ediçao n.º 1596

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SEXTA-FEIRA, 23 NOVEMBRO 2012 | Diretor: Paulo Barriga Ano LXXXI, N. o 1596 (II Série) | Preço: 0,90 JOSÉ FERROLHO As companhias profissionais de teatro do distrito de Beja avançam para 2013 quase sem rede. A DGArtes abriu o concurso para apoiar a criação artística tarde e a más horas. E os valores anunciados não permitem grandes sorrisos aos agentes culturais do Alentejo. Serão apenas 470 mil euros a atribuir a somente sete projetos oriundos das várias disciplinas artísticas. As companhias teatrais temem o pior. pág. 13 Polos de turismo do Alqueva e do Alentejo Litoral vão ser extintos Fazer ou não fazer teatro no Alentejo, eis a questão Ceia da Silva é candidato à presidência da futura mega Região de Turismo do Alentejo Entrevista nas págs. 6/7 Já há vinho novo Em Ervidel abrem-se as talhas pág. 30 Jazz Um pianista virtuoso que veio da Hungria pág. 29 ILUSTRAÇÃO PAULO MONTEIRO Há cogumelos e medronho em S. Barnabé É a freguesia mais recôndita do concelho de Almodôvar. Em plena serra do Caldeirão. Mas é lá, dizem, que se produz a melhor aguardente de medronho do mundo. É tempo de a provar, neste fim de semana. págs. 4/5 Cercibeja inaugura novo lar-residência Reportagem nas págs. 16/17 Vidigueira é a Cidade do Vinho em 2013 Entrevista na pág. 9 Ferreira aposta no empreendedorismo pág. 8 Reciclagem de aviões no aeroporto de Beja pág. 10 Maior radiotelescópio do mundo em Moura pág. 12 ILUSTRAÇÃO PAULO MONTEIRO FRANCISCO SILVA CARVALHIO

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Diario do Alentejo

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SEXTA-FEIRA, 23 NOVEMBRO 2012 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXXI, N.o 1596 (II Série) | Preço: € 0,90

JOSÉ

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As companhias profissionais de teatro

do distrito de Beja avançam para 2013

quase sem rede. A DGArtes abriu

o concurso para apoiar a criação

artística tarde e a más horas. E os

valores anunciados não permitem

grandes sorrisos aos agentes

culturais do Alentejo. Serão apenas

470 mil euros a atribuir a somente

sete projetos oriundos das várias

disciplinas artísticas. As companhias

teatrais temem o pior. pág. 13

Polos de turismo do Alqueva e do Alentejo Litoral vão ser extintos

Fazer ou não fazer teatrono Alentejo, eis a questão

Ceia da Silva é candidato à presidência da futura mega Região de Turismo do Alentejo

Entrevista nas págs. 6/7

Já há vinho novo

Em Ervidel abrem-seas talhas pág. 30

Jazz

Um pianista virtuoso que veio da Hungria pág. 29

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Há cogumelose medronho em S. BarnabéÉ a freguesia mais recôndita do concelho de Almodôvar. Em plena serra do Caldeirão. Mas é lá, dizem, que se produz a melhor aguardente de medronho do mundo. É tempo de a provar, neste fi m de semana. págs. 4/5

Cercibeja inauguranovo lar-residência

Reportagem nas págs. 16/17

Vidigueira é a Cidadedo Vinho em 2013

Entrevista na pág. 9

Ferreira apostano empreendedorismo

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Reciclagem de aviõesno aeroporto de Beja

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Maior radiotelescópiodo mundo em Moura

