espiritualismo ecumÊnico universal

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  • 7/22/2019 ESPIRITUALISMO ECUMNICO UNIVERSAL

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    ESPIRITUALISMO ECUMNICO UNIVERSALUma doutrina de vida

    EgoA personalidadehumana do espritoEste livro contm textos de palestras espirituaisrealizadas por incorporao pelo amigo espiritualJOAQUIM DE ARUANDA e organizados por FIRMINOJOS LEITE.e MRCIA LIZ CONTIERI LEITEOs ensinamentos deste livro seguem as bases da Doutrina EspiritualistaEcumnica Universal.Pgina 2 Ego A personalidade humana do espritoEgo A personalidade humana do esprito Pgina 3

    A verdade que salvaTodos os enviados de Deus ao planeta, de uma ou de outra forma,deixaram o ensinamento que somente a Verdade pode salvar o ser humano,ou seja, somente a compreenso e a vivncia de seus ensinamentos podemlevar o ser humanizado a retornar sua conscincia universal ainda durantea encarnao.Cristo afirmou que o cumprimento dos seus ensinamentos levaria oser a conseguir chegar ao reino dos cus (caminho, verdade e luz). Kardecmostra que a elevao espiritual ser alcanada com uma vida vivida deacordo com a atualizao dos ensinamentos de Cristo como a espiritualidadetransmitiu.Mohamed fala do incitamento que o Anjo Gabriel faz completa

    submisso ao Livro Sagrado (Alcoro). Mesmo o Buda Gautama, cujosensinamentos muitas vezes tem sido desvinculados de religiosidade, fala danecessidade da f no Deus Universal para a completa elevao.Se todos estes enviados provieram de uma Fonte comum, em qualdos ensinamentos est a verdade que poder nos salvar? No Deus cristo,na espiritualidade de Kardec, no Alcoro ou no "nirvana" de Buda?Quando afirmamos que o espiritualismo como uma carreirauniversitria composta de diversas "cadeiras", buscamos exatamente acompreenso desta Verdade. Existe uma nica Verdade Universal, que Deus, Pai Supremo e Criador do Universo. Esta Fonte Suprema a Verdadeque pode salvar o ser.Pgina 4 Ego A personalidade humana do espritoTodos os Seus enviados trouxeram trechos dos ensinamentos que,

    isoladamente, no conseguem atingir a Verdade Universal. Transformar oensinamento ou o seu porta-voz em objeto de adorao afasta o ser daVerdade Universal.Apenas compreendendo que cada um dos mestres no passa detransmissor de uma determinada "cincia" necessria para a formaoacadmica o ser conseguir alcanar a Deus, a nica Verdade que podesalvar.Muitos so os exemplos que podemos citar para comprovar o queestamos falando, mas um deles bastante representativo. Quando Cristo dizaos seus apstolos que preciso que ele v antes para reservar seus lugaresno reino do cu, questionado pelos apstolos que no sabiam comoalcan-lo depois de sua ida.Em resposta o Mestre afirma que "existem muitas moradas no reino

    de meu Pai", ou seja, existem muitas formas de se alcanar a Deus. Cada umdos mestres da humanidade com seus ensinamentos representa uma destasmoradas do Pai.

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    Entretanto, aquele que no conhecer todo o reino no conseguirsentir-se "em casa", pois desconhecer as demais moradas. Para se morarno palcio do Pai preciso conhecer todos os cmodos, ou seja, conhecertodos os ensinamentos enviados por Deus.Prender-se a um determinado transmissor como fonte nica davontade divina criar um dolo que ser servido e idolatrado. S este fato j

    quebra o primeiro e o segundo mandamento das leis de Deus transmitidas aMoiss.Os idlatras no so aqueles que utilizam imagens, mas sim todosaqueles que idolatram o transmissor dos ensinamentos e que nocompreendem que eles so apenas instrumentos do Pai.

    A religio que prega o isolamento e a superioridade sobre as demaisnega os prprios ensinamentos do mestre que lhes serve como doutrina.Nega a fonte da informao a quem todos eles se submeteram: Deus.Os mestres so caminhos, Deus o objetivo. No entanto, o que levacada religio a isolar-se das outras so apenas meros detalhes que, naverdade, no se tratam de diferenas profundas, mas frutos, na maioria dasvezes, da soberba do ser humano que quer possuir a Verdade Universal.

    Reencarnao ou vida nica, Al ou Jeov, santos orientais ouocidentais, vida fora da carne ou passividade at o julgamento final? Todasestas informaes esto contidas nos ensinamentos de todos os mestres,mesmo daqueles que a religio afirma que no falaram desta forma.Aqui devemos relembrar o ensinamento que Cristo nos deixou: "olhosde ver e ouvidos de ouvir". Partindo-se de uma premissa pr-elaborada, o serjamais conseguir enxergar de outra forma. necessrio que ele isente-se depr-conceitos para conseguir enxergar a Verdade Universal que estembutida em todos os ensinamentos.Existe uma nica Verdade Universal e esta foi explicitada por Cristo:"amar a Deus sobre todas as coisas e ao prximo como a si mesmo". Apesardos demais mestres no terem pronunciado esta frase, esta foi a motivaoque todos ensinaram como base para se alcanar a elevao espiritual.

    Esta a nica verdade que pode salvar. Todos os mestrestrouxeram ensinamentos para coloc-la em prtica e isto tambm umaVerdade Universal.Cristo e Mohamed falaram teoricamente sobre este amor ao Pai e aoprximo, Buda ensinou a tcnica para se colocar em prtica este amor navida material e Kardec ensinou o objetivo desta prtica. Assim, a VerdadeUniversal no poderia ser outra a no ser o "Amor Universal".Por este motivo, o espiritualismo tem que ser ecumnico. Esteespiritualismo no gera dolos para serem adorados, mas respeita a todos osenviados transmitindo a essncia dos seus ensinamentos com o objetivo dePgina 6 Ego A personalidade humana do espritoque cada um consiga alcanar o "Amor Universal", podendo, ento, amar aDeus acima de todas as coisas e ao prximo como a si mesmo.

    Ego A personalidade humana do esprito Pgina 7

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    Eg osmoBaseado em estudo de O Livro dos Espritos. Dentre os vcios, qu al o que se po de con siderar radic al? Temo-lo d ito muitas vezes: oegosmo. Daderiva to do mal. Estud ai todo s os vcios e vereis q ue no fund o de to dos hegosm o. Po r m ais qu e lh es d eis comb ate, no ch egareis a ext irp-los , enqu anto noatacard es o mal pela raiz, enq uant o no lh e hou verd es dest rudo a cau sa. Tendam , pois ,

    tod os os esfo ros para es se efeito , po rqu anto aque est a verd adeira ch agada so ciedade. Quem quis er, desde esta vida, ir ap roxim ando-se d a perfeio m oral,deve ex pu rgar o s eu c orao d e tod o sen tim ento de ego sm o, vis to ser o egosm oinc om patvel c om a just ia, o amor e a caridad e. Ele neutraliza to das as o utr asqual idades.O que um vcio? O que estar viciado em alguma coisa? Antes deentramos no aspecto do maior precisamos entender o que vcio.Vcio uma dependncia. Uma pessoa viciada algum dependentede alguma coisa.Este o primeiro aspecto que devemos ter em mente para o queestudaremos hoje. Buscaremos compreender a ao do egosmo como oEgo A personalidade humana do esprito elemento universal ao qual o ser humanizado se tornadependente, do qual depende para viver.

    O egosmo o vcio me do ser individualizado. a sua dependncia maior, aquilo que sem ele o esprito encarnado no vive e que,por isso, est sempre buscando realizar.Definindo egosmo, podemos afirmar que ele o querer para si em primeiro lugar.Ocorre quando o ser humanizado vive a partir do eu, quando pensa sempre em si, nas suasverdades, antes de qualquer coisa.Esta a dependncia maior de um esprito humanizado: pensar sempre em si antes doprximo. por isso que o Esprito da Verdade diz que o egosmo, ou individualismo, acabacom o amor e com a caridade. Isto ocorre porque a necessidade de levar vantagem, de serpremiado sempre, elimina quaisquer resqucios de espiritualidade no esprito encarnado.Ainda falaremos muito mais sobre este aspecto durante o dia de hoje,mas por agora preciso de que se compreenda que necessrio buscar-se o fim do vcio noeu para poder se elevar espiritualmente (viver a espiritualidade do ser).

    preciso que o ser humanizado perca o vcio do egosmo, da necessidade do atendimento ssuas vontades, ao seu desejo, s suas paixes. Precisa se libertar do condicionamento danecessidade de ser atendido sempre, para poder aproximar-se de Deus. isso que o Esprito da Verdade est ensinando. Se o ser humanizado permanecer preso noque querer, gosta, acha certo, no que acha que deveria estar acontecendo, no que imagina quedeveria ser justo acontecer, no alcanar nada com relao reforma ntima.Ele no consegue viver o espiritualismo e o universalismo, elementos resultantes da reformantima, porque est preso apenas no individualismo.Se o ser humanizado opta por sempre viver situaes que atendam nosmnimos detalhes os seus requisitos para ser feliz, comprova a sua Ego A personalidadehumana do esprito dependncia do egosmo, do seu eu material, do seu querer e esteselementos no so universais. Portanto, nada foi conseguido no sentido de integrar-se ao TodoUniversal.

    Este o primeiro aspecto de hoje: entender que o vcio capital esta dependncia e que todasas outras atitudes dos seres humanizados se originam no querer para si sempre.. Fundand o-se o egosmo no sentim ento do interesse p essoal, bem difcil pareceext irp-lo i nt eiram ent e do co rao hum ano .Chegar-se- a consegu i- lo? A m edida que os h om ens se instru em acerca das coi sasesp iri tu ais , menos val or do s coi sas materi ais . Depo is , neces srio qu e sereformem as in st i tuies h umanas qu e o entretm e excitam. Isso depend e daed ucao.Isso que o Esprito da Verdade falou neste trecho deveria ser realidade, mas no .A regra deveria ser que quanto mais o ser humanizado se instrusse a respeito das coisasespirituais, mais deveria se afastar do materialismo, mas infelizmente no isso que vemos.O que se constata que aqueles que aprendem sobre espiritualidade se prendem cada vezmais ao materialismo. Poderia dizer que a busca de viver a espiritualidade na Terra ainda

    fundamentada num espiritualismo materialista.

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    Isso porque os ensinamentos no reforam a espiritualidade do ser, mas so utilizados nosentido de proporcionar melhores condies para a vida humana.O espiritualismo ou qualquer outro ensinamento dos mestres usado pelos seres humanizadosno sentido de criar uma vida humana mais agradvel, mais aprazvel, de acordo com oindividualismo (desejos Ego A personalidade humana do esprito individuais) de cada um aoinvs de lev-lo a viver os acontecimentos deste mundo dentro da essncia espiritual que eles

    possuem. Ou seja, o espiritualismo praticado no planeta est viciado pelo individualismo.Para se vivenciar o espiritualismo na sua essncia necessrio que o individualismo sejaextirpado, ou seja, que os seus parmetros de certo ouerrado no prevaleam para criarobrigaes ao prximo. Sem que o ser humanizado se vena (suas paixes e desejos) no hespiritualismo. No mximo haveria um espiritualismo materialista.Desta forma, saiba que sempre que voc entrar em contato com qualquer coisa espiritual, aprimeira ao deste ensinamento deve ser atacaraquilo que voc acha que certo, bonito,limpo, porque estes so os frutos do seu individualismo, instrumentos do seu egosmo.Se o ensinamento no fizer isso o vcio do individualismo neutralizar a sua ao espiritual. por isso que muitas pessoas acham que no trago nenhuma notcia boa para as suasvidas. Se trouxesse apenas aquilo que voc quer ouvir,estaria nutrindo o seu materialismo eno ensinando o espiritualismo.Eu sempre digo aos outros: compreenda que a sua vida uma droga.

