, sendo que seu art. 3º determina que os cursos constantes desse Catálogo
sejam organizados por eixos tecnológicos definidores de um projeto pedagógico que
contemple as trajetórias dos itinerários formativos e estabeleça exigências profissionais
que direcionem a ação educativa das instituições e dos sistemas de ensino na oferta da
Educação Profissional Técnica de Nível Médio. São significativas as alterações
promovidas na LDB pela Lei nº 11.741/2008, incorporando os dispositivos essenciais
do Decreto nº 5.154/2004, ao qual se sobrepôs, inserindo-os no marco regulatório da
Educação Nacional.
85
Essas alterações ocorreram no Titulo V da LDB. Foi inserida a seção IV-A do
Capitulo II, que trata “da Educação Básica”. Assim, além da seção IV, que trata “do
Ensino Médio”, foi acrescentada a seção IV-A, que trata “da Educação Profissional
Técnica de Nível Médio”, com a inserção de quatro novos artigos: 36-A, 36-B, 36-C e
36-D. Foi acrescentado, ainda, um novo parágrafo ao art. 37, já na seção V, que trata
“da Educação de Jovens e Adultos”. Finalmente, foi alterada a denominação do
Capítulo III do Título V, para tratar “da Educação Profissional e Tecnológica”, bem
como foi alterada a redação dos dispositivos legais constantes dos arts. 39 a 42 da
LDB. Em 13 de julho de 2010, a CEB concluiu longo e proveitoso debate, definindo
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, pela Resolução
CNE/CEB nº 4/2010, com fundamento no Parecer CNE/CEB nº 7/2010, os quais estão
sendo considerados neste Parecer. Mais recentemente, esta Câmara ainda aprovou a
Resolução CNE/CEB nº 2/2012, com base no Parecer CNE/CEB nº 5/2011, que definiu
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, os quais também estão sendo
aqui considerados.
É neste contexto de atualização geral do conjunto das Diretrizes Curriculares
Nacionais para todas as etapas e modalidades de Educação Básica que deve ser
entendida a demanda atual, que é objeto do presente Parecer. Trata-se,
especificamente, da definição de novas orientações para as instituições educacionais e
sistemas de ensino, à luz das alterações introduzidas na LDB pela Lei nº 11.741/2008,
no tocante à Educação Profissional e Tecnológica, com foco na Educação Profissional
Técnica de Nível Médio, também definindo normas gerais para os cursos e programas
destinados à formação inicial e continuada, ou qualificação profissional, bem como para
os cursos e programas de especialização técnica de nível médio, na perspectiva de
propiciar aos trabalhadores o contínuo e articulado desenvolvimento profissional e
consequente aproveitamento de estudos realizados no âmbito dos cursos técnicos de
nível médio organizados segundo a lógica dos itinerários formativos.
A Educação Profissional Tecnológica, de graduação e pós-graduação, prevista
no inciso III do art. 39 da atual LDB, será objeto de outro Parecer e respectiva
Resolução, produzidos a partir de estudos conduzidos por uma Comissão Especial
Bicameral, constituída no âmbito do Conselho Pleno, com a finalidade de
“redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da Educação Profissional Técnica
de Nível Médio, da Educação de Jovens e Adultos e da Educação Profissional e
86
Tecnológica.
Para os sujeitos escolares a Educação Profissional proporciona formação
humana e profissional que articule o trabalho, a cultura, a ciência e a tecnologia na
perspectiva da formação integrada.
A Educação Profissional desenvolvida através de ações intencionais e
sistematizada sobre uma sólida base de educação geral, científico-tecnológica e sócio-
histórica por concepção, é parte integrante e indissociável da Educação Nacional.
Kuenzer e Garcia (2008, p.53), em referência as Diretrizes Orientadoras do
MEC/SETEC para a implantação da Educação Profissional Técnica Integrada ao
Ensino Médio, consideram a formação humana com base na integração de todas as
dimensões da vida no processo educativo, visando à formação unilateral dos sujeitos
através das dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura, tanto que no
documento do MEC (2007) consta a seguinte menção:
O trabalho compreendido como realização humana inerente ao ser (sentido ontológico) e com a prática econômica (sentido histórico associado ao modo de produção); a ciência compreendida como conhecimentos produzidos pela humanidade que possibilita o contraditório avanço das forças produtivas; e a cultura que corresponde aos valores éticos e estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade (BRASIL, 2007, p. 33).
Será fundamental considerar as possibilidades de organização do Currículo
Integrado na Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio, sob os
seguintes pressupostos:
a) que conceba o sujeito como ser histórico-social concreto capaz de transformar a realidade em que vive; b) vise à formação humana como síntese de formação básica e formação para o trabalho; c) tenha o trabalho como princípio educativo no sentido de que o trabalho permite, concretamente, a compreensão do significado econômico, social, histórico, político e cultural das ciências e das artes; d) seja baseado numa epistemologia que considere a unidade de conhecimentos específicos e numa metodologia que permita a identificação das especificidades desses conhecimentos quanto à sua historicidade, finalidades e potencialidades; e) seja baseado numa pedagogia que vise á construção conjunta de conhecimentos gerais e específicos, no sentido de que os primeiros fundamentam os segundos e esses evidenciam o caráter produtivo concreto dos primeiros; f) seja centrado nos fundamentos das diferentes técnicas que caracterizam o processo de trabalho moderno,
87
tendo como eixos o trabalho, a ciência e a cultura (RAMOS, 2005, p.108-109).
A concepção de Currículo Integrado pode ser compreendida como aquela
própria de todo Ensino Médio, que compreende o conhecimento básico, o tecnológico e
o técnico como unidade, tendo cada um deles uma especificidade em termos
epistemológicos:
O currículo integrado organiza o conhecimento e desenvolve o processo de ensino-aprendizagem de forma que os conceitos sejam apreendidos como sistema de relações de uma totalidade concreta que se pretende explicar e compreender (RAMOS, 2005, p.116).
Para Silva e Colontino (2008), ao tratar da Educação Profissional Técnica
Integrada ao Ensino Médio, que contempla a educação como formação científica e
tecnológica, tomando o trabalho como princípio educativo, demonstram que [...]
a função social, pedagógica e histórica da escola, é a de promover a articulação entre trabalho manual e intelectual, entre teoria e prática, entre ciência, cultura e trabalho enquanto componentes histórico-culturais da formação do indivíduo (SILVA; COLONTINO, 2008, p.98-99).
O Currículo Integrado, desse modo, “é aquele que compreende conhecimento
básico-tecnológico-técnico, como unidade, tendo cada um deles especificidade em
termos epistemológicos” (RAMOS, 2007, p.10).
Frigotto, Ciavatta e Ramos (2005, p.116), também expõem sobre Currículo
Integrado afirmando que o mesmo “organiza o conhecimento e desenvolve o processo
de ensino e aprendizagem” e, nesta concepção, compreende-se que as disciplinas são
responsáveis por permitir a aprendizagem dos conhecimentos já construídos em sua
especificidade conceitual e histórica.
Para organização do trabalho docente é preciso considerar a relação entre o
currículo e o planejamento: do planejamento (definição das concepções, do perfil, dos
conhecimentos, das formas metodológicas, das disciplinas, dos processos de
acompanhamento), à efetividade do currículo em ação, quer dizer, a materialização
dessas intencionalidades no cotidiano das salas de aula (SILVA; COLONTINO, 2008,
p. 99).
JUSTIFICATIVADO CURSO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO INTEGRADO AO
ENSINO MÉDIO
88
A presente proposta busca apresentar a reformulação curricular do curso Médio
técnico integrado em Administração, do setor terciário da economia a ser implantada a
partir de 2005.
O Decreto-lei nº 5.154 de 23/07/2004 no seu artigo 4º § 1º inciso l, “a articulação
entre a educação profissional técnica de nível Médio dar-se-á de forma: integrada,
oferecida somente a quem já tenha concluído o Ensino Fundamental.”
A proposta de oferta do curso Médio Técnico em Administração integrado nasce
da necessidade de incrementar o setor terciário da economia. O curso Médio Técnico
em Administração Integrado caracteriza-se como Área de Gestão de acordo com a
Resolução 04/99 – CNE (Conselho Nacional de Educação). Tal Área compreende
atividades de administração e de suporte logístico á produção.
A oferta do Curso Médio Técnico em administração integrado justifica-se, posto
que a globalização e consequentemente quebra de fronteiras tem novos paradigmas e
uma visão das relações de mercado. Isto aponta para a necessidade de uma formação
que propicie ao educando á aquisição do conhecimento tecnológico, cientifico, sócio
Cultural, político e econômico, tornando-o apto a enfrentar os desafios.
O Curso Técnico em administração em Nível médio, com organização curricular
integrada, tem como propósito o desenvolvimento pessoal e profissional do educando,
procurando formá-lo com uma visão critica capaz de analisar as atividades
econômicas, financeiras, mercadológicas, patrimoniais e outras atividades afins, assim
como, ser um agente capaz de interferir na sociedade.
JUSTIFICATIVA DO CURSO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE
A sociedade moderna exige um novo tipo de profissional de administração com
capacidade de harmonizar o pensamento e a ação, o planejamento e a execução.
Exigindo-se ainda, além do domínio cientifico e tecnológico dos fundamentos da sua
atividade, a capacidade critica e de iniciativa, oportunizando a compreensão das
relações sócias, onde se inserem as praticas políticas e produtivas, viabilizando
propostas de transformação e soluções dos problemas do cotidiano.
A presente proposta busca apresentar a reformulação curricular do curso técnico
em Administração, Nível Médio na forma subsequente, do setor terciário da economia,
a ser implantado a partir de 2005.
A legislação educacional brasileira permite proposta através de leis e normas,
conforme segue:
89
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, lei nº 9394/96, art. 39 a 41 (Educação
Profissional e da organização da Escola).
O Decreto-lei nº 5.154 de 23/07/2004 no seu artigo 4º §1º inciso lll, “a articulação
entre a Educação Profissional Técnica de Nível Médio e o Ensino Médio dar-se-á de
forma: Subsequente, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino Médio”.
Parecer nº 16/99 – CNE, Diretrizes curriculares Nacionais para Educação
Profissional. Resolução nº 04/99 – CNE Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais
para Educação Profissional de Nível Técnico. Deliberação nº 002/2000 – CNE, Normas
Complementares ás Diretrizes curriculares Nacionais da Educação profissional de Nível
Técnico.
A proposta de oferta do Curso Técnico em Administração – Subsequente, nasce
da necessidade de incrementar o setor terciário da economia. O Curso Médio Técnico
em Administração – Subsequente caracteriza-se como Área de Gestão, de acordo com
a Resolução 04/99 – CNE (Conselho Nacional de educação). Tal Área compreende
atividades de administração e de suporte á produção.
O mundo do trabalho exige cada vez mais qualidade e produtividade, portanto
faz-se necessária a implantação de cursos técnicos capazes de atender a demanda
local e regional, formando profissionais que além da qualificação necessária a sua área
de atuação, sejam também flexíveis ás mudanças, cujos conhecimentos ultrapassem
os limites de uma formação específica, permitindo a sua atuação em qualquer
segmento produtivo.
A oferta do Curso Médio Técnico em administração – Subsequente, justifica-se,
posto que a globalização e consequentemente quebra de fronteiras tem novos
paradigmas e uma visão das relações de mercado. Isto aponta a necessidade de uma
formatação que propicie ao educando á aquisição do conhecimento tecnológico,
cientifico sociocultural, político e econômico, tornando-o apto a enfrentar os desafios.
Assim sendo, a sociedade atual está envolvida em um processo intenso de
mutação em suas estruturas. A necessidade da empresa, o interesse do trabalhador, á
própria sociedade e a qualificação para o trabalho exige estratégias integradas,
construídas mediante articulação e parcerias entre governo, educadores trabalhadores
e empresas, preparando o educando para enfrentar os desafios do século XXl,
beneficiando os setores modernos da economia e a sociedade como um todo.
