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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA MUNICIPAL MODALIDADE A DISTÂNCIA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
1
EDUCOMUNICAÇÃO: TECENDO NOVAS REDES DE
CONHECIMENTO E ROMPENDO PARADIGMAS NA ESCOLA
MUNICIPAL VEREADOR JOSÉ GRIMAUDO TAVARES
Saulo José Veloso de Andrade
Pós-graduando lato sensu em Gestão Pública Municipal - UFPB
Edmery Tavares Barbosa
Professora do Departamento de Finanças e Contabilidade - UFPB
Luis Emmanuel Rodrigues Monteiro (Co-orientador)
Departamento de Economia -UFPB
RESUMO
A Educomunicação tem incitado debates desde a década de 70 quando o Professor e
Jornalista Argentino Mario Kaplun, percorreu a America Latina para difundir as praticas
da interação entre educação e comunicação, cunhando para tal junção o termo
mencionado anteriormente. Desde então as escolas passaram a percebê-la como uma
forte aliada. Neste sentido buscamos aqui apresentar um estudo acerca das praticas
educomunicativas vivenciadas na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental
Vereador José Grimaudo Tavares em Juripiranga/PB. Além da pesquisa aplicada o
presente artigo tem uma base conceitual aportada por autores como: SOARES,
SHAUN, GONNET entre outros. Em suma o trabalho busca apresentar os avanços que
a educação tem vivenciado através da inserção de novas praticas ou até mesmo da
ressignificação de praticas já existentes.
Palavras-chave: Educomunicação, conhecimento e tecnologia.
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1. INTRODUÇÃO
A política de formação docente no Brasil, tem sido fortalecida nos últimos anos,
com Programas de Formação Continuada formatados pelo Ministério da Educação
(MEC) e ofertados pelas Instituições de Ensino Superior –IES.
As formações versam sobre as mais variadas temáticas, como forma de suprir as
demandas apresentadas pelas redes de ensino através do Plano de Ações Articuladas –
PAR.
A maioria dos programas acima citados está alinhada a prática da
educomunicação. O termo Educomunicação é considerado por Schaun (2002), como
sendo “as práticas que ocorrem por meio da inter-relação de dois elementos
comunicação e educação, surgindo assim, um novo campo de intervenção social”. Essa
prática deu origem a um novo profissional “o educomunicador”, termo esse em que a
autora traz na mesma obra com destaque para o Argentino radicado no Uruguai, o
filosofo de educação Mário Kaplún, que difundiu essa prática pelo mundo desde 1970.
Diante dos grandes investimentos financeiros, no processo de formação docente
no Brasil, buscaremos respostas sobre as mudanças observadas na prática docente
partindo da premissa de que os docentes integram às sua práticas aspectos
educomunicativos por conta própria e em muitos casos sem perceber.
Nesse contexto, o presente trabalho propõe responder a seguinte questão
problema: De que maneira um projeto de Educomunicação contribui para o
desenvolvimento das práticas educacionais em uma escola municipal da cidade de
Juripiranga/PB?
Não podemos nos reportar ao processo de inclusão, sem que para isso faça uma
reflexão acerca da exclusão, pois a existência de uma está diretamente ligada a outra. O
processo de exclusão notadamente tem seus aspectos ancorados na cultura, onde a
principio os menos favorecidos eram excluídos da vida social. No contexto educacional
a inclusão tem sido uma das bandeiras levantadas por docentes e especialistas, na busca
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por consolidar um dos marcos da tríade defendida pela Revolução Francesa, a
igualdade.
No momento contemporâneo, a problemática da inclusão digital é bastante
discutida nas unidades educacionais, em reuniões, encontros pedagógicos e no dia a dia,
sobre a égide da formação do educador, uma vez que hoje a grande dificuldade do
educador é se adequar às Novas Tecnologias de Informação e Comunicação – NTICs.
Durante anos os professores foram surpreendidos pelos avanços tecnológicos e
muito mais que isso, pela preocupação de como utilizá-los adequadamente atribuindo ao
seu uso um valor didático-pedagógico. Nessa perspectiva de inclusão digital, surgiu em
1970 o conceito de educomunicação, e que aos poucos vem se inserindo no contexto
das práticas pedagógicas, mesmo sem o conhecimento sistêmico dos docentes acerca da
temática.
Diante da incorporação das praticas educomunicativas como forma de inclusão
digital, é que nasceu a necessidade de se estudar as suas contribuições, junto aos
docentes da Escola Municipal Vereador José Grimaudo Tavares em Juripiranga/PB.
Para responder a questão-problema, o presente estudo propõe: Analisar as
contribuições que o uso da educomunicação desencadeia na Escola Municipal de
Educação Infantil e Ensino Fundamental Vereador José Grimaudo Tavares em
Juripiranga/PB.
Como objetivos específicos, temos:
Identificar o perfil dos docentes;
Analisar as mudanças na concepção dos docentes acerca dos conceitos de mídias
e suas interfaces;
Destacar os pontos mais importantes do uso das mais variadas interfaces da
educomunicação feita pelos docentes;
Caracterizar as mudanças no processo de ensino aprendizagem a partir do uso
adequado das mídias.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Educação e comunicação: Reflexões e avanços
Falar de educação é sem sombra de dúvidas perpassar pelas teorias da
comunicação, rompendo antigos paradigmas e consolidando novas percepções sobre seu
uso em sala de aula. Nesse trabalho, a comunicação não será reduzida ao simples ato de
“comunicar”, onde são levados em consideração seus elementos principais: emissor,
mensagem e receptor. Aqui ela será analisada sobre as técnicas utilizadas para atingir a
comunicação de forma eficaz
Para melhor entender a relação de educação e comunicação, apresentamos
inicialmente a definição de educação nas palavras de OLINTO ( 2001). Esse autor
define a educação como sendo, uma espécie de rede de normas e leis que contribui para
o desenvolvimento.
