educação à distância - uma visão integrada

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MICHAEL MOORE GREG KEARSLEY

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Michael Moore e Greg Kearsley

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Page 1: Educação à Distância - uma visão integrada

Nos últimos anos houve um aumento na aceitação da prática e do estudo

da educação a distância, tanto nas áreas acadêmica quanto de treinamento

empresarial. Uma combinação de computadores pessoais, internet e World

Wide Web tem atraído milhões de educadores para a experiência com idéias e

técnicas de ensino a distância.

Este livro é uma introdução e apresenta também uma visão de conjunto

da educação a distância. Descreve e explica a natureza desse ensino e o que a

pesquisa e a experiência transmitem a seu respeito. Revê as tarefas e alguns

dos desafios encontrados na organização e no gerenciamento dos recursos

necessários para transmitir o programa de educação a distância. Os autores

revisaram o conjunto de tecnologias disponíveis, incluindo algumas já exis-

tentes há algum tempo, mas que ainda possuem os aspectos positivos que as

tecnologias mais novas nem sempre apresentam. A obra aborda de que modo

os princípios de criação dos materiais de instrução são aplicados no contexto

da educação a distância, além de apresentar capítulos sobre o objetivo atual, o

histórico, a teoria, a experiência internacional e alguns dos temas de políticas

envolvidos na educação a distância.

Livro-texto para as disciplinas educação a distância e ensino a distância

para a área de Educação, em nível de graduação. Leitura complementar para

cursos de Administração, Economia e Ciências Contábeis e para os de Enge-

nharia em que as áreas tecnológicas estejam ligadas a aplicações e questões

específicas do ensino a distância.

Obra também recomendada para profissionais que ocupam cargos geren-

ciais e para profissionais que necessitam entender a linguagem utilizada no

ensino a distância, cada vez mais adotada em treinamentos corporativos.

APLICAÇÕES

OUTRAS OBRAS

Daniel Augusto Moreira

Anna Maria Pessoa de Carvalho (org.)

Anna Maria Pessoa de Carvalho (coord.)

Maria Lucia Spedo Hilsdorf

Alessandro Marco Rosini

João Gualberto de Carvalho Meneses e Sylvia Helena S. S. Batista (coords.)

Helena Gemignani Peterossi e João Gualberto de Carvalho Meneses (coords.)

Analfabetismo Funcional: O Mal Nosso de Cada Dia

Ensino de Ciências: Unindo a Pesquisa e a Prática

Formação Continuada de Professores: Uma Releitura das Áreas de Conteúdo

História da Educação Brasileira: Leituras

As Novas Tecnologias da Informação e a Educação a Distância

Revisitando a Prática Docente: Interdisciplinaridade, Políticas Públicas e Formação

Revisitando o Saber e o Fazer Docente

MICHAEL MOORE

GREG KEARSLEY

MIC

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EL M

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RE

GR

EG

KE

AR

SL

EY

Para suas soluções de curso e apr endizado, visit ewww.cengage .com.br

ISBN 13 978-85-221-1301-9ISBN 10 85-221-1301-7

9 7 8 8 5 2 2 11 3 0 1 9

Page 2: Educação à Distância - uma visão integrada

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Moore, Michael G.Educação a distância : uma visão integrada / Michael

G. Moore, Greg Kearsley ; [tradução Roberto Galman]. --São Paulo : Cengage Learning, 2007.

Título original: Distance education : a systems view.Bibliografia.ISBN 978-85-221- -

1. Educação a distância I. Kearsley, Greg. II. Título.

07-3851 CDD-371.3

Índice para catálogo sistemático:

1. Educação a distância 371.3

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Page 3: Educação à Distância - uma visão integrada

TraduçãoRoberto Galman

Revisão TécnicaAlvaro Mello

Coordenador do Centro de Empreendedorismo,Inovação e Empresas Familiares daBusiness School São Paulo (BSP)

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Uma Visão Integrada

Michael G. MoorePenn State University

Greg KearsleyUniversity of Alberta

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Austrália • Brasil • Japão • Coréia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos

Page 4: Educação à Distância - uma visão integrada

Educação a Distância Uma Visão Integrada

Michael Moore e Greg Kearsley

Gerente Editorial: Patricia La Rosa

Editora de Desenvolvimento: Tatiana Pavanelli Valsi

Supervisor de Produção Editorial: Fábio Gonçalves

Produtora Editorial: Gabriela Trevisan

Supervisora de Produção Gráfi ca: Fabiana Alencar Albuquerque

Título Original: Distance Education – A Sytems View – 2nd edition

ISBN: 0-534-50688-7

Tradução: Roberto Galman

Copidesque: Solange Aparecida Visconti

Revisão: Ana Paula Ribeiro, Sandra Garcia Cortés e Sueli Bossi da Silva

Composição: Segmento & Co. Produções Gráfi cas Ltda.

Capa: Eduardo Bertolini

© 2005 Wadsworth.© 2007 Cengage Learning Edições Ltda.

Todos os direitos re ser va dos. Nenhuma parte deste livro po-derá ser reproduzida, sejam quais forem os meios em pre ga dos, sem a per mis são, por escrito, da Editora.Aos infratores aplicam-se as sanções pre vis tas nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.

© 2007 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

ISBN-13: 978-85-221-1301-9ISBN-10: 85-221-1301-7

Cengage Learning

Condomínio E-Business Park Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 20 – Espaço 03 Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901

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Para informações sobre nossos produtos, entre em contato pelo telefone 0800 11 19 39

Para permissão de uso de material desta obra, envie seu pedido para [email protected]

Impresso no Brasil.Printed in Brazil.1 2 3 4 5 6 7 12 11 10 09 08

Page 5: Educação à Distância - uma visão integrada

Dedicado à memória denosso colega Dan Coldeway.

