espiritualidade e alteridade

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7/24/2019 Espiritualidade e alteridade. http://slidepdf.com/reader/full/espiritualidade-e-alteridade 1/32 GRUPOS PEQUENOS • GUIA DO LÍDER • AGOSTO 2014 Suportar... Servir... Encorajar... Edicar... Perdoar... ...Uns aos Outros

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G R U P O S P E Q U E N O S • G U I A D O L Í D E R • A G O S T O 2 0 1 4  

Suportar...Servir...

Encorajar...Edicar...Perdoar...

...Uns aos Outros

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Nossos grupos pequenos estão retornando neste mês! Um tempo de

retomar os encontros, rever amigos, colocar as conversas em dia,acolher pessoas novas e crescer na Palavra de Deus!

Nesta primeira série do semestre, assim como em nossos encontros definal de semana, convidamos você a refler sobre uma EspiritualidadeOutro-Centrada. Teremos três encontros em paralelo com asmensagens do final de semana, nas semanas seguintes às palestras, eum úlmo estudo que fechará a série, retomando umas das reflexões

que já aconteceram em Julho e que alimenta nossas decisões dentro doambiente que envolve a Conferência de Plantação de Igrejas do CTPI, aqual acontece no final deste mês.

Nestes estudos, perceberá que incenvamos seu grupo pequeno a duasprácas: a primeira, no dia do encontro, a fazer uma avaliação pessoal eindividual de como o tema do dia desafia cada parcipante a buscaruma espiritualidade voltada para o outro; a segunda, no decorrer da

semana seguinte ao encontro, esmulando breves devocionais de 5minutos: (i) lendo a Bíblia (alguns versículos), (ii) escrevendo uma curtaoração (em reação às leituras feitas) e (iii) decidindo uma atude queterá a parr da leitura bíblica e oração. Assim, chamamos essa seção deB.O.A. SEMANA! (B.O.A. = Bíblia + Oração + Ação).

Nossa oração é que Deus use os líderes de cada grupo e esmule cadaparcipante à consagração a Deus, aprofundando a fé e as amizades,acolhendo os novos integrantes e ampliando a influência de seu grupona vida de outros!

  Que a graça do Senhor Jesus esteja conosco ao longo da jornadaque trilharemos juntos, uns com os outros, neste mês! Deus o abençoe!

Equipe Pastoral Igreja Presbiteriana Chácara Primavera

Ministério de Grupos PequenosAgosto de 2014

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1 | Encorajando uns aos outros

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

IntroduçãoJá há algumas semanas, temos conversado em nossos encontros de final desemana sobre desenvolvermos uma espiritualidade outro-centrada. Agora,teremos a oportunidade de fazer o mesmo em nossos grupos pequenos!

Que o Deus que caminha conosco, guiando-nos e nos encorajando, nosacompanhe nessa jornada que trilharemos juntos!

O ProblemaAvalie o encorajamento em sua vida. Selecione a pontuação que melhordescreve sua postura em cada situação.

1. Quando vejo alguém em crise ou desanimado, dou apoio de algumaforma – orando com a pessoa, ouvindo, abraçando e/ou presenteando dealguma forma, de modo que ela possa se senr acolhida.

2. Quando alguém está desmovado, indeciso ou precisando deorientação, tenho palavras de incenvo, ânimo e direção a parr deverdades e princípios bíblicos.

3. Quando alguém comete um pecado ou falta grave, percebo que sou

capaz de confrontar a pessoa a parr de verdades e princípios bíblicos,encorajando a pessoa a crescer e contribuindo para o seu aprendizado.

4. Percebo que Deus me tem usado na vida de pessoas quando estãopassando por um tempo de profunda dor e sofrimento, tendo palavras e/ouatudes que dão ânimo e consolo diante do que estão atravessando.

5. Meu grupo pequeno tem sido fonte de consolo e ânimo para as pessoasque chegam em nossos encontros, com palavras e atudes deencorajamento, tempo de oração e acolhimento com sensibilidade e amoruns aos outros.

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1 | Encorajando uns aos outros

Orientações para o Líder Separe um tempo para seu grupo fazer breve teste da página anterior.Somando o resultado das questões e mulplicando por quatro (4), cada parcipante terá uma pontuação de 0 a 100. Procure conversar com seugrupo sobre o resultado. Quinze (15) minutos pode ser um bom tempo parao teste e esta conversa inicial. Deixe as pessoas bem à vontade paracomparlharem ou não. Incenve o grupo a comparlhar experiências emque encorajaram outras pessoas e qual foi o senmento que veram.Talvez alguns levantem o fato de que não é o dom ou habilidade deles. Isso

 poderá acontecer nos demais estudos também. Apesar de algumas pessoasterem dons bem desenvolvidos em alguns desses temas – para encorajar,edificar ou servir, por exemplo – todo cristão é um instrumento de Deus paraser usado na vida de pessoas com os assuntos que trataremos.Biblicamente, Deus nos ensina que é algo que faz parte da idendade dacomunidade cristã.

O caos se instaurou em sua família. Você já não sabe o que é estar casado

sem estar em crise. Seu filho envolveu-se com drogas. Sua filha estábrigada com você. A crise tomou conta de seus relacionamentos. Falou oque não devia. Fez o que jamais imaginava. O trabalho não existe mais. Aculpa tem a posse de seu coração. As marcas do passado reverberam emsuas atudes do presente e o desmova. A saúde se foi. Você descobriu queestá com câncer. Perdeu um ente querido. Não sabe o que fazer e por ondeir. Não tem forças para prosseguir. Está indeciso. Não tem respostas.

Seja qual for a situação, todos nós já passamos por momentos de vales nos

quais o desânimo assumiu o controle, o dor dominou a alma, adesesperança ameaçou o coração e desisr parecia a melhor opção. Sofreré só questão de tempo. Errar, uma verdade. Decepcionar alguém, um fato.Não corresponder às expectavas, uma realidade. Se, por natureza, jáprecisamos de pessoas, são em situações assim que isso se torna ainda maisevidente e explícito.

