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educação para a sustentabilidade
20.05.2011 | Marta Pinto
somos insustentáveis
a mudança está em curso
educar para a
sustentabilidade
“A educação é fundamental para promover o desenvolvimento sustentável e melhorar a capacidade das pessoas para responder aos desafios ambientais e de desenvolvimento (…) também é importante para adquirir a sensibilidade ética e ambiental, os valores e atitudes, as competências e os comportamentos consistentes com o desenvolvimento sustentável e para uma efectiva participação nas tomadas de decisão (…)” (Agenda 21, 1992)
aprender a ser sustentáveis!
…envolver as pessoas e comunidades em processos de aprendizagem significativos e contínuos que exploram formas de
as sociedades serem mais sustentáveis.
de quem precisamos?
“Cidadãos responsáveis e prontos a agir de modo responsável, porque assim o desejam como virtude” (Schidt el al, 2010)
Coragem, integridade, capacidade de análise e pensamento crítico, responsabilidade, capacidade de reconhecer injustiças, competências e criatividade para solucionar problemas complexos, estar preparado/a para desafios, não ter medo de errar, apreciar a busca de respostas, capacidade de diálogo, negociação, colaboração e acção colectiva, conhecimento e capacidade de transgressão disciplinar e integração, capacidade de expressão e reflexão…
Política = conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados. B. Russel
o que faz a diferença?
colaboração e diálogo envolver “todo
o sistema”
inovação no curriculum
bem como nas experiências de
ensino e aprendizagem
aprendizagem activa e
participativa
Tilbury, D. et al, 2011. “Education for Sustainable Development - An Expert Review of Processes and Learning”. UNESCO
como se tem inovado?
Tilbury, D. et al, 2011. “Education for Sustainable Development - An Expert Review of Processes and Learning”. UNESCO
voltar
métodos mais usados
Análise críticas reflexivas
Clarificar valores
Visionar futuros positivos
Explorar a dialéctica entre a tradição e inovação
Pensar sistemicamente
Tilbury, D. et al, 2011. “Education for Sustainable Development - An Expert Review of Processes and Learning”. UNESCO
Responder através de aprendizagem aplicada
discussões em grupodebates
estudos de casorole play/simulações
estímulosincidentes críticos
leitura e escrita críticastrabalho de campo
aprendizagem ao ar livre/in situ
há resultados?
social económico ambiental educativo
‘Not everything that counts can be measured.Not everything that can be measured counts.’ (Albert Einstein)
“a specific advertising campaign has not automatic guarantee of success yet it may contribute to thegeneral pressure by which wants are simulated and maintained… its very failure may serve to fertilizethis soil” – V. Lebow, Journal of Retailing, 1960
e em Portugal?
•90% da EDS dentro das escolas•parcerias têm fraca expressão•trabalho em rede quase inexistente•temas dominantes•Instrumentalização•projectos negligenciam o “mundo real”•limitação a esfera “ambiental” em favor da “cívica”•carência de visão abrangente•infantilização•desarticulação institucional (ME/MA) •guetização do ambiente•Insustentabilidade
escolas estão a perder oportunidade de ser “laboratórios de sustentabilidade”
Schmidt, L. et al, 2010. Educação Ambiental. Balanço e perspectivas
para uma agenda mais sustentável. ICS
mudar os erres
ReduzirReutilizarReciclar
RespeitoReflexão
Responsabilidade(Resultados)
alguns desafios
- a integração da ciência, tecnologia com o conhecimento tradicional, os valores, a ética, etc., nos curricula e projectos (visão mais integral da sustentabilidade)- o reforço da comunicação, coordenação e colaboração entre diferentes actores que desenvolvem iniciativas (particularmente a nível regional)- a redução das lacunas de informação e de conhecimento (state of the art)
(UNU, 2004)
Regional Centre of Expertise on Educationfor Sustainable Development (RCE) é um conceito emergente e em evolução.
O modelo/conceito foi desenhado em 2004 por investigadores da UNU-IAS, levado à Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável (CSD-12) e desde então apresentado em diversos fóruns internacionais e aplicado em diversas regiões. Pretende dar uma resposta aos desafios da educação para o desenvolvimento sustentável através dainiciativa regional.
um caminho possível
Educação formal Educação não formal e informal
Universidades
Escolas de ensino básico
Escolas secundárias
Ministério da Educação
Centros Educação Ambiental
Museus
Fundações
Associações
Empresas
Media
Governos locais
Ministério do Ambiente
Unesco
…
“…motores de troca de informação, conhecimento e experiência bem como desenvolvimento conjunto de programas inovadores de EDS (UNU, 2004).”
modelo
uma rede na rede
Não é uma organização formal, não é um centro físico. É uma rede desenhada para fortalecer a
colaboração para a EDS entre os actores regionais e locais. A rede é voluntária, flexível e inclusiva,
pode variar em dimensão, afiliações e tipo e número de instituições. Deve identificar os
desafios regionais e abordá-los de uma forma integrada.
No seu conjunto os RCE formam o “Global Learning Space for Sustainable Development”
(UNU, 2004)
• Deve promover o desenvolvimento e troca de informação e experiência e facilitar a colaboraçãoentre organizações, tendo em vista o desenvolvimento de programas educativos inovadores (a partilha entre actores melhora as iniciativas e evita duplicações).
• Deve ajudar a criar as condições ideais para introduzir o conhecimento disponível de forma natural nos curricula/programas educativos e contribuir para o desenho de curricula sobre DS.
• Deve facilitar o uso eficiente e efectivo de recursos limitados (coordenar).
(UNU, 2004)
objectivos
• Em curso em mais de 80 regiões nos diversos continentes.