    No uso este adjetivo no sentido de ruim, mas afirmo que viver a vida ser viciado. Viver avida material por ela mesmo usar material que vicia, porque ela fundamentada no egosmo,no individualismo, no eu.Quer um exemplo? Os que vivem a vida material, ou seja, baseiam se nos conceitosmaterialista, criticam o viciado em cocana, cigarro, bebida, carne ou qualquer elementomaterial considerado no-certo. No entanto, no compreendem que agindo desta forma estomostrando que so viciados em egosmo, ou seja, em quererem dizer o que deve ser feito pelooutro.Quem quer viver a vida, ou seja, reformar atitudes humanas, no compreende que a vivnciada vida , por essncia, um ato individualista, por que sempre comea pela constatao daexistncia do eu, da minha vida.. Po r ser in eren te espcie h um ana, o egosm o no co ns tit ui r sem pr e um ob stcu lo aore inado d o bem absoluto na Terra?

    exato qu e no egosm o tend es o vo ss o m aior mal , po rm ele se p rend e inf eriori dad edo s Es prito s en carn ados na Terra e no Hum anid ade mesma. Ora, depu rand o-se p orencarn aes su cess ivas , os Esprito s s e desp ojam do egosm o, como de s uas o utr asimpu rezas. No exi sti r na Terra n enh um homem i sent o d e egosm o e p ratic ante d acaridade? H mu ito mais homens assim do que su pon des. Apenas, no os con heceis,po rqu e a vir tud e foge viv a clarid ade do d ia. Desde que haj a um, po r qu e no hav erdez? Hav endo dez, po r qu e no h aver mi l e ass im po r di ante?O que ser que quer dizer o Esprito da Verdade quando afirma que o egosmo se prende inferioridade dos espritos encarnados na Terra? Que o egosmo se prende ao seu nvel deelevao destes espritos.Portanto, o egosmo que hoje voc vivencia resultante do seu nvel de elevao e no umamaldade enraizada em seu corao. Ou seja, o egosmo que fundamenta as compreensesque voc tem durante a encarnao o objeto de sua provao, um dos seus carmas que

    precisa servencido.A partir da a compreenso do nosso ensinamento se altera fundamentalmente. Muitosacreditam que quando falamos que o ser humanizado egosta estamos afirmando que ele mal, errado, mas isso no verdade.Temos a plena conscincia que natural que voc vivencie hoje o egosmo quando interpretaos acontecimentos da vida carnal, porque ele faz parte do seu atual nvel de elevao. Noestamos aqui para criticar ningum, mas para alertar sobre a ao contrria do individualismonas suas pretenses de elevao espiritual e, por conseguinte, da necessidade delibertar-se deste padro vibratrio para que voc mude de patamar de elevao.Constatamos o seu egosmo apenas para poder afirmar que necessrio que se liberte dovcio de ser sempre atendido e no para acusar.Este um padro de todos aqueles que realmente se interessam emaproxim-los de Deus: constatar, propor alternativas, mas nunca acusar nem

    cobrar aceitao ou cumprimento das diretrizes propostas.Isto muito diferente dos espiritualistas materialistas, ou seja,

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    daqueles que utilizam o ensinamento para atender a pr-requisitos seus.Eles compreendem o ensinamento dos mestres e descobrem um erro seu, lhe acusam de ser errado, pecador, de no prestar.No isso que estamos querendo dizer quando apontamos o egosmo com o qual vive hoje.Sempre que constatamos uma caracterstica do ser humanizado, como hoje estamos fazendocom o egosmo, compreendemos que ela um fundamento do ser humanizado porque faz

    parte do nvel de elevao do esprito. Jamais afirmamos que um seruniversal, um filho de Deus ruim, mal ou errado.Alis, como j afirmamos anteriormente em diversas oportunidades,sabemos que o esprito sempre luz, puro por natureza e jamais perder nasua essncia esta pureza. Ele est viciado em egosmo, est egosta,como resultante do seu nvel de elevao espiritual, mas no nada disso.Todo seu individualismo uma poluio que surgiu com o advento, ou seja,com a ligao personalidade humana (ego) que est vivenciando paraprovar a si mesmo que capaz de superar o vcio do egosmo.Ento, no acusamos ningum: mostramos o caminho onde o egosmo pode ser superadopara que o ser humanizado tenha conscincia da sua ao e possa mudar a sua forma devivenciar a vida carnal. S isso.Declaramos expressamente que para ns no h mal, no h nadaerrado, mas que

    existem apenas espritos vivenciando a sua existncia, seja na matria ou fora dela, dentro doseu nvel de elevao espiritual.Esta tambm dever ser a sua atitude se quiser libertar-se nesta vida do egosmo que estvivenciando. Constatar que no existem seres humanizados maus, ruins ou errados, masque cada esprito possui valores dentro do seu grau de elevao espiritual.Se ao contrrio, continuar se prendendo aos seus padres como o certo, saiba que, mesmoque busque o caminho da espiritualidade, estar praticando o espiritualismo materialista,aquele que acusa os outros de pecador.916. Long e de d im in ui r, o eg osm o c res ce c om a c iv ili zao, que, at, parec e, o exci ta eman tm. Como po der a cau sa d estru ir o efeito ? Quant o m aior o mal, m aishedion do s e torna. Era preciso qu e o egosmo pro duziss e muito m al, para quecompreen svel se fizess e a nec essid ade de extirp-lo. Os hom ens, quan do s e hou veremdesp ojad o do egosm o q ue os dom ina, viv ero com o irmos , sem se fazerem mal

    algum, auxi l iando-se reciprocamente, impel idos pelo sent imento mtuo daso lid aried ade. En to, o fo rte s er o am par o e no o op ress or do frac o e no m ais serovis tos h om ens a qu em falt e o ind isp ensvel, por qu e todo s prati caro a lei da just ia.Esse o reinado d o b em q ue os Espritos esto in cumb idos de preparar.Repare bem no incio deste ensinamento do Esprito da Verdade para que possamos terconscincia da hipocrisia (dizer que est pensando no outro, mas est sempre pensando emsi) com que o ser humanizado vive:era preciso que o egosmo produzisse muito mal para que compreensvel sefizesse a necessidade de extirp-lo.Para falar dessa hipocrisia lhes pergunto: o que motivou as cruzadas,as chamadas guerras santas? Egosmo. O que motivou os senhores de terraem criar e sustentar a escravido? Egosmo.Os acontecimentos hediondos da histria da humanidade sempre foram causados para

    atenderem a interesses individuais de determinados seres humanizados, ou seja, viciados noegosmo destes. Mas por que Deus permitiu que isso acontecesse? Segundo o Esprito daVerdade para que voc e todos os outros espritos encarnados compreendessem o que oegosmo de cada um produz.Mas, no foram apenas esses os acontecimentos hediondos queocorreram na histria da humanidade. Na verdade eu utilizei exemplos muitodistantes no tempo da realidade. Por que fiz isso? Porque este livro do finaldo sculo XIX, ou seja, os acontecimentos hediondos a que se referiu oEsprito da Verdade eram esses.Depois da publicao deste livro, ou seja, depois da divulgao desteensinamento, j tivemos outros acontecimentos hediondos.Aconteceu a primeira e a segunda guerra mundial, a bomba atmica e mais recentementeos atos terroristas que podem ser considerados como acontecimentos

    hediondos fundamentados no egosmo de seres humanizados.Estes acontecimentos recentes certamente no estavam na cabea

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    de Kardec quando ele fez a pergunta ao Esprito da Verdade. No entanto, seestivessem, o ensinamento seria o mesmo: ocorreram para que os sereshumanizados compreendessem a que ponto pode levar a ao egostabaseada nas suas vontades individuais.Ego A personalidade humana do esprito Pgina 15Eu pergunto ento: o que voc, que j conhece este ensinamento, fez

    com relao a estes crimes hediondos? Agiu egoisticamente criticandoaquele que foi egosta. Mas voc no acha que ao agir assim foi egosta. Pelocontrrio, imagina que estava certo.A humanidade precisa compreender que a crtica, mesmo quedirigida ao egosta, ao do egosmo de quem critica. Nenhuma crtica podeser considerada sadia porque ela fundamente numa verdadeindividualista, num padro individual de verdade. Portanto, ao egosta.Como j estudamos fartamente, Deus cria os acontecimentos daTerra para que voc compreenda a essncia que causou tal ato e possa,assim, abrir mo da utilizao de tal essncia.Nenhuma guerra surge no planeta se no houver uma intenoegosta, se no houver um desejo individual. Portanto, as guerras existempara que voc aprenda onde o egosmo pode levar e abra mo de seus

    desejos prprios, mesmo que eles sejam considerados certos. Mesmo quevoc deseje a paz, abra mo desse desejo para no criticar o prximo, poisse o fizer, estar agindo igualzinho a ele: fazendo guerra a quem querguerrear.O primeiro passo para poder abrir mo do egosmo abrir mo dacrtica a quem age fora dos seus padres individuais de certo. Ame a todose a tudo acima de qualquer padro que voc tenha de certo ou errado. AlisCristo ensinou: se voc s cumprimenta quem lhe ama que vantagem tem?At os pagos fazem isso...Faa a paz com quem quer a guerra, pois s assim expressar overdadeiro amor. A crtica, por mais que embasada em boas intenes,jamais ser um ato de amor, pois ela se fundamenta no eu, no que cada umsabe, o que cerceia o direito do outro achar diferente.

    Mas, para que voc possa fazer a paz com quem quer a guerra preciso antes libertar-se do seu eu e da vontade de que este eu sesobreponha ao do prximo.

    E no me venham dizer que impossvel deixar de criticar Hitlerporque ele fez a guerra ou o presidente dos Estados Unidos poca porqueele autorizou o uso da bomba atmica, porque no so deles estas aes.Como o Esprito da Verdade acabou de nos dizer, o egosmo precisa gerarum crime hediondo para ver se a humanidade cai na real e deixa de seregosta, de querer s para si, de querer levar vantagem em tudo na vida. Porisso, se no fossem estes seres humanos que voc acusa teriam que seroutros, pois a guerra existiu e continuar existindo porque os sereshumanizados ainda agem egoisticamente no seu dia a dia.