Conta-se uma história que alguns animais em um bosque encontraram dois

sapos presos em dois buracos próximos um do outro. No entanto, um sapoera surdo e outro não. Aqueles animais começaram a gescular para ossapos, dizendo para ficarem ali e não correrem risco de tentarem sair epiorar a situação no buraco, agravando o problema. O sapo que ouvia,prontamente atendeu o pedido e ficou parado. No entanto, o sapo surdo via

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1 | Encorajando uns aos outros

a gesculação dos animais e não entendia o que estava sendo falado.

Assim, ao vê-los gesculando, aumentava seu esforço para sair do buraco.Isso fazia com que os animais gesculassem ainda mais, pedindo para que osapo surdo parasse. E o sapo surdo esforçava-se ainda mais. Após algumtempo e tanta energia gasta, pulando cada vez mais alto, o sapo surdoconseguiu saiu do buraco. Quando saiu, os animais se explicaram commaior facilidade, bem como o sapo surdo e este esclareceu que, não estavaentendendo o que estavam dizendo, mas ao vê-los gesculando, foiesmulado a se esforçar mais e sair do buraco. Foi o que o ajudou a sair.Quando os animais viram o resultado e a explicação do sapo surdo,

mudaram o discurso para o outro sapo, o encorajaram e este tambémconseguiu sair do buraco. Em outras palavras, nós temos a possibilidade deajudar pessoas ou de mantê-las no buraco. Podemos encorajar oudesmovar. Nossas atudes influenciam e podem ser decisivas na vida dosoutros.

A Proposta

Não fomos criados para vivermos na solidão. O isolamento é um inimigo daalma. Lidar com as situações que atravessamos sozinhos é uma luta injusta.Deus nos criou como seres relacionais e é nos relacionamentos quepodemos encontrar apoio, sermos encorajados, enxergarmos as coisas sobuma nova perspecva, termos forças para prosseguir, superarmoslimitações, crescermos e aprendermos em meio aos desafios da vida.Precisamos uns dos outros. Veja o que Deus nos fala:

“Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso eincrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, encorajem-se uns aosoutros todos os dias, durante o tempo que se chama "hoje", de modo quenenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado".Hebreus 3.12-13

 Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel. E consideremo-nos uns aos outros para incenvar-nos ao

amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo ocostume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda maisquando vocês vêem que se aproxima o Dia.Hebreus 10.23-25

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1 | Encorajando uns aos outros

O convite de Deus a nós é para caminharmos uns com os outros, com

intencionalidade e apoio mútuo, com palavras e atudes de esmulo eincenvo, mas, esteja atento: encorajamento não é concordar com tudo oque o outro fala, nem falar que vai acontecer algo não vai apenas para apessoa ter uma sensação de bem-estar e não lidar com fatos ou a realidade.Frases como “tudo vai ficar bem”, “ele(a) vai melhorar” e outras do gêneronão são encorajamento. Apoiar o pecado ou erro de uma pessoa tambémnão é encorajamento. Dizer “a culpa não é sua”, “ele(a) é assim mesmo” nãoé solução para encarar desafios. Posturas e atudes como essas sãoomissões em situações em que as pessoas precisam de encorajamento,

orientação, ânimo, consolo ou até mesmo confrontação a fim de reflerema parr da palavra de Deus, ponderarem, aprenderem, rarem lições ecrescerem.

Encorajar não é mera empaa ou sensibilidade com alguém. É empaa comintencionalidade, sensibilidade com palavras de direção, confronto comamor, consolo com calor. Encorajar pode ser diferente em cada situação.Pode:

I. Confrontar, exercendo “pressão posiva” focada na palavra de Deus,visando o crescimento, a maturidade e o bem da pessoa;II. Animar, solidarizando-se, ouvindo, abraçando, orando, com palavrasnorteadoras e verdadeiras, de esperança e renovação de fé para o que vempela frente;III. Consolar, apresentando verdades de um Deus amoroso que nos acolhe efortalice nos problemas e não nos desampara.

Assim, encorajamento envolve intencionalidade nos relacionamentos unscom os outros. É conversar e conviver. É confrontar e consolar. Encorajarcontribui para manter o foco e não se perder ou desisr no caminho.Encorajar clareia a mente, aquece corações, revigora o corpo, fortalece aalma.

Há outros textos bíblicos que abordam o encorajamento. Você podeconversar um pouco com seu grupo sobre eles:

“Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de formaque, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras,mantenhamos a nossa esperança.” Romanos 15.4

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1 | Encorajando uns aos outros

“Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança

nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do EspíritoSanto.” Romanos 15.13

Orientações para o Líder Considere os textos bíblicos presentes neste estudo para conversar com seugrupo. Ainda há outros textos relacionados no tema que pode considerar:Filemom 1.8-11; Atos 11.23; 14.21-22; II Corínos 2.6-7; 7.6-7. Além dos

textos, pode usar um tempo em seu grupo para que comparlhem situaçõesnas quais veram oportunidade de encorajar outras pessoas, quer tenhamsido bem sucedidas ou não. Procure guiar o grupo conduzindo os exemploscom os princípios bíblicos conversados. Dimensione seu tempo paraequilibrar os textos e as conversas e o tempo do grupo ser dinâmico.

A Práca1. Considere como uma “comunidade de encorajadores” poderiainfluenciar os que chegam na Chácara Primavera.

a. Já imaginou o impacto que poderia gerar para os novos na fé e os queestão atravessando adversidades? Pense um pouco em como seria.

b. Como seria o “dia-a-dia” de seu grupo pequeno se o encorajamento fosseuma práca intencional entre os parcipantes? Se já é algo profundo eintenso em seu grupo, considerem como influenciarem outros da nossacomunidade.

