edição 82 fenacon em s e r v i Ço s · pela interessante matéria sobre o assunto em pauta -...

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S E R V I Ç O S FENACON em Ano VII Edição 82 Outubro 2002 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr esas de Serviços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento, Perícias, Infor mações e Pesquisas dirigida a empr esários de prestação de serviços - Valor Unitário - R$ 2,50 Empresas de Pesquisa Os números das eleições Marketing Político À sombra do poder

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Page 1: Edição 82 FENACON em S E R V I ÇO S · pela interessante matéria sobre o assunto em pauta - ‘Cobrança da DCTF 97 - eficiência ou fiscalismo?’, publicada nas páginas 8 e

S E R V I Ç O SFENACON em

Ano VIIEdição 82

Outubro2002

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Empresas de PesquisaOs números das eleições

Marketing PolíticoÀ sombra do poder

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Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

SESCAP - Acre

Pres.: Sergio CastagnaAv. Getúlio Vargas, 130, sala 205 - Centro69900-660 – Rio Branco/ACTel.: (68) [email protected]

SESCON - AlagoasPres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 18557050-080 - Maceió/ALTelefax (82) [email protected]/sescon-al

SESCAP - Amapá

Pres.: Aluisio Pires de OliveiraRua Cândido Mendes, 374, sala B68900-100 - Macapá - APTelefone: (96) [email protected]

SESCON - Amazonas

Pres.: Wilson Américo da SilvaR. Monsenhor Coutinho, 485 - sala 3 - Centro69010-110 - Manaus/AMTel.: (92) [email protected]/sescon-am

SESCON - ApucaranaPres.: Alicindo Carlos MorotiRua Osvaldo Cruz, 341 - Centro86800-720 - Apucarana - PRTel. (43) 422-7908 / [email protected]

SESCON - Bahia

Pres.: Fernando César Passos LopoAv. Antonio Carlos Magalhães, 2573 - 12°andar,sl. 1205/1206 - Candeal de Brotas -40289.900 - Salvador/BATelefax. (71) 452.4082/[email protected]

SESCON - Blumenau

Pres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - Sl 100989010-901 - Blumenau/SCTelefax. (47) 326.0236 - [email protected]

SESCON - Caxias do SulPres.: Moacir CarboneraR. Ítalo Victor Bersani, 113495050-520 - Caxias do Sul/RSTel. (54) 228.2425 - Fax: (54) [email protected]

SESCON - CearáPres.: Urubatam Augusto RibeiroAv. Washington Soares, 1.400 - sl. 40160811-341 - Fortaleza/CETel.(85) 273.4341Fax: (85) [email protected]

SESCON - Distrito Federal

Pres.: Elizer Soares de PaulaSHC Sul, Qd. 504, Bloco C,Loja 64, Subsolo70331-535 – Brasília/DFTel.: (61) 226-1269/ [email protected]/sescon-df

SESCON - Espírito Santo

Pres.: Luiz Carlos de AmorimR. Quintino Bocaiuva, 16, s. 90329010-903 – Vitória/ESTel. (27) 3223.4936/ [email protected]

SESCON - Goiás

Pres. Edson Cândido PintoAv. Goiás, 400 - 6º and. - Sl. 67 - Centro74010-010 - Goiânia - GOTelefax: (62) [email protected]/sescon-go

SESCON - Grande Florianópolis

Pres.: Walter Teófilo CruzR. Felipe Schmidt, 303, 9º andar, Centro88010-903 - Florianópolis/SCTelefax: (48) [email protected]

SESCON - Londrina

Pres.: Paulo BentoR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja86010-914 - Londrina / PRTelefax. (43) [email protected]

SESCON - Maranhão

Pres. Gilberto Alves RibeiroAv. Gerônimo de Albuquerque, s/n° - sala 201Retorno do Calhau - Casa do Trabalhador65051-200 - São Luís / MATelefax: (98) 3082-7972 / (98) [email protected]/sescon

SESCON - Mato Grosso do Sul

Pres.: Laércio José JacomélliRua Elvira Pacheco Sampaio, 68179071- 030 - Campo Grande - MSTelefax: (67) 387-6094/[email protected]/sescon-ms

SESCON - Mato Grosso

Pres.: Elynor Rey ParradoR. São Benedito, 851 - 1o andar78010-800 - Cuiabá/MTTel. (65) 623-1603 / Fax. [email protected]/sescon-mt

SESCON - Minas GeraisPres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar30.130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax.: (31) [email protected]

SESCON - ParáPres.: Carlos Alberto do Rego CorreaAv. Presidente Vargas, 640 - 5° andarSala 01 - Campina66017-000 - Belém/PATelefax: (91) [email protected]/sescon-pa

SESCON - ParaíbaPres.Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.R. Rodrigues de Aquino, 267 - sala 70358013-030 - João Pessoa/PBTelefax (83) [email protected]/sescon-pb

SESCAP - ParanáPres.: Valdir PietrobonR.Marechal Deodoro, 500 -11º andar80010-911- Curitiba/PRTelefax (41) [email protected]

SESCON - PernambucoPres.: Almir Dias de SouzaR. José Aderval Chaves, 78 Sls 407/40851111.030 - Recife/PETelefax: (081) [email protected]/sescon-pe

SESCON - PiauíPres.: Tertulino Ribeiro PassosR. Honório de Paiva, 607 - Piçarra64001-510 - Teresina/PITelefax: (86) [email protected]

SESCON - Ponta GrossaPres. Luiz Fernando SaffraiderR. Comendador Miró, 860 - 1º andar84010-160 - Ponta Grossa/PRTel. (42) 222.1096 - Fax: (42) [email protected]

SESCON - Rio de JaneiroPres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - sl.190620071-000 - Rio de Janeiro/RJTel. (21) 2233-8868 - Fax. (21) [email protected]/sescon-rj

SESCON - Rio Grande do NortePres.: Edson Oliveira da SilvaR. Segundo Wanderley, 855-B, sala 122,Barro Vermelho59030-050 - Natal/RNTel.: (84) [email protected]

Empresário de Serviços, entre em contato com seu sindicato através de e-mail. É mais fácil, rápido e econômico.Critique, reivindique, opine, faça sugestões aos seus dirigentes. Eles querem trabalhar por você, em defesa de sua empresa.

2 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 82

SESCON/ Rio Grande do Sul

Pres.: Tadeu Saldanha SteimerR. Augusto Severo, 16890240-480 - Porto Alegre - RSTelefax: (51) [email protected]

SIECONT - Rondônia

Pres.: Antonio Sivaldo CanhinAv. Carlos Gomes, 2292 - Sl 478901-200 - Porto Velho/ROTel. (69) 224.4842 - Fax: (69) [email protected]

SESCON - Roraima

Pres.: Maria de Fátima Bezerra da SilvaAv.Getútio Vargas, 687-W - Centro/Anexo69301.030 - Boa Vista/RRTelefax. (95) [email protected]

SESCON - Santa Catarina

Pres.: Vilson WegenerAv. Juscelino Kubitschek, 410 - bl.B - sl.30689201-906 - Joinville/SCTelefax (47) 433.9849/[email protected]

SESCON - São Paulo

Pres.: Carlos José de Lima CastroAv. Tiradentes, 960 - Ponte Pequena01102-000 - São Paulo - SPTelefax: (11) 3328-4900/[email protected]

SESCON - Sergipe

Pres.: Wladimir Alves TorresR. Siriri, 496 - sl. 4 - 1º andar49010-450 - Aracaju/SETelefax (79) 214.0722 - (79) [email protected]/sesconse

SESCON - Sul Fluminense

Pres. Fulvio Abrami StagiR. Orozimbo Ribeiro, 14, 2º and., Centro27330-420 - Barra Mansa - RJTelefax (24) [email protected]

SESCON - Tocantins

Pres.: Antônio Luiz Amorim AraújoACNO I - Lote 20 - Cj 3 - Sl 2577013.020 - Palmas/TOTelefax (63) [email protected]

Atualizado em 27.09.2002

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expediente

Diretoria da Fenacon 2001/2003

PresidentePedro Coelho Neto

Vice-Presidente - Região SudesteAntônio Marangon

Vice-Presidente - Região NordesteJosé Geraldo Lins de Queirós

Vice-Presidente - Região SulMário Elmir Berti

Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/NorteAntônio Gutenberg Moraes de Anchieta

Diretor FinanceiroHorizon Donizett Faria de Almeida

Diretor AdministrativoRoberto Wuthstrack

Diretor InstitucionalHaroldo Santos Filho

Diretor de EventosJosé Rosenvaldo Evangelista Rios

Diretor de Assuntos Legislativos e do TrabalhoSauro Henrique de Almeida

Diretor de Tecnologia e NegóciosNivaldo Cleto

SuplentesJosé Eustáquio da FonsecaLuiz Valdir Slompo de LaraAnastácio Costa MotaMaciel Breno SchifflerOrival da CruzCleodon de Brito SaraivaIzabel Rodrigues LiipkeCarlos Alberto do Rego CorreaLeomir Antonio MinozzoWilliam de Paiva Motta

Conselho Fiscal

EfetivosJodoval Luiz dos SantosJosé Carmelo FariasAntonio José Papior

SuplentesIrany Barroso de Oliveira FilhoAluísio Beserra de MendonçaLuis Carlos Freitas

Representação na CNC

EfetivosPedro Coelho NetoEliel Soares de Paula

SuplentesJosé Augusto de CarvalhoMaria Elzira da Costa

R. Augusta, 1939 - Cjs 42 e 4301413.000 - São Paulo - SPTelefax (11) 3063.0937

Editor Responsável: André Luiz de Andrade

Direção de Arte e Diagramação: Marcelo A. Ventura

Colaboração: Cassia Aulisio

Conselho Editorial:Pedro Coelho NetoAntonio MarangonNivaldo CletoMário Elmir BertiGerson Lopes FontelesSérgio Approbato MachadoJosé Antonio de Godoy

Redação ◆ Assinaturas ◆ Anúncios

Revista Fenacon em SERVIÇOSRua Augusta, 1939 - Cj 42 e 43Cep 01413-000 - São Paulo - [email protected] (11) 3063.0937

3082.22183088-5774

A revista Fenacon em SERVIÇOS é uma publicaçãomensal da Federação Nacional das Empresas de ServiçosContábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas.

Home Page: http://www.fenacon.org.br

Tiragem: 50 mil exemplares

Auditoria de Circulação: Villas Rodil Auditores Independentes

Circulação: nacional - empresas de setores de serviçosligadas ao Sistema Fenacon, instituições de ensino superior,órgãos governamentais, representantes dos podereslegislativos e assinantes em geral.

A Revista Fenacon em Serviços não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nas matérias ou artigos assinados

FENACON

■ espaço do leitor .............................................................................04■ palavra do presidente ....................................................................05

. A imprescindível reforma tributária

■ empresas de pesquisa ....................................................................06. Os números das eleições

■ consultorias de marketing ..............................................................08. À sombra do poder

■ case ............................................................................................... 11. A empresa que queremos

■ simples ..........................................................................................12. Benefícios do Simples documentados

■ publicado & registrado ..................................................................13. A farsa da minirreforma

■ tributação ......................................................................................14. Medida Provisória 66: reforma ou remendo tributário?

■ regionais .......................................................................................16. Certificação da qualidade para o interior

■ tecnologia da informação ..............................................................19. Meus favoritos

■ enescap/sudeste ............................................................................20. Preocupação com o futuro

■ rápidas ..........................................................................................24. VI Assembléia Geral do Sicomércio

■ eventos ..........................................................................................24. Encontro em Guarulhos

■ enescap centro-oeste/norte ............................................................25. Manaus recebe IV Enescap das regiões Centro-Oeste e Norte em novembro

■ reflexão .........................................................................................26. Por que servimos?