    Ns estudamos anteriormente em O Livro dos Espritos que ajustia consiste em respeitar o direito do outro (pergunta 875). Portanto, sevoc no quer que haja guerra, para ser realmente justo, precisa respeitar odireito do outro que quer fazer a guerra e no critic-lo ou acus-lo por isso.Mas no, voc acredita que precisa atacar quem quer guerrear parapoder defender a paz para que a justia prevalea. Na verdade voc no estdefendendo a paz nem a justia, mas aquilo que voc considera como paz ejusto, ou seja, os seus padres individuais de paz e justia. Por isso faleiinicialmente em descobrir a nossa hipocrisia.Estou usando a guerra como um exemplo apenas para entendermos,mas leve isso para todas as coisas da vida. Voc diz que quer viver bem comtodos, mas para que isso acontea realmente tem que aprender a viver bemcom todos e no exigir que os outros se fundamentem em voc para que

    possa existir a boa convivncia.Ou seja, voc acredita que os outros precisem agir como voc agiriaem determinada situao para que esteja em paz com ele. Para mim isto tem

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    outro nome: opresso, totalitarismo.Veja como hipcrita a sua posio. Voc diz que critica o prximopor amor, por querer o melhor para ele ou at para que a justia acontea, mas na verdade a sua real inteno a total submisso do prximo ao seupadro de certo para satisfazer o seu egosmo.No, a crtica jamais ser fundamentada no amor ou na justia. Cada

    um tem o direito e a liberdade de agir e para que eu p ame verdadeiramentepreciso respeitar este direito. Mas poder conceder esta liberdade ao prximo, preciso que cada um se liberte do seu egosmo, do vcio de olharprimeiramente para si: o que acha certo, bonito ou o que quer. Aprenda: para o mundo espiritual no o ato em si que vale, mas ainteno com que cada um participa dos atos da existncia carnal. E ainteno com a qual os espritos participam dos atos humanizados hojedevido ao seu patamar de elevao espiritual fundamenta-se no eu, poisbusca atender quilo que cada um acha que deveria acontecer.Antes da resposta do Esprito da Verdade deixe-me fazer umpequeno comentrio. Preste bem ateno ao que vamos falar agora porquese o egosmo a determinante do seu nvel de elevao espiritual, aascenso s acontecer com a destruio dele. Portanto, o que falaremos

    agora fundamental para aquele que pretende aproveitar esta encarnao.S quando compreendemos profundamente a questo do egosmo eda retirada da hipocrisia que comentei anteriormente (dizer que faz por amore justia quando apenas quer a submisso) poderemos realmente realizar otrabalho da reforma ntima. Sem esta ao moralizadora verdadeira o espritose ilude durante a sua existncia carnal achando que est fazendo o certo. S depois do desencarne percebe a inteno egosta com a qual vivenciou osatos de sua vida, mas a j tarde para alcanar a reforma ntima.Costumo dizer que na luta contra o ego preciso mirar no general eno nos soldados. O supremo comandante do ego o egosmo que criavrios soldados (vaidade, ganncia, soberba) para combaterem o esprito.Este general, no entanto, est camuflado pelas prprias iluses de certo eerrado que o ego criou e por isso no localizado.

    Pgina 18 Ego A personalidade humana do espritoO esprito, ento, luta contra os soldados, mas no ataca ocomandante. O egosmo permite que o esprito faa isso e at que venaalguns de seus subordinados, para poder proteger-se no anonimato econtinuar agindo nos subterrneos da inteno dos seres sem ser percebido.Portanto neste trecho iremos mirar no general do seu ego (nos seuspadres de certo e errado) e no ficar atirando em soldadinhos que so pees nesta batalha. Iremos tratar o cancro que causa a ferida e no tratardos efeitos que ele provoca.Como a resposta de Fnelon grande e aborda diversos aspectos, a estudaremos em parte.De todas as im per feies h um anas , o egosm o a mais d ifci l de d esen raizar -se po rq uederiv a da inf lunc ia da m atria, influnc ia de qu e o h om em, aind a mu ito prximo de su aorigem , no po de libertar-se e para cujo entretenim ento tu do c onc orre: su as leis,

    su a o rg an izao so ci al, su a ed uc ao.O egosmo decorre da materialidade, nos ensina o amigo espiritual.J estudamos anteriormente o tema materialidade e definimos queela no se consiste emestar ligado a uma massa carnal, mas acontece quando o ser universal encontra-se ligado aum ego humano. Portanto, o egosmo surge e natural no esprito quando ele est ligado a umego humano.Sendo assim, enquanto houver a ligao com o ego, a inteno que o ser humanizado terser sempre fundamentada no egosmo. No importa a que ato estejamos nos referindo,vivenci-lo subordinado aos padres ditados pelo ego ter a inteno baseada no egosmo.Seja na aplicao das leis humanas, seja nos padres organizacionais de uma sociedade, sejana orientao do prximo sobre o que certo (educar), enquanto o ser universal estiverhumanizado (submisso aos padres ditados pelo ego) o egosmo ocorrer. No importa quevoc ache que esteja certo ou at que a grande maioria concorde com voc, se aplicar o

    que voc acha que deveria estar acontecendo para julgar a atitude do prximo ocorreu umegosmo e no uma justia ou um amor.

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    Mas voc no v assim. Acredita que o acatamento s leis humanas deve ocorrer, que ospadres organizacionais de uma sociedade precisam ser respeitados, que voc deve educaros outros para eles ajam de forma certa. Mas quem disse isso?As leis humanas so temporrias e individualizadas; as organizaessociais so extremamente diferenciadas de acordo com cada povo; o quevoc acha certo j se modificou milhares de vezes durante essa existncia.

    Ou seja, nada disso universal; e tudo no universal ilusrio, individual.As leis que voc acha certa so ilusrias, as organizaes sociais que voc imagina que todostem que se submeter so iluses, tudo que voc acredita como certo mudar quando libertar-se dos padres impostos pelo ego. Portanto, exigir agora o cumprimento destes padres aoprximo submeter-se ao ego o que, naturalmente, nos leva ao egosmo.Enfim, ter um padro, seja sobre que assunto for, de certo ouerrado, bonito ou feio, geraautomaticamente o egosmo. Porque o egosmo consiste na cobrana de que o prximo atendao seu padro. por isso que Buda chama os padres de paixes. Voc verdadeiramente apaixonado pelosseus padres de certo e errado e desta paixo surge, ento, o desejo do cumprimentodaquilo que voc acha certoe o desejo da no existncia daquilo que voc acha errado. Ouseja, o egosmo em ao.O egosm o se enfr aqu ecer pr op oro que a vi da m or al fo r pr edom in and o sob re a vid a

    material e, sob retudo, com a comp reenso, que o Espir i t ism o vo s faculta, do vos soestado fut uro , real e no d esfig urad o p or fices alegric as.Dois aspectos a analisarmos neste trecho. Primeiro: o egosmo acabacom a elevao moral.Se o egosmo contrrio elevao espiritual e se ele fundamentado no eu a elevaomoral, ento, o processo de reforma ntima se consiste em buscar o ns. A partir dapergunto: o que elevar-se moralmente?Certamente no tem nada a ver com no fazer aborto, com no matar, ou seja, no estvinculada padres humanos. A elevao moral ocorre apenas quando o ser humanizadoabandona o eu e vive o ns, no tendo importncia que atos ele pratique.O ns a que estamos nos referindo aquele que alcanado pelafuso perfeita de todos, ou seja, quando todos tiverem direitos iguais. Sendoassim, a elevao moral alcanada quando cada um tiver o direito de ser,

    estar e fazer o que quiser e voc no o julgue por isso.Segundo aspecto destacado por Fnelon: o espiritismo lhe ensina aRealidade. Para podermos entender isso vamos ver que Realidade oEspiritismo nos ensina.Em primeiro lugar o Espiritismo diz que voc um esprito.Encarnado, ligado a um ego, mas que no deixa de ser um esprito. Isso ficabem claro numa srie de perguntas que j estudamos.O que era a alma antes de encarnar? Esprito. O que voltar a ser a alma depois dedesencarna? Esprito. Estar alma, ou seja, encarnado, portanto, no acaba com nossaessncia Real (esprito), mas apenas destaca uma condio especial temporria de vivncia(estar ligado a um ego).Segunda Realidade que o Espiritismo ensina: h uma interao entremundo espiritual e material a tal ponto que nada acontece neste mundo sem

    a interseo dos espritos.Como esta Realidade criada pelo Espiritismo nem sempre aceitapelo ego humanizado, vou citar textualmente o comentrio de Kardec aosensinamentos do Esprito da Verdade.Imaginamos erradamente que aos Espritos s caiba manifestar suaao por fenmenos extraordinrios. Quisramos que nos viessem auxiliarpor meio de milagres e os figuramos sempre armados de uma varinhamgica. Por no ser assim que oculta nos parece a interveno que tmnas coisas deste mundo e muito natural o que se escuta com o concursodeles. Assim que, provocando, por exemplo, o encontro de duas pessoas,que suporo encontrar-se por acaso; inspirando a algum a idia de passarpor determinado lugar; chamando-lhe a ateno para certo ponto, se dissoresulta o que tenham em vista, eles obram de tal maneira que o homem,

    crente de que obedece a um impulso prprio, conserva sempre o seu livrearbtrio (pergunta 525 a).

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    Nas perguntas seguintes (526 528) esta Realidade fica muito maisclara quando o Esprito da Verdade mostra que os espritos conduziro ohomem que deve sucumbir de tal forma para uma escada quebrada ou paradebaixo da rvore onde o raio cair, j que eles no podem alterar o cursodos elementos da natureza, mas dirigem o homem para que lhe acontea oque est previsto. Cita ainda que aquele que no deve morrer de uma bala

    perdida ser inspirado para se desviar e no que desviem a bala para salvaro homem.Esta a Realidade que o Espiritismo ensina: os espritos comandamas aes do ser humano ao invs de, como mgicos, agirem sobre oselementos da natureza.Este conhecimento deveria lhe levar, nas palavras de Fnelon aacabar com a fico alegrica que voc vive e que chama de realidade,verdade. A sua realidade no tem nada de Real, pois no percebe todamovimentao dos amigos espirituais guiando seus passos, mas imagina queage por moto prprio.Krishna tambm ao comentar a realidade que o ser humanizado vivea define a como fantasias fantasmagricas. Ou seja, os dois mestres tm amesma compreenso sobre aquilo que voc vive como real: uma fico, uma

    fantasia.Olhe agora para o computador sua frente. Voc est vendo ummonitor que est projetando uma imagem? Esta percepo uma ficoalegrica, uma fantasia fantasmagrica. O que est sua frente na realidade fludo csmico universal.Voc est vendo um inimigo, aquele que voc no gosta. Isto umailuso, uma fico alegrica, porque no h um ser humano sua frente, masum esprito encarnado. A sua compreenso de que ele est agindo contravoc tambm uma fico porque ningum pratica atos, mas cumpre a aoguiado pelos amigos espirituais a partir do mundo dos espritos.Ento veja. No s hinduismo que fala, mas tambm o Espiritismodiz que voc vive uma pea de teatro chamada Divina Comdia Humana,como realidade, mas que ela no passa de uma fico alegrica, de fantasias

    fantasmagricas.Quando, bem com preendido, se houver ident i f icadocom os c ostu mes e as crenas, oEgo A personalidade humana do esprito Pgina 23Esp irit i sm o tr ansf orm ar os hbito s, osus os , as relaes s oc iais.Quando bem entendido e identificado o Espiritismo poder surtiralgum resultado na sua elevao espiritual. Antes, no.Que ainda voc dizer que compreende os ensinamentos de O Livrodos Espritos; que adianta voc dizer que se identifica com os ensinamentostrazidos pelo Esprito da Verdade, se ainda chora em um enterro acreditandoque seu ente querido acabou?Que adianta dizer que se identifica com estes ensinamentos se eles

    afirmam que os espritos nos guiam e que ningum morre antes da hora eque Deus sabe a forma como cada um vai desencarnar (pergunta 853 a) sevoc ainda acredita num assassinato?No adianta estudar: preciso compreender e se identificar com aRealidade criada pelo ensinamento. Mas, para criar esta Realidade precisose libertar do individualismo, porque seno ser ele que criar umainterpretao individual de O Livro dos Espritos.Neste caso voc no mudou nada, no reformou nada, porque abase, a essncia da intencionalidade continua o que voc acha est certo eo que os outros acham que se dane.Esta palavra parece forte, mas preciso compreender que quandonos apegamos somente aquilo que acreditamos como certo e no damosaos outros o direito de pensar diferente em qualquer aspecto da vida,

    estamos demonstrando o nosso menosprezo pelo irmo.Repare que, como Fnelon, falei em todos os aspectos da vida e no

