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17/04/2014 1 Edifícios Industriais em Estruturas de Aço Introdução Considerações Gerais Edifícios industriais são construções cobertas e, normalmente, térreas. Em alguns casos possuem mezanino e podem ser fechados lateralmente. Não tem a função residencial permanente. As aplicações como sistemas construtivos são bastante amplas; Alguns exemplos de uso são: fábricas; depósitos; centro de exposições; instalações comerciais; hangares; postos de gasolina; estações de trens e metrôs; e outros; Em termos de métodos de cálculo estrutural, podem-se considerar ainda, áreas cobertas de práticas esportivas, tais como: ginásios esportivos; áreas cobertas de estádios; Na área agrícola, tem-se os silos graneleiros; criadouros de animais; galpões para sementes e adubos; e áreas cobertas para oficinas e implementos agrícolas. As estruturas de edifícios industriais podem ser apenas em aço, mistas ou hibrida (pilar em concreto); As vantagens do aço em relação às demais tipos de materiais se devem à leveza da estrutura; menor carga nas fundações; vence grandes vãos; rapidez na execução; durabilidade; não requer espaço para armazenamento; menor quantidade de mão- de-obra na montagem; industrialização na fabricação, padronização dos elementos; facilidade na desmontagem e mudança; e material sustentável. As fundações podem ser rasas ou profundas, que são em função resistência do subsolo e das cargas atuantes, as vigas baldrames podem ser em concreto, os pilares em aço, mista ou concreto; a estrutura da cobertura em aço (terças); As coberturas são em aço, fibrocimento, PVC, telhas cerâmicas ou argamassa de cimento e outros.

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Edifícios Industriais em

Estruturas de Aço Introdução

Considerações Gerais

• Edifícios industriais são construções cobertase, normalmente, térreas. Em alguns casospossuem mezanino e podem ser fechadoslateralmente. Não tem a função residencialpermanente. As aplicações como sistemasconstrutivos são bastante amplas;

• Alguns exemplos de uso são: fábricas;depósitos; centro de exposições; instalaçõescomerciais; hangares; postos de gasolina;estações de trens e metrôs; e outros;

• Em termos de métodos de cálculo estrutural,

podem-se considerar ainda, áreas cobertas de

práticas esportivas, tais como: ginásios

esportivos; áreas cobertas de estádios;

• Na área agrícola, tem-se os silos graneleiros;

criadouros de animais; galpões para sementes

e adubos; e áreas cobertas para oficinas e

implementos agrícolas.

• As estruturas de edifícios industriais podemser apenas em aço, mistas ou hibrida (pilar emconcreto);

• As vantagens do aço em relação às demaistipos de materiais se devem à leveza daestrutura; menor carga nas fundações; vencegrandes vãos; rapidez na execução;durabilidade; não requer espaço paraarmazenamento; menor quantidade de mão-de-obra na montagem; industrialização nafabricação, padronização dos elementos;facilidade na desmontagem e mudança; ematerial sustentável.

• As fundações podem ser rasas ou profundas,

que são em função resistência do subsolo e

das cargas atuantes, as vigas baldrames

podem ser em concreto, os pilares em aço,

mista ou concreto; a estrutura da cobertura

em aço (terças);

• As coberturas são em aço, fibrocimento, PVC,

telhas cerâmicas ou argamassa de cimento e

outros.

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Histórico

• A fabricação do ferro remota a 2000 a.C.. Devidoao alto custo na produção e em pequena escala,o uso era restrito, sendo usados para finsmilitares, utensílios domésticos e ferramentasagrícolas.

• A invenção de alto forno para produção de ferrogusa, por volta do século XVIII, e a invenção deforno Siemens-Martin para produção de aço(1864), a produção de aço passou a ser emgrande escala e barateando o custo, sendopossível o uso para fins de construção civil.

Cronograma do uso de ferro/aço

•Produção do Ferro

• 1720 – Obtenção de ferro por fundição com

coque e início da produção de ferro de

primeira fusão em escala em alto forno.

• 1784 – Aperfeiçoamento dos fornos para

converter ferro de primeira fusão em ferro

forjável.

• 1864 – Introdução do forno Siemens-Martin

para produção de aço.

•Conformação do ferro

• Meados do Séc.XVIII – Laminação de chapas

de ferro.

• 1830 – Laminação dos primeiros trilhos de

trem.

• 1854 – Laminação dos primeiros perfis I sendo

feita a primeira normalização de um material

utilizado na construção civil.

•Utilização do ferro

• 1779 – Primeira obra importante de ferro,

ponte sobre o rio Severn em Coalbrookdale, na

Inglaterra, projetada por Abraham Darby com

vão de 30m.

• Começo do Séc.XIX – Utilização de cabos em

pontes.

• 1801 – Primeiro edifício industrial em ferro em

Manchester.

• 1850 – Alcançou-se 300m de vão com ponte a

cabo.

• 1851 – Início da utilização do ferro em grandes

coberturas (naves); Palácio de Cristal em

Londres, projetado por Joseph Paxton.

• 1852 – Estações ferroviárias de Paddington

(Londres).

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• 1853 – Mercado Central do Halles (Paris).

• 1855 – Primeira ponte de grande vão com

vigas.

• 1862 – Estações ferroviárias do Norte (Paris)

• 1866 – Construção de uma cobertura em

Londres com 78m de vão.

• 1868 a 1874 – Ponte em aço sobre o Rio

Mississipi em St. Louis, projetada por Eads,

com 3 arcos treliçados, tendo o maior deles

159m de vão.

• 1875 – Palácio de Cristal (Petrópolis).

• 1879 – Edifício Leiter I, construído pela “Escola

de Chicago”.