90
O referido curso foi autorizado em 2005 com o seguinte corpo administrativo e
especialistas:
Nome Função Habilitação
Moacir Marchi Furtado Diretor Letras – Português
Agostino Munaro Diretor Auxiliar Educação Física
Elsa Maria Taschin Secretária Magistério
Klayre E. Linden Baldissera Coordenador de Curso Ciências Contábeis
Olga A. Marafon dos Santos Orientadora Pedagogia
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4 PROPOSTA DE TRABALHO DA ESCOLA PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA
E COMUNIDADE (Marco Operacional)
A Escola como instituição educacional está voltada para a formação da
cidadania, dando suporte em todas as dimensões: técnica, física, política, cultural,
pedagógica e social, comprometida com a modernização e formação humana. Por isso,
almeja-se um aluno comprometido com a educação, participativo, responsável, crítico,
persistente, interessado, que tenha gosto pelo conhecimento e constitua-se como
agente transformador da sociedade, respeitando as individualidades.
Acredita-se, que a superação da alienação e a reinvenção do poder somente
serão construídas pela prática do dia a dia, com a participação de todos os envolvidos
no processo educacional, com a finalidade de superar a apatia e o ceticismo dos que
não acreditam ser possível à construção de uma sociedade. A Escola pretende manter:
A organização escolar que favoreça o convívio entre as pessoas e ofereça
condições para o desenvolvimento das atividades de ensino-aprendizagem;
Oportunizar aos alunos com dificuldades de aprendizagem atividades de
recuperação de estudo com orientação e acompanhamento dos professores;
Garantir a unidade do planejamento no trabalho escolar, condição para uma
educação emancipadora, democrática e de qualidade para todos;
Estimular a realização de atividades pedagógicas que atendam as necessidades
da construção do conhecimento científico, que estimulem o gosto pela leitura e
pesquisa.
Aspira-se uma escola que valorize o conhecimento científico, e uma
aprendizagem que faça a diferença construindo sua própria identidade. Fazer a
diferença na escola constitui-se essencialmente pela mediação pedagógica, pela
integração do professor e aluno como sujeito social, em que a aprendizagem
significativa aconteça. Para isso, procurar ser mais exigente na cobrança da realização
das atividades pedagógicas de todos os envolvidos.
Nesse processo pedagógico pressupõe atitudes e ações concretas do professor
onde o aluno apropria-se do conhecimento e precisa demonstrar interesse em
aprender, dedicação em superar as dificuldades e postura mental favorável à
realização das atividades como memorizar, compreender, aplicar, analisar, sintetizar e
avaliar. Os professores serão orientados e incentivados para a busca contínua de
metodologias, instrumentos e materiais que favoreçam a efetivação de posturas
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anteriormente citadas.
Em relação a atitudes e ações do professor, como mediador do processo
pedagógico implica em leitura, interpretação, significação do conhecimento e que
acontecem em momentos distintos, antes, durante e depois da aula. No primeiro
momento, ao preparar a sua aula o professor deverá predispor sobre o que vai
executar com seus alunos em relação à organização do conteúdo, metodologia,
recursos necessários e as formas de avaliação.
No segundo momento o trabalho do professor consiste na apresentação o
conteúdo de forma gradativa com explicitação, informações, questionamentos aos
alunos, correção de atividades, sua importância e necessidade, criando condições
favoráveis à aprendizagem dos alunos e apropriação do conhecimento. No terceiro
momento as atitudes e as ações do professor deverão estar voltadas à análise do
trabalho realizado em relação à apreensão de ter alcançado os objetivos propostos, ou
não; a expectativa em relação ao que os alunos farão na prática com os conhecimentos
e a disposição em rever o processo de ensino-aprendizagem, caso seja necessário.
O professor deverá fazer análise critica dos procedimentos didático-pedagógicos
utilizados durante a realização do trabalho coletivo e individual que sempre devem
propiciar a autonomia de aprendizagem aos alunos. A equipe pedagógica
acompanhará os professores durante a hora-atividade, planos de trabalho docente e
nos encontros de planejamento e replanejamento de conteúdos e atividades a serem
desenvolvidas no decorrer do processo do tempo escolar.
Na gestão democrática avaliar o trabalho escolar, o trabalho docente, a
aprendizagem dos alunos, de forma progressiva e contínua, por intermédio da
organização de encontros pedagógicos com os professores, para melhorar sua
autoestima, desempenho e interesse em classe. Criar atitudes positivas de vida com os
alunos, oferecendo sugestões de leitura, dos mais diversos temas que estimulem a
informação, o aprendizado, a participação em atividades extracurriculares e projetos
significativos.
Na gestão democrática busca-se amplo envolvimento dos pais em reuniões
periódicas, visado à integração, troca de experiências, análise e do desempenho
escolar, com troca de informações e estudos, palestras e discussões para efetivação
da aprendizagem dos alunos.
Na gestão democrática a representatividade da comunidade escolar se faz
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pelos diferentes segmentos: pais de alunos, professores e funcionários representados
pela associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF); pelos representantes de
turma; dos professores no Conselho de Classe de forma coletiva; e pelos diferentes
segmentos da escola no Conselho Escolar, que contribuem significativamente a partir
da compreensão das suas atribuições e visualizam resultados positivos na
aprendizagem dos alunos, na conservação física do ambiente escolar e sua melhoria;
na execução do projeto pedagógico, na aplicação de recursos financeiros provindos da
esfera pública ou através de promoções.
Para efetivar-se na prática, continua-se contando com a participação dos
colegiados não apenas em reuniões específicas, mas, com participação em
assembléias, reorganização do PPP, Regimento Escolar, Plano de ação da Escola,
Plano de Trabalho Docente, bem como no auxílio na tomada de decisões do cotidiano
escolar.
É conciso democratizar as próprias relações dentro da escola com autonomia
criando espaços permanentes de discussão, como reuniões para professores e
funcionários, APMF, Conselho Escolar e pais e alunos promovendo a autonomia que
expressa-se na qualificação contínua, para buscar alternativas tanto pedagógicas
quanto administrativas.
Para os alunos, a autonomia conquista-se pela participação nas decisões e pela
possibilidade de aprender a democracia na escola, entendendo que é possível e
desejável vivê-la no seu espaço escolar, familiar, de trabalho e comunitário. Assim, os
alunos participam do Pré-Conselho de Classe, nas escolhas de líderes de turma,
professores regentes, eleições para diretores, escolha de uniformes pelos 3º anos do
Ensino Médio. Implementar a participação dos representantes de turma, convidando-os
para reuniões com a coletividade escolar e em sala de aula e estudos.
Outra ação para a efetivação da gestão democrática no nosso Colégio será de
facilitar a capacitação continuada dos professores e funcionários oferecidos pela
instituição, que vincula com os profissionais da educação que é a Secretaria de
Educação e Cultura, pelos encontros descentralizados organizados pelo Núcleo
Regional de Educação, ou através de cursos à distância ou presenciais proporcionados
pelas diferentes esferas públicas SEED/MEC e instituições particulares para
aperfeiçoamento e qualificação.
A formação continuada será efetivada por intermédio de várias modalidades de
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eventos educacionais, encontros, cursos, seminários, projetos, leitura de livros de
fundamentação teórica destinada a professores, grupos de estudo organizados, pela
própria instituição educacional, oportunizando momentos de estudo em hora atividade
por disciplina, realizada no horário escolar, que implica na discussão sobre os saberes
como: o saber da experiência, conhecimentos científicos e pedagógicos que são
vivenciados pela prática docente.
O processo de formação é coletiva relacionada à construção contínua de todos
os envolvidos no trabalho escolar por que permite aprender o significado social das
relações que reproduzem-se no cotidiano da escola entre professores, funcionários e
alunos na Semana Pedagógica. Pretende-se, cada vez mais, contar com a participação
de todo o coletivo escolar, incentivando-os e valorizando sua participação. A avaliação
de aprendizagem será feita de forma integrada e contínua ao processo de ensino
aprendizagem, por meio de atividades que envolvam:
A leitura de imagens, de dados, de documentos e de diferentes fontes de
informação, priorizando o conhecimento clássico e científico;
A utilização de oficinas práticas em ambientes diversificados;
A produção de textos;
Questionamento, reflexão e argumentação;
Exposições orais;
Trabalhos em equipe, em um ambiente cooperativo, priorizando os
desempenhos coletivos e democráticos.
A avaliação como diagnóstico tem por escopo avaliar atos e situações, tendo em
vista tomar decisões no sentido de criar condições para maior satisfatoriedade do que
estejam buscando ou construindo, através da compreensão da aprendizagem,
oferecendo meios que integram as experiências, obtendo os melhores resultados,
auxiliando o aluno em seu desenvolvimento de maneira a obter maior integração na
apropriação dos conhecimentos, habilidades, hábitos e convicções. Assim, para cada
instrumento de avaliação nas diferentes disciplinas, serão estabelecidos critérios que
facilitarão a quantificação de resultados.
Nenhuma avaliação poderá ocorrer sem critérios previamente definidos. Estes
devem ser do conhecimento de todos os alunos. São critérios fundamentais, entre
outros: organização e clareza na apresentação dos resultados da aprendizagem,
correção, articulação das partes, sequência lógica, rigor na argumentação, criatividade.
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Para a avaliação foi coletivamente decidido que todos os instrumentos terão o peso
10.0 (dez) e será realizado no mínimo duas avaliações durante o trimestre, gerando
assim, duas recuperações.
O resultado das avaliações será forma aritmética, anual; com exceção do Curso
Técnico de Administração Subsequente que é semestral. A todos os alunos será
possibilitada a recuperação de estudos, de forma paralela, sempre imediata, e ao
longo, do período escolar com intervenção pedagógica com nova explicação do
professor, realização de trabalhos individuais e/ou monitoria, apresentações de
atividades complementares e/ou elaboração de acordo com as exigências de cada
disciplina. A obrigatoriedade de estudos de recuperação consta na Lei nº 9394/96,
artigo 24, inciso V, alínea e.
Um instrumento sistematizador, organizador do processo educativo escolar,
onde materializa-se a ação educativa;
Envolver intenções e práticas para sua concretização;
Um conjunto de escolhas que ocorrem na escola vai até a sala de aula e em
cada aula;
Um gerenciador de efeitos, que contribui para a construção das identidades,
como uma instituição e professor, de um conhecimento que fica em cada aluno, com
marcas diferenciadas, mas que estão presentes.
Torna-se imprescindível interagir com os alunos a análise de suas produções e
resoluções, transformando eventuais erros em situações de aprendizagem, orientando-
os para reconhecerem seus avanços e dificuldades. É na interação com o professor e
com os demais colegas que o aluno busca meios de superar suas dúvidas, atingindo
resultados positivos na aprendizagem.
Compreendendo que a diversidade é inerente ao ser humano, o professor deve
ter ciência dos recursos didáticos utilizados no processo da aprendizagem e, para
contemplar essa diversidade que caracteriza o universo de sala de aula, utiliza os
diferentes instrumentos de avaliação como: trabalhos individuais, resumos, elaboração
de textos, redações, confecção de materiais, provas orais e escritas dissertativas,
trabalhos em grupo, testes individuais e seminários. Pesquisas de campo, entrevistas e
coletas de dados, técnicas diversificadas que envolvem o desempenho dos alunos.
A avaliação de aprendizagem do aluno é o resultado do seu desempenho nas
atividades desenvolvidas durante o período escolar e expresso em símbolos
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numéricos, notas de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os resultados são registrados
em diários de classe do professor, transcritos para a secretaria da escola em canhoto
de notas, para transcrição em documentos escolares e comunicação aos alunos em
boletim escolar, com realização de reuniões com os pais, programadas.
Nesse momento ocorre a troca de experiências e os avanços na aprendizagem
com exercícios de reflexão, mensagens numa relação de amizade e cooperação onde
as pessoas possam se integrar com a sua cultura e meio de vida. As escolhas devem
ser feitas de maneira coletiva, onde o planejamento, a implantação e a avaliação deve
ser tarefa de cada um e requer responsabilidade ao futuro dos alunos.
