edu cacao finance ira
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INTRODUÇÃO ......................................... .............. 2
I. PRODUÇÃO E CONSUMO . .................................... 5
Produção 5Fatores de produção 10
Consumo 12Consumo responsável 14Consumo inteligente 16
Consumismo 17Relações entre produção e consumo 18
II. RIQUEZA E POUPANÇA ....................................... 22
Riqueza 22
Poupança 24Motivações para poupar 24
III. CRÉDITO ........................................... ...................28Tipos de crédito 30Juros 31Relações entre crédito e consumo inteligente 32
IV. PLANEJAMENTO ................................................ ..38
Planejamento financeiro 42
Orçamento financeiro 43Elaboração do orçamento financeiro 44Orçamento financeiro de pequenos negócios 50
Planejamento financeiro, riqueza e poupança 60
GLOSSÁRIO.......................................................... 64
Instituto Cooperfortewww.institutocooperforte.org.br
Diretoria Executiva - DirexJosé Rogaciário dos SantosPresidente
Paulo Odair Poitevin FrazãoDiretor de Recursos e Articulação
Institucional
Coordenadoria de Projetos - ProjeSandra Regina de OliveiraFernandesGerente
Pedro Inácio Cardins Bisneto Analista
ElaboraçãoConteudistasCid Roberto Alves
Agostinho Ferreira da Silva FilhoEdiçãoDaniel Martins de CarvalhoLuciana Dias Vieira Ferreira
Produção gráficaPedro GriloGuilherme Araujo
Fundação Banco do Brasilwww.fundacaobancodobrasil.org.br
Jorge Alfredo StreitPresidente
Eder Marcelo de MeloDênis CorrêaDiretores executivos
Marcos Fadanelli Ramos
Gerente de Educação e Cultura
Juliana Mary M. Ganimi Fontes Assessoria Técnica
SUMÁRIO
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tas em bancos e menos pessoas ainda tinham aces-so a crédito. Quando muito, tinham uma conta navenda.
Hoje o número de pessoas que tem contas bancá-rias e acesso a crédito é muito, muito maior.
Assim, é preciso saber lidar com o dinheiro e o cré-dito de uma forma mais organizada.
Convido você a conhecer algumas formas de se or-ganizar, conhecer os seus ganhos e os seus gastos,identicar suas prioridades, ter uma relação respon-sável e inteligente com as nanças.
Vamos caminhar com os pés no chão e a cabeçanas nuvens, porque, como diz a música dos Titãs:
Anal, precisamos atender às nossas necessidadesbásicas, mas sem deixar de lado os nossos desejos,
os nossos sonhos, não é mesmo?
Vamos trilhar um caminho que poderá deixá-lo maisseguro e tranquilo na relação com o dinheiro. Vo-cê, a sua família, as pessoas que convivem com vo-cê poderão ter uma vida de mais qualidade, maisbem-estar!
Vamos lá!
Houve um tempo em que as pessoas produziamquase tudo que consumiam.
A maior parte da população vivia na zona rural e pro-duzia grãos, frutas, hortaliças, legumes...
Muitos tinham criações: porcos, galinhas, cabras,ovelhas, vacas... As donas de casa faziam coalhada,manteiga, doces, pães, bolos...
O comércio era mais voltado para produtos indus-trializados – ferramentas, ferragens, vasilhames, te-cidos... não havia supermercados, apenas peque-nos mercadinhos. Algumas cidades nem tinhampadarias.
Assim, dependíamos pouco do dinheiro, do pa-pel moeda, pois as compras ocorriam com poucafreqüência.
Em 1950, de cada 100 pessoas, 36 viviam em cida-des. Pelo Censo de 2010, de cada 100 pessoas, 84vivem em áreas urbanas.
A migração do campo para a cidade aumentou o
número de pessoas vivendo de salários e compran-do produtos ou pagando por serviços todos os dias.
Esse novo cenário trouxe a necessidade de apren-dermos a administrar o dinheiro de forma que pos-samos comprar todos os produtos e serviços quenecessitamos no nosso dia a dia.
Outra questão importante é o aumento da oferta decrédito. Antigamente, poucas pessoas tinham con-
“...A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade...”
Saúde Financeira Não Tem Preço! 3Projeto Educação Financeira
NTRODUÇÃO
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Eu tenho o meusalário. Quando
chega no final domês, eu sei quantoeu ganhei e sei o
que é a despesa decasa, que é tirada
desse salário.
Você tem que trabalhar. Sevocê tiver trabalho, você temdinheiro. Se você tem dinheiro,você come, se você não tem,
você não come.
Cesteiro que faz um cesto faz um cento, e tendo cipó e tempo, faz duzentos.
Para começar a falar de dinheiro, precisamos pri-meiro entender dois conceitos muito importantes,que são a base do mundo das nanças: produçãoe consumo.
Produzir é trabalhar. É do trabalho que vem nossodinheiro. Pode ser do trabalho dos pais ou parentes,se não trabalhamos, ou do trabalho já realizado, nocaso de aposentadorias.
Nós consumimos nossa energia e nosso tempoquando trabalhamos e produzimos. Somos nós, aspessoas, os principais elementos do processo deprodução.
Neste Curso você vai encontrar muitas perguntasque farão você reetir sobre educação nanceira.Em algumas delas você deverá apenas pensar so-bre a questão. Outras vezes, será convidado a re-gistrar uma resposta. Suas respostas servem paraque você entenda como se relaciona com dinheiro,trabalho, necessidades, desejos e sonhos.
Assim, vai se conhecer um pouco melhor, e só seconhecendo é que vai saber administrar seus ga-nhos e gastos, tendo em mente a realização de seus
objetivos e sonhos. Não se preocupe em acertar,pois aqui não existem respostas certas ou erradas.O objetivo é que você exercite, faça escolhas e co-nheça melhor a sua relação com o dinheiro.
Incentive colegas e familiares a fazerem o cursocom você. Se tiver alguma dúvida, procure ajudade pessoas mais experientes. Tente fazer todos osexercícios propostos. Eles ajudarão a entender al-guns conteúdos.
Bom estudo!
Antes de conhecer alguns tipos de trabalho, conte como é o seu, o que você produz. Se ainda não trabalha,você está estudando? Para qual atividade produtiva você está se preparando?
Saúde Financeira Não Tem Preço! 5Projeto Educação Financeira
I. PRODUÇÃO E CONSUMO
Produção
trodução
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ZÉ CARLOSNome:
Ocupação:
Cidade:
Artesão e pequenoempresário
Teresina, PI
ISMAILDONome:
Ocupação:
Cidade:
Copeiro
Brasília, DF
ELIASNome:
Ocupação:
Cidade:
Menor aprendizdo Banco do Brasil
São Paulo, SP
LUCIANONome:
Ocupação:
Cidade:
Produ tor rural elíder comunitário
Luziânia, GO
DONA LACI
Nome:
Ocupação:
Cidade:
Doceira
Novo Hamburgo, RS
DO NA J Ú L IANome:
Ocupação:
Cidade:
Ar tesã
No vo Hamburgo, RS
MARIANNA
Nome:
Ocupação:
Cidade:
Menor apr endiz do Bando do Br asil
São Paulo, SP
CAROLNome:
Ocupação:
Cidade:
Menor aprendizdo Banco do Brasil
São Paulo, SP
SEU NOÉNome:
Ocupação:
Cidade:
Produtor rural
Luziânia, GO
DONA ELOÍSANome:
Ocupação:
Cidade:
Biscoiteira
Novo Hamburgo, RS
ELZA
Nome:
Ocupação:
Cidade:
Empr egadadomést ica
Br así lia, DF
DONA NEL YNome:
Ocupação:
Cidade:
Merendeira doAABB Comunidade
Rio Pardo, RS
JÚNIORNome:
Ocupação:
Cidade:
Aluno do ProgramaInclusão Digital
Teresina, PI
NONATO
Nome:
Ocupação:
Cidade:
Professor e educadordo AABB Comunidade
Porto Velho, RO
CAIONome:
Ocupação:
Cidade:
Menor aprendi z
do Banco do Brasil
São Paulo, SP
SEU CARIBÉNome:
Ocupação:
Cidade:
Produtor ruralbeiradeiro
Porto V elho, RO
DONA ODE TENome:
Ocupação:
Cidade:
Biscoiteira
Rio Pardo, RS
ROBER TONome:
Ocupação:
Cidade:
Produtor rural
Luziânia, GO
CASSIANA
Nome:
Ocupação:
Cidade:
V er eador a
Luz iânia, GO
SEU IV AN
Nome:
Ocupação:
Cidade:
Pr odut or r ur al
Rio Par do, RS
RAQUELNome:
Ocupação:
Cidade:
?
Brasí lia, DF
VAN TUILNome:
Ocupação:
Cidade:
Pro fissional da
cons trução ci vil
Lu ziânia, GO
DONA RAIMUNDA
Nome:
Ocupação:
Cidade:
Aposentada eprodutora rural
Porto V elho, RO
JO Y PENANome:
Ocupação:
Cidade:
Técnico agrícola
Luziânia, GO
Você já conheceu o Zé Carlos e o Ismaildo. Veja como é o trabalho delese de outras pessoas que vão acompanhá-lo durante o curso.
Saúde Financeira Não Tem Preço! 7Projeto Educação Financeira
Produção e Consumorodução e Consumo
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Você é quem vai decidir como eles usarão o dinheiro deste mês. Sempre que apa-
recer, no rodapé das páginas seguintes, um calendário, é dia de algum evento fi-nanceiro. É você quem vai fazer o pagamento e tomar outras decisões sobre a vida financeira desta família. Para isso, preencha o campo correspondente.
* Em Receitas , registre tudo o que eles recebem: salários e ganhos extras.
* Em Despesas fixas , anote os pagamentos de aluguel, prestações e contas fixasque eles que pagam todos os meses.
* No campo Despesas variáveis , registre as despesas variáveis e os gastos impre-vistos. Não se esqueça de incluir os gastos com a feira e com o lazer nos fins desemana.