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2012 Editorial

JornalistasPaulo Barriga

Escrevo estas palavras com tristeza e sem uma pontinha sequer de jú-

bilo: o “Diário do Alentejo” é dos raros jornais em toda a re-gião que ainda mantém uma re-dação ativa, dinâmica e plural. Entendendo redação como aquele lugar único onde os jornalistas, em equipa, discutem a atuali-dade, separam o lombo informa-tivo das gorduras dos dias, trans-formam em bifes noticiosos os acontecimentos com mais sabor e melhores nutrientes. A redação é isso mesmo: uma sala de des-mancha da inconsumível carcaça noticiosa que, posteriormente, é colocada nas vitrinas dos jornais, das rádios, das televisões, pronta a consumir. O jornalista é o ta-lhante do acontecimento. E o seu cutelo afina apenas pela pedra de esmeril que resulta do seu com-promisso ético e deontológico para consigo próprio e, essencial-mente, para com os seus leitores, ouvintes, telespetadores. E é esta e apenas esta a única forma de aferir a qualidade do jornalista e dos produtos que serve: a manu-tenção imaculada e absoluta da relação de confiança que estabe-lece com os seus interlocutores. A montante e a jusante da notí-cia. E por isso escrevo com pala-vras desconsoladas que o “DA” terá das poucas, talvez a última, redação em todo o Alentejo. Que é a menos brutal das maneiras de dizer que a comunicação so-cial atravessa uma crise sem pre-cedentes na nossa região. Muitos órgãos locais e regionais fecha-ram nos últimos tempos, outros estão em vias de encerrar, outros diminuíram drasticamente as ti-ragens e as edições, outros, em desespero de subsistência, fazem os jornalistas derrapar nas areias movediças da publicidade, da la-vagem política, da promiscui-dade. A juntar a tudo isto, outra desgraça: os órgãos de comuni-cação social de matriz nacional, públicos e privados, estão a de-sinvestir fortemente no Alentejo. O que nos deixa em plena ante-câmara da orfandade noticiosa. Uma região sem uma comuni-cação social forte, dinâmica, li-vre, independente, isenta, é uma região doente e enfraquecida do ponto de vista social, cultural e, claro, económico. As notícias são a proteína, a boa proteína, de toda e qualquer sociedade, prin-cipalmente nas comunidades de vizinhança, num mundo globali-zado. É na comunicação de pro-ximidade que irrompe o direito à diferença. É aqui que nos reco-nhecemos uns aos outros. Que nos relacionamos uns com os ou-tros. Que a nossa voz se faz ouvir com mais estrondo. E isso os jor-nalistas do Alentejo sempre per-ceberam. E você?

O movimento “Por Santo Aleixo da Restauração” considera que a agregação da sua junta de freguesia com a de Safara “resvala na mais profana das tomadas de decisão” e considera que os habitantes das duas localidades “em nada se complementam”. Isabel Balancho, presidente da JF de Santo Aleixo da Restauração, que se reuniu na passada quarta-feira com o secretário de Estado da Administração Local, Paulo Júlio, defende a continuidade da freguesia com base no passado histórico e no potencial de “desenvolvimento económico a nível agrícola, pecuário, cinegético e turismo rural”.

Teresa Neves,

49 anos, professora desempregadaMuitas saudades não terei, pois raramente o recebi. Sou pro-fessora, e a falta de hipóte-ses de emprego na minha pro-fissão raramente me permitiu que dele usufruísse. Mas ver serem perdidos direitos, con-seguidos a tanto custo, é in-glório para qualquer um. Este estado de coisas não pode du-rar para sempre. Um dia o povo vai ter de ir à luta. E esse dia não demorará muito.

Maria Antónia,

54 anos, artesãTrabalho por conta própria. Nunca tive essa benesse. Mas parte da minha família vai com certeza sentir falta do 13.º mês. Sinto que estamos a perder muitas das conquistas ganhas depois do 25 de Abril. Estamos a voltar atrás no tempo, e isso é revoltante. Este subsí-dio era importante para com-pensar o que durante o resto do ano não se podia comprar.

Helena Almeida,

37 anos, professoraVou sentir muitas saudades. Não para o consumismo ine-rente ao Natal, mas para ex-tras importantes. Como o se-guro do carro que tenho de pagar em dezembro. Ou re-serva para um qualquer impre-visto que pudesse surgir. Mas acredito que brevemente vamos dar a volta a esta crise que esta-mos a viver. Há quem me diga que sou demasiado otimista.