• 1883 – Ponte de Brooklyn (New York), pensil

com 487m de vão.

• 1890 – Ponte sobre o “Firth of Forth” (Escócia)

em balanço duplo treliçado, com vão central

de 521m.

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• 1894 – Edifício Reliance construído pela

“Escola de Chicago”.

• 1901 – Mercado do Ver-0-Peso (Belém);

Estação da Luz (São Paulo);

• 1901 –Estação Ferroviária de Bananal

(Bananal).

• 1910 – Teatro José de Alencar (Fortaleza).

• 1910 a 1913 – Viaduto Santa Efigênia (SP)

construído com estrutura belga, com 225m de

comprimento vencidos por três arcos.

• Na década de 30 – Edifício Chrysler e o Empire

State (110 andares) ambos em Nova York.

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• Como se pode notar pelas datas acima, o

emprego do ferro a princípio estava restrito a

pontes, porém, mais tarde, com o advento da

revolução industrial, começou-se a generalizar

o uso do aço, exceto para residências;

• Uma das maiores ajudas que o ferro recebeu

no final do Séc. XIX para se estabelecer,

inclusive em residências, foi o encarecimento

da matéria prima e da mão-de-obra para

estruturas de madeira e o estabelecimento de

normas contra incêndios mais rígidas, sem

falar na possibilidade de melhor

aproveitamento dos espaços com maiores

vãos.

A Escola de Chicago

• Chicago, depois da quase completa destruiçãopelo incêndio de 1871, teve um período de augena construção, principalmente com a chegada dasestradas de ferro, que transformaram a cidadenum dos maiores mercados do mundo para otrigo, alimentação, máquinas e ferramentas;

• Para suprir tão grande e rápido crescimento dacidade, a única maneira de satisfazer asexigências do mercado era a verticalização comestrutura metálica, tanto pela resistência ao fogo,como pela maior resistência estrutural e pelomaior aproveitamento dos espaços com grandesvãos;

• Em 1895 o novo método já era corrente em

todos os Estados Unidos, a exemplo de

Chicago, o que foi ainda mais facilitado com a

invenção do elevador por E.G. Otis.

A Escola Européia: França, Bélgica

e Suíça

• A França sempre esteve junto com a Inglaterra

nos avanços do uso do ferro e do aço,

principalmente no aspecto relativo a pontes

onde se destacou Gustave Eiffel. Depois de

uma série de exposições universais de

tecnologia em Paris, o ferro passou a ter um

papel muito importante. A Torre Eiffel, que foi

um símbolo criado para a exposição de 1889;

• Com a Primeira Grande Guerra a Europa

mergulhou num mar de retrocessos e

conservadorismos, dificultando o uso do aço e

facilitando o desenvolvimento dos conceitos

de uso de concreto armado, sendo Perret e

Garnier dois de seus precursores. Mesmo com

este retrocesso, ainda foi possível, graças a Le

Corbusier, manter a estrutura metálica viva e

competitiva na Europa.

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A Indústria Siderúrgica no Brasil

• Usina de Volta Redonda no Rio de Janeiro,

após a 2ª Guerra Mundial;

• Datam das décadas de 50/60 alguns bons

exemplos de obras em estrutura de aço no

Brasil, tais como o Edifício Avenida Central no

Rio de Janeiro, com 34 andares e o Viaduto

Rodoviário sobre a BR-116, em Volta Redonda.

Projeto arquitetônico de galpões industriais

• O projeto arquitetônico é em função da

finalidade do uso, levando-se em consideração

modulação para reduzir perdas dos materiais,

facilitar o projeto e a construção.

Conforto térmico

• Levam-se em consideração os confortos

térmicos dos usuários, sendo obtida com o pé-

direito alto, boa ventilação, tipos de telhas ou

por meio de ar condicionado;

• As ventilações podem ser naturais ou por

meio de exautores elétricos, que podem ser

apenas laterais ou em associação com a saída

na parte superior;

• As coberturas com lanternim, tipo shed e

exautores eólicas são adotadas como sistema

de ventilação natural.

• Os tipos de telhas influenciam no conforto

térmico no interior dos galpões. A

transferência de temperatura para o interior

da construção pode ser transmitido por meio

de radiação, convecção ou condução térmica.

• A redução de transmissão de calor pode ser

obtida com o uso de telhas de alumínios, que

são bons refletores de radiação solar; telhas

de aço tipo sanduíche com isolante térmico

(poliuretano expandido); pintura das telhas

com uma cor clara para refletir melhor a luz

solar.

• Os fechamentos laterais podem ser em

alvenaria, metálica ou ambas, além do uso de

janelas e venezianas para melhorar a

iluminação natural e ventilação.

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Tipo de galpões

Quanto à forma, os galpões podem ser

agrupados em:

• Pórtico simples;

• Pórtico múltiplos;

• Sheds;

• Arcos.

Pisos

• O tipo de piso pode ser em função da

finalidade e do custo. O acabamento pode ser

piso de alta resistência (granilite), cerâmica,

cimento natural, asfalto, ou blocos de

concreto intertravados;

• Existem equipamentos de grande porte para

execução de piso de concreto, podendo ser

controlada por meio de raio laser para nivelar.

Exemplos de estruturas

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Tipos de Edifícios Industriais

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• Normalmente são construções de umpavimento;

• Perfis de aço laminados, soldados e/ouconformados a frio;

• Estruturas de aço, mistas ou híbridas;

• O usual é fabricar na indústria, transportar emontar no local da obra;

• Fechamento lateral em alvenaria e/ou chapade aço galvanizada ou de fibrocimento;

• Cobertura com diferentes materiais, taiscomo: em chapa de aço galvanizada,fibrocimento, vidro, policarbonato, toldo, etc.

