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COLÉGIO ESTADUAL TSURU OGUIDO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
P R O J E T O P O L Í T I C O P E D A GP R O J E T O P O L Í T I C O P E D A G Ó G I C OÓ G I C O
Londrina - Paraná
2006/2007
Colégio Estadual Tsuru Oguido
SUMÁRIOSUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................... 3
JUSTIFICATIVA......................................................................................................................... 5
Marco Situacional
1 – CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR..........................................................6
1.1 - Histórico............................................................................................................................. 6
1.2 – Aspectos históricos da escola...........................................................................................7
1.3 – Qualificação de espaços e equipamentos.........................................................................7
1.3.1 – Espaço físico...................................................................................................................................................
7
1.3.2 – Relação de materiais existentes na escola...................................................................................................................................................
8
1.3.3 – Equipamentos e recursos didáticos...................................................................................................................................................
10
2 – ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA..............................................................................................11
3 – RECURSOS FINANCEIROS................................................................................................13
4 – ANÁLISE SOCIOLÓGICA....................................................................................................13
Marco Conceitual
5 – FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICO–PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO...............15
5.1 – Conselho Escolar..............................................................................................................16
5.2 – Conselho de Classe..........................................................................................................17
5.3 – Grêmio Escolar.................................................................................................................. 18
5.4 - APMF................................................................................................................................. 18
6 – CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO...........................................................................................19
7 - ESCOLA................................................................................................................................ 22
8 – ENSINO - APRENDIZAGEM................................................................................................23
Marco Operacional
9 – AÇÕES DIDÁTICO - PEDAGÓGICAS.................................................................................24
9.1 – Propostas para a área pedagógica....................................................................................25
10 – O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO PEDAGÓGICO........26
10.1 – Plano de Ação da Direção e Direção - Auxiliar................................................................28
10.2 - Plano de Ação da Equipe Pedagógica.............................................................................29
10.3 - Plano de Ação Docente....................................................................................................30
11 – CARACTERIZAÇÃO E RELAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS...................................................31
12 – PLANO DE AVALIAÇÃO INTERNA E SISTEMÁTICA – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL...34
Colégio Estadual Tsuru Oguido
ANEXO
PROPOSTA CURRICULAR......................................................................................................36
A P R E S E N T A Ç Ã O
A sociedade contemporânea tem passado por expressivas
transformações de caráter social, político e econômico. Essas transformações
originam-se nos pressupostos neoliberais e na globalização da economia que têm
norteado as políticas governamentais.
Nesse contexto, surgem alguns questionamentos junto aos
educadores e demais agentes escolares em relação ao papel social da escola e
qual a melhor forma de organização do trabalho pedagógico.
Repensar o papel social da escola é repensar o quanto ela é
responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão, no pleno sentido da
palavra. Cabe a ela, então, definir-se pelo tipo de cidadão que almeja formar, de
acordo com sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de definir as
mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do
cidadão que irá formar.
Ao definir a sua postura, a escola vai trabalhar no sentido de formar
cidadãos conscientes, capazes de compreender e influenciar na realidade, atuando
na busca da superação das desigualdades e do respeito ao ser humano.
Uma vez assumido a responsabilidade de atuar na transformação e na
busca do desenvolvimento social, seus agentes devem empenhar-se na elaboração
de uma proposta para a realização desse objetivo. Essa proposta ganha força na
construção de um projeto político-pedagógico que segundo VEIGA (1995), “nele
reside a possibilidade da efetivação da intencionalidade da escola, que é a
formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo”.
Essa prática de construção de um projeto deve estar amparada por
concepções teóricas sólidas que embasem o aperfeiçoamento e a formação de seus
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agentes. Para que possam ser rompidas as resistências em relação a novas
práticas educativas, os agentes educacionais devem participar da sua elaboração,
assim terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da
conquista coletiva de um espaço para o exercício da autonomia. Significando assim
para a escola um espaço democrático.
Esta autonomia requer desenvolver institucionalmente uma
aproximação da escola com parcerias relevantes, tais como: conselho escolar;
APMF; grêmios estudantis; comunidade; superintendências regionais; secretarias
estaduais, e outros, possibilitando assim a inserção de políticas sociais e
pedagógicas mais amplas e eficazes.
O Projeto Político Pedagógico mais uma vez marca um avanço, na
medida em que envolve toda a comunidade escolar em análises, avaliações e na
elaboração propriamente dita do projeto, tendo assim, a participação efetiva da
comunidade escolar na gestão da escola, levando em consideração muitas
dificuldades para conciliar tempo e disponibilidade de professores que atuam em
mais de uma escola.
Nessa discussão, identificam-se os problemas da instituição escolar e
suas possíveis soluções, levantando necessidades e priorizando projetos
inovadores.
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J U S T I F I C A T I V A
Esta escola tem a função de proporcionar aos nossos alunos a
construção de conteúdos vivos, concretos, indissociáveis das realidades sociais,
ampliando estes conteúdos ao ponto de entrelaçá-los como conteúdos
sistematizados. Para tanto, oportunizamos a escola como um espaço onde haja
ensino e aprendizagem de qualidade, com prazer, com a possibilidade da
contextualização no cotidiano em que os educandos estão inseridos.
É necessário considerar que o aluno é a preocupação maior da escola,
que esta existe para atender às suas necessidades, portanto os conteúdos
escolares devem ser significativos para ele, ou seja, os conteúdos não podem estar
desvinculados da realidade política, social e econômica vivenciada pelos alunos.
Os alunos, independentemente da escola, já possuem um
conhecimento socialmente produzido que tem que ser valorizado pela escola.
A produção do conhecimento científico e a alegria do saber é a
essência da escola, portanto a necessidade de promover a integração com as
diferentes disciplinas, procurando encontrar o maior número possível de relações
em busca da totalidade.
Para que a qualidade de ensino aprendizagem seja garantida, torna-se
necessário a formação de profissionais compromissados com a educação,
assumindo o seu verdadeiro papel de educador, procurando sempre aprender mais
para ensinar melhor.
Colégio Estadual Tsuru Oguido
Colégio Estadual Tsuru Oguido
Marco Situacional
1 - CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
1.1 - Histórico
Londrina é atualmente a 6ª maior cidade na economia do estado do
Paraná e a 4ª maior em dimensão populacional da região Sul do Brasil. Com um
número aproximado de 500 mil habitantes, dispõe de uma boa infra-estrutura nos
setores de educação, saúde, transporte, lazer e cultura.
De relevo suave e solo fértil, clima agradável (Tropical), a área de
2.119 km2 sempre possui ótimas condições de desenvolvimento da agricultura se
destacando pela grande produção armazenáveis.
Atualmente tida como pólo principal de uma região onde se
concentram 4 milhões de habitantes, influenciando direta ou indiretamente em
outras 196 cidades vizinhas, não só pelo potencial comercial, industrial e
agropecuário, mas também porque constitui um centro universitário, com faculdades
nas diversas áreas de conhecimento, fator que age como atrativo populacional e
importante contingente na formação da clientela, o que contribui substancialmente
para o crescimento da indústria e da construção civil.
O grande crescimento urbano ocasionado pela multiplicidade de
atividade produtivas, permitiu que a cidade assumisse os contornos de uma
verdadeira capital do Norte do Paraná.
O Colégio Estadual Tsuru Oguido - Ensino Fundamental e Médio,
localizado no Conjunto Santa Rita II, na periferia oeste do município, recebe como
clientela alunos dos bairros Santa Rita, Jardim Leonor, Jardim Santiago, Jardim
Santa Madalena, Jardim Maria Lúcia, Jardim Santo André entre outros. Esta escola
oferta os cursos de Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio regulares.
Os alunos oriundos dessa região encontram-se em um nível sócio-
econômico baixo, residem em casas populares ou em chácaras como empregados.
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São filhos de trabalhadores, lavradores, empregados no comércio e na indústria, ou
são sub-empregados.
A partir dos elementos expostos referentes ao município, à
comunidade e à clientela, a escola estabelece como finalidade de sua ação
educativa a construção do saber científico-político-crítico, como forma do aluno, ao
final de sua escolarização, ter os instrumentos necessários para compreender e
expressar uma visão relevante; a conscientização da importância de sua preparação
crítica para o verdadeiro exercício da cidadania, culminando com uma atuação
como sujeito ativo da própria história.
1.2 – Aspectos históricos da escola
Este estabelecimento de ensino da rede estadual vem sendo regido
desde 11/02/92, com a autorização de seu funcionamento como Escola Estadual do
Conjunto Habitacional Santa Rita II.
Através da resolução 1350 / 92 de 06 /05 / 92 é alterado o nome para
Escola Estadual Tsuru Oguido - Ensino de 1º grau, em seguida, através da
resolução 3204/92 de 30/09/92 foi autorizado o funcionamento do 2º grau (D.O 3867
em 14/10/92). O referido Estabelecimento de Ensino, a partir do ano de 1998,
passou a denominar-se "Colégio Estadual Tsuru Oguido - Ensino Fundamental e
Médio".
1.3 - Qualificações de espaços e equipamentos
1.3.1 – Espaço físico
Sala de Aula: Total 8 (oito) salas
Capacidade: cada sala tem capacidade de acomodar 35 a 40 alunos.
Condições de Funcionamento: As salas são arejadas, conservadas, com
iluminação adequada e possuem ventilador.
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Salas Especiais: São 4 (quatro) em boas condições de uso, sendo uma sala
destinada ao laboratório e uma adaptada para sala de informática, atendimento ao
aluno e videoteca.
Mobiliário: Consta atualização em formulário próprio da FUNDEPAR
E SEED.
Salas do Administrativo: São 10 salas, listadas abaixo:
1) Secretaria Geral
2) Sala de Computador
3) Direção e Vice-Direção
4) Equipe Pedagógica
6) Sala dos Professores
7) Biblioteca
8) Sala de Informática
9) Bloco do Pátio
10) Salas do almoxarifado
1.3.2 – Relação de material existente na escola
• Secretaria Geral:
04 Televisores;
05 Arquivos de aço;
03 Armários;
02 Lixeiras;
04 Máquina de escrever;
04 Escrivaninhas;
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06 Cadeiras estofadas;
01 Telefone;
01 Relógio de parede;
02 Computadores.
• Sala da Direção e Vice-Direção:
1 Armário de aço com 2 portas;
1 Sofá;
1 Escrivaninha;
1 Cadeira estofada;
1 Lixeira.
1 Fax
• Equipe Pedagógica
2 Escrivaninhas;
2 Lixeiras;
4 Cadeiras estofadas.
3 Armários de aço
l Mesa de reunião
l Quadro para recados
l Ventilador
9 Mapas
• Sala dos Professores:
1 Geladeira;
1 Mural;
1 Armário de madeira exclusivo para diário de classe;
l Mesa
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12 cadeiras
4 Sofás;
1 Lixeira;
1 Extintor.
• Biblioteca (Sala Adaptada):
Pelo levantamento até a presente data, temos 3350 títulos. Deste acervo,
alguns foram doados pela FUNDEPAR e adquiridos na Feira do Livro em Faxinal do
Céu, mas a maioria foi arrecadado através de doações de professores, alunos e
editora, possui 07 mesas, 28 cadeiras, 10 estantes de aço , 01 escrivaninha, 01
máquina de escrever, 1 grampeador, 1 fichário, 4 ventiladores de teto, 01 extintor.
• Bloco do Pátio:
Cantina;
Dispensa;
Cozinha;
Almoxarifado;
Sanitário Masculino e Feminino;
Salão de Festa e Recreio;
1.3.3 – Equipamentos e recursos didáticos:
Temos vídeo cassete; aparelho de som 2 em 1; aparelhos de TV; suportes
para TV e vídeo; 9 mapas, sendo assim distribuídos:
2 mapas mundi, 1 mapa polivisual da América do Sul - Político, 2 mapas do
Brasil, 1 mapa do Brasil - Político, 1 mapa do corpo humano, l mapa do Município e
1 do Estado do PR. Estado de conservação não é bom.
Temos uma média de 1772 livros didáticos doados pela FAE e Editoras, 02
quadro murais (feltro e madeira), e 2 retroprojetores.
1 – ORGANIZAÇÃO DA ESCOLAColégio Estadual Tsuru Oguido 12
• OS TURNOS:
MANHÃ TARDE NOITE
• HORÁRIO DAS AULAS:
PERÍODOS HORÁRIOS
MANHÃ 07:30 ÀS 11:55
TARDE 13:30 ÀS 17:55
NOITE 19:00 ÀS 23:10
• USO DOS ESPAÇOS ESCOLARES:
QUANTIDA
DE
UNIDADES
8 SALA DE AULA
1 LABORATÓRIO
1 SECRETARIA
1 DIREÇÃO / VICE-DIREÇÃO
2 EQUIPE PEDAGÓGICA
1 VIDEOTECA
1 SALA DE INFORMÁTICA
1 SALA PARA PROFESSORES
1 BIBLIOTECA
1 REFEITÓRIO
1 ALMOXARIFADO
1 CANTINA
1 COZINHA
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1 DEPÓSITO PARA MERENDA
1 QUADRA DE ESPORTES
2 BANHEIROS PARA ALUNOS
2 BANHEIROS PARA PROFESSORES
• DISTRIBUIÇÃO DAS SÉRIES E TURMAS:
ENSINO SÉRIES MANHÃ TARDE NOITE
FUNDAMENTAL
5ª - 2 -
6ª - 3 -
7ª - 3 -
8ª 3 - -
MÉDIO
1ª 2 - 2
2ª 2 - 2
3ª 1 - 1
2 – RECURSOS FINANCEIROS
Este Estabelecimento de Ensino é administrado com os seguintes recursos:
• Fundo Rotativo – Governo do Estado do Paraná
• PDDE
• Escola Cidadã
• Recursos APMF
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4 - ANÁLISE SOCIOLÓGICA
Após leituras reflexivas, considerando a sociedade que compõe o entorno da
unidade em que atuamos temos como constatação um grupo que, se é homogêneo
quanto ao acesso aos meios mais comuns das modernidades e confortos dentre os
padrões mais comuns econômicos, é absurdamente heterogêneo quanto aos
interesses coletivos, não buscando ações interativas facilitadoras das mudanças
reais de comportamento social.
A sociedade que se apresenta, apesar de cordial, é individualista e
centralizadora, cimentada em décadas de autoritarismo ou descrente das ações
conjuntas, marcadas por líderes interesseiros ou aproveitadores.
A escola existe desde a Antigüidade, com caráter bastante excludente, elas
serviam as elites. Com caráter excessivamente patriarcal, valorizando os homens e
excluindo as mulheres.
Na idade média a educação formal restringiu-se a igreja, tendo ela tentado
monopolizar o saber científico. As populações pobres e as mulheres quase não
tinham acesso ao saber.
Com advento da sociedade capitalista e das novas necessidades do capital,
o estado se vê “obrigado” a ofertar o aceso à escola para uma maior parcela da
população.
A conquista de uma escola para todos tem-se dado dentro de um panorama
de constante conflito entre as camadas populares e as elites que tradicionalmente
assumem o poder e por isso defendem interesses de uma parcela privilegiada.
Nos dias de hoje uma escola pública de qualidade e de acesso a todos ainda
é um desafio que se dá através de lutas de classes constantes.
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Atualmente temos dificuldades em trabalhar com nossos alunos, apesar (ou,
sobretudo) de pertencerem a uma classe média ou baixa, a maioria possui família,
possuem atividade de lazer, tem um grupo de amizades, mas a participação da
família na vida escolar do filho não é considerada significativa, portanto o aluno nem
sempre valoriza a escola ou pensam no futuro como formação e crescimento
pessoal. São poucos os casos em que o aluno tem projeto pessoal para o futuro,
pois o próprio mercado de trabalho o desestimula.
Marco Conceitual
1 - FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO
A escola é o espaço do projeto político pedagógico que apresenta um
conjunto de trabalhos decorrentes de experiências educativas que envolvem
pesquisas, docência e atividades de extensão relacionadas ao processo de
formação continuada no âmbito escolar e que envolvem todos os segmentos da
escola.
Nessa perspectiva, enfatizamos a relação desse projeto com a gestão na
escola como esferas administrativo-pedagógicas intermediárias, a organização do
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trabalho escolar, os desafios multiculturais, a construção da cidadania, os dilemas
dos processos avaliativos e das instâncias colegiadas e também o gerenciamento
dos recursos financeiros na escola.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. º 9394/96,
elaborada em consonância com os princípios da Constituição Federal, trouxe
profundas mudanças para o Sistema Educacional Brasileiro, tanto em relação à
gestão e à organização, quanto à ação educativa, ao consagrar como princípios à
liberdade, a autonomia, a flexibilidade e a democracia.
No decorrer do processo de construção do projeto pedagógico é necessário o
contexto externo, que consiste no estudo e na análise do meio no qual a escola está
inserida e das suas interações identificando os principais participantes que
interagem com a escola e as influências das dimensões geográficas, políticas,
econômicas e culturais.
Tal análise consiste em conhecer a escola mais perto, observar as relações
que a constituem, seu dia-a-dia, compreendendo as forças que a impulsionam ou
que a retêm, identificando as estruturas de poder e os modos de organização do
trabalho escolar.
A construção do projeto pedagógico é um esforço coletivo, que engloba
pressupostos teóricos e metodológicos apresentados por todos, a identificação das
aspirações maiores das famílias, a relação do papel da escola na educação da
população e na contribuição específica que irá oferecer para o pleno
desenvolvimento do educando, bem como o seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho, buscando desta forma, organização do
trabalho pedagógico, reduzindo os efeitos da divisão do trabalho da fragmentação e
do controle hierárquico. O trabalho da escola visa atender e acompanhar o
educando no desenvolvimento e ampliação de seus conhecimentos, como
preparação para a vida adulta responsável e atuante.
Aliados importantes para a contextualização da noção social no educando,
são os órgãos organizados da comunidade escolar, os quais apresentamos a
seguir:
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GESTORESCOLAR
CONSELHO EQUIPE ESCOLAR PEDAGÓGICA
FAMÍLIA ALUNO
PROFESSOR
GRÊMIO ESTUDANTIL COMUNIDADE
ESCOLAR
A.P.M.F.