Nesse sentido, verifica-se que o ato de educar está relacionado a uma evolução,
um “desenvolvimento” que procura melhorias para este processo, através da inserção
dos recursos tecnológicos que em muitos casos é o elo de ligação entre a própria
educação e a comunicação.
A escola contemporânea não só transmite conhecimentos, mas produz um novo
sentido para esse conhecimento, ou seja, busca ressignificar através de um novo olhar,
de novas percepções.
Em meio às mudanças vivenciadas no mundo contemporâneo, não podemos
esquecer que ainda hoje vivemos grandes dilemas no campo educacional em virtude da
inserção das NTICs, como destaca BARBERO (1996) apud MORAN (2007) destaca
que a inserção sem um planejamento das tecnologias na escola servem apenas para
camuflar os problemas existentes na mesma, pois ao vislumbrar aspectos modernos tais
como a tecnologia ela canaliza as atenções para outro campo pormenorizando assim
seus problemas tão evidentes. A escola para ele tem grandes “desafios” de consolidar
uma educação aliada aos recursos em meio a diversidade que temos hoje.
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Pois a escola passa a ser um espaço que dá suporte e que direciona o uso
eficiente desses recursos, uma vez que a família a grosso modo já transferiu tal
responsabilidade para a escola contemporânea. Hoje a escola não só transmite
conteúdos, mas instiga novas concepções, o professor não só ensina, ele articula,
colocando-se no papel de mediador deste processo continuo.
Para que possamos compreender melhor a inserção das tecnologias no contexto
educacional, é necessário nos apropriarmos de conceitos como a comunicação, que é
apontado por OLINTO (2001, p. 121), como sendo o simples “ato de comunicar-se”,
neste sentido tanto nos quanto as escolas precisamos de fato, dos meios pelos quais nos
colocamos dentro do processo comunicativo, ai onde surgem as tão faladas tecnologias
da comunicação, e que hoje vislumbram-se como um novo caminho para a consolidação
de uma educação de qualidade.
Como toda mudança, a inserção das NTICs no processo educacional, também
instiga um debate sobre seu uso e mais que isso suas possibilidades de melhoria. Porém,
o entrave maior se dá em virtude dos profissionais que ainda embora, estejam inseridos
no mundo onde a tecnologia está presente em todos os lugares, ainda não se
apropriaram dos conceitos e principalmente do manuseio dos recursos existentes.
Diante deste paradigma entre a educação do passado onde saber transmitir
conteúdos já dava ao professor um espaço de destaque e a educação em tempos
contemporâneos, onde ser e fazer educação é se colocar no processo como um mediador
capaz de instigar nos educandos a busca, e a ressignificação de sentidos, surge a
necessidade da alfabetização tecnológica do professor.
Falamos de alfabetização por entendermos que os docentes ainda necessitam se
encantarem com as NTICs que emergiram rapidamente em nossa sociedade, neste
sentido SAMPAIO e LEITE ( 2008, p. 73), destaca que a intenção da alfabetização
tecnológica do professor “deve ser a de tornar este cidadão um profissional atuante na
sociedade, que contribui com um trabalho educativo significativo, mais próximo da
realidade do aluno, conferindo-lhe, assim, sentido aos seus olhos e aos olhos da
população”, modificando sua pratica ampliando novos horizontes para seus educandos.
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Posto este desafio, cabe a cada docente apropriar-se das tecnologias sobre a
égide da transformação social, a mesma pode ser estabelecida através de praticas
inovadoras.Tal mudança é uma busca incessante de acompanhar os educandos que há
muito fazem uso dos recursos tecnológicos, mesmo sem dar-lhes sentido, eis que
surgem a necessidade de formação dos docentes numa perspectiva tecnológica.
Com relação ao uso das tecnologias no cotidiano dos alunos SAMPAIO e
LEITE ( 2008, p. 73) destacam,
“Se as tecnologias fazem parte da vida do aluno fora da escola (e isto
acontece cada vez mais e das mais diversas formas), elas devem fazer parte
também da sua vida dentro da escola. Um dos motivos para que assim seja está na constatação de que o sucesso do aluno na escola, no trabalho e na
vida depende, entre outras coisas, da capacidade do professor de incorporar
as experiências e conhecimentos dos alunos, utilizando-os como ponto de
partida e como referência para a sistematização dos conteúdos, para o
desenvolvimento de uma visão critica sobre a realidade, enfim, para a
superação da visão empírica trazida pelo aluno e para a aquisição de uma
visão mais elaborada sobre o mundo de um modo geral, visando permitir-
lhe uma participação social mais efetiva”.
Dentro da visão apresentada por SAMPAIO e LEITE, verifica-se a grande
necessidade não só da formação dos docentes no campo tecnológico, mais sobretudo,
saber integrar esse uso ao contexto educacional, ou seja, fazer o uso das tecnologias de
forma apropriada com a educação favorecendo a melhorias no processo de ensino
aprendizagem.
É preciso ainda saber e fazer uso de tantas outras tecnologias que embora não
sejam tão evidentes, existem e podem trazer efeitos positivos através de seu uso no
contexto educacional. De acordo com MORAN (2007) com a chegada do computador
aos poucos deixamos para trás recursos como a TV e o vídeo que tem grande
importância no processo de ensino aprendizagem”.Isso pode acontecer porque na
verdade as NTICs é uma extensão das antigas tecnologias que para muitos estão
ultrapassadas, mesmo que nem os dominássemos ainda já os deixamos para trás, sobre a
óptica da inovação.
Tantas mudanças têm ocasionado discussões, sobre os avanços da apropriação
das mídias através da utilização dos recursos tecnológicos no ambiente escolar. De
acordo com FONSECA ( 2004, p. 21), “ o impacto da presença cada vez maior da mídia
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sobre a formação das novas gerações suscita indagações de toda a natureza sobre sua
apropriação no meio escolar”.