Cora Moreira,

53 anos, domésticaNunca tive subsídio de Natal porque não estou empregada. Mas sei que fará falta a mui-tas famílias. Ainda mais nesta época difícil que estamos a atravessar. Este era um di-nheiro extra importante, com que se contava para equilibrar o orçamento familiar. E para fazer a consoada. Tanta auste-ridade é demais. E com os po-líticos que temos não acre-dito em grandes melhorias.

Voz do povo Vai ter saudades do subsídio de Natal? Inquérito de José Serrano

Vice-versa(…) 1.3 Nenhumas das freguesias situadas no território do município de Moura tem menos de 150 habitantes. (…) 1.5 A Assembleia Municipal de Moura pronunciou-se contra a agregação de quaisquer freguesias (…) 3.0 Atendendo a que a freguesia de Santo Aleixo da Restauração é a segunda freguesia de menor população (…) a Utrat propõe a agregação das freguesias de Santo Aleixo da Restauração e de Safara (…) In Proposta Concreta de Reorganização Administrativa do Território

Fotonotícia É Natal, é Natal, vinde sem demora. Num ano verdadeiramente escabroso para a economia local e nacional – e espe-

cialmente para o comércio tradicional – os comerciantes da baixa bejense estão dispostos a apostar tudo na campanha natalícia. Mas, para tanto, é ne-

cessário que as obras nas Portas de Mértola cheguem ao fim. A autarquia prometeu “terreno livre” para os primeiros dias de dezembro. Mas o demorar

das obras de requalificação nas principais artérias comerciais da cidade estão a colocar os comerciantes à beira de um ataque de nervos. Será que o Pai

Natal descerá este ano ao centro nevrálgico de Beja? Será que haverá embrulhos no sapatinho? Ou apenas escolhos? PB Foto de José Serrano

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2012Rede social

Inaugura-se no fim de semana, em Ferreira do

Alentejo, um quadro da sua autoria…

Foi-me encomendada pelo sr. padre Rui, de Ferreira do Alentejo, a pintura de um episódio referente à Ressurreição de Cristo. Escolhemos a “Descida aos Infernos”. Considero o episódio dos mais iconica-mente tocantes. Há uns vinte e tal anos a esta parte tem-se acentuado o meu interesse por temas em que figuras humanas, tratadas sem pretensão realista, porque imaginadas, se inserem em contextos cujo sentido se suspende no enigma. Geralmente composi-ções de cunho mítico, alegorias tratadas de modo ana-crónico. Condenso nelas as mais constantes inquie-tações inerentes ao meu estar no mundo para serem vividas na intimidade do imaginário. O episódio da “Descida aos Infernos” é uma visão do sobrenatural que me desafia e entusiasma.

Em exposição apresenta ainda os estudos que fez

até chegar à obra final…

Não pensava encontrar tantas dúvidas. Imaginei Cristo de vários modos, enquanto corpo prestes a res-suscitar. E como representar “os infernos”, o “Sheol”? Um lugar como era concebido na Idade Média? Um estado de alma? Um escuro degredo em permanente desespero? Um desvanecimento no nada? Para aten-der à finalidade da obra – um convite à devoção –, procurei experimentar sentimentos e imagens que me parecessem ajustadas à composição mais simples e direta.

Como se pode conjugar, em sua opi nião, a arte com

a fé cristã?