FENACON em Ano VII - Edição 82

S E R V I Ç O SOutubro de 2002

índice

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4 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 82

espaço do leitor

Endereço de e-mails para esta seção: [email protected] mensagens somente serão publicadas com a devida identificação do leitor: Nome, Endereço Completo e Telefone.

Por motivos de espaço, a redação se reserva o direito de publicar de modo resumido o conteúdo das cartas e e-mails dos leitores.

Labirinto tributárioGostaria de parabenizar a equipe da revista

pela interessante matéria sobre o assunto empauta - ‘Cobrança da DCTF 97 - eficiênciaou fiscalismo?’, publicada nas páginas 8 e 9da edição n.º 80. Ali está estampada toda arealidade das muitas dificuldades queenfrentamos no dia-a-dia de nosso trabalho,que outrora foi muito prazeroso.

Em toda a legislação brasileira, lemos:“multa pela falta de ..., multa pela incorreçãode ..., multa por ter informado erroneamenteo n.º de ...”, e por aí afora. Será que não valeriatambém a situaçãoinversa? Por exemplo:quando a SRF emi-tisse uma cobrançaindevida para o con-tribuinte, não caberiaaí uma ‘indenização’,se é que podemos as-sim chamar?

Imagine um deter-minado tributo, reco-lhido em 1997, quan-do os códigos aindaeram digitados pelos bancos ou o repasseextraviado, com a cobrança indo parar naprocuradoria etc. e, mesmo assim, o con-tribuinte, através de seu profissional con-tábil (mais uma vez), tendo que provar suainocência.

Por melhores que sejamos em nossa vidaprofissional (afinal, sabemos ‘interpretar’ asabsurdas leis de nosso país), sempre haveráum dia em que cometeremos um erro,mesmo que involuntariamente. Mas, aindaassim, somos obrigados a pagar e muito paracorrigir esta falha. É preciso rever algunsconceitos e situações e, se for enumerar aquitudo a se fazer, escreveria por um ano inin-terruptamente.Antonio Franco VarrichioMeta Cont. Asses. e Planejamento SC Ltda.mailto:[email protected]

Lixo burocráticoSou advogado e auditor, proprietário

de empresa neste segmento em Uberlân-

dia, e venho acompanhando a reclamaçãode profissionais que lidam com assessoriajurídica e contábil e vejo que todos estãocom problemas com relação à DCTF. Deexperiência própria, posso dizer que adeclaração foi estruturada de modo a gerarsempre autos de infração, na grandemaioria das vezes, improcedentes.

Juntamente com o auto de infração, éinformado que a declaração foi objeto deauditoria interna. Informação ridícula.Convém perguntar aos despreparadosfuncionários da Receita Federal que au-ditoria é esta, conivente com a lavratura

de autos que somente acarretamtranstornos aos empresários.

Os auditores da Receita Federalsão completamente despreparados,já que, se forem solicitadas infor-mações a diferentes atendentes,cada um deles prestará orientaçõescontraditórias, gerando completainsegurança ao profissional. Trata-se na realidade de lixo burocrático.Denilson Caratta OlivaUberlândia - [email protected]

IncredMailRecentemente li seu artigo a respeito

do ‘IncredMail’ (RFS n.º 77, coluna‘Tecnologia da Informação’) e concordocom o senhor. Ele é realmente umprograma muito legal! No entanto, tenhouma dúvida e gostaria que me fizesse agentileza de saná-la: quando eu envio umamensagem a uma pessoa que usa o Out-look, ela será capaz de visualizar o e-mailque eu enviei através do IncredMail? Osenhor não acha que um recurso que faltouno IncredMail foi a justificação de texto,presente no Outlook?Euzébio LemesGoiânia - [email protected]

Nivaldo Cleto: Prezado Euzébio Lemes,utilizo o IncredMail quando queropersonalizar um e-mail com som, papelcarta e outras funções. Para uso pro-

fissional, ainda continuoutilizando o Outlook.......Express. Fique tranqüiloporque qualquer geren-ciador de email pode lersua mensagem enviada.Quanto a justificar otexto, você tem razão, éuma das falhas graves do programa.Espero que eles façam um upgrade eacertem este Bug.

E o nosso espaço?Sr. editor, não há o que se questionar

sobre as publicações deste caderno decomunicação - matérias que trazeminformações contábeis, gerenciais e etc.são importantes para uma eficiente gestãoglobal.

Contudo, a Fenacon agrega mais de 90atividades que também merecem seuespaço. Falo em nome das empresas derecuperação de créditos (cobranças extra-judiciais). Porque não existem publi-cações sobre esse segmento de mercado?Afinal, terceirização de serviços de co-branças é uma atividade em expansão.Antônio Adriano Martins MeloRamar Terceirização de Serviços deCobranças [email protected] - Ceará

Nota do editor: Caro Antônio, seu pedidofoi anotado para que o tema sejaoportunamente incluído na RFS. Obri-gado pela participação e continue con-tribuindo com sugestões para que pos-samos estar sempre abordando temas deinteresse dos leitores.

Análise de balançosEstou cursando o 8º semestre de

Ciências Contábeis e gostaria que vocêspublicassem mais artigos sobre ‘Análisede Balanços’, pois vou precisar fazer amonografia de conclusão de curso sobreo tema. Espero que possam me ajudar.Renato [email protected]

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 82 - 5

Pedro Coelho Neto

palavra do presidente

A imprescindível reformatributária

Gon

zalo

Cár

cam

o

Estamos prestes a ter um novopresidente no nosso País e, seja ele quemfor, renovam-se as esperanças do povobrasileiro por dias melhores. Para ossetores produtivos, a expectativa é que oescolhido, motivado pelos milhões devotos da maioria dos eleitores brasileiros,implemente as mudanças que vêm sendocobradas, há tantos anos, na esperança deque possam trazer alguma tranquilidadepara a nossa economia.

Para as empresas, a reforma tributáriaé imprescindível, pois não dá mais paraconviver com essa verdadeira colcha deretalhos que é a legislação tributária bra-sileira. Os mecanismos de arrecadação,extremamente burocratizantes, terminampor aumentar violentamente o Custo Brasile, em conseqüência, o preço dos nossosprodutos, tornando-os não competitivosnoutros mercados e inacessíveis ao con-sumidor interno.

Nestes últimos anos de economiaglobalizada, uma alarmante epidemiavem nos perseguindo, ceifando milharesde pequenos e médios empreendimentos,eliminando, em conseqüência, milharesde empregos, diante de um poder público

“Numa simples análise de

custos x benefícios, o Brasil é

um gigante na arrecadação e

um nanico na prestação de

serviços reclamados

pelo povo”inoperante. Os empreendedores, na sualuta titânica para sobreviver, sentem-se in-defesos, diante da inexorável quebradeirade suas tentativas de gerar riqueza. OEstado, a quem caberia incrementar essebem imprescindível para o desenvol-vimento da nossa nação, vem sendo to-cado por um ‘time de governo’ que, às ve-zes, mais parece jogar contra.

A carga tributária atingindo a cifra de34% do PIB, mesmo sem contar a evasãodos tributos, festejada na cova do ‘voraz leãoarrecadador’, tem mostrado-se insuportávelpara pequenos e médios negócios e, o pior,não é suficiente para cobrir os semprecrescentes gastos do Governo. Numasimples análise de custos x benefícios, o

Brasil é um gigante na arre-cadação e um nanico na pres-tação de serviços reclamadospelo povo.

Manter a situação caó-tica em que se encontra oPaís é suicídio. Essa é aconclusão a que chegariaqualquer pessoa razoavel-mente informada. Há, por-tanto, a necessidade pre-mente de se mudar essequadro insustentável, sobpena de não sobrar empre-sário para contar a história,nem povo para fazer a his-tória desta Nação.

Não adianta tentar colocarum remendo novo numa rou-pa velha, como tem procu-rado fazer o atual governo,

no apagar das luzes. Diga-se de passa-gem, de forma totalmente inconseqüente,extemporânea e injusta, pois não temcabimento se fazer alterações paliativasem final de governo, ainda maisbeneficiando alguns em detrimento demuitos.

É preciso enfrentar esse problema,aproveitando o que existe de bom nosinúmeros estudos já realizados e queforam rejeitados por absoluta falta devontade política ou, quem sabe, por puraciumeira dos que estão no poder. Temosque nos dar as mãos, com responsa-bilidade e coragem, para encontrar novoscaminhos que tragam mais estabilidadepara a nossa economia, para as nossasempresas e para a nossa sociedade. Umasociedade hoje dominada pelo terror daviolência, com o aumento vertiginoso daexclusão social, essa tenebrosa craterade onde já vem supurando um estadoparalelo, com um pé no tráfico inter-nacional de drogas e outro na nossa mi-séria urbana.

Impossível é continuarmos gerandoriquezas exclusivamente para pagar jurose rolar dívidas. Desse modo jamaisconseguiremos mudar o quadro aterradorque hoje se desenha para o futuro donosso País. Muito pelo contrário, ve-remos aumentar o desemprego e sucum-birem as nossas empresas que, queiramou não, são as únicas esperanças querestam aos milhões de desempregadosque sofrem nas filas, de porta em porta,à procura de um trabalho para ganharema vida, honestamente.

Portanto, espera-se que o novo pre-sidente assuma sua missão com o propósitode mudar prá valer o que está aí, mesmoque tenhamos, inicialmente, uma fase deprovação. O importante, neste momento,é tentar com seriedade e inteligênciaencontrar uma saída, antes que seja tarde.

Pedro Coelho Neto épresidente da Fenacon

[email protected]

mundo político

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6 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 82

empresas de pesquisa

Eleições, a festa da democracia. Este é um lemamuito empregado pelas peças publicitárias do

TSE - Tribunal Superior Elei-toral. Mas como toda grandefesta as eleições representamtambém movimentação intensapor parte de partidos, can-didatos, mídia, eleitores etambém as empresas de pes-quisa, que ficam na mira detodos os outros. Afinal, o traba-lho poderá servir de baliza paraaqueles que tomam decisões naescolha do voto ou precisam desubsídios para definir as es-tratégias de campanha junto aoeleitorado.

Em um país de grandesdimensões como o Brasil, comuma economia complexa, asempresas especializadas empesquisas, como de mercado oude opinião, ganham cada vezmais espaço. Mas algumasperguntas que o cidadão comum

faz são: como estas empresas se estruturam em épocasde eleições? Como conseguem descobrir qualcandidato está em vantagem ou não? Será queganham muito dinheiro? E quanto à história depesquisas ‘compradas’ ou manipulações deresultados?

Segundo Adélia Franceschini, diretora decomunicação da ANEP - Associação Nacional dasEmpresas de Pesquisa e também empresária do

Os números das eleiçõesAs eleições se caracterizam, cada vez mais,pelo destaque que se dá às pesquisas deintenção de voto. Um mercado que, nesteano eleitoral, poderá ter o faturamentoacrescido em quase R$ 50 milhões. O quese desconhece é a estrutura e aresponsabilidade que acabam sendoexigidas das empresas especializadas, cujoresultado do trabalho fica quase em tantaevidência quanto os próprios candidatos

Por Márcio Sampaio de Castro

setor, as pesquisas eleitorais têm uma dinâmicaprópria, obviamente representada pelos interessesenvolvidos em uma eleição. Mas, em númerosabsolutos, o acréscimo nas receitas das empresasdo setor, que giram em torno de R$ 520 milhões aoano (números de 2001), não chega a 10%.

“Acontece que as pesquisas de intenção ganhamcada vez mais visibilidade, porque algum inte-ressado compra e diversos veículos de comunicaçãoacabam publicando, o que pode dar uma impressãodistorcida quanto ao tamanho do mercado”, explicaFranceschini.

