ediçao n.º 1603

32
SEXTA-FEIRA, 11 JANEIRO 2013 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N. o 1603 (II Série) | Preço: 0,90 É bom viver em Barrancos e em Castro e Sines também Numa lista de 30 municípios, liderada por Lisboa, Barrancos surge em 17.º lugar no âmbito de um estudo para avaliar a qualidade de vida em Portugal. Castro está em 24.º lugar e Sines (15.º) é o melhor local para viver no Alentejo. págs. 4/5 Cão perigoso mata criança em Beja Faleceu a criança de 18 meses que, no domingo, sofreu um violento ataque de um cão cruzado de pitbull. O incidente ocorreu num bairro social de Beja. O cão, que foi recolhido para abate, pertencia ao tio da vítima e vivia na mesma casa. pág. 9 Candidatos autárquicos apresentados a conta-gotas Enquanto o PCP prolonga o tabu em torno dos seus candidatos por janeiro dentro, o PS apressa-se a antecipar os seus cabeças de lista aos diferentes municípios e o PSD vai apresentando candidaturas a conta- -gotas às Autárquicas 2013. pág. 8 Maior radiotelescópio do mundo em Moura A herdade da Contenda, em Moura, está a servir de “sala” de ensaios para os protó- tipos do maior radiotelescópio do mundo, o SKA. Que a partir de 2016 será instalado em África e na Austrália. pág. 10 A segunda vida da candidatura do cante a Património da Humanidade Comissão Nacional da Unesco recebe proposta alentejana a 25 de janeiro ou 2 de fevereiro Entrevista com o antropólogo Paulo Lima nas págs. 6/7 PAULO MONTEIRO JOSÉ SERRANO O projeto MyFarm.com, do Instituto Politécnico de Beja, acaba de ser distinguido com uma menção honrosa no Prémio Agricultura 2012. A ideia é muito simples e passa por gerir uma horta verdadeira sem sair de casa, através da Internet. Uma espécie de big brother hortícola para agricultores urbanos. Mas à séria. pág. 12 Hortas dentro de computadores Natureza Projeto LIFE ajuda peneireiro, sisão e abetarda pág. 11 Tauromaquia Em memória de Varela Crujo e Francisco Mendes pág. 28

Upload: diario-do-alentejo

Post on 13-Mar-2016

312 views

Category:

Documents


12 download

DESCRIPTION

Diario do Alentejo

TRANSCRIPT

SEXTA-FEIRA, 11 JANEIRO 2013 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXXI, N.o 1603 (II Série) | Preço: € 0,90

É bom viver em Barrancose em Castro e Sines tambémNuma lista de 30 municípios, liderada por Lisboa, Barrancos surge em 17.º lugar no âmbito de um estudo para avaliar a qualidade de vida em Portugal. Castro está em 24.º lugar e Sines (15.º) é o melhor local para viver no Alentejo. págs. 4/5

Cão perigoso mata criança em BejaFaleceu a criança de 18 meses que, no domingo, sofreu um violento ataque de um cão cruzado de pitbull. O incidente ocorreu num bairro social de Beja. O cão, que foi recolhido para abate, pertencia ao tio da vítima e vivia na mesma casa. pág. 9

Candidatos autárquicosapresentados a conta-gotas Enquanto o PCP prolonga o tabu em torno dos seus candidatos por janeiro dentro, o PS apressa-se a antecipar os seus cabeças de lista aos diferentes municípios e o PSD vai apresentando candidaturas a conta- -gotas às Autárquicas 2013. pág. 8

Maior radiotelescópio do mundo em MouraA herdade da Contenda, em Moura, está a servir de “sala” de ensaios para os protó-tipos do maior radiotelescópio do mundo, o SKA. Que a partir de 2016 será instalado em África e na Austrália. pág. 10

A segunda vida da candidaturado cante a Património da Humanidade

Comissão Nacional da Unesco recebe proposta alentejana a 25 de janeiro ou 2 de fevereiro

Entrevista com o antropólogo Paulo Lima nas págs. 6/7

PAU

LO M

ON

TEIR

O

JOSÉ

SER

RA

NO

O projeto MyFarm.com, do

Instituto Politécnico de Beja,

acaba de ser distinguido com

uma menção honrosa no Prémio

Agricultura 2012. A ideia é

muito simples e passa por gerir

uma horta verdadeira sem sair

de casa, através da Internet. Uma

espécie de big brother hortícola

para agricultores urbanos. Mas

à séria. pág. 12

Hortas dentro de computadores

Natureza

Projeto LIFEajuda peneireiro,sisão e abetarda pág. 11

Tauromaquia

Em memória de Varela Crujo e Francisco Mendes pág. 28

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3 EditorialReportagemPaulo Barriga

A SIC passou no domingo uma reportagem que os bejenses estão a classifi-

car como extraordinariamente ofensiva ao seu bom nome. E um exemplo acabado de mau jor-nalismo. Ou seja: nem a forma nem o conteúdo lhes agradou no filme que o jornalista Pedro Mourinho elaborou sobre as su-postas “obras faraónicas” que se têm levantado em Beja. A repor-tagem é o género maior da prá-tica jornalista. É o poema épico, é a obra-prima, é a pradaria do jornalismo. É na reportagem, na boa reportagem, que as regras não têm regra. Que os géneros se misturam sem qualquer tipo de constrangimento. Que os factos se associam livremente às sensa-ções recolhidas pelo próprio re-pórter. É na reportagem, na boa reportagem, que a escrita jorna-lística ganha a vida que as nor-mas, os códigos de conduta e a severidade usualmente lhe re-tiram. Deste prisma, do lado da forma, a reportagem de Pedro Mourinho é uma bela reporta-gem. Dinâmica, participativa, algo irónica, a roçar o documen-tário, criativa, inovadora no for-mato. De onde emerge, então, a irritação dos bejenses? Muito simples: do preconceito. Não do preconceito deles, dos bejenses. Mas do preconceito do jornalista em relação à sua matéria. Pedro Mourinho cometeu um dos er-ros mais comuns ao jornalismo estagiário. Foi para o terreno em busca de justificações para a sua tese – a de que em Beja se gasta dinheiro mal gasto em obras da treta – em vez de ter vindo para o terreno em busca da sua pró-pria tese. E esse é, por ventura, o grande fundamento da própria reportagem: contornar o impre-visto com o improviso. Ao con-trário, Mourinho emprenhou pelos ouvidos. E preferiu defen-der até ao final, a todo o custo, pateticamente, a ideia preconce-bida que alguém em Lisboa lhe vendeu como boa. E isso fez dele um mau repórter. Porque não teve perspicácia para olhar para lá do objeto, não se deixou con-tagiar pela sua própria intuição, não teve talento para encontrar os protagonistas certos para con-solidar a sua história, não teve humildade suficiente para corri-gir a rota em pleno voo. É pena que assim tenha sido. Porque com o investimento financeiro que a SIC fez na reportagem de Pedro Mourinho, os telespeta-dores mereciam muito mais do que uma boa (ou bonita) má re-portagem. Principalmente os de Beja, que com ele andam zanga-dos. Por estes dias.

A SIC passou no domingo à noite uma peça jornalística, inserida numa nova rubrica, sobre os investimentos públicos em Beja, na qual não me revejo! Participei

nela sem saber ao que ia (…) Qual não é o meu espanto quando hoje um amigo me diz que se comenta (naturalmente nos meios onde a mesquinhez, a inveja e a falta de escrúpulos vai fazendo escola), que tinha sido EU a encomendar a peça!

(…) Claro que não levo a sério os energúmenos que colocam a circular boatos infundados, desafiando todos os que lançaram essas atordoadas a prová-lo.

Mário Simões, presidente da distrital de Beja do PSD, via Facebook

Paulo

36 anos, vendedorA meu ver, a perigosidade de um animal passa pela educa-ção que lhe é dada pelo dono. Muitos comportamentos ca-ninos refletem os ensinamen-tos das pessoas que os tratam. Devia haver uma maior fis-calização sobre a verdadeira motivação que existe para al-guém querer adquirir um ani-mal de raça considerada peri-gosa. E a própria lei impedir a entrada destes animais no País.

Maria Nazaré

45 anos, professoraTal como nós, também os ani-mais precisam de cuidados de saúde, de higiene, de carinho e de espaço para viver harmo-niosamente. Quando estas con-dições não existem, os animais têm tendência para desenvolve-rem agressividade. Há, no en-tanto, raças mais propícias a comportamentos hostis, que não deviam ser consideradas domésticas. E por isso deve-riam ser proibidas de adquirir.

Maria Duarte

57 anos, domésticaNão sou contra as pessoas te-rem animais de estimação em casa. Mas não concordo que seja permitido ter cães de raças consideradas perigosas. Estes animais não são domesticáveis, colocam as pessoas em risco. Assistimos continuamente, de norte a sul do País, a ataques trágicos destes cães. Por isso considero mesmo que a lei por-tuguesa os deve proibir de vez.

Inácio Penas

60 anos, bate-chapasPara já, acho que nenhum cão, seja de que raça for, deva viver numa casa pequena, sem quin-tal. Os animais precisam de es-paço, não podem estar presos. Um animal preso torna-se peri-goso. Em relação a estes cães o perigo é ainda maior. Eu acre-dito que estas raças, mais tarde ou mais cedo, manifestam o seu comportamento agressivo. Por melhor que os donos os tratem.

Voz do povo Concorda que se tenham cães perigosos em casa? Inquérito deJosé Serrano

Vice-versaA propósito da reportagem sobre Beja que a SIC transmitiu no último domingo, a Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista considera que “o seu conteúdo e a sua finalidade não é mais que um novo ataque à região do Baixo Alentejo e aos baixo alentejanos, alimentada pelo deputado e líder distrital do PSD, Mário Simões, que, com ligeireza e irresponsabilidade, contribui para o bloqueio ao desenvolvimento da região e dos cidadãos que deveria representar”.

Pedro do Carmo, presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS

Fotonotícia O homem que não mordeu o cão. O cão que está por detrás destas grades matou uma criança. Foi esta se-

mana, num bairro social de Beja. Trata-se de um pitbull terrier, arraçado. Uma raça que consta do índex dos cães potencialmente perigosos.

Mas a lei portuguesa que estabelece esta classificação é de tal forma branda e amanteigada que ninguém dela faz caso. Os bairros problemá-

ticos – e não só – estão pejados de armas vivas. Tão ou mais mortíferas do que este aparentemente simpático cachorro que está por detrás

destas grades. Quando, na verdade, quem deveria lá estar agora não era ele, o cão… PB Foto de José Serrano

02

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

Rede social

Disse recentemente que estão reunidas as condi-

ções para o aumento da pobreza…

Importa enquadrar o contexto dessa afirmação, começando por clarificar alguns aspetos das dife-rentes dimensões que a pobreza assume. Podemos falar, por um lado, da “pobreza moral”, caracteri-zada sobretudo pela falta ou ausência de valores. Existe depois a “pobreza de espírito”, a qual é po-tenciadora da existência de uma “cultura de po-breza”, caracterizada pela baixa autoestima, falta de fé e de esperança. A “pobreza económica e fi-nanceira” é uma consequência, e potencia, por seu lado, o desemprego, a exclusão social, o aumento de grupos de risco. De referir que o número de pessoas em risco de pobreza e de exclusão é defi-nido de acordo com três indicadores: risco de po-breza, privação material e agregado familiar sem emprego. Se nada for feito para combater as ver-dadeiras causas potenciadoras da “pobreza”, esta corre o risco de aumentar.

No seu entender, como é que se poderá comba-

ter esse aumento?

No combate à “pobreza moral”, qualquer mudança começa a nível individual, podemos ser agentes da mudança, pela “contaminação positiva” de valo-res. No combate à “pobreza de espírito” deve-se promover as competências, a esperança e a auto-estima das pessoas. No combate à “crise”, importa fomentar a redescoberta do nosso território, do País e da alma lusa abençoada por Deus, valori-zando critérios de diferenciação. O setor agrícola assume-se como o grande potenciador de cresci-mento económico na região. O turismo é também fundamental para a entrada de divisas. A externa-lização do nosso know-how deve ser valorizada, através de uma mais estreita ligação ao “mundo lusófono”. Importante seria a “instituição” de uma plataforma efetiva de coordenação da luta contra a pobreza e a exclusão social em Portugal.

Perante o cenário de aumento da pobreza, qual é

a estratégia de intervenção do núcleo distrital de

Beja para o ano que agora se iniciou?

A nível nacional, a EAPN possui um plano estraté-gico, com reflexo na materialização de ações no todo nacional, sendo que para o seu núcleo de Beja con-sideramos fundamental o trabalho em rede, pro-mover a “contaminação positiva”, a “redescoberta do nosso território” e continuar e alargar o traba-lho em rede com os demais parceiros da EAPN e da rede social do distrito, onde continuaremos a dar a voz aos mais excluídos da sociedade.

Qual é a realidade atual do distrito em termos de

pobreza?

No caso português apenas o Observatório da Luta Contra a Pobreza da cidade de Lisboa é que pos-sui dados distritais e concisos sobre a pobreza em Lisboa – pelo que podemos apelar aos inte-ressados que queiram colaborar na criação do Observatório do Alentejo. Conscientes da dificul-dade de quantificar o que é viver no limiar da po-breza em Portugal, a EAPN Portugal em parce-ria com a Universidade Técnica de Lisboa e com a Universidade Católica estão a promover a realiza-ção de um “Estudo sobre o rendimento adequado em Portugal”, em que Beja é uma das localidades escolhidas para a amostra do estudo.

Nélia Pedrosa

4 perguntasa João

Martins Coordenador do núcleo distrital de Beja

da EAPN Portugal//Rede Europeia Anti Pobreza

Semana passada

DOMINGO, DIA 6

SANTIAGO DO CACÉM DESPISTE DE VEÍCULO LIGEIRO FAZ UM MORTO

O despiste de um veículo ligeiro de passageiros provocou um morto, na Estrada Nacional 390, entre Abela e São Domingos, no concelho de Santiago do Cacém, disse fonte dos bombeiros. A vítima mortal é um homem de 83 anos, que residia em São Bartolomeu da Serra, concelho de Santiago do Cacém. Estiveram envolvidos no socorro ao acidente, segundo o CDOS, sete bombeiros da corporação de Santiago do Cacém, apoiados por três veículos, e uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER), do Hospital do Litoral Alentejano.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 7

VIDIGUEIRA CÂMARA PROMOVE DISCUSSÃO PÚBLICA DE PLANO ESTRATÉGICO

A Câmara Municipal de Vidigueira promoveu durante a semana reuniões com a população, em todas as localidades do concelho, para apresentação da proposta do Plano Estratégico de Desenvolvimento de Vidigueira. O plano estratégico, de acordo com a autarquia, é um documento que visa a definição das principais linhas orientadoras e dos caminhos que a nível do município devem ser seguidos para “alcançar o desejado desenvolvimento económico e social, dentro de uma perspetiva de um concelho cada vez mais sustentável”.

BEJA PSP IDENTIFICA SUSPEITA DE FURTAR ARMA DE FOGO DE UMA RESIDÊNCIA

A PSP anunciou que identificou uma mulher, de 44 anos, suspeita de ter furtado no sábado, do interior de uma residência em Beja, uma arma de fogo de caça que foi recuperada. Após uma denúncia, a Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Beja efetuou, “de imediato”, várias diligências que resultaram na identificação da suspeita e na recuperação da arma no sábado.

QUARTA-FEIRA, DIA 9

SANTO ANDRÉ AUTARQUIAS HOMENAGEIAM 17 PESCADORES QUE MORRERAM HÁ 50 ANOS

Na passagem dos 50 anos sobre o trágico acidente ocorrido na Costa de Santo André, a 9 de janeiro de 1963, no qual 17 pescadores perderam a vida, a Junta de Freguesia de Santo André, com o apoio da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, inaugurou um memorial de homenagem às vítimas, erigindo naquele local. “Na altura quase todas as famílias de pescadores perderam familiares, houve mesmo famílias que deixaram Santo André e foram para outros lugares. Existe por exemplo uma comunidade importante da Costa de Santo André em Sines”, lembra o presidente da junta, Jaime Cáceres, adiantando que segundo relatos dos sobreviventes “estavam 60 pessoas nesse dia na Lagoa quando foram surpreendidas por uma onda gigante. Os homens foram cuspidos e foram ao fundo, 17 morreram. Os sobreviventes da tragédia falam de um dia de horror”. O monumento, com a inscrição dos nomes dos 17 pescadores falecidos e uma breve história do acontecimento, consiste numa peça em pedra, em bruto, que simboliza “a força e a brutalidade da natureza”, adiantou o autarca.

03

Árvore de Natal da Partilha de Moura vence concurso A Árvore de Natal da Partilha, erguida em Moura, foi a vencedora no concurso “Árvore de Natal Ecológica Europeia”, do Centro de Informação Europe Direct de Aveiro. A árvore da partilha é uma iniciativa que pretende assinalar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Cante aos Reis em Figueira de Cavaleiros A igreja Matriz de Figueira de Cavaleiros encheu-se ao final da tarde de sábado para ouvir cantar aos Reis pelas vozes de grupos corais oriundos de Figueira de Cavaleiros, Sete, São Marcos de Atabueira e Cantanhede. O programa inclui ainda um jantar convívio.

Câmara de Beja celebra as Janeiras As crianças do Jardim de Infância de Santiago Maior, em Beja, deslocaram-se aos paços do concelho para cantaram as Janeiras. Na cerimónia foram ainda anunciados os vencedores do sorteio integrado na campanha de promoção das compras de Natal no comércio tradicional.

Alunos de Serpa cantaram aos ReisE na Cidade Branca também os meninos e meninas do Pólo 2 da EB 1 cantaram aos Reis, em plena praça da República, acompanhados por Armando Torrão. Os pequenos cantores ainda se fizeram ouvir no Centro de Dia de Santa Maria e no Lar de São Francisco.

Animações desportivas encerram campanha de Natal Várias demonstrações desportivas abertas à população, entre treino funcional, ginástica acrobática, dança rítmica ou zumba, assinalaram, no fim de semana, o encerramento da campanha de promoção de compras de Natal no comércio tradicional de Beja.

DR

DR

DR

DR

DR

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

304

Barrancos

Vila no 17.º lugar nacional em termos de qualidade de vida

Uma vez barranquenho, para sempre barranquenho

Numa lista de 30 municípios liderada

por Lisboa, Barrancos surge em 17.º

lugar no âmbito de um estudo uni-

versitário para avaliar a qualidade

de vida em Portugal. Uma classifica-

ção que deixa orgulhosos habitantes

e município local, que considera este

honroso lugar “uma responsabilidade

acrescida no sentido de criar condições

para a fixação de jovens”. Equipada de

adequadas infraestruturas culturais,

desportivas e sociais e mantendo o es-

pírito empreendedor que nunca lhe

falhou, faltam à vila raiana boas aces-

sibilidades e emprego. É que o barran-

quenho tem um raro apego à terra:

“Só em último caso é que sai”.

Texto Carla Ferreira Fotos José Serrano

Barrancos surge como o concelho do distrito de Beja mais bem posicio-nado num estudo da Universidade

da Beira Interior que pretende avaliar a qua-lidade de vida dos municípios portugueses. Entre os primeiros 30, com Lisboa à cabeça, ocupa o 17.º lugar, numa classificação que teve em conta condições como a existência de serviços de saúde, os equipamentos cultu-rais por cada mil habitantes, a taxa de esco-larização ou o dinamismo económico. Dirão os mais céticos, surpreendidos, que o estudo terá esquecido fatores de peso, como o iso-lamento geográfico, as más acessibilidades e a débil rede local de emprego. Mas os bar-ranquenhos, em geral, reagem orgulhosos a este honroso posicionamento. Cuja notí-cia, aliás, já se encontra exibida em vários lo-cais públicos da vila raiana, entre o edifício da câmara e a Sociedade Recreativa Artística Barranquense, umas das duas coletividades, bem no coração da terra, em que se divide a pacata vida social.

Mas o lugar poderia ter sido outro, mais modesto, que o orgulho barranquenho não sairia decerto beliscado. Este “bairrismo”, este “apego à terra”, como lhe chama o pre-sidente da câmara, António Tereno, é qual-quer coisa de muito arreigada e, por isso, imune às circunstâncias. Dificilmente se consegue arrancar um barranquenho da sua terra. E quando isso acontece, a distân-cia será só, e apenas, física. José Pelicano,

com 63 anos e já sem sotaque, é bem o exem-plo disso. Saiu, ainda nos anos 60, rumo à Grande Lisboa, no “tempo da vida difí-cil”; trabalhou na estação de Correios do Terreiro do Paço, fez dois anos de tropa na Guiné, em plena guerra colonial, e, quando regressou, ainda insistiu na ideia de se es-tabelecer na raia, “mas já não se conseguia, porque não havia trabalho para mim”. Hoje, já reformado, vive “repartido entre Almada e Barrancos” que é, para si, a corporização daquilo a que se chama “qualidade de vida”. Um conceito onde cabem fatores como “a tranquilidade e a gastronomia”. E sobretudo a forte e incontornável presença da natureza, que lhe é muito cara. “O campo diz-me tudo, de tal forma que já incuti isso nas minhas netas”, confessa. São elas, e não Almada, que o fazem sair deste lugar, onde interrompe o discurso de três em três palavras para cum-primentar pelo nome quem passa. “Vim an-tes do Natal e vou estar cá até me fartar”, o que é o mesmo que dizer “até ter muitas sau-dades do meu pessoal, sobretudo das netas”, explica. Em Barrancos, a discrepância en-tre os números da natalidade e os da mor-talidade é algo que o deixa “apreensivo”. No seu ano de nascimento, 1949, terão vindo ao mundo perto de 70 crianças. “Éramos mui-tos e agora quando nascem quatro, cinco, já é muito bom”, comenta, depositando es-peranças nos novos investimentos que es-tão a surgir no parque empresarial local, em

concreto na área da transformação de car-nes. “Oxalá que sim, que dê aqui um novo impulso”, espera.

É também com o coração que fala Maria Mercedes Tereno, de 65 anos. “É a minha terra, gosto de viver aqui, sou mesmo bar-ranquenha a 100 por cento”, atira, sem mais elaborações. Só lamenta o facto de “estar-mos longe de tudo”, o que se torna particular-mente grave em caso de doença. “Uma pessoa doente, se vai muito mal, morre a caminho do Hospital de Beja, porque são cento e tal quiló-metros”. De resto, com o novo centro de saúde e a médica que lá atende a população durante a semana, entre as 8 e 30 e as 17 e 30 horas, diz não ter razões de queixa, e tem também boas referências do novo lar de terceira idade, que acolhe até “muita gente de fora e tudo”. Mesmo não lhes dando muito uso, sendo “caseira”, está a par e aprova os equipamen-tos culturais e desportivos existentes, e, além disso, é da opinião de que “apesar de tudo, ainda vai havendo emprego”.

Com ela talvez não concordem Conceição Garcia e Alexandrino Baleizão, dois conter-râneos na casa dos 40 anos e ambos desem-pregados de longa duração. Conceição teve “empregos temporários” e foi mitigando a an-gústia de estar parada com vários “cursos”. Por isso, se tivesse uma oferta de trabalho – suponhamos, em Lisboa – aceitaria de bom grado, mesmo ciente de que, podendo esco-lher, “escolheria sempre a minha terra; gosto

de viver aqui, gosto das pessoas, gosto do am-biente, é uma vila muito pacata”.

Experiente em trabalhos agrícolas, há mais de uma década que Alexandrino não encontra a tão desejada estabilidade laboral. “Tenho feito algum contrato por aí e depois volto outra vez ao desemprego. Sempre tra-balhei no campo, embora me tenha dedicado também a outras coisas, como cursos de cal-ceteiro e outras oportunidades que tem ha-vido. E a idade já vai pesando”. Com 48 anos, Alexandrino Baleizão já viu partir a filha para Lisboa e o filho para Moura e ele próprio também não desdenha a possibilidade de sair, assim surja uma oportunidade. “Mas ia cus-tar-me um bocado”, confessa, lembrando a grande vantagem de fazer parte de um “povo pequeno”. “Aqui haver fome ainda não, gra-ças a Deus. Não chegámos ainda a esse ponto. Mal ou bem, vai-se tirando, porque temos o apoio da família e, quando não temos fami-liares, temos sempre alguns amigos”.

Outros dos pontos negros, que ensom-bram a qualidade de vida barranquenha, conclui Alexandrino, são as estradas, “fa-tais” – assim mesmo, com o sentido que lhe dão os vizinhos espanhóis – e os ser-viços de saúde que, tendo melhorado, não cobrem todas as necessidades. “Ainda há poucas noites, tive que ir a Encinasola, ao centro de saúde, que está aberto 24 horas. O centro de saúde aqui está aberto até às cinco da tarde”, queixa-se.

Com 48 anos, Alexandrino Baleizão já viu partir a filha para Lisboa e o filho

para Moura e ele próprio também não desdenha a possibilidade de sair,

assim surja uma oportunidade. “Mas ia custar-me um bocado”, confessa,

lembrando a grande vantagem de fazer parte de um “povo pequeno”.

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

05

Como reage a este posicionamento e como o

justifica?

É plenamente justificado, tendo em conta o traba-lho que foi feito ao longo de muitos anos. A popu-lação está plenamente servida de equipamentos culturais, desportivos e sociais e é isso que dita a qualidade de vida em Barrancos. É evidente que não chega. Também teríamos que ter outro tipo de apoios, nomeadamente ao nível das acessibi-lidades. Mas isso são coisas que nos extravasam um pouco, e nós continuamos a lutar nesse sen-tido. Tendo nós espírito empreendedor, eu te-nho muita esperança que, num futuro muito pró-ximo, o nosso parque empresarial possa acolher novas fábricas. Temos a Barrancarnes, o grande empregador privado do concelho, que garante à volta de 40 postos de trabalho fixos; uma unidade de transformação de materiais lenhosos e vamos ter outra na área da padaria. E temos uma nova unidade na área dos presuntos, pronta a iniciar a sua atividade em dois, três meses. É um investi-mento português, barranquenho, e criará possi-velmente perto de duas dezenas de postos de tra-balho, o que é muito importante numa época de grande desemprego.

A classificação tem em conta 48 indicadores, en-

tre eles os cuidados de saúde. Barrancos, há uns

anos atrás, debatia-se com carências a esse nível.

Como estamos de momento?

Estes cuidados funcionam muito por via da ini-ciativa do município. Se temos médico ao fim de semana, é ao município que cabe essa responsa-bilidade. Durante a semana, temos o novo centro de saúde, aberto desde o ano passado, que move-mos mundos e fundos para ter. Dispomos de uma médica, num horário que é diminuto, e nós que-ríamos mais, porque estamos longe de Moura, de Beja, e isso preocupa-nos. O ideal seria ter mais um médico em Barrancos e queremos também alargar o horário até às 20 horas. Depois temos aqui o apoio dos nossos vizinhos de Encinasola, que têm um centro de saúde aberto durante 24 horas, o que nos tranquiliza muito.

Apesar do isolamento geográfico, Barrancos é

um bom sítio para se viver e criar uma família?