Por isso, com a articulação família-escola, reuniões de pais, e a sua presença na
escola, descobre-se o efeito positivo da ajuda com ideias, diálogo, esclarecimentos e
procedimento adequado na execução das atividades escolares e melhoria de ensino-
aprendizagem. Acredita-se que a grande questão está na adequação do currículo, para
deixar-se entrar na vida e na escola, envolvendo todas as áreas do conhecimento e
com as necessidades dos alunos e da comunidade.
Desenvolver atividades acessíveis a todos os alunos, dentre os quais aqueles,
com necessidades especiais, por intermédio da sensibilização, inovação, adaptação
curricular, formação e apoio. Com o objetivo de reconhecer e respeitar as diferenças,
diminuir as desigualdades e construir uma escola para todos, busca-se desenvolver,
atividades organizadas que propiciem questões de ordem social política, cultural e
econômica, visando a integração humana e a promoção do conhecimento científico.
Oportunizar e desenvolver atividades em áreas sociais básicas como saúde,
educação ambiental, educação fiscal, discriminação étnico racial, de gênero, sócio
econômica, religiosa e física. Aos professores, funcionários e demais segmentos da
escola são oportunizados períodos destinados à formação continuada com estudo,
reflexão e discussão de temáticas que proporciona a troca de ideias e possibilita a
reconstrução de concepções teóricas que são aplicadas na prática pedagógica.
A contribuição da família ocorre por meio de reuniões com abordagens de temas
referentes à ação educativa. A partir das informações obtidas há a integração e o
comprometimento família-escola que acontece num sentido paralelo ao processo
educativo voltado a aprendizagem dos alunos, a construção da cidadania e a
transformação da escola no espaço de aprendizado para a vida.
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4.1PLANEJAMENTO
Em geral, o planejamento escolar é feito para o ano inteiro e acontece antes do
início das aulas. Nesse período, a escola agenda uma semana pedagógica (que pode
durar de 3 a 5 dias, conforme orientações da SEED), durante a qual discute-se o que
acontecerá nos próximos 200 dias letivo, o Plano de Ação do ano anterior e o PPP que
é o documento que define a identidade da escola e indica os caminhos para o ensino
de qualidade."O planejamento nasce a partir do estabelecimento de metas e de
objetivos que a escola deseja alcançar. Ele é um momento importantíssimo para a
construção de conhecimento sobre gestão e didática, articulação com a comunidade,
constituição de uma equipe colaborativa e qualificação das ações", diz Barbosa (2013),
consultora de GESTÃO ESCOLAR.
Essa atividade é assegurada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB), de 1996, que garante que todos os profissionais que trabalham em uma escola
tenham um tempo reservado para planejar a rotina. No entanto, não é só porque está
na lei que ele deve ser cumprido. O planejamento é indispensável para a gestão do
tempo, de materiais, de pessoas e de espaço, porque, ao colocar tudo o que a escola
realizará ao longo do ano na ponta do lápis, é possível ter uma ideia do cenário e
alocar os recursos de acordo com as necessidades dos períodos do ano. Considera-se
durante a elaboração do planejamento anual da escola os seguintes itens:
Recepção dos professores novatos;
Troca de experiências entre os professores e gestores;
Apresentação e análise dos resultados do ano anterior;
Estabelecimento de metas e objetivos;
Apresentação do calendário escolar, de acordo com o disponibilizado pela
Secretaria de Educação;
Revisão do Projeto Político-Pedagógico e criação de planos de ação;
Definição da grade horária das disciplinas;
Divisão das turmas;
Organização das salas e dos materiais;
Recepção dos alunos;
Planejamento pedagógico, levando em consideração a avaliação do ano anterior
e a distribuição dos conteúdos de ensino e aprendizagem.
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Como é plausível ver, o planejamento do ano não começa da estaca zero. O
trabalho já inicia-se no ano anterior, quando a equipe escolar realiza a avaliação do
último plano. Na semana pedagógica, trabalha-se em cima dos resultados obtidos e
com a troca de experiência sobre as turmas entre os docentes, visando sempre
melhorar o que tem sido feito. É claro que as pautas das reuniões de planejamento
podem mudar, a depender de seu objetivo. Em um encontro sobre diagnóstico, por
exemplo, não se discutirá questões como a organização da sala de aula, mas sim
sobre a forma de descobrir os saberes das crianças. "A pauta do planejamento
depende sempre de quem está participando da reunião", diz Barbosa (2013).
Ao longo dos meses, é importante acompanhar as ações previstas no
planejamento têm sido implantadas e se as estratégias estão dando certo. Essa
avaliação pode ocorrer à trimestre ou, ainda, semestralmente. Nessa altura, algumas
perguntas são essenciais: tudo o que estava programado deu certo? Por que tal
atividade deu errado? Como pode-se melhorar para os próximos meses? Com as
respostas dessas perguntas em mãos, inicia-se o replanejamento. Toda comunidade
escolar participa da elaboração do planejamento porque ele influencia a escola inteira.
Portanto, devem comparecer aos encontros os gestores, os professores e os
funcionários. Os membros da equipe discutirão o funcionamento da instituição como
um todo, e também, as funções pelas quais são responsáveis. Isso significa que todos
devem pensar juntos sobre qual é a missão e os objetivos da escola, por exemplo. Ao
realizar-se, o planejamento de forma integral significa conhecer a realidade e as
necessidades da comunidade escolar, estabelecer metas e objetivos, destinar recursos
financeiros e materiais e gerir tempo e pessoas.
Assim, é possível antecipar problemas e antever ações para contribuir com o
desenvolvimento educacional dos alunos. Em poucas palavras, o planejamento
significa conhecer a realidade e as necessidades da comunidade escolar, estabelecer
metas e objetivos, destinar recursos financeiros e materiais e gerir tempo e pessoas.
Assim, é possível antecipar problemas e antever ações para contribuir com o
desenvolvimento educacional dos estudantes.
99
4.2 CALENDÁRIO ESCOLAR
Este estabelecimento de Ensino elaborará anualmente o calendário escolar
próprio de acordo com instrução especifica da SEED. Após a elaboração, o Calendário
Escolar será encaminhado para apreciação e aprovação do Conselho Escolar e
posteriormente será enviado ao Núcleo Regional de Educação para a homologação. A
Lei nº 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu artigo nº 24, inciso
I, determina uma carga horária mínima anual de 800 (oitocentos) horas, distribuídas por
um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar. A carga horária deverá
ser cumprida por todas as instituições de ensino que ofertam a Educação Básica. Para
o curso Técnico em Administração Nível Médio Integrado está constituída em 4.000
horas dividida em quatro anos e o Curso Técnico de Administração Subsequente em
1.200 horas dividido em um ano e meio, ou seja, dois semestres.
100
4.3 AÇÕES DIDÁTICASPEDAGÓGICAS
O ato operacional esquematiza as mudanças significativas a serem alcançadas,
e define as grandes linhas de ação e a reorganização do trabalho pedagógico da
escola na perspectiva administrativa, pedagógica, financeira e político educacional. Em
relação às realidades em que a qualidade é levada em consideração, tem-se o alicerce,
ou melhor, a pedra angular de toda prática pedagógica bem sucedida. A todo o
momento o ser humano planeja suas ações, suas decisões, seu trabalho, sua vida,
enfim, com o ofício docente não é diferente. As boas práticas em sala de aula mostram
eficientes e eficazes no cenário educacional justamente porque foram planejadas, a
partir de uma postura reflexiva sobre a prática a ser empreendida.
O plano de ação da Escola, do Gestor, do Pedagogo, do Professor e do Agente
de Execução é à base de todo o currículo escolar. Planos de ensino, diretrizes,
parâmetros, planos anuais, planos de aula, planos de atividade, todos, cada um em sua
instância, são tarefas a serem cumpridas, visando sempre um ensino de qualidade. É a
101
partir do plano de ação destas instâncias que o professor, o pedagogo, o gestor, enfim,
a escola, podem reanalisar sua atuação e possibilitar um resultado eficaz e eficiente.
Assim, entendem-se que é importante desencadear um processo de repensar todo o
ensino, buscando um significado transformador para os elementos curriculares básicos:
- objetivos da educação escolar (para que ensinar e aprender?);
- conteúdos (o que ensinar e aprender?);
- métodos (como e com o que ensinar e aprender?);
- tempo e espaço da educação escolar (quando e onde ensinar e aprender?);
- avaliação (como e o que foi efetivamente ensinado e aprendido?).
4.3.1 Redimensionamentos da organização do trabalho pedagógico
Faz necessário redimensionar, reconstruir o projeto pedagógico institucional
para que passe a integrar todas as ofertas formativas em um conjunto sistêmico,
consistente, coerente e intencionado de atividades pedagógicas, voltadas,
indissociavelmente, para o ensino, a pesquisa e a extensão, que devem ocorrer em um
ambiente de constante interação com o mundo do trabalho e a sociedade em geral.
Além disso, a ação da Instituição deve estar fundamentada pelos princípios
emanados da Constituição Federal e da LDB, de forma que suas ações educativas
devem ser pautadas pelos seguintes princípios: liberdade de aprender, ensinar,
pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e
de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; valorização do
profissional da educação; gestão democrática; garantia de um padrão de qualidade;
valorização de experiência extraescolar; e vinculação entre a educação escolar, o
mundo do trabalho e as práticas sociais.
4.4 CELEM (CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRA MODERNA)
Curso de Língua Espanhola oferecido gratuitamente nas escolas públicas
estaduais de educação básica aos alunos, professores, funcionários e também à
comunidade escolar como um curso extracurricular. No estado do Paraná, o CELEM
trabalha com os idiomas: espanhol, inglês, alemão, francês, mandarim, polonês e
ucraniano. Professores e funcionários da rede pública podem frequentar as aulas do
CELEM, aos quais são disponibilizadas 10% das vagas. Já para os membros da
102
comunidade que comprovem ter no mínimo ensino fundamental inicial completo são
ofertadas 30% das vagas. O CELEM entra como uma opção para as escolas.
Nesta instituição o CELEM contempla o Espanhol e esta língua, objeto de
estudo, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se
fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino de
Espanhol na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender línguas, é também ensinar
e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar
subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos
comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.
As aulas de Espanhol se configuram como espaços de interações entre
professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que revelam-se no
dia-a-dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas
da nova ordem mundial, suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica
a respeito do papel das línguas na sociedade.
Com objetivos de promover a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna
(LEM) Desenvolver a compreensão de valores sociais;
- Adquirir conhecimentos sobre outras culturas.
O ensino de LEM justifica-se com prioridade, pelo objetivo de desenvolver a
competência comunicativa (linguística, textual, discursiva e sociocultural), ou seja, este
desenvolvimento deve ser entendido como a progressiva capacidade de realizar a
adequação do ato verbal às situações de comunicação.
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados (DCE, 2008, p. 63). “O trabalho realizado através do CELEM tem contribuído de maneira significativa na realidade educacional do Paraná com oportunidades de melhoria na perspectiva profissional, conhecimento das línguas e preservação da cultura das etnias formadoras do seu povo” “Não se habita um país, habita-se uma língua” (Emil Cioran, filósofo romeno).“Não conhece nem a sua própria língua quem somente ela conhece” (CELEM/DEB/SEED, 2011).
Essa concepção de escola orienta para uma aprendizagem específica,
colocando em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos
conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados para compor o currículo
escolar. Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada
em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem
103
(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes
conscientizarem-se da necessidade de “...uma transformação emancipadora. É desse
modo que uma contra consciência, estrategicamente concebida como alternativa
necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa
missão educativa” (MÈSZÁROS, 2007, p. 212).
Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos,
seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às
possíveis necessidades especiais para aprendizagem. Essas características devem ser
tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que
cabe à escola ensinar, para todos. Dentro desta perspectiva o Celem – Espanhol tem
por objetivos:
· Capacitar os alunos a ler, interpretar e produzir textos orais e escritos, em Língua
Espanhola, constituindo-se em mais uma possibilidade de ampliação do universo
cultural, favorecendo o acesso e a apropriação do conhecimento de outra língua.
Estabelecendo relações de compreensão da Cultura Espanhola, vivenciada no
cotidiano social.
· Propiciar e promover atividades que possibilitem ao aluno o uso oral e escrito de
Língua Espanhola, tornando-o cada vez mais competente e capaz de organizar seus
discursos dentro de uma nova língua, adquirindo domínio da Língua Espanhola, e
assim compreender as diversidades linguísticas.
Desenvolver o uso da Língua Espanhola considerando as peculiaridades
linguísticas e culturais que a envolvem, e assim fazendo com que o aluno tenha a
oportunidade de aprender sobre si mesmo e sobre a pluralidade mundial, marcada
culturalmente de diversas maneiras e, mais especificamente, sobre todo o mundo
hispânico.
Empregar elementos gramaticais como forma da estrutura e organização da
Língua Espanhola, envolvendo a construção de significados, de conhecimentos e
análise, adequando os recursos expressivos à variedade e estilo nos diferentes
contextos comunicativos.
Oportunizar ao aluno o contato direto com a Língua Espanhola e suas variadas
situações linguísticas, estabelecendo maiores possibilidades de proporcionar
aprendizagem dos conhecimentos que estão em constante transformação. Fazendo
104
com que o aluno, reflita mais sobre sua cultura, sua forma de comunicação, e analise o
seu entorno social com maior profundidade.
Através da leitura, oralidade e escrita, oportunizar ao aluno a possibilidade de
construção do seu conhecimento, a formação cidadã, a oportunidade de adquirir o
domínio de Língua Espanhola e assim, a comunicação e a partilha com semelhantes e
diferentes.
4.5 AÇÕES REFERENTES À FLEXIBILIDADECURRICULAR
• Reunião no início do ano com pais ou responsáveis para apresentação da
equipe pedagógica da escola, objetivos, conteúdos e cronogramas; Convite para
encontros posteriores de formação;
• Encontros para pais ou responsáveis com profissionais que trabalham com
formação pessoal, autoestima e limites;
• Proporcionar encontros com os pais a fim de orientá-los quanto ao auxílio de
seus filhos nos estudos e quanto aos distúrbios emocionais, que por ventura, sofram;
• Entrevistar alunos, pais ou responsáveis para detectar influências do meio
familiar prejudicial ao aprendizado e à conduta do aluno;
• Encaminhamento de alunos para profissionais competentes ou grupo de apoio e
acompanhamento;
Visitas dos alunos dos cursos técnicos as industrias para conhecerem como
funcionam as mesmas;
Palestras que venham de encontro com os anseios dos alunos e também com
temas da realidade local;
Visitas dos alunos à UFFS e visitas dos alunos das séries finais as demais
faculdades mais próximas demais com o objetivo de conhecer os cursos a que ofertam.
Entendida numa concepção político pedagógico e de instituição capaz de
colaborar na formação humana e cidadã do educando, colocando a classe trabalhadora
no processo de transformação das relações sociais, visando à diminuição da exclusão
a que é submetida a grande maioria da população em relação aos benefícios e
serviços produzidos pela sociedade, entre eles, especialmente, o escolar,
possibilitando a construção da cidadania. A instituição escolar tem como compromisso
garantir o acesso aos saberes elaborados socialmente, pois, esses constituem-se
como instrumento para o desenvolvimento, a socialização, o exercício da cidadania
105
democrática e a atuação no sentido de reformular as deformações dos conhecimentos,
as imposições de crenças dogmáticas e a petrificação de valores.
A escola, ao tomar para si a finalidade de formar cidadãos capazes de atuar
com competência e dignidade na sociedade, buscará eleger, como objetos de ensino,
conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada
momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são as consideradas essenciais
para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres. Portanto, ainda é
necessário que a instituição escolar garanta um conjunto de práticas planejadas com o
propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de maneira crítica e construtiva
dos saberes.
A escola, por ser uma instituição social com propósito explicitamente educativo,
tem o compromisso de intervir efetivamente para promover o desenvolvimento e a
socialização de seus alunos. É nesse universo que o aluno vivência situações
diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira competente com
a comunidade, aprendendo a respeitar e a ser respeitado, a ouvir e a ser ouvido, a
reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica,
cultural, social e política do país e do mundo O professor deve assumir o papel de
motivador e articulador na busca de recursos que atendam à necessidade de
aprendizagem do aluno, sensibilizando-o na construção do conhecimento e propiciando
ambiente sócio afetivo favorável ao alcance da autonomia intelectual, moral e social,
utilizando- se de todos os recursos disponíveis.
A inclusão de alunos público alvo da Educação Especial é um grande desafio,
pois muitos professores da classe comum alegam desconhecimento para o
atendimento pedagógico a esse grupo de alunos, apoiados em um discurso de que não
foram preparados para ensinar alunos com necessidades educacionais especiais.
Diante desta realidade, é fundamental que o professor da classe comum seja orientado
à busca de novas práticas educativas. Por sua vez, os professores da Educação
Especial, por serem especializados e por acumularem conhecimentos no trabalho
pedagógico, deveria atuar como apoio aos professores das diferentes disciplinas na
escolarização desses alunos no contexto comum de ensino. Desta forma, Brizolla
(2009) destaca que a Educação Especial e o ensino comum devem estabelecer um
trabalho de cooperação, pois, se de um lado a Educação Especial dispõe de serviços e
recursos especializados para o atendimento das especificidades dos alunos com
106
necessidades educacionais especiais, por outro lado, o ensino comum responsabiliza-
se pela escolarização desses alunos. Nesse sentido, é estabelecida uma relação de
parceria e colaboração entre os níveis educacionais e a modalidade de Educação
Especial, na qual uma categoria depende da outra para a realização do trabalho
pedagógico, ou seja, cooperam.
Para que o trabalho colaborativo e das diferentes disciplinas ocorra com
sucesso, é necessário que os profissionais envolvidos mantenham um diálogo
constante, somem suas responsabilidades quanto ao processo de ensino, e após
conhecer as necessidades e potencialidades do aluno, estabeleçam objetivos comuns
a serem alcançados, como possibilitar o acesso e a flexibilização curricular, a avaliação
diferenciada, a organização de metodologia e estratégias pedagógicas, de forma a
atender às necessidades educacionais especiais dos alunos..
4.6 FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Inclusão Educacional é o direito à igualdade de oportunidades, o que não
significa um “modo igual” de educar a todos e sim de dar a cada pessoa o que
necessita, em função de suas características e necessidades educacionais. O conceito
de inclusão parte de um paradigma no qual a deficiência não é responsabilidade
exclusiva de quem a tem, cabendo à sociedade modificar-se para propiciar uma
inserção total da qualquer pessoa, independentemente de seus déficits ou
necessidades.
Sociedade, aqui, representada pela escola, uma vez que estamos tratando da
inclusão educacional. Falamos em um paradigma porque na busca pelo atendimento
às necessidades educacionais das pessoas com deficiência, historicamente, a
Educação já passou por vários momentos, podemos dizer, das práticas de extermínio à
inclusão - proposta atual.
A inclusão, portanto, requer uma revolução de paradigmas. Não significa apenas
colocar pessoas “diferentes” num lugar em que não costumavam estar, a classe
regular. Significa não mais conceber as necessidades especiais como imutáveis ou
incapacitantes. Significa, ademais, rever o papel da escola e conscientizá-la de que sua
responsabilidade é educar a todos, sem discriminação. Logicamente, isso exige uma
reviravolta estrutural na sociedade, como um todo (KAFROUNI e SOUZA PAN, 2001,
p. 33).
107
Onde buscar amparo legal, para as ações inclusivas no cotidiano da escola?
Existem inúmeros documentos internacionais e nacionais que tratam do atendimento
às pessoas com deficiência no campo educacional, os quais orientam, recomendam
e/ou determinam como deve ser o processo inclusivo nas escolas regulares. A
flexibilização do ensino na inclusão de alunos com deficiência, que apresentam
necessidades educacionais especiais na sala de aula comum do ensino regular,
evidenciou que a prática pedagógica tradicional, baseada apenas na transmissão de
conhecimento, é ineficaz para ensinar grande parte dos alunos.
De acordo com Blanco (2004), a escola, tradicionalmente, focalizou sua atenção
em satisfazer necessidades comuns, delineando objetivos sem considerar as
características específicas de cada aluno. Essa postura tradicional, no âmbito
curricular, é demonstrada por propostas rígidas e homogeinizadoras, que
desconsideram os diversos contextos nos quais ocorrem os processos de ensino e
aprendizagem. Como consequência, é possível observar a alta ocorrência de
dificuldades de aprendizagem, repetências, absenteísmo e fracasso escolar (BLANCO,
2004).
O movimento de inclusão escolar revelou que a educação, com seus métodos
tradicionais, exclui cada vez mais alunos, ao invés de incluí-los (FREITAS, 2006).
Dessa forma, foi evidenciado que considerar as especificidades de cada aluno é
fundamental para garantir a qualidade de ensino para todos os alunos, e não apenas
para aqueles que apresentam dificuldades mais evidentes. Lembramos que todos os
alunos apresentam características físicas, comportamentais e emocionais próprias,
sendo que devido à existência de tais características, uma prática de ensino voltada
para um conjunto homogêneo de alunos não alcança êxito.
Segundo Perrenoud (2001), grande parte das estratégias de ensino utilizadas
pelo professor deve ser adaptada às características dos alunos, à composição da
classe e a história das relações entre os educandos e entre eles e o professor. Em
vista disso, fica clara a importância da realização de adaptações curriculares para a
inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais, principalmente para
àqueles que apresentam deficiência mental. No nosso país a necessidade de
desenvolver um currículo que garanta não apenas o acesso, mas também a
permanência na escola regular e o sucesso do aluno com deficiência estão expressos
no documento denominado Parâmetros Nacionais. Neste texto adota-se a terminologia
108
necessidades educacionais especiais (NEE´s) para os alunos que apresentarem,
durante o seu processo educacional: [...] dificuldades acentuadas de aprendizagem ou
limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das
atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) aquelas não vinculadas a
uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções,
limitações ou deficiências; dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos
demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis; altas
habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar
rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes (Brasil, 2001, p. 02).
Assim, o professor tem que conhecer o processo de aprendizagem dos alunos,
entender como cada um aprende os conhecimentos historicamente acumulados
apresentados no espaço escolar. Na proposta educacional inclusiva o currículo deve
ser pautado também da ideia da diferença e não é o aluno que se ajusta, se adapta as
condições de ensino, mas a leitura do movimento da inclusão educacional é justamente
contrária, é a equipe escolar que tem que prover as mudanças necessárias para que o
aluno consiga acessar o currículo (Aranha, 2003)
4.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
A presente Proposta Pedagógica Curricular foi desenvolvida a partir de
encontros, debates, discussões e análise das reais necessidades para a escolarização
de todos, pautada nas Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná. Visa atender a
diversidade escolar oportunizando a todos a aquisição de saberes científicos e a
preparação para o exercício da cidadania. Fundamenta a organização do trabalho
pedagógico e o desenvolvimento das atividades educacionais onde os conteúdos
disciplinares devem ser tratados, de modo contextualizado, estabelecendo-se relações
entre eles, para contribuir na compreensão e a crítica das contradições sociais,
políticas e econômicas do mundo contemporâneo.
E educação, enquanto processo social deve propiciar aos alunos, jovens e
adultos oriundos de classes trabalhadoras, urbana e rural a oportunidade de analisar a
realidade de diferentes campos de conhecimento, expressar suas opiniões, exercitar a
liberdade de decisão em suas ações individuais e a condição de participação em ações
coletivas. É imprescindível a formação humana baseada nos princípios morais, éticos,
sociais e filosóficos que favoreçam o debate, a reflexão e a promoção da vida.
