escrever à maneira de luísa ducla soares
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8/8/2019 Escrever maneira de Lusa Ducla Soares
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A menina azul
Certo dia nasceu uma menina que era igual aos outros meninos
que nasceram nesse dia, com apenas uma diferena, ela era azul.
- Ter sido daqueles comprimidos azuis que tomei? Ou por ter
vestido muitas vezes aquela camisola azul durante a gravidez?
perguntava a me admirada e aflita.
- Nunca vimos uma coisa assim! exclamavam os mdicos.
Os pais puseram-lhe o nome de Azulada e com o passar do tempo
foram-se habituando.
Azulada era mesmo toda azul, um azul claro que fazia lembrar o mar.
Tinha o cabelo comprido e tambm azul e at os olhos eram azus.
Na escola, ela brincava sempre s escondidas e no havia
ningum que soubesse brincar melhor do que ela. Escondia-se ao p
de tudo o que era azul e os amigos no a viam.
Tudo o que ela tinha era azul: a mochila, a roupa, o quarto e s
escrevia com caneta azul.
Quando estava sozinha ela pensava: - Porque ser que eu sou
diferente dos outros meninos? Porque que no nasci com a cor
deles?
Mas a Azulada tinha uma famlia e muitos amigos que gostavam
muito dela e, por isso, estas dvidas desapareciam por completo
porque no fundo ela sabia que era igual a todos, apenas um bocadinho
mais azul.
Um dia um menino novo entrou para a escola e para surpresa de
todos era amarelo.
A Azulada ficou muito contente por no ser a nica menina de
outra cor. Tornaram-se grandes e inseparveis amigos e todos lhes
chamavam os amigos Arco-Iris.
Trabalho elaborado por:
Beatriz Dias, n 3, 6B.
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Aquela menina nasceu castanha, castanha, castanha.
- Seria de eu comer muito chocolate? - perguntava a me.
- Seria de eu dormir com um urso castanho? - perguntava o pai .
Mas os mdicos no sabiam. Nunca tinham estudado meninas
castanhas. Puseram-na ao p da lareira a ver se corava. Ficava mais
castanha. Puseram-na ao p do ar condicionado a ver se descorava.
Ficou ainda mais castanha.
Ningum jogava s escondidas melhor do que ela. Nas portas
castanhas, no cho castanho, quem conseguia encontr-la? Quando ia para
a escola avisavam-na sempre - Tem cuidado, no v um lenhador confundir- te com uma rvore. s to castanha!
Se a levavam ao parque, os pais andavam sempre numa aflio. O
seu corpo castanho andava nos baloios castanhos, os seus cabelos
castanhos confundiam-se entre os bancos castanhos.
Trepava aos ramos das rvores para ir buscar mel, sem que as
abelhas lhe picassem. As abelhas, ao senti-la passar no meio dos ramos
castanhos, confundiam-na com outra coisa qualquer e deixavam-se estar.Assim foi crescendo, linda e castanha.
- Castanha como os mveis - diziam os carpinteiros.
- Como um chocolate - diziam os comiles.
- Como chocolate quente - diziam os friorentos.
Toda a famlia se amou castanha e verdadeiramente.
Foram viver para uma casa castanha e, em vez de co de guarda,
compraram um alarme. Castanho.
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Rafaela Gomes, 6.A
A Menina Vermelha
Aquela menina nasceu vermelha, vermelha, vermelha.
- Seria de eu comer muitos morangos? perguntava a me.
- Seria de eu beber muita groselha? perguntava o pai.
Mas os mdicos no sabiam. Nunca tinha estudado meninas vermelhas.
Puseram-na ao sol a ver se corava. Fica mais vermelha. Puseram-na sombra aver se descorava. Ficou ainda mais vermelha. Ningum jogava s escondidas
melhor do que ela. Na parede vermelha, nos bancos vermelhos, quem
conseguia encontr-la? Quando ia para escola avisavam-na sempre Tem
cuidado, no v um burro comer-te. s to vermelha!
Se a levavam ao estdio, os pais andavam sempre numa aflio. O seu
corpo vermelho ondeava nas bancadas vermelhas, os seus cabelos vermelhos
desnorteavam-se entre o campo vermelho, os seus dedos vermelhos brincavam
nas bolas vermelhas como vermelhos salmes.