Claro. Temos o Parque de Natureza de Noudar, uma paisagem linda, o castelo, que neste mo-mento está a ser recuperado, também a expensas próprias do município, temos uma fauna e flora riquíssimas e somos exatamente o fim da cordi-lheira da serra Morena. Isto é um microclima que facilita a criação de um presunto excecional. Por alguma coisa somos a única Denominação de Origem Protegida (DOP) do País. É evidente que teremos que ter também desenvolvimento econó-mico associado à qualidade de vida, para poder-mos manter cá as pessoas, tendo em conta que o barranquenho, neste caso o jovem barranquenho, pelo seu bairrismo, pelo seu apego à terra, não quer sair de Barrancos. Nós temos que arranjar condições para eles. Eu diria que esta classificação ótima é uma responsabilidade acrescida para nós, autarcas, no sentido de criar condições para a fi-xação de jovens.

“Somos portugueses porque queremos”

Não chegam aos 1 900 os habitantes de Barrancos e os nascimentos – no ano passado foram apenas oito – são insuficientes para alimentar esperanças de cres-cimento demográfico. Há, pois, que contar com o forte “bairrismo” do barranquenho, que “só em último caso é que sai”. E dar-lhe condições para que fique. É intei-ramente com esse espírito que foi desenhado o orça-mento camarário para 2013, “que fixa a atenção nas pessoas”, explica António Tereno, enumerando me-didas como o programa de arrendamento jovem, vi-sando os jovens casais e o reaproveitamento das casas sem uso no centro histórico. Ou o programa de apoio a associações para a criação de emprego, além das bol-sas de estudo atribuídas a alunos que estudem den-tro ou fora do concelho, para que se “mantenha sem-pre a ligação à terra natal”. Quanto à possível fusão ou agregação de municípios mais pequenos no âmbito do processo de reorganização administração em curso, o autarca mantém uma atitude serena e determinada: “No século XIX já tivemos este problema e voltámos a ser concelho. Não durou um ano a nossa integração no concelho de Moura. O município de Barrancos continu-ará a existir sempre por todos os séculos. Somos por-tugueses porque queremos. É bom que o poder central entenda isto”.

Sines (15.º) e Castro Verde (24.º) também na lista

Do distrito de Beja, além de Barrancos, encon-tra-se também Castro Verde, que ocupa o 24.º lu-gar entre os primeiros 30 concelhos do Indicador de Desenvolvimento Económico e Social de Portugal. O estudo foi desenvolvido pela Universidade da Beira Interior, no último trimestre de 2012, contemplando 48 indicadores baseados em dados estatísticos oficiais de 2010, referentes aos 308 concelhos de Portugal.Francisco Duarte, presidente da Câmara de Castro Verde, congratula-se com a classificação mas não se mostra surpreendido. É que as razões da qualidade de vida em Castro Verde, aqui reconhecidas, devem-se à “conjugação de dois fatores” conhecidos, justifica. Por um lado, “o trabalho desenvolvido pelo Poder Local ao longo de mais de 30 anos”; por outro, a existência da mina de Neves-Corvo, que gerou “uma estabilização da população e um nível de empregabilidade muito bons”. Mas o autarca não se deixa deslumbrar pe-las estatísticas e alerta que “é bom não esquecer que temos uma população extremamente envelhecida, que continua com níveis de reforma muito baixos”. Também Sines, no distrito de Setúbal, se encontra nosprimeiros 30 lugares, ocupando a 15.ª posição.

António TerenoPresidente da Câmara Municipal de Barrancos

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

EntrevistaCandidatura do cante entregue na Unesco a 25 de janeiro ou 2 de fevereiro

Cante alentejano procura reconhecimento internacional

O antropólogo Paulo Lima é o gestor da Casa do Cante, em Serpa. Entidade inaugurada

em julho de 2012 e a quem caberá a entrega, na Comissão Nacional da Unesco, da candi-

datura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade. O que acon-

tecerá nos próximos dias 25 de janeiro ou 2 de fevereiro. Um momento de extrema im-

portância para um dos “grandes pilares da nossa identidade”, segundo reconhece Paulo

Lima nesta entrevista onde também fala das origens do cante, dos desencontros em

torno da candidatura e, acima de tudo, da dignificação dos cantadores, os verdadeiros

detentores de um bem cultural que está prestes a ser reconhecido internacionalmente.

Texto Paulo Barriga Fotos José Serrano

O que mudou foi o olhar sobre o cante. Houve uma certa tomada de consciência desse bem. Mesmo que por parte de algumas instituições tivessem existido críticas, isso já implica ter um olhar sobre o cante. E, no fundo, percebeu-se que há aqui qualquer coisa valiosa que se tem de cuidar. Ou seja, criou-se uma nova dinâmica e ainda estamos a tentar perceber o que está verdadeiramente a suceder”.

06

Assumiu recentemente a di-

reção da Casa do Cante, em

Serpa. O que se pretende

com este equipamento?

A minha função na Casa do Cante é de gestão. Não vou criar um plano cien-tífico nem um plano de eventos, vou antes fazer a gestão de um bem, entre as pessoas que detêm esse bem. Ou seja: criar as condições para que os diferentes atores possam, a partir da Casa do Cante ou com a Casa do Cante, criar projetos no Alentejo e noutros sítios onde haja esta “coisa” chamada cante alentejano.

A Casa do Cante,

não propriamente

um local de ciência,

um local onde se es-

tude o cante, mas an-

tes um ponto de en-

contro entre as gentes

do cante?

É isso mesmo. A investi-gação é feita nas universi-dades e nos locais próprios. A Casa do Cante pode pro-porcionar e incentivar o es-tudo e, ao mesmo tempo, criar a possibilidade de dia-logar com os investigadores.

Uma das coisas que a Casa do Cante tem de fazer é ajudar a reu-nir informação, construir conhe-cimento e divulgar o saber. Para identificarmos exatamente o ob-jeto que estamos a tratar. O que é o cante? É essa a questão que temos de colocar. Parece simples a res-posta, mas não é.

O que é o cante, afinal?

O cante como nós o entendemos, o cante que é alvo desta candida-tura a Património Imaterial da Humanidade, é um movimento co-ral popular que surge no Alentejo no princípio do século XX, na vila de Serpa, que é autónomo em si e que faz parte de um movimento maior que é o movimento orfeó-nico popular. Os reportórios têm como origem diferentes expres-sões poéticas, musicais perfor-mativas do Alentejo e de outras zonas.

Estamos a falar de uma prática

bastante recente…

Podemos encontrar nos reportó-rios e nas interpretações formas mais antigas. Mas o movimento a que chamamos cante, estrutu-rado, formalizado, é facilmente datável pela documentação, a par-tir do verão de 1907, em Serpa. A polifonia é outra história. A poli-fonia é uma expressão musical que vai desde o Alto Minho à serra al-garvia. E no Alentejo não existe só

a polifonia associada ao cante, há outras formas de polifonia no Alto e no Baixo Alentejo. Claro que depois existem formas diferen-tes de interpretar esse cante cole-tivo. Agora aquele a que chama-mos cante alentejano, é um cante estruturado que se tornou a iden-tidade de uma região.

E esse é o objeto da candidatura a

Património Imaterial da Unesco?

É este o objeto. E é este o bem que a Casa do Cante associa a si.

Quando é que vai ser novamente

entregue a candidatura deste

cante polifónico e coralista à

Unesco?

Há duas datas possíveis: 25 de ja-neiro ou 2 de fevereiro. É interesse da Casa do Cante, que por razões diversas chamou a si este pro-jeto na sua fase final, terminá-lo o mais rapidamente possível.

Em termos de candidatura o que é

que mudou em relação à primeira

proposta que foi recusada pelo

próprio Governo português?

A proposta em si não foi recusada. O que aconteceu em março não teve a ver com a qualidade do do-cumento nem com as questões as-sociadas à presença dos cantado-res. Para a candidatura ser aceite pela Comissão Nacional da Unesco e pelo Estado tinha que haver uma aprovação alargada. Nos últimos

O antropól

em julho d

datura do c

tecerá nos

portância p

Lima nesta

torno da ca

detentores

Texto Paulo B

Assumiu

reção da

Serpa.

com es

A mido Cvou tíficevea endesepaatdcc

t

t

co

do ca

É issogação dades eA Casa porciontudo e, criar a plogar com

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

07

tempos, isso é público, houve al-gumas vozes discordantes em re-lação a um processo que teve um tempo muito curto para se construir.

Esse tempo curto foi suficiente

para solidificar uma candidatura

boa e ganhadora?

A qualidade do bem, do cante alentejano, ultrapassa tudo isso.

Quer dizer que havia condições

para se ter avançado em 2012? Em minha opinião havia clara-mente condições para se ter avan-çado em março, porque depois ainda tínhamos mais alguns me-ses para melhorar o documento e responder às questões que a Unesco pudesse colocar.

Que importância teve a saída de

Rui Vieira Nery neste processo de

recusa?

Ele não saiu porque nunca chegou a estar.

Não é bem assim…

A questão do professor Rui Vieira Nery nesta candidatura, a forma como ele a colocou nos media, provocou um conjunto de ondas que depois foram muito compli-cadas de gerir. Acabou por se dar relevo aos aspetos menos positivos da candidatura, que eram muito poucos, e tornou-se a parte num todo. Muitas pessoas não percebe-ram as valias que a região teria ga-nho e que cada município teria ga-nho com este reconhecimento.

A principal censura que se colo-

cou teve a ver com o centralismo

da Câmara de Serpa em todo este

processo. Aceita essa crítica?

Não, por vários motivos. Serpa é um concelho que pode ser po-tenciado com esta candida-tura, mas como Serpa mais uns 30. A questão é esta: o que é que cada município é capaz de fazer com esta candidatura a seguir ao

seu reconhecimento. É claro que Serpa suportou a contrapartida nacional e todas as despesas ine-rentes à candidatura, mas procu-rou três outras instituições para a promoverem: a Casa do Alentejo, a MODA e a Confraria do Cante Alentejano.

Então como se justifica toda esta

polémica?

Tendo em conta o pouco tempo que existiu, acho que as pessoas não pararam para pensar e não conseguiram separar o acessório do nuclear. Acho que houve aqui um problema de comunicação, deu-se muito espaço aos mediado-res e muito pouco aos detentores do bem, do cante alentejano.

Como assim?

Os detentores são os cantado-res. É para os cantadores que esta candidatura é feita. O pa-trimónio imaterial, ao contrá-rio de outro tipo de património, tem que respeitar duas regras. A primeira tem a ver com a auto-rização dos detentores, de quem canta, a uma entidade para que se faça essa inscrição. Por outro lado, essa inscrição tem de ser centralizada nos cantadores e nos grupos corais. Porque esses é que são os detentores do bem. E não vi por parte de nenhum grupo coral dizer que não queria a candidatura.

Como é que comenta o facto de

a Câmara Municipal de Beja ser

a única com grupos de cante no

seu concelho que não apoia a

candidatura? O que posso perceber é que fize-ram uma má leitura da informação disponível. E depois há aqui outra coisa que é o desconhecimento…

A Câmara de Beja voltou a ser

contactada para esta nova

candidatura?

A Casa do Cante antes de entregar

a candidatura…

Agora é a Casa do Cante a enti-

dade promotora?

É um processo que começou agora. Uma das coisas que a Casa do Cante quer fazer é entrar em diálogo muito rapidamente com todas as entidades que são impor-tantes para este processo. E dispo-nibilizar amplamente toda a infor-mação que, aliás, desde há muitos meses foi sendo distribuída pelos grupos corais, pela MODA, pela própria Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral. As câmaras podem ter ra-pidamente o conhecimento e po-dem aceder a essa informação. Eu compreendo que algumas câma-ras possam não se ter revisto na candidatura, agora ela foi sempre disponível para dialogar com to-das as pessoas, com todas as insti-tuições e com todas as entidades.

Os grupos corais estão com a

candidatura?

Temos documentação que assim o diz.

Sentiu que houve mudanças no

cante ao longo deste ano em

que se falou intensamente nesta

prática?

Na minha opinião o que mudou foi o olhar sobre o cante. Houve uma certa tomada de consciência desse bem. Mesmo que por parte de al-gumas instituições tivessem exis-tido críticas, isso já implica ter um olhar sobre o cante. E, no fundo, percebeu-se que há aqui qualquer coisa valiosa que se tem de cui-dar. Por outro lado começaram a aparecer, mais na zona de Lisboa, encontros para discutir o cante a diferentes níveis: a questão da transmissão, da sua história, do papel dos grupos… Houve igual-mente um reforço do ensino do cante nas escolas… Ou seja, criou--se uma nova dinâmica e ainda es-tamos a tentar perceber o que está verdadeiramente a suceder.

O que ganha o cante com esta

candidatura?

Pa r a já , re c on he c i mento internacional.

Apenas isso?

E um reforço da sua própria iden-tidade. É muito importante exis-tir um olhar internacional sobre um determinado bem. Os deten-tores do bem, os grupos corais, te-rão um outro espaço de reivindi-cação local, regional, nacional e mesmo internacional. Por fim im-porta para o empreendedorismo local ter mais um recurso como elemento da sua oferta. De re-pente, podemos ter no Alentejo, em diferentes níveis ou em dife-rentes tipos de património mate-rial e imaterial, um conjunto de classificações que são também elas um reforço e um suporte para um desenvolvimento sustentado da região.

Costuma dizer-se que os grupos

corais estão envelhecidos. Como é

que está a ser feita a transmissão

geracional do cante?

A transmissão é fundamental para agarrar as novas gerações e não só. Tem de se apostar fortemente na

transmissão feita pelos próprios grupos, ou seja: os próprios gru-pos devem fazer essa formação. A verdadeira Casa do Cante é onde se canta e é onde são as sedes dos grupos e é onde eles cantam, nas tabernas, nas ruas, nos espetácu-los. A verdadeira Casa do Cante é tudo isto. É onde há cante.

Outra das questões que se coloca

a esta candidatura, e ao próprio

cante, tem a ver com as questões

de ética…

A par da transmissão, a ética é uma questão nuclear. As questões da ética têm de estar sempre presen-tes. E a ética começa nessa coisa tão simples que é o respeito pelo outro que canta. Esse respeito tem de ser mantido acima de tudo. É o caso, por exemplo, do direito à imagem. Quando se compila, quando se re-colhe, temos de ter esse respeito. No fundo temos de dizer, e isto tem de ser muito claro, que quem manda são aqueles que cantam e são os gru-pos corais. São esses os donos do bem.

Qual o papel da Casa do Cante

neste reconhecimento dos

cantadores?

A Casa do Cante eticamente não diz se um grupo canta melhor que o outro. É preciso é que cantem. Não nos interessa se põem modas novas ou modas velhas. Importa é que cantem. E eu penso que aquilo que temos que ter sempre em cima da mesa é que o Alentejo tem uma dívida imensa para com milha-res de pessoas que generosamente, a custo de nada, todas as sema-nas se juntam para ensaiar e es-tão sempre disponíveis para ir a qualquer sítio, sem ter sobre isso nenhuma troca, apenas para can-tar, porque gostam. Porque têm um amor quase incompreensível àquela prática, àquela sua iden-tidade. O nosso contributo é pro-porcionar as melhores condições e o maior respeito às pessoas que nos dão generosamente um dos pilares da nossa identidade, umas das grandes identidades do sul do Alentejo.

E essa identidade é de tal forma

valiosa que a Unesco a reconhe-

cerá este ano como Património da

Humanidade?

Estou certo disso. Ainda para mais quando a Comissão Nacional da Unesco assumiu a candidatura como a candidatura do Estado português. Falta apenas entregar os documentos. O que acontecerá nos próximos dias.

O cante como nós o entendemos, o cante que é alvo desta candidatura a Património Imaterial da Humanidade, é um movimento coral popular que surge no Alentejo no princípio do século XX, na vila de Serpa.

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

AtualPS e PSD mais ativos no distrito de Beja

Candidatos a conta-gotasComeçam a ganhar contornos as di-ferentes estratégias dos partidos po-líticos para as Autárquicas 2013, no Baixo Alentejo. Enquanto o PCP pro-longa o tabu em torno dos seus can-didatos por janeiro dentro, o PS apressa-se a antecipar os seus cabe-ças de lista aos diferentes municípios e o PSD vai apresentando candidatu-ras a conta-gotas.

Sem grandes surpresas, o Partido Socialista anunciou a recandi-datura do atual presidente da

Câmara Municipal de Aljustrel. Nelson Brito vai assim tentar revalidar a vitó-ria socialista num município que foi, du-rante três décadas, um dos mais simbó-licos bastiões do PCP no Alentejo. Pelo que se espera, do lado dos comunistas, o aparecimento de uma candidatura vi-gorosa. O antigo presidente eleito pela CDU, José Godinho, é uma possibili-dade. Outra é a candidatura do atual pre-sidente da Junta de Freguesia de Ervidel, Manuel Nobre.

Já em Beja, outro dos concelhos que o PS conquistou à CDU em 2009, as coisas começam a ganhar contornos. Um mo-vimento de independentes liderado pelo ex-autarca comunista Lopes Guerreiro pode baralhar as contas à esquerda. A CDU acredita que é possível retomar a câmara da capital de distrito e apostará forte num dos seus dois putativos can-didatos: João Rocha ou José Maria Pós - -de-Mina. Já o PSD, depois de um ver-dadeiro para arranca inicial, avança

Comunidade educativa de Beja aguarda decisão governamental

Conselho Municipal de Educação contra mega-agrupamentos

08 A ACOS tem calendarizadas várias ações de formação para os

meses de janeiro e fevereiro, algumas das quais são obrigatórias. As

formações destinam-se a técnicos ativos dos sectores da produção,

transformação ou comercialização e silvicultura. A primeira ação

terá lugar no próximo dia 14 e será subordinada ao tema “Planos

de Gestão Florestal”. Segue-se, a 15, o curso “ArcGis Desktop 1:

Iniciação aos SIGS”. No dia 18 iniciam-se os cursos “Produção

Integrada em Vinha”, “Produção Integrada em Oliveira” e “Produção

Integrada Animal”. De frequência obrigatória, conforme legislação

em vigor, para quem quiser atuar nas áreas da distribuição,

comercialização e aplicação de produtos fitofarmacêuticos, vão

iniciar-se dois cursos: a 16 e a 30 deste mês. Para mais informações

os interessados deverão consultar o site da ACOS ou dirigir-se

ao Departamento de Formação Profissional da associação.

ACOS inicia 2013 com

várias acções de formação profissional

Cebal aprova orçamento de um milhão e 300 mil euros A assembleia geral do Cebal – Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral aprovou re-centemente o plano de atividades e orçamento para 2013 no va-lor de um milhão e 300 mil euros. O centro vai continuar os tra-balhos em curso nos quatro grupos de investigação, que incidem sobre a valorização dos recursos endógenos da região. O plano

de atividades inclui a sequenciação do genoma do sobreiro; no-vas tecnologias de tratamento de resíduos; a pesquisa de no-vas aplicações na área das ciências da saúde para plantas como cardo, esteva e eucalipto; e processos de melhoramento da qualidade dos frutos. O presidente da direção do Cebal, Pulido Valente, adianta que o centro está numa “fase de consolidação e crescimento”.

Angolanos visitam BejaO deputado Mário Simões acompanhou

esta semana uma delegação da embaixada

de Angola que se deslocou a Beja a

seu convite. A missão diplomática,

chefiada pela ministra conselheira,

Isabel Godinho, visitou várias casas

agrícolas ligadas ao setor do vinho e do

azeite e reuniu-se com responsáveis do

Instituto Politécnico de Beja, EDIA e

ANA. Em nota publicada no Facebook, o

deputado diz que “foi uma iniciativa de

diplomacia económica, que permitiu dar

a conhecer muito do potencial do distrito,

estreitando relacionamento e abertura

de portas a possíveis investimentos”.

Cristas no Alentejo A ministra da Agricultura afirmou

no final da semana passada que o

trabalho de reconversão da agricultura

no Alentejo, através do Alqueva, traz

“oportunidades relevantes” para o

investimento estrangeiro no setor em

Portugal e para a exportação de produtos

agrícolas portugueses. A governante

falava aos jornalistas durante uma visita

a infraestruturas do projeto Alqueva, nos

concelhos de Cuba e Ferreira do Alentejo,

acompanhando o ministro da Agricultura

e Florestas da Finlândia, Jari Koskinen.

Municípios reúnem-se com profissionais da GuardaRepresentantes da delegação sul da

Associação dos Profissionais da Guarda

(APG/GNR) reuniram-se recentemente

com autarcas das câmaras de Alvito,

Cuba, Serpa e Odemira. As reuniões

tiveram como objetivo encontrar

“soluções conjuntas de intervenção

junto da tutela ”, sobretudo no que

diz respeito “às instalações e às suas

condições de funcionamento”.

Associação do Comércio esclarece empresários sobre novas regras de faturação A Associação do Comércio, Serviços e

Turismo do Distrito de Beja, perante a

escassez de informação no que respeita às

novas regras de faturação, recentemente

entradas em vigor, vai realizar durante o

mês um ciclo de sessões de esclarecimento

sobre o tema destinadas a abranger

os empresários de todo o distrito. As

sessões serão ministradas por um técnico

especialista em autoridade tributária.

Hoje, sexta-feira, terá lugar uma

sessão de esclarecimento destinada a

empresários dos concelhos de Almodôvar,

Mértola e Ourique. A ação decorrerá

no salão nobre dos paços do concelho

de Almodôvar, pelas 19 e 30 horas.

O Conselho Municipal de Educação do concelho de Beja, reunido no final de dezembro, validou o pa-

recer aprovado por unanimidade no exe-cutivo da Câmara Municipal e que “vai contra a constituição dos mega-agrupa-mentos” escolares na área educativa de Beja.

Na reunião, em que participaram ele-mentos de toda a comunidade escolar (pais, professores, representantes do en-sino privado e cooperativo, membros do hospital e das forças de segurança, co-merciantes e jovens), foram ainda apro-vadas propostas das associações de pais

e das escolas, que vão no mesmo sentido que o parecer, e que foram anexadas ao do-cumento enviado para a Direção Geral de Educação do Alentejo.

José Velez, vereador com o pelouro da Educação no executivo bejense, disse ao “Diário do Alentejo” que aguardam res-posta do ministério para, em diálogo, po-derem “encontrar as melhores soluções” para a situação.

Por seu lado, Maria da Fé, dirigente sin-dical da Fenprof, disse ao nosso jornal que os professores estão “frontalmente contra” estas medidas que contribuem para “a de-gradação do ensino” e não têm nenhum

“objetivo pedagógico”, visando apenas a “redução dos recursos humanos do pes-soal docente e não docente”.

A sindicalista condena as “medidas eco-nomicistas do Governo”, em que se en-quadram, para além da criação dos mega - -agrupamentos, “o aumento do horário de trabalho para as 40 horas semanais, a su-bida do número de alunos por turma e as al-terações curriculares” que contribuem para haver “menos professores nas escolas”.

Para protestar contra estas medidas, os professores realizam no próximo dia 26, no Terreiro do Paço, em Lisboa, uma ma-nifestação nacional. AF

António Bota

com o ainda presidente de Almodôvar, António Sebastião. O que aperta as con-tas ao atual presidente e candidato pelo PS, Jorge Pulido Valente.

Com a impossibi l idade legal de António Sebastião se recandidatar, a disputa por Almodôvar ganha redo-brado interesse. O PSD tem entre mãos uma auto candidatura do presidente da concelhia local, Ricardo Colaço, e ainda não se pronunciou sobre o assunto. Já do lado do PS acaba de ser tornada pública a candidatura do professor universitário António Bota.

Em Cuba, e na impossibilidade de uma recandidatura de Francisco Orelha, o Partido Socialista fez anunciar esta se-mana o concurso de Ana Raquel Soudo a presidente da autarquia. A presidente da Comissão Política Concelhia do PS de Cuba aguarda pelo anúncio do seu prin-cipal concorrente, o candidato da CDU.

Apenas o PSD avançou esta semana com os seus cabeças de lista às cidades de Moura e Serpa. Em coligação com o CDS-PP, como acontece, aliás, em to-das as câmaras do distrito, os sociais - -democratas apostam em Humberto Nixon, para Moura, e em José Madeira, para Serpa. Tudo leva a crer que Tomé Pires sucederá a João Rocha nas listas da CDU a Serpa. Já a sucessão de Pós--de-Mina, em Moura, será mais traba-lhosa de def inir num concelho onde o PS aposta forte na candidatura de Canudo Sena, ant igo comandante distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil. PB

CORR

EIO

ALE

NTE

JO

Ana Raquel Soudo

ALV

ITR

AN

DO

Nelson Brito

JOSÉ

SER

RA

NO

António Sebastião

JOSÉ

SER

RA

NO

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

Acidente com consequências trágicas ocorreu no domingo, 6

Faleceu menino atacado por cão perigoso

Não resistiu aos ferimentos graves a criança de 18 meses que, no domingo, em Beja, sofreu o ataque de um cão cruzado com pitbull. O animal, reco-lhido em canil para posterior abate, pertence a um tio da vítima e vivia na mesma casa.

Acabou por falecer, na terça-feira, 8, o menino de 18 meses que foi atacado no último domingo, em Beja, por

um cão cruzado com pitbull, raça conside-rada potencialmente perigosa. Recorde-se que, após o ataque, a criança ficou grave-mente ferida e foi transportada pela própria mãe para o Hospital de Beja, de onde, pouco tempo depois, terá sido transferida de heli-cóptero para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de um “traumatismo cranio-encefálico grave”, tal como explicou à Lusa o avô do menino, Jacinto Pinto. O cão perten-cia a um tio da vítima mortal, que vivia na mesma casa com os pais e os avós. Segundo o mesmo familiar, o animal encontrava-se “às escuras” na cozinha da casa, quando o menino foi àquela divisão. “Caiu-lhe em cima” e o cão atacou-o, contou, adiantando tratar-se de um acidente que “não tem ex-plicação”, já que o cão “era meigo”, habitu-ado a conviver com crianças e sem “nunca” antes ter demonstrado agressividade para com seres humanos.

O cão foi recolhido, logo na segunda--feira, 7, para o canil/gatil intermunicipal da Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente (Amalga), em Beja, onde, de acordo com a veterinária

municipal, Linda Rosa, será abatido no início da próxima semana. Como deter-mina a lei, o cão, de nove anos, está iso-lado e permanecerá em observação numa box específica do canil ao longo de oito dias, após o que “irá ser abatido”, explicou ainda a clínica, referindo tratar-se de “um cão perigoso”, na medida em que “atacou uma criança”, e cujo “fim é a eutanásia”.

Entretanto, mesmo antes de conhe-cer as consequências trágicas do ataque, e apesar de a família da criança não ter apre-sentado queixa, a PSP participou o caso

ao Ministério Público (MP). Logo na se-gunda-feira, “de imediato”, a PSP elaborou “uma participação a relatar tudo o que se tinha passado”, enviando-a para o MP, ex-plicou à Lusa a oficial de relações públicas do Comando de Beja da PSP, sub-comis-sária Maria do Céu Silva. Ainda de acordo com a subcomissária, na segunda-feira, durante o processo de recolha do cão para o canil, a PSP pediu ao dono os documen-tos do animal, que disse tê-los mas de facto “não os apresentou”, alegando que “não sa-bia onde estavam”.

09

Largo do Carmo vai ser renovado O Largo do Carmo vai ser renovado até ao final

deste primeiro trimestre do ano. Dos quatro

projetos de requalificação apresentados

pela Câmara de Beja, no decorrer de uma

reunião realizada com os moradores e com

os responsáveis pela Junta de Freguesia de

São João Batista, foi aprovado o que prevê a

proibição de estacionamento na placa central

do largo, em redor da estátua da Virgem

Maria. A zona central do largo deverá ser

embelezada com mais uma área verde no

canto oposto ao canteiro relvado já existente

e terá ainda novos bancos e algumas mesas.

