eleno paes gonçalves junior - folhavitoria.com.br · 26 de novembro de 2013 gestão &...
TRANSCRIPT
Apresentar uma visão sobre o
mercado social e abordar as
características, os desafios, os riscos
e as boas práticas de gestão e
governança de organizações sem fins
lucrativos
OBJETIVO
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
O Mercado Social
Características, desafios e riscos das OSFL
Gestão (por Mintzberg)
Gestão de Organizações sem fins lucrativos
Governança
AGENDA
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Visão GIFE
OSFL: OSC, OS, ONG, OSFL, ESFL, etc.
Mercado Social (Miguel Fontes)
Características
Desafios
Riscos
SETOR OU MERCADO SOCIAL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
RSE ISP PRIVADO
Empresas + sociais
EMPRESAS
PÚBLICO
ESTADO
ONGs
1990s
RSE ISP
2000s
EVOLUÇÃO DO PARADIGMA
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
ONGs + empresariais
Fonte: GIFE
Investimento é feito por um Investidor
Gerido por um Gestor remunerado
Com a expectativa de algum Retorno
Assumindo e correndo determinado Risco
INVESTIMENTO TRADICIONAL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Em geral, quanto maior o risco, maior a
expectativa de retorno. Este, sendo
positivo ou negativo, fica para o investidor.
Investimento é feito por um Investidor Social
Executado por um Gestor Social remunerado
Com a expectativa de Retorno Social
Expectativa de Retorno de Imagem
Assumindo e correndo determinado Risco
INVESTIMENTO SOCIAL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Se há transformação social (retorno social), a
sociedade presta seu reconhecimento ao
investidor (retorno de imagem).
FLUXO DO INVESTIMENTO SOCIAL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Investidor
Gestor (ONG)
Impacto Social (retorno pra sociedade)
Projeto
Reconhecimento (retorno pro investidor)
Beneficiários Diretos e
Sociedade
Do ponto de vista do fluxo de recursos, é fundamental para o gestor
saber posicionar a sua organização:
Investidor social privado: doa ou executa projetos com a maior parte de recursos próprios
Organização que capta a maior parte de seus recursos para seus projetos sociais
Organização que desenvolve projetos para editais ou executa programas do governo
Organização que presta serviços especializado ao mercado: consultoria, capacitação, tecnologia social, avaliação, treinamento etc.
MERCADO SOCIAL HOJE
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
RIS
CO
, C
OM
PET
IÇÃ
O, A
LAV
AN
CA
GEM
E
ESTR
ESSE
NA
GES
TÃO
FIN
AN
CEI
RA
Investidor social privado
Organização que capta
Desenvolve ou executa projetos para
editais ou programas do governo
Prestadora de serviços
TIPOS DE OSFL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Diferente do mercado assistencialista, no mercado social o
agente de mudança executa programas que buscam a
transformação social
Para Miguel Fontes1:
Agente de Mudança - Público Adotante - Sociedade.
Consultores e fornecedores; Competidores; e Aliados.
1. “Marketing Social Revisitado: Novos Paradigmas do Mercado Social”. Cidade Futura. Florianópolis, 2001.
O MERCADO SOCIAL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Missão – Razão de existir da organização
Adotantes – Que compram a ideia e mudam sua atitude
Sociedade – Beneficiada e impactada pela organização
Investidores – Mantenedores da organização ou de seus
projetos
A organização é o AGENTE DE MUDANÇA , que atende à
Sociedade, ela tem vários “clientes” e junto a eles ter
legitimidade
CLIENTES
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Todos os capitais e recursos externos à organização que
necessários à operação e à estratégia:
Consultores
Serviços de funcionamento
Suprimentos diversos
Assessorias
FORNECEDORES
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
No mercado social, o competidor não é o outro agente que
promove a mesma missão, mas sim o agente que promove a
missão contrária (anti-social):
Saúde vs comportamento não saudável
Prudência vs imprudência
Sensibilidade vs insensibilidade
Transparência vs Falta de Transparência
Ex: ONG Anti-tabagista vs Indústria do Fumo
COMPETIDORES
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Organizações que promovem a mesma causa são aliadas naturais
e parceiras potenciais;
O sucesso de uma faz parte da missão da outra;
A competição por recursos é própria ao mercado e à ideia de
iniciativa privada (mesmo quando o interesse é público);
Não se dá apenas na captação por recursos, mas também é
explícita na competição pelos melhores talentos, por visibilidade,
por reconhecimento etc.