Porém, mesmo somente estes quase 10% dereceita à mais acabam representando um sensívelaumento no trabalho e na carga de responsabilidadedos institutos e empresas especializadas. “A cadaeleição o número de candidatos e partidos queprocuram as pesquisas aumenta”, explica oempresário Bruno Lopes, da Experience Consultoriae Pesquisa, sediada em Curitiba-PR, e diretor doSescap/PR.

Informações estratégicas“As estruturas de campanha acabam contratando

mais para que possam ter suas próprias informações,além daquelas fornecidas pela mídia”, conta Lopes.“No início da campanha, eles buscam identificar omomento político, principalmente junto aos eleitores.O que eles esperam dos candidatos, o que querem e oque precisam. Todos estes dados acabam pautando apostura do político”, completa, destacando aimportância do trabalho destas empresas de pesquisano processo eleitoral brasileiro.

Bruno Lopes: “Em umaporção de sangue,você pode obter asinformaçõesnecessárias paradetectar umaenfermidade ou umacaracterísticaqualquer, o mesmoacontece com oseleitores”

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 82 - 7

Ao longo da campanha, são trabalhadas aspesquisas qualitativas, com grupos pequenos deeleitores que repercutem espontaneamente quantoà postura do candidato A ou B em um debate, ou segostaram ou não de um determinado aspecto dapropaganda. Já as pesquisas quantitativas trabalhamgrupos homogêneos de eleitores para apurar aintenção de votos e conseqüentemente quem lideraou não a campanha política. A homogeneidadedestes grupos é determinada pela renda, vizinhançae outros aspectos comuns que um determinadoconjunto de eleitores possa ter.

Dois fatores importantes, representados pelosresultados destas pesquisas, implicam nas decisõesque serão tomadas por equipes políticas eempresários. No caso das equipes, incluindo-se aíos especialistas em marketing político, estesresultados poderão levar, durante o processoeleitoral, a alterações no tipo de discurso ou nasatividades dos candidatos, o que, indiretamente,pode mudar a intenção de voto dos eleitores. Já nocaso de setores econômicos, a tendência é que estesprocurem colaborar com as campanhas queapresentem reais chances de vitória, o que tambémé balizado pelos números das pesquisas.

Pequeno universoMuitos eleitores se perguntam se um universo

de aproximadamente duas mil pessoas pesquisadasé realmente representativo. Bruno Lopes comparaesta amostragem com um exame sangüíneo. “Emuma porção de sangue, você pode obter asinformações necessárias para detectar umaenfermidade ou uma característica qualquer, omesmo acontece com os eleitores. Desde que ogrupo seja homogêneo, a pesquisa indicará umatendência, mas que pode mudar de uma semana paraoutra”, ressalva.

E quanto à idéia de pesquisas ‘compradas’ tãocriticadas principalmente pelos candidatos nasúltimas posições? Adélia Franceschini consideraeste tipo de afirmação extremamente ofensiva aosprofissionais envolvidos neste processo. Ela lembraque as empresas têm um nome a zelar e que alémdisso todas as pesquisas encomendadas edivulgadas devem ser registradas no TSE, ficandoà disposição de todos os partidos, com dadostécnicos sobre a elaboração e condução das mesmas.

“O que ocorre é uma distorção dos dados porparte do tratamento que a mídia dá aos números.Sabemos que uma variação de um ou dois por centoestá dentro da margem de erro, mas aí vem este ouaquele jornal e publica com destaque: o candidatoA caiu dois pontos, enquanto o B subiu um”, analisae acrescenta: “acontece que a grande maioria daimprensa deixou de lado um projeto editorial de

acompanhamento das campanhas para se limitar afazer análise de pesquisas, sem estar devidamentequalificada para isto”, reclama adiretora da ANEP.

Na margem de erroA verdade é que esta mo-

vimentação toda afeta direta-mente estas empresas e seus pro-fissionais. “A tensão acaba sendomuito grande”, comenta Frances-chini. “É necessária muita pre-cisão e em alguns casos até arecondução da pesquisa emcampos que já haviam sidolevantados. Tudo isso para que osdados reflitam ao máximo arealidade”, defende.

Outra questão é em relação àsestruturas. Algumas entidadesacabam aumentando seu quadrode pesquisadores em até 30%, oucontratando congêneres paracobrir áreas mais extensas. Já asgrandes empresas utilizam ospróprios quadros de funcionários. Mas, emcampanhas como para presidente da república,muitas vezes, se vêem obrigadas a deslocá-los deum estado para outro.

Como se vê, as eleições podem até ser realmente afesta da democracia, mas, como mostram os bastidoresdas empresas de pesquisa, a tensão, os interesses e asresponsabilidades tornam os meses que antecedem odia da votação um período muito especial, em quetodas as técnicas desenvolvidas ao longo de anos deestudos e análises científicas têm que ser empregadascom o máximo de acerto possível.

Adélia Franceschini:“É necessária muita

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eleições 2002consultorias de marketing

Definir metas, estratégias, táticas e recursos paraatingir o eleitor é apenas uma parte do trabalho dosconsultores de marketing político, responsáveis pelapromoção de um candidato e por subsidiá-lo na suacaminhada em busca dos votos necessários para avitória.

Ao entrar em uma campanha, o candidato precisatraçar estratégias claras e precisas. Deve ter definidoo seu plano de governo, sua plataforma eleitoral, ascores de sua propaganda, os jingles de seusanúncios, enfim, o planejamento de todos os passosque dará durante os meses que antecedem a ida doeleitor às urnas. E é em todos esses ‘detalhes’ queatua o consultor político.

Mas quem é este profissional estrategista que tema sensibilidade de captar as indicações daspesquisas, de analisar todos os eixos da campanhae ainda tem o poder de influenciar o candidato? Namaioria das vezes, tornam-se consultores pro-fissionais das mais diversas áreas, como jornalistas,sociólogos e cientistas políticos.

Os que se propõem a coordenar uma campanhaeleitoral são responsáveis, entre outras atividades,por definir o discurso do candidato, orientar for-mas de comportamento, auxiliar na tomada de de-cisões, definir o formato dos programas televisivos,

enfim, ter umavisão sistêmica,abrangente sobretodas as áreas.

Um dos maio-res especialistasem marketing ins-titucional e polí-tico do Brasil,Gaudêncio Tor-quato, afirma quepara trabalhar naárea é necessárioter um amploconhecimento darealidade social,econômica e

política de um país. “Este conhecimento é adquiridotanto nas academias, quanto na realização detrabalhos práticos, como a coordenação de uma

À sombra do poderAs consultorias de marketing político ganham evidência noperíodo eleitoral. Estrategistas do voto, os consultores têm afunção de planejar e coordenar cada passo da campanha docandidato-cliente. Os principais nomes chegam a ter o ‘passe’valorizado em até R$ 5 milhões

Gaudêncio Torquato: “O marketing ajuda o candidatoa ganhar uma campanha quando procura maximizarseus pontos fortes e atenuar seus pontos fracos”

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Ilustração:Marcelo A. Ventura

campanha eleitoral”.Segundo Torquato, que tem cinco livros

publicados sobre o tema, o bom consultor é aqueleque possui uma noção adequada do timing dacampanha, ou seja, o seu ciclo de vida: dolançamento do candidato, seu crescimento, a fasede consolidação, o auge e o declínio.

O cenário atualFoi na década de 60 que o marketing político

começou a receber impulso. Durante estes anos,muitas estratégias tiveram de ser criadas e repensadaspara os candidatos angariarem o maior número devotos. Hoje, Torquato afirma que o eleitor está setornando mais racional e exigente e quer ver perfismais identificados com suas grandes demandas:segurança, saúde, educação, melhoria nas condiçõesde vida nas regiões, bairros e nas ruas. “Há umasaturação dos perfis antigos, que usam as esteiras davelha política”, define.

Para obter êxito nestas eleições - tanto parapresidente, quanto para governadores, senadores edeputados -, os consultores políticos estão voltando-se para o discurso direto e objetivo. “Este recursofaz com que as campanhas sejam mais des-centralizadas, porém, permitem ao eleitor conhecera essência, o plano da micro-política, as situaçõesmais prementes e urgentes apresentadas peloscandidatos”, diz o jornalista que também é presidenteda GT Marketing e Comunicação, pela qual prestaserviços de consultoria política.

Embora o marketing exerça um papel fundamen-tal nas campanhas eleitorais e na construção daidentidade de um candidato, não é ele que garante aeleição. “O marketing ajuda o candidato a ganharuma campanha quando procura maximizar seuspontos fortes e atenuar seus pontos fracos”, defendeTorquato. Porém, o comportamento do candidato ea aproximação da imagem à sua identidade é o quedará crédito e garantirá a autenticidade perante o

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 82 - 9

DP Comp

eleitor: “é preciso que a imagem transponha, de certaforma, a identidade do candidato”.

Custo x benefícioUm profissional de marketing de primeira linha,

segundo Gaudêncio Torquato, pode cobrar de R$ 3 aR$ 5 milhões para coordenar uma campanha aogoverno de um grande estado.

Devem ser somadas a esse trabalho aindadespesas com estrutura administrativa, produtorasde vídeo, viagens, locação de veículos e imóveis,confecção de brindes, faixas, santinhos, mo-bilizações do tipo comícios e showmícios, gastoscom carreatas, passeatas e todas as outras formasde comunicação utilizadas para atingir a grandemassa de eleitores que, só no caso de São Paulo,soma 24 milhões de pessoas.

O valor total pode chegar a cerca de R$ 20 milhõesgastos apenas com custos relacionados a ações de mar-keting político, em uma campanha de candidato àpresidência da República. A este valor, deve ser acres-cido custos com pesquisas eleitorais - principalferramenta de aferição do interesse dos eleitores - quepodem custar de R$ 30 a R$ 40 mil cada uma.

Segundo cálculo realizado por GaudêncioTorquato, a pedido da Revista Época, ao todo,chegam a ser gastos R$ 70 milhões em uma cam-panha presidencial. Isto significa R$ 700 mil pordia, ou cerca de R$ 500 por minuto. “É muitodinheiro para ser gasto em pouco mais de trêsmeses”, conclui. Mas observa que, dentro destaestimativa de custos, deve-se levar em consideraçãoos ́ descaminhos` do dinheiro em campanha eleitoralque, segundo Torquato, “chega a ser uma prática napolítica”. Conforme sua análise, há um PIB infor-mal de 3 a 4 vezes maior que o PIB formal, ou seja,aquele que é divulgado.

Marketing políticoprofissionalizadoEm 1991, foi fundada a Associação Brasileira

dos Consultores Políticos (ABCOP) com oobjetivo de buscar a profissionalização domercado de consultoria de marketing político.A ABCOP promove cursos de especializaçãopara formação de profissionais iniciantes, bemcomo seminários, palestras e congressos para osprofissionais de todo o País.

“No ano passado, realizamos três cursos eformamos cerca de 180alunos”, enumera o presi-dente da entidade, CarlosManhanelli, também di-retor da Manhanelli eAssociados. Ele explicaque a associação permiteaos clientes saber quem sãoos profissionais aptos aestudarem o movimento domercado eleitoral.

“Temos uma espécie deselo de qualidade atribuídaaos associados à ABCOP.Isto é uma segurança amais para os candidatos”,defende o presidente, queé autor de diversos livrossobre o assunto e milita naárea de consultoria eleitoral desde 1974,coordenando mais de 100 campanhas, em todosos níveis.

Carlos Manhanelli: ABCOP permite aos clientessaber quem são os profissionais aptos aestudarem o movimento do mercado eleitoral

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HC Donin

case

Sempre pensando em profissionalização emodernidade, nos atualizamos fazendo cursosde pós-graduação em contabilidade, pro-dutividade e qualidade total e ainda gerencia-mento empresarial, no intuito de prestar servi-ços cada vez melhores para nossos clientes.

