efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais...

36
Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel Neonatal Electroencephalogram Carl E. Shangle,, Richard H. Haas,, Florin Vaida, Wade D. Rich, RRT, and Neil N. Finer J Pediatr. 2012 Mar 16. [Epub ahead of print] ( J Pediatr 2012;-:--- [publicação online]) Apresentação: Paula Balduíno, Rafaela Miziara Coordenação: Paulo R. Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde(ESC)/SES/DF Brasília, 05 de maio de 2012 www.paulomargotto.com.br

Upload: bruna-gago

Post on 07-Apr-2016

221 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal

de 3 canaisEffects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel Neonatal

ElectroencephalogramCarl E. Shangle,, Richard H. Haas,, Florin Vaida, Wade D. Rich, RRT, and Neil N. Finer

J Pediatr. 2012 Mar 16. [Epub ahead of print] ( J Pediatr 2012;-:--- [publicação online])

Apresentação: Paula Balduíno, Rafaela MiziaraCoordenação: Paulo R. Margotto

Escola Superior de Ciências da Saúde(ESC)/SES/DFBrasília, 05 de maio de 2012www.paulomargotto.com.br

Page 2: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Introdução• Sabe-se que a administração de surfactante

endotraqueal reduz a mortalidade neonatal e melhora a função respiratória dos recém-nascidos (RN) com síndrome da angústia respiratória.

• No entanto a administração de surfactante pelo tubo endotraqueal tem sido associada a depressão de ondas cerebrais no eletroencefalograma amplitude integrada (aEEG) com um simples canal.

Page 3: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Introdução• Em estudos publicados por Skov et al e por van

den Berg et al esta depressão cérebro-elétrica teve duração de 10-20 minutos e de 24 horas, respectivamente.Em ambos estudos, o surfactante foi administrado em bolus simples.

• A etiologia das alterações das ondas cerebrais relacionadas ao surfactante não está clara e não existem estudos longitudinais publicados sobre resultados no desenvolvimento neurológico.

Page 4: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Introdução• O uso de tubo endotraqueal (TET) em recém-nascidos

é conhecido por ser um procedimento doloroso e está também associada a efeitos fisiológicos adversos incluindo bradicardia, alterações na pressão arterial (PA) e aumento da pressão intracraniana.

• A administração de surfactante está associada a alterações na velocidade de fluxo cerebral, pressão arterial, saturação de oxigênio (oximetria de pulso pré-ductal) e CO2 (CO2 transcutâneo-[TcCO2])

Page 5: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Objetivo• O objetivo do estudo foi usar

eletroencefalograma (EEG) com 3 canais para melhor caracterizar os efeitos cerebrais da administração de surfactante e dos procedimentos relacionados.

Page 6: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Metodologia Estudo de Coorte • 30 recém-nascidos (24 pré-termos e 6 a termo)

que usaram surfactante e intubação endotraqueal entre dezembro de 2009 e dezembro de 2010.

• Realizado na University of California San Diego’s Infant Special Care Center.

• O estudo foi aprovado pela The University’s Institutional Review Board

Page 7: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Metodologia• Pais dos recém-nascidos assinaram termo de

consentimento livre e esclarecido.• Critérios de inclusão: Recém-nascidos do Infant

Special Care Center que necessitaram de surfactante, incluindo os previamente intubados ou em suporte ventilatório.

• Critérios de exclusão: RN que necessitaram de intubação de emergência, com anormalidades faciais ou em vias aéreas, alterações genéticas ou congênitas e com hemorragia intraventricular grau III.

Page 8: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Metodologia• Frequência cardíaca (FC) e SpO2 (Saturação de

oxigênio) foram coletadas continuamente.• PA e TcCO2 foram aferidas a cada 5 minutos.

Page 9: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Metodologia MONITORIZAÇÃO E ANÁLISE DO EEG:• Foi utilizado EEG de 3 canais para monitorar

continuamente antes, durante e depois da administração do surfactante.