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    s naqueles que voc quer alterar. Este o aspecto que precisa ser atentadopor quem quer atacar diretamente o general. Se o ser humanizado separarverdades que podem ser abandonadas e deixar outras que imagina que sosem importncia para o mundo espiritual, nada estar realizando. A vitriaprecisa ser total.Pgina 24 Ego A personalidade humana do esprito

    No existem atos da vida que no tenham relevncia na elevaoespiritual. Tudo fundamental no trabalho da reforma ntima porque s existeum nico mundo que composto por tudo.O egosmo assenta n a im portncia da p ersonalidad e.Ora, o Espir i t ismo, bem comp reendido,repit o, mo str a as cois as de to alto q ue osentim ento da person alidade desaparece,de cer to mo do, diante da imensidade.Exato: o seu sentimento egosta precisa acabar quando surge acompreenso da existncia nica do esprito.O desejo da sua me permanecer viva, por exemplo, precisa acabarquando se compreende a real existncia de um ser humano: a encarnao deum esprito. Quando voc entende que ela um esprito e que tem toda

    uma vida espiritual a ser vivida, precisa abandonar toda a sua vontade de quepermanea viva para satisfazer os seus caprichos.Sem isso no adianta se dizer esprita, no adianta orgulhar-se deseu conhecimento, no adianta ir ao centro toda semana. Sem essedespossuir o eu nada se faz., por mais que se desvende o invisvel.Destruind o essa impor tncia, ou, pelo meno s,reduzi nd o-a s su as legtim as pr op ores,ele necess ariamente combate o egosm o.O que reduzir s suas devidas propores? reduzir os fatos davida carne, matria, apenas.No exemplo que dei anteriormente (a morte da me) reduzir esteacontecimento sua legtima proporo seria acreditar que um papel atento desempenhado por um esprito encerrou-se e no acreditar que a me

    Ego A personalidade humana do esprito Pgina 25morreu. isso que reduzir a importncia: dar ao acontecimento o valortemporrio que ele tem.No entanto, mesmo para aqueles que conhecem os ensinamentos doEsprito da Verdade, a morte tratada como se fosse o fim. Choramafirmando que nunca mais vero seus parentes e amigos, enquantoaprenderam que a existncia do esprito eterna. Quem age desta formapode se dizer esprita? preciso reduzir os acontecimentos do mundo sua realimportncia. E o que vale um acontecimento do mundo? Nada. Cristo j nosensinou: Deus julga a inteno de cada um. isso que tem valor para omundo espiritual: a inteno com que se participa dos acontecimentos.Se voc participa com a inteno de ganhar individualmente, no

    importa o que esteja fazendo, mesmo que seja um ato considerado pelahumanidade como caridoso, voc nada fez a respeito do mundo espiritual, oua respeito da sua reforma: deixar de ser egosta.Participante: E como ns passamos isso para nossosfilhos?Para sabermos como passar para nossos filhos, precisamos saberantes como passamos agora.Ou seja, como voc educa seu filho hoje.Olha como voc est bonita com esta roupa nova... Como vocest lida penteada e de banho tomado... Como seu quarto est lindoarrumado.Posso, sem medo de errar, dizer que toda a educao que voc d aseu filho forjada em cima daquilo que voc acha certo, no? So os seuspadres de certo e errado que criam o elogio (aquilo que deve ser

    aprendido) e a crtica (aquilo que no deve mais continuar sendo feito).Isto egosmo e no amor. Muitos pais dizem que agem assim para

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    ensinar os filhos porque os amam, mas na verdade esto agindoPgina 26 Ego A personalidade humana do espritoegoisticamente, ou seja, esto pensando em satisfazer a si mesmo, aos seuspadres, e no nos filhos.Alm de se prenderem unicamente em posturas materiais, os paisno respeitam o direito do filho, o livre arbtrio deles, pois cobem o querer

    do prximo. assim que educam seus filhos: pensando em ter o prazer de ter umfilho que seja cpia de vocs, mesmo que para isso eles percam a suaindividualidade.Como passar este ensinamento que estamos conversando hoje paraseu filho? Abrindo mo do seu egosmo, ou seja, abrindo mo do seu desejode transformar o seu filho na cpia daquilo que voc quer.Ensina-se o filho a acabar com o egosmo no sendo egosta.Achando-o lindo de qualquer jeito, no o incentivando a estudar apenas paraser algum na vida e ganhar um salrio maior e ter mais posses...Os seres humanizados, mesmo os que se dizem espritas, incentivamseus filhos a valorizar aqueles que tm posses materiais e a possuir sprprias posses. Na verdade, transformam aqueles que possuem um bom

    nvel de vida num espelho a ser seguido e no aqueles que, mesmo notendo, amam a todos e a tudo.Mude tudo isso.Ensine seu filho a valorizar o ns e no valorizar o que os outros tm.A viver feliz no importando se o quarto esteja arrumado ou no. No oincite a valorizar o ato elogiando a organizao dele, o no fazer barulhoquando voc quer silncio, o agir de determinada forma porque voc e asociedade esperam isso dele, mas sim a perseguir uma inteno amorosa emtodas as situaes.Criar o esprito e no o filho: este o segredo.Ensine-o a amar incondicionalmente: a tudo e a todos. Amar semregras, sem excees. No o ensine a ganhar, a ser bem comportado,organizado, culto ou a valorizar o que material, mas sim a ter paz de

    esprito e estar em harmonia com o mundo.Mas, para poder ensinar tudo isso ao seu filho voc precisa tambmestar buscando isso e, para tanto, preciso estar livre do seu egosmo, doseu desejo de que seus padres sejam atendidos. Portanto, para educar seufilho, comece mudando voc mesmo.Liberte-se voc do seu egosmo para poder educar o seu filho dentrodesta forma de viver. Liberte-se dos seus padres de arrumado, de bonito,de certo e errado, do que seu filho tem que fazer agora, seno no saber ensinar nada.Alis, o fundador material do espiritismo, Allan Kardec, compreendeubem isto. Veja o seu comentrio ao estudo deste item:Lou vveis esfo ros indu bitavelmente s e empr egam para fazer que a Hum anidadeprog rida. Os bo ns sentim entos so animad os, estimu lados e honr ados m ais do que em

    qu alqu er ou tra poca. Ent retanto , o egosm o, verm e roedo r, con tin ua a serchaga so cial. um mal real, que se alastra por tod o o m und o e do qu al cada homem mais ou meno s vtima. Cum pre, pois, c om bat-lo, como s e com bate um aenferm idad e epidm ica. Para isso, deve-se pr oc eder como p roc edem o s mdic os : ir origem do m al. Procurem -se em to das as partes d o org anism o so cial, da famlia aospov os, da c hou pana ao p alcio, to das as causas, to das as inf luncias que, ostens ivaou o cultam ente, excitam, alimentam e des envolv em o sentim ento do egosm o.Pgina 28 Ego A personalidade humana do esprito Con hecid as as caus as, o r emdio seapr esen tar po r s i m esm o. S r est ar ento des tr u-las seno to talm ent e, de um a svez, ao meno s p arcialmente, e o veneno pou co a po uco ser eliminado . Poder serlon ga a c ura, p orq ue n um eros as so as caus as, m as no impo ssvel. Cont ud o, elas s e obt er se o mal f or atacado em su a r aiz, is to , pel a educ ao, no po r es sa qu etende a fazer os homens instru dos , mas p ela que tende a fazer hom ens d e bem. A

    educao, con venientem ente entendida, co nstitu i a ch ave do prog resso mo ral.Quando s e conhecer a arte de manejar os caracteres, como s e conhece a de manejar

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    intel igncias, co nsegu ir-se- corr ig i- los, do mesm o m odo que s e aprum am plantasno vas . Essa arte, po rm, exige mu ito tato , mu it a experinc ia e pro fund a obser vao. grave erro pensar-se qu e, para exerc-la com prov eito, baste o c onh eciment o d aCincia. Quem acom panh ar, assim o fi lho do ric o, com o o do p obre, desde o instant edo n ascim ento e observ ar todas as inf luncias p ernicios as que sob re elesatuam, em con seqncia d a fraqueza, da in cria e da ig norncia d os que o s d ir igem,

    obs ervando igualm ente com frequncia falham os m eios emp regados para mo ralizlos,no p oder espan tar-se d e enco ntr ar pelo mu ndo tan tas es qu isit ices . Faa-secom o m oral o q ue s e faz com a i nt elignc ia e v er-se- qu e, se h nat ur ezas r efratrias ,mu ito m aior do que s e julga o nmero das apenas reclama bo a cultu ra, paraproduzir bons frutos.O homem deseja ser fel iz e natural o s entimento que d origem a esse desejo. Po r iss oqu e trabalh a inc essan temente p ara melh orar a su a pos io n a Terra, que p esqu isa ascaus as de seu s males, para remed i-los.Quando com preender bem q ue no egosmo resid e uma dessas c ausas, a que gera oorg ulh o, a amb io, a cu pid ez, a inv eja, o dio, o cime, qu e a cada m om ento omago am, a que p erturba as relaes s ociais, pro voc a diss enses, aniquila acon fiana, a que o ob riga a se manter c ons tantemente na defens iva con tra o seuvizin ho , enfim , a que d o am igo faz inimi go , ele compreend er tambm que ess e vcio

    incomp atvel com a sua fel icidade e,pod emos mesm o acrescentar, com a suaprpr ia seg urana. E quan to m ais h aja so frid o p or efeito d ess e vcio , mais sen tir anecessid ade de comb at-lo, com o se com batem a peste, os animais no civo s etodo s os outro s flagelos. O seu prprio interesse a isso o indu zir.O ego sm o a fo nte d e to do s o s vcio s, como a carid ade o de t od as as vir tu des.Destruir um e desenv olver a outra, tal deve ser o alvo de todo s os esfo ros d o hom em,se quiser assegurar a sua fe lic idade neste mundo, tanto quanto no futu ro.