ALIADOS
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Ser parceiro é ser sócio, o que inclui compartilhar objetivos,
compromissos, resultados e aprendizados, ganhos e perdas.
Parcerias de fato se assentam sobre compromissos claros;
Parcerias sem objetivo de nada servem ou até atrapalham;
Evitar a Parceria “de boca”
As alianças estratégicas: podem ser mais eficazes as parcerias
feitas entre organizações complementares ou diferentes do que as
alianças entre organizações “irmãs”.
PARCEIROS
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
O Mercado Social
Características, desafios e riscos das OSFL
Gestão (por Mintzberg)
Gestão de Organizações sem fins lucrativos
Governança
AGENDA
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Intensivo de mão de obra
Demandas sociais potencialmente infinitas
Ambiente competitivo e margens reduzidas
Vícios, virtudes e contradições do 1º e 2º setores
Gozo de incentivos e ‘desincentivos’ regulatórios
Alto nível de informalidade
Sempre “correndo atrás” do mercado comercial
CARACTERÍSTICAS DO SETOR SOCIAL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
OS 5 PRINCIPAIS DESAFIOS DAS OSFL
Governança
Sustentabilidade Financeira
Pressão Tributária
Competição / Consolidação
Profissionalismo
DESAFIOS
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
GOVERNANÇA
Quem é o “dono da ONG”?
Associação sem pessoas / Fundação sem fundos
Diretor não-remunerado e fornecedor na PJ?
Falta de tensão entre Conselho vs Gestão
Prestação de Contas e Legitimidade
“Casa de Ferreiro” na defesa de direitos trabalhistas...
Risco: Missão passa a ser negar o conflito de interesses
DESAFIOS DAS OSFL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA
Sem fins lucrativos = fins deficitários?
Investimento, Manutenção e Programas
Quem financia a estrutura operacional?
Precificação: o terrível paradigma dos 10%
Timesheet ou “me engana que eu gosto”
Risco: Missão passa a ser sobreviver
DESAFIOS DAS OSFL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
PRESSÃO TRIBUTÁRIA
Doações, Produtos, Serviços e Patrimônio das OSFL
Governo Federal (Cofins)
Governos Estaduais (ICMS e ITCMD)
Prefeituras (ISS e ITBI)
Não existe “Simples” para as ONGs
Risco: Missão passa a ser justificar isenções e imunidades
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
DESAFIOS DAS OSFL
COMPETIÇÃO ENTRE ONGs
Boom das OSFL
ISP Empresarial
Indústria de Projetos Sociais
Preços pressionados para baixo
Pressão por visibilidade
Risco: missão é ser protagonista
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
DESAFIOS DAS OSFL
PROFISSIONALISMO
Voluntário vs Profissional-Crença vs Empregado
Conflito Área-Fim vs Área-Meio
Líderes da Causa vs Gestores
“Democratite” vs Gestão Participativa
Remuneração Variável Sustentável
Risco: missão passa a ser manter empregos
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
DESAFIOS DAS OSFL
PRINCIPAIS RISCOS PARA AS OSFL/ONGs:
Desvio da Missão
Perda de Legitimidade (CPI das ONGs?) perante
adotantes, investidores e beneficiários
Passivos Trabalhistas e riscos para conselheiros
Passivos de convênios com setor público e o “risco-MP”
Alavancagem em Projetos ou Bolha do Terceiro Setor
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
DESAFIOS DAS OSFL
O Mercado Social
Características, desafios e riscos das OSFL
Gestão (por Mintzberg)
Gestão de Organizações sem fins lucrativos
Governança
AGENDA
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Arte
Ciência
Nova abordagem: as três esferas de Mintzberg
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
GESTÃO
Gestão = Administração = Arte
É a arte de fazer com que as pessoas façam as coisas,
ou a arte de tornar as pessoas mais eficazes do que
seriam sem o gestor
O valor do gestor é o ganho de eficácia a ele atribuído
Aplica-se a pessoas, ações, projetos, programas,
áreas, organizações, cidades, países
ADMINISTRAÇÃO COMO ARTE
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Gestão = Administração = Ciência
Se administrar é fazer com que as pessoas...