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MICHAEL G. MOORE (Ph.D. pela University of Wisconsin-Madison)Michael G. Moore é conhecido nos círculos acadêmicos pela liderança na conceitua-lização e no desenvolvimento de estudos rigorosos de educação a distância. Em1972, ele publicou a primeira obra teórica em inglês sobre educação a distância e temrealizado diversos outros notáveis trabalhos pioneiros nesse campo. Enquanto davaaulas no primeiro curso desse tema na University of Wisconsin-Madison, em meadosdos anos de 1970, contribuiu para a criação da conferência nacional anual nessainstituição. Transferindo-se para a Penn State em 1986, onde agora ocupa a posiçãode professor na Faculdade de Educação, estabeleceu o American Center for Study ofDistance Education. Ele deu início à primeira publicação norte-americana sobre oassunto (American Journal of Distance Education), desenvolveu a primeira seqüênciade cursos de pós-graduação ensinados, um simpósio de pesquisa nacional, uma conhe-cida comunidade de interesse on-line (Simpósio On-line de Educação a Distância)e um instituto de liderança nacional. Com cerca de 100 publicações (incluindo oHandbook of Distance Education, de 2003) e um número maior de apresentaçõesimportantes em mais de 30 países, Moore também possui conhecimento práticoe realista do ensino e treinamento em todas as tecnologias e para a maioria dosgrupos de interessados. Recentemente, criou e ensina nos cursos de pós-graduaçãoon-line do World Campus da Penn State University. Na função de consultor, éespecializado na elaboração, na avaliação e no treinamento em grandes sistemasde educação a distância, bem como na análise das necessidades do nível de pro-grama, na criação e no desenvolvimento de cursos, no treinamento e na avaliaçãode instrutores. Sendo originalmente economista e com base em uma carreira inicialem educação de adultos durante sete anos no leste da África, Moore possui inte-resse especial pelo desenvolvimento econômico e social, realizando numerosas pes-quisas, avaliações e vários projetos de treinamento para o Banco Mundial, o FMI, aUnesco e diversos governos nacionais.

GREG KEARSLEY (Ph.D. pela University of Alberta)Greg Kearsley é um consultor independente especializado na criação e dispo-nibilização de educação on-line. Ensinou na University of Maryland, na NovaSoutheastern University e na George Washington University, tendo desenvolvidoigualmente cursos on-line em muitas organizações, incluindo NCREL, WaldenInstitute e University of Wisconsin. Kearsley escreveu mais de 20 livros relacio-nados ao tema de tecnologia.

Sobre os Autores

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Prefácio xvii

Capítulo 1 Conceitos básicos 1Definição e explicação de determinada terminologia 2

Níveis da educação a distância 4Instituições com finalidade única 4Instituições com finalidade dupla 4Professores individuais 5Universidades e consórcios virtuais 6Cursos e programas 6

Distinção entre tecnologia e mídia 7

Por que educação a distância? 8

Uma visão e um modelo sistêmicos 9A idéia de sistema 9Como a visão sistêmica nos ajuda a compreender a educação a distância 10

Componentes de um sistema de educação a distância operacional 12Ensinar é como voar? 12Fontes de conhecimento 14Criação de cursos 15Disponibilização do material do curso e interação via tecnologias 16Interação: o papel dos instrutores 16Alunos em seus ambientes de aprendizado 18Gerenciamento e administração 19Interdependência de subsistemas em um sistema de educação a distância 19

Entradas e saídas 20

A educação a distância está relacionada à mudança 20Ponto de vista: Sally Johnstone 23

Resumo 24

Questões para discussão ou estudo adicional 24

Capítulo 2 Contexto histórico 25Primeira geração: um breve histórico do estudo por correspondência 25Sociedades que incentivam o estudo em casa 28Uma história da educação a distância no ensino médio: o plano Benton Harbor 29Educação por correspondência nas Forças Armadas 31

Sumário

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Page 10: Educação à Distância - uma visão integrada

x Educação a Distância

Segunda geração: história da transmissão por rádio e televisão 32Rádio 32Televisão 32Sonhos não realizados 33Serviços fixos de televisão educativa 33Televisão a cabo e telecursos 34

Terceira geração: uma abordagem sistêmica – AIM e a UA 34AIM e a invenção do método sistêmico 34Nascimento da universidade aberta 36Wedemeyer e a UA 36Alcance global da abordagem sistêmica 37A resposta americana 38

Quarta geração: teleconferência 39Satélites e videoconferência interativa 40Televisão comercial 42Vídeo interativo nas escolas K-12 43Videoconferência nos dois sentidos 44

Quinta geração: aulas virtuais baseadas no computador e na internet 44Redes de computadores 44Surgimento da internet e da educação com base na web 46Ponto de vista: Von Pittman 46

Resumo 47

Questões para discussão ou estudo adicional 48

Capítulo 3 O objetivo da educação a distância 49

Educação por correspondência e estudo em casa 49

Estudo independente 50

Substituição da mídia impressa pela mídia eletrônica 52

Telecursos 52

Educação a distância no ensino superior: pesquisa do NCES em 2001 54

Universidades abertas 55Canal Um 56

Televisão interativa: redes por satélite e a cabo 59Televisão comercial e treinamento empresarial 60Exemplos de televisão comercial 61Vídeo interativo na educação superior 61

Aprendizado on-line e universidades virtuais 63Escolas virtuais 66Aprendizado on-line K-12: Oregon Network for Education 67Treinamento empresarial 68Provedores 69Empresas de certificação e de testes 70Educação na área militar 71

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Page 11: Educação à Distância - uma visão integrada

Ponto de vista: Chere Campbell Gibson 73

Iniciativas de compartilhamento de cursos 74

Resumo 74

Questões para discussão ou estudo adicional 75

Capítulo 4 Tecnologias e mídia 77Mídia impressa 78Guias de estudo 78Jornais e boletins 79Tempo de preparação e impacto da editoração eletrônica 80Limitações da mídia impressa 81

Mídia sob a forma de áudio e vídeo 81Produção 83

Rádio e televisão 84Principais pontos fortes e usos da transmissão 84Serviço fixo de televisão educativa (ITFS – Instructional Television Fixed Service) 85Televisão a cabo (CATV) 85Havaí: televisão educativa nas ilhas 86Satélites de transmissão direta (DBS – Direct Broadcast Satellites) 87Vídeo transmissível 88

Teleconferência 88Audioconferência 88Audiográfico 89Videoconferência por computador de mesa 90Videoconferência 90Teleconferência para a educação médica 92

