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Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Energias não renováveis - Combustíveis Fósseis
O petróleo na sociedade
Projeto FEUP 2016/2017 - Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica
Professora Teresa Duarte
Equipa 1M4_2:
Supervisor: Professor José Ferreira
Duarte
Monitor: Luís Araújo
Estudantes:
André Carvalho [email protected]
Catarina Nunes [email protected]
Diogo Dias [email protected]
Hugo Mesquita [email protected]
Tatiana Simões [email protected]
31 de outubro de 2016
II
Resumo
O tema que nos foi proposto para este projeto, no início do semestre, foi “Energias não
Renováveis - Combustíveis Fósseis”, um tema bastante discutido e relevante no nosso
quotidiano. Face a este assunto, decidimos focar-nos apenas no petróleo, um dos combustíveis
fósseis que mais importância tem no desenvolvimento da sociedade.
Assim, em primeiro lugar, explicaremos em que consiste o petróleo, descreveremos a sua
formação e a refinação a que é sujeito e enumeraremos alguns dos seus derivados. De seguida,
faremos uma breve contextualização histórica da exploração petrolífera. Em terceiro lugar,
analisaremos as consequências que advêm da utilização desta matéria-prima e as alternativas
que existem atualmente. Posteriormente, falaremos da presença do petróleo e da sua
exploração em Portugal. Por fim, apresentaremos algumas empresas que se destacam neste
ramo.
III
Palavras-Chave
- Petróleo
- Automóveis
- Poluição
- Gasolina
- Gasóleo
- Impacto Ambiental
- Derrames de petróleo
- Combustíveis Fósseis
- Plástico
- Plataforma Petrolífera
- Carros Elétricos
- Energias Renováveis
- Conflitos Sociais
IV
Agradecimentos
A realização deste projeto foi possível graças à dedicação e esforço dos elementos deste
grupo, quer em horário letivo, nas aulas de “Projeto FEUP”, quer em horário extracurricular.
Gostaríamos de agradecer, em primeiro lugar, ao Professor José Ferreira Duarte, pelos
conselhos e sugestões que forneceu ao nosso grupo, bastante úteis para a realização deste
trabalho. Em segundo lugar, agradecemos ao nosso monitor Luís Araújo, que esteve sempre
disponível para esclarecer as nossas dúvidas e para se certificar que realizaríamos um bom
trabalho. Por último, não podíamos esquecer os coordenadores da unidade curricular “Projeto
FEUP”, o professor Manuel Firmino e a professora Sara Ferreira, que nos proporcionaram
uma semana de formação intensiva, que se revelou essencial para a realização deste trabalho.
V
Índice
Lista de figuras .................................................................................................................... 1
Glossário ............................................................................................................................ 2
1. Introdução ................................................................................................................. 3
2. O Petróleo ....................................................................................................................... 4
2.1. O que é? ........................................................................................................................ 4
2.2. A sua formação .............................................................................................................. 4
2.3. Extração ........................................................................................................................ 5
2.4. Refinação ...................................................................................................................... 5
2.5. Derivados do Petróleo ..................................................................................................... 7
3. Contextualização Histórica ................................................................................................ 8
4. Consequências da sua Utilização ...................................................................................... 10
5. Alternativas ao seu consumo ............................................................................................ 12
6. Petróleo em Portugal ...................................................................................................... 14
6.1. História da Pesquisa ...................................................................................................... 14
7. Empresas associadas ao Petróleo ...................................................................................... 16
8. Conclusão ..................................................................................................................... 18
Referências Bibliográficas .................................................................................................. 19
1
Lista de figuras
Figura 1 - Armadilha Petrolífera ("Terra, Universo de Vida", Geologia, 11º ano) .............. 5
Figura 2 - Petróleo Brent – Visão Geral entre novembro de 2006 e setembro de 2016
(Investing.com, 2016) ................................................................................................................. 9
Figura 3 - Pinguim coberto por petróleo na costa da África do Sul (worldwildfund.org,
2016) ......................................................................................................................................... 10
Figura 4 - Capacidade das Energias Renováveis Instaladas (IRENA, 2015) ..................... 12
Figura 5 - Evolução das quantidades de carros elétricos, a nível mundial (vox.com, 2016)
.................................................................................................................................................. 13
Figura 6 - Logótipo da PALP (palp.pt, 2016) ..................................................................... 15
Figura 7 - Mapa das Empresas associadas à indústria petrolífera
(panacea8.wordpress.com, 2010) ............................................................................................. 17
2
Glossário
− Sal Gema: evaporito constituído essencialmente por halite (quimicamente, é cloreto de
sódio); está geralmente associado a outros sais (Dias da Silva, A. 2014);
− Sísmica de Reflexão: método que consiste em medir o tempo de chegada das ondas
sísmicas aos geofones depois de serem refletidas pela superfície de contacto entre as varias
unidades litológicas (Universidade de Aveiro);
− Querogénio: parte insolúvel da matéria orgânica, modificada por ações geológicas, e
rico em hidrocarbonetos sólidos muito pesados; distinguem-se 3 tipos de querogénio: o tipo I
(lípido), é normalmente associado a algas e bactérias, mais rico em Hidrogénio; o tipo III
(húmico), resulta principalmente da acumulação de restos de vegetais superiores; o tipo II
(misto) é um tipo intermédio (Pacheco, J.1999).