• Foi obtido gravação de 10 minutos da “linha de base do EEG” antes da administração de qualquer medicação.

• Após a administração do surfactante a monitorização foi feita por mais 30 minutos ou até o retorno das ondas até próximo a linha de base.

Page 10: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

MetodologiaSURFACTANTE E O PROCEDIMENTO DE INTUBAÇÃO• Foram usados dois tipos de surfactante: Survanta

(4 RN) e Curosurf(25 RN).• Antes da intubação usou-se: relaxante muscular,

oxigênio, atropina, fentanil e cisatracúrio

Page 11: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Metodologia• ANÁLISE ESTATÍSTICA:• Foi coletado mínimo, máximo, média, mediana e

amplitude SD de todos os canais EEG.• Para a análise quantitativa dos dados foi usado

teste de Wilcoxon.• Significância estatística: p< 0.05.• Foi usado regressão logística para avaliar FC,

SpO2, PA e TcCO2 em relação à supressão de ondas cerebrais no EEG.

• Na análise dos dados foi usado PASW Statistic GradPack version 18.

Page 12: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Resultados• Dos 30 RN, 1 foi excluído porque os dados não

foram resgatados.Na tabela, as características da população estudada.

• 29 recém-nascidos foram analisados.• Peso ao nascimento variou de 590 a 4425g (média

de 2085 ±986g)• IG variou de 25,5 a 41,6 semanas (média, 33 ± 4.3

semanas)• EEG foi realizado entre 1 e 30 horas após o

nascimento.

Page 13: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Tabela. Características da população estudada (n=30)

Page 14: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Resultados DADOS DO EEG:• 18 dos 29 (62%) apresentaram supressão de onda

cerebral no EEG após o surfactante. (P< 0.008)• 14, dos 18 que apresentaram supressão de onda

(78%), receberam pré-medicação para intubação antes do surfactante.

• A mediana da amplitude da “linha de base do EEG” foi significativamente maior que a mediana da amplitude do EEG durante a administração do surfactante, 10, 20 e 30 minutos depois, em todos os casos. ( P<0.008) (figura 1)

Page 15: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Fig.1.Amplitude do EEG para o canal C3-C4 em microvolts.

• Amplitude da linha de base é livre de medicação / surfactante durante os primeiros 10 minutos do estudo, seguido por administração de surfactante (SA) e 10, 20 e 30

minutos após a administração do surfactante. * Indica o nível significativo de P ≤ 0,008.Os outliers não são mostrados no box-plot.

Box-plot

Page 16: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Resultados• Supressão de onda cerebral no EEG durante a intubação

foi detectada em 9 crianças (figura 2) que receberam premedicação, mas a supressão foi breve (5-12 segundos) e não apresenta significância estatística.

• 5 apresentaram supressão de onda cerebral após aspiração endotraqueal e antes da administração de surfactante; novamente, a supressão foi breve e sem significância.Nenhuma criança apresentou evidência clínica ou EEG de convulsão ou quaisquer sinais de assimetria hemisférica.

Page 17: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel
Page 18: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Figura 2. Supressão de amplitude e mudanças no padrão de fundo nos canais do EEG: Fp1-O1, C3-C4, Fp2-O2, ECG

após a inserção lâmina de laringoscópio para intubação traqueal- em uma recém-nascida de 31 semanas e peso de 1855 g, premedicada com atropina,

narcótico e curare para intubação intubação endotraqueal por síndrome do desconforto respiratório. Foi notado artefato no EEG seguindo a retirada da sonda orogástrica, pouco antes de inserção da lâmina do laringoscópio. Ganho: 7 mm, filtro de baixa freqüênciade 1

Hz, filtros de alta frequência de 20 Hz. Velocidade de gravação de 30 mm /seg. OG: sonda orogástrica

Page 19: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Resultados MONITORAMENTO DA SpO2, PA e TcCO2:• Média da SpO2 durante a administração de

surfactante foi 91% em 14 crianças que apresentaram supressão de onda e 86% em 6 RN sem evidência de supressão. (P= 0.065)

• A média da FC foi 147+- 26 bpm na linha de base e 158 +- 36 bpm no momento da administração de surfactante, uma diferença estatisticamente insignificante.