• Vãos simples ou múltiplas.

Vãos simples• Pilar simples e tesoura – baixo peso e vantajosa

para inclinação da cobertura maior que 150.

Vãos simples• Pilar simples e treliça – grandes vãos e com pequena

inclinação (consultar fabricante de telha, podendo sermínimo de 3%)

Vãos simples• Pilar simples e tesoura, com ponte rolante leve.

Necessidade de prever contraventamentoslongitudinais para suportar cargas de frenagem.

Vãos simples

• Pilar treliçada e tesoura, com ponte rolante.

Vãos simples

• Pilar travada e tesoura, com ponte rolante.

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Vãos simples

• Edifício em pórtico, para vão pequenos e

médios as seções são constantes.

Vãos simples

• Edifício em pórtico, para grandes vãos com

seção variáveal.

Vão

Espaçamento

entre pórticos

Pequeno: até 15 m 3 a 5 m

Médio: 16 a 25 m 4 a 7 m

26 a 35 m 6 a 8 m

Longo: 36 a 45 m 8 a 10 m

Inércia

Variável: 46 a 60 m 9 a 12 m

Vãos simples

• Edifícios em pórticos de alma cheia com vigas

de rolamento apoiadas em consoles.

Vãos simples

• Edifícios em pórticos de alma cheia com vigas

de rolamento apoiadas sobre o pilar.

• Exemplos de bases de apoios de pilares. A

mais econômica é a rotulada, caso (a).

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Vãos múltiplos

• Sem ponte rolante

Vãos múltiplos

• Com ponte rolante

Vãos múltiplos

• Pórticos em alma cheia geminados

Vãos múltiplos

• Pórticos em alma cheia geminados

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• Esquema de transmissão de carga nafundação, sendo que do lado esquerdo é maiseconômico, pois apenas seis barras estãosolicitadas às cargas axiais.

• Peças que compõem um galpão

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Componentes galpão Componente galpão

Detalhes de ligação

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Esquema de fluxo de ar de lanternim

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Dimensões de galpões com as

cargas de pontes rolantes

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Detalhe executivo de fechamento

Classificação de galpões em função da estimativa de consumo de aço kg/m2

Elementos em estruturas de aço

Classificação

Muito

leve Leve Médio Pesado

Muito

pesado

COBERTURA: tesouras, vigas secundárias,

terças, lanternim, contraventamento,

tirantes, vigas, pórtico etc.

5 10 20 30 40

a a a a a

10 20 30 60 80

PARTE INFERIOR: pilares, plataformas,

vigas de rolamento, vigas e colunas de

tapamento etc.

10 20 40 90 160

a a a a a

20 40 90 140 320

Total <30 > 30 a 60 60 a 120 120 a 200 200 a 400

Juntas de dilataçõesQuando a dimensão da construção em estrutura de açofor grande, deve ser prevista junta de dilatação devido aoaumento de comprimento em função da temperatura.

• De acordo com a AISE no. 13/1991 estabelece: Edifícioscom fornos e estruturas similares, tendo metal quentee sujeitos a mudanças de temperatura, devem terjuntas de dilatação transversais previstas a intervalosnão superiores a 120 m. Se os edifícios não estãosujeitos a mudanças internas de temperatura, adistância pode ser de 150 m. Se o edifício for formadopor várias naves, deverão ser previstas juntaslongitudinais quando a largura exceder 150 m ouultrapassar cinco alas.

• De acordo com Mukanov (autor de livro de

estrutura metálica), tem-se a seguinte tabela:

Tipo de ConstruçãoMukanov AISE n 13

a b c l c l

Prédios com

temperatura elevadas75 50 200 120 120 150

Prédios sem mudanças

internas de

temperatura

90 50 230 150 150 150

Prédios sem cobertura 50 30 130 -- -- --

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Deslocamento lateral:

• De acordo com a NBR 8800 – Anexo C, estabeleceo seguinte limite:

- Deslocamento do topo em relação à base H/300

- Considerando a seguinte combinação:����� � ��� 0,2 0,35��;

Comb1=CPR+0,2V+0,3SC;

Comb2=V+0,4CPR+0,3SC

Onde:

SC = sobrecarga no telhado; V = carga do vento; CPR= carga da ponte rolante vertical e horizontal.

Edifícios industriais em estruturas de aço:

•Quais as vantagens;

•Quais as desvantagens;

•Tipos de estrutura;

•Técnicas para conforto;

Cargas e combinações de cargas

–Cargas

No dimensionamento estrutural, as cargas adotadaspodem ser isoladas ou combinações entre elas. Ascargas a serem consideradas são as seguintes:

�Cargas permanentes (NBR 6120);

�Cargas acidentais verticais – sobrecargas (NBR6120);

�Cargas devidas a pontes rolantes (NBR 8800);

�Cargas devidas ao vento (NBR 6123) ;

�Cargas devidas à temperatura (NBR 8800);

�Cargas dinâmicas (sísmica, movimentos de veículos, pedestres, vento e outros) (NBR 8800).

–Carga permanente (G)

• É uma carga vertical (gravidade) que nãoaltera ao longo do tempo e sendo algunsexemplos:

� peso próprio da estrutura;

� materiais de acabamentos:

– cobertura;

– alvenaria;

– piso;

– revestimento de paredes e outros;

� e instalações permanentes.