2. Quais são as escolhas e decisões que precisa tomar para aprofundar oencorajamento em sua vida?

a. Separe um tempo para considerar:  I. Qual a atenção que você tem dado aos problemas  e adversidades dos outros?  II. Tem a práca de orar e/ou levar uma palavra  de encorajamento para elas?

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1 | Encorajando uns aos outros

b. Que atudes simples poderia ter (ou manter e intensificar) para

intencionalmente ser um encorajador na vida dos outros?

3. Tenha atudes de encorajamento.

a. Ore para Deus lhe guiar, orientar e usar na vida de outros.

b. Considere e praque o encorajamento, pensando em passos ou prácasque o ajudem a ser usado na vida de outros (como um simples abraço, uma

breve e significava oração com o outro, palavras intencionais quepromovam o consolo, a reflexão e o crescimento do outro).

c. Esteja atento às oportunidades que surgirem em sua semana. Sepossível, planeje um encontro com alguém que precisa de apoio e que vocêpode encorajar.

B.O.A. SEMANA!

Incenvamos você a concluir nossa série de estudos tendo um ciclo dedevocional. Nesta semana busque a Deus  a parr dos textos abaixo,escreva sua oração a parr de cada um desses textos, e também umaatude que pode ter a parr desse tempo. 5 minutos de devocional por diapoderá transformar seu relacionamento com Deus e com as pessoas. Vocêpode usar uma folha maior e avulsa com a tabela abaixo para estemomento pessoal com Deus:

Bíblia Oração  Ação

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

Filemom 1.8-11

Atos 11.23

Atos 14.21-22

II Corínos 2.6-7

II Corínos 7.6.-7

Romanos 15.4, 13

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2 | Edificando uns aos outros

IntroduçãoQuando pensamos em espiritualidade outro-centrada, um temaimportante envolve as palavras. A língua, desde o tempo mais remotos, éum recurso poderoso que temos tanto para construir quanto para destruir.Hoje nossa atenção se volta para o tema, considerando o benecio daedificação no crescimento de uma comunidade voltada para o próximo.

Que o Deus que conversa conosco e nos instrui, possa ser a voz a ecoar emnossa mente e coração neste encontro e tempo de reflexão!

O ProblemaAvalie a edificação em sua vida. Selecione a pontuação que melhordescreve sua postura em cada situação.

1. Ao longo de minha vida, percebo como as palavras tem sido um recurso

importante que Deus tem usado para ajudar pessoas e edificar vidas nasverdades e princípios bíblicos.

2. Quando envolvido em situações de stress, tensões e conflitos, as palavrasque pronuncio promovem a reflexão, a paz e o caminhar na direção desoluções, usando-as com sensibilidade, empaa e amor ao outro.

3. Pessoas têm, de diferentes formas, manifestado o quanto as palavras quepronuncio as edificam e promovem o crescimento em suas vidas.

4. Tenho palavras oportunas para o momento que as pessoas vivem,ensinando e/ou aconselhando a parr de textos bíblicos que fortalecem osenfraquecidos, consolam os aflitos, esclarecem para os que buscamrespostas, revigoram a fé dos que estão tropeçando.

5. Meu grupo pequeno tem sido fonte de edificação para as pessoas quechegam em nossos encontros, com palavras que promovem o crescimentoe a maturidade.

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

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2 | Edificando uns aos outros

Orientações para o Líder Separe um tempo para seu grupo fazer breve teste da página anterior.Somando o resultado das questões e mulplicando por quatro (4), cada parcipante terá uma pontuação de 0 a 100. Procure conversar com seugrupo sobre o resultado. Quinze (15) minutos pode ser um bom tempo parao teste e esta conversa inicial. Deixe as pessoas bem à vontade paracomparlharem ou não. Incenve o grupo a comparlhar experiências emque edificaram outras pessoas e qual foi o senmento que veram. Talvezalguns levantem o fato de que não é o dom ou habilidade deles. Isso poderá

acontecer em alguns dos outros estudos também. Apesar de algumas pessoas terem dons bem desenvolvidos em alguns desses temas – paraencorajar, edificar ou servir, por exemplo – todo cristão é um instrumento deDeus para ser usado na vida de pessoas com os assuntos que trataremos.Biblicamente, Deus nos ensina que é algo que faz parte da idendade dacomunidade cristã.

Leia e reflita um pouco sobre a canção abaixo:

Fonte: Sérgio Pimenta | Vencedores por Cristo

  As palavras não dizem tudo  Mesmo que o tudo seja fácil de dizer   Com certeza fala bem melhor o mudo  Se sua atude manifesta o que crê.

  Compromisso, sumiço, omisso,  Ou faz o que fala ou se cala de uma vez,  Que não venha sobre si justo juízo  Pois terrível coisa é cair nas mãos do rei.

  Mesma língua que abençoa, amaldiçoa  Mesma língua canta um hino e traz divisão  Não pode, da mesma fonte, o doce e o amargo  Se Cristo habita de fato no coração.

Converse um pouco com seu grupo sobre a canção:1. No que somos convidados a refler?2. O que nos ensina sobre as palavras?3. O que nos desafia em nossas atudes?

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2 | Edificando uns aos outros

Ah! As palavras... Quanto poder! Quantas possibilidades! A língua tem o

poder para construir e destruir. Ela pode nos conduzir aos lugares mais altose honrados quando usada com sabedoria e prudência e aos abismos maisprofundos e sombrios se a vermos como um arsenal de fuselagem eaniquilação. A língua pode promover o amor e a paz e despertar o ódio e asguerras. Dependendo de nossas escolhas, trazem saúde para vida ou câncerpara alma.