Aprendizado baseado em computador 92Conferência por computador 93Sistemas de aprendizado baseados na web 94Sistemas de gestão do conhecimento 94Internet2 95Lucent Technologies: projeto Conhecimento na Net 96

Seleção da mídia e da tecnologia 96Procedimentos de seleção da mídia e de tecnologia 99Amplitude da mídia e presença social 100

Integração de mídia e tecnologia 101Decisões sobre tecnologias múltiplas 102

Padrões das mídias 103Ponto de vista: Zane Berge 103

Resumo 105

Questões para discussão ou estudo adicional 105

Capítulo 5 Criação e desenvolvimento de cursos 107Criação de sistemas educacionais 107Estágios da criação educacional 108A abordagem planejada 109

Sumário xi

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Page 12: Educação à Distância - uma visão integrada

xii Educação a Distância

A equipe de desenvolvimento 110O modelo autor-editor 111Modelo da equipe do curso 111Anatomia dos cursos de estudo em casa 112Pontos fortes e pontos fracos 114A “equipe enxuta” 115

Elaboração do guia de estudo 116Criação de lições ou unidades 116Estilo de redação 118Layout 119

Elaboração de uma audioconferência 1191. Elabore o guia de estudo 1192. Ressalte segmentos e atividades 1203. Faça uma relação de alunos 1204. Teste, teste e teste 120

Elaboração de uma videoconferência por satélite 121Componentes de uma teleconferência por satélite 121

Criação e desenvolvimento de cursos baseados na web 123Ferramentas autorais 124Arquivos na web 124Sistemas de aprendizado integrados 124Princípios de criação na web 125

Criação e desenvolvimento de um curso on-line:uma equipe reduzida em ação 126Criação visando à acessibilidade: alunos com deficiência na web 127

Determinação da participação dos alunos 128

Criação do aprendizado autodirigido 129

Monitoramento e avaliação 130

Direitos autorais 133

Princípios gerais de criação 134Ponto de vista: Randy Garrison 135

Resumo 136

Questões para discussão ou estudo adicional 136

Apêndice: esquema de criação para um curso on-line no World Campus da Penn StateUniversity (PSU) 138

Capítulo 6 O ensino e os papéis do instrutor 147

Como a educação a distância difere 147

Algumas funções específicas do instrutor 148Cuidar das tarefas 150Expectativas dos alunos 150Reflexões de um professor por correspondência 151

Mais detalhes sobre interação 152Interação aluno–conteúdo 152

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Page 13: Educação à Distância - uma visão integrada

Interação aluno–instrutor 152Interação aluno–aluno 153Hierarquia da interação 153Interação versus apresentação: mantendo um equilíbrio 154

O papel do instrutor na teleconferência 154O coordenador de local 159Instrução por conferência audiográfica na web 161

Ensino on-line 161

Condução de discussões assíncronas 162Opiniões dos alunos: o valor do assincronismo 162Sugestões para os instrutores on-line 163Instrução on-line síncrona 164Perguntas para professores on-line na escola secundária 165Aspectos sociais do aprendizado on-line 166

Segurança dos exames e dos testes 167

Perspectivas do corpo docente: algumas descobertas da pesquisa 168Ponto de vista: Lani Gunawardena 168

Resumo 171

Questões para discussão ou estudo adicional 172

Capítulo 7 O aluno de educação a distância 173A natureza do aprendizado de adultos 173Por que os adultos se matriculam em um curso de educação a distância? 174Ansiedade pelo aprendizado 175

Proporcionando acesso 178

Fatores que afetam o sucesso dos alunos 180

Modelos de conclusão do curso de Kember e de Billings 181Modelo de conclusão do curso de Billings 183Formação educacional 183Características da personalidade 183O aluno que estuda o segundo idioma 185Preocupações extracurriculares 185Preocupações com o curso 185Considerações interculturais: educação a distância no Alasca 186Aptidões de estudo 187

Atitudes do aluno 187Aprendizado em sala de aula versus a distância 187Resistência à educação a distância 190

Apoio ao aluno: serviços de orientação e aconselhamento 191Orientação 193Assistência administrativa 195Interação social 195Uma visão realista do aluno a distância 195Ponto de vista: sir John Daniel 196

Resumo 197

Questões para discussão ou estudo adicional 198

Sumário xiii

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Page 14: Educação à Distância - uma visão integrada

xiv Educação a Distância

Capítulo 8 Dirigentes, administração e políticas 201

Planejamento estratégico 201Definição da missão 201A decisão de prosseguir 202Acompanhando a tecnologia 204

Administração do programa 205

Quadro de colaboradores 206Decisão sobre colaboradores em período integral versus período parcial 206Treinamento e orientações dos colaboradores 207Monitoramento e avaliação dos colaboradores 207

Centros de apoio ao aluno, bibliotecas e locais de teleconferência 208Bibliotecas 208Dos lados para o centro: desenvolvimento de bibliotecas para a educação a distância 210Locais de aprendizado por teleconferência 210

Orçamento 210Orçamento em diferentes níveis 211Orçamento da administração 212Programação 212Programação do aluno 213

Avaliação da qualidade 214Alguns dados sobre a administração 214

Uma avaliação realista da qualidade 216Marcos de referência para o sucesso na educação a distância baseada na internet 217

Comissões de certificação regional 218Comissão de Credenciamento do Conselho de Educação e Treinamento a Distância(DETC – Distance Education and Training Council) 219

Políticas: institucional, estadual e federal 220

Os obstáculos políticos à educação a distância estão diminuindo 221Em nível federal 221Em nível regional 222Em nível estadual 222Em nível institucional 222

Institucional: política para o corpo docente 223

Políticas estaduais de financiamento e administração de programas K-12 223Política de propriedade intelectual: o exemplo da Brigham Young University 224

Implementação da mudança institucional 225

Uma questão de política nacional: a defasagem digital 226Penn State: desenvolvimento de uma política para um sistema abrangente da instituição 227

Iniciativas políticas para reduzir a defasagem digital 228Governo federal 228Setor privado 229Exemplos de empresas sem fins lucrativos 229Exemplos de nível de comunidades 230