Há alguns anos, quando muitas empresascontábeis não possuíam microcomputadores,sugerimos comprar um de tamanho que servis-se a todos as empresas contábeis de Concórdiae, ainda, a contratação de um profissional naárea de tecnologia. Nossa idéia, na época, foiconsiderada utópica e, por isso, não aceita.

Como não foi possível a parceria, partimosem busca de soluções próprias. Investimosnum equipamento chamado Edisa. Na época,pagamos muitíssimo caro, um verdadeiroabsurdo, se compararmos com os preços demercado dos dias atuais. Após este ‘monstro’,que só tinha tamanho e peso, surgirammáquinas modernas e muito mais eficientes.

Numa atitude inédita na região, nossaempresa, além de emitir nota fiscal para todosos clientes, eliminou o sistema de recibos. Pas-samos a fazer a nossa cobrança através da redebancária, com a emissão de boletos, cujo sis-tema foi um sucesso. Também fomos os pri-meiros a cobrar o décimo terceiro honorário,sempre no dia 20 de dezembro de cada ano.

Através de informações em revistas,conheci a respeito do método de trabalho a-dotado pelo empresário norte-americano BillGates, pelo qual seus funcionários nãocumprem horário na empresa e sim trabalhamem suas próprias casas. Exemplo tambémseguido pelo empresário brasileiro RicardoSemler. Seus funcionários não cumpremhorários e sim tarefas.

Diante disso, surgiu esta idéia. Já que temosuma ferramenta da Microsoft, então vamos usá-

A empresa que queremos“Nossos funcionáriostrabalham em casa e

continuam com sua carteiraprofissional assinada. Somente

não cumprem horários,nem tampouco cumpremqualquer tipo de ordem”

Fiorelo Ruviaro

la. A nossa rede instalada é a Windows NT, comlicença liberada para dez usuários. Contratamosum técnico para nos orientar sobre isso.

Para a nossa surpresa, foi possível, atra-vés da rede, instalar um sistema de comu-

Com isso, a empresa ficou ainda maisprofissional. Acreditamos que a produtivi-dade aumentou, no mínimo, 20% e a sa-tisfação e motivação do pessoal está sim-plesmente espetacular.

Na empresa, ficam somente a direção, umasecretária, um líder que entende de escrita fis-cal e contábil, para dar suporte aos funcionáriosque estão em casa, e, ainda, duas funcionárias,para a área de recursos humanos.

Para este caso ainda não foi possívelencontrar uma maneira de atender os regis-tros de funcionários, bem como as rescisões,férias, acidentes de trabalho e demais trabalhosdo gênero. De certa forma, só permanecemna empresa, as pessoas absolutamentenecessárias para o atendimento ao público.

Esta foi uma parceria boa para ambasas partes, ou seja: a empresa ganhou espaçoe diminuição de despesas, os funcionáriosganharam conforto, melhor qualidade devida, redução de gastos com vestuário e deoutras despesas.

Finalmente, podemos dizer que estamosvivendo tempos de glória, felizes e motivados,pois nosso projeto superou todas asexpectativas. Parece que é um sistema inédito,já que nunca vivemos ou vimos nada igualem matéria de empresas contábeis. Queremosdividir com todos os colegas a nossa satisfação,pois iniciamos, assim, uma transformação dojeito de prestar serviços em contabilidade.

Fiorelo Ruviaro é empresáriocontábil em Concórdia-SC

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nicação on-line, onde nossos funcionáriospoderiam trabalhar em suas casas ou emqualquer outro lugar, usando notebook. Eisto foi o início de tudo.

Hoje, nossos funcionários trabalham emcasa e continuam com sua carteira profis-sional assinada. Somente não cumpremhorários, nem tampouco cumprem qualquertipo de ordem, fazendo suas tarefas no dia ehora que melhor lhes convier.

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Alterdata

simples

No fim do anopassado, a Fenacon divulgou os resultadosde uma pesquisa realizada com 505empresários com o objetivo de mapear osreflexos positivos da ampliação doSimples para as empresas prestadoras deserviços. Os números, que foramamplamente divulgados pela imprensa,mostraram também os benefícios daextensão desse sistema de pagamentos detributos e contribuições para o país.

Segundos os dados da pesquisa, com aampliação - e conseqüente redução de cargatributária -, haveria um incremento de29,61% no nível de contratação por parte dos

Benefícios do Simplesdocumentadosempregadores. Haveria ainda queda nosníveis de sonegação de tributos, aumento daarrecadação das contribuições para aseguridade social e regularização deempregados na informalidade. O livrotambém aponta sugestões, como a viabilidadeda adoção de alíquotas diferenciadas para osdiversos segmentos de empresa.

Este ano, a pesquisa foi editada. O livro,com 74 páginas, foi lançado durante o IVEnescap/Nordeste, em agosto, na cidade deFortaleza-CE. O livro, com tiragem de 5 milexemplares, também foi encaminhado aparlamentares, autoridades de governo eentidades representativas do setor deserviços. A iniciativa de ampliar o debatesobre a importância do Simples para ofortalecimento das micro e pequenas em-presas do país, com dados concretos, re-cebeu amplo reconhecimento.

Entre as autoridades que enviaram ofíciosde agradecimento, estão os ministros deEstado, Paulo Renato Souza (Educação),Paulo Jobim Filho (Trabalho e Emprego),José Carlos Carvalho (Meio Ambiente), eJoão Henrique de Almeida Sousa(Transportes), o secretário da Receita Fede-ral, Everardo Maciel, o senador PauloHartung, os presidentes da CNC, AntonioOliveira Santos, do CRC/RJ, NelsonMonteiro da Rocha, do Conselho Regionalde Economia/MG, Marco Aurélio Loureiro,e do Conselho Regional de Enfermagem/CE, Najla Maria Gurgel Passos.

O Livro ‘Simples - Relatório dePesquisa’ pode ser obtido, pordownload, extensão PDF, viaInternet, através do Portal da

Fenacon (www.fenacon.org.br).

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 82 - 13

Copan

publicado & registrado

A farsa da minirreforma Burocracia até o fimOs obstáculos encontrados diante do

fechamento de empresas no Brasil foimanchete do caderno de economia, seção‘Suas Contas’, do Jornal O Estado de SãoPaulo, do dia 2 de setembro. Um dosentrevistados foi o diretor de Tecnologia eNegócios da Fencon, Nivaldo Cleto. Areportagem mostrou que muitos empresários,ao interromper suas atividades, deixam defechar legalmente a empresa, até por nãoterem condições de arcar com as despesasexigidas.

Sem dar baixa na documentação, a empresacontinua devedora de obrigações fiscais, o queprejudica os sócios, por terem o CPF atreladoao CNPJ. Cleto orientou sobre as formalidadeslegais para o encerramento das atividades daempresa, o que inclui preparar o distrato so-cial e obter as certidões negativas do INSS,da SRF, do FGTS e da Procuradoria daFazenda Nacional. O diretor da Fenacontambém criticou a burocracia que envolve osprocedimentos de baixa, principalmente com

relação a obten-ção das certidões.

Uma farsa eleitoreira. Dessa forma,o presidente da Fenacon, Pedro CoelhoNeto, definiu a edição da MP 66, ementrevista ao programa ‘Linha deFrente’, do Jornal da Manhã, da RádioJovem Pan, de São Paulo, no dia 28 deagosto. Segundo ele, a chamadaMinirreforma Tributária, que acabacom a incidência em cascata dacobrança do PIS/Pasep, na verdade, sóbeneficiará um pequeno grupo deempresas.

“Grande parte das empresas,principalmente as prestadoras deserviços, que são mais de 1 milhão emtodo o País, utilizam mais mão-de-obrado que adquirem materiais. Essasoperações que são realizadasdiretamente com as pessoas físicas, queé o caso de pagamento de mão-de-obra,salários e encargos sociais, não geramcréditos do PIS/Pasep”, criticou PedroCoelho.

“Imagine uma empresa de locaçãode mão-de-obra. Se ela conseguir teruma margem de lucro de 3%, 4% nassuas operações, já será excelente. Mas,se ela tiver que pagar 1% sobre ofaturamento a mais, essa empresairremediavelmente vai à bancarrota”,ponderou ainda o presidente daFenacon, se referindo ao aumento dealíquota de 0,65% para 1,65% do

imposto, para compensar possíveis per-das do governo, com o fim da cumu-latividade.

Mais carga tributáriaPedro Coelho também acusou o

governo de estar disfarçando maisaumento da carga tributária. Com essaafirmação, concordou o presidente daAssociação Brasileira das CompanhiasAbertas - Abrasca, Alfried Plöger,também ouvido no programa. “A im-pressão que fica é que o incremento de130% na alíquota (...) nos pareceindicar claramente um aumento dearrecadação bastante acentuado”,afirmou.

Plöger lembrou que empresas daárea de serviços como escritórios deadvocacia, escolas e consultório médi-cos, possuem em torno de 70% de seuscustos em mão-de-obra. “Se eu tirar dofaturamento apenasos materiais ou os alu-guéis e aplicar umaalíquota de 1,65%, emvez de 0,65%, nãoprecisa de muita ma-temática para ver queo PIS desse pessoalsimplesmente dobra”,finalizou, criticando.

Nivaldo Cletofala ao jornal ‘OEstado de SãoPaulo’ sobre osprocedimentoslegais para oencerramento deempresas

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14 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 82

tributação

Dizem que agosto é o mês dodesgosto. Para os empresários deserviços, pelo menos este ano,agosto não terminou bem. Noúltimo dia útil do mês, o governofederal publicou a MedidaProvisória 66, que instituiu ochamado fim do efeito cascata natributação do PIS/Pasep, esta-belecendo um aumento de alí-quota de 0,65% para 1,65% paraestas contribuições, em troca dapossibilidade de abatimento dovalor agregado ao faturamento acada etapa de circulação do bemproduzido. O que o governoFernando Henrique não pôde ounão teve o interesse de fazer emoito anos, resolveu em um dia coma edição da medida.

A MP 66 era uma carta namanga zelosamente guardada pelopalácio do planalto, caso o projeto

de lei 6665/02, queinstituía o fim dacumulatividade paraestas contribuições,não fosse aprovadono esforço concen-trado dos parlamen-tares, previsto para operíodo imediata-mente anterior às e-leições. As auto-ridades de Brasíliacomemoraram a MPcomo um ‘avanço’,uma vez que, ao seacabar com a cumu-latividade, abre-se

Medida Provisória 66: reforma ouremendo tributário?

Por Márcio Sampaio de Castro

No ‘apagar das luzes’, o governo Fernando Henrique, a título dereforma tributária, edita Medida Provisória que, na prática,aumenta os encargos para os prestadores de serviços,beneficiando somente as indústrias e os exportadores

caminho para o incentivo às exportações e àprodução industrial. Tudo perfeito não fosse por umdetalhe: o prestador de serviços não tem cadeiaprodutiva e, logo, praticamente, não tem como abatervalor agregado de seu faturamento. Só restou a ele oaumento de alíquota.

Tratamento desigual“Este é um tratamento injusto aos prestadores de

serviços ao se beneficiar somente a produção indus-trial. O espírito de eqüidade perante a lei foi violado”,avalia Antonio Lopes de Sá, presidente da AcademiaBrasileira de Ciências Contábeis. “A alegação dogoverno é que o PIS e o Cofins são taxas, mas aConstituição fala em tributo, o que abrange taxas,impostos e contribuições. Aliás, a MP, por suanatureza, é ditatorial, a não ser quando trata deassuntos emergenciais e este não é o caso, pois se opróprio presidente alega que não haverá aumentode arrecadação, onde está a emergência?”, questionaSá, que não está sozinho em suas considerações.Juristas e tributaristas conceituados, como IvesGandra Martins, têm se pronunciado através da

Pedro Coelho Neto: “Depois das eleições, a idéia étrabalhar junto aos parlamentares para mostrar a

importância de se derrubar esta medida que éaltamente burocratizante”

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Ilustração: Marcelo A. Ventura

Antônio Lopes de Sá: “A MP, por suanatureza, é ditatorial, a não ser quandotrata de assuntos emergenciais e estenão é o caso, pois se o própriopresidente alega que não haveráaumento de arrecadação, onde está aemergência?”

