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GOVER NO D O DI STRITO FEDERAL
SECRETA RI A DE ESTA DO DE GESTÃO DO TERR ITÓ RIO
E HABITAÇ ÃO
Su b sec r e t a r i a d e P o l í t i c a s e P lan ej am en to U rb an o
Coo rd en ação d e P o l í t i c a , P la n ej amen t o e Su s t en t ab i l i d ad e Urb an a
Di r e to r i a d e P lan ej am en to e Su s t en t ab i l i d ad e Urb an a – DIP LAN
Sec r e t a r i a d e E s t ad o d e Ges t ão d o Ter r i t ó r i o e Hab i t ação – SE GE TH SCS Qu ad ra 0 6 B loco A Lot e s 1 3 /1 4 CEP 70 .0 36 -9 1 8 – B ra s í l i a – D F
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EIXO USO DA TERRA
Indicador: Fragmentação Urbana
Relatório de resultados
1. Quadro resumo
Eixo Uso da Terra – Fragmentação Urbana (taxa de fragmentação)
Objetivo Subsidiar modelos de urbanização mais compactos,
Descrição Medida de fragmentação da ocupação urbana, considerando a distância
entre os núcleos urbanos (Índice de Vizinhança Próxima)
Fonte
metodológica
OJIMA, Ricardo. Dimensões da urbanização dispersa e proposta
metodológica para estudos comparativos: uma abordagem
socioespacial em aglomerações urbanas brasileiras. 2007
Forma de Cálculo 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑚𝑎𝑛𝑐ℎ𝑎𝑠 𝑢𝑟𝑏𝑎𝑛𝑎𝑠(𝐶1)
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡é𝑡𝑖𝑐𝑎 (𝐶2)
Unidades Taxa de fragmentação
C1 Definição Média da distância das manchas de ocupação urbana conurbadas e seu
vizinho mais próximo
C2 Definição Média das distâncias em uma área hipotética com distribuição aleatória
Fonte Siturb
Periodicidade Anual
Desagregação Distrito Federal (DF)
2. Metodologia
A metodologia utilizada para a construção do indicador tem como referência o
método desenvolvido por Ricardo Ojima (2007), em seu estudo Dimensões da
urbanização dispersa e proposta metodológica para estudos comparativos: uma
abordagem socioespacial em aglomerações urbanas brasileiras. O autor desenvolve um
indicador sintético de dispersão urbana para as aglomerações urbanas brasileiras
considerando quatro dimensões: densidade, fragmentação, orientação e centralidade.
No que se refere à dimensão de fragmentação, o autor elabora um indicador de
vizinhança como uma das métricas do fenômeno1. Esse indicador utiliza a ferramenta
Average Nearest Neighbor (Índice de Vizinhança Próxima) do software ArcGis, aplicado
sobre os setores censitários urbanos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE):
1 A fragmentação urbana é abordada por Ojima (2017) a partir de dois indicadores: o indicador de
vizinhança e o indicador de área não-urbanizada. Esse estudo incorporou somente a metodologia de cálculo
do primeiro.
GOVER NO D O DI STRITO FEDERAL
SECRETA RI A DE ESTA DO DE GESTÃO DO TERR ITÓ RIO
E HABITAÇ ÃO
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Assim, cada conjunto de setores censitários urbanos de uma aglomeração foi agregado
como um único polígono, mesmo quando sua área era dividida por limites municipais.
[...] após o cálculo dos pontos centrais de cada um destes polígonos (centróides) calculou-
se a distância entre cada um dos centróides e o seu vizinho mais próximo (Di).
A razão entre a média dessas distâncias (Di) e a média das distâncias em uma área
hipotética com distribuição aleatória é um indicador que permite medir o grau de
dispersão das áreas urbanizadas em cada uma das aglomerações urbanas. Esse indicador
foi posteriormente ajustado para que seus valores variassem entre zero e um. Dessa forma,
valores próximos de zero representam padrões mais compactos, enquanto aqueles
próximos de um significam padrões mais dispersos (OJIMA, 2007, p.286).
O presente estudo aplica o Índice de Vizinhança Próxima à base com a ocupação
urbana do Sistema de Informações Territoriais e Urbanas do DF (Siturb). Essa base possui
os limites da mancha urbana para diferentes anos, em um período entre 1958 e 2015. A
opção pela mancha urbana permite uma alimentação do indicador em intervalos menores,
não estando vinculada ao censo do IBGE como no estudo de Ojima (2007).
As manchas urbanas de cada um dos anos foram processadas no software ArcGis,
formando polígonos contínuos a partir das conturbações, e para cada um desses polígonos
criou-se um centroide. A partir desses centroides, aplicou-se a ferramenta do Índice de
Vizinhança Próxima, gerando os mapas em anexo.
3. Resultados
Os resultados do indicador estão apresentados na tabela e no gráfico abaixo:
Tabela 1. Fragmentação Urbana - DF
Ano Fragmentação Urbana
(Índice de Vizinhança Próxima)
1960 0,856212
1964 0,730756
1975 0,537957
1982 0,578891
1986 0,530725
1991 0,522679
1997 0,550302
2004 0,68261
2009 0,727225
2013 0,684298
2014 0,757881
2015 0,739604
Fonte: elaboração da Segeth com dados do Siturb
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Gráfico 1. Fragmentação Urbana - DF
Fonte: elaboração da Segeth com dados do Siturb
Os valores mais altos no gráfico representam os padrões mais fragmentados da
ocupação urbana. A ocorrência desses valores nos primeiros anos da ocupação pode ser
explicada pela criação dos primeiros assentamentos planejados de baixa renda nas
periferias, então denominados cidades-satélites.
A paulatina ocupação dos espaços intersticiais entre o Plano-Piloto e esses núcleos
provocou uma diminuição dos níveis de fragmentação, que se estabilizam de 1975 em
diante. A partir de 1998 é possível observar uma nova tendência à fragmentação, com o
surgimento de novos parcelamentos distantes da mancha consolidada (condomínios na
BR 140, Setor Habitacional Água Quente etc)2. Essa trajetória se reflete na linha de
tendência polinomial do gráfico, que assume a forma de uma parábola com concavidade
para baixo.
2 As variações nos anos mais recentes podem estar associadas a mudanças nos critérios de atualização da
base com a ocupação urbana do SITURB que, em 2013, passou a abranger pequenos parcelamentos com
características urbanas em zona rural.
0,86
0,73
0,54
0,58
0,53 0,520,55
0,680,73
0,68
0,76 0,74
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
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08
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Fonte:
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Referências
OJIMA, R. Dimensões da urbanização dispersa e proposta metodológica para estudos
comparativos: uma abordagem socioespacial em aglomerações urbanas brasileiras.
Revista Brasileira de Estudos Populacionais., São Paulo, v. 24, n° 2, p. 277-300, jul./dez.
2007