escola estadual “inÁcio schelbauer” ensino fundamental · que consciente dos objetivos a serem...

259
1 ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010

Upload: phungquynh

Post on 19-Dec-2018

231 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1

ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER”

ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2010

Page 2: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

2

Sumário

1- APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................................4

2 - HISTÓRICO E BIOGRAFIA DO SENHOR IGNÁCIO SCHELBAUER..................................................6

3- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO......................................................................9

4- OBJETIVOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO...................................................................................................10

MARCO SITUACIONAL....................................................................................................................................11

5. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR.............................................................................................11

MARCO CONCEITUAL.....................................................................................................................................17

6 – PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS E METODOLÓGICOS......................................................................17

7 - PRINCIPIOS PEDAGÓGICOS.....................................................................................................................25

8. CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS................................................................................................................33

BASE NACIONAL COMUM.....................................................................................35

8.1 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................35

8.4 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA...................................................................................113

8.5 PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS............................................................................................127

8.7 PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ......................................................................................168

METODOLOGIA...............................................................................................................................................174

8.8 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO.......................................................................185

8.9 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - L.E.M ...........................192

9 - ATIVIDADES ESCOLARES.......................................................................................................................209

10 – ATIVIDADES PEDAGÓGICAS...............................................................................................................210

11 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO................................................214

12 - AVALIAÇÃO...............................................................................................................................................217

13 - INCLUSÃO..................................................................................................................................................229

14 - A ESCOLA COMO ESPAÇO INCLUSIVO............................................................................................233

MARCO OPERACIONAL................................................................................................................................245

15 - RECURSOS HUMANOS............................................................................................................................245

16 - RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO...........................................246

16.1 - GESTÃO ESCOLAR..............................................................................................................................24716.2 CONSELHO ESCOLAR..........................................................................................................................249

Page 3: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

3

16.3 CONSELHO DE CLASSE.......................................................................................................................25016.4 - ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF)...................................................25116.5 - PEDAGOGO...........................................................................................................................................252

17 – GRÊMIO ESTUDANTIL...........................................................................................................................255

18 - PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES...................................................256

19 – BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................................................258

Page 4: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

4

1- APRESENTAÇÃO

O projeto é o ato de “projetar”, “jogar para frente”, vem do latim projicere,

cujo particípio passado deu origem a projectum, origem do termo. O projeto valoriza

a realização de um desejo, de um sonho, de um objetivo.

O Projeto Político Pedagógico é a organização do trabalho pedagógico

escolar como um todo, em suas especificidades, níveis e modalidades.

A LDB – Lei 9.394/96 – art. 12 – INCISO I, prevê que os estabelecimentos de

ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a

incumbência de:

“I – elaborar e executar sua proposta pedagógica”.

Art.13 e 14 – definem as incumbências docentes com relação ao projeto

pedagógico:

Art.13 “I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino”.

Art. 14 “II – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola”.

Partindo dos princípios que norteiam a construção do Projeto Político Pedagógico,

nós da Escola Estadual “Inácio Schelbauer”- Ensino Fundamental, elaboramos esta

Proposta Pedagógica visando atender às necessidades do educando, educadores e

comunidade, sendo estes participantes ativos no processo de construção do mesmo,

mesmo, num trabalho e esforço coletivo.

“Há que se valorizar a escola pública, guardá-la no coração e defendê-la de quaisquer ataques que possa vir a sofrer. Ela é uma instituição que temos procurado, com muito esforço construir, e que precisamos preservar, atualizar e aperfeiçoar. Ainda que não mude o mundo, a escola pode ajudar o(a) estudante a melhor atender como o mundo opera, o que é condição indispensável para se operar neste mundo”.

Antonio Flávio Barbosa Moreira

Page 5: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

5

Esta proposta mantém a personalidade e fortalece os membros da escola,

que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores

que sustenta, reavaliam a cada dia sua prática.

Todo o processo de construção do Projeto P. Pedagógico é baseado nas

Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da rede pública Estadual, que

tem como referência as orientações legais decorrentes da nova Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional nº 9.394/96. Esta lei estabelece que a educação

básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio, tendo por

finalidade “Desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meio para progredir no

trabalho e em estudos posteriores “(Art. 21 LDBEN/96)”.

Nessa perspectiva, a função principal da escola fundamental é o trabalho

com o conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para

que adquiram “chaves conceituais de compreensão de seu mundo e de seu tempo;

deve ainda permitir que tomam consciência das operações que mobilizam durante a

aprendizagem, contribuindo para que prossigam na relação de conhecimento, que é

desvendamento, compreensão e transformação do que se dá a conhecer” (Sampaio,

1998, p.147).

A Escola Estadual “Inácio Schelbauer”, Ensino Fundamental, considera em

seu Projeto Político Pedagógico o respeito à diversidade cultural, gestão

democrática, envolvimento dos diversos setores da sociedade, a inclusão,

valorização do profissional da educação escolar, pluralismo de ideias e concepções

pedagógicas, igualdade de condições para acesso e permanência na escola,

liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte

e o saber, o respeito1 à liberdade e apreço à tolerância, garantia do padrão de

qualidade, valorização da experiência extracurricular, vinculação entre a educação

escola, o trabalho e as práticas sociais, conforme os princípios norteadores do PPP

– Lei nº 9.394/96 – Art.3º : I,II,III,IV,V,VI,VII,VIII,IX,X,XI.

A partir desses princípios oferta-se uma educação que leva o aluno a

aprender a conhecer o mundo que o cerca, com aprofundamento, sobre o mesmo,

com visões críticas e investigativas que propiciam aos educandos chaves

conceituais que permitam uma compreensão crítica da realidade assim como

permita-lhes buscar alternativas para superarem a ideia de que o modelo neoliberal,

que amplia exclusão de boa parte da sociedade de uma condição básica da

existência, é naturalmente inevitável.

Page 6: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

6

2 - HISTÓRICO E BIOGRAFIA DO SENHOR IGNÁCIO SCHELBAUER

Não podemos deixar de relatar algo a respeito de Ignácio Schelbauer. Na

verdade, seu nome era IGNATZ SCHÖDLBAUER, como consta do seu documento

de batismo. Entretanto, pela dificuldade de grafia e pronúncia, por parte dos

brasileiros, foi simplificado com o uso. Ignácio veio da Bucovina com 8 anos de

idade, em 1887, com a primeira leva de imigrantes. Era filho de Karl e Maria

Schödlbauer.

Fez apenas os estudos primários. Foi autodidata. Lia e se interessava por

tudo que dissesse respeito à religião, à ciência, ao progresso e à vida comunitária,

inclusive ao que concerne à agricultura. Mesmo no fim da vida, trabalhava de sol a

sol. Fazia de tudo. Plantava milho, trigo, feijão, soja, aipim, batata, centeio e

hortaliças. Também criava vacas leiteiras. Tinha talento artístico. Era escultor em

madeira. A técnica não era muito apurada, mas fazia belas obras, com um estilo

muito especial. Rústicas, estilo forte. De seu formão saíram Crucificados, Santas e

Madonas.

Ao ser anunciada a construção da Rodovia Federal BR – 2, hoje BR 116, à

qual chamavam de “Estratégica”, os colonos reclamaram a perda de terrenos, as

indenizações baixas, os prejuízos que teriam. Ignácio, porém, deu todo apoio àquela

obra magistral. Cortando sua propriedade, a Rodovia iria valorizá-la. Era a visão do

progresso. Ele foi adiantado para seu tempo.

Tinha muitas propriedades, adquiridas ao longo dos anos, com muito

trabalho. Ignácio não esmorecia. Não conhecia malícia ou desonestidade. Sua

palavra era ouvida e acatada. Era conhecido e estimado por sua participação

marcante nos assuntos da comunidade.

Aos poucos, porém, foi se desinteressando dos bens materiais e foi

perdendo o que tinha: serrarias, fábricas de palhões (embalagem de litros e

garrafas), a casa de comércio, as terras. Ficou pobre. Riquíssimo de espírito, porém.

Religioso, não descuidava das obrigações da fé.

Ignácio vibrava com o progresso. Participava e colaborava. Era humanitário.

Em sua propriedade, com seus recursos, montou um parque para lazer e reuniões

dos bucovinos, agricultores e moradores da região. O parque evoluiu e transformou-

se na Sociedade Agricultura “União”, ainda hoje existente em em plena atividade no

Bairro Bom Jesus, à entrada de Rio Negro.

Page 7: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

7

Durante 25 anos Ignácio foi tesoureiro da Sociedade Agricultura “União”,

cujo objetivo era assistência técnica, fornecimento de sementes, produtos agrícolas,

ferramentas e maquinários aos agricultores e apicultores. A Sociedade também

propiciava diversão e lazer aos sócios. Os bailes e festas tornaram-se tradicionais. O

pessoal da cidade participava.

A Prefeitura ia abrir uma rua. O projeto previa traçado que passava ao lado

do terreno de Ignácio. Ele tanto fez que a rua foi aberta cortando sua terra ao meio.

Segundo ele, valorizaria ambas as laterais. Como justa homenagem, esta via pública

leva seu nome. Nela se encontram a Sociedade Agricultura “União”, O Colégio

Estadual “Dr. Ovande do Amaral”, várias indústrias de bom porte, casas comerciais

e residências. Concretizou-se a visão progressista de Ignácio Schelbauer. É

importante via de nosso quadro urbano.

A assistência social tinha seu apoio. Sempre que necessário, lá estava

Ignácio. Quando os Franciscanos construíram o Seminário Seráfico “São Luís de

Tolosa”, no Sítio dos Rauen, Ignácio deu sua parcele de trabalho gratuito, junto com

outros bucovinos. Forneceu a madeira necessária a preços especiais. Ainda hoje o

Seminário é obra magnífica que orgulha a cidade de Rio Negro. É patrimônio

cultural, verdadeira joia arquitetônica, engastada no alto do Morro dos Padres,

tombada pela Municipalidade.

Ignácio tinha verdadeiro respeito pela religião. Num bosque próximo de sua

casa, em seu terreno, no silêncio da mata, construiu um oratório, onde o Cristo

Crucificado, de sua lavra, era alvo de suas orações. Até hoje, lá se encontra o

oratório, conservado pela filha mais nova de Ignácio Schelbauer, Dona Ida

Schelbauer, falecida a 14 de junho de 2000. (Fonte: Os bucovinos do Brasil, Ayrton

Gonçalves Celestino, 2002.

A Escolar Estadual “Inácio Schelbauer” Ensino Fundamental, iniciou suas

atividades escolares no ano de 1993 com apenas duas turmas: uma 5ª série e uma

6ª série, totalizando 63 alunos. A direção estava sob a responsabilidade da

Professora Letícia Ribas Nizer. A escola era então denominada Escola Estadual

“Bairro Bom Jesus” Ensino de 1º grau.

A partir de 1994 as turmas aumentaram para quatro: duas 5ª séries, uma 6ª

série e uma 7ª série, totalizando 125 alunos.

Em 1995 havia duas 5ª séries, duas 6ª séries, uma 7ª série e uma 8ª série,

total 172 alunos. Neste ano houve eleição para Diretor cujo candidato único foi o

professor Edson Luiz Nizer, ficando a escola sob sua responsabilidade.

Page 8: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

8

Em 1996 a Escola Estadual “Bairro Bom Jesus” Ensino de 1º Grau passou a

denominar-se Escola Estadual “Inácio Schelbauer” Ensino Fundamental, conforme

Resolução nº 3.120/98 – DºE de 11/09/1998, tendo na direção a professora Miriam

Dallagnol Uhlig, contava com duas 5ª séries, duas 6ª séries, duas 7ª séries e uma 8ª

série, totalizando 268 alunos.

No ano de 1999, a Escola Estadual “Inácio Schelbauer” Ensino

Fundamental, contava com 297 alunos.

Em 2000 contávamos com duas 5ª séries, duas 6ª séries, duas 7ª séries e

uma 8ª série, totalizando 301 alunos, sempre sob a direção da professora Miriam

Dallagnol Uhlig.

No ano de 2005 a professora Miriam Dallagnol Uhlig foi reeleita pela

comunidade com aproximadamente 78% dos votos contra os 22% da professora

Letícia Ribas Nizer.

Atualmente a escola conta com três 5ª séries, três 6ª séries, três 7ª séries,

duas 8ª séries, totalizando 388 alunos.

Seu funcionamento compreende os períodos: Matutino e Vespertino.

Contamos com o trabalho primoroso da Diretora Miriam Dallagnol Uhlig, e de

uma equipe de 20 professores, 08 funcionários e 02 Pedagogos.

Page 9: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

9

3- IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

Escola Estadual “Inácio Schelbauer” – Ensino Fundamental

Código: 00565

Rio Negro

Código: 002250

Dependência administrativa: SEED

NRE: AM – SUL

Código: 03

Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

- Ato de Autorização da Escola

Resolução nº 3688/93 de 06/07/1993

Ato de Reconhecimento da Escola

Resolução nº 3483/96 de 06/09/1996

Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar nº 524/01 de 17/01/01

Distância da Escola do NRE: 120 km.

Local: Urbana

Endereço: Rua Jorge Wiezenthal, 145 – Bom Jesus

e-mail: [email protected]

Telefone: 3645-2311 / 3643-6172

CEP: 83880-0001

Page 10: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

10

4- OBJETIVOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO

A Escola Estadual “Inácio Schelbauer” – Ensino Fundamental tem como

Objetivos Gerais:

- Assegurar formação básica comum atendendo à diversidade social, econômica e

cultural.

- Proporcionar um ensino diferenciado, através da flexibilização e adaptação

curricular, planejamento específico e atendimento especializado.

- Articular a participação de todos os sujeitos no processo educativo.

- Alicerçar o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção

contínuo.

- Racionalizar os esforços e recursos para atingir fins do processo educacional.

- Avaliar o desempenho geral da escola por todos os segmentos da comunidade.

- Garantir acesso, permanência para todos os alunos em idade escolar.

- Definir coletivamente os conteúdos curriculares, com vistas à valorização dos

conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares.

- Promover e garantir o processo de democratização na escola e como princípio

constitutivo a gestão democrática.

- Garantir avaliação contínua, recuperação paralela para todos os alunos evitando a

exclusão, a repetência e a desistência.

O objetivo da ação pedagógica é o trabalho voltado para a formação integral

do sujeito, onde se faz necessário a reflexão efetiva do real significativo da vida com

relação a sociedade. Para a efetivação da escola democrática, é necessário o

comprometimento com a questão política, social e técnica, onde a dimensão política,

caracteriza a medida que a sociedade se compromete e se envolve no processo

educativo, pois ela espera seres reflexivos e com ações justas para poder contribuir

para a transformação da mesma.

Page 11: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

11

MARCO SITUACIONAL

5. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

A Escola Estadual “Inácio Schelbauer” – Ensino Fundamental, está

organizada por série, baseada no capítulo II, art. 23 da seção I que diz: “ a educação

básica poderá organizar-se em séries iniciais, períodos semestrais, ciclos,

alternância regular nos períodos de estudos, grupos não seriados, com base na

idade, competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização,

sempre que o processo de aprendizagem assim o recomendar”, obedecendo às 800

horas de atividade escolar num mínimo de 200 dias letivos.

Oferta ensino de 5ª a 8ª série, no período matutino, com entrada às 07:30

horas e saída às 11:55 horas, com aulas de 50 minutos.

No período Vespertino, com entrada às 12:55 horas e saída às 17:20 horas.

As turmas estão assim distribuídas: em 6 salas no período Matutino e 5

salas no período Vespertino, ocupando todas as salas disponíveis, contamos com

01 Biblioteca e 01 Refeitório, sala de Direção, de Professores, área coberta e quadra

esportiva coberta.

Portanto, a escola não possui Promoção por Regime de Progressão Parcial.

A Escola Estadual “Inácio Schelbauer” – Ensino Fundamental, está situada numa

localização privilegiada, pois o município de Rio Negro é um dos pólos industriais do

Estado.

A população estimada do referido município é de 30.210 habitantes

conforme o IBGE 2000, sendo 22.385 situados na zona Urbana e 6.251 habitantes

na zona Rural.

O município possui renda per capta de R$ 268,70.

A comunidade apresenta diversas etnias com nível sócio-econômico

proporcional à classe média. A grande maioria dos pais possui um nível escolar

razoável (Ensino Médio completo e alguns com Nível Superior), as famílias não são

numerosas, os pais trabalham em indústrias, comércio, trabalho público como:

Policiais, Bombeiros, Professor, Saúde.

A escola atende alunos da localidade em geral e regiões vizinhas.

Page 12: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

12

A localidade possui ainda: Posto de Saúde, creche, posto telefônico, rede de

água pública, mercados, associação de moradores, clube.

A maioria das pessoas são descendentes de alemães e Bucovinos, religião

predominante é o Catolicismo. Sendo que nossa comunidade tem grande acesso a

capital “Curitiba” e litoral do Paraná e Santa Catarina para lazer e compras, também

acesso ao teatro Seminário Seráfico e Cinema.

A escola está aberta para receber os pais, esclarecendo dúvidas, aceitando

sugestões, deixando espaço necessário para a efetivação das mudanças que

contemplam uma gestão democrática e participativa, através de parceria com a

participação de diversos segmentos da comunidade escolar no processo de tomada

de decisões e compromisso com a aprendizagem de qualidade como resposta aos

interesses da sociedade, desenvolvendo Projetos nas diversas áreas de

conhecimento.

A sala de apoio funciona em sala própria. Atende alunos das duas 5ª séries

que estão com dificuldades de aprendizagem.

A equipe Pedagógica está sempre instruindo e acompanhando o

desenvolvimento dos alunos.

Nosso laboratório de informática funciona no espaço da Biblioteca por não

termos mais salas e conta com 12 computadores do Programa Paraná Digital.

O compromisso com a construção da cidadania pede necessariamente uma

prática educacional voltada para a compreensão da realidade e dos direitos e

responsabilidades em relação à vida pessoal e coletiva e a afirmação do princípio da

p1articipação política.

Neste milênio, a sociedade brasi1leira vive um momento de rápidas

transformações econômicas e tecnológicas, ao mesmo tempo em que os avanços

na cultura e na educação transcorrem de forma lenta.

Em função de uma economia dependente, não se desenvolveu uma cultura

e um sistema educacional que pudessem fortalecer a economia, fazendo-a caminhar

para a autossuficiência.

O exercício da cidadania, que pressupõem a participação política de todos

na definição de rumos que serão assumidos pela nação e que se expressa não

apenas na escolha de representantes políticos e governantes, mas também na

participação em movimentos sociais, no envolvimento com temas e questões

nacionais, e em todos os níveis da vida cotidiana, é prática pouco desenvolvida

entre nós.

Page 13: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

13

Precisamos questionar a posição1 que está reservada aos jovens na escola,

nos grupos comunitários, na nação.

Diante dessa conjuntura, há uma expectativa na sociedade brasileira para

que a educação se posicione na linha de frente da luta e integração de todos os

brasileiros, voltando-se à construção da cidadania, não como meta a ser atingida

num futuro distante, mas como pratica efetiva.

Assim este projeto, visa a análise sobre o recente desempenho do sistema

de ensino e também aponta avanços consistentes em direção à superação do atraso

educacional.

Nesta perspectiva busca-se uma melhoria na qualidade educacional,

renovando metodologias, posturas educacionais, tendo em vista a apropriação do

saber e do desenvolvimento da cidadania, bem como, este projeto visa atender a

uma exigência do Estado, tendo como meta à reformulação do ensino.1

Assim, desde a elaboração até a apreciação e posterior utilização deste

plano, consideramo-nos comprometidos, e reiteramos que um educador

“Comprometido” já está condicionado para a sua preparação técnica pela sua

responsabilidade, pelo seu desejo, por sua aspiração profissional e opção de vida, o

que implica igualmente os valores e princípios do professor, da Escola e do

momento histórico.

Realizamos reuniões com os pais mensalmente, festa Junina interna, bingo,

palestras para os pais e alunos, reuniões com a APMF, conselho escolar, grêmio

Estudantil, conselho de classe conforme calendário vigente.

A matriz Curricular tem 75% de sua carga horária para a Base Nacional

Comum, que compreende as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática,

História, Geografia, Ciências, Educação Artística e Educação Física. A parte

diversificada tem 25% de sua carga horária anual, compreendendo as disciplinas de

Língua Estrangeira Moderna: Inglês e Literatura Infanto Juvenil.

Inserimos estudos sobre o Estado do Paraná inclusos nos Planos anuais de

História, História do Paraná e Geografia, Geografia 1do Paraná e contemplados no

Projeto Político Pedagógico.

A promoção é resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno,

juntamente com a apuração da frequência.

As avaliações realizadas são por notas. De acordo com o art.65, capítulo III,

seção II, da Recuperação de Estudos, “será considerado aprovado o aluno de 5ª a

8ª série, do Ensino Fundamental que apresentar frequência igual ou superior a 75%

Page 14: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

14

do total da carga horária e rendimento igual ou superior a 6,0”. E de acordo com o

art.66, deste mesmo capítulo e seção, será considerado retido:

“I – o aluno de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental que após apuração de resultado

de aproveitamento e frequentando ano letivo, apresentar frequência inferior a 75%

do total da carga horária anual e com qualquer rendimento nos 200 dias letivos”.

“II – o aluno de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental que apresentar

frequência igual ou superior a 75% do total da carga horária anual e média final

inferior ao mínimo da escala de notas, que é 6,0; porém o aluno será submetido ao

Conselho de Classe, que decidirá pela retenção ou não”

O embasamento teórico é de suma importância, e dent1ro desta ótica e

concepção, acreditamos que as reflexões sobre as relações teoria e prática e o

exercício destas em estudos como este, nos preparam para que realizemos o que

buscamos: instrumentalização para o exercício consciente da profissão que

abraçamos.

No mundo em que vivemos a escola ocupa um espaço significativo,

representando um papel relevante na preservação da ordem social, na perpetuação

de valores pessoais, culturais e na preparação para o desenvolvimento e progresso,

portanto aplica-se a educação os princípios da liberdade de expressão e

solidariedade humana com finalidade do pleno desenvolvimento no ser humano na

dimensão pessoal, social, econômica, política e cultural.

A ação educativa centrada no homem crítico, autônomo, participativo, dado

como sujeito histórico social e agente de seu conhecimento, cria a base e a

superestrutura da realidade social como uma totalidade de relações sociais,

instituição de ideias e ainda objetiva complementação de sua subjetividade dotado

de sentimentos e potencialidades. Isso significa formar o homem capaz de conviver

numa sociedade em que há conflitos, injustiças, diferenças sociais, diferenças

raciais, estrutura econômica diferenciada e transformações constantes.

O papel do agente socializador é trazer o passado para que se faça o

conhecimento significativo e com base nele, centre-se no trabalho do presente com

busca de melhorias para o futuro.

Nesse caminho, a ação educativa, medida pela escola, oferece subsídios,

propicia a instrumentalização que possibilita ao aluno seu crescimento e

desenvolvimento, dando-lhe oportunidade para pensar criticamente a sociedade que

está inserida, e se colocar em seu interior como um ser integrante com ações ativas

a fim de contribuir para bons resultados, também reconhecer-se como sujeito

Page 15: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

15

provido de relações mútuas onde o autoconhecimento é um fator importante que

encaminha para a construção de novos saberes, tornando-o capaz de agir e

transformar o mundo.

A democratização do saber está contida na prática educativa como uma

função de promover a relação inter e intra pessoal, como também estabelecer

relações interdisciplinares.

A escola faz-se um espaço democrático em que todas as pessoas

envolvidas têm acesso, bem como as portas estão abertas para a comunidade. Essa

promove a ascensão dos alunos no aspecto do ensino aprendizagem como da

interação social, portanto ela desperta no aluno o desejo de aprender e desenvolve

a capacidade de continuar aprendendo. Propicia a capacidade de vivenciar

diferentes formas de inserção, incorporando no ensino a filosofia da aprendizagem

humana, além de ser solidária e destinada a construção do saber e conhecimento do

aluno, compromete-se na totalidade dos atos pedagógicos coletivos com o

crescimento e a formação do educador.

É a escola que contribui para a formação da vida de seres pensantes, mas

requer a contribuição do mediador que transforma informações em conhecimentos

claros e objetivos. O ensino não acontece somente em salas de aula com conteúdos

sistemáticos, porém o conhecimento e a aprendizagem se dão da relação

estabelecida no dia a dia, na forma de organização do tempo e espaço de maneira

motivadora, resgatando a autoestima dos alunos através de metodologias

diferenciadas onde o prazer e a alegria em aprender estejam em evidencia.

O trabalho educativo compreende a interdisciplinaridade, pois na articulação

dialética, os conhecimentos produzidos em diferentes situações são acrescidos ao

conhecimento formal existente possibilitando ao aluno ampliação dos conceitos e

transformações de significados baseados em experiências extra ou intra escolar.

Esse conhecimento fará com que o ser humano tenha respostas concretas para

enfrentar problemas no decorrer da sua história e fazer se sentir sujeito de ações

aplicáveis para haver transformações no meio.

Assim, desde a reformulação até a apreciação e posterior utilização deste

plano, consideramo-nos comprometidos e reiteramos que um educador

“comprometido” já está condicionado por sua preparação técnica, pela

responsabilidade, pelo seu desejo, por sua aspiração profissional e opção de vida, o

que implica igualmente os valores e princípios do professor, da Escola e do

momento histórico.

Page 16: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

16

O embasamento teórico é de suma importância, e dentro desta ótica e

concepção, acreditamos que as reflexões sobre as relações teórica e prática e o

exercício desta em estudos como este, nos preparam para que realizemos o que

buscamos: instrumentalização para o exercício consciente do magistério.

Page 17: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

17

MARCO CONCEITUAL

6 – PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS E METODOLÓGICOS

“Precisamos contribuir para criar a escola

que é aventura, que marcha, que não tem

medo do risco, por isso que recusa o

imobilismo. A Escola em que se cria, em

que se fala, em que se ama, se adivinha,

a Escola que apaixonadamente diz sim à

vida”.

Paulo Freire

Na construção de uma sociedade, na era da globalização, visamos a uma

escola num cenário que coloca novos desafios para nós educadores: - que tipo de

educação necessita... o HOMEM dos próximos 20 anos, para sobreviver neste

mundo tão controverso?

Necessitamos de uma EDUCAÇÃO que nos prepare para uma sociedade

multicultural, que sejamos capazes de perceber as grandes transformações do

mundo.

Afirma-se que a escola pode ser um instrumento importante para tornar os

homens mais livres, mas, para tanto é preciso estimular o trabalho criativo e crítico

dentro da mesma.

A aprendizagem escolar é, atualmente, semelhante à aprendizagem dos

livros sagrados, nos quais se aprende a repetir fatos muitos afastados da vida da

criança. Por isso, muitas vezes vê-se a atividade escolar como algo árido, difícil...

Para cumprir com as funções de tornar os homens mais livres, ao invés de

escravizá-los, a escola precisa mudar e deve faze-lo adaptando-se à realidade, o

seu mundo social.

“A escola – isoladamente e como sistema – é uma instituição

essencialmente social, pertence à sociedade que lhe deu origem, e matem com sua

estrutura global relações de mútua influência”.

A escola se vê limitada por fatores existentes no contexto da sociedade em

geral.

Page 18: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

18

Em sociedades mais estáveis, onde as mudanças são lentas, não se

evidenciam tão agudamente as exigências sociais e as limitações que estas impõem

ao sistema escolar.

Entretanto, onde as mudanças são rápidas, crescem as exigências da

sociedade para com a escola e, por sua vez, entram em crise as limitações de

origem social com que se depara ao cumprir sua tarefa.

A escola precisa adaptar-se às necessidades do indivíduo enquanto este

frequenta e prepará-lo para o futuro, e não fazer com que o indivíduo de adapte a

ela. A escola deve ensinar principalmente, um comportamento racional e autônomo

a discutir e a avaliar as diferentes soluções, contribuindo para uma melhor

socialização.

Deve-se ter clareza, também, que “o homem é o resultado do meio cultural

em que foi socializado”.

Pensamos, numa escola, que não privilegia apenas um tipo de

conhecimento, em detrimento de outras formas de aprendizagem, mas sim conceber

a educação mais ampla.

Queremos uma educação, que leve o aluno a aprender a conhecer o mundo

que o cerca, com aprofundamento sobre o mundo, com visão crítica e investigativa,

que o aluno seja capaz de aprender para a vida toda. Queremos também, que nosso

aluno aprenda a fazer se relacionando em grupo, com capacidade de resolver

problemas no seu cotidiano, e que esteja preparado para adquirir uma qualificação

profissional. A convivência com os seres humanos normalmente é complexa, por

isso precisamos aprender a viver com os outros, pois sabemos que a compreensão

do outro, o gerenciamento dos conflitos, o respeito, o pluralismo cultural e a união,

são fatores essenciais para a formação de um cidadão consciente do seu papel na

sociedade, transformador. Da mesma forma que o aluno precisa aprender a ser, ou

seja, ter autonomia, respeitando o outro, reconhecendo as suas responsabilidades.

Enfim, a nossa filosofia, é a formação de pessoas – criança, adolescente ou

adultos-produtores desta sociedade, não simplesmente atores deste contexto, mas

sim autores de uma história melhor, construída com dignidade, respeito,

competência e responsabilidade sobre a sociedade em que vivem.

O homem é um ser insatisfeito e curioso, sendo assim sempre está em

busca do novo e desconhecido. Jamais poderemos esquecer dessas afirmações e

teremos que reforçá-las na Escola ou em qualquer lugar, senão povoaremos o

mundo com seres desanimados, medrosos e reprimidos. Em uma época de

Page 19: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

19

transformações e avanços buscamos a todos os momentos novas formas de viver e

agir. E é na aprendizagem que faremos com que o homem busque com interesse e

curiosidade, produzindo assim o seu próprio conhecimento e aprendizagem.

Desde a antiguidade o homem quer respostas e assim começou a

desvendar vários mistérios tais como a passagem do tempo, os astros, formas da

terra, etc. Com conhecimento, informação, criatividade e uma visão mais ampla do

mundo o homem transformou e transforma não só a Astronomia mas também outros

tantos campos. Criando e inventando várias maneiras que a sua vida e a dos outros

seja facilitada.

A capacidade de resolver problemas, de decisão fundamentais e de

continuar aprendendo são habilidades que devem estar inseridas no viver do

homem, que é o mesmo que teve a criatividade inventiva de gerar novas

ferramentas tecnológicas e modificar constantemente os instrumentos que inventa e

não se preocupando que essa mesma invenção poderá interferir em sua expressão

criativa e até mesmo em sua forma de adquirir conhecimento.

O homem está no – mundo e com – o – mundo. O homem é um campo de

relações porque seu corpo se estende e como uma árvore, se relaciona com tudo

que o cerca. Isso o faz ser – no – mundo o com – o – mundo.

Visão de mundo: É perguntar-se sobre si mesmo numa constituição de uma

sociedade globalizada: autonomia, cidadania e participação resultando na qualidade

total ou multiculturalidade. A eficiência do trabalho resultará em adultos felizes, livres

e criativos.

A educação permitirá que o ser humano seja sujeito do seu desenvolvimento

e participante da transformação dando condições para tal. Ampliar a compreensão

da realidade construída nas experiências vividas em suas relações sociais também

ajudará o ser humano a elaborar sua compreensão sobre o mundo.

Hoje, a convivência de pessoas é conflituosa e contraditória, própria de

todos os tempos. A ideia de fragmentação, reprodução, frieza, ausência de emoções

e experiências concretas fazem parte das previsões para o século XXI. Contudo, o

ser humano modifica-se, mas continua. Os modelos antigos cedem, dando lugar a

outros. Se antes este antagonismo se fazia em termos de exploração, hoje ele se

dá, de como circula e se distribui o conhecimento.

O espelhamento da realidade objetiva é substituído pela busca da

proximidade dos seres humanos e do que lhes traz felicidade. Sendo assim a leitura

do mundo passa a ganhar importância e os determinantes da verdade

Page 20: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

20

enfraqueceram. A ficção e a razão tornam-se caminhos viáveis assistidos pela ética

e pela religião. A cooperação uns com os outros leva a eficiência.

O debate permanente, a permanência do movimento constante da reflexão

não levará o ser humano a dar as costas para o presente e para o futuro.

Construtores de uma nova realidade, rica em experiências significativas, leva o ser

humano a se formar num sujeito criador, sensível e transformador. Muda nossa

forma de ver e pensar o mundo, de interagir com o mundo.

O ser humano, de modo geral, está mais consciente das ameaças que

pesam sobre o ambiente natural e a utilização irracional desses recursos naturais.

Esta degradação atinge a todos indiferente aos meios eficientes ou não de

solucionar esse problema. O benefício do crescimento econômico por exemplo, o

respeito ao ser humano e a natureza nem sempre foi exercido.

As políticas da educação não podem deixar de interpelar esses desafios. Um

deles, tornar-se, pouco a pouco, cidadão.

Para haver mudança é preciso reconhecer, refletir esforços para desfazer

este processo arraigado e o primeiro passo pode ser a conscientização de sua

existência.

Começamos a caminhar para uma formação sólida, ampla e profunda do

ser.

A visão de sociedade e de cultura tem como objetivo “reconhecer que a

sociedade e a natureza possuem princípios e leis próprias e que o espaço

geográfico resulta das interações entre elas historicamente definida”.

Naturalmente, isolado de seus semelhantes, o ser humano é incapaz de

desenvolver suas potencialidades intelectuais e torna-se selvagem como um animal

da floresta.

Fenômeno observado na prática em crianças, que sobreviveram afastados

do convívio social, num certo tempo.

Sociedade é agrupamento de indivíduos entre os quais se estabelecem

relações econômicas, políticas e culturais. Numa sociedade existe unidade de língua

e cultura e seus membros obedecem as leis, os costumes e tradições comuns,

unidos por objetivos que interessam ao conjunto ou as classes que nele

predominam. Em sentido estrito, confunde-se com a comunidade política que vive

num estado nacional. A ideia de sociedade pressupõe num contexto de relações

humanas no qual ocorre a interdependência entre todos e cada um de seus

componentes, que subsiste tanto pelo caráter unitário das funções que cada

Page 21: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

21

membro desempenha como pela interiorização das normas de comportamento e

valores culturais dominantes em cada comunidade.

Toda humanidade pode ser considerada como uma única sociedade, mas

em sentido sociológico fala de sociedade como um sistema funcional abstrato, sem

identificação com um país ou cultura determinados, ou de forma plural no tempo

sociedade antiga, medieval, moderna e no espaço sociedade americana, japonesa,

brasileira.

A relevância sociocultural em como resposta que a sociedade caracteriza-se

como polo centralizador da participação do homem nos diferentes fenômenos: social

econômico, político e cultural, e nas diferentes classes sociais onde a grande

maioria é submissa e alienada, há uma ideologia dominante, marcada pelas

profundas diferenças sociais.

Crianças e adolescentes vivem a expectativa da presente inserção no

mundo do trabalho. Assim como os dilemas frente aos apelos para o consumo de

produtos valorizados por seu grupo etário.

Frente à pluralidade cultural para se viver democraticamente em uma

sociedade plural é preciso respeitar e valorizar a diversidade étnica e cultural que a

constitui, sua formação histórica. A sociedade brasileira é composta pela presença

de diferentes etnias, a composição populacional das regiões é marcada por

características culturais próprias como também pela convivência interna de grupos

diferenciados, diversidade etno-cultural frequentemente alvo de preconceitos e

discriminação caracterizada por diferenças sociais, presença constante da injustiça

social.

A consciência que o homem tem da sociedade, que está inserido é o desafio

para resgatar uma sociedade com equilíbrio, na era da informática onde a

privacidade do indivíduo desapareceu sob uma tecla, é aquela onde toda estão

inseridos e sejam capazes de criar ideias novas e posteriores, provocar mudanças

necessárias visando conquistar de forma concreta sua cidadania.

O homem dessa sociedade tenha livre expressão de pensamento critico e

operatório nas questões de classes: dominantes e dominados.

O homem seja o articulador dinâmico – mão de obra qualificada, criador de

suas obras, suas especialidades, seja o critico construtivista, auto crítico quando

necessário de suas ações.

Page 22: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

22

O homem que compõe essa sociedade, interiorize que a sabedoria e o

conhecimento sejam consciência e vida e a escola um direito de todos, reflexo de

uma educação que ainda atinge os anseios de uma parte da sociedade.

A população dessa sociedade seja saudável fluindo a energia como base

para o resgate do sucesso harmônico nos diferentes aspectos: social, político e

cultural.

A escola deve oportunizar ao aluno, ser crítico, participativo, porém para isso

tem que se implantar um projeto onde enfoque esses valores para que a escola

acompanhe as novas tecnologias, e cada vez mais seja participativa nas novas

mudanças da comunidade/mundo.

Escola moderna não é apresentar só um espaço físico com aparatos

modernos e tecnológicos, máquinas inovadoras, e sim o material humano também

têm que estar inserido e consciente neste contexto para chegarmos ao mesmo

objetivo.

Hoje a visão direta é encaminhar o aluno para o mercado de trabalho que

sofreu uma grande alteração e muitas profissões desapareceram, então faz com que

as pessoas se adaptem a várias funções. Essa adaptação força alguns profissionais

a se sujeitarem pelo poder econômico a trabalharem em funções não específicas,

com baixa qualidade, levando o indivíduo a insatisfação com a comunidade e

consigo mesmo. A escola enfrenta um problema social, onde domina os valores da

negatividade, da esperteza, da impunidade e no nosso país, houve sempre um

crescimento da sociedade onde uns dominam (a burguesia) e outros são dominados

(parte do povo).

A escola tem que acompanhar todas as mudanças políticas, porém não

somos serviçais e sim peças de um jogo, onde é preciso ter o conhecimento

globalizado, esclarecido para que todos tenham um pensamento crítico com uma

ação coletiva, coordenada e o resultado será de todos vencedores.

“De agencia destinada a atender o interesse da população em ter acesso ao

saber elaborado, a educação se torna uma agência a serviço do interesse

corporativista ou clientelista”.

A esta altura é necessário comentar ainda uma possível objeção: até que

ponto uma concepção que está expondo não configura uma proposta pedagógica

tradicional? Querer-se com isso voltar à velha educação já tão exaustivamente

criticada? E onde fica a criatividade, a iniciativa dos alunos?

Assim para existir a educação, não basta o existir, o saber elaborado.

Page 23: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

23

A educação não é um fim em si mesma, mas é educação de e para, e que o

seu sentido deverá ser buscado fora dela. Buscá-la no sentido que se quer, quando

se deseja que ela possa formar sujeitos capazes de pensar. De serem autônomos,

capazes de se auto governar e governar.

A educação que se faz na escola, se está reforçando a ideia de que, a

despeito do valor que muitos projetos dentro da educação, tenham assumido

historicamente, entende-se que o espaço da educação precisa ser construído de

forma própria dentro da escola. Não é possível pensar essa educação sem o seu

lugar público, legitimado pela sociedade – a escola.

A educação é hoje uma prioridade revistada no mundo inteiro. Diferentes

países, de acordo com suas características históricas, promovem reformas em seus

sistemas educacionais com a finalidade de torná-los mais eficientes e equitativos no

preparo de uma nova cidadania, capaz de enfrentar a revolução tecnológica que

está ocorrendo no processo produtivo e seus desdobramentos políticos e éticos.

A educação é convocada, para expressar uma nova relação entre

desenvolvimento e democracia, como um dos fatores que podem contribuir para

associar o crescimento econômico à melhoria da qualidade de vida e a consolidação

dos valores democráticos.

Que conhecimento é priorizado neste novo paradigma da educação?

A primeira forma de conhecimento é a percepção da realidade que se dá por

meio da experiência vivida. A percepção é guiada pelas relações que se

estabelecem nas práticas sociais e históricas, em função dos interesses da realidade

imediata. Após isso o pensamento pode passar a penetrar nas aparências,

buscando as conexões internas, que são invisíveis, com a realidade mais ampla.

O movimento do pensamento em processo de abstração, busca analisar as

percepções, relacionar fatos entre si, selecionar o que é mais importante, e após

captar as características principais do que está sendo analisado, encontrar e

construir conceitos para explicar outras situações.

Sendo assim, não se acredita mais nas formas tradicionais de que a escola

deve transmitir apenas conteúdos, mas que ela deva oportunizar condições para que

o aluno através de novas sínteses, utilize formas que superem os conceitos e os

conhecimentos anteriormente elaborados.

O conhecimento deve ser sempre uma relação entre sujeitos e realidade,

uma produção social, que se dá também, na relação entre classes e se manifesta,

sempre, pelo poder de uma classe impor sua vontade ao restante da sociedade.

Page 24: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

24

Cabe a escola eliminar os mecanismos que excluem, afastam, discriminam

os que tem saberes construídos nas classes sociais às quais os direitos vem sendo

sistematicamente negado.

“A educação está marcada pela globalização, revolução da informática,

pluralismo de ideias, novos valores de instituições e vivências social na atual

sociedade para isso a educação constitui-se num espaço de construção e

reconstrução de conhecimento que se processa como instrumento da realidade”.

A educação é resultado de importantes mudanças por isso requer do ensino

a qualidade, que atenda necessidades sociais, e que considere atribuições de cada

um dos alunos para auxiliar na sua formação autônoma, crítica consciente e

participativa, capaz de fazê-lo atuar com competência, dignidade e responsabilidade

na sociedade em que vive e também para o bem comum, tendo a compreensão do

papel individual e da importância do grupo organizado, para poder interferir nas

ações da sociedade.

O mundo é composto por diversidade étnicas, crenças, raças, sistemas

econômicos e culturas. É na cultura que se socializa o saber, e é por meio dela que

o indivíduo se concebe historicamente, cultural, pois daí vem o equilíbrio da origem,

valores e costumes. É da cultura existente em cada grupo, que ocorre o crescimento

de informações sistematizando o saber de diferentes modos de vida.

Page 25: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

25

7 - PRINCIPIOS PEDAGÓGICOS

(...) A gente vai contra a corrente até não poder

resistir ,na volta do barco é que sente o quanto

deixou de cumprir . Faz tempo que a gente

cultiva a mais linda roseira que há , mas eis

que chega a roda vida e carrega a roseira de

lá. (Chico Buarque – Roda Vida).

Na pedagogia do trabalho, do francês Celestin Freinet, encontramos a

cooperação como, motor básico dos processos educativos, ele mostra que a

cooperação e o trabalho produtivo são formas naturais de interação entre as

crianças e, portanto, elementos essenciais à ação educativa.

No trabalho de L. S. Vygotsky, encontramos a importância do papel da

interação entre pares, no desenvolvimento do que ele chamou de estruturas

superiores de pensamento; Vygotsky demonstra que a cooperação entre pessoas,

em estágios diferentes de desenvolvimento.

Esta amplitude de referencia leva a uma visão ao mesmo tempo ampla e

profunda dos processos desenvolvidos na ação pedagógica. A reunião desses

estudos nos permite vislumbrar o potencial de desenvolvimento intelectual que

reside na interação entre alunos, mediada pelo professor, na conquista do

conhecimento de forma comprometida com o desenvolvimento sócio afetivo do

grupo.

Apesar dessas teorias apresentarem divergências em alguns aspectos,

estas não chegam a constituir graves antagonismos.

Podemos somá-los para fundamentar uma proposta pedagógica consistente

e sólida.

Esta proposta lança as bases, como veremos a seguir, para uma educação

comprometida com o real desenvolvimento do ser humano, (com foco em sua saúde

mental e física e na igualdade de direitos entre os indivíduos), em oposição à escola

tradicional que visa principalmente à aquisição de conhecimento.

Freinet é um pioneiro na proposição de uma prática pedagógica, centrada na

cooperação. Seu trabalho pressupõe a colaboração não só entre os estudantes

como os educadores. Assim, ao mesmo tempo em que permite que cada estudante

produza no seu próprio ritmo, permite-lhe perceber que pertence ao conjunto maior a

Page 26: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

26

que sua produção tem valor para todo o grupo, a qual pode ser melhorada e

ampliada, pela interferência.

Nesta escola a pedagogia vigente propunha ser levada a informação ao

estudante, que a recebia como um repositório do saber passivo e silencioso.

Na teoria Sócio-interecionista (L. S. Vygotsky), talvez seja mais importante

contribuição no construtivismo pós-piagetiano e que deu origem ao chamado

Construtivismo Sócio Interacionista.

Para Vygotsky a internalização que ele define como a reconstrução interna

de uma operação externa, é um dos motores básicos do processo de

desenvolvimento e esta internalização pressupõe a construção de signos que

representa os elementos envolvidos na operação real.

Vygotsky encarava a escola como local privilegiado para o desenvolvimento infantil.

Assim, cabe a escola, neste processo futuro, transformar o novo homem, o

qual será capaz de participar ativa e criticamente da sociedade.

É fundamental que à escola, ao mesmo tempo que divulga o conhecimento

acumulado pela humanidade, faça com que o aluno vivencie o caráter dialético da

construção do conhecimento, que é sempre provisório, superável, detonador de um

novo conhecimento.

“Uma semente atirada num solo fértil não pode morrer”.

“É sempre uma nova esperança que a gente alimenta de sobreviver.”

(Amor à natureza) Paulinho da Viola

Quando pensamos no planejamento educacional e na organização do

trabalho na escola em uma perspectiva cidadã faz-se necessário explicar o

significado da sociedade, de seus direitos e deveres.

Pensar em planejar a educação é parte essencial da reflexão sobre como

realizar e organizar o trabalho escolar. Isso significa encarar de frente os problemas

dessa instituição e do sistema educacional como um todo, compreendendo as

relações institucionais, interpessoais e profissionais neles presentes, avaliando e

ampliando a participação de diferentes atores em sua administração e em sua

gestão, assumindo a escola como instância social de contradições que propiciam o

debate construtivo e sobretudo, enquanto entidade que tem por principal missão

propiciar aprendizagens e formar cidadãos.

Page 27: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

27

É importante que se priorize a realização de diversos planos e

planejamentos educacionais e escolares, organizando a educação, significando

assim uma atividade engajada, intencional científica, de caráter político e ideológico

e isento de neutralidade.

Dessa forma, a escola tem a finalidade num sentido amplo, de estabelecer

fins e meios que apontem para a sua superação, visando atingir objetivos antes

previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro, mas sem desconsiderar

as condições do presente e as experiências do futuro, levando-se em conta a

contexto e os pressupostos filosóficos, culturais e políticos de quem, com quem e

para quem a escola é o objetivo.