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Page 15: Educação à Distância - uma visão integrada

Estudo de um caso de criação de política nacional 230Planejamento nacional na África do Sul 231Ponto de vista: Michael Beaudoin 232

Resumo 233

Questões para discussão ou estudo adicional 234

Capítulo 9 Teoria e conhecimento da educação a distância 235

A importância da teoria 235

Um histórico muito resumido do conhecimento 236

Histórico de uma teoria de educação a distância 237Histórico da expressão educação a distância 238Otto Peters 238Em direção a uma teoria pedagógica 239

Teoria da interação a distância 239Educação a distância como interação 240Diálogo 241Conversação didática dirigida 242A importância crescente do diálogo 242Estrutura do curso 242A estrutura e o diálogo medem a interação a distância 243

Autonomia do aluno 244

Desmond Keegan 245

Randy Garrison 246Aprendizado em colaboração e a construção social do conhecimento 247

Dinâmica do sistema de Saba 247

Outras aplicações da teoria da interação a distância 248

A teoria e o aluno 249Ponto de vista: Farhad Saba 250

A teoria e o praticante 251

Resumo 251

Questões para discussão ou estudo adicional 251

Capítulo 10 Pesquisa e estudos de eficácia 253

A situação geral relativa à pesquisa 254

A eficácia como função de uma tecnologia 255Estudos de casos descritivos 256

Comparação do desempenho do aluno 257Para além de sem diferença significativa 259Criação eficaz de cursos 261Equipes de criação de cursos 262Seleção da mídia e da tecnologia 263Combinação entre mídia e tecnologias 264

Estratégias de ensino eficazes 264

Sumário xv

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Page 16: Educação à Distância - uma visão integrada

xvi Educação a Distância

Custo compatível 267Variáveis a serem incluídas na análise do custo compatível 267Alguns exemplos de estudos de custo compatível 268Economias de escala 269Tempo do corpo docente e outros custos ocultos 270

Pesquisas sobre políticas 271Ponto de vista: Curtis Bonk 274

Conclusão 275

Resumo 275

Questões para discussão ou estudo adicional 276

Capítulo 11 O alcance global da educação a distância 277Um passeio breve pelo mundo 278

China: um sistema nacional 278Estrutura organizacional do sistema de educação a distância da China 279

Coréia: uma política nacional 281Korea National Open University 282

Brasil: um sistema nacional para o treinamento de professores 282Criação do curso 283Implementação 283

Finlândia e Noruega 285

Austrália e Nova Zelândia 287

República da África do Sul 289University of South Africa 289Outros sistemas na RAS 290Um evento político importante 291

Reino Unido: a Universidade Aberta 292Cursos de qualidade 293Criação de cursos e apoio aos alunos 293Tecnologia 293

Turquia: a maior universidade de ensino a distância do mundo 294

Outras instituições nacionais 295Índia 295Paquistão 295Tailândia 295Malásia 295Alemanha 296Países Baixos 296Portugal 296Espanha 297Canadá 297Venezuela 297Costa Rica 298

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Page 17: Educação à Distância - uma visão integrada

Estados Árabes 298

Consórcios e sistemas virtuais em alguns países 299

África 301A defasagem digital global 302

Educação a distância, agências internacionais e desenvolvimento nacional 304

Unesco 305

Banco Mundial 306African Virtual University 307

Ponto de Vista: Michael Foley 308

Resumo 309

Questões para discussão ou estudo adicional 309

Capítulo 12 Educação a distância está relacionada à mudança 311O fornecimento de informações em transformação 311

Mudando o acesso à informação 312

Mudanças na relação entre conhecimento e desenvolvimento econômico 313

Mudanças na tecnologia 315Que mudanças tecnológicas estão por acontecer? 316A tecnologia agrega valor e, em caso afirmativo, qual é esse valor? 317

Mudanças na elaboração do programa: objetos de aprendizado 319

Mudança organizacional 321Um novo modelo de oferta para a organização da educação a distância 322Um novo modelo, orientado pela demanda, de educação a distância 323

Globalização e comercialização 324

Mudanças necessárias no uso da terminologia 327Ponto de Vista: Neil Postman 328

Resumo 329

Questões para discussão ou estudo adicional 330

Apêndice – Fontes de informação adicional 331

Glossário 347

Referências 359

Índice onomástico 379

Índice remissivo 385

Sumário xvii

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Page 18: Educação à Distância - uma visão integrada

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Page 19: Educação à Distância - uma visão integrada

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Quando escrevemos a primeira edição deste livro, prefaciamos que a educação a distânciaparecia estar aumentando em importância e que, como conseqüência, prevíamos umanecessidade cada vez maior de cursos universitários e de treinamento nesse campo.Desde então, a área realmente tem crescido, em termos de escala e significado, atémais do que previmos. Os últimos dez anos, em particular, têm acarretado uma trans-formação na extensão em que a prática e o estudo da educação a distância têm setornado aceitos nos contextos acadêmico e de treinamento empresarial. Diversasexplicações podem ser sugeridas sobre o motivo pelo qual tantas pessoas e institui-ções têm abandonado preconceitos de longa data contra o aprendizado que ocorrefora do campus e da sala de aula, porém ninguém negaria que o principal estímulopara a mudança tem sido o surgimento de novas tecnologias. São o aparecimento ea expansão de uma nova tecnologia de telecomunicações que têm trazido a educação adistância à atenção de milhões de alunos a distância potenciais, nos Estados Unidose ao redor do globo. A mesma tecnologia, uma combinação de computadores pes-soais, internet e World Wide Web, agora disponível sobre a mesa de todo professor,instrutor e orientador no mundo desenvolvido e em outras regiões, tem atraído mi-lhões desses educadores para a experiência com idéias e técnicas de ensino a distância.As instituições que empregam esses educadores, por sua vez, têm aproveitado aoportunidade para expandir suas áreas de atração de alunos muito além de suasfronteiras tradicionais e geograficamente restritas – e aumentar, desse modo, a pro-dutividade de seu corpo docente. Acompanhando essas mudanças impulsionadas pelatecnologia, têm ocorrido transformações nas políticas econômicas nacionais (e globais)que têm forçado as instituições educacionais a aceitar uma redução no subsídiogovernamental à educação e a adotar uma orientação mais empreendedora e comer-cial na oferta de educação como um serviço em um mercado competitivo. Um efeitovisível disso tem sido o aumento no número de novos provedores sem fins lucra-tivos; um outro é a invenção de novas formas de colaboração entre instituições maisantigas, cuja meta consiste em manter afastados os novos concorrentes. Notaríamos,por fim, o crescimento da popularidade, na última década, da visão, designada comoconstrutivista, do aprendizado. Esse é um ponto de vista sobre o relacionamento pro-fessor–aluno que não é desconhecido pelos educadores a distância mais antigos, afas-tados da tradição do “estudo independente”. O construtivismo, por ser originário de

