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1 EDUARDA RAFAELI DE SOUZA 6º ANO – ENSINO

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Page 1: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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EDUARDA RAFAELI DE SOUZA 6º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

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Prefácio

O que seria da nossa vida sem as palavras, sem a leitura, sem a poesia, os contos, as crônicas?

Escrever é um ato de prazer, de libertação, que abre espaço, mostra novos caminhos, novas ideias,

diferentes modos de ver a realidade e entendê la. Ler é um ato de nutrir-se, de transgredir, que vai

além da imaginação. Com base na importância da valorização e incentivo à leitura e escrita dos

estudantes da SETREM nasceu um sonho audacioso, quando um grupo de professores da área de

linguagens idealizou o Concurso de Contos, Crônicas e Poesias, em meados de 2005. Sou grata pela

oportunidade de fazer parte deste grupo tão importante para a história da SETREM, para a história do

Concurso. A minha participação constitui uma experiência única e especial, além de me proporcionar

o envolvimento com a riqueza das produções dos nossos estudantes, tanto na escrita quanto na

diversidade das temáticas, também trouxe aprendizagem e troca de experiências com meus colegas

professores da área de linguagens e a certeza que juntos fizemos sempre o melhor possível para a

educação e a valorização da leitura e escrita. Se, no começo, parecia apenas ousadia, hoje o Concurso

mostra-se plenamente realizado. A literatura brasileira enriqueceu-se nessas 15 edições do Concurso

com muitos escritores que passaram por ele, deixando suas marcas, seu trabalho, dedicação,

envolvimento e amor à literatura.

E então o nosso “Concurso de Contos, Crônicas e Poesias SETREM” chegou à sua 15ª edição.

São quinze anos. Fazer quinze anos é um momento único, uma alegria, uma festa, um sonho... nesse

momento os olhos brilham, o coração bate forte, os sentimentos são intensos e queremos

comemorar, e a comemoração se concretiza com outro sonho: a publicação de um livro digital com as

produções literárias de nossos estudantes. Dar condições a esse compartilhamento é sempre louvável

e por isso que vejo com muita alegria, o amadurecimento e consolidação do sonho ser possível porque

meus colegas professores da área de linguagens de hoje sonharam também e, juntos tornamos o

sonho real. Estamos todos muito felizes em poder presentear a comunidade com essa produção

literária. O livro é especial, é contemporâneo e, ao mesmo tempo, reflexivo, pois mostra uma

diversidade de temas contemplados na obra. O livro está um encanto, especialmente porque expressa

os sentimentos de cada um. Cada escritor é o protagonista da sua produção e usa as palavras certas

que se transformam e geram poesias, crônicas, contos... é a imaginação, a criatividade e a inovação

que surgem e, a partir da leitura, vamos sentindo as emoções virem à tona, vibrando na alma e no

pulsar do coração. As palavras evidenciam a luta, os anseios, as paixões e são, inclusive, mais fortes e

ardentes que ações, expressam muito mais do que podemos dizer. Cada linha aqui presente nos

motiva a incentivar mais, a querer mais, a ouvir mais, a ler mais, a ser mais. A subjetividade e a reflexão

marcadas em cada palavra revelam um pouquinho de cada um. E os nossos estudantes/escritores são

os protagonistas desta obra, pois só foi possível a publicação devido a criação dos seus textos, que nos

Page 4: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

4

possibilitam sonhar e viajar para longe, sem sequer sair do lugar. Cada estudante é especial por fazer

parte desta história, desse sonho.

Ainda, não poderia deixar de falar que neste ano de 2020 a SETREM comemora 98 anos de

história. Uma história de valorização da educação, da cultura,

4

da arte. E o livro digital é o presente. A SETREM faz aniversário, mas o presente quem recebe

é a comunidade. E assim, enfim, é com muito prazer e alegria, que apresento a vocês o tão sonhado

livro do “15º Concurso de Contos, Crônicas e Poesias SETREM”. É uma bela e merecida homenagem a

todos que, de alguma forma, contribuíram para que essa publicação fosse realizada, e um estímulo

para futuros escritores. Cada texto presente nesta obra deve ser apreciado, cada imagem

contemplada com carinho. Cada personagem aqui descrito deve ser admirado e cada ideia

expressa entre as linhas deve ser refletida. Boa leitura!

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SUMÁRIO

O Menino e o Urso ..................................................................................................................... 15

As aventuras do João e o Pirata Patrick ....................................................................................... 17

As aventuras do Bernardo e Leonardo ......................................................................................... 19

2020 - um ano inesquecível ......................................................................................................... 21

A quarentena do vovô sem noção ............................................................................................... 22

Mudanças da vida....................................................................................................................... 23

Borboletas.................................................................................................................................. 25

Vida em quarentena ................................................................................................................... 26

Cuidar de tudo............................................................................................................................ 28

A aventura da casa 7 ................................................................................................................... 34

Uma Aventura na Ilha ................................................................................................................. 35

A borboleta Julieta ..................................................................................................................... 36

Leon e o gênio da lâmpada ......................................................................................................... 37

Coronavírus no Brasil .................................................................................................................. 38

Aventura coronavírus ................................................................................................................. 39

A borboleta azul ......................................................................................................................... 40

Felipe Santo das crianças ............................................................................................................ 41

Papai Noel .................................................................................................................................. 42

O Urso Alberto ........................................................................................................................... 43

A casa na árvore ......................................................................................................................... 44

A menina sonhadora .................................................................................................................. 45

O Tempo .................................................................................................................................... 47

Minha borboleta ........................................................................................................................ 48

Felpo Filva e o coelho que ali não havia ....................................................................................... 49

Outono ...................................................................................................................................... 50

E o que será da nossa gente? ...................................................................................................... 51

Lobos no Espaço ......................................................................................................................... 52

O tempo ..................................................................................................................................... 54

Um mundo cúbico ...................................................................................................................... 55

Jeferson e Oswaldo em uma dupla aventura ............................................................................... 56

A borboleta Flora........................................................................................................................ 57

O estado estranho! ..................................................................................................................... 58

A viagem .................................................................................................................................... 60

O meu mundo encantado ........................................................................................................... 62

Page 6: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

6

Viagem ao tempo ....................................................................................................................... 65

Pizza........................................................................................................................................... 69

Um latido de socorro .................................................................................................................. 71

Terra .......................................................................................................................................... 73

Quem é você? ............................................................................................................................ 75

Vidas negras ............................................................................................................................... 76

Lágrimas de inverno ................................................................................................................... 77

Internet no isolamento ............................................................................................................... 78

Uma aventura animal ................................................................................................................. 79

Coronavírus ................................................................................................................................ 81

O Peixoto e a tripulação .............................................................................................................. 82

O monstro do jogo ...................................................................................................................... 83

A guerra ..................................................................................................................................... 84

Quarentena ................................................................................................................................ 85

O vírus ....................................................................................................................................... 86

Na estrada da vida ...................................................................................................................... 87

Doces lembranças da minha vida ................................................................................................ 88

O desaparecimento das garotas de Oceana ................................................................................. 89

Combate .................................................................................................................................... 92

A galinha .................................................................................................................................... 93

A mensagem .............................................................................................................................. 94

O ano de 2020 ............................................................................................................................ 95

A visita inesperada ..................................................................................................................... 96

Três tempos ............................................................................................................................... 97

Romeu e Julieta .......................................................................................................................... 98

A ilha ......................................................................................................................................... 99

Direito das crianças e dos adolescentes ..................................................................................... 101

Naufrágio ................................................................................................................................. 102

A quarentena (causada pela propagação do COVID-19) ............................................................. 103

O roubo no momento certo ...................................................................................................... 104

O mar gelado ............................................................................................................................ 105

Alegria ..................................................................................................................................... 106

A cabra e o porco ...................................................................................................................... 108

O cão amigo ............................................................................................................................. 109

Um segundo ............................................................................................................................. 110

O amor ..................................................................................................................................... 111

Page 7: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

7

O amigo ................................................................................................................................... 112

Música ..................................................................................................................................... 113

A esperança ............................................................................................................................. 114

O povo toupeira ....................................................................................................................... 115

O gordo detetive ...................................................................................................................... 117

Toda a criança tem direito de... ................................................................................................. 119

O pato e a gata ......................................................................................................................... 120

O segredo do Natal ................................................................................................................... 121

Amor não correspondido .......................................................................................................... 123

O dente .................................................................................................................................... 124

Ser um laçador ......................................................................................................................... 125

Coronavírus .............................................................................................................................. 127

Entre dois mundos .................................................................................................................... 128

Beira-mar ................................................................................................................................. 132

Lua no céu ................................................................................................................................ 133

Uma grande lição de vida .......................................................................................................... 134

Chofer de caminhão ................................................................................................................. 136

O inverno ................................................................................................................................. 137

A vida no campo ....................................................................................................................... 138

A noite ..................................................................................................................................... 139

A fazenda ................................................................................................................................. 140

A vida ....................................................................................................................................... 141

Tudo melhora ........................................................................................................................... 142

O que é felicidade? ................................................................................................................... 143

Criação de um poema ............................................................................................................... 144

Meu amigo baio ....................................................................................................................... 145

Flor .......................................................................................................................................... 147

O sol e a lua .............................................................................................................................. 148

Pipa ......................................................................................................................................... 149

Animais em extinção ................................................................................................................ 150

Amigos & vida .......................................................................................................................... 151

A pior mãe do mundo! .............................................................................................................. 152

Quarentena .............................................................................................................................. 153

Por que chorastes? ................................................................................................................... 154

Um conto ................................................................................................................................. 155

A batalha ................................................................................................................................. 156

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8

Covid-19 ................................................................................................................................... 158

O mundo e as diferenças / as nossas diferenças ........................................................................ 159

Um domingo de sol ................................................................................................................... 161

A noite ..................................................................................................................................... 162

A princesa boa .......................................................................................................................... 163

O tempo voa ............................................................................................................................ 165

O que esperar do mundo .......................................................................................................... 167

Poema...................................................................................................................................... 168

Sobre um preconceito antiquado .............................................................................................. 169

Saudades da realidade .............................................................................................................. 170

Momentos difíceis .................................................................................................................... 171

O tempo ................................................................................................................................... 172

Ela, no mar azul ........................................................................................................................ 173

Solidão ..................................................................................................................................... 174

Amizade ................................................................................................................................... 175

Apenas uma chance de amar .................................................................................................... 176

O mundo ideal .......................................................................................................................... 177

Mudanças ................................................................................................................................ 179

Covid-19 ................................................................................................................................... 180

Dentro do vazio ........................................................................................................................ 181

Sozinho no mundo .................................................................................................................... 182

Vivo em um mundo .................................................................................................................. 183

Medo da mentira ...................................................................................................................... 185

O fogo ...................................................................................................................................... 187

No meio do caos ....................................................................................................................... 188

Um olhar diferente ................................................................................................................... 189

O homem que falava com a lua ................................................................................................. 191

Menino serelepe ...................................................................................................................... 195

A história de Guilherme ............................................................................................................ 196

Conexões ................................................................................................................................. 197

Uma carta para o vento ............................................................................................................ 198

Dois corações ........................................................................................................................... 200

A vida no interior ...................................................................................................................... 202

Vermelho ................................................................................................................................. 203

Amar ........................................................................................................................................ 204

No quarto ................................................................................................................................. 205

Page 9: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

9

Olhares .................................................................................................................................... 206

Como sou, se nem sei ser? ........................................................................................................ 208

Tudo no seu tempo ................................................................................................................... 209

Enclausurada ............................................................................................................................ 211

Pensamentos............................................................................................................................ 212

O mundo em pandemia ............................................................................................................ 213

Conectados com a saúde .......................................................................................................... 214

A justiça e seu significado ......................................................................................................... 215

Morto ...................................................................................................................................... 216

Natureza .................................................................................................................................. 217

Futebol .................................................................................................................................... 218

O ano de 2020 .......................................................................................................................... 219

Preservar nossas riquezas ......................................................................................................... 220

Covid-19 ................................................................................................................................... 222

Sentimentos ............................................................................................................................. 223

O filho ...................................................................................................................................... 224

Viver ........................................................................................................................................ 226

Arco-íris ................................................................................................................................... 228

Roda-gigante ............................................................................................................................ 229

Quarentena .............................................................................................................................. 231

Juntos! ..................................................................................................................................... 232

Ser mulher ............................................................................................................................... 233

Um momento delicado ............................................................................................................. 235

O vento .................................................................................................................................... 237

Solidão ..................................................................................................................................... 238

2020 ......................................................................................................................................... 239

A desconhecida ........................................................................................................................ 240

Flor do peito ............................................................................................................................. 241

A epidemia ............................................................................................................................... 242

Sonho de futebol ...................................................................................................................... 243

Saudades da escola ................................................................................................................... 245

Por que competições? .............................................................................................................. 246

Se as pessoas fossem estações... ............................................................................................... 247

Não há sentido aqui .................................................................................................................. 248

Ao ver de um pássaro ............................................................................................................... 251

A casa ...................................................................................................................................... 253

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10

Poemas .................................................................................................................................... 254

Desenhar .................................................................................................................................. 255

Era uma vez uma flor ................................................................................................................ 257

Lembrança da noite anterior ..................................................................................................... 260

Novo mundo ............................................................................................................................ 263

Valor das coisas ........................................................................................................................ 267

Inferno covid-19 ....................................................................................................................... 269

SAR .......................................................................................................................................... 270

A verdade ................................................................................................................................. 272

A dor do amor .......................................................................................................................... 274

Dentro da caixa ........................................................................................................................ 277

Relato para Pero Vaz ............................................................................................................... 278

Quanta coisa mudou ................................................................................................................. 279

A natureza e o homem.............................................................................................................. 281

Carta de Pero Vaz de Caminha .................................................................................................. 283

A moça de amarelo ................................................................................................................... 285

Inesperado ............................................................................................................................... 286

Uma joia chamada vida ............................................................................................................ 287

Belas riquezas .......................................................................................................................... 288

O fruto da terra nova ................................................................................................................ 290

Caro Dom Manuel .................................................................................................................... 292

Nova terra ................................................................................................................................ 294

A grande navegação ................................................................................................................. 296

Nova rotina .............................................................................................................................. 298

A vida sem amor ....................................................................................................................... 299

A carta de Pero Vaz de Caminha ................................................................................................ 300

A descoberta ............................................................................................................................ 301

Conquista ................................................................................................................................. 303

Poemas da vida ........................................................................................................................ 304

Pero Vaz de Caminha ................................................................................................................ 305

Terra à vista ............................................................................................................................. 307

Descoberta ou não? .................................................................................................................. 309

Em chamas ............................................................................................................................... 310

Amizade ................................................................................................................................... 311

Conexão ................................................................................................................................... 312

Primeiro amor .......................................................................................................................... 313

Page 11: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

11

O amor ..................................................................................................................................... 314

Movimentos contemporâneos .................................................................................................. 315

O menino de rua ....................................................................................................................... 316

Confusão .................................................................................................................................. 317

O medo .................................................................................................................................... 319

O preconceito ........................................................................................................................... 320

Ele existe? ................................................................................................................................ 321

Família ..................................................................................................................................... 322

Tecnologia ................................................................................................................................ 323

Momentos difíceis .................................................................................................................... 324

A vida ....................................................................................................................................... 325

Na solidão do meu quarto......................................................................................................... 326

Somos humanos ....................................................................................................................... 327

Na hora do consolo ................................................................................................................... 328

Pandemia ................................................................................................................................. 329

Dona de si ................................................................................................................................ 330

Moreno .................................................................................................................................... 331

Uma noite de guerra ................................................................................................................. 332

Os instantes ............................................................................................................................. 334

O pão e a faca ........................................................................................................................... 335

Sinto sua falta .......................................................................................................................... 336

Os amigos ................................................................................................................................ 337

Foguete sem rumo .................................................................................................................... 338

Canções erradas ....................................................................................................................... 339

Tempo ..................................................................................................................................... 340

O dia de amanhã ...................................................................................................................... 341

Injustiças em um mundo perfeito .............................................................................................. 343

Carta ao meu passado .............................................................................................................. 345

Neste vasto e complexo universo .............................................................................................. 348

Onde eu estou? ........................................................................................................................ 349

Amizades ................................................................................................................................. 350

O cavalo ................................................................................................................................... 351

A vida no céu ............................................................................................................................ 352

Adeus ....................................................................................................................................... 353

Saudades do que não aconteceu ............................................................................................... 354

Correntes invisíveis................................................................................................................... 355

Page 12: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

12

Fim de semana começou........................................................................................................... 356

Meio ........................................................................................................................................ 357

Só mais um dia ......................................................................................................................... 358

Busca ....................................................................................................................................... 360

Um amor para sempre .............................................................................................................. 361

O grande jovem ........................................................................................................................ 363

Sonho ...................................................................................................................................... 364

Importar-se demais .................................................................................................................. 365

Mundos.................................................................................................................................... 367

Tudo parado ............................................................................................................................. 369

O elo estremecente .................................................................................................................. 370

Eduardo Dal Forno ................................................................................................................... 371

Ainda não esqueci de você ........................................................................................................ 373

A lascívia .................................................................................................................................. 374

Nosso mundo ........................................................................................................................... 375

O som ...................................................................................................................................... 377

Sábado de manhã ..................................................................................................................... 378

A arte e a arte .......................................................................................................................... 380

This is love ............................................................................................................................... 381

Poema sobre felicidade ............................................................................................................ 384

Simplicidade é igual felicidade! ................................................................................................. 385

Digas o que tu cantas e eu te direi quem tu és ........................................................................... 387

Superação ................................................................................................................................ 388

Horas e minutos ....................................................................................................................... 390

Mundo em cores ...................................................................................................................... 391

Amor ........................................................................................................................................ 393

Céu Azul ................................................................................................................................... 394

Dias melhores .......................................................................................................................... 396

Morada .................................................................................................................................... 397

Um sonho de pesadelo ............................................................................................................. 398

Viver e refletir .......................................................................................................................... 400

Circunstâncias .......................................................................................................................... 401

Pétalas ..................................................................................................................................... 402

Amar é... .................................................................................................................................. 403

Divergência entre dois mundos ................................................................................................. 404

Vício fatal ................................................................................................................................. 405

Page 13: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Memórias arruinadas ............................................................................................................... 407

O tempo vivido ......................................................................................................................... 409

Você já imaginou? .................................................................................................................... 410

Minhas férias ........................................................................................................................... 412

A problematização da cor ......................................................................................................... 413

Fazer acontecer ........................................................................................................................ 414

Pequenos momentos ................................................................................................................ 415

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CONRADO MOTTA SIQUEIRA 5º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

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AUTOR(A): OTÁVIO BUENO CAMARGO

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: ZÉ COLMÉIA

1º LUGAR - CONTOS

O Menino e o Urso

Era uma vez, um menino muito levado que estava sempre fazendo alguma coisa e se chamava

Bruno. Ele era muito inquieto e não parava um minuto.

Uma coisa que amava era andar de bike na floresta. Um dia, estava na floresta e começou a

chover. Ele achou uma casinha e foi se esconder da chuva, mas não sabia que lá era o esconderijo de

uma dupla de ladrões.

Aqueles ladrões eram os mesmos ladrões que estavam sendo procurados pela polícia, porque

tinham roubado um banco da cidade.

Os ladrões fizeram com que ele perdesse os sentidos e o levaram. Vinte minutos depois, ele

acordou na caverna de um urso e Bruno estava desesperado, não por causa do urso, mas sim por causa

de seu tema que era criar uma aventura extraordinária e valia nota.

O menino não tinha medo do urso porque era um urso amigo. E, então, ele foi pedir a ajuda

do urso para voltar para casa a tempo de fazer o tema.

O urso o ajudou e o levou para casa. No caminho, eles encontraram os ladrões. Os dois deram

uma lição neles e os amarraram em um foguete e o acenderam. O urso e o menino ganharam a

recompensa por pegar os ladrões e, no fim, o menino teve uma história para contar para sua

professora e ele tirou dez. O urso ficou rico e gastou tudo em salmão e mel. Os ladrões ninguém sabe

o final, mas acho que não é um final muito legal.

Page 16: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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MURILO GABRIEL BAIOTTO 2º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

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AUTOR(A): 2º ANO 222.

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: O PIRATA PATRICK, JOÃO E O 2º 222

2º LUGAR - CONTOS

As aventuras do João e o Pirata Patrick

Um belo dia, em uma cidade chamada Três de Maio, vivia um menino chamado João. Ele

adorava ficar brincando o dia todo e não ajudava sua mãe.

João e a mãe viviam com muitas dificuldades e tinham muitas dívidas. Então, sua mãe resolveu

vender a única ovelha para ajudar nas despesas da casa.

O menino foi vender a ovelha no interior da cidade. Ao chegar em uma fazenda, João foi

recebido por um senhor com chapéu preto e grande. O menino disse que precisava vender a ovelha

para ajudar sua mãe.

Naquele momento, o senhor disse que não tinha dinheiro para pagar pela ovelha e deu ao João

cinco feijões e disse que eles eram mágicos. O menino aceitou os feijões como pagamento e voltou

para casa.

Ao chegar em casa, João mostrou para a mãe os feijões e ela ficou muito brava e triste pegando

os feijões e jogando-os pela janela. Os feijões caíram nos fundos da casa e logo entraram para dentro

da terra.

No dia seguinte, quando João acordou e olhou pela janela, viu um enorme pé de feijão. Então,

o menino resolveu subir para ver o que havia lá no alto daquele pé de feijão.

Quando João chegou lá no topo, viu um enorme navio e encontrou uma porta que estava

entreaberta. João espiou para dentro do navio e tudo estava em silêncio. Ele resolveu entrar e, ao

entrar, encontrou um pirata. O pirata se apresentou dizendo que seu nome era Patrick e que ele era o

primeiro visitante em seu navio.

Patrick o chamou para tomar um café e João contou das dificuldades que sua família estava

passando.

O pirata Patrick ficou muito comovido com a história de João e resolveu ajudá-lo. Ele deu ao

João um mapa para encontrar um tesouro. Se ele encontrasse o tesouro, era dele.

João ficou muito apreensivo, mas aceitou o desafio e começou a desvendar as pistas, pois

queria muito ajudar sua mãe. Ele foi desvendando cada pista e, ao final, o menino encontrou um baú

muito grande e cheio de moedas de ouro.

Page 18: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Por fim, como João achou o tesouro, o pirata Patrick deu para ele todo aquele baú com as

moedas de ouro. João levou o baú para casa e deu para sua mãe. Eles conseguiram pagar suas dívidas

e nunca mais passaram necessidades. Eles viveram felizes para sempre.

Page 19: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR(A): LEONARDO HENRIQUE REX

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: LEO

3º LUGAR - CONTOS

As aventuras do Bernardo e Leonardo

Certo dia, Leonardo e Bernardo foram pescar em um lugar que o pai do Leo sempre ia no verão.

Na época tínhamos 6 e 7 anos de idade. Mas naquele dia foi um pouco diferente, havia chovido; então,

além de pescar, também tomamos banho de poça, pois o potreiro estava alagado. Como eu e Bernardo

adorávamos aventuras, nem pensamos duas vezes em pular naquele aguaceiro. Tiramos nossas botas

de borracha e foi uma festa.

Pulamos muito nas poças até ficar com a água bem suja. Caímos de bunda no chão, mas não

demos nem bola continuamos com a brincadeira. Estávamos muito sujos, daí resolvemos tomar banho

na sanga que tinha lá perto para nos limpar um pouco.

Lá também tinha um mato onde resolvemos brincar de esconde-esconde. Foi muito legal, nós

nos escondíamos atrás dos troncos das árvores, atrás das pedras. Aí era minha vez de procurar, então

fiquei perto da sanga com a ideia de derrubar o Ber dentro; e deu certo, quando ele chegou, perto dei

um susto nele que caiu na sanga. O Ber ficou muito bravo comigo, mas, para não deixar ele sozinho

tomando banho de sanga, também entrei para nadar com ele.

Depois de brincarmos muito lá, resolvemos pescar mais pra baixo, onde meu pai estava, e não

tinha pescado nem um peixe porque nós os havíamos espantado pelo barulho que fizemos na água.

Como não pegamos nada, resolvemos vir para casa. Na volta, o Ber estava muito cansado e tinha uma

ladeira para subirmos, e eu ainda tinha energia para brincar. Então, para o Ber esquecer o cansaço, fui

brincando de esconde-esconde com ele até chegar lá em cima.

Na volta para casa, meu pai disse que iríamos em um pesque pague, só que não sabíamos que

iríamos pegar um peixe grande; foi o peixe maior e pesado que eu já tinha pescado na minha vida.

Quase quebrou a minha vara e levou a linha inteira, mas, apesar de sofrermos para tirar o peixe da

água, foi muito legal, uma emoção.

Assim foi nosso dia, pescamos um peixão e brincamos muito como grandes amigos e já

estamos pensando no nosso próximo encontro assim ...

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20

ENZO LUDWIG ESPÍRITO SANTO 3º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

5º ANO

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AUTOR(A): RAFAELLA SPILLARI SIEGLOCH

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: TOTI

1º LUGAR - CRÔNICAS

2020 - um ano inesquecível

Quando o ano começou, eu estava feliz, cheia de planos, rever os colegas da escola, a profe,

enfim amigos, escola, tudo seria normal. De repente, começaram a falar de Coronavírus. No começo

até pensei que seria legal ficar uma semana sem aula, sabe aquela coisa de criança mesmo. Mas aí

comecei a ficar com medo.

Nunca poderia imaginar que um dia iria ver meus pais preocupados, as aulas… ah, as aulas,

sem aulas presenciais… sem ir nos meus avós …

Às vezes me pergunto: que vida é essa? Não posso sair na rua, tudo fechado, as pessoas usando

máscaras, sem se aproximar... parecem com medo umas das outras.

Ah, que saudades que eu tenho de acordar, correr para a parada, pegar o ônibus, de correr

para pegar um lugar para sentar…, de chegar na escola e ver todos os colegas, amiguinhos da outra

turma, do ônibus, enfim, de ver o rosto da profe, sempre nos recebendo com muita alegria, de brincar

na hora do recreio...até do sinal quando terminava a aula.

Medo, insegurança, dias escuros; é assim que vejo. É pior o medo do que vejo.

Eu me pergunto: será que logo poderemos voltar a abraçar sem medo? Correr no colo do

meu vô? Ir ao mercado com a mãe e o pai? Sair brincar na rua? Rever meus colegas, amigos na praça

da igreja? Quando será?

Continuo acreditando que logo tudo vai passar e, como a mãe sempre fala, no final seremos

seres humanos melhores!

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AUTOR(A): 3º 206

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: OS CRIATIVOS

2º LUGAR - CRÔNICAS

A quarentena do vovô sem noção

Atualmente estamos vivendo uma pandemia da Covid-19, causada pelo coronavírus. Este vírus

surgiu na China na cidade de Wuhan e foi se espalhando pelo mundo. Por isso as pessoas precisam

ficar em quarentena e o vovô Sebastião é muito obediente, está seguindo todas as regras.

Quando o vovô Sebastião sai de casa, vai a vários lugares e, com seu ótimo equilíbrio, vai

trombando em todo mundo que encontra. Ele até usa máscara, mas deixa o nariz de fora, por não se

sentir confortável com ela.

Certo dia, foi à farmácia e comprou um remédio que dizia ser contra o coronavírus. Ele morre

de medo de tomar injeção; por isso, não faz a vacina da gripe.

Quando chega em casa, tira a máscara pelo paninho e esfrega as mãos no rosto. Como ele é

muito cuidadoso, logo depois lava as mãos e passa álcool em gel.

Durante a noite, como está de quarentena e não pode sair, convida os amigos para uma festa

clandestina. Ao invés de oferecer álcool em gel para os convidados, oferecia bebida alcoólica para

passar nas mãos.

Assim, o vovô Sebastião continuou se cuidando muito bem, mas contraiu a Covid-19 para a

surpresa de todos. E a família comprou um alerta idoso e agora ele está sendo vigiado para não sair de

casa.

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AUTOR(A): FERNANDA ROTILLI SCHAPOWAL

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: CAMALEÃO

3º LUGAR - CRÔNICAS

Mudanças da vida

Eu me deparei com o novo, mas o que é novo? Um novo caminho, um novo fato, uma nova

situação. Fui observando que o novo me apresenta todos os dias, ele está presente em cada escolha

minha e muitas outras que são apresentadas sem eu mesma querer. Para cada escolha minha, há

consequências, e cabe a mim ser responsável pela minha escolha. Já para uma nova situação que foge

do meu querer é preciso entender o grau desse novo caminho. Às vezes fico a imaginar, querendo

soluções, fico com medo do novo, e é neste momento que busco ressignificados que me tomo de

coragem, e me vejo forte, iluminada e dona da minha razão. A alma não aceita não, o coração é

intransigente, preciso adequar o novo, o novo que eu escolhi ou o novo que me foi imposto. O certo é

que, em cada escala da vida, irei vivenciar e construir um novo caminho. Para tudo, serei uma eterna

aprendiz, com a alma leve, na busca constante do meu melhor ser. Que a minha vida possa ser sempre

reinventada e coroada com o prazer do novo. Que no meu caminho eu encontre mais luz do que

escuridão, mais afeto do que desamor, mais fé do que desilusão. Que o novo venha a somar, que o

vigor da vida me mantenha sóbria, lúcida e com a capacidade infinita de amar. Não quero a chatice de

dias tristes e melancólicos, quero o novo para evoluir, para crescer, ser melhor, ser feliz e estar na paz

de todos os espíritos.

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ISABEL KRUMMENAUER 4º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

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AUTOR(A): VÍTOR GABRIEL DE ROSSO PINTO

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: BÓRYS

1º LUGAR - POEMAS

Borboletas

Borboletas são tão belas

Têm azuis e amarelas,

Rosas, vermelhas e pretas

Laranjas, verdes e violetas.

Cada uma com sua cor

Embelezando os jardins

Voando de flor em flor

Nas rosas, camélias e jasmins.

Quando voam todas pensam:

“Qual será a mais bela?”

Contemplando a natureza

Percebo a existência da beleza

Presente em cada uma delas.

Cada cor é importante

Para o mundo colorir

Assim como cada pessoa é importante

Pelo simples fato de EXISTIR.

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AUTOR(A): 4º 202

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: AMIGOS EM QUARENTENA

2º LUGAR - POEMAS

Vida em quarentena

De repente tudo mudou

A quarentena começou

O vírus atacou

E todo mundo se afastou

A vida se modificou

As aulas presenciais pararam

E as remotas começaram

Muitos comércios fecharam

As pessoas se isolaram

No álcool gel e máscara, tá todo mundo grudado

Sem nossos amigos do lado

Brincar e se movimentar só no nosso quadrado

Com a família, pets... Todo aquele cuidado

A vida é sempre aprender

De lavar as mãos não podemos esquecer

O cuidado deve prevalecer

E nossos avós proteger

Quando isso passar

Todos poderemos brincar

Abraçar... Nos reencontrar

Para a escola todos vamos voltar

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Para o vírus vamos dar tchau

E a vida voltará ao normal

Que tal?

Uau!!!

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CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: POETAS DO 1º ANO

AUTOR(A): 1º ANO 227

3º LUGAR - POEMAS

Cuidar de tudo

Cuidar do meio ambiente

Deixa-me feliz e muito contente

Mostra que sou inteligente.

Cuidar das plantas

Dá-nos esperança

Cuidar dos animais

Para ter saúde e muito mais

Cuidar da água

É uma atitude sábia e muito legal

Pois ela é essencial

Cuidar do planeta é muito especial

É uma atitude genial

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CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: 1º ANO

AUTOR(A): 1º ANO 221

O fundo do mar

No fundo do mar

Mora o tubarão

Ele é muito brincalhão

E gosta de morder de montão.

No fundo do mar tudo é lindo

Os peixes estão sempre sorrindo

com seus amigos água-viva e golfinho.

As tartarugas nadam e brincam

Com o cavalo-marinho

Como é divertido olham que lindo.

Mas nem tudo é tão lindo como parece

Tem o ser humano que não obedece

Joga o lixo onde não deve

e prejudica quem não merece.

Convido você meu amiguinho

Para colocar o lixo no lugar certo

Só assim o nosso planeta vai ficar sempre limpinho.

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CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: PATRICK P.

AUTOR(A): 2º ANO 223

Amar e cuidar da natureza

Eu amo a natureza!

tudo que tem nela é belo

também cuido dela

eu gosto do rio

Deus fez a natureza com graça.

Eu gosto de brincar na natureza

eu amo o azul do céu e do mar

a natureza é linda

as árvores nos dão o ar

eu gosto dos animais.

A gente precisa jogar lixo no lixo!

não devemos cortar as árvores

não podemos desperdiçar a água

por que um dia a natureza poderá acabar.

e todos vamos chorar!

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CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: SUPER POPS

AUTOR(A): 3º ANO 226

O INVERNO

O inverno começou...

O vento embalou

As folhas das árvores todas para o chão.

O inverno é tão frio!

Que não dá para tomar banho de rio!

O inverno é tão frio e chuvoso,

Quando saio meu cabelo fica sedoso.

Quando volto para casa tomo banho,

E meu cabelo fica oleoso.

Quando acordo de manhã meus cabelos ficam bagunçados!

Tomo banho e fico com os dedos enrugados.

Quando tomo chocolate quente,

Fico muito contente!

Antes de poder brincar

Tenho que me agasalhar

Com casaco, touca, luva e cachecol.

Agora sim! Eu posso brincar de pegar,

De jogar bola.

Vamos montar um time da pesada?

Para jogar com uma bola gelada.

Antes de dormir tomo leitinho quentinho

Para ficar com soninho,

Escovo os dentes

Para não ficar doente.

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Quando vou dormir pego muitas cobertas

Para ficar muito quentinho

No sono das descobertas.

O inverno é tão singelo

Oh! Que belo!

Ainda bem, que o inverno

Não é eterno!

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CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: LUZ

AUTOR(A): 4º ANO 203

A NATUREZA TEMOS QUE CUIDAR

Deus nos deu uma casa prontinha para habitar

E ao ser humano cabia cuidar

O planeta estava perfeito

Cheio de luz, árvores, animais e vida, enfim estávamos todos satisfeitos

Mas o ser humano não cuidou

O homem desmatou

O homem poluiu

O homem não cuidou

E o mundo se revoltou

Os rios encheram

As florestas queimaram

Os animais morreram

O ar poluíram

E as cidades adoeceram

Mas este cenário pode mudar

A natureza temos que ajudar

Para o mundo se curar

Pequenas ações fazem a diferença

Cabe a nós termos consciência

Cada um fazendo a sua parte

O mundo vai ser mais bonito, colorido e forte

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CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: METACARPO

AUTOR(A): BERNARDO BENDER CERVI

A aventura da casa 7

Era uma vez eu menino que se chamava Cleber que morava em Porto Alegre, sua mãe não

trabalhava e seu pai trabalhava na JOHN DEERE em Montenegro.

Cleber não tinha muitos amigos porque só vivia dentro de casa. Ele adorava jogar vídeo game

dormir, etc. Um dia seu pai recebeu uma transferência para trabalhar em Horizontina. Cleber ficou

meio assim de ir morar no interior do RS, mas aceitou a proposta do pai.

Cinco dias depois começou a mudança. Quando chegaram na casa nova, começaram a arrumar

as coisas. Depois que já tinham organizado tudo, Cleber foi dar uma volta no bairro e, nessa volta,

conheceu um outro menino chamado Clebito. O Cleber e o Clebito ficaram muito amigos.

Um dia Cleber e seu amigo estavam passeando quando ouviram uma risada de bruxa na casa

07 e então ficaram com muito medo. Todos os dias eles iam até lá para ver o que a bruxa escondia, até

que um dia, viram-na pendurar roupas de criança no varal. Os curiosos foram lá ver mesmo com muito

medo, pularam o muro e deram de cara com a velha. Eles pularam o muro de volta o mais rápido

possível, mas a bruxa mandou palhaços assassinos irem atrás deles.

O Cleber e Clebito, muito espertos, deixaram mochilas e a bicicleta na frente de casa, então,

aí que a aventura começa. Tã nã nã !!!! Cenas no próximo capítulo ...... kkkkkk achou mesmo que eu

iria deixar o texto pela metade?

Eles fugiram, mas tão rápido que chegaram em Três de Maio sem perceber. Lá, passaram na

frente da casa de dois amigos do Clebito, os amigos eram Bernardo e Enzo. Os quatro passaram por

muitos obstáculos, rios, lama, floresta. Na floresta, Enzo quase foi picado por uma cobra, mas

Bernardo, empinou sua bicicleta e deu com todo o pneu dianteiro na cabeça da cobra fazendo a cobra

morrer.

Quando chegaram ao trevo de Três de Maio, os quatro entraram no banhado, despistando os

palhaços assassinos e aí Cleber e Clebito voltaram para suas casas em Horizontina e Bernardo e Enzo

também.

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CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: GAME WB

AUTOR(A): BRUNO EDUARDO WIPRICH

Uma Aventura na Ilha

Um belo dia de sol, Mario resolveu fazer uma viagem com seu barco novo, chamou seus amigos

para serem os tripulantes do seu barco, carregaram tudo o que precisavam para a grande aventura e

partiram. Mas no meio da viagem viram uma tempestade se aproximando e não tiveram tempo para

voltar, o mar ficou muito agitado e fez com que o barco virasse.

Quando Mario acordou ele estava em uma ilha, ele olhou ao redor e não viu nenhum dos

tripulantes, o barco estava virado em pedras ali perto.

Era uma ilha perdida e não tinha ninguém lá, era um lugar morto, mas ele viu uma caverna

onde pensou que podia se abrigar da chuva. Foi até lá e esperou a chuva parar, quando parou, ele viu

por um buraco a claridade do sol, ele então procurou uma saída para chegar ao outro lado da ilha. E

quando encontrou a saída, Mario viu uma floresta linda e também uma fonte de água, ele estava com

muita sede, foi então até lá.

Quando chegou na fonte, viu um homem misterioso que estava vestindo uma capa de pele de

urso. Esse homem começou a correr e Mario foi atrás dele, gritando:

- Volte aqui, volte…

Mario queria falar com ele, mas ele parecia assustado, até que o homem caiu e Mario então

alcançou ele e ajudou a se levantar, pediu para ele tirar a capa de pele, ele era um velho e tinha uma

barba igual do Papai Noel.

Ele contou para o Mario que também caiu do seu barco nessa ilha, e que fazia muito tempo

que estava ali que nem lembrava mais do seu nome. Depois foram até a casa que ele fez em uma

árvore, ali também estavam pedaços do barco dele. O velho contou que tinha um plano, montar o

barco de novo, mas faltam peças. Mário então disse que poderiam usar as peças dos dois barcos e

montar o barco e sair da ilha.

Depois de alguns dias eles terminaram de montar o barco e finalmente foram embora da ilha.

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CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: CONRADEUS

AUTOR(A): CONRADO MOTTA SIQUEIRA

A borboleta Julieta

Essa é a Julieta

Minha linda borboleta

Que saiu de um casulo escuro e frio

Criou asas, voou... foi viver seus desafios.

Abre as asas Julieta

Mostra tuas cores

Viva teus amores

Pousa no meu ombro

Pousa em uma flor

Transforma o mundo

Em um lugar com mais amor.

E assim como a borboleta

Tudo se transforma

De repente o feio ficou lindo...

Ficou leve e encantador!

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AUTOR(A): DAVI GLITZKE LIMA

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: LIMA

Leon e o gênio da lâmpada

Era uma vez um garoto chamado Leon. Ele era um garoto solitário.

Um dia ele foi até ao mercado comprar cereal e na caixa de Cereal havia uma foto de um

brinquedo de gênio da lâmpada.

E, como sempre, ia para casa comer seu cereal favorito. Quando foi abrir a caixa de cereal,

encontrou um brinde que era uma lâmpada mágica. E da lâmpada mágica saiu um gênio!!! O gênio se

chamava Eugênio.

Como todo gênio da lâmpada, ele disse: -você pode pedir 3 desejos.

Leon pensou: quais desejos eu posso pedir?

Então ele pediu que queria ter amigos porque ele era solitário e era o sonho dele ter amigos.

Então o gênio falou: -seu desejo será realizado e, naquele dia, ele passou a ter muitos amigos.

Depois o gênio falou: -você tem mais dois desejos. Leon disse: -eu não quero mais desejos,

amigos era tudo que eu queria.

Depois disso, o gênio ficou emocionado com a fala do garoto e deu um abraço nele. Depois

que ele deu um abraço, ele voltou para a lâmpada e foi embora.

Leon viveu feliz para sempre com seus amigos.

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AUTOR(A): DAVI SEEWALD WEIS

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: PETER P

Coronavírus no Brasil

O coronavírus traz vários problemas pulmonares e respiratórios, deixando o paciente em

estado crítico com respiradores artificiais nos hospitais.

O coronavírus está no mundo todo matando e infectando milhões de pessoas. No Brasil são

102.380 infectados e 10.000 mortes e o número está aumentando a cada dia. Em um dia foram 500

infectados. O primeiro caso foi em 17 de março, em São Paulo. As pessoas infectadas não sabiam e

foram para outras cidades infectando mais pessoas. No Rio Grande Do Sul são 1500 infectados e 33

mortes. Em Porto Alegre são mais de 300 infectados.

Os hospitais estão lotados, nos campos de futebol e quadras estão sendo montados hospitais

de campanha para mais infectados. A fabricação de caixões aumenta devido às mortes. Familiares de

mortos não podem fazer velórios pois podem pegar a doença. As lojas fecham até já ter a cura para o

coronavírus. Os únicos estabelecimentos que podem estar abertos são farmácias, postos de gasolina

e mercados.

Foi decretada quarentena no mundo todo e não pode sair de casa sem motivo, a não ser ir

para farmácias, mercado e postos de gasolina. A polícia está multando quem sair sem motivo com o

custo de R$150,00. Há relatos de policiais que em um dia foram multadas mais de 200 pessoas. Os

bares e festas foram cancelados e as lojas que ainda não fecharam tomam multa também.

A prevenção para o coronavírus é higienizar as mãos, usar máscaras, usar álcool em gel, evitar

aglomerações. A quarentena não tem prazo para acabar.

Page 39: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR(A): ENZO SCHNEIDER WALTER

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: CORONGA

Aventura coronavírus

Certo dia, estávamos em uma aula normal, com todos os colegas próximos uns dos outros, o

recreio com os alunos das outras turmas, professores dando as aulas em todas as matérias. Voltamos

para casa de ônibus como sempre fizemos.

Em seguida, algo que não entendíamos bem começou a acontecer e iniciamos uma aventura

em um mundo novo.

Essa aventura começa quando recebemos um comunicado suspendendo as aulas por causa do

coronavírus ou Covid-19, um vírus de gripe. Não estávamos ligando muito para esse vírus no início,

porque só existia na China, depois a Itália também foi atingida e então começamos a dar mais

importância para ele.

Hoje, ele está em todo o mundo, todos os países têm pessoas doentes e alguns morrendo,

estamos sem aulas presenciais, tem pessoas com mais risco do que as outras de terem a doença, como

os idosos, cardíacos, diabéticos, etc. Essas pessoas precisam ficar mais isoladas que as outras. Todos

estão usando máscaras e passando álcool em gel nas mãos e higienizando tudo.

Por fim, esse inesperado acontecimento mudou o mundo em questão de dias; por isso,

estamos aprendendo novas maneiras de ser e como viver o distanciamento e as novas maneiras que

o vírus exige, até tudo isso passar.

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AUTOR(A): ERIK LEONARDO GRAF

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: Mano G

A borboleta azul

A borboleta azul

Vivia em um mundo só amarelo

Vivia tão sozinha

Porque as outras eram cor caramelo.

Mas ela é a única que reluz

Com seu brilho tão singelo

E tanto brilho que ela produz

Que as outras ficam branquelas.

Um dia chegaram tantas borboletas feridas

Entrou dentro de casa e pensou:

Vou ajudar todas porque sou uma boa amiga

E nada diferente lhe restou.

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AUTOR(A): FREDERICO DA SILVEIRA CASALI

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: GUESSEDBONGO

Felipe Santo das crianças

Era uma vez um garoto que morava em Santa Rosa. Ele estudava na escola para deficientes e

todo o dia, na hora do recreio, 3 adolescentes de outra escola entravam na escola de Felipe e eles

batiam nos amigos de Felipe e nele também e, quando batia o sinal, eles fugiam igual uma lebre que

tomou energético.

Felipe tinha 7 anos e ele era mudo. Um dia, Felipe estava deitado chorando e implorando para

Deus dizendo para ele em libras isso: – Deus, por favor me deixe falar, não importa qual for minha voz,

mas me dê, eu a quero porque não é legal apanhar todo o dia e também não poder falar com minha

família sobre isso. Ele já estava perdendo as esperanças – ele ouviu uma voz, eram as trombetas dos

anjos tocando alto para ele.

Deus falava para Felipe que o “mudo fala” e um santo ele se torne. Felipe ficou maior, com 22

anos, para ele se tornar mais maduro e ele não é mais mudo. Felipe conseguia fazer todas a crianças

do mundo felizes com um piscar de olhos. Ele passou a ajudar com os seus poderes a proteger e a

ajudar crianças deficientes assim como ele era. Mas dois meses depois, um demônio saiu do inferno

cheio de ódio e de tristeza. Felipe viu o demônio e lançou o raio da paz no bichano.

O demônio morreu. Mas, antes disso, ele levou 5.000 para o inferno. Ele ficou decepcionado

com Deus, mas não falou nada. Ele criou um portal para o inferno junto com 10.000 anjos para

segurança, né! Eles entraram no inferno dois anjos pegavam 1 criança. Lá era o massacre, os anjos

destruíram tudo no inferno e voltaram salvos todos.

E assim a igreja católica considerou Felipe o santo das crianças e ele viveu salvando e ajudando

todas as crianças do mundo porque ele não queria um mundo ruim; por isso que ele era santo. Pelo

bem do mundo, ele era bem esperto e sempre ia brincar com as crianças no parquinho todas as

semanas.

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AUTOR(A): GUILHERME CALLEGARO HATJE

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: TOP 20

Papai Noel

O papai Noel é legal.

Bem legal, dá presentes.

Observa as crianças,

e presenteia a criançada.

No Natal ele sai de trenó a voar.

Vai de casa em casa, entrando pelas chaminés.

Vai se sujando e comendo guloseimas.

Se a criança não se comporta, vai é ganhar varada.

As renas ganham cenouras e ele biscoitos com leite.

Melhor deixar se não vai dar ruim.

Ele come sem deixar restos.

Deixa presentes cada um com nome de quem encomendou.

Só avisando se não encomendar vai ganhar aleatório.

Mas não se iluda é só um.

Se não se comportar é carvão.

Olhe pelo lado bom, é churrasco.

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AUTOR(A): ISABELA LUÍSA FERREIRA

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: GALINHA

O Urso Alberto

Quando os ursos aparecem na tv, falam que eles pegam uma colmeia e botam a mão dentro

para pegar o mel. Só que na vida real eu acho que isso não acontece porque eu já vi um urso e ele só

ficou me encarando com os olhinhos dele, daí eu fiquei pensando:

- Estou com fome.

E ele me respondeu:

- Eu também estou!

Eu fiquei em choque, porque o Alberto leu minha mente!

Então eu fui jantar e o Alberto também, só que ele não comeu mel, ele tomou sopa. Quando

voltei, o Alberto tinha um pedaço de cenoura no focinho e eu e ele rimos muito. Já estava meio tarde,

então pensei em dizer “tchau” para ele saber que eu iria embora e ele deu um tchauzinho de volta

para mim. Quando eu estava saindo, ele pensou:

- Espero que eu a veja mais vezes.

E só depois eu vi que eu tinha lido a mente do Alberto.

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AUTOR(A): ISABELLE MULLER BAÚ

CATEGORIA INFANTIL

PSEUDÔNIMO: LORENA

A casa na árvore

Construí uma casa na árvore

com tudo que sonhei.

Nunca acontece briga,

pois todos se dão bem.

Temos muita imaginação.

Brincamos de coisas divertidas

durante esse tempão.

No alto da árvore

avistamos um belo lago

onde todo o verão,

nadamos com os patos.

É um lugar abençoado.

A melhor coisa

é ter meus amigos ao meu lado.

Somos muito descolados.

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AUTOR(A): ISABÉLLI MINETTO

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: BEL M

A menina sonhadora

Era uma vez uma menina muito sonhadora. O nome dela era Estela e morava em Três de Maio.

Ela queria ser dançarina, mas ela morava muito longe e na escola ela não tinha aula de dança. Ela não

dançava bem; então, uns 3 anos depois, ela enviou um vídeo para uma escola de dança em São Paulo

e, depois de 2 meses, ela recebeu o resultado do teste. Estela tinha passado, mas os pais dela não

queriam que ela dançasse, porque eles achavam que não dava futuro e também porque era muito

longe. Mas Estela não desistiu e seguiu em frente em busca do seu sonho. De noite, Estela arrumou

uma mochila com tudo que precisava e ´´FUGIU DE CASA``.

Ela chegou em um aeroporto e foi falar com uma moça e disse que precisava de uma passagem

para São Paulo. A moça disse que ela tinha que pagar R$ 300 e precisava ter um adulto com ela. Mas,

de madrugada seus pais perceberam que a menina não estava mais em casa e acharam que ela tinha

fugido; então ligaram para a polícia. Voltando com a Estela: então ela correu abriu a bolsa de uma

mulher, roubou a passagem da mulher e correu para o primeiro avião que ela viu, deixou a passagem

com a moça e correu para o banco do fundo, e então, no outro dia de manhã, ela chegou em uma

cidade mas não era São Paulo, era Londrina. Ela tinha que pegar voo, mas como já estava de noite, ela

foi procurar um lugar para dormir. Pediu para 5 pessoas, mas só a quinta pessoa deixou a Estela dormir

em sua casa. Tomou um banho e foi dormir. A casa era humilde, mas a moça era bem legal.

No outro dia de manhã, ela saiu da casa da moça e foi para o aeroporto. Ela não falou com

ninguém, sentou no banco com sua mochila, tinha uma mulher do seu lado e ela aproveitou que a

mulher foi no banheiro e abriu a bolsa dela e viu que a passagem era para São Paulo. Então Estela

pegou a passagem e entrou no avião para São Paulo. No outro dia, seus pais estavam indo para SP para

alcançar a filha. A menina chegou na escola de dança, ela se identificou e entrou para sala de dança e

as outras crianças já tinham chegado. Depois de uma semana, seus pais tinham chegado na escola de

dança e procuraram por ela pela escola inteira, até que acharam Estela. Eles conversaram e decidiram

que ela poderia morar na escola de dança. Estela mostrou onde ela iria estudar, dançar e morar. Seus

pais compraram um apartamento em São Paulo e se mudaram, e depois de um mês, ela sofreu um

acidente dançando. Ela quebrou uma perna e tinha que fazer uma cirurgia para botar os ossos no lugar;

mas, na hora da cirurgia, ela passou mal, vomitou e desmaiou e os médicos aproveitaram e fizeram a

logo a cirurgia. Depois do acontecido eles fizeram o curativo na perna e ela ficou cinco meses com o

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curativo. E os pais dela ficaram paranoicos com isso e decidiram voltar para Três de Maio e não

deixaram a menina dançar, mas ela não queria então ir para lá e se escondeu no quarto da melhor

amiga dela, a Júlia, e seus pais procuraram pela escola inteira e o último lugar foi o quarto da Julia.

Eles acharam Estela e decidiram conversar. Depois da conversa, eles decidiram ficar em SP. Três anos

depois, ela criou um canal no Youtube e ela ficou muito famosa e os inscritos disseram que ela cantava

muito bem. Então ela começou a fazer aula de canto e o professor dela disse que ela iria participar de

um concurso, mas, infelizmente, ela não ganhou. Depois disso, ela ficou chateada e parou de cantar e

voltou a se dedicar só para os estudos e para a dança. Depois de uns anos, ela virou uma dançarina e

Youtuber internacional. E viveram felizes para sempre, OU MELHOR, REALIZAMOS SONHOS PARA

SEMPRE.

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AUTOR(A): JÚLIO CÉSAR LORO

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: JOSUÉ

O Tempo

O tempo não para!

A vida do ser humano não para!

Correndo, dançando, estudando, pensando,

o tempo não para!

Os momentos bons, ruins.

Qualquer momento não para!

Quando estou brincando,

o tempo passa rápido.

Quando estou triste, o tempo passa devagar.

Parei para pensar, para ver se o tempo para.

Olhando para o relógio,

os ponteiros não param.

Gostaria poder fazer o tempo parar

para os bons momentos da vida eternizar.

Momentos ruins ou bons, na vida eu passarei.

Tudo que é bom acaba.

E tudo que é mal

vai passar!

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AUTOR(A): LARA DAHMER

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: FOLLMANN

Minha borboleta

Minha borboleta é luz.

Quando voa pelo céu azul.