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1. Introdução
Atualmente, os combustíveis fósseis possuem uma enorme importância na sociedade e
estão presentes na maioria das nossas ações diárias, sendo difícil pensar numa vida sem eles.
Contudo, estes são também alvo de inúmeras críticas, a vários níveis, e existem já algumas
alternativas ao seu consumo.
Neste trabalho, foi-nos proposto que avaliássemos a importância e influência destas
energias no nosso quotidiano. Face a esta temática, o nosso grupo decidiu centrar-se no estudo
do petróleo, combustível fóssil que constitui a maior fonte de energia atual, de forma a
entender qual o seu impacto na vida do ser humano.
O presente relatório tem como objetivos principais:
conhecer e perceber a presença e influência destas energias no nosso quotidiano;
avaliar as alternativas, de forma a entender se podem ou não ser consideradas no
futuro;
realizar um projeto em grupo, que nos permita melhorar as nossas capacidades e
competências na pesquisa de informação e na realização de tarefas conjuntas.
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2. O Petróleo
2.1. O que é?
Etimologicamente, a palavra petróleo deriva da junção das palavras petra (pedra) e óleo,
uma vez que, durante séculos, se acreditou que este combustível se formava a partir da
decomposição de determinadas pedras (RTP 2015).
O petróleo, tal como o carvão e o gás natural, é considerado um combustível fóssil. Possui
uma grande quantidade de carbono e é classificado como fonte de energia não renovável,
visto que a velocidade da sua utilização é superior à velocidade da sua formação.
Esta matéria prima é uma mistura de substâncias oleosas, geralmente menos denso que a
água. É inflamável, possui um cheiro característico e coloração que varia entre o castanho e o
preto e é considerada uma rocha.
Quimicamente, o petróleo consiste numa combinação complexa de hidrocarbonetos, que
derivam principalmente da parte lipídica da matéria orgânica (petroleum.co.uk).
2.2. A sua formação
Embora o petróleo não seja uma rocha comum, já que é líquido, encontra-se no interior de
rochas sedimentares e forma-se a partir de sedimentos biogénicos. O petróleo forma-se em
ambientes favoráveis para o desenvolvimento de plâncton abundante.
A matéria prima inicial do petróleo é proveniente de seres fotossintéticos, na sua maioria.
Estes formam grandes quantidades de detritos orgânicos que, quando afundados em meios
sedimentares, ficam isolados do ambiente oxidante, transformando-se, através de reações
químicas inorgânicas e da ação de bactérias, num gás biogénico e em querogénio, e,
posteriormente, em hidrogenocarbonatos mais simples, dando origem ao petróleo. Esta
acumulação faz-se, normalmente, no fundo de lagos, lagunas ou mares com baixa corrente no
fundo. Desta forma a evolução da matéria orgânica para formar petróleo só é possível em
meios com condições anaeróbias (Dias da Silva, A. 2014).
A transformação do querogénio em petróleo é acompanhada de um aumento de volume,
que tende a expulsar os hidrocarbonetos recém-criados da rocha geradora, cujos poros estão
saturados. Com o aumento da pressão e fratura da rocha-mãe, o petróleo flui para as
formações geológicas superiores. Após a saída do petróleo e consequente diminuição da
pressão da rocha-mãe, as fraturas são novamente fechadas (Pacheco, João 1999).