Na arte da Antiguidade Ocidental a figura humana inseria-se num contexto de religiosidade pagã, e conti-nuou a sê-lo após o advento do cristianismo enquanto religião dominante no espaço europeu. O judaísmo não aceita, no foro religioso, a elaboração de ima-gens. Mais drástico, ainda, é o islamismo. No protes-tantismo encontram-se alguns interditos. Mas quem salvaguardou e prolongou a prática das imagens na arte ocidental foi o cristianismo. Naturalmente, a ima-gem de Cristo tinha o maior protagonismo, embora as primeiras imagens fossem decalcadas de Apolo ou de Hermes. Após dois breves períodos de iconoclas-tia, o concílio de Niceia, em meados do século IX, es-tabeleceu definitivamente o culto das imagens. Daí em diante a arte ocidental foi cristã, promovida pela Igreja, a grande mecenas até ao século XIX, ou por aqueles que gozavam de poder, normalmente educa-dos em ambientes cristãos. O dogma da encarnação do Filho do Homem sustentou a legitimidade da sua representação e, por extensão, de toda a arte figurativa.No século XIX, e principalmente no século XX, o ra-cionalismo e as ideologias positivistas e materialis-tas alentaram o “livre pensamento” e promoveram o afastamento do peso político e ideológico da Igreja. A arte moderna, ciosa da sua autonomia, e várias das suas correntes, que se reclamavam intervenientes nas áreas política e social, fizeram o seu curso, se não com total afastamento de preocupações espirituais, pelo menos fora da alçada institucional da religião cató-lica. Mas os radicalismos modernistas passaram. Só não dá por isso quem teima em descobrir pólvoras já queimadas. Hoje a arte vive em mil derivas e morre de mil mortes. Cremos que, para sobreviver dignamente, terá de transcender-se. Na vida intensa do nosso in-consciente coletivo aguarda-nos sempre a imagem de um Deus. Quem a procura, encontra-a.

Bruna Soares

3 perguntasa António

Paisana Pintor

Semana passada

QUINTA-FEIRA, DIA 15

ALBERNOA DETIDAS OITO PESSOAS POR FURTO DE AZEITONA

A GNR deteve oito pessoas, em flagrante delito, por furto de azeitona num olival perto de Albernoa (Beja) e apreendeu 1 105 quilogramas de azeitona, num valor estimado de 345 euros, e duas viaturas, anunciou a Guarda. A detenção das pessoas foi efetuada pelo Posto Territorial de Beja e no âmbito da Operação “Azeitona Segura” que a GNR está a promover em todo o País. O produto do furto foi devolvido ao proprietário do olival e os oito detidos foram constituídos arguidos e aguardam o decorrer do processo em liberdade e mediante Termo de Identidade e Residência.

SALVADA JOVEM ROMENO MORTO POR COMPATRIOTA

Um jovem de 20 anos, de nacionalidade romena, foi morto com uma facada no peito alegadamente desferida por um compatriota, na casa em que ambos residiam em Salvada, no concelho de Beja, informou a GNR. “Os dois homens residiam na mesma casa na Salvada, juntamente com outras pessoas romenas, e o homicídio aconteceu após uma discussão que terá tido por base um maço de tabaco”, relatou a fonte. Naquela casa “residem vários romenos contratados, nesta altura do ano, para a apanha da azeitona, e que chamaram a GNR e disseram o que tinha acontecido”, acrescentou.

SEXTA-FEIRA, DIA 16

BEJA MAU TEMPO DEIXOU MARCAS NA REGIÃO

O mau tempo registado no Alentejo provocou inundações, a maioria em vias públicas, a queda de árvores e a obstrução de algumas estradas, disseram à Lusa fontes dos bombeiros. Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, registaram-se sete “pequenas” inundações no distrito, a maioria em vias públicas, mais precisamente nos concelhos de Alvito, Ferreira do Alentejo e Ourique. No concelho de Alvito, algumas estradas ficaram também obstruídas e com o trânsito condicionado devido à formação de lençóis de água, provocados pela chuva intensa, indicou a fonte. No distrito de Beja, segundo o CDOS, caíram três árvores, uma em Aljustrel, uma em Ferreira do Alentejo e outra em Odemira.

ODEMIRA 150 PESSOAS NO ENCONTRO IBÉRICO DE ORÇAMENTOS PARTICIPATIVOS

O secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio, presidiu a abertura do I Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos, que aconteceu no Cineteatro Camacho Costa, em Odemira. O encontro contou com a presença de cerca de 150 participantes de Portugal e Espanha, entre autarcas, técnicos e investigadores. A organização encontrou-se a cargo do município de Odemira, da Associação In Loco e da Associação de Cidades Participativas (Espanha).

