espÉcies arbÓreas e arbustivas cultivadas em sistemas

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ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS CULTIVADAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS DE VÁRZEA NO MÉDIO AMAZONAS. Peter Wimmer¹; Etelvino R. Araújo 2 ; Newton P. S. Falcão 3 ; Sonia S. Alfaia 3 1-Mestrando PPG - Ciências de Florestas Tropicais, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), 2- Mestrando PPG – Agricultura nos Trópicos Úmidos, INPA, 3- Pesquisadores do INPA. E-mail: [email protected] RESUMO O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento das espécies arbóreas e arbustivas cultivadas nos sistemas agroflorestais (Safs) de várzea do Médio Amazonas. Foram consideradas espécies cultivadas, todas aquelas que são plantadas e/ou manejadas pelas populações ribeirinhas visando o consumo e/ou comércio. Foram inventariados 12 sistemas, totalizando 7900 indivíduos de 54 espécies, pertencentes a 27 famílias. O tamanho médio dos Safs estudados foi de 1,6 hectares com uma média de 20 espécies por sistema. A família com maior diversidade foi Arecaceae com 7 espécies, seguida por Moraceae, Myrtaceae e Sterculiaceae, com 4 espécies cada. As espécies mais freqüentes foram: Musa spp., Theobroma cacao L. e Hevea brasiliensis Muell. Arg., ocorrendo em 100% dos Safs estudados. As espécies mais abundantes foram T. cacao, H. brasiliensis, Euterpe oleraceae Mart., Musa spp e Oenocarpus minor Mart., somando 93% de todas as espécies inventariadas. A grande maioria das espécies cultivadas são frutíferas nativas que são fundamentais na alimentação e geração de renda para as famílias ribeirinhas. O índice de diversidade de Shannon - Wiever (H´) apresentou média de 0,67 (variando de 0,491a 0,794) e o índice de dominância de Berger - Parker (d) teve média de 0,45 (variando de 0,32 a 0,65). Palavras-chaves: Amazônia, Componentes agroflorestais, Seringueira, Cacaueiro. 1. INTRODUÇÃO Na região Norte as florestas inundáveis ocupam cerca de 98.000 km 2 da Amazônia, dos quais 75.880,8 km2 correspondem às florestas de várzea – 1,6% da superfície da Amazônia Brasileira (Araújo et al., 1984). Embora esse ecossistema apresente uma extensão territorial bem reduzida em relação às áreas de terra firme, historicamente foi o que primeiro contribuiu com o fornecimento de madeiras e produtos não-madeireiros – borracha, sementes, oleaginosas e fibras (Bentes-Gama et.al, 2002) As várzeas constituem um ecossistema típico das margens dos rios de água barrenta, cujos solos apresentam normalmente fertilidade natural variando de media a alta devido à deposição dos sedimentos em suspensão nas águas durante o período das cheias (Falesi, 1972). Nessas áreas ocorrem plantas altamente adaptadas e que apresentam resistências a submersão (Prance, 1980; Ayres, 1993). Segundo o Zoneamento Ecológico Econômico do Amapá (2000), o uso do ambiente de várzea está centrado no extrativismo vegetal, principalmente açaí (fruto e palmito), seringa, andiroba, madeira e pecuária extensiva. Em estudo no Careiro da Várzea - AM, Guillaumet et al. (1990) observaram uma grande diversidade de espécies, principalmente de árvores frutíferas, tanto regionais como introduzidas, assim como árvores para usos múltiplos e seringueira para coleta e venda do látex. Este tipo de sistema produtivo foi descrito por Almeida e Brito (2003) como um sistema agroflorestal caboclo típico do agrossistema de várzea. O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento das espécies arbóreas e arbustivas cultivadas nos sistemas agro florestais de várzea do Médio Amazonas. Foram consideradas espécies cultivadas, todas aquelas que são plantadas e/ou manejadas pelas populações ribeirinhas visando o consumo e/ou comércio. 2. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado nas áreas de várzea da margem esquerda do Paraná de Serpa e direita da Ilha do Risco, no município de Itacoatiara, Médio Amazonas. O clima da região é do tipo “Amw” na classificação de Köppen, com precipitação média anual de 2200 mm. A temperatura média anual é de 26° C, com umidade relativa do ar variando de 84 a 90% ao longo do ano. Os meses mais chuvosos vão de Dezembro a Maio, e os mais secos de Agosto a Novembro. A vegetação original da região é floresta ombrófila densa (IBGE, 2005), e as áreas de estudo são formadas por sistemas agroflorestais. A formação geológica é composta por depósitos sedimentares inconsolidados terciários e/ou quaternários e o solo é classificado como Gleissolo Háplico (IBGE, 2005).