A evolução dos materiais para petróleo pode durar milhões de anos e ocorre na rocha-mãe -
rochas (argilitos, xistos argilosos ou rochas carbonatadas) ricas em querogénio. Quando
influenciados pela pressão, os hidrocarbonetos fluidos, pouco densos, migram da rocha-mãe
acumulando-se na rocha-armazém ou rocha-reservatório – rocha porosa e permeável (arenitos,
conglomerados, rochas carbonatadas). Sobre esta rocha, existe a rocha-cobertura, uma camada
impermeável, constituída por rochas argilosas, que impede a migração e dispersão do petróleo
5
até á superfície. Todas estas rochas e outras estruturas (falhas, dobras ou domas salinos)
constituem a armadilha petrolífera (Dias da Silva, A. 2014).
Figura 1 - Armadilha Petrolífera ("Terra, Universo de Vida", Geologia, 11º ano)
2.3. Extração
A extração consiste no fluxo de fluidos produzidos, espontâneo ou artificial, do
reservatório até à superfície.
Existem vários métodos de extração artificial: gas lift, que consiste na introdução de gás
comprimido na coluna de produção, bombeio centrífugo submerso, aplicado em poços com
fluidos de elevada viscosidade e elevadas temperaturas, bombeio mecânico com hastes, onde
o movimento rotativo do motor é transmitido para o fundo do poço, acionando a bomba que
eleva os fluidos produzidos até à superfície, e bombeio por cavidades progressivas, aplicado
na produção de fluidos e em poços pouco profundos (GALP 2014).
Para que o petróleo possa ser explorado e extraído em condições rentáveis do ponto de
vista económico, é necessário que esteja contido em rochas com porosidade e permeabilidade
elevadas. As rochas-mãe não possuem, em geral, essas características e, por isso, o petróleo
raramente é diretamente extraído destas (Pacheco, João 1999).
2.4. Refinação
O petróleo extraído dos poços não tem aplicação direta, pelo que a sua utilização é feita
através dos seus derivados. Para que isso seja possível, o petróleo é fracionado em diversos
componentes num processo denominado de refinação ou destilação fracionada. Este processo
aproveita os diferentes pontos de ebulição das substâncias que compõem o petróleo,
separando-as e convertendo em produtos finais.
Para que este processo possa ser bem-sucedido, é necessário conhecer a qualidade da
matéria prima, uma vez que as proporções dos derivados produzidos irão variar de acordo
com a sua composição química. Por um lado, petróleo mais leve produz maior quantidade de
produtos mais leves, como a gasolina; por outro lado, qualidades de petróleo mais pesadas
levam a uma maior percentagem de produção de óleos e asfaltos.
Os processos normalmente usados nas refinarias para o processamento do petróleo são os
seguintes:
6
1. Destilação atmosférica e destilação a vácuo:
É a primeira etapa da refinação e consiste no aquecimento e fracionamento do petróleo
numa torre constituída por cerca de 30 pratos perfurados em várias alturas. Uma vez que a
parte inferior da torre tem uma temperatura mais elevada, os hidrocarbonatos gasosos sobem e
condensam-se. Os resíduos são posteriormente reaquecidos e transferidos para outra torre,
onde sofrerão novo fracionamento abaixo da pressão atmosférica, ou seja, a vácuo. No final
desta fase, é extraída uma parcela de óleo diesel, que servirá como base para produzir
combustíveis, como GLP.
2. Cracking:
Neste processo, as moléculas de hidrocarbonetos pesados quebram, convertendo-se em
gasolina ou outros destilados. É necessária a utilização de temperaturas altas para que o
processo ocorra. Existem dois tipos de cracking: térmico e catalítico. O cracking térmico
utiliza calor e altas pressões, convertendo as moléculas grandes em moléculas de menores
dimensões. No cracking catalítico, atua um catalisador (substância que facilita a conversão)
em pressões mais reduzidas.
3. Polimerização:
Nesta fase, ocorre a combinação de moléculas de hidrocarbonetos de baixa densidade, com
o objetivo de produzir gasolina com teor elevado de octano (hidrocarboneto de oito carbonos),
uma vez que este possui um alto valor comercial.
4. Alquilação:
Trata-se de um processo semelhante à polimerização, onde existe também a conversão de
moléculas pequenas de hidrocarbonetos em moléculas mais longas, podendo existir
combinação de moléculas de diferentes densidades.
