eduardo de melo rocha fisiatria santa casa sp ... - anamt · adutores e abdutores dos dedos,...
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Definição
- fenômeno relacionado ao trabalho
- decorrentes da utilização excessiva
- falta de tempo para recuperação
- sintomas concomitantes ou não: dor,
parestesia, sensação de peso e fadiga
(KUORINKA e FORCIER 2005)
Conjunto de distúrbios osteoarticulares
LER
Cervicobraquialgias
Afecções traumáticas cumulativas
Sd de overuse
Tenossinovite
Entre outras
Aumento da frequência
- mecanização e informatização
- intensificação do ritmo
- múltiplas jornadas
- redução da flexibilidade do tempo
- produtividade
- ergonomia
- técnicas diagnósticas modernas
- conhecimento populacional
1713 – Ramazzini
- de morbis artificum diatriba (doença trabalhadores)
- escribas, costureiras
- inalatórias
Século XIX
- cãibra do escrivão
- dor em artesãos, leiteiros, artistas, etc
- sempre em membros superiores e cervical
- Solly – movimentação excessiva e disfunção medular e cerebelar
- influência psicogênica
- século XX – traumatismos segmentares
Década de 60 - Japão : aumento do número de casos Comitê Nacional Cervicobraquialgia Década de 80 - Austrália: epidemia de Dort fibromialgia como Dort descaracterização das Dort atualmente - Países escandinavos - Brasil
Maior prevalência de afecções de ombros
População de trabalhadores
HERBERTS e col. 1981 soldadores de estaleiros
HERBERTS e col. 1984 chapeadores de estaleiros
SILVERSTEIN 1985 trabalhadores industriais expostos à alta repetitividade e força
LUOPAJÄRVI e col. 1979 trabalhadores de linhas de montagem de embalagens
McCORMACK e col. 1990 trabalhadores de manufatura
KUKKONEN e col. 1983 trabalhadoras de entrada de dados
VIIKARI-JUNTURA 1983 trabalhadores de abatedouros
Maior prevalência de epicondilites laterais
População de trabalhadores
KURPPA e col. 1991 cortadores de carne
KURPPA e col. 1991 empacotadoras
ROTO e KIVI 1984 cortadores de carne
McCORMACK e col.1990 trabalhadores de manufatura
VIIKARI-JUNTURA e col. 1991 cortadores de carne, empacotadores e enchedores de lingüiça
Achados de afecções músculo-esqueléticas multi-tissulares
OXENBURGH 1984 digitadores BRISSON e col. 1989 costureiras JONSSON e col. 1988 montadores de componentes
eletrônicos BERG e col. 1988 trabalhadores de estaleiros SILVERSTEIN e col. 1987 trabalhadores do setor de
investimentos PUNNET e ROBINS 1985 trabalhadores do setor de
vestuário OHLSSON e col. 1989 montadores de setor plástico HANSEN e JEUNE 1982 trabalhadores de lavanderias
EUA - crescente problema de saúde - aumento de 14 vezes entre 81/94 - 96 – 425.000 pacientes 65% das doenças ocupacionais - gasto de US$ 68 bilhões/ ano - se considerar os afastamentos – 10% PIB - tratamento clínico: US$ 500 cirúrgico: US$ 24.158 - crônico – US$ 80-100.000 per capita
Ausência trabalho
- STC – 84 dias
- cervicalgia – 100 dias
- custo: 65% indenizatórios / 35% tratamento
- lombalgia : 50% em 06 meses
25% em 01 ano
praticamente nula em 02 anos
Brasil
- dados da Previdência
- apenas 50% dos trabalhadores
- 2002 – 72% bancários cervicalgia
56% tendinites tenossinovites
(BARBOSA-BRANCO 2002).