• Orientações adaptadas à realidade regional - uma das virtualidades do modelo.• O modelo tem evoluído -maior relevância à aprendizagem colaborativa.• Plataforma de entendimento entre distintos grupos que aprendem, tomam decisões e actuam em colaboração.
um caso de sucesso?
The networked Regional Centres of Expertise may serve as an
example of how different local groups in society, who do not
ordinarily work together but are bound by mutual sustainability
issues, find themselves working creatively towards their
improvement (Wals, A., 2009)
• Prioridades ambientais (5000 cidadãos + 300 entidades)• Visão regional• Diagnóstico ambiental (4 temas prioritários)• Plano de acção• Acções de informação e participação social (transversais)•(Compromisso político, implementação, monitorização, revisão)
ponto de partida
AroucaEspinho
GondomarMaia
MatosinhosOliveira de Azeméis
PortoPóvoa de Varzim
S. João da MadeiraSanta Maria da Feira
Santo Tirso Trofa
Vale de CambraValongo
Vila do CondeVila Nova de Gaia
prestar provas
Recomendação de reconhecimento oficial pelo comité UBUNTU:•United Nations University (UNU)•UNESCO•United Nations EnvironmentProgramme•International Association of Universities•Third World Academy of Sciences•African Academy of Science•Science Council of Asia•International Council for Science•World Federation of Engineering Org•Copernicus-Campus•Global Higher Education for Sustainability Partnership (GHESP)•University Leaders for a Sustainable Future
1. Estrutura de governação2. Colaboração3. Investigação e desenvolvimento4. Educação transformativa
estrutura de governação
actividade
Rede Regional de
Educadores
Campanhas
regionais
Equipamentos de
EDS: qualidade
Fundo de apoio a
projectos
demonstrativos
Escolas
Sustentáveis
Bolsa de VoluntáriosAcademia
Metropolitana da
Sustentabilidade
Ecoclubes e
Olimpíadas do
Ambiente
Agenda Metropolitana da
Sustentabilidade
InvestigaçãoPublicações
(guias de boas práticas)
Laboratório de
inovação
divulgação e partilha
www.crenews.info
colaboração
www.embaixadadabiodiversidade.blogspot.com
escola como laboratório
Projecto-piloto que procura envolver alunos, professores e pessoal não docente na introdução de práticas de sustentabilidade ambiental e económica nos estabelecimentos de ensino da Área Metropolitana do Porto. Além da componente de redução do impacto ambiental e da aproximação curricular queremos também medir o impacto dessas acções nos orçamentos das escolas. Por isso vamos trabalhar com um pequeno número de escolas-piloto e várias entidades externas para encontrar as melhores soluções de forma colaborativa.
Participam: ABAE/Eco-Escolas, Câmara Municipal da Maia, Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Câmara Municipal de Gondomar, Câmara Municipal de Matosinhos, Câmara Municipal de Santo Tirso, Câmara Municipal de Vila do Conde, Câmara Municipal da Trofa, Campo Aberto, Colégio Luso Internacional do Porto, Escola EB 1 da Seara, Escola de EB 2,3 de Argoncilhe, Escola de EB 2,3 da Agrela, EB 2,3 Júlio Saul Dias, EB 2,3 Passos José, Escola Secundária do Padrão da Légua, Escola Secundária dos Carvalhos, Escola Secundária Filipa de Vilhena, Escola Secundária de Santa Maria da Feira, Fapas, ISEP, Lipor e Fundação de Serralves.
prioridades regionais
O projecto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto é um esforço planeado e concertado, envolvendo organizações e cidadãos, com o objectivo de criar bosques com espécies autóctones numa área metropolitana que precisa de enriquecer a sua biodiversidade, sequestrar carbono, melhorar a qualidade do ar, proteger os seus solos e contribuir para uma melhor qualidade de vida das pessoas. Resume-se numa palavra –FUTURO. Porque não existe futuro sem árvores.
Participam: 16 Câmaras Municipais, AMP, Campo Aberto, Fapas, Forestis, Quercus, IPJ, CCDRN….
formação
Destina-se a todas as pessoas interessadas na área do desenvolvimento sustentável. Assegura aos alunos um mapa conceptual alargado (introdução ao desenvolvimento sustentável na perspectiva de vários domínios científicos), uma "caixa de ferramentas" (metodologias para conceber, desenvolver, gerir e avaliar projectos de educação-acção), bem como o contacto com casos reais. Programa transdisciplinar.Apoio da Agência Portuguesa do Ambiente
optimização de recursos
Iniciativa “Planeta Terra” na AMP, que incluiu itinerância de exposição, um ciclo de conferências e um concurso escolar. No concurso “Planeta Terra” estiveram directamente envolvidos 545 jovens e 58 professores de 21 escolas de vários municípios da Área Metropolitana do Porto. Participaram 128 grupos e foram apresentados 155 trabalhos a concurso. O grande prémio para os 24 alunos e dez professores vencedores foi uma aventura de um dia no Geoparque de Arouca.As conferências foram frequentadas por mais de 250 pessoas.
frutos e desafios
Estamos a aprender a criar um futuro mais sustentável Diálogo, colaboração, partilha, confiança…Envolvimento de um sistema amplo (gov, ong, autarquias, ensino…)Ligação a rede internacional (boas práticas, projectos, partilha…)Demonstração de projectos de aprendizagem activa e participativaTrabalhar o “mundo real” (ex. escolas) e as prioridades regionais (ex. floresta)Optimização dos recursos actuais (financeiros, humanos, materiais)Flexibilidade e informalidade facilitadoras da acçãoAvaliação e plano actividades partilhados-------Os desafios são muitos!Distintas agendas e ritmos dos parceirosDificuldades habituais no trabalho em rede (estrutura da rede?)Diálogo entre várias áreas (ambiente, educação, acção social…) Criação científica com base nas experiências