Em relação ao estacionamento fora da placa

central, a câmara vai avaliar uma proposta

apresentada por um morador e que prevê

o estacionamento em espinha em redor do

largo, com exceção da rua Dr. Mira Fernandes,

onde o estacionamento será proibido e só

haverá circulação automóvel. Nessa rua o piso

será sobrelevado, de modo a garantir “uma

maior ligação e comunicação” entre a praça

e a casa mortuária da Igreja do Carmo.

Câmara de Beja remodela avenida Vasco da Gama A Câmara de Beja e a Junta de Freguesia de

São João Baptista deram início esta semana

à obra de remodelação e beneficiação da

avenida Vasco da Gama. Os trabalhos

consistem na substituição do piso

betuminoso da placa central do topo norte

da avenida Vasco da Gama por calçada,

instalação de sistema de rega automática

e replantação de árvores e sebes arbóreas.

Serão ainda corrigidas depressões e

sobre-elevações nas faixas de rodagem

e passeios envolventes. A intervenção

“está também inserida na estratégia do

município BejaEcoPolis e no âmbito das

ações integradas de beneficiação do espaço

público, neste caso em colaboração com a

junta de freguesia”, esclarece a câmara.

PUB

A Voz da Planície – Cooperativa Cultural de Animação

Radiofónica realiza no próximo dia 17, pelas 20 e 30

horas, na sede da cooperativa, uma assembleia geral

ordinária, que tem como ordem de trabalhos a eleição

dos corpos sociais para o biénio 2013/2014; apreciação e

votação do plano de atividades e orçamentos para 2013;

e outros assuntos de interesse para a cooperativa.

Nerbe aprovou orçamento “rigoroso e de controlo de despesas” A assembleia geral do Nerbe/Aebal – Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral aprovou, no final da semana passada, o plano de ati-vidades e orçamento para 2013, no valor de 868 mil euros.

De acordo com o presidente da associação, Filipe Pombeiro, este é um orçamento “rigoroso e de controlo de despesas”, que vem ajudar a alcançar a “solidez financeira” da associa-ção. No que toca ao plano de atividades, que pretende “aju-dar o tecido empresarial a ultrapassar este ano tão negro”,

o Nerbe vai continuar a apoiar os empresários ao nível do financiamento, tesouraria e internacionalização das pe-quenas, médias e micro empresas assim como defender os projetos considerados estruturantes para a região, como Alqueva, aeroporto de Beja e porto de Sines.

Voz da Planície – Cooperativa Cultural elege novos corpos

sociais

JOSÉ

SER

RA

NO

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

SKA vai ser instalado a partir de 2016 em África e na Austrália

Moura testa maior radiotelescópio do mundo

10

Lógica entra no mercado de certificação de módulos fotovoltaicos O laboratório da em-presa municipal Lógica, de Moura, já pode operar no mer-cado mundial de certificação de módulos fotovoltaicos, após ter recebido a acreditação necessária, tornando-se o “único” laboratório português certificado para o efeito.

Segundo a Câmara de Moura, com a acreditação, concedida pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), o laborató-rio vai poder realizar ensaios de certificação de módulos fo-tovoltaicos de silício cristalino e de filme fino, passando a “operar no mercado mundial de certificação de módulos fotovoltaicos”. O laboratório, equipado “ao mais alto nível

da tecnologia disponível para a realização de todo o tipo de ensaios no domínio do estudo da energia solar fotovol-taica”, é o “primeiro” do País especializado no estudo desta fonte de energia e o “único” português acreditado para re-alizar ensaios de certificação de módulos fotovoltaicos, su-blinhou o município.

As Oficinas de Formação e Animação Cultural recebem entre hoje, sexta-feira, e 2 de fevereiro, a

exposição de pintura “O espelho de Salomão”. Da autoria do artista plástico André Salguero, conhecido

artisticamente por Zandre, a mostra, que é inaugurada pelas 18 horas, “revela telas de uma intensidade

avassaladora”, adianta a Câmara de Aljustrel. Zandre, natural de Barrancos, “através das suas obras,

que por sua vez ‘transpiram’ naturalismo e realismo, pretende contar-nos as suas experiências de

vida e as suas gentes. Assim é possível ver nas suas obras os homens e as mulheres barranquenhos; os

jovens, os velhos; os animais; o branco alvo das casas alentejanas, a planície e as suas azinheiras”.

Zandre revela “O espelho de

Salomão” numa exposição em

Aljustrel

Odemira acolhe 7.ª Bdteca – Mostra de Banda Desenhada

Até ao dia 30 de março, Odemira vai

estar no centro das atenções do mundo

da banda desenhada, com a realização

da 7.ª edição da Bdteca – Mostra de

Banda Desenhada de Odemira. A

Biblioteca Municipal será o centro

de várias atividades, num programa

vasto que integra um concurso de BD,

exposições, feira do livro, workshops

e tertúlias. A Bdteca é promovida pela

Câmara Municipal de Odemira e pela

Sopa dos Artistas – Associação Local

de Artistas Plásticos. Para além de se

“divulgar este género artístico e estimular

a criatividade”, pretende-se “afirmar

Odemira como um dos principais centros

de desenvolvimento da banda desenhada

na região e no País”. O Concurso de Banda

Desenhada decorrerá até ao dia 20 de

fevereiro, sendo conhecidos os vencedores

e expostos os trabalhos concorrentes no

dia 9 de março, na Biblioteca Municipal

de Odemira.

PUB

O concelho de Moura está a servir para testar os protótipos do maior radio-telescópio do mundo, o SKA, que

será instalado a partir de 2016 em África e na Austrália, num investimento superior a 1 500 milhões de euros. Antes da instalação efetiva, a herdade da Contenda, em Moura, está a ser “a plataforma tecnológica de teste das soluções” do SKA na Europa, disse à Lusa Domingos Barbosa, membro europeu do projeto.

“A Europa não tem um deserto com condi-ções climáticas e geográficas compatíveis” com o SKA, mas Moura dispõe de “condições propícias para testar os protótipos”, porque tem um espe-tro radioelétrico limpo, “a maior radiação solar

da Europa” e um clima muito semelhante ao dos países onde o SKA vai ser instalado, frisou.

Numa primeira fase, que arrancou em 2010, os protótipos do SKA foram instalados e testa-dos no terreno na Contenda e, em breve, serão alvo de ensaios climáticos em câmaras térmi-cas na empresa municipal de Moura Lógica para testar a resistência dos materiais a tempe-raturas elevadas.

“Parte das infraestruturas do SKA ficará em zonas relativamente remotas e onde será di-fícil criar uma rede de energia elétrica” para as alimentar e, por isso, algumas terão que funcio-nar de forma autossuficiente e através de ener-gia solar, disse.

Nesse sentido, durante o primeiro trimes-tre deste ano, através do projeto “Biostirling 4 SKA”, orçado em seis milhões de euros e finan-ciado pela Comissão Europeia, começarão a ser instalados na Contenda os sistemas de forne-cimento de energia solar para os protótipos do SKA. Trata-se de concentradores solares, “uma espécie de antenas parabólicas em vidro”, que, através de concentração solar térmica, conver-tem a radiação solar em energia elétrica. “Os protótipos do SKA serão os primeiros autossu-ficientes energeticamente na área da radioas-tronomia e das ciências do espaço” e o SKA será “um sistema de rastreio do universo alimen-tado a energia solar”, frisou.

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

Programa terminou no final de 2012

Abetarda, sisão e peneireiro sobrevivem com projeto LIFE

11

Concelho de Vidigueira recebe rastreio do can-cro da mama O concelho de Vidigueira recebe durante este mês o Programa de Rastreio do Cancro da Mama, promovido pela Liga Portuguesa Contra o Cancro. O programa tem como ob-jetivos “a deteção do cancro da mama num estádio o mais preco-cemente possível, aumentando, assim, as possibilidades de cura,

proporcionando um tratamento menos agressivo, incrementando a sobrevivência e diminuindo a mortalidade desta doença”. São utilizadas unidades móveis e fixas, “guarnecidas por técnicas cre-denciadas em radiologia, que executam os respetivos exames às mulheres (convidadas, através de carta personalizada, a participar) com idade compreendida entre os 45 e os 69 anos, grupo etário a

que se destina o rastreio”. Posteriormente, os exames são avalia-dos por uma equipa de médicos radiologistas, que elaborarão os respetivos relatórios. Depois de Pedrógão e Marmelar, entre hoje, sexta-feira, e dia 14, será a vez das localidades de Selmes e Alcaria. A última etapa do rastreio, que decorrerá entre os dias 16 e 29, terá como destinatárias as habitantes de Vidigueira e Vila de Frades.

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo anunciou recentemente,

na última edição do jornal do município, o regresso da Feira Nacional

da Água e do Regadio, que se deverá realizar entre os dias 28 e

30 de junho. Recorde-se que o certame foi suspenso em 2012 pela

autarquia, devido “à conjuntura económica e financeira altamente

restritiva”. O azeite será o tema central da próxima edição da feira.

Feirado Regadio regressa a Ferreira do

Alentejo

“Castro e o comércio” com prazo de entrega alargado

Face ao reduzido número de participações

no concurso de fotografia “Castro e o

comércio”, promovido pelo Gabinete de

Apoio ao Desenvolvimento da Câmara

Municipal de Castro Verde, o júri

deliberou efetuar algumas alterações

ao regulamento, que visam não só uma

simplificação na apresentação dos

trabalhos fotográficos, que poderão ser

entregues por email (castroecomercio@

gmail.com) até ao dia 31 deste mês,

como também permitirá dar resposta

ao objetivo final do concurso, ou seja,

entregar os restantes prémios, de forma

a fomentar as compras no comércio local

e aproximar os cidadãos do mesmo.

Recorde-se que o concurso tinha como

finalidade “desenvolver uma ação de

promoção e valorização do comércio

local de Castro Verde durante a época de

Natal 2012”. A divulgação do resultado do

concurso será feita publicamente no dia

22 de fevereiro.

PUB

O projeto para conservação da abe-tarda, sisão e peneireiro-das-tor-res permitiu comprar terrenos,

construir torres de nidificação e sinalizar linhas elétricas, para evitar a morte das aves, no Alentejo, uma área importante de reprodução.

O Projeto LIFE Estepárias, destinado às aves que fazem os seus ninhos nos campos cerealíferos do Baixo Alentejo, terminou no final de 2012 e foi coordenado pela Liga para a Proteção da Natureza (LPN), com o objetivo principal de recuperar e proteger habitats.

A iniciativa tornou possível desenvolver

várias ações para conservar aquelas espécies e Rita Alcazar, da LPN, realçou à Lusa a aqui-sição de 168 hectares de terrenos, numa área “muito importante para a reprodução” da abetarda, ameaçada a nível mundial.

“A abetarda é uma espécie ‘bandeira’ deste tipo de habitats. Se o conseguirmos manter em boas condições, conseguimos preservar as espécies características destas áreas”, resumiu a técnica.

Agora que o programa acabou, a LPN pretende continuar a “gerir bem as terras e encontrar formas criativas de zelar pelas es-pécies que fazem parte do património” do País. Rita Alcazar reconhece a dificuldade

de obter mais apoios comunitários já que o LIFE não abrange “ações correntes”, de ma-nutenção dos projetos.

A estes trabalhos acrescentam-se as vá-rias ações de sensibilização e informação em escolas, junto de proprietários, agricultores e gestores de caça, “sem os quais a conserva-ção da estepe cerealífera não seria possível”.

O projeto abrangeu quatro zonas da Rede Natura do Baixo Alentejo: Castro Verde, Moura-Mourão-Barrancos, Piçarras e Vale do Guadiana. E contribuiu para que atu-almente já existam cerca de 1 400 indiví-duos da espécie abetarda e 450 casais de peneireiros-das-torres.

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

312

Avaliações

Gratuitas

PUB

Projeto recebeu menção honrosa no Prémio Agricultura 2012

MyFarm.com de Beja para

o mundoO projeto Hort@ n@ Net trans-formou-se na empresa MyFarm.com. Foi recentemente distin-guido com uma menção hon-rosa no Prémio Agricultura 2012 e são muitos os desafios que se adivinham, até porque já suscita curiosidade além-fronteiras. A ideia? Gerir uma horta à distân-cia de um clique, na Internet.

Texto Bruna Soares

Ilustração Paulo Monteiro

O projeto piloto MyFarm.com instalou-se, em abril do ano passado, em 20 parcelas no

Centro Hortofrutícola do Instituto Politécnico de Beja. Recentemente foi distinguido com uma menção hon-rosa no Prémio Agricultura 2012, um galardão que pretende promo-ver os casos de sucesso na área agrí-cola, agroindustrial e florestal em Portugal. E pensar que tudo começou com um desafio proposto a alunos do IPBeja, tendo por base a discussão de ideias inovadoras de negócio, uti-lizando o Politécnico de Beja como plataforma de testes das mesmas.

E o primeiro desafio que surgiu

foi a ideia de Hort@ n@ Net, que é agora o projeto MyFarm.com. Mas que ideia foi esta? Fornecer às pes-soas a possibilidade de gerirem, a partir da Internet, a sua horta. Dar--lhes a possibilidade de acompanhar a evolução da sua horta, bem como o crescimento dos produtos que esco-lhem e que posteriormente lhes che-gam a casa.

Este projeto pretende, na ver-dade, possibilitar a pessoas residen-tes em meios urbanos a hipótese de terem uma horta real, com os seus le-gumes, sendo a mesma gerida unica-mente através da Internet. Os clientes definem, de acordo com os aconse-lhamentos técnicos que os promoto-res do projeto fornecem, os modos de produção, e são os próprios colabora-dores do MyFarm.com que efetuam todo o trabalho prático na horta.

Outra das curiosidades do pro-jeto é que “o cliente tem ainda a pos-sibilidade de, através da sua conta no site do projeto, aceder, única e exclu-sivamente, à visualização, em tempo real, da sua parcela (7X7 metros), que será filmada 24 horas por dia”.

E como se chega à empresa MyFarm.com? Luís Luz, docente

do IPBeja e gestor e coordena-dor do projeto, começa por expli-car ao “Diário do Alentejo”: “O projeto Hort@ n@ Net, resultado de uma iniciativa do Centro de Transferência de Conhecimento do IPBeja para estimular o empre-endedorismo no IPBeja, mudou de nome e é agora a empresa MyFarm.com, Lda”. E com a mudança de nome, como não poderia deixar de ser, existiram evoluções, nomeada-mente relativamente ao modelo de negócio. “Graças ao projeto-piloto (ainda a decorrer nas instalações do Centro Hortofrutícola da Escola Superior Agrária) e ao feedback que temos obtido dos nossos clientes, consideramos que podemos ir mais além do que tínhamos previsto ori-ginalmente, ‘transformando’ os nossos clientes em cyber-agriculto-res. Ou seja, permitir que os nossos clientes produzam não só para seu consumo, mas também que possam rentabilizar as suas hortas e vender os seus excessos de produção ao pú-blico em geral”, avança. Os promo-tores consideram, assim, que para esta nova aposta “existe mercado”, pois garantem que “têm produtos de

qualidade comprovada”. “Outra aposta nossa irá passar

por vender metros quadrados de pro-dução hortícola, ou seja, criar uma versão low cost das nossas hortas, na qual as pessoas podem adquirir um metro quadrado de um determinado produto, sabendo de antemão todo o processo produtivo pelo qual esse produto vai passar até chegar à sua mesa”, afirma Luís Luz.

O projeto tem suscitado muita curiosidade e parece já ter ultrapas-sado as fronteiras do País. “Tem ori-ginado interesse no exterior. Temos recebido emails de vários pontos do mundo. Já fomos referenciados inter-nacionalmente por pessoas com pro-vas dadas ao nível do empreendedo-rismo e recebemos, em setembro, a visita de três sul-coreanos que qui-seram vir conhecer, no local, o nosso projeto. E temos muitos interessados por esse mundo fora, nomeadamente em desenvolverem este projeto nos seus respetivos países, com o nosso apoio”, confessa o docente.

O objetivo, agora, é chegar o mais rapidamente possível às zonas urba-nas do País. “É para isso que estamos a trabalhar e estamos já em contacto

com potenciais investidores que pos-sam apoiar esta nossa expansão. Uma outra meta a médio prazo passa pela expansão além-fronteiras”.

O investimento inicial rondou os 12 mil euros, para além do forte in-vestimento que tem havido do IPBeja, “não em recursos financeiros, mas através da disponibilização de outros recursos, tais como os terrenos onde o projeto está a decorrer”, como ex-plica Luís Luz. Recorde-se ainda que o investimento monetário foi conse-guido graças ao patrocínio de empre-sas da região, nomeadamente a EDIA e a Agrobeja.

E voltando ao prémio, ao prémio Agricultura 2012, Luís Luz conclui: “É o reconhecimento de todo o tra-balho e dedicação que a nossa equipa tem desenvolvido neste projeto. Uma equipa multifacetada, que tenho tido o prazer de coordenar e com a qual tenho aprendido bastante. É tam-bém um prémio para os nossos cy-ber-agricultores, e patrocinadores, os quais têm confiado no nosso tra-balho e empenho e nos têm apoiado nesta ainda curta caminhada. É, fi-nalmente, uma indicação de que es-tamos no caminho certo”.

o IPBeja e gestor e coordena-d l

qualidade comprovada”. “

coccoc m pootetenciai is investiiidores que p

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

Feliz Ano Novo com bombas e bichaninasBruno Ferreira Humorista

A malta adora bombas e bichani-nas. E não perde uma oportu-nidade para fazer a festa. Haja crise ou abastança, o povo quer é um pé de dança, já dizia o an-tigo ditado que acabei agora de inventar. E este fim de ano não foi exceção. Comemorámos a passagem de um desgraçado ano terrível para um 2013 que

será um dos mais negros da história do País. E o País tem sido pródigo em anos negros.

Mas porque raio festejamos e comemoramos algo que, para além de não sabermos como vai ser, tem grades pro-babilidades de ser bastante pior do que a situação de que adoramos despedir-nos? Lá está: a malta quer é bombas e bichaninas. E apitos e flautas. É preciso é um motivo para largar violentos explosivos dotados de um belo pavio ereto. Quanto mais barulho fizerem, mais vibram as gentes. No meu caso nunca fui fã de fogo de artifício. Nem de fogo de artifício nem de circo. Que por coincidência costumam ata-car juntos nas mesmas alturas. Entre o Natal e o Ano Novo.

E a verdade é que no fim de 2012, lá voltámos a feste-jar este Novo Ano. Fizemos a contagem decrescente, abri-mos garrafas de champanhe, enfardámos passas, dançámos e cantámos. Isto tudo para dar as boas vindas ao ano em que vamos perder poder de compra, pagar mais impostos, contribuir com mais para a segurança social, ver menos da segurança social, ter mais desempregados, ver aumentar o preço do gás, da luz, da água, entre mais uma série de des-graças. Mas a malta lá esteve. Fiel à festança. Para receber em grande comemoração este ano da besta.

Uma coisa é desejarmos um feliz ano novo. Ou até, como disse comezinhamente Cavaco Silva, esperar que ele seja “tão bom quanto possível”. Outra coisa é desatar a feste-jar quando sabemos que só vamos ter motivos para chorar. Quando muito, no fim de cada ano, podíamos festejar o que esse ano teve de bom. E nesse caso era boa ideia começar já, porque os motivos para celebrar o que quer que seja são cada vez menos. Agora comemorar o que ainda está para vir é anacrónico.

Mas diz-me o leitor atento: então por que é que comemo-ramos o nosso aniversário cada vez que fazemos mais um ano? Ora aí está, leitor. O que comemoramos é precisamente o facto de termos sobrevivido mais um ano, e não aquele que não sabemos sequer se vamos completar. Se fazemos 30, não é o trigésimo que nesse momento se inicia que festeja-mos. São os 29 que já conseguimos colecionar.

Depois há essa pergunta de algibeira clássica que é “en-tão, como é que foram essas entradas?” Como foram as en-tradas? Normalmente de taça na mão e gravata na testa a iniciar fase das figuras pouco edificantes. O que conta não são as entradas, nem as saídas, que se resumem a dois se-gundos. A pergunta certa a fazer é “então, como é que es-tão essas permanências?” Porque o difícil são os 364 dias que se seguem. Entrar e sair é para meninos, passar o ano é que é para homens – e algumas mulheres – de barba rija. Outra coisa das passagens de ano é as pessoas não saberem até quando desejar um bom ano. Às vezes estamos a entrar em março e ainda andamos nisto.

A estas considerações acresce o facto de o nosso ano ser composto por um conjunto de 365,2422 dias, de acordo com o Calendário Gregoriano. Podiam ser mais dias, ou menos

dias, tanto fazia, que a malta havia de se acotovelar para as-sistir a uma bela demonstração químico-detonante. Porque ao fim e ao cabo há calendários para todos os gostos: luna-res, como o islâmico, solares, como o persa, luni-solares, como o hebraico, arbitrários, como o juliano, ou austeros, como o do Vítor Gaspar. Já para não falar do calendário es-colar, do judicial, do fiscal, do desportivo, ou do chinês, que são aqueles que as lojas dos chineses oferecem aos clientes que gastam mais de 30 euros, e que se penduram atrás da porta da cozinha.

Continuaríamos a festejar o Ano Novo, fosse ele mais comprido, ou mais encolhido. Para Alberto João Jardim, por exemplo, dava jeito que os anos fossem mais pequenos, para fazer – aí de três em três meses, vá – o habitual estar-dalhaço de fogo de artifício que se observa com nitidez do alto do Kilimanjaro; ou para Rui Rio e Luís Filipe Menezes, os dois autarcas arqui-inimigos do Porto e Gaia que todos os anos vão a meças com os seus foguetes. Sim, que isto de ser autarca também se reveste de virilidade. Na primeira noite do ano, a minha bichanina é maior do que a tua.

Beja, a SICe o fantasmado Natal passadoMarcos Aguiar Licenciado em Psicologia

Dois dias passados do Natal de 2012, o deputado do PSD eleito por Beja recebeu o Pai Natal. Sim, leu bem – Mário Simões recebeu o Pai Natal em Beja. A SIC, esse canal conhecido pela sua isenção e pelo jornalismo criterioso, respondeu à importância do acontecimento e deslocou

uma equipa de reportagem para cobrir o encontro. O tête--à-tête entre Simões e Santa Clause foi encenado num es-forço contraditório de nos convencer que o PSD-Beja con-segue defender o investimento público na região, ao mesmo tempo que nos assusta com o fantasma do despesismo nos projetos das acessibilidades rodoviárias regionais lançados pelo anterior governo e suspensos pelo atual, obras que li-gariam com dignidade a capital do distrito ao resto do País. Ainda que com dois dias de atraso, os alentejanos ficaram agradecidos e jamais esquecerão tão sublime presente de Natal que nos voltou a colocar nas bocas do País. Obrigado Pai Natal!

Posteriormente, no Dia de Reis, o mesmo canal de televi-são, certamente guiado pela mesma “estrela” que dias antes o tinha trazido a Beja, deu-nos mais uma prendinha. Desta feita no Jornal da Noite, em prime-time, foram vários os in-vestimentos públicos realçados pelo conto de Natal do jor-nalista Pedro Mourinho – aeroporto, novo edifício da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Estig), Expobeja, entre ou-tros. Entrevistou-se o presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente, que fez o que pôde para desmontar a arma-dilha. Deu-se voz a Lopes Guerreiro, em representação do movimento “Por Beja com todos”, que foi “independente” ao ponto de não vislumbrar que um dos projetos que aca-bou visado na peça (Expobeja) foi dirigido precisamente por si. Ouviu-se Pedro Beja Neves, diretor do aeroporto, que foi alvo de uma tentativa vergonhosa de chacota por parte do jornalista, e, como não poderia deixar de ser, regressou--se a Mário Simões, que tornou a insinuar o habitual – os

investimentos públicos no Alentejo são o arquétipo do des-pesismo nacional. Obrigado deputado!

Esta postura da SIC é muito preocupante. Não só porque a reportagem em questão constituiu uma ofensa grave aos alentejanos e a todos os portugueses afetados pela crise, que mereciam que lhes fosse explicitada a verdadeira génese dos problemas nacionais, mas principalmente porque eviden-cia um padrão de comportamento da comunicação social nacional que colide com a sua nobre e insubstituível mis-são – informar com isenção. Como é possível que um canal de televisão com o prestígio e a maturidade da SIC ignore de forma tão flagrante a deontologia e a ética jornalística e faça tudo para que os portugueses acreditem no “Fantasma do Natal passado”?

Pois fiquem o PSD, o Pedro Mourinho, a SIC, o Pai Natal, o seu amigo Mário Simões e todos os duendes e renas do trenó a saber que não somos tolos – longe disso! Quase to-dos nós já percebemos que os fantasmas não existem e nem os meninos e as meninas alentejanos, que ainda vão acre-ditando no Pai Natal, se deixam embarrilar por contos de Natal tão esfarrapados.

Um 2013 com mais juízo… recomenda-se!

Novo ano: ainda há lugar para a esperança!

Manuel António Guerreiro do Rosário Padre

Grande parte das “profecias” para 2013 concedem poucos motivos para sorrir e pouco espaço à es-perança. Se partirmos daquela velha máxima segundo a qual: “a esperança é a última a mor-rer”, o que resta?

Se é verdade que não de-vemos fugir da realidade, ou pintá-la com cores irreais, não é

menos verdade que, se retiram a esperança do nosso horizonte, onde vamos encontrar forças para enfrentar os desafios que se colocam? Realismo não se confunde com pessimismo.

A verdade, penso eu, deve nortear todas as opções e ações, e comprometer quem governa e quem é governado, pois só a par-tir dela é possível encontrar caminhos de autêntica renovação.

Como cristão só poderia ter uma atitude positiva perante o futuro, apesar de reconhecer que atravessamos tempos difí-ceis. A fé, com efeito, traz consigo uma dinâmica de esperança transcendente que não se confunde com messianismos mun-danos, nem se subordina às pseudo previsões das pitonisas do nosso tempo. Ambas (fé e esperança) rejeitam, quer o sau-dosismo de um Éden irreal e etéreo, quer o lamaçal do pessi-mismo e do desânimo, antes nos desafiando ao compromisso de desbravarmos caminhos que desenhem, com verdade, ce-nários de mais justiça e fraternidade, nos quais o desenvolvi-mento tenha o Homem no centro e como seu objetivo final.

Espero que para nós cristãos o Ano da Fé, convocado pelo Papa Bento XVI, e o Sínodo Diocesano, desejado pelo nosso Bispo, D. António Vitalino, tragam uma lufada de renovação à Igreja, que necessita de cristãos mais ativos e operantes no Mundo do que na sacristia, mais comprometidos com a justiça, a verdade e a caridade autênticas, e menos centrados em ques-tões menores que infantilizam e descredibilizam.

Desejo a todos os nossos leitores, ao nosso país e a toda a Humanidade um ano de 2013 pleno da convicção de que o amanhã pode ser melhor, se todos quisermos, e não nos recu-sarmos a dar o nosso contributo, por mais pequeno que seja.

