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1 EQ651 - Material Elaborado pelas Profas. Katia Tannous e Sandra C.S. Rocha EQ651 – Operações Unitárias I Capítulo II – Dinâmica de Sistemas Sólido-Fluido

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EQ651 – Operações Unitárias I

Capítulo II – Dinâmica de Sistemas Sólido-Fluido

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Caracterização de Partículas

Caracterização de Tamanho e Forma de Partículas Sólidas

Personagem principal no estudo de sistemas particulados

Material Sólido

• Parte integrante do material de processo• Produto ou subproduto gerado no processo• Resíduo de descarte

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Tipos de sólidos: quanto ao tamanho e massa específica

Homogêneo: mesmo tamanho, forma e massa específicaHeterogêneo: ampla faixa de tamanho, forma e massa específica

Classificação em tamanho e forma de partículas

Realizada através de operações que se utilizam da dinâmica do sistema sólido-fluido (elutriação), ou de outras operações puramente mecânica. Baseiam-se nas características físicas do material.

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Análise Granulométrica de Partículas

Distribuição de tamanhos de partículas

Usa-se com frequência peneiras padronizadas da série Tyler

Análise em Peneiras

Série de peneiras Tyler Apêndice C8 Foust et al., 1982- Princípios dasOperações Unitárias

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ochaTabela – Série de peneiras padrão

Designação da peneira Abertura da peneira

Diâmetro nominaldo arame (fio)

Designação Tyler

mm inmm inStandard Alternativa

107,6 4,24 107,6 4,24

60 mesh48 mesh

6050

Ex.: peneira nº6 – abertura: 3,36 mm ou 0,132 in

Designação tyler: outra maneira comumente usada para se referiras peneira

Mesh: número de abertura por polegada linear

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Menor peneira: padronizada – 400 mesh – abertura = 0,037 mmpartícula < 37 µm.

Sistemas Padronizados

Tyler (International Standard Organization)

Sólidos Grosseiros: abaixo de 4 mesh ( > 4700µm)Finos: 4 mesh a 48 mesh (300-4700 µm)Ultra-finos: 48 a 400 mesh (38-300 µm)

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Equipamentos

• Peneiras com base vibratória

• Microscopia Eletrônica de Varredura(MEV)

•Difração de Raio Laser

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Peneiras com Base Vibratória

Figura 1. Agitador eletro-magnético e peneiras redondas para análise granulométrica Figura 2. Distribuição das partículas

nas peneiras

(http://www.bertel.com.br/mostruario.html)

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Microscopia Digital

Camera CCD

ImagemDigital

Figura 3: Imagem de um microscópio digital e processamento

Interface ImagemProcessadae AnalisadaControle das Lentes

(http://www.dcmm.puc-rio.br/cursos/micquant/index_files/frame.html)

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Exemplos

(a) (b)

Figura 4. Micrografias obtidas pelo MEV: a) esferas de vidro; b) areia; c) alumina(Santos E.S., Estudo de Mistura e Segregação em Leito Fluidizado de Partículas Polidispersas, Tese de Mestrado, Unicamp, 1997)

(c)

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Figura 5. Micrografias de um polímero (PE alta densidade) obtidas pelo MEV

(Ref.: Tannous K e Soares J.B.P., Gas Phase Polymerization of Ethylene Using SupportedMetallocene Catalysts: Study of Polymerization Condition, Macromolecular Chemistry and

Physics, issue 13/2, julho de 2002)

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Difração de Raios Laser

Figura 6: Analisador de partículas por difração a Laser

(http://www.shimadzu.com.br/analitica/port/Produtos/SALD/images/sald3101.jpg)

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Análise Granulométrica Típica:

Massa total: 142,5 g

Peneiras selecionadas: 35, 42, 48 e 60

Tyler di(cm) Mretida(g) xi X(%)=(100X)

32-3535-4242-4848-60

0,4560,3840,3230,272

0,7491,3248,741,70

0,0050,6410,3420,012

99,4835,401,190,0

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Nomenclatura (32-35) -32+35, ou seja, passa pela peneira 32,

mas fica retida na peneira 35.

di = (d32+d35)/2 = (0,495+0,417)/2 = 0,456 mmX = fração em peso menor que di (distribuição granulomérica)