Page 20: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Resultados

• MONITORAMENTO DA SpO2, PA e TcCO2:• A média da PA foi 44 ± 8 mmHg na linha de base, 43 ± 12

mmHg 5 minutos após o surfactante e 40,5 ± 9 mmHg 10 minutos após o surfactante ( essa diferença não foi estatísticamente significante).

• A média da TcCO2 foi 54 ± 14mmHg na linha de base, 57 ± 12 mmHg 5 minutos depois do surfactante e 55 ± 14 mmHg 10 minutos após a administração.

• As alterações na SpO2, PA e TcCO2 não foram consideradas fatores independentes na supressão de ondas no EEG pela análise de regressão logística.

Page 21: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Discussão

• Este estudo prospectivo encontrou significante supressão de ondas cerebrais na maioria das crianças estudadas.

• Por usar EEG multicanais, o estudo mostrou uma análise mais detalhada do que os estudos anteriores (4-7).

• Não houve correlação entre a supressão das ondas cerebrais e SpO2, PA, FC e TcCO2.

• Interessante que 14 de 18 RN que demonstraram supressão de ondas cerebrais após o uso do surfactante também apresentaram valores médios maiores de SpO2 quando o surfactante foi administrado.

Page 22: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Discussão• Foi evidenciado supressão de ondas cerebrais com

intubação endotraqueal, um achado não relatado anteriormente, mas sem significância estatística. Estudos anteriores relataram aumento da atividade elétrica com este procedimento (estes estudos foram em adultos intubados após anestesia) (20,21)

• Os autores especulam que as medicações feitas antes da intubação não contribuíram para a supressão de ondas cerebrais (não houve alterações significantes na média de amplitude na linha de base do EEG e o tempo de premedicação ou administração de surfactante)

Page 23: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Discussão• 18 RN apresentaram supressão de onda cerebral imediatamente

após a administração de surfactante que persistiu por 30 minutos. O fato pode ser explicado pela queda de resistência vascular pulmonar após o uso do surfactante, levando ao aumento do shunt esquerdo-direito, resultando em mudanças no fluxo sanguíneo cerebral e assim, alterando amplitudes do EEG. -Outra explicação: mudanças na hemodinâmica cardíaca:menor

débito ventricular direito (<282mL/kg/min)(West e al-referência 25)).

(o surfactante administrado pode diminuir o débito ventricular direito)

-A maior Sp02 no grupo com surfactante resultando em diminuição do fluxo sanguíneo cerebral ou extração.

Page 24: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Discussão• Alterações agudas no EEG tem sido relacionadas à

injúria cerebral transitória que podem ser acompanhada por EEG seriados (Watanabe et al-referência 28)

• Este mesmo grupo de autores estudaram a relação entre os achados do EEG seriado e a evolução em pré-termos <33 semanas: voltagens levemente baixas, intervalos interburst prolongados e frequências atenuadas alfa, beta e teta no EEG foram associados com evolução normal ou bordeline em 40% das crianças e com leve paralisia cerebral em 30%

Page 25: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

• Portanto, os autores demonstraram que a administração de surfactante tem um potencial para alterar os sinais do EEG (isto ocorreu em mais da metade dos pacientes), podendo ou não ter influência no neurodesenvolvimento

• O uso de surfactante em aerosol pode ter um potencial para aliviar as anormalidades no EEG, como demonstrado em estudos animais (29)

Discussão

Page 26: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Discussão• Pontos fortes do estudo:

• Desenho prospectivo, • uso de dados de EEG multicanais • monitorização durante a intubação.

• Limitação: • amostra pequena, • uso de medicações antes da intubação (fator de confundimento), • não acompanhamento do desenvolvimento neurológico.

A administração do surfactante tem o potencial de alterar a função cerebral e são necessários mais

estudos para avaliar os efeitos da supressão de ondas cerebrais a curto e a longo prazo.