1.1 - Conselho Escolar
É um colegiado representativo da Comunidade Escolar, com membros
representantes de todos os seguimentos escolares, que dirige as atividades
escolares, articulando a comunidade escolar e a escola, constituindo-se como órgão
máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.
O Conselho Escolar tem natureza deliberativa, consultiva e avaliativa sobre
a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição
escolar. Não pode ter caráter político-partidário, religioso, racial e nem lucrativo.
Seus dirigentes e/ou Conselheiros não podem ser remunerados.
O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar. A gestão
escolar é o processo que rege o funcionamento da escola, compreendendo tomada
de decisão, planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das questões
administrativas e pedagógicas, no âmbito da unidade escolar, baseada nas
diretrizes pedagógico-administrativas fixadas pela Secretaria de Estado da
Educação (SEED), observando a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da
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Educação (LDB), o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e o Regimento Escolar
do Colégio, para o cumprimento da função social e específica da Escola.
Objetivando uma gestão democrática, o Conselho Escolar tem especial
papel para garantir os princípios de representatividade, da legitimidade e da
coletividade no planejamento, acompanhamento e tomada de decisão nas ações
que ocorrem dentro da escola. Com a participação coletiva efetiva-se o
envolvimento da comunidade através de seus representantes eleitos na forma
definida pelo Regimento Escolar.
1.2 - Conselho de Classe
A escola se constrói na sua relação com a sociedade, sendo um reflexo das
necessidades socioculturais, exigindo dos sujeitos a reflexão crítica de práticas já
sedimentadas e a construção de novas práticas, incorporando alterações
necessárias para os novos tempos.
Nesse contexto, considera-se que o Conselho de Classe seja o mais
importante de todas as instâncias colegiadas da escola pelos objetivos de seu
trabalho. É fundamental que tanto a equipe pedagógica quanto os professores da
escola estejam atentos aos rumos dados às relações sociais presentes na
organização de todo trabalho escolar.
O diagnóstico apresentado pelos conselheiros, equipe e direção norteará
suas ações para oportunizar novos caminhos para a efetivação da aprendizagem.
É de consenso entre a comunidade escolar que, a partir de 2005, o Conselho
de Classe Participativo seja adotado nesta instituição de ensino. Pais, alunos,
funcionários, e qualquer outra pessoa interessada, terão acesso como ouvintes à
reunião dos conselheiros de cada série do Colégio.
1.3 - Grêmio Escolar
O Grêmio Estudantil cumpre um papel importante na formação e desenvolvimento
educacional, cultural e esportivo dentro da comunidade escolar, organizando
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atividades decisivas, que contribuem para a formação e o enriquecimento educativo
de grande parcela da nossa juventude.
A ação dos alunos neste colegiado em parceria com os demais, traz ao
ambiente escolar e à gestão escolar a perspectiva do jovem, seus anseios e formas
de encaminhamento para formação cidadã.
1.4 - APMF
A APMF é o espaço privilegiado para fortalecer a participação da família e a
comunidade na vida escolar. O respeito de uma comunidade pela sua escola se
consolida a partir da sua aproximação ao ambiente escolar. A comunidade sendo
solicitada a discutir em conjunto, os problemas da escola, propor soluções e assumir
tarefas, se torna co-responsável, passa a entender o que acontece na escola,
valoriza-a e sente-se motivada a colaborar.
A APMF se constitui com o objetivo de trabalhar para a melhoria da escola.
Nesse âmbito de atuação, ela deverá representar o pensamento da comunidade na
avaliação e discussão dos problemas ligados ao ensino, como: repetência,
abandono, conteúdos curriculares, problemas de aprendizagem, exigência de livros,
materiais, etc.
Deve empenhar-se na conservação e melhoria do prédio escolar e seus
equipamentos, atuando também nas ações de conscientização e melhoria na
qualidade de vida no âmbito escolar.
Assegurar assistência aos educandos, professores e funcionários com
melhores condições de eficiência escolar em consonância com a proposta
pedagógica.
Incentivar os alunos a organizarem-se em associações (Grêmio Estudantil)
que promovam a cidadania, o bem estar coletivo e atendam seus próprios anseios.
Promover, em parceria com o Conselho Escolar, atividades sócio-educativas,
culturais e desportivas.
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2 - CONCEPÇÕES DE AVALIAÇÃO
Há muito tempo a avaliação da aprendizagem vem se constituindo um
sério problema educacional. No entanto, nas últimas décadas, ganhou ênfase
em função da reflexão crítica que aponta os enormes estragos ocorridos na
educação decorrentes da avaliação classificatória e excludente.
Tem-se analisado os elevadíssimos índices de reprovação e evasão
escolar, bem como o baixíssimo nível de qualidade da educação tanto na
apropriação do conhecimento quanto na formação da cidadania. A discussão
da avaliação se faz necessária no sentido de reverter esse quadro de fracasso
escolar. Nessa perspectiva, busca-se um processo de avaliação que auxilie o
aluno no processo de aprendizagem significativa e não uma avaliação para a
promoção. Deseja-se que o aluno aprenda que a avaliação seja um aspecto
do processo de aprendizagem e a promoção uma decorrência desse processo.
Na memória das escolas, no modelo de avaliação vigente, o aluno é
avaliado para ser promovido, a nota é um elemento significativo para sua vida
escolar. A aprendizagem fica em segundo plano.
Dessa maneira, a avaliação não pode ser discutida de forma isolada,
pois está intimamente ligada aos objetivos, a metodologia, à natureza dos
conteúdos e às relações propostas pela Escola.
Estudar a avaliação em uma perspectiva transformadora significa situá-
la como elemento de uma escola democrática, que favoreça o acesso das
camadas populares e a sua permanência no sistema de ensino. Significa
articular a avaliação a um projeto educacional para a formação do aluno como
cidadão crítico, participante e autônomo, cuja apropriação significativa e
crítica do conhecimento constituem o objetivo do processo de ensino-
aprendizagem, concebido aqui como um processo de construção que não se
antagoniza. Significa, então, nessa perspectiva, reconhecer aluno e professor
como sujeitos socio-culturais dotados de identidade própria, com gênero, raça,
classe social, visões de mundo e padrões culturais próprios, a serem levados
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em consideração em práticas docente e avaliativas, tendo em vista uma
apropriação efetiva e significativa do conhecimento.
A avaliação é compreendida como um conjunto de atuações que tem a
função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Acontece
contínua e sistematicamente por meio da interpretação qualitativa do
conhecimento construído pelo aluno. Possibilita conhecer o quanto ele se
aproxima ou não da expectativa de aprendizagem que o professor tem em
determinados momentos da escolaridade, em função da intervenção
pedagógica realizada. Portanto, a avaliação das aprendizagens só pode
acontecer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, isto é,
analisando a adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos
prévios dos alunos e aos desafios que estão em condições de enfrentar.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão
contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de
trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou
reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual
ou de todo o grupo. Para o aluno, e o instrumento de tomada de consciência
de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu
investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir
prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam
maior apoio.
Nessa perspectiva, a avaliação deve ocorrer sistematicamente durante
todo o processo de ensino aprendizagem e não somente após o fechamento
das etapas do trabalho. Isso possibilita ajustes constantes do processo ensino
e aprendizagem, contribuindo efetivamente para que a tarefa educativa tenha
sucesso.
O acompanhamento e a reorganização do processo de ensino e
aprendizagem na escola incluem, necessariamente, uma avaliação ao final de
uma etapa de trabalho. A avaliação inicial serve para o professor obter
informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos,
assim como para o aluno tomar consciência do que já sabe e do que pode
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ainda aprender sobre um determinado conjunto de conteúdos. A avaliação
final contemplará a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem
alcançada pêlos alunos ao final de um período de trabalho, seja este
determinado pelo fim de um bimestre, ou de um semestre, ou de um ano,
sejam pelo encerramento de um projeto ou uma seqüência didática.
Na verdade, a avaliação contínua do processo por subsidiar a
avaliação final, isto é, se o professor acompanha o aluno sistematicamente ao
longo do processo pode saber o que o aluno aprendeu sobre os conteúdos
trabalhados.
Uma escola comprometida com o desenvolvimento das capacidades dos
alunos encontra, na avaliação, uma referência à análise de seus propósitos,
que lhe permite redimensionar investimentos, a fim de que os alunos
aprendam cada vez mais e melhor e atinjam os objetivos propostos.
Portanto, a avaliação proposta, deve ser compreendida como elemento
integrador entre a aprendizagem e o ensino; um conjunto de ações que ajuste
e oriente a prática pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; um
elemento de reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa;
instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços,
dificuldades e possibilidades. Assim sendo, avaliar a aprendizagem implica
avaliar o ensino oferecido – se, por exemplo, não há a aprendizagem
esperada significa que o ensino não cumpriu com a sua finalidade: a de fazer
aprender.
3 - ESCOLA
Esta deve cumprir sua função social, isto é, seu papel político-
institucional. A sua razão de ser é a formação do homem e da mulher em sua ampla
dimensão, pessoal e profissional.
A escola deve oferecer um tipo de formação que não é facilmente
adquirida em outro lugar e ainda deve socializar o saber sistematizado, propiciando
a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso a esse saber (SAVIANI,
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1991). A formação escolar deve abarcar as dimensões científicas, técnica, ética e
humana que se constituem de elementos cognitivos (aprendizagem, ensino,
habilidades, conhecimentos, capacitação e qualificação) e elementos de conduta
(socialização, disciplina, conduta e disposições).
A passagem pela escola, assim como o desempenho desta com
alunas e alunos, isto é, o êxito ou fracasso acadêmico, tem influência relevante
sobre o acesso às oportunidades da vida em sociedade.
Ainda, a escola é “lócus de reprodução, lócus de produção de
políticas, orientações e regras” (LIMA, 2002) e está inserida na chamada “sociedade
global”, onde violentas e profundas transformações no mundo do trabalho e das
relações sociais vêm causando impactos desestabilizadores à humanidade e,
conseqüentemente exigindo novos conteúdos de formação, novas formas de
organização e gestão da educação, re-significando o valor da teoria e da prática da
administração da educação. A escola constitui um organismo social, vivo e
dinâmico, uma cultura que não se reduz ao somatório de sala de aula onde os
professores são individualmente responsáveis pelo trabalho pedagógico que
desenvolvem. A constituição da escola é tecida por uma rede de significados que se
encarrega de criar os elos que ligam passado e presente, instituído e instituinte, e
que estabelece as bases de um processo de construção e reconstrução
permanentes.
4 – ENSINO-APRENDIZAGEM
Através do relacionamento inter-pessoal muito forte entre
alunos e professores, alunos e alunos, professores e professores, enfim, com
todos é que se cria um clima afetivo responsável pelo sucesso ou não, da
aprendizagem.
Existem também condições específicas para que ocorra uma
efetiva aprendizagem, isso significa que todos podem aprender, mas não em
quaisquer condições.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 24
Conhecendo as condições em que ocorre a aprendizagem e o
que pode facilitá-la, o professor adquire uma visão ampla da importância do
seu papel como educador.
A aprendizagem se processa quando a pessoa se desenvolve
como um todo, através da:
Socialização – o aluno interage com o outro sujeito e o
objeto do conhecimento.
Individualização – interpreta, reelabora e internaliza esse
objeto.
Socialização – relaciona-se com o mundo exterior, com
sua consciência já codificada pela aquisição de mais esse
conhecimento.
O aprender significativo é primordial tanto para o professor,
quanto para o aluno, pois aprender é uma das marcas típicas do ser humano,
buscando sempre a sua autonomia.
Marco Operacional
1 - AÇÕES DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS
O nosso trabalho será norteado visando o aluno em todos os seus
aspectos de desenvolvimento acadêmico, emocional, psíquico e cultural.
Este trabalho será desenvolvido por toda a comunidade escolar,
das suas respectivas funções.
Será priorizado o trabalho com o aluno/ família – família/aluno –
aluno/aprendizagem - aprendizagem/aluno, sempre respeitando as suas
individualidades.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 25
O ápice do nosso trabalho será feito sempre elevando a auto-
estima da comunidade escolar principalmente acerca da evasão e da repetência.
Realizaremos também reuniões mensais com os professores para
acompanhamento e análise dos resultados obtidos através do conhecimento
acadêmico.
Quanto à evasão propomos um trabalho realizado pelos próprios
professores com apoio da equipe pedagógica, direção APM e Conselho Escolar,
embasados pelo Programa de Mobilização para a Inclusão Escolar e a Valorização
da Vida, instrumentalizado pelo FICA – Ficha de Comunicação do Aluno-Ausente.
Realizaremos também palestras com voluntários da nossa própria
comunidade escolar, com temas como: disciplina, limites, auto-estima, drogas,
orientação sexual e principalmente sobre a importância da conclusão acadêmica
para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional.
Com relação ao Ensino Médio realizaremos palestras com
profissionais dos diversos segmentos da sociedade, para que desperte em nossos
alunos a sua vocação profissional.
Partindo do pressuposto que a escola deve ser um local agradável
trabalharemos: teatro, música, ginástica olímpica, temas culturais procurando
sempre resgatar a formação do indivíduo como cidadão.
Enfim, nosso objetivo estará centrado na proposta pedagógica
onde o aluno será o centro das nossas atenções.
1.1 - Propostas para a Área Pedagógica:
1. Colocar em prática o Projeto Político Pedagógico do Colégio priorizando
questões que se referem à melhoria e qualidade do ensino/aprendizagem.
2. Promover a integração entre a coordenação
pedagógica/professor/aluno/família.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 26
3. Realizar encontro de professores por área, disciplina e série para discutir
problemas relacionados com o ensino/aprendizagem e buscar mecanismos
para amenizá-los.
4. Promover a realização de grupos de estudos, que visem uma reflexão da
prática pedagógica e também propiciem trocas de experiências e a
integração entre o Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação
profissional.
5. Proporcionar a formação continuada da equipe pedagógica, professores e
funcionários.
6. Incentivar a utilização dos recursos didático/pedagógicos existentes e
viabilizar ampliação dos mesmos.
7. Retomar e aperfeiçoar projetos já desenvolvidos, que apresentam bons
resultados e foram bem aceitos pela comunidade escolar, como: incentivo à
leitura; monitoria; grupos de estudo de alunos; orientação vocacional;
preservação do patrimônio.
8. Realizar novos projetos, buscando valorizar a criatividade, o talento, a
cultura, o esporte, a arte, mediante acompanhamento e orientação
pedagógica.
9. Buscar meios juntos aos órgãos competentes e comunidade em geral, que
visem potencializar professores e funcionários no atendimento de alunos com
necessidade especiais.
10.Ampliar o acervo da biblioteca, adquirindo exemplares sempre que possível,
de acordo com os recursos financeiros disponíveis e através de parcerias
com a comunidade, empresas e projetos governamentais.
11.Promover a utilização do Laboratório de Ciências e Informática como recurso
didático/pedagógico em todos os níveis de ensino.
12.Dar continuidade aos trabalhos realizados com o objetivo de fortalecer a
interação familiar/escola e aluno/escola.
Discutir com a comunidade escolar o calendário anual de eventos com
as atividades pedagógicas, culturais e recreativas do Colégio.
Retomar o Encontro Mensal de Pais e manter o atendimento aos
mesmos semanalmente.
Buscar recursos para suprir as salas ambientes com materiais e
equipamentos necessários.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 27
Incentivar o Grêmio Estudantil na realização de atividades que
envolveram discussões e trabalhos relacionados ao meio Ambiente; a
Saúde, a Política, ao Esporte e Cultura.
Promover aos alunos excursões culturais, participação em eventos
esportivos, culturais na escola e comunidade local.
2 - O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO-
PEDAGÓGICO
Neste início de século, nossa sociedade tem passado por
grandes transformações, que têm se refletido intensamente na vida das
pessoas, desafiando as organizações e as instituições para a necessidade de
mudanças radicais em seus propósitos, em suas políticas, em suas estruturas,
em seus procedimentos.
A educação é um típico “que fazer” humano, ou seja, um
tipo de atividade que se caracteriza fundamentalmente por uma preocupação,
por uma finalidade a ser atingida. Dentro de uma sociedade, ela não se
manifesta como um fim em si mesmo, mas sim, como um instrumento de
manutenção e transformação social. Na realidade estamos vivendo a pós-
modernidade, marcada pela incerteza e pela provisoriedade, na qual a
mudança na concepção do conhecimento traz como conseqüência novos
significados na economia, na produção e nas inúmeras áreas que compõem o
âmbito social.
Para desencadear tal processo de mudança, certamente não
existem respostas prontas, mesmo porque a própria ciência que sempre
trabalhou com certezas e definições, enfrenta agora outras realidades: a
relatividade e o seu caráter provisório e contestável. Essa mudança ocorre
como produto das consciências que foram despertadas e da vontade das
pessoas em encontrar melhores caminhos para o que estão realizando.
Esse envolvimento será conflituoso e repleto de tensões,
efetivando mudanças e causando rupturas a serem produzidas no contexto
real em que se dá o processo de construção da cidadania; terá como meta o
Colégio Estadual Tsuru Oguido 28
ideal de uma crescente igualdade de direitos entre os cidadãos, baseando-se
nos princípios democráticos, acesso à totalidade dos bens públicos, entre os
quais o conjunto dos conhecimentos socialmente relevantes.
Isso requer que a escola reflita sobre os aspectos do
cotidiano na prática pedagógica, tendo em vista uma coerência com os
objetivos propostos, visando contribuir com profundas e imprescindíveis
transformações, há muito desejado no panorama educacional.
Tendo em vista os objetivos educacionais, o projeto político
pedagógico visa propor a conceitualização do significado das áreas de ensino
e dos temas da vida social e contemporânea, reorganizando o conhecimento,
desenvolvendo as capacidades do aluno, processo em que os conteúdos
curriculares atuam não como fins, mas como meios para a aquisição e
desenvolvimento dessas capacidades, tendo em vista que, o aluno possa ser
sujeito de sua própria formação num processo interativo em que o professor
também se veja como sujeito de conhecimento.
Nesse contexto os conteúdos escolares que são ensinados
devem estar em consonância, para assim atuarem como instrumentos para o
desenvolvimento, a socialização, o exercício da cidadania democrática e a
atuação no sentido de reformular as deformações dos conhecimentos.
Torna-se claro então a importância da construção do projeto
político pedagógico, relacionando-o à organização do trabalho pedagógico da
escola, da sala de aula e de outras atividades pedagógicas e administrativas.