Tyler X X(%)=(100X)

32-3542-48

99,481,19

[(142,5-0,74)/142,5=0,9948[(142,5-0,74-91,32-48,74)/142,5]=0,0119

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Expressões para o cálculo de dp

1. Diâmetro da partícula, cujo volume é igual ao volume médio de todas as partículas

=

3

3 1

i

ip

dx

d

2. Diâmetro da partícula, cuja área superficial é igual à média das áreas superficiais de todas as partículas

=

3

2

i

i

i

i

p

dx

dx

d

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3. Diâmetro da partícula cuja relação superfície/volume é a mesma para todas as partículas

Diâmetro Médio de Sauter (dps)

=

i

ips

dxΣ

1d

• Dependendo da situação os resultados são melhores, e é tradicional utilizar uma ou outra definição. Em sistemas particulados (escoamento em meios porosos), cinética e catálise a definição mais utilizada é a de Sauter.

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Modelos de Distribuição

1. Gates-Gaudin-Schumann

100i

mi dK eK d onde

KdX =<

=

X=fração das partículas com diâmetro menor de dim=1 (distribuição uniforme)m 1(casos usuais)≠

X

di

m<1

m>1

K

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Determinação de m: ln(x) = m ln(di/K)

tg α = m

ln X

α

ln (di/K)

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2. Rosin-Ramler-Bennet

d d´ onde 1X 63,2d´di

=−=

n

e0,632

d63,2 di

X

X-1 d´di

n

e

= X-1

1 d´di

n

e

=

d´d

X-11ln i

n

=

d´dln

X-11lnln i

=

n

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3. Log Normal

[ ] ( )( )σln2

/dlnz onde 2

erf(z)1X 50i d=

+=

∫ −=z

02 )dyyexp(

π2erf

Para ajustar uma distribuição log-normal

19,15

50

50

1,84 ≥==dd

dd

σ

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Esfericidade

partícula da superfície da áreapartículadavolumeigual deesferadasuperfíciedaáreaφ =

Ex.: esfericidade de um cilindro equilátero (D=H)

Vesfera=Vcilindro

H4

πD6πd 23

=4πD

6πd 33

= D3/1

23d

=

D

H

0,873D

D2

32

3D2d

πDH4D2πd

SSφ 2

22/3

2

2

2

2

c

e =

==+π

==

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Outras propriedades importantes

Propriedades Importantes: • Porosidade, distribuição de tamanhos de poros e tipos de

poros• Densidade real e aparente• Área superficial

Essas propriedades influenciam processos importantes:• Adsorção / dessorção de líquidos e gases em sólidos• Reações catalíticas• Processos de separação

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Porosidade de materiais sólidos

Tipos de Poros: poros interconectado ou efetivo e poros isolados (fechados) ou não-interconectados. Existem ainda os poros cegos ou “dead-end”, que são interconectados apenas por um lado.

Figura 7: Partícula porosa com os três tipos de poros

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Vazios não-interconectados ou poros isolados não contribuem para o transporte da matéria através do material poroso, apenas os poros interconectados ou efetivos podem contribuir.

Poros cegos, ainda que possam ser penetrados por fluidos, contribuem muito pouco para o transporte de matéria (Dullien, 1992).

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Classificação dos Poros

Classificação dos poros conforme o tamanho (Allen, 1997):

- Macroporos - têm amplitude superior a 50 nm;

- Mesoporos - amplitude de 2 a 50 nm;

- Microporos - amplitude de 0,6 a 2 nm,

- Ultramicroporos - têm amplitude menor que 0,6 nm.

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POROSIDADE: é a fração de espaços vazios. É a relação entre o volume ocupado pelos poros e/ou vazios e o volume total da amostra.

partícula da totalvolumeabertos poros dos volume

=oε

pó do totalvolume vaziose abertos poros dos volume

Porosidade da partícula

Porosidade do pó

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Dependendo do tipo do meio poroso, a porosidade pode variar de próximo de zero até perto da unidade. Por exemplo, metais e alguns tipos de pedras vulcânicas têm porosidades muito baixas, enquanto filtros fibrosos e isolantes térmicos são substâncias muito porosas (Dullien, 1992).