    Participante: Mas, o senhor ensina que os atos desta existncia esto pr-escritos como vivencia de carmas. Sendo assim, se ela precisarcarmaticamente de algum que lhe cobre organizao eu terei que sero instrumento deste carma, certo?Se ela precisa do carma de ser chamada organizao voc, com certeza, praticar atos que

    espelhem uma cobrana organizao. No entanto, tal entendimento no fere o ensinamentoque lhe passei agora. Isto porque eu no falo em atos, mas no interior de cada um.O que estou ensinando aqui ao comentar o egosmo que move cada ser humanizado quevoc pode, se isso o carma dela, cobrar organizao, mas, por dentro (sentimentalmente)no pode se sentir responsvel e nem esperar ou exigir que ela se organiza. Por dentro, nontimo, e no nos atos.A est a diferena. A deciso dela se organizar ou de continuar sendo desorganizada no estao seu alcance nem ao dela. Ela ser da forma que ter que ser carmaticamente falando,independente de qualqueroutra atitude sua ou de qualquer um, pois este o papel dela nestavida.Como ensina Krishna, cada um age dentro da sua personalidade Da mesma forma, voc falar,brigar, gritar, pedindo que ela se organize tambm ter que acontecer, pois este o seupapel. Agora, quando voc sofre porque ela no faz o que voc quer utilizou o seu

    individualismo, o seu egosmo para gerar o sofrimento.O ensinamento que estamos debatendo hoje interno, um estadode esprito.Na hora que voc, por atos, cobrar organizao mas, ao mesmo tempo, no cobrar de vocsofrer porque ela no se organizou, libertar-se- do individualismo, deixar de ser egosta.O cho que, que o h om em exp erimenta, do egosmo dos outro s o qu e muitas vezes o fazegosta, por sentir a necess idade d e co locar-se na defensiva.Que ensinamento maravilhoso. Vamos l-lo juntos para tentarcaptar em toda profundidade o que Fnelon ensina.O choque do egosmo do outro lhe faz egosta. Ou seja, quando ooutro faz o que quer baseado nos seus padres de certo e errado, voc se torna egosta, ou seja, utiliza os seus padres para julgar o outro e, assim,acaba achando que ele no deveria fazer o que est fazendo.

    Voc se transforma em egosta quando algum lhe contraria porque premia os seus valorescomo certos e quer imp-los ao outro. Julga e critica porque quer defender o seu eu(conjunto de valores de um egoconscincia) do outro.

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    Para acabar com este egosmo existe um provrbio de Salomo quediz: se Deus por mim, quem poder ser contra. isso que o serhumanizado se esquece e, por isso, tenta se defender do outro.A humanidade no v Deus a seu favor. Vive com a realidade de queo outro est lhe massacrando, ferindo, atacando, mas isso iluso.Na verdade o outro est apenas exercendo o direito dele achar que est certo.

    Mas, para que ele age assim na sua frente? Para que voc se libertedo seu individualismo.Veja, se voc no se conscientizar que no existe o certo, mas simo que voc quer que seja feito, ou seja, o seu certo, no evoluir nunca. para que voc se conscientize de que tem um certo que precisa sereliminado para acabar com o egosmo que Deus faz os outros fazeremdiferente do que voc espera e quer Podemos, ento, compreender que Deus faz o outro usardo individualismo dele na sua frente para que voc tenha uma oportunidade dedizer: meu Deus, eu sou egosta porque quero que o outro utilize o meu certo e no o dele. Este o motor da vida, ou o carma em ao.Conscientize-se de que voc quer cobrar mudanas no outro, exigir padres de ao neles,mas no quer que ningum lhe cobre, que ningum lhe contrarie. Egosmo, puro egosmo.Se Deus por mim e est ao meu lado, o outro pode fazer o que quiser que eu no vou

    precisar exigir a justia para mim, mas vou entender o recado do Pai e louv-Lo amando atodos que so diferentes de mim, sem cobrar mudanas neles.Foi isto que Fnelon ensinou e, por isso eu disse: que lindo ensinamento.Notando que os outro s pens am em s i prprios e no n ele, ei-lo levado a o cup ar-seco ns igo , mais do qu e com os ou tro s. Sirv a de base s ins titu ies s oc iais, s r elaeslegais de pov o a po vo e de homem a hom em, o pri ncpio d a caridade e da fraternidade ecada um p ensar meno s na sua pess oa,assim veja que ou tros n ela pensaram.Portanto, aplique este ensinamento para qualquer situao que voc viva, independente dasuposta importncia que conceda a eles. Assim, com certeza, ele servir como base para aprtica da caridade necessria ensinada pelos mestres.Ou seja, que ele sirva como guia voc quando criticado, acusado,perseguido, xingado, ofendido, atacado, para poder praticar a caridade: darao outro o direito de, aparentemente, agir contra voc sem que para isso voc

    precise critic-lo. Alis no foi assim que Cristo reagiu durante a sua crucificao: Pai,perdoa, eles no sabem o que fazem...Deixe os outros falarem e acharem o que quiserem: esta averdadeira caridade. D ao outro o direito de ser individualista, de viver a suaindividualidade e voc, abrindo mo de vivera sua, vivencia a universalidade.Ns ainda estamos na mesma pergunta: como vencer o egosmo.Repare, ainda, que os ensinamentos extrados desse texto no precisam deconhecimentos anteriores para ser compreendido. Portanto, se voc quer selibertar do mal maior da humanidade (o egosmo) no precisa perder tempoem estudos profundos, mas apenas ler este trecho de Fnelon e compreend-lo em toda a suaprofundidade.Todo s exp erimentaro a i nf luncia m oralizadora d o exemplo e do con tacto. Em face doatual ex trav asamento de eg osm o, gr ande v irtu de verd adeiram ente n ecessria, para

    qu e algum r enun cie sua perso nalid ade em p rov eito d os ou tro s. o que eu acabei de falar: abrir mo da sua personalidade em favordo outro.Vamos criar um exemplo poder explicar melhor. Algum lhe diz quevoc est fazendo a coisa errada, que voc no sabe fazer aquilo. A suapersonalidade, o seu eu material (ego) dir que ele que no sabe o que faz. O acusar , xingar e criticar.Esta a reao de um ser humanizado. Mas voc, que quer seespiritualizar, que quer se elevar, que quer chegar mais perto de Deusprecisa abrir mo de tudo isso e deixar outro achar o que quiser, semacusaes ou crticas.Isto porque no fundo de tudo, no resumo de tudo da vida, no denada ter influncia o que o outro acha de voc ou vice-versa, pois tudo

    sempre entre voc e Deus. Ento o que importa o que os outros acham?

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    O que importa para a sua existncia espiritual o que o outro,exercendo o seu individualismo, os seus padres de certo e errado, achade voc, se na hora do seu julgamento (avaliao do resultado de suaencarnao) o que importar o que Deus souber...E Ele sabe o que ningum sabe. Ele sabe que no h nada erradoou certo acontecendo, mas que um carma foi proposto e o esprito

    humanizado agiu com individualismo e com egosmo.Lembre-se do que Cristo ensinou: com o mesmo argumento que vocusar para julgar ser julgado. Ou seja, se voc coloca o seu individualismopara julgar os outros ao invs de deixar tudo nas mos de Deus, o seuindividualismo ser julgadoPr incipalmente para os qu e possuem essa vir tude, qu e o rein o d os cus se ac ha aber to. Aess es, so br etu do , qu e est reserv ada afe l ic idade dos elei tos, pois em verdade vosdig o q ue, no dia d a jus tia, ser po sto delado e s ofrer pelo aban don o, em q ue se hde ver , todo aquele que em s i som entehouver p ensado..

    Foi exatamente o que estudamos nesta resposta.918. Por q ue indcio s se po de reco nh ecer em umhom em o prog resso real que lhe elevar oEspri to na h ier arq ui a espri ta? O espri topro va a s ua elev ao, qu ando tod os os atosde su a vid a co rporal representam a prticada lei de Deus e quand o antecipadamentecom preende a v ida espir i tua l .

    Como se reconhece o homem de bem? Quando ele coloca o amorao prximo em prtica. E como se amar ao prximo? Libertando-se do seuindividualismo.No h como mamar ao prximo e a si mesmo ao mesmo tempo..

    No estou falando em amar como vocs conhecem, no sentido material quese d a este sentimento, mas sim no amor universal, fraternal.Este estado de esprito acontece quando o ser humanizado ama aoprximo antes de si, ou seja, quando ele respeita o direito do outro serdiferente dele. Por isto afirmei que a crtica, por mais bem intencionada queseja, no e jamais poder ser um ato de amor.Veja a concluso que chegou Allan Kardec e repare se no isto quefalei agora:Verdadeiramente, hom em d e bem o q ue pratica alei de jus tia, amo r e caridad e, na sua maio rpu reza. Se interro gar a prpria co ns cinc iasob re os atos q ue pratico u, pergun tar seno t ran sg red iu ess a lei, se no f ez o m al,

    se fez tod o b em q ue p od ia, se nin gum t emmo tivos p ara dele se queixar, enfim, se fezaos outros o q ue desejara que lhe f izessem.Possudo do sentim ento de caridade e de amo r aoprximo, faz o bem pelo bem, sem con tarcom qualqu er retri bu io, e sac rific a seusin ter esses ju st ia. bo nd os o, hum anitrio e b enevo lente p ara comtod os , por qu e v irmos em t od os oshomens , sem di st ino d e raas, nem decr enas .Se Deus lhe ou torgou o poder e a r iqueza, consideraessas coisas como um d epsi to , de que lhe

    Pgina 36 Ego A personalidade humana do espritocumpre us ar para o b em. Delas no seenvaidece, por saber que Deus, que lhas

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    deu , tambm lhas po de ret irar .Se sob a su a dependnci a a ordem so cial colo cououtros homens, trata-os com bond ade ecomplacnc ia, po rqu e so s eus igu aisperante Deus. Usa da sua autor idad e paralhes lev antar o mo ral e no p ara os esmagar

    com o seu orgu lho . indu lgente para com as fraquezas alheias, porquesab e qu e tam bm p rec is a a ind ul gnc ia do soutros e se lembra destas palavras doCristo: atire a primeira pedra aquele queest iver sem pecado.No vin gativ o. A exemplo de J esu s, perd oa asofen sas, para s se lemb rar do s ben efcio s,pois no ign ora qu e, com o ho uverperd oado , assim p erdo ado lh e ser.Respeita, enfim, em seus semelhantes tod os osdireitos q ue as leis da Natureza lhesconcedem, como que que os mesmos

    dire i tos lhe sejam respei tados. isto que caracteriza um homem de bem: aquele que participa dasaes com a intencionalidade de servir ao prximo, buscando sempre servilose no corrigi-los. E esta caracterstica deve surgir principalmente naqueleque aprende a ver as coisas do alto, ou seja, aquele que conhece ereconhece a existncia espiritual.