Administração é a ciência que estuda como fazer isso
Para Drucker, esta ciência baseia-se em 4 grandes
funções ou pilares básicos:
• Planejar
• Organizar
• Dirigir (liderar)
• Controlar
ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Autor de diversos livros na área de administração.
Ph.D. pela MIT Sloan School of Management
Professor na McGill University, no Quebec, Canadá.
“MANAGING”, 2009.
HENRY MINTZBERG
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Arte + Ciência + Construção
Administrar engloba estas três esferas, onde cada
aspecto do administrador fica evidenciado.
ARTE: insights, imaginação, aprendizado nas ideias
e inovação.
CIÊNCIA: informação, dados, aprendizado na análise
e comprovação sistemática.
CONSTRUÇÃO: ação, experiência, decisão e risco,
aprendizado na prática.
ADMINISTRAÇÃO POR MINTZBERG
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Extraído do livro “MANAGING (2009)”
O TRIÂNGULO DE MINTZBERG
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Adaptação do livro “MANAGING (2009)”
ARTE
CIÊNCIA CONSTRUÇÃO
O bom gestor (ou sua
equipe) deve equilibrar
os três atributos
O TRIÂNGULO DE MINTZBERG
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Adaptação do livro “MANAGING (2009)”
SÓ ARTE
O ARTISTA:
pura criação e
imaginação
FALTA DE CIÊNCIA E CONSTRUÇÃO
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Adaptação do livro “MANAGING (2009)”
SÓ CIÊNCIA
O CIENTISTA:
pura análise e
comprovação
FALTA DE ARTE E CONSTRUÇÃO
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Adaptação do livro “MANAGING (2009)”
SÓ CONSTRUÇÃO
O EMPREENDEDOR:
puro suor e envolvimento
FALTA DE CIÊNCIA E ARTE
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
ARTE (visão)
CONSTRUÇÃO (experiência)
CIÊNCIA (análise)
O ATIVISTA
CRIATIVO:
ideias e ação
FALTA DE CIÊNCIA
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
ARTE (visão)
CONSTRUÇÃO (experiência)
CIÊNCIA (análise)
O TEÓRICO:
Ideias e dados
FALTA DE CONSTRUÇÃO
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
ARTE (visão)
CONSTRUÇÃO (experiência) desmotivado
CIÊNCIA (análise)
O REPETITIVO: dados e ação
FALTA DE ARTE
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
ARTE (visão)
CIÊNCIA (análise)
CONSTRUÇÃO (experiência)
desmotivado
CRIATIVO
NARCISISTA
O TRIÂNGULO DE MINTZBERG
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Adaptação do livro “MANAGING (2009)”
AUTO-TESTE DE MINTZBERG
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Adaptado do original de MINTZBERG e PATWELL (2008)”
Ideias Experiências Fatos
Intuição Prática Análise
Coração Mãos Cabeça
Estratégias Processos Resultados
Inspirado Envolvido Informado
Apaixonado Útil Confiável
Sonhador Realista Determinado
Imaginar Aprender Organizar
Visionário Fazedor Pensador
“As possibilidades são infinitas!” “Considere feito!” “Está perfeito!”
Total A: Total C: Total S:
AUTO-TESTE DE MINTZBERG
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Adaptado do original de MINTZBERG e PATWELL (2008)”
Ideias Experiências Fatos
Intuição Prática Análise
Coração Mãos Cabeça
Estratégias Processos Resultados
Inspirado Envolvido Informado
Apaixonado Útil Confiável
Sonhador Realista Determinado
Imaginar Aprender Organizar
Visionário Fazedor Pensador
“As possibilidades são infinitas!” “Considere feito!” “Está perfeito!”