Prefácio

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Page 20: Educação à Distância - uma visão integrada

xx Educação a Distância

práticas em sala de aula, tem ajudado um número muito maior de professores tradi-cionais a descobrir que existe algo mais no ensino e no aprendizado em relação aoque acontece em sala de aula no campus; eles descobrem, pelo contrário, que podemacessar ambientes de aprendizagem mais amplos na residência e no local de trabalhodos seus alunos, proporcionando estrutura e diálogo com estes, por meio de tecno-logias de comunicação.

A partir desses poucos comentários, deve se tornar claro por que fomos moti-vados a preparar uma nova edição de Educação a Distância: uma Visão Integrada.Isto, em virtude de tantas mudanças nas tecnologias usadas para o ensino a distân-cia, pelo modo como a educação a distância é organizada, considerando quem estáaprendendo e como eles são ensinados, e dependendo das políticas oficiais e institu-cional. Além disso, decorreu uma década de pesquisas e de avanço do conhecimento,representados por um aumento significativo do conhecimento organizado formal-mente, publicado em artigos, livros e dissertações, bem como em fontes on-line.

No entanto, nem tudo é novo. Na realidade, uma das maiores ameaças à boaprática, bem como à boa transmissão do conhecimento na educação a distância, é afalha comum dos novatos nessa área em compreender qual a profundidade doconhecimento existente. Nem é preciso mencionar que o modo de criar e apoiaro aprendizado a distância não foi inventado com o advento da internet, porém ésurpreendente como muitos professores parecem ter essa impressão. Por causa deum número tão grande de pessoas optarem pela educação a distância, com poucoou nenhum treinamento ou estudo na área, os fatos básicos apresentados naprimeira edição deste livro são, se houver alguma diferença, muito mais necessáriosdo que antes. Acreditamos, por exemplo, que todo professor a distância ou admi-nistrador ou formulador de políticas que precisa tomar decisões sobre educaçãoa distância irá considerar valioso conhecer algo do histórico do campo, pois ahistória mostra que as decisões com que os usuários da nova tecnologia se defron-tam também foram enfrentadas pelos predecessores que usaram textos impressos,rádio, teletransmissão e tecnologias de teleconferência. De modo similar, todos os prin-cípios de criação do conteúdo da instrução, de apoio ao aluno e da organização eaplicação dos recursos, bem como da teoria da educação a distância, têm de ser apli-cados em contextos tecnológicos e sociais em mutação. Mas antes de serem aplicadosde modo inteligente, eles precisam ser compreendidos. E, assim, nesta nova edição,ao descrever e analisar a evolução da educação a distância ao longo dos últimos dezanos, estamos firmemente comprometidos em apresentar esses aspectos tendo comofundamento a teoria estabelecida e os princípios de boa prática que foram descritosno trabalho anterior.

Atualmente, conforme todos sabemos, o desafio que enfrentamos a respeito dainformação, com nossos alunos, não é encontrá-la em grande quantidade, masidentificar qual informação, na quase infinidade em que se encontra disponível,torna-se mais importante. Portanto, tendo em mente que nossa meta consiste emproporcionar um texto introdutório e acessível ao leitor, consideramos que uma denossas principais tarefas é sermos bastante seletivos naquilo que incluímos e breves

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Prefácio xxi

em nossa apresentação. Assim, este livro não é completo nem inclui tudo; não éuma enciclopédia nem um compêndio de pesquisa (para tal, consulte Handbook ofDistance Education, de Moore e Anderson, publicado em 2003). O que estamosoferecendo neste exemplar, como na primeira edição, é uma introdução e visão deconjunto da área, organizadas em capítulos, que, por sua vez, lidam com suas partesprincipais, chamando a atenção para os princípios relevantes e ilustrados com umaseleção de casos.

Para alunos em faculdades de educação e para professores em atividade, estelivro descreve e explica a natureza de ensino a distância e o que a pesquisa e a expe-riência transmitem a respeito do aprendizado a distância. Para os administradoreseducacionais, revisamos as tarefas e alguns dos desafios na organização e nogerenciamento dos recursos necessários para transmitir o programa de educação adistância. Revisamos o conjunto de tecnologias disponíveis, incluindo algumas já exis-tentes há algum tempo, mas que ainda possuem aspectos positivos que tecnologiasmais novas nem sempre apresentam. Para as pessoas interessadas em desenvolver pro-gramas, bem como para aqueles que possam ter de usar programas desenvolvidospor terceiros, julgamos ser útil revisar de que modo os princípios de criação dos mate-riais de instrução são aplicados no contexto da educação a distância. Existem tambémcapítulos sobre o objetivo atual, o histórico, a teoria, a experiência internacional ealguns dos temas de políticas envolvidos na educação a distância. E, nesse ponto,devemos introduzir nosso tema básico, que diz respeito ao fato de que, em seuestudo e em sua prática, a educação a distância é mais bem compreendida quando évista como um sistema total. Ao estudá-la, não é suficiente conhecer somente o histó-rico, a teoria ou os princípios de criação dos materiais de instrução ou as estruturasorganizacionais. Nenhum desses aspectos pode ser compreendido isoladamente; énecessário compreender todos, muito embora em um nível relativamente elementar,proporcionando, desse modo, o arcabouço teórico no âmbito do qual se pode, então,escolher áreas específicas para estudo e pesquisa em profundidade. Como prati-cantes, também é essencial entender os componentes do sistema e ter segurança paraoperar como parte de um sistema, sabendo que as aptidões de uma pessoa possuemum valor muito maior quando integradas a outras especializações, resultando na elabo-ração e na transmissão de programas de qualidade superior e de menor custo do quepoderia ser obtido agindo sozinho.