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 82 - 15

grande imprensa quanto às incoerências da medida.“Acho que o governo está tentando jogar para a

platéia”, afirma o deputado federal Ronaldo Vas-concellos (PL/MG). “A MP precisa ser analisadacom muito cuidado e receber algumas emendas.Pelos contatos que fiz no Congresso, como vice-líder da bancada de meu partido, deste jeito ela nãopassa”, avalia, referindo-se à necessidade de votaçãoda medida após 120 dias de sua edição.

Perguntado sobre o porquê de os parlamentaresnão terem aprovado uma reforma tributária ampla,que evitasse a edição de medidas provisórias comoesta, o deputado explica: “o governo diz que querfazer a reforma tributária, mas oprojeto original de reforma tramitoudurante dois anos no parlamento eno segundo semestre de 2000,quando estava pronto para servotado em plenário, ele foi barradopor outro projeto apresentado pelaslideranças governistas. Com umaarrecadação de R$ 198 bilhões aoano, a reforma deles já foi feita,ninguém quer mexer em maisnada”, afirma.

MobilizaçãoPara o deputado, a chave para

mudar esta realidade é a arti-culação dos prestadores deserviços em nível de estados e partidos para que apressão repercuta em Brasília. Esta articulação naverdade já vem ocorrendo, como explica opresidente da Fenacon, Pedro Coelho Neto. “Nestemomento, estamos procurando sensibilizar emobilizar as entidades de classe. Depois daseleições, a idéia é trabalhar junto aos parlamentarespara mostrar a importância de se derrubar estamedida que é altamente burocratizante e não podeser imputada somente a uma categoria de empresas.Outro ponto é deixar claro que não somos contra ofim da cumulatividade, mas do jeito como está nãopode permanecer”.

Outro presidente de confederação que protestacontra a MP 66 é Norton Luiz Lenhart, da FederaçãoNacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares.“Ao longo dos anos, lutamos pelo fim dacumulatividade dos tributos e o tiro saiu contra nósmesmos”, comenta Lenhart. “Nosso setor estáextremamente indignado com isso. O setor hoteleirotem passado dificuldade e isto nos torna cada vezmenos competitivos. O setor de serviços tem umafunção social, que é gerar empregos, não pode sertratado assim. Com a mobilização dos empresários

Sauro Henrique de Almeida: “O novolegislativo terá que discutir uma

verdadeira reforma tributária comoum tema prioritário para o país”

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de serviços queremos mostrar ao governo que nãoadianta descobrir um santo para cobrir outro”,completa.

CSLLA Medida Provisória 66 trás em seu

corpo outras modificações, além do fimda cumulatividade do PIS/Pasep, comaumento de alíquota. A CSLL (Con-tribuição Social sobre o LucroLíquido), que deveria ter sua alíquotareduzida de 9% para 8%, permanecerá

com seu índice origi-nal, oferecendo umbônus de 1% so-mente para as em-presas que estiveremem dia com a Re-ceita. Outra mudançaprevista é o incentivoà internacionalizaçãodas indústrias bra-sileiras, com isenção total deimpostos para as filiais instaladasem outros países do Mercosul.

Mas, na prática, segundo SauroHenrique de Almeida, diretor daFenacon para Assuntos Legis-lativos e do Trabalho, estas mu-danças todas não implicam sequer

em uma minirreforma tributária,como vem sendo chamada poralguns. “Durante este governo todasas alterações foram feitas sempresobre contribuições, nunca sobre oImposto de Renda. Por que?”,pergunta, lembrando em seguida quequalquer país que queira crescernecessita tributar o consumo e não aprodução, como ocorre no Brasil. “Onovo legislativo terá que discutiruma verdadeira reforma tributáriacomo um tema prioritário para opaís”, complementa.

Talvez seja esta a maior es-perança, a possibilidade de um novoCongresso discutir e aprovar mu-danças que levem o país adiante, sema adoção de medidas que preju-diquem a sociedade como um todo,ainda que venham travestidas deavanço e progresso no discurso, masque representem profundos retro-cessos e desgostos na prática.

Norton Luiz Lenhart: “O setor deserviços tem uma função social, que égerar empregos, não pode ser tratado

assim. Com a mobilização dosempresários de serviços queremos

mostrar ao governo que não adiantadescobrir um santo para cobrir outro”

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Deputado federal RonaldoVasconcellos: “Com uma

arrecadação de R$ 198 bilhões aoano, a reforma (tributária) deles

(governo) já foi feita, ninguémquer mexer em mais nada”

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regionais

O Sescon/MS comunicou, no dia 16 desetembro, o cancelamento do VII Esinco -Encontro dos Sindicatos e das Empresas deServiços Contábeis, Assessoramento, Auditoria,Perícias, Informações e Pesquisas do Estado doMato Grosso do Sul. O evento seria dias 27 e28 de setembro, em Campo Grande-MS epretendia reunir cerca de 400 participantes dasáreas de administração, economia e con-tabilidade.

O presidente do Sescon/MS, LaércioJacomélli, justificou, em ofício, que o princi-pal motivo para a não realização do evento seria“a falta de respeito e comprometimento dealguns patrocinadores já confirmadosverbalmente em diversas reuniões, com aempresa contratada para organizar o evento, eque, simplesmente, sem justificativa ou motivoaparente e no último momento, deixaram dehonrar seus compromissos”.

Paraná

Certificação da qualidade chega aointerior do ParanáIniciativa pioneira no Estado, o Projeto ISO, criado pelo Sescap/PR, vempossibilitando às empresas contábeis, principalmente do interior doParaná, a implantação, a baixo custo, do Sistema de Qualidade Total

Há mais de um ano, o Sescap/PR, jun-tamente com as empresas Pró-ISO Desen-volvimento e a SF Assessoria Empresarial,têm proporcionado às empresas contábeis doParaná, interessadas na implantação dosistema de Gestão de Qualidade ISO9001:2000, mais um benefício. A idéia é que,a partir da formação de grupos de empresas,haja uma redução, em média, de 50% emrelação ao valor que seria cobrado indi-vidualmente pelo processo de certificação.

Atualmente, o ‘Projeto ISO’ está sendodesenvolvido em mais de 20 empresas, em todoo Paraná. Em foz do Iguaçu são quatro empresasinseridas no programa. Em Cascavel são duas.Na cidade de Maringá são sete. E na capital,Curitiba, há mais sete empresas que aderiramao sistema de gestão da qualidade.

Todas estão em fase de desenvolvimentodo programa, período que dura em torno de12 meses. Após essa fase de preparação, como cumprimento de todas as etapas doprocesso de normatização, a empresaparticipante estará preparada para receber apré-auditoria, iniciando, assim, suacertificação.

“Possuir uma certificação de qualidadeé quase uma obrigação para as empresascontábeis de hoje”, afirma o presidente doSescap/PR, Valdir Pietrobon. Ele salientaainda que o projeto “teve uma procuramuito grande pelas empresascontábeis do interior”. Isso porque,segundo o presidente, as empresasdas cidades interioranas estão maispreocupadas com a questão daqualidade por terem um mercadomenor do que os grandes centros.

A implantação de umsistema de gestão dequalidade requer, entreoutros fatores, tempodisponível e envol-vimento - desde a altadireção, passando portodos os níveis opera-cionais da empresa.

“Apesar da resistência apresentada por fun-cionários mais antigos, trabalhar em umaempresa certificada pela qualidade ajuda ocurrículo do próprio funcionário”, observaPietrobon.

Sonho possívelApesar da pouca

incidência, em-presas localizadasna capital para-naense tambémdemonstram inter-esse na certificação.“Sempre manifesta-mos a nossa vontade deimplantar um sistemade gestão da qualidade.Assim que foipossível viabi-lizar este pro-jeto, o nome denossa empresaconstou entre a-quelas com in-teresse na imple-mentação”, con-tou Juarez Miguel Rossetim, da Sprada eRossetim Contadores Associados, empresa

sediada em Curitiba.Para Rossetim, que começou a

implementar o Projeto ISO em maiodeste ano, a maior dificuldade destetrabalho é na ampla definição dos

processos a serem normatizados. “Acomplexidade de todas as atividades

que desenvolvemos, que passapela contabilidade e recai nosaspectos tributários, se cons-titui num grande desafio”.

Nova caminhadaO contador Luiz Fernando Ferraz, da

Assessoria Contábil Ferraz Ltda, é outroexemplo de empresário preocupado com aqualidade dos serviços que presta. “Temosque atingir o patamar mínimo de qualidade.Entendemos que a ISO é apenas o início doprojeto de gestão da qualidade”, diz.

A empresa de Ferraz, de Curitiba, quetambém está implantando o processo decertificação, já se deparou com dificuldadese mudanças. “Tivemos melhoras sig-nificativas quanto aos arquivos, ao visualda empresa, à organização e à expedição”,declara o sócio, consciente de que o Pro-jeto ISO possibilitou a sua empresa dar maisum passo, de muitos outros: “nosso objetivoé chegar a um nível bastante elevado”,finaliza Ferraz.

Mato Grosso do Sul

VII Esinco écancelado

Valdir Pietrobon: “possuiruma certificação dequalidade é quase umaobrigação para as empresascontábeis de hoje”

Foto: Arquivo Fenacon

Empresários de Curitiba assistem à palestraapresentada por consultor da SF Assessoria

Empresarial, como parte do processo deimplantação do ‘Projeto ISO’

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Luiz Fernando Ferraz: “Como processo de certificação,

tivemos melhoras signifi-cativas quanto aos

arquivos, ao visual daempresa, à organização

e à expedição”

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Estiveram presentes à inauguração, noúltimo dia 29 de agosto, o vice-presidente daFenacon (Região Sul) Mário Berti, repre-sentando o presidente Pedro Coelho, ospresidentes do Sescap/PR, Valdir Pietrobon,e dos Sescons de Minas Gerais, João Batistade Almeida; Blumenau, Carlos Victorino;Santa Catarina, Vilson Wegener, e Londrina,Paulo Bento; e os presidentes da JuntaComercial de SC, Bulcão Viana; e do CRC/SC, Juarez Carneiro.

A nova sede fica na rua Felipe Schmidt,303, 9º andar, Centro, CEP 88010-903,

Florianópolis-SC. O tel. é o 48 222-1409

Grande Florianópolis

Com 600 m2, o espaço está equipado comgabinete odontológico, consultório médico(medicina do trabalho), auditório para 60pessoas, escritório de advocacia (paraassinatura de contrato social, assessoriatrabalhista, tributária e societária) e central decompras (material de escritório com desconto).O local abrigava a antiga sede do CRC/SC.

A sede também contará com salas para ser-viços de encadernação, de reciclagem e capaci-tação profissional, com 6 terminais, de reuniõese para curso de inglês, além de cooperativa decrédito (empréstimos a juros subsidiados,cheques especiais e aplicações financeiras). Aotodo, 22 pessoas trabalham no local.

Sescon/Grande Florianópolisinaugura nova sede

2º Seminário Paranaensede Perícia em LondrinaProfissionais que atuam na área de perícias, como

engenheiros, contadores, administradores,economistas, grafotécnicos, médicos, dentistas emédicos veterinários têm um encontro marcado nospróximos dias 17 e 18 de outubro, no auditório doCRC/PR, em Londrina. Nestes dias, acontece o 2ºSeminário Paranaense de Perícia, evento promovidopelo Sescon/Londrina.

