escola sabatina iasd lição 3 sacrifício

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Sacrifício 12 a 19 de outubro Sábado à tarde Ano Bíblico: Mt 24–26 VERSO PARA MEMORIZAR: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12:1). Leituras da Semana: Gn 3:9-21; Êx 12:21-27; Lv 2:1-3; Gn 22:1-19; Lv 17:10, 11; Fp 4:18 O conceito de sacrifício é fundamental em todo o evangelho. Nas línguas bíblicas, as palavras para “sacrifício” frequentemente retratam a ideia de aproximar-se, e de trazer algo para Deus. O significado básico do hebraico para oferta ou sacrifício descreve o ato de se aproximar, o ato de trazer algo à presença de Deus. O equivalente grego significa “dádiva” e descreve a apresentação de um sacrifício. Da mesma forma, a palavra oferta vem do latim offerre, a apresentação de uma dádiva. A palavra sacrifício é uma combinação do latim sacer (sagrado) e facere (fazer), e se refere ao ato de tornar algo sagrado. Nesta semana, examinaremos alguns dos sacrifícios que os fiéis ofereceram a Deus. Descobriremos que Deus sempre pediu sacrifícios, e hoje Ele ainda pede. Certamente, e acima de tudo, Deus proveu o principal sacrifício, de Si mesmo, na pessoa de Jesus Cristo.

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Page 1: Escola Sabatina IASD Lição 3 Sacrifício

Sacrifício 12 a 19 de outubro

Sábado à tarde Ano Bíblico: Mt 24–26

VERSO PARA MEMORIZAR: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12:1).

Leituras da Semana: Gn 3:9-21; Êx 12:21-27; Lv 2:1-3; Gn 22:1-19; Lv 17:10, 11; Fp 4:18

O conceito de sacrifício é fundamental em todo o evangelho. Nas línguas bíblicas, as palavras para

“sacrifício” frequentemente retratam a ideia de aproximar-se, e de trazer algo para Deus. O

significado básico do hebraico para oferta ou sacrifício descreve o ato de se aproximar, o ato de trazer algo à presença de Deus. O equivalente grego significa “dádiva” e descreve a apresentação de

um sacrifício.

Da mesma forma, a palavra oferta vem do latim offerre, a apresentação de uma dádiva. A palavra sacrifício é uma combinação do latim sacer (sagrado) e facere (fazer), e se refere ao ato de tornar

algo sagrado.

Nesta semana, examinaremos alguns dos sacrifícios que os fiéis ofereceram a Deus. Descobriremos

que Deus sempre pediu sacrifícios, e hoje Ele ainda pede.

Certamente, e acima de tudo, Deus proveu o principal sacrifício, de Si mesmo, na pessoa de Jesus Cristo.

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Domingo Ano Bíblico: Mt 27, 28

O primeiro sacrifício 1. Qual foi a resposta de Deus a Adão e Eva depois que eles pecaram? Gn 3:9-21

Adão e Eva viviam em um mundo perfeito, em um jardim semelhante a um santuário, e o Criador mantinha comunhão face a face com eles. O primeiro pecado deles abriu um abismo quase

intransponível em seu relacionamento com Deus. No entanto, Deus já havia planejado uma forma de superar essa quebra de confiança e, antes mesmo de qualquer julgamento contra eles, o Senhor

lhes deu a esperança de um Salvador (Gn 3:15).

“Adão e Eva se achavam como criminosos diante de seu Deus, aguardando a sentença, que a transgressão havia atraído sobre eles. Antes, porém, de ouvirem falar nos cardos e espinhos, na dor

e na angústia que lhes caberia em quinhão, e do pó a que deveriam voltar, escutaram palavras que

lhes deviam inspirar esperança. Se bem que devessem sofrer [...], poderiam aguardar no futuro a vitória final” (Ellen G. White, Para Conhecê-Lo [MM 1965], p. 16).

O Senhor lhes mostrou o fundamento principal dessa vitória quando, imediatamente depois do

pronunciamento de Seu julgamento, Ele fez para eles vestes de pele para cobrir sua nudez e vergonha. Embora não declarado, pode ser razoável supor que um animal inocente teve que morrer

por isso, e talvez até mesmo que esse ato tenha sido entendido como uma espécie de sacrifício (Gn 3:21).

A provisão divina de vestes para os culpados se tornou um ato simbólico. Assim como os sacrifícios no santuário do deserto garantiam o relacionamento especial entre Deus e Seu povo, as vestes no

Jardim asseguraram aos culpados a imutável boa vontade de Deus para com eles.