Palavras endurecem o coração, contaminam a mente, enfraquecem ocorpo, golpeiam a alma. Palavras machucam pessoas, destróem

relacionamentos, distanciam amigos, afastam irmãos, dividem famílias,danificam filhos, encerram casamentos. Através da língua, a gritaria revelaa distância dos corações, a calúnia manifesta o rancor e amargura na alma.A maledicência surge, os conflitos emergem, as fofocas se mulplicam, ofalso testemunho envenena e mata. Quantos danos! Quanto desperdício!Se em sua vida você possui uma ou algumas dessas marcas, esteja certo deque não era para ser assim. Não foi para isso que o Senhor criou as palavras.Não é o desejo do coração de Deus as feridas e cicatrizes que carregamospelas experiências que já vemos. E somos convidados a pensar e refler aparr de princípios e valores divinos sobre o valor, impacto e resultadobenéfico que as palavras podem ter em nossas vidas e relacionamentos.

A PropostaAssim como as palavras têm um potencial nuclear de destruição, éinteressante perceber como possuem um poder ainda mais elevado e

supremo de curar, regenerar e transmir vida aos outros:

  “A resposta calma desvia a fúria,mas a palavra ríspida desperta a ira.

  A língua dos sábios torna atraente o conhecimento,mas a boca dos tolos derrama insensatez.

  O falar amável é árvore de vida,mas o falar enganoso esmaga o espírito.

  O justo pensa bem antes de responder,mas a boca dos ímpios jorra o mal”.

  Provérbios 15.1, 2, 4, 28

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2 | Edificando uns aos outros

“Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e

aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantemsalmos, hinos e câncos espirituais com gradão a Deus em seuscorações. Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-noem nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai”.Colossenses 3.16-17 

Quando as palavras de Jesus Cristo habitam em nossas vidas, encarnamoscada dia mais sua vida em quem somos, no que fazemos e no que falamos.Assim, suas palavras nos fortalecem, amparam, auxiliam, encorajam,esmulam, guiam, orientam e movem. Quando a vida e as palavras de Jesusrenovam nossa mente e se enraízam em nosso coração, começamos a tercada dia mais palavras de vida para os outros. Somos capazes de ensinar eaconselhar uns aos outros com sabedoria e graça. As palavras de Deus emnossas vidas nos levam a adorá-lo, proclamá-lo e a ter um coração grato!Sua honra é vista, sua poder é manifesto e sua glória revelada!

Quando as palavras tornam-se parte de nosso ser, experimentamos o

inimaginável. Suas palavras a influenciar as nossas palavras transformamcasamentos, unem pais e filhos, renovam amizades, restauramrelacionamentos, derrubam barreiras entre grupos e facções, exterminama maldade em nações, esmagam o mal em nossas histórias.

O Evangelho de João apresenta Jesus como a Palavra Encarnada (João 1.1-5,10, 14): Deus se escreveu em nossa história para se tornar conhecido e, aprópria Palavra de Deus, deixou de ser um papel para se tornar uma pessoa.Jesus é a Verdade vista! Pessoas testemunharam o impacto de suapresença, o valor de suas palavras, as marcas de sua influência! E quandoJesus e suas palavras tornam-se parte crescente de quem somos, tornamo-nos novas pessoas que podem edificar outros!

Há outros textos bíblicos que abordam a edificação uns aos outros. Vocêpode conversar um pouco com seu grupo sobre eles:

“Por isso, exortem-se e edifiquem-se uns aos outros,como de fato vocês estão fazendo.” 

I Tessalonicenses 5.11

“Edifiquem-se, porém, amados, na sanssima fé que vocês têm,orando no Espírito Santo.” 

 Judas 1.20

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2 | Edificando uns aos outros

Orientações para o Líder Considere os textos bíblicos presentes neste estudo para conversar com seugrupo. Ainda há outros textos relacionados no tema que pode considerar:Provérbios 12.6, 18, 19, 22, 25; 13.2, 3; 14.1, 3, 5, 7; Romanos 14.9. Alémdos textos, pode usar um tempo em seu grupo para que comparlhemsituações nas quais veram oportunidade de edificar outras pessoas.Procure guiar o grupo conduzindo os exemplos com os princípios bíblicosconversados. Dimensione seu tempo para equilibrar os textos e asconversas e o tempo do grupo ser dinâmico.

Tenhas as palavras como um rico instrumento para edificar vidas! Sejarenovado pelas palavras de Deus! Que elas façam morada em sua vida epossam fluir para a vida de outros que estão à sua volta!

A Práca

1. Considere o resultado que a edificação uns aos outros pode trazer em suavida e dos que o cercam.

a. Já parou para pensar no valor que simples frases como um “Bom dia!”,“Bom trabalho!”, “Deus o abençoe!” pode ter na vida de alguém?

b. Como seria o seu dia se vesse a práca intencional de aproveitar asoportunidades para elogiar seu cônjuge e filhos, perguntar como está oseu(sua) irmã(o), conversar com um colega ou amigo que não tem dotempo para se encontrar, conhecer um pouco mais sobre alguém que estáchegando na Chácara Primavera ou se mover na direção de uma pessoa queDeus colocar no seu caminho ao longo do dia?

2. Quais são as escolhas e decisões que precisa tomar paraintencionalmente edificar outras pessoas?a. Como tem usado as palavras em seus relacionamentos?b. Há alguma atude que se repete e que precisa ser revista?c. Há alguma atude que pode ter para edificar outras pessoas?

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2 | Edificando uns aos outros

3. Tenha atudes de edificação ao outro.

a. Ore para Deus lhe guiar e orientar sobre pessoas com as quais pode (ouprecisa) conversar, aconselhar ou ensinar.

b. Esteja atento às oportunidades que surgirem em sua semana. Sepossível, planeje um encontro com alguém que precisa de apoio e que vocêpode edificar.

B.O.A. SEMANA!