Isso significa apontar um rumo, uma direção, um sentido explícito para um
compromisso estabelecido coletivamente, constituindo processo participativo
de decisões, preocupando-se em instaurar uma forma de organização do
trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, buscando
eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo com a
rotina do mando pessoal, racionalizando a burocracia e permitindo as relações
horizontais no interior da escola.
2.1 - Plano de Ação da Direção e Direção-Auxiliar
Colégio Estadual Tsuru Oguido 29
⇒ Buscar qualidade e diferenciação das ações na prática pedagógico e no processo ensino- aprendizagem;
⇒ Auxiliar o corpo docente facilitando seu trabalho profissional dentro e fora da sala de aula;
⇒ Buscar mecanismos constantes de melhoria de satisfação dos docentes, funcionários, alunos e pais;
⇒ Implementar mecanismos cada vez melhores de atendimento ao aluno e sua família;
⇒ Proporcionar ao aluno espaços de cultura, esporte, arte, convivência, entretenimento, através de programas e eventos;
⇒ Buscar melhorias constantes de estrutura física do prédio toda escola;
⇒ Construir uma entrada para os alunos, separada da entrada de carros dos professores;
⇒ Construir um sistema de som ambiente no pátio de entrada para os alunos;
⇒ Desenvolver um projeto, visando melhorar os aspectos de higiene na escola (banheiros, pátio e sala de aula);
⇒ Reformas na Biblioteca e banheiros dos alunos.
⇒ Realizar promoções visando adquirir fundos para melhorias básicas na estrutura do prédio da escola, e no atendimento às necessidades docentes e dos funcionários.
⇒ Buscar melhorar e adquirir equipamentos novos (TV, DVD, vídeo e som) para a escola.
⇒ Instalar computador com internet na Biblioteca
⇒ Instalar e organizar o laboratório de informática para os alunos e professores.
2.2 - Plano de Ação da Equipe Pedagógica
• Reunião Pedagógica bimestral (professores, equipe pedagógica e
técnico-administrativa e demais funcionários);
• Reunião bimestral com pais para entrega de boletins e demais
informações da vida escolar do aluno;
• Implantação de um projeto histórico sócio-econômico, com a
participação de toda comunidade escolar, inclusive de profissionais
como: fonoaudióloga, pediatra, assistente social e psicóloga;
• Palestras durante o ano para os pais com profissionais ligados à
educação, à saúde física e psicológica, sobre temas relacionados às
crianças, filhos e alunos.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 30
• Implantar apoio escolar em contra-turno de português e matemática,
para as duas primeiras séries do ensino fundamental.
• Abolir a pauta e estabelecer o livro de Chamada.
• Organizar e incentivar, paralelamente as instruções das instâncias
superiores (SEED, NRE) e juntamente com a direção as forma de
formação continuada, contemplando a hora/atividade como momento
oportuno para planejamento e reflexão sobre a prática pedagógica,
tendo participação efetiva neste momento, considerando a formação
continuada, também, para os demais funcionários da escola.
• Orientar, acompanhar e zelar para melhoria dos serviços educacionais
realizados na escola: livros de chamada, reuniões, entrega de boletins
pra os pais contando com os mesmos, sempre que necessário.
• Estimular, apoiar, acompanhar e avaliar todos os trabalhos
desenvolvidos no âmbito escolar que venham enriquecer a proposta
curricular, tais como: projetos, oficinas, feiras, passeios e/ou
excursões, etc.
• Fazer valer as regras do Regimento Interno com todos os profissionais
da escola.
• Acompanhar o aproveitamento do processo ensino – aprendizagem,
atuando junto aos alunos e pais no sentido da analisar os resultados
de aprendizagem;
• Participar dos eventos (cursos, encontros, grupos de estudo, etc.) que
abordem temas de interesse do trabalho da equipe pedagógica;
• Subsidiar a direção no que for necessário: organização de turmas e
horários, elaboração do P.P.P., reuniões com pais e professores;
• Promover e coordenar eventos envolvendo alunos, que contribuem
para o crescimento emocional, afetivo e cultural, tais como: palestras
sobre sexualidade, drogas, orientação profissional, relacionamento
familiar ou outros, etc.
• Organizar e participar nas reuniões de Conselho de Classe;
• Encaminhar, quando necessário, alunos para atendimentos
especializados fonoaudiólogo, psicólogo, oftalmologista ou outros;
Colégio Estadual Tsuru Oguido 31
• Manter contato com universidades como UEL, UNOPAR, UNIFIL, etc.,
para fazer uso de seus projetos de extensão;
2.3 - Plano de Ação Docente
Para que a prática pedagógica se efetive, visando constantes melhorias, o
professor irá:
• Interagir na realidade escolar, buscando conhecê-la, compreendendo
criticamente as causas da existência de problemas a assim proporem
alternativas;
• Comprometer-se com a organização e os resultados do trabalho
pedagógico;
• Ter o planejamento como orientação para prática pedagógica,
participando ativamente na elaboração do mesmo, a cada início de
ano letivo e ainda realimentando-o sempre que necessário;
• Envolver-se com o seu trabalho de maneira eficiente;
• Trabalhar com o aluno colaborando com o seu desenvolvimento
intelectual levando em conta a importância da afetividade;
• Propor em sala de aula, atividades inovadora, contextualizadas e que
contribuam eficazmente para a instrução do aluno, trazendo-lhe
benefícios;
• Conhecer e usar todos os recursos didáticos disponíveis na escola;
• Colaborar na organização das atividades extra-classe que a escola se
propor a fazer;
• Cumprir seu papel em consonância com o Regime Escolar.
3 – CARACTERIZAÇÃO E RELAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS
DIRETOR: Deve ser um profissional capacitado para exercer a função de
gestor escolar com comprometimento, sensibilidade para as inovações tecnológicas
e pedagógicas, com habilidades para gerir os recursos financeiros e humanos da
escola, não deixando de ser democrático, ou seja, de fazer uma gestão participativa
e transparente:
NELSON DE JESUS LOPES DIRETOR
Colégio Estadual Tsuru Oguido 32
DIRETOR AUXILIAR: Assim como o diretor, deve ser um profissional com
autonomia para tomar decisões de comum acordo com a direção e com a Proposta
Pedagógica do estabelecimento:
GIANE SOUZA SILVA DIRETORA AUXILIAR
EQUIPE PEDAGÓGICA: Os professores pedagogos integrantes da equipe
pedagógica englobam as funções de orientação, supervisão e coordenação
educacional. Mediadores entre aluno/professor/escola/família propiciam situações
para que o processo de ensinar e aprender se concretize. Para tanto, devem estar
sempre em contato com a comunidade escolar, coletando informações para
atuarem com segurança e autonomia. Também têm um papel importantíssimo
desenvolvendo trabalhos juntamente com os professores para que o mesmo
aconteça de forma significativa. Portanto, deve ser flexível, dinâmico, buscando
ampliar as possibilidades de ação no âmbito pedagógico e administrativo.
DANIELY RIBEIRO E SILVA CASTOLDI PEDAGOGAMÁRCIA OTAVIANO OLIVEIRA PEDAGOGAMARLI TAVARES COSTA PEDAGOGAPATRICIA SIMOES TUCA PEDEGOGAZULEIDE PEREIRA VIEIRA PEDAGOGA
PROFESSORES: Sobre ele repousam a ordem do mundo e a ordem do
homem. O otimismo deve envolvê-lo; deve acreditar nas possibilidades do aluno,
ser capaz de exercer uma influência benéfica na classe como um todo e em cada
aluno individualmente. Acreditar nas mudanças, ser compromissado com a
educação, aceitar as novas propostas, ser porta-voz do momento em que vive,
adaptar-se ao sistema de vida e aos valores que a sociedade atual impõe.
Quanto aos professores que atuam neste Estabelecimento de Ensino todos
possuem habilitação para desempenhar sua função, têm especializações e alguns
estão pleiteando ou cursando mestrados:
ANA RAQUEL LEVORATO BIOLOGIAANDERSON AP. NOVAES MATEMÁTICAANÉSIA GONÇALVES BORSATO FÍSICAANÍSIA VIEIRA DE OLIVEIRA INGLÊSANGELA HERCILIA G. GRECA ED FÍSICAANSELMA REGINA LEVORATO QUÍMICAARTHUR APOSTOLO OLIVEIRA ENSINO RELIGIOSOCELIO BERNINI JUNIOR BIOLOGIA
Colégio Estadual Tsuru Oguido 33
CLAUDIA DOS REIS BARATO HISTÓRIACLEUSA BENTO D. TRALDI GEOGRAFIADAISE BEGALE PRUDENCIO ED. FÍSICAELIZAMARA G. ARAUJO HISTÓRIAEMILSON MAURO AZEVEDO ED. FÍSICAISABEL CRISTINA B BRANGER PORTUGUÊSIVONICE P. DOS SANTOS ED. ARTÍSTICAJESUEL M. MONTAGNANI CIENCIASLAUDILEIA AP. LACERDA CIENCIASLIZ MARIA BORGES BAÚ ED. ARTÍSTICAMANOEL KANUTO G. P. NETO GEOGRAFIAMARCELO P. ZAMARIAN MATEMÁTICAMARCOS ANTONIO BEZERRA ED. FÍSICAMARIA AP. DONIZETE SOUZA HISTÓRIAMARIA CLEUZA DE OLIVEIRA QUIMICAMARIA DE FÁTIMA BERALDO PORTUGUESMARIA DE LURDES R. PUCCI MATEMÁTICAMARIA DO CARMO A.DINIZ CIENCIASMEIRE ANDREA LÁZARO BIOLOGIANATERCIA PRENZLER SOUZA ARTESNEIVA MORTEAN PUCCI ED. FÍSICARODOLFO RODRIGUES BELFORT PORTUGUESROSANIA MARIA QUEIROZ MATEMÁTICAROSANGELA PEZENTE INGLESSANDRA LUCIA PIOLA BARBOSA MATEMATICASEMADAR FERREIRA BARROS FÍSICASILMARA CRISTINA S.TOLOMI GEOGRAFIATERUMI SONIA NAGAY PORTUGUESVALENTIN ZAZYCKY PORTUGUESVERA OGURTSOVA SOCIOLOGIAVILMARA DANCINI GEOGRAFIAMILTON DE CARVALHO BIOLOGIALIDIANA LOVATO BIOLOGIA
SECRETÁRIA: Que busque interagir com todos os segmentos da escola de
maneira objetiva e transparente de modo que a escola caminhe como um todo
harmônico.
ROSINA AP. BARROS CIOFE SECRETÁRIA
TÉCNICO ADMINISTRATIVO: Este profissional deve estar voltado para as
atuais necessidades da escola e em conexão com as prioridades e deveres
pertinentes ao seu papel:
ANGELA MARIA DA CRUZ TÉCNICO ADMINISTRATIVOMARIA LUIZA M. ARAUJO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
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NELI FERNANDES BARBOSA TÉCNICO ADMINISTRATIVORITA DE CÁSSIA G. SANTOS TÉCNICO ADMINISTRATIVOROBERTO VIEIRA RODRIGUES TÉCNICO ADMINISTRATIVOELIANE CORDEIRO DA SILVA TÉCNICO ADMINISTRATIVOALISSON AP. NOVAES TÉCNICO LABORATORISTA
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS: Comprometidos com o bem-estar da
escola em toda sua amplitude e voltados para as possibilidades de mudança,
contornando problemas, buscando soluções, tomando decisões participativas,
criando condições melhores de trabalho e organização.
EDNA MARIA T. PEREIRA AUX. DE SERVIÇOS GERAISEUNICE NOGUEIRA CIRINO AUX. DE SERVIÇOS GERAISGERALDA D. S. EULAMPIO AUX. DE SERVIÇOS GERAISIVONE BARBOZA L.AZEVEDO AUX. DE SERVIÇOS GERAISIZABEL APARECIDA DA SILVA AUX. DE SERVIÇOS GERAISTEREZINHA M. CORDEIRO AUX. DE SERVIÇOS GERAISVERA LUCIA MOURA NOVAIS AUX. DE SERVIÇOS GERAISCLAUDIA A. S. PINHEIRO AUX. DE SERVIÇOS GERAIS
4 - PLANO DE AVALIAÇÃO INTERNA E SISTEMÁTICA - AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL
Pensamos a avaliação institucional desfragmentada de série e disciplina ou
setor. É de objetivo desta instituição de ensino manter contínua e abertamente a
mensuração do trabalho profissional, desde seu primeiro passo até as etapas finais,
resultados e índices alcançados.
Entendemos que, nesta mensuração, todos os segmentos pertencentes à
comunidade escolar devem ser analisados em conjunto, como instituição de ensino
que é, pois somente após esta visão holística é que poderemos verificar os acertos
e divulga-los como troca de experiência, assim como detectar os pontos em que
será necessário elaborar uma intervenção.
A avaliação institucional também contempla os dados obtidos por fontes
como: AVA; SAEB; ENEM; Censo Escolar; SERE/SIE/SAE; cadastro e avaliação
realizada pelo RH; legislação; relatórios dos cursos de capacitação; memória
técnica da SEED.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 35
A N E X O
PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA
Colégio Estadual Tsuru Oguido 36
Ementa:
O fenômeno vida em toda sua diversidade de manifestações é objeto de
estudo da Biologia. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processo
organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda,
de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre
seus elementos constituintes e a interação entre esse mesmo sistema e os demais
componentes de seu meio.
Existem várias maneiras de elaborar o estudo de Biologia no ensino médio.
Assim selecionamos, do amplo conteúdo da Biologia, o essencial para que o aluno
possa ter uma boa formação e adquirir conhecimentos capazes de ajudá-lo no
exercício de sua cidadania.
Os conteúdos estruturantes estabelecem um novo olhar de forma a relacioná-
los com seus conteúdos pontuais sob os pontos de vista vertical, transversal e
horizontal, procurando uma lógica dialética, os quais levem o professor a integrá-los
e relacioná-los para que o aluno não tenha mais uma “visão fragmentada da
biologia”.
Foram estabelecidos os seguintes conteúdos estruturantes:
1- Organização dos seres vivos;
2- Mecanismos biológicos;
3- Biodiversidade: relações ecológicas, modificações evolutivas e variabilidade
genética;
4- Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.
Objetivos:
Levar o aluno a pensar criticamente; ser capaz de analisar fatos e fenômenos
ocorridos no ambiente; vivenciar o método científico; relacionar fatores sociais,
políticos, econômicos e ambientais exige do aluno investigação, leitura e pesquisa.
Metodologia:
Nas aulas de Biologia é importante sempre abordar o conteúdo de forma
significativa para o aluno, incentivando-o a refletir sobre a situação problema que
envolve a discussão crítica do tema, despertando no aluno o interesse e a vontade
para aprofundar as pesquisas e buscar alternativas para a questão em pauta.
Recursos como aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação práticas. O
Colégio Estadual Tsuru Oguido 37
uso de diferentes imagens como vídeo, transparências, fotos e as atividades
experimentais.
Critérios de Avaliação:
É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo,
a avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem. A
avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas
pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores e alunos
tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superarem os
obstáculos. Em outras palavras, a avaliação ocorrerá de forma processual e
formativa, diagnóstica e contínua, realizada, no dia-a-dia escolar.
Bibliografia:
BIZZO, N. Manual de orientações curriculares do Ensino Médio. Brasília, MEC,
2004.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ- Departamento de
Ensino Médio. Reestruturação do Ensino de 2º grau. Proposta de conteúdos do
Ensino de 2º grau. Biologia. Curitiba, 1993.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – Diretrizes curriculares de Biologia
para o Ensino Médio. Versão preliminar. Julho 2006
Colégio Estadual Tsuru Oguido 38
PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
Ementa:
O conhecimento da história da ciência propicia, ao ensinar e aprender
ciências, uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades
temporais e, principalmente ao relacionar essa história com as práticas sociais as
quais está diretamente vinculada.
Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento
histórico, percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo
com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando
assim, a mudança de foco do processo de ensino e de aprendizagem. Isso alterou a
concepção de aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e educação,
contribuindo para a formação em diferentes épocas, de novos cientistas, de
cidadãos pensando lógica e criticamente, de mão-de-obra qualificada para o
mercado de trabalho e, de cidadãos críticos, participativos e transformadores.
Atualmente iniciou-se um período na história da educação paranaense,
conseqüência de um processo de reformulação da política educacional do Estado.
Resgatando a função da escola e o tratamento dos conteúdos específicos e saberes
históricos constituídos em detrimento dos projetos promovidos por empresas,
organizações não-governamentais, multinacionais e outras instâncias. A proposta
leva o professor à reflexão sobre a própria prática, oportunizando a todos os
professores a desempenhar melhor suas funções. Cabe ressaltar que o acesso à
formação continuada específica fornece subsídios consistentes e úteis ao cotidiano
da sala de aula.
Os conteúdos estruturantes elencados para o ensino de Ciências são entendidos
como saberes fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de
estudo da disciplina, essenciais para a compreensão de seu objeto de estudo e
suas áreas afins. Portanto, as diretrizes propõem como conteúdos estruturantes:
Corpo Humano e Saúde; Ambiente; Matéria e Energia e, Tecnoecologia.
Objetivos:
Na medida em que os conteúdos específicos envolvem um vasto
campo de conhecimentos produzidos pela humanidade no decorrer de sua história,
a disciplina de Ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos
necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas
interferências no mundo. Por isso, estabelece relações entre os diferentes
Colégio Estadual Tsuru Oguido 39
conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros, e o cotidiano como os
problemas reais, socialmente importantes, enfim, a prática social.
Como um meio de explicação da realidade, a ciência pressupõe um método
que não é único, nem permanece inalterado, pois, reflete o momento histórico em
que o conhecimento foi produzido, as necessidades materiais da humanidade, a
movimentação social para atendê-las, o grau de desenvolvimento da tecnologia, as
idéias e os saberes previamente elaborados.