Linda, lindinha,

parece uma florzinha.

Ela tem muitas cores

e encontra vários amores.

Voou para longe,

distante de tudo e todos.

Voa, voa borboletinha.

Volte para sua casinha,

porque aqui você encontra

amor e muita cor.

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AUTOR(A): LAURA EDUARDA DOS SANTOS

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: MEL

Felpo Filva e o coelho que ali não havia

Felpo ali não queria ficar,

o que ele realmente queria era escapar.

Um dia Felpo um buraco cavou e fugiu.

Saiu correndo mais rápido

que um tiro de fuzil.

Quando chegou na floresta se arrependeu

pulou, pulou e pulou e num buraco se escondeu,

pois um tigre atrás dele correu.

Felpo Filva, o coelho que ali não havia.

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AUTOR(A): LAVINIA CHRIST

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: HAPPY GIRL

Outono

O dia 20 de Março chega e eu fico meio “assim”,

será que esse ano vai ser mágico pra mim?

O outono é uma estação gostosa,

em que toda pessoa fica mais charmosa.

As folhas caem no chão,

e se vê que os passarinhos namorando estão.

Nas manhãs de domingo eu já acordo sorrindo.

É dia de na coberta se enrolar e o dia inteiro de preguiça ficar.

E quando fica na frente da televisão,

aproveita toda a programação.

E a comida então?

Hummm, sopa e macarrão.

E quando a brincadeira com meus amigos começa a esquentar,

meu casaco já posso tirar.

Que pena, o outono está acabando,

e o inverno já vem chegando.

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AUTOR: LAVINIA TIECHER DA SILVEIRA

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: SONHAR

E o que será da nossa gente?

Em meio à confusão

pra mim, sonhar é a razão.

Tudo está diferente.

E o que será de nossa gente?

Escolas estão fechadas,

empresas desconcertadas,

pessoas desesperadas,

buscam achar a solução.

O mundo está doente

e o que será da nossa gente?

Nesse caos que se instalou,

o vírus se multiplicou.

O planeta se preocupou.

Sem decisão coerente

e o que será da nossa gente?

Famílias mais unidas,

pessoas se adaptando,

buscando novos caminhos.

Tudo será aprendizado.

Vamos confiar minha gente?

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AUTOR(A): LUCAS CECCON RAMBO

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: SPACE WEREWOLVES

Lobos no Espaço

Lobos no Espaço é a aventura épica de Tristan Lycanth meio lobo meio humano, que luta para

salvar seu planeta.

Capítulo 1

Uma história de amor

Era uma vez em uma galáxia distante um planeta chamado STRATUS. Neste planeta vivia uma

ra e Magrol. Eles se apaixonaram e tiveram um filho meio lobo, meio humano que se chamou Magrol

humana chamada Zira e conheceu um sujeito meio lobo, meio humano que se chamava Magrol. Zira

Tristan Lycanth.

Capítulo 2

Uma aventura mortal

Tristan era um garoto destemido, forte e perseverante como seus pais. Quando ficou mais

velho, ele virou o “Guardião da Garra da Liberdade”. Sendo assim, Tristan tinha que proteger seu

planeta de inimigos de outros universos, planetas e galáxias distantes ou próximas.

Então, deste dia em diante, ele teria um trabalho difícil a cumprir, mas, mesmo assim, Tristan

aceitou sem nem hesitar. Certa vez, um menino jovem perguntou a Tristan:

- “O que é a garra da liberdade?” disse o menino.

Tristan respondeu:

- “ A Garra da liberdade é uma associação de protetores de STRATUS”.

O menino agradeceu a Tristan por lhe ter explicado e foi embora cantarolando o hino do país.

Meses depois, eles receberam um alerta de que tinha um antigo tesouro de origem

Stratusiana, com mais de 900.0000 anos de idade e mandaram Tristan para pegar o tesouro e voltar

para STRATUS. Com o tempo que precisasse para trazê-lo de volta para a galáxia Warp, planeta

STRATUS.

Quando Tristan recebeu a mensagem, foi correndo para seu foguete para ir para o planeta

Terra. Os Stratusianos tinham uma tecnologia muito mais desenvolvida que a da terra. Tristan disse:

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- ”Nossa tecnologia é 100.000 anos mais avançada que a da Terra, chegaremos lá rapidinho”

(lembrando que STRATUS é 20 mil anos-luz da Terra).

Uma vez, um sábio Stratusiano disse: “A luta é um jeito de nos defendermos, mas a inteligência

supera a força em qualquer situação”.Tristan nunca entendeu a frase, mas sempre a leva escrita no

bolso.

Chegando na Terra, ele enxergou as árvores, os campos e toda fauna e flora devastada pela

espécie humana e falou:

- “O que?? Este planeta está tão devastado e feio, essa não é a Terra que eu conheci, mas eu

tenho um trabalho a fazer!”.

E assim foi para o local do tesouro. Ao chegar no local, viu um baú e, quando abriu o baú,...

...Havia um mapa com caracteres antigos Stratusianos. Ele teve que desenvolver uma

tecnologia de inteligência artificial para decodificar e decifrar os códigos antigos do papel. Após

decifrar, descobriu que o verdadeiro tesouro está no planeta ZERUNO.

Chegando em Zeruno, cujo solo parece o de Marte, ele viu um real campo de guerra! Estava

tudo destruído e viu uma “parede com uma joia”. Tristan teve que pular por cima do abismo e ao

pegar a joia. O tesouro que ele procurava, disse:

- “Se mexer com o lobo, terá que aguentar o uivo!! Auuuuuuuuuuu”

Capítulo 3

Uma segunda chance

Tristan sentiu pena da Terra e dos Terráqueos e voltou para Terra restaurar a flora e a fauna

e teve que levar os Stratusianos para a terra e restaurar o planeta e conseguiu e quando eles

voltaram para casa o planeta ganhou humanos e animais.

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AUTOR(A): LUIS MIGUEL PELLENS BAUER

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: LMB

O tempo

O tempo passa muito rápido.

Isso temos que concordar:

cinco, dez , vinte , trinta e, de repente, 50.

O envelhecimento é uma prova disso.

O tempo fica acordado toda hora,

no nascer do sol, no final do dia,

sempre presente e na hora,

nunca tem hora de dormir.

Se ele parar todo mundo, para na hora.

Cada coisa tem seu tempo.

O tempo de cada coisa chega, é só esperar,

não adianta chorar ou sofrer…

basta ter paciência, confiança e fé

porque quando você perceber

vai ver que o tempo demora, mas chega.

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AUTOR(A): MARIANA VIAPIANA DALLEMOLE CORRÊA

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: HACKERGIRL

Um mundo cúbico

Em um mundo feito de blocos,

tudo pode acontecer.

É mais legal que todos os jogos,

mas lá você pode sim, morrer.

O objetivo é evoluir

no modo sobrevivência,

com seus amigos você pode se unir

para matar o “Boss” com a essência.

Essa essência diferente

de não se sentir sozinho.

Até negros, brancos e concorrentes

se sentem nesse mundo muito pequenininhos.

Não sei se você já adivinhou

do que eu estou falando.

Foi criado em 2009

acho que do Google você está colando.

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AUTOR(A): MURIEL SKLAR FRITZEN

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: GRÊMIO FANATIC

Jeferson e Oswaldo em uma dupla aventura

Jeferson queria se aventurar. Ele decidiu ir para um local que tem neve. Então ele foi para a

Antártida voando em seu dragão de estimação. Quando chegou lá, falou com um morador local.

Ele falou que existia um caranguejo gigante chamado O ABOMINÁVEL CARANGUEJO DAS

NAVES ou CARANGUEJO YETI, que vigiava um buraco em uma montanha que tinha um tesouro.

Então Jefersom montou em seu dragão e voou até o buraco. Quando ele chegou lá, o

caranguejo fugiu de medo do dragão. Jeferson pegou o baú do tesouro, foi para casa, dividiu com

Oswaldo, seu irmão mais novo.

No dia seguinte Oswaldo queria um tesouro só para ele. Oswaldo montou em seu dragãozinho

e foi até o Egito, ele entrou numa pirâmide, derrotou a múmia que vigiava o tesouro. Voltou para casa

com o tesouro e escondeu no seu quarto.

Jeferson descobriu que Oswaldo pegou um tesouro só para ele. Para não ficar injusto, Jeferson

pegou a parte que deu ao irmão de volta.

Como os dois ficaram felizes. Com as aventuras, eles pegaram o dinheiro e planejaram novas

aventuras.

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AUTOR(A): NATHÁLIA RIGON

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: BORBO

A borboleta Flora

A borboleta Flora

voa por aí afora.

Sendo que tudo que toca aflora

e o néctar ela o devora!

E ela me espera

para voar pelo céu,

sobrevoando a primavera

em busca da mais linda flor-do-céu!

Ela é uma rainha

com cheiro de jasmim.

Ela toca a campainha

da princesa Yasmin.

Na casa da princesa Yasmin

tem chá de morango e mel

e o dormidão tem à meia noite

brincadeiras a fuzel!

Se divertiram de montão.

E felicidade nem faltou

e que presentão:

anel de ouro ela ganhou.

Quando acabou,

triste ficaram,

mas logo passou,

pois as lembranças da festa marcaram!

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AUTOR(A): RAFAEL PINZON

CATEGORIA INFANTIL - 1º AO 5º ANO

PSEUDÔNIMO: O ALIEN

O estado estranho!

Era uma vez um estado muito estranho. Acontecia um monte de coisas bizarras nesse estado

e um dia aconteceu uma coisa muito bizarra. Nesse estado um alien chegou em forma de humano e

passou a viver ali. Passou um ano. Aí, numa manhã, ele foi achado pela CIA.

O alien esperto começou a se cuidar mais. Então, quando pensou que tinha despistado a CIA,

parou de se cuidar.

A CIA o localizou numa festa, e quando chegaram, a festa era privada. Pularam o muro e viram

que aquela festa era de aliens, então pensaram se a festa era de aliens, os guardas também eram

aliens.

Aqueles guardas vieram atrás deles e eles começaram a correr para dentro do quiosque e

começaram a procurar um lugar para se esconder dos guardas alienígenas. Então eles chamaram

reforços e, quando os reforços chegaram, entraram na festa de penetra. Foi então que mais reforços

chegaram e prenderam os alienígenas.

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LIDIA KLATT DE OLIVEIRA 9º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

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1º LUGAR CONTO

AUTOR(A): GIULIA NICHEL SQUARÇA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: GATA MALHADA

A viagem

Na França, no século XV, morava um garoto que sonhava em desbravar o mundo e descobrir

novas terras. Mas ele era ainda um menino, que não conseguia nem se sustentar sozinho; ele morava

com seu pai (um humilde carpinteiro), com sua mãe (uma costureira), seu irmão (que ainda era um

bebezinho) e sua irmã, que ainda ia ao colégio (na época eles só estudavam até mais ou menos a

terceira ou quarta série). Ele (garoto que se chamava Matias) já tinha terminado o colégio e começado

a trabalhar como um engraxador de sapatos, mas lucrava pouco. Depois de tempo engraxando

sapatos, finalmente conseguiu comprar uma pequena barca, e, com ela, começou a ir para o outro

lado da cidade (que era uma cidade costeira) e aprendeu a guiá-la muito bem.

O tempo foi passando, ele ficou adulto, com sua pequena barca em pedaços, então por isso

decidiu arrumar um emprego decente. Com muito esforço e dificuldade, conseguiu o cargo de

marinheiro real, comandado pelo Coronel Mexiquira, um bravo marinheiro que lutou na guerra e

ajudou a França a ganhá-la.

Depois de muita preparação e de se despedir de sua família, ele embarcou no grande navio e

fez rumo às - na época - Índias (você deve estar pensando que já conhece essa história de algum lugar,

não é? Bom, se está pensando isso, está bem enganado, pois a história é muito diferente). Na verdade,

dessa vez ele não se perdeu, mas acabou “descobrindo” uma nova ilha, mas eles não descobriram,

pois ela já é habitada por criaturas estranhas, umas muito grandes e outras nem tanto.

Os tripulantes, morrendo de medo, mas querendo impressionar o Coronel, saíram do barco

rumo ao inexplorado. De repente, estavam de frente com uma estranha criatura de cor magenta e

cinco olhos na cabeça; essa criatura parecia amedrontadora; mas, na realidade, estava com tanto

medo quanto eles. Depois de uma dificuldade imensa para entender o que diziam, descobriram que

essas criaturas na verdade eram amigáveis! (Parou, parou, parou! Que história é essa de serem

amigáveis? Quem foi que escreveu isso aqui? Vamos mudar isso aqui já! Então...) Depois de uma

dificuldade imensa para entender o que diziam, descobriram que essas criaturas na verdade não eram

nada amigáveis! (Agora sim! Que continue a história que está ficando interessante!) Essas horrendas

criaturas jogaram-nos em um portal que ficava em meio a extensa e densa mata.

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Atravessando o portal havia um mundo diferente de tudo o que eles já tinham visto em suas

vidas! Era metade escuro e sombrio e metade claro e animado. Diante deles surgiu um ser estranho

dizendo a eles para escolher um time que o jogo já ia começar; os rapazes ficaram sem entender nada,

só fizeram o que ele mandava. Matias, como era uma pessoa bem animada, obviamente escolheu o

lado claro; quando passou para esse lado, junto com seu colega Frederico, ganharam roupas coloridas,

granadas de luz e armas de arco-íris; quem escolhia o lado sombrio ganhava vestimentas pretas,

granadas de escuridão e armas de relâmpago. O ser que tinha pedido para eles escolherem um lado

apareceu novamente e disse que o lado com mais participantes restantes venceria.

Os rapazes e o coronel atiraram uns nos outros; quando o jogo acabou, o ser reapareceu

dizendo que o lado colorido tinha ganhado, eles comemoraram até aquele ser estranho dizer para os

perdedores: “Até nunca mais!”, jogando-os em um vazio infinito. Antes deles terem reação, os

vencedores (Matias e Frederico) foram enviados por outro portal a um barco.

No barco, eles acharam que estavam seguros, mas um outro barco se aproximou, era um barco

pirata! (Pirata, é sério? Muda os piratas por algo mais criativo! Então...) No barco, eles acharam que

estavam seguros, mas um outro barco se aproximou, era um barco cheio de lêmures malvados! (“Tá”

aí, gostei! Segue teu rumo na leitura, meu chapa!). Os dois amigos ficaram sem reação por um instante,

mas só por um instante mesmo, porque logo depois eles saquearam e desmontaram o navio. Mas,

felizmente, os dois sobreviveram.

Depois de muito navegar em um pedaço de madeira, eles finalmente voltaram à sua cidade,

mas infelizmente o pedaço de madeira se partiu, e, como o Matias era um excelente nadador, chegou

rapidamente à praia; já Frederico, como nadava muito devagar, quando estava chegando à margem,

um enorme e feroz tubarão o engoliu!

Depois disso, Matias voltou muito abalado pelo amigo, mas seguiu sua vida até,

consequentemente, acontecer o que acontece com todos, sua história continuou, continuou e

continuou até chegar a mim e contar a vocês.

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2º LUGAR CONTO

AUTOR(A): TACIANA FERSTER SCHNEIDER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LUZ BRANCA

O meu mundo encantado

Estava na escola. Mais um dia em que terminei os longos trabalhos de final de ano com meus

amigos que foram passados pelos professores. Estava exausta, caminhando pela escola, à espera de

minha mãe, ela viria me buscar, mas seria apenas daqui a três horas... Resolvi deitar-me em um banco,

afastada de tudo e de todos, para descansar um pouco, e acabei adormecendo.

Acordei, senti-me um pouco mais disposta, ainda era dia, mas consegui ver que o sol não ia

demorar-se para ceder ao seu descanso. Levantei, e me surpreendi com o barulho de uma lata de lixo

caindo, que eu mesma havia derrubado sem intenção. Mas algo estava errado. No solo, abaixo de

onde a lata estava, havia um desenho, gravado no próprio chão, parecido com um labirinto. Em um

extremo dele estava uma chave, e, no outro, uma fechadura. Abaixei-me e analisei-o, comecei a fazer

tentativas de achar o caminho correto para a chave, até que descobri.

Distraída, passei o dedo pelo caminho apenas para confirmar minha ideia. Então, aconteceu:

um buraco enorme se abriu no chão, levando ao que pareciam enormes metros abaixo do solo. Parecia

magia, e o estranho é que ninguém estava à vista, o que era muito incomum na escola em que eu

estudava. Novamente algo me chamou atenção: seja lá o que for, estava brilhando no fundo da

abertura, brilhava intensamente, e aumentava gradualmente, sempre cada vez mais e mais forte,

parecia estar chegando até mim, queria sair. Mas então percebi que não era o brilho que aumentava

e se aproximava, e, sim, eu ia despencando, tão rápido, que o vento que colidia comigo nem podia ser

sentido. Parecia durar horas, não chegava nunca, até que finalmente, bati em algo duro e frio.

Depois de um tempo, acordei novamente. Ao que percebi, estava cercada de paredes verdes,

iguais às do desenho abaixo da lixeira que havia derrubado. O sol estava escaldante, brilhando como

nunca havia visto antes. Não se encontrava uma sequer nuvem naquele céu azul. Será que eu estava

naquele labirinto? Bem, só podia ser isso. Não havia nada a fazer a não ser andar. Andar até achar a

saída e me localizar em qual local desse tão grande mundo eu me encontrava.

Comecei a caminhar, seguindo os caminhos que o labirinto me oferecia. Desviava, contornava,

desviava, contornava. É isso que se faz em um labirinto. De vez em quando aparecia uma borboleta ou

outra para me acompanhar, tirando-me um pouco da solidão. Andei alguns minutos, o labirinto nunca

se fechava, mas também nunca se abria. Até que em algum momento virei para a direita e me deparei

Page 63: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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com uma porta, de madeira, bem talhada, uma maçaneta com plantas em sua volta. Acho que

finalmente cheguei ao meu destino.

Abri a porta. Entrei. Vi a cena mais bela, aconchegante e acolhedora de toda a minha vida. Era

um lugar cercado com as mesmas paredes do labirinto, mas nessas havia flores. Havia um grande

salgueiro, com luzinhas amarelas o enfeitando, um balanço de madeira abaixo, com almofadas e livros.

Eu amo livros. Ao lado desse salgueiro, uma fonte, exuberante e, de alguma forma, luminosa. Haviam

coelhos lá, brincando e se divertindo, sem preocupar-se com nada, além do dia de hoje. Ao lado do

balanço, encontrava-se uma mesa, também de madeira, muito bonita, e cheia de frutas, pães, geleias,

guloseimas, bebidas, docinhos, chocolates, dentre tantas outras comidas que eu nem sequer conhecia.

A grama era felpuda, dava para andar nela até mesmo descalça. Mais parecida com um tapete do que

com um mar de folhinhas minúsculas. Um pouco além da fonte, estava uma armação, que segurava

lindos vestidos, iguais aos das princesas sobre as quais eu lia nos livros. Eram de muitas cores,

totalmente variados, rosa pastel, lilás, amarelo, celeste, preto, um branco magnífico. Todos com algo

especial. Alguns tinham babados, outras mangas bufantes, tinham os totalmente lisos, mas com a sua

beleza. Neste lugar, flutuavam bolinhas brancas, deixando-o ainda mais belo. Não havia céu ali, havia

uma luz azul, apenas, que vinha e saía de algum lugar, o infinito talvez. Tudo o que foi mencionado

estava decorado com flores, ramos, folhas.

Dei-me um beliscão. Isso que eu estava vivendo não podia ser real. Por que seria? Bem, o

beliscão só me proporcionou uma leve dor. Não acordei. Então, era apenas vivenciar o momento, e

esperar ele acabar. Se é que isso podia acontecer.

Sentei no balanço de madeira. Aconcheguei-me. Peguei um livro, e quando ia começar a lê-lo,

alguém me chamou. Virei-me assustada, e entrei em pânico quando vi que o salgueiro me olhava. Sim,

ele tinha olhos. E uma boca. Levantei e me distanciei, mas me acalmei um pouco, afinal, se tudo o que

estava acontecendo comigo era real, por que não uma árvore que falava?

O salgueiro, pacientemente, esperou até eu voltar ao balanço e encará-lo. Então começou a

falar:

- Seja bem vinda, mocinha. Aqui, você poderá encontrar a sua paz, para dias preocupantes,

aflitos, para a ansiedade, e assim conseguirá se distrair um pouco também. Não é encantador? Tudo à

sua espera, vestidos lindos feitos para usar, comida à vontade, livros para ler, e, se quiser, uma cama

para dormir. A fonte para seus desejos, e, eu, como amigo e conselheiro. Sei que deve estar assustada,

mas não se preocupe, aqui você está segura, e aqui você pode ficar o tempo que desejar.

Ainda um pouco assustada, falei:

- Por que vim parar aqui? E por que me oferece tudo isso?

- Minha querida, isso não posso lhe dizer. São coisas da magia, do mundo em que vive, elas

apenas acontecem, e você foi escolhida para desfrutar de tudo. O destino sabe que você merece tudo

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isso, pois sabe que é uma pessoa dedicada, carinhosa, amiga, afetuosa, caridosa. Prevê que passará

por fases muito difíceis, e irá precisar desfrutar de tudo isso.

Mais calma, disse:

- Um pouco confusa toda essa história, mas aceito de bom grado. E agradeço muito, por essa

oportunidade única que me oferece. Se assim diz que será, assim aceitarei. Desfrutarei de tudo, o

máximo possível, aproveitando. Mas, como sairei daqui? E para voltar, será sempre a mesma

passagem? E para os dias em que não estarei na escola?

- Ah, isso é muito fácil, minha cara. Para sair, basta dizer em frente à porta que entrou: "a

verdade, a verdade, leve-me agora para a realidade." Para entrar, procure um local onde tenham

flores, de qualquer tipo, e jogue o pozinho que lhe darei, em cima da flor, e sussurre: "para entrar,

para entrar, disseram-me que é só isso que preciso citar." O pó dourado é aquele, ao lado da porta. Se

alguma vez faltar, terá de comer a pétala de uma flor, e recitar a frase de entrada. Será mais demorado,

mas funcionará. Agora, a noite se aproxima, e a preocupação reina lá em cima. Vá agora minha querida,

e volte sempre.

O salgueiro parou de falar. Seus olhos e sua boca deixaram de existir, e o que me restou foi a

surpresa e a alegria da descoberta que fiz. Quase não conseguia acreditar no que estava se passando,

mas como não havia acordado até agora, era provável que fosse verdade. Com certeza voltarei,

salgueiro.

Peguei o pozinho, encarei a porta, e disse: "a verdade, a verdade, leve-me agora para a

realidade!" Senti um puxão em todo meu corpo, e novamente pareceu durar horas até sair dali. Então

senti um ar frio e cortante, e vi que estava em cima do banco em que adormecera. A lixeira continuava

no chão, e o labirinto também. Coloquei-a no lugar novamente, e nesse exato momento, minha mãe

havia chegado na escola. Decidi não contar-lhe nada, nem contarei a ninguém. Meu segredo está

guardado. Apalpei meu bolso, e senti o saquinho com o pozinho dourado. Voltarei, salgueiro, voltarei.

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3º LUGAR CONTO

AUTOR(A): HELENA CELIBATO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: GAIA

Viagem ao tempo

Eu sou Serena, meu nome foi inspirado no nome de uma sereia, e hoje lhe contarei uma

história que meu avô Antônio costumava me contar, antes de morrer.

Tudo começou quando ela estava em sua casa. Uma garota. Ela vivia no campo, nunca ia para

a cidade, apenas sua mãe. Adorava construir, e, na maioria de seu tempo livre, ela construía várias

coisas. Seu avô morava com elas, sempre lhe contava histórias, algumas ele até inventava. Um dia ela

estava galpão de sua casa, mexendo em uma caixa de ferramentas velha e preta que nunca havia visto

antes. Procurava um manual de ferramentas, pois tinha 12 anos e não sabia tanto, tinha muito para

aprender.

Enquanto que ela remexia e mexia, encontrou um colar, muito empoeirado. Era dourado em

volta e no meio tinha uma pedra azul. Como era curiosa, começou a olhar atentamente. Em volta

também havia números romanos. Ela não conhecia os números romanos muito bem. E, sem querer,

regulou para 10 anos no passado!

Dali em diante ela viu várias cores: azul, ciano, amarelo e vermelho. Depois que todas as cores

sumiram, ela estava em sua casa, mas bem mais velha. Não fazia ideia do que estava acontecendo. Ela

estava com a mesma roupa daquele ano. Ficou rodando pela cidade por um bom tempo, mas enquanto

caminhava, estranhou uma coisa, tinha um menino que tinha o colar exatamente igual ao dela. Ele

estava em um beco escuro, nem dava pra vê-lo, parecia que estava se escondendo de alguém. Logo

que ela tinha alcançado, ele ficou fazendo um monte de perguntas, até parecia que a conhecia. O

menino tinha estranhado muito, mas quando viu o colar que ela tinha colocado no pescoço, confiou

nela. Ele era dois anos mais velho, depois começou a responder calmamente todas as suas perguntas.

A parte que ele mais fez ela prestar atenção foi quando explicou sobre o colar e a perda.

Ele disse que o colar regulava o ano, e que os dois tinham regulado para o mesmo ano.

Também lhe disse que estava lá fazia dois dias e que havia três homens atrás deles. Ele achava que

eles eram coletores do tempo, que seriam os caçadores dos viajantes do tempo. Como ele sabia disso?

Ele tinha entrado escondido em uma biblioteca velha e, por pura sorte, pegou um livro. No livro estava

escrito que para voltar para casa tinham que construir uma máquina do tempo ou ter dois colares. No

presente eles estavam desaparecidos. Dois dias no passado resultam em dois anos no presente. Agora

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eles têm os dois colares, mas ele disse que não sabia montar a máquina do tempo porque era muito

difícil. Depois de ouvir, ela se apressou em dizer:

- Eu, eu posso construir! Meu avô me ensinou algumas coisas.

- É sério? Que bom! Assim poderemos ir mais cedo. - Disse o garoto todo empolgado.

- E você tem algum tipo de esconderijo? Tipo uma casa de um parente? - Disse ela.

- Bem, não podemos interferir. Se eu falar que sou parente dele, tudo vai mudar, todo o futuro.

Por enquanto, eu não mudei nada. Você também não pode mudar nada! Entendido?

- Sim, capitão!

Os dois começaram a rir.

- Mas respondendo sua pergunta de antes, sim, eu tenho um esconderijo, só que é uma

caverna.

- Aceitável. - Disse ela se segurando para não rir.

Depois da conversa, eles já estavam no centro da cidade, era toda movimentada, havia vários

vendedores, e até mesmo mendigos. Eles estavam comprando algumas comidas, quando a menina se

sentiu observada.

- Ei, vamos logo.

- O que foi? Ainda tenho que comprar os legumes.

- Mas eu me sinto observada. Parece que os olhares estão vindo daquela moita.

Quando o garoto se aproxima da moita, vê alguma coisa refletindo. Logo ele se lembrou, um

dos coletores do tempo tinha óculos. Ele pegou o braço da garota e correu. Os coletores viram que ele

estava fugindo e pularam da moita para correr atrás deles.

- O que você está fazendo?!

- Salvando nossos coros!

- Quê?

- São os coletores do tempo!

Foi um corre-corre. Depois que o garoto e a garota despistaram os coletores, foram pra

caverna.

- Ufa!! Por essa eu não esperava. - Disse ela.

- Nem eu. Vamos começar amanhã, estou exausto.

- "Tá" bom.

Ele tinha arrumado dois cobertores para deitarem em cima. A garota estava sem sono, então

decidiu arrumar um pouco os livros e dicionários que estavam no chão. Enquanto arrumava, ela

encontrou um livro, na verdade parecia mais um diário, porque todas as folhas estavam em branco.

Ela pensou que ele queria começar a escrever no diário, mas não teve tempo. Então ela decidiu

escrever. Escrevia todos os dias no diário, sobre as construções e sobre ela estar gostando só um

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pouquinho do garoto, e que ela pensava que ele também gostava dela, pelo menos foi o que ela

escreveu.

Os dias passaram voando, e os coletores não apareceram mais, eles simplesmente pensaram

que tinham se perdido. Eles tinham terminado a máquina do tempo, claro que metade da vida deles

foi tirada, pois tinham se passado 25 dias, mas eles nem perceberam.

- Eu não acredito, terminamos! - Disse a menina.

- Tem razão. Vamos logo sair daqui.

Eles colocaram os colares em cada espaço proposto para eles. A máquina ligou, eles se olharam

com caras assustadas e felizes. Mas logo que eles iam entrar…

- Achamos vocês! Seus bandidos!

- Mas que porcaria! - Disse o garoto.

- E agora?! - Disse a menina assustada.

- Pega!

O garoto havia pego uma tábua, não muito pesada, mas boa pra machucar.

- Nós não vamos mais atrapalhar no passado, iremos voltar, então por favor nos deixem em

paz! - A garota disse, toda cheia de coragem e esperança.

- Não podemos, vocês virão como…

No meio da fala do coletor, a garota jogou a tábua em cima dele, causando uma dor enorme

em sua cabeça. O garoto rapidamente dá uma tabuada nos outros dois. Assim sobrou um tempo para

eles entrarem no portal. Foi tão rápido! Aquelas cores apareceram de novo e eles chegaram no

presente. Quando chegaram da viagem, estavam no galpão da garota, ela tinha 37 e o garoto 39. Mas

exatamente na hora em que eles chegaram, descobriram que para as pessoas esse tempo que

estiveram no passado é como se eles não tivessem desaparecidos. Mas isso aconteceu somente

quando eles chegaram.

Bem, sabe quem era a menina esse tempo todo? Minha vó, Ana. E o garoto meu avô Antônio.

Foi assim que se conheceram, confuso né? Bem, na verdade os colares (que faziam as pessoas voltarem

no tempo) eram do avô do meu avô e do avô da minha avó. Eles eram amigos, e ferreiros do tempo.

Eu descobri isso há pouco, e vou contar para minha filha, que ela vai contar pra filha dela e assim vai...

de geração para geração. Sabe por quê? Porque essa história não pode ser esquecida.

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GABRIELI RIETH MARASCA 8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

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1º LUGAR CRÔNICA

AUTOR(A): GABRIELI RIETH MARASCA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CAKE

Pizza

Uma massa macia arredondada, recheio de queijo com outros ingredientes, alguns estudiosos

afirmam que tudo começou no Egito, outros afirmam que começou na Itália. Uma divisão de opiniões

que se juntam na hora de apreciá-la, todos os apreciadores de pizza podem confirmar que um jantar

em família com pizza fica mais gostoso, mas sempre tem aquele primo que não gosta de alguma

coisinha da pizza e logo estraga com o apetite das outros integrantes do jantar.

Ela é calórica, saborosa e encontra-se em todas as cidades mais próximas, tem gente que diz

que de uma pizzaria é melhor, outro discorda, aquela pizzaria faz uma pizza melhor. Às vezes realmente

de algumas pizzarias são melhores que as outras, mas todos combinam em uma coisa, o preço deve

baixar! Por melhor que seja a pizza, às vezes é preciso tomar uma facada no bolso para comer uma

pizza feita na hora. Há tamanhos de pizza: a família (que precisa mais que uma pessoa para ingerir a

pizza), a média (que pode ser ingerida “a solo”) e a brotinho (que geralmente é doce, que se come em

uma pegada). Quando é feito o pedido, sempre ficamos na expectativa de que vai ficar pronta rápido,

às vezes parece que quanto com mais fome você está, mais demora para ficar pronta. Essa demora

ganha um acréscimo se você encomenda e mora longe, mas quando a pizza chega, sente um cheirinho

recém saído do forno, aquele queijo derretido... O problema é se tem mais que uma pessoa que gosta

do mesmo sabor, aí começa a disputa mortal de quem come mais rápido para pegar o próximo pedaço,

por exemplo calabresa.

A origem dessa maravilha apetitosa, segundo a história, é egípcia, lá que fizeram uns

experimentos com água e farinha e puseram em cima um molho de tomate ou tomate, uma invenção

que revolucionou o mundo todo com suas maravilhas e sabores. Logo foi parar na respeitável mãe das

massas... Itália, onde aprimoraram a invenção, colocaram umas carnes, salame, batatas talvez, dali

seguiu para o mundo inteiro. Alguns cidadãos preferem comer com garfo e faca, outras pessoas

preferem comer com a mão, mas todos sabemos que o que importa é comer e ficar de barriga cheia.

Com ou sem borda, vem de cada um, por exemplo doce com borda de doce de leite fica uma delícia,

mas nem todos gostam. A borda na pizza salgada talvez estrague o sabor, pois adiciona algo a mais na

pizza, algo que não é necessário, mas isso vai da intuição de como quer comer sua grandiosa massa

redonda com recheio, basta uma palavra para definir o destino de sua pizza.

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Uma questão de extrema importância: a massa da pizza. Por quê? Tem diferença de comer

uma pizza onde a massa se separa do recheio e a que forma um todo. Comer uma pizza separada do

recheio é a mesma coisa que comer pão e depois comer chimia, não é a mesma coisa que comer pão

com chimia, fica melhor... Uma massa fofa pode mudar como você avalia sua pizza, sentir o gosto da

massa com o recheio em uma união de sabores na sua boca é bom demais. O recheio é preferível

quentinho com o queijo derretendo, tudo na hora com algum líquido, de preferência refrigerante de

cola (coca-cola) com gelo e limão, fica uma delícia, deveria experimentar. Tem pizzas boas e tem pizzas

muito boas; uma boa: calabresa, uma muito boa: estrogonofe de carne ou pizza de sorvete...

Todos têm gostos e preferências diferentes, lembre-se: o importante é comer!

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2º LUGAR CRÔNICA

AUTOR(A): LUÍSA GABRIELA PETTER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: DIFERENTE

Um latido de socorro

Um lar, carinho e amor, coisas tão simples, que infelizmente não fazem parte da vida de muitos

cães e gatos. É tão pouco o que eles desejam em comparação ao tamanho do amor que têm a nos

oferecer.

O Instituto Pet Brasil (IPB), de agosto de 2018, estima mais de 172 mil animais tutelados,

165.200 (96%) são cães e 6.883 (4%) são gatos. Esses dados são aterrorizantes por causa de seus

elevados valores, o que me fez refletir as suas causas. Qualquer pessoa, mesmo com um pequeno

papel na sociedade, deveria fazer o mesmo, para que em conjunto possamos mudar a vida dos animais

citados anteriormente.

Em ruas e praças não é difícil avistar animais em situações precárias. Casualmente quem vê os

bichanos nessa situação sente pena, mas para que isso adianta se a pessoa não faz o mínimo possível

para mudar a situação? Pode-se contribuir adotando um bichinho, o que ajuda muito na melhoria das

condições em que muitos se encontram, e também as ONGs a continuarem seus trabalhos. Além de

aumentar a autoestima e segurança de quem o acolhe, beneficia a saúde mental. Quem não tem

condições para adotar, pode doar dinheiro, alimento, material de higiene ou um pouquinho de seu

tempo. Este último nos requer tão pouco, já que uma ou duas horas de uma semana não significam

praticamente nada para nós, enquanto muitos jovens usam aplicativos como o Instagram em torno de

16 horas por semana. Para os bichanos sem casa sua atenção significa muito, já que muitos não a têm

ou nunca a receberam.

Em cidades grandes e pequenas, como Três de Maio, há ONGs de adoção e resgate de animais,

sendo admirável o trabalho dessas pessoas, que abrem mão de um pouco de seu salário e tempo que

poderiam estar com suas famílias para ajudar os animais necessitados.

É compreensível que algumas pessoas, inclusive eu, possuam animais de diversas raças em

nossas residências, afinal eles também merecem um lar. Não é por esse motivo que não podemos

ajudar os animais das ruas. A presente desculpa é apenas um "não vou ajudar" disfarçado de "eu quero,

mas não posso", porque, como já fora dito, não é necessário adotá-los para ajudar.

Qual é a diferença entre um animal "vira-lata" e um com pedigree para quem acredita que

apenas os últimos são bons companheiros? Certamente as respostas seriam as características

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"padrões" e o valor monetário. Mas, afinal, quais são as respostas em relação às diferenças

sentimentais? Nós, humanos, somos um ótimo exemplo de como não há diferenças neste sentido.

Ninguém tem maior intelecto ou amor a oferecer em relação à outra pessoa apenas por suas

características físicas ou sua origem. Somos todos seres vivos que merecem amor, tanto os humanos,

quanto os animais e toda a natureza em geral.

A culpa por tantos animais nas ruas não é apenas das pessoas em geral, mas também do poder

público, seja a prefeitura, o estado ou o país. São poucas e muito flexíveis as leis em relação a quem

as descumpre. O abandono resulta em um triste destino ao animal e um pouquinho de dinheiro do

infrator, se ele for penalizado. Os animais abandonados muitas vezes têm filhotes, aumentando a

população e agravando o problema. Longe de um lar sofrem de fome, desnutrição, parasitas,

atropelamentos e principalmente de falta de amor.

São incompreensíveis os motivos que levam o dono de um gato, por exemplo, a acolhê-lo em

sua casa e dias depois abandoná-lo em um beco sem saída, como um objeto descartável. Há casos em

que a família adota um animal e o deixa quando ele cresce ou apresenta alguma deficiência. Em

algumas situações, a família que adotou o animalzinho não tem mais condições de mantê-lo, mesmo

assim é possível evitar o abandono e o sofrimento do animal, seja entregando-o a uma organização

para acolhimento ou para algum conhecido.

Quem pensa que animais de estimação não sentem amor ou tristeza e usam esta afirmação

como desculpa para o abandono, tem menos noção do que é sentimento do que os mesmos que eles

julgam não o possuir. Eles têm muito a nos ensinar, nenhuma ciência ou fórmula matemática, mas o

amor e respeito verdadeiros. Então, se não puder adotar, ajude. Não necessariamente com dinheiro,

mas com o coração.

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3º LUGAR CRÔNICA

AUTOR(A): BERNARDO KONRADT DOS SANTOS

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: FÚRIA DA NOITE

Terra

A Terra foi criada e desenvolvida por várias ocorrências que foram mudando o mundo, neste

texto iremos conhecer as teorias e formas de criação da Terra.

O Criacionismo é uma teoria acreditada por religiosos que são das seguintes religiões:

islamismo, cristianismo, judaísmo, que afirmam que Deus, ou um ser todo poderoso, criou a Terra e o

que há nela. Para nós, Deus fez isso em 7 dias, fazendo assim nosso calendário.

O Evolucionismo é uma teoria aprofundada pela ciência com Darwin, que criou a teoria da

seleção natural na qual havia um ser, e teve que ir se adaptando para sobreviver e isso se denomina

evolução. Podemos afirmar assim que o evolucionismo é algo com evidências históricas e é baseado

na ciência racional, já o criacionismo é baseado na fé, sem evidências, falado e escrito por alguém na

Bíblia. Aí você escolhe se irá ter fé em algo não comprovado ou acreditar no racional.

A evolução destas teorias são bem diferentes, para o criacionismo foi Deus quem criou tudo

como é hoje e o evolucionismo foi que os seres evoluíram até ficarem como são hoje.

Eu já acredito em outra coisa, parecida com as duas teorias, pois eu creio em uma junção das

duas. Eu creio que havia apenas um átomo, ele evoluiu e evoluiu e evoluiu até se transformar em um

animal; o animal evoluiu, multiplicou-se, adaptou-se e assim sucessivamente até criar o que temos

hoje. Então, finalizando esta junção entre duas teorias, com essas ocorrências de evolução e

adaptação, Deus estava sempre olhando lá do céu e comandando tudo, olhando a gente até hoje e nos

comandando ao certo e o correto a ser realizado.

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LARA DANIEL TIECHER 8º ANO – ENSINO FUNDAMENTAL

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1º LUGAR POEMAS

AUTOR(A): YASMINN FAORO ELLWANGER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: POEIRA NO UNIVERSO

Quem é você?

Tempo

quem é você?

Um dia passa por mim rápido

Outras vezes, é calmo, sereno.

Tempo, quanto tempo você tem?

Segundos, minutos, horas...

Eu nem sei quem sou,

Tão pouco quem você é.

Num dia sou criança,

No outro acordo menina moça.

E a vida segue o seu trajeto.

Linhas retas, cruzadas, paralelas e opostas.

Viver a vida.

A vida e o tempo.

O tempo traz a experiência com a vida.

A vida revela o tempo e as experiências.

Eu amo viver a vida.

O tempo e a minha vida.

Um elo de ligação.

Minha inspiração de passagem nesta vida.

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2º LUGAR POEMAS

AUTOR(A): EDUARDA BADO DE SOUZA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PIPOCA

Vidas negras

Eles importam,

Eles existem,

Sempre existiram

E hoje persistem.

Agredidos...

Verbalmente, fisicamente

Até mesmo por quem deveria protegê-los

O que passa na cabeça dessa gente?

Por vozes caladas,

Mortes mal explicadas

Lutamos para a verdade

Ser contada

Balas perdidas...

Foi só mais um,

Confundiram preto com assaltante

Mas e quem garante?

Se amanhã não confundem de novo

Dói só de pensar

Em ser morto apenas pela cor da pele

A dor no coração de quem sente

Inexplicável

Ser considerado diferente.

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3º LUGAR POEMAS

AUTOR(A): LÍDIA KLATT DE OLIVEIRA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MAFUYU

Lágrimas de inverno

Como a neve que ainda não derreteu Meus sentimentos estão na sombra

Esse amor que senti ainda está lá

Você se foi, mas ainda estou aqui

Sozinho nessa escuridão

Me conter será em vão

Pois nada do que eu disser

Irá esconder essa emoção

Do amanhã o que esperar?

O que se foi não pode voltar

O adeus talvez, não vai escutar

Sua falta fez meu tempo parar

Mesmo assim tenho que seguir em frente

Mas não dá

Desse encanto não posso me livrar

Essa maldição me perseguirá

As lágrimas podem congelar

As estações podem passar

Mas eu vou estar aqui

Pessoas vêm, pessoas vão

E não existe uma razão

Todas as histórias são iguais no fim

O adeus talvez, não vá escutar

Mas vou seguir e sempre guardar

O amor que existe em mim.

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AUTOR(A): ALÉXIA BERG BOESING

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: Lê

Internet no isolamento

Nos dias de hoje, dela precisamos,

Mas às vezes, deixe-a descansar,

Uma folga da internet, precisamos tirar.

A vista da janela, observe-a,

Respire o ar puro que ela nos dá,

Veja os passarinhos, e ouça-os cantar.

Com a internet, na aula podemos participar,

Aprender coisas novas,

E nossas habilidades melhorar.

Mas, no excesso,

Prejudica o nosso cotidiano,

Por isso, merecemos um recesso.

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AUTOR(A): EDUARDA RAFAELI DE SOUZA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: STYLES

Uma aventura animal

Era uma vez, em um reino encantado, uma cachorrinha, chamada Dolly. Ela era uma Dálmata,

com uma grande mancha preta ao redor do olho esquerdo e várias outras manchas menores

espalhadas pelo corpo todo. Dolly nasceu no palácio do rei e seus pais eram dois Dálmatas muito

bonitos. Ela veio de uma ninhada de sete filhotes: três fêmeas e quatro machos. O rei e a rainha não

queriam mais cachorros além dos pais dela, então resolveram colocar os filhotes para adoção. Seus

irmãos foram adotados rapidamente, mas a pobre Dolly, ninguém quis adotar.

O rei e a rainha decidiram abandoná-la na rua, porque não havia sido adotada, mas Dolly

achava divertido morar na rua, pois lá era livre. No primeiro dia, achou um pedaço de carne no chão,

não pensou duas vezes e comeu. No segundo, catou alguns restos de comida na lixeira e encontrou

alguns pedaços de papelão que usou para se enrolar e dormir. No terceiro, conheceu três outros

animais que também viviam na rua e todos viraram amigos. Mel era uma passarinha muito fofa; Yoko

era uma lontra macho, tão preta quanto a noite; e Omar era um gato muito rabugento, mas

incrivelmente inteligente.

A primeira aventura do quarteto foi quando Omar, Mel e Yoko estavam apresentando a cidade

par Dolly e, de repente, Yoko caiu na fonte encantada no centro do parque do reino e todos pularam

na fonte para se divertir junto com Yoko, que estava quase se afogando. O que eles não sabiam era

que a fonte encantada lhes daria a capacidade de falar...

Certo dia, estava o quarteto descansando na sombra de uma árvore, quando passou um

homem muito esquisito com uma carrocinha coberta com um pano preto e capturou Dolly. Na mesma

hora os três começaram a correr atrás dela.

- Vocês vão pela direita e eu pela esquerda, aí cercamos ele e pegamos Dolly de volta! – Disse

Omar.

Quando perceberam, era tarde demais e homem já havia saído com a carroça e Dolly dentro

dela. Como os amigos eram muito insistentes, seguiram o homem até chegarem em um lugar bem

escondido em uma parte do reino que ainda não conheciam. Quando entraram, depararam-se com

pessoas vestindo macacões pretos, com todos os tipos de “apetrechos” necessários para capturar

qualquer tipo de animal presos em um cinto de couro. Eles saíram do lugar e esperaram até a maioria

das pessoas que estavam ali saírem para eles poderem entrar com mais facilidade. Quando entraram,

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sorrateiramente, depararam-se com várias jaulas pequenas, algumas vazias e outras com algum animal

dentro. Havia animais de todos os tipos, desde indefesos ratinhos, até perigosas águias. O que eles

tinham em comum? Todos falavam, isso mesmo! Este homem que havia capturado Dolly não era nada

mais, nada menos do que um cientista que estava estudando os animais falantes do reino, mas, ao

invés de apenas fazer perguntas aos animais, ele estava torturando-os, com agulhas para analisar o

sangue e algemas e, a depender do animal, focinheiras, para conseguir estudá-los sem se machucar.

Mel, Omar e Yoko ficaram incrédulos com aquela situação e resolveram assustar o homem, o

que deu certo. Dolly, que ainda não estava presa em uma jaula, conseguiu fugir dos braços do cientista

e ficar ao lado de seus companheiros. Depois de terem corrido do homem por toda aquela sala, os

quatro pararam e Mel perguntou ao homem:

- Por que você precisa torturar os animais para fazer sua pesquisa?

E ele respondeu:

- Porque se eu perguntar eles não irão querer participar da pesquisa.

- Mas você já experimentou perguntar antes de capturá-los? – Disse Yoko.

- Não. – Disse o homem em resposta.

- Então da próxima vez não force alguém a fazer algo que você queira se você não sabe se ela

vai querer ou não. – Completou Omar.

- Nós quatro vamos ajudar na sua pesquisa, mas só se você soltar os outros animais e prometer

que não vai mais fazer coisas desse tipo. Ok? – Falou Dolly.

- Eu prometo. – Respondeu o cientista.

Depois disso, os outros animais foram libertados e o quarteto ficou ajudando o homem por

longas horas. Acho que esse é o começo de uma bela amizade!

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AUTOR(A): EDUARDO FERRARI WINCK

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: DUDU

Coronavírus

Coronavírus como podemos explicar

Uma doença no século

Será que iremos nos salvar

Ou ele irá nos matar

Pessoas apreensivas e com medo

Uma histeria de outro mundo

Que veio pra nos mostrar

Que com união e amor tudo vai passar

Crianças, adultos e idosos

Preocupados com a saúde

Não querem sair de casa

Pedindo que Deus os ajude

Nesta turbulência que vivemos

Seguimos por dias melhores

Pedimos que tudo passe

E que logo voltemos a escrever nossa história

O corona nos afastou

Afastou de corpo, pois

Nossa alma e coração

Está conectada com muita união.

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AUTOR(A): FILIPPO DA SILVEIRA CASALI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL: 6º AO 9º

PSEUDÔNIMO: JEFE

O Peixoto e a tripulação

Um belo dia em sua tripulação Peixoto e seus colegas de embarcação estavam navegando e os

Peixotos do barco estavam dançando. Peixoto estava tão feliz que se jogou no mar e deu um mergulho,

estava tudo muito bom, até esse dia chegar ao fim e passar a noite.

No outro dia, o capitão deu uma tarefa para o Peixoto, a tarefa era cuidar das frutas do barco

para que sobrassem para tripulação e eles saíram para desvendar novas ilhas. Nesse tempo Peixoto

ficou no barco cuidando do alimento e aconteceu algo.

O Peixoto ficou com fome e comeu todas as frutas da embarcação e acabou dormindo até não

querer mais. O tempo passou e passou, o chefe e os tripulantes chegaram e viram o Peixoto deitado

de barriga cheia, sem querer falar nada e ficaram bravos com ele.

Não passaram nem dois segundos e ele foi arremessado ao mar, Peixoto nadou para uma ilha

onde encontrou o senhor embananado que o ajudou a arranjar um lugar para passar a noite sem ter

que passar frio. Peixoto agradeceu e contou-lhe o que havia acontecido.

No outro dia estava ele lá colhendo frutas, pois queria voltar para a tripulação e achou que se

pegasse e devolvesse o que tinha comido seria perdoado. Passou tempo e continuou pescando e

colhendo frutas para a tripulação, afinal ele era o maroto, o peixe escroto.

Chegou a hora de voltar para a tripulação, Peixoto estava animado, pois não via sua tripulação

há meses e estava arrependido, ele chegou e mostrou os alimentos, então só entregou e esperou a

resposta da tripulação. Naquele momento sentiu um drama, mas a tripulação aceitou e deu tudo certo

no final.

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AUTOR(A): GUSTAVO SALVADOR

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: GUS

O monstro do jogo

Era um dia qualquer, Marinete estava na biblioteca de sua escola, seus amigos estavam

jogando para ver quem iria para o torneio daquele jogo e Marinete queria entrar nesse torneio só para

ficar com o Andrei.

Então ela ia competir com Alex, que tinha vencido de Andrei. Um tempo depois, Marinete

começou a jogar com Alex e acabou vencendo dele, classificando-se para o torneio. Então ele ficou

muito triste por não jogar o jogo favorito dele e saiu da escola.

Como ele estava chateado, o vilão Rocmof se aproveitou e lançou um feitiço da maldade e Alex

se tornou um vilão.

Marinete e Andrei estavam treinando quando pensaram de dar uma parada no jogo, então

foram para fora para conversar e comer, quando Andrei viu o robô.

Andrei fala para Marinete:

- Marinete, corre!

Então eles saem correndo e se escondem, para se transformar em Catman e Catgirl e começam

a lutar. Um tempo se passou e conseguiram destruir o monstro, mas o robô tinha voltado, então

apareceu uma bola vermelha no meio de Catgirl e Catman e os dois encostaram e apareceu outro robô

que era do bem. Eles entraram dentro do robô e começaram a lutar de novo.

Catgirl falou para Catman:

- Por que você está no controle do robô?

Catman responde:

- Porque o robô me encolheu no controle.

Então a Catgirl falou:

- O amuleto, Catgirl!

E caiu um spray de tinta, e Catgirl pintou a janela do robô, então o vilão colocou a cabeça para

fora e Catgirl pegou os óculos do vilão e tirou o feitiço da maldade de Alex.

Depois de tudo resolvido, chegou a hora do torneio, então Marinete deu o controle remoto

para Alex e Andrei deu para Marinete.

Os dois foram jogar o torneio como amigos, pois o bem sempre vence o mal, basta lutar por

isso.

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AUTOR (A): HENRIQUE AULER LUDWIG

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: IKE

A guerra

Era uma vez um menino chamado Marco, ele adorava ir na casa do seu bisavô Alfredo, pois ele

tinha participado da 2º guerra mundial, e nunca faltavam histórias para contar ao seu bisneto.

Marco sempre pedia histórias ao bisa Alfredo, e ele se encantava com as realizações, mas se

decepcionava quando seu bisa se recusava a contar-lhe o que aconteceu com sua bisa.

Ele sabia que eles se conheceram no meio do treinamento para a guerra, mas ele nunca contou

onde e quando ela morreu e se morreu na guerra ou após a guerra.

Por isto ele não sabe nem o nome dela, muito menos com quantos anos ela morreu. Alguns

anos se passaram e seu bisa faleceu; em seu último suspiro, ele deu uma chave para Marco e disse:

- Meu filho, pegue esta chave, abra o velho baú e pegue meu antigo diário e descubra o que

queria saber!

Em seguida ele morreu. Então Marco fez o que seu bisa disse, pegou a chave, abriu o baú e

pegou o velho diário. Quando ele ia começar a ler, caiu um papel escrito: “Meu filho, se está lendo isto

quer dizer que eu já faleci, se deseja saber o que houve com sua bisa, vá para o dia: 2 de setembro de

1945”. Ele começou a ler e estava escrito o seguinte:

“2 de setembro 1945, 2º Guerra Mundial, último dia de guerra, Eu e Alice estávamos

escondidos atrás das trincheiras recarregando as armas, quando atiraram uma bomba em nós. Alice

me empurrou salvando minha vida, mas sacrificando a sua.”

