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4º CONGRESSO INTERNACIONAL DOS HOSPITAIS
ENVELHECIMENTO E SAÚDE: DESAFIOS EM TEMPOS DE MUDANÇA
QUALIDADE E COMPLIANCE vs SEGURANÇA
Dr. Rui Seabra Santos
Lisboa, 08 novembro 2012
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CONCEITO DE SEGURANÇA
EVOLUÇÃO
Dependendo da perspetiva, o conceito de Segurança pode ter
diferentes conotações, tais como:
- Ter zero acidentes ou incidentes sérios;
- Estar livre dos perigos;
- Desenvolver uma atitude nos Colaboradores das organizações
perante atos e condições inseguras;
- Evitar erros;
- Cumprir com a regulamentação.
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CONCEITO DE SEGURANÇA
EVOLUÇÃO
Dependendo da perspetiva, o conceito de Segurança pode ter
diferentes conotações, tais como:
- Ter zero acidentes ou incidentes sérios;
- Estar livre dos perigos;
- Desenvolver uma atitude nos Colaboradores das organizações
perante atos e condições inseguras;
- Evitar erros;
- Cumprir com a regulamentação.
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CONCEITO DE SEGURANÇA
EVOLUÇÃO
Segurança é um conceito mais relativo do que absoluto.
O segredo da Segurança reside no seu controlo.
Se os riscos e os erros operacionais são mantidos num
determinado grau de controlo, um sistema aberto, dinâmico e
ultracomplexo como a Saúde (ou a Aviação Civil) é considerado
seguro.
Segurança é, cada vez mais, vista como o resultado da gestão de
determinados processos organizacionais que tem o objetivo de
manter os riscos (safety risks), as consequências dos perigos
(hazads) e o contexto operacional controlados pelas
organizações.
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CONCEITO DE SEGURANÇA
EVOLUÇÃO
SEGURANÇA NA AVIAÇÃO CIVIL:
Segurança é o estado em que o risco
de causar danos a pessoas ou à
propriedade é reduzido e mantido num,
ou abaixo de um, nível aceitável,
através de um processo contínuo de
identificação de perigos e gestão de
riscos.
Fonte: Manual Safety Management Sytem.
ICAO. 3th Edition, 2012
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CONCEITO DE SEGURANÇA
EVOLUÇÃO
SEGURANÇA DO DOENTE:
Evitar, prevenir e melhorar os resultados adversos ou danos que têm origem
nos processos de cuidados de saúde. Estes eventos incluem "erros", "desvios"
e "acidentes".
A Segurança emerge da interação dos componentes do sistema, não reside
num indivíduo, dispositivo ou departamento.
A melhoria da Segurança depende da aprendizagem de como a Segurança
emerge das interações dos vários componentes.
A Segurança do Doente é um subconjunto da qualidade dos cuidados de saúde.
Fonte: Estrutura Concetual da Classificação Internacional sobre Segurança do Doente.
Relatório Técnico Final. DGS, 2011
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CONCEITO DE SEGURANÇA
EVOLUÇÃO
O QUÊ? QUANDO? QUEM?
PORQUÊ? COMO?
- Mas nem sempre questionamos:
- Geralmente discutimos:
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CONCEITO DE SEGURANÇA
EVOLUÇÃO
HO
JE
1950s 2000s 1970s 1990s
TECHNICAL FACTORS
HUMAN FACTORS
ORGANIZATIONAL FACTORS
FATORES HUMANOS
ORGANIZAÇÃO
TECNOLOGIA
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CAUSA CONCEPTUAL
DO ACIDENTE
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
PERDAS
TOTAIS
*
EXCLUI: VOOS DE TESTE, TREINOS, SABOTAGENS, AÇÕES MILITARES, ETC.
+/- 0.8
* POR MILHÕES DE DESCOLAGENS
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CAUSA CONCEPTUAL
DO ACIDENTE
Fonte: Manual Safety Management Sytem. ICAO. 3th Edition, 2012
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ERROS OPERACIONAIS
E SEGURANÇA
Estatisticamente, milhões de erros são feitos antes
de um acidente ou incidente sério ocorrer
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E PORQUÊ?
Fonte: Erro médico em pacientes hospitalizados - Manoel de Carvalho, Alan A. Vieira
Abordagem do Erro Humano: comparação entre o Setor Industrial e o Setor Hospitalar
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• O Erro Humano é considerado como
fator contribuinte em muitas ocorrências
da Aviação Civil (e da Saúde);
• Mesmo Profissionais competentes
cometem erros;
• Erros devem ser aceites como um
componente normal de qualquer sistema
onde o Ser Humano e as tecnologias
interagem.
ERRO E SUA CONSEQUÊNCIA
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ERRO E SUA CONSEQUÊNCIA
• Estratégias de redução dos erros
intervêm na origem do Erro Humano,
reduzindo ou eliminando os fatores
que contribuem para a sua origem:
• Design centrado no Fator Humano;
• Fatores ergonómicos:
• Ergonomia Física;
• Ergonomia Cognitiva;
• Ergonomia Organizacional.
• Formação;
• Trabalho em Equipa;
• Simuladores;
• ...
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ERRO E SUA CONSEQUÊNCIA
• Estratégias de detetar o erro intervêm
quando o Erro Humano já foi feito,
capturando os erros antes que eles
gerem consequências adversas:
• Procedimentos (SOPs);
• Checklists;
• Briefings;
• De-briefings;
• Call-outs;
• Checks;
• Cross-checks;
• ...