Entre os destaques, estão as palestras ‘Alteraçõesdo Código Civil que influenciam a Perícia’, com odiretor do Sescap/PR, Wilson Alberto Zappa Hoog,e ‘A perícia judicial e o perito’, ministrada pelapresidenta da Federação Brasileira de Associaçõesde Peritos, Árbitros e Mediadores - Febrapam, LilianPrado Caldeira. Outros temas abordados serão: ‘Aformação superior e a educação continuada paraperitos’ e ‘Grafoscopia - tipos de falsificação’.

Também haverá exposição sobre: ‘Guia de peritos- referências de honorários das entidades de classe’,fórum sobre o ‘Momento atual e futuro da perícia,do perito e do mercado de trabalho’ e entrega desugestões para a melhoria do CPC - Código doProcesso Civil para deputados federais e comissãode alteração. Mais informações: tel.: (43) 329-3473,www.sesconlda.org.br e [email protected].

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O presidente do Sescon/GrandeFlorianópolis, Walter Teófilo Cruz,discursa para um auditório lotado

Gabineteodontológico,um dosmuitosserviçosdisponíveisaos filiadosna nova sede

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alimtecnologia da informação

Por Nivaldo CletoNestes oito anos de convivência com aInternet, fui colecionando uma série deendereços que considero imprescindíveispara qualquer profissional ou até estudanteque deseja ficar ‘up to date’ neste mundo datecnologia. Aprendi que, para qualquer tipode informação, antes de mais nada, devoprimeiro procurar na web, através dos meusfavoritos ou de mecanismos de buscas. Voufornecer os principais endereços com brevescomentários de conteúdo.

1) Localizar endereços de pessoas ounome de empresas de todo Brasil:www.localizer-net.com.br

2) Montar um grupo de amigos, clientes,vizinhos etc. ..., fazendo uma comunidadevirtual fechada para comunicação emtempo real. Exemplo de sucesso nadiretoria da Fenacon, desde janeiro de2001, temos mensalmente uma média de500 mensagens. Isso faz com que, porocasião de nossas reuniões, diversosassuntos já estejam amplamentediscutidos e votados pelo grupo, o quenos faz ganhar tempo e dinamismo nasdeliberações: http://br.groups.yahoo.com

3) Traduzir textos e palavras de dezenasde línguas para o português e vice-versa: http://world.altavista.com

4) Escutar a rádio preferida de qualquerlocal do planeta, inclusive assistirprogramas de TV de todo mundo. Foineste site que, no final de 1999, quandoestava em outro país, conectei a web commeu laptop e escutei a final docampeonato brasileiro, através da RádioJoven Pan, ocasião em que meu time docoração deu um ‘couro’ no Cruzeiro empleno Morumbi: www.radios.com.br

5) Controlar a agenda telefônica e decompromissos: neste endereço vocêencontrará a solução para não perdercompromissos. Na hora de agendar oevento é possível configurar a fer-ramenta para receber avisos comantecedência através de email oumesmo no sistema Waap Celular. Você

Meus favoritostambém pode consultar a agenda dequalquer local que possua acesso a web:http://br.calendar.yahoo.com

6) Vai viajar e quer saber as condições dotempo? Na Internet você pode visualizaros principais pontos do local de destino,assistindo às imagens, em tempo real,através de webcameras instaladas nasprincipais cidades do Brasil e do mundo:http://www.centraldotempo.com.br

7) Quer procurar uma notícia que foipublicada nos jornais recentemente?: http://noticias.bol.com.br/cacanoticias.html

8) Precisa daquela lei, decreto, projeto delei, medida provisória, diretamente doPlanalto, com as devidas atualizações emtempo recorde: www.planalto.gov.br

9) Quantas vezes você desejou estudarmais a fundo um determinado tipo dedoença ou o resultado de um exame. Nestesite, você encontra uma série decomentários arespeito dos si-nais e sintomasdas doenças: Ci-dade MédicaVirtual: www.cmv.pt (Portugal)

10) Diversos trabalhos escolares e pesquisaspara estudantes - Biblioteca Virtual doEstudante Brasileiro - USP: www.bibvirt.futuro.usp.br

11) Glossário dos principais termos utilizadosno e-commerce: www.e-commerce.org.br/dicionario.htm

12) Dicionário com o significado das siglas:www.guiadohardware.net/dicionario

13) Localizar um endereço, traçar uma rotaentre dois pontos, com informações dacondução, táxi e caminho a pé, além depoder imprimir o mapa com a rota eenviá-lo por email ou transferi-lo parasua agenda de bolso (Palm ou Pocket),no site:www.apontador.com.br

14) Principais decisões do Conselho deContribuintes da Secretaria da ReceitaFederal: www.conselhos.fazenda.gov.br

15)Programas, textos, livros, diversosaplicativos para os usuários de PDAs,Palms e Pockets PCs: www.palmbrasil.com.br/www.hands.com.br

16)O melhor mecanismo de busca da web,onde você encontra assuntos sobretodos os temas: www.google.com.br

17) Site especializado em compararpreços de produtos que são oferecidosvia web. Antes de adquirir um pro-duto, pesquise neste endereço, pois asvariações de preços são significativas:www.buscape.com.br

18) Quando necessitarem de um remédiocom preços até 30% inferiores aos dovarejo, não deixem de visitar o site‘Farmácia em Casa’. Além de vocêconseguir excelentes descontos,aceitam cartão de crédito e entregamos remédios na sua residência:www.fec.com.br

19) Antes de se dirigir a qualquer repar-tição pública, em qualquer esfera,visitem o respectivo site. A maioriadisponibiliza informações onlinesobre os serviços prestados, bemcomo as legislações pertinentes:Receita Federal: www.receita.fazenda.gov.br/ Previdência Social:www.mpas.gov.br/ Juntas Comer-ciais: www.dnrc.gov.br

Última dica: para localizar qualquersite, digite no Google o nome da empresaou entidade. Em questões de segundostenho certeza que vocês localizarão oendereço desejado.

Nivaldo Cleto é empresáriocontábil e diretor de Tecnologia e

Negócios da [email protected]

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O II Encontro das Empresas deServiços Contábeis e das Empresas deAssessoramento, Perícias, Informações ePesquisas da Região Sudeste teve aparticipação de 203pessoas, incluindoautoridades e po-líticos, além de todaa diretoria da Fena-con. A mesa de a-bertura contou com aparticipação do pre-sidente da federação,Pedro Coelho Neto;do vice-presidente daentidade para a Re-gião Sudeste, Antô-nio Marangon; do presidente do Sescon/MG, João Batista de Almeida; e dosuperintendente do INSS, em MinasGerais, Afonso Ligório de Faria.

Também participaram da mesa dacerimônia, o diretor superintendente doSebrae, Jairo Isaac; o presidente do CREA/MG, Marcos Túlio de Mello; o vice-presidente doCRC/MG, Nou-rival de SouzaResende Filho; e ogerente de Mer-cado da CEF, Mau-ro Clécio Eme-diato. O evento foirealizado pelo Ses-con/MG, co-rea-lizado pelos Ses-cons do RJ, ES, SPe Sul Fluminense eteve o apoio da Fe-nacon.

ResponsabilidadeEm sua saudação aos presentes, Pedro

Coelho Neto ressaltou que a importânciade eventos como os Enescaps é sempremostrar a força da categoria contábil.“Não somos somente escritórios”,

Preocupação com o futuroSolidariedade, desenvolvimento social e política ambiental responsável. Esta foi a tônica das palestras que fizeramparte da programação do II Enescap/Sudeste, evento ocorrido entre os dias 8 e 10 de setembro, em Belo Horizonte

afirmou o dirigente, que completou:“somos empresas e geramos milhões deempregos no país. Uma vez tratados pelogoverno como empresas na hora das res-

ponsabilida-des, precisa-mos assumiresta postura enos conscien-tizarmos denosso peso nasociedade bra-sileira”, com-pletou.

Aproveitan-do o impactocausado pela

edição da MP 66 (Minirreforma Tribu-tária), Coelho Neto também lembrou quea reivindicação pela ampliação doSimples continua, assim como anecessidade de se lutar por uma “ver-dadeira reforma tributária, no lugar dos‘remendos’ que têm sido feitos”. Durantea cerimônia de abertura, o representante

do INSS também fez uso da palavra paraafirmar que o ministro da Previdência,José Cechin, tem consciência daimportância do segmento contábil e quepor esta razão as portas do ministérioestarão sempre abertas para os pro-fissionais da área.

“Contabilidade Gerencial”

Antonio Lopes de SáConhecido e respeitado como uma

referência no mundo contábil, o professorAntonio Lopes de Sádeu início ao ciclo depalestras do II Enescap/Sudeste, falando sobreas novas realidades domercado globalizado ede seus reflexos para acontabilidade. Lopes deSá ressaltou que “anova tendência dacontabilidade mundialé a transformação domodelo de contabi-lidade informativa paraum modelo de con-sultoria”.

Na avaliação do professor, a novaeconomia, com suas transformações nocampo da informática, a ampliação demercados comuns, a concentração decapitais e o aumento de intençõesespeculativas exige do empresáriocontábil a capacidade de orientar seus

Mesa de abertura: da esq.p/ a dir., o pres. doSescon/MG, João Batista de Almeida, o pres. daFenacon, Pedro Coelho Neto, o vice-presidentedo CRC/MG, Nourival Resende, e o gerente deMercado da CEF, Mauro Clécio Emediato

Encontro no estande da Fenacon: esq. p/ adir. o vice-presidente da Fenacon (RegiãoSudeste), Antônio Marangon, o diretor deEventos, José Rosenvaldo Evangelista Rios,o diretor de Tecnologia e Negócios, NivaldoCleto, e o pres. do Sescon/Sul Fluminense,Fulvio Abrami Stagi

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Presidentes e diretores dos sindicatos da Região Sudeste e da Fenacon posam com ostroféus de reconhecimento pelo trabalho realizado na organização do II Enescap/Sudesde

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 82 - 21

“Investigação de CrimesCorporativos”

Marcelo Alcides Gomes“Roubar empresas tende a ser o crime

do século XXI”. Com esta ponderação, oespecialista em investigação de crimescorporativos, Marcelo Alcides Gomes, daGBE Peritos e Investigações Contábeis,deu início a apresentação dos dados maisrecentes coletadosno campo da audi-toria e investigaçãode fraudes.

Marcelo Gomestraçou um panoramasombrio deste uni-verso ao apresentaros dados de uma re-cente pesquisa pro-movida por sua cor-poração. Segundo oespecialista, as 500maiores empresas

“Terceiro Setor,Responsabilidade Social,

Utilização de Renúncia Fiscal”

Takashi YamauchiA sociedade moderna pode ser

dividida em três esferas. A primeira,c o n h e c i d atambém co-mo primeirosetor, corres-ponde ao po-der público.A segunda serefere às em-presas e suasintervençõesjunto a so-ciedade, co-mo a gera-ção de em-

clientes e não somenteentregar os balanços,sem maiores conside-rações. Mas, para isso,alertou: “o profissionalnecessita desenvolverum conhecimento ci-entífico, profundo, so-bre o que está falando”.

Lopes de Sá ex-plicou que este conhe-cimento científico nasce daquilo que eleclassifica como ‘neopatrimonialismo’,que indica ‘novas verdades’ dentro dacontabilidade. “O patrimônio não semovimenta por si mesmo”, explicou eacrescentou: “mas tende sempre aomovimento, então é preciso conhecer osagentes que levam a essas mudanças”.

Esta análise passa pela avaliação dealguns fatores, como as causas destamovimentação, sua época de duração,conexão com agentes externos, entreoutros fatores. Com estes dados em mãos,o contador teria condições de colaborar,com uma estratégia gerencial, que leve emconta fatores internos - potencialidades,e fatores externos - competitividade.Chaves, segundo Lopes de Sá, para osucesso em um mundo cada vez maisdinâmico e competitivo.

Antônio Lopes de Sá é cumprimentado porsua palestra pelo vice-presidente daFenacon, Antônio Marangon

brasileiras sofre-ram em 2001 pre-juízos na ordem deUS$ 1 bilhão, con-tra um faturamentode US$ 278,53bilhões.