Portanto, desde os primeiros dias da história humana, os sacrifícios ensinaram que os seres humanos pecadores poderiam encontrar união com Deus, mas apenas mediante a morte de Jesus,

prefigurada nesses sacrifícios.

Releia Gênesis 3:9-21. Mesmo antes de Deus proferir o juízo contra o casal culpado, Ele lhes deu a

promessa da “vitória final”. O que isso diz sobre a atitude de Deus para conosco, mesmo em nossa condição de pecado?

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Segunda Ano Bíblico: Mc 1–3

Tipos de ofertas Nos tempos do Antigo Testamento, os fiéis podiam trazer ofertas em diferentes ocasiões e em diversas circunstâncias pessoais. As diferentes ofertas que eles eram autorizados a “apresentar” incluíam animais limpos, cereais, bebidas e outras coisas. O sacrifício de animais é o elemento mais

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antigo no serviço do santuário e, com o ministério sacerdotal, está no centro do culto israelita. Vida

religiosa sem sacrifícios era inconcebível.

2. Quais tipos de ofertas são descritas nos textos a seguir? Êx 12:21-27; Lv 2:1-3; Êx

25:2-7; Lv 4:27-31

Deus estabeleceu o sistema de sacrifícios para que os fíeis pudessem entrar em íntimo relacionamento com Ele. Por isso, as ofertas poderiam ser trazidas em diferentes situações: ação de

graças, expressão de alegria e celebração, dádiva, pedido de perdão, apelo penitencial, como símbolo de dedicação, ou para restituição.

Entre os mais importantes tipos de ofertas estavam o holocausto (Lv 1) e as ofertas de cereais (ofertas de manjares; Lv 2), bem como os sacrifícios pacíficos (ofertas de comunhão; Lv 3), ofertas

de purificação (Lv 4), e a oferta de reparação (pela transgressão ou pela culpa; Lv 5:14–6:7). As três primeiras eram ofertas voluntárias, que deviam lembrar ao doador (e a nós) que, no fim, tudo o que

somos e temos pertence a Deus. O holocausto simboliza a dedicação total de quem faz a oferta. A oferta de cereais simboliza a dedicação de nossos bens materiais a Deus, sejam eles alimentos,

animais, ou qualquer outra coisa. Os sacrifícios pacíficos eram a única oferta da qual o participante recebia uma parte para consumo pessoal.

Os outros dois sacrifícios eram obrigatórios. Relembravam às pessoas que, embora as transgressões tenham consequências, elas podem ser “curadas”. A oferta de purificação, muitas vezes chamada de

“oferta pelo pecado”, era oferecida após a contaminação ritual ou depois que uma pessoa se tornava consciente de uma contaminação moral pelo pecado.

A ampla função das ofertas mostra que cada aspecto de nossa vida deve estar sob o controle de

Deus. Como você pode entregar completamente a Ele o que você tem e o que você é? O que acontece quando você não faz isso?

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Terça Ano Bíblico: Mc 4–6

Sacrifício no Monte Moriá 3. Leia Gênesis 22:1-19. O que Abraão aprendeu sobre sacrifício?

Qual foi o propósito de Deus nesse incrível desafio à fé do patriarca? A vida de Abraão com Deus sempre foi acompanhada pelas promessas divinas: a promessa da terra, descendentes e bênçãos; a

promessa de um filho e de que Deus cuidaria de Ismael. Abraão sacrificava, mas sempre à luz de alguma promessa. No entanto, na situação descrita em Gênesis 22, Abraão não recebeu nenhuma

promessa divina. Em vez disso, ele foi instruído a sacrificar a promessa viva, seu filho. Prosseguindo conforme a ordem de Deus, Abraão mostrou que o Senhor era mais importante para ele do que

qualquer outra coisa.

“Foi para impressionar Abraão com a realidade do evangelho, bem como para lhe provar a fé, que

Deus o mandou matar seu filho. A angústia que ele sofreu durante os dias tenebrosos daquela terrível prova foi permitida para que ele compreendesse por sua própria experiência algo da

grandeza do sacrifício feito pelo infinito Deus para a redenção do homem. Nenhuma outra prova poderia ter causado a Abraão tal tortura de alma, como fez a oferta de seu filho. Deus deu Seu Filho

a uma morte de angústia e ignomínia” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 154). Quanto ao sacrifício, Abraão compreendeu dois princípios essenciais. Primeiro, ninguém, senão o próprio Deus pode oferecer o verdadeiro sacrifício e o meio de salvação. Certamente o Senhor

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proverá. Abraão eternizou esse princípio ao chamar o lugar de “YHWH Jireh” [Jeová Jiré], que

significa “O Senhor Proverá”. Segundo, o sacrifício real é de substituição, que salva a vida de Isaque.