Pois a escola ainda busca incessantemente maneiras de colocar-se dentro dessa
discussão uma vez que um dos grandes obstáculos tem sido o próprio corpo docente
que em muitos casos resiste ao novo.
O espaço que consolida-se com o uso das NTICs sobretudo, das mídias é,
segundo o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH, 2009), um
espaço de discussões políticas, que corrobora para a construção de uma opinião pública
formando novas concepções acerca das crenças, valores e atitudes. Ou seja, é um campo
repleto de visões que contribuem para a difusão dos ideais democráticos.
Desta forma o educador contemporâneo, deve desenvolver nos educandos uma
visão critica acerca do uso das tecnologias em sala de aula, mais que isso buscar que
cada um se posicione sobre os meios.
São muitas as discussões que permeiam o processo de inserção das tecnologias
no contexto educacional, um fato ainda é bastante evidente, a ausência de uma formação
docente que contribua para a melhoria da educação. Neste sentido GONNET (2004, p.
51) destaca que “o professor não está bem colocado, bem formado, para abordar estas
áreas novas, num espírito construtivo”.
Na verdade os docentes tem uma árdua missão de pensar educação numa
perspectiva integralizadora, onde as tecnologias tenham evidente participação neste
processo, colocando-se num panorama de mudança, onde o ser e fazer educação sejam
comungados em uma só ação.
Quando nos permitimos fazer um debate sobre o uso da comunicação como
parceira da educação e vice versa, estamos refletindo sobre a nossa própria realidade, e
que todo esse processo requer um pensar diferenciado, um novo planejar. Na verdade
estamos o tempo todo buscando educar os educandos, e sobretudo os docentes numa
perspectiva tecnológica.
As mudanças da inserção das tecnologias da comunicação no campo educacional
perpassam por três níveis conforme destaca MORAN ( 2007 ), Nível organizacional
onde a escola é mais aberta e menos autoritária, pautada em ideais democráticos, nível
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de conteúdo, uma escola que tenha como base a realidade e suas interfaces, nível
comunicacional, uma escola voltada para a inserção de todos os mecanismos da
comunicação e tecnologias.
Nesse sentido devemos perceber a importância dessa tríade para que os docentes
consigam de fato fazer um uso adequado das tecnologias em sala de aula. Assim
estaremos de fato consolidando uma educação de qualidade.
2.2 Novas mídias: Convergindo para uma educação de qualidade
Durante muito tempo o espaço de aprendizagem resumia-se apenas ao espaço
físico da sala de aula, com o tempo as mudanças foram sendo perceptíveis dada a
inserção de tecnologias que contribuíram para uma nova metodologia na dinâmica do
processo de ensino-aprendizagem.
Essa mudança criou um novo espaço, onde os recursos não são mais o quadro
negro e o giz, mas a TV, o vídeo entre outros. Neste sentido o MEC lança para todo o
país a TV Escola e os cursos de formação para que os docentes possam utilizar de
maneira adequada tais equipamentos. Sendo que diante da fragmentação de tal política
pública os resultados não foram os esperados caindo em declínio.
Em suma isso aconteceu por estarmos vivendo um momento onde as tecnologias
que não trazem em seu arcabouço a interatividade, não encantam. Isto tem sido o que a
escola contemporânea, independente de ser da rede pública ou privada, tem enfrentado
nos últimos tempos. Mas em meio a essa descoberta, a mesma tem buscado novas
formas de dar sentido a recursos que não instigam tanto quanto aos digitais, sobretudo,
o computador.
Desta forma a escola procura se reinventar, para traçar um novo caminho usando
recursos que estão a sua disposição, sem grandes ônus e sem perda de tempo,
contribuindo até mesmo para a sustentabilidade do país. Um forte exemplo disto são os
jornais escolares que despontam como uma nova oportunidade que a escola desenvolve
para que seu aluno se insira dentro das novas perspectivas tecnológicas. Pois não
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falamos de um jornal com métodos ultrapassados como os desenvolvido por Freinet1
décadas atrás.
Estamos mencionando um instrumento como sugere GONNET ( 2004, p. 76 ), é
um instrumento que,
“valoriza o grupo bem como os talentos individuais, ele traz informações
sobre a vida da aula, mas também sobre a vida fora da escola, sobre as
alegrias e os sofrimentos de uns e outros. Porém escrever se aprende”.
Diante das colocações acima verifica-se nitidamente que a proposta é que os
alunos aprendam além do simples conteúdo, ou da técnica de produzir jornais,
aprendem a arte de exprimir sentimentos através das palavras, valorizando assim,
aspectos de sua vivencia.
O espaço que se consolida com a criação de jornais escolares é bem mais amplo
do que imaginamos, pois a aprendizagem se dá na produção e posterior a ela com a
utilização dos jornais em sala de aula como ferramenta pedagógica.
Para que seja consolidada uma educação de qualidade é preciso a integração de
tantos fatores. Ou seja, as mudanças perpassam por uma gama de aspectos que muitas
vezes nem podemos nomeá-las por serem infinitas, aqui apresentamos apenas as
principais, e que na contemporaneidade tem instigado um debate.
A mudança que a tecnologia tem imposto leva a sociedade a acompanhar seus
avanços, sem que para isso se tenha o mínimo de tempo para aprender a manusear e
fazer uso das tecnologias evidentes. Neste sentido, MORAN (2000), destaca que as
mudanças aconteceram de forma repentina, sem que para isso pudéssemos aprender a
usar os recursos. E aos poucos vamos redescobrindo tais possibilidades criando e
recriando novos espaços dentro de um espaço que por si só já não chama tanta atenção,
a sala de aula com seu quadro e o giz.