Trepava s ameixoeiras sem que o dono das ameixas lhe ralhasse. Os
prprios pssaros, ao senti-la passar no meio da folhagem vermelha, a
confundiam com o vento e deixavam-se apanhar.
Assim foi crescendo, linda e vermelha.
- Vermelha como o Outono diziam os sonhadores.
- Como um tomate diziam os comiles.
- Como a catedral diziam os amigos da bola.
- Como metade da bandeira portuguesa diziam os patriotas.
- Vermelho como o sangue dos portugueses mortos em combate.
diziam os historiadores.
- Vermelha com o Benfica! exclamou apaixonadamente o presidente do
clube dos vermelhos. Amaram-se vermelha e verdadeiramente.
Foram viver para uma casa vermelha e, em vez de co de guarda,
compraram um papagaio. Vermelho.
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Ana Mota, 6.A
Aquela menina nasceu laranja, laranja, laranja!
- Seria de eu ter uma blusa laranja no dia em que ela nasceu? -
perguntava a me.
- Seria de eu trabalhar na loja da Optimus? perguntava o pai.
Mas os mdicos no sabiam. Nunca tinham estudado meninas
laranjas. Puseram-na um ano sem comer coisas laranjas. Ficava
ainda mais laranja.Ningum pregava melhores partidas do que ela. Na quinta do senhor
Ambrsio, ela tirava as laranjas das melhores laranjeiras e ele no notava.
Quando ia para a escola avisavam-na sempre - Tem cuidado, no v o
senhor das laranjas pensar que tu s uma. s to laranja!
Se a levavam a um pomar, os pais andavam sempre numa aflio. O
seu corpo laranja confundia-se com todas aquelas frutas laranjas. S
havia um problema: os pssaros picavam-na a toda a hora, pensando queera algum tipo de comida
Assim foi crescendo, linda e laranja.
- Laranja como os lindos malmequeres diziam as jardineiras.
- Como uma laranja docinha - diziam os comiles.
- Como as abboras - diziam as bruxinhas.
- Laranja como os tigres! - exclamou apaixonadamente o Presidente
do Clube dos Laranjas. Amaram-se laranja e verdadeiramente.Foram viver para uma casa laranja e, em vez de co de guarda,
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compraram um tigre. Laranja.
Laura Galo, 6.A
A menina cor-de-rosa
Aquela menina nasceu cor-de-rosa, cor-de-rosa, cor-de-rosa
- Seria de eu comer muitas pastilhas de morango? -perguntava a me;- Seria de eu comer muitos batidos de morango? - perguntava o pai.
Mas os mdicos no sabiam o que era. Nunca tinham estudado meninas
cor-de-rosa.
Puseram-na ao sol, para ver se corava e resultado ficou ainda mais cor-
de-rosa.
Puseram-na sombra para ver se descorava e ficou ainda mais cor-de-
rosa.Ningum brincava s escondidas melhor do que ela. Nos campos de
rosas quem conseguia encontr-la?
Quando ia para a escola os amigos e diziam-lhe:
- Tm cuidado, no v uma abelha picar-te! s to cor-de-rosa!
Roubava as rosas dos quintais das casas vizinhas, sem os donos darem
por isso.
- Cor-de-rosa, como o meu baton! - diziam as adolescentes.- Cor-de-rosa como o gelado de morango! diziam os comiles.
- Cor-de-rosa como a cor da minha caneta! - diziam os escritores.
- Cor-de-rosa como a minha afiadeira! diziam os alunos do primeiro ano.
No fim foram todos viver para uma casa cor-de-rosa, e em vez de um co
de guarda, compraram dois flamingos. Cor-de-rosa.
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Rita Carmo, n 14, 6 A
O menino Laranja
Era uma vez um menino laranja, laranja, laranja.
- Acham que era de eu beber muito sumo de laranja? perguntava a
me.
- Acham que era de eu comer doce de abbora? perguntava o pai.
Mas nem os cientistas sabiam. Para eles a nica explicao era o motivo
de ter nascido assim e pronto.