Incenvamos você a concluir nossa série de estudos tendo um ciclo dedevocional. Nesta semana busque a Deus  a parr dos textos abaixo,escreva uma oração a parr de cada um desses textos, e também umaatude que pode ter a parr desse tempo. 5 minutos de devocional por diapoderá transformar seu relacionamento com Deus e com as pessoas. Vocêpode usar uma folha maior e avulsa com a tabela abaixo para este momentopessoal com Deus:

Bíblia Oração  Ação

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

Provérbios 6.16-19

Provérbios 15.1,2,4,23,26,28

I Tessalonicenses 4.18

I Tessalonicenses 5.11

Colossenses 3.16

Romanos 14.9

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3 | Perdoando uns aos outros

IntroduçãoPessoas nos decepcionam. Não agem sempre como queremos, nem fazemo que desejamos. Não correspondem às expectavas e nos deixam na mão.Se você se relacionar com alguém, pode ter uma certeza: você vai semachucar. Pessoas falarão mal de você por trás. Você sofrerá abusos, quersicos, emocionais ou verbais. Seu chefe fará promessas e não as cumprirá.Um colega de trabalho não convidará você para uma festa. Alguém menrápara você. Seus familiares não farão o que espera. Seus pais errarão. Seusfilhos desobedecerão. Seu cônjuge falhará. As feridas acontecerão. Asdores virão. E você estará diante de uma escolha: oferecerei o perdão?

A reação imediata que temos é de buscar a própria jusça.: “Eu não mereçoisso!”, “Isso não é justo!”, “Como ele(a) foi capaz de fazer isso comigo?”. E apergunta permanecerá: oferecerei o perdão?

O perdão é o tema de nossa conversa em grupo nesse encontro. Que Deus oabençoe neste tempo de conversa, reflexão e oração!

O Problema

Avalie o perdão em sua vida. Selecione a pontuação que melhor descrevesua postura em cada situação.

1. Quando ofendido, humilhado e/ou agredido sica, verbal ouemocionalmente, tenho a práca de, na ocasião ou oportunidadeposterior, conversar e perdoar meu agressor.

2. Quando pessoas me decepcionam e/ou não correspondem àsexpectavas, tenho facilidade em manter um relacionamento saudável

com elas, lidando com a situação e construindo o relacionamento a parrdo aprendizado que vemos.

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

NUNCA 0 1 2 3 4 5 SEMPRE

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3 | Perdoando uns aos outros

3. Quando situações de desentendimento aconteceram em minha família

(casamento, pais, filhos, irmãos, parentes), busquei a reconciliação com osenvolvidos, tendo como árbitro as orientações bíblicas. Quando a situaçãonão se resolveu, busquei líderes espirituais que pudessem mediar asituação para que a reconciliação ocorresse.

4. Quando decepcionei e falhei com pessoas próximas a mim, confessei omeu pecado diante de Deus e das pessoas envolvidas e perdoei a mimmesmo pela minha atude.

5. Posso afirmar que perdôo os outros como desejo que Deus me perdoe.

Parlhe um pouco com seu grupo sobre o resultado.

Orientações para o Líder Separe um tempo para seu grupo fazer breve teste da página anterior.Somando o resultado das questões e mulplicando por quatro (4), cada parcipante terá uma pontuação de 0 a 100. Procure conversar com seugrupo sobre o resultado. Quinze (15) minutos pode ser um bom tempo parao teste e esta conversa inicial. Deixe as pessoas bem à vontade paracomparlharem ou não. Usar o plural nesta conversa, sem se referir aninguém especificamente favorece. Você pode também ler o trecho a seguir

e comparar com o teste, o que enriquece a conversa e a reflexão sobre o problema.

A falta de perdão invade a mente, alimenta a amargura, compactua com orancor, corrói o coração, drena as energias, nutre a omissão, corrompe aalma. Na ausência do perdão, relacionamentos se desgastam, pessoas seafastam, casamentos acabam, filhos se distanciam dos pais, amizadeschegam ao fim, comunidades se dividem, sociedades se destróem e vidassão aniquiladas.

De um lado, situações em que falta o perdão tem as marcas da gritaria,discórdia e facções. Pessoas escolhem lados. De outro, emerge a omissão,passividade, maledicência e falso testemunho. Finge-se que nada estáacontecendo com a pessoa diretamente envolvida e amplia-se o ocorrido

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3 | Perdoando uns aos outros

com terceiros. Ao invés de lidar com a situação, a dor causada e buscar a

pessoa que causou o dano, nutre-se o mal no coração em conversas comterceiros, o que complica o cenário e pode gerar uma crise ainda mais grave.A ausência do perdão é o contexto perfeito para as batalhas. É o cenárioideal para as guerras. E o mal é retribuído com o mal. Surgem os terroristasda alma: homens e mulheres, famílias e grupos, cidades e nações prontascomo uma bomba-relógio, dispostos a explodir (ou implodir) e destruirtudo em defesa do ego inflamado, humilhado e machucado. O orgulhoferido ganha espaço. A arrogância cresce. A insensatez se propaga e o temora Deus se desvanece. Quando não se assume os danos causados por

alguém, a maturidade é uma ilusão, o crescimento é irreal e seguir Jesus éuma menra.

Não era para ser assim... E a Bíblia nos convida a refler um pouco maissobre este grande desafio que temos de perdoar uns aos outros.

A PropostaÉ interessante como na oração que Jesus nos ensinou no conhecido Sermãodo Monte – a oração do Pai Nosso (Mateus 6.9-13) – há o trecho que diz:“Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.”(Mateus 6.12).. Você já se perguntou: como Deus nos perdoaria se Ele nosperdoar como nós perdoamos as pessoas? E essa pergunta levanta umaoutra: como está o seu perdão oferecido às pessoas que lhe causam dano?

Orientações para o Líder Converse um pouco com o grupo sobre essas duas perguntas anteriores.São perguntas fundamentais dentro do tema desta semana. O tempo queterão em grupo aqui pode ser um tempo de cura de relacionamentos,oração e compromisso de ter atudes na direção das pessoas que ainda nãoreceberam o perdão por parte dos integrantes de seu grupo pequeno. Sedesejar conversar sobre outros textos da palavra de Deus, considere ostextos a seguir.