13Nos próximos dias torna a dar entrada na Comissão Nacional da Unesco a candidatura do CANTE a

Património Cultural Imaterial da Humanidade. Uma oportunidade única para a nossa expressão cultural mais identitária ser reconhecida internacionalmente. A quase totalidade dos grupos corais, os detentores deste bem, estão unidos. E nós com eles. PB

É fácil fazer uma reportagem dizendo mal dos projetos, mas o Pedro Mourinho esquece que os alentejanos não têm culpa dos políticos desprezarem o Alentejo ao longo da história e não valorizarem tudo o que de bom se faz nesta região. Se o Alqueva é um investimento de interesse nacional por que razão a Ovibeja, Estig e o aeroporto não o serão? Fernando Mártires Real, Facebook, 7 de janeiro de 2013

OpiniãoEsta foi uma reportagem feita para provar uma ideia, que infelizmente é apoiada por alguns bejenses, de que todos os in-vestimentos públicos aqui feitos são “elefantes brancos”. Por isso do que lhes foi dito (no meu caso foi assim) só aproveita-ram o que poderia contribuir para essa ideia, cortando frases ou retirando-as do contexto em que foram proferidas. José Lopes Guerreiro, alvitrando.blogs.sapo.pt, 7 de janeiro de 2013

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

É inadmissível que os sucessivos governos tenham esvaziado a cidade de Beja de competências e agora pretendam fazer de nós o bode expiatório para a má gestão do País. Porque as contas são públicas, ou deviam ser, está na hora de exigir, como o fez Espanha, que seja identificada a responsabilidade de cada distrito e município no total do défice e da dí-vida pública. (…) Se o Alentejo não serve os interesses de Lisboa, talvez esteja na hora de aprofundar a regionalização pois não precisamos de atitudes paternalistas. Orlando Roque, Facebook, 7 de janeiro de 2013

14 PEDRO MOURINHO, jornalista coordenador do jornal da noite de domingo da SIC, passou este fim

de semana uma reportagem sobre as obras faraónicas e desnecessárias que supostamente existirão em barda aqui em Beja. Um trabalho preconceituoso e armadilhado que apanhou na rede algumas figuras públicas cá da terra. Péssima imagem, a que foi deixada. PB

Esta semana faleceu em Beja uma criança vítima de um ataque intempestivo de um CÃO DE RAÇA

considerada PERIGOSA. Um aviso muito sério a todas as pessoas, a todos os pais, para o perigo efetivo que estas armas vivas representam. E para que acidentes deste género não se repitam apenas há uma solução: não permitir a existência destes cães. PB

A fomeDidimo Correia Godinho, Aljustrel

Meio século de fascismo, meio século de re-pressão, meio século de fome trinta e oito anos depois da Revolução de Abril custa a crer que ainda haja alguém que não queira saber que isto seja uma realidade.

Recentemente os meios de comunicação diziam que 10 mil crianças vão para a escola com fome. Uma notícia que choca qualquer ser humano e principalmente aqueles que recordam aquele meio século antes do 25 de Abril de 1974.

Se tivermos em conta que muitas dessas crianças que foram para a escola com fome antes do 25 de Abril são agora os pais e avós destas crianças mencionadas nas capas dos jornais. Não vamos dizer nem pensar que se trata de uma calamidade hereditária.

Mas vamos pensar e dizer as vezes que forem necessárias que hereditários são to-dos os responsáveis por toda esta situação.

Creio que já há muita gente que vai com-preendendo onde está a chaga de toda esta situação, mas ainda há quem não queira compreender e tente culpar quem não tem culpa nenhuma do que está a acontecer neste momento e que se tem passado nos úl-timos 38 anos.

Ainda pensam da mesma maneira que pensava ou ainda pensará o senhor pri-meiro sargento da GNR.

O senhor António Manuel dos Santos que me foi apresentado num casamento há al-guns anos atrás pelo pai da noiva que por si-nal também era primeiro sargento da GNR.

Estávamos a festejar o acontecimento num restaurante em Viseu. E tanto eu como a minha mulher além dos nossos familiares de uma maneira geral os outros convidados eram-nos desconhecidos

A festa estava a decorrer muito bem, tudo estava normalíssimo.

A certa altura o senhor primeiro sar-gento da GNR aproximou-se de mim e co-meçou por me oferecer um copo, o que eu concordei pois a ocasião era para confraternizar.

A seguir veio a conversa e o senhor pri-meiro sargento perguntou: se eu era alente-jano e eu naturalmente sim sou alentejano e com muito prazer. E ele acrescentou: não me diga que também é comunista? Sou sim se-nhor e como muito orgulho: Então pertence aquele grupo de incendiários e bombistas?

Ao ouvir tal reação de uma pessoa que afinal era uma autoridade vindo do pas-sado, senti-me deveras ofendido, humilhado e muito triste. E respondi: em primeiro lu-gar respeito o lugar onde nos encontramos e porque de maneira alguma lhe quero fal-tar ao respeito vou apenas responder-lhe o seguinte: Esse grupo de incendiários e bom-bistas a que o senhor se refere não tem nada a ver com o partido a que eu pertenço.

Há realmente um grupo de incendiários e bombistas responsável por muitos milha-res de hectares de matas ardidas, casas des-truídas, dezenas de mortes incluindo alguns bombeiros, eu agora limito-me a fazer-lhe uma muito importante pergunta: O senhor, como primeiro sargento da GNR, foi e é uma autoridade competente para agir sem-pre que for necessário em qualquer lugar e em qualquer altura. Então se sabe quem são essas pessoas porque não os prende, ou não os leva a tribunal?

E foi esta a resposta que dei ao senhor primeiro sargento da GNR.

Passaram-se vários anos e a situação no País nada melhorou mas tudo piorou no que diz respeito aos incendiários, bombis-tas, ladrões, assassinos, mentirosos, pedó-filos, prostitutas, drogados, etc.. Se formos mencionar tudo o que tem aumentado para mal nestes últimos anos seria preciso uma enciclopédia.

Eu agora pergunto ao senhor primeiro sargento se pensa que toda esta calamidade em que o país se encontra é da responsabili-dade do Partido Comunista Português?

Nem só pergunto ao senhor Santos como a todos os Santos, padres, bispos e car-deais que o Partido Comunista Português nunca fez e não faz parte dessa morraça que acabei de mencionar. Sempre lutou e lutará por uma sociedade melhor que esta onde a autoridade se dê ao respeito e seja respei-tada, onde não haja fome, onde haja um go-verno humano e amigo do povo que traba-lha e produz toda a riqueza.

Mas temos que ter em conta que alguém é responsável por toda esta calamidade. São os comunistas?

Senhor doutor. Olhe que não. Olhe que não. Olhe que não.

2012 não deixa saudadesJosé Fernando Batista Aljustrel

O ano de 2012 chegou ao fim sem deixar saudades, marcado pela austeridade so-bre os bolsos dos portugueses, pela que-bra da atividade económica e pelo elevado desemprego.

Infelizmente, o ano que agora começa não se perspetiva melhor, bem pelo contrá-rio, tal a colossal estupidez de aumentar de forma brutal os impostos sobre os trabalha-dores, reformados e empresas, para pagar o enorme roubo que foi o BPN, um caso eluci-dativo do compadrio de figuras que gover-naram o País, que se encheram à grande e à francesa.

Vai ser um ano terrível, com uma carga fiscal desumana sobre os mesmos de sem-pre, que não têm culpa nenhuma dos des-varios praticados pelos governantes dos

últimos 30 anos, todos eles bem na vida mas que deixaram o País falido para os con-tribuintes resgatarem. Sim, porque este é o maior embuste a que Portugal está a ser submetido, é o branqueamento da realidade do País, porque se a troika emprestou 76 mil milhões de euros, os contribuintes pagam todos os anos cerca de 80 mil milhões em impostos, ou seja, quem empresta 76 impõe as regras do jogo, quem dá 80 é ainda mais esfarrapado, quando é mais que evidente que o verdadeiro objetivo do resgate é levar as nações à falência, porque este é o modelo perfeito para muita gente enriquecer.

E mesmo a propósito, acabo agora de ler, num estudo da revista “Dinheiro Vivo”, que as maiores fortunas nacionais aumentaram, acompanhando uma tendência mundial.

Mais palavras para quê?

Nataltodos os diasJosé A. Ramos Almada

Natal é nascimento, é esperança, vida, paz e amor. Um Natal muito especial foi o nas-cimento do Messias, Cristo Jesus, filho de Deus, anunciado pelos profetas.

O profeta Isaías, cerca de 700 anos an-tes, já dizia do nascimento e futuro reino do príncipe da paz: “porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: maravilho conselheiro, deus forte, pai da eternidade, príncipe da paz. Dilatará o seu domínio com uma paz sem limites, para o estabelecer com justiça para sempre. O zelo do senhor dos exércitos fará isto”.

E o profeta Miqueias acrescenta: “E tu Belém, pequena demais para figurar entre as famílias de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel…”.

Muitos anos depois de um anjo anun-ciar a uma virgem cujo nome era Maria: “eis que conceberás e darás à luz um filho a quem chamarás pelo nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo”. Tempos depois o anjo revelava a pastores que guardavam seus rebanhos: “não temais, eis aqui vos trago boa nova de grande ale-gria, que o será para todo o povo, é que hoje vos nasceu na cidade de David (Belém) o Salvador que é o Cristo (Messias, Ungido) o Senhor. E aparecendo com o anjo uma mul-tidão da milícia celestial, louvavam a Deus: Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”. Devemos saber que os anjos anunciaram paz, mas sim a homens e mulheres de bem, de boa consci-ência, paz nos corações, simples e humildes como simples e naturais foram as pessoas e seres que compuseram a primeira assem-bleia de Natal – o menino Jesus, Maria, José, os pastores, os três magos do Oriente (talvez

da Pérsia, atual Irão), que estavam perto da natureza criada pelo Criador, as terras, os montes, as árvores, ribeiros, animais…

Que paz, que amor, que beleza na sua simplicidade!

E que esperança maravilhosa no me-nino recém-nascido!

Sim, para um mundo novo, para uma terra restaurada com verdadeira paz, com-preensão, amor e justiça. Ele teve que nascer fisicamente, para assim voltar! Ele fez boas obras, ensinou, fez sinais, milagres, mara-vilhas, deixou-se sacrificar por amor, pa-gando o pecado (“não há um justo, nem um sequer”) daqueles que sinceramente se arre-pendem e o aceitam como salvador e rei.

Deus disse na Bíblia: “Farei nova Terra em que habitará a justiça”.

Com um senhor justo e bom, será assim. Com fé, temos Natal todos os dias!

Sim, apesar da crise, com fé e tendo uma boa esperança.

António TeixeiraPaula Teixeira Beja

Obrigada por toda a atenção e amizade para com o meu pai, sr. António Luís Teixeira, dos Armazéns Teixeira, em Beja.

Apesar de transmontano, o meu pai amava o Alentejo e tudo o que se relacionasse com a cidade de Beja, tendo tido um carinho muito grande pelo “Diário do Alentejo”, no qual che-gou a publicar alguns dos seus versos.

Estou triste, mas muito orgulhosa do pai que tive.

A televisão que temos em BejaUm telespetador inconformado

“Ó da guarda” quem acode aos idosos do centro histórico e não só?

Sempre se viu televisão em Beja sem problemas de maior. Impuseram essa coisa do “digital” com a ação vergonhosa do mal-dito apagão. Só deixou de estar às escuras quem comprou televisores novos ou adqui-riu essas caixinhas mágicas, “baratas” e fá-ceis de adaptar. Mas “não para toda a gente” (…) Mas isso foi amor de pouca dura. Os problemas continuaram a registar-se com o semiapagão em traços indivisos ou sem de-finição. O resultado é verem-se televisores com as respetivas caixinhas junto dos con-tentores do lixo. Quem é que anda a meter a mão no bolso dos reformados com pensões de 200 ou 300 euros? Além da vergonhosa crise, os idosos (e não só) estão a ser priva-dos da pouca coisa que lhes restava. Senhor diretor, alerte para alguém nos informar do que se está a passar.

Cartas ao diretor

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

15

Há 50 anosO maioraldrabãodo Mundo

O ano de 1963 começou placidamente no “Diário do Alentejo”.

A edição de 11 de janeiro publicava na primeira página notícias de pouco relevo: os novos presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Beja, nomeados pelo governo sala-zarista, iriam tomar posse na semana seguinte; a Lisboa tinha chegado, em visita particular, Kubitschek de Oliveira, antigo Presidente da República do Brasil; no Congo, tropas das Nações Unidas combatiam no Katanga o que restava das forças de Tchombé. Havia uma Nota do Dia so-bre a peste suína africana, “problema da maior actualidade e importância para a vida econó-mica de todo o Alentejo”, e um artigo de opinião do engenheiro agrónomo Joaquim Sampaio so-bre “A valorização do Baixo-Alentejo no tríplice aspecto agrícola-industrial-turístico”. E uma breve informação revelava que “em Lourenço Marques, na praia da ilha Xefina, quando to-mava banho com um camarada, pereceu afogado o soldado Pedro da Conceição Martins, natural de Moura”.

Dias antes, numa das primeiras edições do novo ano, o jornal inseria com destaque um curioso “Recorte” (secção habitual onde eram transcritos artigos de outros órgãos de informação, prática no vespertino bejense que, muitas vezes, como neste caso, não referia a origem), intitulado “Três aldra-bices premiadas nos Estados Unidos...”:

“Bullington – O título de ‘Maior Aldrabão do Mundo’ foi conferido a Walter Lewis, de Williamsport, que contou a seguinte história seca:

‘O tempo estava tão seco, este ano, que quando o meu canário estava com sede eu tinha de puxar o poço cá para cima e passá-lo por um espremedor para lhe tirar uma gota de água.’

Ao anunciar os prémios, o ‘Clube dos Mentirosos de Bullington’ revelou que alcançou menção honrosa a história apresentada por Neil Clementson, de Howard, acerca das barragens construídas ao longo do Missouri pelo governo: ‘Tivemos chuva abundantíssima este Verão e, durante alguns dias, as luzes f icaram obscu-recidas por causa da água suja que corria pelas turbinas.’

Crancis Carrier, de Boulder City, concorreu com a história do ‘Grand Canyon do Colorado, no Arizona, que tem mais de quilómetro e meio de profundidade e que tem sido tão fotografado pelos turistas que as suas paredes rochosas já co-meçam a apresentar sinais de uso e fadiga’”.

Ora aí está uma ideia que o “Diário do Alentejo” de hoje bem pode aproveitar, com êxito garantido: um concurso, a nível nacional, para apuramento do maior aldrabão português contemporâneo. Certamente, candidatos não faltariam...

Carlos Lopes Pereira

PoemárioO Cante do CisneMariana Goinhas

Trago sombras no sangue e cãs na almaSeco trago o sol e o luarPerdida a dor; a compaixãoSuspenso por um fio o coração

Acuso! Os criminosos que ensombraramAs promessas que abril fez em mimDevastando esta terra outrora fértilDe alfombras um dia já a vi

Desgrenhou-se a centelha da esperançaO orvalho e a voz da cotoviaFantasmas vazios carregam à forçaO ódio enferrujando o dia a dia

A ganância estonteia os depravadosO ventre da besta rasgou-se em transvalDunas de areia sobre os corpos mutilados Honra, raça, sem pedra e sem cal

Passam as horas rente aos homens já tragados

Amargo a existência na tarde sombriaQuimeras rasgam sonhos já paradosO cante do cisne lá longe gemiaNo ermo longínquo a fome pariaDilatados ventres gemendo agonia

No focinho do tempo agonizam os ventosO cisne gemia ninguém o ouviaAbril perecia perdendo o alentoRugindo em frangalhos; roído pelos ratos Lembrando batalhas, homens de outros tempos

Abrasa-me a memória na lembrançaNa tarde serena choro sozinhaA mágoa deste enredo, desta teiaCanta o cisne num gemer de carpideira

E neste exílio amargo a existênciaSéculo vinte e um; ano dois mil e doze,onze milhões que são menos de onze milparados no tempo, parados na vida, parados na teia!Parados aqui!

Cânons arcaicas, obsoletas, anacrónicasDescompensada a espera extática e friaGlebas causticadas; cidades afónicasSuspensa na impossessão a agonia

Acuso! Os criminosos que ensombraramO brilho de um País que já foi beloMatando lentamente na ganânciaa memória daqueles que o ergueram

No aziago fardo imposto por gentalhaOutrora belo, bordado só de opalas,De feitos grandes em ouro historiadoEis que jaze entre os mais pobres; os mais desvalizados

Acuso! Os criminosos que ensombraramNos jovens o direito ao seu PaísNo sarcasmo deslavado, irresponsávelInculcando o desalento no escárnioAsfixiados, obrigados a partir

Carcomido até ao tutanoDelapidado na herança abastecidaGovernado por Senhores longe daquiLevanta-te oh meu povo, oh minha gente,Esta terra é nossa, ficamos aqui!

Flamejam húmidas as esperançasCanta o cisne o seu cante derradeiroViva a história, vivam as lembrançasDe heróis idolatrados bravo povoLevanta-te de novo!

Icem bandeiras, junquem o chão de cravos Florescem pães nos cabos das enxadas Vamos podar as chuvas; re-colher as adagas As palavras são liras; são harpas fei-tas de água

Cantemos o hino de Camões; na doçura suave dos poentes Vamos vingar abril; desapertar grilhões Este País é belo; é nosso, minha gente Amado, idolatrado; de promessas fulgentes Basta de reco-recos!

Cançãode Embalar 2013Ramiro Morais

Come filho o que quiseresQue a mãe faz a bainhaQue é p’ra ti após comeresTeres roupa remendadinha.

Coma muito quem te deuAs roupas p’rá tua idadeE tivesse algo, eu,Devolvia a caridade.

Enquanto comeres não morresE quando morreres não comes,Hás de ir parar ao céu.

Se tu comeres não te somesE os restos não têm donoE a seguir ao teu sonoHá coisas piores que as fomes.

Come filho o que quiseres,Do lixo não é roubar,E se ouvires alcovitarSão só coisas de mulheres.

E quando morreres não comes,Enquanto comeres não morres,Enquanto comeres não morres,E quando morreres não comes,

Depois é a vez da mãe.

Outrora natalManuel Dias Horta

No meu País que o mar abraça e beija, perdida na frieza das folhas do calendário, desapareceu a alegria de viver, sumiu-se a esperança que é a última coisa a morrer.

Por poetas cantado, por Deus abençoado e por políticos tão mal tratado.

Natal um mundo mágico e fantástico – o mundo da criançaNatal é o culminar da maturação dos desejos

Já não se vê o encanto do sorriso duma criança, porque não aparece o brinquedo prometido.Na magreza da bolsa familiar está o segredo

Já não há sinais de festa em cada larJá não há Natal!

No meu País há manchas de sombras em cada rosto. No meu País juntam-se todos os pecados numa lágrima.

Na minha Terra procura-se uma remota clareira e tenta expulsar-se a sombra sofredora

No meu País é Natal, sempre que o Homem queira.

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

316

imagens2012

Ao longo de 2012 os repórteres fotográficos do “Diário do Alentejo” registaram os grandes acontecimentos da região e, em simultâneo, capturaram em imagens o lado menos visível, menos noticiável, da atualidade: personagens

anónimas, lugares ermos e distantes, casos e ocorrências discretos, o dia-a-dia das pessoas tal como ele é. Vagaroso, simples, descomplexado. Esta fotorreportagem de José Serrano é apenas um breve olhar sobre o lado

de lá das notícias que marcaram 2012.

Fotorreportagem José Serrano

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

17

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3Futebol juvenil

Aljustrelense venceu em Lagoa e subiu dois lugares na tabela

Moura recebe o líder

18

Desporto

Campeonato Distrital de Benjamins (11.ª jor-nada) – Série A: Alvito-Ferreirense A, 0-12; Bairro da Conceição-Figueirense, 3-5; Vasco Gama-Spor-ting Cuba, 9-3; Despertar A-Aljustrelense, 2-0. Folgou o Sporting Cuba. Líder: Ferreirense, 26 pon-tos. Próxima jornada (12/1): Ferreirense A-Bairro Conceição; Desportivo Beja-Alvito; Figueirense --Vas co Gama; Sporting Cuba-Despertar A. Folga o Al jus trelense. Série B: CB Beja-Despertar B, 2-3; Sobral da Adiça-NS Beja, 0-17; Santo Aleixo-Serpa, 11-3; Ferreirense B-Piense, 2-1. Folgou o Moura. Líder: NS Beja, 27 pontos. Próxima jornada (12/1): Despertar B-São Domingos; Sobral da Adiça-CB Beja; Moura-Santo Aleixo; Serpa-Ferreirense B; Piense-NS Beja. Folga o Despertar B. Série C: São Marcos-Odemirense, 0-6; Almodôvar-Renascente, 4-1; Milfontes A-Boavista, 2-2; Ourique-Mil fon-tes B, 6-3; Castrense-Rosairense, 19-0. Líder: Ode mirense, 31 pontos. Próxima jornada (12/1): Odemirense-Milfontes A; Almodôvar-São Marcos; Boavista- Ourique; Milfontes B- Castrense; Rosairense-Renascente.

Campeonato Distrital de Infantis (11.ª jor-nada) – Série A: Sporting Cuba-Vasco Gama, 6-0; Despertar A-Alvito, 6-1; Alvorada-Bairro Conceição, 2-9; Ferreirense-Desportivo Beja, 6-3. Folgou o NS Beja. Líder: Despertar A, 27 pontos. Próxima jorna da (12/1): Vasco Gama-Despertar A; NS Beja -Spor-ting Cuba; Alvito-Alvorada; Bairro da Conceição - -Ferrei rense. Folga o Desportivo Beja. Série B: Aldenovense-Amarelejense, 2-3; Piense-Guadiana, 4-3; Serpa-Despertar B, 1-3; Moura-CB Beja, 8-0. Folgou o Moura. Líder: Amarelejense, 27 pon-tos. Próxima jornada (12/1): Amarelejense-Piense; Operário-Aldenovense; Guadiana-Serpa; Despertar B-Moura. Folga a CB Beja. Série C: Milfontes A-Aljustrelense, 1-5; Castrense A-Milfontes B, 3-2; Boavista-Castrense B, 3-1; Odemirense-Almodôvar, 3-2. Folgou o Renascente. Líder: Odemirense, 27 pon-tos. Próxima jornada (12/1): Aljustrelense -Cas trense A; Renascente-Milfontes A; Milfontes B-Boavista; Castrense B-Odemirense. Folga o Almodôvar.

Campeonato Distrital de Iniciados (11.ª jor-nada): Milfontes-Moura, 0-1; Vasco Gama --Gua diana, 1-3; Ourique-Sporting Cuba, 1-3; Amarelejense-Rio de Moinhos, 2-3; Odemirense - -Des pertar, 3-0. Folgou o Serpa. Líder: Moura, 29 pontos. Próxima jornada (13/1): Guadiana-Serpa; Sporting Cuba-Vasco Gama; Rio de Moinhos-Ou-rique; Despertar-Amarelejense; Bairro Conceição --Ode mirense. Folga o Milfontes.

Campeonato Distrital de Juvenis (2.ª jornada): Almodôvar-Desportivo Beja, 1-7; Aljustrelense-Cas-trense, 1-0; Moura-Serpa, 1-0. Folgou o Despertar. Líder: Desportivo Beja, seis pontos. Próxima jornada (13/1): Castrense-Despertar; Serpa-Aljustrelense; Almodôvar-Moura. Folga o Desportivo Beja.

Campeonato Distrital de Juniores (jogo em atraso da 8.ª jornada): Despertar-Vasco Gama, 4-0. Líder: Castrense, 19 pontos. Próxima jor-nada (12/1): Cabeça Gorda-Despertar; Vasco Gama-Odemirense; Sobral da Adiça-Aldenovense; Desportivo Beja-Castrense.

Campeonato Distrital de Seniores Femininos (9.ª jornada): Vasco Gama-Serpa, 3-6; Almansor-CB Castro Verde, 0-5; CB Almodôvar-Odemirense, 0-25. Líder: CB Castro Verde, 22 pontos. Próxima jornada (12/1): Serpa-Almansôr; Ourique-Vasco da Gama; CB Castro Verde-CB Almodôvar.

Campeonato Distrital de Futsal (11.ª jornada): Luzerna-Safara, 6-5; Ferreirense-Barrancos, 4-1; Des portivo Beja-Almodovarense, 0-4; IP Beja --Ba ro nia (9/1); Vasco Gama-Alcoforado, 2-4; NS Moura-ADVNSão Bento, 6-3. Folgou o Vila Ruiva. Líder: Baronia, 27 pontos. Próxima jornada (18/1): Vila Ruiva-NS Moura; Baronia-Desportivo Beja; Almodovarense-Ferreirense; Barrancos-Luzerna; ADVNSBento-Vasco Gama; Alcoforado-IP Beja.

Campeonato Nacional de Iniciados (17.ª jor-nada): São Luís-Despertar, 4-5; Desportivo Beja - -Imor tal, 0-4. Líder: V.Setúbal, 45 pontos. 6.º Despertar, 23. 10.º Desportivo Beja, seis. Próxima jornada (13/1): Despertar-Louletano; Lusitano VRSA-Desportivo Beja.

Campeonato Nacional de Juvenis (17.ª jor-nada): Lusitano Évora-Despertar, 3-0; Odemirense, 1-5. Líder: V.Setúbal, 40 pontos. 9.º Despertar, nove. 10.º Odemirense, oito. Próxima jornada (13/1): C.Piedade-Odemirense; Despertar-V.Setúbal.

Campeonato Nacional de Juniores (16.ª jor-nada): Moura-Oeiras, 0-2. Líder: Oeiras, 48 pon-tos. 10.º Despertar, quatro. Próxima jornada (12/1): Farense-Moura.

3.ª Divisão – Série F

13.ª jornada

U. Montemor-At. Reguengos .......................................... 2-1 Juventude Évora-Esp. Lagos ........................................... 1-1 Lagoa-Aljustrelense ..........................................................2-4 Monte Trigo-Vasco da Gama ...........................................1-0 Castrense-Sesimbra........................................................... 1-1 Moura-Lusitano VRSA ...................................................... 0-0 J V E D G P

U. Montemor 13 9 4 0 29-7 31

Esp. Lagos 13 7 6 0 26-10 27

Moura 13 7 5 1 27-9 26

At. Reguengos 13 6 4 3 17-11 22

Aljustrelense 13 5 4 4 14-9 19

Juventude Évora 13 4 5 4 13-14 17

Sesimbra 13 4 5 4 18-24 17

Vasco da Gama 13 3 4 6 18-24 13

Castrense 13 3 2 8 13-23 11

Monte Trigo 13 3 2 8 15-23 11

Lusitano VRSA 13 1 5 7 12-24 8

Lagoa 13 1 4 8 13-37 7

Próxima jornada (13/1/2013): Esp. Lagos-At. Reguengos, Aljus-

trelense-Juventude Évora, Vasco da Gama-Lagoa, Sesimbra -

-Monte Trigo, Lusitano VRSA-Castrense, Moura-U. Montemor.