Você vai conhecer a vida financeira da família Silva. Eles são Joaquim, Isabel e João.
Joaquim recebe um salário de 830,00 e Isabel de 730,00. Ela consegue mais 100,00com a venda de bolos que faz em casa nos fins de semana, dinheiro extra que gastacom roupas para ela e o filho e com outros itens pessoais, como salão de beleza. Pa-
gam mensalmente 250,00 de aluguel, 30,00 de água e 20,00 de luz.
O filho de 2 anos, João, passa os dias na casa da tia Júlia, enquanto os pais traba-lham. Eles pagam à Júlia, 100,00 por mês pelo serviço prestado. Gastam em média,300,00 a cada mês no mercado mais 30,00 de frutas e verduras aos sábados. Osdois juntos gastam 120,00 de transporte para o trabalho. Aos domingos costumamir ao parque e gastam com o transporte e o sorvete, em média 25,00. Estão pagando48,00 pela prestação da televisão nova e os dois juntos não gastam mais do que60,00 com a conta do celular. Planejam fazer uma viagem e se juntarem 200,00 pormês viajarão nas próximas férias.
Algumas pessoas trabalham como autônomos, co-mo a Dona Laci e a Dona Júlia. Elas são remunera-das pela venda dos seus produtos ou dos serviçosque prestam. Outras trabalham ganhando salário.São os assalariados, como o Ismaildo e a Elza, quegeram produtos ou serviços para os seus patrões.O patrão, então, paga a eles, um salário. O salárioé como se fosse o aluguel da força de trabalho doempregado por um determinado período, que podeser hora, dia, semana ou mês.
Todos nós produzimos alguma coisa, mas nemsempre ganhamos dinheiro por isso. Às vezes, nãoganhamos, mas deixamos de gastar. É o caso dasdonas de casa, que nada recebem pelos trabalhosde cuidar da casa e dos lhos, mas deixam de pa -gar para que alguém faça a limpeza, cozinhe, lave epasse a roupa. Mesmo quando trabalhamos fora, àsvezes fazemos serviços domésticos, como capi-nar o quintal ou pintar a casa. Não há remuneraçãonanceira, mas o valor que deveria ser pago para
outra pessoa fazer esses serviços cará conosco. Édinheiro que não foi gasto.
O trabalho voluntário é uma outra forma de pro-dução em que não se ganha dinheiro; é o serviçoprestado em benefício de alguém ou de alguma co-munidade. Nesse caso, a recompensa é o carinhorecebido das pessoas, o exercício da cidadania e asensação de bem-estar por contribuir para a melho-ria da vida dos outros.
Pense sobre o valor do seu trabalho.
Você já parou para pensar que o seutrabalho se transforma em dinheiro?
Que quando você gasta seu dinheiro, écomo se estivesse gastando seu trabalho?
Então, dinheiro desperdiçado é trabalho jogado fora!
Saúde Financeira Não Tem Preço! 9Projeto Educação Financeira
Produção e Consumorodução e Consumo
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RECEITAS
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS* Hoje é dia de Joaquim e Isabel receberem salário.
* Hoje, também, pagam pelo serviço de tia Júlia.
Para os economistas, produção é o que acontecequando se juntam:
É o que chamamos de fatores de produção. É da junção desses três fatores que surgem os bens eserviços que atendem às necessidades e desejos
das pessoas.
O pedreiro ao construir uma casa, utilizará terra – oterreno onde a casa será construída, além de água,areia e outros recursos naturais; capital – ferramen-tas, máquinas, cimento, tijolos, canos e outros ma-teriais de construção; trabalho – sua própria forçafísica e seus conhecimentos sobre construção.
Do mesmo modo, a doceira, em sua cozinha, mistu-ra açúcar e outros ingredientes, usa fogão, panelas,colheres, facas, seus conhecimentos e habilidadespara fazer o doce.
O motorista para prestar o serviço de transporte, usaestradas e ruas; bens industrializados – ônibus, ca-minhão, trator; seus conhecimentos e habilidadespara dirigir.
Em todos os tipos de produção estão presentes ostrês fatores: terra, capital e trabalho. Tente identi-cá-los no trabalho que você faz ou pretende fazer,mesmo que seu trabalho não seja remunerado.
terra + capital + trabalho
terra
capital
trabalho
terra
É o espaço físico e os recursos naturais –terra, ar, água, etc.
capital
É associado ao investimento, máquinas, ferramentas, instalações físicas e aos recursos nanceiros (dinheiro).
trabalho
É a ação das pessoas sobre a terra e o capital,usando seu esforço físico e sua capacidadeintelectual, seu conhecimento.
Saúde Financeira Não Tem Preço! 11Projeto Educação Financeira0
Produção e Consumorodução e Consumo
FATORES DE PRODUÇÃO
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RECEITAS
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS* Hoje devem pagar o aluguel, as con-tas de água e luz e a prestação da TV.
o que consumimos – é algo indispensável? podetrazer algum risco à saúde?
por que consumimos – posso satisfazer minha ne-cessidade ou desejo com outro item semelhante?
como consumimos – tenho orçamento para fazeresse consumo? posso adiar esse consumo?
de onde vem o que consumimos – a origem do
produto é legal? qual o impacto de sua produçãono meio ambiente?
a que preço consumimos – pesquisei o preço? éum preço justo? posso encontrar o produto ou ser-viço por um preço menor?
Agora que você já conhece o conceito de produ-ção, vamos compreender o segundo conceito bási-co do mundo do dinheiro – o consumo.
O consumo é a ação de desfrutar bens e serviços.Geralmente, associamos o ato de consumir ao atode comprar. Não é errado, mas consumir não é sócomprar. Depois da compra a pessoa usa o quecomprou e, certo dia, joga fora, descarta. O consu-mo é tudo isso – comprar, usar e descartar.
A nossa sobrevivência exige consumo permanente.Mesmo quando estamos dormindo há consumo – ageladeira, o rádio-relógio, o telefone celular e ou-tros aparelhos elétricos permanecem ligados, con-sumindo energia. Ao acordar consumimos água nahigiene pessoal, consumimos alimentos e energiaelétrica ou gás no preparo do café da manhã. Quan-
do saímos de casa consumimos serviços de trans-porte, roupas...
É por isso que devemos estar sempre atentos a:
Tente responder a essas questões, pensando no seu último consumo:
o que foi ? (veja o que você respondeu na página anterior)
por que você consumiu?
como consumiu?
de onde veio?
quanto custou?
Na última vez em que você consumiu alguma coisa, o que foi consumido?
Saúde Financeira Não Tem Preço! 13Projeto Educação Financeira2
Produção e Consumorodução e Consumo
onsumo
Produção e Consumorodução e Consumo
m é pouco, dois é bom, três é demais.
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* Dia de mercado, dia em que Isabel recebe o dinheiro das suasvendas de bolos do mês. Maria paga sua conta do salão e compraoutras coisas de que precisa, gastando toda a renda extra.
RECEITAS
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS
O consumo responsável acontece quandoas escolhas são feitas considerando:
— o que vamos consumir,
— quando vamos consumir,
— que preço terá esse consumo,
— os impactos desse consumo sobre anatureza, a sociedade e a qualidadede vida.
Fiz um orcamento,
comprei um
computador. Só que
no fim eu me
arrependi porque o
computador não
era o que eu
esperava, e acabou
dificultando as
condicões lá em
casa.
Foi quando eu comprei
um boné de R$175,00.
Minha mãe ficou brava
de verdade. Pagar
R$175,00 num boné prá
daqui a 3, 5 meses
deixar ele lá no
armário é praticamente
dinheiro jogado fora!
Depois é que a gente
vai cair na real mesmo.
Podia ter investido em
alguma coisa quepudesse trazer
benefício maior.
Nosso consumo tem impacto sobre nós mesmos,sobre a economia, sobre a sociedade e o meio am-biente. Cada vez que consumimos, satisfazemos auma necessidade ou a um desejo nosso, nos afetan-do. O impacto sobre a economia acontece porquequando consumimos, aumentamos a procura peloproduto ou serviço, e isso faz com que a produçãoaumente. Em relação à sociedade e ao meio am-
biente, os impactos são sentidos desde o momentoem que decidimos consumir até a forma como joga-mos fora, podendo aumentar a quantidade de lixo,prejudicando o planeta.
Você já se arrependeu de algumacompra que fez? Veja o que acon-teceu com Elias e Caio:
Elias teve prazer em usar o boné, ainda que por 3 ou5 meses, mas sua compra impactou negativamenteo relacionamento com a mãe. Depois se arrepen-deu de não ter investido seu dinheiro em algo quelhe trouxesse maior benefício. Provocou o desper-dício da matéria prima e mão de obra usada na fa-bricação do boné, que provavelmente virará lixo embreve. Caio usa seu computador, mesmo não sen-do tão bom como imaginava, mas às custas de umcomprometimento desnecessário do orçamento.Com certeza, Elias e Caio aprenderam com a expe-riência e passaram a pensar um pouco mais antesde consumir.
Com base nas suas respostas sobre seu últimoconsumo, você considera que foi um consumidorconsciente?
Saúde Financeira Não Tem Preço! 15Projeto Educação Financeira4
Produção e Consumorodução e Consumo
CONSUMO RESPONSÁVEL
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Para evitar arrependimentos, quando decidimos, porexemplo, trocar o telefone celular por um mais mo-derno, o melhor é reetir antes da compra: é mesmonecessário trocá-lo? O momento é bom para fazer acompra? O preço que estou pagando é justo? Exis-te um lugar que venda mais barato? Ou um outromodelo mais simples que me agrade? O que voufazer com o aparelho antigo? Irá para o lixo? Seráque não existe outra coisa mais importante para fa-zer com o dinheiro que vou gastar nessa compra?
Respondidas essas perguntas, você está mais pró-ximo de ser um consumidor responsável, ainda quecompre o modelo pretendido.