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Métodos Experimentais para Porosidade

Método direto:• medir o volume “bulk” (aparente) de uma amostra porosa• destruir de alguma maneira os vazios• medir o volume de sólido apenas

Método óptico:• propriedades ópticas para identificar os poros• impregnar os poros com cera ou plástico para tornar os poros mais visíveis

Limitações:• apenas poros interconectados são penetrados• poros pequenos podem não ter sido impregnados

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Método de Imbebição

• Imergir a amostra em um fluido molhante• Sob vácuo, causar a imbebição de todos os espaços • Amostra é pesada antes e depois da imbebição• Com a diferença das massas e densidade do líquido, obtém-se o volume de poros

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Método de intrusão de mercúrio

O volume “bulk da amostra é determinado pela imersão da amostra

no mercúrio (baixa pressão)

• Muitos materiais não são molhados pelo mercúrio – o líquido não

penetra nos poros

• Impõe-se pressão alta na câmara contendo a amostra, forçando o

mercúrio nos poros

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O porosímetro de Hg mede a porosidade e a distribuição de tamanhos de poros na amostra

Usa a equação de Washburn: D é o diâmetro do poro γ é a tensão superficialθ é o ângulo de contato P a pressão.

Pcos4

Dθγ-

=

A equação considera que todos os poros são cilíndricos e que eles se esvaziam completamente quando a pressão é reduzida a zero.

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Dados obtidos em um porosímetro de Intrusão de Hg:

• Volume acumulado de poros x diâmetro de poro• Diâmetro médio de poros• Porosidade média• Densidades real e aparente do material

Outros equipamentos para determinação de porosidade de sólidos ....

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Densidade de Materiais Sólidos

Densidade: propriedade definida como massa por unidade de volume

Densidade real: poros os excluindo volumemassa

s =ρ

Densidade aparente ou efetiva: ρ totalvolume

massa=ef

Onde: volume total = vol. de sólido + vol. de poros

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• Densidade de sólidos normalmente obtida por deslocamento de líquido em equipamento chamado de picnômetro

Picnômetro comum – recipiente com volume calibrado para determinado fluido (normalmente água) à determinada temperatura

Densidade de sólido por picnometria Material insolúvel nolíquido

[ ] ( )[ ]( ) O2HolsO2HpicsolO)2H(picsol /ρmassamassamassa

sólido de massaρ+++ −+

=

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Figura 8: Esquema do Picnômetro a Gás Hélio

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ochaPrincípio de medição:

• Volume da amostra calculado pela mudança de pressão observada no gás Hélio quando este se expande de uma câmara contendo a amostra para a outra câmara, sem amostra.

• Para massa da amostra conhecida, determina-se a densidade domaterial

É considerado um método bastante preciso de determinação dedensidade real de sólidos. Disponibilidade de modelos automáticos

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Área Superficial de Sólidos

Área superficial específica: definida como a área superficial dosporos por unidade de massa (S) ou volume (Sv) do material poroso

Propriedade importante para:• adsorção• determinação da efetividade de catalisadores• filtração, etc...

Área superficialda partícula

Em vermelho

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Métodos Experimentais para Área Superficial

Os equipamentos para medida da área superficial utilizam aTeoria de Adsorção de Gases em Sólidos

Teoria mais simples: modelo de Langmuir

Assume que apenas uma camada de moléculas de gás é adsorvida no sólido. A partir das equações do modelo, quantifica a área superficial do material

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Métodos Experimentais para Área Superficial

Método mais utilizado: Brunauer, Emmet e Teller,conhecido como método BET

É uma extensão do modelo de Langmuir, corrigindo para a Adsorção de mais de uma camada de moléculas de gás.A partir das equações do modelo, quantifica a área superficial do material.

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Dinâmica da Partícula Sólida

A 2o lei de Newton estabelece que o que atuam em um sistema é igual a taxa de mudança de momentum linear do sistema.

Fr

vm.P onde ,dtPdF rvr

==∑r

ou

Para uma partícula de massa m, que atuam na partícula é a taxa de mudança de momentum linear da partícula ( quantidade de movimento da partícula).