Puseram-no chuva a ver ser se normalizava, mas ficou ainda mais
laranja.
Tentaram que ele ficasse menos laranja, deitando-a na neve, mas ficou
ainda mais laranja.
Ningum pescava melhor que ele, pois, quando mergulhava, todos os
filhos do Nemo o confundiam com um membro em tamanho enorme da sua
famlia e vinham agarrados a ele.
Quando ia para a escola, os pais avisavam-no sempre:
- Tem cuidado, no pensem que tu s a maior laranja do mundo e te
roubem. s to laranja!
Se o levavam ao campo, na poca do Outono, tinham de estar sempre
de olho nele, pois o seu corpo laranja corria no meio dos campos laranja,
colhendo flores laranja e deitando-se nas folhas laranja.
Quando o tio Manuel colhia as nsperas, o menino Laranja ia l e
roubava-as sem ningum dar por nada.
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Assim foi crescendo, jeitoso e laranja.
- Laranja como as folhas do Outono diziam os sonhadores.
- Como um dispiro gritavam os comiles.
- Como o smbolo do PSD diziam os polticos
- Laranja como o estado ausente do Messenger exclamou um
informtico.
Viveram felizes, mesmo laranjas.
Foram morar para uma casa laranja, e em vez de um co de guarda,
compraram um tigre. Laranja.
Margarida Torres, 6.B
O Menino Vermelho
Aquele menino nasceu vermelho, vermelho, vermelho.
- Seria de eu comer muito morango? - perguntava a me.
- Seria de eu beber muito vinho tinto? - perguntava o pai .
Mas os mdicos no sabiam. Nunca tinham estudado meninos
vermelhos. Puseram-no lua a ver se passava. Mas ficava mais vermelho.
Puseram-no sombraa ver se descorava. Ficou ainda mais vermelho.
Ningum jogava s escondidas pior do que ele. Na relva verde, nos
arbustos verdes, era sempre o primeiro a ser encontrado! Quando ia para a
escola avisavam-no sempre - Tem cuidado, no v um pssaro confundir-te
com uma ma e comer-te. s to vermelho!
Se o levavam praia, os pais andavam sempre numa aflio. O
guarda-sol das riscas, os variados chapus e roupa de toda a qualidade,
nada era suficiente para cobrir o seu corpo vermelho. O seu corpo
vermelho ondeava nas ondas, os seus cabelos vermelhos despenteavam-
se entre as algas vermelhas, os seus dedos vermelhos brincavam nas
rochas como vermelhos caranguejos.
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Trepava s macieiras sem que o dono das mas lhe ralhasse. As
prprias minhocas, ao senti-lo passar no meio da folhagem, o confundiam
com outras mas e deixavam-se apanhar.
Assim foi crescendo, lindo e vermelho.
- Vermelho como o Vero - diziam os sonhadores.
- Como um morango - diziam os comiles.
- Como um corao - diziam os mdicos cardiologistas.
- Como metade da bandeira portuguesa - diziam os patriotas.
- Vermelho como o inferno - diziam os que acreditavam na sua
existncia.
Foram viver para uma casa vermelha, com uma cerca vermelha e, em vez
de co de guarda, compraram um gigantesco papagaio. Vermelho.
Maria Leonor Palmeiro, 6.B
A menina branca
Aquela menina nasceu branca, branca, branca.
- Seria de eu comer muito ovo? perguntava a me.
- Seria de eu beber muito vinho branco? perguntava o pai.
Mas os enfermeiros no sabiam. Nunca tinham estudado meninas brancas.
Puseram-na Lua a ver se descorava, ficava ainda mais branca.
Ningum jogava s escondidas melhor que ela. Na parede branca, debaixodas mesas brancas, quem conseguia encontr-la?
Quando ia para o infantrio, os pais avisavam-na sempre:
- Tem cuidado no v uma vaca beber-te, s to branca!
Se a levavam Serra da Estrela, os pais andavam sempre numa aflio. O
seu corpo branco fazia esqui na neve branca, os seus cabelos brancos
despenteavam-se na neve.
Trepava s figueiras e o dono ralhava-lhe sempre. Os prprios pssaros,
ao senti-la passar na folhagem, fugiam sabendo que era ela.