109
Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural e a
pluralidade das identidades que caracterizam os grupos e a sociedade que compõem a
comunidade escolar. Essa pluralidade deve garantir uma interação harmoniosa na
convivência das pessoas favorecendo a inclusão e a participação de todos. Mas, só há
inclusão real e construção da cidadania na efetivação dos direitos individuais e
coletivos e a consciência do cumprimento dos deveres.
A prática educativa frente aos Desafios Educacionais Contemporâneos em todas
as disciplinas contempla análise, reflexão, discussão e problematizarão acerca das
questões da Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação Fiscal,
Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, e os
temas da Diversidade quais sejam Gênero e Diversidade Sexual, História da Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena e Educação do Campo.
4.8 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ELEMENTOS
O Projeto Político Pedagógico (PPP) compreende as propostas e programas de
ações planejadas, para serem executadas e avaliadas em função dos princípios e
diretrizes educativas. Relaciona-se, ainda, às finalidades que cada instituição pretende
alcançar, sendo um documento norteador das políticas escolares e também articulador
das intenções, das prioridades e das estratégias para a realização de sua função
social. Sintetiza bem o que se pode compreender por Projeto Político-Pedagógico,
embora utilize outra terminologia O Projeto Educativo é, visivelmente, um documento
de planificação escolar que poderia caracterizar seguinte forma, a longo prazo, quanto
à sua duração; integral quanto à sua amplitude, na medida em que abarca todos os
aspectos da realidade escolar; flexível e aberto; democrático porque elaborado de
forma participada e resultado de consensos.
Os PPP‟s apresentam uma característica prospectiva, a busca de um rumo, de
uma direção, é uma construção intencional, em busca de um compromisso coletivo, no
sentido de aperfeiçoar a realidade presente. Por ser processo, não apresenta-se de
modo linear e conclusivo, abre possibilidades de rever, de refazer, de repensar. Dessa
forma, apresenta-se como espaço para constantes mudanças, discussão das
preocupações, das práticas, das possibilidades, das limitações para o alcance dos
objetivos da escola, dos princípios e fins da Educação Nacional.
110
O Projeto Político- Pedagógico da escola apresenta duas dimensões interdependentes: a política que supõe o conjunto de decisões quanto à organização, aos propósitos e aos modos operativos da escola e a pedagógica que supõe o elenco de decisões/ações de ordem educativa e pedagógica, viabilizadora de suas intencionalidades quanto à formação do cidadão. http://www.portalensinando.com.br.
A administração escolar, nela incluída o ato de planejar as ações educacionais
através do PPP, pode ser feita de forma centralizada e autoritária, ou de forma
participativa e democrática. Quando a mesma assume a forma participativa, permite
uma maior eficiência social e educacional, havendo a necessidade de ser elaborada
em conjunto com todos os interessados ao sistema educativo, sendo estes: educandos
e seus familiares, educadores, funcionários e membros da comunidade.
Neste sentido, o PPP tem a necessidade de expressar as reflexões e o trabalho
realizado em conjunto por todos os profissionais da escola, bem como às necessidades
locais e específicas de sua clientela, caracterizando o cidadão que se pretende formar.
Neste sentido, segundo Ferreira (2003, apud FERREIRA, 2006, p 17), o PPP:
[...] deve ser pensado, estudado, refletido, debatido e construído coletivamente com o que existe, no mundo, de mais atual, mais avançado e de melhor qualidade para formar “seres humanos fortes intelectualmente, ajustados emocionalmente, capazes tecnicamente e ricos de caráter.
A construção do (PPP), antes de tudo, não pode ser nem mera reprodução do
“senso comum pedagógico” vigente, nem implantação de propostas “novidadeiras”. Tal
instrumento (PPP) exige uma verdadeira e corajosa prática do senso crítico-filosófico. É
esta dimensão que fará com que a proposta seja segura, sustentável e viável. No
fundo, revelará que tipo de sociedade e de educação os envolvidos assumem.
Segundo Vasconcelos (2002, p. 183): “Aqui são expressas as grandes opções do
grupo (utopia fim). Contém os critérios gerais de orientação da instituição”.
Na concepção de Vasconcelos (2002, p. 183), os seguintes pontos são imprescindíveis
para a elaboração e construção do PPP de toda e qualquer instituição:
- Que tipo de sociedade queremos construir?
- Que tipo de homem/pessoa humana queremos colaborar na formação?
- Que finalidade queremos para a escola? Que papel desejamos para a escola em
nossa realidade?
Toda escola deve ter definida, para si mesma e para sua comunidade escolar,
uma identidade e um conjunto orientador de princípios e de normas que iluminem a
ação pedagógica cotidiana. O Projeto político pedagógico vê a escola como um todo
111
em sua perspectiva estratégica, não apenas em sua dimensão pedagógica. É uma
ferramenta gerencial que auxilia a escola a definir suas prioridades estratégicas, a
converter as prioridades em metas educacionais e outras concretas, a decidir o que
fazer para alcançar as metas de aprendizagem, a medir se os resultados foram
atingidos e a avaliar o próprio desempenho.
A escola deve ser um espaço onde todos participem do planejamento e
execução de todas as suas ações, onde o conjunto de valores, normas e relações
obedecem a uma dinâmica singular e viva (VEIGA e RESENDE, 1998). Para alcançar
tal objetivo, é necessário que o planejamento de todas as suas ações (PPP) sejam de
forma coletiva e democrática, dando a todos que estão direta ou indiretamente ligados
a escola, oportunidade de participarem da elaboração de um “projeto de vida”, de um
projeto que irá afetar de forma positiva ou não os destinos de todos que por ele serão
influenciados.
Cita-se ainda Vasconcellos (1995), que dá grande ênfase ao planejamento das
ações educacionais, afirmando que “cabe ao planejamento a oportunidade de repensar
todo o fazer escolar, como um caminho de formação dos educadores e dos educandos,
bem como de humanização, de desalienação e de libertação.” Nesse contexto o projeto
político pedagógico, passa a ser um instrumento democrático para que a comunidade
escolar possa se organizar e construir dentro de seu espaço, a sua autonomia, que
será o impulsionador da descentralização de suas ações e o fortalecimento de atitudes
democráticas e comunicativas.
A autonomia e a gestão democrática da escola pública a qual nos referimos, se
faz necessária para a democratização do espaço escolar e das ações por ela
planejada. A montagem do seu plano de educação com base em um “projeto de vida”,
que deve envolver toda a comunidade, tornando essa escola um local de educação
para todos e não apenas para os seus alunos, permitindo com isso, mobilizar essa
comunidade na construção de um projeto que permita o surgimento de uma nova
sociedade, onde a sua cultura e os seus valores possam ser preservados e ensinados,
e que todos possam participar dos rumos dessa nova escola. Para nós, esse projeto é
o Projeto Político-Pedagógico.
112
4.9 CURRÍCULO COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL NA ORGANIZAÇÃO DA
ESCOLA E SUA RELAÇÃO COM O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O currículo pode ser definido pelo conjunto de saberes produzidos na escola.
Ele reflete todas as experiências em termos de conhecimento que serão
proporcionados aos alunos de um determinado curso.
O mais antigo e persistente significado que se associa a currículo é o de
matérias, geralmente organizadas como disciplinas escolares que foram escolhidas
para serem ensinadas a alguém. Frequentemente tanto para educadores como leigos,
o currículo é, ainda, equivalente ao conteúdo dos livros de texto usados pelos
professores nas suas aulas. Muitas vezes, também, o currículo é visto como um
programa publicado (ou impresso) ou um guia para os professores de uma disciplina ou
conjunto de disciplinas.
No Brasil, não existe um currículo único nacional, porém, os Parâmetros
Curriculares Nacionais trazem como sugestão, uma forma de definição das disciplinas
e distribuição dos conteúdos entre os componentes curriculares propostos. Devido à
dimensão territorial e à diversidade cultural, política e social do país, nem sempre os
Parâmetros Curriculares chegam às salas de aula.
Falar em currículo escolar é falar também na vida do aluno e da escola em
constante e em dinâmica ação, ou seja, educandos e educadores, no espaço escolar,
constroem e formam, através de processos de valorização e do cotidiano que
vivenciam, o currículo ideal para o desenvolvimento de habilidades necessárias ao
desempenho escolar dos alunos. Mesquita (in http://www.webartigos.com) apresenta
ainda outras características do currículo nos dias atuais:
[...] o currículo escolar passa a ser definido como sendo todas as situações vividas pelo aluno dentro e fora da escola, seu cotidiano, suas relações sociais, as experiências de vida acumuladas por esse aluno ao longo de sua existência, as quais contribuem para a formação de uma perspectiva construcionista educacional. [...] Logo, o que se quer dizer é que a escola deve buscar na experiência cotidiana do aluno elementos que subsidiem a sua ação pedagógica e, ao mesmo tempo, recursos que contribuam para a formação do currículo escolar.
Todas as atividades de cunho educativo que venham a ser exploradas pela
escola constituem elementos essenciais e de mesma importância na formação do
currículo escolar, o qual interfere de maneira significativa na formação do caráter e da
personalidade dos alunos. Considerando que a personalidade humana se caracteriza
113
pelo modo próprio de ser apresentado por cada indivíduo, acredita-se na força de sua
expressão como fator operante nas teorias do currículo.
O currículo escolar é importantíssimo por ser um instrumento que norteia o
trabalho desenvolvido na escola, e ser marcado pela visão de mundo da sociedade do
momento; e sua prática reflete na visão de mundo expressado nos documentos
orientadores por meio das formas efetivas de ação dos agentes educacionais, e, dos
valores, normas, hábitos, atitudes que governam as relações nas salas de aula.
Nesse sentido, o currículo é o mediador entre escola e comunidade, e ao realizar
essa mediação, o currículo possibilita a construção da ação pedagógica através da
articulação entre os conhecimentos construídos na prática social e transmitidos,
organizados e transformados na pratica escolar, por isso, o currículo também precisa
estar em consonância com o Projeto Político-Pedagógico da instituição.
Em contrapartida tem-se que a perfeita observação de todos esses elementos
direciona à verdadeira práxis do currículo, ou seja, a articulação entre a teoria e a
prática curriculares em sala de aula. Construir o currículo na sala de aula requer
profissionalismo e competência por parte dos professores quanto à utilização de uma
importante ferramenta pedagógica: a vivência sociocultural das crianças.
Além do Currículo explícito na prática escolar, existe também o Currículo oculto
o qual não é tão aparente aos nossos olhos, porém pode ser muito significativo na vida
escolar e na percepção do aluno. Um exemplo da presença do currículo oculto nas
salas de aula é a própria forma de organização da classe. Geralmente as carteiras são
dispostas em filas indianas em que cada aluno tem sua atenção voltada sempre para
frente com o fim único de interromper toda e qualquer forma de comunicação com os
outros alunos. Esse exemplo é reflexo de uma grande relação de poder em que o
professor ocupa a posição central da sala e é detentor do conhecimento produzido e
acabado. Os alunos são considerados como sujeitos pacientes desse tipo de
organização educacional e, no geral, são simples reprodutores do conhecimento
recebido.
Para a perspectiva crítica, o que se aprende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações que permitem que crianças e jovens se ajustem da forma mais conveniente às estruturas e às pautas de funcionamento, consideradas injustas e antidemocráticas e, portanto, indesejáveis, da sociedade capitalista. Entre outras coisas o currículo oculto ensina, em geral, o conformismo [...] Numa perspectiva mais ampla, aprendem-se através do currículo oculto, atitudes e valores próprios de outras esferas sociais, como, por exemplo, àqueles ligados
114
à nacionalidade (SILVA, 2005, p. 29).