Há outros textos bíblicos que abordam o assunto do perdão também.Converse um pouco com seu grupo sobre eles:

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3 | Perdoando uns aos outros

Suportem-se uns aos outros e

 perdoem as queixas que verem uns contra os outros.Perdoem como o Senhor lhes perdoou.Colossenses 3.13

Livrem-se de toda amargura, indignação e ira,gritaria e calúnia, bem como de toda maldade.Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros,

 perdoando-se mutuamente,

assim como Deus perdoou vocês em CristoEfésios 4.31-32

O fim de todas as coisas está próximo.Portanto, sejam criteriosos e sóbrios; dediquem-se à oração.Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros,

 porque o amor perdoa muissimos pecados.I Pedro 4.7-8 

Perdão está diretamente relacionado ao amor. Muitos dizem amar, mastêm dificuldade de compreenderem a dimensão e profundidade do amorverdadeiro que Deus nos ensina. O amor bíblico não é meramentepracado aos que fazem o que queremos, agem como agimos, pensamcomo pensamos, concordam com tudo o que dizemos. Pense um poucosobre isso. Quantas vezes não dizemos que amamos alguém pelo simplesfato de serem tão parecidos conosco ou terem algo de agradável que nos

atrai?

O amor que Deus nos ensina não é vivido apenas com aqueles que nósconsideramos “alma gêmea” (se é que isso existe em algum momento davida de alguém), completam nossas frases, nos abraçam, acolhem e nãoconfrontam nossas atudes. Confundimos amor com um senmentonarcisista e egocêntrico projetado em terceiros, uma sensação que temospor nós mesmos e que colocamos sobre outros.

Relacionamentos não se desenvolvem e perduram assim. Relacionamentosacontecem em meio aos desencontros e desafios, aos desentendimentos edores, provações e adversidades, decepções e tristezas. E é nessassituações que o perdão e a comunicação tornam-se uma dupla essencialpara o relacionamento a longo prazo.

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3 | Perdoando uns aos outros

Tim Keller, pastor presbiteriano na cidade de Nova Iorque, ajuda-nos a

refler sobre isso, quando nos desafia: “Perdão só existe onde há morte eressurreição”. Para amarmos as pessoas que falharam conosco, temos queaprender a morrer. Nossa amargura precisa morrer. Nosso rancor precisamorrer. Nosso orgulho precisa morrer. Morrer para os danos. Morrer dianteda dor. Morrer diante da atude que nos feriu. Morrer para ressuscitar.Morrer para ter um novo relacionamento com a pessoa.

A Práca

1. Sonhe com um novo futuro para seus relacionamentos.

a. Já imaginou em que seus relacionamentos se tornariam se seguisse todasas instruções de Jesus sobre perdão? Pense um pouco em como seria.

b. Considere a(s) pessoa(s) com as quais precisa se reconciliar.

2. Quais são as escolhas e decisões que precisa tomar para que seurelacionamento com essas pessoas (consideradas na questão 1) possa serdiferente?

a. Separe um tempo para considerar:I. Qual foi a situação que nos afastou?II. O que eu fiz que pode ter contribuído para isso?III. O que a outra pessoa fez?

b. O que você pode fazer para mudar o relacionamento entre vocês?

3. Tenha a atude de perdão.

a. Ore pela pessoa que lhe feriu e/ou que você feriu.

b. Agende um encontro de reconciliação com a pessoa.c. Planeje como será o encontro (o que deve ser dito, o que não precisa serdito, a forma que deve ser dito).

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3 | Perdoando uns aos outros

d. Converse com um líder ou mentor cristão que possa acompanhar de fora

esse processo de reconciliação (o princípio é de ter alguém a quem sereporte e acompanhe toda situação).

B.O.A. SEMANA!

Incenvamos você a prosseguir nessa próxima semana nessa reflexão.

Nesta semana busque a Deus a parr dos textos abaixo, escreva uma oraçãoa parr de cada um desses textos, e também uma atude que pode ter aparr desse tempo. 5 minutos de devocional por dia poderá transformarseu relacionamento com Deus e com as pessoas. Você pode usar uma folhamaior e avulsa com a tabela abaixo para este momento pessoal com Deus:

Bíblia Oração  Ação

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

Prov. 18.1-3, 6-8, 13, 19-21

Filipenses 2.1-5

Mateus 6.9-13

Colossenses 3.13

I Pedro 4.7-8

Efésios 4.31-32

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4 | Servindo uns aos outros

Introdução

No final do mês de Julho, nesta série, vemos encontros em um final desemana nos quais conversamos sobre o serviço em nossa comunidade.Nesta semana, somos levados novamente a refler sobre nosso serviço emissão no contexto da Conferência de Plantação de Igrejas do CTPI, com aqual nossa igreja está envolvida. Diante de um assunto tão importante ecrucial em nossa espiritualidade cristã, convidamos você a caminharconosco neste estudo por este tema que traz uma das principais essências

de uma vida outro-centrada.

Que o Deus a quem servimos ilumine sua mente e coração neste tempo deconversa, oração e desafios que envolvem nosso encontro de hoje!

O Problema

Avalie o serviço em sua vida. Selecione a pontuação que melhor descrevesua postura em cada situação.

1. Estou envolvido semanalmente em uma avidade, evento e/oucompromisso na qual sirvo e me dedico aos outros com prazer e alegria.

2. Tenho atudes diárias de alguma forma de serviço à minha família e/oupessoas que moram comigo (ou próximas a mim) e faço com grandesasfação. 

3. Dedico minhas habilidades, talentos e/ou dons na nossa igreja, sendousado posivamente na vida de outros.

4.Ulizo e dedico meus recursos financeiros de modo equilibrado entrepessoas, na minha comunidade, minha cidade e lugares distantes comextrema pobreza e necessidades.

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4 | Servindo uns aos outros

5. Meu grupo pequeno serve pessoas – adultos, adolescentes e crianças –

que chegam em nossos encontros, incluindo-as, acolhendo-as,conversando e se aproximando de cada um delas com sensibilidade e amor.

Parlhe um pouco com seu grupo sobre o resultado.