Pressão mecânica localizada Posturas: - posturas extremas - força da gravidade - modificação da geometria muscular Carga mecânica: - tensão - fricção - pressão - irritação
Carga estática
Invariabilidade da tarefa
Exigência cognitiva
Fatores organizacionais e psicossociais
Cervical e MMSS
Lombar e MMII menos frequentes
Adormecimentos, alterações neurovegetativas, tróficas, sensitivas e motoras
Dor leva a comprometimento psiquico
Limita as AVDs, lazer, sono, projeto de vida
Tendinites, tenossinovites, peritendinites, epicondilites, cistos sinoviais, dedo em gatilho, SDM, DSR, compressão,...
Generalização da dor
Fibromialgia
Nexo causal
Mais de 01 semana
Dor : mecânica, neuropática, psicogênica
Maeno, Salerno, Rossi, Fuller, 2006
Dor
uma experiência sensorial e emocional desagradável em termos de lesão tecidual real ou potencial.
Dor
- aguda : bem localizada, definida, quadro inflamatório agudo,
- crônica: pouca expressão de sinais físicos, vaga, associada ansiedade, hostilidade, postura antálgica, conseqüências sociais e profissionais
Dor:
- espasmos musculares
- desequilíbrios musculares
- posturas antálgicas
- lesões sensitivas e motoras
- alterações vegetativas
Solicitação do aparelho locomotor vs.
Modificações morfofuncionais
Lesão inicial geralmente subclínica
Traumatismos físicos ou emocionais
Lesão inflamatória primária
- inflamação neurogênica, hiperatividade simpática
- sensibiliza receptores nociceptivos
- magnifica a sensação dolorosa
- secundariamente imobilismo, hipofunção do sistema supressor de dor, ativação central
- fibras tipo I são mais afetadas (vermelhas)
Compromete a sensibilidade vibratória
Diminui 20% do reflexo cutâneo simpático
Alteração de fluxo sanguíneo e temperatura
Inibição de óxido nítrico associado a lesões nervosas
Fluxo de sangue 71% mesmo após atividade física
Altera mapas corticais
Predisposição
- descondicionamento físico
- constituição física
- características sexuais
- perfil psíquico
- grau de stress e insatisfação no trabalho, familiar e social
- Reforço da incapacidade
- Comorbidades
Dort
- fatores de risco variados e sinérgicos
- controle: reorganização do trabalho
modificação produtividade, ferramentas, relações interpessoais
Dor – difícil caracterização
componentes não nociceptivos do sofrimento
- alívio da dor vs. desaparecimento das incapacidades
- crenças, estressores psíquicos e sociais
Modelo interprofissional
Formulação individualizada
Uso indiscriminado de medicações
Componentes biológicos, sociais e emocionais
Fatores perpetuantes e agravantes
Medo das atividades
Comportamento de repouso
Fantasias:
- dor durante atividades
- insucesso retorno trabalho
- modificações da natureza do trabalho
- medo pode predizer resultados cirúrgicos em 12 meses ( Vlayen et al, Wladell et al.)
FOTOTERAPIA emprego terapêutico das radiações
HIDROTERAPIA terapia na água
MASSOTERAPIA aplicação de movimentos sistemáticos
TERMOTERAPIA efeitos do calor e do frio sobre os tecidos
ELETROTERAPIA utilização de correntes elétricas
para cada tipo de aparelho utilizado existem indicações, contra- indicações e cuidados especiais de manuseio e aplicação
os aparelhos devem servir como coadjuvantes no tratamento e devem ser complementados com cinesioterapia
cada paciente deve ser avaliado cuidadosamente para ser determinado o aparelho mais indicado
1. a articulação do ombro propriamente dita que é feita pelo osso úmero e a escápula, ou seja, entre a cabeça do úmero e cavidade glenóide; 2. a articulação da clavícula com o acrômio, portanto articulação acrômio-clavicular; 3. a articulação da clavícula com o osso esterno, esterno-clavicular; 4. a articulação da escápula com o tórax (falsa articulação); 5. o espaço sob o ―arco córaco-acromial‖ que é formado pelos ossos acrômio e coracóide e pelo ligamento córaco-acromial, espaço este por onde se movimentam tendões importantes da articulação do ombro
Manguito rotador:
Rotação interna- subecapular
Rotação externa – redondo menor
infra espinal
Abdução – supra espinal
Dor em ombro
- 30% - 50% dor alguma vez em ombros
- 54% - mantém dor por 03 anos ou mais
- ainda desconhecida fisiopatologia, diagnóstico e tratamento
- bursites e lesões do manguito
J S Lewis , 2008 BMJ
Vários nomes
- tendinite, tendinose, bursite, impacto, ruptura parcial ou total, etc...