Page 27: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel
Page 28: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel
Page 29: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel
Page 30: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel
Page 31: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel
Page 32: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel
Page 33: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

Consultem também:Protocolo de uso de surfactante na Unidade de

Neonatologia do HRAS/SES/DF.• Nem todo RN pré-termo abaixo de 1250g deve

obrigatoriamente receber surfactante imediatamente ao nascer, pelos riscos inerentes à intubação (hemorragia intraventricular, sepse) e ao próprio surfactante desnecessário (possíveis alterações eletroencefalográficas)

• Assim, é importante que o surfactante seja administrado com critérios pré-estabelecidos em cada Centro.

Evitar o CPAP fútilPrivilegiar o SURFACTANTE SELETIVO

Assistência imediata ao recém-nascido pré-termo extremo: Ventilação mecânica e surfactante, CPAP nasal precoce e surfactante seletivo ou Intubação, surfactante e CPAPnasal:Evidências (3061 RN!)Autor(es): Paulo R. Margotto

   

Page 34: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

As evidências atuais permite-nos considerar o uso inicial do CPAP para estes RN como uma alternativa

à rotina de intubação e surfactante

Para os recém-nascidos pré-termos entre 25-32 SEMANAS ao nascer, principalmente os RN pré-termos extremos (25-27sem 6dias), quanto à assistência ventilatória imediata, as evidências nos orientam:

iniciar imediatamente ao nascer o CPAP nasal em selo d`agua; se o RN apresentar necessidade de O2 acima

de 35%-45%,deverá ser intubado e receber o surfactante nas primeiras 2 horas de vida.

MENSAGENS:

Page 35: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

ASSISTÊNCIA RESPIRATÓRIA IMEDIATA AOS PRÉ-TERMOS (25 semanas a 32 semanas) Equipe de Neonatologia do Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF Surfactante seletivo nas primeiras 2 horas de vida1-Normas de Reanimação-Academia Americana de Pediatria-2010 Para os RN <29 semanas: todos os procedimentos de reanimação (ventilação com

pressão positiva, intubação, a massagem cardíaca e a inserção de cateter vascular podem ser executados no paciente envolvido em saco plástico, com o objetivo de manter a temperatura axilar em aproximadamente 36,5oC). Deve ser evitada a hipertermia, pois agrava lesões cerebrais em RN asfixiados. Iniciar com FiO2 a 40% com oximetria de pulso.

2-Para os RN com respiração espontânea: CPAP nasal em selo d`agua: pressão de +5cmH2O;fluxo de 5 l/min; FiO2 de 40%3-Solicitar a realização do Rx de tórax imediatamente.4-SURFACTANTE: necessidade de aumento da FiO2 acima de 45% para manter PSaO2

(Saturação de Oxigênio) entre 88-93% ainda nas primeiras 2h de vida. Não aguardar resultado do Rx.

Intubação: -Inserir a cânula (2,5mm para RN <1000g) usando a regra 7-8-9 de Tochen

(1979): peso +6. No entanto, para os RN <750g, introduzir 6 cm -iniciar ventilação com PIP de 20-25 cm de H2O e PEEP de 5 cm de H2O -Remover para a UTI Neonatal em incubadora de transporte aquecida5-EXTUBAR (quando possível, dentro de 1 hora) se: drive respiratório; FiO2 <40% (para

PSaO2 88-93%), MAP <7cmH2O, PaCO2 <60mmHg e pH>7,20, FR <15pm; PIP de 15cmH2O.*

• *A gasometria para esta avaliação pode ser venosa ou arterial.

Page 36: Efeitos da intubação endotraqueal e surfactante no eletroencefalograma neonatal de 3 canais Effects of Endotracheal Intubation and Surfactant on a 3-Channel

OBRIGADA!!!

Ddo José Antônio B. Filho, Dda Paula F. Oliveira, Dr. Paulo R. Margotto,Dda Rafaela F. Miziara e Dr. Lucas de A. L.Rodrigues

ESCS!