Total A: 2 Total C: 4 Total S: 4
EXEMPLO
AUTO-TESTE DE MINTZBERG
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Gestor “pé no chão”,
potencial para
desenvolver: criatividade e
inovação
PERFIL DO EXEMPLO
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
O Mercado Social
Características, desafios e riscos das OSFL
Gestão (por Mintzberg)
Gestão de Organizações sem fins lucrativos
Governança
AGENDA
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Aliar arte, ciência, construção e espírito público para cumprir a missão da
organização da forma mais eficiente, eficaz e sustentável possível,
alavancando capacidades e desenvolvendo oportunidades.
Buscar eficácia no cumprimento da missão: foco no impacto
Fazer com que o discurso seja praticado dentro da organização
Tentar sempre melhorar clima interno e satisfação da equipe
Fazer com que a organização não se acomode e tente melhorar
Tomar, moderar e participar de decisões importantes
Planejar curto, médio e longo prazo
Fazer boas análises e saber usar a intuição
Saber delegar e estimular o empowerment
Zelar pela governança da organização
“CAUSA” DO GESTOR SOCIAL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
PRINCÍPIOS:
Foco no Superávit Sustentável dos exercícios
Foco na Liquidez
Aversão à alavancagem trabalhista e/ou de projetos
Aversão à sonegação de impostos
Aversão ao risco financeiro (em todos os sentidos)
GESTÃO FINANCEIRA DE OSFL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Estratégia Financeira (de onde vem o resultado)
Chave: Orçamento de Pessoal
Meta de Superávit (‘não se joga pra empatar’)
Valor de um serviço é diferente do seu custo
Transparência orçamentária
GESTÃO FINANCEIRA DE OSFL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Baseada nos Centros de Custo e Plano de Contas
PATRIMONIAIS: Receitas e despesas relativas do patrimônio da
organização
OPERACIONAIS: Receitas e despesas relativas ao pessoal e ao
funcionamento organização
INICIATIVAS: Receitas e despesas relativas às atividades e
programas consolidados da organização
PROJETOS: Receitas e despesas relativas aos novos projetos
que a organização executa
ESTRATÉGIA FINANCEIRA
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Orçamento de Pessoal
Planilha Mensal que informa o custo diário da Equipe
Principal despesa da ação social
Sempre crescente (dissídios e acordos coletivos)
Gera passivos para a organização
Fator estratégico para retenção de talentos e clima interno
Deve prever investimento em CAPACITAÇÃO
Deve ser o mais preciso possível
Ideal estimar no mínimo os dois próximos anos
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Quanto cada pessoa custa por dia?
Período >>> dez/11 2011 DIA %
100 CUSTO TOTAL 31.782 381.422 1.907
D11 REMUNERAÇÃO 19.269 229.910
D12 ENCARGOS E TRIBUTOS 8.766 105.196
D13 BENEFÍCIOS 3.746 46.316
D14 PROVISÕES 3.994 47.922
+ RELAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS
CARGO 1 R$ 522 /dia
100 CUSTO TOTAL 8.703 104.434 27,4%
201 SALÁRIO BRUTO 5.000,00
CARGO 2 R$ 992 /dia
100 CUSTO TOTAL 16.537 198.445 52,0%
201 SALÁRIO BRUTO 10.000,00
CARGO 3 R$ 151 /dia
100 CUSTO TOTAL 2.517 30.252 7,9%
201 SALÁRIO BRUTO 1.000,00
CARGO 4 R$ 241 /dia
100 CUSTO TOTAL 4.024 48.291 12,7%
201 SALÁRIO BRUTO 2.000,00
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
SUPERÁVIT E OVERHEAD
PARA DEFINIR VALOR (ou preço)
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Percentual adicionado ao custo para remunerar:
• Custo Diretos de Pessoal
• Mínimo de Reserva (11,2% ao ano)
• Investimento em Capacitação
• Investimentos da Organização
Exemplo: Captação Guia de Governança
Orçamento e Controle de Projetos
O gestor deve buscar o máximo de transparência a respeito da parcela dos recursos que remuneram o pessoal e a que é aplicada diretamente ou especificamente no projeto
O valor do serviço deve estar claro
Separar a taxa de administração (se houver) das horas (ou dias) técnicas da área programática
Fluxo de caixa e cronograma fazem parte do orçamento
GESTÃO FINANCEIRA E CAPTAÇÃO
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Despesas de Representação ou Viagens
Quais são os maiores problemas? Porque a transparência?