Planejar é prever o que se espera alcançar e como alcançar. Deve ser

construído na coletividade, discutido com o grupo e vista como uma construção de

pretensões de acontecimentos desejáveis. Assim um planejamento deve ter

presente:

a) definições dos objetivos: o que se espera alcançar, durante um determinado

período, com um determinado grupo. Para esse tipo de momento é importante que

se tenha claro que tipo de escola queremos. E a escola que quer ser, hoje, é aquela

que o aluno não adquira pronto o conhecimento nas matérias escolares, mas que

compreenda as estruturas que estão na base de todas as formas de saber, do

conhecimento. E para isso, o desafio, a problematização, e a ação do próprio aluno

devem estar presentes e serem pensadas;

b) Seleção dos conteúdos – o que deve-se ensinar, para que os objetivos

previamente definidos sejam alcançados. Para tal, o currículo deve estar centrado

na relação entre as pessoas e na relação delas com o meio, com a vida. Deve-se ter

claro quem é esse aluno; descobrir e permitir que ele traga para a sala de aula a

sua bagagem cultural, levando-a em conta na organização dos conteúdos,

promovendo, desta forma, a possibilidade de uma leitura critica do mundo em que

ele vive;

c) escolha das atividades, procedimentos e de cursos – organização previa das

atividades a serem desenvolvidas. A eficiência dessa fase será garantida, se as

atividades constituírem-se em desafios que, através de situações concretas,

coloquem os alunos numa posição permanente de reflexão e gerem novas questões.

Poderíamos chamar de pedagogia do descobrimento: o professor colocando

questões, para ajudar os alunos na aventura do conhecimento. Além disso, o uso de

Page 28: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

28

textos, os filmes e as atividades vivenciadas (estudo do meio, excursões,

entrevistas, etc. facilitarão esse momento);

d) elaboração de instrumentos de avaliação – a forma como o professor, junto com o

grupo pode verificar se os objetivos foram alcançados. Dentro da visão de escola e

de aluno que estamos identificando, a avaliação deverá ter o caráter de diagnóstico

da eficiência do planejamento, sendo o momento de reflexão sobre o processo de

descobertas de cada um e do grupo. Um momento de reflexão sobre o trabalho de

todos que tiveram envolvidos num projeto comum: aluno, professor, escola e

comunidade.

Todas essas fases devem ter, como característica principal, a possibilidade

sempre que a realidade e a vontade do grupo assim exigirem. Com isso, o

planejamento deixará de ser uma “camisa-de-força” transformando-se num

instrumento de organização necessário para a construção de uma escola

democrática e plural.

Se no dia-a-dia de nossas vidas estamos sempre a planejar (viagens, ida ao

mercado, lazer, etc.), por que não trazemos mais essa mais essa pratica de vida,

vida prática para a escola? Se os diversos planos que fazem para as nossas vidas

são cheios de imprevistos, reformulações e consultas e terceiros, porque não

permitir mudanças e socialização de nosso planejamento pedagógico?

O planejamento do trabalho pedagógico deve refletir o anseio do grupo que

está envolvido nesse trabalho. Deve refletir a vida que querem para nós (alunos,

professores e escola), e também verificar as necessidades dos alunos para que

estes possam participar plenamente do seu desenvolvimento, melhorar a qualidade

de sua existência, tomar decisões de forma esclarecida, e continuar a aprender;

aprender a conhecer o seu mundo, aprender a fazer a sua história, aprender a viver

com os outros, aprender a “ser”... cidadão ativo na sociedade.

“Essa educação que queremos interessa aos alunos”

A escola, do mesmo modo que a sociedade, dificilmente se vê com tarefa de

realizar qualquer trabalho coletivo. Isto porque, a lógica da sociedade capitalista em

que vivemos estimula o individualismo e a competição o que impede qualquer

iniciativa de caráter solidário.

Além disso, o trabalho da escola está organizado de forma fragmentada e

em pequenas “caixas do saber”, onde cada um se abriga, sem qualquer relação de

troca ou de trabalho interdisciplinar.

Page 29: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

29

O conhecimento está posto na escola como algo pronto, acabado, como se

o mundo fosse todo fragmentado, onde se fala de parte de cada coisa, mas não se

consegue ver a coisa como um todo. Como se o conhecimento não estivesse sendo

construído e reconstruído a cada dia apesar das fortes evidências que nos mostram

como rapidamente novos conhecimentos surgem e passam a fazer parte de nossas

vidas, determinando novos modos de pensar e agir.

O mesmo acontece com a forma como se vê o aluno: quase sempre só

intelecto, só cabeça, ficando o resto do seu corpo de fora, seus sentimentos, suas

emoções...

As relações democráticas precisam ser estabelecidas com regras, que

evidenciam o contrato que entre si farão professores e alunos.

Contrato que deverá estabelecer como será o trabalho, como todos

participarão, as responsabilidades, os compromissos, até chegar ao calendário e os

horários, que atendam aos reais impedimentos de quem estuda depois de uma

jornada de trabalho.

Isto não significa, no entanto dizer que o professor deverá abrir mão da sua

competência técnica e da prática pedagógica que servem de base para a sua

reflexão.

Ao contrário, elas são indispensáveis para conformar um projeto pedagógico

consistente, que não abra mão do papel político e social que a escola deve cumprir.

Margareth Schafer (1990), falando do projeto político pedagógico em antecipatório

para a escola pública vai recomendar que se considere a seguinte ordem de

questões, as quais sintetizam as ideias desenvolvidas:

1) O tipo de cidadão que se quer formar e para que tipo de sociedade: a que temas,

a que germine o projeto de outra sociedade, a que queremos?

2) Que a escola esteja organizada e fundada em princípios baseados na autonomia

e na democracia, bem como tenha currículo que possa traduzir, através de sua

organização, esse projeto.

3) A existência de uma comunicação interativa constante entre os agentes da escola

que, a partir da especificidade de suas áreas de conhecimento, proponham-se

objetivos comuns com relação à educação, ao projeto pedagógico, que é

permanentemente construído, nunca pronto e acabado.

4) Por fim, que as orientações teórico metodológicas, que podem derivar de tal

perspectiva, estejam nas mãos e no poder de quem efetivamente constrói um

projeto pedagógico para a escola, bem como estejam nas mãos e no poder dos

Page 30: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

30

destinatários dessa, que é a classe trabalhadora. Senão, corremos o risco de termos

um projeto político pedagógico para a escola pública do qual não participamos (ou

então participamos por omissão), deixando que nos digam o que fazer, deixando de

escutar o que a nossa prática pedagógica tem a nos dizer (processo de

autorreflexão) e deixando de escutar o que os trabalhadores têm a dizer.

A formação da consciência de seres históricos, sociais e culturais da

sociedade passa também pela existência de um currículo que valorize o belo, a

sensibilidade artística e filosófica, a formação do gosto estético, os recursos da

tecnologia e os avanços científicos como conquistas humanas que precisam estar

ao alcance de todos.

Quando se está falando da necessidade de professores, demais

profissionais da educação e alunos sentarem-se juntos, para definir a educação que

querem, está se falando de uma outra forma de pensar essa educação que parte da

interação de sujeitos discutindo expectativas comuns.

Assim, pensar um Projeto Político Pedagógico implica uma grande

responsabilidade dos que fazem a escola, conscientes do movimento histórico que

marcou, sempre de forma marginal, a trajetória dessa educação.

Primeiro reconhecer quem são os alunos que estão diante de si: o que

pensam, o que fazem.

É intenção também de provocar debates a respeito da função da escola e

reflexões sobre o que, quando, como e para que ensinar e aprender, que envolvam

não apenas as escolas, mas também país, governo e sociedade.

Se somos professores, temos alunos, turmas, atuamos em escolas,

cumprimos programas e currículos, planejamos e ministramos aulas, propomos

atividades, avaliamos. É importante que procuremos conhecer e discutir como cada

uma dessas vivências são apresentadas socialmente nos diferentes segmentos, em

diferentes épocas.

Em um passado não muito remoto, a professora era vista como aquela

pessoa que deveria cuidar da formação ética, moral e passar aos alunos os

conteúdos das diversas áreas. Aliás, não faz muito tempo que os professores

gozavam de um certo prestígio social.

Hoje, as experiências do nosso trabalho, como, por exemplo, os

cumprimentos de normas curriculares, disciplinares, avaliativos, não podem se

sobrepor a questionamentos mais profundos que deveriam, estes sim, nortear a

nossa ação profissional.

Page 31: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

31

Nós, professores, temos, em relação à profissão, uma especificidade que

nos faz singulares perante outras categorias profissionais; de alunos a mestres,

vivemos um contínuo escolar que talvez só encontre paralelismo na passagem das

funções sociais na família, de filhos a pais.

Tal fato, e suas implicações nos fazem refletir sobre algumas questões

relativas a nossa prática pedagógica, mais especificamente, no que ela tem, por

constituir-se uma continuidade, de reprodução de uma experiência vivida.

Qual é, afinal, o nosso papel junto aos educandos?

Como orientá-los no sentido do progresso, do conhecimento, do

crescimento?

Tal empreendimento por sua magnitude exige um posicionamento por parte

do professor sobre a sua visão de mundo. Daí a importância da reflexão, da troca,

do diálogo com seus pares e com as posições teóricas contemporâneas relativas ao

desenvolvimento infantil, à construção do conhecimento, à cultura como diversidade,

à linguagem, a ciência, a arte.

É fundamental procurarmos uma sintonia crítica com o nosso tempo, nosso

lugar, a realidade de nossos alunos para que não nos tornemos reprodutores de

“verdades” históricas de conteúdos estéreis, de cobranças seculares que já não dão

conta de uma sociedade complexa e diversa como a que vivemos.

“O senhor... mire-se e veja, o mais importante e bonito do mundo é isto, que

as pessoas não são sempre iguais; não foram terminadas, mas que elas sempre

estão mudando. Afinam e desafinam verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso

que me alegra, montão!” (Guimarães Rosa).

E o ensino? Será que vem pensando essa diversidade? Até que ponto é

possível uma ação efetivamente conectada com as realidades e suas diferenças.

Queremos que nosso aluno seja sujeito de seu tempo, de seu processo de

aprendizagem.

É entre outros sujeitos que nosso aluno poderá então viver plenamente a

sua subjetividade, na interação com diversos grupos sociais onde se insere.

Na escola, essa prática só irá instaurar numa relação dialógica, nas trocas

entre aluno – aluno, alunos – professores.

“O professor por suas experiências, seu saber teórico, sua vontade de

educador comprometido criticamente com a transformação, terá subsídios

importantíssimos para incentivar seus alunos”.

Page 32: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

32

Esse é um processo, para o professor, bem mais ativo, ao contrário que

possa parecer, pois estará sempre se interrogando sobre como intervir de forma

produtiva na construção do conhecimento.

Dessa maneira, a fusão teórica e prática se efetivará no dia-a-dia da sala de

aula. O professor estará sempre buscando subsídio para sua prática através da

análise não dos resultados finais, do produto, mas do processo em que se constitui a

aventura de buscar o conhecimento.

Page 33: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

33

8. CONTEÚDOS DAS DISCIPLINAS

“Eu pinto as coisas como as penso, não como as vejo” (Picasso)

A sociedade e o mundo do trabalho, hoje, tem outras prioridades e

exigências. As palavras chave são: criatividade, iniciativa e ação.

Não há mais espaço para o simples repasse de informações desvinculadas

da realidade que cerca o aluno, das suas vivências e da historia cultural da

humanidade.

O ensino “cartorial” em nada ajudará a formar, o novo homem, aquele que

saberá mobilizar um conjunto de saberes-habilidades e informações para solucionar

com pertinência e eficácia uma serie de situações.

Para isso será necessário cortar o tecido que une o “velho educar” com o

“novo educar”, novo no sentido de ter coragem de romper barreiras arraigadas e

arriscar, inovar.

Na história temos vários exemplos de gênios que não se prenderam aos

modelos da época, que ousaram, que brincaram com a vida de forma a reinventar

novas concepções de ser feliz.

Em 1936 quando Alexandre Fleming fez seus primeiros relatórios sobre a

penicilina, não foi levado muito a sério. Ele tinha um espírito muito brincalhão e

sempre encontrava tempo para, no meio de suas pesquisas, praticar esportes, do

golfe ao bilhar, passando pelo xadrez. Ele criou um quadro com “tinta feita de

bactérias”, o que causou indignação no meio cientifico. Seu chefe dizia que ele

“tratava a pesquisa como se fosse um jogo”. E Fleming respondia: “Quando se

adquire conhecimento e experiência, é muito agradável infringir regras e criar algo

novo, nunca pensado antes”.

Escritores costumam “brincar” com as palavras, criando trocadilhos e

neologismos.

Os jogos de palavras mostram que o dicionário não é o limite de palavras

possíveis.

Ou seja, as palavras existentes não precisam limitar a natureza do

pensamento como sugeriu Immanuel Kant.

Na NASA, por exemplo, há artistas profissionais contratados. Sua tarefa é

transformar dados colhidos pelos satélites em mapas e imagens que dêem aos

Page 34: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

34

cientistas um sentido mais amplo as informações. Esse é o pensamento

transformado que a escola terá que alimentar com o alimento da criatividade, da

imaginação e do conhecimento.

O resultado obrigatório do pensamento transformador é o entendimento

sintético.

As impressões sensoriais, sentimentos, conhecimentos e lembranças unem-

se de várias maneiras. Essas sensações ocorrem em 50% das crianças, mas só

entre 5 a 15% dos adultos. O que sugere a educação focaliza somente experiências

de um único sentido e abafa a associação natural das percepções. Psicólogos e

neurobiologistas concordam, hoje, que essa faculdade pertence latente em nós e

que “sabemos muito mais do que pensamos que sabemos”.

O desafio da Educação Moderna é reintegrar a poesia e a física, a arte e

química, a música e a biologia, a dança e a sociologia.

Page 35: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

35

BASE NACIONAL COMUM

8.1 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

Erro de Português

Quando o Português chegou

Debaixo duma bruta chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O Português

(Oswald de Andrade)

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois

de já há muito organizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a

formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século

XX.

Nos primeiros tempos da colônia, resultante do confronto de culturas, o índio

começou por despir o português, que afastado da metrópole, aprendeu a língua

geral de origem tupi, falada em grande extensão da costa brasileira. O isolamento

dos primeiros colonos fez que também adquirissem alguns hábitos dos indígenas.

Nesse período, não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir de

práticas restritas à alfabetização, determinadas mais pelo caráter político, social e de

organização e controle de classes do que pelo pedagógico. Depois de

Page 36: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

36

institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se ao

ensino do latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais

prolongada.

Tratava-se de um ensino eloquente, retórico, imitativo, elitista e ornamental,

visando, no dizer de Villalta (1997, p. 351) à construção de uma civilização de

aparências com base em uma educação “claramente reprodutivista, voltada para a

perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial. Assim, priorizaram (...)

uma não-pedagogia, acionando no cotidiano o aparato repressivo para inculcar a

obediência” à fé, ao rei e à lei.

O Marquês de Pombal na metade do século XVIII tornou obrigatório o

ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua

Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática,

Retórica e Poética, abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o

conteúdo gramatical ganhou a denominação de português e, em 1871 foi criado, no

Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do século XX, iniciou-se, no Brasil, a partir de 1967, “um processo de

democratização do ensino, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados

exames de admissão, entre outros fatores...” (Frederico e Osakabe, 2004, p. 61).

Como consequência desse processo de democratização, a multiplicação dos alunos,

as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais

passaram a ser outras bem diferentes.

O ensino de Língua Portuguesa, nesse contexto, não poderia dispensar

propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades trazidas por

esses alunos par ao espaço escolar, ou seja, a presença de registros linguísticos e

padrões culturais diferentes dos até então admitidos na escola.

Com a Lei nº 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no

primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e

Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se

principalmente, nos estudos de Jakoboson, referentes à teoria da comunicação. Em

decorrência disso, a Gramática deixava de ser o enfoque principal do ensino de

língua e a teoria da comunicação passava a ser o referencial, embora na prática das

salas de aula o normativismo continuasse a ter predominância. Durante a década de

1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino de Língua Portuguesa

Page 37: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

37

passou a se pautar, então, em exercícios estruturais, técnicas de redação e

treinamento de habilidades de leitura.

A necessidade de suprir a demanda de vagas e a busca de alternativas

didáticas para facilitar o ensino, lançou para um segundo plano a formação

pedagógica, transferindo a responsabilidade do planejamento das aulas para o livro

didático, produzido industrialmente,como orientador das atividades. A força e a

preponderância do livro didático retiraram do professor a autonomia e a

responsabilidade quanto à sua prática, de modo que foi desconsiderado seu

conhecimento, experiência e senso crítico em função de um ensino reprodutivista e

de uma pedagogia da transmissão.

Com base na estrutura de livros didáticos, tinha-se um ensino de Literatura

focado na historiografia literária e no trabalho com fragmentos de texto, apenas, em

vez dos textos integrais. Para o ensino da Língua Materna, aplicavam-se exercícios

estruturais do tipo de preenchimento de lacunas ou questionários de simples

verificação de ocorrência, que desconsideravam as potencialidades que a interação

com o texto propiciaria para a expansão dos sentidos da leitura.

A dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos

paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como

unidade fundamental de análise.

No Brasil, essas ideias tomaram corpo, efetivamente, a partir dos anos 1980,

com as contribuições teóricas dos pensadores que integraram o Círculo de Bakhtin.

Deve-se a esses teóricos, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos estudos em

torno da natureza sociológica da linguagem, ou seja, a língua configura um espaço

de interação entre sujeitos que se constituem por meio dessa interação.

Embora tenha ocorrido um avanço teórico considerável nas pesquisas

acerca do ensino da língua, com enfoque nas práticas discursivas, houve uma

apropriação, por grande parte dos professores, dos novos conceitos, sem que isso

se refletisse na mudança efetiva de sua prática.

Até as décadas de 1960-70, a leitura do texto literário, no ensino primário e

ginasial, transmitia a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e

estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos.

A partir da década de 1970, o ensino de Literatura restringiu-se ao então

segundo grau, com abordagens estruturalistas ou historiográficas do texto literário.

A busca da superação desse ensino normativo, recentemente tem alcançado

os estudos curriculares e, em particular, os ensino de Língua e Literatura, seja pelo

Page 38: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

38

impacto dos pensadores contemporâneos como Deleuze, Foucault, Derrida e

Barthes, seja por meio de novos campos de saber ou espaços teóricos como a

análise do discurso, teoria da enunciação, teorias da leitura, pensamento da

desconstrução, etc.

A partir da década de 1980, os estudos linguísticos mobilizaram os

professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para

a reflexão sobre o trabalho realizado nas salas de aula.

A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990,

fundamentou-se em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da

linguagem, delineada a partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin,

para fazer frente ao ensino tradicional.

No caso do Currículo do Paraná, pretendia-se uma prática pedagógica que

enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de

análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos

significativos e com menos ênfase na conotação moralista.

Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os

Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 1990, também

fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções

interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem

oral e escrita. No entanto, até hoje, tendem a diluir a abordagem dessa concepção

com a introdução de conceitos pouco reconhecidos pelos professores, como por

exemplo, habilidades e competências, termos que desvelam a vinculação do

currículo ao mercado de trabalho. Apresentam, assim, a leitura de forma utilitarista, o

ler para subsidiar o que e como escrever, e uma abordagem meramente conceitual

da Literatura no Ensino Fundamental, ou mesmo, a sua desconsideração no Ensino

Médio (SUASSUNA, 1998).

Os fundamentos teóricos que alicerçam a discussão sobre o ensino de

Língua e Literatura tem-se pautado na discussão crítica dessas práticas e no

envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.

Atualmente este trabalho tem sido orientado pelas Diretrizes Curriculares

para a Educação Pública do Estado do Paraná, trazendo em si, o chão da escola e

traçando estratégias que visam nortear o trabalho do professor e garantir a

apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede pública.

Através da linguagem, enquanto possibilidade de representação, abstração

e generalização das características do mundo em que vivemos, é possível passar da

Page 39: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

39

consciência sensível à consciência racional. Utilizando-a, o ser humano torna sólidos

seus traços, acumulando, transmitindo conhecimentos, transformado o meio em que

vive.

Na concepção interacionista (ou sociointeracionista) a linguagem é

interação, ou seja, forma de ação entre sujeitos histórica e socialmente situados que

se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas.

Fruto da criação humana, ela pode ser considerada como trabalho e produto

do trabalho, como afirma Geraldi (1991, p. 6): “a linguagem não é o trabalho de um

artesão, mas trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os

outros que ele se constitui.”

Através da linguagem o homem se reconhece como ser humano, pois ao

comunicar-se com os outros homens e trocar experiências, certifica-se de seu

conhecimento do mundo e dos outros com que interage. Isso lhe permite

compreender melhor a realidade em que está inserido e seu papel como sujeito

social

Ressaltando esse caráter social da linguagem, Bakhtin (1992) a vê, também

como enunciação, como discurso, ou seja, como forma de interlocução, em que

aquele que fala ou escreve é um sujeito que em determinada situação interage com

um interlocutor, levado por um objetivo, uma intenção, uma necessidade de

interação.

O professor de Língua Portuguesa deve preocupar-se constantemente em

tornar sua sala de aula num espaço de permanente debate onde o aluno possa

analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio.

Sendo fundamental que estes tenham acesso a diferentes variedades da

Língua Portuguesa, procurando combater o preconceito linguístico, reconhecendo e

valorizando a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e eficiente

na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas interações com

pessoas de outros grupos sociais que expressam de outras variedades, estando

dessa maneira utilizando conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise

linguística, expandindo sua capacidade de monitoração das possibilidades do uso da

linguagem e por conseguinte sua análise crítica.

É num processo não linear de construções e reconstruções, assentado na

interação e na relação dialógica que acontecem entre sujeitos do processo

(professor e alunos), que se podem fundamentar sua prática mais competente e

eficaz, em Língua Portuguesa / Literatura.

Page 40: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

40

Diante da rapidez das mudanças ocorridas no meio social e a percepção das

inúmeras relações de poder presentes nas teias discursivas que atravessam o

campo social, constituindo-se e recebendo, concomitantemente, seus influxos, estão

a requerer, dos professores, uma mudança de posicionamento no que se refere à

sua própria ação pedagógica.

Na perspectiva de superação efetiva dessa postura, as Diretrizes

Curriculares fundamentam o trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa /

Literatura, considerando o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação

verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio

dela interagem.

E nesse contexto das práticas discursivas que se fazem presentes os

conceitos oriundos da Linguística, Sociolinguística, Semiótica, Programática,

Estudos Literários, Análise do Discurso, Gramáticas Normativa, descritiva de usos,

entre outros, de modo a contribuir com o aprimoramento da competência linguística

dos estudantes.

Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, fundamentarão o processo de ensino, os seguintes:

OBJETIVOS:

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la

a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos

discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento

diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais, além do contexto de

produção / leitura;

• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, de modo a atualizar

o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais

empregados na sua organização;

• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a liberdade estética, bem como propiciar pela

Page 41: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

41

Literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão

lúdica da oralidade e da escrita;

• reconhecer a importância da norma culta da língua, de maneira a

propiciar acesso aos recursos de expressão e compreensão de

processos discursivos, como condição para tornar o aluno capaz de

enfrentar as contradições sociais em que está inserido e para a

afirmação da sua cidadania, como sujeito singular e coletivo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa

esteja sob o pilar dos processos discursivos, numa dimensão histórica e social.

Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas

diferentes instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o

Conteúdo Estruturante, portanto, é o discurso como prática social, que não pode ser

encarado como mera mensagem, um simples esquema onde há emissor, receptor,

código, referente e mensagem. O discurso é muito mais, é efeito de sentidos entre

interlocutores, não é individual, ou seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua

gênese sempre numa atitude responsiva a outros textos (BAKHTIN, 1999).

Na linguagem, o homem se reconhece humano, interage e troca

experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu papel

como participante da sociedade. A partir desse caráter social da linguagem, Bakhtin

e os teóricos do Círculo de Bakhtin formulam os conceitos de dialogismo e dos

gêneros discursivos, cujo conhecimento e repercussão suscitam novos caminhos

para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal, demandando uma nova

abordagem para o ensino da língua.

“A utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos),

concretos e únicos que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade

humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma

das esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por se estilo verbal, ou seja, para

seleção operada nos recursos da língua-recursos lexicais, fraseológicos e

gramaticais – mas também, e sobretudo, por sua construção composicional. Estes

três elementos (conteúdo temático, estilo e construção composicional) fundem-se

Page 42: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

42

indissoluvelmente no todo do enunciado e todos são marcados pela especificidade

de uma esfera de comunicação. Qualquer enunciado considerado isoladamente, é,

claro, individual, mas cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos

relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que denominados gêneros do

discurso.” (Bakhtin, 1997).

A definição do gênero em Bakhtin, compreendendo a mobilidade, a

dinâmica, a fluidez, a imprecisão da linguagem, não aprisiona os textos em

determinadas propriedades formais.

O gênero, antes de construir um conceito, é uma prática social e deve

orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o contato real do estudante

com a multiplicidade de textos produzidos e que circulam socialmente. Esse contato

com os gêneros, portanto, tem como ponto de partida a experiência e não o

conceito.

Nessa concepção, o texto é visto como lugar onde os participantes da

interação dialógica que se materializam, ato humano, é linguagem em uso efetivo.

Acrescente-se a isso que as considerações de Bakhtin sobre o lugar da fala trazem

para o âmbito da discursividade as relações sociais.

Texto, então implica não apenas a formalização do discurso oral ou escrito,

mas o evento que abrange o antes, isto é, as condições de produção e elaboração,

e o depois, ou seja, a leitura ou a resposta ativa. O texto ocorre em interação e, por

isso mesmo, não é compreendido apenas nos seus limites formais. (BAKHTIN,

1986).

Aquilo que se diz ou que se escreve constitui, para Bakhtin, o enunciado ou

discurso, o qual se realiza em momentos interativos. Nesse processo, os

interlocutores constroem sentidos e significados ao longo das suas trocas

linguísticas, orais ou escritas.

De acordo com Fávero e Koch (1988), o texto ou discurso configura-se, pois

como atividade comunicativa por meio de signos verbais, ou seja, por meio da língua

oral e escrita.

O texto deve ser entendido como unidade discursiva em que se reconhece

sentido ou como unidade potencializadora de sentidos. A própria etimologia da

palavra texto (do latim textu, que significa tecido) aponta para essa unidade

semântica.

Page 43: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

43

As práticas da linguagem, como fenômeno de uma interlocução viva,

perpassam toda as áreas do agir humano, potencializando, na escola, a perspectiva

interdisciplinar.

PRÁTICAS DISCURSIVAS:

No processo de ensino e aprendizagem da língua, assume-se o texto

verbal, oral ou escrito e também outras linguagens, tendo em vista o multiletramento,

como unidade básica, que se manifesta em enunciações concretas, cujas formas se

estabelecem de modo dinâmico com experiências reais de uso da língua.

Para Andrade (1995), “o trabalho com texto surge como possibilidade de

mudança, na qual o professor assume uma postura interlocutiva com seu aluno,

construindo um projeto mais arrojado e eficaz para a aprendizagem da língua

escrita.”

A ação pedagógica referente à língua, portanto, pauta-se na interlocução,

em atividades planejadas que possibilitem ao aluno não apenas a leitura e a

expressão oral ou escrita, mas, também, reflexão sobre o suo da linguagem em

diferentes situações e contextos.

− PRÁTICA DA ORALIDADE:

Na prática da oralidade as variantes linguísticas são consideras como

formas legítimas de expressão, realizando-se por meio de operações linguísticas

complexas, relacionadas a recursos expressivos.

O ensino deve oferecer condições ao aluno de falar com fluência em

situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores,

assunto, intenções), aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e,

principalmente, praticar e aprender a convivência democrática, tanto pelo livre direito

à expressão quanto pelo reconhecimento do mesmo direito ao outro (FARACO,

1988).

Page 44: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

44

O planejamento e desenvolvimento com oralidade gradativamente,

permitem ao aluno conhecer, usar também a variedade linguística padrão e entender

a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. Como afirma Soares

(1991), é função da escola e do professor trabalhar o bidialetalismo, preparando o

aluno para o emprego da língua padrão, e sabendo que, em situações informais, ele

poderá usar o dialeto que lhe é peculiar.

Conteúdos básicos de 5ª a 8ª série

1. Adequação ao gênero

• conteúdo temático

• elementos composicionais

• marcas linguísticas

2. Variedades linguísticas

3. Intencionalidade do texto

4. Papel do locutor e do interlocutor:

• participação e cooperação

5. Particularidades de pronúncia de algumas palavras

6. Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

7. Finalidade do texto oral.

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 5ª série :

1ºbimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre• Relatos

familiares.

• Síntese de

notícias,

filmes,livros.

• Relatos vividos

ou ouvidos.

• Paródia.

• Relatos.

• Dramatização.

• Debate

• Imitação.

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 6ª série:

1º bimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre• Relatos sobre o

tema herói.

• Síntese de

livros, filmes,

• Leitura de

poemas de

autores

diversos.

• Argumentação

oral:discussão

em grupo.

• Debate

• Notícia- relatos

• Entrevistas

Page 45: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

45

acontecimentos • Declamação de

poemas

deliberativo.

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 7ª série :

1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre• Relatos

• Dramatização

• Leitura: crônica

argumentativa

• Piadas

• Propaganda

• Carta-

denúncia.

• Entrevista

• Seminário

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 8ª série :

1º bimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre• Relatos.

• Discurso no

texto

jornalístico.

• Relatos de

contos.

• Debates.

• Leitura de

poemas:

autores

diversos.

• Dramatização

de poemas.

• Debates.

• Seminários.

METODOLOGIA :

- Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

- Contação de histórias.

- Adequação da linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores,

assunto, intenções).

- Narração de fatos reais ou fictícios.

- Exploração dos imensos recursos da língua e, principalmente, praticar e

aprender a convivência democrática, tanto pelo livre direito à expressão quanto pelo

reconhecimento do mesmo direito ao outro.

- Aprimoramento da leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre

entonação, pontuação, ênfase.

- Seleção de discurso de outros como: entrevista, cenas de desenhos,

programas infanto-juvenis, reportagem.

- Exibição de filmes sobre os temas analisados em sala de aula.

Page 46: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

46

- Apresentação de sínteses e resenhas de livros como complementos para

a exposição oral.

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado .

RECURSOS:

Rádio/ microfone/ caixa de som.

• Trabalhar a oralidade/ músicas/ declamações.

Televisão/ DVD.

• Como ponto de partida para introdução do tema;

• Para produção de vídeos, encenação;

• Exibição de filmes sobre os temas analisados em sala.

Retroprojetor.

• Apresentação de sínteses e resenhas de livros como complementos para a

exposição oral.

AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

- Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção(formal,

informal.

- Realize retomadas dos textos ouvidos, preservando as ideias principais

para a compreensão de seus tópicos.

- Manifeste-se de forma crítica em relação às produções orais e escritas,

confrontando-as com outras lidas e identificando seu ponto de vista.

– Observe os seguintes critérios na exposição oral:

No que se refere às atividades da fala:

• Clareza, sequência e objetividade na exposição de idéias.

• Consistência argumentativa.

• Adequação vocabular.

No que se refere à fala do outro:

Page 47: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

47

Reconhecer as intenções e objetivos

• Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias

da clareza e consistência argumentativa.

No que se refere ao domínio da norma padrão:

• Concordância verbal e nominal

• Regência verbal e nominal

• Emprego das classes gramaticais

I NSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

- Exposição oral: relatos de experiências pessoais, contação de histórias.

- Sínteses orais sobre obras literárias.

-Dramatização de textos curtos e longos.

-Apresentação de músicas, paródias.

-Declaração de poemas.

-Debates, argumentação, troca de opiniões, seminários.

-Análise através de relatório do papel de locutor e interlocutor (participação e

cooperação).

-Relatos orais sobre diversos gêneros textuais

• PRÁTICA DA LEITURA

Sob o ponto de vista das Diretrizes Curriculares, entende-se a leitura como

um processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou

relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor.

É nessa dimensão dialógica, discursiva, intertextual, aberta a toda sorte de

contágio, que a leitura deve ser experimentada, desde a alfabetização. As categorias

como quem fala e o lugar de onde se fala, tomadas nas teorizações de Bakhtin,

podem ajudar no desvelamento dos sentidos desses textos e das relações de poder

a eles inerentes.

Page 48: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

48

A leitura é vista, portanto como co-produtora de sentidos, compreendendo o

contato do aluno com uma ampla variedade de textos produzidos numa igualmente

ampla variedade de práticas sociais.

Conteúdos básicos de 5ª a 8ª série

1. Identificação do tema.

2.Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intertextualidade

- ideologia/papéis sociais representados

- informatividade

- intencionalidade

- intertextualidade

- marcas linguísticas

- identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

- particularidades(léxicas, sintáticase textuais) no texto em registro

formal e informal

- texto verbal e não verbal

- inferências

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 5ª série :

1ºbimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre• Textos

relacionados ao

imaginário

infantil:conto,

fábula, livro de

aventura.

• Textos lúdicos

• Imagens.

• Textos literários

• Textos

relacionados ao

universo

infantil, à

psicologia, aos

valores e à

sensibilidade

da criança.

• Imagens.

• Textos

relacionados à

questão da

identidade da

criança, vista

em suas

relações com o

universo

familiar.

• Textos

relacionados à

questão do meio

ambiente e dos

animais em

extinção.

• Imagens.

• Textos

informativos.

Page 49: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

49

• Textos literários • Imagens.

• Textos literários

• Textos

informativos.

• Textos

relacionados à

questão racial

• Textos literários

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 6ª série :

1º bimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre• Textos

relacionados ao

tema do herói:

o herói mítico,

do cinema, dos

quadrinhos e

de todo dia.

• Textos literários

• Textos

informativos

• Textos

poéticos.

• Imagens.

• Textos

relacionados

aos temas:

amizade,

alteridade,

bullying.

• Imagens.

• Textos literários

• Texto

informativo.

• Textos

relacionados às

questões

raciais

• Temas

relacionados ao

medo, ao terror

e à aventura.

• Texto

informativo.

• Textos literários

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 7ª série :

1ºbimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre• Análise de

textos literários:

temas

relacionados ao

humor no texto

• Textos

relacionados ao

universo da

adolescência, à

psicologia, aos

• Textos

relacionados a

consumo: a

educação e o

consumismo, o

• Textos

relacionados às

diferenças

humanas:

raciais, sociais e

Page 50: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

50

teatral, de

humoristas, o

humor e a

crítica social.

• Imagem.

valores e à

sensibilidade

do adolescente.

• Texto literário

consumismo e

a dona de

casa, a

publicidade na

TV.

• Meio Ambiente

• Texto literário

• Imagem.

comportamentais

.

• Leitura de textos

sobre a

colonização do

Paraná.

• Texto literário

• Texto

informativo.

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 8ª série :literários. .

Page 51: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

51

METODOLOGIA

- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, observando as

relações dialógicas.

- Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos.

- Inferências de informações implícitas.

- Utilização de materiais gráficos diversos(fotos, gráficos, quadrinhos,

entrevistas, blog, etc)

- Discussão sobre: finalidade do texto, fonte, interlocutor.

- Relato de experiências significativas relacionado ao assunto do texto.

- Leitura de vários textos para a observação das relações intertextuais, tais

como textos lúdicos, jornalísticos, didáticos, científicos, informativos, literários,

instrucionais, publicitários, poéticos, imagens, biografias, cultura afro e indígena.

RECURSOS

- Livro Didático

- Jornais

- Revistas

- Obras Literárias

- Rádio/ Televisão/ DVD para apresentar trabalhos de autoria própria e de autores

literários

-Computador: pesquisa na internet sobre autores, textos curtos/longos e digitação

de relatórios.

AVALIAÇÃO:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que o aluno:

a) No que se refere à interpretação:

• Identifique as ideias básicas apresentadas no texto;

• Reconheça nos textos as suas especificidades (texto narrativo ou informativo);

• Identifique o processo e o contexto de produção;

• Confronte as ideias contidas no texto e argumentar com elas;

Page 52: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

52

• Atribua significados que extrapolem o texto lido;

• Proceda à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema, o mesmo tema

de linguagens diferentes, o mesmo tema tratado em épocas diferentes, o mesmo

tema sob perspectivas diferentes).

b) No que se refere à análise de textos lidos:

− Avalie o nível argumentativo;

− Avalie o texto na perspectiva da unidade temática;

− Avalie o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e

recursos coesivos)

c) No que se refere à mecânica da leitura:

- Leia com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do

texto e sua relação com os sinais de pontuação

• PRÁTICA DA LITERATURA NO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 5ª série :

1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4ºbimestre− Contos

− Fábulas

− Lendas

Paranaenses

− Ficcionais:

aventura

• Novelas

• Quadrinhos

• Novelas.

• Contos

• Ficcionais.

• Revistas:

aspecto visual

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 6ª série :

1ºbimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre• Ficcionais

• Mitologia e

lendas

paranaenses

• Poesias. • Contos

• Novelas

• Ficcionais.

• Novelas

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 7ª série :

1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4ºbimestre• Teatro • Novelas • Revistas: • Ficcionais

Page 53: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

53

• Ficcional • Crônica

• Obras de

escritores

negros.

anúncio

publicitário

• Novelas

• Revistas Saúde

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 8ª série :

1º bimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre• Revistas

• Ficcionais

Contos

- Obras literárias

de escritores

negros, bem como

leitura de livros

que abordem

questões

relacionadas à

cultura afro-

brasileira e

indígena

• Novelas

• Ficcionais

• Obras de

autores

paranaenses

• Ficcionais

• Crônica

• Científicos

METODOOGIA PARA A PRÁTICA DA LITERATURA DE 5ª A 8ª SÉRIE

Num primeiro momento privilegia-se a leitura-fruição do texto literário como

meio de desenvolver o gosto e o hábito pela leitura e na medida que o aluno amplie

seu repertório de conhecimento de obras, o professor lhes incentive a capacidade

crítica sobre as leituras feitas a partir da socialização destas em sala de aula,

propondo as seguintes atividades de criação:

a) resumir o livro até determinado ponto e elaborar um desfecho diferentes

(atividade oral ou escrita);

b) elaborar um anúncio publicitário sobre o livro;

c) elaborar uma carta ao autor da obra, elogiando, questionando sobre o

enredo ou personagens;

d) elaborar carta para personagem;

e) relatar oralmente ou por escrito, se gostariam de fazer parte do texto;

f) dramatização de partes da obra;

Page 54: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

54

g) caracterização oral ou por escrito: personagem, enredo, tempo, espaço,

ponto de vista, clímax, desfecho;

h) confecção de maquetes, cartazes, painéis.

AVALIAÇÃO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO :Espera-se que o aluno:

-Torne-se um leitor capaz de sentir e expressar o que sentiu, com condições de

reconhecer nas aulas de Literatura um envolvimento de subjetividades que se

expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está

presente no ato de ler.

-Seja capaz de analisar o livro literário sob a perspectiva de: ponto de vista,

personagem, enredo, tempo, espaço, clímax, desfecho.

-Realize empréstimos quinzenais de obras literárias.

-Desvende, na leitura, posicionamentos ideológicos no meio social e cultural.

-Identifique as informações implícitas no texto.

-Reconheça efeitos de humos provocados pela ambigüidade em textos verbais e

não verbais.

- Amplie o horizonte de expectativas.

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO PARA A PRÁTICA DE LEITURA DE TEXTOS CURTOS E LONGOS:

-Leitura em voz alta individual e coletiva de textos curtos do livro didático, de jornais,

de revistas, de autoria própria.

- Avaliação escrita/ interpretação de textos curtos e longos.

- Sínteses orais e escritas de textos curtos e longos.

- Dramatização de enredos de textos curtos e longos.

-Execução de trabalhos com desenhos, recortes, colagens, dobraduras, cartazes

sobre as leituras realizadas

- Contextualização em forma de desenhos sobre capas de livros, personagens,

espaço, desfecho de histórias.

- Pesquisas sobre autores de diversos gêneros textuais.

- Leitura de Obras Literárias

Page 55: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

55

• A PRÁTICA DA ESCRITA

Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção

acontece determinam o texto: quem escreve, o que, para quem, para que, por que,

quando, onde e como se escreve.

Não é objetivo primordial da escolar formar escritores, mas o aluno precisa

compreender o funcionamento de um texto escrito, que é diferente do texto oral.

Após internalizar essas diferenças, pode amadurecer na produção de textos, cuja

intenção é provocar uma ação no mundo.

A prática da escrita requer ter em mente que tanto o professor quanto o

aluno necessitam, primeiramente, planejar o que será produzido; em seguida

escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada e, então, revisar,

reestruturar e reescrever o texto.

O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo,

considerando a intenção e as circunstâncias da produção, atividade esta,

fundamentada na adequação do texto às exigências circunstanciais de sua

produção.

A reescrita deve portanto, valorizar o esforço daquele que escreve,

desconfia, rasga e reescreve, tantas vezes quanto julgar necessárias, até que o

texto lhe pareça bom para atender à intenção e claro par ao outro que o lerá

De acordo com as Diretrizes Curriculares, as aulas de Língua Portuguesa e

Literatura, nessa perspectiva, possibilitam aos alunos a ampliação do uso das

linguagens verbais e não-verbais pelo contato direto com textos de mais variados

gêneros, engendrados pelas necessidades humanas. A inclusão da diversidade

textual deve relacionar os gêneros com as atividades sociais onde eles se

constituem.

− Conteúdos Básicos de 5ª a 8ª série

1. Adequação ao gênero:

• conteúdo temático

• elementos composicionais

Page 56: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

56

• marcas linguísticas

2. Argumentação

3. Paragrafação

4. Clareza de ideias

5. Refacção textual

6.Distinguir discurso direto e discurso indireto, bem como os elementos que

compõem cada um.

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 5ª série :

1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre− Produção de

relatos escritos

− Sínteses

− Textos

ficcionais

de encantamento

resgate de causos

e lendas

paranaenses

Histórias em

quadrinho

Textos

ficcionais

• Produção de

relatos escritos

• Diários

• Produção de

textos de opinião

• Cartaz

• Produção de

textos sobre

questões raciais.

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 6ª série :

1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre• produção de

relatos escritos

sobre filmes,

livros

• produção de

textos

narrativos

• produção de

textos ficcionais

• produção de

poesias sobre

temas diversos

e sobre a

História do

Paraná.

• Produção de

textos

narrativos

• Produção de

textos

argumentativos

• Produção de

textos que as

abordem

questões

raciais

• produção de

notícias

• produção de

entrevistas

Page 57: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

57

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 7ª série :

1ºbimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre- Produção de

textos narrativos

- Produção de

textos que

abordem questões

raciais

- Produção de

peças teatrais

• Produção de

textos ficcionais

• Produção de

crônicas

• Produção de

registros

históricos sobre

os

colonizadores

paranaenses

• Produção de

anúncio

publicitário

• Produção de

carta de leitor

• Produção de

carta-denúncia

• Produção de

texto de

divulgação

científica

• Produção de

textos para

debate

GÊNEROS DISCURSIVOS SELECIONADOS PARA A 8ª série :

1ºbimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre• Produção de

textos

narrativos

• Produção de

cartas e

bilhetes

• Produção de

sínteses e

resenhas de

livros

• Produção de

conto

• Produção de

textos ficcionais

• Produção de

textos para

debate

• Produção de

texto

dissertativo

• Produção de

textos narrativos

• Produção de

textos

argumentativos

• Produção de

textos que

abordem

questões raciais

METODOLOGIA

- Discussão sobre o tema a ser produzido.

- Seleção do gênero, finalidade, interlocutores.

- Orientação sobre o contexto social de uso do gênero trabalhado.

- Produção textual após o término do estudo de um ou mais textos sobre

determinado assunto individualmente , em dupla ou em equipe.

Page 58: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

58

- Revisão textual.

- Reestrutura e reescrita textual.

- Desenvolvimento de atividades com a escrita de modo interlocutivo, a fim

de que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua produção.

Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor e, dessa forma, ter o que

dizer.

- Comunicação e interação: atividade de socialização do texto produzido

que ora é lido, para diferentes fins por alguns colegas, ou para a turma toda, ora é

exposto na sala, ora usado para fundamentar trabalhos.

RECURSOS

Computador:

• produção e re-estruturação de texto;

• Conectar-se na rede para pesquisas e produção do gênero digital.

Retroprojetor:

• trabalhar a reestruturação de forma coletiva;

• apresentar sínteses, textos de autoria própria.

Dicionário

Livro Didático, jornais, revistas

AVALIAÇÃO:

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO:

Espera-se que o aluno:

- Expresse suas ideias com clareza.

- Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta(gênero,

interlocutor, finalidade)

- Apresente os trabalhos de produção de textos realizados.

Page 59: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

59

- Atenda a especificidade do texto (organização, unidade, coerência,

coesão, clareza, concisão).

- Utiliza adequadamente sinais de pontuação,

- Emprega regras de flexão, concordância, ortográficas e de acentuação.

- Elimina os recursos exclusivos da oralidade.

Instrumentos de Avaliação:

-Produção escrita de diferentes gêneros textuais

-Avaliações escritas de interpretação de texto

-Resenhas e resumos de textos curtos e longos

- Reescrita de textos produzidos

-Produção de textos/ gênero digital (e-mail, blog, chat, etc)

-Pesquisas escritas/relatórios

-Socialização dos textos produzidos no espaço escolar (fixar mural da escola)as

escritas/ relatórios

ANÁLISE LINGUÍSTICA PERPASSANDO AS PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA

E ORALIDADE

A prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a

organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno percebe o texto como

resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o seu

interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a

nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o objetivo de ensino.

Através das atividades propõe-se formar usuários competentes da língua,

de modo que, pela fala, escrita e leitura, exercitem a linguagem de forma consistente

e flexível, adaptando-se a diferentes situações de uso.

Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes

tipos e gêneros textuais, mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o

uso da norma padrão. Assim, um texto se faz a partir de elementos como

organização, unidade, coerência, coesão, clareza, dentre outros.

Page 60: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

60

O aluno precisa, então, ampliar sua capacidade discursiva em atividade de

uso da língua, de maneira a compreender outras exigências de adequação da

linguagem como, por exemplo: argumentação, situacionalidade, intetextualidade,

informatividade, referenciação, concordância , regência, formalidade e informalidade.