5. Dessulfurização:
Este processo é utilizado para retirar compostos de enxofre do petróleo, melhorando a
qualidade desejada para o produto final.
6. Dessalinização e Desidratação:
Esta etapa tem o objetivo de remover o sal e a água do petróleo, aquecendo-o e atribuindo-
lhe um catalisador e, em seguida, decantando-o ou filtrando-o (Nunes Gil, Victor 2007).
Destilação atmosférica e destilação a
vácuo
Cracking Polimerização Alquilação DessulfurizaçãoDessalinização e Desidratação
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2.5. Derivados do Petróleo
1. Gasolina
A gasolina é o produto mais popular derivado do petróleo e constitui a maior fração do
produto obtido por barril de petróleo bruto. Os seus hidrocarbonetos possuem cadeias de 4 a
12 átomos de carbono.
No mercado nacional, encontram-se dois tipos de gasolina: a gasolina de 95 octanas e a
gasolina de 98 octanas, que diferem na eficiência em gerar energia: na gasolina com maior
número de octanas, a explosão ocorre mais tarde, sendo aproveitada no seu ponto crítico, com
um maior rendimento (Brásio, Ana 2012).
2. Gasóleo
O gasóleo é constituído por hidrocarbonetos de um comprimento de cadeia entre oito e 21
átomos de carbono e tem maior teor de energia por volume do que a gasolina. É menos volátil
e, consequentemente, menos propenso a explosão, uma das razões por que é preferível em
veículos militares.
Ao contrário dos motores a gasolina, os motores a gasóleo não dependem das faíscas
geradas eletricamente para inflamar o combustível (petroleu.co.uk).
3. Gás liquefeito de petróleo (GLP)
O GLP é um combustível versátil e de fácil transporte, já que pode ser transportado no
estado líquido, e tem um poder calorífico elevado. A sua combustão é bastante inofensiva
para o ambiente (Rubis Gás 2014)
4. Querosene
O querosene é um líquido fino e claro, formado a partir da destilação fracionada de
petróleo, e é utilizado em aeronaves de propulsão a jato e como combustível de aquecimento
(Infoescola 2016).
5. Parafinas
A parafina é uma mistura de hidrocarbonetos saturados com grande peso molecular, cuja
consistência pode ser líquida, cerosa ou sólida. É insolúvel em água, solúvel em gasolina
benzeno, éter e clorofórmio e não tem cheiro (Infopédia 2016).
6. Asfalto
O asfalto é um betume espesso e sólido, escuro e reluzente, constituído por misturas de
hidrocarbonetos não voláteis e por substâncias minerais. Não é volátil, é solúvel em bissulfeto
de carbono e é muito usado na pavimentação de ruas, estradas e aeroportos (Marcos 2012).
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3. Contextualização Histórica
Decorria o século III quando foi encontrado petróleo, pela primeira vez, em escavações à
procura de sal gema. Contudo, só em agosto de 1859 é que se iniciou a era moderna da
indústria petrolífera: Edwin Drake achou a primeira jazida de petróleo no estado da
Pensilvânia, nos Estados Unidos da América (Altavisa 2010).
Este acontecimento originou um aumento da procura do produto, permitindo o crescimento
da produção noutros estados norte-americanos. Este período inicial (1860 a 1870) foi um
período especulativo, causando grandes oscilações do preço desta matéria prima.
O crescimento desmedido da produção e procura do petróleo levou à fundação da Standard
Oil, em 1870, cujo principal acionista era John D. Rockfeller. Esta empresa viveu tempos de
hegemonia, perdida, mais tarde, em 1911, devido à implementação de medidas
antimonopolistas por parte do governo norte-americano, que levaram à divisão da Stardard
Oil em 34 empresas distintas.
Ainda no século XIX, foram descobertas jazidas em Baku (atual Azerbaijão), à data
pertencente ao Império Russo. Este evento instigou este país a contrair um empréstimo, de
forma a poder construir uma linha férrea que ligasse a cidade de Baku ao Mar Negro, já que
esta infraestrutura facilitaria as exportações de petróleo para a Europa.
Nesta altura, a produção russa atingiu valores correspondentes a um terço da produção
americana, o que levou à queda do preço do barril.
Já no início do século XX, o crescimento desta indústria deveu-se maioritariamente à
procura de querosene, para efeitos de iluminação, e ao lançamento do modelo Ford T (1908),
que veio revolucionar a industria automóvel.
Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), deu-se a retoma do preço do petróleo,
devido ao aumento do seu consumo, causado pela vulgarização dos automóveis junto da
classe média.
A procura deste bem aumentou ao longo do tempo e, nos anos 20, foram descobertas
jazidas no Médio Oriente, que garantiram a satisfação dessa procura, e aumentaram o preço
do barril.
Contudo, em 1931, o preço do petróleo atingiu o seu mínimo histórico, valendo apenas
0,65 dólares americanos (nominais), o que significariam 9,94 dólares americanos de hoje
(aproximadamente).
A década de 50 ficou marcada pelo crescimento da indústria petrolífera, dominada pel’ “As
Sete Irmãs”, império criado por sete companhias ocidentais que interditaram a entrada de
novas empresas no mercado e que controlaram este mercado até aos anos 80.
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Figura 2 - As sete irmãs: BP (British Petroleum), Chevron, Esso, Gulf, Mobil, Shell e Texaco
Em 1960, ocorreu, no Cairo, o Primeiro Congresso Árabe de Petróleo, com o objetivo de
contestar as ações d’ “As Sete Irmãs”, e, no mesmo ano, foi criada a OPEC – Organization of
the Petroleum Exporting Countries – por representantes de Iraque, Irão, Kuwait, Arábia
Saudita e Venezuela.
A primeira grande subida no preço do barril deu-se em 1973 (1º Choque Petrolífero), com
a guerra Yom Kipur, que terminou com a proibição, por parte da OPEC, das vendas de
petróleo durante seis meses a todos os apoiantes de Israel neste conflito. Ainda na década de
70, a revolução do Irão e o conflito Irão-Iraque originou mais uma subida no preço (2º
Choque Petrolífero).
Já no século XXI, acontecimentos como os atentados de 11 de setembro de 2001, a
Segunda Guerra do Golfo, a crise do Médio Oriente ou o rebentar da bolha financeira mundial
provocaram uma subida lenta do preço do petróleo.
Em junho de 2008, o petróleo (Brent) atingiu o seu preço máximo (127,78 dólares), caindo,
de seguida, graças à Grande Recessão. Entre 2012 e 2014, manteve-se estável, voltando a cair
no segundo semestre de 2014 e mantendo essa queda até ao início de 2016, altura em que
atingiu os trinta e cinco dólares, aproximadamente (Mártil, I. 2016).
Atualmente, ronda os cinquenta dólares por barril e previsões feitas pela Agência
Internacional de Energia (AIE) apontam para uma queda no consumo mundial desde produto
(Económico 2016).
Figura 2 - Petróleo Brent – Visão Geral entre novembro de 2006 e setembro de 2016 (Investing.com, 2016)
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4. Consequências da sua Utilização
Como dito anteriormente, o petróleo pode ser bastante útil para inúmeras funcionalidades
no quotidiano da sociedade. No entanto, é também fonte de vários problemas, quer
ambientais, sociais ou económicos.
Relativamente à vertente ambiental, são várias as falhas a apontar. Em primeiro lugar, as
explorações de petróleo libertam toneladas de agentes tóxicos para a atmosfera e para a água,
degradando estes dois subsistemas terrestres. Em segundo lugar, as estações petrolíferas,
instaladas em alto mar, perturbam o normal funcionamento dos ecossistemas marítimos e
põem em risco os meios de subsistência das populações que dependem do oceano. Para além
disso, os sons produzidos pelas perfurações são prejudiciais para animais como a baleia e
outros mamíferos, que utilizam o som para navegar e encontrar parceiros e alimento. O
excesso de ruído pode provocar confusão, ferimentos ou, em casos mais extremos, a morte.
Porém, os problemas vão para além da zona marítima. Frequentemente, são construídas
infraestruturas de suporte, que degradam e destroem habitats terrestres e interferem com as
vias migratórias de determinadas espécies (World Wildlife Fund 2016).
Contudo, o maior problema que advém da exploração petrolífera são os derrames de
petróleo. Um derrame de petróleo ocorre quando existe uma fuga nas reservas e representa
uma das principais formas de poluição. É causado maioritariamente por negligência humana e
toma enormes proporções, principalmente na água. Os danos provocados por estas fugas são
extremamente difíceis de limpar devido às condições da água e o petróleo permanece à
superfície durante um período indeterminado.