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• Alguns exemplos de cargas permanentes, deacordo com NBR 6120:

�aço: 78,5 kN/m3;

�tijolo furado:13 kN/m3;

�tijolo maciço:18 kN/m3;

�concreto armado: 25 kN/m3;

�Concreto simples: 24 kN/m3;

�Argamassa de gesso: 12,5kN/m3;

�granito: 29 kN/m3;

�Peso de telhas e materiais de tapamentolateral, consultar fabricante.

–Cargas acidentais verticais

(sobrecarga) (Q)

• São cargas que variam ao longo do tempo, porexemplo: carga de pessoas, mobílias, água dechuva, equipamentos, veículos e acúmulo depoeiras sobre o piso ou telhado.

• De acordo com a norma (NBR 6120), na tabela2 estão listadas os valores mínimos das cargasverticais, conforme a finalidade de uso.

• A sobrecarga de cobertura em galpões depequeno e médio porte, em locais não poluídas,pode-se adotar sobrecarga de:�15 kgf/m2 prevendo a carga de chuva;

• Em regiões poluídas pode adotar carga de:� mínima de 50 kgf/m2;

• A NBR 8800:2008, item B.1.5 considera carga de:� 0,25��/�

• Segundo item 2.2.1.4 da (NBR6120) diz o seguinte:

– Todo elemento isolado de coberturas (ripas,terças e barras de banzo superior de treliças)deve ser projetado para receber, na posiçãomais desfavorável, uma carga vertical de 1 kN,além da carga permanente.

–Cargas devidas a pontes rolantes

• Os cálculos serão baseados na NBR 8800 e AISEno 13/91.

• As cargas são decompostas em verticais (pesoda ponte e carga a levantar) e horizontais;

• Atuam ao nível do topo do trilho, dirigidas:

– longitudinalmente (freagem ou aceleração daponte, choque da ponte com os para choque);

– ou transversalmente a ele (freagem ou aceleraçãodo trole, içamento de cargas com o cabo inclinado).(mais detalhes serão vistos no tópico específico)

–Cargas devidas ao vento

• Os galpões industriais são leves em relação àsua dimensão, sendo assim, são necessáriosdimensionar levando em conta a carga dovento (pressão x área);

• As forças podem ser horizontais, além do efeitode sucção, que causam cargas nos elementosestruturais do telhado e do fechamento lateral;

• Também, existe a possibilidade de força desobre pressão, que tende a levantar o telhado.

–Cargas devidas à temperatura

• A dilatação térmica, em decorrência deaumento de temperatura, causa aumento decomprimento nos elementos estruturais;

• Consequentemente podem gerar tensões noselementos estruturais;

• A fonte de calor pode ser interna, devido aoforno e/ou externa;

• Coeficiente de dilatação térmica de aço:Δ� � ∙ �� ∙ Δ�

� 1,2 ∙ 10�����

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–Cargas dinâmicas

• As cargas dinâmicas são devidas:

� sismos;

� ventos;

� movimento de cargas.

• Podem causar desconforto e insegurança aosusuários, ou mesmo colapso da estrutura.

• Logo, em obras importantes, deve ser levadoem consideração esse fenômeno.

–Combinações de cargas

• Serão adotadas as seguintes normas:

�NBR 7808 – Símbolos gráficos para projetos deestruturas;

�NBR 6120 – Cargas para o cálculo de estruturasde edificações;

�NBR 6123 – Forças devidas ao vento emedificações;

� NBR 8681:2002 – Ações e seguranças nasestruturas – Procedimentos.

Onde:Fgi,k – ações permanentes;FQ1,k – ação variável considerada como principalnas combinações normais;FQj,k – demais ações variáveis;�g e �q – coeficiente de ponderação das açõespermanentes e variáveis;� – fator de combinação.

Combinações últimas normaisDecorrem do uso previsto para a edificação:

����

�� �� ∙ ��,� � �� ∙ ��,� �� �� ∙ � ∙ ��,��

���

���

Coeficientes de Ponderação:

Fatores de combinação �:

Podendo ter as seguintes combinações últimas normais.Combinação 1 – 1,25.CP(estr. aço)+1,35.CP(estr. concreto)Combinação 2 – 1,25.CP(estr. aço)+1,35.CP(estr. concreto)+ 1,5.CACombinação 3 – 1,25.CP(estr. aço)+1,35.CP(estr. concreto)+1,4.CV + 1,5.0,4.CACombinação 4 – 1,00.CP(estr. aço)+1,00.CP(estr. concreto)+1,4.CV

–Deformações máximas recomendadas

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Cargas devidas ao vento em

edificações

–Objetivo

• Analisar as forças de vento estática e dinâmica

do vento para dimensionamento de galpões de

geometria padronizada, de acordo com a NBR

6123/1988;

• Casos de edificações diferentes da

padronização, é necessário realizar ensaios em

túneis de vento.

Ensaio de túnel de vento – Estádio Morumbi - SP Vista externa de túnel de vento – IPT-SP

–Definições

• Barlavento: região onde sopra o vento, em

relação à edificação;

• Sotavento: região oposta de onde sopra o

vento, em relação à edificação;’

• Sobre pressão: pressão efetiva acima da

pressão atmosférica de referência (positivo);

• Sucção: pressão efetiva abaixo da pressão

atmosférica de referência (negativo);

• Superfície frontal: superfície definida pela

projeção ortogonal da edificação, estrutura ou

elemento estrutural sobre um plano

perpendicular à direção do vento (superfície de

sombra);

• Vento básico: velocidade básica de vento ��adotada nos cálculos;

• Vento de alta turbulência: consultar a norma;

• Vento de baixa turbulência: contrário ao tópico

anterior.

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–Procedimentos para o cálculo das

forças devidas ao vento nas

edificações.