Conteúdos Básicos de 5ª a 8ª série

- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

- Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como

elementos do texto

- A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

- Recursos gráficos:aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

- Acentuação gráfica

- Processo de formação de palavras

- Gírias

- Figuras de pensamento

- Procedimentos de concordância verbal e nominal

- Particularidades de algumas palavras

- Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto

- Valor sintático e estilístico dos modos verbais

- A representação do sujeito no texto (expressivo / elíptico, determinado,

inter determinado, ativo / passivo).

- Neologismos

- Linguagem Digital

- Semântica

Conteúdos Básicos de 7ª a 8ª série

Além dos conteúdos descritos acima, deverão ser trabalhados os seguintes

itens:

- Figuras de linguagem

Page 61: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

61

- Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral

- Conotação e denotação

- A função das conjunções na conexão do sentido do texto

- Progressão referencial(locuções adjetivas, pronomes, substantivos)

- A elipse na sequência do texto

- Estrangeirismos

- As irregularidades e regularidades da conjunção verbal

- A função do advérbio: modificador e circunstanciador

- A função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

- Coordenação e subordinação nas orações do texto

- Conotação e denotação

- Coesão e coerência textual

- Vícios de linguagem

- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

- Expressões modalizadores (que revelam a posição do falante em relação

ao que diz)

ANÁLISE LINGUÍSTICA PERPASSANDO AS PRÁTICAS DE LEITURA, ESCRITA

E ORALIDADE

5ª série :

1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre-linguagem

-a língua e seus

códigos

-uso do dicionário

-fonema e letra

-formalidade e

informalidade

-gíria

-texto

-gêneros do

discurso

-classes

gramaticais

-dígrafo

-encontro

consonantal

-encontro

vocálico

-uso do

dicionário

-divisão silábica

-sílaba átona e

tônica

-classes

gramaticais

-classes

gramaticais

-acentuação

Page 62: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

62

6ª série :

1º bimestre 2º bimestre 3º bimestre 4º bimestre-classes

gramaticais

-emprego das

letras g e j

-classes

gramaticais

-acentuação

-ortografia

-classes

gramaticais

-acentuação

-pontuação

-ortografia

-concordância

nominal e

verbal

-classes

gramaticais

-acentuação

-ortografia

-uso do mau/mal

-pontuação

7ª série :

1ºbimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre-discurso direto e

indireto

-classes

gramaticais

-sujeito e

predicado

-pontuação

-acentuação

-denotação e

conotação

-predicado

-figuras de

linguagem

-ortoepia e

prosódia

-acentuação

-ortografia

pontuação

-Complemento

verbal

-aposto

-vocativo

-pontuação

-emprego da

letra x, ch,z

-pontuação

-acentuação

-classes

gramaticais

-conjunção

-período

composto

-emprego da

palavra porque

8ª série :

1ºbimestre 2ºbimestre 3ºbimestre 4ºbimestre-classes

gramaticais

-oração

coordenada e

subordinada

-ortografia

-acentuação

-pontuação

-oração

coordenada e

subordinada

-ortografia

-acentuação

-concordância

Nominal e

verbal

-ortografia

-conotação e

denotação

-regência verbal

e nominal

-crase

-colocação

pronominal

Page 63: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

63

METODOLOGIA PARA ANÁLISE LINGUÍSTICA DE 5ª A 8ª SÉRIE

− As atividades serão planejadas e desenvolvidas de forma que

possibilitem aos alunos a reflexão sobre seu próprio texto – tais como

atividades de revisão, de reestruturação ou refacção do texto, de

análise coletiva de um texto selecionado – e sobre outros textos, de

diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar.

− O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica será

utilizado de forma a explorar as categorias gramaticais, conforme cada

texto em análise, tendo como objeto de estudo o texto, e não as

categorias em si.

− Considerando a interlocução como ponto de partida par ao trabalho

com o texto, os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de

seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos

enunciados. Daí a importância de considerar não somente a gramática

normativa, mas também outras, como a descritiva e a internalizada no

processo de ensino de Língua Portuguesa.

RECURSOS

-Uso do dicionário

-Textos curtos e longos de diversos gêneros textuais

-Computador

• Produção de textos e re-escrita

-Gravador

• Análise dos recursos linguísticos empregados na fala

-TV/DVD

• Gravação de discursos orais/ filmes/dramatizações para análise da correção

vocabular.

Page 64: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

64

- Retroprojetor

• Para análise da produção escrita observando - se as variedades de gêneros

textuais.

• Produções escritas de autoria individual ou coletiva.

AVALIAÇÃO:

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

Espera-se que o aluno:

- Diferencie a linguagem formal da informal.

- Utilize adequadamente recursos linguísticos como o uso da pontuação, do artigo,

dos pronomes.

- Amplie o léxico.

- Compreenda a diferença entre discurso direto e indireto.

- Perceba os efeitos causados pelas figuras de pensamentos nos textos.

Instrumentos de Avaliação perpassando as Práticas de Leitura, Escrita e

Oralidade

- Exercícios de interpretação e análise linguística(Classes Gramaticais, Análise

Sintática, Concordância Verbal e Nominal, Período Simples e Composto,

Acentuação, Pontuação, Recursos Gráficos e efeitos de uso)

-Exercícios orais, trabalhando as variedades linguísticas e adequação da linguagem

ao contexto de uso formal e informal.

-Exercícios escritos abordando uso de figuras de linguagem, discurso direto, indireto

e indireto livre, coesão, coerência, argumentação, ambiguidade, intertextualidade)

Page 65: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

65

RECUPERAÇÃO PARALELA

O aluno será avaliado constantemente através das atividades desenvolvidas

com a prática da oralidade, leitura, escrita e análise linguística, quando observar-se

que ele não atingiu os objetivos propostos, realizar-se-á recuperação paralela,

através de :

− Retomada aos conteúdos, com explicações;

− Exercícios avaliativos para serem feitos em sala e em casa;

− Avaliações escritas de produção e interpretação;

− Exercícios orais: leitura, argumentação sobre o tema proposto;

− Pesquisas

PRÁTICAS INCLUSIVAS

Para aprendizagem e participação de aluno com deficiência

física/neuromotora:

− Valorização da linguagem utilizada pelo aluno.

− Confecção de material pedagógico adaptado, de uso cotidiano, que facilite a

realização das tarefas escolares.

− Atividades em grupo, facilitando a sua interação com o professor e os colegas.

(círculos, duplas, grupos, etc).

− Flexibilização e adequação dos conteúdos, objetivos, metodologia, tempo e

avaliação, buscando alternativas que viabilizem e facilitem o acesso à

aprendizagem pelo aluno, considerando suas possibilidades comunicação.

− Apresentação de atividades que permitam ao aluno desenvolvê-las com

autonomia e independência.

− Adequação da temporalidade das atividades desenvolvidas no contexto escolar,

às possibilidades do aluno, respeitando-se seu ritmo para a execução das

atividades solicitadas.

− Manter contato com a família através do caderno do aluno.

Page 66: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

66

− Avaliação do aluno através das atividades feitas(caderno, desenhos, redação,

participação oral).

− Produção de textos no computador.

− Na avaliação escrita, o professor será escriba do aluno.

− Socialização com os colegas, permitindo que todos que se dispõem se

organizem para copiar os conteúdos para o aluno.

INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

LEI Nº 10.639, DE 09 DE JANEIRO DE 2003

O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, evitando-se

distorções, envolverá articulações entre passado, presente e futuro no âmbito de

experiências, construções e pensamentos produzidos em diferentes circunstâncias e

realidades do povo negro. É um meio privilegiado para a educação das relações

étnico-raciais e tem por objetivos o reconhecimento e valorização da identidade,

história e cultura dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos de cidadãos,

reconhecimento e igual valorização das raízes africanas da nação brasileira.

INSERCÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E

INDÍGENA - LEI N 11.645, DE 10 DE MARÇO DE 2008.

Esta lei no seu artigo 1 altera O art.26-A da Lei.9394, de 20 de dezembro de

1996, passando a vigorar com a seguinte redação , “nos estabelecimentos de ensino

fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo

da história e cultura afro-brasileira e indígena”. O conteúdo programático a que se

refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam

a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o

estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas

no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da

sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e

política, pertinentes à história do Brasil.

Page 67: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

67

OBJETIVOS

− Trabalhar a auto-estima do educando promovendo o convívio pacífico

dos diversos grupos étnico-raciais;

− Propiciar reflexões que favoreçam a formação integral do cidadão

reflexivo, ativo e responsável tendo em vista a construção de um

mundo mais humanizados.

I. Conteúdos para 5ª a 8ª série

− Estudo e pesquisa de países que falam a língua portuguesa:

− situação atual

− composição étnica

− diferenças do português falado e escrito na alimentação, na música,

na religião.

− Produção de textos sobre temas:

− racismo no Brasil

− presença do negro na mídia

− mercado de trabalho

− políticas afirmativas, cota

− Índio: seu legado histórico cultural

− Atual situação do indígena no Brasil

− Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial

− Propiciar acesso aos gêneros musicais do samba e rap

II. Conteúdos para 7ª e 8ª série

− Estudo de obras literárias de escritores negros como Cruz e Souza,

Lima Barreto, Machado de Assis, Solano Trindade, destacando a

contribuição do povo negro à cultura nacional;

Page 68: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

68

− Estudo do teatro experimental de negro, iniciado no Rio de Janeiro em

1944 e na imprensa negra brasileira no início de 1920;

− Leitura e estudo de obras que abordem questões relacionadas à

cultura afro-brasileira, tais como:

− Macunaíma (Mário de Andrade)

− Casa Grande e Senzala (Gilberto Freyre);

− O Escravo (Castro Alves);

− Sermões (Pe. Antonio Vieira);

− A Cidade de Deus (Paulo Lins);

− O Mulato (Aluísio Azevedo);

− O bom crioulo (Adolfo Caminha)

- Interpretação de pintura nas obras de Di Cavalcanti, Lazar Segall e

Cândido Portinari, que retratam a figura do negro.

- Leitura de obras de José de Alencar em sua fase indianista: Iracema, O Guarani

LEI 13.381 DE 18.12.2001 – História do Paraná

De acordo com o Art. 1º da Lei 13.381, que torna obrigatório um novo

tratamento dos conteúdos da Disciplina de História do Paraná, objetivando a

formação de cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso

Estado, a abordagem dos conteúdos promoverá a incorporação dos elementos

formadores de cidadania paranaense, partindo de atividades tais como:

I. Conteúdos Básico de 5ª a 8ª série:

− Análise e interpretação da letra do Hino do Paraná

− Leitura de autores e obras paranaenses como Helena Kolody, Paulo, Domingos

Pelegrini, Cristóvão Tezza, Wilson Bueno, etc.

− Resgate de causos e lendas paranaenses

− Registros escritos sobre a influência dos colonizadores na:

1. alimentação

Page 69: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

69

2. música / dança

3. religiosidade

• artes plásticas

LEI 9795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 (Educação Ambiental)

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação

Ambiental, processo por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem

valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para

a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade.

A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se

evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na

constituição e manutenção da vida. Em termos de educação, essa perspectiva

contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da

dignidade do ser humano, da participação, da co-responsabilidade, da solidariedade

e da equidade.

Desta forma a principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é

contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem

na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-

estar de cada um e da sociedade, local e global.

Para isso é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola

se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a

aprendizagem de habilidades e procedimentos ambientalmente corretos.

I. Conteúdos para 5ª a 8ª série

• Estudo de textos para conhecer e compreender de modo integrado e sistêmico,

as noções básicas relacionadas ao meio ambiente;

Page 70: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

70

• Produção de cartazes, lembretes sobre posturas que devem ser adotadas em

casa, na escola, na comunidade, que levem a interações construtivas, justas e

ambientalmente sustentáveis;

• Observação e análise de fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo

crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo

reativo e propositivo para garantir um meio ambiente saudável e boa qualidade

de vida;

• Debates e relatórios sobre as observações realizadas;

• Produção de folder sobre o tema;

• Pesquisas em fontes variadas de informação (bibliográfica, cartográfica, memória

oral, etc.)

• Análise crítica das informações veiculadas pelos diferentes canais de

comunicação (TV, rádio, revistas, vídeos, filmes, comerciais, internet);

• Entrevistas para identificação das competências, no poder local, para solucionar

os problemas ambientais;

• Pesquisa sobre atividades realizadas por ONG's ou de outros tipos de

organizações da sociedade que atuam ativamente no debate e encaminhamento

das questões ambientais;

• Dramatização;

• Produção de textos narrativos, poéticos, informativos;

• Análise de letras de músicas sobre o tema, produção de paródias.

LEI 11.343/06 – SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS

De acordo com o Art. 1º, esta lei institui o Sistema Nacional de Políticas

Públicas sobre Drogas – SISNAD, prescreve medidas para prevenção do uso

indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas;

estabelece normas para repressão não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e

define crimes.

As atividades serão encaminhadas de 5ª a 8ª série, da seguinte forma:

a) Análise e interpretação dos princípios e dos objetivos do Sistema

Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas;

Page 71: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

71

b) Debates e registros escritos sobre os temas:

• respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana;

• promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro,

reconhecendo-os como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e

outros comportamentos correlacionados;

• atividades interdisciplinares (Ciências e Arte) sobre o tema drogas /

consequências;

Seminários sobre: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao

usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência na mídia.

LEIS 11.733/97 E 11.734/97 – EDUCAÇÃO SEXUAL E PREVENÇÃO À AIDS E

DSTs

Lei nº 11.733, de 28 de maio de 1997

“Autoriza o Poder Executivo a implantar campanhas sobre Educação

Sexual, a serem veiculadas no estabelecimentos de ensino Estadual de primeiro a

segundo graus do Estado do Paraná.”

Lei nº 11.734, de 28 de maio de 1997.

Torna obrigatória a veiculação de programas de informação e prevenção da

AIDS para os alunos de primeiro e segundo graus, no Estado do Paraná.”

No Estado do Paraná, estas duas leis dão amparo e abertura à prática de

uma Educação Sexual na Escola, e a SEED em sua perspectiva concebe a

sexualidade como uma abordagem necessária e essencial para a formação

educacional.

Atividades de 5ª à 8ª série:

• Sistematização e análise acerca da implantação do que procede a legislação

sobre o tratamento pedagógico da sexualidade na escola.

• Análise e debates sobre influência da mídia na sexualidade (erotização da

infância e juventude).

• Leitura contrastiva sobre os seguintes temas: sexualidade/preconceito e

discriminação; exploração sexual e prostituição de crianças.

Page 72: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

72

• Encaminhamento de atividades ( produção de texto, entrevistas, resumos,

enquetes) sobre a prevenção às DSTs/AIDS, gravidez na adolescência;

interfaces entre gênero, sexualidade e relações étnico- raciais.

AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, priorizando a qualidade e o processo de

aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo, a Lei

9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), dá destaque à

chamada avaliação formativa, vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de

aula e como um grande avanço em relação à avaliação tradicional, denominada

somativa ou classificatória.

Nessa perspectiva a avaliação será progressiva, reflexiva, clara,

contextualizada.

BIBLIOGRAFIA

AGUIAR, Vera T. de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura: a formação do leitor –

alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

ANDRADE, Carlos A. Um novo movimento no ensino da Língua Portuguesa. In

FAZENDA, Ivani (org.) A academia vai à escola. Campinas: Papirus, 1995.

DIRETRIZES CURRICULARES DO PARANÁ.

DIRETRIZES CURRICULARES Língua Portuguesa. Versão Prelimimar – Julho

2006.

FARACO, Carlos Emílio. Linguagem Nova. Volume I. São Paulo: Ática, 2002.

_______. Linguagem Nova. Volume I. São Paulo: Ática, 2002.

_______. Linguagem Nova. Volume II. São Paulo: Ática, 2002.

_______. Linguagem Nova. Volume III. São Paulo: Ática, 2002.

_______. Linguagem Nova. Volume IV. São Paulo: Ática, 2002.

FARACO, Carlos A.; TEZZA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com

Bakhtin. Curitiba: UFPR, 2000.

Page 73: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

73

FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Língüística textual: uma introdução. São

Paulo: Cortez, 1988.

GERALDI, João W. Concepções de Linguagem e ensino de Português. In:

GERALDI, João W. (org). O texto na sala de aula. 2.ª Ed. São Paulo: Ática, 1997.

Inserção dos Conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira nos Currículos

Escolares: o que diz a Lei. (Lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003).

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.

KLEIN, Lígia. A coesão textual. 3.ª Ed. São Paulo: Contexto, 1991.

KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3.ª Ed. São Paulo:

Contexto, 1990.

LINGUAGEM E ESCOLA: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 1991.

PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais.

PRATES, Marilda. Encontro e reencontro em Língua Portuguesa: Reflexão & Ação.

Vol. 1. São Paulo: Moderna, 1998.

______. Encontro e reencontro em Língua Portuguesa: Reflexão & Ação. Volume II.

São Paulo: Moderna, 1998.

______. Encontro e reencontro em Língua Portuguesa: Reflexão & Ação. Volume III.

São Paulo: Moderna, 1998.

______. Encontro e reencontro em Língua Portuguesa: Reflexão & Ação. Volume IV.

São Paulo: Moderna, 1998.

PRECONCEITO LINGÜÍSTICO. São Paulo, Loyola, 2003.

SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

SUASSUNA, Lívia. Ensino da Língua Portuguesa: uma abordagem pragmática.

Campinas, Papirus, 1995.

Page 74: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

748.2 PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE

Das utopias

“Se as coisas são inatingíveis... ora!

Não é motivo para não querê-las...

Que tristes os caminhos, se não fora

“A presença distante das estrelas”

Mário Quintana

Page 75: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

75CONCEPÇÃO FILOSÓFICA E METODOLÓGICA DA DISCIPLINA

Nas primeiras interpretações da Arte, esta foi comparada à imitação,

reprodução ou cópia, não possuindo valor em si, sendo desvalorizada, tida como

coisa menor.

A partir do final do século XVIII, a concepção de arte sofreu alterações,

passando a ser considerada expressão de sentimentos e emoções.

No Brasil, desde a sua descoberta e colonização pelos portugueses, existem

registros do Ensino da Arte, que o faziam de uma forma pedagógica, sendo que o

trabalho de catequização indígena era feito com ensinamento de artes e ofícios,

através da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes

manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e renascentista, mas

valorizavam-se também as manifestações locais.

Tal tendência ainda se apresenta na composição do currículo atual, onde a

cultura brasileira e também a paranaense ganha força.

Muitas alterações ainda foram feitas desde a época da presença jesuíta no

Brasil, sua depois expulsão por Marquês de Pombal, a vinda da família Real ao

Brasil, a Proclamação da República, a Semana de Arte Moderna (1922), o

movimento da Escola Nova, o período da ditadura militar e os Atos Institucionais, a

redemocratização nacional, nova Constituição Federal, nova LDB.

Todas essas mudanças deram contexto e base para alterações no currículo e

na forma de se pensar e ver o ensino de Arte.

Devemos reconhecer que os avanços mais recentes podem levar a outras

transformações no ensino de Arte, mas temos também que reconhecer que ainda se

fazem necessárias reflexões e ações que levam à compreensão da arte como

campo do conhecimento, de modo que não seja reduzida a um meio de

comunicação para destacar dons inatos ou a prática de entrenimento e tarapia.

Assim, o ensino da Arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para se

ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação. (Diretrizes Curriculares da Educação

Básica – Arte, SEED – PR, 2008).

A proposta do Ensino de Arte tem diversas funções, entre elas: análise do

papel da arte na formação da percepção e sensibilidade do aluno, através do

Page 76: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

76trabalho criador, contato com a produção cultural existente e apropriação do

conhecimento artístico; busca de uma significação da arte no processo de

humanização visto que o indivíduo, enquanto ser criador, é capaz de transformar a

natureza por meio do trabalho e do pensamento, experimentando assim, novas

maneiras de ver e sentir a realidade, atuando nela significativamente.

Assim sendo, a função da arte na escola é formar um ser humano completo

dentro dos moldes idealistas e democráticos, valorizando aspectos intelectuais,

morais e estéticos. É despertar no aluno uma consciência individual, harmonizada à

sociedade onde está inserido.

Podemos entender a arte como uma área do conhecimento humano bastante

importante, a qual possibilita a experimentação de novas formas de “percepção de

mundo”. Dessa forma, estudando e conhecendo melhor o papel da arte no passado

e no presente, o educando amplia seus conceitos a respeito da existência humana e

das transformações que ela pode sofrer com o passar do tempo. Quando passamos

à análise dos vários movimentos artísticos percebemos que o conceito de belo, e,

portanto, de arte, é mutável e relaciona-se com o contexto histórico e com os

sentimentos e expressões íntimas do artista.

Não é a beleza de uma obra de arte que conduz o pensamento do homem,

mas a maneira como determinadas imagens são elaboradas e expostas, trazendo à

tona novas reflexões acerca do que e de como vivemos. Ocorre então, nesse fazer

artístico, a interação do corpo com o sentimento íntimo, a intencionalidade do gesto

e a busca de uma expressão pura por parte do artista que deseja, por meio do seu

trabalho, retratar um pensamento e estimular críticas em torno dele.

A arte, que muitas vezes é considerada um mero produto a ser consumido,

significa bem mais que isso: é uma forma de prazer e trabalho, que permite ao

homem imaginar, sonhar e refletir sobre as mais variadas formas de expressão.

A escola, enquanto espaço privilegiado das funções sociais, precisa

proporcionar aos alunos o acesso aos conhecimentos produzidos pela sociedade, e

estabelecer relações entre arte, cultura e linguagem a partir dos saberes que

envolvem estes conhecimentos estéticos na compreensão da diversidade das

manifestações culturais.

Page 77: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

77Objetivos do Ensino da Arte

O objetivo do ensino da arte, disciplina essa que colabora na

formação/construção do conhecimento humano, é transmitir ao aluno, através do

acesso a elementos e valores estético, a construção de linguagens pela

experimentação de diversas formas de ver e perceber o mundo, compreendendo o

trabalho, o conhecimento e a expressão artística.

O ensino deve ser direcionado com base no entendimento da história sócio-

cultural e reconhecimento de conceitos que especificam os diferentes movimentos

de arte, para a reflexão e desenvolvimento de uma visão mais crítica a respeito da

sociedade e das suas transformações através dos tempos. Assim, o trabalho do

aluno nascerá de uma determinada situação concreta, histórica e traduzirá o

comportamento emocional e cultural do seu tempo. Além de formação estética, o

aluno terá mais facilidade em assimilar assuntos históricos através da evolução da

imagem, conhecendo a imagem e o seu processo de construção.

Outro objetivo do ensino da arte é, com base na história, fundir o

conhecimento das diversas linguagens artísticas, assim como os materiais,

instrumentos e técnicas necessárias ao fazer artístico, estimulando a criatividade e a

individualidade do aluno, fortalecendo a autoconfiança e expandindo sua

sensibilidade e percepção de mundo. É importante também o contato permanente

com a produção cultural regional para o fortalecimento de uma posição crítica frente

às produções artísticas do seu tempo.

Assim, no contexto da educação, a arte tem por objetivo a formação dos

sentidos humanos, a apreciação metódica e sistematizada da riqueza humana

explícita na arte. Para o aluno, deve proporcionar:

• Compreensão da produção cultural da humanidade e que somos coagentes

desta;

• Desenvolvimento da sensibilidade, percepção e imaginação;

• Realização de leituras e apreciação de imagens nos mais diversos meios (obras

de arte, desenho animado, histórias em quadrinhos, filmes, outdoors);

• Expressão e comunicação, respeitando o interesse individual e de grupo;

Page 78: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

78

• Conhecimento e identificação das linguagens plásticas e seus componentes

(ponto, linha, forma, cor, valores cromáticos, luz, textura, volume, espaço,

superfície, proporção, movimento, tempo, etc.);

• (Desenvolvimento da expressão corporal pela dança, teatro, jogos dramáticos e

composições coreográficas);

Devido ao fato da estrutura da disciplina de Arte ser abrangente, poderão ser

trabalhos outros conteúdos, durante o decorrer do processo escolar.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para o planejamento das aulas, faz-se necessária uma reflexão prévia acerca

do alvo de nossa aula, por que e para quem será realizado o trabalho. Assim, devem

ser contemplados três momentos, a saber:

• Teorizar – dá o fundamento e possibilidade ao aluno de perceber e apropriar-se

da obra artística, bem como desenvolver um trabalho artístico e formar seus

conceitos artísticos.

• Sentir e perceber – representados por formas de apreciação, fruição, leitura e

acesso a obras de arte;

• Trabalho Artístico – prática criativa, exercício com elementos que compõe uma

obra de arte.

É importante que o encaminhamento do trabalho seja escolhido pelo

professor para que o aluno realize trabalhos referentes ao sentir e perceber, teorizar

e ao trabalho artístico.

Chamamos ainda, a atenção para a importância de ensinar elementos de

diferentes culturas para o aluno, mas sempre ressaltando a cultura do meio em que

vive, pois essas são as bases de sua formação social. A história da arte, além de

desempenhar esta função, também ajuda a abrir a mente do educando para não se

ater aos grafismos simbólicos, dando ênfase para a criação e não a imitação.

Neste contexto, o trabalho com elementos da Cultura Paranaense, Cultura

Africana e Indígena faz-se imperativo, pois trazem as bases da formação do nosso

povo, da nossa cultura, da nossa identidade nacional.

Page 79: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

79Com a leitura de imagens o aluno será capaz de identificar elementos formais

como ponto, linha, cor, textura, sombra a luz, elementos estes que são base para a

composição. Além de compreender como uma composição foi construída, ele terá

maiores horizontes na hora de experimentar suas próprias composições. Também

através da leitura de imagens e o entendimento dos elementos formais, o indivíduo

passa a reconhecer fatores secundários ou intelectuais, de grande valor para a

compreensão de cada obra observada.

Com relação à dança, os conteúdos relacionam-se mais diretamente às

experiências corporais e experimentação de movimentos dos alunos, além do

contato com artistas, documentos, livros sobre o assunto, organização de equipes

para a apresentação de seminários, criação e apreciação de espetáculos de dança.

O processo musical, que objetiva alcançar o desenvolvimento rítmico,

melódico e harmônico e o desenvolvimento da percepção auditiva, trará conteúdos

encaminhados com improvisação, interpretação e análise de obras musicais,

composições próprias, releituras e grafismos relacionados a elementos musicais.

A questão teatral será trabalhada de forma a conhecer a história do teatro e

também realizando pequenas peças de improvisação com texto previamente

elaborado pelos alunos. As diferentes formas de teatro serão exploradas, como

teatro de sombras, fantoches, confecção de cenário, figurino, etc.

A formação do professor dará sustentação para elaboração do plano de

trabalho e para o desenvolvimento da prática docente, de modo a abordar outras

áreas da disciplina de Arte, bem como outras disciplinas do currículo. (Diretrizes

Curriculares da Educação Básica – Arte, SEED – PR, 2008).

Para o trabalho em Arte serão dispostos de vários recursos como: livros, TV

pendrive, pendrive, computador, papel (A4, cartolina, seda, cartão, sulfite colorido

etc.), lápis de cor, giz de cera, lápis 6B, lápis preto, atadura gessada , massa corrida,

pincéis, aparelho de DVD, cadernos para desenho, cola branca, tinta guache, rádio

para CD, roupas para figurinos, régua, compasso, lixas, revistas e jornais para

recorte, tesoura sem ponta, Data show, retroprojetor, etc...

Para os alunos com necessidades educacionais especiais, o trabalho de Arte

visa o seu desenvolvimento, proporcionando-lhe uma escolarização a mais próxima

possível daquela dita normal. A este aluno deve promovida uma estimulação a fim

de que possa atingir o seu potencial máximo, sendo que a avaliação leva em

consideração justamente isso. Para este aluno, a avaliação será diferenciada

Page 80: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

80daquela utilizada com os demais alunos, uma vez que os objetivos e os processos

da aprendizagem especial são diferentes. Porém, busca-se a integração entre os

colegas, há o estímulo e atividades em grupo para propiciar a inclusão efetiva, em

um processo que fortalece a difusão democrática do conhecimento artístico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

5ª Série – Música

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas:

diatônica

Pentatônica

Cromática

Improvisação

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

Nesta série, o

trabalho é

direcionado par

a estrutura e

organização da

arte em suas

origens e

outros

períodos

históricos; nas

séries

seguintes,

prossegue o

aprofundament

o dos

conteúdos.

Percepção dos

elementos

formais na

Compreensão

dos elementos

que estruturam

e organizam a

música e sua

relação com o

movimento

artístico no

qual se

originaram.

Desenvolvimen

to da formação

dos sentidos

rítmicos e de

intervalos

melódicos e

harmônicos.

Page 81: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

81

paisagem

sonora e na

música.

Audição de

diferentes

ritmos e

escalas

musicais.

Teoria da

música.

Produção e

execução de

instrumentos

rítmicos.

Prática coral e

Cânone rítmico

e melódico.

5ª Série – Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Ponto

Linha

Textura

Forma

Bidimensional

Figurativa

Geométrica,

simetria

Técnicas:

Arte Greco-

Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-

Nesta série o

trabalho e

direcionado

para a

estrutura e

organização da

arte em suas

origens e

Compreensão

de elementos

que estruturam

e organizam as

artes visuais e

sua relação

com o

movimento

Page 82: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

82

Superfície

Volume

Cor

Luz

Pintura,

escultura,

arquitetura...

Gêneros:

cenas da

mitologia

Histórica outros

períodos

históricos; nas

séries

seguintes,

prossegue o

aprofundament

o dos

conteúdos.

Estudo dos

elementos

formais e sua

articulação

com os

elementos de

composição e

movimentos e

períodos das

artes visuais.

Teoria das

Artes Visuais

Produção de

trabalhos de

artes visuais

artístico no

qual se

originaram.

Apropriação

prática e

teórica das

técnicas e

modos de

composição

visual.

Page 83: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

835ª Série – Teatro

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais.

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço

Cênico,

adereços.

Técnicas:

jogos teatrais,

teatro indireto

e direto,

improvisação,

manipulação,

máscara...

Gênero:

Tragédia,

Comédia e

Circo.

Greco-

Romana.

Teatro Oriental

Teatro

Medieval

Renascimento

Nesta série o

trabalho é

direcionado

para a

estrutura e

organização da

arte em suas

origens e

outros

períodos

históricos; nas

séries

seguintes,

prossegue o

aprofundament

o dos

conteúdos.

Estudo das

estruturas

teatrais:

personagem,

ação dramática

e espaço

cênico e sua

articulação

com formas de

composição

em

Compreensão

dos elementos

que estruturam

e organizam o

teatro e sua

relação com os

movimentos

artísticos nos

quais se

originaram.

Apropriação

prática e

teórica e

modos de

composição

teatrais.

Page 84: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

84

movimentos e

períodos onde

se originaram.

Teorias do

teatro.

Produção de

trabalhos com

teatro.

5ª Série – Dança

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Movimento

corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos

articulares

Fluxo (livre e

interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto,

médio e baixo)

Deslocamento

(direto e

indireto)

Dimensões

Pré-História

Greco-Romana

Renascimento

Dança

Clássica

Nesta série o

trabalho é

direcionado

para a

estruturação e

organização da

arte em suas

origens e

outros

períodos

históricos; nas

séries

seguintes,

prossegue o

aprofundament

o dos

conteúdos.

Compreensão

dos elementos

que estruturam

e organizam a

dança e sua

relação com o

movimento

artístico no

qual se

originaram.

Apropriação

prática e

teórica de

técnicas e

modos de

composição da

Page 85: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

85

(pequeno e

grande)

Técnica:

improvisação

Gênero:

Circular

Estudo do

movimento

corporal,

tempo, espaço

e sua

articulação

com os

elementos de

composição e

movimentos e

períodos da

dança.

Teorias da

dança.

Produção de

trabalhos com

dança

utilizando

diferentes

modos de

composição.

dança.

Page 86: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

866ª Série – Música

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros:

folclórico,

indígena,

popular e

étnico

Técnicas:

vocal,

instrumental e

mista

Improvisação

Música popular

e étnica

(ocidental e

oriental)

Nesta série é

importante

relacionar o

conhecimento

com formas

artísticas

populares e o

cotidiano do

aluno.

Percepção dos

modos de fazer

música,

através de

diferentes

formas

musicais.

Teorias da

música.

Produção de

trabalhos

musicais com

características

populares e

composição de

sons da

paisagem

Compreensão

das diferentes

formas

musicais

populares,

suas origens e

práticas

contemporânea

s.

Apropriação

prática e

teórica de

técnicas e

modos de

composição

musical.

Page 87: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

87

sonora.

6ª Série – Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas:

Pintura,

escultura,

modelagem,

gravura...

Gêneros:

paisagem,

retrato,

natureza

morta...

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

Nesta série é

importante

relacionar o

conhecimento

com formas

artísticas

populares e o

cotidiano do

aluno.

Percepção dos

modos de

estruturar e

compor as

artes visuais

na cultura

destes povos.

Teoria das

artes visuais.

Produção de

trabalhos de

artes visuais

com

características

Compreensão

das diferentes

formas

artísticas

populares,

suas origens e

práticas

contemporânea

s.

Apropriação

prática e

teórica de

técnicas e

modos de

composição

visual.

Page 88: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

88

da cultura

popular,

relacionando

os conteúdos

com o

cotidiano do

aluno.

6ª Série – Teatro

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais.

Ação

Espaço

Representação

, Leitura

dramática,

Cenografia.

Técnicas:

jogos teatrais,

mímica,

improvisação,

formas

animadas...

Gêneros: Rua

e arena,

Caracterização

.

Comédia

Dell’arte

Teatro Popular

Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africano

Nesta série é

importante

relacionar o

conhecimento

com formas

artísticas

populares e o

cotidiano do

aluno.

Percepção dos

modos de fazer

teatro, através

de diferentes

espaços

disponíveis.

Teorias do

teatro.

Compreensão

das diferentes

formas de

representação

presentes no

cotidiano, suas

origens e

práticas

contemporânea

s.

Apropriação

prática e

teórica de

técnicas e

modos de

composição

teatrais,

presentes no

cotidiano.

Page 89: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

89

Produção de

trabalhos com

teatro de

arena, de rua e

indireto.

6ª Série – Dança

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Movimento

corporal

Tempo

Espaço

Ponto de apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e

pesado)

Fluxo (livre

interrompido e

conduzido)

Lento, rápido e

moderado

Níveis (alto

médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero:

folclórica,

popular e

étnica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Nesta série é

importante

relacionar o

conhecimento

com formas

artísticas

populares e o

cotidiano do

aluno.

Percepção dos

modos de fazer

dança, através

de diferentes

espaços onde

é elaborada e

executada.

Teorias da

dança.

Produção de

Compreensão

das diferentes

formas de

dança popular,

suas origens e

práticas

contemporânea

s.

Apropriação

prática e

teórica de

técnicas e

modos de

composição da

dança.

Page 90: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

90

trabalhos com

dança

utilizando

diferentes

modos de

composição

7ª Série – Música

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e

a fusão de

ambos.

Técnicas:

vocal,

instrumental e

mista

Indústria

Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock,

Tecno

Nesta série o

trabalho

poderá enfocar

o significado

da arte na

sociedade

contemporâne

a e em outras

épocas,

abordando a

mídia e os

recursos

tecnológicos

na arte.

Percepção dos

modos de fazer

música,

através de

diferentes

mídias

Compreensão

das diferentes

formas

musicais no

Cinema e nas

mídias, sua

função social e

ideológica de

veiculação e

consumo.

Apropriação

prática e

teórica das

tecnologias e

modos de

composição

musical nas

mídias;

relacionadas à

produção,

Page 91: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

91

(Cinema,

Vídeo, TV e

computador)

Teorias sobre

música e

indústria

cultural.

Produção de

trabalhos de

composição

musical

utilizando

equipamentos

e recursos

tecnológicos.

divulgação e

consumo.

7ª Série – Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Indústria

Cultura

Arte no Séc.

XX

Arte

Contemporâne

a

Nesta série o

trabalho

poderá

enforcar o

significado da

arte na

sociedade

contemporâne

a e em outras

épocas,

Compreensão

das artes

visuais em

diversos no

Cinema e nas

mídias, sua

função social e

ideológica de

veiculação e

consumo.

Page 92: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

92

Cor

Luz

Técnicas:

desenho,

fotografia,

audiovisual e

mista...

abordando a

mídia e os

recursos

tecnológicos

na arte.

Percepção dos

modos de fazer

trabalhos com

artes visuais

nas diferentes

mídias.

Produção de

trabalhos de

artes visuais

utilizando

equipamentos

e recursos

tecnológicos.

Apropriação

prática e

teórica das

tecnologias e

modos de

composição

das artes

visuais nas

mídias,

relacionadas à

produção,

divulgação e

consumo.

7ª Série – Teatro

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais.

Representação

no Cinema

Mídias

Texto

dramático

Indústria

Cultural

Realismo

Expressionism

o

Nesta série o

trabalho

poderá

enforcar o

significado da

arte na

sociedade

Compreensão

das diferentes

formas de

representação

no Cinema e

nas mídias, sua

função social e

Page 93: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

93

Ação

Espaço

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas:

jogos teatrais,

sombra,

adaptação

cênica...

Cinema Novo

contemporâne

a e em outras

épocas,

abordando a

mídia e os

recursos

tecnológicos

na arte.

Percepção dos

modos de fazer

teatro, através

de diferentes

mídias.

Teorias da

representação

no teatro e

mídias.

Produção de

trabalhos de

representação

utilizando

equipamentos

e recursos

tecnológicos.

ideológica de

veiculação e

consumo.

Apropriação

prática e

teórica das

tecnologias e

modos de

composição da

representação

nas mídias;

relacionadas à

produção,

divulgação e

consumo.

Page 94: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

947ª Série – Dança

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Movimento

corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e

desaceleração

Direções

(frente, atrás,

direita e

esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero:

Indústria

Cultura e

espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionism

o

Indústria

Cultural

Dança

Moderna

Nesta série o

trabalho

poderá enfocar

o significado

da arte na

sociedade

contemporâne

a e em outras

épocas,

abordando a

mídia e os

recursos

tecnológicos

na arte.

Percepção de

modos de fazer

dança, através

de diferentes

mídias.

Teorias da

dança de palco

em diferentes

mídias.

Produção de

trabalhos de

dança

Compreensão

das diferentes

formas de

dança no

Cinema,

Musicais e nas

mídias, sua

função social e

ideológica de

veiculação e

consumo.

Apropriação

prática e

teórica das

tecnologias e

modos de

composição da

dança nas

mídias;

relacionadas à

produção,

divulgação e

consumo.

Page 95: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

95

utilizando

equipamentos

e recursos

tecnológicos.

8ª Série – Música

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas:

vocal,

instrumental e

mista

Gêneros:

folclórico,

indígena,

popular e

étnico

Gêneros:

popular,

folclórico e

étnico.

Música

engajada

Música Popular

Brasileira.

Música

contemporâne

a.

Nesta série,

tendo em vista

o caráter

criativo da arte,

a ênfase é na

arte como

ideologia e

fator de

transformação

social.

Percepção dos

modos de fazer

música e sua

função social.

Teorias da

Música.

Produção de

trabalhos com

modos de

organização e

Compreensão

da música

como fator de

transformação

social.

Produção de

trabalhos

musicais,

visando

atuação do

sujeito em sua

realidade

singular e

social.

Page 96: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

96

composição

musical, com

enfoque na

Música

Engajada.

8ª Série – Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica:

Pintura, grafite,

performance...

Gêneros:

Paisagem

urbana, cenas

do cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e

Arte Latino-

Americana

Hip Hop

Nesta série,

tendo em vista

o caráter

criativo da arte,

a ênfase é na

arte como

ideologia e

fator de

transformação

social.

Percepção dos

modos de fazer

trabalhos com

artes visuais e

sua função

social.

Teorias das

artes visuais.

Produção de

Compreensão

da dimensão

das Artes

Visuais

enquanto fator

de

transformação

social.

Produção de

trabalhos,

visando

atuação do

sujeito em sua

realidade

singular e

social.

Page 97: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

97

trabalhos com

os modos de

organização e

composição

como fator de

transformação

social.

8ª Série – Teatro

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais.

Ação

Espaço

Técnicas:

Monólogo ,

jogos teatrais,

direção,

ensaio, Teatro-

Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro

Engajado

Teatro do

Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do

Absurdo

Vanguardas

Nesta série,

tendo em vista

o caráter

criativo da arte,

a ênfase é na

arte como

ideologia e

fator de

transformação

social.

Percepção dos

modos de fazer

teatro e sua

função social.

Teorias do

teatro.

Compreensão

da dimensão

ideológica

presente no

teatro enquanto

fator de

transformação

social.

Criação de

trabalhos

teatrais,

visando

atuação do

sujeito em sua

realidade

singular e

social.

Page 98: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

98

Criação de

trabalhos com

os modos de

organização e

composição

teatral como

fator de

transformação

social

8ª Série – Dança

Conteúdos Estruturantes

Abordagem

Pedagógica

Expectativas

de

Aprendizagem

Elementos

Formais

Composição Movimentos e

períodosConteúdos Básicos para a série

Movimento

corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão

(perto e longe)

Coreografia

Deslocamento

Gênero:

Performance e

moderna

Vanguardas

Dança

Moderna

Dança

Contemporâne

a

Nesta série,

tendo em vista

o caráter

criativo da arte,

a ênfase é na

arte como

ideologia e

fator de

transformação

social.

Percepção dos

modos de fazer

dança e sua

função social.

Teorias da

dança.

Compreensão

da dimensão

da dança

enquanto fator

de

transformação

social.

Produção de

trabalhos com

dança, visando

atuação do

sujeito em sua

realidade

singular e

social.

Page 99: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

99

Produção de

trabalhos com

os modos de

organização e

composição da

dança como

fator de

transformação

social.

INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

LEI Nº 10.639, DE 09 DE JANEIRO DE 2003

O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana contemplará

articulações entre passado, presente e futuro no sentido das produções e

manifestações artísticas do povo negro (música, dança, artesanato, pintura, etc.),

em diferentes circunstâncias e realidades.

INSERCÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E

INDÍGENA - LEI N 11.645, DE 10 DE MARÇO DE 2008.

Esta lei no seu artigo 1 altera O art.26-A da Lei.9394, de 20 de dezembro de

1996, passando a vigorar com a seguinte redação , “nos estabelecimentos de ensino

fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo

da história e cultura afro-brasileira e indígena”.

Dessa forma, a Arte também contemplará tal preceito legal, incluindo em seus

conteúdos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da

população brasileira, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta

Page 100: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

100dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o

negro e o índio na formação da sociedade nacional. Contemplará também o estudo

da arte indígena e afro-brasileira, seus aspectos e contribuições para a sociedade

brasileira atual.

LEI 13.381 DE 18.12.2001 – História do Paraná

Em consonância com o Art. 1º da Lei 13.381, que torna obrigatório um novo

tratamento dos conteúdos da Disciplina de História do Paraná, a disciplina de Arte

abrangerá a cultura e a produção artística própria do Estado do Paraná, enfatizando

o desenvolvimento histórico destes, bem como os principais e atuais artistas

paranaenses.

LEI 9795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 (Educação Ambiental)

A Lei 9.795, de 27 de abril de 1999 prevê que a Educação em Ambiental deve

ser trabalhada em conjunto com as outras disciplinas, visando evidenciar aos alunos

uma perspectiva ambiental que leve o aluno a ver o mundo onde se evidenciam as

inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na constituição e

manutenção da vida.

A principal função para o trabalho do tema Meio Ambiente é contribuir para a

formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade

socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada

um e da sociedade, local e global.

No ensino de Arte, também se deve evidenciar a expressão como forma de

conscientização e a utilização de materiais recicláveis e de reaproveitamento,

contribuindo também para a preservação e conservação do meio ambiente, bem

como criando uma cultura de preservação nos educandos.

Page 101: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

101LEI 11.343/06 – SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS

A referida lei prevê medidas para prevenção do uso indevido, atenção e

reinserção social de usuários e dependentes de drogas, ainda estabelece normas

para repressão não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes. No tais

conceitos serão evidenciados durante o decorrer das aulas, ressaltando os valores

humanos e éticos. Também serão trabalhados em interdisciplinaridade com outras

disciplinas, visando uma maior informação e prevenção ao uso e abuso de drogas.

LEIS 11.733/97 E 11.734/97 – EDUCAÇÃO SEXUAL E PREVENÇÃO

À AIDS E DSTs

No Estado do Paraná, as duas leis supra citadas fornecem amparo e

abertura à prática de uma Educação Sexual na Escola, e a Secretaria de Estado da

Educação, em sua perspectiva, concebe a sexualidade como uma abordagem

necessária e essencial para a formação educacional.

AVALIAÇÃO

A avaliação é o processo pelo qual se verifica o nível de conhecimento de

cada aluno, sua interação com os colegas nas atividades em grupo e qual foi sua

aquisição dos conteúdos básicos. Elementos como criatividade, organização e

capricho serão observados nas produções realizadas bimestralmente, sejam elas bi

ou tridimensionais; cadernos, portfólios, cartazes, pesquisas, apresentações de

seminários temáticos, esculturas, produções sonoras, corporais, teatrais, entre

outras, sendo observadas também a responsabilidade e pontualidade na entrega.

Além destes elementos já citados, serão observadas as atitudes do aluno

perante os colegas, sua participação e interesse, o respeito pelo próprio trabalho e

dos outros, o espírito curioso e investigativo, a paciência, concentração para

Page 102: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

102realização das atividades propostas, assim como a incorporação das situações

adversas durante o processo de criação (um pingo acidental na folha, por exemplo).

É também na avaliação que se colhe os frutos do que foi ensinado. Através

dela o professor avalia a si mesmo e como o seu trabalho foi importante para cada

um de seus alunos, percebendo se há a necessidade de reformular sua

metodologia.

Assim sendo, a avaliação constitui-se na forma de o professor diagnosticar o

aprendizado dos alunos e o seu próprio, proporciona base para a revisão de seus

métodos, buscar novas alternativas, reforçar conteúdos, buscar novas metodologias.

Ao avaliar, o professor precisa levar em consideração o histórico do processo

de cada aluno, sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando

os trabalhos e seus aspectos. (Parâmetros Curriculares Nacionais).

BIBLIOGRAFIA

BARBOSA, A. M.B. (org). Inquietação e mudanças no ensino da arte. São Paulo:

Cortez, 2002.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte. São Paulo: Ática, 1991.

DEMERVAL, Savini. Escola e Democracia: Teorias da Educação. São Paulo:

Autores Associados, 1986.

DIRETRIZES CURRICULARES DO PARANÁ PARA O ENSINO FUNDAMENTAL –

Arte (documento preliminar).

ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes curriculares da educação básica. Curitiba: SEED,

2008.

DUARTE Jr., J. F. Fundamentos estéticos da Educação. 4.ª Ed. Campinas: Papirus,

1995.

FERRAZ, M.; FUSARI, M.R. Metodologia do Ensino da Arte. 2ª Ed. São Paulo:

Cortez, 2003.

GARRIDO, S. & GHEDIN, Z. (org). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de

um conceito. São Paulo: Cortez, 2002.

BRASIL. Parâmetros Curriculares da Educação Nacional (PCN’s).

Page 103: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1038.3 PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

“Na estrada ponho meu corpo

a ventos

aves me reconhecem

pelo andar.”

Manoel de Barros

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

O homem primitivo já praticava a Educação Física no seu dia-a-dia: na caça,

na pesca, na luta pela vida, nas homenagens aos Deuses através de suas danças e

ritmos.

Na China a educação física era muito importante, foram eles os criadores do

Kung Fu. Já na Índia os hindus criaram a Yoga que é realizada através de uma

ginástica de posições e respiração adequada.

Os Egípcios praticavam a natação, o remo, a navegação e a caça, além da

ginástica rítmica e a dança.

Na Grécia, os espartanos tinham o objetivo de formar soldados: rudes e

fortes. Em Atenas, os estudos eram mais profundos e a ginástica cada vez mais

dura, dedicavam-se ao atletismo e recebiam treinamento militar.

Em Roma era estritamente militar. Os jogos romanos eram sanguinários.

Na idade média, surgem os feudos onde as atividades eram a caça, a pesca,

danças e jogos infantis.

No Renascimento, têm fim as limitações impostas ao corpo e ao espirito, a

educação física é vista como formação integral do homem. A Educação Física faz

parte do currículo educacional, mas voltado para a burguesia.

Muitos pensadores revelaram a importância dos exercícios físicos, como:

Leonardo da Vinci, Francis Bacon, Loke e outros.

Page 104: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

104Em 1774 Johann Bernhard Basedow fundou na Alemanha, a primeira escola

onde a ginástica e as demais disciplinas tinham a mesma importância.

No Brasil Colônia, apenas os índios praticavam a Educação Física, através de

sua vida natural e livre.

No Brasil Império o parecer de Rui Barbosa, sobre o projeto “ reforma do

Ensino primário”, situava a Educação Física como elemento indispensável à

formação integral da juventude, mostrando a evolução da Educação Física nos

países mais avançados do mundo, defendendo a Educação Física como elemento

de formação intelectual, moral e espiritual da juventude.

No Brasil República em uma primeira fase, havia o Ginásio Nacional com a

prática de tiro ao alvo, ginástica, saltos, excursões, peteca, futebol, cricket, tênis,

corridas etc.

Em 1981 é fundada a ACM do Rio de Janeiro, que assim como nos Estados

Unidos deu uma grande contribuição aos desportos.

Após a revolução de 1930, a reforma de Francisco Campos, torna a

Educação Física obrigatória no ensino secundário. Surgem as primeiras escolas

superiores de Educação Física, Getúlio Vargas cria o Estado Novo e a Constituição

outorgada é a primeira a ter a Educação Física inserida em seu contexto.

Após a 2ª Guerra Mundial e a queda de Getúlio Vargas, o povo, cansado de

opressão, deixou de lado os desfiles, paradas, demonstrações de ginástica,

disciplina, etc. Após alguns anos, a Educação Física Escolar passou a ser praticada

por milhares de alunos, sendo desvinculada de seu caráter militar e político.

As práticas pedagógicas escolares da Educação Física foram fortemente

influenciadas pela Instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e

XIX. Era atribuída à Educação Física a tarefa de construir corpos saudáveis e dóceis

que permitissem uma melhor adaptação dos sujeitos ao processo produtivo, tendo

como referência o conhecimento técnico científico. A Educação Física se consolidou

especificamente no contexto escolar, a partir da constituição de 1937, sendo então,

utilizada com o objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da

classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. Ainda na década

de 30 , o esporte começou a se popularizar confundindo-se com a Educação Física.

Na área pedagógica, uma das primeiras referências a ganhar destaque entre os

profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta legitimação da

disciplina na escola.

Page 105: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

105 A Educação Física dentro de uma Pedagogia Histórico-Crítica, tem uma

função social a cumprir no espaço escolar, ela permite abordagens biológicas,

antropológicas, sociológicas, psicológicas e políticas das práticas corporais. Dar um

novo significado às aulas é um exercício necessário que requer uma amplitude das

possibilidades de intervenção superando a dimensão meramente motriz, por uma

dimensão histórica. Considerando o momento histórico que passa a Educação

Física, na construção e sistematização de uma proposta que vise o desenvolvimento

da pessoa de maneira integral e baseada na corporalidade, devemos buscar

alternativas para a construção de um conjunto de atividades a serem desenvolvidas,

atendendo as necessidades, expectativas, possibilidades e intencionalidades da

comunidade escolar.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Física

(DCEs):”...compreender a Educação Física[...] significa entender que ela é composta

por interações das relações sociais,políticas, econômicas e culturais dos

povos.”(Diretrizes Curriculares de Educação Física,2006,p.21) È também necessário

superar aquela visão tecnicista ainda presente em algumas ações pedagógicas e

relaciona-las para uma ação centrada na reflexão e superação da visão fragmentada

do Homem. Essa prática visa a melhoria de vida e tem como tema central a

corporalidade.

Devemos lembrar que o movimento é fundamental para o Ser Humano,

pois, lhe permite perceber-se como ser corpóreo, portanto é importante que o

educador possibilite ao educando vivenciar o processo de elaboração e

reelaboração do conhecimento através da relação entre corpo, mundo e mente.

A Educação Física deve propiciar ao aluno posicionar-se de maneira crítica,

responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como

forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas. Conhecer o próprio corpo,

cuidando, valorizando-o, adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos

básicos da qualidade de vida,agindo com responsabilidade em relação a sua saúde

e a saúde coletiva, educar para a solidariedade, para o respeito, e a cooperação,

incentivar o cultivo de hábitos saudáveis é tarefa da Educação Física

O aluno deverá participar de atividades de natureza relacional, conhecendo

e respeitando suas características físicas e de desempenho motor, bem como a de

seus colegas, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais, sociais

Page 106: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

106ou culturais. Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do

próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades

OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA.

Que o aluno seja capaz de:

- Posicionar-se de maneira critica, responsável e construtiva nas diversas

situações sociais, utilizando diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar

decisões coletivas.

- Conhecer o próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um

dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em

relação à saúde coletiva.

- Educar para a solidariedade, para o respeito e a cooperação.

- Valorizar a pluralidade de manifestações culturais do Brasil.

- Incentivar a adoção de hábitos saudáveis.

- Valorizar a prática desportiva e as atividades artísticas, assim como o respeito

pelo outro.

- Incentivar a superação da discriminação quanto a cor, sexo, raça, diferenças.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

5ª SÉRIE

CONTEUDO ESTRURANTE:

ESPORTE: Coletivo, individual.

Voleibol, handebol, futebol de salão basquetebol .

Tênis de mesa e Atletismo.

Origem e história dos variados esportes,

Regras adaptadas;

Fundamentos básicos.

Page 107: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

107

JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos de tabuleiro, jogos e brincadeiras populares,

brincadeiras e cantigas de roda e jogos cooperativos.

Dama, trilha, xadrez, ludo.

Resgates de brincadeiras, adaptação de jogos, bete ombro, queimada, corrida de

saco, estafetas, gincanas, confecção de pipas e de brinquedos, Diferenças entre

competir e cooperar.

DANÇA: Dança folclórica, dança de rua e danças criativas.

GINÁSTICA: Ginástica rítmica, ginástica circense e ginástica geral.

Formação corporal, alongamentos, flexibilidade, relaxamento.

Acrobacias e malabares.

LUTAS: Lutas de aproximação; Capoeira

Historia e origem da capoeira;

Movimentos com ritmos da capoeira;

Jogos de oposição visando a capoeira.

6ª SÉRIE

CONTEUDO ESTRURANTE/ BÁSICO:

ESPORTE: Coletivo, individual.

Voleibol, handebol, futebol de salão basquetebol .

Tênis de mesa e Atletismo.

Origem e história dos variados esportes,

Regras básicas;

Fundamentos básicos.

A competição no mundo do esporte e na vida do aluno.

JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos de tabuleiro, jogos e brincadeiras populares,

brincadeiras e cantigas de roda e jogos cooperativos.

Dama, trilha, xadrez, ludo.

Page 108: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

108Resgates de brincadeiras, adaptação de jogos, bete ombro, queimada, corrida de

saco, estafetas, gincanas, confecção de pipas e de brinquedos, Diferenças entre

competir e cooperar.

Diferenças regionais das brincadeiras.

DANÇA: Dança folclórica, dança de rua e danças criativas.

Construção de instrumentos musicais;

Criação e adaptação de coreografias.

GINÁSTICA: Ginástica rítmica, ginástica circense e ginástica geral.

Formação corporal, postura, saltos, piruetas e equilíbrios.

Acrobacias e malabares e cultura circense.

LUTAS: Lutas de aproximação; Capoeira e Judô

Historia e origem;

Jogos de oposição;

Movimentos da capoeira: ginga, esquiva,golpes.

7ª SÉRIE

CONTEUDO ESTRURANTE/ BÁSICO:

ESPORTE: Coletivo, individual e radical.

Voleibol, handebol, futebol de salão basquetebol e skate.

Tênis de mesa e Atletismo.

Recorte histórico dentro dos esportes

Regras oficiais;

Fundamentos.

Esporte como lazer, rendimento e condicionamento.

JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos de tabuleiro, jogos e brincadeiras populares,

brincadeiras e cantigas de roda e jogos cooperativos.

Dama, trilha, xadrez, ludo.

Recorte histórico dos jogos e brincadeiras;

Jogos de estratégias.

Page 109: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

109DANÇA: Danças criativas e danças circulares.

Vivenciar ritmos, tempo, espaço;

improvisar coreografias;

Criação e adaptação de coreografias.

GINÁSTICA: Ginástica rítmica, ginástica circense e ginástica geral.

Recorte histórico;

Elementos da ginástica;

Manusear elementos da GR.

Acrobacias e malabares e cultura circense.

LUTAS: Lutas com instrumento mediador: Capoeira;

Vivenciar a roda de capoeira e movimentos como rolamentos e quedas.

8ª SÉRIE

CONTEUDO ESTRURANTE/ BÁSICO:

ESPORTE: Coletivo, individual e radical

Voleibol, handebol, futebol de salão basquetebol,Skate e Surf.

Tênis de mesa e Atletismo.

Recorte histórico dentro do tema esporte e suas modalidades;

Regras oficiais;

Sistemas táticos;

Organização de festivais esportivos;

Elaboração de tabelas e súmulas.

JOGOS E BRINCADEIRAS: Jogos de tabuleiro, jogos e brincadeiras populares,

brincadeiras e cantigas de roda e jogos cooperativos.

Dama, trilha, xadrez, ludo.

Organização de gincanas;

Comparar competição e cooperação e vivenciar jogos assim.

Page 110: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

110DANÇA: Danças criativas e Danças circulares.

Dramatizações, improvisação, recriação de movimentos

Criação e adaptação de coreografias.

Elementos técnicos constituintes da dança;

Organização de festivais de danças.

GINÁSTICA: Ginástica rítmica e ginástica geral.

Construção de coreografias;

Doping.

LUTAS: Lutas com instrumento mediador; Capoeira e esgrima

Roda de capoeira;

Aspectos históricos da esgrima.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

São nas aulas de Educação Física que os alunos têm oportunidade de se

tornarem “sujeitos capazes de conhecer seu próprio corpo, ter autonomia sobre ele,

e adquirir uma expressividade corporal consciente”.(DCE Ed. Física,2006,pg.39)

Oferecer oportunidades ao aluno de participar na construção do jogo,

criando regras e vivenciando o novo jogo com regras criadas por ele próprio.

Dar liberdade de se expressar livremente com atividades como teatro, dança

e mímica.

Buscar conhecimentos através de entrevistas, pesquisas e debates tornando

o aluno mais critico através das descobertas.

A escola assim como a Educação Física deve organizar conteúdos para que

o aluno consiga realizar uma leitura crítica da realidade que o cerca.

Os conteúdos como; manifestações esportivas, manifestações ginásticas,

manifestações estéticos-corporais na dança e no teatro e os jogos, brinquedos e

brincadeiras devem vir permeadas de reflexões importantes para o desenvolvimento

critico do aluno que esta em constante transformação, assim como a sociedade que

o cerca.

Page 111: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

111Dentro da Educação Física as práticas devem ser direcionadas perpassando

as múltiplas relações étnicas, de gênero, de violência, de sexualidade sempre

pautadas na corporalidade, que segundo as Diretrizes Curriculares é “ entendida

como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais

historicamente produzidas[...] ( DCE,2006,pg.40).

A Educação Física, assim como a escola, deve visar a inclusão para

possibilitar ao aluno com deficiência atividades culturais, artísticas e recreativas que

possam inseri-lo nas aulas de uma forma menos traumatizante possível, onde ele

possa exercer seu papel de cidadão dentro de suas possibilidades físicas e

cognitivas, para isto é necessário flexibilizar seus conteúdos, objetivos, metodologia,

tempo e avaliação.

AVALIAÇÃO

A Educação Física envolve aspectos de conhecimento, habilidades e

atitudes, levando-se em conta as condutas sociais dos alunos nas suas mais

diversas manifestações, tendo a expressão corporal como linguagem.

A proposta da avaliação do processo de ensino aprendizagem da Educação

Física deve, portanto, levar em conta a observação, análise e conceituação de

elementos que compõem a totalidade da conduta humana e que se expressam no

desenvolvimento das atividades. De acordo com as Diretrizes Curriculares, a

avaliação “Trata-se de um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o

professor organizará e reorganizará o seu trabalho” (DIRETRIZES CURRICULARES

DO PARANÁ,2006, P.47).

É possível avaliar o aluno observando a capacidade que este tem de

resolver as situações que surgem no decorrer da aula dentro de suas próprias

condições, portanto é necessário que o educador trabalhe na dimensão do que é

possível para cada aluno, observando o grupo diante das atividades. Diante disso

faz-se necessário momentos de reflexão sobre o grupo e com o grupo trazendo

assim contribuições para as relações humanas.

Page 112: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

112 As práticas avaliativas produtivo-criativas e reiterativas buscam imprimir a

avaliação uma perspectiva de busca constante da identificação de conflitos no

processo ensino-aprendizagem, bem como a superação dos mesmos, através do

esforço crítico coletivo dos alunos, mobilizando plenamente a consciência do

educando, seus saberes e suas capacidades cognitivas, habilidades e atitudes para

enfrentar problemas e necessidades, buscando novas soluções para as relações

consigo, com os outros e com a natureza.

A avaliação é um processo contínuo e sistematizado, diagnosticando o

domínio dos conteúdos e, superação das dificuldades através de observações bem

como uma avaliação qualitativa que avalia o todo, considerando a avaliação como

um momento de aprender e não de punir. Deve respeitar a cultura que o educando

traz consigo.

REFERENCIAS:

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São

Paulo: Cortez, 1992.

DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ PARA O ENSINO

FUNDAMENTAL – Educação Física (documento preliminar), 2006.

FELIPE, Carlos; MANZO,Mauricío. O grande livro do folclore.Belo Horizonte:

Editora Leitura, 2000. ( livro e CD).

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ. SOLER, Reinaldo. Jogos cooperativos. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.

BROTTO, Fábio Ottuzy. Jogos cooperativos: Se o importante é competir, o

fundamental é cooperar.. 2ª Ed.. Re-novada. Santos SP. 1999.

Page 113: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1138.4 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

“Vivemos em um universo de padrões. Todas

as noites as estrelas se movem em círculos no

céu. As estações se sucedem em intervalos

anuais. Dois flocos de neve nunca são

exatamente iguais, mas todos têm uma simetria

hexagonal. [...] A mente e a cultura humanas

desenvolveram um sistema formal de

pensamento para reconhecer, classificar e

explorar padrões. Nós o chamamos de

Matemática.”

Ian Stewart

CONCEPÇÃO FILOSÓFICA E ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DE

MATEMÁTICA

A história da matemática nos revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram

a compor a Matemática de hoje. Há menções na literatura da história da Matemática

de que os Babilônios, por volta de 2.000 a.C., acumulavam registros que hoje podem

ser classificados como álgebra elementar.

Para Ribnikov (1987), esse período demarca o nascimento da Matemática,

contudo, como ciência, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego,

nos séculos VI e V a.C. Foi com a civilização grega que regras, princípios lógicos e

exatidão de resultados foram registrados. E também na Grécia, através dos

pitagóricos, que ocorrem as preocupações iniciais sobre a importância e o papel da

Matemática no ensino e na formação das pessoas.

Page 114: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

114Com os platônicos, se buscava, pela Matemática, principalmente a

aritmética, um instrumento que, para eles, instigaria o pensamento do homem. Esta

concepção arquitetou as interpretações, o pensamento matemático e o ensino da

matemática que, até hoje, exercem influências na prática docente.

As primeiras propostas de ensino de matemática baseadas em práticas

pedagógicas ocorreram no século V a.C., com os sofistas, considerados

profissionais do ensino. Por volta dos séculos IV a II a.C. a educação foi ministrada

de forma clássica e enciclopédica.

No século V d.C. o ensino teve um caráter estritamente religioso.

Entre os séculos VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas com o

surgimento das escolas e a organização dos sistemas de ensino.

As discussões filosóficas nas universidades medievais entre os séculos X e

XV, baseadas na concepção do pensamento aristotélico, contribuíram para futuros

desenvolvimentos da Matemática especulativa, entendida como a Matemática dos

constatações empíricas.

Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais e

industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática.

As produções matemáticas do século XVI, a geometria analítica e a

geometria projetiva, o cálculo diferencial e integral, a teoria das séries e a teoria das

equações diferenciais, fizeram com que o conhecimento matemático alcançasse um

novo período de sistematização. Ribnikov (1987), nominou esse período de

Matemática de grandezas variáveis.

No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos

com uma educação de caráter clássico-humanista.

No século XVII a Matemática desempenhou o papel fundamental para a

comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa

que levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal.

O século XVII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial Este

momento marcou o início da intervenção estatal na educação.

No Brasil, ministrava-se um ensino de Matemática de caráter técnico com o

objetivo de preparar os estudantes para as academias militares influenciado pelos

acontecimentos políticos que ocorriam na Europa. Do final do século XVI ao início do

século XIX, o ensino da matemática, desdobrado em aritmética, geometria, álgebra

e trigonometria, destinava-se ao domínio de técnicas com objetivo de formar

Page 115: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

115engenheiros, geógrafos e topógrafos para trabalhar em minas, abertura de estradas,

construção de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a

prática da guerra.

Com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil, em 1808, implementou-se

um ensino de Matemática através de cursos técnico-militares, no quais ocorreu o

processo de separação dos conteúdos matemáticos em Matemática Elementar e

Matemática Superior.

O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov

(1987) como o período das matemáticas contemporâneas.

O período que abrange o final do século XIX e início do século XX,

levantaram-se preocupações voltadas para o ensino da Matemática, sendo as

mesmas traduzidas em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros

internacionais promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com a

proposta de ensino da matemática. Por conta dessas discussões, iniciou-se a tarefa

de transferir para a prática docente os ideais e as exigências advindas das

revoluções do século anterior.

Esse movimento de renovação do ensino da matemática se manifestou em

vários países da Europa, sendo que, em alguns desses países, essa renovação

aconteceu com propostas mais amplas de reformulação dos sistemas nacionais,

abrangendo os vários níveis de ensino.

Na Alemanha, Félix Klein (1849 – 1925) encabeçou propostas de renovação

do ensino da Matemática e defendeu a atualização desse ensino de maneira que o

aproximasse do desenvolvimento científico e tecnológico. Para isso, propôs o

rompimento entre a formação geral e a prática, a tradição culta e a artesanal, o

desenvolvimento do raciocínio e o desenvolvimento de atividades práticas e a

formação clássica e a técnica. Pode-se dizer que neste contexto surgiram as

primeiras discussões sobre a Educação Matemática, a qual deveria se orientar pela

eliminação da organização excessivamente sistemática e lógica dos conteúdos

específicos. A intuição era considerada o elemento inicial para se chegar à

sistematização. Uma das ideias básicas dessas discussões foi unificar as disciplinas

que abordavam conteúdos didático e pedagógico do ensino de Matemática.

Essas ideias foram implementadas nos congressos internacionais ocorridos

no exterior entre 1900 à 1914, chegando ao Brasil através do Imperial Colégio D.

Page 116: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

116Pedro II do Rio de Janeiro, criado no ano de 1837, com o objetivo de ter um modelo

para a escola secundária.

Fundamentada nas discussões internacionais e nas discussões realizadas

no Colégio Pedro II, Euclides Roxo, ao representar o corpo docente de Matemática,

solicitou ao Governo Federal, a junção das disciplinas aritmética, álgebra, geometria

e trigonometria num único, denominado Matemática. Foi aprovada pelo

Departamento Nacional de Ensino e Associação Brasileira de Educação em 1928.

O início da modernização do ensino da matemática deu-se num contexto de

mudanças que promoviam a expansão da indústria nacional, o desenvolvimento da

agricultura, aumento da população nos centros urbanos e idéias que agitavam o

cenário político internacional após a 1.ª Guerra Muncial. Assim, as novas propostas

educacionais caracterizavam reações contra uma estrutura educacional artificial e

verbalizada. Assim, a educação matemática se torna um campo fértil e promissor

para o ensino da matemática.

As ideias reformadoras se inseriram no contexto das discussões introduzidas

pelo movimento da Escola Nova. Esse movimento propunha um ensino orientado

por uma concepção Empírico-ativista que pressupunha a valorização dos processos

de aprendizagem e o envolvimento dos estudantes em atividades de pesquisa,

lúdicas, resolução de problemas, jogos e experimentos. Esta tendência contribuiu

para a unificação da matemática em uma disciplina, orientou a formulação das

diretrizes metodológicas do ensino da matemática na Reforma Francisco Campos,

em 1931. Nas décadas seguintes, anos 1940 até meados da década de 1980, essa

tendência norteou a produção de diversos materiais didáticos de Matemática e da

prática pedagógica de muitos professores no Brasil.

Outras tendências, como a Empírico-ativista, influenciaram o ensino da

Matemática. Muitas delas, continuam fundamentando o ensino da matemática até

hoje. Fioretini (1995), destacou a Formalista clássica, Formalista moderna,

Tecnicista, Construtivista, Socioetnocultural, Histórico Crítica.

Até o final dos anos 1950, observou-se a tendência Formalista Moderna.

Também nesse período, no Brasil, ocorreram mudanças significativas com a

chegada do movimento de Matemática Moderna.

De acordo com Miguel e Miorim (2004, p. 44) temos “uma matemática

escolar orientada pela lógica, pelos conjuntos, pelas relações, pelas estruturas

Page 117: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

117matemáticas, pela axiomatização.” Tal abordagem não respondeu às propostas de

ensino.

No regime militar brasileiro, instaurado em 1964, oficializou-se a tendência

tecnicista.

A tendência construtivista surgiu a partir das décadas de 1960 e 1970, e se

estabeleceu como objeto da discussão na Educação Matemática na década

deMETODOLOGIA 1980. Nessa tendência, o conhecimento matemático resultava

de ações interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades

pedagógicas.

Outra tendência que surgiu a partir da discussão sobre a ineficiência do

movimento modernista foi o socioetnocultural, valorizava aspectos sócio-culturais da

Educação Matemática e tinha sua base teórica e prática na Etnomatemática. O

conhecimento matemático passou a ser visto como um saber prático, relativo, não

universal e dinâmico, produzido histórico-culturalmente nas diferentes práticas

sociais, podendo aparecer sistematizado ou não.

A tendência Histórico-crítica concebe a matemática como um saber vivo,

dinâmico, construído historicamente para atender as necessidades sociais e

teóricas.

Sendo assim pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação

matemática visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de

conhecimento – natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da

aprendizagem da matemática – natureza pragmática.

Para Miguel e Miorim (2004, p. 70)

“a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc.“

Outra finalidade apontada pelos autores

“é fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto é, do homem público.” (id, 2004, p. 71).

Esta é a Educação Matemática proposta nas Diretrizes Curriculares de

Matemática para a Educação Básica.

Page 118: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

118Enfim, a opção pela Educação Matemática para o exercício da prática

docente, é um fato relevante nas Diretrizes Curriculares.

Um dos objetivos da disciplina Matemática é transpor, para a prática

docente, o objetivo matemático construídos historicamente e possibilitar ao

estudante ser um conhecedor desse objetivo.

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE/ 6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebras

Sistemas de numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números decimais.

Grandezas e Medidas Medias: massa, área, volume, tempo e ângulo;

Sistema Monetário

Geometrias Geometria Plana;

Geometria Espacial

Tratamento da Informação Dados, tabelas e gráficos;

Porcetagem

6ª série/7º ano

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebras

Números Inteiros

Números Racionais;

Equação e Inequação de 1º grau;

Razão e proporção;

Page 119: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

119

Regra de três simples.

Grandezas e Medidas Medidas de temperatura;

Ângulos.

Geometrias Geometria Plana;

Geometria Espacial

Tratamento da Informação Pesquisa Estatística;

Média Aritmética.

7ª série/8º ano

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebras

Números Racionais;

Números Irracionais

Sistema de equações de 1º grau;

Potências;

Monômios e Polinômios;

Produtos Notáveis.

Grandezas e Medidas Medida de comprimento;

Medida de área;

Medida de ângulo.

Geometrias Geometria Plana;

Geometria Espacial.

Tratamento da Informação Gráfico e Informação

8ª série/9º ano

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebras

Números Reais;

Propriedades dos radicais;

equações do 2º grau;

Teorema de Pitagoras;

Equações Irracionais.

Page 120: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

120

Grandezas e Medidas Relações Métricas no triângulo retângulo;

Trigonometria no triângulo retângulo.

Funções Introdução de Funções

Geometrias Geometria Plana;

Tratamento da Informação Noções de Probabilidade;

Estatística.

METODOLOGIA

As rápidas mudanças em nossa sociedade produziram ambientes em que

alguns métodos e currículos do passado, se tornaram um obstáculo ao

desenvolvimento de mentes capazes de lidar com a era da informação e com a

resolução de problemas do dia-a-dia. A instrução hoje precisa ir muito além da mera

memorização de regras e dos cálculos mecânicos.

Os alunos trazem para a escola conhecimentos, ideias e intuições construídas

das experiências que vivenciam em seu grupo sociocultural. A pluralidade de etnias

possibilita esses diferentes modos de vida. Os alunos chegam à sala de aula com

diferentes ferramentas básicas para classificar, ordenar, quantificar e medir.

O conhecimento matemático é historicamente construído e, portanto, está em

permanente evolução. Assim o ensino da Matemática precisa incorporar esta

perspectiva, possibilitando ao aluno reconhecer as contribuições que ela oferece

para compreender as informações e posicionar-se criticamente diante dela.

As Diretrizes estimulam a articulação das diversas tendências da Educação

da Matemática com vistas a promover a excelência no processo de ensino

aprendizagem, propondo que a abordagem transite por todas elas.

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio das

tendências metodológicas que fundamentam a prática docente das quais

destacamos :

• Resolução de problemas ;

• Modelagem matemática;

• Mídias tecnológicas;

• Etnomatemática;

Page 121: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

121

• História da matemática;

• Investigações matemáticas;

Um dos desafios do ensino da Matemática é a abordagem de conteúdos

para a resolução de problemas. Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante

tem oportunidades de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas

situações, de modo a resolver a questão proposta (DANTE,2003).

O aluno é um ser integral que precisa construir seu próprio conhecimento

com o auxílio, sim , do professor mas, jamais com a imposição e repetição de ideias

já concebidas.

Cabe ao professor, oportunizar condições necessárias para que o aluno

consiga fazer a leitura interpretativa e coerente, usando termos adequados à faixa

etária, questionando-o quando preciso a respeito do seu entendimento em relação

ao problema trabalhado, instigando-o com material condizente com seu dia-a-dia.

Enfim buscando recursos mais próximos da sua realidade, exemplos mais claros,

até chegar a uma solução aceitável.

Muitas vezes, o processo de resolução de problemas pode implicar a

exploração do contexto para além do que surge no enunciado, a formulação de

questões alternativas. A partir de um problema simples pode desencadear em uma

investigação matemática.

Numa investigação matemática o objetivo é explorar todos os caminhos que

surgem como interessantes a partir de uma situação. Os recursos tecnológicos,

como o software, a televisão, as calculadoras, vídeos,os aplicativos da Internet,

entre outros,têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializado

formas de resolução de problemas.

A Lei n° 10.639/03 (HISTÓRIA e CULTURA AFRO BRASILLEIRA e

AFRICANA ) , Lei n° 11.645/08 (HISTÓRIA e CULTURA AFRO BRASILEIRA,

INDÍGINA e AFRICANA) e a Lei n° 13.381/01 (HISTÓRIA do PARANÁ) permite ao

aluno compreender a origem das ideias que deram forma as culturas e observar

também os aspectos humanos que criaram essas ideias e estudar as circunstâncias

em que elas se desenvolveram.

O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância

social que produzem o conhecimento matemático .Essa metodologia valoriza a

história dos alunos pelo reconhecimento e respeito as suas raízes culturais.

Page 122: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

122( pesquisas,uso de instrumentos de desenho e medida, dobraduras, colagem,objetos

do cotidiano, fotografias, diferentes desenhos, entre outros)auxiliam no resgate

histórico.

Considerando o aspecto cognitivo, releva-se que o aluno é capaz de reunir

situações novas com experiências anteriores, adaptando essas às novas

circunstâncias e ampliando seus fazeres e saberes. “Graças a um elaborado sistema

de comunicação, as maneiras e modos de lidar com situações vão sendo

compartilhadas, transmitidas e difundidas.”(D’ AMBROSIO,1998,p.18).

A História da Matemática é um valioso instrumento para o ensino/ aprendizado

.Podemos entender porque cada conceito foi introduzido nesta ciência e porque ,ele

sempre era algo natural no seu momento. Conhecendo a história da matemática

percebemos que as teorias que hoje aparece acabadas resultaram de desafios que

os matemáticos enfrentaram, que foram desenvolvidas com grande esforço . Nossos

ancestrais também necessitavam de conhecimento dentre os quais poderiam se

comunicar, comerciar e trocar. Desde aí, os princípios básicos da matemática foram

se aperfeiçoando.(diferentes sistemas de numeração e sistemas monetários , a

história dos números; etc.),faz com que o aluno entenda que o conhecimento

matemático é construído historicamente a partir de situações concretas e

necessidades reais.

Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos,

biológicos e sociais constituem elementos para análises críticas e compreensões

diversas de mundo. A Lei n° 11.343/06 (Sistema Nacional de Políticas sobre

Drogas), Lei n° 9.795/99 (Política Nacional de Educação Ambiental) e a lei n°

11.733/97 (Educação Sexual e Prevenção à AIDS e DST) , são problemas reais, que

nossos alunos presenciam e que podem ser transformados com os problemas

matemáticos possibilitando uma intervenção e contribuindo para sua formação

crítica.( pesquisa, entrevistas, construção de gráficos e tabelas,

porcentagens,probabilidade,etc).

Os conteúdos serão abordados da seguinte forma :

• buscar uma organização da sociedade que permita o exercício da crítica e

análise problematizando situações do cotidiano do aluno;

• uso da Internet, calculadora, vídeo, data-show como recursos tecnológicos

aplicados à disciplina;

Page 123: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

123

• utilizar a história da matemática como fonte, de forma que possibilite o

aluno compreender a evolução do conceito no decorrer dos tempos;

• leitura e escrita dos números contextualizados(recortes de jornais,revistas,

etc):

• trabalhar os conteúdos através de jogos que priorizem a compreensão dos

mesmos;

• propiciar atividades com a integração de números com a geometria;

• estudar a geometria partindo de materiais concretos;

• resolver situações problemas, através de observações de objetos a sua

volta;

• explorar a planificação e a reconstrução de figuras geométricas(tangram)

• trabalhar o tratamento da informação com leitura,pequisa, interpretação e

construção de gráficos;

• criação de um jornal mural com curiosidades,desafios e problemas

matemáticos por série e/ou por assunto;

• leitura e utilização do livro didático;

Para aprendizagem e participação de aluno com deficiência

física/neuromotora :

• valorização da linguagem utilizada pelo aluno;

• confecção de material pedagógico adaptado, de uso cotidiano, que facilite

a realização das tarefas escolares;

• atividades em grupo, facilitando a sua interação com o professor e os

colegas;

• flexibilização e adequação dos conteúdos, objetivos, metodologia, tempo e

avaliação, buscando alternativas que viabilizem e facilitem o acesso a

aprendizagem pelo aluno;

• apresentação das atividades que permitam ao aluno desenvolvê-las com

autonomia e independência;

• manter contato com a família através do caderno do aluno;

• utilização do computador;

Page 124: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

124

• avaliação do aluno através de atividades (caderno, construções,

desenhos):

• avaliação escrita, que será feita com a ajuda do professor;

• socialização com os alunos, permitindo que todos que se dispõem, se

organizem para copiar os conteúdos para o aluno;

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser parte integrante do ensino aprendizagem, ancorada em

encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e

discussão, que considerem a relação aluno com o conteúdo trabalhado, o

significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele.

Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de

avaliações claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino-

aprendizagem, quando necessárias. Assim a finalidade da avaliação é propiciar aos

alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre

seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno

(ABRANTES,1994, p. 15).

A avaliação oferece ao professor, informações sobre com está ocorrendo

a aprendizagem de seus alunos , quanto aos conceitos adquiridos, raciocínios

desenvolvidos e domínio de certas regras, possibilitando-lhes uma reflexão contínua

sobre suas práticas em sala de aula, sobre certas estratégias e sobre a retomada de

conteúdos, adequando-se ao processo de aprendizagem, individual e de todo o

grupo.

As diferentes formas de avaliar, sejam elas provas, trabalhos, participação

em atividades desenvolvidas em sala de aula ou fora dela, devem contemplar

explicações, justificativas e argumentação . Além disso, é a utilização de diferentes

códigos (oral, escrito, gráfico, numérico) que permite a observação de diversas

aptidões dos alunos, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como

materiais manipuláveis, computador, calculadora.

O processo de avaliação deve acontecer de diversas formas, a fim de

eleger o instrumento mais apropriado às suas finalidades.

Page 125: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

125 A avaliação dos alunos será feita por meio de :

• atividades de leitura compreensiva de textos, observações (por parte do

professor), Interesse, raciocínio;

• resolução de problemas, com justificativas do procedimento utilizado;

• trabalho em grupo ou com consulta;

• provas, testes e trabalhos individuais;

• pesquisas na Internet, livros, jornais e revistas;

• pesquisas de dados através de entrevistas;

• seminários;

• oficinas aonde o aluno possa medir, recortar e construir;

• acompanhamento da sistematização e registros das atividades do

caderno;

• jogos;

• outros instrumentos avaliativos;

• recuperação paralela: ocorrerá com a retomada dos conteúdos, com novo

encaminhamento metodológico;

O professor deve considerar as noções que o estudante traz decorrentes da sua

convivência de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas

aulas de Matemática.

Critérios que devem orientar o professor nas atividades avaliativas. Essas

práticas devem possibilitar o professor verificar se o aluno :

• Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO,2004);

• Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

• Elabora um plano que possibilite a solução do problema;

• Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

• Realiza o retrospecto da solução de um problema;

• compreende

Page 126: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

126BIBLIOGRAFIA

ANDRINI , Álvaro e VASCONCELOS Maria José - Praticando matemática

BARBOSA, J. C. Modelagem matemática e os professores: a questão da formação.

Bolema: Boletim de Educação Matemática. Rio Claro, n.º 15, p. 5-23, 2001.

BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem como modelagem matemática: uma nova

estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.

BIGODE, Antônio José Lopes – Matemática hoje é feita assim.

Caderno do Futuro – Matemática – IBESP

D’AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro:n.º

2, ano II, p. 15-19, mar, 1989.

D’AMBRÓSIO, U. Etnomatemática – arte ou técnica de explicar e conhecer. São

Paulo: Ática, 1998.

D’AMBRÓSIO, U. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da

Matemática. In BICUDO, M. V.; BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em

movimento. São Paulo: Cortez, 2004.

DUARTE, N. O compromisso político do educador no ensino da matemática. In

DUARTE, N.; OLIVEIRA, B. Socialização do saber escolar. São Paulo: Cortez, 1987.

FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil.

Revista Zetetiké. Campinas, ano 3, n.º 4, p. 1-37, 1995.

LINS, R. C. Álgebra. Revista Nova Escola, ed. Outubro de 2003. Disponível em:

http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/166out03/html/algebra. Acesso em 29

de maio de 2006.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ª Ed. São Paulo: Cortez.

2002.

MATSUBARA E ZANIRATTO – Big Mat

Mori, Iracema e ONAGA Satiko, Dulce – Matemática idéias e desafios.

SECRETARIA DE ESTADO DO PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação

Básica, Matemática, 2008

Page 127: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1278.5 PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

“Claro que há resposta certas e erradas. O

equívoco está em ensinar ao aluno que é

disto que a ciência, o saber, a vida são feitos.

E com isto, ao aprender as resposta certas,

os alunos desaprendem a arte de se

aventurar e de errar, sem saber que, para

uma resposta certa, milhares de tentativas

erradas devem ser feitas. Espero que haverá

um dia em que os alunos serão avaliados

também pela ousadia de seus vôos. Pois isto

também é conhecimento.

Rubem Alves (1994)

• APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de Ciências no Brasil deu início com a chegada da corte

portuguesa, quando foram instituídas as primeiras universidades e museus, no ano

de 1818. Dentro do currículo escolar a disciplina de Ciências surge em 1931, com o

objetivo de transmitir conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências

naturais de referencia, sendo chamada de ciências físicas e naturais ofertadas nos

dois primeiros anos do fundamental (cinco anos de fundamental e dois anos

complementares).

Tomando como marco inicial a década de 50, é possível reconhecer nesses

últimos 50 anos movimentos que refletem diferentes objetivos da educação

modificados evolutivamente em função de transformações no âmbito da política e

economia, tanto nacional como internacional.

Na medida em que a ciência e a tecnologia foram reconhecidas como

essenciais no desenvolvimento econômico, cultural e social, o ensino das ciências

em todos os níveis foi também crescendo de importância, sendo objeto de inúmeros

Page 128: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

128movimentos de transformação do ensino, podendo servir de ilustração para

tentativas e efeitos das reformas educacionais.

Nos anos 60, quando os Estados Unidos, para vencer a batalha espacial,

fizeram investimentos de recursos humanos e financeiros sem paralelo na historia

da educação, para produzir os hoje chamados projetos de primeira geração do

ensino de Física, Química, Biologia e Matemática para o Ensino Médio. Esse

período marcante e crucial na historia do ensino de ciências, que influi até hoje nas

tendências curriculares das várias disciplinas tanto no ensino médio como no ensino

fundamental.

As decisões políticas instituídas na LDB n. 4024/61 apontaram para o

fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos

avanços em relação às reformas educacionais de décadas anteriores foi a

ampliação da participação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar,

ampliando para todas as séries da etapa ginasial a necessidade do preparo do

indivíduo (e da sociedade como um todo) para o domínio dos recursos científicos e

tecnológicos por meio do exercício do método científico.

Porém, o golpe militar de 1964 impôs mudanças no sentido de direcionar o

ensino como um todo, envolvendo dessa forma os conhecimentos científicos para a

formação do trabalhador, “considerado agora peça importante para o

desenvolvimento econômico do país” (KRASILCHIK, 2000, p. 86).

Os acordos entre o Brasil e os EUA, provenientes dos projetos voltados ao

ensino de Ciências, asseguravam ao Brasil assistência técnica e financiamento

externos, a fim de instituir novas reformas tanto no ensino universitário (Lei n.

5540/68) quanto no ensino de 1º e 2º graus (Lei n. 5692/71). Tais reformas

marcaram o advento do ensino tecnicista, que pretendia articular a educação ao

sistema produtivo para aperfeiçoar o sistema capitalista. Portanto, os investimentos

na área educacional pretendiam a formação para o mercado de trabalho, de acordo

com as exigências da sociedade industrial e tecnológica.

A década de 80 do século XX trouxe outras preocupações decorrentes do

modelo de desenvolvimento adotado pelo país, que apresenta como conseqüência,

danos ambientais e problemas sociais, inclusive relativos à saúde. A tendência

conhecida como “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS) passa a ser incorporada

às discussões pedagógicas, e novos conteúdos tem sido, desde então acrescidos

aos currículos de Ciências. Outras mudanças importantes, identificadas na década

Page 129: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

129de 80, continuam presentes nos dias atuais, como resgate das idéias humanistas e a

nova importância atribuída à História e a Filosofia da Ciência, no processo

educacional. A ciência passa a ser vista como um a construção humana e não como

a detentora da verdade.

Nesse contexto histórico, ao final da década de 1980 e início da seguinte, no

Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico

para o ensino de 1° grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico

crítica. Este documento resultou de reflexões e discussões realizadas no Estado do

Paraná, visando debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento

metodológico. Esse programa analisava as relações entre escola, trabalho e

cidadania.

O Currículo Básico, no início dos anos 1990, ainda sob a LDB n.

5692/71,apresentou avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando

sua legitimidade e constituição de sua identidade para o momento histórico vigente,

pois valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três eixos

norteadores e a integração dos mesmos em todas as séries do 1º Grau, hoje Ensino

Fundamental, a saber, 1. Noções de Astronomia; 2. Transformação e Interação de

Matéria e Energia; e 3. Saúde - melhoria da qualidade de vida.

Com a promulgação da LDB n. 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e

Bases para a Educação Nacional, foram produzidos os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN) que propunham uma nova organização curricular em âmbito

federal. O Currículo Básico para o Estado do Paraná foi, oficialmente, substituído

pelos PCN cujos fundamentos contribuíram para a descaracterização da disciplina

de Ciências, pois, nesse documento o quadro conceitual de referência da disciplina

e sua constituição histórica como campo do conhecimento ficaram em segundo

plano. Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político

nacional e estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com

objetivo de produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e

uma nova identidade para o ensino de Ciências.

O ensino de ciências deve levar em conta as capacidades dos alunos e as

experiências acumuladas, pois o aprendizado é influenciado pelo contato direto com

a realidade. Os conteúdos procedimentais e o saber fazer devem ser estimulados

tanto por meio de atividades práticas experimentais quanto pelo uso do vocabulário

científico básico e pela busca de informações coletadas em fontes variadas, como

Page 130: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

130livros, jornais e documentos audiovisuais. Desse modo, os estudantes podem

investigar a realidade, interligando os conteúdos específicos de Ciências com

objetos e seres vivos presentes no ambiente, do qual fazem parte e no qual são

agentes transformadores. Assim, os alunos podem aprender a combinar

observação, experimentação, leitura e discussão de fatos e informações levantados.

Além de colocar os conceitos, procedimentos e atitudes em prática, os alunos

devem ser estimulados a construir coletivamente o conhecimento, por meio da

comunicação e da crítica cooperativa.

O ensino deve potencializar a aprendizagem. Ensino e aprendizagem

precisam ser entendidos como uma unidade, dois lados de uma mesma moeda,

duas faces de uma mesma aula. (CARVALHO,1998,p.12). Portanto a disciplina tem

como objetivos:

- Compreender a natureza como um todo dinâmico, o ser humano em sociedade,

como agente de transformação do mundo em que vive, em seu relacionamento com

os demais seres vivos.

- Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma

atividade humana de natureza social, inserida num contexto econômico, político,

cultural e histórico.

- Identificar as relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e

condições de vida, no mundo de hoje e ao longo da evolução histórica.

- Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, mas de

forma sustentável e racional, sendo capaz de elaborar juízo sobre riscos e

benefícios das práticas tecnológicas.

- Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e

coletivos e serem promovidos por diferentes agentes.

- Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas reais a partir de

elementos das ciências naturais, pondo em prática conceitos, procedimentos e

atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar.

- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.

- Saber combinar leituras, observações, experimentos e registros para coleta,

organização, comunicação e discussão de fatos e informações.

- Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de agir critica e cooperativamente para

a construção coletiva do conhecimento.

Page 131: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

131- Entender a realidade e situar-se no mundo participando de forma ativa na

sociedade.

- Compreender criticamente uma notícia, ler um texto científico, entender e avaliar

questões de ordem social e política constituindo assim conhecimento e capacidade

necessárias para uma alfabetização científica e tecnológica.

- Instigar a curiosidade, a criatividade e a observação do aluno;

- Considerar o desenvolvimento cognitivo e a diversidade cultural do educando;

- Respeitar os conhecimentos prévios dos alunos, como sua produção intelectual e

também como ponto de partida para o desenvolvimento do saber;

- Contribuir com a formação de cidadãos ativos e críticos, capazes de posicionar-se

frente às situações de seu tempo;

- Desenvolver a responsabilidade, a sociedade, a solidariedade, a autonomia e o

respeito ao bem comum;

- Possibilitar situações de aprendizagem nas quais os conteúdos sejam abordados

numa perspectiva de totalidade;

- Incentivar uma postura crítica e participativa face às novas tecnologias.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente

construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,

culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).

A Ciência é um conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos,

etc., visando ao conhecimento de uma parcela da realidade, em contínua ampliação

e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma metodologia especial

(metodologia científica). (FREIRE-MAIA, 2000, p. 24)

Por isso, conceituar ciência exige cuidado epistemológico, pois para conhecer

a real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história da construção do

conhecimento científico (KNELLER, 1980).

Segundo Alan F. Chalmers (1993), filósofo da ciência contemporânea, diz que

não existe um conceito universal e atemporal de ciência ou do método cientifico que

nos permita resolver todas as polemicas. Os desenvolvimentos modernos da

filosofia da ciência tem apontado, com precisão, e enfatizado profundas dificuldades

associadas a idéia de que a ciência repousa sobre um fundamento seguro, adquirido

por meio de observação de experimento, e de que há algum tipo de procedimento de

inferência de que nos possibilita derivar teorias cientificas, de modo confiável, de tal

base.

Page 132: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

132A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento

de que o estudante aprende conteúdos científicos escolares quando lhes atribui sig-

nificados. Isso põe o processo de construção de significados como elemento central

do processo de ensino-aprendizagem.