O sentido principal do consumo responsável étransformar o ato de consumir em uma prática per-manente de construção da cidadania. O consumoresponsável vai além da simples satisfação dasnecessidades e desejos das pessoas. Quando vo-cê avalia os impactos positivos e negativos do seuato de consumir sobre você mesmo, a economia, asociedade e o meio ambiente, você favorece o seupróprio bem-estar.
Um consumidor responsável pode ser também, umconsumidor inteligente.
O consumo inteligente acontece quando a pessoa,no momento de decidir pelo consumo, leva em con-ta as reais necessidades, os desejos e as condiçõesnanceiras, pensando sempre em obter a maior sa-
Todo mundo tem uma ideia sobre o que é ser con-sumista. O consumismo é uma forma desequilibra-da de comprar. É comprar de forma exagerada. Osconsumistas compram muitas coisas sem necessi-dade, só por comprar.
Esse tipo de comportamento é estimulado pelaspropagandas na televisão, no rádio, em jornais e re-vistas. O consumismo é considerado um mal dostempos atuais. Suas consequências são expressasem sofrimento, levando o indivíduo e suas pessoasmais próximas a se distanciarem de uma situaçãode bem-estar.
tisfação possível ao menor custo. Para isso, precisaestabelecer prioridades, adiando alguns consumosou simplesmente escolhendo não consumir.
Por exemplo, comprar roupas e sapatos é uma ne-cessidade. Mas consumir roupas de marca é umadecisão que pode ser adiada ou até mesmo descar-tada para preservar o equilíbrio nanceiro.
Quando você está
devendo muito, ficamuito preocupado, nãoconsegue sorrir, fica
só pensando, decabeca baixa, fica em
conflito direto.
Porque se a gente
fizer todo o consumodesnecessário, talvezisso vá comprometer oorcamento da família e
isso prejudica aqualidade de vida na
família e na comunidade.
Saúde Financeira Não Tem Preço! 17Projeto Educação Financeira6
Produção e Consumorodução e Consumo
CONSUMO INTELIGENTE
CONSUMISMO
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Geralmente, as propagandas associam consumoa bem-estar e felicidade. Quem acredita que serámais feliz a cada compra, provavelmente vai chegara uma situação de desequilíbrio nanceiro e cadavez mais longe de se sentir feliz. A todo momento élançado um novo produto, uma nova embalagem,um novo modelo, uma nova tecnologia. Isso podedar a sensação de que, para estar atualizado, paraestar na moda, para ser aceito em determinado gru-po, é preciso ter esses novos produtos.
Lembra as vantagens do consumo consciente e in-teligente? Aqui acontece o contrário. O consumistacausa impacto negativo sobre si mesmo, sua vidananceira, a sociedade e o meio ambiente, produ-zindo grandes volumes de lixo com o descarte dasembalagens e das sucatas.
Como vimos, a atividade econômica está baseadanos processos de produção e consumo. Vamos re-lembrar os conceitos iniciais?
No meio rural, as pessoas costumam produzir par-te dos produtos de que precisam para a sua sub-
sistência – frutas, legumes, ovos, leite, carnes –, ealgumas vezes vendem o excedente, gerando umarenda extra.
Nas áreas urbanas, nem sempre há espaço paraplantar e criar animais, quase tudo o que é consu-mido precisa ser comprado. Mas mesmo nas cida-des, as pessoas podem ganhar uma renda a maisa partir de suas atividades cotidianas. Conheça trêspessoas que criaram pequenos negócios a partir deatividades que já desenvolviam em casa, para suas
famílias. Dona Júlia aprendeu a fazer bolsas de cou-ro com o pai, que tinha o artesanato como distra-ção. Dona Laci já sabia fazer bombons e começoua vendê-los e dona Eloísa ganha dinheiro vendendobiscoitos. Vejam o que elas dizem sobre suas novasatividades.
Só o fato de a gente conhecer
pessoas novas, ter um grupo, éuma coisa diferente de ficar
todos os dias em casa e não
produzir, não ganhar, não ter
uma renda. É muito bom!
Aproximadamente
50% do orcamento
familiar eu gero
dessa venda dos
bombons. É muitobom, tanto prá
auto-estima
quanto prá vida
da família, e prá
geracão de renda,que é muito
importante
também.
Eu hoje trabalho comartesanato em couro,
ensino, ajudo a quem
quiser. Couro é minha
paixão. E é uma renda
a mais que eu tenho.O artesanato me
ajuda muito no
orcamento familiar.
— Produtor é toda pessoa que presta serviçosou gera produtos para o seu próprioconsumo, para vender, gerar renda ou doar.
— Consumidor é quem consome umproduto ou serviço.
Saúde Financeira Não Tem Preço! 19Projeto Educação Financeira8
Produção e Consumorodução e Consumo
Relações entre produção e consumoMais vale pisado em pilão que comprado a tostão
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Você já pensou em produzir parte do que usual-mente compra? Você pode ter árvores frutíferas noseu quintal? Pode manter uma horta ou galinheiro?Quais são suas habilidades que podem ser usadasem algum processo produtivo? Pequenas reformas,limpeza e manutenção de algum equipamento,confecção de roupas, cuidado de crianças ou ido-sos ou preparo de alimentos são algumas das ati-vidades que podem render um dinheiro extra. Sãohabilidades que podem nos inserir no processo
produtivo, gerando renda ou satisfação por ajudaroutras pessoas.
Faça uma revisão dos conceitos estudados até aqui.
Produção é o resultado do trabalho.
Fatores de produção: terra, capital e trabalho.
— Terra é o espaço físico e os recursos naturais – terra,ar, água, etc.
— Capital é associado ao investimento, máquinas, ferra-mentas, instalações físicas e aos recursos nanceiros(dinheiro).
— Trabalho é a ação das pessoas sobre a terra e o ca-pital, usando seu esforço físico e sua capacidade inte-lectual, seu conhecimento.
Consumo é a ação de desfrutar bens e serviços.
Consumo responsável é transformar o ato de consumirem uma prática permanente de construção da cidadania.
Consumo inteligente é o que considera as reais neces-sidades, os desejos e as condições nanceiras, visandoobter a maior satisfação possível ao menor custo.
Consumismo é comprar de forma exagerada.
Além desses conceitos, você teve oportunidade de des-crever seu papel atual ou futuro no processo produtivo e
repensou seu comportamento em relação ao consumo.Também reetiu sobre algumas formas de aumentar a pro-dução ou reduzir seu consumo, iniciando outras atividadesprodutivas.
Aqui também, começou a decidir sobre o consumo e a pou-pança da família Silva.
No próximo Capítulo, trataremos de Riqueza - o que vocêpensa sobre ela e o que pensam os outros. Em seguida,Poupança – você verá como o ato de poupar pode aumen-tar o poder de compra.
Uma coisa que temos aqui que émuito importante é comprar emconjunto. Quando precisamos deadubo, reunimos todo mundo e
compramos direto da fábrica. Vemuma carreta e a gente distribui.Assim a gente compra prá todomundo com preco diferenciado.
Isso ajuda ao pequeno produtor.
Você faz um suco decouve com limão. É
saudável e muito maisarato. Além de estar
ajudando na saúde,pro bolso também éótimo! Se vou fazer
uma sobremesa e vouusar uma banana,
aquela casca ali euaproveito, faco ela àmilanesa e já tenhoum prato pro almoco!
Faça uma lista do que você sabe fazer e que pode gerar renda.
21Projeto Educação Financeira0
rodução e Consumo Produção e Consumo
Resumo
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Nem tudo o que reluz é ouro
Riqueza
O que eu entendo porriqueza é a pessoa
feliz no amor, feliz nafamília, com a relacãocom os filhos, prá mim
isso é uma granderiqueza.
Riqueza é ter dinheiro parasair, passear, sair final de
semana, almocar fora...
Eu acho que tem várias formas deriqueza. Tem a pessoa que fica famosa,tem a que estuda prá ficar rica, tem
aqueles que ganham na mega-sena, umapessoa rica por ter amigos, por teruma boa família, uma boa convivência
com todos na sociedade.
Ser rico é serfeliz. A maiorriqueza do
ser humano Éeducacão.
Veja o que pensam seus colegas:
Cada pessoa tem um conceito diferente de riqueza,que depende dos valores e da visão de mundo decada um. Elza valoriza atividades de lazer, Seu Ca-ribé valoriza a felicidade e a educação. Uma mãepode ver riqueza na saúde e felicidade dos seus -lhos, um chefe pode enxergar a riqueza no poder docargo que ocupa, um negociante pode reconhecerriqueza no lucro que acumula, um jovem pode per-ceber riqueza no grupo de amigos, nas baladas de
m de semana ou no diploma que consegue ao nalde um curso. Como você vê, não há um único con-ceito para riqueza, ele varia de pessoa para pessoa.
De maneira geral, as pessoas associam riqueza aoacúmulo de bens. Não há nada de errado nisso. Osbens e o dinheiro nos dão a sensação de segurança.Precisamos de alimentação, moradia, saúde, edu-cação, lazer e descanso e tudo isso tem um valorque é expresso em dinheiro. No entanto, o dinheironão é suciente para garantir bem-estar. Uma pes-soa pode ter acesso a boas comidas e não ter umaboa saúde, alguns têm uma boa casa, mas não têmum bom ambiente familiar, outros frequentam umaboa escola e não têm boas notas nem valorizam a
educação que recebem. Tão importante quanto oacúmulo de bens é a felicidade e o bem-estar.
Qualquer que seja a sua percepção de riqueza, não há dúvida de queela é desejável , que esse desejo é positivo e que ela é semprerelacionada ao conceito de abundância. Conhecer qual a sua própriapercepção de riqueza pode ser um fator importante para motivar seucrescimento pessoal. A riqueza é um direito seu! É a partir dela quevocê idealiza seus sonhos.
O que você considera que é riqueza?
Saúde Financeira Não Tem Preço! 23Projeto Educação Financeira2
. RIQUEZA E POUPANÇA
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Sonho a gente temvários, mas um deles écomprar um aparta-mento na praia, numa
praia aqui no sul.