• São as seguintes considerações a serem adotadas:

�Elementos de vedação e suas fixações (telhas,

vidros, esquadrias, painéis de vedação, etc.);

�Partes da estrutura (telhados, paredes, etc.);

�A estrutura como um todo;

�Vento sobre estruturas parcialmente executada: verificar

a norma.

–Determinação das forças estáticas

devidas ao vento.

• Obtidos a partir de:

• Velocidade básica do vento, V0, varia de acordo

com a região do Brasil;

• Velocidade característica do vento, Vk:

• Vk=V0.S1.S2.S3

• Pressão dinâmica do vento:

• q=0,613.Vk2 .

�as unidades das equações no SI.

–Determinação dos efeitos

dinâmicas do vento

• Definição da velocidade básica do vento V0:

� velocidade de uma rajada de 3 s, excedida em

média uma vez em 50 anos, a 10 m acima do

terreno, em campo aberto e plano.

• Isopletas da velocidade básica é apresentada

na figura a seguir.

• Fator topográfico. Fator S1.

• Leva em consideração o relevo do terreno,

sendo os seguintes parâmetros:

�Terreno plano ou fracamente acidentado: S1 =

1,0;

�Taludes e morros:

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• taludes e morros alongados nos quais pode ser admitido um fluxo de ar bidimensional, conforme a figura.

�nos pontos A e C: S1 =1,0;

�no ponto B:

�� � 3°�� � � 1,0

�6° � 17°:

�� � � 1,0 � 2,5 ��

��� � � 3° � 1,0;

�� � 45°:

�� � � 1,0 � 2,5 ��

�∙ 0,31 � 1,0;

�interpolar linearmente nas inclinações onde as expressões acima não contemplam

�vales profundos, protegidos de ventos de

qualquer direção: S1 =1,0.

�Dependendo das situações, há necessidade de

realizar ensaios em túnel de vento e/ou

medições com anemômetros in loco.

• Rugosidade do terreno, dimensões

da edificação e altura sobre o

terreno. Fator S2.

• Leva em consideração o relevo do terreno paradeterminar a velocidade do vento;

• A velocidade aumenta conforme aumenta aaltura em relação ao solo, mas que depende darugosidade do terreno;

• Sendo os seguintes parâmetros a seremconsiderados:

�Rugosidade do terreno que é dividido em cincocategorias:

• Categoria I: superfícies lisas de

grandes dimensões, com mais de 5

km de extensão, medida na direção e

sentido do vento incidente. Exemplos:

�mar calmo;

�lagos e rios;

�pântanos sem vegetação.

• Categoria II: terrenos abertos em nível

ou aproximadamente em nível, com

poucos obstáculos, tais como árvores e

edificações baixas. Exemplos:

�zonas costeiras planas;

�pântanos com vegetação rala;

�campos de aviação;

�fazendas sem sebes ou muros.

�A cota média do topo dos obstáculos é

considerada inferior ou igual a 1,0 m.

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• Categoria III: terrenos abertos em nívelou aproximadamente em nível, compoucos obstáculos, tais como árvores eedificações baixas. Exemplos:

�granjas e casas de campo, com exceçãodas partes com matos;

�fazendas com sebes e/ou muros;

�subúrbios a considerável distância docentro, com casas baixas e esparsas.

�A cota média do topo dos obstáculos éconsiderada igual a 3,0 m.

• Categoria IV: terrenos cobertos por obstáculos

numerosos e pouco espaçados, em zona

florestal, industrial ou urbanizados. Exemplos:

�zonas de parques e bosques com muitas

árvores;

�cidades pequenas e seus arredores;

�subúrbios densamente construídos de grandes

cidades;

�áreas industriais plana ou parcialmente

desenvolvidas.

�A cota média do topo dos obstáculos é

considerada igual a 10 m ou com cotas maiores

que não sejam consideradas de categoria V.

• Categoria V: terrenos cobertos por

obstáculos numerosos, grandes, altos e

pouco espaçados. Exemplos:

� florestas com árvores altas, de copas

isoladas;

� centros de grandes cidades;

� complexos industriais bem

desenvolvidos.

� A cota média do topo dos obstáculos

é considerada igual ou superior a 25

m.

• Dimensões de edificações.

�Em função da dimensão, a atuação

de vento é variável. Sendo assim, são

divididos em seguintes classes:

• Classe A: todas as unidades de

vedação, seus elementos de fixação e

peças individuais de estruturas sem

vedação. Toda edificação na qual a

maior dimensão horizontal ou vertical

não exceda 20;

• Classe B: toda edificação ou parte de

edificação para a qual a maior

dimensão horizontal ou vertical da

superfície frontal esteja entre 20 m e

50 m;

• Classe C: toda edificação ou parte de

edificação para a qual a maior

dimensão horizontal ou vertical da

superfície frontal exceda 50 m.

• Altura sobre o terreno.

�O fator S2 é calculado a partir da

seguinte expressão:

�� � �. �� .�

10

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25

• Fator estatístico S3.

• Leva-se em consideração o grau de

segurança para o tipo de finalidade:

• Coeficiente aerodinâmicos para

edificações correntes

� As edificações estão sujeitas à pressão e sucção

de vento, no exemplo, respectivamente,

barlavento e de sotavento;

Cp=Ce-Ci;

Cp=1,0-(-0,5)=1,5

• Coeficiente de pressão e de forma,

externos

• A NBR 6123 tabela os coeficientes de pressão ede forma externos para diferentes geometriasde construções, tabelas 4 a 9.

� Como exemplo, são apresentados as tabelas 4e 5:

�A tabela 4 ilustra os coeficiente pressão e deforma, externos, para paredes de edificaçõesde planta retangular;

� A tabela 5 ilustra coeficiente de pressão e deforma, externos, para telhados com duas águassimétricas, em edificações de planta retangular.