Marco, quando terminou de ler, começou a chorar, pois entendeu porque seu bisa não falava

sobre ela; resolveu folhear, na folha seguinte estavam as alianças e uma foto dos dois juntos e escrito:

“2 de setembro de 2005, hoje nasceu Marco, meu bisneto, esta também é a última folha de

meu diário, por isto, antes de falecer quero dar as alianças para ele para poder uni-lo com alguém!”

Marco chorou mais ainda, ajoelhou-se, pegou as alianças, apertou-as firme e orou:

Bisa Alfredo, eu fiz o que o senhor me pediu, agora entendi porque o senhor nunca falou dela,

mas agora está junto a ela. Contarei aos meus filhos suas lindas histórias e repassarei as alianças para

meu filho, que direi para continuar a passar as alianças.

Page 85: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): JOÃO PEDRO BERGER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LESTINO

Quarentena

Quarentena e agora!

O que fazer, temos que nos prevenir

Das bactérias ruins com máscaras, luvas

E até ficar longe de pessoas

Não é férias nem nada

Não é momento de felicidade

E sim de tristeza, não podemos visitar

Quem nós gostamos, não podemos

Chegar muito perto, temos que nos prevenir

Quanto mais respeitarmos

A quarentena, mais rápidos nós sairemos

Sabemos que todos querem sair da quarentena

Para visitar os nossos parentes e próximos

Queremos que tudo isso acabe, vamos respeitar tudo

E pensar positivamente.

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AUTOR (A): LETÍCIA KLEYN DO ROSÁRIO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: AZUL

O vírus

O covid- 19.

Mais conhecido como coronavírus.

Se espalhou pelo o mundo inteiro.

E muita gente já infectou.

Ao Brasil já chegou.

Começando pela China.

Passando pelo mundo inteiro.

Mostrando como é forte.

As escolas fecharam.

Comércios também.

Todos precisam ficar em casa.

E quando saírem, usar máscara e álcool gel.

Os idosos são os com mais risco.

Então temos que nos cuidar.

Para o vírus se afastar.

E todos ficarem bem.

Page 87: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

87

AUTOR (A): LETÍCIA TONINI NITZCHE

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: TICI

Na estrada da vida

Na estrada da vida

Somos todos passageiros.

Tudo passa rápido

Por isso temos que ser ligeiros.

Na estrada da vida

Devemos aproveitar cada momento

Pois não sabemos o amanhã

Nem sabemos o conceito.

Na estrada da vida

O importante é aproveitar

Sair com os amigos

E sempre festejar.

Na estrada da vida

Existem vários obstáculos

Mas devemos olhar pra frente

Sempre desviando os buracos.

Na estrada da vida

Dias ruins iremos ter

Mas sempre agradecendo

Pois Ele nos deixou nascer.

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AUTOR (A): MARIA JULIA GAUER TESCHE

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MAJU

Doces lembranças da minha vida

Como criança, nos tempos da minha infância querida

As mais lindas histórias de ficção escutava

Vindas do fundo do seu coração

Com sabedoria e amor as contava

Também na fase da minha adolescência

Lindas histórias de ficção consigo ler

Como as das 20 mil léguas submarinas

As angústias dos personagens consigo entender

Enquanto o Nautilus navegava com os personagens dormindo

Que foram acordados com um forte choque

Pensando que o Nautilus num iceberg bateu

“Como se safar desta ?” foi seu enfoque

Em pânico os tripulantes pelo capitão Nemo procuraram

Embora sabendo que o Nautilus de lado estivesse deitado

que ao chegar ao seu encontro com bússola em mãos

buscava a posição do Nautilus na carta e seu estado tão desajeitado

Presos no iceberg, Nautilus e sua população,

Sentiram um leve movimento no casco... O Nautilus levemente se endireitava

E os personagens viram espaço entre as paredes de gelo

Calmamente subiram à superfície, como tudo se ajeitava!

Page 89: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MARIA VITÓRIA DECKMANN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: BISCOITO

O desaparecimento das garotas de Oceana

Há muito, muito, mas muito tempo atrás, em um reino chamado Oceana, governava o rei Luis

Vicent e sua mulher rainha Sara. Sara havia falecido no verão passado, mas deixou para Luiz três belas

filhas, todas com um dom único. Rebeca era a mais velha e estava com 15 anos, e tinha o dom da

pintura; a segunda filha, Ayla, estava com 13 anos e escrevia como ninguém; a caçula, Lívia, tinha 9

anos e amava cantar. Além de seus incríveis dons, as meninas tinham um dom em comum que haviam

herdado da mãe. Tratava-se de uma ligação entre elas, as garotas conseguiam sentir quando alguma

estava em perigo, o que fazia elas se tornarem muito unidas, superando até a morte mãe. Após a

morte de Sara Vicent, o reino Oceana entrou em total luto, até o dia em que receberam um convite do

reino vizinho para um concurso de talentos entre reinos. Lívia e Rebeca adoraram a ideia, pois

gostavam muito de expor seus talentos, já Ayla não era muito de chamar atenção, era mais tímida ...

Mas até que gostou da ideia pelas irmãs.

Então chegou o tão esperado dia, o dia da ida, as carruagens estavam prontas e o rei,

apressado, não gostava de atrasos. Os quatro chegaram somente à tardinha, a primeira a botar o pé

fora daquela carruagem foi Ayla; a garota quase caiu dura no chão, nunca tinha visto tanta gente em

um só lugar, as outras meninas ficaram admiradas pelo tanto de pessoas que estavam lá. Logo, a criada

do reino vizinho chegou para acompanhar o rei e as filhas até os quartos, o rei ficou em um e as garotas

em outro. As garotas estavam bem cansadas em relação a isso, principalmente Ayla, que era mais

reservada. Então logo dormiram e só acordaram na manhã seguinte.

Às 6 horas em ponto, as três levantaram, Lívia e Rebeca estavam muito animadas, Ayla,

sonolenta como sempre, acabou levantando, não queria ficar para trás, afinal não conhecia nada

naquele lugar. Naquela manhã, aconteceu a apresentação de princesas e príncipes, conversaram

muito, e até que as garotas fizeram amizades. Até conhecer Sabrina Critrino, a princesa de um reino

um pouco distante dali, ela se apresentou para Rebeca como quem fosse dar a mão para um inseto.

Rebeca, apesar de ser a mais velha, era inocente, então cumprimentou Sabrina normalmente e feliz,

até porque achou Sabrina uma pessoa legal. Só achou mesmo, Sabrina sentiu muita inveja de Rebeca,

sabia dos lindos quadros que Rebeca pintava e observou os lindos vestidos que vestia. Já deu pra

perceber que não gostava nada disso.

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A menina foi cumprimentar Lívia, e também sentiu muita inveja, pois Rebeca tinha falado

sobre a bela voz da irmã e comentado bastante sobre ela, Sabrina não gostou muito dela também. Já

com Ayla a coisa foi um tanto diferente, não sabia muito sobre ela e achou a menina bem

desinteressante; mesmo assim não foi com a cara dela. Rebeca até comentou com Ayla sobre Sabrina,

falou que parecia uma princesa sábia e muito legal, Ayla que era bem mais ligada que as outras irmãs

avisou:

- Cuidado, Rebeca, não conhecemos aquela garota direito, tenho um pressentimento que isso

não vai dar em algo bom.

Rebeca não deu bola para a irmã, achou-a preocupada demais com pouca coisa. Então a tarde

chegou, Lívia queria passear pelo campo e Rebeca foi junto, Ayla, como sempre, queria ler e

certamente escrever um pouco, então não aceitou ir com elas. As irmãs conheciam Ayla então não

reclamaram e lá se foram elas. Lívia cantarolando e Rebeca conversando consigo mesma sobre o que

a irmã disse de Sabrina... Tudo estava indo bem, até Lívia escutar passos.

- O que é isso, Rebeca?!

- Acalme-se, Lívia, não deve ser na...

Antes de Rebeca terminar a frase, um garoto a atacou dizendo para ficar quieta; Rebeca só

sabia gritar para Lívia correr, e, sim! Ela corria como ninguém correu antes, enquanto uma garota de

máscara a perseguia. Enquanto isso, no quarto, Ayla já sabia que havia algo errado, ela levantou

depressa e saiu em direção à porta, mas quando foi abrir:

- Ayla, depressa, Rebeca foi pega!

- Como assim? Conte o que aconteceu!!

- No caminho, vamos, depressa!!

Lívia contou tudo o que aconteceu para Ayla, a menina estava cansada e com medo, mas Ayla

a acalmou, dizendo que iria dar tudo certo. As duas garotas foram em direção a leste, nos fundos do

castelo, o rei Luís dizia que lá é o lugar mais escondido de todos os castelos, por isso Ayla pensou que

poderiam ter deixado Rebeca por lá. Porém, a pessoa que raptou Rebeca também era bem esperta. Já

no lugar em que Rebeca estava, as coisas estavam diferentes, ela até se encontrou com Sabrina…

- Ah, que pena, Rebeca não terá suas chances no concurso, porque não irá participar, Rebeca

admirada com a coragem de Sabrina, pronunciou :

Sabrina, porque fez isso comigo? Achei que fôssemos amigas …

Não deu um minuto para Rebeca perceber que estava falando com as paredes. Resolveu ficar

quieta e pensar em como ela podia sair de lá. Enquanto isso acontecia, Ayla e Lívia tentavam achar um

jeito de achar Rebeca, e também quem a pegou… Lívia se descuidou e sem querer foi para o lado

oposto da irmã.

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Lívia ficou em total desespero, não sabia nada sobre o castelo e muito menos sobre as

florestas. A menina começou a sentir uma dor de cabeça horrível e acabou desmaiando; após isso, o

mesmo garoto que raptou Rebeca, levou-a para o velho porão. Ayla naquele momento já estava

perdendo a cabeça sem as irmãs, sem nem um pouco de água ou comida e muito menos noção do que

fazer, ela sentia algo muito ruim. Lívia foi jogada ao lado de Rebeca, até que Sabrina a acorda, quando

fala:

- Ora, ora, e não é que meu parceiro te achou? Por um milagre do destino, haha.

Rebeca já sabia o que passava na mente de Lívia, "Mas você não era legal?" Duas garotas

inocentes que deveriam ter ouvido a irmã. Agora Ayla estava tentando ser resistente, ela estava indo

bem. O vento estava forte e o rei preocupado com as filhas, apesar de saber o quanto elas eram fortes

não tinha notícia das garotas desde a manhã. Ayla caminhou muito e nada de Lívia, nem sequer uma

pista. Até que esbarrou em algo, era uma capa e nela tinha uma chave com um papel, que parecia

estar molhado. Era um tipo de mapa? Sim! Um mapa. Mostrava todos os lugares do castelo e

especialmente no porão havia um círculo vermelho. Já que não era boba nem nada do tipo, caminhou

muito para voltar para o castelo, até porque estava mais do que longe de lá. Chegando no castelo, Ayla

se deparou com o som do concurso e sem querer trombou com seu pai, que perguntou:

- Ayla, cadê suas irmãs? Não vejo vocês há tempos!

- É uma longa história papai, mas confie em mim, você logo as verá.

Luis não entendeu muita coisa, mas confiou na filha; Ayla desceu as escadas o mais rápido

possível e entrou no porão. Lá estavam elas, Rebeca e Lívia, Ayla ainda se defendeu, enquanto soltava

as garotas.

- Eu avisei vocês, eu sempre soube que não ia dar certo fazer amizade com essa garota; andem,

depressa! As garotas correram para cima deixando o porão e lá estava Sabrina se apresentando no

concurso, até que viu as três garotas na porta, fez ela um olhar espantado, descendo do palco, fazendo

Sabrina e Lívia subirem até lá. Bom, o final quase sempre é feliz, e esse também foi, as garotas

ganharam o concurso junto com mais um garoto de outro reino. Mas ainda não estava totalmente

tudo resolvido, Rei Luis, depois de saber do que Sabrina e companhia fizeram, falou com rei e rainha

de seu reino, deixando-a envergonhada por tanta inveja.

Não seja invejoso, aprecie o talento das pessoas e encontre o seu!

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AUTOR (A): MATEUS NICOLI SKLAR

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MISTERIOSO

Combate

Eu amo jogar

E meus amigos eu vou kilar

Nesse combate não há chance

Eu irei te destruir com o

Meu poder deslumbrante

Depois de te derrotar

Irei treinar

Com minha força

Irei aumentar

Então irei jogar

Até te derrotar

Se prepara para esse

Fite que com meu ataque forte

Irei te ganhar

Se tentar fugir

Irei te caçar.

Page 93: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MIGUEL DOS SANTOS WEDDIGEN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MALUQUINHO

A galinha

Uma galinha era louca

Ela andava com um jeito

de louca caminhava bêbada

para todo o lado.

Esta galinha era muito

doida que até comia milho

com sal, não deixava

ela de mascar.

Essa galinha é tão louca que

me dá dó de matar …

Anda para lá e pra cá

eu não aguento mais.

Por favor, alguém me salve!

Eu vou morrer se essa galinha

cacarejar…

Com voz de engasgada

nem bota ovo.

O que bota mesmo é uma pena

do seu bolso…

Até falar ela sabe!

Chega, eu me demito,

eu não aguento mais, essa galinha cacarejar.

Page 94: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MISAEL HENRIQUE FOLLMANN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MISA

A mensagem

Hugo menino,

Inteligente e teimoso

Filho órfão

De anotações misteriosas.

Hugo queria ver

A máquina funcionar

A chave estava

No pescoço de Isabelle a dançar.

Ele pegou a chave

Isabelle saltou

Sua mão o segurou

E no chão aterrissou

Hugo tinha medo

Que Isabelle queimasse

Tudo aquilo

Que seu pai anotasse.

Que daí sua máquina

Não funcionasse

Como havia

Sua mente imaginado.

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AUTOR (A): NATALIA BOICZUK

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: NATI B.

O ano de 2020

Quando chegamos ao final do ano de 2019, comemoramos com muita alegria com nossas

famílias e amigos a chegada do ano de 2020; tínhamos tantos sonhos, projetos e metas para serem

realizadas durante o novo ano que se iniciava. Assim, passamos os meses de janeiro (férias escolares),

fevereiro (retorno das aulas escolares e carnaval), então chegou março, e com ele muitas informações

sobre uma nova doença que abalava o mundo “COVID-19 (coronavirus)” e esta doença chegava ao

Brasil.

Nossas vidas mudaram o rumo de uma hora para outra, o nosso dia a dia não seria mais o

mesmo. O país, estados e municípios entravam em alerta geral, escolas não poderiam mais dar aulas,

comércios com portas fechadas e as pessoas dentro de suas casas, esperando por normas e decretos

de como seria viver a partir da chegada da doença coronavírus no Brasil. Também chegaram o medo

e a preocupação de como seria passar por esse momento difícil que não estávamos preparados para

enfrentar.

Só tínhamos a certeza de que nossos sonhos, projetos e metas para 2020 teriam muitas

mudanças, nossa forma de estudar, trabalhar, comprar, ir ao supermercado, posto de combustível,

academia, áreas de lazer, ... de um dia para o outro nossas certezas se tornavam incertezas.

Assim, chegou o mês de abril e nossos dias continuavam com muitos cuidados com nossa

saúde e dos nossos familiares, nossas preocupações também continuavam as mesmas em relação à

doença do coronavírus e com nossa vida no meio social e econômico. Nesse mês tínhamos a

comemoração da Páscoa, uma data muito especial, pois esperamos o coelho com os ovos de chocolate

e agradecemos a ressurreição de Jesus Cristo, em outros anos sempre foi uma data muito comemorada

com os familiares. Mas esse ano foi diferente, tínhamos os mesmos motivos para comemorarmos o

dia de Páscoa, mas o nosso ânimo não era o mesmo, por mais que quiséssemos em nosso interior

tínhamos um sentimento de tristeza.

Não sabemos como vai ser daqui pra frente, o que vai vir nos próximos meses, mas precisamos

acreditar que tudo isso vai passar e que nosso 2020 ainda pode ter um final feliz, pois temos um DEUS

que olha por nós, vamos orar e agradecer cada dia de vida e saúde que temos; isso por mim, por você,

nossos amigos, famílias e todas as pessoas desse mundo, do qual fazemos parte.

Page 96: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): PEDRO HENRIQUE PAZINATTO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PETER P

A visita inesperada

Este ano recebi uma visita,

Que mais parecia uma presente de grego

O tipo de visita que irrita,

Incomoda e bota medo

Minha visita é importada!

Mas como que pode ser visita se não foi convidada?

Ela veio lá do Oriente,

E visitou muita gente!

Veio da China a desgramada,

Não é chique, mas é muito viajada!

Já foi para Espanha e Itália,

E por onde passou, deixou sua marca registrada

Não é educada, nem comportada

Entram todos os lugares, sem ao menos ser chamada

E é quase prima do Cascão,

Pois corre léguas da água e sabão!

Ninguém aguenta mais esta sacana!

O jeito é andar mascarado

E para completar o disfarce

Avental e álcool gel também podem ser usados!

Meu amigo “covid”

Tua partida é chegada

Vá embora seu “corona”, e não leve mais nada!

Vamos todos ficar em casa e nossa família será guardada.

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AUTOR (A): VALENTINA ZILLMER KOCHHANN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: VZK

Três tempos

Do passado é só lembranças

O presente eu sei de cor

O futuro está por vir

Eu espero que seja melhor

Mas se seu passado foi de

Muita alegria e prazer

Faça o que puder no presente

E deixe o futuro em haver

Ontem, hoje e ontem

Prefiro que seja agora

Pois não sei se amanhã chego

O ontem já foi embora

O amanhã está por vir

Ontem ficou na história

O agora posso ver e sentir

Depois guardar na história

Ontem, hoje e amanhã

Eu não deixo hoje de fora

Porque o agora está no hoje

E o hoje está no agora.

Page 98: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ALEX LAVARDA WEBER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MR.W

Romeu e Julieta

Vou contar para vocês

uma história porreta

de um rapaz chamado Romeu

e uma moça chamada Julieta.

Romeu arriscando sua vida

para poder encontrar

sua amada Julieta

e do seu amor poder lhe falar.

Quando os dois se conheceram

não podiam imaginar

que o amor dos jovens

não poderia rolar.

Seu pai, de família Capuleto

não iria aceitar

um rapaz de família Montéquio

para sua filha namorar.

Porém, o amor entre os jovens era tão forte

que ninguém poderia imaginar

que nem as famílias e nem a morte

jamais conseguiriam os separar.

Page 99: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ANA JÚLIA ECKERT SCHNEIDER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: BORBOLETA

A ilha

Era uma vez três amigos, Ana, Raquel e Pedro, eles iriam fazer uma viagem no final de ano,

para Nova Iorque. Eram 10 horas de viagem, estavam com muito medo de algo dar errado, mas

estavam super animados.

Quando entraram no avião, já tinham percebido que havia algo errado, não tinha ninguém

apenas eles, mas mesmo assim continuaram lá. Quando o avião pousou, perceberam que não estavam

em Nova Iorque e sim em uma ilha no meio do nada. Eles ficaram desesperados, saíram do avião

percebendo que o piloto não estava mais ali. Tentaram achar um sinal para saírem, mas nada

aconteceu.

Em seguida, eles ficaram andando pelo lugar, até que encontraram uma pequena casa, onde

havia tinha um pequeno quarto. Já sabiam onde poderiam dormir, mas não o que iriam comer e beber.

Andaram mais um pouco e acharam um rio, com vários animais e árvores em volta. Eles ficaram

muito felizes, pois não iriam mais passar fome e sede. Os dias foram se passando, eles ficavam cada

vez mais preocupados.

Duas semanas depois eles acordaram assustados ao som de um avião pousando, assim foram

correndo para ver o que estava acontecendo lá fora. Eles viram duas pessoas saindo do avião, eles

ficaram observando escondidos. Foram se aproximando cada vez mais até ficarem um em frente ao

outro e assim começaram uma conversa. Eles se chamavam Jonas e Bruna, e tiram parado ali pelo

mesmo motivo que a Ana, Raquel e Pedro.

Jonas e Bruna estavam muito assustados, por isso Ana e Pedro os levaram para a pequena casa

para eles se acalmarem. Enquanto isso, Raquel foi pegar algumas comidas para eles conseguirem

tomar um simples café da manhã. Depois disso, todos fizeram uma roda e começaram a conversar e

pensar sobre o motivo deles estarem ali.

Passaram semanas e semanas. Nada mudou. Todo dia a mesma coisa. Acordavam, tomavam

um simples café, iam buscar comida para não passarem fome, ficavam conversando um pouco e iam

dormir novamente.

Até que um dia resolveram dar uma volta para verem se encontravam algo novo. Andaram

muito até encontrarem alguém desmaiado. Era o piloto dos aviões. Todos ficaram muito surpresos,

pois pensavam que ele havia morrido; mas não, ele estava ali o tempo todo. Acordaram e levaram-no

Page 100: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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para a pequena casa, explicaram tudo que havia acontecido, pois ele não se lembrava. Depois de um

tempo conversando, fizeram a seguinte pergunta a ele:

- Você sabe como podemos voltar?

Ele respondeu:

- Claro, vou ligar para alguém vir aqui nos buscar!

E assim foi, ligaram para alguém vir buscá-los. Após isso, chegou um helicóptero e levou-os

para casa.

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AUTOR (A): ARTHUR DALLA CHIEZA ZIMMER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: SEMPRE ALERTA!

Direito das crianças e dos adolescentes

Todas as crianças

Tem direito à proteção,

Devem ser amparadas

Conforme previsto na declaração.

A criança deve ser bem cuidada,

Pois é sempre prioridade

Ter saúde e boa alimentação

E ser tratada com dignidade.

Cada um deve ter um lar,

e com a criança não é diferente.

Precisa de cuidados

E amor de muita gente.

Toda criança tem o direito

de se divertir e brincar,

Mas principalmente

de ir à escola para estudar.

Não podemos esquecer

Que são muitos os direitos,

E em especial

A dignidade e o respeito!

A família é a grande responsável,

Deve cuidar, amar e proteger.

Pena que ainda vemos tantas injustiças e

atrocidades a mesma a cometer.

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AUTOR (A): AUGUSTO HERMES RITTER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: A.R

Naufrágio

Em uma manhã fria

Um menino estava num barco

Com suas pernas trêmulas

E quase congelando.

Após algumas horas

Enquanto jantava

Percebeu que ali mesmo

O barco afundava.

Ele procurou alguém

E logo se desesperou

Todos estavam assustados

Mas de nada adiantou.

A cada minuto

Mais o barco afundava

O menino não sabia o que fazer

Nem mesmo pensava.

Apesar de estar confuso

Algo ele já esperava

Sabia que naquele dia

Seria o fim de sua jornada

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AUTOR (A): EDUARDO KAUFMANN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: NARUTO

A quarentena (causada pela propagação do COVID-19)

No mês de março a pandemia chegou ao Brasil, ocasionando mortes e muitos casos

inesperados. Abalei-me com a notícia, pois tinha acabado de entrar em um colégio novo e já estava

quase me acostumando com a nova rotina, estava animado. Achei que seriam poucos dias de

quarentena, que tudo voltaria ao normal logo; mas a quarentena que começou em março, continua

até agora (junho, mês atual). O mais engraçado disso tudo, é que antes não via a hora que chegar em

casa, de poder jogar no meu computador, de poder descansar um pouco. Hoje, não vejo a hora de

voltar para a escola, de rever meus amigos, de ficar fora de casa pelo menos por uns minutos! Minha

mãe sempre reclamava que eu estava na internet, hoje eu mal acordei, ela já diz: ‘’Naruto, você já ligou

o computador?’’.

Na vida acontecem coisas inesperadas, que de alguma forma fazem a gente valorizar os

momentos. Nunca foi tão esperado o momento de rever os amigos. De poder abraçar, conversar e sair

de casa! Eu espero que esse caos passe logo, estou com saudade da minha rotina!

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AUTOR (A): EDUARDO LOTTERMANN REIS

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: REIS DU

O roubo no momento certo

Era uma vez, em um passado não muito distante, um rei chamado Pedro; o reino de Pedro era

imenso, com diversas casas, lojas, plantações e muito mais. Ele era muito querido por todo o povo,

pois costumava fazer diversas comemorações em nome do reino em que todos poderiam participar;

ele também era visto diversas vezes nas ruas como uma pessoa “normal’’.

Mas um dia Pedro estava no meio de uma dessas comemorações e um sábio parou e lhe disse:

"Rei Pedro, um dia essas festas lhe trarão problemas’’.

Pedro, por ser extremamente respeitoso com religiões e coisas do tipo, reduziu um pouco as

comemorações, apenas em datas muito especiais.

Quando o rei foi para sua cama dormir, ele escutou sons pela janela, mas ignorou. Então alguns

dias depois era o aniversário do reino, e como era uma data muito especial, ele fez uma comemoração

muito grande. Aí ele se lembrou do senhor que lhe disse sobre as comemorações com todo o reino,

então ele decidiu ir para seu castelo.

No momento em que Pedro foi para o castelo, muitos de seus guardas reais estavam distraídos

por conta da festa. E um grupo de bandidos percebeu isso e decidiram tentar entrar, o que ficou muito

mais fácil já que os guardas estavam distraídos.

Quando os bandidos entraram, foram muito silenciosos até o local em que ficavam as riquezas

e objetos de valor do rei; mas um guarda os avistou e alertou os que estavam a sua volta. Rapidamente

um grupo de guardas chegou, mas os bandidos fugiram e se separaram pelo castelo.

Lá dentro um bandido entrou no quarto em que o rei estava, então fez o rei desmaiar com

uma paulada na cabeça; outro bandido ficou em uma sala próxima ao local que eles queriam roubar,

então fez um som que significava que ele precisava de distração. Imediatamente outro bandido correu

e os guardas o perseguiram.

No tempo em que um bandido distraía o guarda, o outro entrou rapidamente na sala das

riquezas e pegou o máximo de objetos valiosos e saiu correndo para uma janela e pulou. O bandido

que fez a distração percebeu que a porta estava aberta e os objetos haviam sido furtados, então ele

deu um grito avisando aos outros para fugirem.

Os ladrões fugiram com os objetos de valor e o rei, quando acordou, resolveu nunca mais fazer

festas.

Page 105: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): GABRIELA DALAVECHIA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: GABI YUNI

O mar gelado

Em alto mar gelado

Viajantes do submarino Náutilos

Navegavam para fugir

De um inverno congelante.

Com as águas geladas

Os icebergs vão surgindo

No escurecer da noite um barulho,

Os viajantes amedrontados

Ficam bem apavorados.

Está tudo de pernas para o ar

Enfim chegam ao chão

Uma ideia surge em seguida

“Vamos chamar o capitão”.

Desesperados e aflitos

Capitão os tranquiliza

Conserta o submarino

E prosseguem a viagem.

Existe a expressão

“Se o mar te derruba,

Chama o capitão,

Que as águas geladas

De volta te levarão”.

Page 106: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): GABRIELLE LACKS BUENO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: SPRING

Alegria

Alegria é contagiante, passe adiante.

Alegria é a vida, então sorria.

Alegria é viver e não deixar para depois.

Alegria é a família que não te abandona.

Alegria é cada momento, é só prestar atenção.

Alegria é nosso Senhor que nos cuida.

Alegria é ser quem é.

Alegria é tudo isso, é muito mais.

Só sei que hoje escolhi ser alegre.

Ser alegre é ser forte.

Ser alegre é ter fé.

Ser alegre é ser justo e saber o que quer.

Sou menina pequena, mas sei que quero justiça.

Sei que sou pequena.

Mas sou forte.

Já passei por muita coisa.

Coisas ruins e boas, mas que me deixaram cada vez mais forte.

Cada um tem seu dom e sua história.

Um dia eu conto a todos.

Mas agora me conheça só por Spring

Que significa primavera

Pois aprendi com ela, que mesmo que me cortem, eu volto inteira.

Sempre digo, a vida é como montanha russa.

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Tem altos e baixos, muitas lições que aprendo a cada subida e descida.

Esse é o fim da minha POEMAS.

E fica como uma lição para vida.

Sempre ser forte, não importa a situação.

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AUTOR (A): GIOVANNA RAMOS CASTRO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: DJ TABU

A cabra e o porco

Conta-se que há muitos anos, havia em uma fazenda uma cabra e preguiçosa e um porco

caprichoso. A cabra nada fazia e ainda vivia atrapalhando a vida do porco, que só pensava em limpar

seu chiqueiro e ensinar a cabra a ser caprichosa e ela não queria de jeito nenhum.

O porco vivia sobrecarregado de serviço na fazenda e vivia mal-humorado, enquanto ela só

queria saber de comer e passear pela fazenda e dormir. Em nada o ajudava com o serviço da casa, já

que moravam juntos e toda vizinhança falava mal dela e de sua preguiça e relaxamento.

Uma bela noite a cabra se acordou e estava morrendo de fome, foi à cozinha ver alguma coisa

para comer, e, sem perceber que estava fazendo muito barulho e muita sujeira, acordou o porco, que

achou que estavam invadindo sua casa e roubando.

O porco desceu para ver o que estava acontecendo, e ela estava fazendo apenas um

“lanchinho”; mas quando foi acender a luz, sua cozinha estava imunda e toda bagunçada, ele quase

desmaiou.

Imediatamente fez a cabra limpar tudo e mandou ela dormir e que nunca mais fizesse o que

fez novamente. Ela ficou muito brava e passou a madrugada toda limpando, e enquanto limpava

pensava de como era relaxada e preguiçosa. Tinha tanta coisa para limpar que ela prometeu a si

mesma que iria mudar, porque viu tudo o que o porco passava sozinho.

O porco notou que, com o passar dos dias, a cabra foi ficando mais caprichosa e começou a

conversar mais com ela, e foi a cada dia ia ensinando coisa boas que ela aprendia com facilidade; e ele

foi ficando mais feliz porque seu trabalho na fazenda rendia muito mais do que antes.

Então, a cabra que era preguiçosa ficou muito trabalhadeira e o porco deixou de ser mal-

humorado e gostou que sua casa vivia limpa e arrumada, graças à ajuda mútua de cada um. E cada

pessoa que passava pela fazenda ia contando de vizinho em vizinho de como as coisas mudam e de

como a casa da cabra preguiçosa ficou linda e arrumada, e essa história ficou famosa na redondeza

por muitos anos, sendo contada pelas pessoas, de geração em geração.

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AUTOR (A): HELENA THAYNA RODRIGUES

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ANELEH

O cão amigo

Em uma pequena cidade nos Estados Unidos, na praça morava um cão, seu nome era Haiti,

todos os dias ele ficava em frente à faixa de pedestres esperando para ajudar alguém sozinho passar.

Todos os que ficavam olhando estavam admirados, mas não queriam o adotá-lo, pois ele

estava completamente sujo, cheio de feridas. Mas ele nunca desistiu, dizem os moradores que ele

queria ter uma família, pois sempre foi maltratado.

Ele era um cão tão inteligente, e tão querido. Até que um dia um homem achou o coitado e

levou-o para sua casa. Deu um banho e nunca viu tamanha beleza, seu pelo era branco com preto, mas

não dava para ver, pois tinha muita sujeira, e sua fome era tão grande que comia muita ração.

Os anos se passaram e Haiti cresceu, mas seu dono ficou amargo, cruel, rude, e nada gentil. Às

vezes Haiti mordia alguma coisa ou fazia xixi no lugar errado e seu dono deixava-o sem comida, e batia

muito nele.

Até que um dia resolveu fugir e voltar para a praça, os moradores ficaram boquiabertos com

a tamanha beleza do cão, mas ele não queria ficar com ninguém, pois tinha tanto medo de ser

maltratado de novo. Tinha vezes que via seu “ dono” passar com outro cachorro e ficava tão, mas tão

triste, que todos ouviam choros quando ele passava.

Ao longo do tempo, ele sobreviveu na rua, pois as pessoas generosas, humildes, tratavam ele

tão bem. Um dia ele resolveu passear, mas bem na hora que atravessou, um carro apareceu e... foi

atropelado e não sobreviveu. Várias pessoas vieram tentar ajudar, mas já era tarde...

Dizem que todos que passavam pela praça lembravam de Haiti, sua alma está guardada e

muitos acreditavam que ele era um bom cachorro. De uma coisa eu sei, não é nada legal ser maltratado

e passar fome.

Haiti nunca foi completamente amado mas sempre sonhou em ser, nunca teve família antes

daquele homem mau. Hoje em dia muitas pessoas não sabem de sua história, mas pessoas que

presenciaram a presença daquele cachorro nunca o esqueceram e sempre tentam manter a sua

história viva.

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AUTOR (A): HENRIQUE SPARRENBERGER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: NÃO TENHO IDEIA

Um segundo

Esse sou eu, um cavalinho ainda mamando na minha mãe. Mas minha mãe e meu pai não eram

quaisquer cavalos. Minha mãe uma tubiana, que ganhou o teste de morfologia e também competidora

do freio de ouro. Meu pai, um baio ruano que ganhou também o teste da morfologia e é laçador de

laço comprido. E eu era um picassinho, com as crinas e o rabo branco e uma estrela na cabeça. Daí que

veio meu nome: Estrela das Cinco Pontas.

Eu cresci. Era o cavalo perfeito. Primeiro ganhei na minha morfologia. Depois, no meu outro

dono no laço comprido. E, por último, no freio de ouro com um terceiro dono. Isso até meus três anos.

Mas, venderam-me para um casal com dois filhos. Eu era o cavalo, porém meu novo dono

começou a me treinar para tambor. No início não entendi bem o que era. Depois com o tempo aprendi.

Então, no meu primeiro campeonato eu estava lá, alcançando o primeiro lugar, até que ele fez 15

segundos e eu 16 segundos. Por isso, fiquei em segundo lugar.

Meu dono ficou fraco até que morreu. Com isso, ela assumiu a cabanha. Tive filhos com uma

égua malhada. Tinham tudo meus filhos, menos um título que deixei de lado. Mas, o filho do homem

não.

Então, voltei com tudo até que ganhei na prova do tambor cinco vezes consecutivas. Ao todo

quarenta prêmios. Com isso, aposentei-me e fiquei feliz.

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AUTOR (A): ISABELLA SCHUSTER LUCAS

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: FROZINHA

O amor

Eu sinto, você sente

Quase todos nós sentimos

Sentimos amor por

Nossos amigos mais íntimos

No dia dos namorados

Podemos expressar nosso amor

Todos ficamos encantados

Demonstramos com ardor

A quem queremos perto

Podemos demonstrar amor

Morando embaixo do meu teto

Nunca sentirá dor

Às vezes o amor nos deixa infeliz

Mas não podemos nos abalar

E sim pensar em quem nos deixa feliz

E só podemos celebrar

Podemos sentir amor

Nos momentos mais difíceis

Mas mesmo assim

Ele nos lembra dos mais difíceis.

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AUTOR (A): JOÃO VÍTOR SECCONI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CAMALEÃO

O amigo

Ah, o amigo...

É um ser que nos habilita ter poderes imagináveis.

Nos inspira a sermos melhores.

Aquele que mesmo distante está presente nos dando força.

Sim, é aquele que nos apoia e nos dá coragem nos momentos de medo.

Amigo não abandona. Amigo é luz!

É aquele que vem nos trazendo sempre em suas mãos um pouco do seu coração.

O que há de melhor em si, deseja ao outro. Sem egoísmo e inveja.

Quem tem um amigo, tem um tesouro. Basta cuidar e alimentar o sentimento de amor e

humildade.

Pois junto do seu amigo, tem o que há de mais valioso na vida.

A parceria e cumplicidade.

E sim do chamado amigo!

Amigo, basta olhar e a ajuda está presente.

Não sente vergonha de estar em seu lado

Pois em cada mão, existe um coração.

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AUTOR (A): JÚLIA LUIZA FERNANDES EIFERT

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: JU0602

Música

Música me inspira.

Ouço todo dia.

Gosto de cantar.

Para todo mundo escutar.

A melodia me faz dançar

E por aí fico a cantarolar.

Também gosto de escutar.

E com ela descansar.

A música me faz sonhar.

Com passos leves.

Pareço flutuar.

Na sala da minha casa.

Estou feliz em dançar.

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AUTOR (A): KATARINA DUARTE OLCZEWSKI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PAVOA DOURADA.

A esperança

Às vezes a vida

Faz a gente refletir

Às vezes você chora

E outras vezes, se mata a rir

Mas de repente

Paramos, e não nos encontramos

Ficamos parados

Sem entender.

A vida passa rápido

Chega de hesitar

Temos que aproveitar

Não podemos parar.

Quando vemos, envelhecemos

E a infância vai se perdendo

Se a sua infância já passou

Aproveite o tempo que lhe restou.

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AUTOR (A): KATHLEEN OJCZENASZ STEIN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: DEMIGOD

O povo toupeira

Em um pequeno bairro, vivia Lino, um garoto alegre, cheio de vida. Ele gostava muito de visitar

seu avô que morava em um belo sítio, com árvores em abundância. Certo dia, passeando pelo sítio,

encontrou um buraco e, curioso, se aproximou, mas, como sempre, o desastrado escorregou. Caindo

e caindo no gigantesco buraco, o garoto esperou impacientemente o final deste estranho túnel. Mas,

ao chegar, em vez de aterrissar no chão duro, ele se vê em um grande travesseiro, cinza e sujo.

- Você pode, por favor, sair de cima de mim?

Surpreso, ele se depara com uma enorme toupeira! Ela, então, solta um grito, e logo mais e

mais bichanos aparecem para deter Lino. Sem aparente motivo, ele é preso. E começam a fazer

perguntas ao inocente:

- Como você, um mero humano, conseguiu vir aqui?!

Estranhando a definição usada para descrevê-lo, ele fala:

- Eu caí em um enorme buraco que me trouxe para cá.

Com aparente raiva, ela se volta para os seus companheiros:

- Como podem fazer tamanha burrice de deixar o buraco aberto!

- Desculpe-nos Komae! - Eles respondem nervosos.

- Joguem o garoto no fogo!

Lino grita em protesto, mas cada vez mais e mais toupeiras parecem gritando a favor da morte

do garoto. Ele não entendia, afinal, o que havia feito de errado a elas?! Até que um toupeira de

aparência velha fala:

- Para que tanta gritaria! Não se pode mais dormir em paz! - Mas ao olhar para o pequeno

menino, ele arregala os olhos. - Mas o que este filhote de humano faz aqui?

- Alguém deixou o buraco aberto, ó grande Hajac. O filhote passou por ele!

- Não, eu caí, foi um acidente! - Lino se defende.

- Então ele não tem culpa! - Quando via que Komae iria interferir, apressou-se em dizer:

- Vamos reunir Os Principais e discutir o que fazer a respeito, não podemos tomar decisões

precipitadas.

Assim, dito e feito, depois do que pareceram horas e mais horas, o toupeira que chamam de

Hajac veio até Lino, puxou-o para um lugar onde ninguém poderia ouvir e disse:

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- Filhote de humano, ouça bem, você tem uma tremenda sorte, nós o deixaremos ir, mas você

tem que prometer que tudo o que viu aqui não contará a mais ninguém. Não ouse voltar a este lugar,

muito menos contar a outros. O que tem ou existe aqui é o maior segredo de sua vida.

Depois disso, Lino nunca mais viu ou ouviu falar deste povo, guardou seu segredo para sempre.

E você também deverá guardar, ou temer a fúria de Komae!

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AUTOR (A): KYARA OJCZENASZ STEIN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PEDRA

O gordo detetive

Tarde da noite, na janela do seu escritório, o detetive Jonnes sentia que o vento uivava,

trazendo um frio inesperado. E então, a porta do seu escritório se abriu, entrando uma visita suspeita,

que com a voz rouca falou:

- Boa noite Sr. Jonnes! Vim aqui pedir sua ajuda, pois há algum tempo, pessoas vêm

desaparecendo misteriosamente, toda noite, na minha cidade. Preciso que o Sr. investigue o caso.

Aceita?

- Quem é você? - Pergunta o Sr. Jonnes, estranhando a tal visita.

- Bom, sou o prefeito, chamo-me Ben. - Responde o prefeito, orgulhoso.

Ouvindo isso, o detetive fala:

- Caso suspeito o seu, Sr. Ben, gosto disso! Aceito o caso!

Sendo assim, na manhã seguinte, depois de tomar um generoso café da manhã, partiu para a

cidadezinha um animado detetive, bastante acima do peso. Ao chegar lá, começa a investigar e

questionar os moradores perto do local suspeito, e descobre que são três as pessoas desaparecidas.

Mas o que lhe chama a atenção foi uma mulher que viu um homem desconhecido, à noite, andando

pela estrada, mas quando se virou para o lado, ele não estava mais lá.

O intrigado detetive, depois de conhecer a sorveteria da cidade, foi conversar com o prefeito,

e apresentou sua ideia:

- Como são poucas as pistas Sr. Ben, acho que vou fazer o caminho de um homem desaparecido

que uma mulher afirmou ver. É minha única pista interessante!

- Olhe, detetive Jonnes... - Começou o prefeito Ben, assustado pela situação chegar a esse

ponto. – … pode fazer isso, mas cuidado, muito cuidado!

Sendo assim, o guloso detetive Jonnes, que passou os últimos dias recolhendo pistas, foi à

noite na famosa avenida onde o homem foi avistado.

Estava andando no meio da rua quando, de repente, pisando em um bueiro, caiu dentro dele.

E, adivinhem só?! Ficou entalado. Depois de passar a noite toda preso no bueiro, o esperto detetive já

tinha a solução. Assim que amanheceu, a cidade encontrou-o esperando pacientemente o prefeito,

que o ajudou a tirá-lo de lá.

- Estimado prefeito, já tenho a solução para os desaparecimentos.

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- Como?! Se o Sr. passou a noite entalado neste bueiro?! – Perguntou o curioso prefeito.

Sorrindo o detetive falou:

- Exatamente! Olhem dentro do bueiro!

E para a surpresa de todos, quando procuraram lá dentro, encontraram os desaparecidos!

E assim termina nossa história, com o Sr. Jonnes triunfante por resolver o caso, e um prefeito

envergonhado por não cuidar dos bueiros de sua cidade.

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AUTOR (A): LAURA ENGSTER DA SILVA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CACAU

Toda a criança tem direito de...

Todos temos muitos direitos,

Mas você conhece,

Os direitos da criança

E do adolescente?

Toda criança

Tem direito de ser criança

Brincar e se divertir

E ninguém pode impedir

Toda criança

Tem direito de

Acesso ao ensino gratuito

Pois todos devem aprender e estudar muito

Toda criança tem direito de

Creche e pré-escola

Aprendendo com atividades

Entre os zero e cinco anos de idade

Toda criança

Tem direito

De libertar sua criatividade

Independente de sua idade

Toda criança tem direito de

Ser respeitada e amada

Independente de sua cor, gênero,

Religião, sexualidade...

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AUTOR (A): MANUELA MANTOVANI MEDEIROS DE FARIAS

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: YUKI

O pato e a gata

Era sexta feira, um dia nublado, chegaram em casa 2 meninas junto com uma gatinha chamada

Whiskas, que logo se apegou muito à família e, enquanto explorava sua nova casa, acabou esbarrando

com um pato que ficava perto da porta da cozinha. Ele logo tornou-se seu melhor amigo, ele não era

de falar muito, tinha suas penas mais alaranjadas perto da cabeça, e o resto todo branco, seus olhos

eram pretos e fundos, usava uma roupa mais listradinha, como se fosse de festa junina. Enquanto

Whiskas tinha seus pelos dourado-queimado, misturando-se com preto, seus olhos eram verdes cor

de esmeralda e gostava muito de falar, adorava dormir nas camas de seus donos; e quando a mãe das

meninas chegava, ela miava e miava e a mãe botava ração em seu potinho, enquanto ela conversava

com o pato…

- Sr. Pato, tudo bem? - E o pato respondia com o silêncio.

- Hehe, entendo… você não é de falar muito né?

- ...

- hm - respondeu a gatinha triste pelo grande “fora” que havia recebido de um amigo tão

próximo. O que ela não sabia é que ela estava comprometida em um amor grande pelo Pato… E quando

percebeu que estava apaixonada pelo Sr. Pato, decidiu demonstrar o seu amor.

- Eh…. Sr. Pato? ...

-...

- Eu queria te dizer uma coisa… que parece estranho... Eh… bom… hehe…. É que assim: eu te

a-amo! - Uma falha em sua voz e a sensação de alívio por falar o que precisava falar há muito tempo,

só que… O Pato não respondeu nada…

- POR QUÊ? POR QUÊ? VOCÊ NUNCA ME RESPONDE, SEMPRE ME DEIXA FALANDO SOZINHA!

ATÉ AGORA!? Eu acho que se eu for embora você…. você nem vai ligar…. - e assim dito saiu pela janela

da cozinha, dando uma última olhada nos olhos profundos do Pato e indo embora…. Jamais retornou

naquela casa, mas o que ela não sabia era que o Pato… era apenas um encosto de porta.

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AUTOR (A): RAFAELA BUSANELLO SPOHR

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: NUBLADO

O segredo do Natal

Quando chega perto do Natal, é uma alegria para muitas crianças, pois o Papai Noel vem

chegando, o que significa que vamos ganhar presentes e um monte de coisas legais.

Mas você já reparou numa coisa? Que imagina só! Que chato deve ser quando tem aquelas

pessoas que não acreditam em Papai Noel? Perde toda a magia da data.

Agora, depois de tanta enrolação, vou chegar ao ponto em que quero chegar. Vou contar uma

história, que fala de uma criança, que perdeu toda a sua infância, pois seus pais nunca falaram para

ela, nem sequer tocaram no assunto que o Papai Noel existe.

Sim, isso deve ser muito triste e entediante, pois que graça tem um Natal sem presente nem

Papai Noel!

Enfim, ela pensava nisso, até que um dia ela estava na escola e sua amiga falou que queria

ganhar uma boneca do Papai Noel, a menina teve uma ideia e pensou: “É hoje que eu descubro a

verdade!”

Chegou a noite e a menina ficou olhando para o azul do céu, esperando algum sinal, mas nada.

Estava quase pegando no sono, quando ouviu um barulho que não pode ser descrito em palavras

conhecidas, um barulho jamais ouvido por ela. Decidiu ver o que era, e quando espiou para fora, viu

como se fosse sua casa envolvida por algo transparente, que às vezes brilhava como se fosse quando

uma gota de água cai no rio, num barulho estranho e indescritível.

Decidiu ir ver o que fez o barulho, então pulou na árvore muito próxima de seu quarto (já usada

várias vezes quando queria se esconder ou pensar em algo), e ficou em silêncio, esperando ouvir o

barulho.

E foi isso que aconteceu novamente, só que a menina descobriu o causador do barulho. Era

uma coisa que ela nunca tinha visto antes, era parecido com um homem, só que menor; era quase de

seu tamanho (que não era muita coisa), tinha o cabelo despenteado, era um menino, estava todo de

preto, e parecia estar decidido em ultrapassar a barreira pela qual somente ele não conseguia passar,

pois a menina conseguiu ir e vir, assim como tudo ao seu redor.

Parecia que o menino não tinha notado a sua presença, pois nem olhou em sua direção. Mas,

sem querer, a menina derrubou um galho, assim fazendo ele parar sua tentativa sem sucesso de

atravessar o “portal”. Ao perceber sua presença, fugiu.

Page 122: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Muitos anos se passaram e aconteceram várias vezes isso, cada ano a menina conseguindo

mais informações descobriu que o menino conseguia ir em todas as casas com um presente em cada,

menos na dela.

O tempo se passou, até que um dia a menina estava com 15 anos e em uma noite de Natal ela

decidiu já ficar esperando no telhado, bem camuflada, o garoto (que provavelmente estava com 15

anos também) para descobrir afinal o porquê daquele mistério todo.

Passados uns minutos, ela o encontrou, saiu de sua camuflagem e o pegou de surpresa,

fazendo-o escorregar e cair na estrada. A menina agiu rápido e desceu do telhado e fez várias

perguntas ao garoto, e no final descobriu que era ele quem entregava os presentes e sempre era

confundido com Papai Noel. Não sabia o porquê uma “bruxa” largou uma maldição na casa dela para

que ela não ganhasse presente, pois seus ancestrais a irritaram.

No final ela conseguiu quebrar a maldição e eles combinaram que sempre que chegasse o

Natal, conversariam e se divertiriam um pouco, e foi isso que aconteceu.

O tempo se passou e os dois tinham 18 anos, eram amigos próximos, e não ficavam muito

contentes em se ver somente no Natal. Então, o menino desistiu de sua carreira, mesmo que nessa

condição tinha que aguentar as desaprovações e julgamentos de seus conhecidos; ele superou, pois

ele sentia mais que somente amizade pela garota, gostava muito dela, e não sabia ele que ela também

sentia o mesmo por ele. E, quando ele criou coragem, confessou seus sentimentos para ela, e no final

eles estavam namorando. E tiveram uma vida muito alegre e divertida.

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AUTOR (A): ALTEMAR GONÇALVES BRANDÃO FILHO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ALGUÉM APAIXONADO

Amor não correspondido

Amores não correspondidos

Sempre sofridos e doídos

Mas sempre lindos

E nunca esquecidos

Para ser correspondido

Você tem que ter um amor sincero

Pois se a beleza não é primordial

Algo tem que ser o diferencial

Para ter um amor correspondido seja sempre natural

Assim sendo, seu amor virá ao natural

Tudo isso é muito doido

Talvez eu esteja sendo afoito

Meu amor será viral

Preencherá teu coração

Mais que uma pandemia mundial.

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AUTOR(A): ARTHUR EICKHOFF

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: É ELE

O dente

Certo dia, um menino de sete anos de idade, perdeu seu primeiro dente. O sonho dessa criança

era colocar o dente embaixo do travesseiro quando fosse dormir, e no dia seguinte, olhar embaixo do

travesseiro, e ver um chocolate.

Mas o menino, era muito mal educado.

E seus pais se aproveitaram disso, e falaram para o menino que pessoas que não obedecessem

os pais não iriam ganhar chocolate com os dentes. Assim o menino ficou chocado.

Então colocou na cabeça que só iria ser obediente aquele dia, e depois iria voltar ao normal.

Mas os pais descobriram, então fizeram um plano, quando o filho dormir, pegar e esconder o dente

do filho. A noite chegou, e a mãe falou:

- Filho! Hora de dormir, vai para a cama!

- Ok, mãe!

Então o filho foi para a cama, dez minutos depois adormeceu.

Uma hora se passou, e então a mãe foi para o quarto do menino.

Escondida, colocou a mão embaixo do travesseiro, e tirou o dente.

O menino teve um pesadelo.

Enquanto dormia, sonhou que a fada do dente veio buscar seu dente, mas o pai achou que era

uma mosca, e então pegou um mata-mosca e matou a fada.

Após esse acontecimento, o filho acordou no momento exato, no meio da madrugada.

O filho então foi para o quarto da mãe e do pai chorando, eles perguntaram o que aconteceu.

Então o filho se arrependeu de ter pensado em de comportar só para ganhar o chocolate,

então quis tentar obedecer os pais sempre.

E foi dormir, no dia seguinte, acordou com muitos chocolates debaixo do travesseiro.

Mas seus pais logo contaram a verdade sobre a fada dos dentes.

O filho superou, mas ficou feliz com os chocolates.

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AUTOR (A): BERNARDO PEREZ CARVALHO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ALAN SARES

Ser um laçador

Da fazenda ou de algum rodeio

Das luzes ou dos sons das arenas

Foi naquele momento no fundo da alma algo insistente

Que você soube que queria ser um laçador

Mas o que você não sabia era o tempo que isso levaria

As horas, os dias, os meses e os anos que isso levaria

Por que ser uma laçador é nunca se acomodar

É se dedicar para ser o melhor

Por que um laçador só recebe por uma vitórias no final do dia

As pessoas só veem os breves momentos na arena

Os momentos de glória debaixo das luzes

Os momentos de derrota que parecem durar a vida toda

Elas não veem o esforço o tempo de treino para ver sua habilidade

O tempo que leva para fazer o seu cavalo

O tempo de criar a sintonia perfeita com o homem e o animal

Para ser um grande laçador é necessário dar tudo de você

Sacrifício, sangue, suor e lágrimas

Mas é através desses momentos que os campeões são feitos

E que nascem as lendas, a vida de um laçador é ganha sem garantia

Depende do quanto nos dedicamos

De volta ao brete, você consegue sentir todos os músculos do seu cavalo embaixo de você

Você se desliga de tudo, da música, do barulho e do público

É só você o seu cavalo, o boi e o seu parceiro

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Tudo pronto para correr na batalha

Com um simples balançar de cabeça

O resultado pode variar toda vez que você acertar

Impulsionado pela confiança, confiando que está preparado

Lembre-se os maiores campeões têm memória curta.

Page 127: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): BRUNA EDUARDA SCHORR

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: BONECA

Coronavírus

Devemos todos nos cuidar

Para coronavírus não pegar.