DOMINGO, DIA 18

ALJUSTREL CADÁVERES DE DOIS HOMENS ENCONTRADOS A BOIAR NUM CANAL

Os cadáveres de dois homens foram encontrados a boiar num canal de água no concelho de Aljustrel, junto a um veículo submerso, alegadamente na sequência de um acidente, disseram fontes dos bombeiros e da GNR. Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja adiantou à Lusa que os dois homens, de 50 e 55 anos, estavam desaparecidos há dois dias e os corpos foram encontrados por um popular que deu o alerta aos bombeiros.

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Todos contra a extinção da freguesia O povo de Rio de Moinhos, concelho de Aljustrel, saiu à rua para dizer não à extinção da sua freguesia, e foram muitos os que se juntaram à sua luta, vindos de várias terras do município. Todos a uma só voz.

Sutas dão música em Encontro IbéricoOdemira acolheu o I Encontro Ibérico de Orçamentos Participativos. Cento e cinquenta pessoas marcaram presença e a noite acabou em festa, com a música dos bejenses Virgem Suta a brindar a iniciativa.

90 anos de Jorge VieraA Câmara Municipal de Beja prestou homenagem a Jorge Viera, assinalando os 90 anos do escultor. Em destaque, como não poderia deixar de ser, esteve a obra de um dos artistas incontornáveis da história de arte portuguesa.

Isabel Montes apresentou o seu novo livroA escritora Isabel Montes esteve na Biblioteca Municipal de Ferreira do Alentejo para falar do seu mais recente livro, O homem sem alma. A Paulo Barriga, jornalista, coube a missão de apresentar a obra.

Livros à solta em MértolaContinua a decorrer a Feira do Livro de Mértola e, durante o certame, tem havido atividades para todos os públicos, para pequenos e graúdos. Tudo em prol da leitura. A feira só encerra amanhã.

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São BarnabéAldeia recebe este fim de semana a VI Feira do Cogumelo e do Medronho

Interior “pode ajudar a resolver a crise”

Em dia de chuva quase ininterrupta não se avista vivalma nas ruas da pacata al-deia de São Barnabé, no interior da serra

do Caldeirão, com exceção de alguns funcioná-rios autárquicos que procedem a trabalhos de requalificação na entrada norte da localidade. O mau tempo também afastou os apanhado-res de medronho das encostas da serra – os que trabalham por conta própria, os que trabalham por conta de outrem e os furtivos. Com o incên-dio de grandes proporções que atingiu a serra do Caldeirão há oito anos, e que teve repercus-sões devastadoras na economia daquela fre-guesia do concelho de Almodôvar, até então bastante dependente da extração da cortiça, a cultura do medronho passou a assumir um pa-pel preponderante.

“Pode chover agora, desde que não chova no fim de semana da feira [do Cogumelo e do Medronho]”, diz a jovem produtora de aguar-dente de medronho Sónia Cabrita, enquanto nos encaminha para o seu alambique, situado nas imediações da aldeia e onde são visíveis al-gumas marcas deixadas pelas fortes chuvadas e ventanias que se fizeram sentir bem cedo pela manhã. “A coisa foi grande, parecia que o chão ia abaixo”, recorda.

Sónia gere há cerca de quatro anos o negócio de família criado pelos pais em 1993. O seu avô, João Guerreiro, foi o detentor do alvará número um do concelho de Almodôvar para a destila-ção de medronho, datado de 1962. “Esta é uma atividade que nos é tradicional. A aguardente de medronho é produzida no sul do País desde o século IX, foram os árabes que trouxeram a tecnologia da destilação, o alambique”, salienta a jovem de 32 anos, acrescentando que a cultura do medronho “sempre foi um complemento” à economia local, para além de servir como forma de socialização. Sónia lembra-se “perfei-tamente” de as pessoas “há uns anos” convive-rem no alambique “enquanto o destilador fazia a sua aguardente”, algo que nos dias de hoje está “completamente interdito”, devido à legislação em vigor: “Não havia cinema, não havia cen-tros comerciais, não havia televisão e então as pessoas divertiam-se nas noites de inverno nos alambiques. Hoje não pode haver comes e be-bes numa unidade de produção alimentar”.

