enquanto educador, o quê
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QUESTÕES REFERENTES AO TRABALHO DO PROFESSOR PARA ATUAR COM ALUNOS SURDOSTRANSCRIPT
Enquanto educador, o quêeu preciso saber sobre a língua
dos surdos?
Profª Msc Raquel Gomes
Libras? que língua é essa?
Libras é uma língua? Desde 1960 foi conferido status
linguístico às línguas de sinais. A legitimidade da língua confere ao
surdo alguma “libertação” e distanciamento dos moldes e representações até então exclusivamente patológicos. Desvia a concepção da surdez como deficiência para uma concepção da surdez como diferença linguística e cultural
CRENÇAS, PRECONCEITOS E QUESTIONAMENTOS
1. A língua de sinais é universal? Em qualquer lugar em que haja surdos
interagindo, haverá línguas de sinais.
Toda língua de sinais é diferente: língua de sinais americana, francesa, japonesa, libras.
2. A língua de sinais é artificial?
Não -NATURAL;Língua artificial: construída, planejada,
cujo objetivo é estabelecer a comunicação internacional.
Esperanto Gestuno
•Comunidade de mais de 1 milhão de falantes
•Os adeptos implementam e desenvolvem cursos em alguns sistemas de educação.
• origem italiana;
• mencionada pela primeira vez em 1951 –Cong. Mundial dos Surdos
3. A língua de sinais tem gramática?
Os estudos linguísticos das línguas de sinais começaram com Stokoe (1960).
Toda língua é constituída por níveis linguísticos: fonológico, morfológico, sintático, semântico/pragmático.
As línguas de sinais são constituídas por parâmetros internos. Os sinais são analisáveis como uma combinação de três categorias linguísticas sem significado:
Parâmetros das línguas de sinais
Mudando alguma característica de qualquer uma dessas categorias, podemos mudar o significado do sinal.
Ex:
Nesses dois sinais a configuração de mão e o movimento são os mesmos somente o ponto de articulação é diferente.
4. A língua de sinais é o alfabeto manual?
É apenas um recurso utilizado por falantes da língua de sinais. É um código de representação das letras do alfabéticas.
5. A língua de sinais é uma versão sinalizada da língua oral?
A língua de sinais tem sua estrutura própria, e independe de qualquer língua oral em sua concepção linguística.
As línguas de sinais, em qualquer país, estão em contato direto com as línguas orais, por isso é natural ocorrerem empréstimos, mesclas e hibridismos
O que é língua brasileira de sinais?Uma língua como idiomaComunicação pelas mãos Não é mímicaNão é linguagem É uma língua natural É captada pela visão, pelas expressões faciais e pelos movimentos corporais O que é língua brasileira de sinais?
O que é língua brasileira de sinais? O que é língua brasileira de sinais? O que é língua brasileira de sinais? O que é língua brasileira de sinais? O que é língua brasileira de sinais? O que é língua brasileira de sinais?
Uma língua como idioma
Comunicação pelas mãos
Não é mímica
Não é linguagem
É uma língua natural
É captada pela visão, pelas expressões faciais
e pelos movimentos corporais
O que é língua brasileira de sinais?
CONSIDERAÇÕES FINAIS Linguísticamente, pode-se afirmar que a
língua de sinais é língua porque apresenta características presentes em outras línguas naturais e, essencialmente, porque é humana.
Tem gramática própria e se apresenta estruturada em todos os níveis, como as línguas orais: fonológico.morfológico, sintático e semântico. Além disso, podemos encontrar nela outras características: a produtividade/criatividade, a flexibilidade, a arbitrariedade, ...
Vivemos um momento ímpar, muitas conquistas foram alcançadas: ao oficialização da LIBRAS, o direito do surdo de ter um intérprete nas universidades, a obrigatoriedade de formação nas áreas de licenciaturas no ensino superior para surdos, a inclusão da LIBRAS nos currículos...
O momento é de transições, adaptações, reformulações. Mas sabemos que ainda há uma distância enorme entre o dizer e o fazer. Há resistências quanto ao uso de línguas de sinais na escolarização do surdo, ou por falta de espaços, oportunidades e apoio para os educadores ouvintes se aperfeiçoarem, ou por se perpetuarem visões preconceituosas sobre a língua.
A oficialização da LIBRAS foi um grande passo, mas precisamos ir além, precisamos de políticas linguísticas e educacionais que assegurem verdadeiramente a cidadania ao surdo.
“Quando aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa ... A língua é parte de nós mesmos ... Quando aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los; devemos ensiná-los; ajudá-los, mas temos que permitir-lhes ser surdos”
(Terje Basilier, 1993)