O fascínio pelos recursos que até então é tido como um instrumento do passado
é vislumbrado pelo professor através de um planejamento minucioso com objetivos
claros e coerentes. Pois, sozinhas as mesmas não trarão o encantamento que esperamos
1 Criou a Imprensa escolar: os textos escritos pelos alunos tinham uma função social real, já que
não serviam meramente como forma avaliativa, já que eram publicados e lidos pelos colegas
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incitar em nossos educandos. Lembramos que os meios de comunicação associado ao
campo educacional vem oportunizando novas possibilidades de mudança na interface de
aprender e ensinar, ou mais que isso, aprender ensinando.
Criar espaços é buscar caminhos de melhorias no contexto educacional, vale
ressaltar que as novas tecnologias que surgem a cada instante não trazem receitas
prontas de usabilidade, exaurir tais formas, é um desafio que o docente precisa enxergar
e fazer uso. A educação contemporânea não é algo estável, do presencial ao virtual, do
ver ao ouvir estamos dando uma nova roupa a um ato bem antigo o de educar.
Corroborando, MORAN (2000), em suas palavras conceitua o termo educar
como sendo a construção de uma identidade própria, desbravando um novo caminho
pessoal e profissional ampliando as habilidades inserindo-se no rol produtivo da
sociedade.
Essa ajuda hoje nada mais é do que indicar os caminhos a serem percorridos,
onde cada educando tem a missão de descobrir-se em cada novo desafio, interagindo
consigo mesmo e com o mundo ao seu redor através das nuances oferecidas pelas
tecnologias que se evidenciam a cada instante.
2.3 O papel do professor e as novas possibilidades de ensinar
Em tempos onde as tecnologias tornaram-se algo indispensável para a
desenvolvimento da nossa sociedade, o professor começa a deixar de ser o centro das
atenções e passou a figurar como um ator que orienta mais, articula mais e ensina cada
vez mais aos alunos serem autônomos, proativos e disciplinados em suas obrigações.
Eis um grande desafio para o docente de hoje, o de acompanhar essa evolução
em ritmo acelerado sem perder o foco na aprendizagem dos educandos. Para se fazer
uso das mais variadas tecnologias existentes o professor necessita apropriar-se das
mesmas. Além disso de acordo com SAMPAIO e LEITE ( 2008, p. 74 ), “o professor
deve ter clareza delas enquanto instrumentos que ajudam a construir a forma de o aluno
pensar, encarar o mundo e aprender a lidar com elas como ferramentas de trabalho”.
Para colaborar com a pratica docente o Estado brasileiro em suas instâncias tem
encontrado nas formações continuada, uma das formas de suprir o déficit no que tange
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principalmente ao uso das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação – NTICs,
haja vista que nem sempre as possibilidades ofertadas pela tecnologia figura-se como
uma grande oportunidade, isso em virtude de paradigmas que permeiam a vida docente
desde o inicio da carreira.
Integrar as mídias ao processo de ensino aprendizagem é sem duvida instigante,
neste sentido MORAN ( 2000 ) destaca que, o professor tem uma gama de
oportunidades de cunho metodológico, possibilitando uma melhor organização dos
trabalhos docente seja no campo presencial ou virtual.
As tecnologias em suma transformaram a vida docente, pois o ensinar hoje nem de
longe parece com o ensinar de anos atrás. Pois, os espaços de ensinar e aprender são
modificados constantemente, valorizando a criatividade deste docente em se manter
neste processo em meio a toda essa mudança de paradigma. Neste sentido é necessário
perceber a importância da identidade do professor. Corroborando com essa idéia LIRA
(2007, p.48), declara:
“a identidade profissional do professor está em constante transformação, pois
se constrói a partir de uns re-significação social da profissão e das varias
revisões das tradições. Cada professor, na sua realidade docente também se
constrói enquanto ator e autor de sua atividade cotidiana: na sua maneira de
portar-se diante de seu mundo, da história como um todo; em suas
representações; em seus saberes; em suas esperanças e alegrias; em suas
angustias e anseios; e no sentido que atribui á sua própria vida, como
profissional de educação”.
Isso torna-se perceptível em virtude das mudanças no ser e fazer educação permeado
pelas novas tecnologias, onde a identidade do professor deve ser refletido sempre, sob pena de
uma unificação desta identidade que é própria de cada um.
2.4 Educomunicação: Evolução e conceitos
A escola tem sido o campo de maior influência destas mudanças, uma vez que a
mesma vivia um processo quase estático, sem grandes novidades. Desde a década de 70
que percussores da idéia de comunhão entre dois campos distintos (educação e
comunicação), porém indissociáveis, percorreram sobretudo, a America Latina com o
objetivo de difundir a Educomunicação.
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Um dos mais conhecidos nomes desta nova vertente destes dois campos foi o
Jornalista e Professor Argentino Mário Kaplún. Com o avanço das novas tecnologias as
idéias educomunicativas tomaram conta do mundo, e foi se tornando imprescindíveis
para um bom trabalho por parte dos docentes, que também como estabelece SCHAUN
(2002) são chamados “educomunicadores”, conquistando um novo campo profissional.
É bastante perceptível o crescimento desta área profissional nas ultimas décadas,
uma das grandes provas desta afirmação é a criação de cursos superiores numa
perspectiva educomunicativa, como temos atualmente na USP e na UFCG entre outras
instituições. Vale ressaltar que em ambos os mesmos são da área de comunicação social
com habilitação em educomunicação
Mesmo sabendo que a efervescência das praticas educomunicativas tiveram
como aporte a partir da década de 70, devemos ressaltar que bem antes disto Freinet já
difundia na França e por toda Europa, os primeiros vestígios da educomunicação,
através dos jornais escolares, mesmo que de forma bem rudimentar.