Assim, o currículo oculto transforma a escola em um espaço de transmissão da
doutrina capitalista, a qual, segundo SILVA (2005) produz e legitima os interesses
econômicos e políticos das elites empresariais. O que ocorre é que a escola, de modo
particular a sala de aula, passa a ser um local exclusivo do reprodutivismo dos valores,
das atitudes e dos comportamentos da classe privilegiada. Estes elementos acabam
sendo impostos nos currículos escolares, mas não são parte integrante da vida e do
cotidiano de muitas crianças, as quais são preparadas para a absorção de uma cultura
que não as satisfaz e que, portanto, nada tem a contribuir em sua formação.
Contudo, o currículo oculto reproduz, através da cultura escolar, as estruturas
sociais e a ideologia dominante do capitalismo. Com isso, o currículo oculto interfere na
subjetividade dos alunos, os quais passam a ser inibidos e impedidos de manifestarem-
se quanto à própria atuação no mundo. Vale ressaltar que o currículo escolar precisa
ser analisado e elaborado com muita atenção e reflexão, pois os currículos em nossas
escolas atendem a massificação do ensino, ou seja, não se planeja para cada aluno,
mas sim para muitos alunos, numa hierarquia de séries.
Numa proposta de Projeto de aprendizagem é preciso rever essa organização
curricular, pois, a proposta é trabalhar projetos com grupos de alunos que tenham
interesses comuns, partindo deles a escolha dos temas de estudo. Daí a ideia de
disciplina aos poucos vai se tornando interdisciplinar, e o professor poderá organizar
para que, alguns temas sejam trabalhados em todos os grupos, explorando a
criatividade e os diferentes pontos de vista. Nessa perspectiva, a ideia da
aprendizagem de determinados conteúdos por séries, deixa de ter sentido, pois nessa
dimensão nos apoiamos nas ideias de Piaget, onde a aprendizagem parte daquilo que
o aluno já sabe, ou seja, das suas certezas provisórias em busca das respostas às
suas dúvidas, e essas respostas poderão abranger diferentes séries e disciplinas,
enriquecendo a grade de conteúdos.
Dessa forma, a construção e reconstrução do currículo devem ser a todo
instante refletidos e como tais eles não seguem uma direção única, mas de acordo com
cada contexto as reflexões serão diferentes. Nesta perspectiva, o Projeto Político-
Pedagógico e a prática pedagógica devem estar diretamente relacionados ao currículo
e ao local em que estes se concretizarão.
115
4.10 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA
O Currículo Escolar proposto pelo artigo 26 da lei 9394/96 está estruturado em
disciplinas ou componentes curriculares, segundo uma lógica conservadora que induz
à transmissão de um conteúdo fragmentado ao aluno.
Entende-se que devemos romper com essa lógica conservadora, trabalhando o
currículo de forma integrada e interdisciplinar, a fim de reduzir o isolamento e a
fragmentação. Nesse sentido compete aos professores discutirem os fatores que
condicionam a seleção e a organização dos conteúdos curriculares.
A nova LDB, Lei 9394/96, no seu artigo 12, inciso I estabelece, que os
estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de
ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica, baseada
em sua grade curricular.
Para isso, faz-se necessário que a escola, ao tomar para si o objetivo de formar
cidadãos capazes de atuar com competência e dignidade na sociedade, realize junto
com sua equipe pedagógica e equipe docente atividades sistemáticas, cuidadosamente
planejadas, em torno das quais o conteúdo e a forma articulem-se inevitavelmente,
onde o professor e o aluno compartilhem parcelas cada vez maiores de significados
com relação aos conteúdos do currículo escolar, ou seja, o professor guia suas ações
para que o aluno participe de tarefas e atividades que o façam se aproximar cada vez
dos conteúdos que a escola tem para ensinar.
A metodologia de ensino é compreendida como um instrumento eficiente e
eficaz para organizar as atividades de sala de aula com experiências
significativas.Dentro dessa visão, o professor, nessa perspectiva, deve estabelecer
uma nova relação com quem está aprendendo, passar do papel de “salista” ao de
“acompanhante”, formando não mais alguém que transmite conhecimento, mas aquele
que ajuda seus alunos a encontrar,organizar e gerir o saber, guiando, porém não
modelando os espíritos e demonstrando grande firmeza quanto aos valores
fundamentais que devem orientar toda a vida.
O trabalho pedagógico do professor consiste em averiguar o que o aluno já sabe
e como raciocina, com a finalidade de formular a pergunta precisa, no momento exato,
de modo que possa construir seu próprio conhecimento. Visando essa reflexão, o papel
do professor é promover a interação aluno/objeto de conhecimento, assim como o seu
compromisso com a formação do cidadão.
116
O aluno esta construindo o conhecimento, mas o professor trabalha como
mediador dessa construção. Essa mediação não funciona com autoritarismo, com
imposição de conhecimento, porém, como um catalisador químico que, presente numa
relação, facilita ou acelera e até mesmo possibilita essa reação. Como mediador o
professor não se perde no processo, mas acelera e até possibilita a aprendizagem,
respeitando a natureza do sujeito e do objeto e, principalmente, do processo de
construção do conhecimento. Partindo principio que o aluno é quem constrói o
conhecimento em interação com o meio, o professor intervém, dispondo o ambiente
com seus materiais e instaurando um clima democrático de autonomia e reciprocidade.
4.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE
JORNADA – AETE
O Programa de Atividades Complementares Curriculares visa à expansão de
atividades pedagógicas realizadas na escola como complementação curricular,
vinculadas ao Projeto Político Pedagógico, a fim, de atender às especificidades da
formação do aluno e de sua realidade. Tem como, a expansão gradativa da jornada
escolar e da Educação em Tempo Integral para a Educação Básica Estadual do
Paraná.
Este Programa deve ser concebido como um projeto educativo, integrado, coma
ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas, visando maior abrangência
do sistema educacional através do contato com os equipamentos sociais e culturais
existentes na escola em que está situada. Assim, este Programa estará contribuindo
para uma cidade educadora visualizando e ampliando as possibilidades educativas fora
do espaço escolar, ou seja, espaços externos poderão ser usados em parcerias com
órgão se entidades locais, sempre de acordo com o Projeto Político Pedagógico da
escola.
O Programa de Atividades Complementares Curriculares funcionará em contra
turno, na nossa instituição é ofertado à modalidade de voleibol e atenderá os anseios
da comunidade visando obter resultados para o aluno escola e comunidade. O
Programa será organizado por área de conhecimento articuladas aos componentes
curriculares nos seguintes macrocampos: aprofundamento da aprendizagem; as aulas
especializadas em treinamento esportivo constitui-se, de atividades integradas ao
Currículo Escolar, que oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do
117
aluno. O atendimento do programa é para alunos que se encontram em situação de
vulnerabilidade social, bem como para as necessidades sócio educacionais,
considerando o contexto social descrito no Projeto Político Pedagógico da Escola e o
baixo IDEB.
A oferta das Atividades Complementares Curriculares em contra turno, foi
regulamentada na e na Instrução n.º 007/2012- Seed/Sued, e deve estar
contemplada nos projetos políticos-pedagógicos, garantindo desta forma a
continuidade das atividades. Para tanto, é necessário que a escola estabeleça critérios
de avaliação das atividades complementares ofertadas, observando os benefícios para
a comunidade escolar.
As Atividades Complementares Curriculares em contra turno estão organizadas
nas áreas do conhecimento, articuladas aos componentes curriculares, nos seguintes
Macrocampos: Aprofundamento da Aprendizagem, Experimentação e Iniciação
Científica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer, Tecnologias da Informação, da
Comunicação e uso de Mídias, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Promoção da
Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.
Por meio desse programa, cada escola pode propor uma atividade de ampliação
de jornada por modalidade de ensino, cujo objetivo é: promover a melhoria da
qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades
educativas em contra turno, na escola ou no território em que ela está situada, a fim de
atender às necessidades sócio educacionais dos alunos; ofertar atividades
complementares ao currículo escolar vinculadas ao Projeto Político Pedagógico da
Escola, respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade;
Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,
democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
4.12 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
Uma equipe multidisciplinar pode ser definida como: “um grupo de indivíduos
com contributos distintos, com uma metodologia compartilhada frente a um objetivo
comum, cada membro da equipe assume claramente as suas próprias funções, assim
como os interesses comuns do coletivo, e todos os membros compartilham as suas
responsabilidades e seus resultados” (ZURRO, FERREROX e BAS,1991, p. 29).
118
Quando fala-se em equipe multidisciplinar não pode-se deixar de falar em
interdisciplinaridade. Segundo Severino (1989) a interdisciplinaridade implica no plano
prático operacional em que se estabelece mecanismos e estratégias de efetivação de
um diálogo solidário no trabalho científico, tanto na prática da pesquisa no ensino.
A interdisciplinaridade é fundamentada num regime de cooperação,
possibilitando o diálogo entre as diversas áreas, o que leva a uma interação, condição
indispensável para a efetivação do trabalho em equipe. Uma equipe multidisciplinar de
apoio a educação, visa, inicialmente, encaminhar os alunos com dificuldade de
aprendizado, transtorno de déficit de atenção, hiperatividade, dificuldades
socioeconômicas que, atrasam e dificultam não somente o aprendizado, mas, na
maioria das vezes, inviabilizam o trabalho em sala de aula do professor que, em razão
do total desconhecimento de como agir, eis que, sua missão é transmitir
conhecimentos, educar, sente-se frustrado, angustiado e, sedento de ajuda.
A Equipe multidisciplinar de Educação criada é atualmente composta por um
Pedagogo, um Agente Educacional, um Representante das Instâncias Colegiadas, um
Professor/a da área de Humanas, um Professor/a da área de Exatas e um Professor/a
da área de Biológicas, e, bem como aponta os profissionais necessários ao aluno,
visando assegurar seu aprendizado, elevara autoestima, evitando a evasão escolar e
condutas antissociais. Os mesmos se reúnem a cada quinze dias, nas escolas e em
turno contrário com o objetivo de planejar as atividades a serem trabalhadas em sala
de aula e na escola com a comunidade escolar; também utiliza-se espaços públicos
para gincana e apresentações dos alunos com tema referente ao assunto, tais como:
dança, teatro, poemas, músicas, paródias, etc.
4.13 PLANO DE CURSO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
Educação Profissional, em nível médio, será desenvolvida de forma integrada
ou subsequente ao Ensino Médio e Educação Profissional Integrada à Educação de
Jovens e Adultos, visando à formação humana para apreensão dos conhecimentos
sócio históricos, científicos e tecnológicos.
§ 1º - Serão observados os seguintes princípios:
a – articulação com a Educação Básica; b – o trabalho como princípio educativo; c – integração com o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia; d – estímulo à educação permanente e contínua.
119
A Educação Profissional deverá garantir ao aluno uma sólida formação
científico-tecnológica, indispensável ao exercício da cidadania, à efetiva participação
nos processos sociais e produtivos e à continuidade dos estudos
4.14 INTRODUÇAO GERAL DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Nos últimos tempos, as mudanças e a evolução da humanidade têm
impressionado a todos quanto à velocidade e as exigências que os novos tempos
imprimem. A educação institucionalizada e principalmente a escola preocupada com os
problemas que afetam a humanidade, pode através do conhecimento científico mudar a
realidade. É necessário conscientizar-se das novas exigências para o processo de
ensino e aprendizagem. As diretrizes curriculares norteiam a atividade educativa. A
legislação atual da educação, Lei 9394/96 garante o acesso, a permanência, o padrão
mínimo de qualidade de ensino e o estabelecimento da proposta curricular a ser
trabalhada para o desenvolvimento do aluno.
A Proposta Pedagógica Curricular visa atender a diversidade escolar
oportunizando a todos a aquisição de saberes científicos, e a preparação para o
exercício da cidadania. Fundamenta a organização do trabalho pedagógico e o
desenvolvimento das atividades educacionais onde os conteúdos disciplinares devem
ser tratados, de modo contextualizado, estabelecendo-se relações entre eles, para
contribuir na compreensão e a crítica das contradições sociais, políticas e econômicas
do mundo contemporâneo. E educação, enquanto processo social deve propiciar aos
alunos, jovens e adultos oriundos de classes trabalhadoras, urbana e rural a
oportunidade de analisar a realidade de diferentes campos de conhecimento, expressar
suas opiniões, exercitar a liberdade de decisão em suas ações individuais e a condição
de participação em ações coletivas.