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26

Continuação da tabela anterior

• Coeficiente de pressão interna ���• É em função da permeabilidade das paredes,

que são aberturas devidas:�Juntas;�Painéis de vedações entre telhas;�Vãos de portas e janelas;�Ventilação no telhado;�Chaminés;�Lanternins....� O índice de permeabilidade é definido pela

relação entre a área das aberturas e a áreatotal desta parte.

• a) Duas faces opostas igualmente

permeáveis e as outras faces

impermeáveis:

�a.1) Para vento perpendicular a uma facepermeável:

��� � �0,2

�a.2) Para vento perpendicular a uma faceimpermeável:

��� � �0,3

• b) Quatro faces igualmente permeáveis:

• Adotar a pior situação:��� � 0 �� ��� � �0,3

• Para edificações efetivamente estanques e

com janelas fixas que tenham uma

probabilidade desprezável de serem

rompidas por acidente, considerar o mais

nocivo dos seguintes valores:

��� � 0 �� ��� � �0,2

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27

• c) Construções com permeabilidade

igual em todas as faces, exceto por

uma abertura dominante em uma

delas:

�c.1) abertura dominante na face de barlavento:

Ad/As Cpi1,0 +0,11,5 +0,32,0 +0,53,0 +0,6

>=6,0 +0,8

�c.2) Abertura dominante na face de sotavento:

��� � �� tabela 4

�c.3) Abertura dominante situada em face

paralela à direção do vento;

�c.3.1) Abertura fora da zona de alto valor de

��� → ��� � ��,

Adotar o valor do coeficiente de forma externo,

��, correspondente ao local de abertura nessa

face, tabela 4

�c.3.1) Abertura dominante situada em zona de

alta sucção externa:

Ad/As Cpi

<0,25 -0,4

0,50 -0,5

0,75 -0,6

1,00 -0,7

1,50 -0,8

3,00 -0,9

• Força estática devida ao vento

• Os valores são obtidos experimentalmente em

túneis de vento, sendo dada pela seguinte

equação:

� � �� � �� ∙ ∙ �

��� = coeficiente de forma externo: Ce = Fe/q.A

��� = coeficiente de forma interno: Ci = Fi/q.A

• A força global do vento atuando em uma

construção, Fa, é obtida pela soma vetorial das

forças do vento:

Fa = Ca.q.Ae

• Onde:

�Ca = coeficiente de arrasto;

�Ae = área frontal efetiva, face da área

perpendicular ao vento.

• Uma componente qualquer de força global é

obtida por:

F = Cf.q.A

�Cf = coeficiente de força, especificado em cada

caso;

�A = área de referência

Ações devidas à ponte rolante

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–Objetivo

• Analisar as forças horizontais devidas às pontes

rolantes. Essas forças são em razão das

frenagens, aceleração e levantamento não

centrada das cargas.

–Ponte rolante

• As pontes rolantes são utilizadas para movimentar

cargas dentro do galpão, carregamento e

descarregamento de materiais de caminhões;

• As rodas motrizes das vigas da ponte rolante

apoiam sobre os trilhos, localizadas em cada

extremidade da viga, e constam de troles que

movimentam transversalmente;

• O guincho motorizado está sobre o trole, que por

sua vez consta de roldanas para levantar cargas. O

acionamento do guincho pode ser por meio de

botoeira ligada por meio de cabos elétricos, por

controle remoto ou controlado dentro de cabine.

• As pontes podem ser adquiridas em modelos

padrões ou fabricadas sobre medida para casos

de grande porte.

Vista de uma ponte rolante em operação. Esquema de uma ponte rolante com os seus componentes.

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29

Esquema de acionamento de rodas motrizes.

Roda motriz

Vista de trole. Sistema de roldana e gancho para fixação da carga.

Esquema de distribuição de carga devido ao

deslocamento do trole sobre a viga.

–Forças horizontais devidas às

pontes rolantes

• Força longitudinal= HL

�Considera-se aplicada uma força horizontal notopo do trilho. Caso não conheça o valor comprecisão, adota-se uma carga de 20% da somatotal da carga em cada roda motriz.

• Força no para-choque = F

�De acordo com a NBR 8800, a força devida aochoque da ponte rolante com batente deve serinformada pelo fabricante, que também deveespecificar e, se possível, fornecer o batente.

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�Segundo a AISE ( Association of Iron and SteelEngineers) no 13 sugere uma formula da forçahorizontal sobre os para-choque, com absorçãode energia por meio de molas ou cilindroshidráulicos.

Onde:W: peso total da ponte, em kN, excluída a carga a ser içada;V: velocidade da ponte, em m/s, sendo consideradas 50% davelocidade máxima;g: 9,81 m/s2;T: comprimento de encurtamento do batente da ponte = a0,05m.

• Força transversal = HT

Deve ser igual ao maior valor dos seguintesvalores:

• 10% do peso combinado da carga a ser içadamais o peso do trole e dos dispositivos deiçamento;

• 5% da soma da carga içada mais o peso total daponte, incluindo trole e dispositivo deiçamento;

• 15% da carga içada, exceto para galpõessiderúrgicos, cujos valores são dados na tabelaa ser a seguir:

Tipo de ponte Força transversal

% da carga içada

(para cada lado)

Ponte de aciaria e laminação 20

Ponte com caçamba e eletroímã

Ponte de pátio de placa e tarugos

50

Ponte de forno poço 100

Ponte de estripador 100% do peso do lingote e lingoteira

• Já a norma DIN (Deutsches Institut fürNormung) estabelece que a força transversalpor roda seja igual a 10% da carga vertical queestá atuando nela, dando valores diferentespara cada lado.