Gomes expli-cou que sistemascomo o SPB - Sis-tema de Paga-

mentos Brasileiro, recentemente imple-mentado pelo Banco Central e outrosdesenvolvimentos tecnológicos, aliados auma decadência da ética e da mo-ral, têm contribuído para o cres-cimento da ocorrência de fraudesnas empresas. “O contador precisaestar preparado para lidar com frau-des”, advertiu. “Em minha ava-liação, se nada for feito, em cincoanos, o crime organizado estarádentro das empresas”.

A solução, segundo Gomes,passaria pela adoção de algumasmedidas como a perseguição daética nos negócios, a rápidaidentificação de irregularidades eadoção de penalidades, uma efi-ciência maior na administração dosrecursos humanos e finalmente um maiorinvestimento em contabilidade que, paraele, é sempre a chave para a identificaçãodas fraudes.

Na moderação da palestra, odiretor do Sescon/MG, MárioCésar Magalhães Mateus, àesq., e o presidente do Sescon/ES e coordenadorda mesa, Luiz Carlos de Amorim. No destaque, opalestrante Marcelo Alcides Gomes

pregos, por exemplo. E finalmente temoso terceiro setor, composto pelas cha-madas organizações não governamentaisou simplesmente ONG’s.

Hoje, no Brasil, um dos principaisespecialistas neste campo é o professore arquiteto Takashi Yamauchi. Elemostrou, em sua palestra, que na eco-nomia brasileira, o terceiro setor éresponsável por 1,5% do PIB, gerando275 mil empregos. Mas, o que a princípiopode parecer significativo, se comparadoa outros países, torna-se ainda bastanteinexpressivo. “Nos Estados Unidos, o

terceiro setor corresponde a 35% do PIBe gera muito mais empregos do que noBrasil”, cita.

Segundo Yamauchi, a categoriacontábil tem grande responsabilidadepara a difusão e implementação destanova mentalidade na economia do País.Atualmente, exemplificou, 95% destasorganizações não governamentais seencontrariam com seus registros eestatutos elaborados de maneira irregu-lar. Outra observação feita peloespecialista é quanto à possibilidade derenúncia fiscal, uma vez que as empresaspodem contribuir com as organizaçõesdo terceiro setor, abatendo valoressignificativos em seus impostos, tanto naesfera federal, quanto nas esferasestadual e municipal.

“Minha proposta é o estabelecimentode convênios com os diversos sindicatospara a promoção de palestras deconscientização dos contabilistas”, dizYamauchi. “Atualmente, apenas 1% derenúncia fiscal é utilizado pelasempresas. Cerca de R$ 3,4 bilhões têmido para o governo desnecessariamente”,lamentou.

Mesa da palestra: esq. p/ a dir., o diretor deAssuntos Legislativos e do Trabalho da Fenacon,Sauro Henrique de Almeida (moderador), o pres.do Sescon/Sul Fluminense, Fulvio Abrami Stagi(coordenador), e o palestrante Takashi Yamauchi

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enescap/sudeste

“Conciliação Prévia”

Silvio Rômulo de Andrade Jr.Um dos legados do governo Fernando

Henrique Cardoso foi a polêmica fle-xibilização das leis trabalhistas. Paraexplicar algumas destas mudanças, aorganização do II Enescap/Sudesteconvidou o Ministério do Trabalho, queenviou seu secretário adjunto paraRelações Trabalhistas, Silvio Rômulo deAndrade Jr. Ele iniciou sua exposição,falando sobre o início da idéia deconciliação trabalhista no Brasil, queremonta ao ano de 1907.

Nesta época,surge o Ins-tituto de Con-ciliação e Arbi-tragem, insti-tuído para regu-lar as relaçõesentre industri-ais e operáriosna emergenteSão Paulo doinício do séculopassado. Com acriação da CLTnos anos trinta,

“Responsabilidade Social eBalanço das Empresas”

Cláudio Boechat eÁlvaro Machado

Uma nova mentalidade vem ganhandoespaço entre as empresas: só o lucro pelolucro não resolve, é preciso se preocupar coma sociedade; assim todos saem ganhando.Esta é a avaliação feita por Cláudio Boechat,diretor-presidente do Instituto QualidadeMinas e secretário executivo do ProgramaMineiro de Qualidadee Produtividade. ParaBoechat, a pobreza ea miséria só existemdevido a práticasirregulares na socie-dade, como a cor-rupção.

“Não basta ver osnúmeros. É precisover a qualidade. Umaempresa pode serótima para seus acio-nistas por seus lu-cros, mas pode ser

“O Empresário Contábildo Futuro, Contabilizando

o Sucesso”

Sebrae“O que está por trás dos grandes

problemas nacionais é a má distribuição

de renda. Temos uma grande economia,mas uma péssima distribuição de renda.A solução é a geração de empregos”. Oalerta foi feito por Bruno Quick Lou-renço, um dos quatro representantes doSebrae, que integrou a programaçãotécnica do II Enescap/Sudeste, com aapresentação de seu curso ‘Contabili-zando o Sucesso’.

De acordo com os dados do Sebrae,cerca de 87% dos empregos são geradospelas pequenas empresas, contra apenas5% das grandes. O problema é que, emtorno de 65% destas pequenas empresasfecham suas portas muito antes decompletar dois anos. É neste momento,segundo ele, que surge a importância daparceria entre o Sebrae e o segmentocontábil.

“Segundo nossas análises, o primeiroparceiro procurado pelo micro empresárioé o contabilista”, explicou AparecidaSoares Braga, contabilista e técnica daGerência de Articulação Institucional ePolíticas Públicas do Sebrae/MG. Elatambém é uma das responsáveis pelaidealização do curso, que tem por objetivoatrair contabilistas para o treinamento e aimplementação de estratégias que levemao desenvolvimento das pequenasempresas. Com isso, ajudando a viabilizar

O pres. do Sescon/SP, Carlos José de Lima Castro, coordenador da mesa,fala, acompanhado, esq. p/ dir., pelo diretor do Sescon/MG, RonaldoGeraldo de Castro, moderador, e pelos palestrantes do Sebrae, AparecidaSoares Braga, Carlos Ruben Pinto, Luiz Cláudio de Lima e Bruno Quick

o negócio do cliente, a empresa contábiltambém colhe os frutos do sucesso.

Atualmente o curso ‘Contabilizando oSucesso’ encontra-se restrito somente aosestados de Minas Gerais e Rio de Janeiro,mas a previsão é que tenha lançamentoem nível nacional até o final do ano. Osoutros dois palestrantes, Luiz Cláudio de

Lima e Car-los RubenPinto, apre-sentaram aestrutura doSebrae e osesforços quea entidadetem feito pa-ra deixar deser vista co-mo uma ‘ad-versária’ dac a t e g o r i acontábil epassar a ser

encarada como uma parceira na luta pelageração de empregos.

péssima para a socie-dade como um todo”,afirmou o executivo.Boechat lembrou que os paísesmais competitivos são também os maiscooperativos e é esta idéia que precisaganhar corpo na sociedade. “O balançocontábil precisa vir acompanhado pelobalanço social”, completou.

Deste ponto de vista, comunga ÁlvaroMachado, presidente da Fundação Belgo-Mineira. “Quando comecei a trabalhar,responsabilidade social para a empresa eragerar empregos e pagar seus impostos.Hoje esta percepção mudou. A res-ponsabilidade começa por pagar bonssalários, combater a corrupção e nãoesmagar os fornecedores”, explicou. “Asempresas precisam olhar a respon-sabilidade social como fator de compe-titividade. O investimento social é muitomais barato que a publicidade, mas o re-torno é muito maior”, decreta.

O palestrante, Cláudio Boechat, à esq., écumprimentado pelo pres. do Sescon/Rio deJaneiro, José Augusto de Carvalho, e observadopelo vice-presidente do Sescon/MG, LucianoAlves de Almeida

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 82 - 23

“A Vida no MundoPós-Genômico”

Sérgio Danilo Junho PennaDentro do espírito multidisciplinar do

evento, o professor e presidente do Nú-cleo de Ge-nética Mé-dica da Uni-v e r s i d a d eFederal deMinas Ge-rais - UFMG,Sérgio Da-nilo JunhoPenna, expôssobre o rá-pido desen-volvimentoda ciência

houve uma normatização dos pro-cedimentos que acabaria por so-brecarregar o ministério e a Justiça doTrabalho. Para desafogar estas ins-tituições, o governo propôs a lei 9958/00,permitindo que trabalhadores e em-pregadores realizem seus acordos sem aintervenção da Justiça do Trabalho.

“A grande vantagem da conciliaçãoprévia é a solução da demanda em 10dias, conforme previsto em lei. O acordoali lavrado tem força de determinaçãojudicial”, esclareceu Andrade. Eleexplicou ainda que as Comissões deConciliação Prévia devem ser criadaspor iniciativa de empregadores esindicatos e que, por lei, não estãoobrigadas a comunicar seu funcio-namento ao ministério. Mesmo assim,o governo chegou a apurar a existênciaatualmente de 1.397 CCP’s em todo oPaís.

Ainda segundo dados do ministério, ataxa média de solução de conflitos nestascomissões chega a 80%. Para o pa-lestrante, as federações sindicais, como aFenacon, podem ter um papel muitoimportante neste processo ao organizar eorientar seus filiados na estruturação deCCP’s. “Uma vantagem para o ministério,para estas empresas e para os em-pregados”, conclui.

genética e de suas possíveis implicaçõesneste novo século.

Penna abriu sua palestra comentandoa importância da parceria entre a ciênciae as empresas, lembrando que, em 12 defevereiro de2001, a em-presa norte-americana dedescoberta edesenvolvimen-to terapêuticoCelera se tor-nou a primeiraorganização afinanciar e pro-duzir em cempor cento umprograma cien-tífico, sem estabelecer parcerias com ogoverno ou universidades. No caso, adescoberta foi o seqüenciamento do ge-noma humano.

O genoma, explicou, são informaçõesbásicas da vida. A partir dele que surgemos tecidos celulares que, por sua vez, for-mam os organismos vivos. O professor daUFMG esclareceu que a importânciadestes estudos recae sobre a viabilidadede detecção prévia de enfermidades e areconstituição de tecidos humanos da-nificados por doenças ou queimaduras,por exemplo.

Por fim, Penna deixou claro que ocontrole genômico não se presta a idéiascomo seleção de indivíduos ou criaçãode um homem superior, mas apenas e tãosomente - ao lado de outras tecnologias- para a melhoria da performance humananas diversas atividades cotidianas.

Sérgio Danilo Junho Penna apresenta o tema ‘A vida no mundo pós-genômico’, acompanhado, esq. p/ a dir. pelo assessor jurídico do Sescon/MG e moderador, José Eustáquio da Fonseca, e pelo diretor de Tecnologiae Negócios da Fenacon, Nivaldo Cleto, coordenador da palestra

“Legislação Ambiental”

Ronaldo Vasconcellos“Muitos acham que a questão do meio

ambiente é modismo, mas na verdade o

século XXI é o século do meio ambiente”.Com estas palavras o deputado federalRonaldo Vasconcellos iniciou suasconsiderações sobre o tema LegislaçãoAmbiental. Para o deputado, a legislaçãobrasileira é uma das mais avançadas domundo nesta matéria, mas lembra que épreciso mudar a mentalidade da sociedade.

“O brasileiro é perdulário”, disse eacrescentou: “e isto acaba se transformandoem custos que vão de 7% a 8% dosorçamentos municipais, enquanto em outrospaíses não chega a 1%”. Vasconcellosrefere-se, por exemplo, aos gastos com alimpeza urbana dos diversos detritosatirados às vias públicas, córregos e lixões,onde são depositados sem o menor critério.