Com clientes um pouco por todo o País, a produtora dá agora os primeiros passos em di-reção à internacionalização. Fruto de partici-pações em feiras realizadas em Nuremberga (Alemanha) e Turim (Itália), no âmbito da es-tratégia Provere – Valorização dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo, já exportou para a Alemanha e está em negociações com um poten-cial cliente do Canadá. Também já estabeleceu contactos com uma empresa de jovens empreen-dedores que procuram “bons produtos com uma boa história de jovens e produtores da Europa”, para fazerem cabazes de Natal, sendo o primeiro

São Barnabé, aldeia do interior da serra do Caldeirão atualmente habi-

tada por pouco mais de seis dezenas de pessoas, prepara-se para rece-

ber durante o fim de semana cerca de quatro mil visitantes, entre fo-

rasteiros e filhos da terra, em mais uma edição da Feira do Cogumelo

e do Medronho e do Festival Internacional dos Licores e Aguardentes

Tradicionais. Certames realizados no âmbito do Provere – Valorização

dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo, “uma estratégia para as áreas

rurais de baixa densidade do Sul de Portugal” que pretende “promover e

divulgar essa tipologia de recursos”.

Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho

boas. O interior tem muito para dar ao País”.Atualmente, pelas suas contas, são quatro os

produtores da freguesia legalizados com aguar-dente de medronho colocada no mercado. Artur Martins, 76 anos, em tempos um fabricante de aguardente “com quantidades muito escapató-rias”, recorda que “na freguesia, nos anos 60, 70, havia mais de 100 alambiques, uns maiores, ou-tros mais pequenos, e vendia-se tudo”.

Há uns 15 anos que não fabrica “nem uma pinga”, devido à falta de “mão de obra” para a apanha. Há quem lhe diga para recorrer “à pla-nície”, onde “há aldeias com muita gente e não há trabalho”. Mas o pequeno agricultor, como se denomina, e antigo secretário da junta de fre-guesia local, defende que o medronho deve ser apanhado “por pessoas que conhecem o fruto e a zona, uma zona íngreme, muito acidentada”. “Uma pessoa da planície que venha para as en-costas se calhar não se adapta”, diz.

Há “30, 40 anos” não tinha “qualquer difi-culdade” em arranjar “14, 15” pessoas de mon-tes das redondezas “para apanharem medro-nho”. Mas “a pouco e pouco” a mão de obra foi escasseando: “Os mais velhos faleceram, houve depois aí a emigração nos anos 60, 70, e a par-tir daí foi a juventude que saiu daqui, como es-tamos à beira do Algarve, as pessoas não ti-nham aqui emprego e foram embora, trabalhar na construção civil e na hotelaria”, esclarece, ao mesmo tempo que admite que é “com muita pena” que não continua a produzir aguardante: “O medronho é uma coisa belíssima”.

Numa terra onde escasseia o trabalho, à se-melhança do que acontece em muitas outras aldeias do interior, Manuel Reis, 56 anos, pe-dreiro de profissão, tenta, por sua vez, com-plementar o rendimento familiar com a pro-dução de mel. Neste momento tem “duzentas e tal” colmeias, “o que é pouco para se viver só disso”, garante: “É só para passar o tempo, por-que também não há serviço de pedreiro, não há serviço nenhum”.

Quase toda a sua produção é vendida “em bruto” a “grossistas”, que depois exportam o mel, nomeadamente para a Alemanha. O ideal seria aumentar o número de colmeias, diz, mas há todo um conjunto de exigências e si-tuações que dificultam a tarefa: “O que acon-tece é que às vezes não temos instalações sufi-cientes e em condições. Depois é um trabalho em que é preciso pessoas especializadas e, por vezes, mesmo que a gente queira pagar não há quem queira trabalhar no ramo. E uma pessoa sozinha também não consegue, pelo menos na época da primavera e do verão, que precisa de muito trabalho”. Aguardente de medronho também produz alguma, recorrendo a caldei-ras de vizinhos ou amigos, mas unicamente para consumo da casa, como já fazia o seu pai. “Sempre tenho conhecido essa atividade, o há-bito é esse”.

destino o mercado holandês. “Já têm produtos do chefe Adria Ferran [reconhecido mundialmente como um dos grandes nomes da gastronomia contemporânea]. Aguardente de medronho ao lado do caviar dele, isto é muito à frente [risos]”.