Eu guardo mesmopara o estudo.
Como é que nós vamosinvestir se nós não
tivermos uma reserva?Então se a gente
investe e aparece umacoisa prá comprar, um
triturador prátriturar um capim progado, um bom galpãoprá criar galinha,
então a gente precisater esse dinheiro láguardado prá não
fazer falta naqueleque nós tiramos todo
mês pro nossoalimento.
Eu to guardandodinheiro porque
eu gostaria muitode comprar uma
máquina quecosture zigzag.
Eu quero viajarano que vem.
Eu tenho um sonho decomprar um carro.
Sempre temque sobrarum pouquinhotambém prá
festejar, né?
Quando a gente vêque sobrou um
pouquinho, a genteguarda numa
poupancinha que agente tem.
Todos sabemos o que é poupança - poupar é guar-dar dinheiro, poupar é não gastar todo o dinheiroque temos.
O conceito de poupança tem a ver com renda. Arenda é aquilo que se obtém com o trabalho – salá-rio, venda de produtos ou serviços, aluguéis, pen-sões ou aposentadoria. Com essa renda a pessoacompra e paga por casa, comida, roupa, estudo,lazer, ou seja, tudo de que necessita ou que deseja.Quando a pessoa não consome toda a sua renda,essa sobra poderá ser transformada em poupança.
Para os economistas, poupar é deixar de consumiragora para consumir no futuro. Por exemplo, seuma pessoa pretende comprar uma geladeira novae não tem todo o dinheiro nesse momento, poderáguardar um pouco de sua renda mensal e, ao nalde alguns meses, terá o valor suciente para fazer acompra. Assim, a pessoa deixou de consumir outrascoisas que ela poderia comprar hoje para fazer acompra de um bem de valor maior, no futuro.
Você guarda algum dinheiro?
Se guarda, para que você está poupando?
Veja para que os colegas estão guardando dinheiro:
SIM NÃO
Saúde Financeira Não Tem Preço! 25Projeto Educação Financeira4
Riqueza e Poupançaqueza e Poupança
Poupança De grão em grão a galinha enche o papo
MOTIVAÇÕES PARA POUPAR
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* Pagam pelo transporte para o trabalho domês inteiro e pelas contas de celular.
RECEITAS
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS
Para a pessoa se sentir motivada a poupar, é impor-tante que ela saiba qual a sua concepção de rique-za, quais os seus sonhos, quais os seus desejos.Quem valoriza a educação, como a Marianna, temmotivação para juntar o dinheiro que garanta seusestudos. Quem gosta de viajar, como a Carol, juntadinheiro para conhecer outros lugares. Para quemgosta de cozinhar, é esse prazer que vai motivar apoupar para comprar um novo fogão. Por isso, pou-par é importante para a realização de alguns sonhos.
Outra motivação para poupar é a necessidade desegurança. Há pessoas que estabelecem uma forterelação entre poupança e segurança. Precisam teralgum dinheiro guardado para arcar com imprevis-
tos, geralmente relacionados a doenças, necessi-dades dos lhos ou emergências. Nem sempre os
imprevistos são negativos. Viagens de passeio nãoprogramadas, festas de casamento de amigos ouparentes, boas oportunidades de compras são im-previstos que requerem alguma poupança.
Faça uma revisão dos conceitos estudados neste Capítulo:
Cada pessoa tem um conceito diferente de riqueza
A riqueza é desejável e sempre relacionada ao conceito deabundância.
A riqueza é um direito seu! Poupar é deixar de consumir agora para consumir no futuro
Poupar é importante para a realização de alguns sonhos.
Você também pensou sobre sua própria concepção de riqueza esobre o que está fazendo para alcançar essa riqueza.
No próximo Capítulo, o assunto será Crédito - o que é, quais osprincipais tipos, qual o papel do crédito no cenário atual e comousar o crédito de forma inteligente. Você também vai saber o quesão juros e como usá-los de forma proveitosa.
Resumo
Eu tive que arrumar 2 empregos,
porque eu tinha um sonho de comprar
uma casa. Aí eu fui trabalhar durante
o dia e à noite, durante 8 anos,economizando um pouquinho, foi que eu
consegui construir a minha casa.
Quais dos seus sonhos estão relacionados ao con-ceito de riqueza que você escreveu na página 22?
O que você tem feito no sentido de realizá-los?
27Projeto Educação Financeira6
Riqueza e Poupançaqueza e Poupança
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS* A irmã de Joaquim passou num teste para ganhar uma bolsa deestudos numa escola de informática. Para a comemoração, vão levarsanduíches e refrigerantes. Decida quanto vão gastar com esse lanche.
Empréstimos podem ser concedidos por bancos,nanceiras ou até por amigos e parentes. Pedir di-nheiro emprestado é uma das formas de fazer usodo crédito. A outra é por meio da compra nanciadaem lojas, onde o dinheiro é convertido no bem a sercomprado. Se você quiser comprar uma geladeiranova e não tem renda suciente para isso, você temduas possibilidades: ou junta o dinheiro e faz a com-pra no futuro ou faz a compra a crédito, com o com-
promisso de pagar o valor do produto em parcelas. Assim, o uso do crédito permite a antecipação deum consumo que só seria possível no futuro.
As facilidades de crédito oferecido por bancos, -nanceiras ou lojas estimulam o consumo. Uma pes-soa pode usar o crédito para várias nalidades. Senão conseguirem poupar, Ismaildo poderá comprarum carro a crédito, Marianna poderá nanciar umcurso de inglês, Dona Júlia, a nova máquina paracosturar couro e Dona Raimunda o triturador. Nosexemplos do Ismaildo e da Marianna, os consumosvisam a satisfação pessoal e o crescimento pessoale prossional. Para Dona Júlia e Dona Raimunda,
o objetivo seria aumentar a produção de bolsas oucomeçar a produzir ração para alimentar o gado,podendo gerar mais lucros.
No Capítulo anterior você viu a importância de teruma poupança para uma compra planejada ou pa-ra atender a um imprevisto. Mas, se não temos ne-nhum dinheiro guardado e aparece uma despesaque não podemos adiar ou uma oportunidade decompra imperdível, podemos recorrer ao crédito,como fez o seu Noé. A palavra “crédito”, segundoo dicionário, signica conança. A pessoa que temcrédito tem boa reputação, consideração, facilidadede obter dinheiro emprestado. Em Economia, crédi-
to é um dinheiro posto à disposição de alguém. Aofazer uso desse dinheiro a pessoa estará tomandoum empréstimo.
Assim que a gente
recebeu o dinheiro,
comprou 10 vacas e
uma ordenhadeira.
Calculando a
producão, o leite
de 2 vacas paga o
financiamento de
todas elas, com a
ordenha também.
Saúde Financeira Não Tem Preço! 29Projeto Educação Financeira8
Quem tem 100 mas deve 100, muito mostra e pouco tem
I. CRÉDITO
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RECEITAS
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS* Visita ao médico. João precisa tomarum remédio que custa 12,00.
TIPOS DE CRÉDITO JUROS
Há vários tipos de crédito. De maneira simplicada,podemos classicá-los em dois grupos: os destina-dos ao consumo pessoal e os voltados para as ativi-dades produtivas. No caso das atividades produtivasé comum classicá-los em custeio e investimento.
Quando andamos de táxi, pagamos pela corrida umvalor que corresponde ao uso do veículo, que nãoé nosso, e ao trabalho do motorista. Quando paga-mos aluguel do lugar onde moramos, o valor pagotodos os meses ao dono do imóvel corresponde aouso do lugar a cada mês.
Do mesmo modo, quando utilizamos o crédito, esta-mos usando dinheiro que não nos pertence. Assim
como pagamos pela corrida de táxi, pelo aluguel dacasa, será necessário efetuarmos pagamentos peri-ódicos pelo uso do dinheiro em determinado perío-do de tempo. Ao valor desse pagamento denomina-mos juros.
Juros, então, podem ser considerados como a re-muneração cobrada pelo empréstimo de dinheiroe são representados por um percentual (%) a quechamamos de taxa de juros.
No caso de consumo pessoal, temos o chamado
— crédito pessoal – é destinado à compra de produtos de usopessoal e serviços: roupas, eletrodomésticos, eletrônicos, alimentos,viagens, cursos, etc. É o tipo de crédito que Ismaildo e Mariannapoderão fazer.
Para uso em atividades produtivas, temos dois tipos:
— crédito de investimento – é o crédito destinado a construções ecompra de animais, máquinas, equipamentos, utensílios, veículos,tratores, etc. Dona Júlia pode obter um crédito de investimento paracomprar sua máquina de zigzag. Dona Raimunda pode comprar seutriturador usando crédito de investimento. Seu Noé fnanciou vacase ordenhadeira.
— crédito de custeio - considera-se como de custeio os créditosdestinados à manutenção da atividade produtiva. Seu Noé podeobter crédito para comprar ração e medicamentos para suas vacas.
1.000,00 a 5% ao mês = 50,00
jurostaxa de juros
Saúde Financeira Não Tem Preço! 31Projeto Educação Financeira0
Créditorédito
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A gente planejou que se x litros pagam a prestacão, x litros de leite iamprá cooperativa, que já passa o dinheiro direto prá conta. A gente não vê odinheiro durante o ano, no fim do ano é só sacar e pagar. Se com a primeira
prestacão deu certo, com certeza com as outras vai dar certo também.
A questão do crédito tem dois lados: é muito bom porque possibilita a algumas pessoasinvestir num projeto. Por outro lado, tem que ter clareza de saber o que vai fazer.
Fizemos um trato: se nós temosdinheiro, nós compramos à vista, senão temos, a gente espera, porqueà vista a gente tem desconto e a
prazo sempre tem juro.
O aumento de oferta de crédito é uma coisa boa, mas ao mesmo tempo você temque ter controle. Você vai pegar, mas vai ter que pagar. Você pode trocar decarro agora e só comecar a pagar depois do carnaval, só daqui a 90 dias. Na
facilidade do crédito, você pega, mas se não tiver um controle das suas despesas,daqui a uns dias o carnaval chega e o sujeito tá enrolado!