No ensino de Ciências, portanto, deve-se trabalhar com os conteúdos científico

escolares e suas relações conceituais, interdisciplinares e contextuais, consideran-

do-se a zona de desenvolvimento proximal do estudante (VYGOTSKY, 1991b), des-

crita anteriormente em um processo de interação social em que o professor de Ciên-

cias “é o participante que já internalizou significados socialmente compartilhados

para os materiais educativos do currículo e procura fazer com que o aprendiz tam-

bém venha a compartilhá-los” (MOREIRA, 1999, p. 109).

• ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da

historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo,

além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do

seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999).

Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para

a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

Os conteúdos estruturantes deverão ser trabalhados numa abordagem crítica

e histórica, juntamente com a presença dos conhecimentos físicos, químicos e

biológicos. Para que isso se efetive, alguns conceitos científicos, químicos e

biológicos. Para que isso se efetive, alguns conceitos científicos são fundamentais e

precisam ser constantemente retomados, de modo que os alunos compreendam que

Page 133: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

133o objetivo da disciplina permeie sua prática social. O estudo desses conceitos

fundamentais permitem planejar ações pedagógicas que relacionam os conteúdos

estruturantes, específicos com a ciência, a tecnologia e a sociedade.

Serão contemplados também conteúdos a observação das Leis em vigência

sobre a História e Cultura Afro-brasileira e Africana (lei 10.639/03) e a História e

Cultura Afro-Brasileira e Indígena (lei 11.645/08) onde devemos trabalhar as

diversidades culturais explorando as diferenças étnico-raciais, intercalados através

da interdisciplinaridade, assim como os estudos da História do Paraná (lei

13.381/01) destacando a fauna e a flora nativa visando a preservação, a evolução

na área tecnológica e seu impacto ambiental; o Sistema Nacional de Políticas sobre

Drogas (lei 11.343/06) e a Educação Sexual e prevenção à AIDS e DST (lei

11733/97 e 11734/97). Considerando a Agenda 21 Brasileira que tem por objetivo

instituir um modelo de desenvolvimento sustentável a partir da realidade de cada

região, os professores da área de ciências têm a necessidade de conscientizar os

alunos da importância da preservação do meio ambiente, para que possamos ter

uma qualidade de vida que seja realmente praticável.

ENSINO DE CIÊNCIAS - 5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEUDO ESTRUTURANTE - ASTRONOMIA

CONTEUDOS BÁSICOS – UNIVERSO

- SISTEMA SOLAR

- MOVIMENTOS TERRESTRES

- MOVIMENTOS CELESTES

- ASTROS

CONTEUDO ESTRUTURANTE - MATÉRIA

CONTEUDOS BÁSICOS - CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

CONTEUDO ESTRUTURANTE - SISTEMAS BIOLÓGICOS

CONTEUDOS BÁSICOS – NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO

CONTEUDO ESTRUTURANTE - ENERGIA

Page 134: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

134CONTEUDOS BÁSICOS - FORMAS DE ENERGIA

- CONVERSÃO DE ENERGIA

- TRANSMISSÃO DE ENERGIA

CONTEUDO ESTRUTURANTE - BIODIVERSIDADE

CONTEUDOS BÁSICOS – ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

- ECOSSISTEMAS

- EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

ENSINO DE CIÊNCIAS - 6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEUDO ESTRUTURANTE - ASTRONOMIA

CONTEUDOS BÁSICOS – ASTROS

- MOVIMENTOS TERRESTRES

- MOVIMENTOS CELESTES

CONTEUDO ESTRUTURANTE - MATÉRIA

CONTEUDOS BÁSICOS - CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

CONTEUDO ESTRUTURANTE - SISTEMAS BIOLÓGICOS

CONTEUDOS BÁSICOS – CÉLULA

- MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS

CONTEUDO ESTRUTURANTE - ENERGIA

CONTEUDOS BÁSICOS - FORMAS DE ENERGIA

- TRANSMISSÃO DE ENERGIA

CONTEUDO ESTRUTURANTE - BIODIVERSIDADE

CONTEUDOS BÁSICOS – ORIGEM DA VIDA

- ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

- SISTEMÁTICA

Page 135: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

135ENSINO DE CIÊNCIAS - 7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEUDO ESTRUTURANTE - ASTRONOMIA

CONTEUDOS BÁSICOS – ORIGEM E EVOLUÇÃO DO UNIVERSO

CONTEUDO ESTRUTURANTE - MATÉRIA

CONTEUDOS BÁSICOS - CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA

CONTEUDO ESTRUTURANTE - SISTEMAS BIOLÓGICOS

CONTEUDOS BÁSICOS – CÉLULA

- MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS

CONTEUDO ESTRUTURANTE - ENERGIA

CONTEUDOS BÁSICOS - FORMAS DE ENERGIA

CONTEUDO ESTRUTURANTE - BIODIVERSIDADE

CONTEUDOS BÁSICOS – EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

ENSINO DE CIÊNCIAS - 8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEUDO ESTRUTURANTE - ASTRONOMIA

CONTEUDOS BÁSICOS – ASTROS

- GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

CONTEUDO ESTRUTURANTE - MATÉRIA

CONTEUDOS BÁSICOS – PROPRIEDADES DA MATÉRIA

CONTEUDO ESTRUTURANTE - SISTEMAS BIOLÓGICOS

CONTEUDOS BÁSICOS – MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS

– MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA

Page 136: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

136CONTEUDO ESTRUTURANTE - ENERGIA

CONTEUDOS BÁSICOS - FORMAS DE ENERGIA

- CONSERVAÇÃO DE ENERGIA

CONTEUDO ESTRUTURANTE - BIODIVERSIDADE

CONTEUDOS BÁSICOS – INTERAÇÕES ECOLÓGICAS

METODOLOGIA

É importante que os alunos, por meio das atividades práticas, compreendam

e reflitam as noções e conceitos pertinentes ao fenômeno em estudo, bem como

sobre o processo de extração e industrialização da matéria-prima, os impactos

ambientais decorrentes dos processos de extração/industrialização, os materiais

utilizados, os procedimentos destas atividades e os mecanismos de disposição dos

resíduos.

Cada um dos materiais alternativos, reagentes químicos, equipamentos,

precisa ser reconhecido pelos estudantes, considerando desde a sua origem,

composição química, funcionalidade, até a sua relevância, não só no momento da

atividade prática, para estudo de fenômeno em questão, mas também na vida

cotidiana, sem deixar de considerar, sempre, os princípios da disciplina de Ciências

e os aspectos econômicos, políticos, sociais, ambientais, éticos, entre outros.

Nesse sentido, o importante é o desenvolvimento da educação para a

Ciência. A experimentação formal em laboratórios didáticos, por si só, não resulta na

apropriação dos conteúdos/conceitos pelos alunos. Sendo assim, ressalta-se que as

atividades práticas acontecem em diversos ambientes, na escola ou fora dela, ou

seja, o laboratório não é o único cenário para o desenvolvimento dessas ações. As

atividades experimentais podem ser realizadas na sala de aula, por demonstração,

em visitas, saídas de campo e por outras modalidades, com o objetivo de permitir a

apropriação de noções e conceitos e de suscitar a reflexão sobre o objeto estudado,

o fenômeno envolvido e ainda, sobre a conjuntura em que este se insere.

Page 137: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

137Qualquer que seja a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a

necessidade de períodos, vinculando teoria e prática, visando a construção das

noções e conceitos por meio de:

- confronto de ideias ou conceitos construídos através das relações estabelecidas

entre os homens e a sociedade, Homem e Natureza.

- atividades diversificadas envolvendo conteúdos trabalhados ( trabalhos em grupo,

quadro-mural, maquetes, experimentação, desenhos)

- leitura de textos para diagnosticar a capacidade do aluno em extrair as idéias

centrais do texto lido, através da elaboração de recursos e esquemas.

Utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir

e construir conhecimento enfocando as transformações dos recursos materiais e

energéticos em produtos necessários a vida humana, como aparelhos, máquinas,

instrumentos e processos que realizam transformações e as implicações sociais da

inserção tecnológica na vida do planeta. Assim dependendo do assunto, a aula

poderá ser complementada, com a utilização de projeções de transparências em

data show , consulta a CD-ROMs com utilização do computador (Internet, notebook,

bibliotecas virtuais, etc), DVDs, aparelho de som com a utilização de CDs, TV

pendrive, máquina digital para auxiliar o processo ensino aprendizagem, pois esses

recursos facilitam a visualização e a compreensão de alguns conteúdos. Altera a Lei

nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro

de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no

currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura

Afro-Brasileira e Indígena".

"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio,

públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira

e indígena.

§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos

aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população

brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da

África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura

negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,

resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes

à história do Brasil.

Page 138: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

138Os conteúdos contemplados pelas duas leis supracitadas serão tratados de

forma que se evitem distorções, envolvendo articulações entre passado, presente e

futuro no âmbito de experiências, construções e pensamentos produzidos em

diferentes circunstâncias e realidades dos grupos indígenas e negros. Sendo um

meio privilegiado para a educação das relações étnico-raciais e tendo por objetivo o

reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura indígena e afro-

brasileira.

O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, evitando-se

distorções, envolverá articulações entre passado, presente e futuro no âmbito de

experiências, construções e pensamentos produzidos em diferentes circunstâncias e

realidades do povo negro. É um meio privilegiado para a educação das relações

étnico-raciais e tem por objetivos o reconhecimento e valorização da identidade,

história e cultura dos afro-brasileiros, garantia de seus direitos de cidadãos,

reconhecimento e igual valorização das raízes africanas da nação brasileira.

As atividades serão encaminhadas de 5ª a 8ª série, da seguinte forma:

• Trabalhar a auto-estima do educando promovendo o convívio pacífico dos

diversos grupos étnico-raciais;

• Propiciar reflexões que favoreçam a formação integral do cidadão reflexivo, ativo

e responsável tendo em vista a construção de um mundo mais humanizados.

De acordo com o Art. 1º da Lei 13.381, que torna obrigatório um novo tratamento

dos conteúdos da Disciplina de História do Paraná, objetivando a formação de

cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso Estado, a

abordagem dos conteúdos promoverá a incorporação dos elementos formadores de

cidadania paranaense. Através da leitura de textos selecionados, acontecerão

discussões e/ou seminários visando a interpretação e releitura da nossa realidade

atual, com base no passado.

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação

Ambiental, processo por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem

valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para

a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade.

A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se

evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na

constituição e manutenção da vida. Em termos de educação, essa perspectiva

Page 139: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

139contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da

dignidade do ser humano, da participação, da co-responsabilidade, da solidariedade

e da equidade.

Desta forma a principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é

contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem

na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-

estar de cada um e da sociedade, local e global.

Para isso é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola

se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a

aprendizagem de habilidades e procedimentos ambientalmente corretos.

As atividades serão encaminhadas de 5ª a 8ª série, da seguinte forma:

• Estudo de textos para conhecer e compreender de modo integrado e sistêmico,

as noções básicas relacionadas ao meio ambiente;

• Produção de cartazes, lembretes sobre posturas que devem ser adotadas em

casa, na escola, na comunidade, que levem a interações construtivas, justas e

ambientalmente sustentáveis;

• Observação e análise de fatos e situações do ponto de vista ambiental, de modo

crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar de modo

reativo e propositivo para garantir um meio ambiente saudável e boa qualidade

de vida;

• Debates e relatórios sobre as observações realizadas;

• Produção de folder sobre o tema;

• Pesquisas em fontes variadas de informação (bibliográfica, cartográfica, memória

oral, etc.)

• Análise crítica das informações veiculadas pelos diferentes canais de

comunicação (TV, rádio, revistas, vídeos, filmes, comerciais, internet);

• Entrevistas para identificação das competências, no poder local, para solucionar

os problemas ambientais;

• Pesquisa sobre atividades realizadas por ONG's ou de outros tipos de

organizações da sociedade que atuam ativamente no debate e encaminhamento

das questões ambientais;

• Dramatização;

• Produção de textos narrativos, poéticos, informativos;

Page 140: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

140

• Análise de letras de músicas sobre o tema, produção de paródias.

• Visitas a Parques Ecológicos/Ambientais com intuito de conscientizar sobre

educação ambiental.

• Projetos que visem o desenvolvimento sustentável através da reciclagem de

materiais, problemas ambientais levantados junto a comunidade escolar.

De acordo com o Art. 1º, esta lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas

sobre Drogas – SISNAD prescreve medidas para prevenção do uso indevido,

atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece

normas para repressão não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes.

As atividades serão encaminhadas de 5ª a 8ª série, da seguinte forma:

a) Análise e interpretação dos princípios e dos objetivos do Sistema

Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas;

b) Debates e registros escritos sobre os temas:

• Respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana;

• Promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro,

reconhecendo-os como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e

outros comportamentos correlacionados;

• Atividades interdisciplinares (Ciências e Arte) sobre o tema drogas /

consequências;

• Seminários sobre: droga, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário

de drogas, narcotráfico, violência, influência na mídia.

“Autoriza o Poder Executivo a implantar campanhas sobre Educação Sexual,

a serem veiculadas nos estabelecimentos de ensino Estadual de primeiro a segundo

graus do Estado do Paraná.”

Lei nº 11.734, de 28 de maio de 1997.

Torna obrigatória a veiculação de programas de informação e prevenção da

AIDS para os alunos de primeiro e segundo graus, no Estado do Paraná.”

No Estado do Paraná, estas duas leis dão amparo e abertura à prática de

uma Educação Sexual na Escola, e a SEED em sua perspectiva concebe a

sexualidade como uma abordagem necessária e essencial para a formação

educacional.

Page 141: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

141As atividades serão encaminhadas de 5ª a 8ª série, da seguinte forma:

• Sistematização e análise acerca da implantação do que procede a legislação

sobre o tratamento pedagógico da sexualidade na escola.

• Análise e debates sobre influência da mídia na sexualidade (erotização da

infância e juventude).

• Leitura contrastiva sobre os seguintes temas: sexualidade/preconceito e

discriminação; exploração sexual e prostituição de crianças.

• Encaminhamento de atividades (produção de texto, entrevistas, resumos,

enquetes) sobre a prevenção às DSTs /AIDS, gravidez na adolescência; métodos

e aborto interfaces entre gênero, sexualidade e relações étnico - raciais.

• Produzir um folheto, na linguagem de historia em quadrinhos, para a divulgação

de conhecimentos sobre a reprodução humana e a prevenção de DST.

• Visita ao Centro de atendimento a Mulher da cidade para conversa orientada

com agente da saúde.

AVALIAÇÃO

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n9. 394, de

20 de dezembro de 1996), um dos critérios que deve ser utilizado para a verificação

do rendimento escolar consiste na: avaliação continua e cumulativa do desempenho

do aluno, como prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos

resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.

Com isso, fica evidente que avaliar não se restringe somente a verificar se os

alunos são capazes de citar conceitos diante de questão que exijam definições e

significados. A avaliação assume dimensões mais amplas.

Para Hoffmann

O sério risco no processo avaliativo em ciências é o de resultar em uma avalanche de cobranças de nomenclaturas e informações adquiridas pelo aluno, a partir de testes objetivos, ou tarefas teóricas, sem a análise do seu desenvolvimento em termos do raciocínio lógico, experimentação cientifica, curiosidade acerca dos fenômenos naturais. Ou seja, de centrar a avaliação nas noções aprendidas, sem valorizar o processo de construção de tais conhecimentos. Mas, para dificultar a questão, risco igualmente serio é o de,

Page 142: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

142contrariamente, supervalorizar as atividades realizadas( de experimentação em laboratórios ou em outros espaços) em detrimento da preocupação com os conceitos e efetivamente construídos pelos alunos (Hoffmann, 2006 p. 53).

Dessa forma, o professor de ciências deve avaliar os saberes, as destrezas,

as atitudes e o interesse dos alunos. A avaliação deve ser um processo contínuo, e

o professor têm de observar o progresso de cada aluno. Ele deve considerar ainda

o processo da avaliação e os fatores que condicionaram os resultados alcançados.

Por outro lado, para avaliação possa transformar - se em um instrumento

efetivo de aprendizagem, é preciso que nós professores, a estendamos a todo os

aspectos – conceituais, de procedimentos e atitudes da aprendizagem das ciências

rompendo com sua habitual redução aquilo que permite uma medida mais fácil e

rápida: a rememoração repetitiva dos conhecimentos teóricos e sua aplicação

igualmente repetitiva a exercício com lápis e papel. Alonso (1992). Trata- se de

ajustar a avaliação, isto é, o acompanhamento e feedback, as finalidades e

prioridades estabelecidas para a aprendizagem das ciências. Lembremos que

somente aquilo que é avaliado é percebido pelos alunos como realmente importante.

A avaliação será contínua, diagnóstica, reflexiva e inclusiva, reflexiva e se

dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem possibilitando ao professor,

por meio de uma interação diária com os alunos, contribuições importantes para

verificar em que medida os alunos se apropriam dos conteúdos específicos tratados

nesse processo. É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática

e a partir de critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor que considere

aspectos como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados

conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses conhecimentos e

os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no seu

processo cognitivo, ao longo do processo ensino-aprendizagem e, no seu cotidiano.

Como critério avaliativo será verificado se aluno apropriou-se do

conhecimento científico, quanto o aluno, e/ou a turma, consegue relacionar os

aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e históricos relacionados aos

assuntos trabalhados e sua relação ciência, tecnologia e sociedade. É importante

também avaliar em que medida o aluno e/ou a turma compreende o quanto os

conhecimentos físicos, químicos e biológicos abordados nos conteúdos se aplicam à

sua prática social, o quanto eles se relacionam com outros conteúdos e até mesmo

com conhecimentos de outras disciplinas.

Page 143: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

143Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe é

preciso que conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados,

visando contemplar os alunos inclusivos.

Proporcionando aos alunos expressar seus avanços na aprendizagem, a

medida que interpretam, produzem, discutem, relacionam, refletem, analisam,

justificam, se posicionam e argumentam defendendo o próprio ponto de vista, por

meio de:

- Provas objetivas ou questionários com perguntas e respostas diretas

-Leitura e interpretação de texto;

-Interpretação de figuras e legendas;

-Resolução de exercícios e problemas;

-Pesquisas em livros, revistas, internet, e jornais;

-Preparação de textos a partir da observação de ilustrações, após

observações, discussões em grupos, entrevistas e pesquisas;

-Elaboração de lista tabelas e gráficos;

-Elaboração de relatório de visitas, entrevistas e excursões;

-Elaboração de relatório de experimentos e investigações realizados;

-Produção de cartazes, panfletos, anúncios, jornais e murais;

-Construção de glossário;

Serão, também, utilizados instrumentos avaliativos seminários, debates,

trabalhos em grupo, discussões, passeios entre outros.

Será ainda proporcionada recuperação paralela aos alunos que não

assimilaram os conteúdos programáticos do bimestre, visando assim a superação

das dificuldades dos mesmos. Após a realização da recuperação prevalecerá a nota

de peso maior.

Ao propor atividades variadas, levamos em consideração que nem todos os

alunos têm os mesmos interesses ou aprendem da mesma maneira. Isso também

deve ser lavado em conta na hora da avaliação.

Consideramos também que algumas atividades exploram mais os conteúdos

de natureza conceitual; outras os de natureza procedimental e outras os de natureza

atitudinal.

Por considerar que a avaliação deve ser um processo contínuo e se valer de

uma diversidade de instrumento e situações, sugeridos que o professor considere

as atividades propostas na situação de avaliação .

Page 144: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

144REFERÊNCIAS

ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. 3. ed. São Paulo, Ars Poética, 1994.

BRASIL, Ministério da Educação. LEI No 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Brasília: MEC, 1996.

BRASIL, Ministério da Educação. LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999. Brasília: MEC, 2008.

BRASIL, Ministério da Educação. LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Brasília: MEC, 2003.

BRASIL, Ministério da Educação. LEI No 11.645, DE 10 DE MARÇO DE 2008. Brasília: MEC, 2008.

BRASIL, Supremo Tribunal Federal. LEI No 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006. Brasília: STF, 2006.

CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de Ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001.

CHALMERS, A. F. O que é ciência afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993.

FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes. 2000.

HOFFMANN, J. M. L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Educação e Realidade, Porto Alegre, 1991.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo de Ciências. São Paulo: EPU/Edusp, 1987.

LEI DE DIRETRIZ E BASES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO, 1998.

LOPES, M. M. O Brasil descobre a pesquisa científica: os museus e as Ciências naturais no século XIX. São Paulo: Hucitec, 1997.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: UnB, 1999.

Page 145: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

145PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. LEI No 13.381, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2001. Curitiba: SEED, 2001.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ciências. Curitiba: SEED, 2008.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Mart ins

Fontes, 1991b.

Page 146: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1468.6 PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA

“A verdade histórica existe na medida em

que a história não é uma fantasia: é feita

a partir de fatos e processos sociais. Ao

mesmo tempo, é objeto da interpretação

do historiador. A história não apresenta

uma verdade absoluta”. (Boris Fausto)

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Atualmente uma das funções da escola é formar cidadãos e o ensino de

História também deve estar comprometido com a cidadania dos alunos, para tanto a

escolha dos conteúdos precisam ser significativos e que possam responder as

problemáticas contemporâneas.

Assim sendo a finalidade da História é a busca da superação das carências

humanas, fundamentada por meio de um conhecimento constituído por

interpretações históricas. Essas interpretações são compostas por teorias que

diagnosticam as necessidades dos sujeitos históricos e propõem ações no presente

e projetos de futuro. Já a finalidade do ensino de História é a formação de um

pensamento histórico a partir da produção do conhecimento. Esse conhecimento é

provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos.

E esse conhecimento será construído seguindo as correntes historiográficas

da Nova História, da Nova História Cultural e da Nova Esquerda Inglesa que

propuseram, de uma forma mais radical, a construção de uma nova racionalidade

não-linear do pensamento histórico sem eliminar as necessárias contribuições da

antiga racionalidade.

Assim, espera-se que o aluno entenda que não existe uma verdade

histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir de evidências que

organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas,

promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização social, política

e cultural em cada momento histórico.

Page 147: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

147Então o ensino de História pode exercer um papel importante na formação

da identidade, ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas suas

relações pessoais com o grupo de convívio, sua participação no coletivo e suas

atitudes de compromisso com classe, grupos sociais, culturas, valores e com

gerações do passado e do futuro.

1.1 Dimensão Histórica Da Disciplina De História

O ensino de História deu seu primeiro passo na Grécia, quando fatos

históricos e grandes guerras começaram a ser passadas oralmente. A esse

conhecimento empírico acrescentava-se o conhecimento filosófico para tentar

explicar os fatos humanos. Um dos primeiros autores a usar a palavra História foi

Heródoto, mas sua História era uma narrativa estando ligada às fábulas e lendas.

Durante os séculos V e XV, a Historiografia teve grande influência da

Igreja, procurando dar uma formação moral e cristã. Porém, foi durante o

Renascimento que a História começou a ter um conceito científico através de

interpretações de textos clássicos.

Contudo, é no século XVIII que a História passa a utilizar uma concepção

científica quando Bacon relaciona os conhecimentos humanos com as faculdades

das memórias (história), todavia estava desvinculada das universidades. No século

seguinte é que se transforma em disciplina acadêmica, dando início para a aceitação

da mesma como ciência, passando a ser escrita por historiadores profissionais

inspirados pela Revolução Industrial que forneceu a possibilidade de observar a

mudança social e econômica.

A partir do século XIX surgem diversas escolas (positivismo, marxismo,

escola nova) que influenciaram muito o modo de pensar e ensinar a História,

dividindo-a em geral, econômica, social, cultural...

Sendo possível observar que:

... a produção historiográfica foi se renovando e se revisando, na tentativa de se encontrar novas abordagens, novos rumos e novos problemas, portanto novos espaços de investigações. [...] O historiador, até então sujeito separado e independente do objeto de estudo, descobriu que também constrói o seu objeto de investigação, superando a idéia tradicional e ingênua de que os “fatos falam por si sós”. (PINSKY, 2000, p. 26)

Page 148: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

148O percurso do ensino de História no Brasil foi marcado por vários fatores,

os quais tiveram importância para definí-la como disciplina escolar.

Foi a partir da fundação, em 1837, do Colégio Pedro II, que a disciplina de

História passou a ser obrigatória, fundamentada em princípios europeus,

principalmente francês.

Contemporaneamente, ao Colégio Pedro II foi criado o Instituto Histórico e

Geográfico Brasileiro (IHGB), que tinha por objetivo escrever uma História Nacional

que proporcionasse uma identidade brasileira e também que o ensino de História

mostrasse as diversas sociedades mundiais e o motivo de sua evolução ao longo do

tempo. Ambas instituições interferiram nas instituições de ensino, uma vez que eram

responsáveis pela elaboração dos programas educacionais.

Von Martius foi o primeiro a fazer a pergunta de como se deve escrever a

História brasileira, sendo que ele mesmo deu a resposta: “Para se escrever a

História do Brasil, dever-se-ia, em primeiro lugar, atentar para a formação étnica do

Brasil e a contribuição do branco, do negro e do índio para a formação da população

brasileira”. (BITTENCOURT, 2001, p. 30)

Cabia ao Estado o papel principal de condutor da História Brasileira,

havendo várias reformulações no final do século XIX, que proporcionava à História o

papel de civilizar o cidadão a fim de torná-lo patriota.

No início da República ocorreram muitas propostas que visavam às

reformas educacionais, pela qual tentavam introduzir nas escolas o estudo da

História do Brasil, contudo não obtiveram o resultado desejado.

Já durante a década de 30, o ensino de História passa a ser igual em todo

o país, onde se estudava História Geral e a História do Brasil e da América eram um

adendo da História da Civilização Ocidental. No Estado Novo a História tinha como

tarefa enfatizar o ensino patriótico, capaz de criar nas gerações novas a consciência

da responsabilidade diante dos valores maiores da pátria, a sua independência, a

sua ordem e o seu destino, salientando a comemoração de heróis nas festividades

cívicas do currículo escolar.

Em 1937, a Carta Constitucional deu ênfase ao:

...ensino técnico-profissional, o qual visava, especificamente, à preparação de mão-de-obra para o mercado industrial capitalista, já implantado e em franca expansão. Essas medidas contribuíram para manter o já tradicional elitismo e a dualidade do ensino, porque as clientelas de um curso (ensino secundário) e de outro (ensino profissional), eram completamente distintas. (BALDIN, 1989, p. 43)

Page 149: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

149Assim, mantinha-se a ordem vigente e evitava-se que os futuros

trabalhadores fossem críticos ou se rebelassem.

No período de 1950-60 o país passa pelo fim da ditadura de Vargas e a

História passa a ser uma disciplina importante na formação do cidadão pacifista.

Nesta época destaca-se a presença norte-americana na economia brasileira, o que

refletiu sobre a própria História e com isso surgem às escolas experimentais e

vocacionais que passaram a adotar programas de Estudos Sociais.

As licenciaturas curtas multiplicaram-se após 1964 o que proporcionou

uma grande desqualificação do professor e a licenciatura curta de Estudos Sociais

colaborou para o afastamento entre as universidades e as escolas de 1º e 2º graus.

Com a criação da Lei nº 5692/71 ocorreu à junção da História e da Geografia em

Estudos Sociais, ocasionando uma mobilização de historiadores (ANPUH) e

geógrafos (AGB) pelo retorno de suas disciplinas individualizadas e a extinção dos

cursos de licenciatura de Estudos Sociais.

Com o fim da Ditadura Militar a História voltou-se para questões

econômicas e culturais da sociedade apontando a importância do ensino na

formação do cidadão. No entanto, o ensino de História deixou de ser considerado

como algo pronto e acabado, passando a ser visto como um processo contínuo,

valorizando a pesquisa para revelar as diferentes versões a respeito de fatos e

momentos históricos.

Em suma, o Ensino de História atualmente não é unicamente uma

simples citação de fatos, nome e datas e sim uma reestruturação do caminho

seguido por diversas culturas em diferentes tempos e lugares, conduzindo a uma

melhor compreensão da história contemporânea e do mundo em que se vive. Na

Escola Estadual Inácio Schelbauer será trabalho a disciplina de Historia através dos

processos históricos, onde através da construção da identidade se buscará

referenciais que possibilitem conhecer os saberes históricos.

Fundamentos Teórico-Metodológicos

De uma forma geral costuma dividir-se a evolução do "Processus"

histórico em três fases distintas: a fase Pré-científica que engloba as historiografias

Grega, Romana, Cristã-medieval e Renascentista, a fase de transição em que se

destacam a historiografia Racionalista ou Iluminista e a historiografia Liberal e

Page 150: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

150Romântica e, finalmente, a fase científica em que temos o Positivismo, o

Historicismo, o Materialismo Histórico, no século XIX e a escola dos "ANNALES" e a

História Nova, em pleno século XX (SILVA,2007).

Considera-se que o "Processus" histórico se inicia com os Gregos e de

fato é com Heródoto de Halicarnasso que em pleno século V a.C., se faz pela

primeira vez uma tentativa de investigação do passado, eliminando tanto quanto

possível, o aspecto mitológico. A história começa a abandonar o estudo das "coisas

divinas" e começa a preocupar-se com as "coisas humanas". Heródoto procurou,

além disso, estabelecer uma causalidade entre os fatos históricos e os motivos que

os determinam. Além de Heródoto, a historiografia grega contou com outros

personagens importantes de que se destacam Tucídides e Políbio. Se Tucídides é

importante pelo rigor que coloca na seleção dos testemunhos e pela imparcialidade

que pretende introduzir na narrativa, com Políbio faz-se a transição da tradição

historiográfica para os Romanos, destacando-se especialmente de entre estes, Tito

Lívio e Tácito. Se com Tito Lívio e a sua história de Roma ainda se vislumbra a

introdução de algum método na investigação dos fatos, com Tácito e a sua

perspectiva pedagógica, encontra-se um relato eivado de parcialidade e

preconceitos. Numa análise geral, pode-se afirmar que a historiografia Greco-

Romana se caracteriza por um sentido pragmático, didático e principalmente com os

Romanos, pelo surgimento de um espírito de exaltação nacional. A História que com

Heródoto e Tucídides apresentava um cariz regionalista passa com os seus

seguidores a assumir uma perspectiva universal.

Com o advento da Idade Média a historiografia sofre um retrocesso e

passa a apresentar relações teológicas que lhe imprimem um caráter

providencialista, apocalíptico e pessimista. Deus passa a estar no centro das

preocupações humanas, é o Teocentrismo. A preocupação do historiador passa a

ser a justificação da vinda do filho de Deus ao Mundo, e depois desse evento,

analisar as suas repercussões.

A chegada do Renascimento introduz grandes alterações na

historiografia, tornando-se de novo o Homem o objeto de estudo. Assiste-se a um

ressurgimento da herança cultural da Antiguidade Clássica, acompanhado de um

desenvolvimento muito sensível das ciências auxiliares da História, como, por

exemplo, a Epigrafia, a Arqueologia, a Numismática. É o tempo do

Antropocentrismo.

Page 151: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

151O período que antecede e acompanha a Revolução Francesa vai ser

caracterizado por grandes filósofos, tais como Voltaire, Montesquieu e Jean Jacques

Rosseau, que irão lançar as bases filosóficas de um novo Mundo, isto irá refletir-se

no estudo da História e dá-se uma nova orientação do sentido de estudo, atribuindo-

se mais importância ao estudo das sociedades do que propriamente das grandes

personalidades.

A historiografia Liberal e Romântica que surgiria na seqüência do

movimento liberal que invadiu a Europa em pleno século XIX, será regionalista, com

grande simpatia pela Idade Média e que introduz subjetividade na narrativa.

Com Auguste Comte são lançadas as bases do Positivismo que é a

aplicação da filosofia às ciências da Natureza. Institui-se um método que ainda hoje

é utilizado, o papel do historiador passa a traduzir-se na pesquisa dos fatos e na sua

subseqüente organização, fazendo a sua exposição através de uma narrativa tão

impessoal quanto possível.

Ranke deu grande importância ao aspecto econômico na evolução das

sociedades. No entanto, Marx e Engles com o Materialismo Histórico defenderam

que a História constitui, no seu essencial, uma descrição da luta de classes que

sempre tem oposto. A contribuição do marxismo foi fundamental para a nova

orientação que é conferida ao processo histórico, que irá culminar com a escola dos

"Annales" e a História Nova.

A história da Escola dos Annales é mais conhecida por incorporar

métodos das ciências sociais à história. O Annales foi fundado e editado por Marc

Bloch e Lucien Febvre em 1929, enquanto ensinavam na Universidade de

Strasbourg. Rapidamente foram associados com a distintiva abordagem dos

Annales, que combinava geografia, história e abordagens sociológicas da Anee

Sociologique para produzir uma abordagem que rejeitava a ênfase predominante em

política, diplomacia e guerra de muitos historiadores do século XIX. Ao invés, foram

pioneiros na abordagem de um estudo de estruturas histórias de longa duração nos

eventos. Geografia, cultura material e o que posteriormente os Annalistas chamaram

mentalidades ou a psicologia da época são também áreas características de estudo.

Enquanto autores como Emmanuel Le Roy Ladurie e Jacques Le Goff

continuam a carregar a bandeira dos Annales, hoje em dia a abordagem dos

Annales se tornou menos distintiva enquanto mais e mais historiadores trabalham a

historia cultural e a história econômica.

Page 152: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

152OBJETIVOS GERAIS

As aulas de História visam atender tanto à necessidade de desenvolver

competências intelectuais quanto à tarefa de formar cidadãos para a vida solidária e

democrática.

Compreender as características da sociedade atual, identificando as relações

sociais, econômicas, os regimes políticos, as questões ambientais, comparando-as

com as características de outros tempos e lugares;

Construir uma idéia clara dos acontecimentos e de sua sucessão no tempo;

Localizar os acontecimentos no tempo e relacioná-los segundo critérios de

anterioridade, posterioridade e simultaneidade;

Questionar a realidade atual, identificando os principais problemas e

apresentando propostas de solução, considerando seus próprios limites e

possibilidades;

Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar as diferenças entre as

pessoas, os grupos e os povos, considerando-as um elemento importante para a

democracia;

Desenvolver uma atitude de solidariedade e compromisso social, valorizando

a justiça e os direitos fundamentais do ser humano;

Desenvolver a competência leitora, aprendendo a observar, interpretar e

emitir opiniões sobre diferentes tipos de textos, documentos e objetos.

CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande

amplitude que identificam e organizam os campos de estudos da disciplina escolar,

considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

Consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:

• Relações de trabalho: Pelo trabalho expressam-se as relações que os seres

humanos estabelecem entre si e com a natureza, seja no que se refere à produção

Page 153: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

153material como à produção simbólica. As relações de trabalho permitem diversas

formas de organização social. No mundo capitalista, o trabalho assumiu

historicamente um estatuto muito específico do emprego assalariado. Para entender

como se formou este modelo e seus desdobramentos, faz-se necessário analisar

alguns aspectos das Relações de Trabalho.

• Relações de poder: O poder não apresenta forma de coisa ou de objeto, mas se

manifesta como relações sociais e ideológicas estabelecidas entre aquele que

exerce e aquele que se submete; portanto, o que existe são as relações de poder. O

estudo das relações de poder geralmente remete à ideia de poder político.

Entretanto, elas não se limitam somente ao âmbito político, mas também nas

relações de trabalho e cultura. Entender que as relações de poder são exercidas nas

diversas instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas

e as diversas instituições, permitirá ao aluno perceber que tais relações estão em

seu cotidiano. Assim, ele poderá identificar onde estão os espaços decisórios,

porque determinada decisão foi tomada; de que forma foi executada ou

implementada, e como, quando e onde reagir a ela.

• Relações culturais. O estudo das relações culturais deve considerar a

especificidade de cada sociedade e as relações entre elas. Priorizando as histórias

locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e comparações com a história mundial.

(DCE,2008).

No Ensino Fundamental, os Conteúdos Estruturantes – Relações de

Trabalho, Relações de Poder e Relações Culturais –, tomados em conjunto,

articulam os conteúdos básicos e específicos a partir das histórias locais e do Brasil

e suas relações ou analogias com a História Geral, e permitem acesso ao

conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no espaço. Por meio do

processo pedagógico, busca-se construir uma consciência histórica que possibilite

compreender a realidade contemporânea e as implicações do passado em sua

constituição.

Page 154: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

154Conteúdos Básicos

5ª sérieA experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

6ª série

As relações de propriedade.

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da

cidade.

As relações entre o campo e a cidade.

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

7ª série

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

8ª sérieA constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

Sujeitos, Guerras e revoluções.

Conteúdos amparados por lei

Os seguintes conteúdos serão abordados de forma contextualizada, em

todas as séries.

a)História e Cultura Afro Brasileira e Africana: lei nº 10.639, de 09 de janeiro de

2003

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e

particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá

o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura

negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a

contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à

História do Brasil.

Page 155: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

155§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão

ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de

Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.

Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia

Nacional da Consciência Negra

b)História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana: lei nº 11.645, de 10 de

março de 2008

Altera a Lei nº 9.394 , de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº

10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação

nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da

temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena".

"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino

médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-

brasileira e indígena.

§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos

aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população

brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da

África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura

negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,

resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes

à história do Brasil.

Os conteúdos contemplados pelas duas leis supracitadas serão tratados de

forma que se evitem distorções, envolvendo articulações entre passado, presente e

futuro no âmbito de experiências, construções e pensamentos produzidos em

diferentes circunstâncias e realidades dos grupos indígenas e negros. Sendo um

meio privilegiado para a educação das relações étnico-raciais e tendo por objetivo o

Page 156: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

156reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura indígena e afro-

brasileira.

c)História do Paraná: lei nº 13.381, de 18 de dezembro de 2001

Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública

Estadual de Ensino, conteúdos da disciplina História do Paraná.

Art. 1º. Torna obrigatório um novo tratamento, na Rede Pública Estadual

de Ensino, dos conteúdos da disciplina História do Paraná, no Ensino Fundamental

e Médio, objetivando a formação de cidadãos conscientes da identidade, potencial e

valorização do nosso Estado.

§ 1º. A disciplina História do Paraná deverá permanecer, como parte

diversificada, no currículo, em mais de uma série ou distribuídos os seus conteúdos

em outras matérias, baseada em bibliografia especializada.

§ 2º. A aprendizagem dos conteúdos curriculares deverão oferecer

abordagens e atividades, promovendo a incorporação dos elementos formadores da

cidadania paranaense, partindo do estudo das comunidades, municípios e

microrregiões do Estado.

Art. 2º. A Bandeira, o Escudo e o Hino do Paraná deverão ser incluídos

nos conteúdos da disciplina História do Paraná.

d)Educação Ambiental: lei nº 9795, de 27 de abril de 1999

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação

Ambiental, processo por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem

valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para

a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Page 157: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

157A perspectiva ambiental consiste num modo de ver o mundo em que se

evidenciam as inter-relações e a interdependência dos diversos elementos na

constituição e manutenção da vida. Em termos de educação, essa perspectiva

contribui para evidenciar a necessidade de um trabalho vinculado aos princípios da

dignidade do ser humano, da participação, da co-responsabilidade, da solidariedade

e da equidade.

Desta forma a principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é

contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem

na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-

estar de cada um e da sociedade, local e global.

Não serão apenas repassados informações e conceitos, tentar-se-á

trabalhar com atitudes e com formação de valores.

e) Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas: lei nº 11.343, de 23 de agosto

de 2006

De acordo com o Art. 1º, esta lei institui o Sistema Nacional de Políticas

Públicas sobre Drogas – SISNAD, prescreve medidas para prevenção do uso

indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas;

estabelece normas para repressão não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e

define crimes.

§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos

indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em

especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.

f) Educação Sexual e Prevenção à AIDS E DSTs: leis nº 11.733/97 e 11.734/97 –

Lei nº 11.733, de 28 de maio de 1997

“Autoriza o Poder Executivo a implantar campanhas sobre Educação

Sexual, a serem veiculadas no estabelecimentos de ensino Estadual de primeiro a

segundo graus do Estado do Paraná.”

Lei nº 11.734, de 28 de maio de 1997.

Page 158: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

158Torna obrigatória a veiculação de programas de informação e prevenção da

AIDS para os alunos de primeiro e segundo graus, no Estado do Paraná.”

No Estado do Paraná, estas duas leis dão amparo e abertura à prática de

uma Educação Sexual na Escola, e a SEED em sua perspectiva concebe a

sexualidade como uma abordagem necessária e essencial para a formação

educacional.

METODOLOGIA

A transmissão do conhecimento no ensino de História passa hoje por

grandes modificações, deixam-se de lado aquelas aulas somente expositivas, onde

o professor tão somente repassava a História oficial e factual, sem relação com os

fatos presentes.

Entretanto, percebe-se que o ensino de História busca contextualizar o

sujeito e o tempo. Procura-se destacar o todo, a não linearidade, a contradição e

tensão com outros acontecimentos passados e contemporâneos. Opondo-se aos

eventos históricos que eram tradicionalmente apresentados por autores de modo

isolado, deslocados de contextos mais amplos.

O docente deve ter autonomia para escolher a metodologia e fazer a

seleção de conteúdos, deve valorizar o vivido dos pequenos grupos, procurando

saber o que sabem e que lhes interessa, buscando sempre o diálogo através do

espaço imediato, sendo então mediador na ligação da História com as questões do

presente e do futuro.

A metodologia de ensino de cada professor esta vinculada a sua

concepção ideológica, podendo ser marxista; onde suas análise partirão das infra-

estruturas econômicas e das lutas de classes ou então adepto da Escola Nova que

destacará as histórias das mentalidades, na interpretação da realidade e das

práticas sociais.

O professor pode utilizar vários recursos didáticos (TV, internet, livros,

jornais...) que no acesso do conhecimento tem a função de ser mediador na

comunicação entre o professor e o aluno.

Podem-se citar alguns métodos didáticos que são de fundamental

importância na associação do conhecimento de como se ensinar História:

Page 159: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

159

− Questionar os alunos sobre o que sabem, quais suas idéias, opiniões,

dúvidas e/ou hipótese sobre o tema em debate e valorizar seus

conhecimentos;

− Desenvolver atividades com diferentes fontes de informação (livros,

jornais, revistas, filmes, fotografias, objetos etc.) e confrontar dados e

abordagens;

− Trabalhar com documentos variados como sítios arqueológicos,

edificações, plantas urbanas, mapas, instrumentos de trabalho, objetos

cerimoniais e rituais, adornos, meios de comunicação, vestimentas,

textos, imagens e filmes;

− Promover estudos e reflexões sobre a diversidade de modos de vida e

de costumes que convivem na mesma localidade;

− Promover estudos e reflexões sobre a presença na atualidade de

elementos materiais e mentais de outros tempos e incentivar reflexões

sobre as relações entre presente e passado, entre espaços locais,

regionais, nacionais e mundiais;

− Propor estudos das relações e reflexões que destaquem diferenças,

semelhanças, transformações, permanências, continuidade e

descontinuidades históricas;

− Distinguir diferentes padrões de medida de tempo, trabalhar com idéia

de duração e ritmos temporais e construir periodizações para os temas

estudados.

Um fator importante no aprender e no ensino de História é o tempo. O

tempo cronológico sempre foi priorizado, determinando um fluxo uniforme. Contudo,

sabe-se atualmente que o tempo da História é próprio aos processos e eventos

estudados. Então, esse além de determinar a cronologia passa a determinar o ritmo

das mudanças, das resistências e das permanências.

Outro fator respeitável é a memória, uma vez que aponta como o homem

se estabelece com o passado e os quais recursos, meios são significativos deste

passado. Portanto, a memória é um elemento na recuperação histórica e na

formação da identidade individual e coletiva.

O ensino de História pode exercer um papel importante na formação da

identidade, ao incorporar a reflexão sobre a atuação do indivíduo nas suas relações

pessoais com o grupo de convívio, sua participação no coletivo e suas atitudes de

Page 160: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

160compromisso com classe, grupos sociais, culturas, valores e com gerações do

passado e do futuro.

Atualmente uma das funções da escola é formar cidadãos e o ensino de

História também deve estar comprometido com a cidadania dos alunos, para tanto a

escolha dos conteúdos precisam ser significativos e que possam responder as

problemáticas contemporâneas. Uma opção é se trabalhar com temas, todavia

requer muitos cuidados na escolha da metodologia.

Pretende-se que a História não seja apenas a introdução de novos temas,

mas também, a abertura para novas abordagens sobre as temáticas convencionais,

onde sejam consideradas como históricas não apenas as experiências vitoriosas,

mas também as vencidas que muitas vezes, são mais ricas e reveladoras de novos

sentidos.

Métodos da História

Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento

histórico, o trabalho pedagógico será organizar pelos seguintes meios:

a) trabalho com vestígios e fontes históricas: A intenção do trabalho com

documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada,

que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de uma

consciência histórica.

b) ensino fundamentado na historiografia:Fundamentar o conhecimento na

historiografia significa compreendê-lo em suas práticas, suas relações e pela

multiplicidade de leituras e interpretações históricas possíveis.

c) problematização dos conteúdos temáticos: Problematizar o conhecimento

histórico significa em primeiro lugar partir do pressuposto de que ensinar História é

construir um diálogo entre o presente e o passado, e não reproduzir conhecimentos

neutros e acabados sobre fatos que ocorreram em outras sociedades e outras

épocas

Page 161: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

161Práticas Inclusivas

Muito se tem discutido acerca da inserção de alunos com necessidades

educacionais especiais no ensino regular. Há opiniões divergentes sobre este

movimento mundial denominado inclusão que ampliam e aprofundam as reflexões.

Contudo sabe-se que a exclusão das minorias ainda permanece.

A filosofia da inclusão deixa claro que não devemos realizar uma leitura

individual dos problemas e processos; mostrando que o problema não está nos

sujeitos e sim na maneira como o sujeito e a sua deficiência são concebidos no seu

ambiente sociais.

O movimento de inclusão tem como princípios: a celebração das diferenças,

a igualdade para todos, valorização da diversidade humana, aprendizado

cooperativo, solidariedade, a igual importância das minorias em relação à maioria e

cidadania com qualidade de vida.

A educação inclusiva é um sistema de apoio flexível e individualizado para

crianças e jovens com necessidades educativas especiais, devido a uma diferença

ou por outras razões. Deve-se reconhecer e responder às necessidades de cada

aluno respeitando seu ritmo e suas formas de aprendizagem. Para tanto, deve-se

utilizar métodos de ensino individualizado, currículos adaptados, bem como, de

auxiliares de ensino e de outros materiais necessários.