    A prtica do ensinamento o espiritualismo e no apenas oconhecimento dele.Encerrando, posso dizer que o dia de hoje foi totalmente destinado libertao do eu, das nossas verdades e dos nossos padres.O Esprito da Verdade nos ensinou hoje o que elevar-seespiritualmente: dar ao prximo o direito dele ser, estar e fazer o que quiser

    sem que com isso possamos julg-lo ou critic-lo.A est o segredo do Universo. A est o segredo da elevaoespiritual.Ningum falou em meditao, em viagem astral, em orao outcnicas espirituais. Falou-se em coisas reais, no em iluses. Isto porquetudo que o ser humanizado vive racionalmente vivenciado na iluso, mesmoque to tema seja espiritualidade.A viagem astral uma iluso porque a compreenso do que se vquando se sai da carne passa pelo ego. A orao tambm uma ilusoporque ela passa pelo ego.Desta forma afirmo que o nico trabalho, a nica coisa que voc podefazer no sentido de espiritualizar-se vencer a si mesmo.Vencer o seu apego ao ego que lhe transforma em egosta. Vencer o

    seu apego aos seus padres de certo e errado, de bonito e feio, de limpo e sujo, que diz o que tinha que fazer ou no. s nisso que se consiste a vida. Voc est vivo para isso. Vocnasceu para fazer isso, acordou hoje de manh para isso, est respirandoagora para isso e mais nada.Voc no tem um trabalho material nem espiritual a realizar nemfamlia para cuidar. O que voc tem para fazer na vivncia em cada umdesses elementos, no importa o que estiver acontecendo, vencer voc.Pgina 38 Ego A personalidade humana do espritoVoc tem que vencer suas verdades, seus apegos, suas paixes,suas convices que levam ao exerccio do egosmo. nisso que se resumea sua vida.Ego A personalidade humana do esprito Pgina 39

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    Conhece a t i mesmoConceituaoO estudo destes trs dias ser sobre o ego. Iremos conversar sobreeste elemento da vida material, mas no chamaremos este conjunto depalestras de estudo do ego.Isto porque quando falamos em conhecer o ego, temos que ter emmente que estudar o ego falar sobre si mesmo, que conhecer o ego se

    auto conhecer.Como ns iremos definir depois, o ego o que voc hoje. O ego aquilo que voc se considera hoje. Portanto, este estudo, apesar de falar doego, se chamar Conhece a ti mesmo, porque, como disse anteriormente,se voc o ego, conhecer o ego trabalhar o auto conhecimento, trabalhar oconhecer-se.Sendo assim, as palavras que sero ditas durantes estes trs diastm o objetivo de lev-lo a conhecer voc mesmo. Este o primeiro aspectoda introduo a este estudo, mas existe um segundo que o objetivo peloqual se vai estudar o ego.Existem muitos estudos sobre o ego, muitas abordagens no estudosobre o ego, mas aqueles que o fazem como cincia ou cultura nocompreendem que esto vivendo apenas iluses e no saber, porque toda

    cincia e cultura esto contidas no ego.Eu diria que no pode existir um doutor em ego que tenha ego, poisseno ele estaria iludido pelo ego e no estaria vivendo realidades. Parapoder se compreender perfeitamente o ego e sua atuao seria necessrioque o ser estivesse desligado deste elemento, mas isto no possvel nomundo carnal.Ento, o objetivo para o qual vamos abordar o tema ego no sercomposto por um estudo cientfico e nem objetivar, apesar de passar poristo, definir-se cientificamente o ego. Objetivaremos sim, com este estudo,entender aquilo que comumente se chama reforma ntima ou reforma doseu relacionamento com o ego.Desta forma, quando estivermos analisando algum aspecto do ego,sempre usaremos aquilo que compreendermos no apenas como cultura,

    mas como ferramenta para a reforma ntima atravs da luta contra o ego.Sero, portanto, estes dois aspectos que nortearo nossas conversasneste trabalho. Primeiro elas devero trazer como resultado o conhecimentosobre si mesmo e em segundo lugar buscaro trazer, atravs deste autoconhecimento, instrumentos para a elevao espiritual, para a reforma ntima.Comecemos definindo o ego.Ego uma personalidade transitria qual o esprito se liga duranteum determinado espao de tempo na sua existncia espiritual.Esta uma definio padro de ego que estamos usando apenaspara podermos direcionar nosso trabalho. Muitos elementos da definiopodem sugerir a vocs a iluso de saber o que quer dizer, mas na realidadeestamos apenas tentando dar uma idia do que seja o ego, j que adescrio perfeita deste elemento universal incompreensvel aos seres

    humanizados por falta de conhecimentos prvios.Antes de avanarmos no estudo do ego propriamente precisamos,ainda, definir o termo personalidade para no confundi-lo com as demaisdefinies existentes.Personalidade um conjunto de crenas que formam a conscinciade um esprito. Como conscincia, entendemos o conjunto de informaesou memria que o esprito vivencia.O ego, portanto, como conjunto de personalidades pode serentendido como um conjunto decrenas qual o esprito se liga durantedeterminado espao de tempo de sua existncia eterna.Dizemos que o esprito se liga porque ele possui uma outrapersonalidade ou conjunto de crenas que chamaremos de personalidadeespiritual. Ou seja, o esprito possui um conjunto de crenas prprias, que

    prprio seu, que existe no esprito independente da ao do ego.Este conjunto de crenas ou personalidade espiritual que determina

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    a Realidade do esprito e no o temporrio. Usamos o termo realidade nosentido da elevao espiritual, ou seja, o que determina o que conhecidocomo grau de evoluo do esprito.O esprito por si possui as suas crenas e elas no so as mesmasdo ego. Quando o esprito est ligado ao ego esta personalidade espiritual desligada e o esprito vive pelas crenas do ego e no pelas suas prprias.

    Podemos ento afirmar a partir disso que o esprito encarnado oser universal que possui crenas espirituais, mas crenas estas que noesto acessveis por causa da ligao com o ego.J aqui desfazemos um mito ou uma compreenso ilusria que ahumanidade possui. Esprito encarnado no aquele que est ligado a umacarne, mas sim aquele que vivencia a realidade ditada pelo ego,personalidade transitria. Esprito encarnado o ser universal que vive apartir de crenas temporrias ao invs de utilizar as suas prprias e noaquele que est vivo.No sei se me fiz compreender. Esta parte complicada porque umincio e alguns elementos ainda so desconhecidos de vocs, mas precisoque algumas idias fiquem claras.Primeira: assim como o ego uma personalidade temporria, o

    esprito possui a sua personalidade fixa ou eterna.Segunda: esta personalidade fixa ou eterna a mesma coisa de um ego, s que ela formada por crenas diferenciadas.Este o incio do estudo ego: saber que ele um conjunto decrenas, mas que ao mesmo tempo o esprito possui outro conjunto diferentedaquele existente no ego.Participante: Eu gostaria de entender melhor estas outrascrenas que o esprito possui. Como ele as adquiriu?Vou lhe explicar, mas antes me deixe alertar algo: a formao dascrenas do ego diferente das do esprito. Depois vamos falar como ascrenas do ego passam a existir, mas, por hora, saiba que as dapersonalidade espiritual so formadas ao longo da existncia espiritual.Participante: De encarnao em encarnao?

    Eu no vou falar em encarnao porque vocs ligariam estainformao carne. Estou falando de aprendizado espiritual.Como j estudamos, o esprito possui dois campos de evoluo: otcnico e o moral. No primeiro estgio ele viver, por exemplo, ao lado dotomo de uma pedra. Quando estiver fazendo isso aprender algo. Esteconhecimento adquirido uma crena que ficar guardada na memria ou napersonalidade do esprito.Quando ele sai do mundo mineral e comea a vivenciar o aqutico,adquire novos conhecimentos, formando, assim, novas crenas. Ao longo detodo o perodo de evoluo que chamamos de tcnico o esprito iradquirindo conhecimentos e eles se transformaro em crenas que comporoa personalidade espiritual.Depois disso ele entra no estgio de evoluo moral e novos

    aprendizados vo surgir e novas crenas sero formadas. Neste estgio, porexemplo vocs que esto saindo do mundo de provas e expiaes estoadquirindo novas crenas que passaro a compor as suas personalidadesespirituais. Quando completarem o prximo ciclo idem.Assim caminha a formao da conscincia espiritual durante toda aeternidade.Participante: Quando o senhor diz crenas, fala emmateriais e espirituais ou s uma ou outra?S espirituais. Na conscincia do esprito no existem crenasmateriais, porque, como veremos, a matria s pertence ao ser humanizado eno pertence ao esprito.Participante: Acima do ego, entre ele e a conscincia doesprito, existe outra personalidade?

    No. Para poder lhe responder melhor, vamos adiantar um pouco oassunto, mas depois voltamos.

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    Voc est vivendo um ego humanizado, um ego programado paraviver no planeta Terra, no mundo de provas e expiaes. No prximo cicloou sentido de encarnao voc se unir a outro ego.Este novo ego ser diferente do atual, pois ser programado para seviver o mundo de regenerao. Quando isto acontecer o ego atual, deprovas e expiaes no mais existir. Ou seja, sempre haver uma

    conscincia espiritual e um s ego.Todos os egos so inferiores personalidade espiritual e ela arealidade, aquilo que o esprito , por isso no h outra acima dele.Poderamos considerar que houvesse uma personalidade universal que Deus, entendido como conjunto do todo, formado pelo todo, mas isso outra histria. Alm do que, ela no chega a ser propriamente umapersonalidade.Voltando nossa conversa, at aqui definimos o ego, falamos daspersonalidades que existem e tambm da sua temporalidade.Dentro da definio que demos anteriormente para ego podemos, agora, falar daligao do esprito s suas personalidades.A ligao do esprito com uma personalidade cria uma identidade.Cada vez que o esprito se liga a uma personalidade, seja ela um ego

    (personalidade temporria) ou sua personalidade espiritual, o espritoadquire uma identidade. Vamos entender isso.Identidade aquilo que voc acha que , o que o identifica.Hoje voc est ligado a um ego que est rotulado com determinado nome.Por exemplo uma pessoa que se chama Mrcia.Mrcia no existe. Na realidade um esprito que est ligado a umego rotulado como Mrcia. Devido a esta ligao o esprito se auto identificacomo Mrcia.A identidade Mrcia foi criada na ligao do esprito com este ego e oesprito passou, ento a identificar-se como Mrcia. Assumir esta identidade, ento, o que caracteriza a ligao de um esprito com um ego ou com umapersonalidade.Fica difcil explicar de outra forma para vocs o que esta ligao.

    Muitos se arriscariam em falar em fios energticos, em energia, fludocsmico universal, que ligaria o ego ao esprito, mas tudo isto seria simblico.Como disse anteriormente, apesar de termos que nos aproximar da cincia,no nos fixaremos no conhecimento cientfico.O que preciso realmente compreender para o objetivo de criarinstrumentos de elevao espiritual que a fuso do esprito com umapersonalidade cria uma identidade. E que quando esta identidade temporria ela falsa e quando surge da personalidade espiritual real.Participante: A personalidade a qual eu me liguei para vivenciar uma encarnao j existiaantes de eu me ligar a ela?No, ns chegaremos l, mas por enquanto lhe respondo que essapersonalidade s existe a partir do momento que voc a constri. Portanto, posterior a voc.

    Participante: O ego humano independente do esprito?Ele possui uma conscincia prpria?Ns vamos chegar a isso tambm, mas para no lhe deixar semresposta agora afirmo que, se definimos conscincia como um conjunto decrenas, o ego tem uma conscincia prpria, ou seja, crenas prprias. Mas,no tocante a ter vida prpria j chegaremos neste aspecto.Quero falar agora um pouco sobre as crenas que citamos.O que so as crenas que esto embutidas no ego e na personalidade espiritual doesprito?Para tornar compreensvel vocs vou falar por meio de figuras. No exatamente isso, mas utilizando alguns exemplos conhecidos no planetapodemos nos aproximar um pouco da Realidade.No sei vocs conhecem programao de computador, sabem como

    feito um programa de computador.

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    Mas, mesmo quem no conhece a fundo o assunto, sabe que um programa de umcomputador uma srie de comandos que reagem a uma ordem.Exemplificando. Se voc apertar a tecla a no teclado do seu computador, essa letra aparecerno visor. Mas para que ela aparea l necessrio que um programa a crie. Para isso ele terque conter o seguinte comando: se a tecla a forapertada, desenhe no visor a letra a. Semisso, voc pode apertar quantas vezes quiser a tecla que nada surgir.