O carneiro foi oferecido “em lugar de” Isaque (Gn 22:13). Esse animal, que Deus proveu, prefigurou o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, sobre quem “o Senhor fez cair [...] a iniquidade de nós todos” (Is

53:6, 7; At 8:32).

Que impressionante entrega a Deus! Podemos imaginar como deve ter sido essa experiência para Abraão? Pense sobre a última vez que você teve de avançar pela fé pura e fazer algo que lhe causou

muita angústia. O que você aprendeu com suas ações?

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Quarta Ano Bíblico: Mc 7–9

Vida por vida

4. Leia Levítico 17:10, 11. Que função Deus deu ao sangue?

Numa passagem em que Deus instruiu os israelitas a não comer sangue, Ele proveu uma razão

interessante para essa proibição: o sangue representa a vida, e Deus tornou o sangue sacrifical um resgate pela vida humana. Uma vida, representada pelo sangue, resgata outra vida. O princípio de

substituição, que se tornou explícito no Monte Moriá, quando Abraão ofereceu o sangue do carneiro em lugar do sangue de seu filho, está firmemente ancorado nos requisitos legais de Deus para o

antigo Israel. Como em Gênesis 22, Deus mostra que Ele mesmo provê o meio para a expiação. Em hebraico, há

uma ênfase na palavra “Eu”, na expressão “Eu o dei a vocês” (Lv 17:11, NVI). Não podemos prover nosso próprio resgate. Deus deve concedê-lo.

O conceito é diferente do de outras religiões que utilizam sacrifícios. Na Bíblia, não é o ser humano que se aproxima de Deus na tentativa de acalmá-Lo, mas é Deus que oferece o meio para que a

pessoa entre em Sua santa presença. Em Cristo, o próprio Deus oferece o sangue para o resgate.

5. Leia 1 Samuel 15:22 e Miqueias 6:6-8. Quais são alguns dos perigos do sistema de sacrifícios?

Deus nunca pretendeu que o sistema de sacrifícios fosse um substituto para a atitude do coração. Ao

contrário, os sacrifícios deviam abrir o coração do fiel para o Senhor. Se perdermos de vista o fato

de que os sacrifícios expressam um relacionamento espiritual entre Deus e as pessoas, e que todos eles apontam para um sacrifício muito maior, Jesus Cristo, podemos facilmente confundir o ritual de

sacrifícios com um aparelho automático para fazer expiação. Além do sacrifício, Deus deseja realmente que nosso coração esteja em paz com Ele (Sl 51:16, 17). Constantemente, os profetas de

Israel acusaram o povo de falsa piedade e o exortaram a “[praticar] a justiça, e [amar] a misericórdia, e [andar] humildemente com o [seu] Deus” (Mq 6:6-8; Compare com Is 1:10-17).

De que forma enfrentamos o mesmo perigo apresentado acima? Por que é tão difícil perceber que

podemos estar fazendo a mesma coisa que os antigos israelitas fizeram? Como podemos evitar esse

erro?

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Quinta Ano Bíblico: Mc 10–12

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Sacrifícios hoje: o sacrifício vivo Embora após a morte sacrifical de Cristo não mais houvesse necessidade de sacrifícios de animais, o

Novo Testamento fala sobre a necessidade de outro tipo de sacrifício.

6. Quais tipos de ofertas devemos apresentar a Deus hoje? Rm 12:1, 2; Fp 4:18; Hb 13:15, 16; 1Pe 2:5

A terminologia do sistema de sacrifícios funcionou muito bem ao descrever o conceito cristão

primitivo do que significava ter uma vida totalmente consagrada a Deus. Na verdade, mesmo

quando Paulo estava pensando em seu martírio, ele descreveu a si mesmo como uma libação (oferta de bebida; Fp 2:17; 2Tm 4:6).

7. Que mensagem específica encontramos em Romanos 12:1? De que forma devemos

manifestar essa verdade em nossa vida?