Orientações para o Líder Separe um tempo para seu grupo fazer breve teste da página anterior.Somando o resultado das questões e mulplicando por quatro (4), cada parcipante terá uma pontuação de 0 a 100. Procure conversar com seugrupo sobre o resultado. Quinze (15) minutos pode ser um bom tempo parao teste e esta conversa inicial. Deixe as pessoas bem à vontade paracomparlharem ou não. Incenve o grupo a comparlhar experiências emque serviram outras pessoas e qual foi o senmento que veram. Desafie ogrupo a refler nos movos de não servirmos mais as pessoas dentro das

condições que cada um possui.

A sociedade não nos incenva a viver outro-centrado. Pelo contrário. Seapenas reagirmos ao esmulos do meio, nossa vida será altamenteautocentrada. Nossas cidades tem como pressuposto principal asnecessidades dos indivíduos e não necessariamente as carências dasociedade. O sociólogo polonês Zigmunt Bauman analisa em seus diversoslivros o mundo “líquido” de nossas cidades marcado por relavismos,individualismos, consumismos e direitos pessoais que supervalorizam apessoa. E, como Bauman afirma, “a sociedade de consumo conseguetornar permanente a insasfação”.

A mídia move-se a parr do desejo que temos de sasfação pessoal. Oconsumo é pensado a parr do prazer individual. O mercado com crianças,adolescentes e jovens cresce não a parr de princípios e valores, masdaquilo que dá dinheiro e é atravo. A educação coloca a criança no centro.

Pais colocam os filhos no centro. Professores tornam-se vilões para os pais.Tudo para “nossos filhos” e, se possível, sem sofrimento, luta ou dor.Casamentos acabam na luta pelo suposto direito pessoal de cada um serfeliz. Jovens regem suas vidas segundo o que querem. Se forempressionados no trabalho, ram alguns meses (ou anos) de férias para

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4 | Servindo uns aos outros

fazerem um mochilão na Europa ou “darem um tempo” na Ásia pelo

cansaço que acumularam no curto tempo que trabalharam. A Geração Ytem a marca do imediasmo. Prazer imediato, retorno imediato.

Dizemos que não temos o suficiente por qualquer movo: não temosroupas, mas os armários da casa estão cheios. Não temos sapatos, mastropeçamos em alguns em casa. Dizemos que não temos dinheiro, mastrocamos de celular, laptop, automóvel, televisão, eletrodoméscos empoucos anos (se não todo ano). Abrimos facilmente o bolso para comprarsmartphones, iPods, iPads, carros, casas, mas dificilmente abrimos o bolso

para ajudar pessoas. Somos capazes de jogar fora centenas ou milhares dereais com coisas, mas incapazes de invesr centavos ou alguns reais empessoas. Passamos horas na frente de vídeo-games, smartphones e laptopsnos entretendo virtualmente, mas nem sequer pensamos em passar algunsminutos com pessoas que precisam de auxílio e afeto. Invesmos mais emtecnologia do que em pessoas. Gastamos mais com cosmécos do que compessoas. Perdemos alguns minunhos no shopping dando “uma volnha”,mas não podemos ganhar alguns minunhos ajudando uma pessoa emextrema necessidade. A lista que revelam as marcas do nosso vergonhosoegocentrismo connua. Acrescente as suas.

Fato é que tendemos a sugar de nossas cidades ao invés de servir nossascidades. Nas igrejas, a atude se repete: desejamos muito para nós ededicamos pouco para os outros. Consumimos pessoas e relacionamentosao invés de contribuir com as mesmas. Ter é o protagonista de nossas vidas.Dar é o vilão de nossas histórias. Se nos dizemos cristãos, há algo muitosério em nossa forma de viver que está disfuncional. Como Gandhi certa

vez declarou: “Gosto do seu Cristo. Não gosto é dos seus cristãos. Seuscristãos são tão diferentes do seu Cristo”.

Converse um pouco com seu grupo sobre essa realidade. Consideretambém os pensamentos de Zigmunt Bauman em seu livro ModernidadeLíquida:

“O mundo está cheio de possibilidade, é como uma mesa de buffet comtantos pratos deliciosos que nem o mais dedicado comensal poderia provar

de todos. Os comensais são os consumidores, a mais custosa e irritante dastarefas que se pode pôr diante de um consumidor é a necessidade deestabelecer prioridades: a necessidade de dispensar algumas opçõesinexploradas e abandoná-las. A infelicidade dos consumidores deriva do

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4 | Servindo uns aos outros

excesso e não da falta de escolha. 'Será que ulizei os meios à minha

disposição da melhor maneira possível'? É a pergunta mais assombrosa ecausa insônia ao consumidor”.

“Nós somos responsáveis pelo outro, estando atento a isto ou não,desejando ou não, torcendo posivamente ou indo contra, pela simplesrazão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que fazemos (oudeixamos de fazer) tem impacto na vida de todo mundo e tudo o que as pessoas fazem (ou se privam de fazer) acaba afetando nossas vidas”.

A Proposta

Há um caminho alternavo. Há uma proposta que pode nos rar a inérciado consumo: servir. Em Mateus 25.41-46, Jesus nos alerta para o perigo e

trágico resultado de uma vida autocentrada:

Então ele dirá aos que esverem à sua esquerda: 'Malditos, apartem-se demim para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos. Pois eu ve fome, e vocês não me deram de comer; ve sede, e nada me deram parabeber; fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, evocês não me vesram; esve enfermo e preso, e vocês não me visitaram'.Eles também responderão: 'Senhor, quando te vimos com fome ou com sede

ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso, e não teajudamos? ‘ 

Ele responderá: 'Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer aalguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo'. Eestes irão para o casgo eterno, mas os justos para a vida eterna".

O texto é confrontavo. Para muitos, exagerado e extremista. Mas,considere por um momento: se Jesus é nosso mestre, nos ama, sendo capaz

de dar sua própria vida e é ele quem faz tal declaração, sendo nós seusdiscípulos, teríamos razão em discordar? Nossos senmentos manisfestamo que há dentro de nós. Nossas atudes com o outro revelam nossocoração. Nossas agendas manifestam nossas prioridades.