Usar máscara e álcool gel

Pois o corona é cruel.

Devemos todos ficar em casa nos cuidando

Pois o corona está matando.

Temos poucos leitos

Para abrigar os suspeitos.

Precisamos todos agradecer

Aos que no hospital trabalham

Pois eles sim batalham.

As crianças e idosos são os mais afetados

Mas precisamos todos ficar afastados.

Fique em casa para sua segurança

Pois o vírus está rondando a vizinhança.

Quando tudo isso terminar,

Vamos à escola voltar,

E os colegas novamente abraçar.

Vídeo aulas estão acontecendo

Para o conteúdo não estar perdendo.

É isso que eu tenho para falar

Fique em casa e vamos cooperar.

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AUTOR (A): BRUNA GARCIA NAGEL

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PRINGLES

Entre dois mundos

Era uma vez, há muito tempo atrás, havia dois reinos, o dos humanos e o dos híbridos (pessoas

com orelhas e rabo de animais), os reinos eram divididos por uma floresta escura e fechada. O reino

dos humanos não sabia da existência do reino dos híbridos, pois nenhum se atrevia a chegar perto da

floresta que os separava. Já os híbridos tinham uma lenda sobre os humanos. Mas não sabiam se a

lenda era verdadeira.

Certo dia, duas crianças estavam brincando. Hansuke e Yunna.

- Vamos brincar na floresta! – Diz Hansuke.

- Você está louco?! – Diz Yunna.

- Vamos! Vai ser divertido! – Diz Hansuke.

- Não sei não... – Diz Yunna.

- Não vai me dizer que está com medo – Diz Hansuke.

- Não estou! Ok, vamos! – Diz Yunna.

Chegando lá, foram brincar de esconde-esconde.

Então Hansuke começou a procurá-la, Mas não a encontrou, Já estava escurecendo. Então ele

decidiu voltar para casa, correndo. Ele avisou sua mãe, então ela ligou para a polícia, mas eles falaram

que não poderiam fazer buscas na floresta, pois a entrada era proibida. Depois, foram avisar o orfanato

em que Yunna morava, sobre o que havia acontecido.

Enquanto isso, Yunna estava andando pela floresta, já muito cansada e com sede, avistou uma

casa. Ela chegou e bateu na porta, quando desmaiou de desidratação.

Logo em seguida uma mulher abriu a porta, mas ela não era uma simples mulher, nela havia

uma cauda, orelhas enormes e dentes pontudos.

Ela a pega e a coloca no sofá, alguns minutos depois ela acorda e diz:

- Onde eu estou?

- Que bom que você acordou! Eu fiz umas panquecas venha comer!

- Ok, mas... quem é você e onde eu estou?

- Prazer, eu sou Carmem, você está na minha casa.

- Essas orelhas e essa cauda são de verdade?

- Sim, você não tem?

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- Não.

- O que você é, pequena?

- Eu sou uma humana! Você, não é?

- Eu sou um Híbrido, somos parecidos com os humanos, as únicas diferenças é que temos

orelhas maiores, dentes maiores, e uma cauda.

- Como é seu nome?

- Yunna!

- Que nome bonito! Mas como você chegou aqui?

- Eu estava brincando com meu amigo na floresta e me perdi. E acabei chegando aqui.

- Quantos anos você tem, pequena?

- Eu tenho nove anos.

E a conversa foi interrompida por um garoto que vinha descendo as escadas.

- O que está acontecendo aqui, mãe?

- Vem cá filho, quero te apresentar uma garota! Ela é um ser humano!

- Um ser humano de verdade!? Eu pensei que humanos não existissem! Podemos ficar com

ele? É muito perigoso atravessar a floresta novamente!

- Você tem razão, filho. Ela teve sorte de não ser atacada quando estava vindo para cá. Então,

sim. Podemos ficar com ela!

- Eu não acredito que temos um humano de verdade! Esse é o dia mais feliz da minha vida!

- Ok, filho; mas temos que manter isso em segredo. Se descobrirem que ela é um humano,

podem querer fazer experimentos com ela.

- Vou deixar vocês dois conversando para se conhecerem melhor, pois vou ir ao trabalho.

- Ok, mãe.

- Obrigada, senhorita Carmem!

- Não foi nada querida! Comportem-se!

Então Yunna corre dá um abraço nela e diz:

- Eu não sei o que aconteceria comigo se vocês não me acolhessem. Muito obrigada mesmo!

E a senhora Carmem responde com os olhos cheios de lágrimas:

- Sabe Yunna, eu e meu marido Ricardo tentamos ter mais um filho, mas infelizmente

descobrimos que eu não posso mais engravidar. Você é uma filha que eu nunca tive. Muito obrigada!

- Como é seu nome? - Yunna pergunta.

- Eu me chamo Hiroshi, mas pode me chamar de Hiro! E você?

- Eu sou a Yunna! Quantos anos você tem?

- Eu tenho doze, e você?

- Eu tenho nove!

Page 130: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

130

E assim, viraram amigos! Yunna foi matriculada na escola de Hiro.

Depois disso, Hiro foi mostrar a casa para Yunna. Ela ficou chocada com o tamanho, pois

morava em um orfanato.

Quando chegou no quarto que Hiro mostrou a ela, quase não acreditou no que viu, tinha uma

cama de casal e um closet. Tinha até um banheiro individual. Ela pensou que estava sonhando!

No dia seguinte, foi para a escola acompanhada por Hiro, usando uma touca e uma cauda falsa.

Algumas pessoas pediram sobre ela a Hiro, e ele explicou que seus pais a tinham adotado.

Hiro era o garoto mais popular da escola por ser rico e bonito.

Algumas garotas faziam bullying com Yunna, pois ela nunca tirava sua touca. Tinham inveja da

beleza dela e achavam que ela gostava de Hiro.

O tempo passou, e Yunna estava com quinze anos e Hiro com dezoito.

Eles eram muito próximos um do outro, e começaram a sentir que havia algo mais que

amizade.

Na festa de dezesseis anos de Yunna, Hiro a pediu em namoro. E ela aceitou. No outro dia, eles

contaram para seus colegas a novidade e as garotas que faziam bullying com a Yunna não ficaram

felizes, e então uma delas tirou a touca de Yunna, e todos viram que ela não era uma híbrida.

- Gente! Ela é um Humano! Vocês não conhecem aquela lenda?

- Verdade! O meu pai é um cientista! Ele com certeza vai querer fazer experimentos com ela!

- Chega! – Diz Hiro. Ela é um humano sim! Um humano legal, divertido, fofo, bonito e

companheiro! Esteve comigo desde os meus doze anos de idade!!!

Quando eles chegaram em casa, contaram para a senhora Carmem e para o Senhor Ricardo o

que havia acontecido, e decidiram que, para salvar a vida da Yunna dos Experimentos científicos, eles

deveriam fugir, apesar de todos os perigos da floresta.

- Hiro, você não precisa se arriscar por mim!

- Claro que preciso! Eu te amo! Sempre estarei com você! Vamos formar uma família. Eu e

você!

- Vocês saem hoje mesmo, meu filho, pois a qualquer momento aquele cientista, pai de sua

colega virá procurar Yunna.

Então eles almoçaram, pegaram um bom valor em dinheiro, e foram.

Passaram umas quatro horas caminhando, quando avistaram uma cidade. Eles foram até lá e

encontraram um homem alugando uma casa.

Alguns meses se passaram, Hiro e Yunna estavam olhando o Jornal Nacional, que noticiou:

"Hoje fazem sete anos do desaparecimento de Yunna Finn, que aos nove anos de idade, estava

brincando com seu amigo Hansuke Gotta na floresta proibida."

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131

Um ano se passou, e eles se casaram. Meses depois, nasceram Aiko e Luka, um casal de gêmeos

que traria a união dos povos.

Decidiram revelar a verdade sobre os dois reinos, e descobriram que na floresta que os

separava não havia perigos e ela virou um lindo bosque. Os dois reinos se tornaram um, de híbridos e

de humanos onde viveram felizes para sempre!

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AUTOR (A): CAIO WEIRICH FERREIRA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: STARLIGHT

Beira-mar

A iluminação da lua revela os passos na areia

Que minha família deixou,

Ao semear a tradição do Rio Grande.

O chimarrão e o churrasco,

As boleadeiras e o cavalo.

Tem também as nossas lendas,

Que desde piá eu aprendi a contar.

Mãe e Pai não eram ricos,

Eles tinham um pequeno rincão,

E um grande coração.

Todo dia de manhã,

Eu ia ver a boiada,

Abria a porteira e tratava,

Caminhava até a escola

E estudava.

E até hoje eu me lembro,

Em que campos meus descendentes

Me ensinaram a laçar,

Nesta vida, Beira-Mar.

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AUTOR (A): CLARA DOCKHORN HENDGES

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LUA DE CRISTAL

Lua no céu

Quando eu olho para o céu,

Nada posso ver

Só vejo a lua que me guia,

E me faz o bem querer.

Aos nossos olhos ela parece ser pequena,

Parece até caber numa janela

Mal todos sabem,

A enorme beleza que há nela.

Nela há um brilho imenso,

Que ilumina mais que uma vela

E toda vez que penso,

Quero ser como ela.

Ela ilumina todo o caminho,

Mas ainda me sinto só

Junto com os meus pensamentos,

Vago pela cidade sozinha.

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AUTOR (A): ELLEN HUBER VEIT

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LOLA ABC

Uma grande lição de vida

Em uma nublada tarde de inverno, Catarina estava se preparando para uma grande viagem

que faria juntamente com o seu pai para os Alpes suíços. Ela estava muito ansiosa, pois poderia escalar

as montanhas, fazer bonecos de neve e se divertir muito. Ela faria a viagem, pois havia se esforçado

muito para a conquistá-la, tirando acima de 9.5 em todas as matérias. Então, como “prêmio”, ela e seu

pai fariam a viagem.

Faltava apenas um dia para ir àquele lugar tão esperado, quando, de repente, o telefone tocou:

- Drrrill...drrril!

O seu pai imediatamente foi atender:

- Alô, oi, primo! Em que posso te ajudar?

O primo responde:

Minha cachorra foi atropelada! Você pode vir examiná-la?

- Claro que posso, pois sou um bom veterinário e amo animais.

O pai avisou Catarina do ocorrido e também que não iria demorar muito. Catarina pensou

positivamente que o pai logo voltaria e fariam a viagem no dia seguinte. Mas não esquecia que talvez

o pai demoraria por causa da neve na estrada e se o cachorro havia se machucado gravemente.

O tempo passava e Catarina ficava cada vez mais preocupada com o seu pai, que não voltava

para casa. Quando percebeu que o sol já estava se pondo, ela resolveu ligar para ele.

O pai não atendeu. Resolveu ligar para o primo que estava com ele. Ao atender, percebeu uma

voz triste e desanimada. Perguntou o porquê de ele estar assim. Ele respondeu que sua cachorra tivera

que fazer uma cirurgia e que a mesma deveria ficar em repouso, sob observação médica.

Como Catarina não tinha mãe, pois a havia perdido num acidente, teve que passar a noite

sozinha em casa. Rezava muito para que seu pai voltasse pela manhã bem cedinho para a grande

viagem tão esperada.

No outro dia Catarina escutou o seu celular tocando e imediatamente pulou da cama para

atendê-lo. Era seu pai! Ele falou que precisaria cancelar a viagem, pois teria que observar a cachorra

de seu primo, após ter feito a cirurgia e iria contratar uma babá para ficar com Catarina. Catarina ficou

muito triste pelo ocorrido e também por ter que ficar com uma babá que ela mal conhecia.

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Quando a babá chegou, logo foi informada sobre a situação pela qual Catarina estava

passando. Catarina estava em seu quarto triste, quase chorando.

A babá tentou animá-la falando que a vida às vezes nos reserva estas surpresas e que nem

sempre as coisas acontecem como gostaríamos. Convidou-a para brincar de esconde-esconde. Como

Catarina era pequenina, entrava e escondia-se em qualquer armário. Elas se divertiram muito e nem

perceberam o tempo passar.

Quando começou a escurecer, elas resolveram tomar banho e jogar cartas. Após tomarem

banho, comeram morangos com chocolate, usaram pijamas e jogaram cartas por muitas horas. Era

por volta de uma hora da manhã e elas resolveram dormir. Catarina deitou na cama e logo dormiu.

Após ter dormido 30 minutos, começou de sonhar com sua mãe.

No sonho, sua mãe deu-lhe uma grande lição de vida: “Nem tudo na vida é como queremos,

mas não podemos perder a esperança. A vida é curta e tudo pode acontecer, então viva e aproveite

cada instante, pois isso só acrescentará coisas boas.”

No outro dia, ela e a babá foram passear no parque. Quando voltaram, o pai de Catarina havia

chegado. Sob orientação dele, Catarina foi tomar seu banho e trocar de roupa, pois estava suja.

Conversando com ele mais tarde, relatou ter aprendido uma grande lição: “Na vida, nem tudo que

almejamos, acontece como e quando queremos.”

O pai de Catarina ficou muito feliz com a maturidade da filha, pois ela estava conseguindo

conciliar o fato ocorrido no seu dia. Em seguida, falou da viagem que programara acontecer no próximo

final de semana.

Para completar a alegria de Catarina, ficou sabendo que o cachorro do seu primo estava se

recuperando muito bem. Além de curtir os Alpes, poderia, em algum momento, divertir-se com a

cachorra.

Enfim, chegou o grande dia. Catarina e seu pai saíram bem cedinho de sua casa para chegarem

ao aeroporto, para irem aos Alpes. Chegando lá, depararam-se com uma placa dizendo que todos os

voos haviam sido cancelados por conta de uma nevasca. O pai de Catarina pensou que sua menina

ficaria triste, mas tão grande foi sua surpresa ao escutar: "Nem sempre as coisas são como

gostaríamos."

Voltando para casa, resolveram fazer marshmallows na lareira e jogar um jogo de tabuleiro.

Assim, os dois também se divertiram e aprenderam uma grande lição. Poder estar com seu pai,

curtindo aquele momento abençoado em família, deixava Catarina realizada e muito feliz.

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AUTOR (A): FELIPE MARASCA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CHOFER

Chofer de caminhão

Por aqui apenas um honesto brasileiro,

por nome chofer caminhoneiro,

No bolso pouco dinheiro,

na bagagem saudade de um parceiro,

que me deixou,

na curva ele tombou.

Transportando progresso do Brasil,

em troca de humilhação,

mas com orgulho de ser chofer de caminhão...

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AUTOR (A): ISABELLA HETTWER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CONQUISTER

O inverno

O inverno chegou,

trouxe com ele chuva e frio,

as nuvens carregadas

e a água subiu no rio.

O Sol quando aparece

muito fraco, quase nada aquece.

As folhas que na calçada bailam,

lembranças do outono.

Nada melhor do que um cobertor,

um pouco e sono e preguiça.

O vento sopra assobiando

e o céu escuro vai ficando.

No verão há alegria,

no verão há amor.

Obrigado inverno por chegar,

Mas já pode ir embora por favor.

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AUTOR (A): LARISSA FIORIN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CONCEITUAL

A vida no campo

Manhã gelada

Dia de muito frio

O sol nem nasceu ainda

Mas o dia no campo já vai começar.

As flores com gota de orvalho

Sinal que o inverno está chegando

O cheiro de terra molhada

Deixam o campo ainda mais colorido.

O céu azul como gota de tinta no papel

As nuvens que parecem algodão

Plantações prontas para a colheita

Estradas de chão...

Máquinas preparadas para início da colheita

Agricultores preocupados com a produção

Dias de frio e muita geada

Não está sendo fácil.

Mas no final dias melhores estão por vir

Resultados positivos

Afinal a vida no campo nunca decepciona

Tudo é planejado por Deus.

Maravilhas que ninguém explica

Sensações de paz, tranquilidade

Uma vida fascinante

Tudo criação de Deus.

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AUTOR (A): LAURA SCHMITZ GREIWE

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: TÍTULO INDEFINIDO

A noite

Quando a escuridão chega

E o mundo se cala,

O silêncio prevalece.

O som, antes alto e dominante,

Adormece, desaparece.

Nada mais se mexe ou se manifesta.

Ruídos se tornam inexistentes.

O corpo, adormece.

A alma, medita.

A mente, descansa plenamente.

Tudo decide parar.

A natureza dá uma pausa.

As pessoas se aconchegam.

O silêncio toca a alma

Bem lá no fundo.

Quando se vê,

A noite já passou.

O dia chega,

E aparecem os primeiros raios de sol,

Para aquecer os corações

De quem verdadeiramente ama.

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AUTOR (A): LUCAS JOSÉ CASALI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LAVOURA

A fazenda

Em um dia claro,

Uma vaca suja

Uma senhora velha

Um trator saindo do galpão.

Um gato molhado

Um baú trancado

Um chinelo estufado

E um cavalo trotando.

Uma princesa estudando

Um príncipe procurando

Uma janela batendo

Uma cadeira arrastando.

Um computador se estragando

Uma mesa se despedaçando

Uma folha voando

Uma árvore caindo aos pedaços.

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AUTOR (A): LUISA KARAS MARTINI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LU

A vida

Acordar e viver

Ver que posso aproveitar cada momento da minha vida

É algo incrível.

Fatos tristes vão acontecer

E são eles que nos fazem aprender,

Que a vida devemos viver.

Eles mostram-nos que a vida devemos aproveitar

O presente vivenciar

E o passado relembrar.

Devemos curtir cada momento,

Porque uma hora tudo isso vai acabar

E quando acabar, não terá mais como voltar.

Então...

Aproveite e viva,

A vida que está a te esperar...

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AUTOR (A): MARINA DE OLIVEIRA GAERTNER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CHOCOLATE

Tudo melhora

Tudo vai melhorar, basta a gente acreditar.

Temos que viver e não delimitar o que fazer.

Sempre tente satisfazer as suas vontades.

Porque algum dia pode ser tarde.

Não seja covarde, vá em frente.

Solte-se de suas correntes.

Seja diferente, viva intensamente.

Espere ansiosamente, algo vai chegar para alegrar.

Você não deve arregar.

Apenas se alegrar.

Mas também não pode se empoderar.

Mas também temos que moderar.

Existe perigo e isso eu confirmo, e reafirmo.

Tudo tem seu lado ruim.

O ruim não é o neguim, e sim o branquim com seu preconceito.

Ele não é bem-aceito...

Todos têm o mesmo direito, o mesmo valor.

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AUTOR (A): NICOLY GLITZKE LEVY

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CERTAS PALAVRAS

O que é felicidade?

A felicidade é ser feliz,

Simplesmente é estar de bem com a vida.

A felicidade é gostar de mim mesmo,

É estar com a alma leve, ter paz.

A felicidade não está fora da gente, está no nosso coração.

É viver com vontade,

É ter lealdade,

É ter intimidade.

Para ser feliz não é preciso de muito,

Basta ter uma família e boas amizades.

A felicidade sempre trará novidades,

É preciso ter humildade e simplicidade,

É preciso de paciência também!

Não complique! E sim descomplique.

Viva do seu jeitinho e com amor.

Viva com muito amor.

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AUTOR (A): RAFAEL HETTWER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: EU, EU MESMO

Criação de um poema

Para fazer um poema

É fácil ter uma ideia,

Tendo um lápis na mão

A ideia flui como água num

Salto de avião.

Quanto mais lemos,

Mais ideias temos,

para assim facilitar nossa criação

Com ideias criativas e bons pensamentos

que de tão bons parecem até um filme de televisão.

Agora chegou a parte mais divertida,

que é brincar com as letras ...

Pode escrever uma bela frase,

E com algumas frases um

Belo poema você criará.

O poema está chegando ao fim,

mas a brincadeira

Não precisa acabar,

Lendo esse poema uma ideia você terá,

para, talvez um dia,

Um poema criar.

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AUTOR (A): RAFAELA MARIANE BERTOLDO BOZZ

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PRENDA

Meu amigo baio

Eu era uma prenda,

Delicada e faceira...

Adorava ouvir lendas,

Que meu avô contava para mim.

E aquele ali

É meu cavalo Baio.

Que juntos adorávamos

Cavalgar em maio!

Mas teve um dia...

Que meu pai

Se apertou nos pila

E me falou:

“Vou ter que

Vender teu amado cavalo Baio!”

Aquilo foi como uma facada,

Senti as pernas cansadas, minhas mãos tremiam.

Vi naquele dia que eu não ia aguentar.

Fui comer, não tive fome...

Tentei ver TV, não pude.

Olhei pela janela, mas daquela altitude eu não poderia pular.

Mas pensei em me acalmar e esperar o amanhecer.

Naquele dia,

Lágrimas sagradas

Escorriam no meu rosto...

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Meu mundo inteiro estava exposto.

E ainda me perguntava

Se nunca mais iria

Cavalgar em maio

Com meu velho amigo Baio?

As semanas foram passando...

E eu não estava mais aguentando

Com uma grande ferida

Aberta em meu coração

Então meu pai chegou

E me falou:

“Enxugue essas lágrimas

Teu cavalo está contigo

Para cavalgar não só em maio!

Mas o ano todo com teu velho Baio amigo!”

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AUTOR (A): ALLANA CRISTINA APPELT WENING

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CARAMELO

Flor

Mais um dia,

Mais uma vida,

Mais uma flor em um mundo incolor,

Mas essa flor tem cor,

Cor de paz e amor,

Cor mais bela e singela,

Que brilha ao amanhecer, esse é o seu viver,

Que incentiva a vida com um sorriso de uma bailarina.

E quando o sol se põe a flor morre

Deixando suas pétalas tão lindas e singelas colorirem o horizonte.

Que traz a paz de meu rapaz.

Que sorri uma última vez antes de que seja chamado.

Para já sorrindo e rindo, revendo nossas lembranças.

E esperando sua hora de brilhar.

Page 148: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): AMANDA FONTOURA KNOB

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ESTRELA 7

O sol e a lua

O sol às minhas costas

A lua à minha frente

O vento torrente

Aproximado a mim,

Faz-me sentir insuficiente,

A galáxia em seus olhos,

Deixa-me consciente,

De que sua felicidade

É o meu melhor presente.

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AUTOR (A): ARTUR MANARA PIOVESAN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: SR. LUCKY

Pipa

Eu sou como uma pipa

Que voa quase livre entre o céu

Por que quase me perguntas

“Por que está presa a um carretel?”

Pode voar, porém tem limites

Há sempre alguém que a controla

Dirigindo-a pelo ar, sempre trazendo-a de volta

De volta pra realidade que há

Abaixo das alturas que ela alcança ao esvoaçar.

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AUTOR (A): BERNARDO FAREZIN FERRI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: JOSÉ GREGORY

Animais em extinção

Ó meu mundão

Peço-lhe perdão

Mas por favorzão

Não tenha mais animais em extinção

Os animais em extinção

Sofrem também

Sem extinções

Mas pelo bem.

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AUTOR (A): FLÁVIA WERNER FLACH

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: AMIGA

Amigos & vida

Quando o dia amanhecer,

O pássaro há de encantar,

Um sonho de entardecer,

Com os amigos podemos extravasar.

Ao longo do dia novas aventuras,

Que a paz e a alegria invadam a vida,

Cheia de sucesso e conquistas,

Para adicionar ao meu estilo de vida.

Os amigos a gente preza com carrinho,

Eu conto porque o instante existe,

Contando com eles sempre no caminho,

Contando com eles sempre no caminho.

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AUTOR (A): GABRIELA PERINAZZO KUHN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MORENA

A pior mãe do mundo!

Joana está trancada no quarto, sem comer há um dia, pois novamente brigou com sua mãe!

A mãe de Joana é uma senhora de 40 anos que trabalha em uma escola e se estressa muito

com o trabalho.

Quando a mãe de Joana chega em casa, ela briga muito, pois Joana nunca faz as coisa que a

mãe pede.

Joana por sua vez reclama que a mãe não lhe dá atenção, não conversa com ela, não é sua

amiga e assim as duas acabam brigando!

Depois desta última briga, as duas resolveram pedir ajuda a uma psicóloga, pois não sabiam

mais como conversar. Dona Jéssica (mãe de Joana) ficou viúva muito cedo, precisou trabalhar para

sustentar a filha e não conseguiu dar toda a atenção para Joana.

Com a ajuda da psicóloga as duas conseguiram conversar e colocar as suas diferenças.

Dona Jéssica contou para Joana como ela sofreu na sua gravidez, como desejou ser mãe, e

como teve uma gravidez difícil. As duas choraram muito, abraçaram-se e fizeram as pazes.

Jéssica também chorou, pediu desculpas à mãe e prometeu ajudá-la, pois Joana entendeu

como a mãe a amava e como ela era especial para a mãe.

Hoje elas são grandes amigas, Joana ajuda a mãe nas tarefas domésticas. Assim, quando Dona

Jéssica chega em casa, elas têm tempo para conversar e contar como foi o dia das duas.

Jéssica, hoje, é uma menina feliz e estudiosa, organizada e muito querida.

Dona Jéssica, sente muito orgulho da filha.

As duas hoje se dão muito bem!

Page 153: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): GUSTAVO AUGUSTO WESCHENFELDER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: GORDO-DA-MEIA-NOITE

Quarentena

Quarentena, quarentena Por que tão difícil de entender?

Não é para o nosso mal…

Mas também não é só “bem”

Mal? Por que mal?

Ficar em casa em dia de semana

Poder comer o que quiser

E ainda por cima, quem tem preguiça

Nem precisa se mover!

Acham que é boa?

Também não posso dizer.

Sabe porque eu acho isso

Já, já mostro a vocês.

Ficar parado o dia inteiro

Faz perder massa muscular

Comer o dia inteiro

Só vai te fazer engordar.

E ainda por cima

Tem o isolamento social

Ou seja, ver os amigos?

Só por vídeo-chamada ou call.

Esses são os motivos

Da quarentena ser imperfeita

Mas não dá de rebelde não

Se não Covid pega você.

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AUTOR (A): IASMIN LUISA FRITSCH

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: POR QUE CHORASTES

Por que chorastes?

O azul do mar a brilhar

E o tempo rápido a passar

A menina já cresceu

E o menino já amadureceu.

As borrachas a apagar

E os lápis a rabiscar

Os gatos a miar

E os cachorros a latir.

As minhas lágrimas a correr

Iguais às o rio Nilo ao entardecer

A dor que eu sinto

Jamais será curada, será igual a uma alma rasgada.

Os meus pés, já não sinto mais

Pois aquilo não mudará nunca mais

O meu coração já deixou de amar

Pois aquela vez foi de chorar.

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AUTOR (A): MATEUS FRANKE HERBERTS

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: EU MESMO MESMO EU

Um conto

Hoje pode ser um dia normal para alguns, diferente para outros. Mas nenhum dia será como

este, este é o dia em que conheci meu cachorro Toby. Ele é um cachorro alegre e gosta de brincar. Foi

um dos momentos mais legais da minha vida. Então, estou passando aqui para dizer isso: que muitas

pessoas podem ter momentos legais ou tristes, nem tudo é perfeito, o que importa é ser feliz, ser legal

com as pessoas e ser gentil. A vida pode levar a lugares belos e aos ruins também, mas, como algumas

pessoas dizem, a vida é uma aventura, não importa se você é rico ou pobre, isso não faz diferença. O

que importa é ser feliz, como já disse antes. Depois desse discurso, vou falar um pouco mais de mim,

sou uma pessoa legal, faço amigos rápido, gosto de jogar bola e de brincar com meus amigos. Ai, ai,

como a vida passa rápido, agora quando já somos grandes, nem nos lembramos de como éramos

menores. Esse pode até ser um dia normal, mas nunca vai ser esquecido.

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AUTOR (A): MATHEUS HENRIQUE SELTENREICH MARTINELLI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: INTER

A batalha

Em uma noite, Airton, um homem alto, feio, gordo e de 12 anos, recebe um telefonema do

exército real, dizendo que ele iria participar da guerra. Ele não sabia como reagir e como iria contar a

seu pai, mas pensou muito e disse: “Pai, eu fui eleito a participar da guerra.” E o pai, surpreso, fala:

“Mas que guerra, pois se for a guerra contra a Inglaterra, essa vai ser daqui a um mês.”

Airton responde: “Então já mandaram para eu ir me preparando, só pode.”

Pai responde: “Deve ser.”

Depois dessa longa conversa, eles vão dormir, por estar tarde e por estarem bem cansados.

Acordando, Airton, toma seu café da manhã, escova os dentes e vai logo contar a seus amigos. Eles,

quando escutam, riem muito. E Airton, bravo, grita:

- Eu vou participar, ganhei até uma carta do exército!

Coitado de Airton, mal sabia que tinha caído numa peça.

Então, Airton volta para casa decepcionado por seus amigos não terem acreditado. Seu pai,

vendo-o triste, avisa:

- Seus amigos devem estar rindo, pois não foram convocados para a guerra. Nem se estressa

filhão.

Depois da fala de seu pai, Airton reflete: “Será que eu fui convocado para a guerra, pois eu sou

fraco e pançudo. Será que não se enganaram de casa. Deve ser por isso que meus amigos estavam

rindo, pois não tem chance de eu ser convocado.” Airton não sabia no que acreditar, ele e seu pai não

sabiam se a carta era verdadeira, ou se tinham se enganado de casa.

Porém tiveram uma ideia genial, comprariam um calendário, pois não tinham e iriam

marcando os dias até dia 1º de setembro, que seria o próximo mês. E já que não tinham a certeza de

que Airton fora convocado, compraram todos os equipamentos necessários para a guerra. Gastaram

um dinheirão.

A partir desse momento se iniciava uma vida diferente, que nela eles viveriam cada dia como

se fosse o último; viveriam normais como antes, brincando, divertindo-se, comendo e dormindo.

Aproveitariam muito seus dias, pois não tinham a certeza do destino.

E no dia 31 de agosto, Airton e seu pai estavam prontos para tudo, e naquele momento bate

alguém à porta, eles se assustam, mas eram apenas seus amigos, e o Otávio fala:

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157

- Airton, era tudo uma brincadeira, não há guerra nenhuma, naquela carta eu queria dizer que

a guerra seria meu aniversário, que é hoje, e seria uma batalha de nerf, de água e com futebol de

sabão.

Airton fala:

- Mas por que, quando eu fui à sorveteria, não me falaram nada?

Otávio responde:

- Não falamos nada pois queria que fosse uma surpresa, e eles só sabiam, pois me ajudaram a

organizar a festa. Mas os outros também não sabiam.

Airton fala:

- Então tá, “bora se divertir.”

Airton e todos se divertiram muito, jogaram muito futebol, acertou muitas pessoas com a nerf

de água e a normal, sujaram-se e cansaram muito. Esse foi um dos dias mais felizes e legais de sua

vida, por saber que não iria à guerra, mesmo gostando de guerras, não queria ir, pois era muito novo

e poderia morrer.

A partir dali Airton viveu uma vida incrível e foi a muitas guerras, de verdade. Matou muitas

pessoas e ajudou a levar seu país à vitória. Ele fez história no exército, virando até presidente do país.

Airton só viveu coisas emocionantes, mas nunca esquecerá de seus amigos.

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AUTOR (A): MATHEUS RENDES EICKHOFF

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: VÍRUS DO DIABO

Covid-19

Agora estou em casa

Estudando, mas nem sempre me concentrando.

Às vezes me exercitando ou brincando,

aprendendo a ficar só em casa.

O mundo parou.

O celular virou prioridade, aprendemos novas maneiras de viver,

mas paramos para ouvir melhor, temos mais tempo para sonhar.

E quando tudo isso acabar, o que vai ficar.

Muitas mortes ou muitas vidas,

Novas escolhas e modo de vida,

A cura chegou e o Brasil se emocionou.

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AUTOR (A): MIGUEL FELIPE ENGSTER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: BLACK NIGHT

O mundo e as diferenças / as nossas diferenças

Ele enxerga o mundo de forma diferente

Eu vejo de forma coerente

Ela tem olhos azuis

Eu tenho olhos castanhos.

O Douglas é negro, eu sou branco

A Maria tem cabelos escuros,

Eu tenho os cabelos loiros.

Meu irmão gosta da janta

Eu do café da manhã

Cada um do seu jeito,

Esperando o amanhã.

Eu gosto de viajar

Minha mãe gosta de ficar em casa

Artur tem chulé

Darlan tem cheiro de asa.

Mateus é mais quieto

Eu sou conversador

Meu pai gosta do celular,

Meu avô do computador.

O mundo é diferente

Todo dia, tocando em frente

Com amor e paciência

Levo a vida sempre contente.

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Como o sábio diz:

“Somos iguais nas diferenças”

Vivemos felizes

Tendo as nossas crenças.

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AUTOR (A): MURILO CESAR KLEINPAUL

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: BERG ALLEN

Um domingo de sol

Em um dia ensolarado, com um percurso em mente, ocorreu com um passeio inusitado com

minhas cachorras, era para ser um momento diferente. Tina, que ama caminhar, e Cacau, que parece

uma “mula empacada”, que não simpatiza com a caminhada na rua, amedrontada, fica estagnada.

Tina parecia estar totalmente satisfeita com o passeio, sentia-se livre e até curiosa, enquanto

Cacau permanecia no colo, pois parecia que não sabia caminhar.

Quando chegamos ao final do percurso, tinha um cachorro, que só incomodava; Tina ficou de

boa com ele, mas Cacau queria mordê-lo, quase conseguiu. Lembrando, ela tem nove meses e Tina

deve ter três anos.

As personalidades de ambas são totalmente opostas, ambas são dóceis, mas elas têm atitudes

diferentes. Cacau é totalmente variável, mudando de atitudes em todos os momentos, enquanto Tina

quer agradar a todos e é muito receptiva e acolhedora.

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AUTOR (A): PEDRO DE ASSIS BRASIL ROMAN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: BATATA

A noite

A noite é escura, se se machucar ela te cura

Tem a noite e o dia, só que um é claro e outro é romântico.

A noite tem animais belos, tipo a coruja, mas o que eu vejo é um varal com roupa suja.

Tem o morcego que à noite vive e de dia tem sossego.

Os dois são legais, o dia e a noite também.

Mas foi à noite quando eu conheci você, meu bem.

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AUTOR (A): PIETRA BUSANELLO BUENO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: BERY

A princesa boa

Era uma vez uma princesa que tinha um coração de ouro e ajudava todo mundo. Mas tinha

uma coisa que a incomodava, nunca soube a razão de ser chamada de princesa, pois não tinha nenhum

poder, muito menos uma vida fácil e, como estava prestes a completar 18 anos, decidiu ir atrás disso

para descobrir o que tinha de especial. Decidiu pedir ajuda as suas amigas e todas aceitaram.

Então, no dia do seu aniversário, elas se prepararam e foram falar com o rei das princesas.

Chegando ao castelo, foram recebidas pelo rei e foram para sala de reunião e lá decidiram que

precisavam falar com mago real para ver se ele poderia dizer a elas onde encontrariam a resposta para

isso. Chegando lá, não acharam o mago, então tiveram que dar uma olhada em seu quarto para ver se

achavam algo. Depois de um tempo procurando, acharam um bilhete dizendo que o mago havia ido

visitar a bruxa Amélia no sul e que se precisassem dele era só ir até lá pelo portal dentro do guarda

roupa; e lá foram elas atrás do mago. Chegaram lá, cumprimentaram o mago e pediram onde era

necessário ir para encontrar a explicação dela não ter mágica alguma. Ele deu-lhe um feitiço que a

transformou em uma bela moça, que ia cuidar cada passo de Melissa e ia dar poder para ela.

Os dias foram passando, e, quando voltaram para falar com o mago, a moça admitiu que isso

deveria ser um engano, pois não tinha conseguido achar nenhuma magia que combinasse com Melissa.

Eles deveriam ter nomeado Melissa como uma simples menina e não como princesa, já que não havia

magia que combinasse com ela. Melissa ficou muito triste e não queria mais falar sobre isso; então

suas amigas e o mago conversaram e chegaram à uma conclusão, deveriam ir falar com o gabinete das

princesas. O mago combinou de fazer o portal para as princesas irem. No outro dia elas entraram no

portal, mas Melissa ficou, pois acreditava que isso não ia adiantar nada, tinha certeza de que não era

princesa.

As princesas foram até o gabinete e perguntaram para secretária quando podiam entrar para

falar com a rainha, mas infelizmente a rainha não estava e não sabiam quando ela ia voltar. O problema

era que elas só tinham doze horas para passar pelo portal, senão ele se fechava e elas teriam que voltar

a pé. Depois de muito tempo ela voltou, as princesas foram falar com ela e descobriram sua magia,

mas já era tarde, o portal tinha se fechado.

Na casa do mago, ele e Melissa tentavam fazer o portal se abrir novamente. Depois de

tentarem muito, conseguiram e as princesas voltaram para lá muito felizes. Contaram para Melissa

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que ela era uma princesa sim, uma princesa de coração bom, essa era sua magia, ajudava todos que

precisavam na hora que precisavam. Melissa ficou muito feliz e, a partir dali, sempre sonhava que

estava ajudando os outros.

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AUTOR (A): TONNY RETTORE

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: SUBMARINO

O tempo voa

Como o tempo voa...

Ser criança é como ser um avião

Pois é uma época em que você voa na imaginação

É como a primavera,

Colorindo nossas mentes para uma nova estação.

Como o tempo voa...

Se perde a ingenuidade

Estou desenvolvendo responsabilidade

São como exemplo as ondas do mar

às vezes altas e revoltadas, às vezes calmas e rasas

É a passagem para a vida adulta

E isso tem nome: adolescência.

Como o tempo voa...

Já estou tendo um emprego,

Preocupações com contas

Uma família para cuidar

Sem tempo para brincar

E assim nos tornamos adultos, um tempo muito longo em nossas vidas

Cheio de dores e alegrias.

Como o tempo voa...

Pensando bem, o tempo em que somos adultos não é tão longo assim

Já estou sentindo dores nas costas

Cabelos de algodão

Netos para brincar e ter no coração

Sinto que já cheguei na última estação

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Dessa vida que foi mais rápida do que eu imaginei.

Agora estou aqui, nos meus últimos suspiros,

Escrevendo essa mensagem para todos aqueles

Que pensam que a vida é para sempre

Para que entendam que a vida é como uma gota d’água

E por isso durante seu caminho não guarde mágoas,

Pois quando você menos espera, essa gota já se foi.

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AUTOR (A): ANA LUÍSA BENEDIX

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PERDIDA EM UM MUNDO

O que esperar do mundo

Às vezes sinto que nada vai mudar

Que o tempo passa sem passar

Que as amizades podem acabar

E que o futuro não há de se esperar

Tenho a esperança de que tudo se ajeite

E que o universo entre em órbita com as constelações

Que a vida se transforme em um quebra cabeça

Cheio de peças que desenvolvem diversas ações.

Espero das pessoas responsabilidade

Consciência, atitude e respeito.

Usar a voz para falar e não para julgar

E assim acabar com o preconceito.

Pessoas são julgadas, sem necessidades.

Muitos votos de culpa em inocentes

Perseguidas pela sociedade

Dizendo não ser diferentes.

Nada vai mudar, mas quero acreditar.

Que em algum dia posso pensar

Que em um belo lugar vou morar

E que poderei descansar.

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AUTOR (A): ARTHUR RAFAEL JALOWIETZKI GRUN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: TUIZINDELASS

Poema

Saudades de poder sair

Com meus amigos sorrir

Saudades de quando íamos a festas

E nos divertíamos muito.

Saudades de quando jogávamos vôlei

Treinávamos de monte até enjoar

o que a gente só queria era jogar.

Saudades de subir as escadas da escola

Saudades de encontrar a gurizada

Gostava da minha turma agitada

Com as cadeiras jogadas,

e o caderno na mão

Saudades do que a gente arruma

Saudades da minha turma.

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AUTOR (A): EMYLI HERBERTZ ABREU

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: UMA GAROTA NEM NEGRA NEM BRANCA

Sobre um preconceito antiquado

Eu não consigo respirar

Antes um pedido de socorro

Agora um grito de guerra

Desse povo que engoliu o choro

E lutou contra essa miséria.

De um comentário insignificante

Nasce um preconceito horripilante

Daqueles que almas morrem

Mas que o povo se cansou de ver

Então não deixarão mais acontecer.

Protestos e reuniões começaram

Todos por uma só causa

Um preconceito antiquado

Que antes temos que dizer que foi aceito

Mas que no século XXI vai ser parado.

E no ano de 2020

Inicia-se uma nova era

Era de revolta

Do tipo em que todas as raças participam

Com um objetivo

Um mundo onde ser negro não é esquisito.

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AUTOR (A): ENZO GRAEBNER FERRARI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: OZNE

Saudades da realidade

Pelo que estamos passando,

fora da realidade.

Brincar, correr, jogar,

é do que sinto muita saudade.

Só ficar em casa,

não é nem um pouco legal.

Toda criança,

precisa brincar afinal.

Saudades que eu tenho,

da minha sala de aula.

Meus amigos e professores,

Neste mundo sem alma.

Este mundo virtual,

me deixa preocupado.

O que vai ser no futuro,

um futuro não considerado.

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AUTOR (A): ÉRICA LETÍCIA LORO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PRINCESA DO FF

Momentos difíceis

Vivendo um momento de preocupação

Nosso principal aliado

Não é a aglomeração

Ao contrário a vida e a solidariedade

O momento exige de todos nós distância.

Shows, parques e lugares públicos

Já não são mais importantes

Hoje a saúde e o bem-estar de todos

É a principal preocupação.

Motivos antes importantes, festas e diversão

Agora não fazem parte de nossa realidade

Já que a vida é a principal motivação

Para não perdermos familiares

Fique em casa! É a melhor solução.

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AUTOR (A): ERICK GUSTAVO KRAUSE RAMBO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: GAIA

O tempo

O tempo

Não perdoa

Ele

Nos atordoa

O tempo

Passa rápido

Ele

Não é interrompido

O tempo

É muito traiçoeiro

Ele

Não é seu parceiro

Escrevendo este poema

O tempo já passou

Horas e horas

E o poema se acabou

Baquetando uma baqueta com outra baqueta.

Page 173: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): GUILHERME HENRIQUE KURZ

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: GK

Ela, no mar azul

Ela vive num mar azul, meio que afogada

Nem sem de quê, nem sem por quê

A vida não faz nada.

Ela quer gritar, mas não tem palavras

Apenas dela saem gritos e lágrimas

Não sei de onde, nem por quê.

E talvez esta seja a primeira vez

Que ela tudo sente em ter alma

E nada sai, apenas escassez.

Mal dela que vive atormentada

Nem sei por quê, acho que é nada

Mas nem por isso vou dar uma pesquisada.

Descobri uma coisa,

Uma coisa nunca ouvida,

Ela não estava perdida,

Estava apenas curtindo a vida.

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AUTOR (A): ISABEL MARIA DE OLIVEIRA GAERTNER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LAÇO DE FITA

Solidão

Solidão é uma arma na mão

Sozinha de novo estou

Mesmo rodeada de pessoas

A solidão continuou.

Sentia-me assim

Até me encontrar

Eu precisava realmente de mim

Agora não enxergo mais o fim.

Encontre-se na sua solidão

Até se sentir bem com sua imensidão

Estar insatisfeita consigo

é um perigo.

Enquanto não se encontrar

Alguém não se deve procurar

Pois estar insatisfeita consigo

Afasta-lhe o amigo.

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AUTOR (A): JULIA KIESEL SCHONS

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: JU SCH

Amizade

Fran é uma menina querida

Ela e sensacional

É minha amiga preferida

Tenho por ela um amor incondicional .

Juntas nós brincamos

E também estudamos

É uma amizade muito boa

Que eu quero para a vida toda.

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AUTOR (A): JULIA VALENTINA DINIZ HARTMANN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ÓRBITA

Apenas uma chance de amar

Ame ao próximo como a ti mesmo

Ame a sua família

Ame agora

Ame com gestos, com palavras.

Aprenda a amar aquilo que dói

Ame suas dores, seus medos

Ame os silêncios, as mentiras

Ame aquilo que faz parte de você.

Ame seus projetos

Não seus objetos

Ame os riscos, as vontades

Aprenda a amar as tempestades.

Se em tantos momentos

Deixamos de amar por orgulho

Sem tempo de sorrir

Ame o começo, ame o final.

Seja verdadeiro, seja realista

Ame enquanto há tempo

Ame a você e ame por você

E acima de tudo, comece por você.

A vida passa tão depressa

Portanto, ame sem pressa

A vida

Temos apenas uma chance de viver.

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AUTOR (A): LARA LUÍSA GENZ BAZANA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: EART

O mundo ideal

Pergunto

Por que alguém tem de ser julgado?

Apenas pela cor da sua pele

Apenas pela sua origem?

Apenas por suas escolhas.

Todos temos os mesmos direitos

Somos iguais por dentro

Por que temos que julgar uns aos outros

Se vamos todos para o mesmo lugar?

A sociedade é injusta

Para algo acabar

Precisa-se de muita luta, protestos

Que às vezes causam até agressões.

As pessoas sentem ódio umas das outras

Na maioria das vezes nem saber o porquê

Mas já estão acostumadas a se julgarem

Que isso começa a ser algo automático.

Vivemos em um mundo indiferente

Onde cada um constrói sua própria loteria

Cada um forma suas próprias ideias

Mas muitas vezes isso vai longe demais.

Devemos ter mais consciência

Colocar-se mais no lugar dos outros

Tentar sentir o que os outros sentem

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Julgar menos e conhecer mais.

Se cada um fizesse sua parte

Não julgando uns aos outros

Sem ao menos conhecer

Viveríamos em um mundo mais leve

Um mundo em que chamamos

De “o mundo ideal”.

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AUTOR (A): LETICIA GABRIELLE SPILLARI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ROSAS VERMELHAS

Mudanças

Atualmente estamos vivendo uma situação atípica, em que não sabemos como agir e nem o

que pensar. Ligamos a televisão, o rádio, acessamos o face, entramos no Google e o que ouvimos e

vemos? Covid-19, mortes, falta de leitos, contaminação em massa, depoimentos deprimentes,

sepultamentos em grande quantidade.

Nossa vida se resumindo em Coronavírus, meios de transmissão e prevenção. Não sabemos ao

certo em que acreditar, o que é certo ou o que é errado. Só sabemos que tudo mudou.

Nosso mundo mudou, nossas ideias mudaram, tudo mudou. E como mudou tudo, também

mudou nossa maneira de ver o mundo, a família, a escola, a sociedade. Como podemos ser felizes sem

a convivência com as outras pessoas, sem poder conversar pessoalmente com nossos amigos, colegas,

professores, parentes... Pois é, a partir dessa experiência percebemos o quanto é importante o

convívio, o quanto precisamos de um abraço.

Por outro lado, estreitamos mais ainda os laços familiares e conhecemos o aconchego de nosso

lar.

Tudo mudou... Mas temos que aceitar as mudanças e adequar-nos da melhor forma possível

para passarmos com saúde mental suficiente para continuarmos nossas vidas.

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AUTOR (A): LORENZO BECKERT MENEGON

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CABEÇA DE GELO

Covid-19

Estamos passando por um momento difícil, mas tudo isso vai passar

E só termos calma e paciência que a cura vai chegar

Se você a quarentena respeitar, tenho certeza de que covid nenhum o vai abalar.

Pense nos seus avós, idosos, velhinhos, se você quer vê-los bem

Respeite a quarentena, não se meta em aglomeração,

Pois assim podemos achar uma solução.

A máscara e o álcool em gel são nossos aliados,

Se tiver que ir à farmácia, eles vão estar lá esperando

Prontos para ajudar.

Faça atividades em casa, sua saúde também importa,

Assista a sua série favorita, fale com seus familiares,

E se a saudade bater forte, faça uma vídeo chamada,

Seja com amigos ou familiares,

O importante é se proteger contra o covid-19.

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AUTOR (A): LUISA BLUM

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ATENA

Dentro do vazio

Eu acordo e não sei onde estou

Chamo a todos

Ninguém responde

Sinto-me uma imbecil

Olho em volta e vejo apenas vazio.

Caminho na escuridão,

O que sinto é solidão,

Tento lutar,

Mas ainda assim,

Choro sem ninguém escutar.

As lágrimas tomam conta,

Não me sinto pronta,

Pronta para ver minha vida acabar,

Pronta para as verdades encarar,

O controle da minha vida preciso recuperar.

Longe da multidão,

Permito-me pensar,

Permito-me respirar,

Preciso sair do vazio,

E um caminho encontrar.

Page 182: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LUMA DE CASTRO REINEHR

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: HERA

Sozinho no mundo

Foi abandonado

Ficou sozinho no mundo

Sem ninguém

Levado ao orfanato.

No meio de crianças rebeldes

Que não conhecem o amor de uma família

Cheio de dor, aflito

Chorava dia após dia.

Até que um dia foi adotado

Levado do orfanato

Para bem longe

Onde era muito torturado.

A família saiu da cidade

Deixando o pobre coitado

Na casa amarrado

Sem comida, nem água.

Morreu de fome

Sozinho na casa

Sem ninguém, só.

Page 183: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MAÍSA GEOVANA ROSSI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ALGUÉM

Vivo em um mundo

Vivo em um mundo

Onde nada mais é tão verdadeiro

Deixo para depois

Tudo que é importante para mim

Precisamos viver

Aproveitar

Valorizar

Demonstrar amor.

Sei que é fácil falar, difícil fazer

Só quero que alguém consiga me entender

Que a vida é curta,

O fim vem logo ali

Então sorria mais

E faça os outros rirem

Seja verdadeiro

Mais que um amigo

Precisamos entender que quem foi

Nunca voltou.

Vivo em um mundo

Onde tudo é motivo de guerra

Pessoas humilham umas às outras

Sem motivo algum

Temos que nos acalmar

E respirar

Respeitar a todos

Sem distinção.

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Sei que é fácil falar, difícil fazer

Só quero que alguém consiga me entender

Que não importa o gênero

A cor

Ou o cabelo

Somos todos iguais

Só falta você ver

E também entender

Que o tempo passa rápido

E depois pode ser tarde para se arrepender.

Então viva intensamente

Mas lembre-se de

Que todos somos humanos

Somos todos iguais

Temos o mesmo sangue.

Por mais que seja difícil

Reclame menos

Agradeça a vida

Que todos nós temos

Ame tudo e todos

E nunca se esqueça

Tome uma atitude se quer que algo mude.

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AUTOR (A): PIETRA OLIVEIRA COSTA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LIE

Medo da mentira

O medo

O que podemos falar sobre o medo

Medo de nós mesmos?

Medo de altura?

Medo das pessoas?

Ou medo das mentiras?

Existem momentos difíceis,

Onde descobrimos com quem podemos contar,

Ou quem está mentindo.

Momentos onde nós mesmos cansamos nossas mentes

Momentos onde nos perguntamos

O que está acontecendo!?

Os sorrisos às vezes não são sinceros

Escondem uma escuridão,

Uma tristeza,

Escondem o medo.

Pessoas quietas podem ser barulhentas,

Barulhentas por dentro.

É engraçado como memórias podem se tornar medos

Medos inexplicáveis causados por uma simples mentira.

Você pode chorar,

Está tudo bem,

Já pensou na dor?

Ela vai passar e você vai ficar bem.

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A lua parece solitária

Como se estivesse chorando em um céu luminoso

Você pode se sentir assim também.

É normal,

Está tudo bem,

Mas não desista pelo medo das mentiras.

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AUTOR (A): RENAN POERSCH ZAHARKO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: BAIXA MEMÓRIA

O fogo

O fogo não traz nenhum problema

Mas é bem quente

E também queima.

O fogo pode queimar alguém

Mas se souber usá-lo

Não queima ninguém.

O fogo pode nos ajudar

Esquentar nossa comida

Para fome não passar.

Ele pode iluminar

E a ver o nosso caminho

Pode nos ajudar.

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AUTOR (A): SARAH BORGESS TIM

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: S

No meio do caos

Quando os canhões soam na noite

O medo entra em meu corpo

O céu é um completo clarão

E dali caem pais, mães, irmãos.

O dia chega

E com ele a tristeza

Todos limpam o sangue da rua

Os soldados acham que assim aliviarão sua culpa.

A noite volta

Cortinas se fecham

Os corpos caem

E assim ficamos em isolamento eterno.

Ficamos então nesse ciclo infinito

Destroços que já foram casas

Casas que já foram lares

E lares onde moravam famílias.

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AUTOR (A): CAMILA ADAM

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: DESCONHECIDO

Um olhar diferente

É difícil encontrar alguém

com um olhar diferente,

que te faça bem

em momentos complicados.

É difícil encontrar alguém

que te faça rir,

sem motivo algum.

É difícil encontrar alguém

que te olhe com pureza.

Alguém que veja o mundo

como uma menina de quatro anos.

É difícil encontrar alguém

que seja verdadeiro

e mude sua forma de enxergar as coisas.