Conteúdos por série/ano:
- Os seres vivos e o ambiente
- A terra por dentro e por fora
- A água no ambiente
- O ar e o ambiente
- Desequilíbrios ambientais
- Universo e o ambiente
- Diversidade da vida na Terra
- Os reinos da Moneras, Protistas e Fungos
- O reino das plantas
- Invertebrados
- Vertebrados
- A organização do corpo humano
- A reprodução
- As funções de nutrição
- Funções de relação com o meio ambiente
- A coordenação das funções orgânicas
- A matéria
- As transformações físicas e químicas da matéria
- Conceitos básicos de cinética
- Sistema de forças
- As leis de Newton
- Energia e trabalho
- A eletricidade
- O magnetismo
- As ligações químicas
- As fórmulas químicas
Colégio Estadual Tsuru Oguido 40
- Reações químicas
- Leis das reações químicas
Metodologia:
Os conteúdos específicos, nesta proposta, devem ser tratados ao longo dos
quatro anos do Ensino Fundamental, desde que se respeite o nível cognitivo dos
alunos, a realidade local, a diversidade cultural, as diferentes formas de apropriação
dos conteúdos específicos por parte dos alunos e, adote uma linguagem coerente
coma faixa etária, aumentando gradativamente o aprofundamento da abordagem
desses conteúdos, por meio das atividades e aulas práticas, desde que se
considere a coerência entre a teoria e a prática e, o conteúdo e a forma.
Para o desenvolvimento das atividades, os professores poderão utilizar os
mais variados recursos pedagógicos: slides, fitas VHS, DVDs, CDs educativos e
softwares livres dentre outros.
Critérios de avaliação:
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem
possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária com os alunos,
contribuições importantes para verificar em que medida os alunos se apropriaram
dos conteúdos específicos tratados nesse processo. É necessário que o processo
avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de critérios avaliativos estabelecidos
pelo professor, como os conhecimentos que os alunos possuem sobre
determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses
conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas
por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de ensino e de
aprendizagem e, no seu cotidiano.
Outro critério avaliativo que pode ser estabelecido é quando o aluno, e /ou
turma, consegue relacionar aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e
históricos.
A avaliação não pode estar centralizada em uma única atividade ou método
avaliativo e precisa considerar os alunos como sujeitos históricos do seu processo
de ensino e de aprendizagem.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 41
Bibliografia:
Concepções e tendências da educação e suas manifestações na prática
pedagógica. ABREU, D.C de et all
CRUZ, C.G.M da et all. Fundamentos teóricos das ciências naturais.
ESPÍNDOLA, H,S. Ciência, capitalismo e globalização.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 42
PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA
Ementa:
O ensino de Química que objetiva levar à alfabetização científica do sujeito
deve estar centrado na inter-relação de dois componentes básicos: conhecimento
químico e o contexto social. Tal relação implica na compreensão de um mínimo
necessário do conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito
dos conceitos de Química. Portanto, diz respeito ao entendimento das inter-relações
sociais do sujeito, ao desenvolvimento da sua capacidade de participação através
de uma atitude crítica e atuação transformadora na direção de uma sociedade justa.
Em outras palavras, a abordagem no ensino da química, será norteada, pela
contrução/reconstrução de signficados dos conceitos científicos, vinculada aos
contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais.
Os conteúdos estruturantes escolhidos para o ensino de Química consistem em
saberes que identificam o campo de estudos da Química, e a partir dos seus
desdobramentos em conteúdos pontuais os quais possibilitem a abordagem do
objeto de estudo desta disciplina, em sua totalidade e complexidade. Portanto, as
diretrizes propõem como conteúdos estruturantes: matéria e sua natureza;
biogeoquímica; química sintética.
Objetivos:
Formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e também
seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual, buscando uma
seleção de conteúdos (estruturantes) que identifiquem a disciplina, nas relações
políticas, econômicas, sociais, culturais das diferentes sociedades.
Conteúdos por série/ano:
São apresentados de acordo com os conteúdos estruturantes
- Matéria e sua natureza
- biogeoquímica
- Química sintética
Metodologia:
É importante que o processo de ensino-aprendizagem em Química, parta do
conhecimento prévio dos alunos, onde se incluem as concepções alternativas, ou
concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito científico.
A abordagem experimental terá a caracterização do papel investigativo e de
sua função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação, problematização,
Colégio Estadual Tsuru Oguido 43
discussão, enfim, da significação dos conceitos químicos. Ex. diálogo, leitura,
práticas em laboratório, vídeo, transparências, folders, etc.
Critérios de Avaliação:
Deve ser concebida de forma processual e formativa, sob as condicionantes
do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por meio de interações
recíprocas, no dia-a-dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo
pontual, portanto sujeito as alterações no seu desenvolvimento.
Bibliografia:
BAIRD, C. Química ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.
BELTRAN, N.O e CISCATO, C.A. M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.
BRADY, J. e HUMISTON, G.E. Química Geral. LTC, 1981.
GOLDFARB, A.M. Da alquimia a química. São Paulo: Landy, 2001.
HALL, Nina. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre:
Bookman, 2004.
MORTIMER, E.F e MACHADO, A H. Química para o ensino médio. Volume
único. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2002.
RUSSEL, J.B. Quimica Geral. São Paulo: McGraw-hill, 1981.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 44
PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
Ementa:
Na sua trajetória a disciplina de ensino religioso ficou fora da rede pública
estadual, na reorganização das matrizes curriculares do ensino fundamental,
realizadas a partir da LDBEN 9394/96, mesmo assim no período de 1995 a 2002, o
ensino religioso foi praticamente excluído.
Mesmo com a exclusão do ensino religioso pelos (PCNs), a FONAPER, que
representava a sociedade civil organizada pela primeira vez, educadores de várias
tradições religiosas conseguiram elaborar uma proposta educacional e, finalmente
em 1997 foi publicado o PCN de ensino religioso que diferentemente das outras
disciplinas não foi elaborado pelo MEC, mas passou a ser uma das principais
referências para a organização do currículo de ensino religioso em todo o país.
Portanto, conhecimento religioso é compreendido como um patrimônio da
humanidade e que, legalmente, institui-se na escola, pressupondo promover aos
educandos oportunidade de capacitá-los a entender os movimentos específicos das
diversas culturas, sendo o substantivo religioso um forte elemento de colaboração
na constituição do sujeito.
Por conteúdos estruturantes do Ensino Religioso, entende-se que são os
saberes, os conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que
identificam e organizam os campos de estudos a serem contemplados no Ensino
Religioso. Dessa forma, os conteúdos estruturantes propostos para e Ensino
Religioso são: a paisagem religiosa, o símbolo e o texto sagrado, apropriados das
instâncias que auxiliem a compreender o sagrado.
Objetivos:
Dentre os desafios para o ensino religioso na atualidade, pode-se destacar a
necessária superação das tradicionais aulas de religião, e a inserção de conteúdos
que tratam da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas
paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e
econômicas de que são impregnadas.
Além disso, é necessário que o ensino religioso escolar adquira status de
disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de seus conteúdos
escolares, da produção de referenciais didático-pedagógicos e científicos, bem
como da formação de professores.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 45
Outro aspecto relevante que devemos ressaltar: as religiões interessam como
objeto de conhecimento a ser tratado nas aulas de ensino religioso, por meio do
estudo das manifestações religiosas que delas decorrem e as constituem.
O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do
sagrado no coletivo. Ou seja, o seu objetivo é analisar e compreender o sagrado
como cerne da experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo
cultural. Dessa forma, no espaço escolar, justifica-se o ensino religioso por fazer
parte do processo civilizador da humanidade.
Conteúdos por série/ano:
5ª série
- Respeito à diversidade religiosa
- Lugares sagrados
- Textos orais e escritos – sagrados
- Organizações religiosas
6ª série
- Universo simbólico religioso
- Ritos
- Festas religiosas
- Vida e morte
- O sentido na vida nas tradições/manifestações religiosas
Metodologia:
Tendo como ponto de partida o histórico da disciplina e as novas demandas para
o ensino religioso, foram definidos os fundamentos teóricos da disciplina que só
terão sentido no processo de ensino e de aprendizagem, na medida em que sejam
incorporados pelos professores, não apenas no planejamento formalizado na
escola, mas no efetivo trabalho com os alunos.
Assim, uma das inovações propostas por estas diretrizes é a abordagem dos
conteúdos de ensino religioso, tendo como objeto de estudos o sagrado, conceito
discutido nos fundamentos teórico-metodológicos e que será a base a partir do qual
serão tratados todos os conteúdos de ensino religioso.
Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da
disciplina, sem desconsiderar a sua aproximação com as demais áreas do
conhecimento.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 46
Os conteúdos contidos nas diretrizes contemplam as diversas manifestações
do sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio cultural e poderão ser
enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para a construção, a reflexão e
a socialização do conhecimento religioso, propiciando conhecimentos que
contribuam para a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o
diferente.
Portanto, se faz necessário nas aulas de Ensino Religioso o uso da
linguagem pedagógica e não a religiosa, referente a cada expressão do sagrado,
adequada ao universo escolar.
Devido à diversidade de conteúdos e o necessário processo de pesquisa a
ser realizado pelo professor na identificação de referenciais teóricos que subsidiem
o planejamento de suas aulas, recomenda-se que a seleção priorize as produções
de pesquisadores comprometidos com o sagrado, tal procedimento evitará o uso de
fonte de informações e de pesquisa comprometidas com os interesses de uma ou
de outra tradição religiosa.
Critérios de avaliação:
O ensino religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como
não terá registros de notas ou conceitos na documentação escolar, isto é, o Ensino
Religioso não se constitui como objeto de reprovação. Mesmo com essas
particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do
processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a
implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de
apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetros os
conteúdos tratados e seus objetivos. O ato de avaliar é um dos fatores que poderá
contribuir para sua legitimação como um dos componentes curriculares. É
importante lembrar que a disciplina de Ensino Religioso está num processo de
implementação nas escolas.
Bibliografia:
CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: ed. Scipione, 1994.
COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso.
DURKHEIM, Émile. As formas elementares de vida religiosa.
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo:
Martins Fontes, 1992.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 47
JUNQUEIRA, Sérgio R.A (org) Conhecimento local e conhecimento universal:
pesquisa didática e ação docente. Curitiba: Champagnat, 2004. P.119
ROHMANN, Chris. O livro das idéias: pensadores, teorias e conceitos que formam
nossa visão de mundo. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICAColégio Estadual Tsuru Oguido 48
Ementa:
O processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir do conhecimento
prévio dos alunos respeitando seu contexto social e suas concepções espontâneas
a respeito de ciência. Então, a Física deve educar para cidadania contribuindo para
o desenvolvimento de um sujeito crítico, que compreenda o papel da ciência no
desenvolvimento da tecnologia e seja capaz de compreender a cultura científica e
tecnológica de seu tempo.
Os princípios, as concepções, a linguagem, entre outros elementos utilizados
pela Física será apresentado ao estudante, e cabe ao professor utilizar-se de um
discurso que propicie o aluno a perceber as diferenças entre a sua forma e a forma
utilizada pela ciência para explicar um determinado fenômeno. Ou seja, espera-se
que o aluno reelabore seus conceitos, sem abandonar suas idéias espontâneas.
No ensino de Física, entende-se por conteúdos estruturantes aqueles
conteúdos que identificam o campo de estudos da Física, que podem ser
desdobrados em conteúdos pontuais, de forma que fique garantido o objeto de
estudo dessa disciplina em sua totalidade. Dessa forma, os três conteúdos:
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo foram escolhidos como
estruturantes porque indicam campos de estudo da Física enquanto campo de
conhecimento devidamente constituído ao longo do tempo, e o entendimento, pelos
professores, de que o Ensino Médio deve estar voltado à formação de sujeitos que,
em sua formação e cultura, agreguem a visão da natureza, das produções e das
relações humanas.
Objetivos:
A Física deve contribuir para a formação dos sujeitos, através de conteúdos
que dêem conta do entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja, a
compreensão do universo, a sua evolução, suas transformações e as interações
que nele se apresentam. Portanto, no ensino de Física o estudante será
apresentado a princípios, concepções, linguagem, entre outros elementos utilizados
pela Física em que o discurso do professor deverá permitir que o aluno perceba as
diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela ciência para explicar um
determinado fenômeno.
Conteúdos:
1. Movimentos:
- Momentum e Impulso;
Colégio Estadual Tsuru Oguido 49
-Conservação do Momentum e Energia, Leis de Newton;
- Mecânica do Fluídos;
2. Termodinâmica:
- Lei Zero da Termodinâmica:
● 1ª. Lei da Termodinâmica;
● 2ª Lei da Termodinâmica;
3. Oscilações:
- Ondulatória;
4. Eletromagnetismo:
- Eletricidade;
- Magnetismo;
- Óptica.
Metodologia:
No processo de ensino-aprendizagem em Física, é importante que se parta
do conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções
alternativas ou concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito
científico. A concepção espontânea, o aluno adquire no seu dia-a-dia, na interação
com os diversos objetos no seu espaço de convivência; por outro lado, a concepção
científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual
necessita de metodologias específicas para ser transmitido no ambiente escolar.
O ensino da Física se realiza por completo quando o entendimento dos
objetivos em estudos confronta, com experiência mais concreta do cotidiano dos
alunos. Aulas expositivas de modo que o professor não só apresente os conteúdos
como também investigue os conhecimentos prévios dos alunos e a sua capacidade
de abstração. Aplicação de trabalho de pesquisas de maneira que o aluno discuta
ou complemente os conteúdos abordados. Uso de livros didáticos, revistas, jornais,
internet e outras fontes de pesquisa. Aplicação de recursos visuais de modo a
aproximar a situação teórica da situação prática através da utilização de quadro
negro e retroprojetor.
Avaliação:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 50
A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração
todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise
de um texto (literário ou científico); capacidade de elaborar um relatório sobre um
experimento entre outros. Portanto, a avaliação não pode ser utilizada para
classificar os alunos com uma nota, para testá-lo ou como punição, mas para
auxiliá-lo na aprendizagem. Assim, avaliar somente tem sentido quando utilizada
como instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos estudantes,
objetivando o seu crescimento.
Bibliografia:
AGUIAR, O. Mudanças conceituais (ou cognitivas) na educação em ciências:
revisão crítica e novas direções para a pesquisa. Revista Censão, vol. 3, n.1. 2001
ALMEIDA, M.J.M.de. Discursos da ciência e da escola: ideologia e leitura possíveis.
Campinas: Mercado das Letras, 2004.
BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília:
MEC/SENTEC, 2002.
PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio –
Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED. 1994.
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
Colégio Estadual Tsuru Oguido 51
Ementa:
A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no
mundo e o conhecimento gerado nessa área, como um fruto da construção humana
na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural.
Duas forças indissociáveis estão sempre a impulsionar o trabalho em
matemática. De um lado, o permanente apelo das aplicações às mais variadas
atividades humanas, das mais simples da vida cotidiana às mais complexas
elaborações de outros campos do conhecimento. Do outro lado, a especulação
pura, a busca de respostas a questões geradas no próprio campo da Matemática. A
indissociabilidade desses dois aspectos fica evidente pelos inúmeros exemplos de
belas construções abstratas originadas em problemas aplicados e, por outro lado,
de surpreendentes aplicações encontradas em nosso cotidiano.
Em um mundo onde as necessidades sociais e profissionais adquirem novos
contornos, todas as áreas requerem competência em matemática. A possibilidade
de compreender conceitos e procedimentos matemáticos é necessária tanto para
tirar conclusões e fazer argumentações, como para o cidadão agir como consumidor
prudente ao tomar decisões em sua vida pessoal e profissional.
A matemática, além de seu valor formativo, desempenha um papel
instrumental que pode ser visto como um conjunto de técnicas e estratégias que
permitem modelar a realidade e interpretá-la. Nessa linha, a álgebra e as funções
devem ser percebidas como sistemas de códigos que tornam a matemática uma
linguagem de comunicação de idéias e de descrição de modelos. Com a geometria
podemos desenvolver a livre interpretação do espaço, a representação e
visualização de formas. Com idéias do tratamento da informação é possível analisar
dados de tabelas e gráficos, interpretar suas informações e fazer comparações.
Sendo assim, aprender matemática deve ser mais do que memorizar
resultados dessa ciência e, a aquisição do conhecimento matemático, deve estar
vinculada ao domínio de um saber fazer matemática, e de um pensar matemático.
Os conteúdos estruturantes de Matemática são entendidos como os saberes
mais amplos da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem
parte de um corpo estruturado de conhecimentos construídos e acumulados
historicamente. Para o ensino da Matemática, os conteúdos estruturantes são:
Números, Operações e Álgebra; Medidas; Geometria e Tratamento de Informação.
Objetivos:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 52
Desenvolver de maneira objetiva a compreensão da linguagem
matemática, conhecer que a matemática é uma construção cultural no tempo e no
espaço e que por meio dela podemos interpretar leituras no cotidiano para agir com
autonomia. Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos
para adquirir e construir conhecimentos, expressar opiniões e assumir
responsabilidades pessoais.
Conteúdos série/ano:
5ª série
- Sistema de numeração
- Números naturais
- Quatro operações com numeros naturais
- Resolução de problemas
- Potenciação e radiciação de numeros naturais
- Múltiplos e divisores
- Mínimo múltiplo comum
- Máximo divisor comum
- Números primos
- Critérios de divisibilidade
- Formas de figuras geométricas
- Ângulos e medidas
- Fração (equivalente composição de fração e operação com fração).
- Números decimais
- Porcentagem, resolução de problemas.
- Sistema métrico decimal
6ª série
- Números inteiros (números negativos) 4 operações
- Potencias e raízes (4 operações)
- Números racionais (fração, decimal, percentual, propriedades de
potenciação, expressões numéricas).
- Expressões numéricas: 4 operações
- Equações, termos semelhantes, raiz de uma equação e as 4 operações.
- Razão e proporção (razão entre espécie diferente, proporção) resolver
problemas utilizando proporção.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 53
- Grandezas proporcionais (grandeza diretamente e inversamente
proporcional).
- Regra de três simples e composta.
7ª série
- Números reais (conj. Dos números, fração, decimal, raiz), decomposição em
fatores primos, número racional e irracional.
- Cálculo algébrico (expressões algébricas, valores de uma expressão,
monômios, polinômios e as quatro operações envolvidas).
- Produtos notáveis, fatoração, resolver expressões algébricas, casos de
fatoração, resolver problemas aplicando técnicas de fatoração.