    O conjunto de crenas do qual o ego composto idntico. Ele diz: se houver um determinadoimpulso, utilize a crena x; se o impulso foroutro, utilize a crena y, se o impulso for outroainda, utilize a crena z.Este o funcionamento do ego. Na realidade ele um programaque transforma um impulso, uma ordem, numa determinada verdade ourealidade de acordo com crenas pr-estabelecidas. O ego no um ser, umesprito, no tem vida prpria. Ele uma srie de informaes que seroativadas a partir de determinados comandos.Isto o conjunto de crenas ao qual eu me referi que compe o ego ou a personalidade que oesprito se liga temporariamente.No entanto, este mesmo critrio pode ser aplicado personalidade do esprito.Digo isto porque este procedimento (reagir a comandos criando realidades pr-fabricadas) ofundamento daquilo que vocs chamam de raciocnio. O raciocnio, em qualquer nvel,

    exatamente isso: um impulso que ativa uma determinada compreenso para o esprito.Portanto, no importa se estamos falando de ego ou de personalidade espiritual do esprito, afuno da personalidade exatamente esta: a criao de compreenses que se transformemnuma realidade para o esprito.Creio que agora ficou claro o que que o ego. Podemos, ento,comear a falar um pouco mais da personalidade transitria qual o espritose liga para configurar o que chamado de encarnao.O ego, ou personalidade transitria, criada pelo esprito antes da encarnao. Ou seja, oconjunto de comandos que criaro realidades durante a encarnao para o esprito vivenciar obra e fruto deste mesmo esprito quando de posse da sua conscincia espiritual.Podemos afirmar, ento, que o esprito, de posse da sua conscincia,ou seja, dentro do seu saber espiritual, escolhe cdigos que sero acionadospara criar determinadas realidades que ele vivenciar durante a encarnao.

    Vamos dar um exemplo. A realidade de ser agredido, voc ouqualquer outro, uma informao que o ego d. O fato de voc ou algum tersido agredido nada mais do que uma viso que voc programou para o seuego criar em determinadas circunstncias.Perguntaram-me agora pouco se o ego existia antes da encarnao:a resposta est a. No, o ego s passa a existir do momento que o esprito ocria, assim como o programa do computador s passa a existir depois quealgum o escreve.Desta forma, o conhecimento do ego quanto sua temporalidade que o conjunto de comandos que criaro realidades foi escrito por vocesprito antes da encarnao. Alm disso, preciso compreender que quandovoc o escreveu estava de posse da sua conscincia espiritual.H excees neste aspecto. o caso onde o esprito no consegue

    reassumir a sua identidade espiritual e j tem que, por determinao de Deus,iniciar uma nova encarnao. Se ele estiver nesta condio ter quereencarnar, mas no poder programar o seu prximo ego.Neste caso, o ego ou o criador de realidades escrito por um mentordeste esprito. Por algum a quem o esprito, ainda de posse da suaconscincia espiritual, nomeou como seu tutor enquanto ele no recobrassea sua conscincia real.Esta uma exceo regra. No momento em que falamos que oesprito escreve o seu ego, para no fugirmos Realidade, preciso tambmcitar que h excees nesta regra. Fazemos isso como fidelidade Verdade,mas vocs no devem se prender a isso.Como disse uma exceo e casos semelhantes a este, poucorepresentam em quantidade de espritos hoje encarnados. Portanto,

    trabalhemos apenas com a regra e no nos prendamos a excees.Participante: Significa que eu escrevi ser teimosa?

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    Significa que voc escreveu comandos no seu ego para criarrealidades que contrarie seu desejo. Quanto ao ser teimosa, j chegaremosl.Respondo-lhe, por agora, que voc criou desejos, um comando parainterpretar que foi atacada nos seus desejos e um outro para vivenciar areao.

    Por que no abordei na resposta o tema teimosia? Porque falei atagora de compreenses racionais. O que chamo de compreenso que o egocria aquilo que vocs conhecem como razo, racional.Tudo aquilo que para vocs racional, ou seja, compreensvel poruma razo, fruto de um raciocnio, criado pelo ego. uma realidade temporria e ilusria. Uma realidade que surgeapenas por causa do seu comando para criar para si aquela realidade e noque seja verdade ou esteja realmente existindo.Isto precisa ficar bem claro quando se fala de auto conhecimento.Tudo aquilo que voc compreende no mundo, no real, lgico, racional,mas uma realidade que voc comandou para que fosse criada enquantoestivesse ligado quele ego.Mas, dentro do conjunto de crenas do ego no existe s a parte

    racional, ou seja, a parte das idias, do conhecimento atravs de imagens eformas, mas tambm existem as crenas emocionais. Vamos falar disso.A personalidade, ou ego, formada pelas idias e pelas emoes ousensaes. No ego existe um conjunto de realidades lgicas, racionais, mastambm existe um conjunto de emoes ou sensaes pr-determinadas peloesprito. Da mesma forma que a razo, que j falamos, este conjunto deemoes est subordinado programao do ego e cada uma delas serusada quando determinado comando for ativado.Vou dar um exemplo. Voc v uma barata e sente medo, nojo ouhorror. Mas este nojo, horror e medo no so reais: so reaes pr Egoprogramadas do ego para lhe criar um estado emocional que voc vivercomo realidade. Sendo assim, podemos afirmar que o ego lhe cria umarealidade racional, idia, pensamento, mas tambm lhe cria realidades

    emocionais.Um outro aspecto importante que precisamos compreender que arealidade emocional que o ego cria est sempre ligada razo ou acompreenso racional.No caso da barata, a compreenso racional, ou seja, o pensamento,ser de que a barata suja, nojenta. Ao mesmo tempo em que o ego lhe jogaessa racionalidade, ele tambm lhe d a sensao do nojo, do medo e dohorror.O ego jamais lhe dar uma razo com emoo diferenciada. Ou seja,ele jamais lhe far crer racionalmente que a barata nojenta e lhe dar umasensao de calma e paz.E voc, esprito, que s vive aquilo que o ego prope como realidade,acha que voc acredita e est sentindo o que o ego est propondo, ou seja,

    se deixar ser comandado pelo ego e no consegue sentir-se de formadiferente, mesmo que racionalmente quisesse. isso que estamos falando que se ligar temporariamente a umapersonalidade ou conjunto de crenas: vivenciar obrigatoriamente asproposies racionais e emotivas que o ego d como verdade, realidade, semcondies de fugir delas.Agora fica muito mais fcil e muito mais claro compreender o que ego. E, como eu disse no incio, de se entender que o ego voc,. Istoporque voc s conhece, compreende e sente o que o ego quer que voccompreenda, entenda e sinta.Mas, tudo que voc conhece compreende e sente isso no existe:tudo foi gerado a partir de um programa que foi escrito para reagir destaforma, pelo prprio esprito antes da encarnao.

    Pgina 50 Ego A personalidade humana do espritoPodemos ento avanar no nosso estudo. Por que o esprito cria tudo

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    isso? Por que o esprito cria uma iluso, uma no verdade, algo transitriopara vivenciar quando ele j possui na sua personalidade espiritual o Real e oVerdadeiro e pode viv-lo?Para comprovar a si mesmo aquilo que aprendeu quando naerraticidade, ou seja, quando ligado sua conscincia espiritual. Vamosentender isso melhor.

    Segundo O Livro dos Espritos quando na erraticidade o esprito deposse da sua conscincia espiritual se prepara estudando para sua futuraligao com o ego ou encarnao. Este preparo, ainda segundo O Livro dosEspritos, se consiste em observarcomo lida o esprito humanizado (ligadoao ego) no seu relacionamento com as realidades criadas pelo ego.Ou seja, os espritos na erraticidade esto observando nestemomento como vocs esto se relacionando com o ego ao qual esto agoraligados. Durante esta observao o esprito sabe a diferena entre o que estsendo criado e a Realidade por que est de posse da sua conscinciaespiritual que no cria as mesmas iluses do ego.Como eu disse anteriormente, hoje, voc vendo uma barata,vivenciar o raciocnio, a parte racional que lhe diz que a barata nojenta e onojo e o asco pela barata como real. Quando na erraticidade o esprito no

    vivenciar isso. Ele no ver a barata e nem ser bombardeado por estacompreenso racional e emocional. Por isso eu disse que o esprito naerraticidade v o que Real e no o que ilusrio.No quero neste momento entrar no assunto da Realidade.Posteriormente falaremos no que Real, no que est acontecendoverdadeiramente. Mas, por enquanto, voc precisa compreender que viveuma realidade ilusria, no Real, e quando na erraticidade os espritos tmconscincia de que aqueles que esto encarnados, ou ligados ao ego, socomo crianas iludidas por aquilo que lhe dizem.Depois de determinado tempo de observao o esprito programa,ento, o seu ego para provar a si mesmo que ser mais forte do que estailuso, ou seja, no acreditar nela, no a vivenciar como Realidade.Participante: Quando voc fala que o esprito na erraticidade no est vendo as coisas como

    quando ligado ao ego se refere ao esprito livre do processoreencarnatrio?No, falo de espritos ainda presos ao processo reencarnatrio.Participante: Mas como, ento ele v sem o ego se ainda est com o ego?Voc est fazendo confuso entre processo reencarnatrio eencarnao.A encarnao a ligao com um ego; o processo reencarnatrio aobrigao de ter que criar ainda novas personalidades para vivenciar um dia.Desta forma um esprito pode ainda estar preso a um processoreencarnatrio, mas no espao de tempo entre um ego e outro, umapersonalidade e outra, consegue acessar sua conscincia espiritual.Participante: Ento, o esprito quando no est encarnado no est ligado ao ego?J definimos anteriormente encarnao como ligao ao ego e nocomo ligao a um corpo fsico.

    Todo esprito encarnado est aprisionado personalidade com queviveu ou vive a vida carnal. Mas isto no quer dizer que ele esteja liberto dacarne, do corpo. Ele pode permanecer ligado ao ego, ou seja, vivenciando asrealidades a partir do comando do ego, e no estar mais ligado ao corpofsico.Voc est partindo do pressuposto que encarnao ligar-se a umcorpo, a uma massa carnal, mas isso no real. Na Realidade a encarnao ditada pela ligao a uma personalidade temporria que caracterizadapelo ego.Enquanto o esprito viver guiado pelo ego estar ainda na mesmaencarnao, no importando se est preso ou no ao corpo.Participante: E quando voc fala em esprito na erraticidade, a que quer se referir? No entendia relao do esprito na erraticidade estar observando ele mesmo

    com o ego.No falei em ele observar a si mesmo com o ego, mas a observar

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    outros espritos que estejam vivendo aprisionados identidades geradas peloego.Quanto a definir esprito na erraticidade vou conceitu-lo agora, mass posteriormente falaremos mais sobre o assunto.Existem espritos em dois nveis no Universo: aqueles que esto namaterialidade, seja de que planeta for, e os que esto na erraticidade.