Eu conheço alguém assim

e tem dias que eu sinto tanta falta

de poder pegá-la no colo

e simplesmente abraçar.

Amar é para poucos,

eu me sinto tão bem ao seu lado,

sinto-me leve

e acima de tudo eu mesma.

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Então, por favor,

segura a minha mão

e nunca mais solte!

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AUTOR (A): CHIARA SAYURI BRUMATI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PÉTALAS DE PORCELANA

O homem que falava com a lua

Em uma época remota, quando Imperadores reinavam sobre a Terra, o mais jovem Imperador

conhecido, Altairvar Kristjann, apaixonara-se por uma linda mulher, Arina Castiello, a terceira filha do

Arquiduque Ain Castiello. Seu amor era muito grande, mas, como todos os contos de fadas têm seus

prós e contras, esse infelizmente não era diferente. Altairvar era conhecido com um sanguinário, que

travava guerras pela simples e pura vontade de ver sangue no chão, além de gostar de ver seus inimigos

implorando miseravelmente por suas vidas. Já Arina era gentil e amável, tinha uma etiqueta quase

impecável, além de uma alta inteligência, também era cortejada por vários homens do Império.

Altairvar já estava ciente de que seu amor não seria facilmente correspondido, e entendia o

porquê. Entretanto ele também não mudaria seu jeito por ninguém, nem por seus pais ou amigos (se

é que tinha amigos); então também não mudaria por sua amada, pois estava ciente de que se sua

amada não o amasse com ele era, não o amava verdadeiramente; isso partia o coração de Altairvar.

Certa noite, quando a lua brilhava lindamente, Alty (apelido de Altairvar) foi para a sacada de seus

aposentos e olhou a lua.

- O que lhe deixa tão triste, pequeno Imperador?

Alty olha ao redor e percebe que não tem ninguém, intrigado e com curiosidade para saber de

quem era a voz misteriosa, pergunta:

- Com quem falo? Responda-me a pergunta e lhe direi o que tanto me entristece. - Indaga o

Imperador, buscando saber com quem fala.

- Quem sou? Hum… Pergunta difícil de se responder, tenho vários nomes, mas o mais popular

seria “lua” - Responde - Porém, como fui eu que puxou assunto primeiro, permitirei que me chame

por meu nome verdadeiro, Tsuki.

- Falo com a “lua”? A lua que brilha no céu à noite? - Pergunta-lhe com ar de dúvida.

- Sim, com a lua, a que brilha no céu à noite, por quê? Conhece outra lua? - Fala com um tom

de curiosidade.

- Não, não conheço mais ninguém com o nome de “lua”!

- E a minha resposta? - Indaga Tsuki relembrando sua primeira pergunta.

- Amor, amor não correspondido. - Responde com tristeza em sua voz.

Page 192: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

192

- Amor? Por uma garota? Ou é um garoto? Como sabe que não é correspondido? Já disse a

essa pessoa como se sente?

- Uma garota… E como sei? Simples, ninguém em sã consciência gostaria de um “sanguinário”!

- Fala alterando um pouco sua voz.

- O pequeno Imperador é um sanguinário? - Pergunta duvidando de Alty.

- Alty, pode me chamar de Alty, Tsuki.

- Alty, você é um sanguinário? - Refaz sua pergunta.

- Sou conhecido como sanguinário, porém não sou tão fanático por sangue. - Responde.

- Então, como pode ter certeza?

- Tendo! Já tentei falar com ela, e ela… deu respostas curtas e depois saiu correndo, como se

tivesse visto um monstro. - Indaga novamente com um ar de tristeza.

- Alty, nem tudo é o que parece ser… Às vezes pessoas fogem, não por terem medo, mas

vergonha. Pense bem, talvez essa donzela o ame, apenas não sabe como dizer! - Tenta encorajar o

pequeno Imperador.

- … - Sem resposta.

- Tenho que ir, mas Alty, na próxima vez que eu brilhar tão forte como hoje, venha falar comigo

novamente! E me conte se conseguiu se declarar para essa bela dama. - Tsuki faz essa afirmação

enquanto desaparece rapidamente.

- Sim… da próxima vez irei lhe dizer, até lá Tsuki. - Diz o Alty já se virando e indo para dentro

de seus aposentos.

Alguns meses se passam e Tsuki nunca voltou a brilhar tão forte como naquela noite; Alty, até

chegou a pensar que era coisa de sua imaginação, ou apenas um sonho, muito louco e estranho. Mas,

mesmo se tivesse sido apenas um sonho ou sua imaginação, estava determinado a se confessar para

Arina!

Durante um banquete que ocorria uma vez por ano, Alty pensou em se confessar e dizer tudo

o que nunca havia conseguido dizer, contudo foi pego de surpresa, não sabia que o filho mais velho do

Duque Astrada, Lorelei Astrada iria propor casamento em frente a todas aquelas pessoa! E para

completar a sua infelicidade, Arina estava completamente apaixonada por Lorelei! Alty não sabia o

que fazer, seu plano havia sido arruinado e seu coração quebrado em pedaços. Mas queria que sua

amada fosse feliz, mesmo que não com ele, permitiu o casamento e alguns dias depois,

especificamente no noite de casamento de Arina e Lorelei, Tsuki brilhou novamente, tão linda e

radiante como uma vez já brilhara.

- Alty! Como foi? Conseguiu se confessar? - De repente Tsuki apareceu, agindo como se o visse

todos os dias.

- … - Nada, sem resposta.

Page 193: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

193

- Alty? - Pergunta com um tom de preocupação.

- Não… Não me confessei, e agora nesse exato instante está se casando com “seu amado” -

Alty declara com raiva!

- Alty… Talvez ela não fosse feita para você. - Tsuki diz com um pouco de hesitação.

- Meu peito dói! Estou com raiva de mim mesmo por ter aceitado o casamento dele! Eles me

machucaram e eu ainda apoiei isso! - Com a voz mais alterada, ele grita com raiva de si mesmo.

- Seu coração deve doer mesmo… Para o “imperador sanguinário” estar com tanta dor e

irritado, mas não fique aflito Alty, o amor é assim mesmo - Fala como se entendesse do assunto.

- Já se apaixonou? - Com dúvida se “A Lua” pudesse se apaixonar.

- Sim… pelo sol, mas não podemos nos aproximar… - Fala como se lembrasse de velhos tempos.

- Entendo… - Apenas concorda, sem saber o que dizer.

- Mas Alty, eu nunca ouvi você chorar por essa dama, então vou perguntar, REALMENTE ama

essa donzela? - Com dúvida de que Alty não a amasse, pergunta-lhe.

- … - Sem resposta, apenas, como se estivesse tendo um esclarecimento sobre seus

sentimentos.

- Não.... sei… Eu realmente não sei, Tsuki. - Enfim responde.

Tsuki dá um sorriso, como se estivesse dizendo, “Talvez não a amasse tanto quanto pensa, e

isso é bom para você Alty, pois mesmo que não possa falar sempre comigo, eu sempre pude vê-lo… E

fico feliz por você, pois é meu amigo.”

- Alty, tenho de ir novamente… Sinto muito por nosso tempo ser muito curto, então lhe darei

uma compensação, veremo-nos novamente quando for a hora! - Diz, enquanto desaparece

rapidamente.

- Certo, veremo-nos novamente quando for a hora! Então, até breve Tsuki!!! - Afirma como

se os momentos em que conversasse com Tsuki fossem os melhores de sua vida.

Anos depois…

- Papai!!! Olhe a lua! Tsuki veio novamente para falar com a gente!!! - Diz com entusiasmo

uma voz infantil feminina.

- Sim filha, Tsuki voltou para podermos conversar - Afirma Alty.

- Heheh! Estou feliz! - Diz a pequena princesa.

- Sim… Eu também, você foi o maior presente que eu já recebi, minha pequena Adele. - Afirma

enquanto sorri gentilmente para sua filha.

- É Adelaide Kristjann, papai! - Fala sorrindo.

- Há quanto tempo, Alty e Adele! - Diz Tsuki aparecendo de repente novamente. - Vejo que

cuidou bem do meu mais precioso presente, Alty! - Diz quando vê a menina crescida, bonita e bem

cuidada, e com um sorriso enorme no rosto.

Page 194: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

194

- Claro, afinal é a minha pequena filha, Adelaide!

A história de Altairvar Kristjann chegou ao fim, mas e a história de sua pequena filha, Adelaide

Kristjann? A dessa pequena criança nem sequer começou, ainda será uma história muito emocionante,

isso sim!

- Tsuki! Está falando com quem? - Ouve-se uma voz familiar.

- Com ninguém, com ninguém pequena Adele.

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195

AUTOR (A): EDUARDO BUDEL ARENHART

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: SAHARAHARRA

Menino serelepe

Olha essa palhaçada na janela da cozinha,

o menino serelepe está na casa da vizinha.

Seja dia, seja noite, o menino não descansa

e agora no momento ele amansa uma onça.

Viu um gato no telhado, e saiu na bodocada,

o gato chamou um macaco, que lhe deu umas palmadas.

Depois disso ele chorou, gritou e esperneou,

mas o macaco era mau e por isso o espancou.

Antes de chegar em casa, ele roubou sua vizinha,

deu pedrada na janela e foi logo para cozinha.

Quando abriu a geladeira, ele viu uma galinha,

então pegou silenciosamente uma bela coxinha.

Como era serelepe não estava satisfeito,

pegou uns caramelos e mascou com muito efeito.

Quando ele foi para casa, o vizinho achou suspeito,

e com isso ficou bravo e delatou-o sem respeito.

Ao chegar em casa, o menino apanhou,

e depois daquele dia serelepe nunca parou.

Reprovou anos na escola e foi se comportando,

hoje em dia ele é padre, um bom samaritano.

Page 196: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ENZO GABRIEL BALKAU

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: GABRIEL VERISSIMO

A história de Guilherme

Seus poderes foram adquiridos com uma experiência forçada dos nazistas, na Segunda Guerra

Mundial. Eles criaram armas biológicas e decidiram testá-las em crianças e a única sobrevivente foi

Guilherme que, com tanto poder em suas veias, as máquinas que o seguravam e mediam a potência

de seus poderes, à medida que foram injetadas colapsaram e explodiram. Agora ele consegue

controlar e modificar qualquer tipo de átomo, e devido a esse experimento, sua aparência continuou

como a de um menino de 12 anos, mas sua mentalidade nunca mais foi a mesma.

Ele, às vezes, tem surtos que não consegue controlar e acaba extravasando tudo em uma

grande explosão e destruindo tudo à sua volta. Ele ainda não sabe seus limites. Bom… ainda não, talvez

ele não tenha um, mas nunca testou até então.

Hoje ele está em uma contenção para super-humanos, e para fugir precisará criar um plano

para a fuga com seus amigos. E como será sua vida lá fora?

Page 197: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): HELOÍSA BUTZKE KOTZ

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: SINA

Conexões

Uma vez me disseram

que o mundo atual se baseia em duas coisas,

tempo e dinheiro.

E concordo plenamente.

Pensei melhor no assunto

e há mais uma coisa,

as conexões

físicas e emocionais.

Que unem territórios e continentes,

unem amizades, relacionamentos

unem passados e destinos,

crianças e jovens.

Então, é bom ou não,

Depende da percepção.

Conexão faz a transformação,

Com a sua permissão.

A decisão é sua.

Experimentar a conexão,

Pessoas e internet,

Que mundo de confusão!

Page 198: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LARA DANIEL TIECHER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ROSA BRANCA

Uma carta para o vento

Decidi escrever a ti,

que tu possas atender meus pedidos,

não vá embora!

Sem antes prestar o que tenho escrito.

Peço para que não nos traga nada de ruim,

peço que não perca esta carta,

peço que permaneça leve assim,

e atenda minha ideia farta.

Atualmente, os dias mudam com rapidez,

pessoas podem atuar sem nenhuma dificuldade,

e te conto mais uma vez,

que isso só as leva à maldade.

Não me diga que vê violência,

em nosso mundo pode existir muita dor,

e ainda existem maiores indiferentes,

que causam problemas com a nossa cor.

Atenda meu pedido e me traga felicidade,

aquela que pode trazer de volta a união,

aquela que nos deixa longe de amarguras,

e aquela que salva de afogar-se na escuridão.

Busque e espalhe esperanças,

não vá atrás de desigualdades,

vento, leve o mundo à mudança,

Page 199: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

199

já estou cansada de barbaridades.

Faça uma boa viagem,

não esqueça de minha carta responder,

esperarei sua mensagem,

vento, deixo em tuas mãos a mudança acontecer.

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AUTOR (A): LAURA MAHLER MARCHEWICZ

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: KITTY

Dois corações

O que vai ser de mim? O que vou fazer agora? Por que isso aconteceu? A culpa foi minha? Eu

fiz algo errado? Será que esse sentimento vai durar para sempre? Por que dói tanto?

Oi, eu me chamo Cristina, mas pode me chamar de Kitty. Você deve estar se perguntando o

que são essas perguntas, então vou contar o que isso significa.

Há exatos 14 meses me apaixonei por um garoto, conhecemo-nos e começamos a conversar;

tudo começou a ficar cada vez mais intenso, mais sério, ele era tão lindo, querido, atencioso, fofo,

inteligente, dedicado, ia para cá e para lá jogar futebol, era bom em tudo o que fazia. Passamos por

tanta coisa juntos, foi tanto tempo, ele me fez muito feliz, diria que fui a pessoa mais feliz desse mundo.

Ele se chamava Manoel, tinha uma irmã mais nova chamada Camila, ela é uma menina muito especial,

igual ao irmão; hoje em dia ainda falo bastante com ela, tornou-se uma grande amiga para mim.

Há uns 4 meses, Manoel começou a agir de forma estranha comigo, saía com pessoas sem

avisar, bloqueava o celular toda vez que eu chegava perto dele, não me contava mais sobre seu dia,

estava faltando muitos treinos de futebol, estava indo mal na escola. Começou a se afastar cada vez

mais de mim e eu não fazia ideia do porquê, achava que ele estava se apaixonando por outra garota,

que nossa magia tinha apagado, nossa conexão, a química, tinha ido embora e o amor não existia mais.

Depois de um mês agindo assim, ele quis terminar, então tive certeza de que ele realmente não me

amava mais, fiquei triste, com raiva, chorei, sofri, doeu, doeu muito, fiquei durante um longo tempo

sofrendo por ele, afinal ele foi meu amor durante muito tempo.

Ainda sinto sua falta, saudades das conversas, saudades das risadas, saudades dos momentos

pelos quais passamos juntos, saudades de sua companhia, saudades do seu abraço, saudades do seu

cheirinho, saudades do seu beijo, saudades do seu conforto, saudades sua.

Quando eu era pequena, sonhava em crescer, estudar, morar em uma casa enorme como uma

princesa e ter meu príncipe encantado. Pois bem, Manoel foi o meu príncipe encantado, estudei muito

e cresci, mas descobri que, quando somos crianças queremos crescer, quando crescemos queremos

voltar do início; um joelho ralado dói menos que um coração partido, as brincadeiras são mais

interessantes do que responsabilidades, os problemas crescem junto com você, e sua vida muda em

um piscar de olhos.

Page 201: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

201

Voltando a minha história com Manoel... Após o término, descobri que ele estava agindo assim

pois foi diagnosticado com um melanoma metastático no estágio 4 (câncer de pele que se espalhou

pelo cérebro, pulmão, fígado e ossos), ele estava fazendo tratamento com radioterapia, imunoterapia

e quimioterapia.

Quando soube disso só consegui chorar e entrar em desespero, não acreditei no que estava

acontecendo, tudo fez sentido, mas por que ele não me contou, será que estava com medo de que eu

fugisse? Imediatamente fui até o hospital onde ele estava sendo tratado e fiquei ao seu lado durante

todo o tratamento; quando completou 2 meses de todo esse sofrimento, Manoel faleceu. Eram 2 horas

e 17 minutos da manhã, eu estava em casa dormindo, pois no dia seguinte teria prova de matemática.

Acordei com uma ligação da mãe de Manoel, a Lili, fiquei com ela no hospital até a hora do velório.

Hoje está fazendo um mês desde a morte de Manoel, ainda não acredito que ele não está mais

aqui, que eu nunca mais o verei; a única recordação que tenho dele são as fotos, as roupas, seus

pertences, nossos vídeos. Não consigo, não dá para acreditar que ele se foi, ele se foi. Lili me deu todos

os pertences de Manoel e disse para eu decidir o que fazer com eles, resolvi doar suas coisas.

Então essa é minha deixa, adeus Manoel, agora você poderá finalmente ficar em paz, minha

eterna estrelinha no céu, espero que esteja bem, que tenha feito novos amigos, com certeza todos

devem tê-lo adorado. Saiba que sempre terá um lugar no meu coração, que sempre vou amá-lo, e

nunca o esquecerei.

Com amor, Kitty.

Page 202: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LEO WINTER WEISE

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: TIO SÉRGIO

A vida no interior

Ai, a vida no interior...

Aqui o trabalho é duro e, por isso, às vezes, dá vontade de vender fora tudo.

Aqui o leite é da teta da vaca, e o cream cheese de colono é nata.

No interior não tem Uber, mas de cavalo “nós vai” até o açude.

Minha fragrância é de estrume, e “nós brinca” de bolinha de gude.

Despertamos com as galinhas e “nós come” de café pão com chimia.

Cagamos na patente e cuidamos dos bichos da gente.

A pescaria rola solta e “nós dá” em cima das moças.

Nós corremos descalços e temos bicho de pé e chulé.

Roubamos mexerica do vizinho com o Zé.

E, bem, a vida no interior é muito boa,

Até conhecer a patroa.

Page 203: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LUIS FERNANDO ZIMMERMANN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: VERMELHO 116

Vermelho

Existem inúmeras cores

Cada uma com o seu significado

E pensando nisso

Escolho o vermelho.

Vermelho é a cor do amor

É a cor da paixão

Também a cor do coração

Batendo uma forte emoção.

Vermelho é a cor

Do sangue

Que corre nas veias

De um colorado feliz.

Vermelho é a cor

das belas rosas

que enfeitam por aí

inúmeros jardins.

Vermelho é a cor do time

Do meu e de muitos corações

Chama-se ele

O internacional.

Page 204: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LUISA RAFAELA ALMEIDA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: AMAR

Amar

Amar, um sentimento tão delicado

Mas muito complicado

Um sentimento sem “definição”

Não sabe se quer ajudar ou machucar.

É tão difícil demonstrar,

Mas, ao se manifestar, só quer nos machucar.

É cruel pensar assim,

Mas é o que faz em mim.

Machuca sem perceber,

E quando percebe

Magoou sem querer.

Page 205: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LUISA SABINO DA SILVA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MAR

No quarto

Aquela menina de cabelos pintados

Sozinha ouve sua respiração,

Esquece qualquer ideia

E transforma sentimentos em pulsação.

Dentro do quarto ela tem força

Que forma um êxtase de alegria.

Mas não permite que ninguém a conheça

Pois por amor, ela faz o que ninguém faria.

Ela é uma menina intensa

Mas ouve músicas de solitário

E conta suas histórias começando

apenas com “meu querido diário”.

Quando entra no seu quarto

Tudo se transforma

E qualquer problema vai embora.

Ela se conforma

Que ela mesma é sua companhia mais “da hora”.

Page 206: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

206

AUTOR (A): MARIA EDUARDA CORSO ZUCATTO SCHULTZ MULLER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: NÃO SEI QUEM SOU

Olhares

Muitas vezes sou boba e desajeitada

Quieta e calada,

Mas isso não significa

Que eu não pense nada.

Às vezes guardo para mim,

os meus oceanos de pensamentos sem fim,

desenvolvi esse hábito,

mas sei que é o pior para mim.

Sempre que começo a falar,

Para os lados começo a olhar,

Dá-me um pavor de encontrar,

Um rosto que, de repente, desvia o olhar.

Eu sei que realmente não devo ligar,

Porque todo mundo pode errar,

Mas eu não consigo parar,

Parece que vão me crucificar.

Sei que você que está lendo

Não deve estar entendendo,

Mas é que eu não sei quem sou,

Não sei pra onde vou.

E não sei o que estou escrevendo.

Quando falam para “olhar para dentro”

Vou para frente do espelho,

Page 207: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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E não vejo nada além de uma folha em branco

Que alguém ainda está escrevendo.

Por fim, eu concluí, que não conheço nada do mundo,

nenhuma experiência relevante, talvez uma fração de segundo.

Mesmo assim sigo confiante, de talvez um dia fazer algo importante,

E talvez desatar o nó na minha garganta, que se tornou gigante.

Page 208: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MARIANA DOCKHORN HENDGES

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LUA

Como sou, se nem sei ser?

Se escrevo, não vivo,

E se vivo, não escrevo.

E por isso,

Inspiro-me para escrever,

Sobre a vida que não irei viver.

E ainda penso em coisas aleatórias,

Coisas sem sentido,

Talvez de um jeito metido.

Porque eu acho,

Que eu sempre quero demais,

Mas na vida só tem de menos.

Eu acho,

Que eu sempre quero de tudo,

Mas no mundo só tem de nada.

E eu acho,

Que eu sempre quero de mim,

Mas em mim, só tem de outros.

Então, como sou eu,

Se nem eu sei quem sou?

Espero descobrir só,

Descobrir que sou tudo aquilo que sempre sonhei,

E sou nada mais que apenas eu.

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AUTOR (A): MARTINA RIBEIRO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: LUNYNHA

Tudo no seu tempo

Olá, meu nome é Mary, estou aqui para contar uma história, a minha história, mas não se

engane, não será um daqueles contos românticos e banais com príncipes a cavalo ou de princesas que

adormecem por décadas. Sou uma adolescente do século 21 e isso não acontece comigo! Embora o

que venho contar tenha a influência do famoso cupido, aquele que teve um romance muito famoso

com a princesa Psiquê, a deusa da alma.

Tudo começou em um aniversário de uma amiga. Ao chegar na festa, notei várias pessoas

diferentes aos meus olhos, não liguei muito, então fui logo conversar com uma amiga, a Isa. A Isa é

meio moleca, exagerada, mas perfeita para mim. Nós temos uma coisa em comum, convivemos melhor

com garotos do que com as garotas. Lembro-me de quando nos conhecemos, ela me contou sobre

seus amigos e todos eram garotos, e não vi malícia em seu tom, percebi que era apenas amizade

mesmo. Eu também sou assim, as meninas da minha idade nem sempre são legais... Você sabia que

garotas podem ser cruéis às vezes? Então, sempre fiz mais amizades com os meninos! Talvez por isso,

teríamos sido as únicas a notar os três garotos sentados no sofá ao lado. Logo puxamos um papinho e

então estávamos conversando nós cinco.

O garoto ao meu lado era muito bonito e engraçado, todos na verdade, mas o Jack me chamou

atenção. Conversamos muito, mas em certo ponto da festa as garotas de fora da nossa rodinha deram

a ideia de jogarmos “verdade ou desafio”. Entramos na brincadeira também! Eram muitas pessoas,

então a garrafa não parava de frente para mim, nem do Jack, então continuamos conversando, eu e

ele, como se ninguém estivesse por perto.

Eu sempre penso que, quando estou conversando com pessoas novas, eu me modifico, fico

alegre e procuro mostrar apenas o melhor de mim, transformo-me em uma Mary confiante! Com Jack

não foi diferente, havíamos nos conhecido naquele dia, há menos de uma hora. Mas fui logo

perguntando em quais as jovens da festa ele teria interesse. Ele ficou tímido, então usei o melhor

argumento para convencê-lo: “eu sou uma estranha, que mal vou lhe fazer? Para quem vou contar?”

Ele balançou a cabeça rindo, pegou o celular e digitou quatro nomes, todas eram minhas amigas! Dei

um sorrisinho meio sem graça e disse “ok”. Ele me olhou nos olhos e disse: “Você queria seu nome

aí?” Naquele momento senti tanta euforia, nem mesmo eu compreendia o porquê, mas no fundo eu

Page 210: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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queria, então eu respondi: “Eu me iludo fácil!” Levantei rápido e fui à mesa buscar um refrigerante

para beber.

A festa continuava incrível, dancei muito e quase esqueci o que havia acontecido, se não fosse

o quase... Voltei ao sofá, sentei ao lado de Jack e continuamos a conversar, mas agora nossas risadas

vinham acompanhadas de sorrisinhos bobos e olhos brilhantes. Meu Deus, que brega! Mas eu amei!

Sabe quando você sente que parece tudo está dando certo? Tão certo ao ponto de parecer errado?

Foi isso! Resolvi arriscar! Ninguém estudava na minha escola, não ririam de mim amanhã, certo?

Pensei... Não deu outra, coloquei minha mão próxima a dele e aos poucos, calmamente, demos as

mãos. Parece cena de filme de romance adolescente! A diferença é que nesses romances as pessoas

não têm vergonha e timidez, nós tínhamos! Neste momento agradeço a almofada que estava

escondendo a cena! Ficamos assim por um tempo, encostei minha cabeça em seu ombro e assisti-o

mexer em seu celular, confesso que não estava interessada no celular dele, apenas na sua companhia...

E ele era tão querido.

A festa estava acabando, então chegou a hora de ir embora. Naquela noite eu iria dormir na

casa da minha vovó, então poderia refletir sobre o acontecido. Quando cheguei à casa da vovó, fui

logo subindo ao quarto de hóspedes onde eu dormiria. Eu me joguei na cama e já fui procurando meu

celular. Nossa! Naquele momento realmente me senti em um filme, em uma daquelas cenas em que

a garota fica em dúvida se deve mandar mensagens ou não. Mandei um “oi”, ele rapidamente

respondeu. Acho que estava esperando o meu “oi”. Então conversamos por um longo tempo. Era

incrível, mas eu sentia a necessidade de ser sincera com ele; então disse o que pensava, disse que não

entendia o que havia acontecido, mas que tinha gostado, ele riu e disse que pensava o mesmo... Amor

na adolescência é algo tão puro, tão incrível... Não nos beijamos, era só uma vontade imensa de estar

junto. Chega a ser fofo!

Foi isso! Talvez não a história mais empolgante, mas foi simples, puro e inesquecível! Hoje,

somos aquela espécie de “namoradinhos”, por conta da idade sabe? Tudo no seu tempo. Mas eu

pressinto que vai dar certo! Já fazem 7 meses que estamos juntos, entendemo-nos tão bem! Tudo

graças a uma festa qualquer e uma almofada no lugar certo! As coisas acontecem quando precisam

acontecer...

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AUTOR (A): MILENA SCHEFFLER ALLEBRANDT

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MI

Enclausurada

Eu estava presa,

Acorrentada pela solidão,

Vendada pelo medo,

Sem ter como fugir.

Pela janela, via o mundo,

Mas era tudo tão diferente,

Não tinha o mesmo tumulto.

Não dava pra sentir o abraço.

As lembranças de bons momentos

Passavam pela minha cabeça.

E os sentimentos bagunçavam

Minha mente.

O mundo estava sem cor.

A tristeza tomava conta.

Não havia mais esperança,

Nem o brilho no olhar.

Dentro de quatro paredes,

Dias e noites pareciam iguais.

Era preocupante.

O coração doía a cada momento,

Estava Enclausurada!

Page 212: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): VICTOR WEISS

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: SENHOR PENSADOR

Pensamentos

Penso, penso e penso

Penso em um tema

Penso de modo intenso

Penso em um poema

Penso no que eu penso.

Penso, penso e repenso

Mas nunca entendo

Quando realmente eu não penso?

Penso em você que está lendo

Penso em mim que estou escrevendo

Penso em quem está partindo

Penso em quem está nascendo.

Penso, penso e penso

Penso a todo momento

Penso até dormindo!

Só não sei se é verdade

Tudo o que eu penso.

Page 213: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ALEXANDRE HENRIQUE GRIEBLER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ISSO FRED

O mundo em pandemia

É difícil escrever alguma coisa sobre o que estamos vivendo atualmente, é claro que já houve

outros momentos como este no passado, porém é a primeira vez em que eu passo por isso (e espero

ser a única).

Como é engraçado pensar como tudo isso surgiu, claro que ainda as hipóteses não são

confirmadas, mas comer morcego também não dá. Tanta comida boa que existe no mundo, para que

isso, esses morcegos vieram do mercado de Huanan, que também vendia frutos do mar e animais

vivos. A outra hipótese é que foi criado em laboratório para melhorar a economia do país e que seria

uma vacina contra o HIV, acho uma boa hipótese, tudo para não pensar nos morcegos.

Assim foi, seja culpa dos morcegos ou alguma vacina que deu errado, o vírus se espalhou muito

rapidamente, começou em dezembro de 2019 e já no dia 11 de março de 2020 a Organização Mundial

da Saúde declarou o surto de pandemia por causa do Covid-19. Atualmente, os casos confirmados

chegam a 7.620.750 em mais de 188 países e o Brasil atinge mais de 830 mil casos.

Com quase três meses de quarentena, os brasileiros estão vivendo essa realidade como leva

todas as coisas, com humor. Na internet vemos quase todo dia memes sobre o Coronavírus e sobre

como estão as pessoas em quarentena. Claro que a brincadeira é válida, desde que todos tenham

consciência do que é esse vírus, que é uma pandemia. O mundo está lutando contra ele e devemos

seguir os mandamentos do Ministério da Saúde, ficar em casa e tomar todos os devidos cuidados,

passando álcool em gel e lavando bem as mãos.

Além disso, muitas pessoas devem pensar "ah, mas esse Corona não mata ninguém, é só uma

gripezinha, nem é tão perigoso assim". Realmente, muitas pessoas se curam facilmente dessa doença;

no entanto o grande problema está na facilidade com que o vírus se espalha, pois os hospitais não

estão preparados para o número elevado de pessoas que estão sendo infectadas diariamente, por isso

todo cuidado é necessário. Portanto, fique em casa, o Covid-19 não é brincadeira. Cuide-se. Proteja-

se.

Page 214: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

214

AUTOR (A): EDUARDA LETICIA REIDEL

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ELA

Conectados com a saúde

Aulas chatas e repetitivas

Até começar a pandemia

Já são meses de distanciamento

Eu nem sabia o que dizia!

Reclamava de tudo

Da rotina, das amizades...

A nova vida online

Fez surgir apenas saudades.

Saudades de quase tudo

Saudades até do que não fazia

Nem tudo a tecnologia pode substituir

Vá-se embora pandemia!

Sempre há males que vêm para o bem

Toda experiência tem aprendizado

Saudades até do mais simples

E de quem tinha ao meu lado.

A pandemia ensinou

Cuidar mais da saúde e das amizades

Vá embora tudo de ruim

Desconecta essa saudade!

Page 215: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

215

AUTOR (A): ESTHEFAN BORELLA CESA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: EU

A justiça e seu significado

A justiça detém-se a um significado?

Um ato?

Seria ela quem ditaria o seu destino?

Seria ela uma dádiva ou teria um significado obstinado em nossas vidas?

Seria um tesouro vindo das profundezas da alma?

Ou um resultado evolucionista?

No mundo,

Há justiça?

Não seria nele onde se encontra a discriminação?

A violência?

Não seria nesse mesmo mundo onde se encontra a justiça?

Hipocrisia e contradição.

Nesse mundo onde a vida é envenenada pelo remorso

A justiça incapaz

O mundo decaindo

Desfazendo-se em sangue de inocentes

E os detalhes mantiveram a sua decisão intacta.

Abra os olhos!

Perceba:

Os detalhes da vida são mensuráveis

Mas os seus significados são infinitos.

Nossas escolhas passadas

Mostram que somos atualmente

E o quão desprovido de justiça somos.

Então, o que é justiça?

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AUTOR (A): FELIPE DALEMOLLE CENEDESE

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: HEROBRINE E O RENEGADO

Morto

Morto não fala, nem respira,

Morto não vê, muito menos atira.

Se mexer com o que é meu,

Simplesmente sorria.

Morto não anda, muito menos corre,

Mas se você enxergar algum,

Simplesmente chore.

Mas se não puder chorar,

Saia sem olhar pra traz.

E simplesmente corre.

Page 217: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

217

AUTOR (A): FELIPE STEFFEN WALTER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CANETA

Natureza

Na vida, tudo é difícil,

e requer dedicação.

Somos parte da natureza,

e na natureza.

Todos somos irmãos.

O amor é tudo na vida.

Não somos nada sem o amor.

O amor nos deixa

mais sociáveis e aceitáveis

do que nossa natureza permite.

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AUTOR (A): GABRIEL PRESTES SPARREMBERGER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CRUYFF

Futebol

O menino pegou a bola,

saiu correndo que nem boleiro.

Chegou na área,

e driblou o zagueiro.

Depois olhou para frente,

e ficou para trás o zagueiro.

Chutou em arco,

sem chances para o goleiro.

A bola entra em arco,

e a rede balançou.

Depois disso a torcida,

seu nome gritou.

Ele já tinha cartão amarelo,

e foi comemorar no impulso.

Tirou o manto para prestigiar,

e da partida foi expulso.

Page 219: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): GABRIELY KUNZ

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: PANDEMIA EM 2020

O ano de 2020

E o ano de 2020

Que tinha tudo para dar certo

E está sendo um fracasso.

Assim alguns diriam,

Eu chamo esse fracasso de aprendizado.

Estamos aprendendo

O valor de um abraço,

O valor de visitas,

O valor de amigos perto,

E o valor da família.

Estamos vendo a importância de um emprego,

A importância de um médico,

E o quanto nossa rotina faz falta.

Os estudos a distância no começo foram bons.

Hoje sentimos falta,

Falta de colegas,

Falta de professores,

Falta de provas e atividades.

Estamos vendo todos os dias milhares de mortes no mundo inteiro,

Famílias sofrendo pelas perdas.

Agora temos que nos enquadrar ao mundo

Usando máscaras, luvas, entre outros.

E eu me pergunto todos os dias

O porquê de tudo isso

Tão triste o que estamos vivendo,

O que vai nos restar se não for a morte,

Vão ser lembranças de algo ruim

Que 2020 teve que passar.

Page 220: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

220

AUTOR (A): GUILHERME FRITZEN WERNER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MESTRE

Preservar nossas riquezas

O mundo, o nosso Planeta Terra,

Nossa maior riqueza

É nosso lugar, nossa casa,

Mas a tratam com impureza,

Não a preservando,

Só com ela acabando,

Destruindo nossa vida, o nosso lar.

Temos que ser menos egoístas

E no futuro também pensar,

Deixar um planeta limpo

Para nosso neto poder morar

E ser feliz como nós,

Para nossos descendentes

Um planeta saudável

Com pessoas conscientes.

Não vamos estragar nosso mundo

Vamos preservar a natureza

E ter lá no fundo

Um pouco de amor

Pela nossa vida,

E nela botar um pouco de cor

Plantar uma árvore ou uma flor

Seja o que for,

Venha fazer esse favor.

Eu te faço esse clamor,

Que tem muito valor.

Valorize sua vida,

Não desmate a natureza,

Page 221: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

221

Faça o que é correto com clareza,

O mundo é uma beleza.

A nossa parte, vamos cumprir.

E assim, sem deixar qualquer impureza

O planeta Terra vai sorrir!

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AUTOR (A): LEONARDO SPARRENBERGER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: FALCÃO

Covid-19

Por que você veio bem agora?

não precisava assustar

sabíamos que existia

e agora veio para ficar.

Um vírus ingrato

o que dizer de você

queremos a cura

e você quer nos adoecer.

Estamos atrás de vacinas

para acabar com a situação

se você não for embora agora

quando irá então?

Estamos em quarentena

esperando isto acabar

para retornarmos às aulas

e o ano retomar.

Page 223: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MURILO BARRICHELLO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: AUTOR DESCONHECIDO

Sentimentos

Ter sentimentos é algo confuso.

Você gosta, mas se machuca.

Machuca, mas depois gosta.

Você nunca vai ser feliz até compreender.

Que a vida só é feliz quando se aprende a sofrer, depois sorrindo, lembrando-se de tudo

aquilo que apenas serviu para fortalecer.

Tudo tem um propósito, nada vai ser em vão, sempre tem uma aprendizagem boa ou ruim.

Page 224: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): PIETTRA SEGER DE ASSIS

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: NÓS

O filho

Um homem muito jovem

logo quis se mandar,

pediu sua herança

e para muito longe foi morar.

Esbanjando seu dinheiro

logo ele acabou,

a região estava sem comida

com fome ele ficou.

E quando nessa vida

dificuldades passou a encontrar,

voltou para os braços do pai

e com ele tentou se reconciliar.

Arrependeu-se profundamente

e percebeu o que tinha feito,

falou para seu pai que

não o chamar de filho era um direito.

Seu pai muito feliz ficou

acabara de ver,

o seu filho perdido

novamente aparecer.

Vendo a situação

com raiva seu irmão ficou,

ele não entendia

Page 225: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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por que seu pai se alegrou.

Isso aconteceu porque a família

é o maior valor,

até quando o mundo acabar

juntos vamos continuar a lutar.

Page 226: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ROBERTA FISCHER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MENINA

Viver

Viver…

É um eterno cair e levantar

É arte

É recomeçar

É amor

É liberdade

É compartilhar momentos.

É felicidade, mas também tristeza

É paz, mas também caos.

Viver é sonhar, pois se não existirem sonhos,

Por que ainda está aqui?

Viver é um mistério

É todo dia uma nova surpresa

Uma nova experiência.

Viver é aprender com seus próprios erros

É evoluir cada dia mais

É começar uma nova etapa.

É muitas vezes estar sozinho

E ter que ser forte e dar a volta por cima

É dar valor para as coisas simples da vida

É aquele abraço

Estar com quem ama

Apreciar a natureza

Page 227: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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É simplesmente... agradecer.

A vida é muita curta

para perder um segundo

faça hoje

dê o seu melhor hoje

sorria hoje

faça o bem hoje

Seja feliz… pois ninguém sabe o dia de amanhã.

Page 228: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): UNCAS NIAN PROCÓPIO KNUPPE

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: UK

Arco-íris

Diante de um azul, com inúmeras estrelas, sol e lua, tem-se um arco-íris

que se comparado com o céu é uma noiva sem véu.

Quando cai a noite, ele se esbanja e se esconde.

Na manhã com o sol com cor de mel o breu se esconde.

A luz penetra em uma gota de chuva, é onde você o encontra.

Cortando o céu de um lado até o outro, ele demonstra sua beleza.

Viram-se todos os olhos em sua direção, ele demonstra toda sua gratidão.

Brilhando mais forte ainda para fazer brilhar o olho da população.

Com a chuva caindo sobre o mundão, ele se mostra forte, mantendo sua posição.

Com o fim da chuva, vem também o fim do arco-íris.

Ele vai perdendo seu brilho, até que vê-lo seja impossível.

Com a reação da população cada vez com mais perdição

De não mais poder idolatrar o brilho, que de alegria enchia seu coração.

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AUTOR (A): ALICE BOHNEN SEGATTO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: INCERTO

Roda-gigante

A vida nunca para

Você nunca sabe o que o espera

Nunca sabe quem você não irá ver mais

Quem entrará em sua vida

Ao mesmo tempo em que você conhece alguém, você pode perder outro.

A vida às vezes nos leva para outro lado

Damos meio volta e chegamos ao começo

A vida é uma roda-gigante

Nunca para, sempre gira para um lado ou outro

Ela é incerta.

Viva-a como você quiser

Siga olhando para frente

Você pode se perder, mas continue

Talvez há algo que está esperando você, se seguir,

Se der errado, pelo menos você tentou.

Tente ser você mesmo

Realize seus sonhos

Se encontrar uma pedra, passe ao redor dela

Se encontrar uma rosa, agregue-a com você

Se não se sentir bem, vá com calma, vá do seu jeito.

A vida é uma roda-gigante

Nunca se sabe o dia de amanhã

Nada é certo

Ninguém é perfeito e isso é normal

Page 230: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

230

Vá como você quer, com seu tempo.

Curta os momentos com quem você ama

Ame-se, agradeça, cuide de você mesmo

Sempre terá tristezas, mas também alegrias

Não desista porque alguém falou algo

Continue e mostre para ela que você conseguiu.

E no final das contas

Nunca se esqueça

A vida é uma roda-gigante

E às vezes ela nos vira de cabeça.

Page 231: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): AUGUSTO CAETANO LINHARES

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: S H I N I G A M I

Quarentena

Que tempo é este que estamos vivendo?

O tempo é perdido, de medo

Ou de simplesmente ir sobrevivendo.

Em casa dormindo, comendo e trabalhando

Ou simplesmente se atrapalhando

A rotina está às avessas.

O pai, o filho e a mãe sempre juntos

Coisa que nunca acontecia

Muitas vezes brigamos

Mas sempre nos reconciliamos.

Page 232: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): BRENDA MACHADO FELDEN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ALGUÉM

Juntos!

Nasci em uma sociedade

Onde a igualdade é quase nula

Julgam-te por ser diferente

Insultam-te nas ruas.

Como se o que fôssemos por fora

Mudasse o que somos por dentro

Lutando por nossos direitos

Como se fosse uma perda de tempo.

Julgando todos

Somente pelo que parecem ser

Estamos aprendendo a nos defender

De quem deveria nos proteger.

Agressões físicas e mentais

O aumento de mortes é evidente

É esse país que eu quero?

Um lugar imprudente?

Na base da persistência e em busca de justiça

Jamais iremos desistir

Todos contra o preconceito

Juntos vamos conseguir!

Page 233: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): BRUNA ISABELLY BONAPAZ DE SOUZA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: UMA MULHER QUALQUER

Ser mulher

A Mulher é considerada

como um objeto,

Passa de mão em mão pelos homens que

tocam, estupram, maltratam e abusam.

Ser mulher é ser corajosa,

é enfrentar os desafios,

é lutar, sem temer,

é ser destemida e corajosa,

para lutar pelos seus direitos.

Mulheres merecem respeito e igualdade!

Sororidade, amor próprio e aceitação!

Ser mulher é desafiador,

É lutar contra uma sociedade preconceituosa

e discriminadora, que não aceita o seu real valor!

Ser mulher é lidar com os assédios todos os dias!

Mulher não deve ser tratada como objeto!

Mulher deve ser tratada como uma rainha, dama,

ela sabe se cuidar sozinha sem a ajuda de ninguém.

A mulher deve ser respeitada,

assim como ela respeita o próximo.

Todos somos iguais,

devemos ter os mesmos direitos.

Page 234: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Somos iguais independente do sexo,

feminino ou masculino, mas...

O masculino é o que faz a dor,

E o feminino é o que fica calado e sofre.

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AUTOR (A): EDUARDA BUSANELLO SPOHR

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: CHUVA

Um momento delicado

Muitas vezes é mais fácil desistir

Porque achamos que não iremos conseguir

Sem ao menos persistir

E acabamos a nos redimir

À tentação.

Às vezes chama mais atenção

E temos a sensação

De estar fazendo algo em vão.

Chorar

Não é motivo de se envergonhar.

Momentos tristes poderão se agravar

Mas podemos nos ajudar.

Sei que é fácil falar

O quanto é preciso sonhar

Mas devemos lembrar

O que nos fará voar.

Devemos sempre tentar

Algo novo para experimentar.

Ou com um texto opinar.

Tudo bem às vezes errar,

Não precisa se estressar

Porque isso só vai ensinar

O quanto é preciso para acertar.

As notícias virão

Acalma esse coração

Pois senão você pode perder a noção

E se estressar por tanta pressão.

O melhor é relaxar

Page 236: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

236

Que tudo vai melhorar

Só é preciso acreditar

Para esse momento passar.

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237

AUTOR (A): EDUARDO RUSTICK UHRY

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: DURUSTICK

O vento

O vento passa pelo mundo

Voando até meu rosto

Trazendo lembranças lindas

Que vivi e revivi.

Eu ando e vou sentindo

O vento soprando

E eu voando

nas estrelas viajando.

Assim vai indo

Até se repetindo

Indo e vindo

Num ciclo infinito.

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AUTOR (A): ENOVER MACHADO TEIXEIRA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: TOMATE

Solidão

Emanuel era um menino que morava em uma pequena casa com seus pais e sua avó, eles

moravam em uma casa normal, não muito luxuosa. Seu pai trabalhava em uma empresa na cidade

vizinha e sua mãe era gerente de uma pequena loja na cidadezinha.

Emanuel estava no sétimo ano, jogava videogames, tinha seu grupo de amigos na escola e

tirava as melhores notas de sua turma. Ele era muito apegado a seu pai; toda sexta-feira quando seu

pai chegava do trabalho os dois saíam para fazer alguma coisa, seja jogar futebol ou tomar sorvete. O

pai de Emanuel era um exemplo para ele, ele não se via sem seu pai.

Certo dia, Emanuel notou que seu pai estava atrasado, parecia que ele não chegaria nunca em

casa. Após passarem duas horas das 18, horário em que o pai de Emanuel chegava em casa, a mãe de

Emanuel recebeu a notícia: o pai havia falecido. A família ficou devastada, Emanuel não sabia o que

faria sem seu pai.

Conforme o tempo passava, o mundo de Emanuel ficava mais escuro. Nem ele entendia os

outros, nem os outros o entendiam. Falavam seus amigos:

- Já se passaram meses e nós tentamos de tudo, o que deveríamos fazer?

Nada do que faziam melhorava a situação de Emanuel e, com o tempo, ele percebeu que não

era só seu pai quem ele havia perdido, toda a cidade havia desaparecido, o menino já nem ligava mais.

Ele não enxergava ninguém, fazia uma semana, até que ele subitamente encontrou uma mulher, Paula.

Paula tentou conversar com Emanuel, mas, em um primeiro momento, ele não deixava ela se

aproximar. Com o tempo ele aceitou a ajuda de Paula.

Paula e Emanuel conversaram por um mês e Emanuel finalmente voltou a enxergar o mundo

em sua volta. Sua mãe e sua avó estavam chorando de emoção ao ver que Emanuel conseguia perceber

a presença delas outra vez. Na escola, os amigos de Emanuel fizeram a maior festa após verem o amigo

curado e feliz de novo. Emanuel percebeu que não eram as pessoas que o haviam deixado e, sim, ele

que não conseguia vê-las mais. Emanuel estava sim passando por um péssimo momento e ele sua

família foram muito gratos por Paula ter feito seu trabalho da melhor maneira possível.

A partir dali, Emanuel viveu sua vida normalmente e passou a visitar o túmulo de seu pai todas

as sextas-feiras.

Page 239: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): JOÃO HENRIQUE DE ALMEIDA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º

PSEUDÔNIMO: DIKE

2020

O ano está sendo difícil

Não podemos discordar

A aula virtual

É preciso frequentar.

Escrever as equações

Multiplicar e dividir

São algumas das coisas

Que eu faço por aqui.

Em português as orações

Sindética e assindética

Decorar preposições

E saber qual é a regra.

Educação física é complicado

Temos vídeos para fazer

A vergonha se manifesta

Mas eu não posso correr.

Máscaras, álcool gel

Todos temos que usar

Aprender e respeitar

Para a família abraçar.

Page 240: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

240

AUTOR (A): JULIA BUBLITZ TIECHER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: SON OF THE MOON

A desconhecida

Pudera eu imaginar um dia

Que tanta beleza o destino me traria

Presa em um surreal corpo humano

Pelo qual qualquer um lutaria;

Beleza que age de imediato

Encanta-me com todo prazer

Enche de alegria minha alma

Limpa a tristeza do meu ser;

Mais brilhante que o sol

Mais suave que uma flor ao luar

Em contos e fábulas históricas

Mais bela que ela não há;

Nem mesmo os Românticos

Clássicos amantes da perfeição

Poderiam descrever tal figura

Que amo com meu coração.

Page 241: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): JULIA CABRAL

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ANALUA

Flor do peito

A flor que nasce em cada um

Na dor ou no amor

Em cada um brota

Uma floresta de infinitas possibilidades.

Seja para

Vencer ou falhar

Só aceite!

Permita-se florescer

E assim talvez os espinhos sumam

Deixando seu jardim crescer.

Acredite!

No tempo certo, você vai florescer.

Page 242: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): JULIA GUARDA LARA HOLZ

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ESPERANÇA

A epidemia

Ele é um vírus que veio para ficar, está matando muita gente e não conseguimos mais

aguentar, quando tudo isso vai acabar?

Usamos máscaras para nos proteger ficamos em casa para ele não nos achar e com tudo isso

as pessoas continuam a morrer, porém precisamos vencer.

E quando ele for embora, como iremos ficar?

Irá servir de lição, para toda população?

As pessoas que não estão se importando vão se infectar e tomara que Deus nos proteja e todos

consigamos nos salvar.

Page 243: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): KAIKE ISRAEL FRITZEN

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ANÔNIMO

Sonho de futebol

Que esporte maravilhoso

Que jogo com meu corpo

Para driblar e chutar

Marcar com concentração.

Eu posso estar sem chuteira

Mas não importa nessa hora

E a quadra toda molhada

Não me faz ir embora.

É preciso criatividade

Sem contar na agilidade

Tem que ter capacidade

Superando a dificuldade.

Bom ou ruim pode jogar

Não precisa dar show

Pode errar ou acertar

Basta jogar com coração.

Não é por dieta, regime

É por simples diversão

Mas sonho em jogar

Profissional algum dia.

Quero mais é jogar

Sem meu medo de errar

Quero mais é acertar

Page 244: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

244

Sem que haja um placar.

Seja vitória ou derrota

O que vale é a paixão

Pois sempre vale a pena

Para minha diversão.

Page 245: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): KAMILLI REUTER DUTRA

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: KIM LIP

Saudades da escola

Antes dava tudo para ficar em casa

Mas, agora,

Não vejo a hora

De ir para a escola.

Ah! Que saudades!

Dos professores, do carinho e da atenção.

Da sala de artes,

Do chafariz,

Da bagunça com os colegas

O que antes era considerado

Estranho daria tudo para vivenciar.

Ficar longe dos amigos

É uma tristeza!

Saudades das tretas que rolavam

Que eram uma beleza.

Do restaurante e do bar

Também sinto falta

Lá faziam muitas gordices

Que até ficava sem ar

Que delicia!

Page 246: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LETÍCIA GABRIELA BARD

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: TATY A

Por que competições?

Por que competições?

Na escrita não há um melhor

Se escrita é singular

Não se deve comparar.

Por que competições?

Cada um deve escrever

O que quer dizer

E vocês não sabem escutar.

Por que competições?

Para sempre um ganhar

E todos interrogar

Por não saber no que falhou.

Por que competições?

Ninguém quer se comparar

De amigos perder ou ganhar

E assim todos os anos.

Não importa se é Conto, Crônica ou Poema

Não se deve comparar

Pois cada criação é única

Nesse concurso basta ter sorte e ganhar.

Page 247: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LUISA PLETSCH GUNTHER

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: BORBOLETA

Se as pessoas fossem estações...

As pessoas podem ser comparadas às estações do ano! Elas nascem, florescem e desaparecem.

Como primavera, verão e outono... elas não podem ficar eternamente! E o inverno, virá como

sempre... para congelar ou acender de vez.

Pessoas como primavera são metamórficas! Renascem e desabrocham junto com a flores...

tornam-se inesquecíveis. E o verão, o que falar das pessoas que incendeiam igual a essa estação?!

Alguns dias queimam, outros fazem chover... sempre intensas.

Outono são como pessoas que mudam após situações difíceis... transitam entre a alegria e a

tristeza!

O inverno, ah, o inverno! A mudança para o frio traz consigo desafios e diferentes humores…

Mas se acalmem!

Logo a primavera volta para ser inesquecível outra vez!

Page 248: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

248

AUTOR (A): MARIA LUISA PINZON CANSSI

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: MALU

Não há sentido aqui

Vamos lá

Já vou deixar bem claro

Aqui nenhum sentido entrará

Ou talvez até entre

Mas lógica não terá.

Rimas até pode aqui achar

Mas perdidas com toda certeza estarão

Espalhadas e sem nexo algum

Partes rimando, e outras não

Ai meu deus

Que confusão.

Bem, tive uma ideia

Vou escrever coisas sem sentido

Em línguas aleatórias

Só para o coitado do leitor

Ter que ir para o Google

Usar o tradutor.

Apples are red

Les raisins sont violets

Bananer er gule

¿Quién dijo que soy un muggle?

Sicher verrückt, vielleicht Muggel

Winogrona są zielone

Appelsiner er appelsiner

Page 249: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

249

Wacht even

Che mi sono perso

Tämän sekaannuksen keskellä

Melhor voltar ao português

Já acabei de falar coisas sem sentido

Sobre a criatividade

O vento veio

E ela levou

Para o mais longe que pode.

É assim que termina

No início perdição

Agora total confusão

Mas eu tentei contar

O próprio título já deu o aviso

Não há sentido aqui.

Também pensei que tinha acabado

Mas fiquei com pena

Do leitor, coitado

Bem, aqui vai a tradução

Das línguas aleatórias:

Maças são vermelhas

Uvas são roxas

Bananas são amarelas

Quem disse que eu sou trouxa?

Maluca com toda certeza, trouxa talvez.