- Frações algébricas, simplificar e efetuar operações. Equações fracionárias e
literais
- Sistema de equações do 1º grau com duas incógnitas
- Adição e substituição e classificação de sistema e plano cartesiano
8ª série
- Números reais
- Radicais
- Adição e subtração de radicais
- Potenciação e radiciação e suas propriedades
- Equação do 2º grau (propriedades)
- Aplicação de fórmula quadrática
- Funções e relações (lei de formação de função)
- Estatística (probabilidade)
- Semelhança de polígonos (teorema de tales)
- Teorema de Pitágoras (relações métricas nos triângulos)
- Áreas e volumes
- Circunferência e círculo
Ensino Médio
1º ano – os conteúdos citados abaixo se inter-relacionam com a geometria e o
tratamento de informação:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 54
- Conjuntos numéricos
- Funções 1º e 2º grau exponencial e logaritmo
- Logaritmos
- Progressões PA e PG
2º ano - os conteúdos citados abaixo se inter-relacionam com função e
geometria:
- Trigonometria no triângulo
- Trigonometria (seno, cosseno, tangente e seus derivados).
- Matrizes e determinantes
- Sistemas lineares
- Análise combinatória e probabilidade
- Binômio de Newton
3o ano - os conteúdos citados abaixo se inter-relacionam com funções e
tratamento de informação:
- Geometria plana
- Geometria espacial
- Noções básicas de Geometria não-euclidiana
Metodologia:
No Ensino Médio, os conteúdos estruturantes da matemática estão
organizados em números, álgebra, geometria, função e tratamento de informação.
Embora cada conteúdo estruturante tenha uma especificidade, eles devem
ser trabalhados de maneira conjunta, a inter-relação entre número, álgebra,
geometria e tratamento da informação possibilita aos estudantes realizarem
análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de idéias,
assim o vocabulário matemático ganha mais significado. Historicamente o fazer
matemático sempre permeado pela necessidade de solucionar problemas.
Atualmente tem-se a perspectiva de que o ensino da matemática assim como
o fazer matemática seja inerente à prática docente nas tendências temáticas e
metodológicas abordadas por diversos autores e educadores. Destacam-se as
importantes tendências: resolução de problemas, modelagem matemática, mídia
Colégio Estadual Tsuru Oguido 55
tecnológica, etnomatemática e história da matemática. Desta forma, espera-se que
o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e
atitudes visando à formação integral do ser humano.
Avaliação:
Na presença de “erros” dos educando é importante fazer uma análise
cuidadosa para compreender a origem dos mesmos, a partir daí o professor busca
compreender os caminhos trilhados pelos educandos para explorar as
possibilidades advindas dos erros, o que muitas vezes resultam de uma visão
parcial que o aluno possui do conteúdo. A avaliação se realiza ao longo do processo
de ensino e da aprendizagem, de modo a propiciar ao educando múltiplas
possibilidades de expressar e aprofundar sua visão do conteúdo trabalhado. O
professor ao elaborar/selecionar os conteúdos/atividades priorizará aquelas que
permitam estabelecer inter-relações entre os conhecimentos matemáticos. A
educação matemática priorizará também a análise e a reflexão, de modo a contribuir
para que os alunos se posicionem criticamente em relação às informações e aos
acontecimentos.
Bibliografia:
ADRIANI, Álvaro; VASCONCELLOS, Maria José. Praticando Matemática. São
Paulo: Ed. do Brasil, 2002.
GIOVANNI, José R; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI Jr, José Ruy.
Matemática completa. São Paulo: Ed. do Brasil, 2002.
LONGEN, Adilson. Matemática – Ensino Médio. Vol. 1, 2,3. Curitiba: Positivo, 2004
PAIVA, Manoel. Matemática. Ensino Médio. Vol.Único. São Paulo: Ed. Moderna,
1999.
PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA
Ementa:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 56
A História visa contribuir para a construção do conhecimento e respeito ao
“outro”, com o qual se convive pessoalmente (outras etnias, religiões, opções
sexuais, opções políticas, outras condições sociais) e com o qual se convive
enquanto coletividade (outras regiões, culturas e nações). O ensino de História
objetiva também contribuir para a formação do indivíduo na tomada de decisões
diversas: toda ação deriva de uma reflexão sobre o tempo, avaliação de eventos
passados e projeção de intenções para momentos posteriores. O indivíduo, ao agir,
atribui sentidos ao tempo e à sua ação dentro dele. Com relação aos conceitos
significativos para a disciplina de História no Ensino Fundamental, elaborou-se uma
proposta delineada em temas gerais ou unidades temáticas sem, no entanto,
abandonar em definitivo a cronologia. Os temas gerais propostos para serem
trabalhados em História são os seguintes: Identidade e tempo: eu/outro e a
sociedade; a humanidade e a História: o ser humano e a produção de cultura; das
origens do Homem ao século XV-diferentes trajetórias, diferentes culturas; (dês)
encontros entre culturas: século XV ao XIX; a constituição da Nação no Brasil e na
América e as novas relações de dominação colonial entre América, África, Ásia e
Europa nos séculos XIX e início do XX; do início do século XX ao século XXI:
elementos constitutivos da contemporaneidade.
Para o ensino de História do ensino médio, foram adotados os conteúdos
estruturantes que podem ser entendidos como categorias intercambiantes numa
relação dialética entre si que configuram o campo ou o domínio de investigação das
ciências históricas numa relação dialética entre si que configuram o campo ou o
domínio de investigação das ciências históricas. Eles estruturam os conteúdos
específicos de caráter temático junto com as categorias de tempo e de espaço, os
quais são elementos imprescindíveis para a articulação entre os mesmos. Os
conteúdos estruturantes do ensino de História são: trabalho, cultura, poder, tempo e
espaço.
Objetivo:
A História possibilita ao educando refletir, criticar e agir sobre seus
condicionamentos pessoais e coletivos. Ao mesmo tempo em que o instrumentaliza
para o hábito de ler a história vivida, fornecendo bases para o conhecimento e o
aprendizado em outras áreas da sociedade da informação e da tecnologia.
Conteúdos:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 57
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o educando terá suas primeiras
experiências com a História sistematizada enquanto conhecimento escolar, a partir
do tema: Identidade e tempo: eu/outro e a sociedade. Nesse sentido, é importante
que ele entre em contato com elementos que o auxiliem a compreender o processo
histórico, tendo como base sua história familiar, escolar e comunitária. Para tal
objetivo, o entendimento da humanidade como produtora de cultura é essencial no
aprendizado em História. A compreensão de que os agrupamentos humanos
deixam vestígios das mais diferentes naturezas, que podem ser estudados por
pessoas de outras épocas, assim como contam e registram a sua História de
diversas formas, poderá fornecer ao aluno subsídios para iniciar a percepção da
produção humana no tempo e no espaço.
Na continuidade dos anos iniciais, o tema A humanidade e a História: o ser
humano e a produção de cultura. Nos anos finais do Ensino Fundamental, propõe-
se para a 5ª série, o tema geral: Das origens do Homem ao século XV – diferentes
trajetórias, diferentes culturas. A partir da 6ª série, com o tema (Des) Encontros
entre culturas: século XV ao XIX, sugere-se estudar o processo de colonização e
criação do Brasil e da América. Para a 7ª série, propõe-se o estudo do processo de
constituição do ideário de nação no Brasil e na América, tema geral: A constituição
da Nação no Brasil e na América e as novas relações de dominação colonial entre
América, África, Ásia e Europa nos séculos XIX e início do XX, O final do segundo
segmento do Ensino Fundamental, 8ª série, articula-se a partir do tema: Do início do
século XX ao século XXI: elementos constitutivos da contemporaneidade.
Metodologia:
Trabalhar com a narrativa e a oralidade é uma estratégia para o professor
das séries iniciais familiarizar seus alunos com os conceitos históricos, buscando na
experiência familiar o ponto de partida para a compreensão do tempo e da memória.
Nesse sentido, é interessante pensar trabalhos que aliem atividades lúdicas com
pesquisas de campo. Tal procedimento metodológico não tem como propósito
formar pequenos historiadores e sim familiarizar o aluno com métodos de pesquisa,
bem como, demonstrar que o conhecimento histórico é construído por todos os
sujeitos, constante e simultaneamente. As questões a serem trabalhadas devem
contribuir para que o aluno perceba as diferenças, semelhanças, simultaneidades,
rupturas e transformações nas gerações, a formação das identidades e dos grupos
sociais, inserindo assim, no seu cotidiano, elementos que o ajudem a compreender
a realidade como resultado do processo histórico.Colégio Estadual Tsuru Oguido 58
Nos anos iniciais, o tema: - A humanidade e a História: o ser humano e a produção
de cultura trazem para o professor o desafio de construir com o aluno os
conhecimentos sobre o surgimento da Humanidade, desde a origem africana do
homem, a criação e o desenvolvimento de tecnologias, os seus processos
migratórios até a ocupação dos continentes.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, propõe-se para a 5ª série, o tema
geral: das origens do Homem ao século XV – diferentes trajetórias, diferentes
culturas, privilegia-se uma abordagem não detalhista ou enciclopédica, mas pautada
na compreensão da construção de uma “ grande linha do tempo”. Essa abordagem
deve proporcionar bases para o estudo histórico da dinâmica que envolve as
diversas sociedades humanas, compondo grandes sínteses narrativas no tempo e
no espaço. Esse recorte temporal vem ao encontro dos anseios demonstrados no
decorrer do processo de construção das Diretrizes pelos professores, no sentido de
superar um ensino de História essencialmente eurocêntrico, ampliando, portanto, o
espaço destinado ao estudo do Brasil, da América, da África e da Ásia.
Devem-se retomar os temas tempo e no espaço. Esse recorte temporal vem
ao encontro dos anseios demonstrados no decorrer do processo de construção das
Diretrizes pelos professores, no sentido de superar um ensino de História
essencialmente eurocêntrico, ampliando, portanto, o espaço destinado ao estudo do
Brasil, da América, da África e da Ásia. Nessa última série do Ensino Fundamental,
pretende-se historiarizar conceitos como totalitarismo, anti-semitismo,
fundamentalismo, xenofobia, globalização, multiculturalismo, mundialização,
neoliberalismo, ambientalismo entre outros, além de aprofundar questões do
contexto mundial, relacionando-as com a realidade local do aluno, dando
continuidade ao estudo da História do Paraná, assim como aos conceitos
anteriormente trabalhados. No ensino médio, o processo de investigação histórica
exige uma reconstrução do fato tematizado através de meios discursivos articulados
no texto que permitam ao aluno (a) a compreensão das escolhas feitas pelo
professor (a) para a construção de uma narrativa histórica: reconstrução descritiva;
argumentações referentes a problemas e a explicação dos mesmos; a proposta da
escolha de temas através do levantamento de problemas ou situações-problema
retirados da vivência dos alunos (as) orienta os professores (as) para uma prática
interdisciplinar na construção do conhecimento histórico. Assim, estes sujeitos
sociais produzem esta interdisciplinaridade, por meio da investigação pautada pela
problematização do objeto de estudo (no caso o conteúdo da disciplina de história).
Colégio Estadual Tsuru Oguido 59
Avaliação:
O processo de avaliação é continua e diagnóstica, ou seja, a avaliação como
um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o
aluno, para que o professor possa tomar decisões suficientes e satisfatórias para
que o aluno avance no seu processo de aprendizagem; destacando o papel do
diálogo.
Bibliografia:
ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de história: conceitos, temáticas e
metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense,
2004.
BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o
contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.
BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar,
2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.
Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação
continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo.
.
PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Ementa:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 60
O ensino de Língua Inglesa, como se nos apresenta, estabelece uma visão
simples do apropriar-se de mais um instrumento auxiliador do indivíduo na
complicada tarefa de incluirmo-no como agentes da história existencial, capazes de
compreender cada vez mais os meandros da natureza humana e seu intrincado
feixe de inter-relações, já coalhados de teorias sócio-cognitivas ou psico-
pedagógicas funcionando mais como fluir de marés do que realmente preocupados
com os indivíduos nela envolvidos. A busca de justificativa para o
ensino/aprendizagem de uma língua estrangeira torna a teoria imensamente mais
complexa que a prática real, considerando aqui os inesgotáveis argumentos teóricos
respaldadores de cada um dos eméritos analistas da função do ensinar, como, por
quê, o quê, etc. Basta-nos, para um trabalho qualificado, ficarmos atentos às
reações e possíveis avanços, que os educandos expostos à nova prática, venham
apresentar, quer na sua autoconfiança, quer no desenvolvimento das atividades a
ele propostas.
O ensino de Língua Inglesa será visto como mais uma janela que se abre ao
espírito do indivíduo que dela se apropria, oferecendo, portanto maiores horizontes
por onde poderão viajar todas as suas aspirações sem os lhames teóricos que
parecem amarrar nossas mentes, nem o tacão autoritário do utilitarismo das nossas
vivências culturais.
O ensino de Língua Inglesa será fundamentado na busca constante de
ampliação do interesse pessoal em apreender uma língua estrangeira buscando
fixar as bases gramaticais essenciais ao entendimento dos enunciados manifestos e
do vocabulário básico à comunicação inteligível, abrindo novos caminhos ao
desenvolvimento da visão de mundo dos educandos.
Os conteúdos essenciais não serão meramente elencados numa listagem
abstrata nas organizações de maneira lógica e objetiva, pautada na evolução
natural dinâmica pedagógica propiciar, já que as relações ensino/aprendizagem
devem obedecer a critérios diretamente ligados à aferição do grau de apropriação
constatada junto aos educandos pelos mais diversos meios disponíveis à análise do
educador consciente da sua função respaldado, é claro, pela sistematização lógica
e objetiva dos conhecimentos? A cada ciclo desenvolvido e devidamente
mensurado.
A língua como interação verbal, enquanto espaço de produção de sentidos
marcado por relações contextuais de poder, o Conteúdo Estruturante será aquele
que a traz de forma dinâmica – o discurso enquanto prática social – efetivado por
Colégio Estadual Tsuru Oguido 61
meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
Portanto, constituirá o conteúdo estruturante para o ensino da língua estrangeira
moderna o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros.
Como elementos indispensáveis, integradores e que estarão presentes em
qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja em que
prática for: conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.
Objetivos:
Considerando que o objetivo da Educação Básica é a formação de um sujeito
critico, capaz de interagir criticamente com mundo à sua volta, o ensino de língua
estrangeira contribui para:
- Auxiliar o aluno a compreender o uso da linguagem e seus significados de
modo que possa agir de forma consciente em seu contexto a fim de torná-lo um
espaço público democrático em todos os sentidos;
-Proporcionar o desenvolvimento da leitura critica baseando-se em gêneros
textuais, através das três capacidades de linguagens: Ação: (contexto de produção),
Discursiva: (reconhecimento das seqüências discursivas e tipos de discurso) e
Lingüístico-discursiva: (reconhecimento das escolhas lexicais utilizadas para a
construção do texto).
Conteúdos:
Para ser levado a efeito o que apregoa sobre conteúdos nas séries
iniciais levarão em conta a incipiente cultura lingüística dos educandos, mesmo na
língua materna, direcionando o foco para situações plausíveis de entendimento,
sendo assim, a quinta (5ª) série basilada pela introdução de conhecimento
desvinculados diretamente de uma estrutura gramatical os quais deverão responder
mais as expectativas da curiosidade individual do que a fluência argumentativa ou
entendimento amplo dos enunciados. “Trabalhar-se-ão os processos de
apresentação de pessoas, cumprimentos, atividades diárias, brincadeiras, buscando
subliminarmente fixar as formas básicas do verbo”. Relacionando-os às pessoas do
discurso e o vocabulário elementar a algum entendimento da comunicação da
língua inglesa, fugindo da mera repetição oral de enunciados incompreensíveis”.
6ª série: irá oferecer uma ampliação destas modalidades, apresentando
agora estruturas gramaticais mais complexas que abordam flexões irregulares de
algumas palavras no plural, verbos no “simple presente tense” através de
“sentences for repetition” e “completive sentences or changing” visando a
Colégio Estadual Tsuru Oguido 62
compreensão de pequenos textos, além é claro de permitir que o aluno possa
manipular os enunciados assegurando-lhe na prática algum domínio sobre o idioma
em estudo.
7ª série: As estruturas propugnadas para esta disciplina deverão, mantidas
as devidas aferições da evolução cognitiva, permitir a inclusão de estruturas mais
complexas, predominantemente ao idioma inglês, tais como o domínio das
estruturas auxiliares (present continuous tense and simples presente tense) (past
continuous tense and simples past tense) (can/could), (there is, there are) e
ampliação do domínio vocabular. Esses conhecimentos serão fixados e aferidos via
interpretação e complementação de situações práticas de linguagem, direcionadas
à aplicação natural dos conhecimentos pretensamente dominados pelos alunos.
Todo o conjunto de situações criadas, bem como a fixação das normas gramaticais
básicas.
8ª série: os conteúdos serão aprimorados com o conhecimento dos verbos
modais, o uso de “have frequency advers, interrogative pronouns, indefinite
pronous, intensive reading and extensive practice, conteúdos estes que procurarão
proporcionar ao educando segurança na leitura e/ou compreensão do texto lido em
língua inglesa.
Conteúdos do ensino médio:
1º. Ano:
- Gênero Biografia;
- Passado Simples;
- Imperativo;
- Vocabulário (vegetais, plantas, plantio);
- Marcadores Temporais;
- Seqüência narrativa
Argumentos causais;
Linguagem persuasiva;
- Gênero Entrevista;
- Pronomes interrogativos;
Modais;
2º. Ano:
Gênero Slogan / Jingles;
- Imperativo;
- Rhymes;
Colégio Estadual Tsuru Oguido 63
- Vocabulário.
Gênero carta de solicitação
- Presente simples
- Modais
- Condicionais
3º. Ano:
- Gênero Anúncio Institucional;
- Linguagem Visual;
- Estratégias de Persuasão;
- Imperativo;
- Depoimento / relato de Experiência Vivida;
- Passado Simples e Presente Perfeito;
- Marcadores Discursivos temporais, causais e consecutivos.
- Projeto de voluntariado (viabilizando o trabalho voluntário)
- Seqüência argumentativa, explicativa e descritiva.