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Page 1: ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS CULTIVADAS EM SISTEMAS

ESPÉCIES ARBÓREAS E ARBUSTIVAS CULTIVADAS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS DE VÁRZEA NO MÉDIO AMAZONAS.

Peter Wimmer¹; Etelvino R. Araújo2; Newton P. S. Falcão3; Sonia S. Alfaia3 1-Mestrando PPG - Ciências de Florestas Tropicais, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), 2- Mestrando PPG – Agricultura nos Trópicos Úmidos, INPA, 3- Pesquisadores do INPA.

E-mail: [email protected]

RESUMO O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento das espécies arbóreas e arbustivas cultivadas nos sistemas agroflorestais (Safs) de várzea do Médio Amazonas. Foram consideradas espécies cultivadas, todas aquelas que são plantadas e/ou manejadas pelas populações ribeirinhas visando o consumo e/ou comércio. Foram inventariados 12 sistemas, totalizando 7900 indivíduos de 54 espécies, pertencentes a 27 famílias. O tamanho médio dos Safs estudados foi de 1,6 hectares com uma média de 20 espécies por sistema. A família com maior diversidade foi Arecaceae com 7 espécies, seguida por Moraceae, Myrtaceae e Sterculiaceae, com 4 espécies cada. As espécies mais freqüentes foram: Musa spp., Theobroma cacao L. e Hevea brasiliensis Muell. Arg., ocorrendo em 100% dos Safs estudados. As espécies mais abundantes foram T. cacao, H. brasiliensis, Euterpe oleraceae Mart., Musa spp e Oenocarpus minor Mart., somando 93% de todas as espécies inventariadas. A grande maioria das espécies cultivadas são frutíferas nativas que são fundamentais na alimentação e geração de renda para as famílias ribeirinhas. O índice de diversidade de Shannon - Wiever (H´) apresentou média de 0,67 (variando de 0,491a 0,794) e o índice de dominância de Berger - Parker (d) teve média de 0,45 (variando de 0,32 a 0,65). Palavras-chaves: Amazônia, Componentes agroflorestais, Seringueira, Cacaueiro. 1. INTRODUÇÃO Na região Norte as florestas inundáveis ocupam cerca de 98.000 km2 da Amazônia, dos quais 75.880,8 km2 correspondem às florestas de várzea – 1,6% da superfície da Amazônia Brasileira (Araújo et al., 1984). Embora esse ecossistema apresente uma extensão territorial bem reduzida em relação às áreas de terra firme, historicamente foi o que primeiro contribuiu com o fornecimento de madeiras e produtos não-madeireiros – borracha, sementes, oleaginosas e fibras (Bentes-Gama et.al, 2002) As várzeas constituem um ecossistema típico das margens dos rios de água barrenta, cujos solos apresentam normalmente fertilidade natural variando de media a alta devido à deposição dos sedimentos em suspensão nas águas durante o período das cheias (Falesi, 1972). Nessas áreas ocorrem plantas altamente adaptadas e que apresentam resistências a submersão (Prance, 1980; Ayres, 1993). Segundo o Zoneamento Ecológico Econômico do Amapá (2000), o uso do ambiente de várzea está centrado no extrativismo vegetal, principalmente açaí (fruto e palmito), seringa, andiroba, madeira e pecuária extensiva. Em estudo no Careiro da Várzea - AM, Guillaumet et al. (1990) observaram uma grande diversidade de espécies, principalmente de árvores frutíferas, tanto regionais como introduzidas, assim como árvores para usos múltiplos e seringueira para coleta e venda do látex. Este tipo de sistema produtivo foi descrito por Almeida e Brito (2003) como um sistema agroflorestal caboclo típico do agrossistema de várzea. O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento das espécies arbóreas e arbustivas cultivadas nos sistemas agro florestais de várzea do Médio Amazonas. Foram consideradas espécies cultivadas, todas aquelas que são plantadas e/ou manejadas pelas populações ribeirinhas visando o consumo e/ou comércio. 2. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado nas áreas de várzea da margem esquerda do Paraná de Serpa e direita da Ilha do Risco, no município de Itacoatiara, Médio Amazonas. O clima da região é do tipo “Amw” na classificação de Köppen, com precipitação média anual de 2200 mm. A temperatura média anual é de 26° C, com umidade relativa do ar variando de 84 a 90% ao longo do ano. Os meses mais chuvosos vão de Dezembro a Maio, e os mais secos de Agosto a Novembro. A vegetação original da região é floresta ombrófila densa (IBGE, 2005), e as áreas de estudo são formadas por sistemas agroflorestais. A formação geológica é composta por depósitos sedimentares inconsolidados terciários e/ou quaternários e o solo é classificado como Gleissolo Háplico (IBGE, 2005).