O deputado também mencionou algunsprojetos de lei que tramitam na Câmara eque visam uma utilização mais racionalda água e das sobras produzidas pelasociedade industrial. “Defendo a políticados três ‘R’s’: reduzir, reutilizar ereciclar”, afirmou o congressista.

Ele concluiu, lembrando que ainiciativa privada tem um importantepapel neste processo, tanto para pressionaras autoridades a adotarem medidas quefavoreçam uma política ambiental maisresponsável, quanto para colaborar comrecursos a serem aplicados em umapolítica nacional para os resíduos sólidos,ou o que ele chama de Fundo Nacionalde Resíduos Sólidos. “A responsabilidadepor estes três R’s deve passar por toda asociedade”, completou.

Esq. p/ a dir., o deputado federal Ronaldo Vasconcellos, o pres. doSescon/MG, João Batista de Almeida, coordenador da mesa, e o diretordo sindicato, Heleno de Souza Aquino, moderador

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rápidas

Tron

Com uma comitiva de 22 membros, entrepresidentes de sindicatos filiados e diretores,a Fenacon participou, entre os dias 9 e 12 desetembro, no Rio de Janeiro, da IV AssembléiaGeral do Sicomércio - IV AGS, promovidapela CNC. A participação se deu nos váriosgrupos de trabalho formados pela empresa deconsultoria Amana Key.

Atendendo a convite do presidente daFenacon, Pedro Coelho Neto, estiveram reunidosna tarde do dia 6 de setembro, um total de 6presidentes de federações nacionais, quandodiscutiram temas de interesse comum. Opresidente da Fenacon foi eleito porta voz doresultado da reunião junto a diretoria da CNC.

No dia 13 de setembro, aconteceu mais umareunião da CNC, que contou com a presençados representantes da Fenacon, Pedro CoelhoNeto e Eliel Soares de Paula. Aproveitando aoportunidade, ambos tiveram uma audiênciaparticular com o presidente da confederação,Antonio Oliveira Santos, para tratar deassuntos de interesse dos sindicatos filiados.

VI Assembléia Geral do Sicomércio Encontro emGuarulhos

O CRC/SP realiza, entre osdias 17 e 18 de outubro, emGuarulhos, na Grande SãoPaulo, o I Encontro de Con-tabilistas, Estudantes e Em-presários da Contabilidade deGuarulhos e Região. Foramconvidados, entre os confe-rencistas do evento, o presidenteda Fenacon, Pedro Coelho Neto,para falar sobre ‘AdministraçãoParticipativa de Empresas deServiços - Caso Prático’ e odiretor de Tecnologia e Ne-gócios, Nivaldo Cleto, paraapresentar o tema ‘Tecnologia deInformática à Disposição doEmpresário’. Informações:c r c s p @ c r c s p . o r g . b r /www.crcsp.org.br.

eventos

Diretores da Fenacon e presidentes de sindicatosfiliados participam da IV Assembléia Geral doSicomércio. Na foto, 3° da esq. p/ a dir., o pres.da CNC, Antonio Oliveira Santos. Ao seu lado, àdir. o pres. da Fenacon, Pedro Coelho Neto

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O encontro objetivou adequar o sindicalismopatronal do comércio de bens e serviços e deturismo às novas realidades, modernizando-o epreparando-o para o futuro, numa contínuaadaptação às necessidades e exigências das cercade 4 milhões de empresas brasileiras que atuamno setor e garantem um conjunto de 20 milhões deempregos diretos. Participaram do evento líderesde 34 federações filiadas à CNC, que congregamcerca de 820 sindicatos espalhados pelo país.

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 82 - 25

enescap centro-oeste/norte

Em novembro, as empresas de serviçoscontábeis e de assessoramento, perícias,informações e pesquisas das regiõesCentro-Oeste e Norte do Brasil partici-parão do último encontro regional do anopromovido pelo Sistema Fenacon. O IVEnescap Centro-Oeste/Norte acontecedias 27 e 28, reunindo empresários deserviços, profissionais e estudantes. O lo-cal será o Hotel Tropical Manaus, ondeestá um dos melhores Centros deConvenções da capital amazonense.

O IV Enescap Centro-Oeste/Norte iráabordar o tema central ‘Serviços comofator de desenvolvimento social, políticoe econômico’. Para a comissão orga-nizadora, este encontro tem o objetivo depropiciar a troca de informações e a buscade soluções para os principais desafios dasempresas de serviços das duas regiões.“Dessa forma, estaremos contribuindopara o fortalecimento do setor”, declaraWilson Américo da Silva, presidente doSescon/AM, entidade realizadora doevento, que também tem a co-realizaçãodo Sescaps do AC e AP e dos Sescons do

Manaus recebe IV Enescapdas regiões Centro-Oeste eNorte em novembroSetor de serviços discute desenvolvimento social, político e econômicono 4º encontro regional do ano promovido pelo Sistema Fenacon

DF, GO, MS, DF, PA, RR e TO, além doapoio da Fenacon.

A abertura do evento será feita pelopresidente do CFC, Alcedino GomesBarbosa. Em sua palestra, será discutidoo tema central do encontro. Nas outrasquatro apresentações, serão tratadosassuntos, como: ‘Ética e suas Prerro-gativas’, ‘Marketing em Empresas deServiços’, ‘Logística nas Empresas deServiços’ e ‘Qualidade de Vida Auditada(confira a programação completa noquadro abaixo).

Encontro das águasOs organizadores esperam receber

400 participantes. Estima-se que, destetotal, 150 sejam de outros estadosbrasileiros. Portanto, além da pro-gramação técnica, a comissão organi-zadora preparou um roteiro especial paraparticipantes e acompanhantes. Aprogramação social conta com city tourpela cidade de Manaus, passeio pelo RioNegro, show folclórico e uma visita ao

‘Encontro das Águas’ dos rios Negro eSolimões.

As inscrições para o IV EnescapCentro-Oeste/Norte podem ser feitas atéo dia 26 de novembro através do sitewww.sesconam.org.br. Os preços variamde R$ 60 a R$ 120. Acompanhantespoderão participar da programação sócio-cultural e dos passeios opcionais medianteadesão junto à agência oficial do evento.

Dia 27/11 - quarta-feira8hs às 18hs ... Recepção no aeroporto e credenciamento20hs .............. Abertura solene20h30 ............ Palestra magna com Alcedino Gomes Barbosa

- presidente do CFC21h30 ............ Coquetel de abertura com show folclórico

Dia 28/11 - quinta-feira9hs às 10h30.... ‘Ética e suas prerrogativas’

Gaitanno Laerte Antonaccio10h30 às 11hs .. Intervalo11hs às 12h30 .. ‘Marketing em empresas de serviços’

Carlos Roberto Victorino

ServiçosAgência Oficial:Pamtur - Planeta Amazonas Viagens eTurismo Ltda.Tel./Fax: (92) 234-5063 / 234-4843e-mail: [email protected]

Secretaria Executiva:Orcal Pesquisas e Eventos Ltda.Tel.: (92) 234-5063/ 232-4468/ 622-3377e-mail: [email protected]

Programação do IV Enescap Centro-Oeste/Norte12h30 às 14h30 Almoço livre14h30 às 16hs .. ‘Qualidade de vida auditada’

Paulo Pegado16hs às 16h30.. Intervalo16h30 às 18hs .. ‘Logística nas

empresas deserviços’Renato Toigo

18h00 às 18h30 Solenidade deencerramento

20h30 ............... Sorteio debrindes e jantar comshow folclórico no Ariaú Tower

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26 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 82

reflexão

Cartonagem

O ato de refletir conduz à humildade.Mestre Houaiss ensina que a etimologialatina da palavra reflecto aponta para“recurvar, vergar, dobrar”. Imaginemosuma figura humana recurvada, ao peso daresponsabilidade; vergada, pelo açoite dosanos; dobrada (mas nunca partida), ante asvicissitudes da existência. Teremos nessafigura quixotesca um ser reflexivo. A alusãoao imortal personagem de Cervantes,entenda-se, reflete o que ele tem de maissublime e genial - o idealismo!

Refletir é retomar o vôo rumo a umideal. Reconsiderar novo curso a serseguido. Movido pela única justificativade ‘ser humano’, que é ser bom, ser útil,servir. Amar, se preferem. Desde afilosofia popular: “Quem não vive paraservir não serve para viver”, passando peloMestre dos Mestres: “Não vim para serservido, mas para servir”, tudo nos leva acrer que a vocação do ser humano é parao serviço.

‘Empresa de serviço’ parece umaobviedade, uma redundância. Tirantealguma finalidade didática, não se encontraexplicação para o complemento ‘deserviço’, dado à empresa. Toda associaçãohumana só tem sentido se destinada a gerarserviço. Classificar as empresas como: in-dustrial (geradora de produto) e de serviço(bem impalpável), eis outra conveniênciameramente burocrática.

Para esclarecer, tomemos emprestadoum conceito da Economia. O dinheiro éuma ‘reserva de valor’. Cédulas de um oude cem dólares, em si, valem apenas o quevaleria o papel de que são feitas, quasenada! O que tem valor mesmo é em quantosbens esse papel pintado poderá sertransformado. Fora disso, num raciocínio

Por que servimos?“Refletir é retomar o vôo rumoa um ideal. Reconsiderar novo

curso a ser seguido”

Por Paulo Fernando Torres Veras

absurdo, serviriam para alimentar fogueirasou outra ‘utilidade marginal’.

Do mesmo modo, os produtos. Seja umfrango assado ou um automóvel, só valemalguma coisa quando consumidos,diga-se melhor, quando trans-formados em serviço. No caso dofrango, na boca da gente sacian-do a fome. No caso do auto-móvel, nos transportando.

Na melhor das hipóteses, aposse do produto poderia nosservir, imaginariamente, pelapseudo segurança de‘garantir’ certa tran-qüilidade. Quandofôssemos precisarteríamos a con-fiança de que eleestaria ali paratransformar-se emserviço. Trabalha-mos aqui no cam-po da antecipaçãodas necessidades.Cria-se uma necessidade (para o futuro) e aexistência do produto (no presente) nos iludecom a sua satisfação.

Isso não invalida a tese de que um pro-duto só existe, de fato, quando se consumaem serviço. Antes disso, produtos são merostrambolhos a demandar cuidados. Não foisem razão que Cristo admoestou: “Ondeestiver o teu tesouro, aí estará o teu coração”.Mas, a inquietação histórica do homem tem

sido sofrer por conta, ‘pré ocupar-se’.Antecipar-se no tempo que ele nem sabe sealcançará. Por isso vai enchendo celeiros,construindo celeiros maiores, até que a mortevem e o leva sem aviso.

Uma reflexão sincera sobre servir noslevaria à condição de ‘servos inúteis’. E sónessa condição - aqui entra a humildade -,encontramos motivação e ânimo paracontinuar servindo, sempre e melhor.

Não só as empresas, mas todas asações dignas do homo sapiens só têmsentido se forem úteis a alguém, seservirem. O fundamento ético podeser encontrado no seguinte racio-cínio. O Homem existe para serfeliz. A felicidade passa pelasatisfação das necessidades.Necessidades são satisfeitas comserviço. Servir é satisfazer neces-sidades, gerando felicidade. Issoé fazer jus à existência.

Cada ser humano já entra navida com uma dívida de

serviço. É servido ao longodo seu amadureci-mento, até adquirircompacidade de come-çar a amortizar sua dí-vida. Deve acumularcréditos de serviço para

quando for saindo desta vida (invalidez, velhi-ce, morte) ter como pagar seu débito e deixaralgum saldo positivo. Não pensar assim seriaingratidão, velhacaria, falta de ética ... Viver éservir. À vida e ao serviço, pois!

Paulo Fernando Torres Verasé administrador de empresas e

consultor de qualidade da [email protected]

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InstitucionalEnescap

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