1.ª Divisão – AF Beja

13.ª jornadaSão Marcos-Bairro da Conceição .................................... 1-2 Rosairense-Guadiana ........................................................3-1 Praia Milfontes-Cabeça Gorda ....................................... 0-4 Serpa-Piense .......................................................................3-1 Aldenovense-Sp. Cuba ..................................................... 2-1 Amarelejense-Almodôvar ............................................... 1-2 Desp. Beja-Odemirense .................................................... 2-2 J V E D G P

Almodôvar 13 11 2 0 31-11 35Serpa 13 7 5 1 25-10 26Praia Milfontes 13 8 2 3 28-16 26Odemirense 13 7 3 3 18-11 24Piense 13 6 4 3 26-16 22Aldenovense 13 6 4 3 21-15 22Rosairense 13 5 3 5 20-18 18Sp. Cuba 13 5 3 5 16-15 18Cabeça Gorda 13 3 4 6 22-23 13Bairro da Conceição 13 3 2 8 10-23 11Amarelejense 13 3 1 9 14-25 10Desp. Beja 13 2 4 7 12-21 10São Marcos 13 3 1 9 11-29 10

Guadiana 13 3 0 10 15-36 9

Próxima jornada (13/1/2013): Amarelejense-Desp. Beja, Alde-novense-Almodôvar, Serpa-Sp. Cuba, Praia Milfontes-Piense, Rosairense-Cabeça Gorda, São Marcos-Guadiana, Bairro da Conceição-Odemirense.

A segunda volta do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da AF Beja co-meça no domingo. Uma reta final onde se verá quem são os verdadeiros candi-datos ao título.

Texto e foto Firmino Paixão

Jogo grande em Vila Nova de São Bento, com a presença do Almodôvar, numa partida em que os locais são obrigados

a conquistar os três pontos para manterem incólumes as aspirações. Mas a estrelinha do líder continua reluzente. O Serpa, agora segundo classificado, recebe o Sporting de

A única derrota sofrida pelo Moura Atlético Clube foi no terreno do União de Montemor, líder invicto da Série F da 3.ª Divisão Nacional, que no próximo domingo joga na cidade de Moura.

Texto Firmino Paixão

Só um Moura ao seu melhor nível (não aquele que há oito dias permitiu um empate ao Lusitano de Vila Real) será

capaz de impor aos montemorenses a sua primeira derrota no campeonato. E mais do que isso, só os três pontos interessam para a equipa de Joaquim Mendes reforçar a sua posição no pódio da série, depois de não te-rem aproveitado os pontos deixados em Évora pelo Esperança de Lagos, para se po-sicionarem no segundo lugar.

O Aljustrelense, embalado pelo triunfo

de Lagoa e pela subida ao quinto posto da ta-bela, joga em casa com o Juventude de Évora, adversário direto naquela zona da tabela. O Castrense, que na ronda anterior teve os três pontos na mão e deixou que o Sesimbra em-patasse, desce até Vila Real de Santo António, onde encontrará os lusitanistas ainda sur-presos pelo ponto conquistado em Moura. O Vasco da Gama tem pela frente o Lagos, uma equipa à medida de lhe permitir o regresso às vitórias, tal como era o Monte Trigo, de onde saíram, no domingo passado, sem fazerem a ceifa que era espectável.

Moura e Aljustrelense mantêm-se no grupo dos primeiros seis classificados, Vasco da Gama e Castrense são os 8.º e 9.º, respetivamente, numa tabela que, aconteça o que acontecer no domingo em Moura, se manterá sob o domínio do União de Montemor.

Cabeça Gorda foi a Milfontes golear o candidato ao título

O “distritalão” entra na reta final

Cuba, na sua segunda viagem consecutiva para além do Guadiana. Favoritismo lógico dos locais, mas… que se cuidem com esta equipa de jovens revelações.

O Milfontes, ai o Milfontes, joga de novo em casa e o adversário é o Piense, com quem sofreu a primeira derrota na aber-tura do campeonato. O Odemirense volta a Beja, desta vez para pisar o relvado do Bairro da Conceição, e o Rosairense joga de novo no seu reduto, mas com a formação do Cabeça Gorda, ou melhor, do Ferrobico. O Amarelejense abre as cancelinhas do seu es-tádio ao Desportivo de Beja e o São Marcos joga em casa com o vizinho Guadiana.

Uma jornada em que se esperam algumas surpresas.

No rescaldo da ronda anterior, nota ele-vada para o Cabeça Gorda com a humi-lhante derrota que impôs ao Milfontes, no seu próprio reduto. Vitória suada do Almodôvar em Amareleja e um triunfo im-portante do Bairro da Conceição no pelado de São Marcos. De resto, o Odemirense deixou dois pontos em Beja e o Serpa le-vou a melhor sobre o vizinho Piense. O Almodôvar mantém o primeiro lugar, agora com uma vantagem de nove pon-tos sobre os concorrentes mais diretos, o Serpa e o Milfontes.

Distrital O líder Almodôvar sofreu em Amareleja mas conseguiu o objectivo

Basquetebol O Beja Basket Clube joga amanhã à tarde no Pavilhão Laura Ayres, em Quarteira, recinto dos Tubarões, uma partida re-ferente à 5.ª jornada do Campeonato Nacional de Basquetebol da 2.ª Divisão Zona Sul B.

O Beja Basket Clube sagrou-se pela primeira vez

campeão regional de sub/14 masculinos. Na final

four disputada em Reguengos, para além da equipa

da casa, participaram Ponte de Sor, Salesianos de

Évora e BBC. O jogo inaugural contra Ponte de Sor

foi muito equilibrado, mas os bejenses acabaram

por vencer e conquistar o lugar na final, em que

também levariam a melhor perante o Reguengos. Os

protagonistas deste feito inédito são o treinador Pedro

Madeira e os atletas Paulo Rocha, André Grilo, André

Guerreiro, João Ruivo, Rafael Cabral, Pedro Lança,

João Fernandes e Alexandre Castilho. Infelizmente,

apesar de terem conquistado o direito a participarem

na taça nacional, a direção do clube, os atletas e

respetivos pais decidiram não participar na prova

devido ao reduzido número de atletas disponíveis.

Beja Basket Clube

campeão regional

de sub-14

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

Vítor Pires

Há três épocas a trei-nar o Grupo Desportivo Amarelejense, Vítor Pi-

res, 45 anos, é originário do fu-tebol eborense, distrito onde fez o seu percurso como jogador. Tudo começou na época 83/84 no Alandroalense, clube que repre-sentou durante três temporadas (com um título da 2.ª divisão dis-trital), rumando à ADC Santiago Maior (emblema na sua freguesia natal), ao Perolivense, Reguengos, Mourão e Corval. Na tempo-rada 95/95 ingressou no Clube de Futebol Carneiros e ainda vestiu a camisola do Grupo Desportivo do Freixo e do Centro de Judo de Montemor, todos concorrentes ao Campeonato do Inatel. No deve e haver da sua carreira, regista um total de 466 jogos, com 213 vitó-rias, 86 empates e 169 derrotas. Marcou 47 golos em jogos oficiais e 54 em partidas de caráter particu-lar. Iniciou a carreira de treinador pelo Montoito (Inatel), prosseguiu no Centro de Judo de Montemor, Atlético de Reguengos (juniores e adjunto dos seniores), Aldeense, Corval, Atlético de Reguengos (escalões de formação) até que, na época 2010/2011, chegou a Amareleja de onde nos faz chegar os prognósticos à primeira jornada da segunda volta do “distritalão”.

(1) AMARELEJENSE/DES POR TIVO DE BEJAO fator casa pode ser determi-nante no triunfo do Grupo Desportivo Amarelejense.

(X) ALDENOVENSE/ALMODÔVARUm jogo entre duas boas equipas, com objetivos semelhantes. Nenhuma de-las quererá perder, pelo que o desfe-cho mais provável será o empate.

(1) SERPA/SPORTING DE CUBAO Serpa tem uma boa equipa e, a jogar no seu campo, não deixará escapar o triunfo.

(X) MILFONTES/PIENSEMais um jogo para empate, entre dois conjuntos que estão entre as melhores equipas do campeonato.

(2) ROSAIRENSE/CABEÇA GORDAO Cabeça Gorda tem vindo a subir de rendimento e está muito moralizado pelos recentes resultados, pelo que será capas de ganhar no Rosário.

(1) SÃO MARCOS/GUADIANAA jogar no seu terreno, e perante o seu público, a formação de São Marcos da Ataboeira não pode deixar fugir uma vitória que lhe é muito necessária.

(2) BAIRRO DA CONCEIÇÃO/ODEMIRENSEDois conjuntos com recursos e objeti-vos diferentes, com supremacia para os visitantes, capazes de sair de Beja com os três pontos.

19Hoje palpito eu...Taça Fundação Inatel – 8.ª jornadaSérie A: Salvadense-Ficalho, 2-0; Pedrógão-Quintos, 3-1; Brinches-Sobral da Adiça, 5-0 (FC). Folgou o Luso Serpense. Líder: Luso Serpense, 15 pon-tos. Próxima jornada (12/1): F i c a lh o - L u s o S e r p e n s e; Quintos-Sobral da Adiça; Brinches-Salvadense. Folga o Pedrógão.

Série B: Louredense-São Matias, 2-0; Penedo Gordo - -Faro do Alentejo, 1-0; AC Cuba-Neves, 1-0. Folgou o Beringelense. Líder: Penedo Gordo, 18 pontos. Próxima jornada (12/1): São Matias - - B e r i n g e l e n s e; Pe n e d o Gordo -AC Cuba; Neves --Louredense. Folga o Faro do Alentejo.

Série C: Vale d’Oca-Messe-janense, 4-1; Mombeja-Jun-geiros, 1-1; Figueirense-Al-vorada, 2-0. Folgou o Santa Vitória. Líder: Vale da Oca, 19 pontos. Próxima jor-nada (12/1): Messejanense - -San ta Vitória; Jungeiros --Fi gueirense; Alvorada-Vale d’Oca.

Série D: Sete-Sanjoanense, 1-1; Albernoense-Trindade, 0-0; Fernandes-Alcariense, 3-1. Líder: Fernandes, 16 pontos. Próxima jornada (19/1): S anjo anens e -Al-bernoense; Alcariense-Sete; Trindade-Fernandes.

Série E: Santa Luzia -Re lí-quias, 0-2; Sonenguense - -Co lense, 4-1; Luzianes --Cer calense, 3-0. Folgou o Amoreiras Gare. Líder: Relíquias, 19 pontos. Próxima Jornada (13/1): Relíquias - -Amo reiras; Colense-Lu-zianes; Cercalense-Santa Lu-zia. Folga o Soneguense.

Série F: Malavado-Bem-posta, 4-0; Milfontes-Cava-leiro, 3-0; Campo Redondo - -Saboia, 1-3. Folgou o Boa vista. Líder: Milfontes, 17 pontos. Próxima jornada (13/1): Bemposta-Boavista; Cavaleiro-Campo Redondo; Saboia-Malavado. Folga o Milfontes.

Série G: Serrano-Pereirense, 3 - 1 ; S a n t a c l a r e n s e -- S a n t a C l a r a - a - N o v a , 2-0; Naveredondense -Al-modo varense, 2-0. Líder: Santaclarense, 16 pontos. Próxima jornada (19/1): Pe rei-rense-Santaclarense; Al mo do-varense-Serrano; Na ve re don-dense-Santa Clara-a-Nova.

O Clube Atlético Aldenovense é consi-derado como um dos sérios candidatos ao título distrital na presente tempo-rada. Tem 13 pontos de atraso em rela-ção ao líder, equipa que recebe no pró-ximo domingo.

Texto e foto Firmino Paixão

Carlos Simão, treinador do Alde-novense, não fala em candidatura, chamam-lhe a ilusão de ganhar to-

dos domingos. O clube reuniu um plan-tel de qualidade, às ordens de um técnico experiente, e tem as metas bem defini-das. Contudo, dois ou três resultados me-nos conseguidos abanaram esta estrutura e a equipa caiu para lugares impensáveis. Agora, a margem de erro é nula, assume o treinador dos aldenovenses.

Foi uma primeira volta em consonância com

as vossas expetativas?

Não. Foi uma primeira volta que nem nós con-seguimos entender. Partimos com alguma ilu-são, a conjuntura atual favorecia a construção de um plantel de qualidade, tal como a ausên-cia desta prova de outros clubes com pergami-nhos no futebol distrital, como o Castrense, o Aljustrelense, o Moura. Temos um plantel de qualidade mas perspetivávamos um campeo-nato mais competitivo.

Por isso, o sexto lugar está um pouco aquém

das metas iniciais?

Está aquém do sentimento de todos nós. Partimos com a tal ilusão, muito forte, o pri-meiro jogo que perdemos, em Almodôvar, não terá deixado marcas, mas houve dois momen-tos que marcaram a nossa primeira volta, os jogos em casa com o Serpa (derrota) e com o Odemirense (empate), em que fizemos dois jo-gos sérios e, por isso, merecíamos algo mais. A partir daí a equipa ficou claramente afetada.

Uma desvantagem de 13 pontos será recupe-

rável na segunda volta?

Temos a consciência de que as coisas estão difíceis, a margem de erro acabou para nós. Temos um campeonato um pouco atípico, ninguém previa que, no final da primeira volta, o Almodôvar estivesse tanto à vontade em relação a nós. Perspetivámos uma prova equilibrada, que se decidisse no último terço, como eu ainda espero. No futebol aprendi que os ganhadores nunca desistem e os desistentes nunca ganham. O comportamento da equipa nos últimos jogos tem sido muito bom e as adversidades olham-se de frente, é assim que

Carlos Simão tem como lema: “Os ganhadores nunca desistem”

“Aquém da nossa própria ilusão”

vamos continuar a trabalhar.

O jogo do próximo domingo, com o líder,

pode ser determinante?

Determinante será ganharmos todos os nos-sos desafios. Naturalmente que, entrando na segunda volta a ganhar ao nosso adversá-rio direto, minimizaremos a desvantagem. O Almodôvar é uma boa equipa, bem orientada, está no 1.º lugar porque merece. Sabemos que quando vamos na frente tudo nos corre bem e até a estrelinha lá anda, mas também acredito que eles terão os seus dias não.

Quando falou em ilusão queria dizer que o

Aldenovense assume a candidatura ao título?

Isso é sempre subjetivo. Enquanto treinador, independentemente do clube que treino, terei que ter metas. Não lutamos pelo 4.º ou 5.º lu-gar. Se pudermos ser os primeiros, não sere-mos os segundos. Quando cheguei ao clube, na época passada, foi na perspetiva de melho-rarmos o que não estava tão bem, não é por-que se estivesse a trabalhar mal. Recuperámos a equipa e fizemos uma boa ponta final, esta época procuramos ir um pouco mais além.

O clube estaria em condições de assumir

os desafios do novo modelo de 2.ª Divisão

Nacional?

Ninguém está. Conheço clubes no distrito que têm uma estabilidade na sua estrutura orga-nizativa do melhor que existe e que reúnem um bom lote de jogadores, outros com estru-turas quase profissionais, que disputam uma 3.ª divisão que, temos que assumir, com me-nos qualidade que em anos anteriores e estão a sentir enorme dificuldade. Muito mais difícil

seria para o Aldenovense, ou mesmo para o Almodôvar, encararmos essa 2.ª divisão.

O futebol regional está a passar por um perí-

odo de recessão?

A todos os níveis. Há alguns anos que tenho alertado, e as opiniões pessoais que dou são sustentadas pela vivência de 40 anos de fute-bol, sem implicar pessoas, nem competências. Implica, isso sim, uma visão para o futuro, e eu tenho alertado para o decréscimo de qua-lidade do futebol distrital. As infraestruturas melhoraram, mas tem faltado um trabalho sé-rio e profundo, com uma ideia forte e um ca-minho inflexível. Não se trabalha bem na for-mação e não são os treinadores que o fazem mal, o que falta é definir um caminho. E vê-se isso até nos clubes grandes. Quem é que apro-veita os frutos da formação, onde gastam mi-lhões de euros? Aqui também existiu muita gente a dar passos largos demais para a sua es-trutura e hoje todos pagamos essa fatura.

Qual o caminho que propõe?

As pessoas têm que ter convicções. Os projetos são uma falsa questão. Quem gere os clubes tem que ter uma ideia forte sobre o caminho a seguir e não se desviar à mínima contra-riedade. Num clube desportivo há metas co-muns e as pessoas esquecem-se de criar laços de afetividade, os clubes estão a perder iden-tidade. Existe muita frieza entre as pessoas que estão no futebol e num só clube existem várias correntes. Temos que recuperar os va-lores que se perderam, através das escolinhas, passando essa mensagem da história e do pas-sado do clube e dos valores que esses símbo-los encerram.

Carlos Simão Treinador do Aldenovense espera que a equipa suba na tabela

Andebol Realiza-se na tarde de amanhã, sábado, a 12.ª jornada do Nacional da 3.ª Divisão de Andebol, em seniores, ronda em que a Zona Azul jogará no pa-vilhão do Náutico do Guadiana, o AC Sines recebe o Costa D’Oiro e o CCP Serpa cumpre a etapa de descanso. Resultados da 11.ª jornada: CCP Serpa-AC Sines, 23-22. Zona Azul-Lagos, 26-24. O Redondo lidera com 26 pontos, a Zona Azul tem 25 (2.º), o Serpa tem 20 (4.º) e o Sines soma 15 (7.º).

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

320

As conversas são como

as cerejas! E é abordando

a temática desportiva

que nos chegam

conhecimentos de

pomposos feitos de atletas

amadores, sublinhe-se,

que jamais deixaram cair

em vão a sua verdadeira

alma alentejana, pátria

sagrada onde conheceram

as alvíssaras do dia.

As suas gigantescas

querenças e dedicação

transvasam as fronteiras

territoriais lusitanas,

sendo certo que noutras

nações elevam ao púlpito

o nome de Portugal e do

Alentejo mercê de êxitos

aglomerados. Numa destas

últimas tardes a trocar

opiniões desportivas com

um amigo de longa data,

dizia-me ele: “Há um moço

da nossa aldeia que é um

atleta que dá cartas a nível

nacional e internacional

no atletismo amador

de fundo”. A minha

curiosidade encheu-me de

audácia e eis-me em campo

para traçar estas linhas

sobre um homem que não

renega a sua originalidade.

Fernando Fernandes é

um nome que pouco dirá

ao leitor. Eu explicito

de quem efetivamente

se trata. Fernando

Fernandes é natural da

então Aldeia Nova de São

Bento, hoje vila, tem 51

anos e é atleta do Clube

de Atletismo Alentejanos

de Faro. Um desportista

que, não obstante a idade,

não vira a cara à luta e

tem na sua orgulhosa

montra de troféus

diversas participações

internacionais. Convém

trazer à estampa que a sua

praia é a componente de

fundo e as classifi cações

acumuladas dizem-

nos que o seu nome é

respeitado além-fronteiras

e, logicamente, a nível

nacional. Para além das

muitas batalhas travadas,

registo, justamente,

os 100 quilómetros

disputados em Seregno,

Itália, onde Fernando

Fernandes se sagrou

campeão mundial na sua

categoria de veteranos,

obviamente. Mas os

seus feitos atléticos são

indetermináveis. Ocorre -

-me dissipar pelas diversas

maratonas avocadas e

retirar delas uma infi nita

apetência para um

veterano que persiste em

correr distâncias longas

fazendo jus à sua colossal

alma alentejana. Força,

campeão!

Alma alentejana

José Saúde

Começa hoje, sexta-feira, em Beja e Vidigueira, a fase zonal sul do Torneio Interassociações de Futsal Masculino Sub/20, competição que reúne 10 sele-ções distritais e que terminará no domingo.

Texto e foto Firmino Paixão

As seleções da Madeira e da Horta são as ausentes deste torneio nacional que trouxe

ao Baixo Alentejo 10 das 20 seleções nacionais no escalão de Sub/20 (as restantes estão a competir na fase zonal norte que, também hoje, se inicia na cidade da Guarda).

A organização competitiva do torneio é da Federação Portuguesa de Futebol, em parceria com a Associação de Futebol de Beja, tendo o seu presidente José Luís

Nelson Cruz (Praia de Salema) e Sara Inácio (JD Neves) ven-ceram o II Grande Prémio de Atletismo do Campo Branco, prova coincidente com o Campeonato Distri tal de Estrada da Associação de Atletismo de Beja.

Texto e foto Firmino Paixão

A vila de Castro Verde aco-lheu no Dia de Reis esta dupla reunião que foi o II

Grande Prémio do Campo Branco,

decalcado sobre o Campeonato Distrital de Estrada, a cujos títu-los concorreram, apenas, os atle-tas filiados na associação regio-nal da modalidade. Num percurso urbano (com a extensão de 6 000 metros para os juniores e senio-res masculinos, metade para os absolutos femininos) evoluíram perto de centena e meia de atle-tas de vários escalões, numa orga-nização perfeita do município de Castro Verde e da Associação de Atletismo de Beja, enquanto de-corria uma caminhada promovida

pela associação local 100 Trilhos.João Figueiredo, do CN Alvito,

assumiu a corrida na primeira volta mas, rapidamente, cedeu o comando aos algarvios Nelson Cruz e Fernando Mendonça, am-bos do Praia de Salema, tendo Nelson Cruz conseguido des-tacar-se para vencer a corrida. Carlos Papacinza, terceiro da ge-ral, sagrou-se campeão distrital de estrada.

No setor feminino, luta cerrada entre a odemirense Ana Catarina Dias e Sara Inácio (JD Neves) com

a Sara a revelar-se mais forte na ponta final e a arrecadar o título.

Na sua primeira prova como júnior, Mussa Djau (Beja AC) ar-recadou mais um título distrital; Paula Alves e Paula Laneiro, am-bas do Ourique Desportos Clube, venceram os escalões de seniores e veteranos femininos; e o consa-grado Carlos Calado (Beja AC) ga-nhou o título de veteranos mas-culinos. Na formação, o Bairro da Conceição venceu as provas de benjamins femininos, infantis masculinos e femininos.

Grande Prémio do Campo Branco promoveu o atletismo em Castro

Nelson e Sara Reis no Campo Branco

CAMPEÕES DISTRITAIS DE ESTRADA 2013

Benjamins A – femininos: Érica Santos (NCDO); masculinos: Simão Lourenço (NDCO). Benjamins B – femininos: Joana Macedo (BNSC); masculinos: Pedro Pereira (FCC). Infantis – femininos: Ana Morais (BNSC); masculinos: Gonçalo Torrão (BNSC). Iniciados – femininos: Ana Braga (Beja AC); masculinos (João Silva (NARM). Juvenis – femininos: Maria Rosário Silva (NARM); masculinos: Luís Paulino (FCC). Juniores – femininos: Sara Inácio (JDNeves); masculinos; Mussa Djau (Beja AC). Seniores – femininos: Paula Alves (ODC); masculinos (Carlos Papacinza (CNA). Veteranos – femininos: Paula Laneiro (ODC); masculinos: Carlos Calado (Beja AC).

Grande Prémio Campo Branco Nelson Cruz (de azul) venceu a prova

AF Beja Direcção apresentou Torneio Interassociações de Futsal Sub/20

Torneio Interassociações Futsal Masculino Sub/20 em Beja e Vidigueira

Promover o futsal e a região

Ramalho, sublinhado: “É uma honra, mas também uma enorme responsabilidade, acolher um evento com esta grandeza”, numa modalidade que “se espera que

talentos de diferentes regiões do País”, lembrando que “a AF Beja tem vindo a apostar no desenvol-vimento da modalidade no dis-trito de Beja”. O dirigente, convi-dando as comunidades locais a envolverem-se nesta organização que teve o apoio dos municípios de Beja e Vidigueira, acentuou: “É também um contributo para o de-senvolvimento e para a projeção da região, sobretudo pela presença das várias comitivas”.

Serão apuradas duas das 10 equipas para a fase final, em con-junto com as duas que se apura-rem na Guarda. O selecionador nacional da modalidade, Jorge Brás, estará em Beja a assistir aos jogos, aproveitando para realizar, esta noite, uma reunião com os coordenadores técnicos e treina-dores das diferentes associações.

Pavilhão João Serra Magalhães em Beja11 de janeiro17 horas – Setúbal/Évora19 horas – Leiria/Algarve12 de janeiro10 horas – Santarém/Setúbal

12 horas – P.Delgada/A.Heroísmo16 e 30 horas – Beja/Setúbal18 e 30 horas – Lisboa/A.Heroísmo13 de janeiro9 horas – apuramento 11 horas – apuramento 13 horas – apuramento

Pavilhão de Desportos de Vidigueira11 de janeiro18 horas – Santarém/Beja20 horas – P.Delgada/Lisboa12 de janeiro10 horas – Évora/Beja

12 horas – Leiria/Portalegre16 e 30 horas – Évora/Santarém18 e 30 horas – Algarve/Portalegre13 de janeiro10 horas – apuramento12 horas – apuramento

SELEÇÃO SUB/20 FUTSAL DA AF BEJA

Fábio Silvestre e Fábio Pacheco (Desportivo Beja); Luís Marques (Vila Ruiva); João Bate. João Baião e Flávio Pereira (Alcoforado); Paulo Nunes (Ferreirense); Ricardo Pita (Vasco Gama); Diogo Lopes, André Fernandes e Rodrigo Pereira (Baronia); Bruno Ramos (Almodovarense). Selecionador – Miguel Carvalho (Baronia).

seja, brevemente, a maior modali-dade desportiva de pavilhão prati-cada em Portugal”.

O dirigente alerta para esta oportunidade de “observar jovens

Diário do Alentejo11 janeiro 2013

21institucional diversos

VENDE-SENossa Senhora das Neves

Casa térrea a precisar de obras, com 80 m2

de construção e 198 m2 área descoberta. Bom

preço.

Contactar tms. 96278650 ou 967318516

VENDE-SELenha para lareiras, salamandras e carvão.

Entregas ao domicílio.

Contactar pelos tms. 969078857 ou 969978606

VENDE-SECamião em bom estado, marca Mercedes Benz, 153

000km, equipado com tesoura tribasculante, travão

eléctrico e conjunto de taipais duplos.

Contactar tm. 919379873

VENDE-SEEspaço comercial – 342

m2. Centro de Aljustrel/

Beja.

Contactar pelo tm.

917238297

VENDO BMW 116D

2011 – 30 000 kms. Muitos extras. Bom preço.

Contactar pelo tm. 962760076

ALUGA-SEApartamento semimobi-

lado em Beja, no Centro

Comercial do Lidador,

130m2, 4 assoalhadas

– 410 €

Contactar

pelo tm. 963888058

ALUGA-SE

Apartamento T1, mo-

bilado. Nossa Senhora

das Neves. 200 euros

por mês.

Contactar

pelo tm. 967158787

CAVALHEIROJovem cavalheiro com casa própria, bom emprego,

procura senhora até 38 anos, sem fi lhos, para constituir

um lar, uma família. Assunto sério. Moro na zona de

Lisboa.

Contactar pelo tm. 927068875

SENHORAOferece-se para dormir

na casa de pessoa idosa

incapacitada ou doente

Contactar

pelo tm. 964191537

ou tel. 284321386

Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação

DECLARAÇÃO(Processo judicial n.º 546/09.5TDEVR)

António Maria P. Fialho, condenado nos autos do referido

processo, pelo tribunal judicial de Arraiolos, vem por decisão

e condição deste tribunal, fazer um pedido de desculpas aos

visados no âmbito do processo e testemunhas indicadas pelo

Ministério Público: Manuel Gonçalves M. Nicolau; Ana Maria S.