Não há como pensar em construção da cidadania, a qual se traduz em
consciência real dos direitos e deveres como forma de garantir a autonomia pessoal, se
não houver inclusão social. A mesma não limita à inserção física das pessoas com
necessidades educacionais especiais. Em sentido amplo, a inclusão é o processo que
garante a efetivação dos direitos individuais e coletivos. É a plena integração dos
sujeitos no ambiente social em todos os aspectos e dimensões: econômico, político,
educacional, cultural e outros, para compartilhar saberes, de reconheceras diferenças e
promover a aprendizagem e apropriação do conhecimento científico.
120
É imprescindível a formação humana baseada nos princípios morais, éticos,
sociais e filosóficos que favoreçam o debate, a reflexão e a promoção da vida. Essa
compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural e a pluralidade das
identidades que caracterizam os grupos e a sociedade que compõem a comunidade
escolar.Essa pluralidade deve garantir uma interação harmoniosa na convivência das
pessoas favorecendo a inclusão e a participação de todos. Mas, só há inclusão real e
construção da cidadania na efetivação dos direitos individuais e coletivos e a
consciência do cumprimento dos deveres.
A prática educativa frente aos Desafios Educacionais Contemporâneos em todas
as disciplinas contempla análise, reflexão, discussão e problematização acerca das
questões da Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação Fiscal,
Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, e os
temas da Diversidade quais sejam Gênero e Diversidade Sexual, História da Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena e Educação do Campo.
4.14.1 Justificativa
A reestruturação Curricular do Curso Técnico em Administração visa o
aperfeiçoamento na concepção de uma formação técnica que articule trabalho, cultura,
ciência e tecnologia como princípios que sintetizem todo o processo formativo. O plano
ora apresentado teve como eixo orientador a perspectiva de uma formação profissional
como constituinte da integralidade do processo educativo. Assim, os componentes
curriculares integram-se e articulam-se garantindo que os saberes científicos e
tecnológicos sejam à base da formação técnica. Por outro lado, as ciências humanas e
sociais permitirão que o técnico em formação se compreenda como sujeito histórico
que produz sua existência pela interação consciente com a realidade construindo
valores, conhecimentos e cultura. O Curso Técnico em Administração vem ao encontro
da necessidade da formação do Técnico numa perspectiva de totalidade e constitui-se
numa atividade com crescente exigência de qualificação. A organização dos
conhecimentos, no Curso Técnico em Administração, enfatiza o resgate da formação
humana onde o aluno, como sujeito histórico, produz sua existência pelo enfrentamento
consciente da realidade dada, produzindo valores de uso, conhecimentos e cultura por
sua ação criativa.
121
OBJETIVOS: a) Oferecer um processo formativo que assegure a integração
entre a formação geral e a de caráter profissional de forma a permitir tanto a
continuidade nos estudos como a inserção no mundo do trabalho; b) Organizar
experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos críticos e conscientes,
capazes de intervir de maneira responsável na sociedade em que vivem; c) Articular
conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e sociais estabelecendo
uma abordagem integrada das experiências educativas; d) Oferecer um conjunto de
experiências teóricas e práticas na área com a finalidade de consolidar o “saber fazer”;
e) Destacar em todo o processo educativo a importância da preservação dos recursos
e do equilíbrio ambiental; f) Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o
desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e execução de
trabalho na área de administração; g) Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos,
capazes de participar e promover transformação no seu campo de trabalho, na sua
comunidade e na sociedade na qual está inserido.
4.15 LEGISLAÇÃO ARTICULADA AO CURRÍCULO
Legislação vigente que deve estar articulada ao currículo escolar nas etapas e
modalidades de ensino da Educação Básica. Legislação Federal Súmula Lei Federal nº
2.848/1940, artigo 168. Apropriar-se de coisa alheia móvel, de quem tem posse ou a
detenção. Constituição da República Federativa do Brasil 1988 Artigo 5º- X e XXVIII
(direito de imagem). Lei Federal n° 8.096/1990 Estatuto da Criança e do Adolescente.
Lei Federal n° 9.394/96 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Federal nº
10.436/2002 Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, esta é reconhecida
como meio legal de comunicação e expressão; os sistemas educacionais devem
garantir sua inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de
Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior. Lei Federal nº
10.639/2003 Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras
providências. Lei Federal nº 10.741/2003 Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras
providências.
A prática educativa frente aos Desafios Educacionais Contemporâneos em todas
as disciplinas contempla analise, reflexão, discussão e problematização acerca das
122
questões da Educação Ambiental na Atualidade, Enfrentamento à Violência na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, e os temas da Diversidade
quais sejam Educação das Relações Étnico-Raciais, de Gênero, Cultura Afrobrasileira
e Africana, Saúde e Prevenção nas Escolas e Sexualidade. A temática Educação do
Campo também será abordada
O estudo dessas temáticas visa atender a diversidade escolar oportunizando a
todos a aquisição de saberes científicos e a preparação para o exercício da cidadania.
Fundamenta a organização do trabalho pedagógico e o desenvolvimento das
atividades educacionais onde os conteúdos disciplinares devem ser tratados, de modo
contextualizado, estabelecendo-se relações entre eles, para contribuir na compreensão
e a crítica das contradições sociais, políticas e econômicas do mundo contemporâneo.
A educação, enquanto processo social deve propiciar aos alunos, jovens e
adultos oriundos de classes trabalhadoras, urbana e rural a oportunidade de analisar a
realidade de diferentes campos de conhecimento, expressar suas opiniões, exercitar a
liberdade de decisão em suas ações individuais e a condição de participação em ações
coletivas.
É imprescindível a formação humana baseada nos princípios morais, éticos,
sociais e filosóficos que favoreçam o debate, a reflexão e a promoção da vida. Essa
compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural e a pluralidade das
identidades que caracterizam os grupos e a sociedade que compõem a comunidade
escolar.
As temáticas serão trabalhadas nas diferentes áreas do conhecimento
articulados devidamente aos conteúdos de cada disciplina. Nesta perspectiva, os
“desafios educacionais e os temas da diversidade” no currículo devem pressupor ser
parte desta totalidade. Portanto eles não podem se impor à disciplina numa relação
artificial e arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu
contexto e não ao contrario transversalizando-o ou secundarizando- o (SEED/PR,
2003).
4.15.1 Cidadania e Direitos Humanos
Sabemos que a função social da escola pública é formar pessoas com
condições de compreender e atuar na sociedade, por isso a demanda de Educação
em/para os direitos humanos se faz necessária nas nossas escolas. É oportuno dizer
123
que a utilização da expressão “em/para” visa remeter ao trabalho não somente teórico,
mas também, e principalmente, à prática dos direitos humanos no dia-a-dia da escola e
da sociedade.
Compreendemos então, que, os direitos do cidadão é uma prática efetiva, fruto
de conscientização política e educacional do individuo, que dotado de direitos, deveres,
pode coletivamente promover a justiça, a igualdade e a liberdade (Filosofia do direito),
portanto, Direitos Humanos apresenta-se como direitos fundamentais que todos devem
usufruir sem nenhuma discriminação étnica, social, sexual, econômica, jurídica,
política, ideológica, de nacionalidade, cor, faixa etária, profissão, condição de saúde
física e mental, religião, nível de instrução e julgamento moral, que tem como eixo
principal o reconhecimento do direito a vida, sem o qual todos os demais direitos
perdem o sentido. Eles são condições indispensáveis para se alcançar uma
convivência em que todos sejam respeitados indistintamente. Assim:
A educação para o respeito aos direitos humanos deveria ser o conteúdo mais básico, essencial, fundamental e inicial de qualquer processo educativo, afinal de contas, respeitar (o)a outro(a) pela simples condição de ser uma pessoa igual a mim (humana), deveria ser a primeira e mais importante das aprendizagens da vida de qualquer pessoa” (Volpi, 1998).
Portanto, a formação desta cultura significa criar, influenciar, compartilhar e
consolidar mentalidades, costumes, atitudes, hábitos e comportamentos que decorrem
dos valores que devem ser transformados em práticas pedagógicas na escola, através
dos conhecimentos teóricos e práticos na valorização do ser humano como pessoa
dotada de inteligência que propicia o desenvolvimento de suas potencialidades.
Dessa maneira não se trata somente de uma questão didática e pedagógica,
mas é muito mais amplo em sua complexidade, uma vez que envolve questões
culturais e históricas, marcadas por poderes arbitrários.
Quando se trata de direitos humanos trata-se também de educação para a
cidadania com a formação de cidadão participativo e solidário, consciente de seus
deveres e direitos. É um processo extremamente complexo e difícil, que pode se
concretizar a longo prazo, visto que os resultados podem se estender ao longo da vida
dos educandos.
4.15.2 Educação Ambiental (Lei 9.795/99)
A crise ambiental é marcada pela degradação socioambiental e fruto da
fragilidade dos valores que orientam a relação que se estabelece entre o ser humano e
124
a natureza. Esta relação se intensifica ao longo do tempo de forma mais acentuada,
resultando na miséria, no consumismo e na exclusão social e econômica. Esta
deterioração gera crises que interferem no conhecimento.
Nesse contexto, a educação é vista como um processo de desenvolvimento
humano, responsável pela mudança de mentalidade a fim de compreender melhor a
educação ambiental, através de um trabalho efetivo por meio do conhecimento
sistematizado, pela formação de um sujeito histórico capaz de pensar e agir na
transformação social.
O enfoque pedagógico da Educação Ambiental deve ser abordado a partir da
realidade escolar com debates, articulações políticas e econômicas presentes nos
contextos locais, regionais, mundiais e suas consequências. A temática abordada deve
estar amparada na regulamentação que orienta o trabalho na legislação aplicada ao
Meio Ambiente, tanto no âmbito rural como urbano com vista ao desenvolvimento
humano e mudança nas estruturas políticas e sociais.
4.15.3 Educação Fiscal
A inserção da temática Educação Fiscal tem como objetivo estimular a mudança
de valores, crenças e culturas do indivíduo, na perspectiva da formação de um ser
integral, como meio de propiciar o exercício da cidadania e a transformação social.
O processo de ensino e aprendizagem pode contribuir permanentemente para o
desenvolvimento e conscientização dos direitos e deveres no que se trata do valor
social do tributo e ao controle social do estado. A prática pedagógica deve voltar-se
para a organização, mobilização e estimulo à participação social quanto às situações
tributárias, às finanças e gastos públicos do governo federal, estadual e municipal,
como também as verbas que são designados para estes.
A partir desse enfoque, a educação fiscal representa um mecanismo de
transformação social, deve se nortear pelos princípios políticos estético e ético das
Diretrizes Curriculares Nacionais, pela legislação educacional vigente, respeitando as
diretrizes nacionais, estaduais e municipais e pela autonomia das instituições de
ensino.
É necessário que haja um processo de reflexão na promoção de ações que
motivem o educando cidadão a dar conta dos problemas que o cerca e desperte para
125
uma responsabilidade participativa efetiva e assumir o desafio de promover mudanças
para construir uma sociedade com novos valores.
Nesse sentido, os professores devem trabalhar com diferentes formas de
abordagem, nos conteúdos das disciplinas, contemplando reflexões acerca da função
socioeconômica dos tributos, possibilitando o conhecimento da administração pública,
bem como incentivando o acompanhamento pela sociedade, da aplicação dos recursos
públicos, criando assim, condições para uma relação democrática entre o Estado e o
cidadão.