Assim como no consumo consciente e inteligente,em qualquer situação, a decisão de usar o créditotambém inspira cuidados e reexões. Será que é omelhor momento para tomar o crédito? A taxa de ju-ros é adequada? Meu orçamento comporta a pres-tação que eu estaria assumindo?
Para que o crédito proporcione consumo inteligen-te devemos analisar a situação sobre três aspectosfundamentais: o momento de tomar o crédito; o cus-to do crédito, expresso na taxa de juros e o com-
prometimento da renda para o pagamento da dívidaassumida.
O momento de tomar o crédito
Algumas pessoas tomam crédito de forma impulsi-va. Muitas vezes poderiam adiar a compra, plane- jando-a para um momento mais oportuno, criandopoupança para fazer um melhor negócio. Assim,como faz o Luciano, assumem uma postura maisinteligente com relação ao crédito e ao consumo.
Como você já viu, em algumas situações camossem alternativa e somos pressionados a tomar cré-dito. São momentos em que acontecem doenças,acidentes ou mesmo situações em que podemosnos ver diante de oportunidades imperdíveis, comopor exemplo, a compra de um lote vizinho à nos -sa casa, a um preço abaixo do mercado, ou de umequipamento que aumente nossa produção. SeuNoé usou crédito para um consumo inteligente eampliou sua atividade produtiva.
O crédito é bom, mas inspira cuidados. Veja o queseus colegas pensam a respeito do uso do crédito:
Saúde Financeira Não Tem Preço! 33Projeto Educação Financeira2
Créditorédito
RELAÇÕES ENTRE CRÉDITO E CONSUMO INTELIGENTE
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS* Aniversário de um vizinho. Querem levarum presente. Decida quanto gastarão.
O custo do crédito
Lembra que, quando tomamos dinheiro empresta-do temos que pagar os juros? Tomada a decisão deusar o crédito é preciso avaliar o custo desse dinhei-ro. Para isso, o primeiro passo é analisar as opçõesdisponíveis – bancos, nanceiras, lojas, patrões,amigos ou parentes e as taxas de juros cobradas,pois os juros farão parte do valor nal da dívida. Va-mos ver como se faz isso, analisando uma situaçãobem comum:
Se você zer as contas, vai escolher o nanciamentodo banco, pois pagará 95,04 a menos, dinheiro quepoderá usar para outra possibilidade de consumo.
O comprometimento da renda
Depois de avaliar o momento de tomar o crédito eo custo que esse crédito terá, se ainda persistir aideia, é hora de vericar quanto da sua renda vaicar comprometida pelo nanciamento. Nessa ava-liação é importante levar em consideração as des-pesas xas – moradia, alimentação, transporte, edu-cação –, que comprometem parte signicativa dosnossos ganhos. É o momento de avaliar, também,as despesas variáveis – lazer, viagens e supéruos
- e escolher que gastos podem ser reduzidos paraacomodar a nova despesa do nanciamento, man-tendo o equilíbrio nanceiro.
Numa boa relação de crédito e consumo, encon-tramos equilíbrio para comprar aquilo que neces-sitamos ou desejamos, considerando o momentooportuno, o custo e o comprometimento da renda,preservando uma boa qualidade de vida.
Voltando ao exemplo da televisão, caso a compracom uso de crédito fosse adiada até que se formas-se uma poupança, teríamos a seguinte situação:
Guardando mensalmente 49,48 numa caderneta de
poupança, com um rendimento mensal real de 0,5%,em nove meses você teria acumulado os 500,00necessários para a compra da TV, cando livre docompromisso de mais 15 parcelas que teria com
Imagine que você quer uma nova televisão e encontrou uma novalor de 500,00, mas não tem dinheiro para isso. Suas opções sãoas seguintes:
— A loja Paraíso da TV fnancia em 24 parcelas de 49,48 a juros de8,5% ao mês. Fazendo as contas, ao fnal dos 24 meses terá pagoà loja 1.187,64.
— O Banco ABC empresta o mesmo valor em 24 parcelas de 45,53 a juros de 7,5% ao mês. Isso quer dizer que no fm do prazo terápago 1.092,60.
Saúde Financeira Não Tem Preço! 35Projeto Educação Financeira4
Créditorédito
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS
* O tênis que Joaquim usa para trabalhar rasgou. Ele precisacomprar outro. Decida quanto ele vai gastar com essa compra.
a loja. Caso continuasse a poupar mensalmente ovalor da prestação pelos 15 meses seguintes, vocêteria acumulado 822,15 que poderiam ser mantidoscomo reserva ou direcionados para outras compras,lazer, etc.
Tem várias pessoas que ganham
bem mas o nome é sujo na praca.Depois que o senhor estragar seu
crédito na praca, fica ruim de voltar.
Quem poupa faz uso proveitoso dos juros, acumula riqueza, expressa emdinheiro ou bens.
Quem se submete ao pagamento de juros estará reduzindo sua capacidadede consumo.
Faça uma revisão do que foi estudado neste Capítulo.
Crédito é um dinheiro posto à disposição de alguém.
Tipos de crédito:
— crédito pessoal - destinado ao consumo pessoal;
— crédito para as atividades produtivas - custeio einvestimento.
Juros são a remuneração cobrada pelo empréstimo de
dinheiro. Para que o crédito proporcione consumo inteligente
devemos analisar a situação sobre três aspectos fun-damentais: o momento de tomar o crédito, o custo docrédito e o comprometimento da renda.
Quem poupa faz uso proveitoso dos juros e acumulariqueza, enquanto quem se submete ao pagamento de juros estará reduzindo sua capacidade de consumo.
No próximo Capítulo, o assunto será Planejamento nan-ceiro. Você vai ver os conceitos de planejamento, planeja-mento nanceiro e orçamento nanceiro. Vai conhecer ummétodo prático para fazer seu orçamento pessoal, de suafamília ou de seu pequeno negócio.
Resumo
37Projeto Educação Financeira6
rédito Crédito
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* O sobrinho de Isabel adora bonés. Ela prometeu que, quando pudesse, lhe daria um novo. Será que ela vai cumprir a promessaesse mês? Se sim, quanto pagará pelo boné?
RECEITAS
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS
Um homem prevenido vale por dois
Eu tenho um caderno, euregistro tudo. Sempreprocuro registrar no
que eu gastei, no que euvou gastar, no que
quero comprar.
Nesse orcamentoaparecem em
primeiro lugar asobrigacões edepois vêm as
despesaspessoais, comoroupa, sapato,
lazer.
Eu vendo a bolsa. Aquele valor que eugastei, eu tiro fora, aí eu tenho o lucro.
Com meu irmão é tudo planejado. Se elefala que nesse ano precisa fazer um
barracão, quando ele consegue juntar odinheiro, aí ele faz o barracão.
A gente tem que gastar menosdaquilo que a gente ganha.
Eu vejo pessoas que ganham muito mais doque eu e não têm o que eu tenho, moram dealuguel. Eu consegui comprar minha casa.
Eu tenho meu caderninho. No comecodo mês eu já programo tudo aquilo
que eu vou gastar durante o mês. Sesobrar e eu vejo que dá prá comprar
uma coisinha, tudo bem.
Eu tenho anotado numa agenda todas ascompras, os gastos de água, de luz, gaso-lina, tudo em torno do produto. No final domês eu somo as vendas, diminuo o custo, prá
ver se tá dando lucro realmente.
Agora eu fui fazer as contas e táfaltando R$500,00. Eu não sei prá ondefoi, se eu gastei com chiclete, com
roupa, não sei prá onde que foi.Eu chego à conclusão de que eu não seiadministrar o meu dinheiro, não tenho
planejamento.Esse mês tô andando a pé porque odinheiro do ônibus não estava lá.
Eu tenho um livro de caixa. Através desselivro de caixa que é feito todo o plane-
jamento, anotadas todas as coisas, tanto avenda do material quanto a compra dematéria prima. E sempre tem o fundo dereserva da loja, que é prá, no caso da
quebra de um equipamento, a gente saberonde pegar. A gente tá trabalhando de péno chão e tá sabendo o que está fazendo.
Você sabe em que gasta seu dinheiro? Faz anotações?Sabe exatamente quanto sobra ou falta a cada mês?Veja como fazem alguns de seus colegas:
Saúde Financeira Não Tem Preço! 39Projeto Educação Financeira8
V. PLANEJAMENTO
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* Último dia do mês. Faça as contas e veja qual foi o resultado financeiro do mês da família Silva. Verifique se eles consegui-ram juntar o dinheiro proposto para a viagem.
Se conseguiram, você está de parabéns! Fez um bom controle finan-ceiro para a família e ajudou a levá-la mais perto do sonho de viajar.
Se não, procure onde gastaram mais do que deveriam. Precisaramtirar parte da poupança que juntaram até hoje? Será que o valor in-vestido no lanche, no presente, no tênis e no boné estão dentro do orça-mento? Onde poderiam ter economizado? Seria o momento propício
para a compra do boné?
Na continuação do seu estudo, você terá algumas dicas de como plane- jar sua vida financeira, de modo a realizar seus sonhos.
RECEITAS
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DESPESAS VARIÁVEISDESPESAS FIXAS
Você terminou o exercício de tomar decisões sobreas despesas dos Silva. Sem anotações, você nãoteria ideia de quanto eles tinham a cada dia e quantopoderiam gastar, concorda? Assim como no exer-cício, para conseguir organizar sua vida nanceira,atender as suas necessidades e realizar seus dese- jos e sonhos, é necessário planejamento.
Planejamento é um processo constituído de açõescoordenadas visando alcançar um determinadoobjetivo.
O planejamento de uma horta é composto de diver-sas ações – preparar a terra, comprar sementes einsumos, semear, além de outras providências antes
de, no dia adequado, colher as hortaliças – que é oobjetivo ao se fazer o planejamento de uma horta.