Este é um problema que tem vindo a ser discutido, devido à sua importância na
sustentabilidade e no desenvolvimento ambiental, e, consequentemente, nas áreas económica
e social. Apesar disso, existem ainda empresas que não possuem um plano de emergência
para esta situação.
A nível ambiental, é prejudicial para as espécies marítimas e aéreas. Nos ecossistemas
aquáticos, este derrame mostra-se imediatamente fatal para alguns animais, por asfixia, e
impede a passagem de luz para este sistema. Por outro lado, penetra na plumagem das aves,
tornando-as mais pesadas e incapazes de voar, e acabando por matá-las por envenenamento
ou hipotermia.
Figura 3 - Pinguim coberto por petróleo na costa da África do Sul (worldwildfund.org, 2016)
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Esta ocorrência afeta também a Economia: quando é derramado petróleo, há perda de
matéria prima, o que leva a um menor número de barris disponíveis e uma maior necessidade
de importação de outros países. Posteriormente, é necessário limpar o oceano, o que requererá
mais financiamento, muitas vezes fornecido pelo governo. Os funcionários responsáveis por
esta limpeza arriscam-se ao aparecimento de problemas de saúde, que os poderão acompanhar
para o resto da vida e que serão inteira responsabilidade do governo.
A nível social, afetam o turismo, uma vez que um local poluído e caracterizado pela
presença de animais mortos e águas inutilizáveis não é atrativo para os visitantes, e as
indústrias que necessitam da água do mar para realizar as suas atividades diárias, já que têm
de suspender todos os processos até a água ser descontaminada (Kukreja, R. 2016).
Em termos sociais, grande parte dos conflitos armados internacionais devem-se a questões
relacionadas com o petróleo. Tome-se como exemplo a guerra na Síria: o petróleo é um dos
pontos centrais do domínio do “Estado Islâmico” e o rendimento obtido na venda desta
matéria prima representa uma fonte importante de recursos para os extremistas. Outro grande
evento desencadeado pelo petróleo foi o ataque japonês a Pearl Harbor, originado pela
decisão dos Estados Unidos de condicionar as exportações de petróleo para o Japão em 1941
(BBC Brasil 2015).
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5. Alternativas ao seu consumo
Perto de 90% dos veículos de todo o mundo utilizam derivados de petróleo, o que se reflete
em 70% do uso total do petróleo. Assim, e com o aumento do preço, a mobilidade pode ficar
ameaçada, afetando o dia a dia de milhões pessoas. Desde modo, é urgente que os cientistas
investiguem alternativas ao uso de petróleo.
O petróleo tem diversas vantagens que fazem com que descobrir alternativas ao seu uso
seja bastante difícil: permite a criação de vários derivados, é liquido (facilitando o seu
transporte, armazenamento e comercialização) e tem uma elevada densidade energética, isto
é, com uma pequena quantidade consegue-se retirar uma grande porção de energia.
Como exemplos de alterações feitas recentemente, pode-se apresentar o aquecimento de
água em casa, em que os tanques preparados para ser abastecidos com gasolina ou gasóleo,
utilizados anteriormente, estão agora a ser mudados para sistemas de gás, eletricidade ou
painéis solares.
Vários esforços têm vindo a ser feitos a nível mundial e tem-se observado um crescimento
das energias renováveis para a criação de energia elétrica. Segundo a IRENA (International
Renewable Energy Agency), a capacidade instalada mundial proveniente de energias
renováveis, no final de 2015, foi de cerca de 1985 GigaWatts, podendo-se verificar no gráfico
que este valor tem vindo a crescer e espera-se assim que continue.
Figura 4 - Capacidade das Energias Renováveis Instaladas (IRENA, 2015)
O petróleo tem ainda várias aplicações, como plástico, lubrificantes ou pavimentação de
estradas. Em todas estas as áreas tem-se vindo a desenvolver outros produtos, tentando
sempre ter em consideração a natureza e fazendo com que estas alternativas sejam não
prejudiciais para o ambiente.
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No entanto, tal como referido anteriormente, o maior gasto de petróleo é no setor dos
transportes. Assim, o maior desafio de todos é desenvolver uma alternativa para este
problema. Foram criados carros a energia fotovoltaica, carros elétricos, carros a hidrogénio e
até a combustíveis alternativos.
Os carros elétricos são o maior candidato à substituição dos veículos movidos a gasóleo ou
gasolina, tendo apresentado um crescimento nas vendas, que atingiram cerca de 1,26 milhões
de carros em 2015.