Metodologia:
Os conteúdos destacados acima serão apresentados aos alunos através de
aulas expositivas, manipulação de gravuras, recortes, photos, audição e reprodução
de músicas, consulta a dicionários, exercícios práticos de substituição de palavras
estruturais e ou estruturantes e sentenças, montagem de palavras, cópia e repetição
oral de palavras ou frases, leitura e interpretação de textos, além de jogos culturais
e feed back através de ganchos oferecidos pelos alunos.
Interrompendo a ação maniqueísta e predatória das elites econômicas e
políticas, a educação além de buscar a capacitação intelectual dos indivíduos, terá
como objetivo preparar o cidadão para o enfrentamento dos problemas gerados
pela interferência destas referidas elites.
O conteúdo elencado privilegiará um saber amplo e integral, afastando-se
dos conhecimentos fragmentados, marca preponderante do modelo capitalista de
educação que até então procura manter um indivíduo como parte do processo, mas
não razão do mesmo.
Avaliação:
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de aprendizagem, por
meio de uma interação diária com os alunos, contribuições importantes para
Colégio Estadual Tsuru Oguido 64
verificar em que medida os alunos se apropriaram dos conteúdos específicos
tratados nesse processo.
Bibliografia:
ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas.
Campinas: Ed. Pontes, 2002.
BAKHTIN, M.; VOLOSHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas
fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Ed.
Hucitec, 1992.
BOHN, H.I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: A necessidade de des (re)
construção de conceitos. In: LEFFA, V. O Professor de Línguas Estrangeiras.
Construindo a Profissão. Pelotas:EDUCAT,2001.
CANALE, M. De la competencia comunicativa a la pedagogia comunicativa del
lenguaje. In: Competencia Comunicativa – documentos básicos para la enseñanza
de lenguas extranjeras.
KRAMER, S. Linguagem e tradução: um diálogo com Walter Benjamin e Mikhail
Bakhtin. In: FARACO, C.A.; TEZZA, C.; CASTRO, G. Diálogos com Bakhtin.
Curitiba: Editora da UFPR, 2001.
PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Ementa:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 65
O currículo da Educação Física, embasado na pedagogia histórico-crítica da
Educação, ou seja, tem como fundamento geral o materialismo histórico, cujos
princípios apresentam uma profunda reflexão e crítica a respeito das estruturas
sociais e suas desigualdades, inerentes ao funcionamento da sociedade. Portanto,
as diretrizes, tanto do Ensino Fundamental quanto do Ensino Médio, com intento de
superar as concepções advindas das Ciências da Natureza e avançar em relação às
preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o entendimento em
muito de sua complexidade, ou seja, a Educação Física permite uma abordagem
biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas
corporais, justamente por sua constituição interdisciplinar.
Definidos os Conteúdos Estruturantes, como aqueles saberes
(conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas) que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados basilares
e fundamentais para a compreensão do objeto de estudo. No ensino de Educação
Física optou-se por contemplar diferentes conteúdos estruturantes para o Ensino
Fundamental e Médio, tem como princípio básico o reconhecimento das
características de seus alunos, considerando as diferentes experiências com o
conhecimento sistematizado. Para o Ensino Fundamental, enquanto o aluno
começa a estabelecer uma relação mais evidente com sua expressividade corporal,
o que implica um reconhecimento de seu corpo e suas diferentes possibilidades de
manifestá-lo, o aluno do Ensino Médio, já possui condições de manter relações
entre essa expressividade com os diversos problemas que envolvem a sociedade e
seus conteúdos estruturantes.
Portanto, o conteúdo estruturante adotado para o Ensino Fundamental, é a
“Expressividade Corporal”, e para o Ensino Médio, os conteúdos estruturantes
adotados foram: Ginástica; Esporte; Dança; Lutas e Jogos.
Objetivos gerais:
Visando à formação de um sujeito crítico, reflexivo e emancipado estabelecemos os
seguintes objetivos gerais para a disciplina de Educação Física:
Expressividade Corporal: a partir da expressividade corporal, o professor
abordará as manifestações corporais a partir de diferentes possibilidades de
expressão, observando que corporalmente manifesta-se alegria, dor, preconceito,
prazer, raiva, medo etc. Cada uma destas manifestações reserva diferentes formas
de comunicação por meio da corporalidade, o que implica reconhecer suas
inúmeras possibilidades de representação e significação.Colégio Estadual Tsuru Oguido 66
Esporte: Individual e coletivo como desenvolvimento prático e fenômeno
social, em suas várias manifestações e abordagens. Utilizar a prática do esporte
como objeto de estudos e reflexão, possibilitando ao aluno do Ensino Médio além
da prática, realizar uma leitura critica das relações sociais constituídas pela
sociedade e que se manifestam nas práticas esportivas.
Análise da profissionalização esportiva de forma crítica com foco das
exigências de esforço e resistência física levados a limites extremos, à exacerbação
da competitividade, etc.
Adaptar o esporte à realidade escolar, privilegiando o coletivo em detrimento
do individual, propiciando o direito de acesso à prática esportiva com igualdade,
assumindo compromisso da solidariedade e respeito humano.
Jogos: Utilizar a ludicidade do jogo para ampliar as possibilidades de ação e
organização coletiva. Discutir a respeito das regras, contemplando as mais variadas
formas de jogo, valorizando pedagogicamente os jogos oriundos das culturas locais
e regionais.
Ginástica: Dar ao aluno condições de reconhecer as possibilidades de seu
corpo e das diferentes formas ginásticas, incentivando a participação de forma
criativa e espontânea utilizando todos os espaços disponíveis, improvisando
material de acordo com a realidade sem ter como objetivo final à performance e sim
o gosto pela ginástica em si.
Dança: Ofertar as mais diversas modalidades dança, privilegiando a
experiência de maneira livre e espontânea. Resgatar as danças regionais.
Do conteúdo Estruturante “A Expressividade Corporal” derivam-se os
conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino e
de aprendizagem no cotidiano escolar: manifestações esportivas; manifestações
ginásticas; brincadeiras, brinquedos e jogos; manifestações estético-corporais na
dança e no teatro.
Conteúdos do Ensino Fundamental:
CONHECIMENTO SOBRE O CORPO:
Anatomia (músculos e ossos)
1. Fisiologia (durante a atividade): freqüência cardíaca, queima de calorias,
perda de água e sais minerais.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 67
(longo prazo): melhora da condição cárdio-respiratória, aumento da massa
muscular, da força, flexibilidade e diminuição do tecido adiposo.
2. Hábitos posturais e atitudes corporais
ESPORTES, JOGOS, LUTAS E GINÁSTICAS:
1. Esporte: práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo,
organizadas em federações regionais, nacionais e internacionais.
2. Jogos: podem ter uma flexibilidade maior nas regulamentações, que são
adaptados em função do espaço físico, nº. de participantes, etc.
3. Lutas: são disputas em que o oponente deve ser subjugado mediante
técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão
de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa
(cabo de guerra, braço de ferro, capoeira, judô e caratê).
GINÁSTICAS:
São técnicas de trabalho corporal que assumem caráter individualizado com
finalidades diversas (ex. preparação para outras modalidades, como
relaxamento, manutenção e recuperação da saúde, ainda de forma
recreativa, competitiva e de convívio social), podendo ser realizada com ou sem
aparelhos, em recinto fechado, aberto, na água, etc.
Elementos articuladores:
• A desportivização:- Teorizar o processo das diversas práticas corporais e os
motivos que as influenciaram.
●Mídia:- Problematizar a utilização das práticas corporais transformadas em
espetáculos, refletir a influência da mídia no consumo de produtos esportivos, a
visão do esporte espetáculo como mercadoria e a partir daí buscar novos valores,
sentidos e significados.
• Saúde:- Considerar o corpo em todos os seus aspectos, sobretudo aqueles
relacionados ao meio em que está inserido.
• Nutrição:- Buscar entendimento para uma prática nutricional saudável, de
acordo com as necessidades diárias dos componentes alimentares, bem
como da absorção desses componentes no processo metabólico durante
a realização das tarefas diárias e nas atividades físicas.
• Aspectos anatomo-fisiológicos da prática corporal:- conhecer e identificar
os limites do próprio corpo por meio da relação entre prática corporal e
condicionamento físico, vivenciar a avaliação física com objetivo de se
apropriarem do conhecimento e manter como prática de vida.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 68
• Lesões e primeiros socorros:- Abordar criticamente os efeitos da exposição
excessiva do corpo dos atletas no esporte, principalmente os de alto nível,
suas conseqüências e seqüelas. Conhecer as lesões mais freqüentes
ocorridas nas práticas corporais e como trata-las.
• Doping:- A utilização de substâncias ilícitas por atletas e não atletas
inseridos em uma sociedade capitalista, a influência das condições
econômicas, sócias, políticas e históricas. Os motivos, valores e
conseqüências do uso de esteróides anabolizantes.
• O corpo:- Tratar o corpo a partir de uma visão única, não fragmentada,
considerar as manifestações culturais, discutir o referencial de beleza
imposto pelos meios de consumo, valorizar os períodos vividos
historicamente.
• A tática e a técnica:- Reforçar os aspectos técnicos e táticos como somente
um dos objetivos da prática pedagógica, discutir a influência sofrida pela
esfera social do uso das técnicas e táticas relacionando as condições
históricas e determinantes sócio-cultural.
• O Lazer:- Entender as diferentes formas que o lazer pode estar presente na
vida de cada um, propiciando informações para escolha de atividades e
de que forma ocupar seu o tempo livre.
• A Diversidade:- Discutir as questões sociais relacionadas à diversidade
racial, sexual, de portadores de deficiências, etc. Como contribuir para a
inclusão dos colegas nas aulas de Educação Física. Abordagem e
discussão relacionada aos temas em questão, reconstruindo conceitos e
atitudes que valorizem a condição humana em sua totalidade respeitando-
os como seres humanos.
Conteúdos do Ensino Médio:
1ª série do Ensino Médio:
Caracterização e definição de atividades física
Implicação em relação à saúde e ao desempenho atlético.
Conceitos básicos relacionados à nutrição e a saúde
Carboidratos, lipídios, proteínas, sais minerais e água.
Produção e transferência de energia para a atividade motora.
Trabalhar as atividades motoras analisando os movimentos em sua
totalidade, como forma de linguagem e expressão.
Atividades esportivas dirigidas e não dirigidas que envolva-os a participação
Colégio Estadual Tsuru Oguido 69
complexidade crescente.
Atividades que possam provocar consolidação dos gestos esportivos em
Situações de jogos e consolidações dos recursos táticos.
Prática do jogo das diferentes modalidades esportivas.
Análise de textos relacionados à cultura corporal.
Discutir a diversidade.
Interpretação e seleção de atividades que levem ao comprometimento de
mudanças de estilo de vida.
Fatores de risco das doenças degenerativas.
Métodos para a aplicação das atividades práticas
Reforçar a prática dos aspectos táticos e técnicos dos esportes como prática
pedagógica e discutir a influência sofrida por eles, como determinantes
histórico e sócio-cultural.
Praticar e participar de atividades voltadas às competições esportivas.
Dialogar, refletir, participar, cooperar, relacionar e integrar em diferentes
situações de grupo.
Vivenciar experiências de competições esportivas que possam promover a
compreensão quanto às decisões de grupo percebendo a importância e
necessidade e o respeito às normas e regras.
Trabalhar o esporte como fenômeno e a atividade física como necessidade.
Refletir envolvimento da mídia, a valorização do esporte de alto nível e as
implicações dos limites extremos do Esforço e da Resistência Física.
Discutir as conseqüências e seqüelas do esporte de alto nível.
Dança contemporânea, privilegiar o ritmo e os passos conhecidos, facilitando
a desinibição e união do grupo.
2ª série do Ensino Médio:
Análise de textos relacionados à cultura corporal.
Fatores de risco das doenças degenerativas.
Trabalhar as atividades motoras, analisando os movimentos em sua
totalidade como forma de linguagem e expressão.
Discutir o uso das práticas vivenciadas nas aulas de Educação Física como
forma de lazer ativo e passivo.
A Obesidade e seus s fatores de risco:
Nutrição, controle de peso, e atividade motora.
Equilíbrio energético
Colégio Estadual Tsuru Oguido 70
Implicações da obesidade quanto aos aspectos de saúde e estética
Programas de redução da quantidade de gordura corporal
O uso de substâncias ilícitas, suas implicações sociais econômicas políticas e
as conseqüências para a saúde.
Atividades esportivas dirigidas e não dirigidas que envolvam a participação
do grupo, provocando domínio dos gestos esportivos executados em
condições de complexidade crescente.
Atividades que possam provocar consolidação dos gestos esportivos em
situações de jogo e consolidação dos recursos táticos.
Prática de jogo das diferentes modalidades esportivas.
Organização de equipes.
Praticar e participar de atividades voltadas às competições esportivas.
Dialogar, refletir, participar, cooperar, relacionar e integrar-se em diferentes
situações de grupo.
Vivenciar experiências de competições esportivas que possam promover à
compreensão quanto às decisões de grupo percebendo a importância e a
necessidade do respeito às normas e regras.
Trabalhar o ritmo em toda sua dimensão gestual como forma de linguagem e
expressão.
Discutir e reconstruir conceitos sobre a diversidade racial, sexual e de
portadores de deficiência. Propostas de atitudes de valorização como ser
humano e de inclusão nas atividades práticas.
3º série do Ensino Médio:
Trabalhar as atividades motoras analisando os movimentos em sua
totalidade, como formas de linguagem e expressão.
Análise de textos relacionados à cultura corporal
Interpretação e seleção de atividades que levem ao comprometimento de
mudança de estilo de vida
Tabelas de calorias – necessidade diária.
Gasto de energia
Fontes energéticas – alimentação.
Atividades esportivas dirigidas e não dirigidas que envolvam a participação
do grupo, provocando do domínio dos gestos esportivos executados em
condições de complexidade crescente.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 71
Atividades que possam provocar consolidação dos gestos esportivos em
situações de jogo e consolidação dos recursos táticos.
Prática do jogo das diferentes modalidades esportivas
Organização e administração de equipes.
Efeitos gerais de específicos sobre o organismo dos diferentes esforços
físicos
Efeitos dos exercícios dinâmicos e estáticos sobre o organismo
Vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de esforço físico
Efeitos dos Estresses ambientais sobre o organismo
Efeitos de álcool, fumo e drogas sobre o organismo.
Noções de intensidade, volume e freqüência do esforço físico.
Importância da monitorização da freqüência cardíaca durante e após os
esforços físicos.
Vivenciar atividades motoras relacionadas ao condicionamento físico,
exercícios localizados, alongamentos e relaxamentos.
Métodos e estratégias de aderência à atividade motora.
Praticar e participar de atividades voltadas às competições esportivas
Dialogar, refletir, participar, cooperar, relacionar e integrar-se em diferentes
situações de grupo.
Vivenciar experiência de competições esportivas que possam promover a
compreensão quando as decisões de grupo percebendo a importância e a
necessidade do respeito às normas e regras.
Utilizar técnicas de trabalho corporal para alcançar os objetivos pré- fixados
em relação à atividade motora.
Primeiros socorros das principais lesões ocorridas na prática esportiva do
cotidiano. Como identificar e tratamento de emergência.
Metodologia:
Organizar os conteúdos em ordem de complexidade crescente,
oportunizando o desenvolvimento de uma visão ampliada dos conhecimentos.
Tratar os conteúdos de forma simultânea, constituindo-se referenciais que
vão se ampliando e aprofundando no pensamento dos alunos em grau de
complexidade.
Preparar o aluno para a construção do conhecimento com uma primeira
leitura da realidade sobre o tema a ser estudado, problematizar o assunto de uma
forma que o aluno se sinta motivado pela aprendizagem.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 72
Utilizar como instrumentos: aulas expositivas, pesquisas, recursos áudio-
visuais. Aprofundar os conteúdos através da interdisciplinaridade. Aulas práticas
com atividades recreativas, ginástica com e sem aparelhos, alongamentos refletindo
sobre a utilidade dessas atividades como cultura corporal. Aulas práticas com
utilização dos processos seqüenciais de fundamentos. Observação das regras do
jogo. Aulas práticas das táticas e técnicas do jogo. Aulas teóricas e práticas,
reflexão em grupo da prática do jogo e sua aplicação no cotidiano; campeonato;
trabalhos individuais e em grupos; atividades práticas com orientação; atividades
não dirigidas incentivando a prática da atividade física. Aulas teóricas, trabalhos de
pesquisa, se possível utilização da internet como complemento de pesquisa.
Orientação de atividades em grupo. Elaboração de programas de atividades
motoras. Aulas práticas dirigidas e não dirigidas que envolvam a participação dos
componentes de aptidão física relacionada à saúde. Aulas de dança de salão.
Atividades recreativas fortalecendo o convívio social.
Avaliação:
Utilizar a avaliação como parte integrante do processo de ensino e
aprendizagem, como forma de promoção e não de exclusão. Contínua, permanente
e cumulativa no transcorrer do ano letivo, respeitando o crescimento de acordo com
as capacidades e limitações individuais.
BIBLIOGRAFIA:
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São
Paulo. Cortez, 1992.
Diretrizes Curriculares de Educação Física. SEED. Versão Preliminar,
julho/2006.
Orientações Curriculares - DEM. Educação Física. SEED. Fevereiro/2006
Parâmetros Curriculares Nacionais. MEC. Brasília, 1997.
PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
Ementa:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 73
A Geografia é um termo antigo, o qual nasce no período da Antiguidade
Clássica juntamente com o pensamento grego. No entanto o pensamento
geográfico se encontrava disperso pelos antigos filósofos, principalmente nos temas
referentes à descrição de lugares, medição do espaço e discussão da forma da
Terra. Essas características permanecem sem grandes mudanças até o final do
século XVIII.
O avanço do modo de produção capitalista a partir das grandes navegações,
do mercantilismo com a formação dos impérios coloniais, da constituição de um
espaço mundializado, da revolução industrial e do surgimento de uma economia
global, cria condições que exigem uma ciência que construísse mapas precisos e
que desenvolvesse levantamentos técnicos das riquezas naturais das diversas
áreas a serem exploradas.
Soma-se a esses pressupostos históricos a evolução do pensamento
filosófico que desde o século XVIII buscavam a explicação racional do mundo em
oposição à visão teológica característica do período feudal. Assim, ocorre uma
valorização dos temas geográficos até então dispersos, a ponto de legitimarem a
criação da Geografia moderna.