Num planejamento, estamos sempre tomando deci-sões, antes, durante e depois de elaborar e realizaras ações planejadas. No caso da horta, as decisõesque ocorrem antes são: escolher o local, denir oque vai ser plantado e comprar as sementes. Duran-te o crescimento das hortaliças, decidimos quando
e como fazer limpezas, adubar, molhar os canteiros. Ao nal, colher os produtos e decidir a que preçovender, o quanto será destinado a nosso consumoou doado.
Em um planejamento as decisões podem ser suasou de um grupo – sua família, associação ou coo-perativa de que você participe. Todo planejamentoconsidera as decisões que tomamos hoje e suasconsequências.
Planejar tem, necessariamente, uma dimensão tem-poral. Exige tempo para conhecermos os resultadosque estas decisões terão no futuro.
Planejar é pensar estrategicamente, questionar, re-etir sobre objetivos e metas. Viver sem planejar po-de expor a vida pessoal a uma série de pequenoserros que se transformarão em grandes problemasno futuro. Em contrapartida, quando planejamos fa-vorecemos pequenos acertos que podem resultarna realização de objetivos, desejos, sonhos, situa-ções de bem-estar. Viver bem!
Saúde Financeira Não Tem Preço! 41Projeto Educação Financeira0
anejamento Planejamento
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O orçamento é um guia para nos ajudar a atender asnossas necessidades e desejos, a poupar e a me-lhorar nossa qualidade de vida. É a materializaçãodo planejamento nanceiro. Geralmente é feito porperíodos mensais, mas exige que os registros sejamatualizados diariamente, caso contrário, o orçamen-to não cumprirá seu objetivo. É como você fez como acompanhamento dos Silva, o orçamento era des-te mês, mas você atualizou em várias ocasiões. Na
vida real, você faria anotações todos os dias, pararegistrar os acontecimentos daquele dia.
lanejamento financeiro Orçamento financeiro
Planejamento nanceiro é um tipo de planejamen-to direcionado para a administração das nanças,seja de uma pessoa, de uma família ou de uma ati-vidade produtiva. O planejamento nanceiro exige oestabelecimento de objetivos e prioridades, como acompra da casa própria, do carro, a abertura de umnegócio, uma viagem.
Para fazer seu planejamento nanceiro, você tem
que conhecer bem o que possui, quanto ganha,quanto gasta, em que gasta e as dívidas que tem. Oplanejamento nanceiro deve ser contínuo e, sem-pre que acontecem novas oportunidades ou situa-ções adversas, deve ser revisto.
No caso da família Silva, se aparecer, no próximomês, uma boa oportunidade de compra de uma ca-sa, e eles tiverem esse sonho, deverão refazer todoo planejamento, adiar a viagem, reduzir algumasdespesas...
Essa questão daadministracão dasfinancas é muito
séria, porque acabasofrendo todo mundo.Não sofro só eu como peso de querer
buscar mais dinheiroprá suprir as necessi-dades. Acaba a família
sofrendo também.
A diferenca de umprogredir mais que o outro,
acho que vem do plane-jamento, da organizacão.
Você faz um negócio, depoisquer construir outro e
você tem que desmancharaquele que você já fezporque não planejou ocrescimento de sua
propriedade. Todos sabemtrabalhar na roca, não
sabem é distinguir o que é
que tá dando certo e o quetá dando errado. Porque vai
fazendo tudo no embalo,então às vezes você não sededica a uma coisa que táte dando um retorno maiore dedica mais forca numacoisa que tá comendo o
lucro daquela outra parte.
Para a realização de um bom planejamento
nanceiro, dois propósitos são fundamentais:
— fazer o melhor possível com o menor custo e
— alcançar os objetivos no tempo previsto.
Saúde Financeira Não Tem Preço! 43Projeto Educação Financeira2
anejamento Planejamento
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Passo 2 – DESPESAS FIXAS E POUPANÇA
Registre todas as suas despesas xas - aquelas quevocê deve pagar todo mês, aconteça o que aconte-cer. As despesas xas – permanentes ou temporá-rias – devem estar de acordo com a sua renda. Seualuguel está adequado às suas condições nancei-ras? Seus nanciamentos estão condizentes com oque você pode comprometer da sua renda todos osmeses? As despesas xas reetem o seu padrão de
vida. Algumas despesas xas são conhecidas e você jápode registrá-las. Por exemplo, o aluguel da casa.Outras podem ser estimadas até que você saiba oseu valor exato – a conta de luz pode ser registra-da pelo valor pago no mês anterior e ao receber aconta do mês atual você faz a atualização. Algumasdespesas xas precisam ser atualizadas ao longodo mês, pois embora ocorram todos os meses, po-dem ter variações signicativas, por exemplo, asdespesas com alimentação. Dependem dos alimen-tos consumidos, das suas variações de preços, dafreqüência das refeições, etc. Esse tipo de despesadeve ser registrada todos os dias.
Registre, também, valores previamente destina-dos a aplicações em poupança e outros tipos deinvestimento.
ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO FINANCEIRO
Os passos descritos a seguir possibilitam a elabora-ção e manutenção de um orçamento nanceiro pa-ra você ou sua família. Selecione as despesas e asreceitas que dizem respeito à sua realidade, faça osregistros e mantenha-os atualizados.
Passo 1 – Receitas
Registre todas as suas receitas, os seus ganhos.
As receitas podem ser xas ou variáveis. Quando fo-rem variáveis, por exemplo, alguém que recebe pa-gamentos diários pelo que produz, é preciso que osregistros sejam feitos diariamente. No entanto, mes-mo quem tem uma renda variável pode estimar qualserá o valor aproximado da renda mensal e planejarseus gastos e poupança.
RECEITAS
Salário
Diárias de trabalho
Rendas com a venda de produtos ou serviços
Auxílio alimentação
Auxílio transporteAposentadoria
Pensão
Aluguel
Mesada
Bolsas
Total das receitas
Saúde Financeira Não Tem Preço! 45Projeto Educação Financeira4
anejamento Planejamento
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Passo 3 – Despesas variáveis
Registre todas as despesas variáveis – são despe-sas eventuais, que podem ser suprimidas ou redu-zidas. Posso reduzir meus gastos com bebidas, fes-tas, roupas, salão de beleza, presentes?
Despesas desse tipo não costumam ocorrer em to-dos os meses, mas quando ocorrem costumam tervariações signicativas.
MORADIA
Consertos e reformas
Subtotal
VESTUÁRIO
Roupas e calçados
Subtotal
TRANSPORTE
Carro ou moto – manutenção e consertos
Subtotal
SAÚDE
Consultas e exames
Medicamentos
Subtotal
ANIMAIS DOMÉSTICOS
Consultas e exames
Vacinas
Medicamentos
Subtotal
OUTRAS DESPESAS VARIÁVEIS
Lazer
Viagens
Festas
Consertos e reformas
Inscrições em concursos e vestibulares
Livros, revistas, discos e filmes
Subtotal
Total das despesas variáveis
DESPESAS VARIÁVEIS
Saúde Financeira Não Tem Preço! 47Projeto Educação Financeira6
anejamento Planejamento
ORADIA
uguel ou prestação
nergia elétrica
gua
ás
lefone fixo
V a cabo
ternet
ubtotal
ERVIÇOS DOMÉSTICOS
mpregada doméstica
ubtotal
DUCAÇÃO
ensalidade
ansporte escolar
aterial escolar
ubtotal
IGIENE – MORADIA, ROUPAS E CUIDADOS PESSOAIS
upermercado e drogaria
arbearia e salão de beleza
ubtotal
AÚDE
ano de saúde
edicamentos de uso contínuo
ubtotal
ALIMENTAÇÃO
Supermercado
Feira
Padaria
Refeições e lanches fora de casa
Subtotal
TRANSPORTE
Prestação de carro ou moto
Seguro de carro ou motoPassagens
Combustível
Subtotal
ANIMAIS DOMÉSTICOS
Ração
Tosa e banho
Subtotal
OUTRAS DESPESAS FIXAS
Telefone celular
Subtotal
POUPANÇA
Título de capitalização
Aplicações bancárias - poupança, fundos, etc.
Subtotal
Total das despesas fixas e poupança
DESPESAS FIXAS E POUPANÇA
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Passo 4 – Resultado
Faça as contas, apurando a diferença entre suas re-ceitas e despesas. Quando o total das receitas formaior que o total das despesas, teremos superávit;se ocorrer o contrário, total de receitas menor que ototal de despesas, teremos décit.
Posso adotar medidas para consumir menosenergia elétrica e água?
Normalmente as frutas e verduras próprias daestação têm preços melhores. Tenho prioriza-do esses produtos quando faço as compras dealimentos?
O que é mais barato e saudável? Dar o dinhei-ro da merenda escolar ao meu lho todos osdias ou preparar alimentos que ele pode levar
de casa? Procuro me informar sobre as alternativas de
lazer gratuito? Cinema, teatro, exposições,comemorações...
Meus gastos com roupas estão adequados àsminhas atividades e aos meus ganhos?
Como posso aumentar as minhas receitas? Te-nho habilidades que podem render algumdinheiro?
Finalmente, é importante lembrar que o orçamentonanceiro é uma previsão do que irá ocorrer. Termi -nado o período do orçamento, geralmente de ummês, devemos vericar se os valores orçados ca-ram próximos dos valores realizados, dos valoresefetivamente ganhos e gastos. Se houver diferençassignicativas, elas precisam ser analisadas e essaanálise deverá orientar as suas atitudes e decisõesfuturas, seja com relação ao aumento das receitas,à redução de despesas ou à geração de poupança.
Passo 5 – Análise
Se sobrou dinheiro (superávit), você poderá fazeruma nova aplicação na poupança Poderá, também,realizar alguma compra. Se faltou dinheiro (décit)você precisará, urgentemente, adotar estratégias eações que possibilitem reverter essa situação.