Pensando numa perspectiva de inclusão digital o Estado brasileiro lança o Plano
Nacional de Educação em Direitos Humanos – (PNEDH 2009), onde um dos capítulos
aborda as concepções e os princípios do uso das mídias no contexto educacional,
diminuindo as barreiras existentes.
Durante anos as escolas buscaram mecanismos para diminuir as barreiras
impostas pela manutenção dos métodos excludentes tradicionais, onde o professor é o
centro das atenções, hoje já vislumbramos uma pequena mudança, onde o docente é o
intermediador do processo de ensino aprendizagem, e neste processo o aluno é a peça
fundamental.
Educar no contexto contemporâneo é abrir novos caminhos para que o próprio
aluno faça seu trajeto e se aproprie dos conceitos e teorias necessária para o amplo
desenvolvimento.
Quando nos referimos a educomunicação muitas pessoas se remetem as praticas
desencadeadas a partir da escola, no entanto AZEVÊDO (2005) trata o rádio como um
espaço educativo. Neste contexto podemos perceber o quanto as praticas
educomunicativas é extensiva.
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Mas na verdade tivemos durante muito tempo certa resistência por parte da
escola. Nesse sentido, FONSECA (2004, p. 9) declara, “de um lado, o mundo mediático
invade e transforma as mentalidades, gerando um tipo de conhecimento pratico da vida
e, de outro, a escola resistindo a reconhecer a mudança e a incorporá-la na sua oferta do
conhecimento”.
Nas palavras de Fonseca, verifica-se a dificuldade de mudança de paradigma,
mesmo que o uso dos recursos midiáticos no contexto educacional na
contemporaneidade possa ser grande valia.
Com o passar dos anos até mesmo as ONGs tomaram para si a responsabilidade
de inserir no contexto educacional as ações que integrem a educação e a comunicação,
nesta vertente merece destaque o trabalho desenvolvido pela Comunicação e Cultura2 de
Fortaleza/CE, que trabalha com a disseminação de Jornais Escolares.
Praticas como esta são multiplicadas por todo o país, em lugares como
Juripiranga/PB, onde teremos a Escola Municipal Vereador José Grimaudo Tavares
como corpus para o nosso trabalho, e que se insere no rol de instituições que mesmo de
forma sutil fazem apropriação das praticas educomunicativas.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
De acordo com Galliano (1989, p.5), a palavra método significa caminho para
chegar a um fim. Diante dessa colocação, necessita-se identificar que caminhos a
percorrer até obter os resultados desejados. Ao pesquisar bibliografias diversificadas
estaremos informados sobre a real situação acerca do tema escolhido, dentro dessas
visões diferentes.
Considerando SILVA e SILVA (2005) nossa pesquisa é de natureza básica pois
tem por objetivo criar novos conhecimentos acerca do tema em estudo e sem aplicação
pratica. A pesquisa é de base descritiva, pois de acordo com SILVA e SILVA (2005
p.20) “tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e
informações para classificá-las e analisá-las”. Configurando-se como um estudo de
caso, uma vez que busca vislumbrar sobre dado objeto em um dado tempo.
2 ONG criada em 1987 em Fortaleza e trabalha com jornais escolares desde 1991
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Além disso a pesquisa realizada é do ponto de vista descritiva, pois visa
descrever as característica e interfaces do objeto em estudo. Como procedimentos
técnicos usamos o levantamento bibliográfico para nos dar aporte teórico para posterior
levantamento de dados.
Para chegarmos as repostas utilizamos como instrumento de pesquisa o
questionário que de acordo com SILVA e SILVA (2005, p. 33),
“é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito
pelo informante. O questionário deve ser objetivo, limitado em extensão e
estar acompanhado de instruções As instruções devem esclarecer o propósito
de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do informante e
facilitar o preenchimento”.
Nesse sentido usamos o questionário de múltiplas escolha dando uma maior
abertura aos docentes face as suas escolhas. Além disso dividimos o questionário em
duas partes: A primeira buscou perfilizar os docentes que participaram da pesquisa, e o
segundo versou sobre a percepção dos docentes acerca dos conhecimentos dos conceitos
da educomunicação.
A pesquisa foi realizada na cidade de Juripiranga/PB, a mesma fica situada no
Baixo Paraíba e ocupa uma área de 122 Km². Distante 64 km de João Pessoa. Limita-se
com Itabaiana (12 km), Pilar (18 km) São Miguel de Taipu (21 km)e Pedras de Fogo
(15 km).
Encravada entre o Vale do Paraíba e a Zona da Mata Pernambucana, a cidade de
Juripiranga de acordo com o IBGE (2010) tem 10.237 habitantes, tem no corte da cana
a principal fonte de renda além da produção de vassouras e chapéu de palha.
Atualmente a área do município é de 78,845Km², e com uma densidade de 129,84
(hab/Km²).
A rede municipal de ensino de Juripiranga conta com seis escolas que atendem
alunos da educação infantil ao ensino fundamental segunda fase.Para realização da
presente pesquisa utilizamos uma amostra de 20 docentes de um universo de 40
docentes da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Vereador José
Grimaudo Tavares em Juripiranga/PB.
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4. ANÁLISE DE RESULTADOS
Uma vez coletados os dados, devemos organizá-los de tal forma que por si só
ofereça subsídios para entendimento sem que para isso necessite de auxilio para explicá-
los. Diante disso buscamos fazer um trabalho gráfico para dissolver as respostas
apresentadas nos questionários.
Para que possamos perceber melhor as respostas atribuídas as distribuímos em
dois grandes eixos: Um que pretende apontar o perfil dos entrevistados e outro que nos
possibilita destacar a percepção dos mesmos face aos conceitos da educomunicação.