A sistematização do conhecimento geográfico acontece no século XIX,
juntamente com várias outras ciências, e principalmente com o nascimento da
instituição escolar moderna. Assim, com a divisão social do trabalho nas diversas
esferas econômicas, surge a divisão do trabalho científico, bem como a
fragmentação do saber em diversas disciplinas escolares. A Geografia e a escola
nascem como parte dessas divisões, as quais têm em comum o berço positivista, o
qual tem a função de legitimar o Capitalismo.
Desde a sua estruturação, a Geografia passa a fazer parte da instituição
escolar. Como essa última foi estabelecida para assegurar a hegemonia e a
reprodução do capital, acaba ensinando conhecimentos neutros e memorizáveis
impostos de forma repressiva e acrítica. A escola passa a ser um campo de luta de
classes e inculcadora da ideologia dominante mediante uma pedagogia de
discriminação e indiferente, que distancia o professor do aluno. É nesse ambiente
que o ensino de Geografia vai se desenvolver com essas mesmas características.
A Geografia escolar surge como um saber enciclopédico, o qual se detém em
descrever e classificar fatos, os quais devem ser memorizados, porém sem
nenhuma aplicação prática. Seu principal papel seria difundir a ideologia patriótica e
nacionalista, onde a Pátria deve ser valorizada não como uma construção histórica,
Colégio Estadual Tsuru Oguido 74
mas como um elemento natural. O homem não é tratado como um ser social e
histórico, que com o seu trabalho produz o espaço, mas como mais um componente
da natureza. Um ensino despolitilizado, que desempenha o papel de máscara
ideológica, que fragmenta e dicotomiza o real, a Geografia passa a ser vista pelos
alunos como mais uma matéria enfadonha.
O século XX foi marcado por mudanças sociais, econômicas, políticas e
ambientais em âmbito mundial, das quais podemos destacar: a superação do
capitalismo de sua fase concorrencial para a monopolista; a revolução técnico-
científica; a expansão industrial responsável pela urbanização e mecanização
agrícola; a globalização da economia através das multinacionais e dos fluxos de
capitais; o aumento da desigualdade social e suas conseqüências, bem como o
agravamento dos problemas ambientais decorrentes do hábito de consumo da
sociedade capitalista.
A Geografia Tradicional e a instituição escolar até então existentes, não dão
conta de explicar essa nova realidade complexa em que o espaço se apresenta.
Portanto, ambas – Geografia e escola – entram em crise, o que exige a busca de
teorias científicas e posturas filosóficas capazes de promoverem uma redefinição
dos papéis do ensino diante da presente conjuntura global.
A partir da segunda metade do século XX, inicia-se o movimento de
renovação da ciência geográfica mediante a busca de vários embasamentos
filosóficos e antagônicos entre os cientistas dessa área, dos quais cabe destacar a
proposta Crítica que adotou o método do materialismo histórico dialético. Os autores
dessa Geografia pensam no saber como arma de transformação da realidade social,
assumindo o conteúdo político do conhecimento científico na luta por uma
sociedade mais justa. O saber geográfico passa a ser considerado como um
instrumento de libertação do homem.
Os Conteúdos Estruturantes de Geografia consistem em dimensões
geográficas da realidade e, como tal, cada um transita pela “área” do conhecimento
dos outros e dialoga com eles. Foram escolhidos como Conteúdos Estruturantes da
Geografia: a Geopolítica; a questão sócio-ambiental; a dinâmica do espaço sócio-
cultural; o processo de produção na organização espacial.
Conteúdos:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 75
5ª. Série:
A dimensão econômica da produção do/ no espaço.
1- Os setores da economia;
2- Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
3- Sistemas de produção industrial;
4- Agroindústria
Geopolítica.
1- Recursos energéticos;
2- Políticas ambientais;
3- Meio ambiente e desenvolvimento;
4-Estado, Nação e Território.
A dimensão socioambiental.
Desigualdade social e problemas ambientais.
1- As eras geológicas;
2- Os movimentos da Terra no universo e
suas influências (Rotação e Translação);
3- As rochas e minerais;
4- O ambiente urbano e rural;
5- Movimentos sócio-ambientais;
6- Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
7- Rios e bacias hidrográficas;
8- Sistemas de energia;
9- Circulação e poluição atmosférica;
10-Desmatamento;
11-Chuva ácida;
12-Buraco na camada de ozônio;
13-Efeito estufa (aquecimento global);
14-Desigualdade social e problemas ambientais.
6ª série:
A dimensão econômica da produção do / no Espaço.
1- Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
2- Sistemas de produção industrial;
3- Agroindústria;
4- Economia e desigualdade social;
Colégio Estadual Tsuru Oguido 76
5- Dependência tecnológica.
Geopolítica.
1- Formação dos Estados Nacionais;
2- Políticas ambientais;
3- Biopirataria;
4- Meio ambiente e desenvolvimento;
5- Movimentos sociais;
6- Narcotráfico.
A dimensão socioambiental.
1- Movimentos socioambientais;
2- Circulação e poluição atmosférica;
3- Desmatamento;
4- Chuva ácida;
5- Buraco na camada de ozônio;
6- Efeito estufa (aquecimento global);
7- Ocupação de áreas irregulares;
8- Desigualdade social e problemas ambientais
A dinâmica cultural demográfica.
1- Êxodo rural;
2- Urbanização e favelização;
3- Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço
geográfico;
4- Histórias das migrações mundiais;
5- Estrutura etária;
6- Movimentos sociais;
7- Estudos dos gêneros (masculino, feminino, etc.).
7ª série:
A dimensão econômica da produção do / no espaço.
1- Sistemas de produção industrial;
2- Globalização;
3- Acordos e blocos econômicos;
4- Economia e desigualdade social;
5- Dependência tecnológica. /
Geopolítica.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 77
1- Blocos econômicos;
2- Formação dos Estados Nacionais;
3- Globalização;
4- Desigualdades dos países: Norte x Sul;
5- Guerra-Fria;
6- Políticas ambientais;
7- Órgãos internacionais;
8- Neoliberalismo;
9- Meio ambiente e desenvolvimento;
10-Movimentos sociais;
11-Terrorismo;
12-Narcotráfico.
Dimensão socioambiental.
1- Movimentos socioambientais;
2- Desmatamento;
3- Chuva ácida;
4- Buraco na camada de ozônio;
5- Efeito estufa (aquecimento global).
A dinâmica cultural demográfica.
1- Formações e conflitos étnico-religiosos e raciais;
2- Consumo e consumismo;
3- Movimentos sociais;
4- Meios de comunicação;
5- Identidade nacional e processo de globalização.
8ª. Série:
A dimensão econômica da produção do / no espaço.
1- Sistemas de produção industrial;
2- Globalização;
3- Acordos e blocos econômicos;
4- Economia e desigualdade social;
5- Dependência tecnológica.
Geopolítica.
1- Blocos econômicos;
2- Globalização;
3- Guerra fria;
Colégio Estadual Tsuru Oguido 78
4- Conflitos mundiais;
5- Políticas ambientais;
6- Meio ambiente de desenvolvimento;
7- Movimentos sociais;
8- Terrorismo;
9- Narcotráfico.
A dimensão socioambiental.
1- Movimentos socioambientais;
2- Circulação e poluição atmosférica;
3- Desmatamento;
4- Chuva ácida;
5- Buraco na camada de ozônio;
6- Aquecimento global;
Desigualdade social e problemas ambientais
A dinâmica cultural demográfica.
1- Fatores e tipos de migração e imigração e influências no espaço geográfico;
2- Formações e conflitos étnicos religiosos e raciais;
3 - Identidade nacional e processo de globalização.
1º. ano - ensino médio:
A dimensão econômica da produção do / no espaço.
1. Os diferentes critérios de classificação ou regionalizar as nações do mundo
atual:
- Sociedade, Natureza, Capitalismo e Socialismo, e seu grau de
desenvolvimento.
- A representação do espaço geográfico. Localização, cartografia,
coordenadas geográficas, fuso-horário.
Dimensão socioambiental.
1. As zonas climáticas da Terra;
2. Natureza, sociedade e questão ambiental;
3. Sociedade de consumo e modelo de desenvolvimento;
4. Desenvolvimento sustentável;
5. O Brasil e a questão ambiental;
6. Agenda 21;
7. Conseqüência da poluição para o Brasil e mundo.
A dinâmica cultural demográfica.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 79
1. A Terra a dinâmica estrutural;
2. A forma e a ocupação de diferentes atividades humanas.
Geopolítica
1. Blocos econômicos;
2. Oposição Norte x Sul.
2º. ano – ensino médio:
A dimensão econômica da produção do / no espaço.
1. Indústria e transformações no espaço geográfico;
2. As diferentes fases da Revolução Industrial no mundo e no Brasil;
3. A globalização e a industrialização no Brasil atual;
4. Economia e sociedade;
5. Tendências da agricultura mundial e políticas agrícolas no mundo
desenvolvido e Brasil;
Dimensão socioambiental.
1. Ecossistemas no Brasil;
2. Amazônia, reservatório de água e plantas;
3. Preservação de parques em diversos estados do Brasil;
4. Os solos do Brasil;
5. Os climas do Brasil;
6. Eras zoológicas.
A dinâmica cultural demográfica.
1. A contribuição dos imigrantes na formação da cultura brasileira;
2. O crescimento da população e sua contribuição econômica nas diversas
regiões do Brasil;
3. Movimentos migratórios;
4. Movimentos sociais;
5. Teorias populacionais;
6. As questões etárias no Brasil e no mundo;
Geopolítica.
1. Fontes de energia;
2. Fontes alternativas de energia no mundo e principalmente no Brasil.
3º. ano – ensino médio:
A dimensão econômica da produção do / no espaço.
1. As regiões geoeconômicas do Brasil;
2. Os ciclos econômicos do Brasil;
Colégio Estadual Tsuru Oguido 80
3. Indústrias brasileiras;
4. Tendências da agricultura mundial e políticas agrícolas no Brasil;
Dimensão socioambiental.
7. Ecossistemas no Brasil;
8. Amazônia, reservatório de água e plantas;
9. Preservação de parques em diversos estados do Brasil;
10.Os solos do Brasil;
11.Os climas do Brasil;
12.Eras zoológicas.
A dinâmica cultural demográfica.
1- A contribuição dos imigrantes na formação da cultura brasileira
2- contribuição econômica nas diversas regiões do Brasil;
Geopolítica.
1. Conflitos territoriais urbanos;
2. Globalização;
3. Cidades globais;
4. O mundo pós-guerra;
5. A hierarquia das cidades;
6. Blocos econômicos;
7. Guerra-fria;
Objetivos:
A incorporação do método dialético na Geografia, faz com que essa
desenvolva a visão do todo destruída pelo positivismo. Além de que, ao propiciar um
espaço crítico, faz com que essa ciência se torne viva.
Como renovação do ensino, a Geografia Crítica considera o espaço
geográfico como espaço social, constituído a partir de lutas e conflitos sociais,
mediante a apropriação da natureza pelo trabalho, que é um ato social, ao longo da
história. Preocupa-se em desenvolver o senso crítico do educando, e não fazê-lo
memorizar fatos. Portanto, é voltada à formação da cidadania, possibilitando, assim,
a transformação da realidade presente. Não através de doutrinação, mas da
construção do saber a partir dos conhecimentos que os alunos adquiriram em seu
cotidiano.
A Geografia possibilita como ciência, compreender o espaço construído pelos
homens, situado num tempo e espaço localizados concretamente. Oportuniza ainda,
subsídios para a observação, descrição e análise da dimensão espacial da vida
Colégio Estadual Tsuru Oguido 81
humana, visível pela paisagem, e encaminha a “ver por detrás” da mesma,
considerando a dimensão histórica da materialização dos processos sociais que a
formaram.
Portanto, cabe a Geografia fornecer subsídios que permitam ao aluno
compreender a realidade que o cerca em sua dimensão espacial, tanto física quanto
humana, e no contexto de suas transformações, velocidade e complexidade, posto
ser esta a contribuição específica da Geografia em qualquer instância, seja
relacionada à pesquisa, ao ensino e à própria vida.
Metodologia:
Procura-se relacionar em todas as séries e a todo instante, os
conteúdos com a realidade vivenciada pelos alunos. Partindo do pré-conhecimento
dos alunos da realidade local, regional e global ou o oposto. Serão utilizados mapas
para localizar os fenômenos, como se distribuem e se relacionam no espaço. Cabe
ao professor utilizar-se de outros recursos: vídeos, reportagens, pesquisa de campo,
seminários, debates, análise de filmes, análise de gráficos e tabelas, interpretação
de textos e “charges”, análise cartográfica.
PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES
Ementa:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 82
A arte está presente desde os primórdios da humanidade no período
denominado pré-história como uma atividade fundamental do ser humano.
A arte é um processo de humanização e o ser humano, como criador
produz novas maneiras de ver e sentir, que são diferentes em cada momento
histórico e em cada cultura.
A arte é compreendida com área de conhecimento, apresenta
relações com a cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais
(bens físicos) e imateriais (práticas culturais coletivas).
Pela arte, o ser humano se torna consciente da sua existência
individual e social, ele se percebe e se interroga, sendo levado a interpretar o
mundo e a si mesmo.
Nesse sentido, a escola constitui-se num espaço privilegiado para
uma educação que estabeleça o diálogo entre o particular e o universal. A disciplina
de arte deve manter este diálogo, estabelecendo relações entre as experiências, à
cultura e vivências atuais com a imagem, os sons, os gestos, os movimentos e o
conhecimento historicamente construído pela humanidade.
Nessa perspectiva, educar os alunos esteticamente é ensinar a ver, a
ouvir criticamente, a interpretar a realidade, a fim de ampliar as suas possibilidades
de fruição e expressão artística. Na disciplina de Arte os Conteúdos Estruturantes
são conhecimentos de maior amplitude, conceitos que se constituem em partes
importantes, basilares e fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas
de arte e ao mesmo tempo são comuns entre si, constituindo-se em elemento
fundamental de uma área, porém tendo correspondência de importância nas outras
áreas de Arte.
Para o ensino de Arte foram definidos como conteúdos estruturantes:
os elementos formais, a composição, o tempo e o espaço e ainda os movimentos e
períodos. Na disciplina de Arte os Conteúdos Estruturantes são conhecimentos de
maior amplitude, conceitos que se constituem em partes importantes, basilares e
fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de arte e ao mesmo
tempo são comuns entre si, constituindo-se em elemento fundamental de uma área,
porém tendo correspondência de importância nas outras áreas de Arte.
Para o ensino de Arte foram definidos como conteúdos estruturantes, os elementos
formais, a composição, o tempo e o espaço e ainda os movimentos e períodos.
O objeto de estudo de Educação Artística é o conhecimento estético.
Os saberes decorrentes deste objeto permitem que a Arte seja entendida como um Colégio Estadual Tsuru Oguido 83
conjunto de Linguagens (artes Visuais, Dança, Música e Teatro) e cada uma, com
seus elementos e códigos específicos.
Objetivos:
A pesquisa, o conhecimento e o aprofundamento a respeito dos temas e
códigos específicos das Linguagens Artísticas são fatores relevantes para que o
professor possa encaminhar e desenvolver em sua prática pedagógica, a aquisição
de saberes em Arte. Portanto, os alunos poderão conhecer analisar, pesquisar e
ressignificar a produção artística de determinadas sociedades e culturas e
compreendê-las como realidades.
a discussão e sensibilidade.
Conteúdos:
5ª SÉRIE:
- Elementos Plásticos visuais (ponto, linha, cor).
Técnicas Básicas de Desenho
- Composição
- Textura
- Datas comemorativas
- Arte Indígena
- Arte na Pré-história.
- Folclore
- A origem da Escrita
- Ampliação
- Volume
- Proporção
- Perspectiva
6ª SÉRIE:
- Círculo cromático
- Arte na Pré-história
- Arte Indígena
- Arte Paranaense
- Folclore
- Luz e sombra
- Perspectiva
Colégio Estadual Tsuru Oguido 84
- Releitura de obras.
7ª SÉRIE:
- História da Arte Brasileira
- Barroco no Brasil
- Missão Artística Francesa
- Semana de Arte Moderna
- Releitura de obras
- Caricatura
- Op Art
- Pontilhismo
- natureza-morta
8ª SÉRIE:
Composição
1- Desenho
1.1 Desenho de observação
1.2 Desenho de memória
1.3 Desenho criativo
2- Estrutura do Desenho
2.1 Linha
2.2 Volume
2.3 Profundidade
3- Apreciação e releitura
3.1 Renascimento
3.2 Cubismo
4- Cultura Afro-brasileira
4.1 Folclore
5 – Arte Abstrata e Figurativa
6 – Pintura
7 – Tipos de Música
7.1 Estilos musicais
7.2 Improvisação, composição e interpretação
1º ANO:
- Arte Pré-histórica
- Paleolítico
- Neolítico
Colégio Estadual Tsuru Oguido 85
- Mesolítico
- Arte no Egito
- Arte Grega
- Arte Romana
- Arte Pré-colombiana
- Arte Cristã Primitiva
- Arte Bizantina
2º ANO:
- Idade Média
- Arte Gótica
- Renascimento
- Barroco
- Neoclassicismo
- Romantismo
- Movimentos Modernistas
- Realismo
- Naturalismo
3º ANO:
- Vanguardas Européias e seus desdobramentos no Brasil.
- A Arte dos índios brasileiros.
- O Barroco no Brasil.
- A influência da Missão Artística Francesa.
- A pintura brasileira acadêmica e a superação do academicismo.
- Semana de 22.
- Arte Brasileira contemporânea.
Metodologia:
No ensino de Arte, o trabalho em sala de aula deve-se pautar pela relação
que o ser humano tem com a arte: sua relação é de produzir arte, desenvolver um
trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas. No espaço escolar o
objeto de trabalho é o conhecimento, desta forma necessita-se contemplarmos na
metodologia do ensino de arte, três dimensões, isto é, estabelecer como eixo o
trabalho artístico, que é o fazer, o sentir e perceber, que são as formas de leitura e o
conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um
trabalho mais sistematizado, superando o senso comum do conhecimento empírico.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 86
Os três eixos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de aula: sentir
e perceber; trabalho artístico e conhecimento estético. O encaminhamento pode
iniciar-se por qualquer um dos três eixos, mas o fundamental é que no processo o
aluno tenha realizado trabalhos referentes aos três eixos metodológicos.