F∑≡

r

dtvdmFrr

=∑

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Para uma partícula caindo em um fluido,

kep FFFdtvdm

rrrr++=

dp ρ

eFkFr

pFr

ρs

ou

r

kFg.V.ρg.mdtvdm

rrrr

+−=

ks Fg.V.ρg.V.ρdtvdm

rrrr

+−=

( ) ks Fg.Vρρdtvdm

rrr

+−=

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ocha?Fk =

r

ur velocidade do fluidovelocidade da partículavr

vrur

Força de atrito está relacionada à velocidade relativa ( )vu rr −

Define-se o coeficiente de arraste: CD

( )vuvu.C.A.ρ21F DK

rrrr−−=

( )vuvuρ21

A/FC KD rrrr

−−=

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onde:

A – área da partícula projetada na direção do escoamento

4d

A2

pπ=Esfera :

CD é função do fluido (ρ,µ) e da partícula (ρs,dp e forma)

µ−ρ

=vud

Re pp

rrCD=f(Rep, forma) onde:

0dtvdm =r

Caso particular da equação do movimento:

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0dtvd=

rou Escoamento da partícula sem aceleração

0F =∑r

Movimento uniforme

Velocidade Terminal: velocidade atingida pela partícula em condições de equilíbrio de forças ( ) em um fluido em repouso.0F =∑

r

0ue vv t == rrr

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( ) 2tDs vAC

21Vg0 ρ−ρ−ρ=Equação do movimento

tv

( )D

stAC

gV2vρ

ρ−ρ=

Parâmetro importante no projeto de equipamento de separação

* Partindo do repouso, há um período de aceleração da partícula de velocidade terminal uniforme.

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Estimativa de CD

CASO 1: Escoamento lento de uma esfera caindo em um fluido em repouso (também chamado Regime de Stokes)

µρ

= tpp

vdRe0 < Rep < 1 onde

(solução analítica para escoamentoLento de Stokes, em 1901)

tpK vd3F πµ=

2tDtpK vAC

21vd3F ρ=πµ=

2t

2p

tpD vd2/1

4vd3C

ρπ

πµ=

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pD Re

24C =tp

D vd24C

ρµ

=

Substituindo na expressão de vt

( ) ( ) 2/1ts

2p

2/1

tp

2p

s

3p

t 18gvd

vd24

4d

g6d

2v

µρ−ρ

=

ρµ

ρπ

ρ−ρπ

=

( )µρ−ρ

=18

gdv s

2p

tExpressão de vt para o Regime de Stokes

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CASO 2: Região Intermediária: 1<Rep<500

6,0p

D Re5,18

=

3/1p

pD Re4

Re24C −+=

Allen: C

para 3 < Rep < 400Klyachko:

( )39,1p

63,0p

pD Re0026,0Re197,01

Re24

++=Langmuir e Blodgett: C

1<Rep<100

49

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

CASO 3: Regime de Newton: 500 < Rep< 2 105

cteCD ≅ CD=0,44( ) 2/1

spt

gd3v

ρρ−ρ

=

CASO 4: Turbulento Rep> 2 105

( ) 2/1sp

tgd

58,2v

ρρ−ρ

=CD=0,20

50

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Rep

StokesInterm.

1 500 2.105

24/RepCD

esfera0,44

0,20Newton turbulento

51

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Perry - 5a. Edição – Tabela 5-22: φ para diferentes materiaisFoust - p. 539 : CD x Rep (φ’s)

CD

Φ’s diferentes

Φ=1 (esfera)

Rep1 500 2.105

52

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Resolução de problemas1. Dados dp, ρs, ρ, µ, e calcular vt

Utilizando novos grupos adimensionais

Temos que:( ) ( )

D

2p

s

3p

D

st

C4

d

g6d

2

ACgV2v

πρ

ρ−ρ

π

ρ−ρ=

( )2t

psD v

gd34C

ρ

ρ−ρ= µ

ρ= tp

pvd

Ree

53

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha2

pD Re

2CNovo grupo adimensional:

( ) ( )2s

3p

2

2p

2t

2

2t

ps2p

D gd

32dv

v

gd64Re

2C

µ

ρ−ρρ=

µ

ρ

ρ

ρ−ρ=

(não contém vt)

2p

D Re2

C

leio Rep ⇒ vt

Φ=0,8 Tentativa ou pelo Método do Foust

Φ=1

Coulson e Richardson, vol II ou problemas em Sistemas Particu-lados, G. Massarani COPPE/UFRJRep