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A PRÁTICA
AMPLITUDE
Número de ocorrências
1 – 5 Acidentes
30 – 100 Incidentes sérios
100 – 1000 Incidentes
1000 – 4000 Condições latentes
Fonte: Manual Safety Management Sytem. ICAO. 3th Edition, 2012
A PRÁTICA
- Gestão da Segurança requer recursos;
- Alocação de recursos é uma função da Gestão de Topo;
- A Gestão de Topo tem a autoridade e a responsabilidade de gerir os
Riscos da Segurança na organização.
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A PRÁTICA
Gestão da Segurança: - Inclui toda a organização;
- Foco em processos (diferença clara entre processos e resultados);
- Implica monitorização constante;
- Rigorosamente documentada;
- Melhoria gradual ao invés de mudança dramática;
- Planeamento estratégico em vez de parcelar as iniciativas.
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A PRÁTICA
Gestão da Qualidade e Compliance: - Inclui toda a organização;
- Foco em processos (diferença clara entre processos e resultados);
- Implica monitorização constante;
- Rigorosamente documentada;
- Melhoria gradual ao invés de mudança dramática;
- Planeamento estratégico em vez de parcelar as iniciativas.
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A PRÁTICA
1 - Compromisso da Administração de Topo com a Gestão da
Segurança;
2 - Efectivo sistema de report da Segurança;
3 - Monitorização contínua através de sistemas para recolher, analisar e
partilhar dados de Segurança resultantes das operações normais;
Gestão da Segurança – 8 blocos de construção
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A PRÁTICA
4 - Investigação de ocorrências da Segurança com o objectivo de
identificar as deficiências sistémicas da Segurança, em vez de atribuir
a culpa;
5 - Partilhar lições aprendidas pela Segurança e das melhores práticas
através da troca activa de informações da Segurança;
6 - Integração na formação da função Segurança para o pessoal
operacional;
Gestão da Segurança – 8 blocos de construção (cont)
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A PRÁTICA
7 - Implementação eficaz de Procedimentos Operacionais Padronizados
(SOPs), incluindo o uso de listas de verificação e briefings;
8 - Aperfeiçoamento contínuo do nível geral da Segurança.
Gestão da Segurança – 8 blocos de construção (cont)
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FORMAÇÃO NON-TECHNICAL SKILLS
O CRM NA AVIAÇÃO CIVIL
C – CREW : CRIADO PARA PILOTOS, ASSISTENTES DE CABINE E OUTROS TRIPULANTES.
PODE SER EXPANDIDO PARA TODAS AS FUNÇÕES DO OPERADOR.
R – RESOURCE : HUMANOS, FÍSICOS, TECNOLOGIA, DOCUMENTAÇÃO, ...
M – MANAGEMENT : USO COORDENADO DOS RECURSOS DISPONÍVEIS
PARA ATINGIR UM OBJECTIVO.
A SEGURANÇA.
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FORMAÇÃO NON-TECHNICAL SKILLS
O FACTOR HUMANO – A TRIPULAÇÃO – A EQUIPA
• SEGURANÇA E FATOR HUMANO
• GESTÃO DO ERRO
• COMUNICAÇÃO EFICAZ
• PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
• SITUATION AWARENESS
• TRABALHO EM EQUIPA
• PROCEDIMENTOS E PRÁTICAS
• GESTÃO DO STRESS
• GESTÃO DO CONFLITO
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FORMAÇÃO NON-TECHNICAL SKILLS
O FACTOR HUMANO – A TRIPULAÇÃO – A EQUIPA
• GERIR OS ERROS
• USAR OS PROCEDIMENTOS
• DECIDIR
• COMUNICAR
• TRABALHAR EM EQUIPA
• COMPREENDER O QUE SE PASSA
• COMPREENDER AS NOSSAS PRÓPRIAS
LIMITAÇÕES E DESEMPENHO PESSOAL
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• PARA PROMOVER MAIS SEGURANÇA DEVEMOS
ACTUAR NOS SEGUINTES NÍVEIS:
• CULTURA DE SEGURANÇA;
• TRABALHO EM EQUIPA:
• COMUNICAÇÃO EFICAZ;
• STANDARDIZAÇÃO E CONTROLO DOS PROCEDIMENTOS.
• FORMAÇÃO EM NON-TECHNICAL SKILLS.
COMO MELHORAR
A SEGURANÇA?
TUDO ISTO É JÁ PRATICADO NA AVIAÇÃO CIVIL.
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CONCLUSÃO
QUALIDADE E COMPLIANCE:
-FAZER / CUMPRIR O QUE ESTÁ ESCRITO;
-FAZER DE MODO PADRONIZADO;
-FAZER BEM À PRIMEIRA;
-DESENVOLVER O SABER FAZER, MAS TAMBÉM O SABER SER E
O SABER ESTAR;
-TRABALHO EM EQUIPA… EQUIPA, EQUIPA
-E MELHORAR CONTÍNUAMENTE...
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CONCLUSÃO
SEGURANÇA:
-CULTURA ORGANIZACIONAL;
-USAR AS PROTEÇÕES E DEFESAS APROPRIADAS;
-MUDAR ATITUDES, COMPORTAMENTOS E REPORTAR;
-FORMAÇÃO EM NON-TECHNICAL SKILLS;
-SIMULADORES;
-GERIR O ERRO… ERRO, ERRO;
-E APRENDER (APRENDER A APRENDER) CONTÍNUAMENTE...
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OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!
Rui Seabra Santos Piloto Comandante de Linha Aérea – TAP Portugal
Quality Manager TAP Portugal
Licenciado em Gestão de Recursos Humanos – U. Lusófona
Pós-Graduado em Direito Aéreo e Direito Espacial – UNL
Mestrando em Segurança do Doente – ENSP- UNL
QUALIDADE E COMPLIANCE vs SEGURANÇA
DUAS FACES PARA O SUCESSO