A Arte e Cultura e Arte e Linguagem são os pressupostos que sustentam a
concepção da disciplina e proporciona ao professor à seleção e tratamento das
temáticas a serem desenvolvidas nas aulas de Educação Artística. Portanto, esta
concepção considera a Arte como área de conhecimento que tem como objeto de
estudo o saber estético. Nessa perspectiva, a educação estética ocorre pela leitura,
compreensão e ressignificação dos signos presentes nas manifestações artístico-
culturais, por meio dos códigos das linguagens artísticas (Artes Visuais, Dança,
Música e Teatro). As aulas de Arte se realizarão por meio de pesquisa, análise e
discussão em sala de aula sobre os movimentos e ou períodos artísticos.
Exposições das produções artísticas e dos projetos de pesquisa para a comunidade;
aula expositiva; dinâmicas em grupos; uso de retro-projetor e transparências e
reproduções das obras de arte; vídeo; leitura e releitura de obras. Uso de papéis
diversos, objetos texturizados, elementos naturais. Trabalho individual e em grupos.
Avaliação:
Com relação à avaliação, será processual e contínua, cabendo ao
professor através de atividades escritas, orais e visuais realizadas em sala,
individualmente ou em grupos. Avaliação da participação, freqüência, pontualidade,
organização e compromisso com a disciplina e a educação.
Bibliografia:
STRIKLAND, Carol – Arte Comentada, ed. Ediouro.
PROENÇA, Graça – Descobrindo a História da Arte, ed. Ediouro.
CALABRIA, Carla e MARTINS, Raquel V. – Arte, História e Produção , ed. FTD, São
Paulo, 1997.
PROENÇA, Graça – Historia da Arte, ed. Àtica, São Paulo, 2003.
CALABRIA, Carla Paula e MARTINS, Raquel V. – Arte, História e Produção: arte
brasileira, São Paulo: FTD, 1997.
HADDAD, Denise e MORBIN, Dulce – A Arte de Fazer Arte, ed. Saraiva, São Paulo,
2002.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 87
HORTA, Carlos Felipe M. – O Grande Livro do Folclore, ed. Leitura, Belo Horizonte,
2004.
OLIVEIRA, Jô – Explicando a Arte: uma iniciação para entender e apreciar as artes
visuais. Ed. Ediouro, Rio de Janeiro, 2004.
VISCONTI, Maria C. e JUNQUEIRA, Zilda A. – Escrita- Das paredes ao
Computador, ed. Ática, São Paulo, 1994.
GOLLER, Brigitte – Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, ed.Freiburg (Alemanha),
1987.
TERSARIOL, Alpheu – Plano Pedagógico de Pesquisa Escolar, ed. Edelbra, Erichim
(RS).
SÁ CARNEIRO, Maria Amélia – A Grande Travessia – o mundo do jovem – os
meios de expressão – a arte, ed.José Olympio, Rio de Janeiro, 1977.
BRIOSHI, Gabriela - Arte Hoje, ed.FTD, São Paulo, 2003.
FEIST, Hildegard – Pequena Viagem pelo Mundo da Arte, ed. Moderna, São Paulo,
1996.
NEWBERY, Elizabeth – Os Segredos da Arte – Por dentro da Arte, ed. Ática, São
Paulo, 2005.
KRYSTAL, Bárbara – 100 Artistas que mudaram a História do Mundo, ed. Ediouro,
Rio de Janeiro, 2003.
OSTROWER, Fayga – Universos da Arte, ed. Campus, Rio de Janeiro, 1991.
HÉNON, Daniel e PERDRIZET, Marie Pierre – Os Homens da Pré-história, ed.
Scipione, São Paulo, 1982.
PROPOSTA CURRICULAR DA LÍNGUA PORTUGUESA
Ementa:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 88
O trabalho pedagógico com a disciplina de Língua Portuguesa e Literatura
deixará gradativamente de lado concepções que isolam a linguagem e os falantes,
que tratam a linguagem como uma coisa, como uma entidade supra-humana e
adotará um ponto de vista que reconhece a linguagem como uma realidade social e
histórica, como uma atividade inter-humana.
O conteúdo fundamentar-se-á no processo dinâmico e histórico dos agentes
na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos
que por meio dela interagem. A proposta potencializará o uso do texto verbal-oral ou
escrito e também outras linguagens, tendo em vista o multiletramento, como
unidade básica, como prática discursiva que se manifesta em enunciações
concretas, cujas formas são estabelecidas na dinamicidade que caracteriza o
trabalho com experiências reais de uso da língua. Nesse processo, os interlocutores
vão construindo sentidos e significados ao longo das suas trocas lingüísticas, orais
ou escritas, porque é no texto que a língua se manifesta em todos os seus aspectos,
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais.
Por muito tempo, o conteúdo gramatical, tem sido a base para o ensino de
Língua Portuguesa e, também tem havido uma forte resistência em mudar, a prática
docente nas salas de aula. O conceito de Conteúdo Estruturante lança um novo
olhar sobre esse aspecto, porque esse conceito é constituído dentro da mobilidade
histórica. Portanto, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo
Estruturante de Língua Portuguesa e Literatura é o discurso enquanto prática social
(leitura, escrita e oralidade).
Dessa forma, é no contexto das práticas discursivas que se farão presentes
os conceitos oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica, Pragmática,
Estudos Literários, Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise do Discurso,
Gramáticas normativa, descritiva, de usos, entre outros, de modo a contribuir com o
aprimoramento da competência lingüística dos estudantes.
Objetivos Gerais:
Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes
práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de ensino:
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas
nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus
Colégio Estadual Tsuru Oguido 89
objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura;
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização.
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da
Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão
lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
Conteúdos:
• Morfologia
- Classes de palavras: artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome,
verbo, advérbio, preposição, interjeição e conjunção.
- Estrutura das palavras, formação das palavras, pronomes relativos,
verbos regulares e irregulares.
• Fonologia
- Letras e dígrafos, encontros vocálicos, encontros consonantais e divisão
silábica.
- Homônimos e parônimos
- Empregos de palavras e expressões: por que e suas variações, onde,
aonde; mau, mal; há, a; mas, más, mais...
• Ortografia
Emprego das letras J/G, E/I, H/S/Z/X/CH/Ç/SC/SS.
• Leitura de textos diversificados.
• A palavra no contexto
• Acentuação gráfica
• A palavra na oração:
- Sujeito
- Classificação do sujeito
- Predicado
- Tipos de predicado
- Complementos verbais
- Agente da passiva
- Complemento Nominal
Colégio Estadual Tsuru Oguido 90
- Aposto e vocativo
• Variações lingüísticas
As situações de uso da língua e suas características
• Estudo da palavra
Vozes verbais
• Compreensão textual
Leitura, interpretação de texto, análise de texto.
• Sintaxe
Orações coordenadas, orações subordinadas, concordância verbal e
nominal, regência verbal e nominal, colocação pronominal.
• Produção de texto
Descrição, narração e dissertação.
• A linguagem literária
Conotação e denotação figuram de linguagem.
• Pontuação
• Apêndice
Crase, acentuação gráfica.
Metodologia:
Uso de textos diversificados – possibilitando maior entendimento do texto
como material verbal carregado de intenções e de visões de mundo. Desta forma,
quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes tipos e gêneros textuais,
mais fácil será assimilar a regularidade que determina o uso da norma padrão.
Análise lingüística – cria a oportunidade para o aluno refletir, construir,
levantar hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única
instância em que o aluno pode chegar a compreensão de como a língua funciona e
a decorrente competência social.
Avaliação:
A avaliação se dará de forma contínua, formativa e através de observação
diária.
Bibliografia:
AZEVEDO, Maria A. Para a construção de uma teoria crítica em alfabetização
escolar. In: AZEVEDO, Maria A.; MARQUES, Maria L. (orgs.). Alfabetização hoje.
São Paulo: Cortez, 1994.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 91
BAKHTIN, Mikail. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de: Michel e
Yara Vieira. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1992.
BRAGGIO, Sílvia L. B. Leitura e alfabetização: da concepção mecanicista à
sociopsicolingüística. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1992.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Alfabetização, leitura e escrita.
Boletim TV Escola/Salto para o Futuro, Brasília, mar/2004.
DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. In: Em Aberto, n.54, p.26-33,
1992.
FARACO, Carlos A.; TESSA, Cristóvão; CASTRO, Gilberto de. Diálogos com
Bakhtin. Curitiba, PR: Editora UFPR, 2000.
FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G. V. Língüística textual: uma introdução.
São Paulo: Cortez, 1988.
GARCIA, Regina L. No cotidiano da escola: pistas para o novo. Cadernos
CEDES, Campinas, v.28, p. 49-62.
GERALDI, C.; FIORENTINE, D.; PEREIRA, E. (orgs.). Cartografia do trabalho
docente. Campinas, SP: Mercado das Letras, 2000.
GERALDI, João W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: _____,
João W. (org.). O texto na sala de aula. 2.ed. São Paulo: Ática, 1997.
_____. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação para promover. São Paulo: Mediação, 2000.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7.ed. Campinas,
SP: Pontes, 2000.
_____ ; MORAES, S.E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos
projetos da escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1999.
KLEIN, Lígia. Proposta político-pedagógica para o ensino fundamental:
governo popular de Mato Grosso do Sul. Mato Grosso do Sul: SED/Núcleo de
Ensino Fundamental, 2000
KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência textual. 3.ed. São Paulo:
Contexto, 1990.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 92
PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA
Ementa:
A História tem como objeto o estudo dos processos históricos relativos às
ações e às relações humanas praticadas no tempo, assim como os sentidos que os
sujeitos deram as mesmas, conscientes ou não dessas ações. A História visa
contribuir para a construção do conhecimento e respeito ao “outro”, com o qual se
convive pessoalmente (outras etnias, religiões, opções sexuais, opções políticas,
outras condições sociais) e com o qual convive-se enquanto coletividade (outras
regiões, culturas e nações). O ensino de História objetiva também contribuir para a
formação do indivíduo na tomada de decisões diversas: toda ação deriva de uma
reflexão sobre o tempo, avaliação de eventos passados e projeção de intenções
para momentos posteriores. O indivíduo, ao agir, atribui sentidos ao tempo e à sua
ação dentro dele. Com relação aos conceitos significativos para a disciplina de
História no Ensino Fundamental, elaborou-se uma proposta delineada em temas
gerais ou unidades temáticas sem, no entanto, abandonar em definitivo a
cronologia. Portanto, os conteúdos estruturantes do ensino fundamental para o
ensino de História são: dimensão política; dimensão econômico-social e a dimensão
cultural.
Para o ensino de História do ensino médio, foram adotados os conteúdos
estruturantes que podem ser entendidos como categorias intercambiantes numa
relação dialética entre si que configuram o campo ou o domínio de investigação das
ciências históricas. Eles estruturam os conteúdos específicos de caráter temático
junto com as categorias de tempo e de espaço, os quais são elementos
imprescindíveis para a articulação entre os mesmos. Os conteúdos estruturantes do
ensino de História são: relações de trabalho; relações culturais; relações de poder; e
articulações desses conteúdos são possíveis a partir das categorias de análise
espaço e tempo que permitem a conexão para se compreender essas relações.
Objetivo:
A História possibilita ao educando refletir, criticar e agir sobre seus
condicionamentos pessoais e coletivos. Ao mesmo tempo em que o instrumentaliza
para o hábito de ler a história vivida, fornecendo bases para o conhecimento e o
aprendizado em outras áreas da sociedade da informação e da tecnologia.
Conteúdos:
Colégio Estadual Tsuru Oguido 93
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o educando terá suas primeiras
experiências com a História sistematizada enquanto conhecimento escolar, a partir.
do tema: Identidade e tempo: eu/outro e a sociedade. Nesse sentido, é importante
que ele entre em contato com elementos que o auxiliem a compreender o processo
histórico, tendo como base sua história familiar, escolar e comunitária. Para tal
objetivo, o entendimento da humanidade como produtora de cultura é essencial no
aprendizado em História. A compreensão de que os agrupamentos humanos
deixam vestígios das mais diferentes naturezas, que podem ser estudados por
pessoas de outras épocas, assim como contam e registram a sua História de
diversas formas, poderá fornecer ao aluno subsídios para iniciar a percepção da
produção humana no tempo e no espaço.
Na continuidade dos anos iniciais, o tema A humanidade e a História: o ser humano
e a produção de cultura. Nos anos finais do Ensino Fundamental, propõe-se para a
5ª série, o tema geral: Das origens do Homem ao século XV – diferentes trajetórias,
diferentes culturas. A partir da 6ª série, com o tema (Des) Encontros entre culturas:
século XV ao XIX, sugere-se estudar o processo de colonização e criação do Brasil
e da América. Para a 7ª série, propõe-se o estudo do processo de constituição do
ideário de nação no Brasil e na América, tema geral: A constituição da Nação no
Brasil e na América e as novas relações de dominação colonial entre América,
África, Ásia e Europa nos séculos XIX e início do XX, O final do segundo segmento
do Ensino Fundamental, 8ª série, articula-se a partir do tema: Do início do século XX
ao século XXI: elementos constitutivos da contemporaneidade.
Metodologia:
Trabalhar com a narrativa e a oralidade é uma estratégia para o professor
das séries iniciais familiarizar seus alunos com os conceitos históricos, buscando na
experiência familiar o ponto de partida para a compreensão do tempo e da memória.
Nesse sentido, é interessante pensar trabalhos que aliem atividades lúdicas com
pesquisas de campo. Tal procedimento metodológico não tem como propósito
formar pequenos historiadores e sim familiarizar o aluno com métodos de pesquisa,
bem como, demonstrar que o conhecimento histórico é construído por todos os
sujeitos, constante e simultaneamente. As questões a serem trabalhadas devem
contribuir para que o aluno perceba as diferenças, semelhanças, simultaneidades,
rupturas e transformações nas gerações, a formação das identidades e dos grupos
sociais, inserindo assim, no seu cotidiano, elementos que o ajudem a compreender
a realidade como resultado do processo histórico.Colégio Estadual Tsuru Oguido 94
Na continuidade dos anos iniciais, o tema: - A humanidade e a História: o ser
humano e a produção de cultura traz para o professor o desafio de construir com o
aluno os conhecimentos sobre o surgimento da Humanidade, desde a origem
africana do homem, a criação e o desenvolvimento de tecnologias, os seus
processos migratórios até a ocupação dos continentes.
Nos anos finais do Ensino Fundamental, propõe-se para a 5ª série, o tema
geral: Das origens do Homem ao século XV – diferentes trajetórias, diferentes
culturas. Privilegia-se uma abordagem não detalhista ou enciclopédica, mas
pautada na compreensão da construção de uma “grande linha do tempo”. Essa
abordagem deve proporcionar bases para o estudo histórico da dinâmica que
envolve as diversas sociedades humanas, compondo grandes sínteses narrativas
no tempo e no espaço, no sentido de superar um ensino de História essencialmente
eurocêntrico, ampliando, portanto, o espaço destinado ao estudo do Brasil, da
América, da África e da Ásia. A partir da 6ª série, com o tema (Des) Encontros entre
culturas: século XV ao XIX, sugere-se estudar o processo de colonização e criação
do Brasil e da América, numa abordagem não-nacional e, portanto, não anacrônica
da América, num constante exercício de relação simultânea, envolvendo a África, a
Ásia e a Europa. Tal estudo possibilitará entre outros, a inserção de conceitos como
etnocentrismo, patriarcalismo e liberalismo.
Para a 7ª série, propõe-se o estudo do processo de constituição do ideário de
nação no Brasil e na América (assim como a construção dos regionalismos, em
especial o paranaense) num constante exercício de relação simultânea, envolvendo
a África, a Ásia e a Europa, partindo do tema geral: A constituição da Nação no
Brasil e na América e as novas relações de dominação colonial entre América,
África, Ásia e Europa nos séculos XIX e início do XX. Nesse incluir conceitos de
nação, nacionalismo, imperialismo, ideologia, darwinismo social, racismo,
feminismo, regionalismo, coronelismo, paranismo, capitalismo, anarquismo,
socialismo, comunismo, entre outros. Para a 8ª série, articula-se apartar do tema:
Do início do século XX ao século XXI: elemento constitutivo da contemporaniedade,
cuja importância do estudo pode ser expressa.
Nessa última série do Ensino Fundamental, pretende-se historicizar conceitos
como totalitarismo, anti-semitismo, fundamentalismo, xenofobia, globalização,
multiculturalismo, mundialização, neoliberalismo, ambientalismo entre outros, além
de aprofundar questões do contexto mundial, relacionando-as com a realidade local
do aluno, dando continuidade ao estudo da História do Paraná, assim como aos
Colégio Estadual Tsuru Oguido 95
conceitos anteriormente trabalhados. No ensino médio, o processo de investigação
histórica exige uma reconstrução do fato tematizado através de meios discursivos
articulados no texto que permitam ao aluno (a) a compreensão das escolhas feitas
pelo professor (a) para a construção de uma narrativa histórica: Reconstrução
descritiva: Argumentações referentes a problemas e a explicação dos mesmos: A
proposta da escolha de temas através do levantamento de problemas ou situações-
problema retirados da vivência dos alunos (as), orienta os professores (as) para
uma prática interdisciplinar na construção do conhecimento histórico. Assim, estes
sujeitos sociais produzem esta interdisciplinaridade, por meio da investigação
pautada pela problematização do objeto de estudo (no caso o conteúdo da
disciplina de história).
Avaliação:
O processo de avaliação continua e diagnóstica, ou seja, a avaliação como
um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o
aluno, para que o professor possa tomar decisões suficientes e satisfatórias para
que o aluno avance no seu processo de aprendizagem; destacando o papel do
diálogo.
Bibliografia:
ABREU, Marta; SOIHET, Rachel (orgs.). Ensino de história: conceitos, temáticas e
metodologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. São Paulo: Brasiliense,
2004.
BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o
contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 1987.
BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. São Paulo: Zahar,
2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.
Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação
continuada/Orientações Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo.
Colégio Estadual Tsuru Oguido 96