Quando você tiver acabado de ler este livro, ficará conhecendo as linhas geraisdessa área e estará pronto para escolher uma ou mais áreas para estudar em pro-fundidade. Para ajudar nesse próximo estágio, revisamos integralmente o Apêndice.Como antes, este livro apresenta um conjunto substancial de referências, umglossário, detalhes das principais publicações e informações para contatar algumasdas organizações envolvidas na educação a distância. Em contraste à primeira edição,esta oferece endereços de websites de um grande número de organizações, bem comodocumentos on-line. Existe um capítulo, como anteriormente, sobre “Pesquisa eestudos de eficácia” de educação a distância, no qual introduzimos algumas das prin-cipais áreas de pesquisa. No entanto, devemos também aproveitar essa oportunidade

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xxii Educação a Distância

para alertar que, ao usar essas referências, você deve compreender que aquilo escrito arespeito de cada item de pesquisa não pode ser usado em substituição à leitura dodocumento original.

Gostaríamos, uma vez mais, de agradecer a todos aqueles que contribuírampara a revisão desta edição. Essas pessoas incluem colegas em nossas universidadese também os revisores dos rascunhos do manuscrito. Muitos ajudaram no preparodesta revisão, mas mencionaremos Kay Shattuck, do Carroll Community College,usou a primeira edição em suas aulas e, com base em sua experiência, fez diversascontribuições substanciais, particularmente para o Capítulo 10. Joe Savrock se encar-regou da preparação do índice remissivo e Haijun Kang foi de grande ajuda no preparoda bibliografia. Bill Anderson e Linda Black também adotaram a primeira edição paraseu ensino on-line e fizeram contribuições valiosas para diversos capítulos. Entreos alunos de pós-graduação que foram particularmente prestativos se destacamArlo Bensinger e Creso Sa. Agradecemos também às seguintes pessoas pelas contri-buições para o capítulo sobre temas internacionais: Aisha Al-Harthi, Insung Jung,Ari Matti Auvinen, Andrew Higgins, Wayne MacIntosh, Fiona Spence, Alan Tait eMeltem Albayrak-Karahan. Agradecemos John Daniel, Michael Foley, MichaelBeaudoin, Zane Berge, Randy Garrison, Sally Johnstone, Fred Saba, Curtis Bonk, VonPittman, Lani Gunawardena e Chere Gibson por aceitarem nosso convite para com-partilhar conosco suas impressões sobre o futuro da educação a distância. Desejamostambém expressar nosso reconhecimento pelas indicações e sugestões valiosas dos se-guintes revisores do livro: Muhammad K. Betz, da Southeastern Oklahoma StateUniversity; Temba C. Bassoppo-Moyo, da Illinois State University; Simone Conceição,da University of Wisconsin-Milwaukee; Doreen K. Gosmire, da University of SouthDakota; Lynn Milet, da Kutztown University; e Mark Mortensen, da University ofNorth Texas. Por fim, expressamos nossos agradecimentos a Dan Alpert, nossoeditor, que nos apoiou constantemente na Thomson Wadsworth.

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Introduziremos neste capítulo algumas idéias básicas sobre educação a distância.Forneceremos uma definição e uma explicação de como a educação a distância podeser vista em níveis distintos de complexidade organizacional. Também indicaremosa importância de um método sistêmico necessário para a compreensão da educa-ção a distância e para a sua prática bem-sucedida.

A idéia básica de educação a distância é muito simples: alunos e professores estão emlocais diferentes durante todo ou grande parte do tempo em que aprendem eensinam. Estando em locais distintos, eles dependem de algum tipo de tecnologiapara transmitir informações e lhes proporcionar um meio para interagir.

Empregar bem essas tecnologias depende, por sua vez, da utilização do tipode técnicas de criação e comunicação específicas dessas tecnologias e diferentes da-quelas que os professores normalmente aplicam em sala de aula. Usar essas tecno-logias e técnicas para a educação a distância exige mais tempo, planejamento erecursos financeiros. Ser um aluno a distância também é diferente; a pessoaprecisa ter aptidões distintas para o estudo e habilidades de comunicação dife-rentes; comumente, esse modo de educar agrada a um setor da população diferentedaquele que freqüenta escolas tradicionais. Conseqüentemente, esses alunos preci-sam de diferentes tipos de suporte e de auxílio para diferentes problemas. Alémdisso, é preciso identificar meios para gerenciar e administrar programas ofere-cidos desse modo. À medida que instituições, e mesmo Estados e nações, tentamrealizar isso, constatam ser necessário desenvolver novas políticas. Algumas vezes,é preciso criar instituições ou departamentos inteiramente novos ou fazer novas par-cerias interinstitucionais.

Conforme você poderá observar, quando começar a pensar a respeito de todas asimplicações do distanciamento entre alunos e professores, uma idéia que em princípioparece muito simples se torna, na realidade, muito complicada.

Capítulo 1

Conceitos Básicos

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2 Educação a Distância

Definição e Explicação de Determinada Terminologia

Para compreender a natureza multidimensional dessa área, adotaremos a seguintedefinição:

Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre normalmente em umlugar diferente do local do ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e deinstrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionaise administrativas especiais.

Os principais aspectos a serem enfatizados a respeito dessa definição indicamque nosso estudo de educação a distância é um estudo de:

• aprendizado e ensino;• aprendizado que é planejado, e não acidental;• aprendizado que normalmente está em um lugar diferente do local de ensino;• comunicação por meio de diversas tecnologias.

Se você refletir sobre essas quatro características, constatará que a definiçãoengloba muitos outros termos e expressões com que, provavelmente, já se deparouem suas leituras.

Por exemplo, muitas pessoas usam a expressão “educação a distância” quandorealmente não pretendem focar somente o aprendizado, mas incluir também o ensino.No entanto, aprendizado e ensino não são a mesma coisa que aprendizado! Quando vocêdeseja estudar aprendizado e ensino, precisa usar o termo “educação”, que descreve corre-tamente uma relação com dois lados.