- testes não isolam as estruturas
manguito não é isolado
sem correlação com imagem
posição e inervação da bursa
Não há correlação clínica com artroscopia, US, RNM
Pode-se tentar reproduzir a dor pelo movimento
estabilizar sobre pressão a cabeça umeral
mudar a posição escapular
estabilizar cervical e coluna torácica
J S Lewis , 2008 BMJ
Ombro congelado
- limitação de ADM,
- capsulite adesiva
- não há causa desencadeadora
- predisposição individual
- fase hiperálgica e congelada
- tratamento precoce
Fibras colágenas em paralelo
Minimizam e disseminam forças
Espasmo muscular
- arrancamento das junções miotendíneas
- inflamação
- diminui circulação
Primeiro túnel do carpo
Extensor curto / abdutor longo
Pode associar com lesão do
ramo dorsal do radial
Dor
Sinal de Finkelstein
Acompanha outras lesões
Diferencial:
- rizoartrose, AR
Diagnóstico clínico/US
Tratamento
Medial – flexores
Lateral – extensores
Comprometimento associado do ulnar e do radial
Irradiação proximal e distal
Tratamento:
- Diversos
- AINH/Analgésicos
- Medicina Física
- Grupo interdisciplinar
- PRP?/ Ondas de Choque?
Retração da fáscia palmar
Origem desconhecida
Aumento dos glicosaminoglicanos e hipóxia
Doença fibroproliferativa
Progressão variável
genética
Compressão vascular e/ou nervosa na emergência da subclávia
Vascular, neurológica ou mista
afeta nervo ulnar e raramente mediano
Dor e Tinel na fossa supraclavicular
Teste de Roos e Adson
Hipoestesia hipotenar
Múltiplos pontos gatilho supra escapulares
Lesão superior (C5-6)
- lesão de Erb-Duchenne – paralisia deltóide, bíceps, braquial, braquiorradial, supra e infra espinoso, rombóides
Lesão inferior (C8-T1)
- paralisia de Déjérine – Klumpke: comprometimento da mão, hipoestesia ulnar, sd. Horner
Mais frequente Dort
Induzido pela compressão do mediano
Agravado por flexão e extensão forçada e repetitiva do punho
Relacionado com a tensão dos flexores dos dedos e o grau de desvio da posição neutra do punho
clinica: - pronadores, flexor longo dedos, abdutor curto e oponente do polegar
- sensibilidade palmar dos 03 primeiros dedos e dorsal da falange distal do 2o, e metade dos 3o e 4o
diferencial:
- lesões de C5-T1
- ligamento de Struthers (1%) – úmero a epicôndilo medial
- síndrome do pronador
- síndrome do interósseo anterior – flexor longo polegar, profundo dedos, pronador quadrado
lesões em cotovelo
Fibras de C8-T1
flexor ulnar, metade dos flexores profundos, adutores e abdutores dos dedos, lumbricais 3o e 4o, adutor do polegar
canal de Guyon:
- formado pelo pisiforme e o gancho do hamato
- coberto pelo palmar breve e lig. do carpo
- tratamento depende do quadro
formado raízes de C5-T1
Extensão e supinação do antebraço
Ramo profundo passa por túnel muscular no supinador (arcada de Frohse), com o interósseo posterior face dorsal
Paralisia do sábado a noite
Traumas, sd canal supinador
raízes de C5-6
Atrofia infra espinhoso:
- dor escapular e atrofia infra espinhoso
- hiperabdução escápula
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