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4 | Servindo uns aos outros

Conta-se que, certa vez, duas pessoas conversavam e uma delas indagava:

“Às vezes, eu gostaria de perguntar a Deus porque ele permite a pobreza, osofrimento e a injusça se ele poderia fazer alguma coisa a respeito”. Aoutra pessoa indagou: “E porque você não pergunta?”. Então esclareceu:“Por que receio que ele me faça a mesma pergunta”.

Orientações para o Líder Considere os textos bíblicos presentes neste estudo para conversar com seugrupo. Ainda há outros textos relacionados no tema que pode considerar:

Marcos 10.45; Romanos 12.13; I Corínos 12.7; Efésios 4.28. Além dostextos, pode usar um tempo em seu grupo para que comparlhemsituações nas quais veram oportunidade de servir o próximo. Dimensioneseu tempo para equilibrar os textos e as conversas e o tempo do grupo serdinâmico.

Jesus nos convida a servir uns aos outros. Servir é o ato visível de amor.Servir é a expressão máxima de um discípulo de Jesus. Somos convocados a

servir no contexto da comunidade cristã. Somos chamados a nos dedicar nocenário de nossas cidades. As duas coisas estão conectadas. A missão delevar o amor de Jesus às pessoas está inmamente ligada ao serviço queprestamos uns aos outros.

Há outros textos bíblicos que abordam o assunto do serviço. Converse umpouco com seu grupo sobre eles:

 

Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermosboas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as pracássemos.Efésios 2.10

Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múlplas formas. Se alguém fala, faça-ocomo quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado

mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sempre. Amém.I Pedro 4.10-11

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4 | Servindo uns aos outros

Você Sabia....

Pensando no mundo e em nossas cidades.

Dados fornecidos pelo presidente da Visão Mundial, Richard Stearns, em seu livro “AGrande Lacuna”:

• Se sua família possui um carro, vocês estão entre  os 7% das pessoas mais ricas do mundo;• Cerca de 2,6 bilhões de pessoas (40% das pessoas)

vivem com menos de US$2,00/dia (ou cerca de R$4,00/dia);

• 400 milhões de crianças estão passando fome hoje;• 26.575 crianças morrem de fome todos os dias por  questões relacionadas a pobreza;• 30 bilhões de reais poderiam eliminar a extrema pobreza  no mundo para 1 bilhão de pessoas;• 12 bilhões de reais dariam o Ensino Fundamental  para todas as crianças na pobreza;• 18 bilhões de reais levariam água limpa para  a maioria dos pobres no mundo;

• 26 bilhões de reais seria o custo para todos  no mundo terem saúde e nutrição básica;• Se os cristãos do mundo ocidental se dispuserem a agir, a fome  no mundo acaba e a crise com água limpa termina hoje.

Pensando em nossa igreja

• Menos de 35% dos parcipantes de nossa comunidade  serve em algum ministério;

• Ainda assim, a qualidade do serviço – compromisso, pontualidade,frequência, dedicação, pró-avidade, iniciava,– ainda é um desafio;• Aproximadamente 30% dos membros de nossa comunidade écontribuinte fiel com recursos financeiros, envolvendo-se nas causas quedefendemos.

Billy Sunday certa vez declarou: “Ir à igreja não faz de você um cristão, assimcomo ficar na garagem não o transforma em um carro.” 

“Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido,mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".Marcos 10.45

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4 | Servindo uns aos outros

A Práca

Com seus dons e habilidades, há muito que pode fazer. Seu trabalho é uminstrumento poderoso e estratégico para promover a paz e a jusça nacidade. Use-o com sabedoria. Dê o seu melhor. Sua família pode serincenvada a crescer no serviço tendo avidades aos finais de semana juntos. Ore, pense, considere, planeje.

1. Sonhe mais com nossa comunidade e cidade.

a. Já imaginou o que poderíamos realizar juntos se servirmos ainda maisuns aos outros? Pense um pouco em como seria.

b. Considere o que poderíamos realizar a mais juntos através de nossacomunidade (quandade de novas igrejas plantadas, projetos apoiados,pessoas alcançadas, famílias transformadas pelo evangelho, iniciavas nacidade).

c. Imagine o seguinte: sua vida está chegando ao fim e você mudou o

mundo. O que você fez para mudar o mundo?

2. Quais são as escolhas e decisões que precisa tomar para dar passos nadireção desses sonhos?

a. Separe um tempo para considerar:I. O que poderia fazer junto com sua família para servir as pessoas?II. O que poderia fazer junto em seu trabalho para servir a Deus e as

pessoas?III. Tem servido na comunidade? Se não tem, como poderia começar?

b. Liste 5 habilidades principais que possui. Avalie o que mais gosta de fazer.Como poderia servir as pessoas através das qualidades que possui?

3. Tenha atudes de serviço.

a. Ore para Deus lhe guiar, orientar e usar na vida de outros.

b. Planeje sua semana com um dia e horário para intencionalmente serviroutras pessoas (o que fará, como fará, se envolverá outras pessoas).

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4 | Servindo uns aos outros

c. Procure um líder da comunidade para descobrir como pode se dedicar

mais nos ministérios que possuímos.

B.O.A. SEMANA!

Incenvamos você a concluir nossa série de estudos tendo um úlmo ciclode devocional. Nesta semana busque a Deus a parr dos textos abaixo,escreva uma oração a parr de cada um desses textos, e também umaatude que pode ter a parr desse tempo. 5 minutos de devocional por diapoderá transformar seu relacionamento com Deus e com as pessoas. Vocêpode usar uma folha maior e avulsa com a tabela abaixo para este momentopessoal com Deus:

Bíblia Oração  Ação

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

Mateus 25.41-46

Marcos 10.45

Romanos 12.13

I Corínos 12.7

Efésios 2.10

I Pedro 4.10-11

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