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Para o levantamento das espécies foram realizados inventários florestais em 12 Safs, distribuídos em diferentes propriedades ao longo do Paraná de Serpa e Ilha do Risco. Foram identificadas e quantificadas todas as espécies vegetais pertencentes a estes sistemas que, segundo os proprietários, possuem algum valor comercial e/ou são utilizadas para o consumo. Espécimes de Palmeiras (Arecaceae), Bambus (Poaceae) e bananeiras (Musaceae) que se desenvolvem por meio de perfílios foram quantificados por touceiras, assim como os indivíduos de cacau que apresentaram múltiplos fustes. Apesar de não serem espécies arbóreas ou arbustivas, maracujás (Passiflora sp.) e abacaxis (Ananas sp.), foram consideradas no inventário devido a sua importância como produto de mercado. A área dos sistemas foi medida com o uso de trenas e aferida com o uso de aparelho GPS. Foram calculados o número de espécies, famílias, número de espécies por Saf, área dos Safs, freqüência absoluta das espécies, freqüência relativa, índice de diversidade de Shannon - Wiever e índice de dominância. As espécies encontradas foram classificadas em relação a sua origem, sendo consideradas nativas todas as espécies amazônicas ou neo-tropicais introduzidas na Amazônia antes do ano de 1500 (Clement, 1999) e foi descrito o seu uso mais comum. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram inventariados 12 Safs totalizando 7900 indivíduos de 54 espécies, pertencentes a 27 famílias. A área média dos Safs estudados foi de 1,6 hectares variando de 0,39 a 3,75 hectares. As espécies identificadas são predominantemente nativas. Do total de 56, apenas 11 são exóticas à região. Os Safs possuem riqueza média de 20 espécies, variando entre 11 e 37. Esta variação pode ser explicada em parte, pela presença de habitações dos ribeirinhos dentro dos Safs. Ao redor das moradias é possível observar uma grande diversidade de espécies que são cultivadas pelos seus frutos ou propriedades medicinais, são encontradas em número reduzido de indivíduos ou até mesmo um único exemplar, agrupadas num sistema conhecido como quintal agroflorestal (Lima, 1994; Dubois, 1996; Vivan,1998). Devido a esse fato, os Safs integrados às habitações apresentam uma maior riqueza de espécies (média de 23,6) do que os sistemas isolados (média de 15,4). A família com maior diversidade foi Arecaceae com 7 espécies: Euterpe oleraceae Mart., Oenocarpus minor Mart., Mauritia flexuosa L, Elaeis oleifera HBK, Cocos nucifera L. e Astrocaryum murumuru Mart.. Em seguida vieram as famílias Moraceae, Myrtaceae e Sterculiaceae, com 4 espécies cada. As espécies mais freqüentes foram Musa spp., T. cacao e H. brasiliensis. ocorrendo em 100% dos SAFs estudados. Em seguida aparecem E. oleraceae, O. minor e Spondias mombim L. com 91,6% de freqüência. As mais abundantes foram T. cacao, H. brasiliensis, E. oleraceae, Musa spp e O. minor somando 93% de todas as espécies inventariadas. A grande maioria das espécies cultivadas (56,5 %) tem como principal objetivo a produção de frutos. Apenas 13 espécies encontradas têm como uso principal o fornecimento de madeira e dentre estas, apenas Cedrelinga catenaeformis Ducke, Platymiscium filipes Benth., Olmedia caloneura Huber. e Callycophyllum spruceanum Benth., foram consideradas madeira-de-lei pelos proprietários. A baixa oferta de recursos madeireiros pode ser relacionada ao longo histórico de ocupação humana da região e também pela sua proximidade com um centro urbano, fatores que podem ter contribuído para a super-exploração destes recursos. O índice de diversidade de Shannon - Wiever (H´) apresentou média de 0,67 (variando de 0,491a 0,794). Estes valores são considerados baixos quando comparados a outros trabalhos desenvolvidos na Amazônia. Estudando os Safs das várzeas do Rio Juba, Cametá, Pará, Santos (2004) encontrou um valor médio de 1,37, pórem a sua metodologia considerou como indivíduos, o número de estipes e não o número de touceiras, além de considerar espécies que não são cultivadas. O índice de dominância de Berger-Parker (d) teve média de 0,45 (variando de 0,32 a 0,65). 4. CONCLUSÃO Os Safs de várzea do médio Amazonas são formados principalmente por espécies frutíferas nativas. Possuem como principais espécies T. cacao, H. brasiliensis, E. oleraceae, Musa spp.e O. minor, que são fundamentais na alimentação e geração de renda para as famílias ribeirinhas. Os dados demonstram uma baixa diversidade, porém as espécies encontradas são altamente adaptadas as condições locais de inundação e possuem diversos usos, como produção de frutos, madeira, látex, óleos e medicinais suprindo as demandas da população local.