Ildefonso; José Carlos Dias; Dr. Orlando da Conceição Macha-

do; Dr. Casimiro Heitor e Dr. Filipe Mimoso de Freitas.

Beja, 04-01-2013 – AMPF

Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação

SOCIEDADE COLUMBÓFILA

“ASAS DE BEJA”

INFORMAÇÃOInforma-se que está aberto concurso de concessão

para a exploração do Bar e Cozinha da sede da colec-

tividade até ao dia 20 de Janeiro de 2013.

As propostas devem ser entregues em carta fechada

na redação deste Jornal com referência ao anúncio

n.º 17215.

A sociedade Columbófi la “Asas de Beja”, reserva o

direito de decidir pela proposta que entender ser a mais

conveniente para os seus interesses, mesmo que não

corresponda à proposta de valor mais elevado.

Para mais informações contactar TM n.º

918467827

Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação

CLUBE NÁUTICO DE MÉRTOLA

CONVOCATÓRIAConvocam-se todos os associados do Clube Náutico de

Mértola para uma Reunião Ordinária da Assembleia-geral, a

ter lugar no próximo dia 23 de Janeiro de 2013, pelas 18.00

horas, na sua sede, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Ratifi cação de Novos Sócios;

2. Eleição dos Corpos Gerentes para o Triénio

2013/2015;

3. Outro Assuntos de Interesse para o Clube.

De acordo com o Art° 19, ponto 3 dos estatutos do

Clube Náutico de Mértola, as listas de candidatos para

a eleição dos Corpos Gerentes deverão ser dirigidas à

Presidente da mesa da Assembleia-geral e entregues

na secretaria do Clube até às 18:00 horas do dia 14 de

Janeiro de 2013.

Caso à hora marcada não se encontre presente a

maioria dos sócios, a Assembleia terá inicio meia hora

mais tarde com qualquer número de associados,

Mértola, 07 de Janeiro de 2013.

A Presidente da Mesa da Assembleia-geral

Assinatura ilegível

Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE CASTRO VERDE

EDITAL N.º 2/2013CONCURSO PÚBLICO

PARA VENDA DE PASTAGENS

António João Fernandes Colaço, Vice-Presidente

da Câmara Municipal de Castro Verde:

Torna público, nos termos da alínea h) do n.º 2 do

art. 68.º da Lei nº 169/99, de 18 de setembro, com as

alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de

janeiro, que se encontra aberto concurso público para

venda de pastagens em duas propriedades desta Au-

tarquia, conforme abaixo discriminado.

1. Local e data limite para apresentação das propos-

tas: As propostas deverão ser entregues até às 17:30

horas do dia 18 de janeiro de 2013, sob pena de não

serem admitidas, na Secção Financeira e Património

ou remetidas pelo correio sob registo e com aviso de

recepção.

2. Prazo de utilização: Um ano a contar da data da

adjudicação.

Findo o prazo estabelecido, poderá o mesmo ser

renovado para o ano seguinte, se o Município assim o

entender, pelo mesmo período, mediante comunicação

expressa nesse sentido e remetido com a antecedência

mínima de trinta dias em relação à data inicial. Na falta

de comunicação não existirá renovação.

3. Forma de apresentação e elementos que devem

acompanhar a proposta: A proposta devidamente da-

tada e assinada e redigida em língua portuguesa ou

acompanhada de tradução devidamente autorizada,

deve conter a identifi cação do proponente (Nome, Mo-

rada, N.º Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão

e Número de Identifi cação Fiscal), bem como o preço

proposto, e deverão ser dirigidas ao Presidente da

Câmara Municipal, em carta fechada, em cujo rosto

deverá constar a indicação: “Proposta para compra

de pastagem”, bem como a referência da propriedade

a que concorre. Não serão consideradas propostas

apresentadas com valor inferior ao valor base.

4. Abertura das propostas: A abertura das propostas

recebidas terá lugar no Edifício dos Paços do Municí-

pio – Salão Nobre e realizar-se-á pelas 10 horas do

dia útil que se seguir ao expirar do prazo para entrega

das propostas. Ao acto público pode assistir qualquer

interessado, apenas podendo nele intervir os con-

correntes e seus representantes legais, devidamente

credenciados.

5. Adjudicação: O critério para a Adjudicação será

feito segundo o preço mais alto das propostas apresen-

tadas. Em caso de empate, será aberto, após leitura

das propostas, licitação verbal entre os concorrentes

presentes, não sendo permitidos lanços inferiores a

20€ (vinte euros).

6. Modalidade de pagamento: No prazo de cinco dias

úteis depois da notifi cação da adjudicação, de uma vez

só. Se solicitado por escrito poderá ser efectuado em

duas prestações, sendo a primeira paga cinco dias após

a notifi cação da adjudicação e a segunda prestação no

semestre seguinte.

7. Interpretação das cláusulas e casos omissos: Qual-

quer dúvida que seja suscitada na interpretação de algu-

mas cláusulas deste edital, ou verifi cando-se existirem

casos omissos, será a mesma esclarecida, ou suprida a

omissão, por despacho do Presidente da Câmara.

Para conhecimento geral se publica este e outros

de igual teor, aos quais, para os devidos efeitos, vai ser

dada a devida publicidade.

Castro Verde, 07 de janeiro de 2013

O Vice-Presidente com competência delegada por

despacho do Presidente da Câmara

de 2 de novembro de 2009

António João Fernandes Colaço

Diário do Alentejo11 janeiro 2013

saúde22

Laboratório de Análises

Clínicas de Beja, Lda.

Dr. Fernando H. Fernandes

Dr. Armindo Miguel

R. Gonçalves

Horários das 8 às 18 horas;

Acordo com benefi ciários

da Previdência/ARS; ADSE;

SAMS; CGD; MIN. JUSTIÇA;

GNR; ADM; PSP; Multicare;

Advance Care; Médis

FAZEM-SE DOMICÍLIOS

Rua de Mértola, 86, 1º

Rua Sousa Porto, 35-B

Telefs. 284324157/ 284325175

Fax 284326470

7800 BEJA

RUI MIGUEL CONDUTO

Cardiologista- Assistente de Cardiologia

do Hospital SAMSCONSULTAS

5ªs feiras

CARDIOLUXOR

Clínica Cardiológica

Av. República, 101, 2ºA-C-D

Edifício Luxor, 1050-190 Lisboa

Tel. 217993338

www.cardioluxor.com

Sábados

R. Heróis de Dadrá, nº 5

Telef. 284/327175 – BEJA

MARCAÇÕES

das 17 às 19.30 horas

pelo tel. 284322973

ou tm. 914874486

MARIA JOSÉBENTO SOUSAe LUÍS MOURA

DUARTE

CardiologistasEspecialistas pela Ordem

dos Médicos e pelo Hospital de Santa Marta

Assistentesde Cardiologia

no Hospital de BejaConsultas em Beja

Policlínica de S. PauloRua Cidade

de S. Paulo, 29Marcações:

telef. 284328023 - BEJA

Análises Clínicas ▼

Cardiologia ▼

CLÍNICA MÉDICA DENTÁRIA

JOSÉ

BELARMINO, LDA.

Rua Bernardo Santareno, nº 10

Telef. 284326965 BEJA

DR. JOSÉ BELARMINO

Clínica Geral e Medicina

Familiar (Fac. C.M. Lisboa)

Implantologia Oral

e Prótese sobre Implantes

(Universidade

de San Pablo-Céu, Madrid)

CONSULTAS EM BEJA

2ª, 4ª e 5ª feira

das 14 às 20 horas

EM BERINGEL

Telef 284998261

6ª e sábado

das 14 às 20 horas

DR. JAIME LENCASTREEstomatologista (OM)

Ortodontia

FERNANDA FAUSTINO

Técnica de Prótese Dentária

Vários Acordos

(Diplomada pela Escola

Superior de Medicina

Dentária de Lisboa)

Rua General Morais

Sarmento. nº 18, r/chão

Telef. 284326841

7800-064 BEJA

Medicina dentária ▼

Dr.ª Heloisa Alves ProençaMédica Dentista

Directora Clínica da novaclinicaExclusividade em Ortodontia (Aparelhos)

Master em Dental Science (Áustria)Investigadora Cientifica - Kanagawa

Dental School – JapãoInvestigadora no Centro de Medicina

Forense (Portugal)

Rua Manuel AntRua Manuel Antóónio de Britonio de Briton.n.ºº 6 6 –– 1.1.ºº frente. 7800frente. 7800--522 Beja522 Beja

tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106

FRANCISCO FINO CORREIAMÉDICO UROLOGISTA

RINS E VIAS URINÁRIAS

Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas

Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20

7800-451 BEJA Tel. 284324690

Urologia ▼

Psicologia ▼

DR. MAURO FREITAS VALEMÉDICO DENTISTA

Prótese/Ortodontia

Marcações pelo telefone 284321693 ou no local

Rua António Sardinha, 3 1º G

7800 BEJA

Estomatologia Cirurgia Maxilo-facial ▼

DR. J. S. GALHOZ

Ouvidos,Nariz, Garganta

Exames da audição

Consultas a partir das 14 horas

Praça Diogo Fernandes,

23 - 1º F (Jardim do Bacalhau)

Telef. 284322527 BEJA

Otorrinolaringologia ▼

Centro de

Fisioterapia

S. João Batista

Fisiatria

Dr. Carlos Machado

Drª Ana Teresa Gaspar

Psicologia Educacional

Drª Elsa Silvestre

Psicologia Clínica

Drª M. Carmo Gonçalves

Tratamentos

de Fisioterapia

Classes de Mobilidade

Classes para Incontinência

Urinária

Reeducação do Pavimento

Pélvico

Reabilitação

Pós Mastectomia

Hidroterapia/Classes no

meio aquático

Acordos com A.D.S.E., CGD,

Medis, Advance Care,

Multicare, Allianze,

Seguros/Acidentes

de trabalho, A.D.M., S.A.M.S.

Marcações pelo 284322446;

Fax 284326341

R. 25 de Abril, 11

cave esq. – 7800 BEJA

Fisioterapia ▼

Dr. José LoffUrgências

Prótese fi xa e removível

Estética dentária

Cirurgia oral/

Implantologia

Aparelhos fi xos

e removíveis

VÁRIOS ACORDOS

Consultas :de segunda

a sexta-feira,

das 9 e 30 às 19 horas

Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.

Tel. 284 321 304

Tm. 925651190

7800-475 BEJA

Clínica Dentária ▼

DRA. TERESA ESTANISLAU

CORREIA

Marcaçãode consultas

de dermatologia:

HORÁRIO:

Das 11 às 12.30 horas

e das 14 às 18 horas

pelo tel. 218481447

(Lisboa) ou

Em Beja no dia

das consultas

às quartas-feiras

Pelo tel. 284329134,

depois das 14.30 horas na

Rua Manuel António de

Brito, nº 4 – 1º frente

7800-544 Beja

(Edifício do Instituto

do Coração,

Frente ao Continente)

Dermatologia ▼

DR. A. FIGUEIREDO

LUZ

Médico

Especialista

pela Ordem

dos Médicos

e Ministério da Saúde

Generalista

CONSULTAS DE OBESIDADE

Rua Capitão João Francisco

de Sousa, 56-A – Sala 8

Marcações

pelo tm. 919788155

Obesidade ▼

HELIODORO

SANGUESSUGA

DOENÇAS

DO SISTEMA

NERVOSO

CONSULTAS

às 3ªs e 4ªs feiras,

a partir das 15 horas

MARCAÇÕES pelos

telfs.284322387/919911232

Rua Tenente Valadim, 44

7800-073 BEJA

Neurologia ▼

Clínica Geral ▼

GASPAR CANO

MÉDICO ESPECIALISTA

EM CLÍNICA GERAL/

MEDICINA FAMILIAR

Marcações a partir

das 14 horas Tel. 284322503

Clinipax

Rua Zeca Afonso,

nº 6-1º B – BEJA

JOÃO HROTKO

Médico

oftalmologista

Especialista pela Ordem

dos Médicos

Chefe de Serviço

de Oftalmologia

do Hospital de Beja

Consultas de 2ª a 6ª

Acordos com:

ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.

Marcações

pelo telef. 284325059

Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA

Fisioterapia ▼

Oftalmologia ▼

Medicina dentária ▼

Luís

Payne Pereira

Médico Dentista

Consultas em Beja

Clínica do Jardim

Praça Diogo Fernandes,

nº11 – 2º

Tel. 284329975

AURÉLIO SILVAUROLOGISTA

Hospital de Beja

Doenças de Rins

e Vias Urinárias

Consultas às 6ªs feiras

na Policlínica de S. Paulo

Rua Cidade S. Paulo, 29

Marcações

pelo telef. 284328023

BEJA

Urologia ▼

FAUSTO BARATAAssistente graduado

de Ginecologiae Obstetrícia

ALI IBRAHIMGinecologiaObstetríciaAssistente Hospitalar

Consultas segundas,

quartas, quintas e sextas

Marcações pelo tel.

284323028

Rua António Sardinha,

25r/c dtº Beja

CLÍNICA

MÉDICA

ISABEL REINA,

LDA.

Obstetrícia,

Ginecologia,

Ecografi a

CONSULTAS

2ªs, 3ªs e 5ªs feiras

Rua Zeca Afonso, nº 16 F

Tel. 284325833

Ginecologia/Obstetrícia ▼

FERNANDO AREALMÉDICO

Consultor de Psiquiatria

ConsultórioRua Capitão João Francisco Sousa 56-A

1º esqº 7800-451 BEJATel. 284320749

Psiquiatria ▼

Psiquiatria ▼

PARADELA

OLIVEIRA

Psiquiatra no Hospital

de Beja

Consultas às 6ªs feiras

a partir das 8:30 horas

na Policlínica de S. Paulo

Rua Cidade S. Paulo, 29

Marcações pelo tel.

284328023 BEJA

Diário do Alentejo11 janeiro 2013

saúde 23

Clínica Médico-Dentáriade S. FRANCISCO, LDA.

Gerência de Fernanda FaustinoAcordos:

SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E.,Portugal Telecom e Advancecare

Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA

Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/

Desabituação tabágica – H. Pulido Valente

Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina

Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de

Lisboa

Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja

Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja

Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia

Familiar – Centro Hospitalar do Baixo Alentejo.

Dr. Rogério Guerreiro – Medicina preventiva –

Tratamento inovador para deixar de fumar

Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar

Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação

Especial e Reabilitação

Dr. Sérgio Barroso – Especialista em Oncologia – H.

de Beja

Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/

Obesidade – Instituto Português de Oncologia de

Lisboa

Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias

Urinárias – H. Beja

Dr. Daniel Barrocas – Psiquiatria – Hospital de

Évora

Dr.ª Lucília Bravo – Psiquiatria H.Beja , Centro Hospi-

talar de Lisboa (H.Júlio de Matos).

Dr. Carlos Monteverde – Medicina Interna, doenças

de estômago, fígado, rins, endoscopia digestiva.

Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/

Alergologia Respiratória/Apneia do Sono

Dr.ª Isabel Santos – Psiquiatria de Infância e

Adolescência/Terapeuta familiar – Centro Hospitalar

do Baixo Alentejo

Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital

de Beja

Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia

Dr. Luís Mestre – Senologia (doenças da mama) –

Hospital da Cuf – Infante Santo

Dr. Jorge Araújo – Ecografi as Obstétricas

Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças

do Sangue – Hospital de Beja

Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica –

Hospital de Beja

Dr. Diogo Matos – Dermatologia – Hospital Garcia

da Orta.

Dr.ª Madalena Espinho – Psicologia da Educação/

Orientação Vocacional

Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala

Dr.ª Maria João Dores – Psicomotricidade/Educação

Especial e Reabilitação

Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira

especialista em saúde materna/Cuidados de

enfermagem na clínica e ao domicílio/Preparação

pré e pós parto/amamentação e cuidados ao recém-

nascido/Imagem corporal da mãe – H. de Beja

Marcações diárias pelos tels. 284 322 503

Tm. 91 7716528 | Tm. 916203481Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja

[email protected]

www.clinipax.pt

CENTRO

DE IMAGIOLOGIA

DO BAIXO ALENTEJO

António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo – Montes Palma –

Maria João Hrotko – Médicos Radiologistas –

Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD,

MEDIS, SSMJ, SAD-PSP, SAMS, SAMS QUADROS,

ADMS, MULTICARE,

ADVANCE CARE

Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas

e aos sábados, das 8 às 13 horas

Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA

Telef. 284318490

Tms. 960284030 ou 915529387

ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária,

Osteoarticular, Ecodoppler

TAC – Corpo, Neuroradiologia,

Osteoarticular, Dentalscan

Mamografi a e Ecografi a Mamária

Ortopantomografi a

Manuel Matias – Isabel Lima – Miguel Oliveira

e Castro – Jaime Cruz Maurício

Ecografi a | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital

Mamografi a Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan

Densitometria Óssea

Nova valência: Colonoscopia Virtual

Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare;

SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA;

Humana; Mondial Assistance.

Graça Santos Janeiro: Ecografi a Obstétrica

Marcações:

Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339;

Web: www.crb.pt

Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja

e-mail: [email protected]

Ginásio da Educação Da Vinci

Rua Almirante Cândido Reis,13 Beja T: 284321592

Campanha de Natal

em explicações de Língua Portuguesa

todos os níveis de ensino

20% Desconto

Psicologia e Orientação Vocacional Dr.ª Ana Caracóis Santos

Formação Profissional | Explicações 1ºciclo ao ensino superior

Diário do Alentejo11 janeiro 2013

necrologia diversos24

Diário do Alentejo n.º 1603 de 11/01/2013 Única Publicação

CENTRO INFANTIL CORONEL SOUSA TAVARES

VAGASANO LETIVO 2013-2014

CRECHE, PRÉ-ESCOLAR E CATL(S)

As candidaturas às vagas do Centro Infantil Coronel Sousa Tavares iniciam-se no dia 1 de Março e terminam no dia 11 de Março de 2013.

Os impressos para candidatura estão já disponíveis, podendo ser levantados na Secretaria, a todo o momento, no horário normal de Expediente.

TeIf: 284 313320; E-mail: [email protected]; Site: cinfantilcsousatavares.net

Beja, 4 de Janeiro de 2013.A Direcção

Especialista de problemas de amor Astrólogo Curandeiro

DR. CÂMARAEspiritualista e Cientista

O mais importante da Astrologia é obter resultados bons, rá-pidos e garantidos a 100%. Dotado de poderes, ajuda a re-solver problemas difíceis ou graves em 7 dias, como: Amor, Insucesso, Depressão, Negócios, Injustiças, Casamento, Impotência Sexual, Maus Olhados, Doenças Espirituais, Sorte nas Candidaturas, Desporto, Exames e Protecção contra pe-rigos como acidentes em todas as circunstâncias, aproxima e afasta pessoas amadas, com rapidez total. Se quer prender uma vida nova e pôr fim a tudo o que o preocupa, não perca tempo, contacte o Dr. Câmara e ele tratará do seu problema com eficácia e honestidade.

FACILIDADE DE PAGAMENTOConsultas à distância e pessoalmente

TODOS OS DIAS DAS 8 ÀS 21 HORASTel. 284105675 Tm. 968729608/933311859Rua Escritor Julião Quintinha, nº 42 – A – 1º

BEJA – ALENTEJO

VENDE-SE

OU ALUGA-SE

BEJA

Apartamento T4, no

centro da cidade,

com terraço.

100 m2.

Contactar

pelo tm. 967897015

FIGUEIRA DOS CAVALEIROS

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA ANGELINA RAMOS, de 76 anos, natural de Ferreira do Alentejo - Ferreira do Alentejo, casada com o Exmo. Sr. Joaquim Mendes Cristina. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 05, da Casa Mortuária de Figueira dos Cavaleiros, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA LUÍSA BORRALHO MIRA, de 72 anos, natural de Vila Nova de São Bento - Serpa, casada com o Exmo. Sr. Filipe Manuel Lebre. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 06, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BERINGEL

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOÃO FRANCISCO DOS SANTOS FERRO, de 81 anos, natural de Beringel - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria Emília de Carvalho Lança dos Santos Ferro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

BEJA / SÃO MATIAS

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA CLARA DE BRITO, de 96 anos, natural de São Matias - Beja, solteira. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, da Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de São Matias.

CUBA

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ MARIA FIGUEIRA, de 82 anos, natural de Faro do Alentejo - Cuba, casado com a Exma. Sra. D. Justa da Conceição Correia. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, da Casa Mortuária de Cuba, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremado.

CABEÇA GORDA / SETÚBAL

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA AMÉLIA BRANCO LAMPREIA GODINHO, de 83 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 09, da Casa dos Professores em Setúbal, para o cemitério de Ferreira do Alentejo, onde foi cremada.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. ADELINO GABRIEL DIAS COIMBRA, de 84 anos, natural de Currelos - Carregal do Sal, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 10, de Igreja Paroquial do Carmo, para o cemitério de Beja.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras

condolências.

Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt ou siga-nos em www.facebook.com/funepaxjulia

Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309

www.funerariapaxjulia.pt E-mail: [email protected]

Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

Vales Mortos

PARTICIPAÇÃO

É com pesar que par ti-

cipamos o falecimento da

Sra. D. MARIANA MARIA

GONÇALVES ocorrido no dia

05/01/2013, de 87 anos, viúva,

natural da freguesia de Santa

Maria, Serpa. O funeral a car-

go desta agência realizou-se

no dia 06/01/2013, pelas 12

horas, da Casa Mortuária de

Vales Mortos para o cemité-

rio local.

Apresentamos à família as cor-

diais condolências.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SERPENSE, LDA

Gerência: António CoelhoTm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315 | Rua das

Cruzes, 14-A – 7830-344 SERPA

Vila de Frades

AGRADECIMENTO

José António

Mendes Ferreira Nasceu a 08.07.1939

Faleceu a 02.01.2013

Sua família, na impossibilidade

de o fazer pessoalmente, agra-

dece por este meio a todas as

pessoas que o acompanharam

à sua última morada ou que

de outro modo manifestaram

o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.

Tm.963044570 – Tel. 284441108

Rua Das Graciosas, 7

7960-444 Vila de Frades/Vidigueira

AGRADECIMENTO E

MISSA DO 30.º DIA

Maria Amélia MarujoFilho, neta, nora e restante

família agradecem a todas

as pessoas do Centro Social

e Paroquial do Salvador, dos

responsáveis aos restantes

funcionários, o modo carinho-

so como trataram a sua ente

querida nos últimos anos de

vida em que residiu naquela

Instituição. Também partici-

pam que será celebrada missa

no dia 13/01/2013 na Capela

Monte Carmelo, às 19 horas,

e agradecem desde já a todos

os que se dignarem assistir ao

piedoso acto.

São Matias - Beja

MISSA

José Domingos

Engrácio Coelho

Tavares11.º Ano de Eterna Saudade

A saudade é o sentimento

que nos

tem marcado a cada dia que

passa

e tem sido difícil aceitar esta

separação.

Contudo, na nossa memória,

guardamos uma vida de lem-

branças queridas,

e mesmo que os nossos olhos

não te vejam

Continuas presente nos nossos

corações.

Que a tua Alma descanse em

Paz….

Seus pais e irmã informam

que será realizada missa no

dia 13/01/2013, pelas 18 e 30

horas, na Igreja da Sé, em

Beja, e agradecem a todas

as pessoas que se dignarem

assistir a este piedoso ato.

AGRADECIMENTO

Rui Manuel

Lança FilhóNasceu a 06/07/1979

Faleceu a 11/12/2012RUI, a tua vida foi um exem-plo de coragem, de FORÇA, AMOR, BONDADE e de Resignação....mas de muita, muita Luta.

Os pais, mulher e familiares agradecem a todas as pesso-as que os apoiaram nesta dor, bem como a toda a equipa de Oncologia do Hospital de Beja pelo carinho e profi ssionalismo que sempre lhe prestavam...

Um agradecimento muito es-pecial àqueles amigos que sempre estiveram presentes e que nunca o deixaram sofrer sozinho em casa e para os jovens do motocross que ele tanto adorava! DESCANSA EM PAZ...

Por último, e na impossibilida-de de o fazer pessoalmente, a família agradece por este meio a todas as pessoas que o acompanharam à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Diário do Alentejo11 janeiro 2013

25

Todas as semanas

os leitores do “Diário

do Alentejo” vão ter descontos.

Os anúncios desta secção pretendem,

por um lado, dar um impulso à economia

local e, por outro, ajudar os consumidores

neste tempo de crise.

Aproveite as oportunidades.

76%É a percentagem de leitores de jornais

que no distrito de Beja todas as semanas leem o “Diário do Alentejo” na sua versão papel.

No Facebook, todos os dias, mais de 4 000 leitores seguem a atualidade

regional na página do “DA”.

www.diariodoalentejo.pt facebook.com/diariodoalentejo

Diár

io d

o Al

ente

jo

Corr

eio

Alen

tejo

A Pl

aníc

ie

Notíc

ias d

e Be

ja

Fonte: Marktest. Relatório de resultados da imprensa regional no período compreendido entre abril de 2010 e março de 2011

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

326

Empresas

Uma marca de vinho regional alentejano –

Montinho, São Miguel –, da Casa Agrícola

Alexandre Relvas (Redondo), desenvolveu

um indicador de temperatura para os rótulos

do vinho. Quando está no frigorífico, a

mudança de cor revela que a bebida atingiu

a temperatura ideal para consumo.

Rótulo muda de cor quando

vinho atinge temperatura

ideal

Venda de viaturas regista quebras significativas

Situação do concessionário da Toyota é “estável”

António Chícharo, proprietário da em-presa José Cândido Chícharo & Filhos Lda. (concessionário Toyota), com sede em Beja e especializada no comércio de viaturas novas e usadas, tenta ir ao encontro de todas as exigências dos clientes, dispondo de técnicos especia-lizados de forma a que a satisfação do cliente esteja sempre em primeiro lugar. O empresário afirma, no entanto, que o setor está em queda livre, sobretudo no último ano. As lojas vão fechando, os trabalhadores vão ficando no desem-prego, os stands que resistem vendem cada vez menos e os compradores pre-ferem os veículos mais baratos.

Publireportagem Sandra Sanches

António Chícharo, representante da Toyota em Beja desde 1968, é, sem dú-vida, um dos mais vivenciados empre-

sários do ramo de comércio automóvel. O pro-prietário recorda que desde 1968 o quadro da empresa tem vindo a sofrer algumas altera-ções, contudo sempre as considerou constru-tivas, dado que a empresa deu passos largos, evoluindo, ao longo dos tempos, em número de postos de trabalho, instalações e volume de vendas. António Chícharo considera, no en-tanto, que os stands de automóveis já viveram

melhores dias, sendo que hoje se vende cada vez menos. “Este é o pior ano que o setor atra-vessa desde 1985”, afirma.

Desde 1985 tudo mudou, as infraestrutu-ras, as condições de trabalho, o valor dos im-postos. No entanto, se falarmos no volume de vendas do último ano, os números são iguais aos de 1985. Atualmente os clientes optam mais pela manutenção das viaturas, o que faz adiar a eventual troca de carros usados por novos ou a compra de novos modelos, mas António Chícharo não baixa os braços.

De forma a comunicar com os seus clien-tes e a reforçar a notoriedade da marca, o em-presário utiliza algumas estratégias, nomea-damente através de publicidade inserida nos meios de comunicação regional, sms (mensa-gens), inquéritos de satisfação ao cliente e re-des sociais. Paralelamente segue a linha que a marca estabelece aquando do início de qual-quer campanha. António Chícharo diz que “o retorno pode não ser imediato mas a longo prazo é positivo”.