    O esprito que est na materialidade aquele que vive a iluso que oego prope como realidade. Esprito na erraticidade aquele que estdesligado da materialidade, ou seja, aquele que est desligado dasrealidades que o ego cria.Este conhecimento nos leva a compreender que erraticidade no um lugar, um espao do Universo, mas um estado no qual o esprito estvivendo com a sua personalidade espiritual. Da mesma forma, amaterialidade ou encarnao de um esprito tambm no gera um lugarespecfico, mas se trata do estado do esprito que est vivendo um mundo,realidades, criadas por egos, no importando a que matria se refira.Ego A personalidade humana do esprito Pgina 53Vamos continuar. Pergunto: a partir do que o esprito cria o seuprograma (ego) que ir faz-lo vivenciar iluses como realidade? A partir do

    seu estgio de evoluo espiritual. Vamos compreender isso.Anteriormente disse que a personalidade espiritual fixa, mas nodeclarei que ela imutvel. A personalidade ou conjunto de crenas doesprito que no iludida pelo ego se forma atravs da eternidade. Vou darum exemplo.Existem espritos na erraticidade, libertos da ao de egos, que nasua conscincia espiritual acreditam no bem e no mal, no certo e noerrado, no bonito e feio. Eles crem nestes dualismos, que socaractersticas ilusrias ditadas pelo ego, mesmo ligados sua conscinciaespiritual.Quando na etapa de estudos que j citei, estes espritoscompreendem que estes conceitos so ilusrios ao observar a Realidade doUniverso. Verificam, ainda, que eles ainda possuem tais iluses na sua

    conscincia espiritual e compreendem que precisam se libertar delas parapoder avanar em direo a Deus.Ou seja, compreendem que acreditar em parmetros que dividam oque uno no comunga com a Realidade. Compreendem que esta forma dever o mundo no espiritual e a sentiro a necessidade de trabalhar parase libertar do dualismo. Como? Criando esta mesma verdade no ego.Colocam as mesmas verdades gnero de suas provas no futuro egopara que ele crie realidades para que agora, cnscio de que estascompreenses no so dignas daquele que vive com Deus, libertarem-se daao do ego.Portanto, o que motiva o esprito a criar um conjunto de informaes,programa que ir gerenciar realidades durante a encarnao, a suaconscincia sobre a sua personalidade espiritual. Vou dar um exemplo mais

    prtico para facilitar a compreenso.Um ego que seja vivenciado por um esprito e que contenhacomandos para criao de racionalidades e emoes de cime, um ego quefoi projetado por um esprito que ainda possui na sua conscincia espiritualposse, j que o cime nasce do desejo de possuir.Desta forma, apesar de ser transitrio, o ego um reflexo do atualestgio da conscincia espiritual do esprito. No um reflexo perfeito porque oesprito no alimenta o seu ego com todas as suas imperfeies, mas partedelas.Conhecendo esta Realidade do Universo podemos afirmar que umapessoa (esprito ligado a um ego) que tenha desejos de posse simboliza queo esprito ainda possui este desejo. Simboliza, ainda, que com a vitria sobreo ego (no acreditar no desejo de posse que ele incitar) o esprito

    conseguir retirar de sua personalidade espiritual este mesmo desejo.Volto a repetir. Est sendo muito difcil falar tudo isso porque muitas

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    vezes faltam palavras para explicar, mas o sentido esse. Se voc estligado ao ego e ele possui uma determinada caracterstica, esta tambmexiste na sua personalidade espiritual e voc precisa venc-la durante acarne para elimin-la por completo de l.Um detalhe. Como tambm j afirmei antes, existem excees emalgumas regras no mundo espiritual. Aqui est um exemplo.

    Existem egos que no refletem os valores da conscincia espiritualdo esprito. Trata-se dos chamados egos missionrios, ou seja daquelesegos que so projetados por espritos para vivenciarem determinadasmisses ou papis na iluso da vida carnal. Neste caso, o esprito no possuiaquelas caractersticas, mas como o papel a desempenhar pede que elasexistam, o esprito as inclui no ego e as vivencia.Agora, isso so excees e no regra. Vamos ficar com a regra que mais vinculada s encarnaes da grande maioria dos espritos. Ela diz:aquilo que voc vivencia hoje est presente na sua conscincia espiritual.Vamos, ento continuar definindo o ego e o entendendo, j que este o assunto deste primeiro dia de palestras. Vamos agora para uma partemuito delicada e gostaria que vocs prestassem muita ateno.Ao conjunto de realidades formadas pela compreenso racional e

    pela emocional chamo de mundo interior. o seu mundo interno, o seu euinterior, a sua vida interior.No entanto, este mundo no surge do nada. Precisa haver algo quefaa surgir estas realidades ilusrias dentro de voc. Ao elemento que cria aoportunidade para o ego fazer voc vivenciar o seu mundo interior chamo demundo exterior. Vamos compreender estes dois conceitos com um exemploprtico como sempre fazemos.A criao de uma ilusria verdade racional de que voc foi agredidofisicamente e a tambm ilusria sensao de se sentir humilhado faz parte doseu mundo interior. No entanto, esta falsa realidade s surge quando nomundo exterior detectada a movimentao de uma mo encontrando como rosto.Existe, portanto, um mundo exterior onde uma mo se movimenta e

    se encontra com uma face e existe o mundo interior onde estamovimentao ganha na razo e na emoo o valor de agresso, humilhaoe sofrimento.No mundo exterior no h agresso; h a movimentao de uma moencontrando-se com o rosto. S o mundo interior vivenciou racional eemocionalmente a agresso.Participante: Foi o ego que nomeou como agresso?Foi o ego que nomeou pela razo e pela emoo aquele ato externocomo agresso e lhe deu a sensao de sentir-se agredida.A agresso, portanto, no est na inteno do outro, mas umacriao do seu ego, um mundo interno. Ela no existe fora de voc, masacontece apenas dentro do seu interior.Agora, esta compreenso no vlida em apenas alguns casos, em

    algumas movimentaes, mas vale para qualquer coisa. vlida paraqualquer compreenso que voc tenha sobre as movimentaes do mundoexterno das quais participa, sejam elas racionais ou emotivas. Todas asmovimentaes, ou atos, em si no possuem o valor que voc d, pois ele foicriado pelo ego.No h compreenso humana que seja real, que esteja realmenteacontecendo. Toda compreenso uma interpretao que o ego fazseguindo o comando que voc mesmo fez.Neste caso (agresso), voc programou o seu ego para que se umamo se encontrasse com o seu rosto sob determinadas circunstncias aquilodeveria ser considerado como uma agresso. Por que fez isso?Porque voc, esprito, ainda tem vaidade, soberba ou outrossentimentos que envolvam o individualismo dentro da sua conscincia

    espiritual e compreendeu a que a existncia deles incompatvel com aespiritualidade que precisa vivenciar.

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    Acho que agora comea a ficar claro a funcionalidade do ego e suaoperao. Mas, vamos complicar um pouco mais para poder compreenderperfeitamente.Ora, se a sua razo espiritual de existir na carne, ou seja, ligadoquele ego passar por determinadas circunstncias para que sejam criadasdeterminadas realidades ilusrias pelo ego, no seria justo que voc ficasse

    dependente do mundo. Ou seja, que voc ficasse dependente dosacontecimentos para que houvesse a criao da realidade ilusria que vocprecisa para sua elevao espiritual.Portanto, alm de voc ter elaborado no ego o conjunto de comandosque cria a realidade ilusria no mundo interno, voc programa asmovimentaes (atos) que perceber. Dentro do exemplo que dei (agresso)afirmo que voc, para se submeter a esta interpretao, tambm criou anecessidade da movimentao externa (mundo externo) com o ato do tapa.Ego A personalidade humana do esprito Pgina 57Ou dizendo mais claramente, voc pediu para ser esbofeteado, antesda encarnao. Por que fez isso? Porque se voc no pedisse para vivenciareste determinado mundo externo de que adiantaria programar o seu ego com um comando para interpretar um tapa como agresso?

    O ego, portanto, alm de ser um conjunto de verdades, tambm programado para vivenciar um conjunto de movimentaes, ou atos, prdeterminados.Para isto necessrio que o seu ego criasse determinadasmovimentaes.No sei se estou conseguindo me fazer entender, mas o que querodizer que o seu ego criou a movimentao da mo do outro em direo sua carne.Participante: Como assim?Vou explicar.O ato, ou a atitude, para os seres humanizados gerado por motoprprio, ou seja, por motivao prpria, mas isso uma iluso. Quem lhe d otapa no est agindo desta forma porque ele quer dar, mas age dessa formaporque o ego dele foi programado para dar tapa.

    O ego de quem precisa receber sabe que para a prova daqueleesprito ele precisa receber o tapa. Juntando-se uma coisa outra, o ego dequem tem que receber pede ao universo a presena no mundo externo em determinado momento da pessoa que tem que dar tapas.Quando afirmo que o ego cria a movimentao no estou dizendoque ele criou o levantar do brao do outro, mas que criou a oportunidade dehaver o tapa conclamando algum que tenha o ego que lhe faz dar tapa a serelacionar com voc no momento pr-determinado para que o tapa acontea.Esta a lei da interdependncia das coisas que Buda ensina. Ela ativada atravs de um pedido do seu ego, da sua programao anterior encarnao.Pgina 58 Ego A personalidade humana do espritoPortanto, dizer que o ego criou o tapa no afirmar que ele

    esbofeteou voc, mas que conclamou o tapeador e criou a situao(realidades ilusrias) para que o tapa acontecesse.Participante: Esta conclamao feita na programaode vida antes de encarnar?Sim. Voc programa o ego antes da encarnao para que em talmomento ele conclame um tapeador, para que em determinado momentohaja a percepo da movimentao da mo e tambm para que ele criedeterminada interpretao para aquele ato.Mas, preste ateno em um detalhe. Ainda no estou dizendo como oego funciona.Afirmo isso porque se o ego s um programa, um conjunto decomandos, precisa que algum (um ser inteligente, que haja) ligue essescomandos, ative o funcionamento deste ou daquela ordenao. Vamos falar

    disso amanh. Por enquanto s estamos falando de funcionamento e noexplicando como ele funciona.Participante: Existe a possibilidade de por um deslize fugir

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    da programao ou mud-la?Jamais. Isto porque toda programao operada por um operador eeu garanto que quem opera os comandos dos egos no comete deslizes.Vamos falar disso amanh.Participante: Mesmo porque se houver uma mudana issomexer com diversos outros egos programados na nossa

    interdependncia de carmas, no?Isto. Na verdade mexeria com o Universo inteiro porque todo ele interdependente.Participante: Como se fosse um quebra cabeas?Ego A personalidade humana do esprito Pgina 59Exatamente.Alm do mais, se houvesse um deslize, se no acontecesse algo quedeveria acontecer, no valeria a pena ter encarnado, pois voc no teria feitoa prova qual se disps a fazer.Participante: Quando se diz que uma pessoa deveriaperder um brao e por merecimento ela perdeu s umamo, isso tambm j estava pr-programado?Sim. Este merecimento est no aprimoramento da conscincia

    espiritual e no da vivncia com o ego nesta vida. um merecimento anterior vida e no durante a vida.Ainda falando de mundo externo, vamos nos aprofundar mais noinvisvel, naquilo que no percebido pelos instrumentos de percepo(olhos, nariz, ouvido, lngua e sensibilidades do corpo fsico) do serhumanizado para poder compreender mais uma funo do ego.O que uma mo? Uma formao de diversos elementos. O que soestes elementos (ossos, carne, gordura, sangue, msculos, nervos) quecompem a mo? Fludo csmico universal.Se voc decompor uma mo achar diversos elementos.Decompondo-os mais ainda encontrar as clulas que formam esteselementos. Mas se as decompor achar o fludo csmico universal.Isto no verdade para