Uvas são verdes

Laranjas são laranjas

Espere um minuto

Que eu me perdi

No meio dessa confusão.

Page 250: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

250

Pensou mesmo que faria algum sentido?

Pois bem, agora sim posso acabar

Com minha frase preferida

Porque mesmo que você procure

Não há sentido aqui.

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AUTOR (A): MILENA JOST BURTZLAFF

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: AQUELA QUE VOA COM OS PÁSSAROS

Ao ver de um pássaro

Se ela soubesse

Que eu a sinto

Que não está sozinha

Que não está perdida.

Ela canta

Sua voz carrega uma jornada

Melancólica

Vazia.

Ela dança

Seu corpo fala

Desperta

Liberta.

Se eu pudesse

Eu falava para ela

Que ela é minha

Que ela é vida.

É triste

Ela traz consigo

Toda a beleza

Toda a pureza.

Mas por dentro

Um lugar escuro

Cheio de incertezas

Page 252: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

252

Um coração.

Ela voará comigo

Será liberta

Deixem-na voar

Libertem-na.

Eu a amo

Por que vocês não a amam?

Eu só quero o bem dela

Por que vocês a machucam?

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253

AUTOR (A): MOISES ANDREI RETORE

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ABACATE

A casa

A casa era verde

Como as árvores

A casa era bela

Como os lagos.

Bela era a casa

Possuía janelas vermelhas

Como as rosas

As janelas eram belas

Como as paisagens.

A casa muito bela era

Possuía portas brancas

Como as plumas

As portas eram belas como as pazes.

A casa bela não é mais

Agora é acinzentada

Como as malícias

A casa bela não é.

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AUTOR (A): PEDRO BOHNEN SEGATTO

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: ESCREVER NÃO É COMIGO

Poemas

A vida é um grande poema,

É uma canção sem verso e melodia,

POEMAS não é apenas rima,

É uma história de vida.

O poema é a liberdade da mente,

Pensando e escrevendo com seu coração,

É por meio das palavras,

Que um poeta expressa,

seus sentimentos.

Poema não é e nunca foi,

Apenas um amontoado de palavras,

Ela é a alma do poeta,

Escrita em papel.

Eu sou grato todos os dias,

Quando eu pude escrever,

Essas lindas palavras inventadas,

Que vocês agora estão lendo.

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AUTOR (A): RAFAEL TISSOT FRUHLING

CATEGORIA INFANTO JUVENIL - 6º AO 9º ANO

PSEUDÔNIMO: RAFITAS

Desenhar

Desenho para me distrair

Desenho para me sobressair

Assim, de repente

Quando estou sorridente

Desenho pela arte

Desenho pelo amor

Desenho porque é um hobby do qual sinto o sabor

Desenho não para ser notado

Nem copiado

Mas para ser amado

Por cada retrato

Por mim desenhado.

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EDUARDA DALLAVECHIA 3º ANO – ENSINO MÉDIO

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1º LUGAR CONTO

AUTOR(A): ANDRESSA COSTA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ALASKA

Era uma vez uma flor

O sol já havia invadido meu apartamento esta manhã, o dia estava lindo e eu só queria ficar na

cama; não me lembro de nada da noite passada, somente de pequenos flashbacks. A ressaca estava

me matando, mas combinei de sair com as garotas e passarmos o dia todo juntas; levantei da cama e

olhei a hora: 9h38min. Eu estava muito atrasada (normal); tirei a velha camisola cinza e coloquei meu

vestido azul rodado e meu All Star branco favorito, não havia mais tempo para ajeitar o cabelo e passar

uma make, saí o mais rápido possível.

9h57min. Eu estava presa no trânsito e provavelmente levaria mais de uma hora para chegar

à cafeteria; paguei o uber e comecei a correr desviando das pessoas na calçada, até que finalmente

cheguei. As garotas estavam encostadas nos carros e não me viram chegar.

- Ei! Desculpa o atraso, problemas no trânsito.

- Sem problemas, amiga, mas e aí, como que foi? – Ashley

- O quê?

- Ai, meu Deus, você não lembra? – Riley

- Alguém pode me explicar do que vocês estão falando?

- Você e o Caio! - Sidney

- Não acredito! Eu não me lembro de nada! (risos)

- O que é isso no seu braço? – Riley

- Não sei, provavelmente devo ter me batido em algum lugar.

Meu braço estava roxo e, além disso, eu estava com dor em todo o meu corpo, será que eu

havia bebido a ponto de cair e me machucar? Mas... eu e Caio Le Roux... Inacreditável! Caio Le Roux é

um dos garotos mais populares da universidade, qualquer menina faria de tudo para ficar com ele,

principalmente minhas amigas (risos).

Chegamos a Balneário Camboriú e fomos para o shopping; Ashley e Sidney teimaram que

precisavam urgentemente de roupas novas. Riley e eu fomos para a praça de alimentação e sentamos

em uma das mesas; eu me sentia tão cansada e Riley percebeu isso. Colocamos os assuntos em dia e

então eu tive um flashback que me deixou muito nervosa.

- Anne, você está bem?

Page 258: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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- Não sei... Lembrei-me de algo, mas não consigo me lembrar de todos os detalhes; a

lembrança não estava nítida o bastante, aí não sai bem, estou confusa.

- Calma, amiga, respire fundo; fique aqui que vou chamar as meninas para irmos para

casa. Já volto.

Eu estava me sentindo estranha, de repente um milhão de sentimentos e emoções tomaram

conta de mim, e eu senti dor. Eu precisava sair dali, peguei o elevador mais próximo e desci, corri em

direção à praia, eu precisava ficar sozinha. Meu celular começou a tocar: Riley. Não atendi, apenas me

sentei na areia e senti a brisa do mar. Alguma coisa havia acontecido comigo, eu podia sentir... e aquela

dor, eu não conseguia me livrar dela e então todo meu corpo começou a doer e senti-me enjoada.

Procurei a farmácia mais próxima e, quando a moça foi me atender, eu apaguei.

Acordei em uma cama de hospital, vi médicos, enfermeiras, policiais passando várias e várias

vezes pelo corredor. O que estava acontecendo? Como eu cheguei aqui? Chamei uma das enfermeiras

e, pela sua expressão, nada disso era bom. Ela chamou um dos médicos e policiais entraram no quarto.

- Anne Daphné? 20 anos? Mora em Florianópolis? – Falou um dos policiais.

- Sim, sou eu mesma.

- Você sabe por que está aqui?

- Não...

- O que se lembra de ter feito ontem à noite?

- Não me lembro de nada, acordei muito cansada hoje de manhã e tive pequenos

flashbacks de quando eu estava em uma festa da universidade.

- Notou algo de diferente em você, além do cansaço pelo excesso de álcool?

- Minha amiga havia percebido marcas roxas nos meus braços, mas não me lembro de

ter me machucado em nada; pelo que eu me lembre e sei eu não tinha nenhum hematoma até ontem.

O policial terminou o interrogatório, que me deixou totalmente perdida e todos saíram, com

exceção da enfermeira de olhos castanhos mel que sentou na cadeira ao lado da minha cama. Ela

estava nervosa, então olhou para mim, respirou fundo e disse:

- Ontem à noite os policiais receberam uma denúncia anônima de alguém da

universidade, alegando que uma garota foi vítima de estupro durante a festa... Essa garota é você,

Anne.

Sem palavras. Sem reação. Não consigo acreditar, não pode ser verdade, se eu fosse a tal da

garota eu saberia.

- Eu sei como é esse sentimento, já passei por isso quando tinha a sua idade, mas por

mais doloroso que seja, você precisa se lembrar, quem foi a última pessoa com quem esteve ontem?

Page 259: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Caio Le Roux. Será que ele foi capaz de... Meu Deus. Vários flashbacks surgiram na minha

mente, as lembranças começaram a ficar nítidas e a verdade veio à tona: eu fui vítima de estupro, tive

meu corpo violado e senti aquela dor novamente, mas agora ela era mais forte e então eu gritei.

Um ano se passou, Caio Le Roux foi preso por abuso sexual, não só a mim, mas houve várias

denúncias depois que meu caso veio à tona. Recebi várias mensagens de apoio pelas redes sociais,

meninas que passaram pelo mesmo falaram comigo e ajudaram bastante. Mas eu não era a mesma

Anne, a minha vida havia mudado, aquela flor havia morrido, eu me senti vazia por muito tempo; com

minhas amigas ao meu lado, eu superei algumas coisas; mas os flashbacks à noite ainda não me deixam

dormir.

Se um dia eu superar, é porque eu não estou mais vazia e sim completa. Mas enquanto esse

dia não chegar, o choro e os gritos da madrugada ainda serão constantes.

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2º LUGAR CONTO

AUTOR(A): ISABELA BOMBARDELLI CERESER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: SHANGHAI

Lembrança da noite anterior

Era um dia frio de outono, as folhas secas preenchiam as ruas vazias da cidade. Eu caminhava

sozinha à procura de algo que despertasse lembranças da noite anterior, que ainda se manifestava de

forma confusa em minha mente, com grandes lacunas. O vento gelado que tocava meu rosto suscitou

a primeira memória lúcida.

Lembro-me de estar em meu apartamento sozinha, envolvida por um volumoso roupão de

banho e bebendo certamente a garrafa de vinho mais cara que encontrara. Sinto que se tratava de

uma noite especial, mas ainda não recordava o porquê. Levanto para fechar a janela que dispersava

uma brisa fria e seca à sala e paro para admirar as luzes da cidade, o brilho das estrelas era ofuscado

pelo centro luminoso de Paris. Solto um suspiro profundo; a ansiedade tomava conta do meu ser.

Continuo caminhando pelas ruas, absorta em devaneios. Não compreendia o motivo pelo qual

minhas memórias estavam confusas, como se minha própria mente as houvesse ocultado. Chego ao

café mais próximo do meu prédio e peço um croissant e um café expresso. Nenhum atendente

responde ao meu pedido ou sequer se vira em minha direção. Sem entender, sento à mesa mais isolada

próxima à janela e, enquanto aguardo meu pedido, resolvo ler o jornal com as principais notícias do

dia. De relance, vejo um nome familiar, Louis Vaux, o que me leva a mais uma lembrança da noite

passada.

Após vestir-me de maneira elegante o suficiente para uma típica noite em Paris, recebo um

telefonema do porteiro do prédio alegando que o senhor Louis me aguardava na recepção. Recordo-

me da sensação ao escutar seu nome, um misto de euforia e felicidade que me dava calafrios. Eu desço

após alguns minutos e encontro-o sentado na recepção; vestia um terno xadrez italiano e sapatos que

seguramente pagariam alguns meses do meu aluguel; seu perfume amadeirado era o aroma

predominante no ambiente. Sei que se tratava de alguém desconhecido até o momento, mas também

alguém muito importante para os fatos que se sucederiam à noite.

Resolvo então ler a notícia que estampava seu nome na capa do jornal. O início do artigo

revirou meu estômago: “O milionário Louis Vaux é preso em flagrante na noite de sexta-feira...”.

Congelei. Começo a me questionar se realmente gostaria de relembrar tudo que havia acontecido na

noite anterior. Estávamos juntos, penso eu, será que foi minha culpa? O que fizemos? Por que só ele?

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261

Eram muitas perguntas, cujas respostas, até então, eu não recordava. Respiro fundo e crio coragem

para continuar: “...ao atirar em uma jovem em local público. Evidências apontam que foi um crime

passional.”

Meus pensamentos se voltam novamente ao ocorrido. Lembro então de entrar no carro de

Louis e ser levada a um renomado restaurante da cidade. Ao chegar, vejo que temos companhia para

o jantar, um casal de amigos de Louis: Nora e Paul, que se mostram muito gentis ao longo da noite.

Recordo-me, finalmente, do que me levara a conhecê-lo. Havia baixado há alguns dias um aplicativo

de relacionamento por insistência das minhas amigas, que diziam que eu deveria parar de me

preocupar tanto com o trabalho e arrumar algum tempo para me divertir e conhecer pessoas novas;

foi então que o encontrei e começamos a conversar, ao passo que resolvemos marcar um encontro

para nos conhecermos melhor. Aparentemente, uma péssima ideia.

Percebo então que o meu pedido estava demorando para chegar, mas, como havia perdido a

fome após rememorar tantas informações impactantes, nem me preocupei. Segui a leitura sobre o

crime, que relatava que, após exames psicológicos, constatou-se que Louis apresentava indícios de

psicopatia. Eu estava atordoada. Como pude me envolver com alguém assim?

Após o jantar, continuamos conversando sobre assuntos diversos, até que Louis foi ao

banheiro. Eu estava encantada por ele, sentia-me muito bem com sua presença e de seus amigos.

Estava feliz por estar ali. Após algum tempo, Paul e Nora resolveram ir embora, diziam estar cansados

e agradeceram pela companhia. Finalmente, estávamos a sós. Louis se mostrava um homem muito

culto e interessante, mas me deixava um pouco desconfortável quando punha seu olhar fixo no meu;

era muito penetrante.

Cansada de esperar, resolvo pegar o jornal e deixar o café, sem causar nenhuma confusão.

Dirijo-me até uma praça pouco movimentada e sento em um banco vazio. Sentia-me invisível, como

se ninguém percebesse minha presença ali; contudo, aquilo não me entristecia, pois, nesse momento,

preferia estar só. Estava curiosa para descobrir onde Louis estava agora e, principalmente, quem era a

vítima, visto que, mesmo com todas as lembranças, ainda não conseguia recordar do restante.

Continuei lendo, entretanto, sentia-me cada vez mais ansiosa. Tudo que estava descrito ali eram

informações das quais já tinha conhecimento, sobre sua história de vida, família etc. Resolvi então

parar de ler e tentar descobrir por mim mesma a verdade sobre o que realmente ocorrera.

Novamente reflito sobre o que se passou na noite antecedente. Recordo que pedi para ir

embora, pois já estava ficando tarde. Louis, entretanto, começou a se mostrar insistente, pedindo-me

para que ficasse. Primeiramente, aceitei, mas conforme o tempo passava, ele se tornava mais

obsessivo e compulsivo, obrigando-me a permanecer ali, com ele. Eu estava nervosa, não entendia o

que estava acontecendo e o motivo dele estar assim. Lembro-me de que tentei fugir, e foi então que

tudo aconteceu.

Page 262: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Sugeri a ele que saíssemos do restaurante e fôssemos dar uma volta, admirar a cidade; após

ponderar sobre o assunto, ele aceitou. Senti uma imensa sensação de alívio. No caminho da mesa até

a porta do restaurante ele segurava meu braço discretamente e encarava-me com um olhar obcecado,

ainda que sem levantar suspeitas das pessoas ao redor. Eu sentia em minha nuca escorrer um suor

frio, repleto de medo e insegurança.

Conforme caminhávamos em direção ao carro, minha mente idealizava maneiras de escapar

dali. Eu sentia muito medo do que viria a acontecer. De súbito, quando cheguei ao meu limite,

desvinculei meu braço do dele rapidamente e corri em direção ao lugar mais movimentado que vi. Foi

então que senti uma dor imensurável em minhas costas e caí ao chão. Ele havia me dado um tiro.

Ao lembrar de tudo isso, levantei abruptamente do banco em que estava sentada e olhei em

minha volta. Eu era a garota baleada. Eu era o motivo pelo qual Louis havia sido preso.

Ainda assim, havia algo que não fazia sentido em minha cabeça. Como eu estava ali, se a última

lembrança que tenho da noite anterior é de cair ao chão? Pensava em mil possibilidades. Pelo menos,

o ocorrido no café agora fazia sentido, o sentimento de invisibilidade também. Eu não estava

realmente ali. Mas, então, eu ainda estou viva?

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3º LUGAR CONTO

AUTOR(A): ISIS EDUARDA KRAUSE RAMBO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: GAIA

Novo mundo

Aiden abriu lentamente os olhos, desorientado pela forte luz que incidia em seu quarto. Após

alguns segundos percebeu que não estava em seu quarto, mas sim em um ambiente completamente

diferente, um quarto de hospital com as janelas e luzes quebradas, sem qualquer sinal de outras

pessoas. A luz que o acordara vinha da janela, revelando no exterior um ambiente urbano onde a

natureza retomava seu lugar. Sem saber quando ou onde estava, Aiden decidiu levantar e explorar em

busca de informações; saindo de sua cama percebeu que não estava usando roupas comuns de

hospital, e sim uma espécie de uniforme com um número bordado na parte superior. No quarto não

havia qualquer mobília além da cama e de uma velha mesa no canto oposto, ao se aproximar percebeu

que havia alguns papéis no chão, mas estavam completamente destruídos, como se fossem bastante

antigos.

A porta do quarto levava a um longo corredor, onde era possível visualizar o que lhe parecia a

recepção. Andando, Aiden encontrou um receituário médico, em que a última data marcada era 28 de

março de 2022, o que causou grande estranhamento porque não tinha qualquer memória que pudesse

indicar quando fora a última vez que estivera acordado ou porque havia sido deixado sozinho nesse

lugar. Aiden dirigiu-se à recepção, encontrando mais um ambiente completamente vazio, com exceção

dos móveis antigos e da natureza que começava a tomar conta das paredes. Ele se dirigiu até a porta,

vendo pela primeira vez o exterior, caminhando para fora, via-se uma paisagem perturbadora: os

prédios, as ruas, os carros, tudo estava completamente intacto, à exceção das plantas, que pareciam

reclamar seu lugar, como se todas as coisas vivas tivessem simplesmente desaparecido.

Ao olhar para trás viu o prédio de onde saíra, no qual se lia “Centro de Pesquisa e Tecnologia

Global”, logo abaixo de um grande logo que lhe parecia muito familiar. Aiden decidiu seguir andando

por entre as construções, em busca de qualquer indicação do que acontecera, ou melhor ainda, de

outros seres humanos. Seguiu o caminho dos prédios por algum tempo, percebendo que todos eles

possuíam o mesmo logo, até mesmo os carros parados no meio da rua tinham essa insígnia.

Eventualmente encontrou um prédio que lhe parecia diferente dos demais; aproximando-se da

escadaria que levava à porta lia-se “Biblioteca e monumento em memória do passado”. Curioso,

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264

empurrou as grandes portas, revelando um cômodo gigantesco, com altas estantes cheias de livros

nas paredes e diversas mesas com objetos no centro, como se fosse uma espécie de museu.

Uma mesa em especial chamou sua atenção; ao se aproximar viu um grande livro aberto com

o título “História da Humanidade”; intrigado, Aiden começou a lê-lo. A história começava com o

surgimento dos primeiros Homo Sapiens, passando pela descoberta do fogo, da agricultura, a

formação das grandes civilizações, a dispersão dos humanos pelos continentes, os grandes impérios e

conquistas, seguidos pela Idade Média e, mais tarde, a formação dos Estados Modernos, levando até

a era contemporânea. Seguindo, vinha o século XXI, mas Aiden procurava pelo ano de 2021, buscando

respostas sobre o que havia acontecido; o livro continuava no ano de 2020, quando o fim do mundo

contemporâneo ocorreu. Esse ano foi o ápice da inconsequência e ganância humana, passando por

tensões políticas, incêndios ambientais, a maior pandemia do século e grandes revoluções populares.

Em setembro desse mesmo ano a Terra atingiu seu limite, iniciando uma série de erupções

vulcânicas, terremotos e grandes maremotos que assolaram o planeta, devastando grande parte da

América, África e Europa. Os sobreviventes se agruparam e fundaram a “Sede de Esforços Globais para

Reconstrução e Preservação da Espécie Humana”, cujo símbolo era o logo que Aiden havia visto nos

prédios. As nações se uniram em um único lugar, construindo moradias, escolas e centros de pesquisa,

esperançosas de que uma segunda chance lhes havia sido dada, para evoluir e prosperar de um modo

consciente, sustentável e, acima de tudo, humano. O livro infelizmente acabava no início de 2021, com

a fundação dessa nova nação, sem qualquer indício do que aconteceu depois.

Frustrado, Aiden decidiu passar a noite por ali mesmo e continuar sua procura no dia seguinte,

quem sabe com mais sorte. Na manhã seguinte, depois de procurar sem sucesso por grande parte da

biblioteca, deparou-se com um relatório de pesquisa sobre vida artificial e semi artificial. Segundo a

pesquisa, os cientistas da Sede haviam descoberto o que gerava a consciência nos seres vivos e

pretendiam recriá-la em seres semi artificiais, nos quais o corpo seria revestido com um tecido

semelhante à pele, e os órgãos capazes de se auto sustentar indefinidamente, dando origem a seres

teoricamente imortais e plenamente conscientes, humanos. A página seguinte estava completamente

destruída, tornando impossível saber se o experimento havia sido bem-sucedido ou não, a única coisa

visível era uma frase, que dizia “experimento nº 1- data de realização- 25/03/2022”.

Depois dessa página destruída, o tema da pesquisa mudava, falando sobre uma nova forma

de energia que vibrava em ondas, mais potente do que qualquer outra forma de energia já descoberta.

A ideia era produzir essas ondas em uma espécie de sala que captaria essa frequência e transformaria-

a em energia, o grande problema é que essas ondas eram capazes de atravessar praticamente

qualquer material. A data de teste estava prevista para dia 28/03. Essa era a última data de que se

tinha registro, não podia ser apenas uma coincidência. Movido pelo desejo de compreender que tipo

de acontecimento poderia deixar apenas um sobrevivente, Aiden foi até o prédio indicado na pesquisa,

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entrando em uma recepção idêntica à do prédio onde acordara. Seguindo pelos corredores, encontrou

uma sinalização indicando o laboratório principal, cuja porta estava aberta, dando espaço a um amplo

ambiente com uma divisão transparente estilhaçada no chão.

Nesse momento todas peças se juntaram para Aiden, o teste de energia dera completamente

errado, as paredes não foram capazes de conter as ondas, que, ao atravessarem os vidros, espalharam-

se atingindo todos os seres vivos em seu caminho. Devido a sua frequência capaz de atravessar até

mesmo concreto, a matéria viva não foi capaz de sobreviver, desintegrando-se por completo. Duas

coisas, porém, não faziam sentido, como as plantas haviam sobrevivido? E mais importante ainda,

como ele havia sobrevivido? Lembrava de ter lido sobre o efeito das ondas no sistema nervoso,

explicando o porquê de as plantas terem sobrevivido, mas não conseguia compreender porque ainda

estava vivo; confuso e desorientado, saiu correndo do laboratório, parando ofegante em frente a uma

porta de vidro; olhando profundamente para seu próprio reflexo, percebeu o número em sua blusa:

00125032022.

Uma mistura de sentimentos atingiu-o como uma bomba, Aiden era o primeiro experimento

de vida artificial, criado apenas alguns dias antes da destruição completa de todos os seres vivos. Viera-

lhe à memória o fato de não ter sentido fome ou frio desde que acordou, sobrevivera porque não era

humano; pelo menos não completamente, era apenas uma consciência humana em um corpo, se é

que podia chamar-se assim, uma estrutura artificial. Frustração, medo e desespero o atingiram, como

não percebera que não era humano? Todos os seres vivos haviam sido extintos? Estaria ele destinado

a viver para sempre sozinho neste planeta? Era muito para processar de uma vez só, não somente era

um experimento, como também era a última criatura com uma consciência na Terra.

Decidiu juntar algumas coisas que considerava importante em uma mochila e partir, não havia

nada que esse lugar pudesse lhe oferecer; a Terra é um grande planeta, em algum lugar alguém ou

alguma coisa pode ter sobrevivido. Aiden, determinado, deixou a Sede, sem olhar para trás, iniciou sua

jornada pelo que chamara de Novo Mundo, afinal de contas, tinha toda a eternidade.

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RAFAELA ZWAN DA SILVA 2º ANO – ENSINO MÉDIO

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1º LUGAR CRÔNICA

AUTOR(A): MARIA CAROLINA DIAS BINSFELD

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: MAR

Valor das coisas

A cada dia que passa surpreendemo-nos mais com a vida, como sabemos tão pouco em meio

a todo universo. Quando achamos que entendemos o caminho a se seguir, ele nos dá um nó e vemo-

nos perdidos e sozinhos. Ao invés de ficarmos espantados e sentados no sofá vendo quantas novas

mortes ocorreram, que possamos renascer em nós mesmos, que possamos ver a luz que há no meio

de tanta escuridão. Talvez é isso que toda essa situação quer nos mostrar: a luz que há dentro de cada

um e como pequenas coisas têm enorme valor.

Precisamos estar afastados fisicamente e muito unidos mentalmente para vencer este desafio

e lutar pela vida. Muitos valores e coisas simples são aclamadas, como gentileza, solidariedade,

empatia e amor ao próximo. Passamos muito tempo correndo contra o tempo para darmos conta de

todos os afazeres diários e esquecemos do principal: da nossa vida, da vida da nossa família. Isso ocorre

em famílias de classe alta e baixa, pessoas de todas as raças e etnias, de todos os países, dos mais

desenvolvidos aos mais precários.

Todos estávamos esquecendo do principal, do mais simples, de cuidar e dar valor ao nosso

tempo e à nossa vida. De repente todos começaram a agradecer e valorizar o que tinham, de repente

o mundo se uniu, de repente países “perfeitos” se viam em meio ao caos, pessoas se iam e um mar de

tristeza vinha... De repente não, isso ocorria todos os dias, cada dia um pouco, mas não percebíamos.

Por que é necessário que ocorra uma epidemia mundial para que percebamos princípios simples? Por

que é necessário que ocorra pânico em todo o mundo para que enxerguemos as pessoas com um olhar

mais calmo e doce, para que sentemos e conversemos com nossa família, com amigos distantes... por

quê?

O alerta vinha todos os dias, mas era sempre ignorado! Que a partir de hoje estejamos unidos,

que percebamos que o que realmente importa não é o tanto de dinheiro que se tem ou onde se vive

e sim o valor da sua vida, de sua família. Por que do que adianta ter todas as “maravilhas” materiais se

não se tem alegria e paz em seu próprio coração e lar? Que com toda essa crise possamos ver uma luz,

possamos agradecer pela nossa vida e renascer todos os dias em nós mesmos, com um olhar mais

calmo e cuidadoso perante os outros.

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Isso é um alerta, um aprendizado para toda a humanidade. Não é só sobre mim ou você, é

sobre todos nós!

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2º LUGAR CRÔNICA

AUTOR(A): VINÍCIUS DOS SANTOS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ROGERIO WATER

Inferno covid-19

Hoje, aqui conversando com meus botões, deu um clic ao me dar conta que nem no meu pior

pesadelo acreditaria que teria saudades de levantar às 6 horas da manhã para pegar o transporte e ir

à escola, isso é loucura... Mas estou com saudades sim... achando terrível levantar 7:50, ficar em casa,

sendo que antes dessa pandemia dia perfeito era quando não tinha que ir a lugar nenhum, ficar sem

fazer nada. Jamais pensei que sentiria saudade de ter dor nas pernas depois de um treino intenso, que

sentiria saudade de ter um trabalho de escola difícil para ser feito em grupo na casa de alguém.

Passar o dia trancado no quarto, falando literalmente com o celular e o notebook, que

passaram a ser meus companheiros, é pra ser uma coisa normal, mas isso está deixando todo mundo

louco, estressado. Coisas simples como um tererê na praça com os amigos se transformaram numa

miragem, nenhuma risada de algum fato doido na escola, nenhuma briga, nenhum jogo para apostar

quem é o melhor, nada...

Se antes a rotina era cansativa, pelo menos existia; agora é como se fosse todo dia igual, tanto

faz se tem chuva ou sol, não muda em nada ficar em casa; se é dia de semana ou final de semana, não

dá pra sair mesmo. Feriado ou não, nada muda, nenhuma novidade, nenhuma emoção nova, nenhuma

torcida, nada... só esperar o dia terminar para outro começar da mesma forma.

Em outros tempos, nessa época fazia contagem regressiva para esperar as férias, para

descansar, ficar de boa e sem compromisso; agora a única coisa que interessa é quando poderemos

voltar ao normal, retomar a tal rotina que antes parecia chata, mas que era a melhor coisa que a gente

tinha e não sabia.

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3º LUGAR CRÔNICA

AUTOR(A): ANA CAROLINA MULLER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ALL

SAR

Aposto que, desde que os seres humanos começaram a formular ideias coerentes, existia

alguém insatisfeito. Alguém que não se satisfazia facilmente ou quase nunca. Aquela pessoa chata,

irritante, até ranzinza, que ficava emburrada sempre que algo não saía conforme o planejado; posso

quase assegurar que os maiores vilões da história eram ou são assim.

Atualmente o ato de reclamar é tão corriqueiro que chega a fazer parte do nosso caráter. Mal

nos damos por conta e já estamos desgostando de algo, falando mal, a cara se enrugando numa

careta... Exigir faz parte da nossa cultura; ter tudo na mais perfeita ordem.

Mas essa crônica não se refere aos perfeccionistas e sim àqueles têm de tudo e ainda

reclamam. Não tudo no sentido máximo da palavra, mas tudo no sentido de dispor condições para

viver, exatamente o que tantos não têm.

No momento em que escrevo, querido leitor, além de estar acontecendo uma terrível

pandemia, também há protestos e caminhadas contra o racismo que perpetua (in) conscientemente

nas entranhas da sociedade e que já tirou muitas vidas deste plano. E mesmo com tantas discussões

sérias a serem tratadas, ainda me surpreendo com o egoísmo natural do ser humano de ignorar o

mundo a sua volta e reclamar do EaD (Ensino a Distância).

Claro que não há muito que fazer para nós, jovens, além de participar de campanhas, assinar

petições, fazer doações e tentar conscientizar ao máximo as pessoas ao nosso redor; a não ser que

entendêssemos sobre o assunto e participássemos de pesquisas em laboratórios. É muito raro

encontrar uma pessoa que conheça seus privilégios e reconheça que não é o padrão e que,

principalmente, não há padrão.

A parte mais destacada desta história sempre foi ver o filho chorando para o papai que quer

tanto um iPad no seu aniversário, enquanto a que deveria ser mais conhecida ficava a poucos metros

dali, contando sobre um outro filho, esse sem pai, chorando por não ter o que comer.

Há tantas histórias precisando desesperadamente entrar em foco que acabamos nos perdendo

e damos voz às mais fáceis de serem contadas. É isso que você quer continuar fazendo?

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GABRIELA VASCONCELLOS 1º ANO – ENSINO MÉDIO

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1º LUGAR POEMAS

AUTOR(A): VITOR PETRY THIELE

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: JACINTO

A verdade

A verdade precisa ser contada

Aquilo que aconteceu

Não me diga que não foi nada!

E foi na dúvida que adormeceu.

O céu escureceu,

A lua no alto ascendeu

E às suas fraquezas cedeu.

Ao despertar, encontrou-se aliviado

Não passava de um sonho!

Era o que havia pensado.

Entretanto, com um olhar medonho,

Pôs-se a lembrar

Com sua cabeça a latejar

E os olhos lacrimejar.

Em meio a tortuosas lembranças

Viu-se numa estrada sem fim

E já sem esperanças

Conseguiu enxergar a verdade, enfim.

Mas havia algo de errado,

Para seu desagrado

Por essa situação já havia passado.

Após descobrir

O que por tanto tempo buscou

Decidiu os olhos abrir

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E subitamente despertou.

A verdade precisa ser contada

Aquilo que aconteceu

Não me diga que não foi nada!

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2º LUGAR POEMAS

AUTOR(A): FRANCIELI JANTSCH PEDÓ

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: BUTTERFLY

A dor do amor

A dor dói

A dor do amor

A dor do não amor

A dor da perda.

Por que dói tanto?

Por que dói tanto a dor do amor?

Dor do vazio?

Dor da solidão?

Ah, se ele soubesse

A dor do amor

Por que não me nota?

Por que me rejeita?

Dói meu amor, dói

Jogue-me em seus braços

Encha-me de beijos

Não deixe doer.

Não machuca meu coração

Pois ele é só seu, minha paixão

E dói vê-lo assim

Sem dar bola para mim.

Não me deixe ir

Não me deixe escapar

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Eu quero ser sua, só sua

Mas não posso deixar de falar.

Você é minha única esperança

Para uma vida melhor

E se você partir

Eu vou ficar na pior.

Eu sei que exagerei

Mas sem meus “te amo”

Nunca correspondidos

A vida perde o sentido.

Você me traz vida

Você me deu tudo aquilo que nunca pedi

Você faz eu me sentir viva

Você me trouxe o amor que eu perdi.

“I love you”

“Je t'aime”

Já tentei de tudo

E você de nada notou.

Ilusão é amar

Sabendo que você não me ama

Mas eu o amo mesmo assim

Minha alma por você clama.

É complicado amar

Sem podê-lo tocar

Sonhar

Sem podê-lo abraçar.

Você deixou meu coração ferido

Morrendo de dor

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Sei que não é fácil conviver comigo,

Por isso, entendo, meu amor.

Esse sentimento só causa dor

A dor do amor

Amar machuca

Machuca a alma, machuca o coração.

Você me causa dor, meu amor

Eu só quero vê-lo feliz

Sei que novos romances virão

Mas é só você que mora no meu coração.

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3º LUGAR POEMAS

AUTOR(A): RAFAELA ZWAN DA SILVA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: FOREST

Dentro da caixa

Quando o mundo enlouqueceu

Todos foram para um lugar

Presos dentro da caixa

Começaram a pensar.

A saudade da voz humana

Situação tão singular

Sozinhos dentro da caixa

Começaram a pensar.

Para a memória solta

Música para lembrar

Barulho dentro da caixa

Começaram a pensar.

Com tantos meses imobilizados

Foi tempo de repensar

Juntos fora da caixa

Começaram a mudar.

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AUTOR (A): ANA LARA DE OLIVEIRA DE PAULA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: OLIVIA

Relato para Pero Vaz

Saímos de Portugal

Sem rumo e sem direção,

Achamos uma terra

Com uma beleza sem igual.

Lá encontramos pessoas

Com costumes e crenças diferentes

Surgiram assustados

Com arcos e flechas na nossa frente.

Eram pardos e nós brancos

Estavam pelados e nós vestidos

Não tinham nada e nós tudo

Mas era esse nada que a gente queria.

Queríamos o ouro que eles tinham,

E especiarias trouxemos para trocar

Assim realizamos,

Uma das primeiras trocas comerciais.

Fomos com intuito do catolicismo doutrinar

Uma missa de Páscoa fizemos para rezar

A pregação começou, mas sequer prestou atenção

E de fundo a buzina tocou e ao som dela o índio dançou.

O rei de Portugal entendeu,

Que muito daquela cultura se absorveu

Sobre isso concordamos

Que o bem devemos plantar.

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AUTOR (A): ANA LAURA ZIMMERMANN RIETH

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: SANDUÍCHE

Quanta coisa mudou

Pero Vaz chega então a uma terra desconhecida,

De primeira vista, desabitada...

Ou será que não...

Até então, ninguém tinha posto os pés ali,

Melhor dizendo, ninguém que não fosse daquela vasta terra nova.

Contudo, logo que chegaram, viram que não estavam sozinhos.

Humanos que não se importavam em andar nus,

E que tinham uma visão muito diferente do mundo...

Cada vez aquela nova terra se tornava mais fascinante.

Cada vez todos tinham mais vontade de desvendar os mistérios

que aquele lugar desconhecido guardava.

Ninguém fazia ideia de tudo que podia acontecer,

Tinha lugares belos a se conquistar,

Lutas a lutar....

Quanta morte, quanto sangue foi derramado...

E tudo isso por um vasto, mas simples pedaço de terra que já tinha donos,

Pessoas que viviam lá de geração em geração

Foram escravizadas, mortas e violentadas.

Naquele pequeno pedaço de mundo,

Que até então era um paraíso sem perigos...

E foi assim que o racismo começou.

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Aqueles pobres negros tiveram que mudar a sua vida

Mudar a sua religião e também a sua língua

A vida que antes era simples e leve

Tornou-se pesada e complicada...

Quem diria que aquelas lindas embarcações

Com pessoas diferentes e bem vestidas,

Iam mudar completamente a vida

Daqueles pobres seres humanos,

Que não viam problema em andar nus,

Com ossos em suas bocas,

E que acreditavam que os deuses controlavam sua vida....

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AUTOR (A): ANITA EDUARDA SCHOSSLER JOST

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: MINNIE DE ALEGRIA

A natureza e o homem

Onde está a natureza?

As matas, as flores coloridas?

Para onde foi tanta beleza?

Será que foram esquecidas?

Talvez, mas não é só isso não,

É o homem, com seu ingrato coração

Só pensa na fama e no dinheiro

Só sabe à vida dizer não.

Até age como um ladrão!

Um ladrão da vida

Um ladrão da paz

Por conta própria ele não faz

É um ser tão incapaz!

Tão incapaz que gera violência

Diz não à obediência

Não tem prudência

Nem um pouco de coerência

Só liga para a tendência

E não pensa na sobrevivência.

O homem tanto fala

Que é preciso preservar

Mas como querem dar exemplo a outros homens

Se a própria espécie já começam a matar?

Por que não dão um basta na poluição?

Page 282: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Por que não param de matar os animais?

Por que insistem que isso é coisa da vida?

Até quando estes seres mentirão?

Quanto tempo precisam para na real cair?

Quando o homem a natureza ajudará?

O melhor é logo começar a agir,

Ou tempo para viver não sobrará!

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AUTOR (A): BETINA HERMES RITTER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: CRISTAL

Carta de Pero Vaz de Caminha

A caravela saiu de Portugal

Chegaram a uma terra,

Habitada por homens nus

Que seguravam arcos e flechas.

Assustados,

Não deixavam que chegassem muito perto,

Faziam sinais para se comunicarem

E chamavam atenção dos portugueses por serem tão desinibidos.

Aos poucos foram se amigando

E deixando os desconhecidos se aproximarem

Demonstravam que naquela terra havia ouro e prata

E costumes bem diferentes.

Com o tempo começaram a explorar aquela terra

Foram desbravar as florestas

Na busca de compreender melhor aquele local

E perceberam como ele era rico.

Sua intenção era fazer uma troca com os índios

Então ofereceram especiarias em troca do ouro

Dessa forma foi realizada,

A primeira troca entre esses dois povos tão diferentes.

Perceberam que essas pessoas

Não tinham religião

Então realizaram uma missa

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Para doutriná-los.

Deram-se por conta que

O melhor fruto que poderiam retirar dela

Seria salvar aquelas pessoas e

Esta deveria ser a principal semente a ser lançada.

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AUTOR (A): CAROLINA LOTTERMANN REIS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: RINGO STAR

A moça de amarelo

A vida é frágil demais para não viver

Fico a pensar como vou rebater o sono

Sem teu bom dia ao amanhecer

A vida é curta demais pra não perceber

Que sem tua risada e carisma tudo fica pesado.

É viver cada momento como se fosse único

Conhecer as coisas boas e aprender com elas

É tentar levar a vida…

Antes que seja tarde

Antes que não volte mais.

Você deixou um legado em nossos corações

Que sua partida não apaga

Que o conhecimento que aqui deixou não apaga

O carinho que aqui deixou não apaga

O cuidado não apaga.

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AUTOR (A): ELISA DA SILVA FOLETTO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: STITCH

Inesperado

O mundo mudou rapidamente para todos

Uma pandemia se instaurou em todo o globo

E com isso veio um novo conceito de viver

Quarentena, a reclusão de indivíduos.

Vinte e quatro horas por dia em quatro paredes

Isso é inesperado

Mas é algo que ajuda a se redescobrir

Aprender novas maneiras de ser.

Descobrir novos talentos ou aperfeiçoá-los

Redecorar a casa, mudar o ambiente

E mudar a forma de ver o mundo

De começar a apreciar as pequenas coisas.

Quando iríamos imaginar sentir falta da escola

De acordar cedo, estar cheios de coisas para fazer

De todos dias ver nossos amigos

De abraçar, de tocar.

Nunca imaginei sentir falta do toque

E com esse distanciamento percebi que

Precisamos ser tocados por quem amamos

Bem como do ar que respiramos.

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AUTOR (A): FRANCISCO CASSOL RAYMUNDO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: LINCO LAU

Uma joia chamada vida

A vida é uma joia

Joia que todos os seres vivos têm

Mas quando a pessoa é lambisgoia

Já dá pra ver o que vem.

Uma pessoa antipática parece que foi mordida por uma jiboia.

Às vezes quando um antipático está calmo, dá vontade de dizer “amém”

Outras coisas que a vida tem são as paranoias.

Mas às vezes as pessoas vão além

Ficam imaginando claraboias

Enquanto estão na escuridão do além.

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AUTOR (A): GABRIEL SCHMITZ DA SILVEIRA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: 64BYTES

Belas riquezas

Viajando o mar profundo

No mar de longe acharam terra

Ao longe de tudo isso

Belíssimas donzelas de pele parda.

Parecidos e parecidas, diferentes

Parelhos à gente

Porém, diferentes

Havia maneiras de descobrir

Descer e aferir.

Viventes sem nada

Imigrantes carregando consigo a manada

Com esperança de reter

Todas riquezas guardadas.

De uma forma ou de outra

Contaram-nos das riquezas

Que ali procurávamos.

Aqui todos vivem despidos

Sem quaisquer vestimentas

Pintados e armados

Com perigo no plano.

Não dispõem valores materiais

Mas as fontes são úberes

Farto como o solo

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Aqui portamos riqueza

Carecíamos de povoar este solo.

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AUTOR (A): JOICE YASMIN STEVENS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ZÉ DAS COUVES

O fruto da terra nova

Nesta carta, descrevo à Vossa Alteza

O fruto de nossa navegação.

Esta terra, com certeza,

Será muito mais do que há de ter

Em nossa imaginação.

Na quarta-feira, avistamos terra!

Arvoredos, serras e montes.

O sol, já adentrando no horizonte,

E ainda, um pouco distantes

Dali, permanecemos naquela noite.

Amanhecia a quinta-feira, fizemos vela,

Da terra já não estávamos distantes.

Avistamos homens acudindo pela praia,

Quem diria, éramos um tanto semelhantes.

Pardos e bem-feitos

Andavam nus, sem nenhuma cobertura.

Era um povo de muita inocência

E de nossos interesses nem tomaram ciência!

O povo já nos mostrava confiança

Mas era um povo sem crenças

Sem interesses cristãos

Que horror! Mostramos indignação.

Temos de lhes propor uma salvação.

Page 291: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Tragam as cruzes, povo inocente.

Venham, apresento-lhes sua salvação.

E eles, sem a menor indignação,

Cravaram as cruzes no chão!

O dia da missa chegou.

O povo já conseguíamos catequisar

E aos poucos desta terra íamos tirar

O motivo pelo qual viemos.

Mas fique tranquilo, povo amigo,

Estamos salvando vocês do maior castigo!

Digo a você, Vossa Alteza,

Que um fruto já colhemos,

Salvamos essa gente do pecado.

Mas este é só o começo,

O melhor ainda colheremos!

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AUTOR (A): JULIA BANDEIRA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: JULIETA

Caro Dom Manuel

Escrevo-lhe para contar da terra nova.

Aos 22 de abril

Chegamos ao monte Pascoal.

Coisa igual nunca se viu

Quando fomos ancorar.

Avistamos homens de bons corpos

Com arcos e fechas a carregar

E as suas vergonhas a mostrar.

Um deles, ao ver o colar do capitão,

A terra nova apontou com a mão.

Que há ouro lá ainda não posso afirmar,

Temos que explorar.

No domingo de Páscoa, ao amanhecer,

Capitão determinou missa na ilha

Depois de montar um altar.

Estiveram com prazer, todos a rezar.

Mais tarde, ao caminhar,

Descobrimos que aqui

Muita água há

Nesta terra, querendo, tudo dá.

Um lugar muito rico:

Árvores, frutos e animais têm cá.

Há muito para Vossa Alteza aproveitar

E muitas almas que podemos salvar.

Todos podem ser convertidos

Se assim Vossa Alteza desejar.

E é isso que nesta terra vi,

Beijo as mãos de Vossa Alteza,

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Deste porto seguro,

Da já vossa ilha de Vera Cruz.

Hoje, sexta-feira

1º de maio de 1500.

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AUTOR (A): KAIOHANA DAL FORNO SCHWINN

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: MEDUSA

Nova terra

Depois de horas viajando,

finalmente acharam terra,

mas muito além disso,

várias mulheres belas.

Antes de descerem da navegação,

precisaram analisar o chão

e como tudo ali seria.

Mesma espécie, mas diferente,

será gente da gente

ou pessoa diferente?

Só haveria um jeito de saber,

descer e conhecer.

Estranharam nossa chegada,

nós de roupa arrumada,

eles apenas sem nada,

seria outra forma de viver.

Conforme os dias se passavam,

mais e mais nos socializamos

em busca de determinadas riquezas

e do que pudéssemos extrair daquele lugar.

Os índios em forma de sinais nos contaram

que embaixo daquela terra

havia o que procurávamos.

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Aqui sigo escrevendo

detalhando cada coisa que vou vendo

cada pedaço dessa cultura tão diferente.

Aqui todos vivem nus,

armados e pintados

com uma religião diferente.

Aqui eles não têm bens como nós

mas os rios são fontes férteis,

assim como o solo,

aqui temos tudo o que queremos,

devíamos povoar essa terra.

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AUTOR (A): LEONARDO DIEL MARMITT

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: FORGET

A grande navegação

Pero Vaz era um homem esperto,

Foi designado para reportar

A viagem visando um lugar incerto

Para o imperador a par ficar.

A viagem durou meses,

Muitas dificuldades para chegar,

Enquanto velejavam

Pensavam que encontrariam burgueses.

Quando chegou a sexta feira,

Mal podiam acreditar:

Estavam em terra firme,

Para uma nova história contar.

Quando das naus desceram,

Foram cercados por desconhecidos

Que em grande número compareceram

Para revistar aqueles novos tecidos.

Foram apelidados de índios,

Algo que até hoje permanece,

O que não permaneceu

Foi o respeito pela ingenuidade.

Os viajantes tinham segundas intenções.

Mas quem poderia defender os nativos

Se trocavam por tecidos e espelhos

Page 297: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Coisas que hoje são perfeições?

Os portugueses eram bons negociadores,

Logo viram o ouro e a prata,

Sentiam vergonha dos pudores,

Essa é uma parte que a história bem retrata.

Logo viraram amigos,

Festejavam e brincavam,

Pero Vaz anotava

E o imperador desinformado não ficava.

Encantaram-se com os índios,

Que agora estavam à vontade,

Aquele povo novo

Precisava voltar para a Majestade.

A viagem de volta se aproximava,

Dois representantes ficaram,

O imperador estimava

Que aquela terra seria colonizada.

Page 298: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LUISA SPILLARI SIEGLOCH

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ESTRELA NEGRA

Nova rotina

Deve ser perigoso

Deve ser assustador

O mundo inteiro lutando

Contra um vírus devastador.

Deve ser confuso

Crianças não vão à escola

Festas, baladas, jantas ou ir até o parque

Torna-se difícil pois não pode haver aglomeração.

O medo ronda

A angústia sufoca

O desespero toma conta

A insegurança machuca.

Quando voltará tudo a ser

Como era antes?

Perguntamos todos os dias,

Pois o corona cansa.

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AUTOR (A): MARCOS HENRIQUE MOUSQUER DOS SANTOS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: UM APAIXONADO

A vida sem amor

A vida sem o amor é como um dia sem a luz.

É como um céu sem suas estrelas.

É como um simples vazio.

É como uma profunda tristeza.

A vida sem o amor

É como água que não mata a sede.

É como alimento que não mata a fome.

É inverno sem frio.

É primavera sem flores.

O amor, está em tudo

E necessita estar.

Ele é como oxigênio.

Sem ele

Não podemos respirar.

Page 300: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MARIA ANTÔNIA DALCIN CLASSMANN

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ANA

A carta de Pero Vaz de Caminha

A partida de Belém aconteceu na segunda feira,

Às oito da manhã chegaram às ilhas Canárias.

Em busca de expansionismo, saíram os portugueses

Velejando pelo longo mar, observando a natureza.

No dia seguinte içaram as velas e seguiram a terra.

Mais tarde avistaram uns homens pela praia.

Lançaram os batéis e esquifes ao mar

E todos os capitães vieram para conversar.

Um vento forte sudeste acompanhado de muitas chuvas

Balançou suas naus fortemente.

Avistaram homens nus que eram muito diferentes

Possuíam a pele parda com bons rostos e narizes.

Os cabelos dos sujeitos eram lisos e raspados,

Uns deles possuíam uma cabeleira de penas amarelas

Sua cultura possuía muitos detalhes,

Com várias mulheres belas.

A terra é abundante de muitos bons ares,

Praias lindas e formosas,

Águas são muito infinitas

E por si muito graciosas.

Não sabemos se há na terra ouro ou prata

Ou algum fruto que se possa tirar.

O mais importante é salvar essa gente,

Isso Vossa Alteza deve lançar.

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AUTOR (A): MATHEUS BAÚ CASAGRANDE

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: BOTIJÃO BLINDADO

A descoberta

Escrevo um pequeno resumo

Da carta de Pero Vaz,

Que um homem de muita importância

Uma bela carta faz.

Dia nove foi a partida.

Uma esperançosa despedida,

Os convocados despedindo-se de suas queridas,

Com a esperança de encontrar novas vidas.

Dia vinte dois foi a chegada.

Avistaram o grande litoral,

Um grande monte redondo

Que nomearam Monte Pascoal.

Logo após sua chegada,

Avistaram homens pintados até o pescoço,

Mas com algo estranho em sua bora,

Em seu beiço havia um buraco e dentro dele um osso.

Eram homens grandes e largos,

Sua cor de pele... pardos,

Enquanto viam aqueles barcos,

Seguravam com firmeza em suas mãos grandes arcos.

Estavam na praia largados

E se demonstravam preocupados.

Eram todos homens pardos e pintados

Page 302: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Todos inteiramente pelados.

Os primeiros contatos foram logo em seguida,

Lá se foram os portugueses de cabeça erguida,

Abaixaram suas armas em seguida

Impressionados com aqueles colares diferentes, cheios de vida.

Levaram-nos para o barco e lá festejaram,

Viram o colar de ouro do capitão,

Os portugueses logos suspeitaram

E comprovaram quando o índio apontou para ilha com a mão.

Os portugueses foram adiante e entraram na floresta.

A missão estava quase completa,

Visitaram os índios e suas ocas,

Que mais de trinta índios confortam.

Todos foram coletar madeira e formar uma grande cruz

Para rezar ao menino Jesus.

A missão foi completa sem tecnologia e mecanismos,

Antes de partir foi rezada a missa que implantou o Cristianismo.

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AUTOR (A): STEPHANI WITCZAK DOMENIGHI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: MARIE CURIE

Conquista

A mulher era vista como inferior,

Não podia fazer o mesmo que eles,

Não possuía força, nem fervor.

Era somente escrava daqueles.

Era vista como um objeto insignificante.

Aproveitavam-se de seu corpo como queriam.

A culpa era da saia provocante

E se questionava, como bruxa a veriam.

Nem votar ela podia,

Eles tiraram seu direito de falar,

Apenas servia para cuidar da moradia,

E quando intervia, eles a iam calar.

Ela era tratada como incapaz,

Mas agora a força é sinônimo de feminilidade,

Será que as mulheres alcançaram a paz?

Ou esse “era” ainda é uma realidade?

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AUTOR (A): THALES CARVALHO PETRY

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: TATAPETRY

Poemas da vida

Tem gente que pensa que POEMAS

é coisa que se faz com letras e versos.

Mas POEMAS não se faz com palavras, não.

POEMAS a gente escreve com a vida,

Com a alma e o coração.

Na POEMAS da vida, cada linha representa um sentimento

E cada letra, um suspiro.

É na POEMAS da vida

Que um homem encontra o melhor de si,

Conhece suas fraqueza e fortalezas,

Quando chora e quando ri.

Page 305: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): VITOR HENRIQUE HAMMES

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: VÍTOR HAMMES

Pero Vaz de Caminha

Pero Vaz escreve uma carta,

Que avista novas plantas,

Que vê montes altos,

E nomes as descobertas dá.

Pero Vaz escreve uma carta,

Desembarca em terra desconhecida,

Conhece novos povos

Que fora do padrão estão.

Então, contato com os nativos eles tentam estabelecer,

Mas os nativos só uma coisa admiravam:

Seus objetos de ouro e prata

E com os navegantes pouco se importavam.

Então, uma missa para celebrar a chegada fizeram,

Padre começou a falar,

E os nativos se aproximaram,

Pelas celebrações demonstraram interesse.

Uma nova cultura o escritor e seus companheiros encontraram,

Ficaram surpresos com seus atos,

Ficaram surpresos com seus pensamentos.

Ao rei informarei:

Que terra rica!

Que terra cheia de beleza,

Terra cheia de águas,

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Tudo poderia ser do vosso rei.

E por fim uma carta foi enviada

O rei a recebeu

E uma terra toda foi conquistada.