Como corpus da pesquisa utilizamos 20 docentes de turnos alternados da Escola
Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Vereador José Grimaudo Tavares, situada
na cidade de Juripiranga/PB. Fundada em 1990, com apenas cinco salas de aulas. A
escola hoje é composta de treze salas sendo: doze salas de aula e um laboratório,
oferecendo cursos de informática para os alunos e para a comunidade em geral, através
do CDI-Comunidade, além de uma mini gráfica com serviços de xérox e encadernação.
Atualmente a escola conta com cinqüenta e oito funcionários, sendo quarenta
docentes divididos nos três turnos atendendo 634 alunos da educação infantil ao 8º ano
do ensino fundamental como também turmas de Educação de Jovens e Adultos – EJA.
4.1 Perfil do respondentes
Gráfico 1 – Sexo
95%
5%
FEMININO MASCULINO
Fonte: Pesquisa de Dados (2011)
Quanto ao sexo dos docentes que responderam aos questionários visualizamos
que 95% são do sexo feminino e apenas 5% do sexo masculino, o que na verdade
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corrobora para a afirmação que a carreira docente ainda é mais acentuada para o público
feminino. Principalmente nas series iniciais onde, a imagem feminina ainda é muito
forte.
Gráfico 2 – Idade
20%
45%
20%
15%
De 18 a 30 anos De 31 a 40 anos
De 41 a 50 anos Acima de 50 anos
Fonte: Pesquisa de Dados (2011)
Para conhecer a idade dos docentes entrevistados usamos como parâmetros
quatro grandes grupos. Destacando-se de o grupo de 31 a 40 anos com 45% , onde
percebemos um grupo de docentes relativamente jovem do ponto de vista da idade.
Neste sentido destacamos também que apenas 15% estão acima dos 50 anos de
idade, um fato que demonstra que cada dia as pessoas estão entrando mais cedo no
campo profissional. Além disso, temos a reforma administrativa e da previdência social
da década 1990, que causaram grande temor com relação a possíveis perdas de direitos
previdenciários gerando um grande número de aposentadorias no setor público,
reduzindo o quadro de funcionários a partir dos 50 anos de idade.
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Gráfico 3 – Formação
Fonte: Pesquisa de Dados (2011)
Uma vez indagados sobre a formação, os docentes tiveram a oportunidade de
apresentarem sua formação para que pudéssemos destacar a melhoria no contexto
educacional face a formação docente. Um dos fatos que destacamos é a porcentagem
igual de 40%, para os docentes apenas com graduação e os com especialização.
Também em meio a tantas mudanças no campo educacional ainda temos 20% de
docentes na unidade educacional apenas com o ensino médio ( pedagógico ), muito
embora a própria LDB, determine que para a formação inicial docente seja necessário a
graduação. É bastante preocupante em meio a contemporaneidade a demanda presente
no espaço educacional ainda sem uma formação inicial, uma vez que a formação
continuada que é ofertada pelo próprio município vem acontecendo com bastante
freqüência. Outro fator que melhorou os aspectos ligados a formação docente foram os
incentivos feitos pelo Estado através criação de cursos e facilidade do acesso as IES
como os cursos ofertados via Plataforma Freire.3
3 Programa do Ministério da Educação que visa qualificar os docentes em efetivo exercício na
rede pública de ensino com cursos de graduação, especialização e aperfeiçoamento.
20%
40%
40%
Ensino Médio Graduação Especialização
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Gráfico 4 – Tempo de atuação
20%
35%
40%
5%
De 1 a 10 anos De 11 a 20 anos De 21 a 30 anos Acima de 31 anos
Fonte: Pesquisa de Dados (2011)
Em relação ao tempo de atuação em sala de aula as respostas mostraram uma
diversificação, onde a maior parcela está na casa entre 21 e 30 anos de serviço com 40%
dos entrevistados e a menor parcela está na casa acima dos 31 anos com um percentual
de apenas 5%.
Dessa forma podemos perceber que a escola tem um grupo bastante experiente
uma vez que apenas 20% está na casa dos 10 anos de serviço. Diante disso podemos
perceber uma variação de tempo de atuação entre os docentes entrevistados. O fato de
alguns se manterem no serviço público mesmo ultrapassando o tempo mínimo para a
aposentadoria são os PCCRs4 que implantados nos últimos anos valorizam os docentes
da ativa.
4 Plano de Cargos, Carreira e Remuneração
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Gráfico 5 – Turno de trabalho
65%
35%
Um Turno Dois Turnos
Fonte: Pesquisa de Dados (2011)
Indagados sobre a quantidade de turnos de trabalho 65% dos entrevistados
informaram trabalhar apenas um horário, o que em suma representa mais tempo para
preparar-se e também para produzir material para as aulas. Por outro lado 35% dos
docentes disseram trabalhar dois turnos.
Diante das colocações percebemos que uma grande parcela dos entrevistados em
linhas gerais dispõem de tempo para planejarem suas ações.
Pois como destaca MORAN (2000) é preciso se ter mais tempo para planejar as
ações em sala de aula com uso dos recursos tecnológicos, muitas vezes é preciso se
fazer o mesmo percurso feito pelos alunos antes mesmo de indicar a atividade para o
mesmo.
4.2 Percepção de conceitos e praticas educomunicativas
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Gráfico 6 – Percepção acerca da Educomunicação
50%50%
Conhecem a Educomunicação Desconhecem a Educomunicação
Fonte: Pesquisa de Dados (2011)
Uma vez questionados sobre se já conheciam a educomunicação, destacamos
que os docentes se dividiram, onde 50% afirmaram desconhecer a educomunicação e os
outros 50% disseram conhecer a teoria. Nessa perspectiva muitos docentes ainda
percebem a educomunicação como algo desconhecido, muito embora mesma a grosso
modo faça parte da vida de todos.
Dessa maneira a educomunicação mesmo cunhada na década de 70, como já
destacamos anteriormente ainda é algo bastante novo para uma grande parcela dos
docentes entrevistados.