“Sacrifício vivo” significa que toda a pessoa é consagrada a Deus. Inclui a dedicação do corpo (Rm 12:1), bem como a transformação do ser interior (v. 2). Devemos ser separados (“santos”) para o

propósito único de servir ao Senhor. Os cristãos se apresentarão inteiramente ao Senhor por causa

das “misericórdias de Deus”, descritas em Romanos 12:1-11, que apresentam Cristo como nosso sacrifício, o meio da nossa salvação.

Nesse contexto, o apelo de Paulo é que os cristãos imitem Cristo. A verdadeira compreensão da

graça de Deus leva a uma vida consagrada a Ele e ao serviço de amor pelos outros. Submeter o próprio eu e os desejos pessoais à vontade de Deus é a única resposta razoável ao supremo

sacrifício de Cristo por nós.

No fim, deve haver harmonia entre nossa compreensão da verdade espiritual e doutrinária e nosso

serviço aos outros. Cada aspecto da vida deve expressar o genuíno compromisso do cristão com Deus. A verdadeira adoração nunca é apenas interior e espiritual, mas deve abranger atos exteriores

de serviço altruísta. Afinal de contas, pense no que o Senhor fez por nós.

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Sexta Ano Bíblico: Mt 21–23

Estudo adicional “Tinha sido difícil, mesmo para os anjos, apreender o mistério da redenção, isto é, compreender que

o Comandante do Céu, o Filho de Deus, devia morrer pelo homem culpado. Quando foi dada a Abraão a ordem para oferecer seu filho, isso atraiu o interesse de todos os entes celestiais. Com

ânsia intensa, observavam cada passo no cumprimento daquela ordem. Quando à pergunta de

Isaque: “Onde está o cordeiro para o holocausto?”, Abraão respondeu: “Deus proverá para Si o cordeiro” (Gn 22:7, 8, RC), e quando a mão do pai foi detida estando a ponto de matar seu filho, e

foi oferecido o cordeiro que Deus provera em lugar de Isaque, derramou-se então luz sobre o mistério da redenção, e mesmo os anjos compreenderam mais claramente a maravilhosa provisão

que Deus havia feito para a salvação do homem” (1Pe 1:12; Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 155). Perguntas para reflexão

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1. “Nossos pés andarão em Seus caminhos, nossos lábios falarão a verdade e espalharão o

evangelho, nossa língua trará cura, nossas mãos levantarão os que caíram, e realizarão muitas tarefas comuns, como cozinhar, limpar, digitar e costurar. Nossos braços abraçarão os solitários e

necessitados de amor, nossos ouvidos ouvirão o clamor dos aflitos, e os nossos olhos olharão com humildade e paciência para Deus” (John Stott, Romans [Romanos]; Downers Grove, Illinois;

InterVarsity, 1994, p. 322). De que forma essa citação mostra o significado de ser um “sacrifício vivo”? Por que somente morrendo para o próprio eu podemos ser capazes de viver assim?

2. Um dos grandes problemas que o povo enfrentou foi considerar o sistema de sacrifícios como fim

em si mesmo, e não como meio para alcançar uma vida consagrada a Deus, manifesta no serviço de

amor aos outros. De que forma nós, adventistas do sétimo dia (que recebemos tanta luz), estamos em perigo de seguir pelo mesmo caminho, talvez ao pensarmos que as grandes verdades que

possuímos sejam um fim em si mesmas, e não um meio para um fim?

3. Pense mais sobre a história de Abraão e Isaque no Monte Moriá. Por mais inquietante que seja essa história, pode-se argumentar que ela foi planejada para inquietar e causar consternação e

angústia. Por que alguém diria que essa história foi planejada, entre outras coisas, para evocar essas emoções no leitor?

Respostas sugestivas: 1. Nas vestes de peles, Deus mostrou o perdão dos pecados. 2. Cordeiro pascal; oferta de manjares; ofertas voluntárias; sacrifício pelo pecado. 3. Sacrifícios humanos não

podem resolver o problema do pecado; somente Deus pode oferecer o verdadeiro sacrifício salvífico; o cordeiro substituiu Isaque; Jesus nos substituiu na cruz. 4. O sangue representava vida e

simbolizava a remissão dos pecados. 5. Separados da justiça, obediência e humildade, os sacrifícios não têm valor. 6. Consagração do nosso corpo, nossa mente e os recursos a Deus e ao próximo;

sacrifícios de louvor e gratidão. 7. Ao contrário dos animais mortos, nosso sacrifício é nossa vida santa e agradável a Deus. Por isso, é preciso consagrar tudo que temos: corpo, mente e espírito.