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AUTOR (A): VITÓRIA DAL FORNO SMOLA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: BRASIL

Terra à vista

Com boa vontade

Vem este Capitão

Escrever a Vossa Alteza

Nova terra encontrou.

Ao andar léguas e léguas

Sinais de terra avistou

Muitas ervas compridas

Dado nome de Rabo-de-asno.

Afinal avistamos a terra!

Primeiro o nome Monte Pascoal

Depois Terra de Vera Cruz.

Muitos homens encontrados

Pardos, todos nus

Bons rostos e narizes bem feitos

Seus cabelos são lisos

Nas mãos arcos e setas.

Não fizeram nenhum gesto de cortesia

Mas olharam nossas vestimentas

Tudo era novo

Para aqueles que eram os donos.

Reparou no colar

Olhou o castiçal

Mostraram-lhes um papagaio

Deram-lhes comida

O rosário fez sinal que queria

Mas depois devolveu a quem lhe dera.

Se havia ouro ainda não sabíamos

Aquele povo puro

Page 308: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Amigo parece ser.

No domingo de Páscoa

Primeira missa realizada

E foi ouvida por todos

Com muito prazer e devoção.

Aos poucos confiança ganhamos dos índios

Lugar lindo e mágico encontramos, Vossa Alteza,

Comida boa também encontramos.

Povo dócil

Fácil de ser catequizado

Essa terra e suas águas

Infindas e graciosas

Enfim um paraíso terrestre!

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AUTOR (A): YASMIM HELENA SEIDEL

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: BRISA

Descoberta ou não?

A navegar pelo oceano, de longe avistava

diversos botelhos.

Chegando-se mais perto, a Terra de Vera Cruz encontraram;

de longe se enxergava o Monte Pascoal.

Observar, ancorar, desembarcar;

nesta ilha desconhecida.

Nativos se encontram nela,

pardos de cor amarela.

Traziam consigo arcos e flechas;

nus, com suas vergonhas à mostra.

Prata, ouro e madeira,

por quinquilharias europeias queriam trocar.

Esquivos eram os indígenas,

em relação aos navegantes.

Tempo a passar,

começaram então a se amigar.

Indígenas de tal inocência,

não possuíam nenhuma crença.

Portugueses honravam sua religião;

por isso queriam ficar em comunhão.

Oriundos de um país católico,

uma missa seria realizada.

Europeus queriam assim catequizar,

para a semente do evangelho plantar.

Page 310: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

310

AUTOR (A): ANA ÉRICA HERRMANN

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ANNE JAMMES

Em chamas

E esse fogo todo?

Preciso protestar!

Tudo o que ele quer agora é queimar,

Arrebatado, a se alastrar.

Não é hora de lamentar e sim de ajudar!

Mais uma vez

Agimos com estupidez.

Os pássaros pararam de cantar,

Onde foram morar?

Os animais que tinham suas rotas

Hoje estão perdidos.

As árvores que queimaram

Precisamos replantar.

A floresta pede,

Vamos ajudar!

A queimada é como uma fornalha

Que se fomenta com o desamor

Vamos mudar!

Vamos amar!

Page 311: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

311

AUTOR (A): AUGUSTO CORTESE ORTHMANN

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: COQUINHA GELADA

Amizade

Não me importo se é verão ou se é inverno,

Não me importo se está quente ou frio,

O que realmente importa

É estar próximo de quem se gosta.

Tudo fica mais fácil estando com alguém,

Alguém que ajude a alegrar,

Alguém que ajude a acalmar,

Alguém que possa confortá-lo em seus piores momentos.

Uma verdadeira amizade é eterna

E uma falsa logo desmorona.

Page 312: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

312

AUTOR (A): BRUNA NAYELE ECKHARD TKRONBAUER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: BILY

Conexão

Temos uma conexão

E ninguém pode mudar,

Nem mesmo o tempo poderá separar,

Uma conexão que ninguém pode explicar.

Almas conectadas pelo amor

Mesmo distantes se entendem,

Um sentimento sem começo,

Uma conexão de calor.

Conexão que transmite emoções,

Parecem várias estações,

Permite novas experiências,

Trazendo várias essências.

Page 313: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

313

AUTOR (A): EMANUEL TOBIAS HOLSCHER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: FIO DE MIJECA

Primeiro amor

Não... Não é que a esqueci por completo,

Eu aprendi a viver sem alguém ao meu lado.

Sinceramente não sei como você está.

Não sei e nem quero saber.

Você me machucou demais, e você sabe disso.

Aprendi que não devo confiar nas pessoas cegamente,

Pois uma hora a realidade bate na sua porta e, poxa,

É a pior que alguém pode sentir.

Você foi meu primeiro amor,

Pois foi o primeiro em quem eu pude confiar até certo ponto...

Eu não quero ver ninguém mal

Apesar da dor que você e outras pessoas causaram no meu psicológico.

Eu sou um humano que só deseja o bem...

Sei que sou uma pessoa difícil e teimosa,

Todos sabem disso, mas é meu jeito.

Eu não fui o suficiente pra mim

Porque para você eu fui suficiente demais.

Eu me arrependo de ter dado meu amor

A alguém que não sabia amar

Como eu a amava.

Eu pretendo compartilhar meu poema,

Com amigos queridos que precisam saber

Que nem tudo é perfeito.

Não sou a vítima,

Mas também não sou a que afundou este navio.

Page 314: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

314

AUTOR (A): ENZO HENRIQUE ZIRBES

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: EL BIABLO

O amor

Assim como a lua

Que brilha à noite e guia o caminho,

Assim como a música

Que pode ser cantada por qualquer um,

Assim como o céu

Que é azul como água,

Assim como a água

Que é azul como o céu,

Assim como a semente

Que só nasce em terra,

Assim que é a natureza

Bela como nós,

Não existe amor sem mim,

Não existo sem você!

Page 315: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

315

AUTOR (A): GABRIELA VASCONCELLOS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ATENA

Movimentos contemporâneos

Em um palco escuro, com as sombras das luzes, no silêncio esperando a música começar, com

todo o calor do momento, os jovens dançarinos felizes e ao mesmo tempo nervosos, em cima daquele

palco, prontos para se apresentar.

E no instante em que a música toca, os jovens começam a dançar sorridentes, sentindo o

momento, a música em seu peito. Com o medo tomando seu corpo, aquele medo de errar, e todas

aquelas pessoas do auditório olharem para você e até mesmo os avaliadores cochicharem, pois você

errou e deu para perceber.

A dança fazendo todo aquele povo sentir a música junto, os movimentos do corpo dos

bailarinos que se espalhavam por todos os cantos do palco, com emoção, paixão, alegria e com aquele

nervosismo tomado pelos jovens que o público conseguia sentir claramente.

As meninas felizes e delicadas faziam passos leves e contemporâneos; já os garotos, uma coisa

mais formada, pesada e elaborada, os movimentos eram juntos, mas ao mesmo tempo, opostos, mas

que se encaixavam perfeitamente. Os passos da coreografia eram totalmente ligados com o tema, com

o que queriam expressar.

O auditório inteiro sorrindo e aplaudindo para o grupo, cheios de câmeras e flashes gravando

e fotografando aquele belo momento que será inesquecível para todos.

Dançando várias e várias vezes e vestindo-se nos camarins por trás do palco; os dançarinos

cansados agradecem e recebem aquele afeto bom, uma sensação boa de estarem sendo observados

e adorados por todas aquelas pessoas. E, naquele momento, para eles parecia que não existia chão,

nem paredes, nem nada, tudo maravilhoso e emocionante e todo o nervosismo acaba e a alegria

juntamente com cansaço vem tomando força, dentro de cada um.

Page 316: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

316

AUTOR (A): HENRIQUE BASSO GUNTHER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: GRANDE POETA

O menino de rua

Havia um menino de rua,

ele adorava jogar bola,

mesmo que às vezes tropeçava no quebra-mola.

Seu pai era doutor

e seu filho sonhava em ser jogador

por toda sua habilidade.

Seus dribles eram tão fabulosos

que deixava os adversários assustados,

passando de todos alvos.

Page 317: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

317

AUTOR (A): JOANA BLEDOFF TORMES

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: LUA

Confusão

Vivemos em uma alucinação coletiva permanente.

Será que algum dia vamos nos encontrar?

Isso é possível?

Essas indagações não saem da minha mente.

Esconda,

Não mostre,

Finja,

Todos dizem.

Eu sou diferente?

Devo me importar?

Devo contar?

Ou apenas ignorar?

Ninguém consegue responder,

São tantas dúvidas,

Medos,

Angústias.

Nosso maior inimigo

Somos nós.

Temos medo

De nos descobrir.

É melhor ignorar,

Deixar transparecer,

Ocultar

Page 318: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

318

E esconder.

Não lutar,

Simplesmente se encaixar,

Mais confortável,

Menos desgastante.

Perdemos nossas identidades facilmente,

Inacreditável.

Vale a pena?

É insignificante.

Se olharmos com atenção,

Percebemos que ninguém é culpado

E sim vítima

De si mesmo.

Page 319: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

319

AUTOR(A): JOAO PEDRO PIERI DE QUADROS SANDRI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: FEXHOY

O medo

Muitas vezes o medo faz de nós seres covardes. Existem vários tipos de medo, porém o

medo de errar é o pior de todos. O melhor jeito de aprender é errando, você vê o que errou para que

da próxima vez faça diferente. Errar uma vez é humano, porém errar duas vezes é burrice. O medo é

perigoso, porém nos ajuda a ter senso. Excesso de coragem também pode ser considerado burrice,

inteligente é aquele que não corre riscos à toa, quase o oposto de alguém corajoso. O ser humano é

frágil, mas só sobreviveu na natureza até hoje porque teve medo, medo do desconhecido, medo do

maior, mas nunca teve medo de errar e evoluir com esses erros. Essa é a fórmula do sucesso, nunca

ter medo de errar.

Page 320: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

320

AUTOR (A): JULIA KARAS MARTINI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: AURORA

O preconceito

Nosso mundo é cheio preconceito

Seja por sua raça, religião,

Classe social e educação.

As pessoas generalizam e têm hábito de julgar

Um fato ou uma situação.

Devemos parar com isso,

Pois todos queremos

Um mundo com respeito

Onde não exista preconceito.

Negro, branco, homem, mulher,

Somos todos gente

Não importa o diferente

Ninguém é perfeito.

Todos temos defeitos,

Devemos saber lidar

Com o assunto preconceito,

Quem o pratica não tem respeito.

Page 321: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

321

AUTOR (A): JULIA MONIQUE ALBRECHT ERTHAL

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: GATO RISONHO

Ele existe?

Oh Deus, por que existis, se não Vos apresentais,

por que existis, se não nos mostrais o Vosso poder,

por que existis, se não dissestes quem sois,

por que existis, se não fizestes um milagre diante dos olhos do Vosso povo?

A Vossa gente está descrédula da Vossa existência.

Confesso que eu também estou a desistir da crença,

Oh Senhor, nesses últimos tempos, não tendes me ajudado muito,

a minha mulher, Anastácia, morreu de varíola,

a minha filha, Morgana, preferiu fugir com seu marido a viver comigo,

todos os meus irmãos e irmãs não falam mais comigo,

tantas tragédias em minha vida, e nenhuma vez, oh Senhor, ajudastes.

Não creio mais em Vossa existência,

não creio em Vossos milagres,

não creio mais em Vós e agora

tenho certeza de que Vos odeio.

Disse o tolo: como odiar alguém que não existe?

Page 322: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LAURA ELYRA PIRES ZIEBERT

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: JULIANA

Família

Família é sinônimo de alegria, amor.

Alegria que contagia, que possibilita novos sentimentos,

Sentimentos de muito clamor,

Clamor por novos rumos.

Cada família tem seu modo de viver,

De ser, de agir, de conviver.

Nesses laços de convivência,

Crescer e amadurecer...

A família é o nosso lar

Em quem podemos confiar.

Sempre uma alegria estando ao lado dela,

Uma felicidade, uma dificuldade que surge,

Uma emoção inexplicável.

Sem a família não somos nada,

É com ela que nos tornamos mais encorajados.

Nossa dignidade, nosso caráter

Fortalece se estamos nela apoiados.

Page 323: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LAURA KONZEN

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: MEDUSA

Tecnologia

A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica-

Informacional, ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, quando novas tecnologias foram sendo

implantadas no campo da ciência, favorecendo as diversas áreas de conhecimento. Em contrapartida,

emergem também algumas problemáticas ligadas aos avanços, como transtornos psicológicos,

decorrentes da nomofobia e, por outro lado, a democratização do conhecimento.

Primeiramente, deve-se ressaltar os transtornos psicológicos que vêm aumentando

gradativamente com o uso das redes sociais; entre eles destacam-se ansiedade, depressão,

esquizofrenia, entre outros. O mau uso desses meios também pode gerar casos de bullying, que é um

dos problemas mais enfrentados nas escolas.

O compartilhamento de imagem pelo Instagram ou Facebook impacta negativamente no sono,

a autoimagem aumenta o medo da população de ficar por fora de acontecimentos, causando

facilmente a depressão. Com isso, devemos ajudar e conscientizar as pessoas com nomofobia para que

aos poucos possam largar o vício.

Dessa forma, a falta de diálogo sobre o tema pode ser um dos motivos pelo qual o número de

pessoas com transtornos e nomofobia só aumenta; com ajuda, podemos minimizar esses problemas e

tornar as redes sociais mais adequadas em relação à saúde.

Page 324: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

324

AUTOR (A): LOUISE LASTA KLATT

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: DÉIA

Momentos difíceis

Ninguém espera

Mas acontecem

Momentos de tristeza,

Angústia no coração.

Retrospectiva em nossa cabeça,

Momentos bons ainda existirão.

A saudade é inevitável,

Não há como voltar atrás.

Ninguém esquece,

Mas sim supera.

Ninguém entende como é essa dor.

Nunca mais poder vê- lo.

Dói no coração

Perder alguém que ama tanto

Não tem explicação.

Page 325: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LUCAS ANTONIO LANZANOVA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: GALACTUS

A vida

Sem mesmo ter permitido,

A vida nos prega peça.

Tudo vai perdendo o sentido

E o tempo passa depressa.

Outro dia ainda era uma criança

Sem planos, largado ao vento.

Agora rotina e cobrança

Tendo que correr pra vencer o tempo.

A semana parece curta,

As folgas cada vez mais raras,

Falta imaginação para vencer essa luta,

E as opções cada vez mais caras.

Agora tudo parece confuso,

Sei bem que não é só dever,

A cabeça aperta feito parafuso,

Mas em breve uma solução vai haver.

Page 326: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

326

AUTOR (A): MATHEUS ALI MELLO ASSAD

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: TSUK

Na solidão do meu quarto

No céu, as estrelas brilham;

Na noite, a chuva cai;

Uma dor no meu peito,

Saudade de você de dentro de mim não sai.

Na solidão do meu quarto,

Meu peito grita por ela;

Mas se ela não me quer, eu parto,

Ainda sentindo saudades dela.

Já me conformei que não dá;

Já me conformei que não terei seu amor;

Seguindo em frente

Nessa vida de muita dor.

Segui minha vida adiante,

Já não sei se sinto amor;

Fazendo versos em um dia de sol radiante,

Mas que para mim já não tem cor.

Page 327: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): RICARDO BASSO GUNTHER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: QUARENTENA CANSATIVA

Somos humanos

Um período de superação

Em que não se pode estender a mão.

O vírus não para,

Por isso vale a prevenção.

A vida de todos é valiosa,

Então não deixe esse cuidado se restringir só a nossa.

Esse momento serve como uma lição

E precisamos aproveitar cada segundo

E não deixá-los irem em vão.

Essa minúscula ameaça não pode nos atingir de forma negativa,

Porque a nossa grandeza não nos deixa viver a vida.

Somos fortes e vamos superar,

Independente dos problemas que vamos enfrentar

Porque somos humanos!

Page 328: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): SAMARA CAROLINE RIFFEL MARTINS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: Luz do Luar

Na hora do consolo

Tão complexa e ao mesmo tempo tão simples,

passa momentos felizes e também tristes.

Amizade não se pede e muito menos se compra,

mas sim conquista e enfim aperfeiçoa.

Ter um amigo por perto deixa-nos realizados,

ainda mais se for aquele que estará para sempre ao seu lado.

A amizade é como uma planta, deve ser cultivada,

pois quando vinda de apenas um lado pode ser acabada.

Muitos erros são cometidos, mas não se deixe abalar,

se a amizade for verdadeira, irá superar.

Valorizado deve ser aquele que o apoia até o fim,

pois ele permanecerá em conquistas e até em algum momento ruim.

Privilegiado é você, se tem um ombro para chorar,

saiba que é neste que você pode confiar.

Amigo não se importa se você desabar,

pois estará ali para consolar.

Então, pense bem, é melhor sofrer em conjunto,

ou ser infeliz e sozinho?

Page 329: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): TAINÁ EDUARDA LEONARCZYK

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: Eduarda Dal Berto

Pandemia

Estamos vivendo em um mundo

Onde tudo nos foi tirado.

Sair com família e amigos

Tornou-se algo complicado.

Viver uma pandemia não é fácil,

Sentimos saudades da vida de antes.

De sair de casa sem máscara,

De trabalhar, estudar e juntar...

Estamos enfrentando muitas perdas,

Às quais nem conseguimos acompanhar.

Hospitais sempre lotados com novos casos,

Famílias, amigos e pessoas que amamos a nos deixar.

Mas sabemos que teremos solução,

Ficar em casa, proteger-se e lavar a mão.

Basta agir de forma correta e ter paciência

Para podermos nos ver e aquecer o coração.

Page 330: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): VANESSA ROBERTA WILLERS ZAVASKI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: PERSÉFONE

Dona de si

Ela é rara, é incomum,

Não quer saber de mais nada,

Quer sair e divertir-se,

Farrear e curtir.

É extraordinária,

É guerreira,

É indecifrável,

É inexplicável.

Faz com que suas vontades

Tornem-se sonhos e realidades.

Ousa e aposta

Sem medo, mesmo indisposta.

Sua felicidade contagia,

Sua essência nos inspira,

Luta pelos seus direitos,

com bravura encontra um jeito!

Ela é dona de si!

Page 331: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): VANESSA VANDERLEIA DOS SANTOS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: VIOLETTA

Moreno

Moreno, lindo Moreno,

Sua cor me deixa assombrada,

Sua pele queimada

Que traz muito ardor.

Moreno cheio de encantos,

Quem me dera ser Moreno,

Para contigo lutar,

Moreno, lindo Moreno.

Seus olhos trazem encanto,

Procuro-o canto a canto,

Pois um dia vou encontrá-lo,

Cheio de encanto quero contemplar.

Moreno que da África trouxeram,

Pensaram em escravizar,

Mas veio a lei Áurea para libertar,

Moreno, lindo Moreno.

Por que chora tanto assim,

Suas lágrimas umedecem

O chão do nosso Brasil

Com o céu cor de anil.

Page 332: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): BERNARDO LORENSET BENEDETTI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ANZHELIM ZDES

Uma noite de guerra

A noite vem rastejando, a escuridão se levanta.

Seguido a isso vem o silêncio.

É quando eu penso:

Nós estamos bem.

É quando eu penso:

Isso pode mudar de repente.

O silêncio desaparece, ouço um alarme.

Está batendo forte no bairro, alguém perdeu um filho.

É quando eu penso:

Quem fez o errado?

É quando eu penso:

O mundo se torna tão vazio.

Mais tarde, fica quieto novamente.

Mas algo está errado e eu me sinto sufocado.

É quando eu penso:

O que fizemos de errado?

É quando eu penso:

Como o amor ao ódio se formou?

Eu fico perplexo,

Por que as bombas estão caindo?

Mais cedo eu estava com ela,

Agora ela é cinzas.

É por assim que eu fico,

Sozinho e pensando: por que isso está acontecendo?

Page 333: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

333

Sou só eu,

Ou o grito alarmante é da natureza?

É assim minha mente,

Elas são cinzas e nós somos cadáveres,

É assim que eu penso:

As bombas estão caindo.

Page 334: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): BIBIANA PEREZ CARVALHO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: NO IDEA

Os instantes

Guardados em pensamentos

Passam despercebidos

Como o movimento do vento.

Alguns nos fazem sorrir,

Outros nos fazem sofrer,

Mas qual o sentido dos instantes

Se não os sentimentos que nos fazem ter?

São lembranças que não voltarão,

Que nunca se apagarão

No meio da imensidão

Do nosso coração.

Page 335: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): CHRISTIAN ECKERT SCHNEIDER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ALEMÃO

O pão e a faca

Você é o pão e a faca,

O cálice e o vinho.

Você é o girassol na grama da manhã

E a roda ardente do sol.

Você é o avental branco do padeiro

E os pássaros do pântano que de repente voam.

No entanto, você não é o vento no pomar,

As maçãs no balcão,

Ou o castelo de cartas.

E você certamente não é o ar com cheiro de pinheiro.

Não há como você ser o ar com cheiro de pinho.

É possível que você seja o peixe embaixo da ponte,

talvez até a boina na cabeça do general,

mas você não está nem perto

para ser o campo de flores ao entardecer.

Eu sou a lua nas árvores

A xícara de chá da mulher trabalhadora.

Mas não se preocupe, eu não sou o pão e a faca.

Você ainda é o pão e a faca,

Você sempre será o pão e a faca.

Page 336: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

336

AUTOR (A): DAIANE TERESINHA WIEBBELLING DA SILVA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: SUA NETA

Sinto sua falta

Hoje faz exatas 14 semanas que te perdi.

A ficha não cai, a cabeça dói.

Não poder mais ver teu sorriso todo findi.

Não ouvir falar sobre boi.

Queria ter curtido mais nossos últimos momentos,

Ter dito mais uma vez o quanto te amo.

São tantos sentimentos,

Isso tudo é muito novo.

Não sei se um dia vou conseguir entender,

Foi tão rápido tão de repente.

Como não vi antes, como deixei acontecer?

A saudade só aumenta gradativamente.

Obrigado por fazer parte da minha vida.

Sinto tua falta e esta nunca vai passar.

Saiba que tua história foi linda

E o que aprendi contigo vou repassar.

Page 337: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ERIC RAFAEL WEIMER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: BATMAZINHO

Os amigos

Amigos dessa jornada

Percorrem essa linda estrada

Cada um da sua maneira.

Fomos desafiados a crescer

Para libertar o nosso ser

Das amarras do passado.

Vencemos,

Crescemos

E vivemos momentos inesquecíveis.

Dias muitos intensos

Que jamais se apagarão

De nossos corações.

Cada um continuará a sua jornada

E quem sabe na próxima estrada

Possamos nos reencontrar.

Page 338: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): FELIPE FRANKE HERBERTS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: CRAZY

Foguete sem rumo

Nos céus a voar,

Procurando um rumo,

Mas sem poder se orientar.

O foguete sai a voar,

Mas novamente sem rumo a tomar,

Somente no céu

Ele pode habitar.

O combustível um dia acabará,

E a Terra ele irá encontrar

Onde, por fim, um rumo terá.

Page 339: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): HENRIQUE DE MARTINI MUNHOZ

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: HENRY MARTINM

Canções erradas

Assaltado pela manhã amarga

Sonho opaco

Pelo cemitério de meu sentimento

Tirado de mim.

Fluindo no mar do desespero

Cada momento mais longe

De onde eu queria estar

De quem eu queria ser.

Ó! Marcha Fúnebre.

O som eterno da melodia

Consumindo meus últimos momentos.

Transparente dor

Enlaça pela minha alma

Cerrando meus olhos

Para o sono eterno.

Essa é minha reminiscência.

Page 340: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): JÚLIA PRESTES SPARREMBERGER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ESTRELA

Tempo

Tempo, 5 letras e 2 sílabas.

É difícil de ter, sabemos.

Hoje não posso,

Hoje não tenho tempo,

Tão monótono,

Sempre ouvimos ou falamos.

Ouvimos "Não deixe para fazer amanhã o que pode fazer hoje".

Cumprimos? …. Na maioria não.

Por quê?..... Porque estamos ocupados, sem tempo.

Temos um dia corrido….

Loucos para chegar em casa e descansar.

Chegamos e o que fazemos?

Mexemos no celular.

E reclamamos, não tenho tempo de ficar com a família.

Reclamar? Fácil.

Fazer? Oh, coisa difícil.

Tentamos arrumar tempo?

Não….. Por quê?

Porque é tão monótono, deixe as coisas como estão.

Para que mudar?

E assim sempre ficamos na mesma.

Page 341: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LAIS ROBERTA GENZ

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: GIRASSOL

O dia de amanhã

Quem tem certeza sobre o dia de amanhã? Peguei-me pensando nisso hoje, logo que acordei

e assisti às notícias da manhã. Quem diria quatro meses atrás que estaríamos quase que totalmente

privados de qualquer contato real com o mundo exterior, além das paredes de nossas próprias casas.

Quem diria que lojas estariam fechando, pessoas estariam se afastando e andando de máscaras nas

ruas, centenas estariam em hospitais sem a família para estar a seu lado porque o risco é muito grande.

Com certeza cada vez mais vemos como não somos donos do dia de amanhã, e, que

por mais que tentemos controlá-lo, ele pertence ao acaso. Mas, e se ao invés de tentar controlar o dia

de amanhã, prestássemos mais atenção no hoje? Por mais que toda nossa rotina tenha mudado

drasticamente, alguns velhos hábitos insistem em se adaptar para continuarem presentes. E isso

exemplifica como o ser humano prioriza algumas ações e desconsidera outras, ambas de extrema

importância, mas com motivações diferentes. O motivo disso é simples: é sempre mais fácil tentar

controlar algo exterior a nós do que tentar corrigir nossos próprios erros.

Com isso, agora vemos o lugar de embalagens de picolé, latinhas de refrigerante e tampas de

plástico ser tomado por montes e montes de máscaras, recolhidas de praias que costumavam estar

lotadas e agora estão desertas. Nas ruas, pessoas sendo atacadas por causa da sua cor de pele ou

orientação sexual, quando na verdade deveriam estar apoiando uns aos outros por todos estarem de

uma forma ou de outra passando pela mesma crise. Famílias que acabaram perdendo seus empregos,

arriscando-se nas ruas e vendendo seus pertences para no fim do dia ter pelo menos um pão sobre a

mesa e um lugar para dormir, mostrando como a fome ainda é um grave problema, esquecida no fundo

da gaveta de coisas a se fazer para tornar o mundo um lugar melhor.

E é aí que o cuidado com o dia de hoje entra, tudo isso não são efeitos excepcionais de uma

pandemia, são coisas que milhares de pessoas vivenciam todos os dias, ou até mesmo durante sua

vida inteira. Porém, estamos tão cansados das notícias repetitivas, dos números que crescem tão

rápido, que nem nos damos conta, exaustos pela rotina maçante, e caindo em si de tudo que sempre

esteve acontecendo ao redor do mundo. Tudo que nunca recebeu a devida importância, qualquer

notícia fora dessa bolha em que vivemos, torna-se um bode expiatório para redirecionar atenção.

Mas tudo tem seu lado positivo. Com esse “novo estilo de vida”, temos tempo para parar e

pensar. Sem a correria do trânsito e de reuniões intermináveis, podemos nos dar a chance de um

Page 342: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

342

momento de calmaria, para ver o mundo ao nosso redor com outros olhos. Ver que, por mais terrível

que tudo que estamos enfrentando seja, portas se abriram. Portas para a aproximação familiar, para

aprender novas coisas, para se interessar por novos assunto e se engajar em novos projetos e causas.

Para perceber que, talvez, tudo isso seja apenas um pedido de socorro da mãe Terra, que se cansou

de sofrer e ver tanto sofrimento, que quer mostrar a todos o poder que boas atitudes podem ter, que

decidiu que era a hora de mostrar para o mundo como nossas ações têm consequências para além de

nós mesmos.

E, por fim, imagino que são nesses momentos que a chamada esperança toma forma de pessoa

e convive conosco, pois é a ela que devemos nos agarrar ao invés de querer mudar o que pode

acontecer. É preciso ter esperança de que dias melhores virão, mas não se esquecer de tentar tornar

o dia de hoje um dia melhor, já que o que fazemos hoje é o que realmente pode encaminhar o dia de

amanhã. Se cada um faz a sua parte, podemos tornar o mundo um lugar melhor, sem nem mesmo sair

de casa.

Page 343: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

343

AUTOR (A): LARISSA GEWEHR LUTZ

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: UM SONHADOR

Injustiças em um mundo perfeito

Quando a humanidade veio ao mundo,

Ela tinha um propósito:

Conviver em harmonia com o todo,

Mas sinto que não conseguimos.

A fauna e a flora estão desaparecendo

E não por causas naturais,

E, sim, por causa dos seres humanos

Que estão degradando-as lentamente.

As florestas estão cada vez menores,

Os rios mais poluídos,

As espécies de diversos animais extintas

E indivíduos ignorantes diante desta realidade.

Assim continuamos vivendo,

Destruindo a única casa que temos

E, como se isso não bastasse,

Estamos matando uns aos outros.

Após tantas lutas, as diferenças ainda são vistas como ameaça,

Seja cor da pele, religião, cultura ou classe social,

Os injustiçados não conseguem fazer sua voz ser ouvida,

Pois, infelizmente, os opressores gritam mais alto.

Então, precisamos mudar nossas atitudes

Em todos os aspectos,

Sendo mais humanos

Page 344: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

344

Com os outros e com a natureza.

A humanidade pode mudar o mundo para melhor,

Basta praticar ações corretas

Sempre visando o bem-estar do próximo e do meio ambiente

Para, assim, conseguirmos ter um futuro próspero.

Page 345: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

345

AUTOR (A): LAURA BLUM

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: VÊNUS

Carta ao meu passado

Nem sempre eu fui quem jurei ser, nem sempre fiz aquilo que jurei fazer. A vida não segue o

rumo que queremos, não somos aquilo que desejamos ser, mas sim o desenho inacabado do que

idealizamos para nós. A vida passa muito rápido, em um piscar de olhos consigo reviver a minha e

perceber o quão medíocre fui. Bem-vindos a minha carta, a que eu especialmente dirijo ao meu

querido e velho amigo, o passado. Aquilo que já fui e nunca mais serei. Essa carta também é para

minha amada, que partiu antes de mim, deixando um vazio e fazendo-me esquecer o que um dia foi

amar.

Posso afirmar que nunca fui um homem perfeito, eu tinha meus defeitos. Ainda muito jovem

tive de lidar com problemas familiares. Meu pai morrera sem que eu pudesse me despedir, morreu

longe da família e infelizmente nunca tivemos notícias de seu corpo. Ele era meu exemplo, minha

inspiração. Infelizmente não viveu muito conosco para termos muitas lembranças juntos, mas recordo

claramente de sua voz ao declamar as POEMASs que escrevia:

“Já pedi que esqueças o futuro,

pois minha alma aos prantos

jaz no mar profundo.

Sou poço sem fundo,

sem forçar para continuar a vida,

esqueço quem fui e quem seria,

para assim me entregar à morte,

minha velha amiga”.

É impossível afirmar que seus poemas sempre faziam sentido, mas eram uma forma de distraí-

lo dos horrores das guerras. Ao contrário, minha mãe sempre esteve presente. Mulher independente,

criou três filhos sozinha, era conhecida como a melhor juíza do estado e nunca revelava suas fraquezas.

Entretanto, morreu mais jovem do que previa. Com seus cinquenta anos faleceu por conta de um

câncer no coração. Não fizemos funeral, acreditávamos que a melhor forma de nos despedirmos era

enfrentar a dor fria e rapidamente. Minha mãe foi cremada e suas cinzas espalhadas em um campo de

lavandas ao sul de Minas Gerais.

Page 346: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

346

Anos se passaram e cada filho seguiu seu próprio caminho. O irmão mais velho se tornou um

renomado médico do exército; o do meio, um grande empresário em São Paulo; e eu segui a carreira

de juiz e permaneci aqui em Minas. Nós nunca nos reuníamos, conversávamos por cartas raras vezes,

mas era como se cada um estivesse aos poucos desligando-se do que um dia foi e conheceu. Esse foi

um dos meus primeiros erros, não perceber o quão importante a minha família era para mim e o

quanto eu deveria ter me dedicado a ela.

De modo algum posso declarar que minha vida foi infeliz, pois eu tinha um bom trabalho para

aquela época, uma ótima reputação dentro do governo e muitos sonhos. Mas eu não sabia o quão

rápido tudo poderia mudar, esse foi um dos indícios de que a vida é mais frágil do que pensamos. Em

pouco tempo, mais precisamente em 1920, eu era um dos juízes mais famosos do país, reconhecido

por ser muito inteligente. De repente, ela entrou em minha vida e mudou muitos dos meus planos.

Quando digo “ela”, refiro-me à mulher que mudou minha vida, Caroline, meu eterno amor.

Conhecemo-nos por meio do trabalho, ela era uma advogada de sucesso vinda do leste de Minas e eu

um famoso juiz da capital. Depois de anos namorando, finalmente nos casamos, uma cerimônia

pequena e simples para dois afortunados. Os anos se passavam e o nosso amor nunca deixara de

crescer, mas, como é de conhecimento de todos, nada é para sempre.

Todos os anos, levando em conta a nossa alta renda familiar, planejávamos uma viagem para

um lugar de sua escolha, principalmente valorizando a cultura brasileira. Contudo, certo ano ela

adoeceu repentinamente e partiu um mês depois, deixando-me sozinho novamente. Nós vivemos dez

anos juntos, mas nunca havíamos tido filhos. Esse foi meu segundo erro, eu deveria ter aproveitado

mais a companhia dela ao invés de me dedicar tanto ao trabalho, que muitas vezes não era tão

importante, mas para mim havia se tornado uma escapatória da realidade cruel em que vivíamos,

principalmente em razão de toda a industrialização e processo de mudanças que estavam acontecendo

no país.

Naquele ponto da minha vida eu percebi como estava vendo tudo de um modo errôneo, como

estava vivendo nas sombras de quem eu realmente quis ser. No mesmo ano da morte de Caroline, eu

percebi que não possuía mais nada, nada que realmente me motivasse a viver, e eu sabia que não

poderia continuar assim. Tentei mudar, alterei meus hábitos, deveres e inclusive mudei a forma como

via o mundo. Porém, um sentimento escuro ganhava força dentro de mim. Com o tempo eu voltei a

ser quem um dia fui, um menino sonhador; mas nunca voltei a ser o mesmo de antes e todos à volta

percebiam a diferença.

Com o tempo fui adoecendo, observando as pessoas a minha volta e a sua felicidade. Em

dezembro de 1964 faleci, o motivo, desconhecido; não foi doença nenhuma que me matou, morri

sufocado pelos meus próprios sentimentos e pensamentos. Eu era feliz, sim, mas nunca valorizei.

Durante os últimos anos de minha vida procurei ajudar o máximo de pessoas que eu conseguia, pois

Page 347: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

347

isso me distraía um pouco da dura realidade que vivia, principalmente porque naquela época o Brasil

passava por maus momentos em razão da Segunda Guerra Mundial e início da Guerra Fria.

Termino minha carta dizendo que não fui o homem que queria ter sido. Eu errei em muitas

coisas, em muitas situações e é claro que eu não perdoava meus erros, afinal um bom perfeccionista

não deixa nenhuma ação sua passar em branco. Eu perdi muitos momentos que seriam valiosos em

minha vida e, olhando para trás, percebo o quão frágil eu fui. Que aqueles que me amaram me

perdoem, porque eu não fui quem deveria ter sido e só vejo isso depois de morto. A vida é um sopro,

meu pai dizia, e ele não poderia estar mais certo. Por isso viva, mas viva sem arrependimentos, sem

medos e sem dúvidas, pois só se vive uma vez.

Ao meu passado eu agradeço, pois foi ele que me ensinou a crescer, levantar e, apesar de tudo,

aprender com meus erros. Por fim, encerro aqui a minha história, que se eu pudesse reescrever o faria,

mas não há mais tempo para tal. Sendo assim, aproveite o seu tempo, pois somos todos escravos dele

e da morte, são essas as duas únicas certezas que possuímos, independentemente da época em que

vivemos, das condições que possuímos e do local em que residimos. Por isso, apenas viva.

Page 348: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): LORENZO SAVICKI SCHNEIDER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: RONALDINHO

Neste vasto e complexo universo

Neste vasto e complexo universo

Compreendemo-nos e conhecemos,

Mesmo com poucas coisas

Pensativos e sempre dando-lhes valor.

Através de amizades verdadeiras

Percebemos os valores da vida,

Mesmo que às vezes não gostemos

Perseverança é o que nos resta.

Para o universo somos pó,

Pó que pode ajudar muito a tudo e a todos.

Às vezes nos tornamos desprezíveis,

Mas isso deve nos motivar a sermos melhores.

Coisas boas acabam por vir com o tempo,

Somente basta acreditar,

Que um dia o trabalho duro

Trará recompensas.

Continuamos vivendo

Sabendo que o fim é certo,

Com uma vida normal

Neste vasto e complexo universo.

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349

AUTOR (A): MARIA CLARA SCHONARTH

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: JONAS

Onde eu estou?

Estou sozinha à noite.

Sem saber o que fazer.

Não sei aonde todos foram.

Mas quero mesmo saber?

Caminho mais um pouco.

Agora perdida em memórias,

Memórias de meus amigos.

Sem saber onde estão todos,

Será que estão todos em lugar nenhum?

Ou eu que estou perdida em mim mesma?

Eu sei que devo me libertar.

Mas é nessa batalha,

Que não sei como poderei ganhar.

Afinal é comigo mesma,

Que terei que lutar.

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AUTOR (A): MARIA EDUARDA BRUXEL SPILLARI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: PAZ3579

Amizades

Tenho amizades

Que são muito importantes,

Não as troco por nada

Em nenhum instante.

Sempre quando acordo

Tenho esperança de um dia

Repleto de paz

Em sua companhia.

Confiança...

É o que não falta,

Trato com muito carinho e proteção,

Pois ninguém é capaz de estragar

A nossa união.

Com muita coragem

E dedicação,

Amizade sempre

É primeira opção.

Page 351: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): PEDRO HENRIQUE HORBACH

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: IGLECIO

O cavalo

Só quem tem um cavalo

Pode descrever essa emoção,

Galopeando pelos campos,

O gaúcho se destaca

Cultivando a tradição

E desbravando esse Rio Grande bagual.

Page 352: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): RENAN EDUARDO FISCHER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: GORDINHO

A vida no céu

Nossa vida não está mais nas tramas

tecidas ao redor da casa ou a algumas ruas de distância:

uma série de histórias sobre o ar

abriu entre os dedos, depositou-se lentamente

nos jardins avermelhados de Escallònia,

onde um dia uma pequena história se enraizou.

Uma nuvem arrancada do céu pelo vento

volta com suas bordas desgastadas,

subúrbios antigos onde morangos florescem,

dos quais apenas sapos são gananciosos.

Sabemos o que acontece - e acontece

somente em outro lugar.

O último avião que sobrevoou casas

foi o Macchi da nossa infância,

mas ouvimos o acidente

atrás das colinas há muitos anos.

Page 353: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

353

AUTOR(A): SOFIA BORGES ZIMMERMANN

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: LUZ

Adeus

Adeus! Ainda estou tentando entender,

para falar bem a verdade

não sei como pude deixar isso acontecer;

estou feliz pela coragem de encerrar,

mas confusa com toda a situação,

como tão rápido tudo se desfez?

Desculpa-me se tive que contar,

precisei me livrar do peso da culpa,

ainda durmo com o peso da saudade,

com a dúvida do que mais poderia ter acontecido.

Nesse momento me pego sozinha pensando,

será que fiz a coisa certa?

Talvez me precipitei...

para essa pergunta não terei respostas,

meu Deus, o que fui fazer?

Quero você de volta na minha vida,

não consigo evitar,

mesmo sendo errado

pelo menos pude pôr um fim nessa história.

Agora já está tudo acabado,

tentei me enganar,

mas sempre soube: o errado foi ter começado.

Page 354: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR(A): TIAGO CAMARGO COLETO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: COLETO

Saudades do que não aconteceu

Ai, que saudades que eu tenho

Da vida que não vivi,

Da música que não dancei,

Do doce que não comi.

Ai, que saudades que tenho

Da garota que não namorei,

Do beijo que não beijei,

Da festa em que não participei.

Ai, que saudades que tenho

Da viagem que não viajei,

De tudo que não fiz,

De tudo que não falei,

De todos que não amei.

Só não tenho saudades

Desse conto que escrevi.

Page 355: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): VALÉRIA LETÍCIA GRIEBLER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ALUADO

Correntes invisíveis

Era uma vez, em uma pequena cidade, uma menina chamada Valentina. Ela era jovem,

sonhadora e estudiosa. Dedicava-se para realizar os seus sonhos e todos a admiravam por isso. E o

melhor de tudo é que sua família e seus amigos a apoiavam muito.

Certo dia, ela conheceu um garoto. Ele não era um ícone de beleza, porém era engraçado e

fazia Valentina sentir-se bem. Ele dizia ter se apaixonado por ela e logo ela se apaixonou por ele e eles

começaram um relacionamento. A família de Valentina não gostava dele, mas deixaram a menina livre

para fazer suas escolhas.

O início de um relacionamento é sempre mágico, ela estava muito feliz, porém estava cega de

amor. Ele começou a manipulá-la, e logo ela havia se afastado de seus sonhos, de seus objetivos e de

sua família. Quando se deu por conta, tinham se passado dois anos e ela estava afundada em tristezas

e longe de seus sonhos como nunca esteve antes. Valentina sabia que o motivo disso tudo era sua

relação tóxica, mas estava apegada demais.

Até que decidiu que era melhor acabar com tudo de uma vez. Era melhor sofrer por um mês

ou dois por causa do término do que ficar presa e sofrer por anos em uma relação que claramente não

estava lhe fazendo bem. Pediu para que ele fosse até sua casa para que pudessem conversar, mas ele

não foi; então ela ligou para ele, queria fazer logo enquanto ainda tinha coragem.

Depois que ela terminou com o menino que amava, ela chorou muito. Mas não era para

menos, acabava de terminar uma relação de quase dois anos por meio de uma ligação.

Porém, após um mês, sem ela perceber, parou de chorar e sua vida melhorou mais do que ela

esperava. Ela voltou a sorrir, voltou a estudar, alcançou seus objetivos do mês, entrou para a academia;

enfim, ela percebeu o peso que tinha tirado de sua vida e conseguiu focar novamente. Ela agora era

livre novamente.

Page 356: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ADRIEL SECCONI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: SEXTOUU

Fim de semana começou

Começou segunda-feira,

Mal consigo levantar,

Já sinto a pressão subindo,

Acho que vou desmaiar.

Terça-feira, mais um dia,

Levanto-me novamente,

Com o sorriso de sempre,

Sinto-me um sobrevivente.

Quarta-feira, está na metade,

Só mais um esforço

E o sucesso é garantido,

Volto a dormir, sentindo-me um astrofísico.

Quinta-feira, quase lá,

Saio até mais arrumado,

Cabelo penteado

E sapato engraxado.

Sexta-feira, aleluia,

Agora é só diversão,

Sair com os amigos,

Durmo até no chão.

A energia é tanta,

Até me abraçou,

Dá-lhe que dá-lhe meu povo,

Fim de semana começou.

Page 357: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ANDRIELI FERNANDA ZAMBERLAM

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: METADE

Meio

É um poema.

Não tem início,

Nem fim,

Só meio.

Não tem início,

Porque esqueci.

Não tem fim,

Porque não vivi.

Só tem meio,

Porque é agora.

Não lembro do início,

mas era meio.

Meio também é fim,

até que deixe de ser.

E por aqui chego,

Ao fim,

Que pode ser início

Mas sempre será meio.

Fim.

Quer dizer…

Meio!

Page 358: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ANNA LAURA REICHERT

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: AMANHÃ

Só mais um dia

7 horas, já levantou.

7:30, já se arrumou.

8 horas, já correu.

8:30, muita água bebeu.

9 horas, está na hora de ir.

9:30, para as fotos sorrir.

10 horas, - não tomei café da manhã.

10:30, - não me importo com isso, você come amanhã.

11 horas, com os produtores se encontrar.

11:30, outro contrato fechar.

12 horas, - já dá para almoçar?

12:30, - por favor querida, está tentando engordar?

13 horas, - amor, que horas vamos nos ver?

13:30, - de noite, querida, eu vejo você.

14 horas, mais roupas provar.

14:30, - eu avisei que o zíper não ia fechar.

15 horas, - que tamanho me deu?

15:30, - PPP querida, deveria ser o seu.

16 horas, - agora vamos para o lanche?

16:30, - nem pensar, quer que seu cabelo desmanche?

17 horas, ligar para o namorado.

17:30, outra vez deu ocupado.

18 horas, finalmente chegar em casa.

18:30, e de novo ele se atrasa.

Page 359: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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19 horas, a janta preparar.

19:30, ele só pensa em trabalho, nem quer conversar.

20 horas, já tem que ir embora.

20:30, - desculpa meu bem, trabalho de última hora.

21 horas, nem consegue mais com isso se abalar.

21:30, os remédios tomar.

22 horas, já adormeceu.

Mais uma vez, o dia não viveu.

Será que amanhã vai acordar?

Finalmente essa rotina infeliz vai quebrar?

Mais um dia presa na dor,

Parou de buscar paz e amor.

Ela é só mais uma que não pode ver

O quão, sem isso, feliz podia ser.

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AUTOR (A): BRENDA ANDERLE HUBER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: JOGO

Busca

As pessoas dizem que o amor é um jogo,

Um jogo que você simplesmente não pode vencer.

Se há um jeito, eu irei encontrar um dia.

Eu acho que você se pergunta por onde eu estive,

Eu procurei encontrar um amor dentro de mim,

Eu voltei para te avisar.

Meus amigos se perguntam o que há de errado comigo,

Tenho algo por você, e eu não consigo deixar de lado.

Algumas pessoas dão a volta ao mundo por amor,

Mas elas podem nunca encontrar o que sonham ter.

O que você não faz por amor?

Você já tentou de tudo, mas você não desiste.

Page 361: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): CAETHEL BARRICHELLO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: BATMAN

Um amor para sempre

Depois de tudo que aconteceu te amarei,

como se fosse uma primeira vez,

preciso te encontrar mais uma vez

para dizer que te amo.

Amo de uma maneira inexplicável,

de uma forma inconfessável,

de um modo que é contraditório.

Você é luz, é paixão

e sempre foi o meu amor.

Porque você foi mais que um amor de verão,

sempre foi a minha paixão,

é o meu amor.

Não consigo viver sem você,

não consigo não ter você,

a minha vida não vale nada sem você,

sem seu sorriso,

sem seu carinho e seu leve abraço.

Não viverei sem você,

sem ter você,

por isso irei me entregar para você,

para que eu entregue o meu amor por você,

pois meu amor não pode ser descrito em palavras.

É um sentimento maior que tudo,

sentimento que não pode ser descrito em versos ou poemas,

Page 362: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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é um sentimento chamado AMOR.

O poema traz a paixão de um homem por sua amada que acabou falecendo e deixando-o

com o com saudades. Sua saudade foi tão longa e tão dolorosa que o homem decidi tirar sua vida

para dar o seu amor a sua amada e encontrá-la onde ela estiver.

Page 363: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): GABRIEL HENRIQUE FERREIRA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: TAIÃO TRATOR

O grande jovem

Grande jovem, não escute

o rufar da guerra nos tambores,

não se jogue na batalha

com as mortes e seus terrores.

Sei que a luta vai espancar,

e que, onde a sorte se traça,

o punho direito onde bate,

vai com uma dor que não passa.

Mas a guerra é pior que a morte,

e temo que não saboreie

o encanto fino do porre

ao fim da guerra bebendo cachaça.

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AUTOR (A): GABRIELA MENEGHETTI RIBEIRO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: 10CONHECIDO

Sonho

Acordei no meio da noite,

Calcei meus chinelos de dedo,

Fui até o banheiro,

Fechei a porta e olhei-me no espelho.

Fechei meus olhos por um instante.

Quando abri estava em outro mundo,

Um lugar estranho,

Um lugar completamente diferente.

Não existe dinheiro, nem tecnologia,

Não existe guerra, nem preconceitos.

Um lugar cheio de vida

Com uma energia inexplicável.

Pela primeira vez eu sinto,

Sinto o que nunca havia sentido antes.

Sinto paz, sinto calmaria,

Queria que todo mundo pudesse sentir

Pelo menos por um instante, por um segundo...

Tique-taque! Era o relógio, os ponteiros marcavam 6 horas.

Hora que acordo todos os dias,

Hora que acordo para o mundo real.

Tudo era um sonho, qual é o preço da realidade?

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AUTOR (A): JÚLIA ARNT LINKE

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: FAITH

Importar-se demais

Não consigo dormir. Viro-me. Reviro-me. O problema não é a cama, muito menos a posição. É

meu pensamento, um turbilhão deles, na verdade. “Dormimos quando não pensamos em nada”. O

que é nada? A escuridão seria nada? O início seria nada? Qual foi o nosso início? De onde viemos? Para

onde vamos? Por que eu não consigo dormir? A resposta: ansiedade. Sem motivo aparente. Ela

simplesmente vem.

Pesquisei no Google a definição de ansiedade: “Preocupação intensa, excessiva e persistente

e medo de situações cotidianas. Podem ocorrer frequência cardíaca elevada, respiração rápida,

sudorese e sensação de cansaço.” Vendo a última parte, nem parece tão ruim. Os sintomas fisiológicos

que ele me deu são parecidos com os que você sente quando corre. Bom se fosse. Ao contrário de uma

corridinha, na qual você se sente com o dever cumprido, sente todos os seus músculos trabalharem,

libera endorfina e fica automaticamente feliz; numa crise de ansiedade você não fica feliz, não sente

que fez o que deveria, muito pelo contrário. E torce para que dessa vez acabe; dessa vez, porque você

sabe que com certeza vai ter uma próxima.

Se não acontecer amanhã, talvez aconteça depois de amanhã, ou talvez daqui a uma semana,

uma quinzena, um mês? Ou até mesmo daqui a uma hora. Esperar a nova crise chegar já me deixa

ansiosa. Gosto de ter tudo sob controle, saber o que vai acontecer, quando, onde, como, por quê. Aí

comecei a ter as crises, e meu mundo virou de cabeça para baixo. Porque agora tem uma parte da

minha vida que é incontrolável, e só me resta aceitar e aprender a lidar.

Quando se tem ansiedade, é como se tivesse uma voz na sua cabeça constantemente dizendo

que você vai falhar, por conta disso você deixa de fazer coisas que você queria. Você sente que tudo

que faz precisa ser perfeito e que mesmo que nove pessoas gostaram do que você fez e uma não,

alguém não gostou e é a esse fato que todos os seus pensamentos se direcionam. Você fica se

perguntando o que fez de errado e o fato que talvez não seja culpa sua nem sequer perpassa sua

mente.

Entendi que ansiedade é uma constante espera, você sente que está sempre esperando

alguma coisa. Ansiedade são todas as conclusões, normalmente inexatas que você tira quando algo

acontece, todos os cenários criados na sua cabeça. Ansiedade é falta de autoconfiança, é achar que

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tudo de ruim que acontece é culpa sua. Ansiedade é estar constantemente preocupada, é ter pânico,

medos irracionais, mas que parecem tão reais. Ansiedade é pensar demais, é se importar demais.

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AUTOR (A): LAURA ROBERTA KREBS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ALOEVERA

Mundos

Samanta acordou com café na cama, mas não era um dia especial, sua mãe anunciou que

estava grávida e elas iriam jantar em algum restaurante oriental. A vida delas era muito boa, a mãe

trabalhava em uma transnacional e Samanta estudava no melhor colégio da cidade. Nunca faltou nada

na casa delas, sempre tinham além do necessário.

Enquanto isso, em outro mundo, mas na mesma cidade, Gabriel acordava com a briga do

barraco ao lado, sua mãe estava em algum ônibus a caminho da casa da sua patroa, seu café da manhã

seria alguma bolacha. A vida deles não era muito boa, muitos dias faltava comida e quando chovia a

casa enchia de lodo. Mas Gabriel era feliz, ele tinha amigos na rua em que morava, e ia à escola da

comunidade. Não tinha grandes planos para a sua vida, não tinha um emprego dos sonhos e nem

objetivos. Gabriel não criava expectativas, assim nunca ficava decepcionado.

Já Samanta pensava em ser atriz ou modelo. Bruna tinha grandes planos para a filha, médica

ou juíza era o sonho dela. Samanta frequentava escola integral, ela levava uma lancheira repleta de

pacotinhos plásticos. Ela era privilegiada, mas não sabia disso, pensava que todos tinham as mesmas

coisas que ela, pois seus contatos viviam todos como ela.

Era feliz, mas sempre achava que podia ser mais. Quem sabe se ela comprasse o último

aparelho eletrônico seria completa. Tem gente que a chamaria ingrata, outros ambiciosa. Samanta

reclamava de muitas coisas, e agradecia por algumas, tinha grande habilidade para conversar com

pessoas e convencê-las a fazer coisas.