Isso coaduna com a idéia da difusão da educomunicação pelo país a fora uma
vez que mesmo sendo uma teoria com mais de 40 anos a mesma passou a ser difundida
mais fortemente na ultima década por ocasião da criação dos cursos de educomunicação
em instituições como a Universidade de São Paulo - USP e a Universidade Federal de
Campina Grande - UFCG entre outras. Além de ganhar espaços em congressos,
simpósios também em ambientes como o próprio radio como aborda AZEVEDO
(2005), onde mulheres dos movimentos do campo se revezam na produção e
apresentação de programa radiofônico de cunho educomunicativo, apresentando assim,
outros ambientes de pratica além da escola.
Como SCHAUN (2002, p. 15) o uso da educomunicação “busca ressignificar os
movimentos comunicativos inspirados na linguagem do mercado da produção de bens
culturais, mas que vão resolver no âmbito da educação como uma das formas de
reprodução de organização de poder da comunidade, como um lugar de cidadania”.
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Diante destacamos a presença da educomunicação como um amplo fator de
contribuição para a educação esteja dentro da escola ou não.
Gráfico 7 – Conceitos de Educomunicação
65%25%
10%
Integração entre a educação e a comunicação abrindo possibilidades através de suas
interfaces
Integração entre a educação e os meios de comunicação
Integração entre a educação e os recursos midiaticos
Fonte: Pesquisa de Dados (2011)
Mesmo sem conhecerem a teoria da educomunicação, convidamos os docentes
para indicarem qual conceito eles acreditam ser o mais coerente para o termo,
educomunicação.
Para tanto descrevemos três possíveis conceitos, baseados em nossas leituras ao
longo de nosso estudo, os quais os docentes ficaram a vontade para fazer suas escolhas.
Nesse sentido 65% destacaram que o conceito que melhor apresenta a educomunicação
é a integração entre a educação e a comunicação abrindo possibilidades através de suas
interfaces. Outros 25% destacaram a integração entre a educação e os meios de
comunicação como sendo o conceito que melhor apresenta a educomunicação. Já 10%
indicaram a educomunicação como sendo a integração entre a educação e os recursos
midiáticos.
Considerando FREIRE (1983) destacou em seu trabalho a importância do
dialogo em sala de aula o que em suma é comunicação e traduz-se em educação, que
hoje é conceituada como educomunicação. Interface de relação que faz uso de todas as
possibilidades existentes em sala de aula.
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Gráfico 8 – Praticas educomunicativas
14%
33%26%
24%3%
Jornal Escolar
Uso de videos ou filmes
Uso da Televisão
Produção e apresentação de material no computador
Fonte: Pesquisa de Dados (2011)
Mesmo sem um conhecimento formal acerca da educomunicação, buscamos
junto aos docentes perceber as praticas e ações de cunho educomunicativo que os
mesmos fazem uso.
Nesse sentido apresentamos algumas atividades ate certo ponto comum nas
unidades educacionais e que figuram como praticas educomunicativas.
Ao analisar as respostas podemos perceber que embora não sejam conhecedores
das teorias da educomunicação todos os docentes fazem uso de atividades
educomunicativas. Nessa perspectiva destacamos as atividades que utilizam o vídeo ou
filme como recurso pedagógico, apontado 33% dos entrevistados como uma das
atividades trabalhadas em sala de aula. Outro aspecto bastante interessante diz respeito
ao uso do computador, onde figura com apenas 3% apresentando a distancia que ainda
existe entre este recurso e os docentes.
Alguns aspectos indicados pelos docentes já são usados de forma bastante
acentuada por outras escolas como os jornais escolares, com um trabalho bastante forte
nas escolas públicas vislumbrados pela ONG Comunicação e Cultura fazendo uso das
teorias arraigadas por FREINET.
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Gráfico 9 – Aspectos importantes nas praticas educomunicativas
80%
10%10%
Melhoria das relações interpessoais
Desenvolvimento de habilidades tecnologicas
Melhor articulação entre a teoria e a pratica
Fonte: Pesquisa de Dados (2011)
Assim como tantas outras atividades, as praticas educomunicativas também
amplia o desenvolvimento dos educandos. Diante disso os docentes apontaram qual o
aspecto mais importante partindo das praticas educomunicativas.
Diante do exposto 80% dos entrevistados destacaram como principal aspecto das
praticas educomunicativas, a melhoria das relações interpessoais. Já 10% apontaram
como sendo o ponto máximo o desenvolvimento de habilidades tecnológicas, enquanto
que 10% também destacaram como ponto positivo a melhor articulação entre a teoria e
a pratica.
5. CONCLUSÕES
Ao concluirmos esse trabalho percebemos a grandiosidade dos avanços
ocasionados pelos avanços tecnológicos, principalmente quando o mesmo está
associado ao campo educacional.
Todavia é preciso estar preparado para acompanhar as mudanças e suas
interfaces. Entretanto isso tem sido um dos grandes entraves do processo educacional,
conforme verificamos através do posicionamento dos entrevistados nos questionários,
face as mudanças oriundas do campo tecnológico.
Tal resistência tem gerado alguns conflitos, os quais tem tirado o sentido
democrático da escola, e que foi conquistado em meio a lutas. Na verdade os docentes
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são obrigados a se colocarem em um mundo adverso ao seu, pelos próprios alunos que
cobram esta mudança a cada instante.
Para que possamos compreender melhor o corpus da nossa pesquisa vamos
destacar o perfil dos entrevistados. Em linhas gerais são mulheres, com graduação,
atuando em sua maioria apenas em um local, e com idade media de 30 anos.