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5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Almeida, L. C.; Brito, A. M. 2003. Manejo do cacaueiro silvestre em várzea do estado do amazonas, Brasil. Agrotrópica, 15(1): 47-52. Araújo, A.P.; Jordy Filho, S.; Fonseca, W.N. 1984. A vegetação da Amazônia Brasileira. In: Simpósio do Tropico Úmido, 1, Belém Embrapa –Cpatu. p.135-152. Ayres, J.M. 1993. As matas de várzea do Mamirauá: médio rio Solimões. CNPq / Sociedade Civil Mamirauá, Brasília. 123p. Bentes-Gama, M.M; Scolforo, J.R.S; Gama, J.R.V. 2002. Potencial Produtivo de Madeira e Palmito de uma Floresta Secundária de Várzea Baixa no Estuário Amazônico. R. Árvore, Viçosa-MG, v.26, n.3, p.311-319. Clement, C. 1999. 1492 and the loss of Amazonian crop genetic resources. I. The relation between domestication and human population decline. Economic Botany, 53(2): 188 – 202. Dubois, J.C.L., 1996. Manual agroflorestal para a Amazônia. Vol.1 REBRAF, Rio de Janeiro. 228p. Falesi, I.C. 1972. O estado atual dos conhecimentos sobre os solos da Amazônia. In: Zoneamento Agrícola da Amazônia (1ª aproximação). Belém, IPEAN. Boletim Técnico 54.17-67. Guillaumet, J. L., Grenand, P., Bahri, S., Grenand, F., Lourd, M., Santos, A.A. Dos & A. Gely (1990): Lês jardins – vergers familiaux d´Amazonie centrale: um example d´utilisation de l´espace. – Turrialba 40(1): 63-81 IBGE, 2005, Mapa de solos; http://mapas.ibge.gov.br/solos/viewer.htm acessado em 16 de outubro 2008 Lima,R.M.B. 1994. Descrição, Composição e Manejo dos Cultivos Mistos de Quintal na Várzea da ´´Costa do Caldeirão``, Iranduba, AM. INPA/UFAM. Manaus, AM. Dissertação de Mestrado. 293 p. Prance, G.T.1980. A terminologia dos tipos de florestas amazônicas sujeitas a inundação. Acta Amazonica, 10 (3): 499-504. Santos, S. R. M., Miranda, I. S., Tourinho, M. M. 2004; Analise florística e estrutural de sistemas agroflorestais das várzeas do rio Juba. Cametá, Pará. Acta Amazonica vol. 34(2): 251-263. Vivan, J.L. 1998. Agricultura e Florestas: Princípios de uma Integração Vital. Guaíba: Agropecuária. 207 p. Zoneamento Ecológico Econômico da Área Sul do estado do Amapá (2000). Macapá: IEPA/GEA/AP. Atlas. 6. ANEXOS Tabela 1. Espécies arbóreas e arbustivas encontradas nos Safs do médio Amazonas, AM, com sua freqüência de ocorrência (n=12), abundância, origem (N = nativas e E = exóticas) e uso principal.