Um dia os dois jovens se encontraram caminhando no centro da cidade, Gabriel invejava a boa

vida da menina e a seguiu. Samanta percebeu a companhia e questionou, ele disse que era um engano,

e continuaram a caminhar. Novamente ela se incomoda e pede distância, ele mente que estava

procurando emprego.

Ela liga para a sua mãe e finge que ele está contratado como jovem aprendiz. No suposto

primeiro dia de trabalho ele vai até a empresa e é barrado na entrada. Ele percebe que foi enganado.

Samanta está em casa se sentindo culpada e pensando se ele acreditou.

Decide ir até a empresa, onde encontra Gabriel sentado na frente. Ela se desculpa e questiona

a vontade do menino. Ele inventa que queria reformar a casa da sua mãe, o que não é mentira, mas é

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uma desculpa para conseguir o emprego. Ela conversa com sua mãe e consegue um emprego para ele.

Errar é humano, assumir o erro é caráter.

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AUTOR (A): LÍVIA PETRY HOLZ

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ALGUÉM

Tudo parado

Empresas tornando-se cada vez maiores

E eu acreditando em ações melhores;

O céu estava coberto de fumaça

E as estrelas já não tinham mais toda graça;

Trocamos a grama pelo asfalto

E o mar encheu-se de plástico

Até que um vírus privou todos os nossos laços.

Tudo parado e eu tentando sobreviver

Em um mundo que eu não havia sonhado,

Disseram para a gente se esconder

E os aplausos passaram a ser uma forma agradecer.

Mas a Terra voltou a respirar,

Porque a fumaça não continuou a se espalhar.

Quando encontramos a solução,

A esperança inundou o nosso coração,

Todos preferiram o mundo que encontramos

Ao invés do que deixamos;

Dançamos, pulamos e abraçamos

E de amor nos contaminamos;

Tudo isso para entender

Que nunca podemos esquecer

De um mundo melhor para se viver.

Page 370: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

370

AUTOR (A): LORENZO KONDRA BRUXEL

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: HEROBRINE17832904

O elo estremecente

Tudo isso é um absurdo, há dúvida de si mesmo,

Falta de vontade de viver, tudo conectado, tolice.

É a dormência cuidada

Eu fui bloqueado pela vida e pela luz.

Mas a angústia vai romper com um estalo

Que derrete silenciosamente como uma lágrima.

Na sua natureza profunda

Vai acertar a luz nos meus olhos.

E novamente se liberta

A lealdade à sua própria estrela

Com um senso de luz e natureza

Em sua plenitude destemida.

Page 371: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

371

AUTOR (A): LUIZA DINIZ CASSOL

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: FALLON

Eduardo Dal Forno

A partir do dia em que o conheci

Minha vida mudou,

Ganhei não apenas um amigo,

Mas sim, uma inspiração.

Sempre lembrarei do dia em que nos conhecemos,

Você aproximou-se de mim,

Começamos a conversar

E desde então, tornamo-nos inseparáveis.

Você foi luz na minha vida,

Com você aprendi o significado de amizade verdadeira.

Quando mais precisei de ajuda,

Você sempre esteve aqui.

Hoje eu só sei sentir saudades, Dudu.

Você tornou minha vida muito mais feliz.

Estou sofrendo,

Mas sei que desejaria ver-me seguir em frente.

Serei eternamente grata por tê-lo tido em minha vida.

Peço desculpas pelos meus erros,

Pelas vezes que não o escutei,

E mesmo assim, você sempre esteve aqui.

Quando me sinto sozinha,

Com medo de tudo,

Lembro que você sempre estará comigo.

Page 372: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

372

Tenho certeza que estou bem protegida.

Prometi a você que viajaríamos juntos,

E cumprirei minha promessa.

Mesmo você não estando comigo

Levá-lo-ei no meu coração para qualquer lugar do mundo.

É como dizem,

Ninguém entra nas nossas vidas por acaso.

Eu sei que a nossa amizade é para sempre

E tenho certeza de que nossos destinos ainda se cruzarão.

Agradeço por tudo que fez por mim,

Pelos nossos momentos juntos,

Por ter confiado na nossa amizade desde o primeiro dia.

Amá-lo-ei para sempre e infinitamente.

Page 373: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

373

AUTOR (A): MARIA VITÓRIA DE OLIVEIRA BAZANA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ANY

Ainda não esqueci de você

Levou um tempo para eu entender, eram dias pensando somente em você.

Queria de todas as maneiras impossíveis dessa vida encontrá-lo.

Eu chorei e não foi pouco, desejei e sonhei.

Você era um sonho, o meu sonho.

Encontrei-o diversas vezes sonhando acordada.

Estávamos de mãos dadas, você sorria para mim e sabíamos exatamente aonde ir.

Você cantou pra mim e eu me encantei por você.

A cena chegou ao fim, você se despediu, a cena que deixou a desejar, talvez um dia iremos

nos encontrar.

Você foi, mas ficou em mim. Não vou mentir, fiquei envolvida e você saiu da minha vida.

Page 374: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MELISSA HOFFMANN FAGUNDES

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: DONNA SHERIDAN

A lascívia

Com a luxúria no olhar,

É a dádiva e o castigo,

Ama-me com volúpia,

Pois cá, possuo-te nua e frígida.

A íris radiante

Brilha como a luz de mil estrelas,

E do que adiantaria o'Salvador,

Sem pecadores.

Pois tu és o veneno que trago no pulsar de minhas veias,

O sangue ardente,

O cálice,

O pecado mais gostoso

Que rasteja em minha mente,

E esse amor quase fatal

Mudou-me,

Tal como a incoerência do destino.

E eu, despido de amor,

Estremeço ao seu toque,

E como uma tela sobre o cavalete

Meu corpo clama por arte.

Page 375: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): RAFAELA GOMES SCHINAIDER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: CÉU

Nosso mundo

O mundo é tão pequeno

Pode me julgar e pode me abraçar.

Você pode esperar os arrependimentos,

Mas em um mundo tão pequeno,

Não há espaço para recomeços.

Não há espaço para ouvir,

Não há espaço para vibrar,

Nesse mundo tão pequeno,

Será que se pode pensar?

Em um mundo tão pequeno,

Os julgamentos são demais.

Mas será que todos enxergam

O que você passou lá atrás?

As informações são poucas,

Mas somos obrigados a saber,

Puxados de ambos os lados,

Forçados a vencer.

Nesse mundo tão pequeno,

Somos forçados a escutar

As histórias mostradas,

Não sabemos no que acreditar.

Nosso mundo é pequeno,

Mas seu estrago é letal.

Page 376: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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O que está acontecendo com a humanidade

É fora do normal!!

Page 377: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): THIAGO PLATERO CENEDESE

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: GOL QUADRADO/ BOLACHEIRO

O som

O seu som me enriquece.

Só você me faz sorrir.

E quando eu ouço,

Tudo fica bem mais tranquilo.

O seu som é meu abrigo.

Quando não ouço,

O mundo fica em silêncio.

Sem você, o que ia ser de mim?

Com você ao meu lado,

Consigo me distrair.

Com o seu som,

Consigo ser feliz.

Page 378: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): AMANDA GABRIELA WÄCHTER MOTTA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: UNICÓRNIO MÁGICO

Sábado de manhã

Era um lindo sábado de manhã,

Na rua corriam a brincar

Dois jovenzinhos felizes

Amarelinha iam pular.

A menina, sempre alegre e brincalhona,

Encantava todos os meninos da vizinhança.

O menino, com sua bola do Barcelona,

Corria ao encontro dela cheio de esperança.

Todas as manhãs de sábados eram assim.

Os dois amigos passavam horas brincando.

Jogando bola, correndo e cantando

Até a hora do almoço.

E esse grande laço de amizade

Cada vez mais se fortalecia.

Mas nada nunca mudara

De como já fora um dia.

Anos se passaram e cada um tinha sua família.

No mesmo bairro moravam

e a amizade permanecia.

Como de costume sábado era o encontro.

Os amigos conversavam em harmonia,

Seus filhos corriam aos arredores

E eles em pura sintonia.

Page 379: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

379

E assim foi por anos.

A amizade dos dois garotinhos

Da infância para vida

Construída, vivida e divertida.

Page 380: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): ANA CLARA PANIZ DONAZZOLO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: UMA ARTISTA SEM NOME

A arte e a arte

Eu precisava escrever um texto. Era mais que necessário; era urgente! O problema é que não

tinha ideias. Quer dizer, ideias tinha, mas nenhuma me satisfazia.

Falar sobre amor? Clichê. Falar sobre como estou enfrentando o isolamento social? Nem eu

sei! Falar sobre as gotas caindo da torneira em um ritmo frenético até se tornarem um filete esguio de

água? Muita física envolvida.

E foi aí que eu me lembrei de uma tirinha que vira algum tempo atrás. Era a curta história do

artista que não tinha ideias, até que percebeu que esse vácuo era sua arte. Nesse emaranhado de

metalinguagem, que é toda e qualquer arte, é que ela está em sua forma mais complexa - ou simples,

dependendo do ponto de vista. A inspiração do artista pode ser a falta dela.

Eu precisava escrever um texto. Quando vi, tinha escrito esse.

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AUTOR (A): ANA JULIA CASSOL

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: PASSIONE

This is love

Amora Costa sempre foi uma garota que vivia rodeada de pessoas. Em casa tinha seus pais,

sempre presentes e que faziam de tudo para vê-la feliz. Na escola, as amigas que não a abandonavam

nunca, juntas formavam o trio mais inseparável que o colégio inteiro já havia visto. A vida amorosa

então, não havia nem o que dizer, era perfeita. Amora namorava desde seus 15 anos o mesmo garoto,

Guilherme Araújo, seu fiel companheiro. Ele a respeitava, acompanhava suas aventuras e incentivava

a namorada a estar sempre presente na vida das amigas.

O trio inseparável – Amora, Laura e Teodora – havia planejado toda sua existência; elas haviam

decidido em qual universidade estudar, em qual cidade e apartamento morar, quais viagens fazer e

milhares de outros planos infinitos. Contudo, a vida não é um percurso fácil e planejado, ela gosta de

surpreender e Amora conheceria logo as surpresas reservadas a ela.

Com 19 anos, a garota e as amigas se mudaram para um prédio próximo da faculdade de São

Paulo. Cada uma tinha seu próprio apartamento, gostavam de privacidade; moravam em andares

próximos e sempre estavam se visitando; quando não podiam se ver, lotavam os aplicativos com fotos

e mensagens, não se desgrudavam um segundo. Amora também não morava com o namorado, o casal

achava que por enquanto deveriam ter cantinhos separados, porém é claro que pensavam na ocasião

em que morariam juntos.

Entretanto, foi naquela tarde chuvosa de sexta-feira que a vida e os planos de Amora Costa

seguiram outros caminhos. A menina e o namorado haviam combinado de maratonar a série mais

atual do momento. Amora havia sido dispensada de seu estágio e por isso Guilherme havia ido até o

mercado comprar algumas guloseimas, acabando por deixar o celular no apartamento. Enquanto

conversava com as amigas, Amora ouviu o toque do aparelho do namorado; assim que chegou à sala

para atender, o som parou, era um amigo da faculdade ligando, então ela nem se preocupou; somente

quando o toque recomeçou, ela atendeu e sentiu as coisas ficarem estranhas.

Tão logo colocou o celular no ouvido, reconheceu que a voz não era de um homem e sim de

uma mulher. Em seguida não houve “alô?”, mas, sim, “amor?”. O mundo de Amora, assim como o céu

do lado de fora, desabou. A garota não esperava por isso, sempre confiou no namorado, nunca

percebeu nada de errado. É, infelizmente não podemos escolher como terminar relacionamentos e

muito menos prever corações partidos. Amora não precisou ouvir mais nada para dar fim a ligação do

Page 382: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

382

celular de Guilherme, como também não quis ouvir suas explicações meia boca quando ele retornou

do mercado. Ela apenas deu fim ao relacionamento, mandou uma mensagem às amigas e chorou o

resto do dia encolhida na cama.

***

No sábado de manhã, logo que acordou, Amora sentiu que precisava de um remédio para dor

de cabeça e, sabendo que não encontraria em casa, foi direto para a farmácia mais próxima comprar

uma cartela. A chuva ainda não havia parado, estava um pouco mais calma, ao contrário da garota,

que continuava triste e sentindo-se perdida. Para Amora, parecia que sua vida queria deixá-la pior

ainda, pois no caminho até a farmácia seu guarda-chuva estragou e toda sua roupa e cabelo ficaram

molhados. Todavia, a vida não apresentava somente coisas ruins, já que uma mulher, que poderia ser

considerada um ser de luz e nunca seria esquecida por Amora – assim como a palavras ditas por ela –

, aqueceu um pedaço de seu coração.

Ao notar a menina cabisbaixa e encharcada, tal mulher sentiu compaixão e aproximou-se para

ajudar a jovem. Começou compartilhando o próprio guarda-chuva, prosseguiu perguntando o que

havia acontecido. Amora, que havia sentido algo especial vindo da outra, contou que havia sido traída

e que não tinha sorte com nada. A mulher, sem demora, finalizou dizendo “meu bem, ninguém precisa

do amor de outro alguém para ser feliz e realizado. Como você vai amar outro alguém se não ama a si

própria primeiro? É preciso ter positividade para que as coisas deem certo; comece com isso e as coisas

começarão a melhorar.” Rapidamente elas se despediram. Amora entrou na farmácia, pegou o

remédio sem nem notar que a dor de cabeça havia passado e partiu para casa.

***

Sentindo sua aura mais leve, a garota sentiu que precisava aproveitar mais de sua própria

companhia. Logo que chegou em casa largou tudo na mesa da cozinha e foi cuidar de si. Passou o dia

longe do celular, refletiu sobre a vida, cuidou da pele, do cabelo e do espírito. À noite, decidiu procurar

um roteiro de viagem, iria aos destinos mais procurados do Brasil sozinha; estava a fim de se conhecer

mais, de aprender a conviver consigo mesma.

***

Um mês depois, Amora estava no aeroporto se despedindo de suas amigas, iria ao Nordeste,

para as praias mais paradisíacas que havia visto nas fotos e blogs da internet. Passaria duas semanas

inteiras apreciando tudo solitária. Sentia que esse era o pontapé inicial para amar a si mesma, afinal o

que é melhor do que ficar distante de conhecidos para se autoconhecer? E assim foi sua primeira

experiência de viagem aos estados nordestinos: Amora conheceu praias tão belas quanto às

caribenhas, avistou pessoas de diversas nacionalidades e belezas únicas. Fotografou tudo, desde o mar

até os turistas. Ela pensava em como esse retiro espiritual – assim nomeado por ela mesma – daria um

ótimo editorial para a revista que sonhava em trabalhar, a Colors.

Page 383: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

383

Após desfrutar profundamente de sua paz interior e amor próprio, a menina retornou a São

Paulo com uma bagagem ainda maior. Carregaria para sempre o ensinamento presente nas palavras

da mulher naquele dia chuvoso, ela havia sido essencial para a mudança de Amora. A garota não se

achava capaz de viver solitária, tanto que sempre tinha a companhia de seu ex-namorado ou das

amigas no apartamento, mas aprendeu a sentir o amor e a espalhá-lo. E foi dessa forma que Amora

produziu um de seus maiores projetos de trabalho e de vida.

No dia do término com Guilherme, ela havia sido dispensada de seu estágio e não imaginava

que seria contratada por outra revista tão cedo – Amora fazia faculdade de Jornalismo na USP –,

porém, depois de seu retiro espiritual, já se sentia mais confiante e preparada. Com isso, montou um

arquivo reunindo todas as suas ideias e fotos, enviando para a Colors, revista brasileira com circulação

mundial, que possuía diversos editoriais modernos e de empoderamento feminino.

Algumas semanas depois, Amora recebeu um e-mail confirmando sua vaga no estágio, assim

como a disponibilidade de uma coluna semanal para o artigo planejado pela garota, o “This is love”.

Ele tinha como finalidade espalhar a ideia do amor próprio e o cuidado com sua própria alma. O

objetivo da menina era fazer com que mais mulheres se descobrissem autossuficientes e se

aceitassem; já nos primeiros meses da coluna o sucesso foi garantido. O editorial ficou famoso

mundialmente; depois que a faculdade de Amora terminou, ela já era consagrada no mundo inteiro e

havia conseguido uma vaga permanente na revista.

Ela se sentia imensamente realizada e agradecida pelo conselho da mulher desconhecida

naquela ida até a farmácia; graças a ela foi possível espalhar a semente do amor e abrir-se para novas

oportunidades e relacionamentos. Amora, assim como suas leitoras, sentia-se completa sozinha; ela

tinha o desejo de namorar e casar, mas independente da companhia, sabia se respeitar e amar, e esse

fato nada e nem ninguém poderia mudar.

Page 384: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

384

AUTOR (A): AUGUSTO ALENCAR TRATSCH ROSSI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: A.A MARECHAL

Poema sobre felicidade

Sorrir, curtir o hoje,

celebrar a vida, esquecer o ontem,

não ter medo do amanhã.

Deixe a felicidade tomar conta da sua mente.

Dance, prove que é livre

não somente entre conhecidos,

Prove que a sua mente está liberta.

Palavras não conseguem demonstrar um sentimento,

Porém um sorriso, uma risada,

Leva a alma a uma paz inexplicável,

o que poderia ser difícil através de palavras.

Sem hora para acabar, sem hora para acordar,

e, sim, para curtir a vida.

A alegria nos faz descobrir o espírito pessoal,

Perceber quem está ao redor e o valor de cada pessoa.

Demonstrar, ser capaz de sentir apenas com gestos,

Sorrir em sentir a batida de uma música.

Esse é o poder da felicidade:

Fazer-nos perceber o quanto estamos livres.

Page 385: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

385

AUTOR (A): AUGUSTO FISCHER ROBERTI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ESCRITOR

Simplicidade é igual felicidade!

Na grande São Paulo, vivia um grande empresário, dono de diversas empresas de

reconhecimento internacional. Queria sempre mais patrimônio, que mais países comprassem seus

produtos, ou seja, cada vez mais dinheiro em seu bolso. Evidentemente sua bonificação por seus

trabalhos era alta, ademais, não é um trabalho fácil e exige muito empenho, dedicação e, sem sombra

de dúvida, muito estresse e pouco tempo com a família. Por falar nisso, sua esposa e seus dois filhos

sentiam falta do marido e pai, até nos fins de semana o homem não parava de trabalhar para garantir

o perfeito funcionamento de suas multinacionais. Depois de anos sozinha e esperando-o chegar, sua

esposa o intimou e a ele disse: “Se você não passar mais tempo com sua família nós três iremos embora

desta casa!” O homem, então preocupado, no dia seguinte planejou uma viagem em família.

A viagem seria para uma praia paradisíaca do México; a família pegou um avião e partiu. Eles

ficariam por 5 dias viajando, todos os dias estavam lotados de atividades muito interessantes, radicais

e de envolvimento com pessoas, no caso, entre os próprios familiares. Despertavam cedo, café, almoço

e janta eram entre os quatro, algo muito incomum no cotidiano (o empresário deixou seu ‘‘braço

direito’’ no comando do trabalho). Estavam sendo dias muito cansativos; nos fins da tarde, todos

sentavam-se na sacada do hotel à beira-mar para relaxarem e conversarem juntos, como uma

verdadeira família. Desta maneira, o homem estava cada vez mais feliz e querendo ficar mais tempo

com sua mulher e filhos. Porém, nestes fins de tarde, sempre observavam um homem mais velho,

barbudo e descalço que, com um barquinho de madeira e uma rede de pesca, ficava meia hora no mar

e sempre voltava com algo em torno de 50 ostras.

Até que no último dia de viagem, com seu pensamento de gestor, o homem de negócios, que

sabia falar espanhol por conta de sua profissão, desceu para a praia e foi trocar uma ideia com o

pescador.

-Você nunca pensou em comprar um barco maior e com mais instrumentos de pesca?

-Por que eu compraria?

-Assim, você conseguiria mais ostras, para obter mais lucro.

-Eu pesco para consumo próprio, meu e de minha família.

- Mas com isso você consegue pescar um número 10 vezes maior de ostras, tornar-se-ia um

grande fornecedor de uma grande compradora, ganhando muito mais dinheiro e ficando rico.

Page 386: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

386

-Tudo bem, eu entendi você, mas por que está me dando dicas para ficar rico?

-Porque com isso você poderia ter o que quisesse, viver em uma ilha ou praia paradisíaca,

sentir a natureza e não ter mais problemas em sua vida.

-Muito obrigado por tudo isso, mas eu já sou muito rico, tenho uma família linda com quem

passo o maior tempo dos meus dias; vivo em um lugar paradisíaco, não tenho nenhum tipo de

incômodo ou estresse e tenho a oportunidade de oferecer alguns pescados fresquinhos e vindos

diretos do mar para quem eu amo, além de ter vida e muita saúde.

Após ouvir isso, o empresário nunca mais foi o mesmo e percebeu que deve aproveitar o seu

tempo na Terra, ver seus filhos crescer, cuidar de sua família e ser grato, por tudo e todos. Passou a

levar a vida de uma forma mais simples e, com isso, mais feliz.

Page 387: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): BERNARDO ANTÔNIO JAHN BARROS

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: LEOPOLDO

Digas o que tu cantas e eu te direi quem tu és

A música está acompanhando o povo brasileiro desde o início de sua história. Foi criada a partir

da mistura de elementos europeus, africanos e indígenas, trazidos pelos colonizadores portugueses,

além de escravos e nativos que já habitavam essa terra. Ainda por ser uma forma genuína de expressar

opiniões e visões que o mundo reflete, ela também demonstra as condições socioculturais nas quais

os indivíduos estão inseridos.

Nessa perspectiva, dentre os estilos musicais mais populares no Brasil, o samba antigamente

tinha um lugar de destaque. Esse estilo musical, por sua vez, era mais praticado entre os negros,

revelando letras que mostravam os seus desejos de libertação. Durante o Regime Militar brasileiro, no

entanto, a MPB (música popular brasileira) seguia o movimento cultural brasileiro tropical, o qual tinha

em suas letras ideais que mostravam a indignação do povo frente à realidade, porém com uma

indignação reprimida, pois a censura reinava no solo brasileiro. Exemplo disso é a letra da música de

Geraldo Vandré, “Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores”: “Vem vamos embora que esperar não é

saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer”. Os versos relatam a insegurança, imploram a

tomada de decisão e a luta pelos direitos, tendo em vista o cenário da época.

Na realidade brasileira atual, o funk é o estilo mais popular e abrangente. Ele surgiu nas favelas

do Rio de Janeiro, onde antigamente existiam DJs que buscavam inovar ritmos de músicas similares às

dos negros. Já na atualidade essas músicas são diferentes. A maioria de seus autores usa palavras de

baixo calão, incentivando a violência, o uso e o tráfico de drogas. Esses compositores, na maioria das

vezes, são pobres e frequentam diariamente locais que os inspiram a compor suas músicas. Nesse

sentido, os temas mais frequentes envolvem a discriminação, a desigualdade, a violência e o

desrespeito, ou seja, seu próprio contexto social. Embora esse estilo apresente uma grande expansão

comercial, ele continua obtendo grande resistência na sociedade.

Portanto, é muito importante que as pessoas incentivem a música brasileira, afinal ela nos

representa, conta a nossa história e muda-a também. Paciência, coordenação, capacidade de

memorização e de concentração são alguns benefícios que a música nos dá. Independentemente de

sua classe, etnia, cor e raça, todos conhecem a música e ouvem-na no decorrer dos dias. Existem

pessoas que vivem da música e assim trilham a história.

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AUTOR (A): BIANCA KONZEN SANAYOTTO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: FLOR BRANCA

Superação

Todo mundo, alguma vez na vida, teve medo algum medo, independente de qual for. Para

mim, desde muito pequena, encarar uma plateia sempre foi muito desafiante; era como se meu corpo

esfriasse e paralisasse pelo simples fato de eu ver uma multidão na minha frente; tornava-me outra

pessoa. Eu tentava pensar em coisas boas, concentrava-me em outros assuntos, mas nada adiantava,

era sempre a mesma sensação.

Em minha adolescência, participava do grupo de teatro da minha escola (confesso que era por

obrigação, pois o sonho da minha mãe sempre foi me ver atuando e dando orgulho às pessoas, sem

contar que ela sempre quis também que eu fosse famosa), que sempre apresentava peças teatrais em

épocas festivas, de diversos assuntos que havíamos ensaiado durante o ano inteiro. Nos ensaios eu

me sentia muito bem, o que parece impossível para quem faz de tudo para ficar longe de um palco ou

de uma apresentação. Eu me sentia livre, eu era eu, alegre, empoderada, dramática e sentimental

(quando necessário).

Certa vez, em uma das últimas peças que ensaiamos, fui escolhida para ser a personagem

principal, Alice, do filme “Alice no País das Maravilhas”. Fiquei tão entusiasmada que aceitei sem

pensar; o figurino era deslumbrante, a menina era incrível e simpática, adorada por todos. Depois de

meses de ensaio, chegou o dia da apresentação. Mesmo sendo somente para os pais e familiares, eu

estava assustada, com medo e tímida. Só de olhar por uma pequena fresta atrás da cortina para aquela

plateia de 50 pessoas já fiquei branca de nervosismo; porém, mesmo duvidando da minha própria

capacidade, eu sabia que eu era capaz de entrar lá e dar o meu melhor.

Cinco minutos antes, concentrei-me e pensei na pessoa que eu era durante os ensaios. Eu

acreditava em mim mesma e era isso que bastava. O apresentador já tinha feito sua fala e sua

introdução; era minha vez! Entrei, com o suor escorrendo entre meus dedos e meu pescoço, não tinha

mais como desistir. Olhei para a plateia, vi minha família, toda orgulhosa e feliz. Eu não poderia

decepcioná-los.

As cenas foram passando, passando e passando. Deu tudo certo! Nem percebi em qual

momento meu nervosismo foi embora, eu simplesmente me deixei levar. As palmas no final me

deixaram tão forte que percebi que o teatro era o que eu queria para o meu futuro. Sim! Eu queria

continuar fazendo isso, e, até hoje, com 20 anos, agradeço a minha família por ter tomado a iniciativa

Page 389: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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de me colocar naquele grupo e insistir sempre, dando apoio. Além de superar meus medos, percebi o

que eu realmente amo fazer. Sou muito grata por tudo e não me arrependo de nenhum segundo. Ou

seja, nada na vida se alcança facilmente, precisamos passar por dificuldades e superá-las para

percebermos o quão forte somos.

Page 390: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): BRENDA LUISA BUTTINGER RODRIGUES

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: PARIS

Horas e minutos

O barulho de sua voz é agudo

Ecoando no meu quarto escuro.

Eu preciso de um escudo

Contra seu golpe duro.

O mundo gira.

O sonho acabou.

Sua cor me inspira.

Tudo terminou.

O frio já não me incomoda.

Tudo que sinto é dor.

Meu amor fora da moda.

Sua culpa, despertador.

Page 391: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): CAMILA LENA MARTINI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: OBSERVADORA

Mundo em cores

A década era de 60. Encontrava-me sentada no chão da sala olhando encantada as notícias na

televisão 20 polegadas que meu pai comprou na loja aqui da esquina. Sim, tivemos que escolher entre

ela ou o sofá e, desde então, aquela tela com imagens em preto e branco se tornou meu passatempo

preferido (é claro que naquele momento meia hora em contato com a tecnologia era o máximo que

podíamos ter sem que excedesse a conta de luz no fim do mês). O mundo naquela época tinha tantos

problemas que eu, com apenas 10 anos de idade, nem podia imaginar. As leis já existiam, mas a

exclusão de mulheres e negros era comum no dia a dia, sem contar nos homossexuais, dos quais nem

ouvia falar. Ninguém acreditava que, décadas depois, aquilo tudo mudaria. E ainda não acreditam.

Hoje, encontro-me em uma das ruas mais movimentadas da cidade, repleta de outdoors

reluzentes que distraem os motoristas enquanto esperam aborrecidos em meio ao congestionamento.

As vitrines das lojas decoradas com panos e objetos coloridos, as árvores e canteiros trazem um ar

aconchegante – mesmo que ninguém as perceba – e as pessoas andam pela calçada como se não

pudessem perder nem mais um segundo de suas vidas. Eu, como sempre fui uma boa observadora,

passo o dia analisando tudo o que ocorre por aqui e, a cada dia que passa, sinto que sou um relógio

parado em meio a todo esse caos.

A tecnologia tornou-se o brinquedo das crianças, os filmes nos levam a qualquer lugar do

mundo, no mais distante das nossas imaginações, as televisões já contam com imagens atrativas e

coloridas; mas é incrível como tudo ainda parece preto e branco, igualzinho a 1964. É intrigante pensar

que tudo mudou e ao mesmo tempo nada muda. As pessoas vão às ruas em busca de seus direitos –

o que não ocorria no meu tempo de infância -, a Constituição impõe leis de igualdade de gênero, raça,

etnia, orientação sexual, mas nada funciona se a sociedade permanece a mesma. Em pleno século XXI

deparo-me com pessoas menosprezando as outras, como se fossem objetos; mulheres sendo mortas

por serem mulheres; homossexuais sendo vítimas de atos discriminatórios e negros sendo

assassinados pela sua cor. É lastimável. E tudo isso se torna pior ainda pela lei que garante igualdade

a todos ser a mesma que absolve policiais por matarem homens negros, pelo simples fato de distinção

de cor entre suas peles. Policiais que atiram em crianças de 14 anos só por estarem no lugar errado,

na hora errada. É chocante como esses acontecimentos diários não assustam mais as pessoas a ponto

de fazê-las mudar suas atitudes e serem humanas.

Page 392: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

392

De nada adianta estar dez horas por dia no trabalho para acumular riquezas se você não for

capaz de chegar em casa, beijar sua mulher e dar a devida atenção aos seus filhos. Encaminhar

mensagens feministas e criticar uma mulher em uma festa por estar usando um vestido curto demais.

Postar “Black Lives Matter” nas redes sociais sem saber a importância e a luta por trás disso só porque

todos estão fazendo. Você não vai ser uma boa pessoa por representar ser o que não é. A vida é muito

mais do que um simples Iike no Instagram. A tecnologia não é o que torna as pessoas ruins, mas como

elas a utilizam. Sua falsidade não vai salvar o mundo, mas sua empatia, justiça e boa vontade vão. É

disso que o mundo precisa, de pessoas e não de objetos. A humanidade precisa ser “humana”, senão

nada do que ocorrer importa.

Page 393: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): CARLOS EDUARDO JALOWIETZKI GRÜN

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: POETA

Amor

Dor

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AUTOR (A): DIEGO GABRIEL SARTORI

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: KODOKUSHI

Céu Azul

Ahh, se pudesse voar e nunca mais pousar

Você iria direto ao céu azul que brilha, certo?

Esquecendo as tristezas que já passou;

Começando a entender o que é esta dor.

E quando esses sentimentos tocarem,

Dentro de você tudo mudará;

É como acordar de um sonho em um novo mundo.

Então abra a suas asas e voe.

Você sabe que se conseguir superar, vai encontrar o que procura,

Então, continue tentando se libertar;

Para àquele azul, céu azul,

Como se toda a civilização fosse embora,

A enferrujada, antiga janela quebrou-se.

Você está tão cansado de olhar para essa gaiola,

Da qual você se joga para fora.

Sem nunca olhar para trás,

Isso faz você latejar e perder o ar;

E você chutou a janela até abrir para fugir.

Você disse que se pudesse correr,

Você iria conseguir;

Você está sendo tentado por aquela distante, distante voz.

Deslumbrante, ela agarra sua mão até você perseguir o céu azul.

Eu compreendo

Page 395: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Que você está caindo,

Mas, ainda assim,

Continue atrás da luz!

Page 396: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): DIEGO RIETH

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: VILAREJO

Dias melhores

Tudo estava diferente,

da chuva há mais de dois meses

que nenhuma gota caía.

O céu sempre claro, azul.

A grama já morta,

árvores morrendo.

Animais passando fome,

rachaduras pelo chão.

Ali, naquele pequeno vilarejo,

sempre a esperança ainda tinham

de que dias melhores iam chegar.

Aquele sol deu lugar à chuva,

Tudo amanheceu diferente,

Havia pássaros a cantar,

pessoas a conversar.

A poeira virou lama,

árvores, verdes.

Iniciava um novo ciclo,

Era hora de recomeçar.

Page 397: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): EDUARDA DALAVECHIA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: IPÊ AMARELO

Morada

Foi naquele dia,

corri pra ver o mar

e você estava na areia...

a paisagem era linda

e o laranja do fim de tarde

ficava tão bem em você...

e agora eu me sinto

longe de casa

quando você vai embora,

porque na verdade,

quando você vai embora

minha casa não existe.

E sobre os meus pensamentos:

você está neles

e em todas as partes de mim.

Page 398: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): FELIPE ALBERTO ZILLMER KOCHHANN

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: COLORADO

Um sonho de pesadelo

Luana e Rodrigo eram um casal apaixonado, pois é, eram. Eles amavam muito um ao outro,

eram suas caras metades, mal sabiam que um dia tudo isso iria acabar por causa de um terceiro que

entrou na relação do casal.

A rotina de Luana era muito corrida, saía de casa cedinho, ia para o trabalho, voltava só de

noite; enquanto a rotina de Rodrigo era dormir o dia inteiro e acordar só pra comer, isso porque ele

trabalhava na madrugada; não era nenhum tipo de traficante, era apenas um entregador de jornal.

Mas isso não os impedia de fazer amor, tinham o fim de semana inteiro para se curtir.

Rodrigo, certo dia, acordou antes de Luana, preparou um belo café da manhã, mas com um

sanduíche meio diferente. Ela foi morder o sanduíche e viu uma aliança, logo ela pensou que ele a

havia pedido em casamento, ela foi correndo até Rodrigo e falou que queria se casar. Rodrigo foi no

mesmo dia agendar tudo, igreja, festa e lua de mel.

Em um dia normal de trabalho do Rodrigo, por volta das 3h30min da madrugada, volta para

sua casa, pois passou mal. Chegando lá, ouviu uns gritos, os mesmos gritos que Luana costumava gritar

para Rodrigo. Então ele, suspeitando de algo, entrou devagarinho no quarto, dito e feito: Luana estava

transando com seu melhor amigo, Ricardo. No momento em que viu, Rodrigo saiu correndo e

chorando, passou a noite na rua.

No outro dia, Luana liga para ele pedindo desculpas; ele recusa só pede para ela jogar suas

roupas pela sacada, pois não queria nem olhar na cara de seu ex-amor. Com apenas um trocado de

dinheiro e duas passagens para Cancun, não sabia para onde ir; sua família não morava por perto, o

único amigo que tinha era Ricardo, mas no momento deveria estar fazendo sexo com Luana.

Rodrigo precisava de um lugar para dormir, achou um hotel com diária de 400 reais, era o mais

barato na grande Rio de Janeiro; ele não tinha este dinheiro, mas havia duas passagens com tudo pago

pra Cancun e várias moedas das Olimpíadas de 2016. Dirigiu-se até uma casa de penhores, conseguiu

300 reais com as moedas, mas ainda não conseguia cobrir uma diária; então resolveu criar uma rifa,

intitulada como “Ajude Rodrigo”, o grande prêmio eram duas passagens para o México, com tudo

pago.

Page 399: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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Ele saiu vender em um dos bairros mais ricos do Rio, Copacabana; conseguiu vender todos os

números e teve dinheiro para pagar 7 diárias no Hotel. Houve um homem que comprou cem números,

pois Rodrigo contou a história que havido acontecido, o homem sentiu pena e dispôs-se a ajudar.

No dia em que ocorreu o sorteio, a vitória foi para este homem; mas como eram duas

passagens, o homem convidou Rodrigo para fazer a viagem juntos e, no fim das contas, Rodrigo foi

morar com ele e viveram felizes como uma família.

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AUTOR (A): GABRIELA KIESEL

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: ALGUÉM

Viver e refletir

Hoje o sol nasceu,

O pássaro cantou,

A flor floresceu

E o meu dia iluminou.

Viver, curtir, compartilhar,

Faça tudo para aproveitar.

Não importa o que falam

E muito menos o que pensam.

Já pensou em viajar?

Conhecer o mundo lá fora?

Ou em aproveitar coisas novas?

O mundo é grande e “da hora”.

Não pense duas vezes,

Às vezes, amanhã já será tarde,

Tarde para curtir a família,

Tarde para falar um "eu te amo" para seu filho.

Sonhe, imagine, tenha fé no amanhã.

Mas viva o hoje, o presente, o agora.

Sorria, cante, dance e curta o sol de cada dia

E pense que tudo é uma melodia.

Ninguém sabe o dia de amanhã,

Por isso, apenas faça,

Faça para merecer,

Faça para viver.

Page 401: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): GIOVANA CAROLINA ASSENHEIMER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: MEINE LIEBE

Circunstâncias

Palhaços, mágicos, bailarinas e acrobatas,

elefantes, macacos, tigres e leões.

Ambiente de alegria, risos e diversão,

felicidade transbordando em todos os corações.

Ao cair da noite, ao encerrar do espetáculo,

o circo fecha suas portas,

enjaula sua fonte de dinheiro,

pobres criaturas.

E se a polícia chegar, com pecúlio é possível driblar.

Ego,

Egoísmo,

Ganância;

O fim se parece com o início.

Sofrimento, dor e angústia,

as pobres vidas irracionais

são condenadas à prisão perpétua,

infelicidade transbordando em todos os corações.

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AUTOR (A): HENRY GASS SALOMÃO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: NEYMAR

Pétalas

Cai a pétala da rosa

em queda livre até o chão,

Se alguém a tivesse cuidado?

Mas ninguém tomou essa decisão.

Desfazendo-se

pétala por pétala,

agora todos choram

mas ninguém antes acreditou nela.

Essa pétala é o Brasil,

os espinhos são como políticos brasileiros.

A rosa é tão bonita,

mas seus espinhos muito traiçoeiros.

A rosa no chão

muito me fez pensar,

se o Brasil já está no chão

por que os espinhos não param de aumentar?

Page 403: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): KAUANA RAFAELA KRAMER

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: LUZ DO LUAR

Amar é...

Algo sem explicação,

É sentir frio em pleno verão,

É sentir algo diferente

E ao mesmo tempo atraente.

É amar sem pensar no depois,

Só no agora e nada mais,

É viver sem ter medo

Do que pode acontecer.

É sentir o coração

Bater mais forte

Quando você passa

Ou diz um “oi”.

É passar a vida inteira

Vivendo por aquela pessoa especial

Sem ter medo das consequências

Sem pensar em recompensa.

Amar é tudo isso

E muito mais...

Page 404: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MARIA EDUARDA WAECHTER DA SILVA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: TULIPA ROSA

Divergência entre dois mundos

A sociedade tem dois lados.

De um, o proletariado

Buscando mais direitos

Lutando por igualdade.

De outro, os donos do mundo

Comandam, além de fábricas e empresas,

A vida, a política, tudo a fundo.

São a elite, os donos das riquezas.

Formam-se dois mundos opostos

Que nunca irão ser postos

No mesmo local de influência

Devido às ideias com grande divergência.

O povo pobre que luta

Todo dia vence uma disputa

Contra o descaso dos eleitos

Que são contra a igualdade de direitos.

Mal sabem que de nada valem

O prestígio e o poder,

Pois, quando vierem a morrer,

Consigo nada levarão.

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AUTOR (A): MATEUS FUHR DICK

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: DICK VIGARISTA

Vício fatal

No subúrbio da cidade de Santos, vivia, nos anos 70, um rapaz chamado Emerson. Ele era muito

batalhador e trabalhava como frentista em um posto de gasolina. Não ganhava muito, mas era feliz

com o que tinha. Emerson tinha um hobby arriscado: gostava muito de jogar pôquer. Frequentava

diariamente um bar próximo à sua casa, onde jogava por dinheiro. Era conhecido por ser o melhor

jogador da cidade, pois nunca havia perdido um jogo. Ele sempre apostava pouco, para não arriscar

perder muito. Mas, um dia, as coisas mudaram.

Um jogador desconhecido entrou no bar, trajando um terno branco e usando um relógio de

ouro em seu pulso. Ele foi bem direto: desafiou Emerson para um jogo. Ele não hesitou em aceitar,

pois queria manter sua reputação de melhor jogador da cidade. O desconhecido puxou um maço de

dinheiro e colocou em cima da mesa onde Emerson se encontrava e, em seguida, sentou-se na cadeira.

Emerson não tinha suficiente para participar da partida, mas mesmo assim resolveu jogar, dando a

desculpa de que tinha dinheiro guardado em sua casa. O jogo enfim começa. Emerson estava

embriagado e não conseguia jogar direito. Estava sendo massacrado pelo adversário. Não havia volta.

Emerson perdeu.

O desconhecido foi claro: Emerson tinha que pagar sua dívida em uma semana. Em seguida, o

desconhecido foi embora. Emerson, embriagado, não entendeu bem o que se passava. Acertou a

comanda do bar com o dono e foi para casa. No outro dia, acordou lúcido e foi trabalhar, como fazia

diariamente, sem se lembrar do que havia acontecido na noite passada. Passou-se o prazo que

Emerson tinha para arranjar o dinheiro que devia ao desconhecido. Porém, Emerson não se lembrou

da dívida, pois estava bêbado na noite em que perdeu. O desconhecido pediu para o dono do bar onde

Emerson morava e foi até a sua casa para cobrar a quantia que Emerson lhe devia. Ele bateu na porta

e esperou. Ninguém atendeu. Emerson estava dormindo. O desconhecido resolveu arrombar a porta

da casa. Entrou com facilidade. Escutou Emerson roncando e foi até seu quarto para cobrá-lo. Entrou

gritando:

-Onde está meu dinheiro? - Disse o desconhecido.

-Que dinheiro, rapaz? O que você está fazendo aqui? - Indagou Emerson.

-O dinheiro que você me deve por perder a partida de pôquer!

-Não me lembro de nada, senhor.

Page 406: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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-Ou você me paga agora ou você é um homem morto!

-Quanto é que eu devo?

-Quinze mil reais.

-Eu não tenho nem quinhentos.

-Então, só me resta enfiar uma bala na sua testa.

-Mas, senhor, prometo que pagarei assim que arrumar o dinheiro; pode demorar um

pouco, mas juro que irei pagar. - Disse Emerson, apavorado.

-Tarde demais. Disse o homem, apontando uma arma para Emerson.

Ouve-se um barulho de tiro ecoar pela vizinhança. Cachorros começam a latir. Todos

sabem que algo ruim aconteceu. O dono do bar vai até a casa de Emerson para ver o que se passava.

A porta estava aberta. Ele entrou na casa e foi até o quarto, onde encontrou Emerson deitado, sem

vida. Não havia sinal do assassino. O dono do bar chamou a polícia e, logo em seguida, avistou uma

arma na mão direita de Emerson. A polícia então chegou e, pelos indícios, pensou que Emerson havia

tirado a própria vida por causa de sua dívida. Emerson foi enterrado em um cemitério local, mas a

verdade nunca foi descoberta.

Page 407: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): MAUREN JULIA BLUME

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: GIRASSOL

Memórias arruinadas

Meu pai sempre foi meu herói, minha pessoa preferida e meu porto seguro; desde criança era

para ele que eu contava todas as minhas aventuras e minhas mágoas. Um homem brincalhão, nunca

me xingava, sempre me acolhia; ao contrário de minha mãe, uma mulher dura, difícil de lidar, colocava

de castigo e nunca me entendia. Os dois pareciam feitos um para o outro e não como tantos pais dos

meus colegas, que sempre brigavam ou já estavam separados.

Com o apoio do meu pai e o receio da minha mãe, saí de casa aos dezessete anos; fui para a

faculdade da cidade vizinha, morar sozinha, ficar livre de todas as regras da minha casa. A minha mãe

me visitava toda a semana, levava lanches e conversávamos por horas; ela me contava de seus

inúmeros tombos e acidentes, que cada vez eram mais frequentes e com mais hematomas. Já meu pai

raramente aparecia, pelo trabalho ou alguma outra emergência, mamãe não gostava de falar muito

sobre o assunto.

Dois anos depois, encontrei minha alma gêmea, meu príncipe dos sonhos, a pessoa que eu

achava que seria um pai tão incrível como o meu para nossos filhos. Os primeiros meses foram

maravilhosos, mas com o tempo começaram as decepções e brigas, essas que ficaram cada vez piores

e um dia apanhei. Sem pensar duas vezes, saí e fui direto encontrar meu pai, meu para sempre porto

seguro.

Mas foi chegando em casa que meu mundo caiu de vez, o herói virou vilão e a chata virou uma

mulher forte. Vi meu pai entrar bêbado em casa, gritando e batendo na minha mãe, foi aí que percebi

que aqueles hematomas nunca foram de tombos e as emergências do meu pai eram com o bar. Tudo

o que consegui fazer foi ligar para a polícia de longe, e depois confortar a minha mãe e agradecer por

tudo o que ela fez por mim para me proteger e criar.

Foi nesse dia que tudo se esclareceu e ao mesmo tempo foi arruinado. O pai divertido foi

sempre resultado do álcool; a mãe fechada foi sempre por causa do medo; os pais separados dos meus

amigos viraram o que eu sempre quis. Todas as brincadeiras e segredos viraram nada e todas as brigas

com minha mãe viraram arrependimentos.

Tive todas as minhas memórias estragadas em cinco minutos, e dali em diante precisei ser o

porto seguro de quem sempre me protegeu, mesmo sem eu perceber e valorizar, minha mãe. Em uma

Page 408: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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família só, em uma noite só, duas mulheres foram agredidas pelo amor de suas vidas e com corações

partidos e dores tornaram-se mais fortes.

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AUTOR (A): MILENE LAÍZ ECKERT

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: LIS

O tempo vivido

As pessoas acabam não aproveitando a vida pensando no dia de amanhã. Pensando na prova

ou no texto que irão fazer, pensando no trabalho que têm que entregar na data limite, no serviço que

devem fazer até determinada hora. Por essas razões, as pessoas acabam não aproveitando por

completo o “hoje”, por se perder pensando no “amanhã”. Elas esquecem de abraçar, beijar,

demonstrar afeto e se importar com as pessoas que estão ao seu redor, porque existem outras coisas

que são marcadas com mais relevância que tais atitudes.

Por isso, o tempo se faz, geralmente, limitador da relação entre as pessoas. Limita o tempo de

visita, o tempo de participação em uma roda de conversa, o tempo que não tem, ou até que pode

“perder” por escutar um pouco o outro. E isso, é o mais comum na relação entre as pessoas,

principalmente na contemporaneidade, já que a vida é mais corrida e movimentada; as pessoas

possuem família, trabalho e estudam ao mesmo tempo e esquecem que todo dia compartilham o seu

dia a dia com outras pessoas que podem também ter a mesma rotina e que necessitam de uma

pequena demonstração de atenção.

Por essas razões, as pessoas acabam não conciliando as tarefas com o “humano” da vida.

Acabam dando muito mais importância às coisas materiais ao invés de dar atenção ou brincar com o

seu filho, por exemplo. Esquecem que o mais importante da vida não é o bem material e sim a essência

da pessoa, principalmente quando falam “aquela pessoa, de certa forma, mudou a minha vida”. Isso

sim, fez valer bem o tempo vivido.

Page 410: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): PAULA MOMBACH NYSTROM

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: LUZ DO ENTARDECER

Você já imaginou?

Você já imaginou?

Um vírus abalar o mundo e adiar tudo o que tanto planejou.

Você já imaginou?

Ter que ficar em casa e cancelar o que tanto sonhou.

Você já imaginou?

Quem poderia imaginar?

Mais de mil mortes por dia e um Governo que não quer se pronunciar.

Quem poderia imaginar?

Hospitais sem nenhuma estrutura para de todos os doentes cuidar.

Quem poderia imaginar?

Moradores de rua expostos ao vírus porque nem máscaras têm para usar.

Quem poderia imaginar?

E o que vamos fazer?

Mesmo depois de tanto tempo não sabemos como o vírus vencer.

E o que vamos fazer?

Se ficar em casa pode salvar vidas, mas muitos parecem esquecer.

E o que vamos fazer?

Se a necessidade de ver os amigos é maior do que a vontade de se proteger.

E o que vamos fazer?

E como vou aprender?

Se sem aula e sem professor não consigo entender.

E como vou ensinar?

Se pessoalmente meus alunos não posso ajudar.

E como vou trabalhar?

Se para fora de casa não posso ficar.

Page 411: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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E como vou proceder?

Se nem meus familiares posso mais ver.

A saída é esperança encontrar,

e, acima de tudo, em casa ficar.

Da nossa família cuidar

e para quem não entende, aconselhar.

Não perder a empatia com quem está no grupo de risco,

e fazer disso um compromisso,

para somente assim superarmos tudo isso.

Page 412: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): RAIRA DE FATIMA OGENIO

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: URSINHO CARINHOSO

Minhas férias

No verão passado, eu e meu amigos fomos para uma casa na praia, na cidade onde aconteceria

um festival de música famoso. O lugar era impecável, a varanda do terceiro quarto do corredor dava

de frente para o mar, a brisa da noite sacudia as cortinas brancas que cobriam as janela, a lua refletia

para dentro da casa formando um cenário perfeito para tocarmos violão e cantarmos todos os dias.

Ao nascer do sol, tomávamos café e começávamos a arrumar as sacolas e roupas para ir para

a praia até o horário do almoço, que era quando começávamos a nos arrumar pra curtir a tarde de

músicas, que contava com muitos artistas famosos e pessoas que vinham de todo lugar do mundo para

prestigiar. Esse dia em especial ficamos até mais tarde no local, pois não achávamos uma de nossas

amigas.

Enquanto a lua tomava o lugar do sol, nosso grupo ficava mais preocupado com ela, que não

vinha ao local programado de nos encontrarmos na hora de sair; ligávamos, procurávamos entre as

pessoas e não a encontrávamos. Resolvemos voltar pra casa e, se ela não voltasse até um horário,

ligaríamos para a polícia. Quando entramos na casa, estava ela dormindo no sofá; todos aliviados,

porém com raiva, acordamo-na, que disse que voltou mais cedo pois estava com dor nos pés.

Logo, nos últimos dias, não nos separamos mais, voltávamos do festival quando todos

entravam em acordo para voltar pra casa. Resumindo, foram as melhores férias da minha vida, era um

sonho viver aquilo com todos os meus amigos, curtir um festival de músicas, a praia, ficar até altas

horas conversando, brincando, jogando jogos de tabuleiro e bebendo. Era um sonho tão real, porém,

meu despertador tocou e percebi que estava em mais um verão normal, na minha casa, com minha

família. Acho que a aventura ficará para o próximo ano.

Page 413: EDUARDA RAFAELI DE SOUZA - Setrem

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AUTOR (A): TAMÍRIS TRÄSEL

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: HARMONIA

A problematização da cor

Humanos, todos iguais

Da mesma forma, simultaneamente no sangue.

Não há classe nem cor

No momento em que tem-se respeito pelo amor.

É por um “coisa de preto”

Que se lesiona um coração.

É por uma mera zombaria

Que populariza a outros.

Humanos, todos com suas ambições.

Branco, preto ou amarelo,

Não devemos transfigurar

A cor da pele em uma imperfeição.

Seja qual for a cor,

Todos detêm a alternativa

De refletir acerca da circunstância

Com respeito pela igualdade.

Livre-se dessa arrogância.

Tenha em mente os males dessa humanidade.

O combate é diário

Ajude a si, ajude a todos.

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AUTOR (A): VITÓRIA TORMÖHLEN PEREIRA

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: TESOURO DA BASE

Fazer acontecer

Por onde ando

Não sei dizer.

Só sei que sinto

Vontade de viver.

Eu tenho um sonho,

Porém tenho medo.

Eu vejo um futuro

Que não necessita só de dinheiro.

Eu vejo o amor.

Eu vejo a dor.

Eu me vejo

Com alma de sonhador.

Sonho um dia

Poder me vencer,

E como policial

A justiça poder fazer.

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AUTOR (A): YASMIM ISABEL RETORE

CATEGORIA JUVENIL - ENSINO MÉDIO

PSEUDÔNIMO: CANÁRIO

Pequenos momentos

Vivemos tão rápido que não aprendemos a dar valor para as pequenas coisas; não vemos

como é bom chegar em casa e receber beijos molhados do nosso cão; como é maravilhoso caminhar

de meia pela casa e sentir um leve friozinho nos pés; como é delicioso degustar de um cafezinho

depois do jantar... Acho que, para sermos felizes e completos, devemos amar cada coisinha que

fazemos todos os dias, assim aprendemos a aproveitar e dizer que nossa vida valeu a pena.

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LAURA ROBERTA KREBS 2º ANO – ENSINO MÉDIO