Guiamos nosso estudo sobre a óptica da percepção das praticas
educomunicativas, a qual destacamos que mesmo encravadas em um mundo que gira
em torno da tecnologia, os docentes da Escola Vereador José Grimaudo não conhecem
de fato o conceito de educomunicação, atribuindo dessa forma sentidos que não
comungam da verdadeira identidade da educomunicação, muito embora de forma
inocente já utilizem instrumentos que são frutos da educomunicação.
Contudo existe um grande envolvimento do corpo docente nas ações o que
corrobora para as mudanças necessárias no sentido de inserir-se no rol das tecnologias.
Percebemos que em síntese os docentes ainda não incorporaram as suas praticas teorias
como a cunhada desde a década de 70 por Kaplun ou tantas outras que contribuem para
o desenvolvimento dos educandos.
Tais mudanças originam novas visões de mundo, onde cada um se percebe como
um ator na consolidação de ações que melhoram a vivencia em coletividade. O uso
correto dos instrumentos midiáticos traz a sociedade um novo olhar, onde a mídia não é
só motivo de critica mas de parceira na consolidação de um novo saber, sistematizado e
coerente com o cotidiano.
Em suma o que falta para os docentes entrevistados é uma percepção acerca das
teorias que permeiam a educomunicação, uma vez que na pratica já vislumbram boas
ações, nesse sentido é necessário um estudo apurado dos conceitos e sua aplicabilidade.
Mini currículo
Saulo José Veloso de Andrade, graduado em Comunicação Social pela Universidade
Estadual da Paraíba (2005), graduando em Pedagogia pela Universidade Federal da
Paraíba, Professor das series iniciais da Prefeitura Municipal de São José dos Ramos e
Juripiranga/PB.
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REFERENCIAS:
AZEVÊDO, Sandra Raquew dos Santos. Gênero, rádio e Educomunicação:
Caminhos entrelaçados. João Pessoa: Ed. Universitária/UFPB, 2005
BRASIL, Secretaria Especial de Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em
Direitos Humanos – PNEDH. Brasília; 2009.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB.
Brasília;1996.
FREIRE, Paulo. Extensão e Comunicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
FONSECA, Cláudia Chaves. Os meios de comunicação vão à escola?. Belo
Horizonte: Ed. Autentica, 2004.
GALLIANO, A. Guilherme. Método Cientifico. São Paulo: Ed. Harba, 1989.
GONNET, Jacques. Educação e Midias.São Paulo: Edições Loyola, 2004.
BARBERO Jesús Martin . Heredando el Futuro.Pensar la Educación desde la
Comunicación, in Nómadas, Boggotá, septiembre de 1996, n. 5, p. 10-22
MORAN, José Manuel, Desafios na Comunicação Pessoal. 3ª Ed. São Paulo: Paulinas,
2007, p. 162-166.
OLINTO, Antonio. Mini dicionário Antonio Olinto da Língua Portuguesa. São
Paulo. Editora Moderna;2001.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao Projeto de Pesquisa Científica. Petrópolis: Ed
Vozes, 1998.
SAMPAIO, Maria Narcizo, LEITE, Ligia Silva. Alfabetização Tecnológica do
Professor. 6ªEd. Petropolis,RJ; Ed. Vozes, 2008.
SCHAUN, Angela. Educomunicação:Reflexões e Principios. Rio de Janeiro: Ed.
Mauad, 2002.
SILVA e SILVA, Edna Lúcia da, Metodologia da pesquisa e elaboração de
dissertação/Edna Lúcia da Silva, Estera Muszkat Menezes. – 4. ed. rev. atual. –
Florianópolis: UFSC, 2005.
Sites e revistas Consultadas
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lestin_Freinet Com acesso em 10/11/11 ás
12:23
http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1 Com acesso em 23/10/11 ás 16:54
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http://www.eca.usp.br/prof/moran/textos.htm Com acesso em 21/10/11 ás 10:11
APENDICE:
Questionário Sobre as Praticas Educomunicativas
Universidade Federal da Paraíba
Departamento de Economia
Curso de Especialização em Gestão Pública Municipal
Aplicador: Saulo José Veloso de Andrade
Questionário
PARTE I – PERFIL DOS RESPONDENTES
1- Nome:
2 – Sexo
Masculino ( ) Feminino ( )
3 – Idade
( )De 18 a 30 anos
( ) De 31 a 40 anos
( )De 41 a 50 anos
( ) Acima de 50 anos
4 – Formação:
( ) Ensino Médio ( ) Superior ( ) Especialização
( ) Mestrado ( ) Doutorado
5- Há quantos anos leciona? __________________________
6 - Em quantos turnos você trabalha? 1 ( ) 2 ( ) 3 ( )
7- Trabalha apenas nessa escola? SIM ( ) NÃO ( )
PARTE II – CONCEITOS SOBRE A EDUCOMUNICAÇÃO
8 – Você já ouviu falar sobre a educomunicação?
( ) Sim ( ) Não
9 – De acordo seus conhecimentos que opção melhor apresenta um conceito de
educomunicação?
( ) Integração entre a educação e a comunicação abrindo possibilidades através
de suas interfaces.
( ) Integração entre a educação e os meios de comunicação.
( ) Integração entre a educação e os recursos midiáticos.
10 – Quais atividades você enquanto docente desenvolve ou desenvolveu na
escola em que você está inserido.
( ) Jornal escolar ( ) Uso de vídeos ou filmes
( ) Uso de programas radiofônicos ( ) Recortes de jornais
( ) Uso da televisão
( ) Produção e apresentação de material no computador
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11 – Aponte entre os pontos abaixo aquele que você julga de suma importância
baseado nas praticas educomunicativas.
( ) Melhoria das relações interpessoais
( ) Desenvolvimento de habilidades tecnológicas
( ) Ampliação do vocabulário
( ) Melhor articulação entre a teoria e a pratica
( ) Possibilidades de práticas coletivas
.