Nome científico Nome comum Família Freq. Abun. Origem Uso

Persea americana Mill. Abacateiro Lauraceae 1 3 N Frutos

Ananas comosus L. Merr Abacaxi Bromeliaceae 1 4 N Frutos

Euterpe oleraceae Mart. Açai Arecaceae 11 568 N Frutos

Malpighia emarginata DC Acerola Malpighiaceae 1 1 E Frutos

Carapa guianensis Aubl. Andiroba Meliaceae 2 4 N Óleo

Eugenia stiptata McVaugh Araçá boi Myrtaceae 1 20 N Frutos

Anonna sp. Araticum Anonaceae 1 1 N Frutos

Hura crepitans L. Assacu Euphorbiaceae 1 1 N Madeira

Syzygium jambolana DC Azeitoneira Myrtaceae 1 1 E Frutos

Oenocarpus minor Mart. Bacabinha Arecaceae 11 141 N Frutos

Platonia insignis Mart. Bacuri Clusiaceae 1 1 N Frutos

Bambusa vulgaris Schrad Bambu Poaceae 1 1 E Madeira

Musa spp. Banana Musaceae 12 547 E Frutos

Mauritia flexuosaL. Burití Arecaceae 10 35 N Frutos

Theobroma cacao L. Cacau Sterculiaceae 12 3569 N Frutos

Elaeis oleifera HBK Caiaué Arecaceae 3 21 N Palha

Anacardium occidentale L. Caju Anacardiaceae 5 23 N Frutos

Couroupita guianensis Aubl. Castanha de macaco Lecythidaceae 3 9 N Frutos

Bertholletia excelsa HBK Castanha do Pará Lecythidaceae 1 1 N Frutos

Ficus anthelmintica Mart. Caxinguba Moraceae 2 15 N Látex

Cedrelinga catenaeformis Ducke Cedrorana Fabaceae 1 5 N Madeira

Adenocalymna alliaceum Miers. Cipó alho Bignoniaceae 1 1 N Medicinal

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Citrus spp. Cítricos Rutaceae 4 10 E Frutos

Cocus nucifera L. Coco Arecaceae 2 2 E Frutos

Crescentia cujete L. Cuia Bignoneaceae 5 13 N Frutos

Theobroma grandiflorum (W.Ex.S.) Schu. Cupuaçú Sterculiaceae 7 26 N Frutos

Artocarpus altilis Park. Fruta pão Moraceae 7 50 E Frutos

Psidium guajava L. Goiaba Myrtaceae 6 40 N Frutos

Annona muricata L. Graviola Anonaceae 6 30 N Frutos

Inga spp. Ingá Fabaceae 8 52 N Frutos

Artocarpus heterophyllus L. Jaca Moraceae 1 1 E Frutos

Syzygium malaccense (L.) Merr.Perry Jambo Myrtaceae 7 28 E Frutos

Genipa americana L. Jenipapo Rubiaceae 9 48 N Frutos

Caesalpinia ferrea Mart. Jucá Caesalpiniaceae 1 1 N Medicinal

Platymiscium filipesBenth. Macacaúba Fabaceae 3 17 N Madeira

Carica papaya L. Mamão Caricaceae 4 19 N Frutos

Mangifera indica L. Manga Anarcadiaceae 10 85 E Frutos

Passiflora sp. Maracujá Passifloraceae 1 1 N Frutos

Olmedia caloneuraHuber. Muiratinga Moraceae 1 2 N Madeira

Callycophyllum spruceanumBenth. Mulateiro Rubiaceae 2 8 N Madeira

Astrocaryum murumuruMart. Murumurú Arecaceae 2 5 N Palha

Guazuma ulmifolia Lam. Mutambo Sterculiaceae 3 5 N Madeira

Laetia procera (Poepp.) Periquiteira flacourtiaceae 1 2 N Madeira

Talisia esculenta (St. Hill.) Radlk. Pitomba Sapindaceae 2 8 N Frutos

Bactris gasipaes Kunth. Pupunha Arecaceae 1 1 N Frutos

Licaria puchury-major (Mart.) Kosterm. Puxurí Lauraceae 3 12 N Medicinal

Lecythis usitata Miers. Sapucaia Lecythidaceae 2 9 N Frutos

Hevea brasiliensis Muell. Arg. Seringueira Euphorbiaceae 12 2293 N Látex

Ceiba pentandra(L. Gaertn.) Sumaúma Bombacaceae 5 8 N Madeira

Sterculia excelsa Mart. Tacacazeiro Sterculiaceae 4 13 N Madeira

Spondias mombimL. Taperebá Anarcadiaceae 11 123 N Frutos

Tachigali sp. Taxizeiro Caesalpiniaceae 2 3 N Madeira

Bixa orellana L. Urucum Bixaceae 1 2 N Frutos

Virola surinamensis (Rol.) Warb. Virola Myristicaceae 3 11 N Madeira