Analise seu orçamento de forma a conhecer para on-de está destinando seu dinheiro e que providênciasvocê precisa tomar para equilibrar suas despesase receitas. Procure conhecer seus padrões de con-sumo e, caso o seu orçamento esteja equilibrado,quais as possibilidades de geração de poupança.
Nessa análise procure responder às seguintes per-guntas, dentre outras.
RESULTADO
Total das receitas(-) Total das despesas fixas e poupança
(-) Total das despesas variáveis
Resultado – sobrou dinheiro/faltou dinheiro
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ORÇAMENTO FINANCEIRO DE PEQUENOS NEGÓCIOS
O orçamento nanceiro de um pequeno negócionão difere muito do orçamento de uma pessoa oude uma família e, para os que desenvolvem peque-nos negócios – pequenos agricultores, doceiras,eletricistas, sacoleiras – a necessidade de manterregistros é tão importante quanto na administraçãodo orçamento doméstico. Esses registros possibili-tam conhecer o rendimento, o lucro que a atividadeestá gerando.
No entanto, quem já desenvolve ou pretende desen-volver algum pequeno negócio deve, de antemão,ter clareza sobre as questões seguintes.
Característica do negócioQual é o negócio, qual a atividadedesenvolvida. Costura? Produção de doces,biscoitos, bolos ou salgados? Pintura deparedes? Plantação de grãos, frutas ouhortaliças? Criação de animais? Faxina?Carreto de pequenas cargas? Lavação oupassação de roupas?
InfraestruturaQual a infraestrutura necessária paradesenvolver a atividade – espaço físico,máquinas, ferramentas, utensílios, etc.
Fontes de receitasComo ocorrem as entradas de dinheiro.Por peça costurada? Pela venda dos doces,biscoitos, bolos ou salgados? Pelo metroquadrado de parede pintada? Pelos grãos,frutas ou hortaliças vendidas? Pelosanimais, carnes ou ovos vendidos? Pelashoras ou dias de faxina? Pelas horas decarreto ou pelo tamanho e peso da carga?Pela quantidade de peças lavadas oupassadas?
DespesasListar as principais despesas com onegócio. Algumas são comuns a váriasatividades – energia elétrica, água, mão deobra, utensílios. Outras são específcas:aviamentos, ingredientes, tintas, adubose sementes, ração e medicamentos,combustível e manutenção de veículos, etc.
Mercado de trabalhoDefnir a região e o tipo de clientes. Qual éa região onde desenvolvo ou desenvolverei omeu trabalho de produção ou de prestaçãode serviços? Quem são ou serão os meusclientes? Qual é o poder aquisitivo deles?São boas as perspectivas de trabalho?
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Controle de Caixa
Qualquer negócio exige um bom Controle de Caixa– quais são as entradas de dinheiro ou receitas equais são as saída de dinheiro, ou despesas.
Para as atividades que são desenvolvidas fora decasa isso é mais fácil. No entanto, quando a ativida-de é desenvolvida na própria casa onde moramos épreciso estabelecer critérios que permitam apurar asdespesas especícas com o negócio. Uma doceira
que faz doces em casa, usando fogão e eletrodo-mésticos da cozinha em que prepara os alimentosda sua família, precisa estimar, dentre outras despe-sas, quanto gasta de gás e energia elétrica com afabricação dos doces.
O Controle de Caixa é um procedimento simples.No entanto, exige disciplina para a realização de re-gistros diários e uma boa organização.
Para fazer o Controle de Caixa use um caderno decerca de 40 folhas. Abra uma folha para cada dia domês, onde serão registradas:
No nal do caderno registre, diariamente, o total dasentradas e saídas de cada dia.
Veja o exemplo do Controle de Caixa, do dia 10 de janeiro, de uma salgadeira que faz salgados emcasa:
Se considerarmos que ocorreram as seguintes en-tradas e saídas durante o mês de janeiro, o lucro dasalgadeira terá sido de 535,00. Veja que detalhamossomente a entrada e saída de dinheiro do dia 10 de janeiro, mas no caderno da salgadeira deverá ter o
detalhamento de todas as entradas e saídas do mês.
ENTRADAS – DIA 10/01
Venda de 200 empadas de frango
Total das entradas
200,00
200,00
35,00
32,00
67,00
SAÍDAS – DIA 10/01
Compra de 20 kg de farinha de trigo
Pagamento energia elétrica – 30% da conta da casa
Total das saídas
— as entradas de dinheiro ou receitas;
— as saídas de dinheiro ou despesas.
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Com relação ao orçamento nanceiro, siga os pas-sos seguintes, lembrando-se de que, muito do quese aplica aos orçamentos domésticos se aplica,também, aos de pequenos negócios. Se você já de-senvolve a atividade e já tem um Controle de Caixa,deverá orientar-se por esse controle e pelas respos-tas às questões sobre Característica do negócio; In-fraestrutura; Fontes de receitas; Despesas e Merca-
do de trabalho (páginas 50 e 51). Se está iniciandoa atividade, somente as respostas a essas questões
poderão orientá-lo.
Passo 1 – Receitas
Primeiramente, faça uma previsão das suas recei-tas, os seus ganhos.
Passo 2 – DESPESAS FIXAS E POUPANÇA
Registre todas as despesas xas - aquelas que vocêdeve honrar todo mês, aconteça o que acontecer. As despesas xas – permanentes ou temporárias –devem estar de acordo com o porte de seu negócio.
Registre, também, valores previamente destinadosa aplicações em poupança e fundos de investimen-to, títulos de capitalização, etc.
RECEITAS
Venda de produtos ou serviços
Total das receitas
DIA
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Total
ENTRADAS
120,00
60,00
240,00
200,00
30,00
240,00
80,00
970,00
SAÍDAS
38,00
42,00
78,00
32,00
54,00
67,00
85,00
27,00
12,00
435,00
Entradas - Saídas 535,00
DESPESAS FIXAS E POUPANÇA
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Passo 3 – Despesas variáveis
Registre todas as despesas variáveis – são despesaseventuais, que podem ser suprimidas ou reduzidas.
Despesas desse tipo não costumam ocorrer em to-dos os meses, mas quando ocorrem costumam tervariações signicativas.
STALAÇÕES
uguel ou prestação
guro – imóvel, maquinário e matéria primas
ergia elétrica
ua
s
lefone fixo
lefone celular
ernet
ubtotal
ÃO DE OBRA
lários
árias
mentação
ansporte
SS
ubtotal
ATÉRIAS PRIMAS E UTENSÍLIOS
ubtotal
HIGIENE E SEGURANÇA
Produtos de limpeza (instalações e máquinas)
Produtos de higiene pessoal
Produtos de segurança
Subtotal
TRANSPORTE
Prestação de carro ou moto
Seguro de carro ou moto
Passagens
Combustível
Subtotal
OUTRAS DESPESAS FIXAS
Subtotal
POUPANÇA
Título de capitalização
Aplicações bancárias - poupança, fundos, etc.
Subtotal
Total das despesas fixas e poupança
DESPESAS FIXAS E POUPANÇA
DESPESAS VARIÁVEIS
INSTALAÇÕESConsertos e reformas
Subtotal
TRANSPORTE
Carro ou moto – manutenção e consertos
Subtotal
OUTRAS DESPESAS VARIÁVEIS
Subtotal
Total das despesas variáveis
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Passo 4 – Resultado
Faça as contas, apurando a diferença entre suas re-ceitas e despesas. Quando o total das receitas formaior que o total das despesas, teremos lucro nonegócio; se ocorrer o contrário, total de receitas me-nor que o total de despesas, teremos prejuízo – oque você está apurando não está sendo sucientepara cobrir as despesas do negócio.
Passo 5 – Análise
Ocorrendo lucro você deverá destinar recursos pa-ra a poupança, além dos que já estavam previstos.Ocorrendo prejuízo você precisará, urgentemente,de adotar estratégias e ações que possibilitem re-
verter a situação. Volte a analisar o seu negócio, res-pondendo as questões iniciais sobre Característicado negócio; Infraestrutura; Fontes de receitas; Des-pesas e Mercado de trabalho.
Nessa análise procure responder às seguintes per-guntas, dentre outras.
Tal como no orçamento doméstico, o orçamento -nanceiro de um pequeno negócio é uma previsãodo que irá ocorrer. Terminado o período do orça-mento, geralmente de um mês, devemos vericar seos valores orçados para receitas e despesas caram
próximos dos valores realizados. Se houver diferen-ças signicativas, elas precisam ser analisadas eessa análise deverá orientar as estratégias e açõesque precisam ser realizadas para que o negócio setorne rentável e promissor.
RESULTADO
Total das receitas
(-) Total das despesas fixas e poupança
(-) Total das despesas variáveis
Resultado – lucro / prejuízo
— O meu negócio pode se tornar rentável,dar lucro?
— A infraestrutura e as despesas estãoadequadas ao porte de meu negócio, aovolume de vendas de produtos ou serviços?Posso ter uma infraestrutura mais enxuta?
Posso reduzir despesas? Posso comprarmatérias primas e utensílios a um melhorpreço?
— Há clientes para os meus produtose serviços? Os meus preços sãocompetitivos?
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A elaboração e manutenção de um bom planeja-mento nanceiro, é resultado de uma boa compre -ensão do que produzimos com o nosso trabalho, danossa capacidade física e intelectual de produzir ede gerar produtos e serviços, de gerar renda.
Tão importante quanto a compreensão do valor denosso trabalho, do que produzimos, é o entendimen-to das relações existentes entre produção e consu-
mo. Trabalhamos, primeiramente, para assegurara nossa subsistência e a subsistência das pessoasque dependem de nós – pais, avós, lhos... Uma vezassegurada essa subsistência, direcionamos os re-cursos que sobram de acordo com princípios e va-lores próprios – acúmulo de bens, viagens, estudos,doações a pessoas que não tem suas necessidadesbásicas atendidas, doações a instituições religiosasou que lutam por causas sociais e ambientais...