54

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha2. Dados vt,, ρs, ρ, µ, e calcular dp

( )3t

2s

p

D

vg

32

Re2/C

ρµρ−ρ

= (não contém dp)Grupo Adimensional:

leio Rep ⇒ dp

55

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Método do Foust

1. Calcular vt

( )2t

psD v

gd34C

ρ

ρ−ρ=

( )t

psD vlog2

gd34logClog −

ρρ−ρ

=

(1)

µρ

= tpp

vdRe t

pp vlog

dlogRelog +

µρ

=

µρ

−= ppt

dlogRelogvlogou, (2)

Substituindo (2) em (1)

56

EQ65

1 -

Mat

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l Ela

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do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

( )

−+−= 2

3

34logRelog2log

µ

ρρρ spD

pgd

C

CD*

Reta de coeficiente angular(-2) e que passa pelo ponto:Rep=1,0,

( )2

s3p*

D

gd

34C

µ

ρ−ρρ= em papel log-log

57

EQ65

1 -

Mat

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Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Juntando essa reta com o gráfico CDxRep para a esfericidade, obtém-se Rep e, portanto, vt

CD

Rep

CD*

1,0 leio Rp vt

coefc. angular -2

Φ

58

EQ65

1 -

Mat

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l Ela

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Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

2. Calcular dp

( )p2

t

sD dlog

vg

34logClog +

ρρ−ρ

=Da equação de CD (1)

µρ

−= tpp

vlogRelogdlog (2)

Subst. (2) em (1):( )

ρ

ρ−ρµ+= 3

t2s

pD vg

34logRelogClog

CD*

59

EQ65

1 -

Mat

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Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Reta de coefc. Angular (1) e que passa pelo ponto Rep=1,0 e

( )3t

2s*

D vg

34C

ρρ−ρµ

=

Rep1,0 leio Rep dp

coefc. angular 1

Φ

CD

CD*

60

EQ65

1 -

Mat

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

vt

dp

ar ρs

ρs

H2O

Figura 9: Velocidade terminal x diâmetro da partícula para esferas com diferentes densidades caindo em água e ar a 20o.C

(Perry e Chilton – Chemical Engineers´ Handbook)

61

EQ65

1 -

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Partícula escoando entre 2 placas paralelas

Comportamento de um partícula em um fluido escoando entre duas placas planas

urxy

vxvyvr

( ) ( )vuvuρAC21gVρρ

dtvdm Ds

rrrrrr

−−+−=

Simplificações: - fluido escoa apenas na direção x (uy=0)- não há aceleração da partícula

62

EQ65

1 -

Mat

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ochaDireção x: a velocidade da partícula é igual à velocidade do fluido

0dtvdm x = gx=0

( ) 0vuvuAC21

xxxxD =−−ρ ux=vx

Direção y: a velocidade da partícula é igual à sua velocidade terminal

0dtvd

m y = uy=0

( )D

sy AC

gV2vρ

ρ−ρ=( ) ( )2yDs vAC

21Vg0 ρ−ρ−ρ=

63

EQ65

1 -

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Equipamento de Separação Gás-Sólido e Líquido-Sólido

Partículas grandes, com vt >1ft/s se separam facilmente de um fluido, enquanto que as partículas finas tendem a seguir o mesmo percurso do fluido tornando a separação difícil.

Porque separar partícula-fluido?

Para evitar o desperdício de materiais de valor

Para manter a atmosfera ao redor da fábrica e/ou a água (líquido)

descartada limpos

Para eliminar riscos de explosão, pois alguns materiais finos(pós)

formam misturas explosivas com o ar, em determinadas concentrações

64

EQ65

1 -

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Separação Gás-Sólido

Métodos de Separação

Métodos de Medição

Tamanho de partículas(µm)

PrecipitadoresEletrostáticos

Filtros MangaSeparadores CentrífugosLavadores de PoeiraCâmara de PoeiraElutriadores

Ultra-microscópicoUltra-centrífuga

MicroscópicoElutriação

0,001 a 1 µm(fumos)

1 a 1000 µm(poeira)>1000 µm(granulado)

65

EQ65

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. Kat

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use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Câmara de Poeira