O empresário salienta que se há relativa-mente pouco tempo o cliente aparecia no stand e se fazia o que o mesmo pedia, atualmente tra-balha-se numa situação inversa, procurando-se e investigando-se a necessidade do cliente.

Apesar das notórias quebras neste setor, o posicionamento do concessionário da Toyota ainda é estável. A empresa mantém o número de funcionários e até pensa em criar mais um

ou dois postos de trabalho. Na verdade onde sente mais a quebra é na venda das viaturas novas, diz António Chícharo, pelo que foi ne-cessário fazer um reajustamento, nomeada-mente no número de fornecedores.

A conjuntura do País não é a mais propí-cia e as perspetivas do empresário para 2013 “são más”, na medida em que verifica que o vo-lume de vendas caiu e a previsão das marcas para 2013 é de uma redução de venda de viatu-ras ainda mais significativa.

Nesta altura os números são preocupan-tes, segundo explica o empresário: “O im-posto automóvel em 2012 teve uma quebra de quase mil milhões de euros”. Dados estes que a Anecra confirma: “Em dezembro de 2012 a venda de viaturas novas em Portugal atingiu as 8 858 unidades, baixando 47,5 por cento face ao mesmo mês do ano prece-dente”. António Chícharo, apesar de prever uma situação muito complicada, é da opi-nião que irão surgir algumas soluções que não dependem dos operadores que estão neste setor, mas sim do Governo e da legis-lação que neste momento provocam a que-bra das vendas. Neste sentido, o empresário apela à população para que não se assuste: “Crises já nós tivemos muitas, não com es-tas dimensões”, mas “devemos acreditar que surgirão algumas soluções e até lá resta-nos a esperança de que alguma coisa acon-teça”, conclui.

Câmara de Vidigueira apoia empresários na compra de sistemas de faturaçãoA Câmara de Vidigueira vai apoiar

financeiramente os empresários locais

na aquisição de sistemas informáticos

de faturação certificados e obrigatórios

por lei desde o início deste ano para a

emissão de faturas, talões ou documentos

equivalentes. Nesse sentido, o município

realizou durante a semana, em todas

as localidades do concelho, sessões de

esclarecimento sobre as novas regras relativas

aos sistemas informáticos de faturação e

de apresentação da proposta de incentivo e

apoio financeiro da autarquia. As sessões

tiveram como destinatários empresários,

contabilistas e comunidade em geral.

Construção da ETAR de Cercal do Alentejo arranca no primeiro trimestre deste anoA Água Públicas do Alentejo (AGDA), após ter

assinado com o Consórcio Equisan

– Engenharia Ambiental Lda./ Eusébio & Filhos

S. A. o contrato de consignação da ETAR de

Cercal do Alentejo, prepara-se agora para a

empreitada de conceção/construção da referida

ETAR, que permitirá tratar a totalidade das

águas residuais da povoação de Cercal do

Alentejo. O projeto baseia-se num sistema de

lamas ativadas em reator biológico e tem uma

adjudicação no valor de 1 255 526,00 euros. O

presidente da Câmara Municipal de Santiago

do Cacém, Vítor Proença, afirma que esta obra

é de “grande importância para a população

do Cercal porque vem resolver um problema

ambiental que se arrastava há vários anos”.

Alentejo junta diversões para marcar golos no turismoA Turismo do Alentejo reforça a aposta na

interligação entre parques temáticos e ofertas

de lazer que se podem encontrar pela região.

Um programa de promoções que até mete em

jogo a nova mascote Gilberto, caderneta de

cromos e o Benfica, Sporting, Porto e Braga.

Foi criado um “plano de promoção integrado

que, a partir da estruturação de ofertas

cruzadas, atrairá mais visitantes aos parques

e contribuirá para o crescimento turístico

da região”. O novo projeto de dinamização e

promoção turística dos parques temáticos e

polos de animação, lançado pela Turismo do

Alentejo, inclui a Aldeia da Terra, a Amieira

Marina, o Badoca Safari Park, o centro de

Interpretação da Batalha de Atoleiros, o

Fluviário de Mora e o Monte Selvagem. Além

da brochura institucional, foi lançada uma

caderneta de cromos que funciona como

uma espécie de passaporte para registar

a passagem pelos vários divertimentos.

DDe aacococococococooccoc rdrdrdrdrdrdrddrddddo cooooooooom as pioreeeees ssssssss preveveveveveveveveevisisissisisssõeeõeõeõõõ ssssda AAAAAAAAAsssssssssssssssssococococcococococccco iaiaiaiaiaiaiaçãçãçãçãçãçãçãããçããããão o NaNNaNNNN ciononalal d dddddddasa EmEmEmEmEmEmEmEmEmEmmEmEmmmmmmprpprprprprprprprprprprprprprprpp esesesesesesesesesesesesssesssssssssssaasasasasasasasasaaaaaaaas d dddd ddddd ddddooooooo oooo oooooo ooooooooooo o o CoCoCoCoCoCoCoCoCoCooCooCoCooCoCCCooCoCCooomémémémémémmmémémémémmmmmémémémémémmémmémémércrcrccccrcrrrcrcrrcrcrcrcrcrccrcrcioioiooioooooioioiioioioioioioioioooo e eeeee e eeeeeeee e eeeeeeeeeeeeee ddddddddddddddddddddddddaaaaaa aaaaaa aaa aaaaaaaaaaaaaRepaaraçãç o AuAAAAuAAuAuAAAuAuAuAAAuAuAAAAAAAuAuAAuAAutotootttoototooooooommmmmmómómómmómómmmm veeeveveveeeeel,l,l,ll,,,,,,,,,, r rrr rrrrrr rrrrrrrr rrrreggggggggggggggggissssssissssssssssssssssssstotttotottotototottotototttotttototottotootottoouuuu-u-u-uu sesesesesse ememem 22 2012 uummmmmmmmmmmmmmmmmmma aa quqquuquququuquququqq ebebebebebebebebebebebeebbbrarararaararararrararaar dd d dddd ddddeeee eeeeeeeeeeeeeee 4040404040400400404000000 p pp pppppp p pp ppp ppp ppp poooorororooorooo cececececentntnntnto oooooo o o nannnnnnananas ss s vvvvvvvveeevvevevvvvvevvvvv ndndndndnddnddasassasasasasa d d d ddddddddddddeee e e eeeee veveveveveveveeveeveveevevevevevevevv ícíícícícícíícícícícícíccíícícíccícícícccící uululululululululululuuuluuuuululuululullososososososooo nnnnnnnnnnn n nnnovovovvovovovovovvvososossososoosos faface ao ana ooooooo o oooooooooooooo dededeeededededededed 2 2 2 222 222222222220101010101010101010110101010110111.1.1.1.1.1.1.1.1.1.1111.111111111.1 OOO OOOOOOOOO OOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOO c cccccccccc cccccc c ccc ccceeeeeeeneneneneneeenenenenenneneeeeene árárárárárárárrrrárrárrrrrrrráárárrá iiiiiiioiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimamamammmmmm crc oecoooonnónnónnnnónóónnnnónóómimimimimmmmmiiimmimiccccocococcoooococccococococoococccco eeeeee e eeeeeee eeeee aaaaaaaaaaaaaaa aaaaaaa aaaaaa aasssssssssssssss ssss sssssss mememememememeemeememememememememeemmmmeeemmemmemmmmeeedddiddiddididididididididididididiidddiddddd ddddddddaddadddddddddddadaddadaddddadddadddadddd s deauaauauauuauuauauuauauuauaaua ststststststststststtstststststtssttererererereerereee idididididididadaddddaddadddadadde ee e e ee e eeeeeee imimimimimmmimmimmmimmimmmimimimmmmmmmmmmppppopopooooooooopooopopopopooppooooopoppp stststststststststssststsststsststsstssststsstsstsss asasasaasasasasasasaasasasaasaasaasasasasassssssasaassa p p pp pp p p pp p p pp p pppppppp ppppppeeelelelellleeleleeleeeeeeeeeeeeeeeee oo oo oo ooooooooooo GoGoGoGGoGoooooGGoGoGoGooGoGGoGoGoGooooGoooooGGoGGGGoGGooGoGGooverno cocococcccocccocccococccccococoooc ntntntntntntntttnttntntntntnntntririririririririrr bububbubububububububuírírírírírrríírrrírrraaaaaaamamamammamamamamamamamaammamammmmmmmm d dddddddde e ee fofofoooooooooofooooooooooooooooooofoofooofffoffooooorrmrmrmrmrmmmmrrmrmrmrmrmrmrmmmrmrrrmmr a aa aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa dedededededededddeedddedededededeeeeee iciciciciciicicicicisisiiiiisiiiiiissisisisiisisissiiiss vvavv papapapapapappap rararararaarrara e ee e eeestststststststs e eee e ee e dddddddddedededeeeddeeddededddedededededdddedeeddeeessfsfsfsfsffsssfsfsffsssfececececececcccccccccccccceccecee hohohohohohhhohohhohhohohohhohhhhohohoohohohohohhhohohoo ddddd d d d d ddddddddddddddddddddeseseseeeseseseseseseeseseseseseseseeseseseseeeeseeseeeesasasasasasasaaasasaaasasasasassaaasasasasasassasaastrtrtrtrtrtrtrtrtrtrttrtrtrttrtrttrtrtrtrtrtrttrtttttrrrtrttttrtrtrtroososososossssossosossossosossosssssssosssosoososossosssosoossoo.o PaPaPaPaPaPaPaPaPaPaPaPaP rararararaararrra o ooos sss didididiiiiidiiiididiirrrrrririririiirirrirrirrrirriririrr gegegegegeeeggegeeeggegegegegegg ntntntntntnntntntnnnttnteseseseseseseesessessessss dd d ddddddddaa aa aaa a aaaa AnAnAnAnAnAnAnAnAnAnAnAnAAAneceeecececeecececececcececececececeeecececceeeececeeceeccececcrararararaararaaaraaaraarararaarrrararrrarr , , aa drdrdrdrdrdrdrdrddrdddrddrd amamamamamammmaamaamaa átátátáátáá iciciccccaaaaaaa aaaaa a aaaaaaa sisisisisisisssssss tuttututututututuuuutuuuuaaaçaçaçaçaçaçaçaaaçaaaaça ãoãoãooãoãoãoãão qqqqqqqqq queueueeeeueeeeeeeee o o o o o ooo s sss sssssssseteteteetetttttttttttttttetttetetettttttttetttteetorororor auauauauauauauuuauuuuauuauauauauauaauuuaauuauuauauaauaaauautotottototooototottototototototottottotooootottototototoomómómómómómómóómmómómómómmómómmmóóveveveveveeeeeeeeeeveeeeeeeeeeevel l ll llll ll emememememmemememmmmeeeeme PPPPPPP PPorororororororororroorrorrrrrrrrro ttutututtutututututtutututtututuutututttt gagagagagagagaggg l l l ll llll atatataatatataatatatattaa rrarararararararararaaar vvvvvvvvevevevevevvvevevvvvvvvvvvvvvvv ssssssssa,a,a,a, ememmememmmmem ccccccccccc c ccccccononononnonnononononononononononononononseseseseseseseseseseesesesseseseseseeeeququququququququququququuuququququqqququênênênênênênênênênêênêêêncciciciciciciciciciciicicicicciciciciciciicic aaaaaa a aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa aaa daddadadadadadadadadadadaddddadadddddddadaa d ddddd ddddddd dddddimimimimmmimimimimimmmininininnininininuuuuuuuuuuiuuiiuiuiuuuuuuuuuuiuuuuuuuuuuuuuu çãçãçãçãçãção o o oo dodoodo r renendididididididididiimemememememmemememmemmmmmmmm nnnnntntnto o diddidiidididididididdidididdiddddddddispspspspsppppspspppspspspspspspsppponononononononnonnnnononnononononononononononononononnnnnnonnívívívívívvívívívívívívívívívíívívívívívívívívíívívívívívívvvívívvívívelelellelelelleleleleeeeeleleleleleleleeeleeleleeelell ccccc ccc ccc cccccccc cooomomomomomooomommmoefefeefefefefefeieieieieiee totototototoosss s ss rererererer cececc ssssssivivivivivivvvososososososoo n n nnnnnoo o oo o o ccccocococc nsnsnsnsumumuummmumummumumummumummmooooooo ooo o o eeeeeeeee eeeeeeeee nonnononononononono iiiiii ii invnvnvnvnvnvnnnvesesesesestitiitiitt memememem ntntntntnttoo,o,o,o, i i i irárráráráá aa a aaacecececec ntntntntntn uauuuauaaaaaaaaar-r-r-r-r-r-sesesesese e eeeeem m mtetetetetetetetermrmrmmosss aaa aabsbsbbbbsbsbbssbbsbsbsbsolloloolollollololooooooo utututtuttutututtososoosososoo n n nnno o o ooo ananananana o o o o o 22202020000000000131313131313131331 .....

Um

M

Al

um

do

m

a t

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

27

Dica da semanaAo folhearmos o livro Ir e Vir, não pudemos deixar de nos recordar de Henri Matisse, um grande mestre da pintura que marcou, sem sombra de dúvidas, a arte do início do século XX. Com um estilo único e inconfundível, a sua obra muda de rumo quando depois de uma operação fica refém da sua cama e inicia uma série de novos trabalhos basea-dos em recortes. A simplicidade das formas de Bernardo Carvalho fez-nos recuar no tempo. Podes ver mais obras de Matisse seguindo este link http://www.nga.gov/cgi-bin/tsearch?oldartistid=21250

A Biblioteca Municipal de Ourique Jorge Sampaio tem patente ao público até ao final do mês a exposição

“EXPOArte”, da responsabilidade dos alunos do Agrupamento Vertical de Ourique. A mostra dá a

conhecer um conjunto de trabalhos realizados pelos alunos do 3.º ciclo nas disciplinas de Educação Visual

e Educação Tecnológica e pelos alunos com necessidades educativas especiais no âmbito da exposição

nacional “Arte e Criatividade”, organizada pela Câmara Municipal de Almada. O 1.º prémio nacional foi

atribuído ao aluno Marco Gingado Luz, com a obra “Autorretrato”.

Alunos de Ourique

expõem na biblioteca

municipal

PaisAngry birds em queijo deixa os pequenos e os pais contentes.

A páginas tantas... Ir e Vir de Isabel Minhós Martins e ilustrado por Bernardo Carvalho, lembra-nos que na Terra não somos os únicos a percorrer grandes distâncias. Tal como nós, muitas aves, peixes e mamíferos deslocam-se centenas de quilómetros, em busca de alimento, ou-

tras terras ou de um bom lugar para ter as suas crias. Não é só o facto de percorrem milhares de quilómetros, existe mais alguma coisa que nos faz parar e pensar. Um li-vro que nos faz refletir sobre o modo como vivemos que tantas vezes coloca em risco

o equilíbrio do planeta que também é a nossa casa.

À soltaDe certeza que ainda há por aí umas caixas dos presentes que recebeste,

por isso pede aos teus pais para te ajudarem a reciclar e a transformar em bons momentos de brincadeira.

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

Boa vida

28 A Iris é uma cadela jovem que vivia nas ruas. Agora está no canil

mas continua a correr perigos e não está feliz. Procuramos uns

donos que lhe possam dar a atenção e o carinho que ela merece. É

muito sociável e bem-disposta. Vai ser uma amiga inesquecível.

Será esterilizada e vacinada e ser-lhe-á colocado um chip.

Venham conhecê-la ao Cantinho dos Animais de Beja.

Contactos: 962432844. [email protected]

ComerRabo de boi estufado com legumes e batata fritaIngredientes para 4 pessoas:1,5 kg. de rabo de boi; 1 dl. de azeite; q.b. de sal grosso; q.b. de farinha de trigo; 2 ce-bolas; 4 dentes de alho; 2 ce-nouras; 2 tomates madu-ros; 1 alho francês; 1 folha de louro; 1 molho de salsa; 4 dl. de vinho branco alentejano; batatas fritas aos quadrados grandes; q.b .de salsa picada.

Confeção:Corte o rabo de boi em troços com mais ou menos seis cen-tímetros cada. Tempere-os com sal e passe por farinha. Numa frigideira com azeite core a carne e reserve.Coloque o azeite que corou a carne num tacho e junte as cebolas cortada aos quartos, alhos picados, cenoura às ro-delas grossas, tomate sem pele e sem grainhas esmagados com a mão, alho francês às ro-delas, louro, salsa e um pouco de sal. Leve ao lume e deixe ferver um pouco os legumes.De seguida junte a carne e o vi-nho branco. Deixe ferver até evaporar o álcool. Cubra a carne com água e tape. Quando le-vantar fervura retire a espuma e as impurezas que se vão for-mando no cimo, com a ajuda de uma escumadeira. Deixe cozer lentamente, tendo sem-pre o cuidado de ir adicionando água, até a carne estar cozida.Retifique o tempero e no mo-mento de servir coloque as ba-tatas fritas por cima da carne e polvilhe com salsa picada.Bom apetite….

Nota: Este prato leva mais ou menos três horas a cozinhar, mas vale a pena o tempo. Faça este prato de um dia para o outro, porque fica ainda mais saboroso.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

LetrasNovas & velhas tendências no cinema português contemporâneo

O livro nasceu fruto do projeto “Principais tendências no cinema português contem-

porâneo” financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, coorde-nado por José Maria Mendes. Através de entrevistas aos realizadores e pro-dutores nacionais procura responder a “Quais são as principais caracterís-ticas do desenvolvimento de projetos para cinema em Portugal” e ensaia identificar as novas tendências sur-gidas no cinema português já neste início de século.

“Três gerações de cineastas pós-Ci-nema Novo coabitam e se entrecruzam” nas entrevistas, explica Mendes. A mais antiga é aquela representada por João Canijo, Margarida Gil, João Botelho, en-tre outros, “muitos próximos da gera-ção dos ‘pais fundadores’ do Cinema Novo”, com os quais ainda privaram. A geração intermédia é a de Edgar Pera, Teresa Villaverde, Joaquim Sapinho, etc., e a mais recente é a de Miguel Gomes, Marco Martins e João Salaviza, só para nomear alguns cineastas desta geração. João Maria Mendes nota que o cinema português é visto pela crítica como um “quase-género” não obstante a variedade de experiências autorais que abarca. Constata que a ideia de cinema portu-guês mais partilhada é a de que este é ar-tesanal e de autor sendo poucos os auto-res que desejam um perfil “industrial” para o mesmo. A diversidade de temas e ideias multiplica-se em função da pers-petiva, predominantemente autoral e o traço mais comum é o do investimento individual na criação de narrativas sendo que os realizadores se afirmam como autores que trabalham em “liber-dade total”. Mendes afirma, entre outras leituras, que há uma ideologia narrativa dominante mas refere a dificuldade em sair do “cinema narrativo” e encontrar um estilo que sirva a abordagem poética, dominante. Após um ano zero de apoios estatais ao cinema português que, para-doxalmente, foi um ano de aclamação internacional – muito por via do êxito de crítica de “Tabu”, de Miguel Gomes – esta obra afirma-se como um diagnós-tico fundamental para pensar o cinema português.

Maria do Carmo Piçarra

Passou-se mais um Natal, e nesta pri-meira crónica quero assinalar essa data pelo significado que o dia 25

de dezembro tem para a tauromaquia be-jense, pois os destinos das duas maiores fi-guras do toureio bejense cruzam-se nesse dia.

Foi no dia de Natal de 1932, há 80 anos atrás, que em Beja nasceu Francisco

Mendes da Silva Conceição, que fi-cou imortalizado no mundo taurino por Francisco Mendes. Talentoso com o ca-pote e artista com a muleta, pisou arenas de Espanha, França, México, Venezuela, Guatemala e Perú. “Paco” Mendes, com era carinhosamente tratado em Espanha,

recebeu a alternativa de matador de toiros em 10 de agosto de 1954 na praça de toi-ros de Málaga. Alternativa concedida por Antonio Ordoñez, que lhe cedeu o pri-meiro toiro da corrida com o nome de “Gatidano”, da ganadaria de Conde de la Corte.

Em 23 de setembro de 1954 o matador Chico Mendes triunfou em Arles (França), com toiros de Assunção Coimbra, cor-tando orelha no primeiro e duas orelhas e rabo no segundo. A lide do segundo toiro foi brindada ao seu admirador Pablo Picasso.

A 25 de dezembro de 1987 faleceu em Beja o cavaleiro bejense José Francisco Varela Crujo, após um longo período em estado de coma, provocado por graves le-sões cerebrais ao ser violentamente co-lhido a 11 de agosto de 1983 na arena do Campo Pequeno, quando lidava um toiro da ganadaria de Pontes Dias, numa cor-rida mista em que tinha por alternantes, a cavalo, o veterano José Maldonado Cortes e, a pé, Mário Coelho e Pepe Câmara.

José Francisco Varela Crujo nasceu a 23 de outubro de 1956 e recebeu a alterna-tiva no Campo Pequeno em 10 de abril de 1977 (domingo de Páscoa), apadrinhado por mestre David Ribeiro Telles, com toi-ros da ganadaria de Ortigão Costa. Viveu os momentos mais altos da sua carreira nos anos de 1981 e 82, em arenas nacionais e também em Espanha e França.

Assim, termino a dedicar esta primeira crónica a estas duas enormes figuras do toureio bejense!

Vítor Morais Besugo

Coord. João Maria MendesGradiva50,80 euros578 págs.

ToirosMendes e Crujo

A 25 de dezembro de 1987 faleceu em Beja o cavaleiro bejense José Francisco Varela Crujo, após um longo período em estado de coma, provocado por graves lesões cerebrais ao ser violentamente colhido a 11 de agosto de 1983 na arena do Campo Pequeno.

José Francisco Varela Crujo Francisco Mendes

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

29

O Núcleo de Filatelia de Faro – ATAF inaugurou na segunda-feira, dia 7, uma mostra de filatelia, que está a

decorrer na Estação de Correios do Carmo, na cidade de Faro. A exposição, que assi-nala a passagem do 6.º aniversário do ATAF, encerrará na próxima sexta-feira, dia 18, e pode ser visitada durante o horário da esta-ção. Para assinalar a efeméride, os Correios emitiram um carimbo comemorativo que foi usado no local da exposição no dia da inauguração.

Estão expostas 12 coleções de várias dis-ciplinas filatélicas: Ceres – Variedades de Cliché de Carlos Correia; Primeiros Selos da República (Luís Brás); Mar-cof i lia de Faro (Francisco Paiva); Os Castelos de Portugal (Ricardo Brito); Travessia Aérea de 1922 (Ricardo Brito); O Cinema na Filatelia (Jorge Bomba); Os Azulejos em Por t uga l ( José Pintado); A Avia-ção (António Fon-seca); O Natal (Al-bano Santos); De Sonho a Realidade; (Hélder Lucas); Pintores Portugueses nos Inteiros Postais (Luís Brás); e Homens e Mulheres da História (Sérgio Pedro).

O Núcleo de Filatelia de Faro iniciou a sua atividade a 15 de dezembro de 2006, com um salão de filatelia no Museu Municipal de Faro, que foi filatelizado através da emissão de um carimbo comemorativo e contou com o apoio da AFAL – Associação Filatélica Alentejo-Algarve, nomeadamente do prof. António Borralho, presidente da AFAL e membro dos corpos sociais da Federação Portuguesa de Filatelia e jurado interna-cional. Porém, foi no início de 2007 que co-meçou a preparar trabalho para que se pu-dessem prolongar no tempo as atividades filatélicas com um grupo de filatelistas da cidade de Faro e seus arredores.

Pode ler-se no catálogo que, “uma das questões que é colocada com frequência é o porquê de nos denominarmos Núcleo de Filatelia de Faro – ATAF. A razão deve-se ao facto de as atividades do núcleo se terem iniciado com um grupo de trabalhadores do município de Faro que, com o apoio da sua associação, formaram um grupo de traba-lho direcionado à filatelia, porém esse tra-balho visou sempre encontrar mais colecio-nadores que participassem nas atividades.

Foi com muito prazer que os fundado-res deste núcleo viram juntar-se a ele mais

de uma dezena de colecionadores que nunca haviam exposto (e muitos já tinham as co-leções de selos há muito tempo guardadas) e com o seu esforço levarem a cabo a difícil tarefa de em seis anos organizar 26 mostras filatélicas, sendo que mais de aproxima-damente metade delas foram direcionadas para crianças. Como fruto desse trabalho, em 2011 foi criado um Núcleo Juvenil de Filatelia no Agrupamento Vertical de Escolas de Estoi. Destaque-se ainda o exce-lente apoio que ATAF tem dado a este núcleo, apesar das extremas dificuldades que atual-

mente atravessa”.O artigo ter-

mina com um apelo aos visitan-tes para que colo-quem sempre um selo nas suas car-tas, costume este cada vez menos frequente, infeliz-mente até entre fi-latelistas. Queira Deus que o conse-lho encontre mui-tos ouvidos a ele sensíveis.

A l i s t a gem que se segue é a dos eventos fila-télicos organiza-

dos pelo Núcleo de Filatelia de Faro – ATAF: Algarpex 2012 (27/09/2012); 140 Anos do Nascimento de Maria Veleda (01/10/2011); 550 Anos morte Infante D. Henrique - Faro (26/02/2011); 550 Anos morte Infante D. Henrique – Olhão (04/02/2011); 550 Anos morte Infante D. Henrique – Albufeira (07/01/2011); 550 Anos morte Infante D. Henrique – Albufeira (27/11/2010); 75 Anos do Clube “Os Bonjoanenses” (04/05/2010); O 25 de abril (21/04/2010); Dia Mundial das Zonas Húmidas (06/02/2010); UNIR – Saúde Mental (04/01/2010); Trigésimo Aniversário do Hospital de Faro (21/12/2009); A Filatelia é Gira – Mar (02/08/2009); O 25 de abril e o Montenegro (20/04/2009); A filatelia é Gira (02/03/2009); 40 anos de Associativismo dos Trabalhadores do Município de Faro (13/12/2008); Filatelia na EB 1 de S. Luís – Faro (12/12/2008); Filatelia na EB 1 de Penha – Faro (11/12/2008); Filatelia na EB 2/3 de Afonso III (10/12/2008); Filatelia na EB 1 de V. Carneiros Faro (09/12/2008); Filatelia na EB 2/3 de Poeta Emiliano da Costa (05/12/2008); Filatelia na EB 2/3 de Montenegro (04/12/2008); Olhão da Restauração – 200 anos (07/06/2008); III Mostra Filatélica do NFF (05/01/2008); II Mostra Filatélica do NFF (11/12/2007); e Salão de Filatelia AFAL & ATAF 15/12/2006).

Geada de Sousa

FilateliaA primeira exposição do ano é em Faro g

Carneiro – (21/3 – 20/4)

Poderá tomar a iniciativa de mudar o cenário do seu

quadro profissional colocando em andamento um

projeto ambicioso e inédito, o qual se concretizará.

A sua profissão e a sua carreira estão agora

favorecidas. Adie decisões de foro sentimental

para uma fase mais adequada e tranquila.

Entretanto, saia, faça tudo o que lhe apetecer,

exceto ficar em casa.

hTouro – (21/4 – 21/5)

Com a capacidade intuitiva em alta, poderá evitar

situações de constrangimento a nível profissional.