O aprendizado em educação também é, por definição, intencional. Aquilo quevocê percebe acidentalmente ao olhar pela janela da sala de aula não é educação, nemo que você aprende aleatoriamente quando surfa na web com a educação adistância. O tipo de aprendizado que estudamos na educação é um aprendizadoplanejado e pelo qual uma pessoa – o aluno – se propõe deliberadamente a aprendere é auxiliada por uma outra – o professor – que cria, também deliberadamente,meios para ajudar essa pessoa a aprender. Esse é um bom lugar para eliminar outracausa comum de mal-entendido – a distinção entre educação e treinamento. Nestelivro, o treinamento é considerado um domínio no âmbito do universo geral daeducação, direcionado usualmente ao aprendizado planejado de aptidões práticas.Todos os conceitos afirmados sobre educação aplicam-se ao treinamento, porém, sejulgarmos necessário indicar treinamento especificamente, iremos fazê-lo. De modosimilar, usamos o termo “ensino” como sinônimo de instrução e usamos “professor”e “instrutor” indiferentemente. A expressão “corpo docente”, refere-se a profes-sores de ensino superior.

Professores em sala de aula utilizam cada vez mais tecnologia para oferecerprogramas de aprendizado individual para estudo fora da sala de aula, a fim deapoiar métodos face a face para grupos. A expressão que recentemente passou a serusada para descrever essa situação é “aprendizado variado”. No entanto, o ensino nasala de aula complementado por tecnologia não é o mesmo que o ensino dependente

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de tecnologia. É por esse motivo que a definição de educação a distância usa apalavra normalmente. É perfeitamente razoável para um professor em sala deaula empregar tecnologia, porém, o lugar normal de aprendizado é o mesmo que olocal normal de ensino. Na educação a distância, é igualmente razoável que os alunosse reúnam ocasionalmente e talvez com o professor, mas o local normal de aprendi-zado não inclui a presença do professor. Na educação a distância, a tecnologia é omeio de comunicação único ou principal, o que evidentemente não é o caso emuma sala de aula.

Outra maneira para diferenciar educação a distância e outras formas de edu-cação que usam tecnologia consiste em perguntar: onde são tomadas as principaisdecisões sobre educação? Em outras palavras, quem decide o que deve ser aprendidoe quando o aprendizado foi completado satisfatoriamente? Se tais decisões sãotomadas em sala de aula, não se trata de educação a distância. Caso sejam tomadasem outro lugar e comunicadas pelo instrutor ao aluno por meio de uma tecnologia,o programa é de educação a distância.

Ocorre outra confusão quando as pessoas definem educação pela tecnologiausada. A mais antiga dessas expressões é “educação por correspondência”, significando aeducação em que o meio de distribuição dos materiais de ensino e de interação deprofessores e alunos é o sistema postal. Expressões comuns mais recentes incluem“aprendizado eletrônico” (e-learning) e “aprendizado assíncrono”. O prefixo “e” significa“eletrônico”, porém, aqueles que o utilizam usualmente não se referem a todas asformas de comunicação eletrônica, incluindo rádio, videogravadores e assim por diante.Comumente, o aprendizado eletrônico refere-se à educação a distância pela internet.De modo similar, “aprendizado assíncrono” refere-se usualmente àquelas formas deeducação a distância em que a comunicação se dá por meio de tecnologias da internetque apóiam comunicações assíncronas (não ocorrendo ao mesmo tempo), como e-mail,websites e quadros de aviso on-line. E, obviamente, as pessoas que se referem aoaprendizado eletrônico e ao aprendizado assíncrono quase sempre incluem o ensino.

Outra expressão comumente associada à educação a distância é “universidadeaberta” ou “aprendizado aberto”. Essa expressão é usada na Europa e em outrospaíses com tradição de uma educação superior muito elitista, nos quais, muitasvezes, está relacionada a “educação a distância” no acrônimo “EDA”, significando“educação a distância e aberta”. A idéia é que a educação a distância possa permitir oacesso ao aprendizado e dar maior autonomia ao aluno. Historicamente, os adeptos daeducação a distância nos Estados Unidos têm considerado a concretização de ambas asmetas como atributos importantes de sua abordagem, e por esse motivo a educação porcorrespondência em nível universitário tem sido indicada como “aprendizado indepen-dente”. No entanto, existem programas de educação a distância que não são “abertos”, domesmo modo que há programas de educação face a face que são.

Outra expressão considerada algumas vezes como sinônimo de educação adistância é “aprendizado distribuído”, caracterizando sua disponibilidade em todolugar e a qualquer tempo. O foco no local de aprendizado levou muitas escolas comfins lucrativos a usar a expressão “estudo em casa” para descrever seus programas.

Conceitos Básicos 3

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4 Educação a Distância

Quando se deparar com essas expressões em artigos ou em outros meios, vocêdeve deduzir o que um determinado autor quer dizer, pois, geralmente, são utilizadas demodo muito vago. Você também terá de lembrá-las quando fizer uma pesquisadocumental on-line, porque nem todos os artigos e sites úteis sobre educação a dis-tância possuem denominação correta. O fato é que todas essas expressões recaem nodomínio da educação a distância e são cobertas pela definição de educação a distância,anteriormente mencionada.

Níveis da Educação a Distância

Desviando da terminologia básica para observar a organização da educação adistância, o primeiro aspecto a notar é que, em termos de estrutura organizacional,a educação a distância existe em vários níveis diferentes.

Instituições com Finalidade Única

Educação a distância é a atividade específica de uma instituição com finalidadeúnica. Todo o corpo docente e os colaboradores da instituição se dedicamexclusivamente à educação a distância; as funções que exercem são diferentes daquelasem uma faculdade, universidade, sistema escolar ou departamento de treinamentotradicional.

Este modelo não tem encontrado muita aceitação nos Estados Unidos no setorpúblico, embora tenham sempre existido muitas instituições pequenas (e algumasgrandes) que visam ao lucro. Os exemplos mais destacados dessas instituições estãono exterior, as “universidades abertas”, que você conhecerá mais adiante.