A importância de publicar sua política de viagens
Política de Mobilização de Recursos ou Patrocínio
Quais são os maiores problemas? Porque a transparência?
A importância de publicar sua política de patrocínio
Outras políticas
Exemplo: www.ibgc.org.br
GESTÃO DE POLÍTICAS
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Tipos de Avaliação e Indicadores
Impacto / Transformação / Efetividade
Resultados / Desempenho / Eficácia
Ações / Realização / Eficiência
Processos / Sistematização/ Qualidade
O gestor deve ter clareza sobre o que cada indicador “indica” de fato e como usar os seus resultados
GESTÃO DE INDICADORES
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
O Mercado Social
Características, desafios e riscos das OSFL
Gestão (por Mintzberg)
Gestão de Organizações sem fins lucrativos
Governança
AGENDA
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Governança
Sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoras e incentivadas, envolve o relacionamento entre Conselho, Diretoria e órgãos de controle
Guia de Governança para Fundações e Institutos Empresariais
Na maioria das organizações pequenas a secretaria de governança fica a cargo do gestor
GOVERNANÇA DE OSFL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Conselho
Executivo Principal
Auditoria Conselho Fiscal
Equipe Técnica
GOVERNANÇA DE OSFL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Principal órgão do sistema de governança
Elo entre a causa (missão) e a gestão
Órgão colegiado
Eleito pela Assembleia Geral (nos institutos)
Eleito pelo próprio Conselho Curador (nas fundações, em geral
o primeiro Conselho é escolhido pelo Instituidor)
O QUE É O CONSELHO?
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Protege o patrimônio da organização (tangível e intangível)
Não gere, mas exige boa gestão (do executivo e equipe técnica)
Fixa políticas da organização (para que eles as sigam)
Define limites de atuação do executivo (riscos que pode assumir)
Presta contas aos associados / instituidores / mantenedores /
comunidade / governo* e demais partes interessadas (Legitimidade)
O QUE FAZ O CONSELHO?
* Inclui Ministério Público (via curadorias estaduais) para as fundações.
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Fiscaliza os atos dos administradores
Opina sobre o relatório anual e dá o seu parecer *
Denuncia ao conselho os erros, fraudes ou crimes descobertos **
Analisa os balancetes e demonstrações, ao menos trimestralmente
Examina e opina sobre demonstrações financeiras anuais
O QUE FAZ O CONSELHO FISCAL?
* inclui, nas associações, opinar à Assembleia Geral sobre operações patrimoniais relevantes.
** Nas associações, caso o conselho não tome providências, denuncia à Assembleia Geral
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Atuar como um controle independente para os associados
e/ou mantenedores
Contribuir para a melhoria dos controles internos
Estimular o aprimoramento dos relatórios financeiros
Deve ser visto como ferramenta que agrega valor à
organização (legitimidade)
PAPEL DO CONSELHO FISCAL
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
CONSELHO FISCAL
Agenda trabalho anual
Composição deve ser definida por competência técnica
Postura independente em relação ao conselho e gestão
Proximidade e ajuda mútua para com os auditores
Divulgação de pareceres do conselho fiscal
Dever de diligência e identificação de riscos
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Contribui para a melhoria dos controles internos
Estimula o aprimoramento dos relatórios financeiros
Deve ser vista como ferramenta que agrega valor à organização e
seus projetos e programas (legitimidade)
Deve ser escolhida pelo Conselho
Preferencialmente deve ser contratada e paga pela organização (o
serviço pro-bono raramente tem a mesma qualidade)
AUDITORIA INDEPENDENTE
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Assegura que as demonstrações financeiras reflitam a
realidade de forma adequada
Revisa e avalia os controles internos da organização
Reportam ao Conselho os seguintes pontos:
Políticas contábeis e discordâncias com a administração
Deficiências e falhas relevantes nos controles e procedimentos
Avaliação de riscos e possibilidades de fraudes
Audita também programas e projetos quando contratada para tal
O QUE FAZ A AUDITORIA INDEPENDENTE?