Reconhecer os nossos princípios e valores, osnossos gostos e preferências, os nossos desejos,os nossos sonhos... é fundamental para orientar onosso planejamento nanceiro. Quando temos maisclareza sobre o que nos faz sentir ricos, sobre o que
queremos, sobre os nossos sonhos de consumo,sobre os nossos sonhos de solidariedade, conse-guimos denir objetivos e prioridades com maisclareza. Temos mais motivação para poupar, forta-lecemos os nossos propósitos e o nosso sentido deriqueza.
Consequentemente, a nossa relação com o con-sumo e com o crédito torna-se mais inteligente. Asnossas decisões de consumo são orientadas para oque realmente nos faz sentir ricos, para o que nostraz satisfação, felicidade e bem-estar duradouros. As nossas decisões de consumo tendem a ser maisresponsáveis, seja em relação às pessoas ou aomeio ambiente.
Se desenvolvemos pequenos negócios com a ajudade parceiros e empregados, tendemos a ser maisresponsáveis com essas pessoas que trabalham co-nosco. Ficamos preocupados com as suas necessi-dades e desejos, com as suas famílias. Desejamos,também, que tenham equilíbrio nanceiro, bem-es-tar. Desejamos que realizem seus sonhos, que cres-çam como pessoas e como prossionais.
Quando temos um bom planejamento nanceiro asnossas decisões se alinham ao nosso sentido de ri-queza facilitando a geração de poupança e realiza-ção pessoal, seja acumulando bens, conhecimen-tos obtidos em estudos e viagens, ou atitudes desolidariedade e amor ao próximo.
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lanejamento financeiro, riqueza e poupança
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Faça uma revisão do que foi estudado neste Capítulo.
Planejamento é um processo constituído de açõescoordenadas visando alcançar um determinadoobjetivo.
Planejamento nanceiro é um tipo de planejamentodirecionado para a administração das nanças, sejade uma pessoa, de uma família ou de uma atividadeprodutiva.
O orçamento nanceiro é a materialização do pla -nejamento nanceiro, geralmente feito por períodosmensais.
O orçamento nanceiro exige que os registros sejamatualizados diariamente.
Etapas do orçamento nanceiro:
1. Registre todas as receitas.
2. Registre todas as suas despesas xas e poupança.
3. Registre todas as despesas variáveis.
4. Apure a diferença entre suas receitas e despesas
5. Se sobrou dinheiro, destine recursos para a pou-pança, além dos que já estavam previstos ou para
realizar alguma compra. Se faltou dinheiro, adoteurgentemente estratégias e ações que possibili-tem reverter a situação
Controle de Caixa – registro das entradas de dinheiroou receitas e das saída de dinheiro, ou despesas.
Pois é, em um mundo onde as relações entre produ-ção e trabalho mudam a toda hora, onde existe ofer-ta de crédito para tudo que necessitamos ou dese- jamos, onde o dinheiro faz parte do nosso dia a dia,é necessário ser vigilante com relação aos nossoshábitos de consumo. Somos consumidores respon-sáveis? Somos consumidores inteligentes? Temoscontrole sobre a nossa vida nanceira?
Alguns já aprenderam essa lição com os pais, comos irmãos, com os amigos, no trabalho. Outros ain-da estão aprendendo, mas tanto os que já aprende-ram como os que ainda estão aprendendo têm umagrande responsabilidade: dar educação nanceira aseus lhos, ajudar na educação nanceira das pes-soas mais próximas.
Como outros tipos de aprendizado, a educação -nanceira é uma caminhada que se dá ao longo davida. Cada um deve encontrar a sua maneira deeducar-se nanceiramente. De uma forma simples,mas que funcione, proporcionando tranqüilidade ebem-estar, pois...
Saúde nanceira não tem preço!
Resumo
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Capital – é um dos componentes dos três fatores de pro-dução – os outros são o trabalho e a terra. Inclui os fato-res produtivos duráveis e transformados para utilizaçãoprodutiva (p.ex.: maquinaria, ferramentas, equipamentos,edifícios, bens parcialmente acabados)
Consumo – em macroeconomia, é a despesa total (deuma pessoa, uma família, de um país, etc.) em bens deconsumo durante um dado período. Refere-se aos benstotalmente utilizados, usufruídos e “gastos” durante esseperíodo. Na prática, as despesas de consumo incluem
todos os bens de consumo adquiridos, muito dos quaisduram para além dos períodos em questão (p.ex.: vesti-dos, calçados, eletrodomésticos, automóveis).
Controle de Caixa - É o controle sistemático das saídase entradas de recursos. Se visto sob o ponto de vista pes-soal é o controle dos ganhos e das despesas ou seja é ouxo nanceiro pessoal.
Crédito - o uso dos recursos nanceiros alheios em trocade uma promessa de pagar em data posterior. Os exem-plos principais são empréstimos de curto prazo de umbanco, crédito dos fornecedores aos clientes ou títulos decrédito (letras, promissórias, etc.).
Défcit - É o resultado negativo quando subtraímos asdespesas das receitas. Um individuo é decitário quandogasta mais do que ganha.
Despesas - Representam os valores que pagamos para
poder consumir bens ou serviços (alimentos, roupas, pa-gamento de mecânico, pedreiro, etc)
Despesas fxas - Representam os valores que pagamospara poder consumir bens ou serviços que não podemosevitar todos os dias, semanas ou meses (aluguel, presta-ção carro, luz, água, etc))
Despesas variáveis - Representam os valores que paga-mos para poder consumir bens ou serviços que podemosevitar ou reduzir (Ir ao cinema, festas, presentes, etc)
Juro - É o preço que se paga para poder usar o dinheiro.Vemos o dinheiro como um “bem” qualquer e para poderusar este bem temos que pagar juros. Se encararmos re-cursos nanceiros como fator de produção - capital, os
juros representam a remuneração do capital.
Lucro - É a expressão monetária do resultado de um ne-gócio/empreendimento. Quando as receitas do negóciossão maiores que os custos, gerando assim acumulo deriqueza para o empreendimento. É o lucro que remunerao capital investido num empreendimento.
Orçamento - O orçamento é o registro e de ganhos e/oureceitas (renda de salário, juros, aluguéis, etc.) e das des-pesas (pagamento de aluguel, alimentação, transportes,etc) num determinado período de tempo (mês, trimestre,ano, etc.).
Poupança - destino dado aos rendimentos monetáriosnão utilizados para consumo, seja por entesouramento,quando o recurso permanece com a pessoa, aplicação,empréstimo ou para investimento direto futuro
Prejuízo - É a expressão monetária do resultado de umnegócio/empreendimento. Quando as receitas do negó-cios são menores que os custos, gerando assim perdacapital ou simplesmente o empobrecimento da unidadeprodutiva.
Produção - é a criação de um bem ou de um serviço ade-quado para a satisfação de uma necessidade.
Receita - Representa os ganhos –valores recebidos emforma de salários ou o resultado da venda de bens eserviços ou ainda o recebimento de juros de aplicaçãonanceira.
Superávit - É o resultado positivo quando subtraímosas despesas das receitas. Um individuo é superavitárioquando gasta menos do que ganha.
Terra - é um dos componentes dos três fatores de pro-dução – os outros são trabalho e capital. Inclui os terre-
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Glossário Glossário
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nos empregues para atividades agrícolas ou industriais,assim como os recursos naturais obtidos à superfície ouno subsolo. Não obstante seja denominado como fatorterra, ele não inclui apenas a disponibilidade total de ter-ras disponíveis para a agricultura e a produção animal,mas também para a agricultura utilizada com o conjun-to dos elementos naturais que se encontram no: solo eno subsolo; lençóis de água subterrâneos; mananciais;riachos; ribeirões; rios e quedas d’água; lagos; mares eoceanos; vegetação e recursos da ora; fauna; clima epluviosidade; recursos extra-planetários (como o sol e o
espaço sideral)Trabalho - é um dos componentes dos três fatores deprodução – os outros são terra e capital. Consiste na apli-cação das forças e faculdades humanas para alcançarum determinado m.
Trabalho Assalariado - é a relação de trabalho caracteri-zada pela troca da força de trabalho por salário.
Trabalho Autônomo - é aquele exercido pelo trabalhadorautônomo, que é a pessoa física que exerce por contaprópria atividade econômica de natureza urbana, comns lucrativos ou não. Em outras palavras, é a pessoafísica que presta serviços a outrem por conta própria, porsua conta e risco. Não possui horário, nem recebe salá-rio, mas sim uma remuneração prevista em contrato.
Trabalho Doméstico – é aquele necessário ao funciona-
mento de uma casa, à saúde ou ao conforto dos seusmoradores.
Trabalho Voluntário – considera-se como trabalho volun-tário, a atividade não remunerada, prestada por pessoafísica a entidade pública de qualquer natureza, ou a insti-tuição privada de ns não lucrativos, que tenha objetivoscívicos, culturais, educacionais, cientícos, recreativos oude assistência social, inclusive mutualidade. O serviço vo-luntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação denatureza trabalhista previdenciária ou am
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Glossário Anotações
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As imagens desta cartilha foram obtidas a
partir de vídeo produzido por ?????????
com a participação de:
Altemy Pereira Almeida (Seu Caribé)
Caio Cesar Xavier Victorino
Caroline da Silva Menezes
Cassiana Vaz Tormin
Elias Gonçalves Branco Cavalcante
Eloisa Pereira Gheno
Elza Carvalho da Cunha
Ismaildo Nogueira da Cruz
Ivan Jorge Ferreira Begnis
José Carlos da Silva
José Joaquim Alves Barroso Júnior
José Vantuil Gonçalvez da Cruz
Joy de Oliveira Pena
Júlia Azevedo
Laci Rodrigues da Silva Reis
Luciano Andrade de Carvalho
Marianna Heloiza Alves de Oliveira
Nely da Silva Machado
Noé Alves Rabelo
Odete Maria da Silva Petry
Raimunda Eugênia Cabral
Raimundo Nonato de Morais
Raquel
Roberto Gonzaga Siqueira
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Anotações CRÉDITOS
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