Durante as aulas de Historia procurar-se-á desenvolver o processo ensino-

aprendizagem com os alunos portadores de necessidades especiais, adotando a

mesma proposta curricular do ensino regular, com adaptações que possibilitem:

• O acesso ao currículo, utilizando sistemas de comunicação alternativos,

como a Língua Brasileira de Sinais, a mímica, o desenho, a expressão

corporal;

• A utilização de técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação

compatíveis com as necessidades dos alunos, sem alterar os objetivos

da avaliação e o seu conteúdo;

• A supressão de atividades que não possam ser alcançadas pelos alunos

devido à sua deficiência, substituindo-as por outras mais acessíveis,

significativas e básicas.

Page 162: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

162AVALIAÇÃO

“Avaliar é – cedo ou tarde – criar hierarquias de excelências, em função

das quais se decidirão a progressão no curso seguido, [...], a orientação para

diversos tipos de estudos, a certificação antes da entrada no mercado de trabalho”

(PERRENOUD, 1999, p. 09) e também “... é um processo de coleta e análise de

dados, tendo em vista verificar se os objetivos propostos foram atingidos” (HAIDT,

2000, p. 288)

O ato de avaliar está presente em todos os momentos da vida humana. A todo instante as pessoas são obrigadas a tomar decisões que, na maioria das vezes, são definidas a partir de julgamentos provisórios, pois ela é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra, uma vez que faz parte de seu modo de agir e é necessário que seja usada da melhor forma possível.

Foi por volta do século XVII, juntamente com o surgimento dos colégios,

que passa a existir a avaliação que proporcionava uma educação de massa, onde

subestimava o conhecimento de alguns e valorizava de outros.

Atualmente avaliar “é verificar como o conhecimento está se incorporando

no educando, e como modifica a sua compreensão de mundo e eleva a sua

capacidade de participar da realidade onde está vivendo”. (RODRIGUES, 1998, p.

79) Portanto, não se deve avaliar conhecimento e quantidade de informação, uma

vez que, as informações só são úteis se elas ajudarem os alunos a ser melhores e a

desenvolver qualidades.

A avaliação deve ser praticada como uma atribuição de qualidade aos

resultados da aprendizagem dos educandos, tendo por base seus aspectos

essenciais, e como objetivo final uma tomada de decisão que direcione o

aprendizado e, consequentemente, o desenvolvimento do educando.

Deve-se avaliar a capacidade de observação, de análise, de síntese e de

crítica; se o aluno participa, coopera e questiona; se sabe aplicar aquilo que

aprendeu na teoria; suas atitudes, seu comportamento. Visto que a avaliação é um

meio para alcançar fins e não um fim em si mesmo.

É preciso que o professor conheça seus alunos assim que inicie o ano

letivo, deve-se avaliar para se conhecer o potencial de aprendizagem dos alunos, o

que já sabem, as experiências que possuem, o que querem. Para tanto ela deve

Page 163: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

163começar no primeiro dia de aula, logo que os alunos chegam a escola e deve ser

feita continuamente, antes, durante e depois da aprendizagem.

Na avaliação é preciso desenvolver uma prática analítica que vem a favor

do crescimento e da construção como, também, ao encontro da formação do aluno

para o pleno exercício da cidadania.

“Uma prova com dificuldade superior ao que foi lecionado não tem valor

como medida do aprendizado dos alunos” (WERNECK, 1992, p. 45), logo, a

avaliação deve ser condizente ao que foi ministrado. Caso contrário, acaba sendo

uma das principais causas da evasão escolar e repetência, tendendo por excluir as

classes menos favorecidas da escola, quando na verdade, deveria ser uma forma de

contribuição para a melhora da qualidade de ensino e aprendizagem.

A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos,

permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este

processo. A avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão

do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar

decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de

aprendizagem. (LUCKESI, 2002, p. 81) O aprendizado e a avaliação poderão ser

compreendidos como fenômeno compartilhado, contínuo, processual e diversificado,

o que propicia uma análise crítica das práticas que podem ser retomadas e

reorganizadas.

Instrumentos de avaliação

Para obter informações a respeito do processo de aprendizagem é preciso

utilizar uma diversidade de instrumentos de avaliação, que considerem as diferentes

habilidades dos alunos, para isso serão utilizadas várias técnicas e diversos

instrumentos de avaliação, dentre elas:

1.Observação: é a forma mais correta de avaliar o aluno, pois é mais

flexível, abrangente, informal e justa. Pela observação pode-se verificar o

alcance de quase todos os objetivos;

2.Trabalhos: através dos mesmos poderá ser constata a capacidade de

análise, de síntese, de crítica e de organização das ideias dos alunos;

Page 164: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1643.Questionário: espécie de prova informal, podendo ser usado para verificar

o que o aluno já conhece sobre determinado assunto, seria um pré-teste

para um diagnóstico;

4.Provas objetivas

5.Prova subjetiva: consiste em questões abertas que permitem ao aluno

descrever a resposta, admite-se mais de uma resposta, possibilita a

verificação de criatividade.

6.Auto-avaliação: feita sob a orientação do professor, permite que os alunos

reflitam sobre o seu próprio desempenho e intervenham com auronomia

nas situações de aprendizagem.

Critérios de avaliação

Ao considerar os conteúdos de História efetivamente tratados em aula,

essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, é necessário ter clareza

que avaliar é sempre um ato de valor. Diante disto, lançar-se-á mão de várias

formas avaliativas, tais como:

Avaliação diagnóstica – permite identificar o desenvolvimento da aprendizagem

dos alunos para pensar em atividades didáticas que possibilitem a compreensão dos

conteúdos a serem trabalhados;

Avaliação formativa – ocorre durante o processo pedagógico e tem por finalidade

retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos, identificar a

aprendizagem alcançada desde o início até ao momento avaliado;

Avaliação somativa – permite tomar uma amostragem de objetivos propostos no

início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com o perfil dos alunos

e com os encaminhamentos metodológicos utilizados para a compreensão dos

conteúdos. Esta avaliação é aplicada em período distante, como por exemplo o

bimestre.

Page 165: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

165Sistema de avaliação

A sistemática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento

escolar será contínua e cumulativa com prevalência dos aspectos qualitativos sobre

os quantitativos, utilizando técnicas e instrumentos diversificados. De acordo com o

currículo e objetivos propostos pelo Estabelecimento de Ensino.

Os resultados serão expressos em notas de 0,0 a 10,0 (zero a dez vírgula

zero). A nota do bimestre será resultado da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação.

Recuperação

Dentro do processo de ensino-aprendizagem, recuperar significa voltar,

tentar de novo, adquirir o que perdeu, e não pode ser entendido como um processo

unilateral. Para recobrar algo perdido, é preciso sair à sua procura e o quanto antes

melhor; inventar estratégias de busca, refletir sobre as causas, sobre o momento ou

circunstâncias em que se deu a perda, pedir ajuda, usar uma lanterna para iluminar

melhor. Se a busca se restringir a dar voltas no mesmo lugar, provavelmente não

será bem sucedida.

A recuperação Paralela constitui parte integrante de ensino e aprendizagem

e tem como princípio básico o respeito à diversidade de características e de ritmos

de aprendizagem dos alunos.

Portanto, será paralela de conteúdos, visando à melhoria de notas através

do processo cumulativo e somativo, devendo registrado no livro registro de classe.

A Recuperação Paralela de conteúdos poderá assumir várias formas, como:

I – trabalhos de pesquisas e outras atividades complementares ao longo do

período:

II – realização uma prova substitutiva, com valor de 0,0 a 10,0, devendo a

nota atribuída a esta prova, substituir, caso seja maior, a anterior.

Page 166: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

166RECURSOS

São componentes do ambiente de aprendizagem que estimulam o aluno.

Dessa forma, pode-se ver que tudo o que se encontra no ambiente onde ocorre o

processo ensino-aprendizagem pode se transformar em um ótimo recurso de

didático, desde que utilizado de forma adequada e correta.

E tem como função, quando usado de maneira adequada, os recursos de

ensino colaboram para: motivar e despertar o interesse dos participantes; favorecer

o desenvolvimento da capacidade de observação; aproximar o participante da

realidade; visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem; oferecer

informações e dados; permitir a fixação da aprendizagem; ilustrar noções mais

abstratas; desenvolver a experimentação concreta.

Quadro negro e giz – repasse de textos e atividades

Imagem – cartazes, mapas, fotografias.

Multimídia – vídeos, músicas.

Slide – apresentações na TV pendrive, data show

Computador – pesquisas, atividade em softwares de História.

Livros – didáticos e paradidáticos.

Periódicos – jornais, revistas.

REFERENCIAS

BALDIN, Nelma. A história dentro e fora da escola. Florianópolis: UFSC, 1989.

BITTENCOURT, Circe. O saber histórico em sala de aula. São Paulo: Contexto,

2001.

DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTORIA PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA.

Curitiba: SEED,2008.

GRAMSCI, Antonio. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1981.

HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 7. ed. São Paulo: Ática,

2002.

HOBSBAWM, Eric. Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Page 167: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

167HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1995.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São

Paulo:Cortez, 2002.

NIKITIUK, Sonia L. (org.). Repensando o Ensino de História. 3. ed. São Paulo:

Cortez, 2001.

Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes da Educação Básica –

História. Curitiba: SEED/PR, 2008.

PERRENOUD, Philippe. Avaliação: da excelência à regulação das

aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

PINSKY, Jaime (org.). O ensino de história e a criação do fato. São Paulo:

Contexto, 2000.

RODRIGUES, Neidson. Da manifestação da escola a escola necessária. 8. ed.

São Paulo: Cortez, 1998.

WERNECK, Hamilton. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. 17. ed.

Petrópolis: Vozes, 1999.

Page 168: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1688.7 PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

Geografia é o estudo da superfície da Terra. Sua denominação procede dos

vocábulos gregos geo ("Terra") e graphein ("escrever"). A ciência geográfica passa a

algum tempo por uma fase de reformulação e de revisão de seus conceitos e teorias

em face das metamorfoses de seu objeto de estudo, o espaço geográfico, fruto de

apropriação da natureza pela sociedade humana. As divisões e alguns conceitos

tradicionais tornaram-se insuficientes para explicar certas realidades que se

transformaram, além disso, a necessidade de ser uma disciplina explicativa

superpõe-se cada vez mais a característica descritiva, que predominou no ensino

até alguns anos atrás.

A Geografia se propõe a algo mais que descrever paisagens, pois a simples

descrição não nos fornece elementos suficientes para uma compreensão global

daquilo que se pretende conhecer geograficamente. O campo de preocupações da

Geografia é o espaço da sociedade humana, onde vivem homens e mulheres e, ao

mesmo tempo, produzem modificações neste espaço, que esta em permanente

(re)construção.

Diante destas questões, a Geografia torna-se uma importante ferramenta para

reflexão, compreensão dos fatos naturais e aqueles provocados pelo homem no

espaço em que esta inserida.

A Geografia é uma ciência que nos permite ser um agente de transformação

da sociedade a partir da compreensão da realidade em que vivemos. Sendo de

extrema importância na leitura, no entendimento desse mundo que nos rodeia, e do

qual somos cobrados a participar, buscando soluções para os problemas urbanos,

ambientais, regionais, locais, enfim, globais, afinal estamos sempre desejando e

buscando alternativas de um mundo melhor.

No Brasil as primeiras tendências Geográficas surgiram com a fundação

da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo e do Departamento de

Geografia, quando, a partir da década de 40, a disciplina Geografia passou a ser

ensinada por professores licenciados, com forte influência da escola francesa de

Vidal de La Blanche. ( Geografia Tradicional )

Em 1960, surge uma tendência crítica onde os geógrafos procuraram estudar

a sociedade por meio das relações de trabalho e da apropriação humana da

natureza para produzir e distribuir os bens necessários às condições materiais que a

Page 169: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

169garantem. Essa nova perspectiva considera que não basta explicar o mundo, é

preciso transformá-lo.

“No Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia Crítica, como método e conteúdo de ensino, ocorreram no final da década de 1980 em cursos de formação continuada e discussões sobre a reformulação curricular promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, que publicou em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.” ( DCES, pg 47 )

A aprendizagem é um processo interno pessoal e intransferível enquanto o

ensino, tratando-se de educação formal ou escolar, é a ação direta sobre ela. Disso

resulta que cada educando constrói o seu conhecimento a partir de suas vivências e

experiências cognitivas. Disse Paulo Freire, “aprender é (re) construir pela

descoberta.” geografia do Rio Grande do Sul,Ed. Ática, 2006.

Assim como o espaço está em permanente reconstrução, o conhecimento

deve estar em contínuo aprofundamento e ampliação na medida em que novas

experiências e descobertas ensejam ao educando- sujeito cognocente, sucessivas

reelaborações intelectuais dos elementos que compõem a sociedade,

particularmente sua esfera espacial.

“Se espaço é compreendido como processo histórico, desigual e contraditório, e a realidade contemporânea está determinada por múltiplas relações que acontecem em determinado lugar e momento, faz-se necessário desenvolver no educando noções relativas aos processos sociais e naturais, partindo da família e da escola, meios mais próximos, para destes chegar até outros elementos formadores dentro do contexto histórico social como as relações com a natureza e como espaço geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Observar as estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes, bem como variações climáticas e a alternância entre o período seco e o período chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses conhecimentos permitiram as sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em beneficio próprio”. ( DCES pg 03, 2008 )”.

O mundo atual exige um ensino da disciplina de geografia de uma forma

crítica, que ajude o educando a aprender, que em vez de transmitir informações,

estimule a inteligência (tanto a racional quanto a emocional), a criatividade, à

criticidade, o trabalho em equipe, a capacidade de obter informações por conta

própria e saber refletir sobre elas.

Page 170: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

170Desta forma os conteúdos geográficos não são isolados e estanques vindos

primeiros a terra e depois ser humano. Ao contrário, todos convergem para

demonstrar como a Terra, a natureza, vai sendo modificada e até (re) construída

pela ação humana. E essa ação, ao transformar as condições naturais do território e

ao modernizar a economia engendra ou agrava ao mesmo tempo certas

contradições: a questão ambiental, os problemas sociais urbanos, as disparidades

regionais, a qualidade de venda da população, a situação da mulher, do índio, do

negro ( Lei 10.639/03), Essas contradições fazem parte do espaço geográfico, nele

se reproduzem e devem, portanto, ser estudadas pela Geografia.

O ensino da geografia deixa de ser a apresentação de um rol de fatos a ser

memorizada para se tornar a explicação dinâmica do espaço geográfico. O aluno

não é mais visto como espectador passivo, mas como sujeito participante.

Essa reflexão deverá ser ancorada num suporte teórico-critico que vincule o

objetivo da geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e

abordagens metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e

culturais do atual contexto histórico. Hoje o ensino da geografia possui desafios

urgentes a serem trabalhados:

- Crescimento demográfico: Com um constante crescimento da população

brasileira e mundial;

- Pobreza e desigualdade: A Busca para conter esses elementos conflitantes

da sociedade;

-Superexploração dos recursos Naturais: Diminuir com a Reciclagem e a

Reutilização dos Produtos;

-Mudanças climáticas: Agentes causadores;

-Buraco na camada de ozônio: Localização;

- Espécies ameaçadas: Biodiversidade;

- Acesso a água: Água Doce;

- Erosão do solo: Desequilíbrio Ambiental;

Portanto para assumirmos nosso papel de agente transformador dentro desta

sociedade, para expressarmos com inteligência nossas opiniões, é preciso que

conheçamos as razões e os porquês dos fatos e agirmos com consciência e

determinação. Ser cidadão pleno em nossa época significa antes de tudo estar

integrado criticamente na sociedade, participando ativamente de suas

transformações. Para isso, devemos refletir buscando uma compreensão ampla do

Page 171: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

171mundo, desde o local em que moramos, nosso bairro, nossa cidade, a região, o

estado, nosso país, enfim, o planeta como um todo.

Conteúdos estruturantes/ específicos

Os conteúdos estruturantes são saberes e conhecimentos de grande

amplitude que identificam e organizam os campos de estudos da Geografia,

considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

O trabalho com estes conteúdos será desenvolvido sobre vários enfoques, de

forma cíclica e contextualizada, através de relações interdependentes e dinâmicas,

porque demarcam e articulam o que é próprio do conhecimento geográfico escolar.

É importante que nós professores observemos que os conteúdos

estruturantes do Ensino Fundamental e Médio, embora sejam os mesmos , deverão

ser trabalhados em perspectivas diferentes e com aprofundamento necessário, de

forma que o aluno durante o processo de aprendizagem possa construir os

conceitos geográficos de espaço e tempo, relações de poder, a dinamicidade

cultural e demográfica, a dinâmica da natureza e as consequências da intervenção

do homem sobre a mesma.

Dimensão econômica do e no espaço

Dimensão Geopolítica

Dimensão SócioambientalDinâmica cultural e demográfica

Espaço Geográfico

Page 172: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

172CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

- GEOPOLÍTICA

- DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

- DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª Série

• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.

• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização

do espaço geográfico

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural;

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

6ª Série

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

Page 173: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

173

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• Movimentos migratórios e suas motivações;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos

e a urbanização;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do

espaço geográfico;

• A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.

7ª Série

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do continente

americano;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• O comércio em suas implicações socioespaciais;

• A circulação da mão de obra, do capital, das mercadorias e das

informações;

• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do

espaço geográfico;

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

• O espaço rural e a modernização da agricultura;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• Os movimentos migratórios e suas motivações;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

Page 174: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1748ª Série

• As diversas regionalizações do espaço geográfico;

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

• A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no

espaço da produção;

• O comércio mundial e as implicações socioespaciais;

• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população;

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e

a (re)organização do espaço geográfico;

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

METODOLOGIA

A partir dos conteúdos estruturantes, teremos uma nova abordagem dos

conhecimentos específicos que deles são derivados, disponíveis em diferentes

materiais didáticos. Em sala de aula em cada momento se dará ênfase especificas a

cada conteúdo. Assim diversos enfoques facilitarão o trabalho tanto do professor

quanto ao entendimento do aluno.

Os conteúdos específicos se organizam a partir de cada estruturante e serão

trabalhados de forma crítica, dinâmica, de maneira que a teoria, a prática e a

realidade, estejam interligadas em coerência com os fundamentos teóricos

propostos.

Page 175: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

175As práticas pedagógicas estarão atreladas aos fundamentos teóricos das

diretrizes, ou seja, compreender o espaço geográfico e seus conceitos básicos e as

relações socioespaciais nas diversas escalas geográficas.

Ao decorrer do ano letivo, serão realizadas aulas de campo, pois possibilitam

o desenvolvimento de múltiplas atividades práticas, tais como: consultas

bibliográficas, análise de fotos antigas, interpretação de mapas, entrevistas,

elaboração de maquetes, murais, etc.

Outros recursos utilizados para a prática pedagogia serão: filmes, trechos de

filmes, programas de reportagem e imagens em geral. Com essa prática de

audiovisuais deverá levar ao aluno a questionar sobre as “verdades” anunciadas e

de paisagens exibidas.

RECURSOS DIDÁTICOS

Os recursos didáticos empregados procuraram ser o mais diversificados e

eficientes possível, haja visto, os mesmo atingirem diferentes graus de eficiência

pela complexidade ou não dos conteúdos e pela heterogeneidade da clientela.

- Livro Didático Público;

- Atlas;

- Reportagens de revistas e jornais;

- Apresentação de trabalhos;

- Aulas dialogadas e ou expositivas;

- Debates dirigidos;

- Elaboração de relatórios;

- Exercícios individuais e/ou em grupo;

- Pesquisas;

- Apresentação de trabalhos e pesquisas realizados pelos alunos;

- Vídeos: documentários e filmes relacionados aos conteúdos desenvolvidos

ou que pelo menos atendam os objetivos deste semestre;

Os critérios que devem ser alcançados pelos alunos, no estudo da disciplina de

geografia:

Page 176: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

176

• Compreensão das diferentes formas como ciência geográfica contribui

para o conhecimento da historia da terra;

• Conhecimento e compreensão as principais características do espaço

geográfico, de sua transformação e de elementos, no lugar onde vivem

e em espaços maiores como o Brasil e o mundo;

• Compreensão que, no espaço social, o qual também faz parte do

espaço geográfico, inúmeras relações entre as pessoas e das pessoas

com a natureza;

• Compreensão e valorização todas as formas de trabalho humano,

assim como desenvolver uma postura critica na abordagem das

relações de trabalho;

• Compreensão dos conceitos fundamentais da geografia e, por meio do

estudo dos processos e fenômenos naturais e sociais, entender a

dinâmica dos lugares onde vivemos;

• Identificação de como a geografia pode se inter- relacionar com as

diferentes áreas do conhecimento (Literatura, Matemática, Ciências e

artes, entre outras);

• Aquisição dos conhecimentos sobre a linguagem cartográfica, a fim de

representar, interpretar e localizar elementos, processos e fenômenos

estudados pela geografia;

• Realização dos procedimentos de pesquisa para o enriquecimento do

conteúdo;

• Conhecimento do mundo atual em sua diversidade, favorecendo a

compreensão, de como as paisagens, os lugares e os territórios são

constituídos;

• Identificação e avaliação das ações dos Homens e sociedade e suas

consequências em diferentes espaços e tempos, de modo que

construam referencias que possibilitem uma participação positiva e

reativa e as questões socioambientais locais;

• - Conhecimento sobre o funcionamento da natureza em sua múltiplas

relações, de modo que compreenda o papel das sociedades na

construção do território, da paisagem e do lugar;

Page 177: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

177

• Compreensão de que as melhorias nas condições de vida, os direitos

políticos, os avanços tecnológicos e as transformações sócio culturais

são conquistas ainda não usufruídas por todos os seres humanos e,

dentro de suas possibilidades, em empenhar-se, democratizá-las;

• Compreensão da importância das diferentes linguagens na leitura da

paisagem, desde as imagens, musica e literatura de dados e de

documentos de diferentes fontes de informação, de modo que

interprete, análise e relacione informações sobre o espaço;

• - Valorização do patrimônio sociocultural e respeitar a

sociodiversidade, reconhecendo os como direitos dos povos e

indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia.

LEGISLAÇÃO

LEI 9795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 (Educação Ambiental)

Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação

Ambiental, processo por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem

valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para

a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Conteúdos para 5ª a 8ª série

• Produção de cartazes, lembretes sobre posturas que devem ser adotadas em

casa, na escola, na comunidade, que levem a interações construtivas, justas e

ambientalmente sustentáveis;

• Análise crítica das informações veiculadas pelos diferentes canais de

comunicação (TV, rádio, revistas, vídeos, filmes, comerciais, internet);

• Dramatização;

• Análise de letras de músicas sobre o tema, produção de paródias.

Page 178: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

178LEI 11.343/06 – SISTEMA NACIONAL DE POLÍTICAS SOBRE DROGAS

De acordo com o Art. 1º, esta lei institui o Sistema Nacional de Políticas

Públicas sobre Drogas – SISNAD, prescreve medidas para prevenção do uso

indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas;

estabelece normas para repressão não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e

define crimes.

As atividades serão encaminhadas de 5ª a 8ª série, da seguinte forma:

• respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana;

• promoção dos valores éticos, culturais e de cidadania do povo brasileiro,

reconhecendo-os como fatores de proteção para o uso indevido de drogas e

outros comportamentos correlacionados;

LEIS 11.733/97 E 11.734/97 – EDUCAÇÃO SEXUAL E PREVENÇÃO À AIDS E

DSTs

Lei nº 11.733, de 28 de maio de 1997

“Autoriza o Poder Executivo a implantar campanhas sobre Educação

Sexual, a serem veiculadas no estabelecimentos de ensino Estadual de primeiro a

segundo graus do Estado do Paraná.”

Lei nº 11.734, de 28 de maio de 1997.

Torna obrigatória a veiculação de programas de informação e prevenção da

AIDS para os alunos de primeiro e segundo graus, no Estado do Paraná.”

No Estado do Paraná, estas duas leis dão amparo e abertura à prática de

uma Educação Sexual na Escola, e a SEED em sua perspectiva concebe a

sexualidade como uma abordagem necessária e essencial para a formação

educacional.

Atividades de 5ª à 8ª série:

• Análise e debates sobre influência da mídia na sexualidade (erotização da

infância e juventude).

Page 179: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

179

• Encaminhamento de atividades ( produção de texto, cartazes, entrevistas, ) sobre

a prevenção às DSTs/AIDS, gravidez na adolescência; sexualidade e relações

étnico- raciais.

LEI Nº 10.639, DE 09 DE JANEIRO DE 2003 INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, evitando-se

distorções, envolverá articulações entre passado, presente e futuro no âmbito de

experiências, construções e pensamentos produzidos em diferentes circunstâncias e

realidades do povo negro.

I. Conteúdos para 5ª a 8ª série

• Estudo e pesquisa de países que falam a língua portuguesa:

1. situação atual

2. composição étnica

• Produção de textos sobre temas:

1. racismo no Brasil

2. presença do negro na mídia

3. políticas afirmativas, cotas

• Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão racial

LEI 13.381 DE 18.12.2001 – História do Paraná

De acordo com o Art. 1º da Lei 13.381, que torna obrigatório um novo

tratamento dos conteúdos da Disciplina de História do Paraná, objetivando a

formação de cidadãos conscientes da identidade, potencial e valorização do nosso

Estado, a abordagem dos conteúdos promoverá a incorporação dos elementos

formadores de cidadania paranaense.

Conteúdos Básico de 5ª a 8ª série:

• Análise e interpretação da letra do Hino do Paraná

Page 180: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

180

• Pesquisa sobre a influência dos colonizadores na:

1. alimentação

2. música / dança

3. religiosidade

• artes plásticas

RECURSOS TECNOLÓGICOS

Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

adquirir e construir conhecimento enfocando as transformações dos recursos

materiais e energéticos em produtos necessários a vida humana, como aparelhos,

maquinas, instrumentos e processos que realizam transformações e as implicações

sociais da inserção tecnológica na vida do planeta, visto a necessidade de formar

alunos capacitados para compreender e utilizar recursos tecnológicos, cuja oferta e

aplicação se ampliam significativamente nas sociedades brasileira e mundial. Assim

dependendo do assunto, a aula poderá ser complementada, entre outras sugestões

a utilização de projeções de transparências em retroprojetor, consulta a CD-ROMs

com utilização do computador ( Internet, etc), fitas de vídeo, aparelho de som com

a utilização de CDs.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um meio pelo qual o professor pode acompanhar as

manifestações de aprendizagem de seus alunos, examinarem a validade de sua

pratica pedagógica e, ainda, a sua própria atuação. A fim de respeitar as diferentes

formas de expressão que um grupo heterogêneo de alunos apresenta, o professor

pode se valer de vários instrumentos de avaliação. Entre eles estão à observação e

o registro da participação de cada um de seus alunos, a aplicação de diferentes

atividades que envolvam a expressão oral, escrita, pictórica, gráfica e numérica,

Page 181: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

181artística e corporal, de forma a obter informações que melhor discriminem o nível de

aprendizagem dos alunos.

Para isso, permite ao professor avaliar constantemente o desempenho de

seus alunos, por meio dos questionários propostos no conteúdo, dos exercícios e

também provas. No entanto, cabe ao professor ter claro os objetivos e os critérios de

suas avaliações, investigarem o raciocínio utilizado pelo aluno em suas produções e

levá-los a auto-avaliar-se, para que o educando valorize sua aprendizagem e torne-

se um indivíduo mais atento e autocrítico.

Ao avaliarmos é importante considerarmos o conhecimento prévio, o potencial

já consolidado do aluno e / ou em desenvolvimento, as hipóteses e os domínios dos

alunos e relacioná-las com as mudanças que ocorrem no processo de ensino

aprendizagem. Cabe ao professor identificar a evolução ou, o desenvolvimento do

educando a partir da construção do conhecimento e a conseqüente apreensão de

conteúdos. Noções, conceitos, procedimentos e atitudes são conquistas dos

estudantes que devem ser avaliadas de forma contínua e cumulativa.

Buscar-se-á, através de uma avaliação transdisciplinar a análise como um

conjunto, um todo se privilegiando assim a formação do SER INTEGRAL.

A avaliação deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador (aqui

entendido como o gerenciador da informação) avaliar o seu próprio desempenho

como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e outras possibilidades de

como atuar no processo de aprendizagem dos alunos, não mais um ser passivo

diante dos conteúdos, mas um agente (e por isso construtor) do conhecimento.

É importante realizar uma avaliação diagnóstica, considerando o

conhecimento prévio, os domínios e atitudes dos alunos, as suas conquistas ao

longo dos estudos e se as intervenções didáticas foram significativas e repercutiram

em aprendizagens.

Sendo diagnóstica, permanente e cumulativa, utilizando técnicas e

instrumentos diversificados, criando condições para que os alunos preocupem-se

mais com a aplicação dos conhecimentos do que com a memorização.

Observando a socialização, a participação, o interesse do educando e o

crescimento do mesmo na aquisição de conhecimentos associada a todas as

necessidades que ele apresente.

Page 182: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

182A avaliação buscará formar o aluno tendo como parâmetro o desenvolvimento

de suas potencialidades e para tal serão utilizados os conteúdos desenvolvidos

durante o ano.

A avaliação buscará identificar as possíveis falhas no processo ensino-

aprendizagem, buscando saná-las, sempre objetivando a criticidade no aluno, não

apenas sendo utilizada para classificar o aluno, mas para motivá-lo a buscar o seu

crescimento como indivíduo que vive em uma sociedade e que é fruto dela, podendo

interferir nela, ou ao menos conhecê-la melhor.

Ao longo do ano serão considerados os seguintes critérios para verificar o

desenvolvimento dos alunos:

- a apropriação de conceitos geográficos;

-a compreensão das dimensões e relações da vida humana (conteúdos

estruturantes);

-o aprendizado dos conteúdos específicos.

“Assim espera-se que ao final do processo os alunos sejam capazes de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como que tenha condições para interferir no meio em que vivem de modo a se fazerem também sujeitos da própria História”.( Vygotsky)

INSTRUMENTOS AVALIATIVOS DE GEOGRAFIA

Meios de verificação: Prova (as)

Trabalho (s)

Exercício (s)

Relatório (s)

Pesquisa (s)

Exercícios diversos

Seminários

Jornais Falados

Debates, etc.

Page 183: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

183Recuperação Paralela: O aluno será avaliado constantemente através das

atividades desenvolvidas com a prática da leitura, escrita e análise, quando

observar-se que ele não atingiu os objetivos propostos, realizar-se-à a recuperação

paralela, através de :

- Retomada aos conteúdos, com explicações;

- Exercícios avaliativos para serem feitos em sala e em casa;

- Avaliações escritas de produção e interpretação;

- Exercícios orais: leitura, argumentação sobre o tema proposto; Pesquisas

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do Paraná, Diretrizes Curriculares da

Educação Básica do Estado do Paraná, Geografia- 2008-08-10.

LACOSTE, Y.A geografia: isso serve em primeiro lugar , para fazer guerra.Campinas

:1988.

MENDONÇA, F; Kozel, S.ORGS Elementos de epistemologia da Geografia

contemporânea. 2002.

Andrade M.C. de geografia ciência da sociedade. São Paulo: 1987.

BARBOSA, J.L.Geografia e Cinema : em busca de aproximações e de

inesperado.1999.

CARLOS, A.F.A.(org) A Geografia na sala de aula.São Paulo:1999.

CORRÊA, R.L.,ROSENDHAL,Z.Introdução à Geografia Cultural.Rio de

Janeiro;2003.

GOMES, P.C.da C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro, 1996.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação, Currículo Básico para Escola Pública

do Esdado do Paraná, Curitiba, 1997.

Paraná, Secretaria de Estado da Educação, Reestruturação do Ensino de 2º Grau,

Curitiba, 1988.

Page 184: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

184SIMIELLI,M.E.R.Cartografia no ensino fundamental e médio.IN:Carlos,A.F.A.(org) A

geografia na sala de aula :São Paulo:contexto,1999.

VESENTINI,J.W.(org) O ensino de geografia no Século XXI.Campinas Papirus,2004.

SAVIANI, Educação - Do Senso Comum a Consciência Filosófica, São Paulo: Cortez

Autores Associados, 1980.

VLACH,V.R.F.Delgado de Carvalho e a Orientação Moderna em Geografia.

PROJETO ARARIBÁ,Editora Moderna.

Page 185: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1858.8 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

É inviolável a liberdade de consciência e de

crença, sendo assegurado o livre exercício

dos cultos religiosos e garantido, na forma

da lei, a proteção aos locais de culto e suas

liturgias.

Constituição Brasileira, Art. 5, inciso VI

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina escolar de Ensino Religioso surgiu com suas características

atuais, a partir da década de 1990, no Estado do Paraná e no Brasil. No entanto, é

possível fazer um histórico da disciplina a partir da própria história da educação

brasileira que tem início com a chegada dos jesuítas após o século XVI. Estes

religiosos e professores foram responsáveis pela educação no Brasil até o século

XVIII,quando o Estado passou a assumir.

O período jesuítico foi marcado pelo manual de ensino Ratio Studiorum que

se orientava pelo método da memorização pela repetição (decorar). Além disso, a

influência da religião católica na formação e no ensino foi bastante expressiva. Ainda

hoje os brasileiros se declaram predominantemente católicos, emboras e saiba que

grande parte deles não é praticante de sua religião.

No século XIX, o Ensino Religioso continuou sob a tutela do Estado. Este

admitia apenas a religião católica apostólica romana como religião oficial. As

primeiras universidades brasileiras formavam os “doutores”, ou médicos e

advogados que trazem ou remetem até hoje, culturalmente, a tradição bacharelesca,

herdada dos portugueses.

Page 186: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

186A partir da instalação da República brasileira e a separação Estado/Igreja, o

Ensino Religioso passou a ter um caráter mais acadêmico, e se constituir mais

precisamente como disciplina escolar. Na chamada Era Vargas, houve avanço

significativo com a alteração jurídica que tornava a disciplina optativa,pois se passou

a considerar a possibilidade de um(a) ou mais aluno(a) não professar nenhuma

crença, assim não sendo obrigado(a) a frequentar as aulas desta disciplina.

Após a década de 1960, e a realização do Concílio Vaticano Segundo,

ocorreu relativo avanço da discussão nacional em torno da disciplina de Ensino

Religioso como disciplina curricular da grade presente na rede estadual do ensino do

Paraná.

A partir da década da 1980, o Estado passou a dar maior atenção a

disciplina em conjunto com a ASSINTEC elaborou material didático, e a PUC/PR

formou especialista. Nos anos 90, o discurso neoliberal direcionou a educação, de

modo geral para o “tecnicismo”.

O ensino Religioso constitui-se como disciplina com um novo olhar, uma

nova perspectiva configurada na LDBEN 9394/96, artigo 33 e a nova redação na Lei

9475/97, superando o proselitismo no espaço escolar. O entendimento sobre essa

importante e fundamental área do conhecimento humano implica em uma

concepção que tem por base o multiculturalismo religioso. O Sagrado e suas

diferentes manifestações religiosas, possibilitam a reflexão sobre a realidade numa

perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do

conhecimento religioso.

Com isso, pode-se assegurar o direito á igualdade de condições de vida e de

cidadania nas diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural,

considerando igual direito as histórias e culturas que compõem a nação brasileira,

além do direito do acesso as diferentes fontes da cultura nacional a todos os

brasileiros.

O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do

sagrado no coletivo. Portanto o objetivo é analisar e compreender o sagrado como o

cerne da experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo

cultural. Assim sendo, no espaço escolar justifica-se este estudo por fazer parte do

processo civilizador da humanidade.

- Oportunizar a expressão da formalização da crença do educando para que possa

entender a fundamentação das diferentes crenças em seu contexto sociocultural.

Page 187: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

187- Entendimento das normas coletivas.

- Interiorização e vivência de valores.

- Convivência na pluralidade da sala de aula.

- Ampliação de conhecimento sobre as diferentes formas de manifestações

religiosas e respeita-las.

- Aprofundar a vivência do respeito, tolerância e bem-querer.

- Conhecer as situações assumidas pelo homem religioso.

- Vivenciar os símbolos das tradições religiosas.

Essa reflexão visa proporcionar ao educando do Ensino Religioso sua

formação integral, entendendo por educação integral o aluno como sujeito do

processo contínuo de educação, seu direito de acesso, a universalidade da

educação , a concepção de formação em seus diferentes aspectos: estéticos, éticos,

cognitivos, afetivos, cultural, biológicos, social e religioso, ou seja, a completude e a

significância como pressupõe a LDBEN 9394/96, art. 32 sobre os objetivos para o

ensino fundamental:

I - O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

II - Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político da tecnologia, das

artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.

III - O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo a vista aquisição de

conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores.

IV - O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humanas e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Para viver democraticamente em uma sociedade multicultural é preciso

conhecer e respeitar as diferentes culturas e grupos que a constituí.

É preciso compreender que o universo religioso possui elementos estéticos e éticos,

entre outros que devem ser apreciados enquanto produção da própria trajetória

constitutiva do indivíduo, grupo social.

É proposto ao educando, nas aulas de Ensino Religioso, a oportunidade de

identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação as

diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que

tenham a amplitude da própria cultura na qual estão inseridos.

Page 188: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

188Nas últimas duas gestões de governo paranaense, a política se orientou

para o progressismo e os avanços são bastante significativos. Nos últimos anos os

professores e professoras estaduais participaram das discussões proposições e

implementação das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso, bem como demais

disciplinas no no sistema escolar público paranaense.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religiso

Textos Sagrados

CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE/ 6º ANO

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Textos sagrados orais e escritos

Símbolos Religiosos

6ª SÉRIE/ 7º ANO

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

METODOLOGIA

Entendemos que não exista uma metodologia própria para o Ensino

Religioso. Particularmente pensamos que não. O Ensino Religioso enquanto

disciplina, precisa ser considerado sempre co contesto da escola e, isso exige de

nós alguns cuidados:

Page 189: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

189- não pode ser entendido “como uma aula que deve ocupar de maneira agradável o

tempo dos alunos”, ocupando-nos sobremaneira buscar atividades dinâmicas que

tornem a aula agradável. Isto, afinal não é um problema. A questão é quando essa

preocupação, a de tornar a aula agradável, se torna central. É necessário evidenciar

a compreensão, inclusive dos educandos, que a metodologia de estar relacionada a

um conteúdo.

A metodologia do Ensino Religioso será apropriada se levar em conta o

contexto e as aspirações da escola como um todo se for conseqüência de uma

organização dos conteúdos dessa disciplina.

O Ensino Religioso pode trabalhar de diversas maneiras: Através de textos,

pesquisas, filmes, aulas expositivas, aulas de reflexão, debates, músicas, teatros,

entrevistas, trabalhos em equipes, elaborações de painéis. Paródias, leituras

individuais, diálogos, entre outros que se fizer necessários.

O conteúdo de Ensino Religioso vai proporcionar na contribuição, para a

formação da cidadania, como toda disciplina escolar, em uma prática metodológica

própria.

Que o educando tenha um conhecimento nos elementos básicos que

compõem o fenômeno religioso, para entender melhor os transcendentes que existe

em toa sociedade (mundo).

Na contextualização de temas em um processo de formação dos educandos

na compreensão e no conhecimento trabalharemos os conteúdos que consta na

legislação através:

• leitura e reflexão de variados textos, frases, histórias, fábulas, filmes,

desenhos, músicas;

• produções textuais que obtem valores (poemas, cartazes, redações, frases,

etc).

A partir de questionamentos verificar se os alunos sabem, quais suas

ideias, opiniões, dúvidas e/ou hipótese sobre o tema em debate e valorizar seus

conhecimentos. Utilizar alguns recursos como televisor, computador, livros, jornais,

quadro de giz, revistas...

A inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira, Lei nº

10.639/2003 e 11.645/2006; da História do Paraná – Lei 13.381/2001; da Educação

Ambiental – Lei nº 9.795/1999; do Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas- Lei

nº 11.343/97; Educação Sexual e Prevenção a AIDS e DSTs – Lei 11.733/97 e

Page 190: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

19011.734/97. Estas Leis serão trabalhadas através de debates em sala, com discussão

sobre o grau da situação social e da população do negro no Brasil e o respeito a

diversidade religiosa que tem na sociedade; pesquisar costumes e valores culturais

e religiosos do povo Paranaense; trabalhar de forma que propicie a conscientização

referente a conservação dos recursos naturais e proteção destes; produção de

cartazes valorizando o ser humano no âmbito social, observando as consequências

que as drogas trazem, prejudicando a sociedade como um todo.

AVALIAÇÃO

Se o Ensino Religioso propõe um conhecimento objetivo, esse pode ser

avaliado, como acontece com as demais disciplinas, não se tratando de uma

questão de “foro íntimo”.

Também é preciso considerar que avaliar em Ensino religioso é justamente

colocar essas disciplina no contexto da escola.

A avaliação parte sempre da concepção do ensino aprendizagem. A

abordagem do conhecimento escolar visualiza o Ensino Religioso como algo

significativo, articulado, contextualizado, em permanente formação e transformação.

A avaliação no Ensino Religioso é processual, faz parte do processo de

ensino-aprendizagem. A partir desse pressuposto a avaliação é entendida como um

dos aspectos do ensino, através do qual é possível verificar e interpretar os dados

da aprendizagem, bem como, acompanhar e aperfeiçoar o processo de construção

de conhecimento.

O Ensino Religioso não resulta de atividades avaliativas que se refere a

notas e conceitos que constitui a reprovação.

O conteúdo pressuposto é entendida como um dos aspectos do ensino é

possível verificar e interpretar os dados da aprendizagem bem como acompanhar e

aperfeiçoar o processo de construção de conhecimento.

Analisar os caminhos percorridos pelo aluno e seu respectivo

desenvolvimento suas tentativas de selecionar os problemas que lhes são

propostos, diagnosticar suas dificuldades, procurar ampliar o saber desenvolvendo

Page 191: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

191algumas atividades, tais como: trabalhos individuais e em grupo, tarefas, atividades

no caderno, entre outras.

REFERÊNCIAS

CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.

_______. Tratado de História das religiões. 2.ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2991.

Cândido- Viviane Cristina - O Encaminhamento Metodológico Do Ensino Religioso

COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In:

JUNQUEIRA, Sérgio; WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino religioso no Brasil. Curitiba:

Champagnat, 2004.

Diretrizes Curriculares do Paraná.

ELIANE, Mircea. O sagrado e o profrano, a essência das religiões. São Paulo:

Martins Fontes, 1992.

HIRMELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989.

IESDE- Ensino Religioso na Escola Pública

Inserção dos Conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira nos Currículos

Escolares: O que diz a Lei. Presidência da República – Casa Civil. Subchefia para

assuntos jurídicos. Lei n.º 10.639 de 09 de janeiro de 2003.

JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. (Orgs.) Conhecimento local e conhecimento

universal: pesquisa, didática e ação docente. Curitiba: Champagnat, 2004.

MACEDO, Carmen Cinira. Imagem do eterno: religiões no Brasil. São Paulo:

Moderna, 1989.

OTTO, R. O . O sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS.

WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações Filosóficas. Petrópolis: Vozes, 1994.

Page 192: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1928.9 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - L.E.M

Quem não compreende um olhar tampouco

compreenderá uma longa explicação.

Mário Quintana

CONCEPÇÃO FILOSÓFICA E ENCAMINHAMENTO DA DISCIPLINA

Desde o período colonial o Ensino de LEM do Brasil está relacionado com as

razões sociais econômicas e políticas. As línguas que integravam o currículo eram o

Grego e o Latim, línguas Clássicas consideradas de suma importância para o

desenvolvimento do pensamento e da literatura.

Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas

advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI,em 1809, assinou o

decreto de 22 de junho para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A partir daí, o

ensino das línguas modernas começou a ser valorizado.

Em muitas escolas de imigrantes, o currículo estava centrado no ensino da

língua e da cultura dos ascendentes das crianças. Também por essa razão, aindaé

possível encontrar comunidades bilíngues no Paraná. O ensino da Língua

Portuguesa, quando ministrado, era tido como Língua Estrangeira nessas escolas.

A partir de meados da década de 1910 até a década seguinte, o ideal do

nacionalismo passava a ter uma ampla abrangência envolvendo pessoas e

instituições de natureza e posições ideológicas diversas.

Para efetivar os propósitos nacionalistas, em 1917, governo federal decidiu

fechar as escolas estrangeiras ou de imigrantes que funcionavam, sobretudo, no sul

do Brasil, e criou, a partir de 1918, as escolas primárias subvencionadas com

recursos federais sob a responsabilidade dos Estados. Com essas medidas, o

Page 193: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

193governo federal buscou “impedir a desnacionalização da escola e da infância”.

(NAGLE, 2001, p. 301).

Em 1930, quando assumiu o governo brasileiro, Getúlio Vargas criou o

Ministério da Educação e Saúde e as Secretarias de Educação nos Estados.

A Reforma de 1931, intitulada Francisco Campos, em homenagem ao

Ministro da Educação, atribuía à Escola secundária a responsabilidade pela

formação geral e pela preparação para o ensino superior dos estudantes.

O diferencial advindo da Reforma Francisco Campos foi que, pela primeira

vez, estabeleceu-se um método oficial de ensino de Língua Estrangeira: O Método

Direto. Esse método surgiu na Europa, no final do Século XX.

A responsabilidade pelos rumos educacionais passou a ser centralizada no

Ministério de Educação e Saúde, que indicava aos estabelecimentos de ensino o

idioma a ser ministrado nas escolas, a metodologia e o programa curricular para

cada série. Comprometido com os ideais nacionalistas, o MEC preconizava que a

indisciplina de Língua Estrangeira deveria contribuir tanto para a formação do

aprendiz quanto para o acesso ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações

estrangeiras e tradições de outros povos.

Com a Lei nº 5692/71, o governo militar desobrigou a inclusão de línguas

estrangeiras nos currículos de primeiro e segundo graus, sob o argumento de que a

escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de

impregnação cultural estrangeira.

Predominantemente, na década de 1970, o pensamento nacionalista do

regime militar tornava o ensino de línguas estrangeiras um instrumento a mais das

classes favorecidas para manter privilégios, já que a grande maioria dos alunos da

escola pública não tinha acesso a esse conhecimento.

Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a

disciplina se tornou novamente obrigatória somente no segundo grau. De acordo

com o parecer nº 581/76 do Conselho Federal, a Língua Estrangeira seria ensinada

por acréscimo, conforme as condições de cada estabelecimento. Isso fez muitas

escolas suprimirem a Língua Estrangeira no segundo grau e reduzirem seu ensino

por uma hora semanal, por apenas um ano, com um único idioma.

No Estado do Paraná, a partir da década de 1970, tais questões geraram

movimentos de professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Uma das formas

para manter a oferta de língua estrangeira nas escolas públicas após o parecer nº

Page 194: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

194581/76, bem como a tentativa de superar a hegemonia de um único idioma ensinado

nas escolas, foi a criação do Centro de Língua Estrangeiras no Colégio Estadual do

Paraná, 1982, que passou a oferecer aulas de Inglês, Espanhol, Francês e Alemão,

aos alunos no contra-turno.

Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propício

para que os professores organizados em associações liderassem um amplo

movimento pelo retorno da pluralidade de oferta de Língua estrangeira nas escolas

públicas. Em decorrência de tais mobilizações, a secretaria de Estado da Educação

criou, oficialmente, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15

de agosto de 1986, como forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica

que marca a história parananense. Tal oferta tem sido preservada pela SEED há

mais de vinte anos.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua moderna no Ensino

Fundamental, a partir da quinta série, e a escolha do idioma foi atribuída à

comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento.

A aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna – LEM - contribui para o

processo educacional como um todo, muito além da simples aquisição de um

conjunto de habilidades linguísticas, pois toda língua é uma construção histórica e

cultural em constante transformação. Para cada variante linguística e cada grupo

cultural os valores sociais e culturais que lhes são atribuídos sofrem oscilações de

valores, de acordo com os diferentes contextos socioculturais e históricas.

Neste contexto, o que se pretende com o ensino da língua estrangeira é

ensinar e aprender com percepções de mundo e maneiras de construir sentidos, é

formar subjetividades, independentemente do grau de proficiência atingida.

As identidades construídas pela formas como as interações entre

professores e alunos são organizadas pelas representações e visões de mundo que

vão sendo reveladas no dia-a-dia, desenvolvendo no aluno uma consciência crítica a

respeito do papel do ensino de língua estrangeira na sociedade, superando os fins

utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente tem marcado o ensino

desta.

Assim o estudo da língua estrangeira cria espaço para que o aluno

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, a qual o oportunizará a

engajar-se discursivamente, percebendo possibilidades de construção de

Page 195: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

195significados em relação ao mundo em que vive e possibilidades de transformação

sendo ele um agente da prática social.

OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DA LEM NO ENSINO FUNDAMENTAL

• Oportunizar a compreensão de enunciados na Língua Estrangeira,

possibilitando a competência comunicativa;

• Levar o educando a considerar o estudo da língua inglesa como meio

de penetração do pensamento e da cultura dos países que falam

inglês;

• Possibilitar ao educando integrar-se no mundo atual e

interdependente, caracterizado pelo avanço tecnológico e pelo grande

intercâmbio entre povos;

• Perceber a importância da língua inglesa, considerada hoje como

instrumento de comunicação universal;

• Propiciar através da Língua Estrangeira, reflexões sobre a língua

materna, diferenças culturais, valores de cidadania e identidade.

• Levar o aluno progressivamente a ouvir, falar, ler, escrever em língua

inglesa;

• Possibilitar ao aluno o uso da língua inglesa, mediante aquisição

progressiva de estruturas básicas e vocabulários;

• Oportunizar o aluno a compreender textos em inglês.

CONTEÚDOS

Estruturante: Discurso com prática social.

Básicos: Textos de diferentes gêneros, contemplando de modo

contextualizado seus elementos lingüísticos-discursivos: unidades lingüísticas que

se configuram como as unidades de linguagem que compõem o texto, derivadas da

posição que o locutor exerce no enunciado.

Page 196: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

196Os conteúdos são adequados à faixa etária dos alunos, bem como a

complexidade e continuidade das estruturas lingüísticas, à diversidade e assuntos

propostos.

5.ª Série/6º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros discursivos: História em quadrinhos, piada, poemas, comercial de

TV, bilhetes, música, etc.

Leitura

• Tema do texto;

• Interlocutor ;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos;

• gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

Page 197: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

197

• Marcas liguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figurasde linguagem;

• Ortografia;

• concordância Verbal/nominal

Oralidade

• Tema do texto;

• FinalidadesPapel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralínguisticos: entonação, pausas, gestos;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguistícas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos

6.ª Série/7º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros discursivos: entrevistas, notícia, música, propaganda, charges, tiras.

Leitura

• Tema do texto;

• Interlocutor ;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situcionalidade;

• Informações explícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

Page 198: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

198

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas liguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

• Ortografia;

• Concordância Verbal/nominal

Oralidade

• Tema do texto;

• Finalidades

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralínguisticos: entonação, pausas, gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguistícas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos

Page 199: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

1997.ª Série/8º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros discursivos: slogan, sinopse de filme, textos, outdoor, música, etc.

Leitura

• Conteúdo temático;

• Interlocutor ;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situcionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

• Semântica

• Operadores argumentativos;

• Ambiguidade;

• Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

• Expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Léxico.

Escrita

• Contúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

Page 200: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

200

• Informatividade;

• Situcionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas liguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

• Concordância verbal e nominal;

• Semântica;

• Operadores argumentativos;

• Ambiguidade;

• Significado das palavras;

• Figuras de linguagem;

• sentido conotativo e denotativo;

• expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralínguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguistícas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectativos, gírias, repetições, etc);

• diferenças e semelhanças entre oral e escrito.

Page 201: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

2018.ª Série/9º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros discursivos: reportagem oral e escrita, textos, histórias de humor,

músicas, charges, imaens, etc.

Leitura

• Tema do texto;

• Interlocutor ;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situcionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade

• discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

• Léxico.

Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor ;

• Finalidade do texto;

Page 202: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

202

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situcionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem;

• Processo de formação de palavras

• Ortografia

• Concordância verbal/nominal.

Oralidade

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralínguisticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguistícas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto uso de conectativos, gírias, repetições, etc);

Page 203: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

203

• Diferenças e semelhanças entre oral e escrito.

METODOLOGIA

A metodologia aplicada visa trabalhar a partir de temas referentes às

questões sociais emergentes. Utilização de textos abordando assuntos relevantes

presentes na mídia nacional e internacional, superando a visão de que apenas a

presença de textos com assuntos pertinentes a questões como saúde, meio

ambiente, vida familiar e social, seja suficiente para o desenvolvimento dessa

consciência cidadã.

As reflexões gramaticais são decorrentes de necessidades específicas dos

alunos, para que eles possam expressar ou construir sentidos com os textos.

Visando tornar o estudo da língua inglesa cada vez mais real e dinâmico,

deve-se levar em consideração a competência linguística e, principalmente, a

competência comunicativa, para uma melhor interação entre os alunos. Para tanto,

seguem-se os encaminhamentos metodológicos necessários.

Quanto à metodologia de 5ª e 6ª séries, dar ênfase na oralidade e aquisição

de vocabulário, executando jogos e revisão dos conteúdos constantemente, visto

que a Língua Estrangeira necessita de repetição para a assimilação. Nas séries

iniciais, levando em consideração a faixa etária, necessita-se um trabalho lúdico.

Quanto ao trabalho de escrita, cópias de textos serão aplicadas em função da

melhora ortográfica.

Na 7ª e 8ª séries, serão trabalhados mais textos, onde os termos chave

serão explicados antes do início da leitura ou propor algumas perguntas antes dela,

para que os alunos respondam (busca de dados ou de uma síntese do texto) usando

tempos verbais, variando sempre as dinâmicas de leitura, de maneira que sejam

usadas diferentes estratégias.

Page 204: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

204INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

LEI Nº 10.639, DE 09 DE JANEIRO DE 2003

O ensino de história e cultura afro-brasileira tem por meta promover a

educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e

pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas rumo a construção

de uma nação democrática.

Atividades a serem realizadas:

− Debates em sala com discussão sobre a diversidade racial brasileira e a

atual situação do negro no Brasil.

− Trabalho com gênero musical “blues”, destacando a influência dos

afrodescendentes na cultura norte-americana e, consequentemente, em

nossa cultura.

LEI 13.381 DE 18.12.2001 – História do Paraná

O artigo 1º da lei 13.381 torna obrigatório um novo tratamento sobre a História

do Paraná no processo educacional. `É importante o conhecimento e a valorização

da História do Paraná para que o aluno tenha consciência da formação cultural e

étnica do seu estado. Com base nisso, proporcionar-se-á atividades como:

− Pesquisa sobre a colonização inglesa no território paranaense.

− Identificar os costumes culturais ingleses absorvidos pelo povo do

Paraná.

LEI 9795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 (Educação Ambiental)

A lei 9795/99 que trata da política de Educação Ambiental, recomenda investir

numa mudança de mentalidade, conscientizando os grupos humanos para se

adotarem novos pontos de vista e novas posturas para a construção de um mundo

Page 205: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

205socialmente justo e ecologicamente equilibrado. Nesse contexto, fica evidente a

importância de se educar os futuros cidadãos brasileiros, venham a agir de modo

responsável e com sensibilidade, conservando o ambiente saudável no presente e

no futuro.

Para tanto, será proporcionado ao aluno atividades como:

_ Chamar a atenção para uma postura na escola, em casa e em sua comunidade

de procedimento de conservação e manejo dos recursos naturais aplicando-os no

dia a dia , através de criação de folders e cartazes utilizando a língua inglesa.

Lei nº 11.343/06 ( Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas)

De acordo com o Art. 1º, esta lei institui o Sistema Nacional de Políticas

Públicas sobre Drogas – SISNAD, prescreve medidas para prevenção do uso

indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas;

estabelece normas para repressão não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e

define crimes.

Atividades:

Discussão com as turmas sobre vários tipos de drogas, levantando a

curiosidade dos alunos.

Produção de cartazes em língua inglesa, sobre o tema.

Lei nº 11.733/97 e 11.734/97 ( Educação Sexual e Prevenção a AIDS e DSTs)

A Lei 11.733 de 28 de maio de 1997 autoriza o Poder Executivo a implantar

campanhas sobre educação Sexual a ser veiculada nos estabelecimentos de ensino

estadual de primeiro e segundo graus do estado do Paraná.

A Lei 11.734 de 28 de maio de 1997 torna obrigatória a veiculação de

programas de informação e prevenção da AIDS para os alunos de primeiro e

segundo graus no Estado do Paraná.

Page 206: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

206Estas duas leis dão abertura para que a escola trate sexualidade como algo

fundamental na vida das pessoas, possibilitando reflexão e debate, para que os

alunos construam suas opiniões e façam suas escolhas.

Atividades:

- produção de textos em inglês sobre o tema.

Nas aulas de LEM serão utilizados os seguintes recursos:

− Usar recursos ilustrativos (recortes de jornais e revistas, encartes de Cds, rótulos

de embalagens, manuais de instrução.

− Textos atuais (diálogos, informes, anúncios) que permitam o conhecimento

cultural e a adequação dos costumes vivenciados em sua língua materna e a

língua inglesa.

− Atividades recreativas (jogos, brincadeiras)

− Debates (TV, filmes)

− Análise musical (canto, tradução)

− Toca-fitas, Cds

− Xerox

AVALIAÇÃO

“Avaliar a aprendizagem escolar implica estar disponível para acolher nossos educandos no estado em que estejam, para, a partir daí, poder auxiliá-los em sua trajetória de vida. Para tanto, necessitamos de cuidados com a teoria que orienta nossas práticas educativas, assim como de cuidados específicos com os atos de avaliar que, por si, implica em diagnosticar e renegociar permanentemente o melhor caminho para o desenvolvimento, o melhor caminho para a vida. Por conseguinte, a avaliação da aprendizagem escolar não implica aprovação ou reprovação do educando, mas sim orientação permanente para o seu desenvolvimento tendo em vista tornar-se o que o seu SER pede.” ( HOFFMANN)

Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-

discursiva de textos orais e escritos/verbais e não-verbais e de posicionamento

diante do que está sendo lido.

Page 207: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

207Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua

Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da

variedade linguística para diferentes situações.

Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem para

resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno conseguiu

explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houver planejamento,

adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da variedade linguística

adequada na atividade de produção. É importante considerar o erro como efeito da

própria prática.

Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de leitura,

debates, pesquisas, produção de textos e relatórios, apresentações orais,

seminários, trabalhos em grupos, avaliações escritas e apresentações de peças

teatrais, jograis e cantos.

O principal objetivo da avaliação será verificar os avanços e dificuldade dos

alunos para rever a prática pedagógica e intervir quando necessário. Neste sentido,

é que se propõe a avaliação.

Será realizada em função de todas as atividades desenvolvidas no período

letivo e das aprendizagens esperadas do aluno. Ela deve ser parte integrante do

processo de aprendizagem e contribuir para a construção dos saberes. Segundo a

LDB / 96, ela deve ser cumulativa e contínua e que os aspectos qualitativos

prevaleçam sobre os quantitativos. Além de ser útil para a verificação da

aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá para que o professor repense a sua

metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É

através dela que é possível perceber quais são os conhecimentos que ainda não

foram suficientemente trabalhados e que precisam ser mais abordados para garantir

a efetiva interação do aluno com os discursos em língua estrangeira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORACINI, M. J. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua

estrangeira. Campinas, Pontes, 1995.

DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – L.E.M. –

2008.

Page 208: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

208DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS para o Ensino Fundamental. Parecer

n.º CEB 04/98, de 29 de janeiro de 1998.

JORDÃO, C. M.; GIMENEZ, T. (org.). Perspectivas educacionais e ensino de inglês

na escola pública. Pelotas: Educat, 2005; Campinas: Papirus, 2003.

Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da

Educação nacional. Diretrizes e bases da Educação Nacional. Editora do Brasil. S.A.

MARQUES, Amadeu. ENGLISH- 12ª - SÃO PAULO- ÁTICA, 1995

PAIVA, V. L. M. O. O ensino da Língua Inglesa. inglês Reflexões e experiências.

Campinas: Pontes, 1996; Belo Horizonte: UFMG, 1996.

PEREIRA, C. F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira: In

SARMENTO, S. Muller (org.). O ensino do inglês como língua estrangeira: estudos e

reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

ROCHA, Analuiza Machado. TAKE YOUR TIME, 2ª EDIÇÃO – SÃO

PAULO:MODERNA, 1999

SARMENTO, S.; MULLER, V. (org.) O ensino do Inglês como língua estrangeira –

estudos e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

TEXTOS ESTUDADOS E ELABORADOS POR PROFESSORES DE LEM NO

ESTADO DO PARANÁ

Page 209: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

2099 - ATIVIDADES ESCOLARES

“Podemos mudar, se na

escola da vida mudamos

podemos também mudar

Na escola profissional...”

O progresso vertiginoso nos leva a crer que “as máquinas logo serão

desligados quase todos os trabalhos intelectuais. Mas o homem terá sempre o poder

criativo”.

Cabe a escola desenvolver e preparar os alunos para esta tarefa, ou seja,

produzir e produzir com criatividade.

A informação é a chave do sucesso. Somente o conhecimento proporcionara

a evolução do homem.

Pois esta é a grande tarefa de nossa escola, nossos professores nossos

alunos...

“Quando você luta pelos

seus ideais, os sonhos

tornam-se cada vez mais

possíveis”.

(Roberto Silva)

Para grandes realizações, basta mostrar que somos capazes. Assim nossa

escola priorizando as inovações e uma qualidade de educação cada vez melhor,

promove diversas atividades que visam a integração dos alunos nas diversas

disciplinas.

Muitas pessoas deixam as coisas acontecerem, outros preferem planejar,

acreditar e estabelecer seus objetivos, suas metas.

Portanto planejamos varias atividades para o ano letivo.

Page 210: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

21010 – ATIVIDADES PEDAGÓGICAS

Relação das atividades pedagógicas desenvolvidas na Escola Estadual

“Inácio Schelbauer” – Ensino Fundamental:

- Projeto Com Ciência;

- Inclusão do Programa Educação Fiscal;

- Projeto Fera;

- Jogos Escolares;

- Eco-gincana;

- Atividades pedagógicas extracurriculares: Carnaval Educativo,

Patrono da Escola, Hinos Nacionais, Mensagens Cotidianas,

Confraternização de Páscoa e Julina; Palestras.

ECO-GINCANA

Objetivo: arrecadar materiais recicláveis preservando assim o nosso ecossistema.

Disciplinas envolvidas: Todas

DESENVOLVIMENTO

Esta gincana acontece em etapas pré-determinadas, onde os alunos

arrecadam papelão, caixas de ovos, garrafas plásticas, litros, jornais e revistas, que

revertem em dinheiro para compra de materiais escolares e para posteriormente

uma viagem com objetivos escolares. (a definir).

Todos os professores são envolvidos visto que este assunto é muito

abrangente, como texto, estatísticas, montagem de atividades diversas, envolvendo

Português, Matemática, Geografia, Ciências, Arte, etc.

Page 211: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

211Os alunos têm oportunidade de expressão corporal, através de

apresentações artísticas e culturais realizadas em sessões cívicas e datas

comemorativas.

Assim, também é oportunizando a participação em sessões de teatro (com

profissionais ou amadores) visto que, uma peça teatral enriquece muito a cultura

destes jovens.

Damos espaço para revelações de talentos artísticos, como esportivos onde

nos destacamos com excelentes atletas.

Todas as atividades escolares são apoiadas pela equipe pedagógica bem

como, administrativa onde quanto necessário e fornecido aos professores e alunos o

material pedagógico.

ATIVIDADES COM PALESTRAS DE DIVERSOS PROFISSIONAIS

“Um novo paradigma, o trabalho

É um vinculo de transformação”.

A vontade é uma determinação própria e varia de pessoa a pessoa.

Trabalhar faz parte da nossa existência e nos possibilita realizar nossos sonhos com

uma vida bem vivida.

Por isso, consideramos a escolha profissional um passo importante na vida

de um cidadão.

“Escolha um trabalho de que você ame e não terá que trabalhar um só dia

na vida.” (Confúcio)

Então, vários profissionais apresentaram e apresentarão suas profissões,

suas alegrias e tristezas, dificuldades e oportunidades como:

- Policiais

- Bombeiros

- Eletricista

- Pedreiro

- Médico

- Psicólogo

Page 212: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

212- E outros

ORALIDADE

A oralidade é essencial na formação de um excelente profissional.

“Se planejamos para um ano,

devemos plantar cereais;

Se planejamos para uma década

devemos plantar árvores;

Se planejamos para toda a vida,

Devemos treinar e educar o homem”.

(Kurantsu, séc III a.C.)

Queremos formar um homem que tenha condições de tomar decisões, com

firmeza em suas convicções.

Queremos um cidadão pronto para lutar pelos seus direitos não se deixando

levar, queremos enfim um futuro melhor para todos. Assim acreditamos que o

desenvolvimento da oralidade pode tornar esse sonho talvez em uma realidade.

Hoje, nas empresas de médio de ou grande porte, espera que seus

funcionários não estejam apenas robóticos. Mas sim se desenvolvam o seu trabalho

com eficiência e inovando sempre. A palavra de ordem é CRIATIVIDADE.

Portanto os professores de língua portuguesa irão desenvolver com alunos

de 5ª a 8ª série, um projeto de excelência, onde a ORALIDADE é o ponto Máximo.

Este projeto visa desenvolver nos alunos a expressão oral, expressão

corporal, domínio da oralidade, desambição o raciocínio, enfim desenvolver o aluno

num todo.

Preparando para a vida em conhecimento e criatividade.

Page 213: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

213PROJETO SESSÃO CÍVICA

Objetivo Geral: Resgatar, conscientizar e desenvolver o sentimento de patriotismo e

civismo, através do conhecimento da arte e da cultura na escola.

Encaminhamento: As sessões cívicas serão realizadas no final de cada bimestre, na

última aula, com data e horário exato a escolher pelo orientador e sua respectiva

turma, os quais serão responsáveis pela organização das mesmas. Poderão ser

feitas por meio de apresentações artísticas, visando as datas comemorativas, ou

através de trabalhos significativos realizados na escola.

INCLUSÃO DA EDUCAÇÃO FISCAL

Page 214: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

21411 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

“Os índices de reprovação dão reputação alta a minha matéria. E, com isso,

mantenho a disciplina e o interesse por minhas aulas” (Lei n.º 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, Art. 23).

“Alguns professores dão aula, dão a matéria que ensinam e por fim dão nota

a seus alunos. É preciso acabar com essa filantropia pedagógica”.

FALAS DE PROFESSORES

As frases acima estão diretamente relacionadas com a questão da

avaliação. Esta vem sendo compreendida como um instrumento de poder. Que pune

o erro dentro de um contexto de ensino onde a função do professor é “dar aula, dar

matéria e a nota”.

Utilizar a avaliação desta forma representa uma dura ameaça para os

alunos, gerando infelicidade enorme, castigos familiares, baixa auto-estima e

desistência de prosseguir os estudos.

Nesta prática, mede-se o conhecimento do aluno através de instrumentos

apropriados (testes, provas, exercícios de verificação), numa visão de mundo

harmônico, onde os indivíduos devem adaptar-se como seres passivos. A

necessidade de cumprirem o programa impede que se considerem as proposições

dos alunos, forjando uma ação que ignora a construção do conhecimento em favor

da memorização e do condicionamento.

Um educador não pode agir inconscientemente e irrefletidamente. Cada

passo de sua ação deverá estar marcado por uma decisão clara e explicita do que

esta fazendo e para onde está caminhando os resultados de sua ação.

Daí a importância de repensar a avaliação.

Devemos ver a educação como um instrumento de transformação social que

se volta para a compreensão e separação da realidade, a partir do apropriar-se de

informações que possibilitem o pensar, o refletir e dirigir ações, de acordo com as

necessidades historicamente sentidas pelo homem.

Page 215: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

215Nesta perspectiva, temos de nos utilizar a avaliação democrática, voltada

para as potencialidades e possibilidades de crescimento dos alunos; abandonando a

visão classificatória.

A avaliação é um instrumento de diagnóstico do processo de ensino, a partir

de uma atitude de permanente observação e reflexão sobre a prática, para

realimentá-la e reorientá-la. Os “erros e fracassos” dos alunos devem ser

considerados como fatos de ação.

O compromisso com o processo deve levar o professor a registrar o tempo

todo, diariamente, do primeiro ao último dia de aula, fatos relevantes, relacionados à

construção do conhecimento.

Os conteúdos essenciais e significativos, eleitos como fundamentais para

aquele momento explicitados pelos objetivos, ajudarão o professor nas anotações

dos avanços e dificuldades dos alunos.

Além desse registro, deve se fazer à auto-avaliação, na qual o aluno terá a

oportunidade de demonstrar os conhecimentos construídos, bem como de discutir as

suas dificuldades.

Nesta avaliação contínua, estarão presentes também as observações relativas às

atividades escritas, dramatizações, trabalhos de pesquisa, experimentações e tantas

outras propostas de trabalho, feitas pelos alunos.

SISTEMA DE PROMOÇÃO

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exigem

as seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, da

Escola e dos profissionais:

a) Proceder à avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

b) Comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para

obter deste o respectivo consentimento;

c) Organizar comissão formada por docentes, técnica e direção da Escola para

efetivar o processo;

Page 216: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

216d) Arquivar atas, provas, trabalhos e outros instrumentos utilizados;

e) Registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

DA PROMOÇÃO

A promoção dos alunos é definida após a apuração dos resultados de

aproveitamento e frequência;

Será considerado aprovado o aluno de 5ª e 8ª série do Ensino Fundamental

que apresentar frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e

rendimento igual ou superior a 6,0 da escala de notas;

Parágrafo Único – Cabe ao Conselho decidir quanto à aprovação dos alunos

que apresentem situações especiais ou limítrofes.

Tendo em vista o amplo desenvolvimento do nosso aluno, acreditamos que

preciso se respeitar os níveis de desenvolvimento e a inter-relação com seu meio e

o mundo globalizado que o rodeia.

Page 217: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

21712 - AVALIAÇÃO

O conhecimento se dá na relação indivíduo-mundo. A compreensão da

realidade contribui para o desenvolvimento do conhecimento nas situações mais

simples ou complexas do cotidiano.

Desde muito cedo a criança revela seu esforço para compreender o mundo

em que vive ela utiliza as mais diversas linguagens e exerce a capacidade que tem

de ter ideias e hipóteses originais sobre aquilo que busca descobrir.

Através das interações que o aluno estabelece com as pessoas e com o

meio, constrói o conhecimento, resultado de um intenso trabalho de criação,

significação e re-significação.

A construção do conhecimento pelo aluno se dá de forma ativa, porque ele

está presente integralmente em tudo o que faz, há um pensar por trás de um agir,

pois esta em constante transformação seja ela física psíquica e cognitiva.

A escola desenvolve um papel fundamental nesse processo, oportuniza

situações que satisfaz as necessidades, interesses e curiosidades dos educando,

viabiliza aprendizagens significativas em que o aluno estabelece relações entre os

novos conteúdos e os conhecimentos que já possuem não tendo respostas prontas,

mas tendo a possibilidade de buscá-la e construí-la.

A escola propõe situações que proporcionam a solução de problemas. Aliás,

faz parte da atividade humana à resolução de problemas, á medida em que o ser

humano é desafiado ele produz conhecimento.

Na medida em que todos os comportamentos passam a ser controlados por

sistemas de recompensa e punições, sobra pouco espaço para comportamentos

espontâneos, as atitudes que são definidas como um procedimento, ou

comportamento, reação em relação á pessoa ou circunstancias. Embora o fato de

viver em sociedade exija de todas as pessoas o respeito a certos padrões de

comportamento não significa que o indivíduo não possa ter suas próprias atitudes,

pois o que caracteriza o comportamento humano é justamente o fato de poder

mudar constantemente.

O indivíduo que possui atitudes tende a ser incompreendido pelo grupo,

entretanto, é este ser que mais contribui para a mudança social, na medida em que

Page 218: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

218cria diferentes alternativas de comportamentos, levando a modificação das atitudes

do grupo.

A Escola Estadual “Inácio Schelbauer” Ensino Fundamental estimula em

seus educando as suas atitudes, tornando-os mais autônomos no processo e com

livre expressão de pensamento, pois sabemos que cada individuo possui diferenças

e limitações. Sendo a escola um espaço de tempo e vivências democráticas,

proporciona a compreensão do movimento dialético que emprega nas ações

coletivas entre o homem, natureza e a cultura.

O respeito é à base do trabalho pedagógico na escola, fundado no respeito

ao saber e a cultura do estudante, o professor cultiva as diferenças, criando

oportunidades para expandir os conhecimentos, ampliando a convivência e a

sensibilidade na formação do estudante. Respeita e acolhe características e ritmos

diferentes dos alunos. Essa prática garante o acesso a todos no sentido de

possibilitar que os diferentes conhecimentos sejam apropriados e desenvolvidos

tendo este processo como forma de trabalho na prática escolar.

A inteligência pode ser definida como um sistema para resolver problemas

ou criar produtos que sejam significativos, em um ou mais ambientes culturais.

Todos os seres humanos possuem conhecimentos básicos, que muitas

vezes não são desenvolvidas por não serem valorizadas pelo ambiente, mas todos

são capazes de desenvolver qualquer tipo de atividade basta estimular.

Sendo assim o professor que trabalha com o desenvolvimento dos

conhecimentos, ele para, pensa e reflete sobre o conceito básico das disciplinas e o

que realmente precisa desenvolver no seu aluno, sendo ele capaz de intervir em

diferentes cenários e modificando sua realidade, mostrando assim que as grandes

transformações são possíveis de acontecer.

A instituição esta voltada para desenvolver uma educação que mobiliza um

conjunto de recursos cognitivos, saberes e informações onde o aluno é capaz de

solucionar com eficácia os problemas que surgem no seu dia a dia.

Hoje precisamos de pessoas que pensem, tomem iniciativa, expressem

pensamentos e ideias, saibam ouvir o outro e trabalhar em grupo. E a escola está

voltada para essa prática, formando pessoas completas capazes de viver a própria

vida por inteiro.

Com tudo isso o maior desafio da escola é enfrentar e rever o processo de

avaliação das atividades, esta é pensada em função da totalidade do processo

Page 219: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

219educativo e, não como a quantidade de conteúdos, é refletida não apenas em um

lado do processo, mas, é observada a competência do educando e dos educadores,

por isso a avaliação é dimensionada como um processo coletivo no interior da

escola.

A avaliação da aprendizagem orienta a situação didática que envolve aluno

e professor, com pretensão de servir de base para reflexão e tomada de consciência

sobre a prática. Sendo assim, consiste num processo de aquisição, na elaboração

da informação e na expressão de um julgamento a partir da informação coletada,

pois os resultados do processo de ensino evidenciam o atendimento ou não das

finalidades sociais da educação, relacionadas com transformações sociais e com o

desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos. Os meios e a frequência

das verificações e da qualificação dos resultados possibilitam o diagnóstico das

situações didáticas.

A avaliação diagnóstica, formativa e somativa permitem identificar

dificuldades e progressos dos alunos e da atuação do professor. Ela ocorre no inicio,

durante e final do desenvolvimento das aulas ou das unidades didáticas. Realiza-se

no presente, mas com vista ao futuro. A avaliação formativa auxilia o aluno a

aprender a se desenvolver, ou seja, colabora para a regulação das aprendizagens e

do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo, e para cumprir sua função

formativa, a avaliação permite tanto ao professor como ao aluno o direito de corrigir,

repensar as ações ao longo do processo.

Avaliar requer do professor uma nova postura, perceber-se além de um

mero transmissor de conteúdos e conhecimentos ao aluno, como um orientador na

obtenção da capacidade de identificar soluções para as dificuldades que o processo

ensino aprendizagem lhe impõem. O conhecimento do aluno neste contexto de

avaliação reside na identificação de soluções rápidas, eficientes e eficazes no

processo educacional, onde a avaliação terá como função o diagnóstico e o

acompanhamento do processo ensino aprendizagem o qual permitirá ao professor e

ao aluno detectar os pontos fracos que determine as novas ações que são tomadas

no ensino aprendizagem.

É dentro desse processo avaliativo que ocorrem as atividades do dia a dia

da sala de aula, onde o professor observa cuidadosamente cada um e todos os

alunos, registrando suas observações e, sobretudo interagindo com os mesmos.

Page 220: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

220No Ensino Fundamental a avaliação é compreendida como uma referência,

que permite a análise dos avanços ao longo do processo, considerando que as

manifestações desses avanços não são lineares, nem idênticas entre os alunos.

A avaliação do rendimento escolar será feita pelo professor e expressas em

notas de zero a dez, ao longo do processo educativo, o ano é dividido em quatro

bimestres letivos, atribuindo a cada período uma nota de aproveitamento, os

resultados da avaliação devem ser sistematizados, registrados e analisados com os

alunos e sintetizados em uma única nota, bimestralmente, comunicada aos pais e

responsáveis.

A média da escola é 6,0 (seis) e durante o ano letivo, o aluno que não

conseguir atingir os objetivos propostos se submeterá durante os bimestres a uma

recuperação paralela, visando a abrangência dos conteúdos programáticos

trabalhados durante esse período, isso ocorrerá de 5ª a 8ª série.

A avaliação da instituição é permanente e ouve todos os segmentos internos

da escola e a comunidade, ou seja, a escola é um espaço de contradições e

diferenças, neste sentido, quando buscamos construir na escola um processo de

participação baseado em relações de cooperação no trabalho coletivo e no

partilhamento de poder, a escola exercita a pedagogia do diálogo, do respeito às

diferenças, garantindo a liberdade de expressão, a vivência de processos

democráticos, a serem efetivados no cotidiano, em busca da construção de projetos

coletivos.

Avaliação é Compreendida.

- Como parte integrante e intrínseca ao processo educacional

- Como um conjunto de atuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar

a intervenção pedagógica.

- Como acontecimento contínuo e sistemático, por meio da interpretação qualitativa

do conhecimento construído pelo aluno

- Como possibilidade de conhecer o quanto se aproxima ou não da expectativa de

aprendizagem que o professor tem em determinados momentos da escolaridade, em

função da intervenção pedagógica realizada.

Page 221: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

221AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

Só pode acontecer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas:

- Analisando a adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos

prévios dos alunos e aos desafios que estão em condições de enfrentar.

- O acompanhamento e a reorganização do processo de ensino aprendizagem na

escola inclui, necessariamente, uma avaliação inicial, para o planejamento do

professor, e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho.

Parafraseando Luckesi sobre o conceito de avaliação, para ele refere-se a

um momento de diagnosticar o que o educando aprendeu, no qual o profissional irá

refletir sobre o seu trabalho, de forma a contribuir com todos para incluir todos

dentro de uma aprendizagem significativa e que contribua para o pleno

desenvolvimento do indivíduo.

A avaliação deve abarcar um processo permanente de forma contínua e

cumulativa, visando a qualitativamente o ensino e aprendizagem do aluno. Os

instrumentos devem ser diversificados possibilitando a todos os educandos uma

avaliação inclusiva. Os critérios avaliativos estarão de acordo com o conteúdo e a

disciplina abordada, conforme Proposta pedagógica Curricular e plano de Trabalho

Docente.

A recuperação paralela será proporcionada pelo Estabelecimento de

Ensino, de forma contínua durante o ano letivo, proposto a todos os alunos, em cada

disciplina curricular, sendo que a recuperação paralela é mais um momento de

aprendizagem, uma forma de melhorar o conhecimento dos conteúdos, visando a

superação das dificuldades encontradas.

AVALIÇÃO INVESTIGATIVA INICIAL

- Instrumentar o professor para que possa pôr em prática seu planejamento de forma

adequada às características de seus alunos.

Page 222: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

222- Informar sobre o que o aluno já sabe determinando conteúdo para, a partir daí,

estruturar sua programação, definindo os conteúdos e o nível de profundidade em

que devem ser abortados.

- Obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos

conhecimentos.

- Para o aluno tomar consciência do que já sabe e do que pode ainda aprender

sobre determinado conjunto de conteúdos.

- O fato de o aluno estar iniciando uma série não é informação suficiente para que o

professor saiba sobre suas necessidades de aprendizagem.

- Mesmo que o professor acompanhe a classe de um ano para outro, e tenha

registro detalhados sobre o desempenho dos alunos no ano interior, estes não

deixam de aprender durante as férias e muita coisa pode ser alterada no intervalo

dos períodos letivos.

- Avaliações não devem ser aplicadas exclusivamente nos inícios de ano ou

semestre, são pertinentes sempre que o professor propuser novos conteúdos ou

novas sequencias de situações didáticas.

- Avaliação inicial não implica a instauração de um longo período de diagnóstico, que

acabe por se destacar do processo de aprendizagem que está em curso; ela pode

se realizar no interior mesmo de um processo de ensino-aprendizagem que está em

curso.

- A avaliação continua do processo subsidia a avaliação final se o professor

acompanha o aluno sistematicamente ao longo do processo do saber, em

determinados momentos, o que o aluno já aprendeu sobre os conteúdos

trabalhados, sendo importantes por constituírem boas situações para que os

professores e alunos formalizem o que foi e o que não foi aprendido.

- Um sistema educacional comprometido com o desenvolvimento das capacidades

dos alunos, qualidade das relações, encontra na avaliação uma referência à análise

de seus propósitos, que lhe permite redimensionar investimentos.

- Os resultados da avaliação devem ser concebidos como indicadores para a

reorientação da prática educacional.

- A avaliação deverá ser utilizada como instrumento para o desenvolvimento das

atividades didáticas e interpretada como um momento de observação de um

processo dinâmico e não linear de construção de conhecimento.

Page 223: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

223AVALIAÇÃO PARA O PROFESSOR

Subsidia com elementos para uma reflexão contínua sobre:

- A sua prática

- A criação de novos instrumentos de trabalho

- A retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como

adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo.

AVALIAÇÃO PARA O ALUNO

É o instrumento de tomada de consciência de:

- Suas conquistas

- Suas dificuldades

- Suas possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

AVALIAÇÃO PARA A ESCOLA

Possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos de ações

educacionais demandam maior apoio.

A avaliação nesta perspectiva requer que esta ocorra sistematicamente

durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não somente após o

fechamento de etapas do trabalho, como é o habitual.

Possibilita ajustes constantes, num mecanismo de regulação do processo de

ensino-aprendizagem, que contribui efetivamente para que a tarefa educativa tenha

sucesso.

Page 224: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

224AVALIAÇÃO CONTEMPLADA NA LDB – Lei 9394/96 E NAS DIRETRIZES

CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ

É compreendida como:

- Elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino

- Conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção

pedagógica para que o aluno aprenda o melhor da melhor forma.

- Conjunto de ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido e

como

- Elemento de reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa

- Instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços,

dificuldades e possibilidades

- Ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não

apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes

etapas de trabalho.

Essa concepção pressupõe:

- Considerar tanto o processo que o aluno desenvolve ao aprender como o

produto alcançado.

- Que a avaliação se aplique não apenas ao aluno, considerando as

expectativas de aprendizagem , mas as condições oferecidas para que isso ocorra.

ORIENTAÇÃO PARA A AVALIAÇÃO

Como Avaliar:

- Partindo da concepção de ensino e aprendizagem.

- Partindo da função da avaliação no processo educativo;

- Partindo das orientações didáticas postas em práticas;

- Perspectiva de acontecimento sistemático durante as atividades de ensino

aprendizagem;

- Perspectiva de cada momento da avaliação seja definida claramente.

Page 225: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

225

PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE OS PROCESSOS DE

APRENDIZAGEM

1.- Considerar a importância de uma diversidade de instrumentos e situações;

a) Avaliar as diferentes capacidades e conteúdos curriculares em jogo;

b) Contrastar os dados obtidos e observar a transferência das aprendizagens

em contextos diferentes;

2.- Utilização de diferentes códigos, de forma a se considerar as diferentes

aptidões dos alunos:

a) O verbal

b) O oral

c) O gráfico

d) O escrito

e) O numérico

f) O pictórico...(se o aluno não domina suficientemente bem a escrita para

expor um fato histórico, poderá faze-lo em uma situação de intercambio oral;

diálogos, entrevistas ou debates.)

AS AVALIAÇÕES PODEM SER REALIZADAS POR MEIO DE

1. OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA: acompanhamento do processo de

aprendizagem dos alunos – instrumentos , registros em tabelas, listas de controle,

diário de classe...

2. ANÁLISE DAS PRODUÇÕES DOS ALUNOS: Considerar a variedade de

produções realizadas pelos alunos, para que se possa ter um quadro real das

aprendizagens conquistadas – exemplo = avaliação sobre a competência dos alunos

na produção de texto deve-se considerar a totalidade dessa produção, envolvendo:

a) Primeiros registros escritos das atividades, nos cadernos de lições;

b) Registro das atividades de outras áreas;

c)Registro das atividades realizadas especificamente para esse aprendizado;

Page 226: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

226d)Texto produzido pelo aluno para fins específicos desta avaliação.

ATIVIDADES ESPECÍFICAS PARA A AVALIAÇÃO

Os alunos devem ter objetividade ao expor sobre o solicitado, para tal dever-

se-á:

a) Garantir que sejam semelhantes às situações de ensino – aprendizagem

comumente estruturadas em sala de aula:

b) Deixar claro para os alunos o que se pretende avaliar.

CLAREZA PARA AVALIAÇÃO: Quanto mais os alunos tenham clareza dos

conteúdos e do grau de expectativa da aprendizagem que se espera, mais terão

condições de desenvolver, com a ajuda do professor, estratégias pessoais e

recursos para vencer dificuldades.

QUANTO A AUTO-AVALIAÇÃO: Situação de aprendizagem pressupõe:

a)Desenvolvimento de estratégias de analise e interpretação de produções

próprias e dos diferentes procedimentos para se avaliar;

b) Construção da autonomia dos estudantes;

c) Cumpre o papel de contribuir com a objetividade desejada na avaliação,

uma vez que esta só poderá ser construída com a coordenação dos diferentes

pontos de vista do aluno quanto do professor.

RESSALTANDO O SUB-ITEM “A” ITEM V, DO ARTIGO 24 DA LDB 9394/96,

TEM-SE

Avaliação contínua e cumulativa do DESEMPENHO DO ALUNO com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao

longo do período sobre eventuais provas finais.

Como ler desempenho do aluno: Destaca-se aqui a manifestação dos

desempenhos, se utilizando os três momentos do ensino, tendo por base a Teoria

de Papéis – (J. Moreno – Psicodrama)

Page 227: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

227Dentro da LDB está inserido a promoção por séries, desta forma

trabalharemos dentro dessa nova proposta. Enfocamos o desenvolvimento da

aprendizagem como um todo e que se processa em alguns casos de forma mais

lenta.

Sendo assim oportunizaremos ao educando um desenvolvimento amplo

considerando a sua realidade e facilitando uma avaliação justa e democrática.

AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O processo de avaliação é uma tentativa no sentido de descobrir o valor de

qualquer empreendimento. A avaliação da Proposta Pedagógica é uma forma de

descobrir o seu valor para toda comunidade escolar. A dimensão desse processo

avaliativo engloba a sociedade como um todo, pois a proposta e faz presente com a

colaboração de todos os integrantes da escola e se propõe e uma melhor

organização das atividades, da filosofia e do desenvolvimento do fato social.

Nesse sentido deve-se tomar as seguintes medidas:

1. Esclarecer os objetivos propostos.

2. Considerar todos os envolvidos no processo (pais, professores, técnicos, alunos e

administrativos)

3. Considerar os recursos disponíveis.

4. Examinar os dados existentes sobre os alunos, a fim de determinar se incluem

testes de mensurações, estimativas e informações de professores, informações

externas à escola fornecidas pela família, ou outras pessoas da comunidade.

5. Examinar os arquivos, a fim de determinar se são adequados, bem mantidos e se

estão à disposição de todo pessoal ligado ao ambiente escolar.

6. Rever os objetivos a fim de julgar a sua aplicabilidade.

7. Através dessas medidas estaremos em Constante avaliação, pois não admitimos

um Projeto Político Pedagógico rígido, pronto e acabado. A flexibilidade é o ponto

chave de nosso comprometimento com as metas traçadas.

A cada momento os conceitos estão mudando, a percepção do homem e

das coisas que o cercam estão em constante transformação. Desse modo a

avaliação desse planejamento se fará constante, paralela e conjuntamente. A

Page 228: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

228comunidade, dentro de nosso entender, se faz presente no ambiente da escola a

cada tomada de decisão e nesse momento se efetivará a avaliação.

Se seguirmos este andamento, podemos chegar a uma estimativa em

relação ao grau em que a Proposta Pedagógica está alcançando seus objetivos.

Page 229: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

22913 - INCLUSÃO

Na escola existem interesses e necessidades diferenciados, que muitas

vezes se chocam. Como por exemplo, a inclusão.

Recusar um aluno com deficiência, segundo a Lei Federal 7853, de 24/10/89 em seu

art.8 é crime. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) também prevê a

inclusão de “educandos com necessidades especiais” na rede pública de ensino. As

leis não são suficientes, porém quando a escola não quer aceitar portadores de

deficiência. Isto é discriminação.

Uma educação para portadores de necessidades especiais que visa a

exclusão deste aluno do ensino regular está longe de ser ideal.

Esta discussão tão em voga sobre inclusão vem permear uma luta antiga

com relação aos direitos humanos. Tais princípios, que não são novos, têm sido

suscitados, pelo menos desde 1948, quando da Declaração Universal dos Direitos

Humanos.

Em virtude de todo redimensionamento acerca dos conceitos de trabalho,

emprego, sociedade e homem, a educação como sendo a alicerce de toda essa

transformação, tem um papel determinante com relação ao processo inclusivo.

Nesse momento torna-se necessário uma revisão de práticas e paradigmas

por parte de todos os envolvidos no processo.

Sabemos que esse processo segue um padrão de evolução. Num primeiro

momento, portadores de alguma deficiência eram segregados, ignorados, evitados

ou numa forma mais frequente exterminados. Num segundo, há um outro olhar

sobre essa referida parcela da humanidade que é percebida como possuidora de

certas capacidades, ainda que limitadas. Em função desse “novo olhar” se

caracteriza uma “integração” que poderíamos chamar de no mínimo tutelar.

A integração ainda caracteriza exclusão, pois procura mantê-los fora do

olhar. Em seguida, precisamente na década de 60, surge um terceiro momento

denominada “nova integração” ou inclusão propriamente dita. Alguns aspectos são

predominantes nesse momento:

A desmistificação de alguns preconceitos com o crescente avanço

tecnológico e a valorização do ser humano enquanto espécie ameaçada pela sua

própria ignorância.

Page 230: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

230Um pensar sociológico e filosófico que lança luzes sobre um mundo sem

discriminação desta forma democrática.

A globalização que é representada pelo avanço tecnológico que possibilita a

aproximação de todos os povos resultando numa disseminação mais rápida das

informações.

Este conceito de “necessidades educacionais especiais” passa pelos

portadores de deficiência física, pois temos também os “deficientes sociais” aos

quais a escola terá que incluir. Crianças com deficiências temporárias, aqueles que

trabalham fora, que vivem nas ruas, vítimas da violência de guerra e da urbana, de

abusos contínuos físicos, emocionais e sexuais, estão fora da escola e necessitam

desse enquadramento na escola.

Sendo assim podemos concluir por Educação Inclusiva o processo de

inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de

aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus níveis, pois enquanto

cidadão, com respectivos direitos e deveres de participação e contribuição social,

estes indivíduos constroem a nossa sociedade.

CARACTERÍSTICAS QUE PRIVILEGIAM A INCLUSÃO

Um direcionamento para a Comunidade – Na escola inclusiva o processo

educativo é entendido como um processo social, onde todas as crianças portadoras

de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem tem o direito à

escolarização o mais próximo possível do normal. O alvo a ser alcançado é a

integração da criança portadora de deficiência na comunidade.

Vanguarda – Uma escola inclusiva é uma escola líder em relação as demais.

Ela se apresenta como a vanguarda do processo educacional. O seu objetivo maior

é fazer com que a escola atue através de todos os seus escalões para possibilitar a

integração das crianças que dela fazem parte.

Altos Padrões – há em relação às escolas inclusivas altas expectativas de

desempenho por parte de todas as crianças envolvidas. O objetivo é fazer com que

as crianças atinjam o seu potencial máximo. O processo deverá ser dosado às

necessidades da cada criança.

Page 231: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

231Colaboração e Cooperação – há um privilegiamento das relações sociais

entre todos os participantes da escola, tendo em vista a criação de uma rede de auto

ajuda.