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Prestação de Contas
Porque?
Como?
Para quem?
O que é?
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Accountability na Wikipedia:
“...quem desempenha funções de importância na sociedade
deve regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por
que faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata,
portanto, apenas de prestar contas em termos quantitativos
mas de auto-avaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se
conseguiu e de justificar aquilo em que se falhou. A obrigação
de prestar contas, neste sentido amplo, é tanto maior quanto
a função é pública, ou seja, quando se trata do desempenho
de cargos pagos pelo dinheiro dos contribuintes.”
O que é Prestação de Contas?
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
One World Trust’s 2011 report Pathways to Accountability II
Definition of Accountability
“Accountability is the process through which an organisation
actively creates, and formally structures, balanced relationships
with its diverse stakeholders, empowering these to hold it to
account over its decisions, activities and impacts, with a view to
continuously improve the organisation’s delivery against its
mission.”
http://www.ingoaccountabilitycharter.org/
O que é Prestação de Contas?
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
No sentido amplo, é fazer um esforço proativo para que não haja dúvidas sobre nenhum aspecto relevante relacionado com a OSFL:
QUEM está por trás dessa organização?
QUAL sua razão de existir?
COMO ela decide sua estratégia e alocação de recursos?
QUE atividades ela desempenha para que PÚBLICOS?
COMO ela avalia seus resultados?
QUANTO ela movimenta de recursos?
QUANTO desse montante é próprio/privado ou externo/público?
QUE impacto sua atuação traz para QUEM?
O que é Prestação de Contas?
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
As organizações sem fins lucrativos gozam de isenções e/ou
imunidades fiscais, é boa prática tornar pública essa informação
Reduz-se o risco de percepção negativa da imagem pública
Servir de exemplo para organizações apoiadas ou parceiras
Ajuda na alavancagem do investimento (convênios e parcerias)
Fortalece a governança e a gestão institucional (comunicação
interna, gerenciamento de riscos, etc.)
Porque prestar contas?
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Internet é o meio mais barato, sustentável e acessível (evite o papel)
Número de cliques para ter acesso aos relatórios (máximo 4)
Prazo: máximo 6 meses após ocorrência dos fatos (até 30jun)
Comparação com o planejado (o que deu certo e o que ficou aquém)
Consistência interna e externa (não é peça de marketing)
Nível de detalhamento (critérios de relevância: acima de 2% do total)
Principais fontes de receita
Principais fornecedores
Parcela das receitas originadas de incentivos fiscais ou marketing relacionado a causa
Parcela das despesas utilizada para gastos com pessoal
Parcela destinada às iniciativas e projetos
Como prestar contas?
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
1) Missão, Objetivos, CNPJ e Estatuto Social da organização;
2) Composição da Diretoria ou Conselho não remunerado (nome de cada membro);
3) Composição da Diretoria ou Equipe Executiva (nome completo dos profissionais);
4) Relatório de Atividades (o que a organização fez no ano anterior);
5) Demonstrações Contábeis e Financeiras (ano anterior);
6) Plano de Ação (o que a organização pretende fazer no ano seguinte);
7) Critérios utilizados para definição de beneficiários;
8) Parecer do Conselho Fiscal e Auditores Independentes (ano anterior);
9) Indicadores de Impacto e/ou Resultado (atingidos no ano anterior);
10) Metas de Impacto e/ou Resultado (pros anos seguintes).
OS 10 PONTOS DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves
Childhood Brasil - http://www.childhood.org.br
Exemplo de Prestação de Contas
26 de novembro de 2013 Gestão & Governança de ONGs
Eleno Gonçalves