BL

partícula+ gás

u

coletor

x

y

H

66

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1 -

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. Kat

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anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

x)direção(AQu =Velocidade Média do Fluido

Qual o diâmetro da menor partícula que fica retida na câmara?

câmarapelapassagemdetemporesidência de potem ≡

Tempo de queda depende de vt

Se tres.> tqueda partícula fica retidaSe tqueda>t res. partícula passa com o gás

67

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

tqueda.res v

Ht e uLt ==

Condição mais desfavorável para a separação:

LuHvt =

tvH

uL=

( )D

st AC

gV2vρ

ρ−ρ=Como:

( )D

s

ACgV2

LuH

ρρ−ρ

=Expressão geral para a Câmara de PoeiraEntão:

68

EQ65

1 -

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Para partícula esférica e Regime de Stokes

( )µρ−ρ

=18

gdv s

2p

t

( ) uL

gdH18

s2p

=ρ−ρ

µ

0<Rep<1 e

tvH

uL=

( ) QLBH

gdH18

s2p

=ρ−ρ

µ Volume da câmara VBH

QAQu ==Mas

69

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1 -

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Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

( )

2/1

sp g

HQ18d

ρ−ρµ

=V

Menor partícula retida na câmara

O mesmo pode ser feito para os outros regimes. Entretanto, para afaixa de tamanhos de partículas utilizadas e u em câmara de poeira, o Regime é geralmente de Stokes.

Dados práticos: separação para dp>50µm e u<10 ft/s.

70

EQ65

1 -

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Elutriador (Classificador Hidráulico)alimentação

água(Q)

D1 D2>D1Partículas finas e levesSólidos de

vários tamanhose/ou materiais

Partículas grandes e pesadas

Partículas intermediárias

Partículas com vt >vágua caem e são recolhidas por baixo. O líquido(normalmente água)escoa para cima e a alimentação de sólidos a separar é alimentada por cima.

71

EQ65

1 -

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

ExemploUma mistura de galena(PbS) e calcáreo, na proporção de 1:4 em peso é submetida à elutriação com uma corrente ascendente de água comvelocidade 0,5 cm /s. A distribuição de tamanhos nos materiais é a mesma.

dp(µm)

%peso <dp

20 30 40 50 60 70 80 100

15 28 48 54 64 72 78 100

Calcular a % de galena no material arrastado e no produto de fundo.

Dados: ρG=7,5 g/cm3

ρC= 2,7 g/cm3

ρH2O= 1g/cm3

φG=0,8φC=0,7µH2O= 1 cp

72

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Partícula em um Meio Fluido Sujeita a um Campo Centrífugo

Equação do Movimento: coordenadas cilíndricas, componentestangencial e radial

Fluido e partículas

R

r

Carcaça sólida

ΩForça de campo centrífugo na direção radial

73

EQ65

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. Kat

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anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Considerações:

• para o fluido: ur=0 (velocidade radial nula)ru Ω=θ (velocidade tangencial com perfil linear

em r=R ; Ru Ω=θ

0dt

dvdt

dvr == θ• para a partícula: vr e vθ existem e

( )2cc rmmaF Ω==Força de campo centrífugo

dtduθ

74

EQ65

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ochaComponente radial

( ) ( )rrrrDcsr vuvuρAC

21Vaρρ

dtdvm −−+−= (1)

0 00 2rΩ

( ) 2rD

2s vAC

21rV0 ρ−Ωρ−ρ= (2)

( )D

2s

r ACrV2v

ρΩρ−ρ

= Velocidade teminal radial da partícula (3)

vr=vr (r), pois a intensidade do campo é função de r

75

EQ65

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Componente tangencial

( )2D vuAC21

dtdvm θθ

θ −ρ−= ( )2D vuAC21

dtdvm θθ

θ −ρ−= (4)(4)

rvu Ω== θθ (5)

76

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Equação Geral para a Sedimentação Centrífuga

Centrífuga TubularAlimentação (suspensão sólido-líquido)

L

Descargade líquido

Trajetória de uma partícula

Fluxo da alimentação

r1

rB

r2

77

EQ65

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

A alimentação é descartada no fundo da centrífuga e supõe-se que todo líquido tem movimento asdendente uniforme, carregando consigo as partículas, as quais se movem radialmente com velocidade radial terminal vr.