Exemplo:A Athabasca University (http://www.athabascau.ca) é a principal universidade de educa-ção a distância com finalidade única do Canadá. Ela atende a cerca de 25 mil alunos porano, após um período de crescimento rápido que testemunhou a duplicação do númerode matrículas dos alunos nos últimos anos da década de 1990. Cerca de 150 mil alunosse beneficiaram dos programas da AU desde que o governo da Província de Albertacriou a universidade, em 1970. Os programas da Athabasca University estão disponí-veis predominantemente por meio de estudo individualizado, em que todos os materiaise um link com conexão pré-paga com um orientador estão incluídos nas taxas esco-lares. Módulos de seminário e de teleconferência também são disponibilizados, e umnúmero crescente de programas é oferecido on-line ou com ampliação on-line.

Instituições com Finalidade Dupla

Uma instituição com finalidade dupla é aquela que agrega educação a distância a seucampus previamente estabelecido e ao ensino baseado em classes. No ano de 1998,mais de um terço das 5.010 instituições de ensino superior nos Estados Unidos ofe-reciam cursos de educação a distância transmitidos eletronicamente. Atualmente, essa

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proporção é de cerca de 80%. Para gerenciar as atividades especiais de criação eensino necessárias para a qualidade constante dos programas de educação a distância,a instituição com finalidade dupla estabelece uma unidade especial juntamente aosrecursos aplicados no ensino convencional. Essa unidade possui normalmente umaequipe administrativa, produtores de conteúdo e especialistas técnicos cuja única respon-sabilidade é a educação a distância. Ela raramente tem seu próprio corpo docente;a maioria dessas unidades se vale do corpo docente da instituição a que pertencempara proporcionar conhecimento especializado. Geralmente, o corpo docente tradi-cional no campus se encarrega do ensino, muitas vezes, com auxílio de professoresem período parcial. Todos são gerenciados pela unidade de educação a distância.

Exemplo:De modo idêntico a outras agências governamentais, organizações voluntárias e em-presas que não são necessariamente instituições educacionais, o National Park Service(NPS) dos Estados Unidos (http://www.telnps.net/) disponibiliza um grande pro-grama de educação a distância. A entidade proporciona treinamento para seus 20 milempregados, o qual inclui muitas videoconferências transmitidas a cerca de 60 sites paradownlink em todos os Estados Unidos, bem como em Guam e Porto Rico.A Pennsylvania State University é uma universidade com finalidade dupla que possuiuma unidade especial denominada World Campus (http://www.worldcampus.psu.edu)para proporcionar diplomas e educação profissional continuada “a qualquer tempo,em todo lugar”. Professores “tradicionais” ensinam os cursos e o World Campusoferece uma gama completa de serviços de apoio ao aluno – incluindo acesso àbiblioteca, matrícula e registros, aconselhamento, apoio técnico, avaliação, serviçosdirecionados à carreira e oportunidades de aprendizado informal e contato social.

Professores Individuais

Algumas das instituições convencionais que disponibilizam seu ensino por métodosde educação a distância o fazem sem ter uma unidade especial; como alternativa,simplesmente permitem que cada professor crie e ensine seus próprios cursos. Semter uma unidade especializada como em uma instituição com finalidade dupla, acriação, o ensino e a administração desses programas ficam a cargo dos professorese administradores no campus. A diferença da instituição com finalidade dupla podeser visualizada se pensarmos em como uma unidade direcionada seria capaz deorganizar sistematicamente um modus operandi com a biblioteca do campus paraapoiar os alunos a distância, em comparação com aquilo que um professorindividual ou mesmo um departamento poderia oferecer. De um modo similar,pense em fazer acertos para fornecer publicações por meio da livraria ou obter umadoação para apoiar o desenvolvimento de programas, ou, o que é mais difícil, reuniralguns professores para trabalharem juntos como equipe de um curso. Os profes-sores individuais que atuam no âmbito da estrutura de recursos que foram esta-belecidos – e eles são bons nessa função –, para oferecer formas de ensino eaprendizado no campus, raramente podem obter uma educação a distância de altaqualidade ou mantê-la durante muito tempo.

Conceitos Básicos 5

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Nos últimos anos houve um aumento na aceitação da prática e do estudo

da educação a distância, tanto nas áreas acadêmica quanto de treinamento

empresarial. Uma combinação de computadores pessoais, internet e World

Wide Web tem atraído milhões de educadores para a experiência com idéias e

técnicas de ensino a distância.

Este livro é uma introdução e apresenta também uma visão de conjunto

da educação a distância. Descreve e explica a natureza desse ensino e o que a

pesquisa e a experiência transmitem a seu respeito. Revê as tarefas e alguns

dos desafios encontrados na organização e no gerenciamento dos recursos

necessários para transmitir o programa de educação a distância. Os autores

revisaram o conjunto de tecnologias disponíveis, incluindo algumas já exis-

tentes há algum tempo, mas que ainda possuem os aspectos positivos que as

tecnologias mais novas nem sempre apresentam. A obra aborda de que modo

os princípios de criação dos materiais de instrução são aplicados no contexto

da educação a distância, além de apresentar capítulos sobre o objetivo atual, o

histórico, a teoria, a experiência internacional e alguns dos temas de políticas

envolvidos na educação a distância.

Livro-texto para as disciplinas educação a distância e ensino a distância

para a área de Educação, em nível de graduação. Leitura complementar para

cursos de Administração, Economia e Ciências Contábeis e para os de Enge-

nharia em que as áreas tecnológicas estejam ligadas a aplicações e questões

específicas do ensino a distância.

Obra também recomendada para profissionais que ocupam cargos geren-

ciais e para profissionais que necessitam entender a linguagem utilizada no

ensino a distância, cada vez mais adotada em treinamentos corporativos.

APLICAÇÕES

OUTRAS OBRAS

Daniel Augusto Moreira

Anna Maria Pessoa de Carvalho (org.)

Anna Maria Pessoa de Carvalho (coord.)

Maria Lucia Spedo Hilsdorf

Alessandro Marco Rosini

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Analfabetismo Funcional: O Mal Nosso de Cada Dia

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Revisitando o Saber e o Fazer Docente

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