Por um lado, a energia fotovoltaica é cara e pouco viável, pois seria necessário cobrir uma
grande área da superfície do carro com painéis, além de que os painéis são frágeis e, num dia
com pouca intensidade solar, o veículo não se movimentaria.
Figura 5 - Evolução das quantidades de carros elétricos, a nível mundial (vox.com, 2016)
Todavia, e enquanto não se altera radicalmente os hábitos, não se consegue ter uma visão
completa de todos os problemas que podem surgir. Por exemplo, se todos os carros fossem
substituídos por carros elétricos, era provável que a rede elétrica existente não suportasse a
sobrecarga, o que ainda poderia resultar em custos elevados para o consumidor e até em
acidentes por causa do mau carregamento das baterias.
Em suma, verifica-se que obter alternativas ao petróleo é, e será, um desafio e uma
preocupação para todos, mas, como a combustão do petróleo é prejudicial ao meio ambiente,
é necessário diminuir a necessidade deste combustível fóssil, garantindo que a qualidade de
vida é mantida ou até melhorada.
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6. Petróleo em Portugal
Ao longo dos anos, foram realizadas pesquisas nas bacias sedimentares portuguesas, que
apresentaram resultados encorajadores, ou seja, é certa a presença de todos os componentes
(rochas-mãe maduras, reservatórios selados e armadilhas) necessários à acumulação
económica de petróleo. Apesar disto, não existe ainda produção em Portugal.
As bacias tradicionais (Porto, Lusitânica e Algarve) estimulam a procura de novos poços,
com vista à produção com fins comerciais, por parte de companhias que consideram
proveitoso o investimento na pesquisa em Portugal.
As áreas de fronteira - bacias mais profundas e exteriores a Oeste e Sul de Portugal
Continental – são vistas como novas oportunidades de pesquisa, uma vez que possuem um
regime fiscal bastante favorável.
6.1. História da Pesquisa
As primeiras pesquisas foram efetuadas no início do século passado. Inicialmente, estas
eram, maioritariamente, pouco profundas e localizadas junto à superfície, na costa, junto à
Bacia Lusitânica.
Em 1938, foi emitido um alvará de concessão, que abrangia as bacias Lusitânica e do
Algarve, para pesquisas de petróleo e substâncias betuminosas, mantendo-se ativo durante 30
anos. Durante este período, foram adquiridos, na Bacia Lusitânica, 3264 quilómetros de
sísmica de reflexão, onde foram efetuadas 78 pesquisas (apenas trinta e três ultrapassaram os
quinhentos quilómetros de profundidade), sendo que algumas demonstraram fortes indícios da
presença de petróleo. Na Bacia do Algarve, foram realizados levantamentos de gravimetria.
No término desta concessão, as áreas de prospeção e pesquisa onshore e offshore foram
divididas em blocos e colocadas a concurso internacional. Foram, então, assinados trinta
contratos para áreas no offshore. Nesta altura, realizaram-se levantamentos sísmicos e vinte e
duas sondagens, nas bacias do Porto, Lusitânica e do Algarve. Todas as sondagens foram
abandonadas, apesar de algumas apresentarem indícios de petróleo.
Entre 1978 e 2004, continuaram a ser efetuadas sondagens nas várias bacias, que
confirmavam a presença de petróleo na costa portuguesa.
Face ao levantamento sísmico e gravimétrico levado a cabo pela TGS-NOPEC entre 1999
e 2002, foi iniciado o Concurso Público para Atribuição de Direitos de Prospeção, Pesquisa,
Desenvolvimento e Produção de Petróleo. O grupo formado pelas empresas Repsol-YPF
(Espanha) e RWE-Dea (Alemanha) candidatou-se a dois blocos, concedidos, mais tarde, em
2005.
No final de 2006, apenas a Mohave Oil & Gas operava em Portugal, tendo encontrado
indícios de gás em sondagens realizadas na região de Alcobaça e recuperado petróleo em
fraturas na região de Torres Vedras.
No ano seguinte, a prospeção e pesquisa de petróleo aumentou significativamente devido à
assinatura de doze contratos de concessão.
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Em 2012, foram realizadas novas sondagens: uma pesquisa profunda e vinte e três
pesquisas pouco profundas (ENMC 2016).