• De acordo com a norma Russa, estabelece umaforça transversal uma carga igual a 5% da cargaiçada mais o peso do trole, com valores iguaispara cada lado.

• Observação: nos casos em que a rigidezhorizontal transversal da estrutura, onde estãoapoiadas as rodas for diferente, a distribuiçãode forças transversais será proporcional àrigidez de cada lado.

Por exemplos, na figura (a) rigidez igual, na figura(b) rigidez diferente, do lado esquerdo a rigidez é odobro da direita.

a b

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31

–Impacto vertical

• No dimensionamento: vigas de rolamento, suasligações e pilares devem ser considerados oimpacto vertical para majoração das cargasmóveis das pontes rolantes. Sendo os seguintesvalores adotados:

�Para pontes rolantes operadas da cabine: 25%;

�Para as pontes rolantes operadas por controlependente ou remoto: 10%.

–Combinações de pontes rolantes para

o cálculo de vigas de rolamento e de

estruturas suportes.

• Recomendações a partir da experiênciaprofissional (Bellei), AISE no 13, NBR 8800, SteelDesigner Handbook e Recomendações Inglesas.

�Edifícios de uma nave:

Para uma ponte rolante: a carga vertical comimpacto e as forças transversal e longitudinalmáxima na posição mais desfavorável. Independentedas verificações a seguir, esta consideração deve sersempre analisada.

• Duas pontes que correm sobre o mesmocaminho:

�Quando as pontes trabalham juntas paraiçarem cargas maiores que a sua capacidade deuma delas ou em função da peça a içar,considerar: a carga vertical sem impacto e 50%das forças transversal e longitudinal máximas,na posição que provoque os maiores esforços.Esses valores são justificados, pois as pontesrolantes trabalham lentamente;

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32

• Se o conjunto de pontes trabalharem próximas,considerar a ponte mais carregada, com a forçatransversal e longitudinal máxima e as demaispontes carregadas, sem forças horizontais, naposição mais desfavorável do conjunto. Semconsiderar impacto vertical.

�Edifícios de duas ou mais naves.

Analisar os esforços em apenas duas navestrabalhando em conjunto, considerando as piorescondições.

• Se o conjunto de pontes trabalharem próximas,considerar a ponte mais carregada, com a forçatransversal e longitudinal máxima e as demaispontes carregadas, sem forças horizontais, naposição mais desfavorável do conjunto. Semconsiderar impacto vertical.

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33

• Uma ponte e uma nave e uma ponte na naveadjacente, estando as vigas conectadas deforma a resistirem às forças horizontais,considerar: o impacto vertical e as forçastransversais da ponte que causem as maioressolicitações e a outra ponte carregada, semimpacto e sem força transversal. A forçalongitudinal deverá ser calculada para ambas,figura (b).

• Uma ou duas pontes em uma nave e uma ouduas pontes na nave adjacente, considerar: acarga vertical máxima por roda com impactovertical e as forças horizontal transversal elongitudinal da ponte que provoquem asmaiores solicitações. As demais pontescarregadas, sem nenhuma força horizontal. Emambos os casos não se deve deixar de verificaros efeitos de uma ponte isolada em cada nave.

• Pontes em vários níveis.

É necessário analisar a pior situação. Porexemplo, na figura (a) não é possívelsimultaneidade, mas na (b) é possível.

(a) (b)

Vigas de rolamento

–Definição

• Vigas de rolamento sustentam o caminho derolamento das pontes rolantes (trilhos);

• transmitem os esforços para as estruturassuportes;

• Normalmente são consideradas como biapoiadas, para diminuir o efeito de fadiga. Ostipos de perfis adotados são:

�perfis tipo I , laminado ou soldado, e paragrandes vãos e/ou peso são adotadas treliças,viga-caixão ou viga mista.

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• As vigas de rolamento estão sujeitas às

seguintes cargas e forças:

�Cargas verticais;

�Forças horizontais transversais (HT);

�Forças horizontais longitudinais (HL).

• Esforços atuando no trilho:

� Tipos de seção

Perfis tipo I:

• Viga sem reforço lateral, cargas até 5 tf e vão até 6 m;

• Viga com reforço lateral, cargas até 5 tf e vão até 6 m;

• Viga com reforço lateral, cargas entre 5 – 25 tf e vão até 7m;

• Viga assimétrica projetada para receber carga transversal;

• Viga para vencer vão acima de 25 m – viga caixão;

• Viga para vencer vão acima de 25 m – estrutura treliçada;

Viga composta de treliça e perfil I

• Regras para escolha do tipo geométrico de perfis:

�Vãos até 6 – 7 m as vigas de rolamento podem

suportar isoladamente as cargas atuantes;

�Vãos até 11 - 13 m fazem-se contenção lateral na

mesa superior (casos “d” e “e”);

�Para vãos superiores e com cargas superiores a 25

t, faz-se contenção na mesa superior e inferior.

– Flechas admissíveis

• Vertical, devido ao trem-tipo (carga móvel), sem

impacto:

�Vigas para pontes rolantes com capacidade ≤ 20 tf

= L/600;

�Vigas para pontes rolantes com capacidade ≥ 20 tf

= L/800;

�Vigas para pontes rolantes siderúrgicas = L/1000.