Uma partícula de um determinado tamanho será separada do líquido se o tempo de residência for suficiente para a partícula atingir a parede da centrífuga. Ao fim do tempo de residência, a partícula está a uma distância rB do eixo de rotação.

78

EQ65

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Se rB< r2 : partícula sai com o fluidoSe rB = r2 : partícula fica sedimentada na parede e não deixa a

centrífuga com o fluido

Vamos admitir inicialmente sedimentação no regime de Stokes: por analogia a expressão de vt, com “g” substituido por r2Ω

( )dtdr

18rd

v22

psr =

µΩρ−ρ

= ( ) rdr

d18dt 22

ps

=Ωρ−ρ

µ=ou

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EQ65

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Integração, entre r = r1 para t=0 e r = r2 para t

( ) 1

222

ps rrln

d18t

Ωρ−ρµ

=( ) ∫∫ Ωρ−ρ

µ=

2

1

r

r22ps

t

0 rdr

d18dt ou

Tempo que uma partícula de diâmetro dp leva para ir de r1 a r2

Qtr

V=O tempo de residência na centrífuga será :

onde V= volume da centrífuga = πL(r22-r1

2)Q = a vazão da alimentação

80

EQ65

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

( ) Qrrln

d18

1

222

ps

V=

Ωρ−ρµPara tr = t

( ) VQ

rrln18d1

22

s

2p

Ωρ−ρ

µ= ( ) )rπL(r

Qrrln18d 2

1221

22

sp −

Ωρ−ρ

µ=

Partículas com dp > que o calculado pela equação anterior serão separados

( )( )Vρ−ρΩ

−ρ=

s2

212

pQrr33,1dRegime de Newton

81

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Diâmetro Crítico ou Diâmetro de Corte

É definido como o diâmetro de uma partícula que alcança a metade da distância entre r1 e r2.

Esta partícula percorre uma distância da metade da camada líquida ou (r2-r1)/2, durante o tempo que ela permanece na centrífuga.

Para o caso especial, em que a espessura da camada líquida é pequena comparada ao raio da centrífuga, pode-se considerar praticamente constante a intensidade do campo centrífugo, ou

222 rr Ω≈Ω

( )dt

18rd

dr 222

ps

µΩρ−ρ

=( )

µΩρ−ρ

==18

rddtdrv 2

22ps

r

82

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ochaSeja dr a distância percorrida pela partícula de diâmetro dpc

no tempo t disponível

Qt V=

( ) ( ) ∫∫ µΩρ−ρ

=− t

0

222

pcs2/rr

0dt

18rd

dr12

( ) ( )Q18

rd2

rr 222

pcs12 Vµ

Ωρ−ρ=

( )( ) 2

2s

122pc

rΩρρVQ

2rr18µd

−=

83

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

( )( ) 2

2s

12pc r

rrQ9dΩρ−ρ−µ

=V

Equação simplificada

Quando dp>dpc, a partícula irá sedimentar predominantemente. Para dp=dpc, a eficiência de coleta é 50%.

η

dp/dpc

50%

84

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. Kat

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anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Quando a espessura da camada líquida não é pequena comparada ao raio da centrífuga e portanto a intensidade do campo centrífugo é função de r, Ω r2

A integração para calcular dpc foi proposta por Geankoplis, como:

( )( ) ∫∫ =Ωρ−ρ

µ

+

t

0

r

2/rr22

pcsdt

rdr

d182

21

( )Q/V≡

ou

( ) ( ) Qrrr2ln

d18

21

222

pcs

V=

+Ωρ−ρ

µ

85

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

( )( ) 2

s

21

2

pcrr

r2lnQ18d

Ωρ−ρ

+

µ

= V

• O ponto de partida (raio inicial) para a partícula percorrer metade daespessura líquida seria (r1+r2)/2

Ref.: Transport Processes and Unit Operations: Christie J. Geankoplis: 2o. Edição, Prentice Hall, 1983.