Neste ano, foi notícia a realização de poços petrolíferos, feitos por empresas como a Galp
ou a Repsol, tendo como objetivo a exploração de petróleo na costa alentejana e algarvia, que
se tornará produtor de petróleo caso sejam descobertas grandes quantidades de petróleo crude
(Batista, Ana 2016).
Este foi um tema que gerou bastante polémica por parte da comunidade ambientalista
portuguesa, que criou várias petições contra a exploração em Portugal. A petição que mais
destaque teve foi a PALP (Plataforma Algarve Livre de Petróleo), que conta com cerca de
3.600 assinaturas (PALP 2016).
Figura 6 - Logótipo da PALP (palp.pt, 2016)
16
7. Empresas associadas ao Petróleo
Até a década de 1960, o mercado petrolífero internacional foi dominado por um grupo de
sete empresas, conhecidas com as Sete Irmãs: Exxon, Shell, BP, Mobil, Texaco, Gulf e
Chevron. Estas controlavam o mercado e impunham baixos preços aos países produtores,
enquanto garantiam para si altas taxas de lucro. Assim, os países detentores de petróleo
ficavam com dívidas absurdas, o que fomentava guerras civis e derrubava governos.
Apareceu então a necessidade de criar uma política petrolífera, centralizando a
administração da atividade, controlando os preços e volume de produção. Surgiu, então, a
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), formada pelos países produtores de
petróleo em 1960.
Em 1961, foram então definidos 3 objetivos fundamentais: o aumento da receita dos países
membros; aumento do controle sobre a produção de petróleo; unificação das políticas de
produção. No entanto, a primeira medida prática tomada foi aumentar o valor dos royalties
pagos pelas empresas transnacionais e cobrar um imposto pelas suas vendas.
Nos dias de hoje, as sete maiores companhias petrolíferas do mundo são empresas
nacionalizadas que competem entre si e com as restantes companhias petrolíferas. Essas
empresas concentram 52% da produção petrolífera mundial e controlam 88% das reservas
(Pensamento Verde 2014).
São exemplos destas a Exxon Mobil, uma empresa norte americana com sede no Texas.
Está neste momento a ser investigada por esconder informações desde 1977 relativas aos
efeitos da queima de combustíveis fósseis, como por exemplo, o aquecimento global (RT
2016).
Para além desta gigante americana existem outras como a Chevron. Esta está dedicada ao
ramo energético, especialmente petrolífero. Está avaliada em 230 mil milhões de dólares.
Entre 2002 e 2007 a empresa aplicou a maior parte dos seus lucros (72 mil milhões de
dólares) no investimento de novas tecnologias para a extração e procura de petróleo, depois
do CEO da empresa ter afirmado que "A era do petróleo fácil acabou" numa altura em que se
estima que nos próximos 30 anos a procura energética possa aumentar mais de cinquenta por
cento.
Do outro lado do mundo, existem companhias como a Royal Dutch Shell (empresa Anglo-
Holandesa), que tem como principais atividades a refinação do petróleo e extração de gás
natural, e a BP, British Petroleum, empresa sediada no Reino Unido.
Podemos agrupar todas estas empresas num grupo denominado Big Oil, constituído pelas
sete maiores petrolíferas mundiais. Este termo enfatiza o poder económico mundial que estas
empresas detêm. Para além disso está ligado ao poder político, essencialmente nos Estados
Unidos e é também denominado de Lobby dos combustíveis fósseis. Como um grupo estas
empresas controlam cerca de 6% da indústria petrolífera. Cerca de 88% é controlada por um
grupo económico e empresas estatais essencialmente localizadas no médio oriente.
17
Figura 7 - Mapa das Empresas associadas à indústria petrolífera (panacea8.wordpress.com, 2010)
18
8. Conclusão
Em suma, este trabalho foi bastante útil para todos os elementos do grupo, uma vez que
nos levou a investigar mais sobre este tema e assumir um posicionamento crítico em relação à
utilização de petróleo.
Concluímos que o petróleo é um bem muito presente no nosso quotidiano, devido à sua
grande utilidade, apesar das consequências ambientais, económicas e sociais que este traz. É,
desta forma, algo que tem uma enorme importância na sociedade atual e é ainda muito difícil
mitigar a sua utilização.
Acreditamos que os objetivos do trabalho foram cumpridos e esperamos que este relatório
seja pertinente e proveitoso para quem o ler ou utilizar para trabalhos futuros.
19
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