• lateral, devido ao trem-tipo:

�Vigas para qualquer ponte rolante= L/600;

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– Relações para pré-dimensionamento

• Podem ser adotadas as seguintes relações para a

economia da estrutura e um pré-dimensionamento

mais rápido: Para L/600 L/10 >d>L/14

Para L/800 L/8 >d>L/12

Para L/1000 L/6 >d>L/10

Para mesas

comprimidas

L/20>bf>L>40

Relação entre a

espessura da mesa e

alma

tf/tw ≤4

Espessura mínima

recomendadatw≥6,3mm e tw≥�

��

����

�para fy= 2,50

tf/cm2

Relação entre altura da viga e vão em função da flecha admissível.

–Contraflecha

• Deve ser dada para todas as vigas com vão derolamento superiores a 20 m. Sendo igual àdeflexão provocada pela carga permanente, mais25% da carga móvel sem impacto.

–Interligações entre vigas de rolamento

• Adotadas para galpões geminados.

–Resistência à fadiga

• Verificação a um determinado número de ciclos de

cargas, que corresponde à vida útil da estrutura;

• Será estudado em um capítulo a dimensionar ao

efeito da fadiga.

–Enrijecedores (nervuras)

• Em termos de economia de material, adotam-seperfis de pequena espessura. Enrijecedores sãopara combater flambagem local da alma e dasmesas, devida à flexão e/ou esforço cisalhante;

• Para combater flambagem, adotam-seenrijecedores com nervuras verticais, horizontaisou combinação das duas.

• Os enrijecedores verticais combatem os esforçosde cisalhamento ou no ponto onde são aplicadosgrandes cargas na viga;

• O enrijecedor mais simples é a barra retangular. Assoldas podem ser contínuas ou intermitentes

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–Enrijecedores verticais de apoio

• Recomenda-se adotar enrijecedores na região de

apoio da viga, para transmitir as reações

provocadas pelas pontes rolantes na mesa superior

das vigas até a mesa inferior e consequentemente

para a base de apoio;

• A área para transmissão de carga leva em conta

uma parcela da alma, conforme as figuras a seguir.

• A área para transmissão de carga leva em conta

uma parcela da alma, conforme as figuras a seguir:

• Detalhe construtivo:

Dimensões adotadas normalmente:

� � ����

��25

Diferentes tipos de apoios:

Enrijecedor passando mesa inferior;

Viga apoiada sobre um pilar estreito;

Viga apoiada sobre um pilar largo;

Viga contínua.

• Diferentes tipos de apoios:

� Enrijecedor passando mesa inferior;

� Viga apoiada sobre um pilar estreito;

� Viga apoiada sobre um pilar largo;

� Viga contínua.

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–Enrijecedores intermediários

• Mesmo que no cálculo seja desnecessáriacolocação de enrijecedores intermediários,recomenda-se colocar para combater aexcentricidade dos trilhos para evitarempenamento da alma e mesa.

• Espaçamento recomendado:

�1500 mm ou 3 d, adotar o que for menor.

1500 ��

3 �

• Recomendação da AISE no. 13, colocar

enrijecedores sempre que:

�h/tw> 70 e fv>= 4500(h/tw)^2 tf/cm^2 e a menor

dimensão dos painéis a e h não exceda 92,3�

� cm.

� Recomendação da NBR 8800 e AISC:

�espaçamento máximo entre enrijecedores

transversais, que a relação a/h menor que 3,0. No

entanto, caso a relação h/tw seja inferior a 260, a

relação a/h é ilimitada;

�Para evitar o efeito de fadiga, pode-se interromper

os enrijecedores verticais a uma distância de 4 tw a

6 tw do topo da mesa inferior, figura (a);

�Para vigas acima de 2500 mm, ou quando se tem

necessidade levar enrijecedor até a mesa inferior,

adota-se um dos artifícios figuras (b, c, d, e);

�Momento de inércia de um enrijecedor (singelo ou

par) em relação ao eixo não pode ser inferior a

(h/50)^4;

�Mukhanovsugere largura be>= (h/30)+40mm;

�experiência do Idony sugere 0,25 da largura da

mesa, e como referencia, respeitando a inércia

mínima e a relação��

��

��

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�Quando se adota enrijecedores esbelta, existe o

recurso de utilizar enrijecedores longitudinais,

afastados entre 0,20 a 0,25 da altura do topo da

viga;

�Enrijecedores curtos, com comprimento que

ultrapasse a linha neutra, em razão da carga

dinâmica e excentricidade dos trilhos, há grande

possibilidade de fissura na alma.

–Soldas

• As soldas são dimensionadas conforme as

seguintes equações:

N=(hT+tfs).2.cotg a

Para a = 450 N=2x(hT+tfs)

Para a = 300 N=3,5x(hT+tfs)

Os esforços cisalhantes na solda são os seguintes

valores:

�� ���.�

�.�devido ao esforço cortante;

� ��� �.�� ���

�.�devido à pressão da roda

� � ��� � ���

� O autor (Idony) sugere as seguintes

recomendações:

�Para alma <= 12,5 mm – filete com alta penetração;

�Para alma > 12,5 mm – penetração completa com

chanfro em K.

�A solda entre alma e mesa tracionada deve ser de

filete, figura a seguir.

– Solda de enrijecedor com alma

• A solda deve ser calculada pela expressão:

��� ���

138

em tf/cm. A solda pode ser mínima ou intermitente.

–Tensões locais em vigas de rolamento

• A solda deve ser calculada pela expressão:

��� ��. ��

8 ! � "#. 2 ! � !# .

%

&

• fbw = tensão local devida à flexão provocada pela roda na mesa superior, tf/cm2;

• P = carga máxima da roda tf;

• It = momento de inércia da seção do trilho, cm4;

• lm = momento de inércia da mesa superior, cm;

• tfs = espessura da mesa superior, cm;

• h = altura da alma, cm.

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• Esquemas de ligações trilhos e mesa superior

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