4.15.4 Enfrentamento à Violência na Escola
A temática violência escolar, nos dias atuais, traz muitas indagações, pois, as
mudanças sociais, políticas, econômicas e demográficas influenciam para aumentar a
violência. Ao versar sobre violência afere que associa-se a desorganização da ordem,
a perda do sentido moral e ético, a perda da compreensão, causados pelo uso de
drogas, a exploração sexual, das ameaças, discussões e agressões morais e físicas. E
preciso compreender que a violência escolar acontece em tempos e espaços diferentes
como no decorrer do período escolar, dentro da sala de aula, nos ambientes internos,
na relação professor aluno.
Essa dimensão abrange a estrutura social, política econômica, cultural e familiar
que ocasiona uma desorganização e desestruturação onde surge a consequência que
recai na escola e na sociedade. A relação de poder e violência constituem-se pelas
relações entre os sujeitos da escola, inúmeros profissionais que atuam nela, como
ainda entre alunos, Arendt (1994, p.90), propõe uma concepção que procura superar o
senso comum de que poder é violência ou violência é poder e argumenta que em
verdade ela destrói o poder e que a cada diminuição no poder é um convite a violência,
esclarecendo que:
O poder só é efetivado enquanto a palavra e o ato não se divorciam, quando as palavras não são vazias e os atos não são brutais, quando as palavras não são empregadas para velar intenções, mas para revelar realidades, e os atos não são usados para violar e destruir, mas para criar relações de realidade.
Diante dessa constatação, a violência escolar não é um problema fácil de ser
resolvido, pelo fato de estar relacionada a uma situação histórica e de grande
complexidade. Estabelece-se, de um lado, pelas ações que visam o cumprimento das
leis e das normas determinadas pelos órgãos centrais e de outro pela dinâmica dos
126
grupos internos que permitem a troca de ideias, palavras e sentimentos, onde criam-se
laços de afetividade entre os professores, educandos e toda a comunidade escolar.
Dessa maneira, os estabelecimentos de ensino devem ser um espaço educativo
que além da transmissão dos conhecimentos técnicos e científicos também exercem
importante função de educar, isto significa, contribuir para o desenvolvimento integral
da personalidade do educando através da formação de hábitos e atitudes positivas que
permitem ao mesmo tempo sentirem-se mais estimulados e motivados desenvolvendo
um ambiente de amizade, bem estar e segurança.
Trabalhar em parceria com a Patrulha Escolar, Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar na prevenção e enfrentamento à
violência.
4.15.5 Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
A Prevenção ao Uso indevido de drogas tem como escopo refletir sobre o
consumo de drogas no contexto atual e as possíveis consequências geradas por elas
ao indivíduo e à sociedade.
Tratar a Prevenção ao Uso Indevido de Drogas deve buscar constantemente o
conhecimento científico que vai além das discussões do campo biológico e afetivo. As
abordagens feitas por meio de palestras de orientação e prevenção devem contemplar
informações sobre seus males e consequências estimulando a questão da qualidade
de vida, bem como orientações sobre comportamento e atitudes positivas e negativas.
Apoiar e orientar o dependente químico e a família para tratamento de acordo com as
possibilidades da escola, encaminhando para as instituições competentes.
Mostrar que ter uma ocupação, trabalho e atividade de lazer é importante na
recuperação e oferecer apoio pedagógico domiciliar. Além disso, a ética é um elemento
fundamental, pois o conjunto de atitudes e sentimentos inter-relacionados, partem do
respeito ao ser humano e natureza em sua forma mais ampla, passam pela vida
pessoal, familiar, profissional e culminando nos princípios morais para a convivência
social.
4.15.6 Temas da Diversidade- Gênero e Diversidade Sexual
Gênero é um conceito construindo historicamente com a função de análise das
relações sociais entre os seres humanos, refletir sobre as diferenças de gênero entre
127
os seres humanos, refletir sobre as diferença de gênero entre homens e mulheres.
Analisar como as desigualdades são produzidas e reproduzidas no cotidiano escolar
por meio da socialização é fundamental, pois, assim podem-se pensar uma educação
mais democrática, repensar conceitos e preconceitos que contribui com as relações de
dominação.
O Objetivo principal ao trabalhar gênero e diversidade sexual nas escolas é a
disseminação de práticas pedagógicas de enfrentamento ao preconceito e à
discriminação desencadeando ações que visem educar a sociedade para o respeito, a
valorização da diversidade e do ser humano. É preciso trabalhar na perspectiva de que
as pessoas não tenham os seus direitos negados por motivos que envolvam a
sexualidade e sua identidade sexual, mas que sejam respeitadas em sua orientação
sexual.
Portanto, precisa-se ficar atentos à formação continuada da comunidade
escolar, tendo em vista o conhecimento científico, a superação do senso comum e o
enfrentamento as diversas formas de violência.
4.15.7 História da Cultura Afro Brasileira Africana e Indígena (Lei 10.639/03; LEI
11.645/08)
Abrange-se, a esta proposta o trabalho com a Educação das Relações
Etnicorraciais e Afrodescendência, o cumprimento da Lei nº 10639/03 e a Lei nº
11645/08, que estabelece a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena. Visando a promoção do reconhecimento da identidade, da história e da
cultura da população negra paranaense, assegurando e afiançando a igualdade e
valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir
do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Considera-se assim a
diversidade cultural paranaense sob uma perspectiva de inclusão e igualdade social
proposta nas Diretrizes Curriculares da educação Básica Estadual.
A História da Cultura Afro Brasileira, e Africana e Indígena reflete questões
amplas e polêmicas, uma vez que envolve e abrange a educação e a cultura de povos
no sentido de fazer um resgate, uma imagem positiva do homem negro e indígena,
sem discriminação de cor, etnia e situação social. Ainda, de acordo com a Lei nº
10.639 de 09 de janeiro de 2003, tornou-se obrigatória a inclusão nos currículos do
128
Ensino Fundamental e Médio conteúdos relacionados à História da Cultura Afro
Brasileira e Africana, até então, inexistentes ou inadequadamente trabalhados.
É necessário e cogente que a escola como instituição educacional assuma o
compromisso de desenvolver um trabalho específico sobre o tema, com a finalidade de
resgatar, respeitar e valorizar a cultura do povo negro e indígena por intermédio do
conhecimento de sua religiosidade, hábitos, costumes, etc. A prática pedagógica
carece envolver o coletivo da escola. Com o auxilio dos professores, equipe
pedagógica, direção, funcionários e alunos, deve ser realizado um trabalho com
seriedade e responsabilidade em prol da valorização da vida.
Ao abordar a temática é importante e relevante, que os professores façam
abordagens positivas na perspectiva de contribuir para que os alunos pertencentes a
esses grupos mirem-se, bem como os demais, positivamente, quer pela valorização da
história de seu povo, da cultura de matriz africana, da contribuição para o país e para a
humanidade.
A educação das relações étnica raciais engloba a produção de conhecimentos,
assim como, de atitudes, posturas e valores que preparem os educandos para uma
vida em fraternidade e partilha, formando cidadãos conscientes e responsáveis a fim de
terem mais respeito e dignidade humana. A escola precisa investir numa interpretação
da realidade, que possibilite a construção de conhecimentos potencializadores, de
modelos de agricultura, de novas matrizes tecnológicas, da produção a economia e de
relações de trabalho e de vida que garantam a melhoria da qualidade de vida dos que
vivem e sobrevivem no e do campo, e daqueles que dele dependem, pois, não existem
espaços melhores ou piores, mas espaços diferentes que coexistem, e a educação
está presente em ambos, por isso, deve evidenciar a potencialidade e a capacidade de
cada um, considerando suas especificidades.
4.16 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A Avaliação Institucional é hoje um desafio para todas as instituições de ensino,
pois, possibilita analisar suas ações administrativas, técnicas e pedagógicas de
maneira crítica e participativa, permitindo perceber suas possibilidades e limitações,
bem como, apontar caminhos para a tomada de decisão em relação ao pensar e o agir
institucional, em busca de melhor qualidade de ensino.
129
Com isso, a escola manifesta à sociedade o que quer, no intuito de melhorar-se
e para isso se torna aberta, flexível, autocrítica, revelando-se uma instituição séria e
comprometida com seu processo de qualificação. A avaliação institucional é um
momento muito importante, pois, é nesta parada para reflexão que todos os
profissionais da instituição: professores, direção, pedagogos, alunos, pais, funcionários,
A.P.M.F., Grêmio Estudantil, Conselho Escolar e outros segmentos, tomam consciência
de tudo que está funcionando na instituição e de tudo que precisa ser melhorado, ou
seja, buscam replanejar, repensar, dar outro sentido ou significado nas suas ações.
Pretendendo, portanto, diagnosticar, planejar e agir.
4.17 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP
O conhecimento das atividades propostas e apresentadas no PPP deverá ser
feita durante todo o ano letivo, por toda a comunidade escolar. Pelo menos, durante o
ano letivo deverá ser feita uma análise dos resultados atingidos e retomadas de metas,
que será organizada pela Equipe Pedagógica com a participação dos docentes,
funcionários, APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil. A escola realiza o estudo
do PPP através da hora atividade onde o pedagógico dialoga com os professores, nas
reuniões pedagógicas e nas formações em ação e de fato utilizamos o PPP. Após
análise, elaborar novas propostas de trabalho, conforme as dificuldades e problemas
encontrados. O PPP deverá ser estudado e analisado pelo menos duas vezes durante
o ano letivo com toda comunidade escolar e o mesmo estará para consulta com livre
acesso no site da instituição.
Para a elaboração e construção do PPP, foi imprimido cópias que ficaram a
disposição dos professores para lerem, analisar e fazer os apontamentos necessários.
Após para o debate e discussão do mesmo para chegar a um consenso, foi usado
quatro aulas divididas entre a semana; em seguida a esse debate entre professores, foi
estipulado uma data para que os professores trabalhassem as duas últimas aulas em
sala de aula com os alunos e registrassem a opinião dos mesmos, também, e em
reunião com membros da APMF e Conselho Escolar houve estudo e debate; onde o
PPP foi construído de maneira democrática com a participação de toda a instituição.
130
Um mestre funciona como um catalisador, cuja simples presença estimula.
É o que o sol faz com as flores, dando-lhes Encorajando-as delicadamente.
O sol simplesmente cria o clima no qual elas podem desabrochar.
Um desejo interior surge dentro delas, as flores se abrem e começam a exalar a sua fragrância.
Exatamente como o trabalho do mestre...
Ele não pode entregara você aquilo que conhece, mas pode criar um certo campo de energia no qual suas pétalas podem se abrir, no qual as suas sementes são encorajadas, em que você pode criar coragem suficiente para dar o salto, no qual o milagre torna-se possível.
Osho
Realeza, 18 de abrilde2017.
Moacir Marchi Furtado
Diretor – Res. Nº. 741/ 2016
D.O.E. 04/03/2016
131
132
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1987. v.I.156 BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de história: conteúdos e conceitos básicos. In: KARNAL, Leandro. (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. BITTENCOURT, Circe. Identidade nacional e ensino de história do Brasil. In:KARNAL, Leandro. (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa: Publicações Europa- América, 1997. BRASIL. Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996. CERRI, Luis Fernando. A história e a elaboração de diretrizes curriculares para o ensino fundamental no Paraná – reflexões iniciais. Palestra proferida no I Seminário para o processo de elaboração das Diretrizes Curriculares de História. Faxinal do Céu - PR, 11 de maio de 2004. COUTINHO, José Maria. Por uma educação multicultural: uma alternativa de cidadania para o século XXI. In: Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 4, n. 13, p. 381-392, out./dez. 1996. FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaína (orgs.). Usos & abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getulio Vargas, 1996. FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino em história. São Paulo: Papirus, 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. Curitiba: 1990. DIRETRIZES CURRICULARES DOENSINO MÉDIO REFERENCIAL TEÓRICO APPLE, M. Ideologia e currículo. Trad. de Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho. São Paulo: Brasiliense, 1982. BAZZO, W. A. Ciência, tecnologia e sociedade e o contexto da educação tecnológica. 3. ed. rev. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2011.
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