Este é um período em que o seu lado profissional

estará no auge. Conjuntura favorável para viagens

satisfazendo o seu desejo de mudança. Possibilidade

para novo contexto de relações sociais. Durante

esta semana terá tendência a sentir ciúmes e

sentimentos de posse, o que lhe poderá provocar

alguns conflitos.

iGémeos – (21/5 – 21/6)

Nesta altura sentirá crescer dentro de si uma

necessidade de mudança, de quebra de rotina.

Assumirá novas posturas perante a vida mas

procure não radicalizar, porque este tipo de atitude

pode prejudicá-lo e desequilibrar a sua relação

com o mundo. Este momento não é propício a

lutas e desentendimentos, pelo contrário, sentirá

necessidade de harmonia e paz. A saúde estará

boa, para manter adote uma alimentação variada e

equilibrada.

jCaranguejo – (22/6 – 22/7)

Sentirá necessidade de se renovar interiormente,

eliminando as coisas velhas e já superadas do seu

passado, substituindo-as por novas. Após um período

de introspeção reconhecerá em si toda a força

interior que lhe é inata. A relação a dois exige trabalho

até obter bons resultados; deverá assumir os deveres

e obrigações que uma relação a sério exige. A nível

profissional a sua facilidade de comunicação com

superiores e subordinados tornará o seu percurso

bastante compensador.

kLeão – (23/7 – 23/8)

Tranquilidade e paz serão a tónica desta altura.

Profissionalmente, a harmonia no trabalho confirma

que disciplina e rigor compensam. Neste período

sentir-se-á mais extrovertido sentindo que as

relações com as outras pessoas estarão mais

facilitadas. Este momento poderá trazer-lhe a

simpatia dos seus pares ou até o afeto de alguém. O

seu estado físico, em bom nível nesta fase, transmite-

lhe vontade e eficiência.

lVirgem – (24/8 – 23/9)

A sua criatividade andará à velocidade da luz;

uma ideia nova germinará a cada instante no

seu cérebro exercitando a sua agilidade mental

também através da leitura e da escrita. Para

triunfar bastará ser mais organizado e diplomata.

Aproveitará melhor a intimidade da sua casa, junto

da sua família. Quanto à saúde, aguentará com

todos os excessos, desde que pratique o habitual

exercício físico.

aBalança – (24/9 – 23/10)

Terá facilidade em reatar antigas relações de amizade

e de aprofundar as atuais. Estará disponível para ser

protetor e um ombro amigo para os que necessitam. É

o momento de contribuir eficazmente para a harmonia

familiar evitando conflitos no dia a dia. Mostre-se como

é, espontaneamente e sem receios. No amor, deixará de

ser discreto, a pessoa que ama não tardará em sabê-lo.

bEscorpião – (24/10 – 22/11)

Com firmeza inabalável confirmará o seu poder a nível

profissional e conquistará reconhecido sucesso nos

projetos profissionais. Em relação ao aspeto financeiro,

este necessitará de grande ponderação e prevenção.Todos

os documentos deverão ser analisados antes de concluir

qualquer negócio. A comunicação com os outros estará

favorecida, melhorando, assim, o ambiente que o rodeia.

Tendência para adquirir tudo o que trouxer maior beleza e

conforto à sua vida, desde roupas a objetos de arte.

cSagitário – (23/11 – 21/12)

Um turbilhão amoroso e uma felicidade inabalável. Um

novo amor rejuvenescerá a sua vida, aumentará a sua

autoestima e o seu ego estará em festa. Os cremes

farão efeito mas o grande motor será o seu coração.

Apaixonado, sentir-se-á outro. Este sentimento levá-

lo-á a uma melhor realização pessoal a todos os níveis.

No trabalho conseguirá dar vida a novos projetos

aproveitando um bom momento para aplicação de

atividades financeiras desde que pouco extravagantes.

Aproveitará todos os momentos para fugir à rotina;

ginásio, convívio com os amigos. Saia e conviva.

dCapricórnio – (22/12 – 20/01)

Esteja preparado para atravessar momentos agitados

em que se preocupará, essencialmente, com o seu

bem estar pessoal, financeiro, profissional e físico.

Tome todas as precauções que puder para não

perder completamente o controlo até tudo acalmar.

Mantenha-se longe de quem tem opiniões negativas

sobre as suas atividades. Em relação à saúde, procure

equilibrar-se, descontrair em ambientes confortáveis,

iniciar uma dieta, ou uma desintoxicação à base de

líquidos. Não tome tão a sério certos aspetos da vida.

eAquário – (21/1 – 19/2)

No aspeto profissional, ainda não conseguiu

solucionar um conflito ou desacordo; use o seu tato e

diplomacia para aliviar o ambiente de tensão. Procure

agir sabiamente com harmonia e tranquilidade, sem

retorquir. Momento ideal para refletir sobre si próprio

enriquecendo o seu autoconhecimento. Embora

mais sensível e com a sua energia em baixo, sentirá

necessidade de melhorar o seu relacionamento com

o seu grupo de amigos. As amizades sairão otimizadas

devido à sua simpatia e boa disposição.

fPeixes – (20/2 – 20/3)

Se gostar de si, os outros também gostarão. No

fundo, a sua felicidade depende de um problema de

autoconfiança. A sua simpatia e amabilidade terão

repercussões no relacionamento com os seus colegas

e no ambiente profissional. Sentir-se-á mais realizado,

mais reconhecido e respeitado; os ingredientes para

se sentir realizado. Proteja-se de constipações,

agasalhando-se e tomando vitaminas.

Características do signo Capricórnio – (22/12 - 20/01)

Planeta Regente – Saturno | Elemento – Terra

O nativo do Capricórnio caracteriza-se pela sua capacidade de concretização, poder de organização,

disciplina, perseverança e ambição. É o signo das pessoas metódicas, complexas, persistentes e

engenhosas. No campo afetivo é desconfiado mas fiel. Embora inicialmente reservado, necessitará

de convívio e confiança para ser um dedicado, leal e colaborador amigo.

Ana Maria Baptista

Taróloga

Contacto para marcação de consultas: 968117086

Previsões – Semana de 12 a 18 de janeiro

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

330

Fim de semana

Eduardo Moreira apresenta livro de memórias em Aljustrel Do fundo das minas de Aljustrel para as profundezas da selva de Moçambique, o livro de memó-rias autobiográficas de Eduardo Moreira, “um ilustre munícipe aljustrelense”, é apresentado amanhã, sábado, pelas 18 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel. A publi-cação, com prefácio de Francisco Palma Colaço, “conta a história de vida de Eduardo Moreira desde que nasceu em 1933, o motivo da sua vinda para Aljustrel, a sua experiência de vida em Moçambique, a paixão que nutria pela sua esposa e a sua vasta experiência profissional”.

BD, “Cavaleiro Andante” e “Artistas do metal” na Casa da Cultura, em Beja A Casa da Cultura, em Beja, acolhe a partir

de amanhã, sábado, e até dia 28, quatro

novas exposições, numa organização da

Bedeteca de Beja. “O morro da favela e

outras histórias”, uma mostra de banda

desenhada de André Diniz, será inaugurada

no 1.º andar, pelas 17 e 30 horas, com a

presença do autor. À mesma hora, mas no rés

do chão da Casa da Cultura (ala esquerda),

será apresentada “Avenida marginal”, uma

exposição coletiva de banda desenhada com

Afonso Ferreira, André Valente, Catarina

Gil, Daniela Viçoso, Diogo Campos,

Fábio Araújo, Fernando Madeira, Filipe

Cardoso, Lucas Marques, Luís Nogueira,

Luís Silva, Pedro Horta e Silvestre Francisco

(Véte), entre muitos outros. Já a cafetaria

receberá uma mostra bibliográfica da

revista “Cavaleiro Andante” (1952/ 1962) e

o hall a exposição “Artistas do metal”, que

integra ilustrações para capas de discos de

vinil da coleção particular de Nuno Fonseca,

com trabalhos, entre outros, de Derek Riggs

(Iron Maiden), Steve Huston (Dio), Ken

Kelly (Manowar), John Blanche (Sabbat),

Jean Delville (Morbide Angel), Sean

Rodgers (Nuclear Assault), David Heffernan

(Anthrax), Joe Petagno (Motorhead),

Phil Lawvere (Kreator), Edward J. Repka

(Megadeth), Kev Walker (Toranaga), Paul

R. Alexander (Assassin), Eric Phillipe

(Thanatos), Michael R. Whelan (Sepultura)

e Greg Hildebrandt (Black Sabbath) .

Professores do Conservatório em concerto de Reis no Pax JuliaO auditório do Pax Julia Teatro Municipal

recebe na noite de hoje, sexta-feira, um

concerto de Reis, a cargo dos professores

do Conservatório Regional do Baixo

Alentejo, que se apresentam em palco com

variações de pequenas peças para solo,

duos, trio e quarteto, das mais variadas

formações. O concerto tem início com

um solo de guitarra por João Nunes, que

integrará também o duo de guitarra e

violoncelo com Halina Berezowska e o

duo de guitarra e violino com Andreia

Fernandes. Seguir-se-ão as formações

com piano e violino com Cláudia Silva e

Andreia Fernandes e piano e trombone

com Ana Orelhas e João Bartolomeu. No

trompete e percussão, André Dourado e

Pedro Fernandes farão soar as notas no

palco, dando entrada ao trio comporto

por Marisa Cavaco (clarinete), Joaquim

Simões (fagote) e Elsa Marques (flauta

transversal). Na despedida, as vozes do

quarteto de metais “anunciam as boas

novas do ano 2013 com toda a exuberância”

ao som da trompa com Jorge Barradas,

do trombone com João Bartolomeu e

das trompetes com André Dourado e

Hélio Ramalho. A entrada é livre.

Pedro Hackett expõe

“Fragmentos de memória” em Santiago

O Comboio das Cinco

Luís Afonso apresenta primeiro livro de ficção em Aljustrel e Serpa

O Comboio das Cinco, o título do pri-meiro livro de ficção do cartoonista Luís Afonso, é apresentado hoje, sexta-feira,

pelas 18 e 30 horas, em Aljustrel, sua terra natal. A apresentação da obra, que terá lugar no auditó-rio da Biblioteca Municipal, está a cargo de Jorge Benvinda, músico dos Virgem Suta, e será lida pelo ator Pedro Lamares.

Amanhã, sábado, será apresentada em Serpa, cidade onde reside o cartoonista. A sessão está agendada para as 18 horas, na biblioteca Municipal Abade Correia da Serra, estando a apresentação da obra a cargo de Sérgio Godinho e a sua leitura mais uma vez por Pedro Lamares.

Esta primeira obra de ficção de Luís Afonso, não exclusivamente desenhada, decorre nos finais dos anos 80 e tem como personagem principal um es-critor e repórter “pós-moderno” chamado “Lopes”. A obra, editada pela Abysmo, retrata a história de um professor de geografia humana à espera de um comboio que nunca ninguém viu passar, numa esta-ção perdida e abandonada no Alentejo. O livro, com “forte teor irónico e dimensão lúdica”, contém “indi-cadores de qualidade literária”, repetidamente assi-nalados à margem do livro, levando assim os leitores a um menor esforço de leitura, para que não tenham de se “maçar” à procura de uma escrita mais elabo-rada ou de uma tirada mais pomposa. É como se o autor “estivesse a adaptar a escrita a um tempo em que as pessoas não pensam e estão mais habituadas a carregar em botões para dizer ‘gosto’ sem tentarem perceber o conteúdo das coisas”.

Com uma proposta para a realização de um filme, esta história irá ser levada ao palco do São Luiz, no próximo mês de março, com Pedro Lamares a fazer uma leitura encenada da mesma.

Inaugurada na terça-feira, continua patente

ao público, no Auditório Municipal António

Chaínho, em Santiago do Cacém, a exposição de

pintura da autoria de Pedro Hackett, intitulada

“Fragmentos de memória”. A mostra, que pode

ser vista até dia ao 24 de março, “propõe uma

viagem pelas memórias e recordações, onde

se cruzam diversas narrativas e emoções”. A

pintura de Pedro Hackett “consegue quebrar a

indiferença, provocar emoções e interpretações,

por vezes ambíguas e contraditórias”, refere

a Câmara Municipal de Santiago do Cacém.

JOSÉ

SER

RA

NO

Diá

rio d

o A

lent

ejo

11 ja

neiro

201

3

facebook.com/naoconfirmonemdesminto

31

Inquérito Viu a reportagem da SIC sobre os investimentos públicos em Beja, no passado domingo?

PEDRO MOURINHO,

40 ANOS

Pessoa que teve o seu

momento alto na car-

reira quando apresentou

o Caderno Diário

Vi, fui eu que a fiz e acho que foi uma reporta-

gem de grande quilate intelectual. É sempre bom

ir à província e explicar aos camponeses que o di-

nheiro não estica e que quando é aplicado noutros

sítios que não sejam a Grande Lisboa geralmente

dá mau resultado. Precisamos de investimento pú-

blico como deve ser: o que calhava bem agora era

uma ponte, com TGV incluído, entre a minha casa

e a praia do Guincho para poder ir lá beber um

cafézinho…

GUSTAVA DE PELO

NA VENTA, 38 ANOS

Pessoa que anda que

nem pode…

Ah, não me diga nada que eu ainda estou em brasa

com aquela reportagem! Depois daquela conversa

sobre o aeroporto de Beja, lancei um feitiço contra

o senhor Mourinho: espero que lhe apareça um han-

gar no meio dos dentes como aquele que tem o Mário

Crespo. E que um Antonov se lembre de aterrar no

seu céu da boca. Pá, alguém me agarre que eu vou-

me ao Mourinho!

CÁTIA PALHINHA, 23 ANOS

Concorrente da Casa dos

Segredos que usa óculos

para conseguir regres-

sar mais facilmente à

nave mãe

Eu cá não me meto em nada disso. Desde que en-

gravidei que só como saladas para não apanhar

essa cena da reportagem… A verdade é que não

vejo a SIC, porque a TVI não me deixa… Se bem

que me preocupo com Beja, como grande cidade al-

garvia que é. O que me interessa é que estou muito

contente com o meu contrato para estar na Casa, é

espetacular: pagam-me, posso continuar a não sa-

ber conjugar um verbo e fizeram-me uma tatua-

gem linda que tapa completamente o símbolo da

ganadaria.

Autárquicas 2013: Sétima arte inspira-se em Beja e apresenta a “Liga dos Ex-Comunistas Extraordinários”!

As próximas eleições autárquicas em Beja prometem ser escaldantes – prevê-se que em confronto estejam três candidatos que já foram comunistas: Pulido Va-lente e António Sebastião (confirmados) e Lopes Guerreiro (a confirmar). Este facto não escapou aos olhares atentos de Hollywood que, inspirando-se na nossa política regional, já decidiu fazer uma sequela do filme “Liga de Cavalheiros Extraordinários”. “Liga dos Ex-Comunistas Extraordinários” é a história de um con-junto de ex-militantes do PCP que pretende lutar contra o jugo opressor vindo da rua da Ancha e do “malévolo” conde Pós-de-Mina (ou João Rocha).

Beja: Jantar de Sócrates com os apoiantes realizou-se no Parque das Merendas

Afinal as redes sociais não servem apenas para postar fotos de comida ou de pés à beira de uma piscina – foi através do Twitter, por intermédio de Edite Estrela, que se soube de um jantar realizado na semana passada em que participou o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, e alguns dos seus apoiantes. Ao que parece, a eurodeputada divulgou uma men-sagem “privada” na rede social, e aquilo que se pretendia secreto acabou por se tornar do domínio público. Todavia, não foram divulgados mais detalhes acerca do jantar… até agora! O correspondente da Não con-firmo, nem desminto em Paris descobriu que o jantar de Sócrates com os seus apoiantes se realizou no Parque das Merendas, em Beja. Fonte su-bornada com um possível voto no PS nas próximas eleições explicou-nos porque escolheram este local e deu-nos a conhecer a ementa: “A locali-zação foi inesperada, até para nós… Mas rapidamente chegámos à con-clusão que o espaço era o ideal: é amplo o suficiente para o Augusto San-tos Silva correr em paz e cansar-se para dormir melhor, e está repleto de árvores, o que o torna o local ideal para prender José Lello a um pinheiro como se fazia com o bardo no final das aventuras do Asterix. A ementa também foi uma agradável surpresa para pessoal habituado a refeições gourmet… frango assado do Mod… do Continente com batatas fritas de pacote. E a sobremesa foi um croissant barrado com tulicreme”. Sabe-mos agora que José Sócrates chegou a ser avistado por alguns transeun-tes que o confundiram com George Clooney e lhe terão pedido autógra-

fos. Contudo, assessores do antigo líder do PS apressaram-se a explicar que aquele senhor era mesmo José Sócrates, acrescentando que Clooney é que é o José Sócrates de Hollywood.

Sines, Barrancos e Castro bem classificados em indicado-res de qualidade de vida – descubra porquê

A Universidade da Beira Interior elaborou um Indicador Concelhio de Desenvolvimento Económico e Social de Portugal para avaliar a quali-dade de vida dos cidadãos portugueses. Nos 30 primeiros lugares apa-receram três concelhos alentejanos: Sines (15.º), Barrancos (17.º) e Cas-tro Verde (24.º lugar). Em primeira mão, a Não confirmo, nem desminto revela alguns dos critérios que permitiram as boas classificações destes municípios: “Melhores acessos terrestres e marítimos para sair do País”; “Qualidade razoável do ar em dias de vento a soprar no sentido este/su-doeste” – Sines destacou-se nesta categoria –; “Concelhos que favore-cem o desenvolvimento de capacidades de raciocínio filosófico, nomea-damente nas áreas do Epicurismo e Existencialismo”; “Locais com menor probabilidade de receber visitas inesperadas de políticos da capital por-tuguesa” – Barrancos teve pontuação máxima neste critério –; “Municí-pios com portos de águas profundas onde é possível pescar taínhas mu-tantes com sabor a diesel” – neste critério, Sines empatou com o Barreiro –; e “Localidades onde se realizam feiras do caraças e onde por acaso se localizam minas com o nome Neves Corvo” – aqui, Castro Verde dizimou a concorrência.

Feto de Assunção Cristas já tem passe de três dias para a Ovibeja 2013 Pela primeira vez na nossa democracia, uma ministra em funções es t á grávida: não, não es t amos a f alar de Álvar o Santos Pereira, mas sim de Assunção Cristas. Fontes próximas do embrião afirmam que a gravidez está a

decorrer normalmente e que a ministra do CDS tem tido os desejos habituais, acordando o marido a ho-ras impr ópr ias e obr igand o - o a preparar aquelas coisas que as grávidas comem, como tostas integrais barradas com porco doce do Luiz da Rocha e azeito-nas, iogurte com aroma a salpicão de Montoito e ge-

latina de torresmos do rissol. Esta notícia deixou os agricultores entusiasmados, em par ticular os alen-tejanos, que já enviaram ao feto um passe de três dias para a Ovibeja 2013 e uma camisola com a frase: “Os meus pais trouxeram-me à Ovibeja e não me dei-xaram ver os Xutos”.

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO

ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e

assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 E-mail [email protected] | Direcção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 E-mail [email protected]

Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) | Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla

Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586) | Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Paulo Monteiro, Susa Monteiro Colaboradores da Redacção Aníbal

Fernandes, Firmino Paixão | Colunistas António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão

Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Domitília Soares, Filipe Pombeiro, Filipe Nunes, Francisco Marques, João

Machado, João Madeira, João Mário Caldeira, José Manuel Basso, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho

Marques, Nuno Figueiredo, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Dina Rato | Departamento Comercial Sandra Sanches e Edgar Gaspar | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@

sapo.pt) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 | Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 | Tiragem semanal 6000 Exemplares

Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

www.diariodoalentejo.pt

Para hoje, sexta-feira, e amanhã, sábado, as previsões apontam para céu com períodos de muito nublado. As temperaturas andarão entre os cinco e os 14 graus. No domingo o céu deverá apresentar-se pouco nublado, e a temperatura máxima descerá para os 12 graus.

Arte Pública desenvolve projeto “Tratado de Vida”, a partir de textos de Almada NegreirosA companhia Arte Pública deu início esta semana

a um conjunto de workshops, dirigidos a pais e

filhos (a partir dos oito anos) e a adolescentes, que

visa “descobrir um ‘Tratado de Vida’”, a partir de

textos de Almada Negreiros. Os workshops, que

decorrerão até ao dia 28 de fevereiro, terão lugar

na cave da Biblioteca Municipal de Beja e a estreia

desta primeira produção da Arte Pública para 2013

está prevista para o dia 1 de março, no Pax Julia

Teatro Municipal. Segundo explica a companhia,

“na senda do trabalho já desenvolvido pela Arte

Pública na formação de públicos envolvendo

escolas ou/e clubes de leitura para pais e filhos,

esta é uma produção que envolve, a partir da

literatura, a construção de imaginários – que

serão trabalhados com crianças, com os seus pais e

ainda com jovens adolescentes durante dois meses

de intensa interação”. As estratégias criativas

serão “dinamizadas no âmbito do movimento,

da fisicalidade, do discurso verbal, da produção

plástica e literária, e da interação musical,

construindo um caminho para a instauração

cénica, que se mostrará em forma de espetáculo”.

“Tratado de Vida”, acrescenta a companhia,

“ancora-se, por altura do 120.º aniversário do seu

nascimento (1893/2013), num dos autores mais

marcantes do panorama artístico português do

século XX: José de Almada Negreiros – pintor,

escritor, dramaturgo, bailarino –, um criador

de livre espírito e multifacetado, cuja produção

contribuiu, mais do que ninguém, para a imagem

do ‘artista total’, bem como para o triunfo do

modernismo artístico em Portugal”. O projeto

conta com a parceria do Pax Julia Teatro Municipal

e da Biblioteca Municipal de Beja.

Assinante do “DA” faz 100 anos

O “Diário do Alentejo” tem a sorte e o privilégio

de estar a festejar amanhã, dia 12, o centésimo

aniversário da nossa assinante Assunção Jesus

Pereira, que é natural de Azinhal, freguesia

de Alcaria Ruiva. À feliz aniversariante, na

companhia de toda a sua família e amigos, o “DA”

deseja parabéns e muitos anos de vida.

quadro de honra

O “DA” está no canal 475533 doNº 1603 (II Série) | 11 janeiro 2013

9 771646 923008 0 1 6 0 3

PUB

Venceu recentemente, e pelo segundo

ano consecutivo, o prémio Miguel

Rovisco no âmbito do concurso Teatro

Novos Textos do Inatel. Que significado

tem para si este reconhecimento?

Sinceramente, nenhum. A razão de o ter ganho tem apenas a ver com o facto de saber que (e agora serei muito român-tico) o trabalho que cada um de nós en-quanto ser humano desenvolve é único, e no sentido criativo, inimaginavel-mente precioso. Por que é que os concur-sos desenvolvem tanto receio ou medo? Por quê não nos darmos a mostrar? Não sou um escritor Nobel, mas, e compa-rando-me à classe atlética, quando vou a um torneio de futebol, se não for o me-lhor, o que é que eu estou lá a fazer? No final de contas, e segundo a minha teo-ria, se quiser muito vencer o torneio, en-tão o torneio é meu. Mas tenho de jogar futebol, não tenho? E tenho de me mos-trar, não é? Não sejamos cobardes e mos-tremos o nosso trabalho.

Do que fala a obra agora premiada, O

Que Eu Vi Quando Voltei da Lua?

Fala de demasiada coisa. Fala dos géne-ros, das proposições, de nós, da morte, sempre, da confusão que é viver e do ab-surdo que é ser, apenas, em qualquer cir-cunstância. Fala sem falar porque é uma peça absurda, e descreve o povo portu-guês na sua essência de fome futebolís-tica e novelística, sem esquecer que há sempre mais alguém para culpar, nem que seja o próprio autor. Fala do que é ir mas não ter tempo, e de usar esse tempo como desculpa, mesmo que o objetivo seja mudar algo – algo que seja impor-tante. Principalmente, fala de nós, e como pensamos ser frágeis perante a mudança.

Já recebeu algum convite para ser ence-

nada, à semelhança do que aconteceu

com o seu texto Sala de Espera, que ven-

ceu o prémio Miguel Rovisco em 2011?

Não, ainda não. Ainda pode acontecer. As associações culturais de teatro ama-dor Blábláblá – Teatro Jovem de Campo Maior e Theatron (de Montemor-o--Novo) apresentaram, no dia 23 de ju-nho de 2012, no Teatro Trindade, em

Lisboa, a minha obra Sala de Espera. Este texto foi outra coisa e surgiu do convite do vencedor do grande prémio do Inatel. Este ano as regras mudaram. Vamos ver o que acontece.

Quando é que começou a escrever para

teatro e o que é o atrai nesse tipo de

escrita?

Comecei no primeiro ano do meu curso. A primeira peça que escrevi era ridícula, mas não me proibi de a mostrar aos ato-res Miguel Rebelo e Sofia Vasconcellos e Sá (guardem estes nomes, eles são muito bons). O que me atrai é a rapidez da con-clusão e a facilidade com que imagino as cenas. A imaginação é sempre o melhor palco. E sempre que escrevi algo, imagi-nei algo muito específico – mas nunca demonstro essa especificidade em papel –, adoro a crítica criativa. Porque a ima-ginação é, lá está, o melhor palco.

É recém-licenciado em Teatro, ramo de

Atores, e integra há cerca de três meses

o Grupo de Teatro Lendias d’Encantar.

O seu projeto em termos profissionais

passa por conciliar a representação

com a escrita?

Não obrigatoriamente. Existe um di-lema na nossa classe artística – o que fazer por ganhar o quê. É uma ver-dade absoluta. O que havemos de fazer para podermos comer do que ganha-mos. Isto ultrapassa qualquer grupo onde estejamos inseridos. É a nossa “cruz” e em português é o nosso “fado”. Conciliar apenas estas duas coisas não é suficiente, independentemente de onde estivermos. Temos de ser versá-teis. E essa é a nossa condição. Que ape-sar de tudo aceitamos com prazer por-que com prazer fazemos aquilo que fazemos, esperando uma lágrima ou um sorriso. Ou mesmo sem eles, vamos tentando. Nélia Pedrosa

Mário Abel Costa24 anos, natural de Lisboa

É licenciado em Teatro, ramo Atores. Gravou duas web-series, “As Portas” e “Tremoços e Imperiais”, e algumas curtas-metragens (“Um dia de tudo ou nada”, de Débora Galrinho; “Walkie-Talkie”, de João Lourenço). Na literatura conta com dois prémios Miguel Rovisco, do Inatel, e, consequentemente, duas obras de teatro publicadas.

Mário Abel vence prémio de escrita para teatro

“A imaginação é o melhor palco”

Mário Abel Costa, recém-licenciado em Teatro, ramo de Atores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, venceu recentemente o prémio Miguel Rovisco edição 2012, no âmbito do concurso Teatro Novos Textos, da fundação Inatel, com a obra O Que Eu Vi Quando Voltei da Lua. Já em 2011 tinha vencido o mesmo prémio com Sala de Espera, texto que foi representado pela primeira vez em junho do ano passado no Teatro da Trindade, em Lisboa, numa coprodução de Blá Blá Blá – Teatro Jovem de Campo Maior e Theatron Associação Cultural e com encenação

de Hugo Sovelas. Mário Abel integra atualmente o grupo de teatro Lendias d´Encantar.