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Assim foi crescendo, linda e branca.
- Branca como o Inverno diziam os sonhadores.
- Como o hquei no gelo diziam os amigos do hquei.
- Como uma parte da bandeira francesa diziam os patriotas.
- Branca como o Real Madrid! exclamou apaixonadamente o Presidente
do Clube dos Brancos.
Casou e foi viver para uma casa branca e, em vez de co de guarda,
comprou um urso polar. Branco.
Joo Castro, 6. B
A menina Amarela
Aquela menina nasceu amarela, amarela, amarela.-Seria de eu beber muita limonada? perguntava a me.
-Seria de eu beber muita cerveja? perguntava o pai.
Mas os mdicos no sabiam. Nunca tinha estudado meninas amarelas.
Puseram-na dentro de gua a ver se descorava, ficou ainda mais amarela.
Puseram-na ao sol a ver se corava mas nada, ficou ainda mais amarela.
Ningum jogava s escondidas melhor que ela. Nos campos de girassis quem
conseguia encontr-la? Quando ia para a escola avisavam-na sempre: Temcuidado no te confundam com uma folha velha e te aspirem. s to amarela!
Quando a levavam praia andavam sempre numa aflio. O seu corpo
ondeava nas ondas com aos peixinhos amarelos, os seus cabelos
despenteavam-se como reflexos de sol radioso e os seus dedos brincavam nas
rochas como grozinhos de areia amarela.
Trepava aos limoeiros sem que o dono dos limes lhe ralhasse. Os
prprios pssaros, ao senti-la passar no meio dos limes amarelos, aconfundiam com o vento e deixavam-se apanhar.
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Assim foi crescendo, linda e amarela
-Amarela como o Outono! diziam os jardineiros.
- Amarela como as bananas! - diziam os comiles.
- Amarela como as camisolas da equipa da nossa terra! - diziam os
amigos da bola.
- Amarela como o centro da bandeira nacional! - diziam os patriotas.
-Amarela como o sol! diziam os astronautas.
- Amarela como os papagaios! - exclamou apaixonadamente o
Presidente do Jardim Zoolgico.
Foram viver para uma casa amarela e, em vez de um co de guarda,
compraram um leo. Amarelo.
Ins Curvelo, 6.A
A Menina Vermelha
Aquela menina nasceu vermelha, vermelha, mesmo vermelha.- Seria de eu comer muitos morangos? - perguntava a me.
- Seria de eu beber muita groselha? - perguntava o pai .
Mas os mdicos no sabiam. Nunca tinham estudado meninas
vermelhas.
Puseram-na ao sol a ver se corava. Ficava mais vermelha.
Puseram-na sombra a ver se descorava. Ficou ainda mais vermelha.
Ningum jogava s escondidas melhor do que ela. Nas flores
vermelhas, nas folhas vermelhas, quem conseguia encontr-la?
Quando ia para a escola avisavam-na sempre:
- Tem cuidado, no v um pssaro comer-te a pensar que s um
fruto. s to vermelha!
Se a levavam aos campos de tomate os pais andavam sempre numa
aflio. O seu corpo vermelho no se via ao p dos tomates, os seus
dedos vermelhos brincavam na terra como vermelhas joaninhas.
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8/8/2019 Escrever maneira de Lusa Ducla Soares
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Trepava s cerejeiras sem que o dono das cerejas lhe ralhasse.
Os prprios pssaros, ao senti-la passar no meio dos frutos
vermelhos, a confundiam com o vento e deixavam-se apanhar.
Assim foi crescendo, linda e vermelha.
- Vermelha como o Outono. - diziam os sonhadores.
- Como as cerejas - diziam os comiles.
- Como um escaldo no corpo - diziam os banhistas.
- Como metade da bandeira portuguesa - diziam os patriotas.
- Vermelha como o sangue. - diziam os que sabem que o
sangue tem cor.
- Vermelha como o Benfica! - exclamou apaixonadamente o
Presidente do Clube dos Vermelhos. Amaram-se Vermelha e
verdadeiramente.
Foram viver para uma casa vermelha s riscas brancas. Em
vez de co de guarda, compraram um pssaro. Vermelho.
Maria Rita Rodrigues, 6.B