Mudando Papéis e Responsabilidades – A escola inclusiva muda os papéis

tradicionais dos professores e da equipe técnica da escola. Os professores tornam-

se mais próximos dos alunos, na captação das suas maiores dificuldades. O suporte

aos professores da classe comum é essencial, para o bom andamento do processo

de ensino – aprendizagem.

Estabelecimento de uma estrutura de serviços – gradativamente a escola

inclusiva irá criando uma rede de suporte para a superação das suas maiores

dificuldades. A escola inclusiva é uma escola integrada à comunidade.

Parceria com os Pais – os pais são os parceiros essenciais no processo de

inclusão da criança na escola.

Ambientes educacionais flexíveis – os ambientes educacionais tem que visar

o processo de ensino – aprendizagem do aluno.

Estratégias baseadas em pesquisas – as modificações na escola deverão

ser introduzidas a partir das discussões com a equipe técnica, os alunos, pais e

professores.

Estabelecimento de novas formas de avaliação – os critérios de avaliação

antigos deverão ser mudados para atender às necessidades dos alunos portadores

de deficiência.

Acesso – o acesso físico à escola deverá ser facilitado aos indivíduos

portadores de deficiência.

Continuidade no desenvolvimento profissional da equipe técnica – os

participantes da escola inclusiva deverão dar continuidade aos seus estudos,

aprofundando-os.

Nesse sentido, inclusão toma um amplo conceito.

A inclusão é:

- Atender aos estudantes portadores de necessidades especiais nas vizinhanças da

sua residência.

- Propiciar a ampliação do acesso destes alunos às classes comuns.

- Propiciar aos professores da classe comum um suporte técnico.

- Perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e

processos diferentes.

Page 232: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

232- Levar os professores a estabelecer formas criativas de atuação com as crianças

portadoras de deficiência.

- Propiciar um atendimento integrado ao professor de classe comum.

O conceito de inclusão não é:

- Levar crianças às classes comuns sem o acompanhamento do professor

especializado.

- Ignorar as necessidades específicas da criança.

- Fazer as crianças seguirem um processo único de desenvolvimento, no mesmo

tempo e para todas as idades.

- Extinguir o atendimento de educação especial antes do tempo.

- Esperar que os professores de classe regular ensinem as crianças portadores de

necessidades especiais sem um suporte técnico.

Page 233: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

23314 - A ESCOLA COMO ESPAÇO INCLUSIVO

A Escola, para que possa ser considerada um espaço inclusivo deve buscar

alternativas que garantam o acesso e a permanência de todas as crianças e

adolescentes no seu interior. Assim, o que se deseja, na realidade é a construção de

uma sociedade inclusiva compromissada com as minorias, cujo grupo inclui os

portadores de necessidades educativas especiais.

Necessitamos de uma Escola que aprenda a refletir criticamente e

pesquisar. Uma Escola que não tenha medo de se arriscar, com coragem suficiente

para criar e questionar o que está estabelecido, em busca de rumos inovadores, e

em resposta as necessidades de inclusão.

Através dos encaminhamentos da disciplina pretende-se compreender o

aluno portador de necessidades educativas especiais respeitando-o na sua

diferença, reconhecendo como uma pessoa que tem determinado tipo de limitação,

mas que possui seus pontos fortes, procurando levar em conta as possibilidades e

as necessidades impostas por essa limitação que a deficiência lhe traz.

Recusar um aluno com deficiência segundo a Lei Federal 7853, de 24/10/89,

em seu Artigo 8, é crime. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) também

prevê a inclusão de “educandos com necessidades especiais” na rede pública de

ensino.

A Educação Especial é definida como uma modalidade de educação que

assegura um conjunto de recursos, apoios e serviços educacionais especiais,

organizados para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir

os serviços educacionais comuns, de modo a garantir e promover o

desenvolvimento das potencialidades dos alunos com necessidades educacionais

especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação.

Sendo assim podemos concluir por Educação Inclusiva o processo de

inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de

aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus níveis, pois enquanto

cidadão, com respectivos direitos e deveres de participação e contribuição social,

estes indivíduos constroem a nossa sociedade.

Page 234: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

234PRODUZINDO PRÁTICAS INCLUSIVAS

Proposta de encaminhamento para desenvolver a aprendizagem e participação de

alunos Surdos:

Oportunizar diferentes situações que informem à comunidade escolar

(alunos, profissionais e familiares) sobre a surdez e suas implicações para o

desenvolvimento e aprendizagem das pessoas surdas;

Conhecer a Língua brasileira de sinais – Libras e sua importância nos

processos de interação e comunicação com pessoas surdas;

Divulgar, na comunidade escolar, especificidades culturais das comunidades

surdas relacionadas a sua produção linguística, literária, artística (teatro, pintura,

esculturas) e tecnológica;

Viabilizar a presença de adultos surdos na escola, por meio de relações com

associações de surdos ou outras referências comunitárias, favorecendo a

experiência bilíngue e as trocas culturais;

Utilizar a língua de sinais na mediação do processo ensino/aprendizagem e

desenvolvimento das atividades escolares, quando estiverem presentes alunos

surdos;

Desenvolver, desde a educação infantil, estratégias para ensino da

modalidade escrita do português, como segunda língua;

Introduzir métodos e estratégias visuais ou alternativas (língua de sinais, alfabeto

manual, gestos naturais, dramatização, mímica, ilustrações, vídeo/TV, retroprojetor

etc.) no desenvolvimento das atividades curriculares, a fim de facilitar a

comunicação e a aprendizagem dos alunos surdos;

Flexibilizar os critérios de avaliação nas diferentes áreas de conhecimento,

valorizando o conteúdo apresentado, ainda que a escrita não corresponda aos

padrões exigidos para o nível/série em que o aluno se encontra matriculado

(palavras inadequadas, omissão ou trocas no uso de elementos de ligação,

verbos...), decorrentes da interferência da Libras, ou da pouca fluência em língua

portuguesa;

Utilizar estratégias de avaliação que permitam o uso de diferentes

linguagens como é o caso da Libras, das artes plásticas (desenho, pintura,

escultura, murais, maquetes, etc) e cênicas (teatro, dramatização, mímica, etc.);

Page 235: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

235Eliminar critérios de avaliação que tenham com pré-requisito a oralidade ou

a percepção auditiva para sua perfeita compreensão (acentuação tônica, tonicidade,

pontuação, ditados e exercícios ortográficos, discriminação de fonemas...);

Planejar atividades com diferentes graus de dificuldade e que permitam

diferentes possibilidades de execução (pesquisa, questionário, entrevista, etc.) e

expressão (apresentação escrita, desenho, dramatização, maquetes, etc.);

Combinar diferentes tipos de agrupamento de alunos, facilitando a

visualização dos alunos surdos e sua consequente interação com o professor e os

colegas (círculos, duplas, grupos, etc.).

Proposta de encaminhamento para desenvolver a aprendizagem e participação com

alunos com Deficiência Física/neuromotora:

Favorecer a participação do aluno em todas atividades culturais, artísticas e

recreativas na comunidade;

Promover, para todos os membros da comunidade escolar, momentos para

ouvir relatos de experiências de vida de pessoas com deficiências, oportunizando a

aproximação da escola com entidades representativas de pessoas com deficiência

física;

Oportunizar a simulação de vivências, pelos alunos, de situações

constrangedoras devido à existência de barreiras físicas e atitudinais na sociedade;

Conhecer as formas alternativas de comunicação utilizadas pelas pessoas

com paralisia cerebral na interação, através de reuniões, palestras, grupos de

estudos;

Divulgar experiências escolares e profissionais bem sucedidas de aluno com

paralisia cerebral, de modo a desmistificar a idéia corrente da associação entre a

deficiência física e mental, na comunidade escolar;

Informar à comunidade escolar sobre o papel mediador do professor de

apoio permanente, de modo a não configurar um atendimento individualizado e

segregativo em sala de aula;

Conhecer e valorizar a linguagem utilizada pelo aluno (códigos de

comunicação como apontar, olhar, sorrir, contecer-se e outros), de acordo com a

sua capacidade funcional;

Page 236: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

236Diversificar o material de apoio pedagógico utilizado na aprendizagem,

conforme os códigos de comunicação estabelecidos, verificando sua aplicabilidade

ao processo de aprendizagem do aluno;

Assegurar que o planejamento das atividades do contexto escolar seja

realizada em conjunto entre o professor regente e o professor de apoio permanente

em sala de aula, oportunizando a autonomia e independência do aluno das tarefas

propostas;

Definir os materiais mais adequados à manipulação do aluno, em relação à

forma, peso, cor e tamanhos;

Buscar informações visando à condução e o manuseio dos facilitadores de

locomoção como: cadeira de rodas, muletas, andadores e/ou outros, utilizados pelos

alunos, bem como se faz uso de órteses e próteses;

Buscar orientações e informações de outros profissionais (psicólogo,

fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, entre outros), que contribuam para o

atendimento às necessidades pedagógicas do aluno;

Flexibilização e adequação de conteúdos, objetivos, metodologia, tempo e

avaliação, buscando alternativas que viabilizem e facilitem o acesso à aprendizagem

pelo aluno, considerando suas possibilidades de locomoção e comunicação;

Adequar a temporalidade das atividades desenvolvidas no contexto escolar,

às possibilidades do aluno, respeitando-se seu ritmo para execução das tarefas

solicitadas;

Apresentar atividades que permitam ao aluno desenvolvê-las com

autonomia e independência;

Manter contato com a família para orientações em relação ao aluno, suas

capacidades e suas necessidades (uso de medicação e outros cuidados essenciais,

que poderão interferir no processo de aprendizagem).

Proposta de encaminhamento para desenvolver a aprendizagem e participação com

alunos com Deficiência Mental:

Promover atividades conjuntas que envolvam o coletivo da comunidade

escolar, objetivando o desenvolvimento de habilidades adaptativas (sociais, de

Page 237: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

237comunicação, cuidado pessoal e autonomia, entre outros) e a participação na vida

em sociedade;

Sensibilizar e conscientizar a comunidade escolar no sentido de reconhecer

que as pessoas com acentuadas dificuldades de aprendizagem, possuem um

potencial diferenciado e que todos são capazes de enfrentar desafios e superá-los,

de acordo com o próprio ritmo;

Oportunizar a participação efetiva dos pais como co-responsáveis na tomada

de decisão na educação de seus filhos;

Levar em conta variáveis como as experiências prévias do aluno, o momento

de início da intervenção educativa, os contextos onde o aluno transita, os resultados

da avaliação no contexto escolar e as inovações tecnológicas entre outros, para o

desenvolvimento real da aprendizagem;

Considerar, para planejamento das atividades a serem propostas, o nível de

desenvolvimento do aluo para que possa haver aprendizagem significativa;

Promover atividades em sala de aula, individuais e em grupos, favorecendo

a relação do aluno com seus pares, oportunizando a troca de informações gerais e a

aprendizagem dos conteúdos escolares, além do exercício das práticas

colaborativas/cooperativas;

Desenvolver atividades que permitam vivenciar a escola na sua totalidade

(biblioteca, pátio, secretaria, cozinha, quadra de esporte, entre outros), de forma

organizada e planejada, favorecendo o desenvolvimento das habilidades adaptativas

Assegurar o desenvolvimento de auto-estima e auto conceito positivos,

oportunizando situações que incentivem os alunos a fazer escolhas e decidir sobre o

que planejar, motivando e reforçando cada aspecto do processo de aprendizagem;

Analisar os conteúdos e objetivos curriculares, sequencia-los e subdividi-los,

organizando tarefas a serem desenvolvidas pelos alunos (em pequenos passos), de

acordo com seu nível cognitivo e as habilidades já desenvolvidas;

Diversificar as estratégias metodológicas para aprendizagem (jogos

pedagógicos, construção de maquetes, desenhos, teatro e música entre outros),

respeitando os interesses e a faixa etária dos alunos;

Eleger técnicas e estratégias metodológicas mais adequadas a cada caso,

evitando-se equívocos e submeter os alunos a tentativas de ensaio e erro, ou

fracassos, que possam causar sua insegurança;

Page 238: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

238Utilizar materiais significativos, conectados com as experiências prévias, os

mais próximos possíveis da realidade do aluno e, dependendo do seu nível cognitivo

e faixa etária, ir gradativamente, e segundo sua evolução, favorecendo os processos

mais complexos de representação simbólica e abstração;

Ter conhecimento prévio ou material a ser utilizado, observando aspectos

relacionados ao seu manejo, funcionalidade e significatividade para a aprendizagem

do aluno;

Planejar a sequenciação de conteúdos matemáticos, incluindo, quando

necessário, elementos gráficos e manipulativos que facilitem a compreensão da

informação pelos alunos;

Realizar avaliação utilizando instrumentos bem estruturados e diversificados

(desenhos, trabalhos práticos, oralidade...), através de situações concretas, o mais

adaptadas possíveis às possibilidades dos alunos;

Adequar as ajudas e recursos disponíveis às necessidades do aluno,

administrando-os de forma eficaz, de forma a favorecer suas aprendizagens;

Favorecer a discriminação e memórias visuais, facilitando processos de

codificação, de observação, atenção, percepção global ou por detalhes, entre outros;

Estar atento aos procedimentos utilizados para dar instruções e apresentar

atividades em sala de aula, fazendo-o de maneira clara e sem interferência,

envolvendo os diversos canais de aula, fazendo-o de maneira clara e sem

interferência, envolvendo os diversos canais de aprendizagem, ressaltando

estímulos mais relevantes ou significativos, solicitando repetição verbal do aluno, de

forma que sua atenção seja focalizada e que a informação seja compreendida para

a realização da tarefa;

Conhecer o grau de coordenação motriz e o desenvolvimento da

psicomotricidade fina do aluno, para realização das tarefas, para prover adaptações

ou ampliação dos materiais do tipo manipulativos;

Refletir sobre as adaptações propostas, de modo a não infantilizar ou

empobrecer o currículo.

Page 239: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

239Proposta de encaminhamento para desenvolver a aprendizagem e participação com

alunos com Deficiência Visual:

Oportunizar diferentes situações que informem à comunidade escolar sobre

deficiência visual e suas implicações para o desenvolvimento e aprendizagem desse

alunado;

Simular vivências na escola que possibilitem a exploração do ambiente

pelos alunos, sem a possibilidade da utilização da visão;

Conhecer as diferentes tecnologias, equipamentos e recursos que auxiliam

a vida acadêmica e pessoal de pessoas com deficiência visual;

Proporcionar atividades envolvendo relatos de experiências de pessoas com

deficiência visual, desmistificando o conceito de incapacidade/impossibilidade que

lhes é atribuído;

Oportunizar a participação dos alunos com deficiência em todas as

atividades escolares;

Explicar verbalmente todo o material, informações e dispositivos

apresentados em aula de maneira visual;

Complementar os textos escritos com outros elementos (ilustrações táteis)

para facilitar a compreensão do aluno;

Realizar ajustes e pequenas modificações que não constituem alterações

expressivas na programação regular e que todos os alunos possam se beneficiar;

Colocar o aluno nos grupos com os quais melhor se identifique;

Usar métodos e técnicas específicos para facilitar o ensino-aprendizagem na

operacionalização dos conteúdos curriculares pelos alunos;

Usar procedimentos, técnicas e instrumentos de avaliação distintos da

classe, quando necessário, sem prejuízo dos objetivos da avaliação e seu conteúdo;

Eliminar atividades que restrinjam a participação ativa e real dos alunos com

deficiência visual, ainda que estejam impossibilitados de executá-las;

Suprir objetivos curriculares que não possam ser alcançados pelo aluno em

razão de sua deficiência, substituindo-os por objetivos e conteúdos acessíveis,

significativos e básicos, que lhe possibilitem a promoção acadêmica;

Introduzir conteúdos e critérios de avaliação à ação educativa,

indispensáveis à educação do aluno com deficiência visual;

Page 240: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

240Flexibilizar a temporalidade, o conteúdo e a avaliação, quando necessário,

levando em conta que o aluno deficiente visual pode atingir os objetivos comuns do

grupo, em um período mais longo de tempo;

Permitir a realização de provas orais, caso necessário, em provas que

exijam a produção de textos extensos;

Substituir gráficos, fluxogramas, tabelas e mapas por textos quando sua

adaptação em relevo não for compreensível.

Proposta de encaminhamento para desenvolver a aprendizagem e participação com

alunos com altas Habilidades/superdotação:

Identificar e reconhecer as necessidades educacionais dos alunos com altas

habilidades/superdotação;

Promover grupos de estudos objetivando desmistificar o tema altas

habilidades/superdotação;

Propor a flexibilização curricular considerando o cotidiano da escola e

levando em conta as necessidades, capacidades dos alunos e os valores que

orientam a prática pedagógica;

Introduzir atividades complementares visando oportunizar práticas

suplementares ou de aprofundamento dos conteúdos;

Adotar metodologias que favoreçam a participação de alunos com diferentes

competências curriculares e estilos de aprendizagem;

Planejar propostas de enriquecimento curricular para toda a escola, para a

sala de aula e no plano individual, caso seja necessária uma programação

específica para o aluno.

Proposta de encaminhamento para desenvolver a aprendizagem e participação com

alunos com Condutas Típicas:

Estimular a participação do aluno em todas as atividades cívicas, artísticas,

esportivas e sociais da escola, juntamente com os demais colegas;

Page 241: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

241Respeitar a diversidade e ressaltar as potencialidades do aluno,

demonstrando receptividade e acolhimento às suas diferenças;

Promover a participação e o envolvimento dos pais e responsáveis nas

decisões, discutindo os progressos e as preocupações e respeito de seus filhos;

Envolver as comunidades locais nas atividades da escola,

independentemente de sua classe ou de sua origem religiosa ou étnica;

Estabelecer valores inclusivos em que os rótulos pejorativos, preconceitos e

visões negativas sejam amenizados para o sucesso e integração de todos os

alunos;

Estabelecer planos claros e positivos para integrar alunos que tenham

dificuldade de adaptação disciplinar;

Promover a discussão sobre condutas indesejadas dos alunos com a equipe

técnico-pedagógica, professores, funcionários e pais, buscando a compreensão do

fenômeno e as soluções possíveis;

Estabelecer, juntamente com os aluno, padrões de conduta para a

convivência coletiva, bem como a definição de consequências para o cumprimento

ou descumprimento do acordado pelo grupo;

Articular a relação de aspectos sócio-familiares e clínico-terapêuticos para

dar apoio e suporte às intervenções necessárias pelo professor;

Realizar trabalho integrado entre a escola, família e os profissionais que

prestam atendimentos complementares ao aluno (psicólogos, psiquiatras,

neurologistas e outros);

Organizar estratégias de formação continuada dos profissionais da escola

para viabilizar o êxito do processo ensino-aprendizagem do aluno;

Estabelecer com os alunos, os limites e as regras necessárias para a

convivência no coletivo da escola;

Realizar, quando necessário, um plano de ensino individualizado que

reconheça as necessidades educacionais especiais do aluno com respostas

pedagógicas adequadas;

Estabelecer relações de conteúdos aprendidos na escola com situações

vivenciadas pelo aluno;

Prever ações e acontecimentos para diminuir a ansiedade do aluno que

apresenta comportamento não adaptativo;

Page 242: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

242Estruturar o uso do tempo, do espaço, dos materiais e a realização das

atividades, de forma a diminuir, ao máximo, o caos que um ambiente complexo pode

representar para o aluno;

Adotar estratégias funcionais na interação e busca de alternativas para

potencializar o cognitivo, emocional, social, motor e/ou neurológico;

Adotar adaptações curriculares de metodologias, conteúdos, objetivos,

avaliações, temporalidade e espaço físico de acordo com as necessidades do aluno.

Page 243: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

243REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Apostila Área do desenvolvimento – Departamento Especial – SEED

Apostila do Simpósio de Educação Especial – Escola Regular

CLAXTON, G. Ensinando a turma toda – as diferenças na escola. Pátio – revista

pedagógica. Porto Alegre: Artmed, Ano V, n.º 20, Fev / Abr, p. 18-28, 2002.

CLAXTON, G. Inclusão Escolar: o que é? Por quê?. São Paulo: Moderna, 2003.

CLAXTON, G. O desafio de aprender ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, 2005.

CORTELLA, M.S. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e

políticos. São Paulo – Cortez, Instituto Paulo Freire, 2001. (Coleção Prospectiva; 5)

ESCOLA – Espaço do Projeto Político Pedagógico. Campinas: Papirus, 1988.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo – Mediação, 2000.

LA TAILLE, Yves de, et. Al. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em

discussão. São Paulo: Summus, 1992.

LDBN 9394/96

MELO, Guiomar Mauro de, Cidadania e competitividade – Desafio educacionais do

terceiro milênio – 2ªed. São Paulo – Cortez, 1994.

MOLON, Susana Inês. Subjetividade e constituição do sujeito. Vygotsky. Petrópolis:

Vozes, 2003.

PARANÁ. Pessoa portadora de deficiência. Integrar é o primeiro passo. Curitiba:

SEED / DEE, 1998.

PERRENOUD, Philippe – Dez novas competências para ensinar – Porto Alegre –

Artes Médicas Sul, 2000.

PIMENTA, Selma Garrido – O pedagogo na escola pública, Loyola, São Paulo –

1991.

POZO, Juan Ignácio. Aprendizes e mestres. A nova cultura da aprendizagem. Porto

Alegre: Artmed, 2002.

PRATES, Marilda. Encontro e Reencontro em Língua Portuguesa: reflexão e ação.

São Paulo: Moderna, 1998.

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3.ª Ed. Porto Alegre:

Artmed, 2000.

SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia Científica: A construção do

conhecimento – Rio de Janeiro – DP&A editora, 1999

Page 244: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

244SAVIANE, Demerval, 1944, Pedagogia Histórico – Crítica – 45ª ed. Campinas – SP –

Autores associados 1995

SEVERINO, ªJ. Filosofia da educação Construindo a cidadania – São Paulo – ftd,

1994.

VÁZQUEZ, A . S. Filosofia da Práxis. Trad. Luiz F. Cardoso. 2.ª Ed. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 1977.

WERNECK, C. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de

Janeiro: WVA, 1997.

Page 245: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

245MARCO OPERACIONAL

15 - RECURSOS HUMANOSNome completo Função ou disciplina de atuaçãoAmélia Junges Educação FísicaAnderson Marcon Tessaro GeografiaÂngela Patrícia Fuchs HistóriaCarla Borba de Oliveira Ed. Artística / Língua PortuguesaCarolina Marcon Tessaro Geografia / Ensino ReligiosoDarci Alves de Oliveira InglêsDenize Maria Ferreira Schelbauer Agente Educacional IDerli Kunze Agente Educacional IDoralice Ferreira Agente Educacional II - SecretáriaElisa Konig da Rosa Agente Educacional IGiani Leichtweis Ruthes Agente Educacional II – BibliotecaIrene de Lima Boaventura Agente Educacional IJaime Nunes MatemáticaJane Cristina Reichardt Elias Ciências/ Ciências e pesquisaJuliana Wilczek de Oliveira Língua PortuguesaJussara Martins Dominico Professora PedagogaPedagogaLúcia Helena Niezer ArteLygia Tavares de Carvalho Língua PortuguesaMaria Tereza Seidel Kalinoski Língua PortuguesaMarilene Maurer de Oliveira Agente Educacional II - BibliotecaMarlene Demétrio Endler Matemática/Ciên./ Ciên e pesquisaMeiri Helen Martins GeografiaMiriam Dallagnol Uhlig DiretoraNelci Terezinha Augustin Agente Educacional I – Merendeira Reginaldo Rodrigues da Luz Professor pedagogoRosane Neundorf Villa Lobos História / Ensino ReligiosoRozi de Lurdes Vanderlinde MatemáticaSilvana Hanssen Hundensky Agente Educacional II – Aux. Sec.Tânia Mara da Silva Roik Educação físicaValdete T. dos Santos Reddin Artes

Page 246: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

24616 - RELAÇÃO DO CORPO DOCENTE E TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

Nome completo Função ou disciplina de

atuação

Período Escolaridade

Amélia Junges Educação Física Matutino Pós-graduaçãoAnderson Marcon

Tessaro

Geografia Mat./Vesp. Superior

Ângela Patrícia Fuchs História Mat./Vesp. Superior Carla Borba de Oliveira Língua Portuguesa Vespertino Pós-graduaçãoCarolina Marcon Tessaro Geografia Mat./Vesp. Pós-graduaçãoDarci Alves de Oliveira Inglês Mat./Vesp. Pós-graduaçãoDenize Maria Ferreira

Schelbauer

Auxiliar de Serviços

Gerais

Mat./Vesp. Ensino Médio

Derli Kunze Auxiliar serviços gerais Mat./Vesp. Ensino MédioDoralice Ferreira Secretária Mat./Vesp Ensino MédioElisa Konig da Rosa Auxiliar serviços gerais Mat./Vesp Ensino MédioGiani Leichtweis Ruthes Apoio técnico

administrativo

Mat./Vesp. Superior

Irene de Lima

Boaventura

Auxiliar serviços gerais Mat./Vesp. Ensino Médio

Jaime Nunes Matemática Vespertino Pós-graduaçãoJane Cristina Richardt

Elias

Ciências/ Ciências e

pesquisa

Mat./Vesp. Pós-graduação

Juliana Wilczek de

Oliveira

Língua Portuguesa Matutino Pós-graduação

Jussara Martins

Dominico

Professor Pedagogo Vespertino Pós-graduação

Lúcia Helena Niezer Arte Matutino Pós-graduaçãoLygia Tavares de

Carvalho

Língua Portuguesa Vespertino Pós-graduação

Maria Tereza Seidel

Kalinoski

Língua Portuguesa Matutino Superior

Marilene Maurer Oliveira Apoio técnico

administrativo

Mat./Vesp. Pós-graduação

Marlene Demétrio Endler Matemática/Ciências

/pesquisa

Mat./Vesp. Pós- graduação

Meiri Helen Martins Geografia Matutino Pós-graduaçãoMiriam Dallagnol Uhlig Diretora Mat./Vesp. Pós-graduaçãoNelci Terezinha Augustin Merendeira Mat./Vesp. Ensino MédioReginaldo Rodrigues

Luz

Professor pedagogo Matutino Pós- graduação

Rosane Neundorf V. História / Ensino Relig. Mat./Vesp. Pós- graduação

Page 247: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

247

LobosRozi de Lurdes

Vanderlinde

Matemática Mat./Vesp. Pós- graduação

Silvana Hanssen

Hundensky

Apoio técnico

administrativo

Mat./Vesp. Superior

Tânia Mara da Silva Roik Educação física Vespertino Pós- graduaçãoValdete Terezinha dos

Santos Reddin

Artes Mat./Vesp. Superior

16.1 - GESTÃO ESCOLAR

A escola constitui um organismo social, vivo e dinâmico, uma cultura que

não se reduz ao somatório de salas de aulas onde os professores são responsáveis

pelo trabalho pedagógico que desenvolvem. A constituição da escola é tecida por

uma rede de significados que se encarrega de criar os elos que ligam passado e

presente, instituído e instituinte e que estabelece as bases de um processo de

construção e reconstrução permanentes.

A educação se situa na categoria de trabalho não material, esta aí sua

importância, age diretamente com o ser humano, formando mentes. Com essa

compreensão faz-se necessário definir a sua gestão. A gestão escolar significa

tomar decisões sobre o que se ensina e como se ensina a partir de que finalidades,

a que se destina e com que objetivo o que implica no compromisso, a fim de garantir

que a educação se faça com a melhor qualidade para todos possibilitando, desta

forma, que a escola cumpra sua função social e seu papel político institucional.

A escola é organizada para atingir objetivos, e orientar decisões no que se

refere aos programas e currículos, bem como a quantidade e qualidade dos

equipamentos pedagógicos, analisando a qualificação profissional dos componentes

da instituição. A quem se propõe a trabalhar, precisa entender claramente o que a

escola tem como objetivo e ainda contribuir para o aperfeiçoamento da mesma.

A necessidade do desempenho da escola é particularmente relevante para

diretor e os professores que desempenham um papel essencial da mais alta

responsabilidade no processo educacional.

O diretor da escola exerce uma função bastante complexa em que podem

distinguir três aspectos:

Page 248: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

248* o de autoridade escolar;

* o de educador;

*o de administrador;

O primeiro diz respeito a grande soma de responsabilidades no que se

passa na escola. Representa a escola em eventos a que se é convocado pela

qualidade de diretor, quando preside reuniões na escola, quando confere

certificados e diplomas, aí ele age como autoridade escolar dado como alguém que

personifica a instituição a que pertence.

O segundo revela o bom profissional que precisa ter uma certa dose de

conhecimento da atividade realizada. Ele antes de tudo é um educador, porque

também participa da contextualização do ensino no estabelecimento, direcionando e

estando atento as consequências educativas de suas decisões e atos, pois quando

desempenha sua função, preocupa-se com o bem estar dos alunos.

O terceiro faz-se atingir os objetivos que a escola tem e assume a liderança

para assegurar a consecução desses objetivos. O planejamento a organização do

trabalho, a coordenação dos esforços, a avaliação de resultados fazem parte do seu

dia a dia de trabalho, enquanto ele se envolve com estas atividades está

desempenhando sua função de administrador.

Para que o funcionamento da escola seja bem integrado ao seu programa

de trabalho é necessário uma direção competente para nortear todos os

componentes da instituição. Quando o diretor é dedicado e capaz, ele encontra

meios para remediar eventuais deficiências da escola.

A construção de uma escola em que a participação seja uma realidade

dependente da ação de todos requer a articulação entre os diversos segmentos que

a compõem.

A efetivação da gestão democrática é sempre processual e de permanente

vivência e aprendizado. É um processo pedagógico porque envolve conhecimento

da legislação, discussão e participação da equipe escolar.

O diretor precisa estar atento a todas as oportunidades para a melhoria da

imagem da escola. Contribuem positivamente para isto:

* desenvolver um programa de melhoria do desempenho escolar tendo boa imagem

e bom desempenho;

* descobrir ocasiões para trazer pais, evitando encontros só para discussão de

problemas com alunos.

Page 249: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

249* esclarecer para professores e funcionários sobre a importância de tratar com

urbanidade todas as pessoas que procuram a escola;

* cuidar dos aspectos materiais, conservando a aparência física, pois constitui a

primeira impressão que alguém tem quando chega à escola;

* ter responsabilidade quanto a documentação que constitui a instituição;

16.2 CONSELHO ESCOLAR

Para que haja uma gestão democrática na escola é fundamental a existência

de espaços propícios para que novas relações sociais entre os diversos segmentos

escolares possam acontecer. Assim o Conselho Escolar constitui um desses

espaços juntamente com o Conselho de Classe, a APMF e outros.

O Conselho Escolar possui uma característica própria, ele se constitui numa

forma colegiada da Gestão Democrática, a gestão deixa de ser domínio de uma só

pessoa e passa a ser colegiada, na qual os seguimentos escolares e a comunidade

se juntam e constroem uma educação de qualidade, dividindo assim as

responsabilidades. Ele é um órgão consultivo, deliberativo e de mobilização

importante do processo, não sendo um instrumento de controle externo, mas como

um parceiro das atividades desenvolvidas no interior da escola. Sua participação

está ligada à essência do trabalho escolar, acompanhando o desenvolvimento da

prática educativa, do processo ensino aprendizagem, focalizando á sua principal

tarefa.

O Conselho Escolar contribui na construção de uma educação democrática

e emancipadora, discutindo o tipo de educação que se desenvolve na escola,

iniciando uma ação consciente e ativa, buscando sempre uma discussão,

acompanhando uma deliberação e incentivando uma cultura democrática.

É com a compreensão da natureza político-educativa dos Conselhos

Escolares que estes devem deliberar sobre a gestão administrativo-financeira das

unidades escolares, visando construir uma educação de qualidade social, tendo as

seguintes funções;

A) Deliberativas- quando decidem sobre o projeto pedagógico e outros assuntos da

escola, aprovam soluções para problemas, garantem a elaboração de normas

Page 250: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

250internas e o cumprimento das normas de ensino e decidem sobre a organização e

funcionamento geral da escola, propondo à direção as ações a serem

desenvolvidas.

B) Consultivas- quando assessora analisa as questões da escola, apresenta

sugestões ou soluções que podem ou não serem acatadas pela direção da unidade

escolar.

C) Fiscais- quando acompanha a execução das ações pedagógicas, administrativas

e financeiras, avalia e garante o cumprimento das normas escolares e a qualidade

social do cotidiano escolar.

D) Mobilizadora- quando promove a participação de forma integrada dos

representantes da escola e da comunidade em diversas atividades, contribuindo

para a democracia participativa e para a melhoria da qualidade da educação.

Cabe ao diretor da escola convocar a todos para organizar a eleição do

colegiado, para iniciativa da criação do Conselho Escolar, fazendo parte desse

conselho a direção, da escola, representação dos alunos, dos pais ou responsáveis,

dos professores dos funcionários não docentes e da comunidade local, existindo

somente quando está reunido, sendo o diretor o mediador de todo processo, ele

poderá ou não ser o presidente, isso fica a critério de cada conselho estabelecido

pelo regimento interno.

A primeira atribuição do Conselho Escolar é elaborar o regimento interno do

mesmo, definindo ações importantes como calendário de reuniões, substituição de

conselheiros, condições de participação do suplente, processo de tomada de

decisão, indicação das funções do conselho. Elaboração, discussão e aprovação do

projeto pedagógico da escola, quando este já existe, cabe ao conselho avaliá-lo

propor alterações e programá-lo.

16.3 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é o órgão consultivo, normativo e deliberativo em

assuntos didáticos pedagógicos e disciplinares com atuação dos profissionais da

instituição.

Page 251: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

251O Conselho de classe na Escola Estadual “Inácio Schelbauer” Ensino

Fundamental:

*Referente ao número de turmas existentes,

*Reúnem-se profissionais que atuam na escola: diretor, professor pedagogo,

professores e representantes de cada turma;

* As reuniões são feitas ao término de cada bimestre, com dias previstos em

calendários.

*Quando há um fato que necessite da decisão do conselho de classe, este se reúne

por convocação do diretor ou por solicitação de um dos membros.

*É obrigatório a todos os envolvidos participarem das reuniões; ele analisa as

informações apresentadas pelos diversos professores sobre cada aluno, quanto ao

seu rendimento, atitudes, interesses e condições de saúde, propõe medidas para

melhoria do aproveitamento, integração e relacionamento dos alunos; estabelece

planos viáveis de recuperação em consonância com o plano curricular da instituição;

decide sobre aprovação ou reprovação dos alunos.

O Conselho de Classe contribui no auxílio do processo coletivo de

acompanhar e avaliar o ensino e a aprendizagem, possibilitando a inter-relação

entre os componentes da escola. As decisões tomadas pelo Conselho e Classe são

registradas em atas e assinadas por todos os participantes.

16.4 - ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS (APMF)

A escola realiza eficazmente seu trabalho, contando com a comunidade que

está sempre presente, uma das amostras dessa parceria é através do mecanismo

da APMF, que se revestem de diversas formas; programas, execuções desses

passeios, promoções, participação em atividades de cultura e lazer; bem como a

discussão de problemas da comunidade, apresentando soluções.

A APMF junto com a escola tem grande poder para organizar atividades. Ela

oferta materiais propõe locais para atividades extra-escolares. A escola não

monopoliza a liderança e nem controla as atividades comunitárias, pois ela estimula

o surgimento de novas organizações, assim cumprindo seu papel junto à

comunidade e contribuindo para a solução global dos alunos, onde esses aprendem

Page 252: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

252na prática a participar socialmente, a influir na tomada de decisões, exigindo o

respeito aos seus direitos de cidadãos e construir comunitariamente o mundo em

que vivem.

Na Escola Estadual “Inácio Schelbauer” Ensino Fundamental, a APMF fica

fundada como uma instituição de personalidade jurídica de direito privado sem fins

lucrativos, que propõe a promover a união entre professores, pais, funcionários e a

comunidade, visando a educação integral, intelectual, moral, social, cívica e física do

educando.

Os recursos financeiros da APMF são arrecadados através de promoções

como: bingo, rifas empregando essas rendas no estabelecimento de ensino, como

materiais didáticos, livros, jogos pedagógicos equipamentos, construção e

manutenção da mesma. Ela é composta por:

*Presidente e vice-presidente, formado por pais de alunos.

* 1º e 2º Secretário

*1º e 2º Tesoureiro.

* representantes dos alunos

* representantes dos funcionários

* conselho deliberativo

* representantes da comunidade.

16.5 - PEDAGOGO

A educação vem sofrendo várias transformações, com a implantação da Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei9394/96-20/12/1996-assegurando a

todos a formação básica para cidadania norteando os currículos e seus conteúdos

mínimos de forma flexível. Ela não pode ser vista como um depósito de informações,

pois é em todas as suas dimensões um grande desafio.

Neste novo mundo é preciso que toda a população tenha escolaridade

básica e de qualidade, porque em qualquer das dimensões da cidadania é

necessário para que as pessoas consigam absorver essas mudanças, ponto básico

para participar da vida em sociedade.

Page 253: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

253A escola como uma instituição social não deve apenas ser um espaço de

transmissão de conhecimentos, mas também preocupar-se com a formação global

dos alunos, numa visão em que o conhecer e o intervir no real se encontrem. A

escola é um meio insubstituível de contribuição para as lutas democráticas. Se as

atitudes puderem revelar os sentimentos para que eles possam ser compreendidos

e colocados a serviço da aprendizagem, o mundo será menos idealizado, gerando

mais desejo de aprender.

A escola vive uma complexidade e passa também a complementar-se,

desempenhando papéis que antes eram atribuídos a outras instituições sociais

como: igreja, família.

Hoje a escola precisa ser parceira, auxiliar os pais no resgate da conduta de

aprendiz, da necessidade de cumprir as normas necessárias para que o ensino

aconteça do papel do cidadão que vai utilizar seus conhecimentos em prol da

sociedade.

Na verdade a escola deve utilizar-se da mídia esclarecendo as informações,

auxiliando na organização e na crítica dessas informações fragmentadas e

transformando-as em conhecimento significativos que por meio deles o sujeito possa

se tornar mais humano, capaz de saber, fazer, ser, conviver.

A escola precisa atuar, num cenário que coloca novos desafios para os

educadores, sendo o professor mais criativo e que aprenda com o aluno e com o

mundo. A preocupação é compreender a trama das relações existentes entre os

fatores que atuam no sistema educacional e que respondem por seus problemas.

A educação é um fenômeno complexo, produto do trabalho de seres

humanos, e como tal responde aos desafios que diferentes contextos políticos e

sociais lhe colocam. Ela relata e reproduz a sociedade e também projeta a

sociedade que se quer, por isso vincula-se profundamente ao processo civilizatório e

humano.

Hoje conhecer é mais do que obter as informações, significa trabalhar as

informações, analisar, organizar, identificar suas fontes, estabelecer as diferenças

destas na produção da informação, contextualizar, relacionar informações e a

organização da sociedade. Trabalhar as informações e transforma-las em

conhecimentos é tarefa da escola. Por isso esse espaço precisa contar com

profissionais competentes, fundamentados em saber cientifico, adquirindo em fontes

Page 254: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

254diversas, como cursos de formação, através da troca com colegas enfim estar

sempre buscando novos conhecimentos.

Segundo o artigo 61 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, a formação

de profissionais da educação, de modo atender aos objetivos dos diferentes níveis e

modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do

educando, terá como fundamento:

- Associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviços;

- Aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e

outras atividades.

Sabe-se que essa capacitação entre teoria e prática e o aproveitamento das

experiências se constróem a partir do encontro de diferentes tipos de saber,

envolvendo conceitos e princípios pedagógicos.

O especialista é o profissional que dedica seus estudos a uma determinada

área do conhecimento, buscando fazer pesquisa e contribuindo para a qualidade do

ensino, ele busca o equilíbrio entre sua competência e a competência pedagógica,

pois ambas são importantes, configuram-se na teoria e na prática concebendo assim

a educação como um processo construtivo e permanente que une a instituição a

vida do profissional.

Page 255: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

25517 – GRÊMIO ESTUDANTIL

A Secretaria de Estado da Educação entende que toda representação

estudantil deve ser estimulada, pois ela aponta um caminho para a democratização

da escola. Por isso, o grêmio nas escolas públicas deve ser estimulado pelos

gestores da escola, tendo em vista que ele é um apoio à direção numa gestão

colegiada.

Os grêmios estudantis compõem uma das mais duradouras tradições da

nossa juventude. Pode-se afirmar que no Brasil, com o surgimento dos grandes

estabelecimentos de ensino secundário, nasceram também os Grêmios Estudantis,

que cumpriram sempre um importante papel na formação e no desenvolvimento

educacional, cultural e esportivo da nossa juventude, organizando debates,

apresentações teatrais, festivais de música, torneios esportivos e entre outras

festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis representam para muitos jovens

os primeiros passos na vida social, cultural e política. Assim, os grêmios contribuem,

decisivamente, para a formação e enriquecimento educacional de grande parcela da

nossa juventude.

O regime instaurado com o golpe militar de 1964 foi, entretanto, perverso

com a juventude, promulgado leis que cercaram a livre organização dos estudantes

e impediram as atividades dos grêmios. Mas a juventude brasileira não aceitou

passivamente essas imposições.

Em muitas escolas, contrariando as leis vigentes e correndo grandes riscos,

mantiveram as atividades dos grêmios livres, que acabaram por se tornar

importantes núcleos democráticos de resistência a ditadura. Com a democratização

brasileira, as entidades estudantis voltaram a ser livres, legais, ganhando

reconhecimento de seu importante papel na formação da nossa juventude. Em 1985,

por ato do Poder Legislativo, o funcionamento dos grêmios estudantis ficou

assegurado pela Lei 7.398, como entidades autônomas de representação dos

estudantes.

Page 256: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

25618 - PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES

A lei 9394/96 busca o plano desenvolvimento da pessoa humana. É

essencial um novo projeto para a formação do professor.

O profissional da educação, como ser pensante, da sociedade, das idéias,

das teorias, deve abrir caminhos que levam a novos saberes.

Este trabalho nos convida a um processo de conscientização de nós

mesmos.

Qual o profissional que queremos nos tornar?

Qual é a missão de ser professor, em relação ao ser que cresce?

Refletir, ver, compreender, expressar, descobrir, assumir a realidade. Ser

responsável e ser elemento do mundo da realidade.

Educação efetiva, real e cidadã são uma luta na construção do ser diferente,

educar e reeducar-se.

Uma nova concepção de educação está surgindo, pois o Brasil exige um

novo professor.

É necessário trabalhar de forma contextualizada, interdisciplinar, porém não

estamos preparados, bem como, não vivenciamos esta experiência enquanto

alunos.

Se precisarmos inovar, precisamos também oportunidades de estudo e

renovação de conhecimentos.

Assim é importante este planejamento de formação continuada, através da

oportunização de momento de reflexão e estudo, individual ou coletivamente.

Portanto propomos:

- Estudos dirigidos por disciplinas.

- Reuniões pedagógicas ressaltando a valorização humana e profissional.

- Palestras de diversos profissionais.

- Momentos de discussão com profissionais de áreas e ou disciplinas para troca de

experiências e conhecimentos.

- Apoio para a participação de cursos, seminários, palestras para enriquecimento

pedagógico.

- Liberdade para elaboração de diversos projetos, bem como, sua aplicação.

- Apoio de livros e materiais, para leitura e aprimoramento dos conhecimentos.

Page 257: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

257- Participação na elaboração dos critérios de avaliação e sua aplicabilidade.

- Procurar a mobilidade do seu planejamento como um forte aliado ao

desenvolvimento intelectual do aluno.

- Desenvolver uma avaliação diagnóstico continuo, visto que o aluno está sempre

em desenvolvimento.

Page 258: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

25819 – BIBLIOGRAFIA

Apostila Área do desenvolvimento – Departamento Especial – SEED

CELESTINO, Ayrton Gonçalves. Os bucovinos do Brasil. Curitiba: Torre de Papel,

2002.

CLAXTON, G. Ensinando a turma toda – as diferenças na escola. Pátio – revista

pedagógica. Porto Alegre: Artmed, Ano V, n.º 20, Fev / Abr, p. 18-28, 2002.

CLAXTON, G. Inclusão Escolar: o que é? Por quê?. São Paulo: Moderna, 2003.

CLAXTON, G. O desafio de aprender ao longo da vida. Porto Alegre: Artmed, 2005.

CORTELLA, M.S. A escola e o conhecimento: fundamentos epistemológicos e

políticos. São Paulo – Cortez, Instituto Paulo Freire, 2001. (Coleção Prospectiva; 5)

ESCOLA – Espaço do Projeto Político Pedagógico. Campinas: Papirus, 1988.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo – Mediação, 2000.

LA TAILLE, Yves de, et. Al. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em

discussão. São Paulo: Summus, 1992.

LDBN 9394/96

MELO, Guiomar Mauro de, Cidadania e competitividade – Desafio educacionais do

terceiro milênio – 2ªed. São Paulo – Cortez, 1994.

MOLON, Susana Inês. Subjetividade e constituição do sujeito. Vygotsky. Petrópolis:

Vozes, 2003.

PARANÁ. Pessoa portadora de deficiência. Integrar é o primeiro passo. Curitiba:

SEED / DEE, 1998.

PERRENOUD, Philippe – Dez novas competências para ensinar – Porto Alegre –

Artes Médicas Sul, 2000.

PIMENTA, Selma Garrido – O pedagogo na escola pública, Loyola, São Paulo –

1991.

POZO, Juan Ignácio. Aprendizes e mestres. A nova cultura da aprendizagem. Porto

Alegre: Artmed, 2002.

SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3.ª Ed. Porto Alegre:

Artmed, 2000.

SANTOS, Antonio Raimundo dos. Metodologia Científica: A construção do

conhecimento – Rio de Janeiro – DP&A editora, 1999

Page 259: ESCOLA ESTADUAL “INÁCIO SCHELBAUER” ENSINO FUNDAMENTAL · que consciente dos objetivos a serem trabalhados, seus significados e os valores que sustenta, reavaliam a cada dia

259SAVIANE, Demerval, 1944, Pedagogia Histórico – Crítica – 45ª ed. Campinas – SP –

Autores associados 1995

SEVERINO, A. J. Filosofia da educação Construindo a cidadania – São Paulo – ftd,

1994.

VÁZQUEZ, A . S. Filosofia da Práxis. Trad. Luiz F. Cardoso. 2.ª Ed. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 1977.

WERNECK, C. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de

Janeiro: WVA, 1997.