efeitos da saliva sobre o ph da placa dentária
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Seminário apresentado na Disciplina de Bioquímica I, com o tema: Efeitos da Saliva sobre o pH da Placa Dentária. Tópicos e conteúdo abordados: Introdução sobre os efeitos da saliva no pH da placa dentária; explicação do Diagrama da Curva de Stephan; Principais dissacarídeos da dieta; Fatores que afetam a Curva de Stephan; Importância da saliva para restaurar o pH bucal; Gráfico da Quebra da Sacarose Com Restrição Salivar e Sem Restrição Salivar; Estimulação salivar e seus efeitos no pH.TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE ODONTOLOGIABIOQUÍMICA IPROFº. DR. ROBERTO N. SILVA
Acadêmicos:
Edgar Nogueira da SilvaMarcelo Rocha Adorno Victor Hugo Rocha Lima
Efeitos da Saliva sobre o pH da Placa Dentária
• Saliva exerce efeitos importantes sobre o pH da placa, independentemente do metabolismo dos carboidratos;
• A mudança do pH pela ingestão dos alimentos é resultado tanto dos efeitos da saliva quanto da produção de ácidos pela placa;
• Em pacientes com Doença Renal Crônica, há um menor fluxo salivar;
• Bactérias na placa podem rapidamente metabolizar produtos ácidos – Homofermentação e Heterofermentação;
Curva de Stephan
Diagrama da Curva de Stephan – o pH da placa reage à ingestão de carboidratos fermentáveis.
Principais dissacarídeos da dieta
• Forma característica.
http://www.ncl.ac.uk/dental/oralbiol/oralenv/tutorials/stephancurves1.htm
Fatores que afetam a Curva de Stephan
• Vários fatores podem influenciar a forma da Curva de Stephan;
• É extremamente difícil avaliar a contribuição relativa de cada fator, mas estudos vêm sendo feitos através de simulações em computador;
A diminuição do pH
Dois fatores principais que afetam a velocidade com que o pH
diminui:
1. A presença de exógenos;
2. Baixa capacidade de tamponamento da saliva quando o fluxo salivar está em repouso;
O valor mínimo de pH
• O valor mínimo de pH e quanto tempo o pH permanece naquele mínimo é determinado por vários fatores:
1. Se algum carboidrato permanece na boca ou foi removido;
2. O pH pode cair para valores em que a enzima bacteriana deixa de funcionar;
3. Depende da capacidade tampão, tanto na placa como da saliva;
A importância da saliva para restaurar o pH da placa
Pesquisadores compararam a curva de Stephan produzida pela quebra da sacarose, com ou sem restrição salivar;
• Através da canalização da saliva, reduziu o pH mínimo e retardou a recuperação para o pH inicial;
Gráfico da Quebra da Sacarose Com Restrição Salivar e Sem Restrição Salivar
http://www.ncl.ac.uk/dental/oralbiol/oralenv/tutorials/stephancurves1.htm
Aumento de Lactato à medida que o pH diminui
• A queda no pH da placa foi associada com um aumento dos níveis de Lactato.
O ácido lático, em solução, perde um próton do grupo ácido, produzindo o íon Lactato.
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Lactic-acid-skeletal.svg
• Em condições de repouso, concentrações elevadas de Acetato e Propionato, em relação ao Lactato, são encontradas na placa.
CH3CH(OH)COO−
Ácido Propanóico perde um íon H e torna-se Propionato ou Propanoato.
Acetato é formado a partir da desprotonação do ácido acético.
http://en.wikipedia.org/wiki/Propanoate
http://en.wikipedia.org/wiki/Acetate
C2H5COO−
CH3COOH CH⇌ 3COO− + H+
C2H3O2−
Alimentação periódica de açúcar, comparada ao consumo feito apenas uma vez
• Mastigar uma porção de açúcar. A curva de Stephan caiu e depois se recuperou rapidamente para o pH em repouso.
• Cinco porções de açúcar. A curva de Stephan caiu para o pH
mínimo mais baixo e levou mais tempo para recuperar pra o pH em repouso.
http://www.ndcinfrared.com/ndc/images/sugar%lumps.jpg
Alimentação periódica de açúcar, comparada ao consumo feito apenas uma vez
Curva de Stephan em um indivíduo com consumo de 1 porção de açúcar e 5 porções de
açúcar. (Geddes, Caries Res 1975, 9: 98-109)
Estimulação salivar e seus efeitos no pH
Efeito do pH em Chiclete Sem Açúcar e em Chiclete Com Açúcar (Rugg-Gunn et al., Br Dent 1978, 145: 95-100 Modificado)
Pessoas Resistentes à cárie Vs. Suscetíveis à cárie
Referências Bibliográficas• CONN, Eric E. & STUMPF, P. K. Manual de Bioquímica Ed.
2ª Edgard Blucher Ltda. 1973; 3: 311-314; 340-343.
• HARROW, Benjamin y MAZUR, Abraham. Tratado de Bioquímica Ed. 6ª Editorial Interamericana, S. A. 1957; 7: 116-120; 415-417.
• NICOLAU J, Ed. Fundamentos de bioquímica oral. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. Capítulos: 2 (Água, pH, eletrólitos, sistema tampão, p.4); 6 (Saliva – composição inorgânica, p.39); 7 (Saliva- composição orgânica, p.45). ISBN 978-85-277-1498-3.
• FENOLL-PALOMARES, C. & MUÑOZ-MONTAGUD, J. V. et al. Revista Española de Enfermedades Digestivas versión impresa, Vol. 96 n. 11 Madrid Nov. 2004 (Unstimulated salivary flow rate, pH and buffer capacity of saliva in healthy volunteers)