86

EQ65

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. Kat

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anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Outro critério foi ainda proposta por Svaroski

Para obter ri: faz-se a igualdade das áreas:

( ) ( )21

2i

2i

22 rrrr −π=−π

+=

2rrr

21

222

i

Qr1

r2

ri

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. Kat

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anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Comparação entre Centrífugas

( )( ) g

gxrr

Vr9

dQ

12

222

pcs

−Ω

µρ−ρ

=Da equação para dpc

( )9

gds

µρ−ρ

= ( )grrVrQ

12

222

pc

−Ω

2vt (vel. terminal da partícula com dp=dpcno campo gravitacional)

[ ] [ ] 2

12

2 L grr

r≡

−Ω

= ∑∑2VVamos chamar:

88

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. Kat

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use

Sand

ra C

.S. R

ocha

suspensão da independe :centrífuga da ticocaracterís é∑

∑= tv2Q vt é característico da suspensão apenas

Para uma mesma suspensão: vt=cte.

.cteQ=

∑para que ocorra a mesma separação

∑∑ ≠ 21Para 2 centrífugas diferentes,

∑∑=

2

2

1

1 QQPara efetuar a mesma separação de uma mesma suspensão:

∑ para diferentes centrifugadores.Valores tabelados de Foust: pág. 553

89

EQ65

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. Kat

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anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Ciclones

Mistura gás-partículas entra tangencialmente

Movimento centrífugo

Partículas se aproximam da parede e caem

aceleração gravitacional

Movimento helicoidal

Figura 10: Padrão de fluxo do gás no interior de um ciclone

90

EQ65

1 -

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Figura 11: Dimensões de um ciclone

Restrições:

a < S evitar a passagem direta das partículas

S < h evitar que o vortex penetre na parte cônica e partículas depositadas não subam e saiam

A eficiência de coleta depende do tipo de partícula e das dimensões do ciclone

91

EQ65

1 -

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Ciclone Lapple: Dc dimensão base

a = Dc/2 S = Dc/1,6 h = 2Dc B = Dc/4

b = Dc/4 De = Dc/2 H = 4Dc

Outras configurações também utilizadas geram eficiência de coleta e perda de carga diferente.

Ciclone Stairman (Bastante popular)

92

EQ65

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Pr

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. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Diâmetro de corte, dpc

Por analogia à expressão para a centrífuga chega-se ao dpc de ciclones

Expressão para centrífuga

( )( )

( )( ) ΩΩ−

−=

Ω−−

=)r(Vρρ

rrQµ9rVρρ

rrQµ9dp2s

12

22

s

12c

Por analogia:

Espessura da suspensão: (r2 – r1) Espessura da mistura gás partícula: b

Velocidade do fluido: Ωr2 u = Q/ab

QVNπ2 e

Velocidade de rotação: Ω Tempo de residência:

Ne ≡ número efetivo de voltas Para ciclones Lapple, Ne ≈ 5

93

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Substituindo as analogias propostas,

( ) QNπ2VuρρV Qbµ9dp

esc −=

( ) esc Nπ2uρρ

bµ9dp−

=

94

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Figura 12: Curva de Eficiência de um ciclone Lapple

(Foust et al., 1982- Princípios das Operações Unitárias)

95

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Dados de Eficiência de ColetaComo em geral a mistura gás-partícula que entra no ciclone contém partículas de tamanhos diferentes, podemos calcular a eficiência de coleta para cada tamanho de partícula

96

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

A eficiência média ou eficiência global de coleta depende da análise granulométrica da mistura alimentada

η Eficiência média ou global

Para obter a eficiência média, monta-se a seguinte tabela:

X*: % de partículas com diâmetro > dp

Análise granulométrica Calculado Gráfico ou tabela

97

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Eficiência global de coleta

Quando as áreas 1 e 2 são iguais ou:

*1

0dX ηη ∫=

Ou ainda:

ii

iηxη ∑= xi: fração retida % peso partículas com diâmetro >dp)

98

EQ65

1 -

Mat

eria

l Ela

bora

do p

elas

Pr

ofas

. Kat

ia T

anno

use

Sand

ra C

.S. R

ocha

Dados práticos para o cálculo de ciclones

Velocidades de entrada ≡ u entre 20 e 70 ft/s

Perda de carga normalmente permitida: até 10 in H2O

g2uNh

2

HL =- Cálculo de hL ciclone é considerado um acidente:

=

O2H

2

HL ρρ

g2uNh- Em coluna d’água:

NH é função da geometria do ciclone. Para ciclone Lapple, NH = 8,0

- Faixa usual de separação: 5 a 1000 µm