A expansão do seu negócio além-fronteiras surgiu como forma de contornar a “concorrência fortíssima” do “mercado paralelo de aguardente de medronho [não legalizado]” existente na região. Sónia diz que não é possível competir “com quem vende o garrafão da água do Luso cheio de aguar-dante de medronho”. “Nós temos que pagar o im-posto [especial do álcool], temos que pagar ou-tros fatores de produção como garrafas, rótulos, é claro que o preço não pode ser o mesmo”. Acresce a esta “concorrência” o atual contexto económico e social vivido em território nacional. “As pessoas em crise não vão comprar álcool, então pensou-se que a internacionalização podia ser uma saída, fo-mos lá fora e resultou. Lá fora o mercado ilegal não compete comigo, então temos essa vantagem”, diz.

A desvantagem é o total desconhecimento do pro-duto, o que obriga a explicações adicionais: “O que é, como é que é feita, por que é que o preço é tão alto. A apanha do medronho é feita manualmente na serra, qualquer pessoa que aqui chegue conse-gue ver que é um trabalho árduo, mas quem está lá fora não tem essa perceção”.

Sónia convida todos os seus clientes a estarem presentes na Feira do Medronho, “que foi sem dúvida nenhuma uma das melhores coisas que aconteceu aqui”. É uma forma “de eles conhece-rem também o outro lado da produção”. Alguns acabam por voltar nos anos seguintes, “porque para eles já não se trata apenas de uma garrafa de aguardente, percebem que é um produto de grande interesse para a comunidade, para a eco-nomia local”, refere a jovem produtora, que está convicta de que “o interior pode ajudar a resol-ver a crise”: “As pessoas têm que voltar à terra, ver o que é que podemos extrair dela que seja inova-dor, que seja um bom produto, temos coisas são

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Que peso tem atualmente a cultura do medro-

nheiro e a transformação do medronho na eco-

nomia local?

Movimenta a freguesia inteira, toda a gente tem um bocado de terra e toda a gente apanha os medronhos para vender. Neste momento temos três ou quadro produtores legalizados. As pessoas estão a legalizar os alambiques e assim podem ir para o mercado com a aguardente de medronho certificada. Antes do in-cêndio de 2004 a cortiça era, a par do medronho, a base do rendimento da freguesia. O medronho fi-cou assim a ser a atividade principal. Cerca de 70 por cento da cortiça ardeu e se calhar já nunca mais se re-cupera toda a cortiça perdida. Mas se o medronho fosse devidamente aproveitado, se as terras estives-sem limpas [de mato], possivelmente seria mais ren-tável. Uma árvore dá cortiça de nove em nove anos, o medronheiro dá todos os anos. Mas as pessoas têm outros empregos e por isso tratam dos medronhei-ros só ao fim de semana. Também fica muito caro pagar a pessoas para fazerem a apanha, assim como a alguém que vá com uma máquina limpar os terre-nos. Apanhar mato à mão debaixo das árvores é já um bocado complicado e tudo isso faz com que as pessoas abandonem as terras e com que a produção baixe também um pouco.

Realiza-se este fim de semana mais uma edi-

ção da Feira do Cogumelo e do Medronho e do

Festival Internacional Licores e Aguardentes

Tradicionais. Qual é o impacto destes dois

certames?

Estes certames são uma grande aposta da nossa freguesia. Tentamos que as pessoas percebam que não podemos perder os nossos produtos, que pre-cisamos de promover a nossa terra, o que temos de bom. Vem muita gente. Tem melhorado de ano para ano. Recebemos à volta de quatro, quatro mil e tal pessoas. É um número bastante gratificante.

Para além do medronho, a que outras atividades

se dedica a população em idade ativa?

Trabalham também na cortiça, nos dois meses da tiração da cortiça. A apanha do medronho faz-se em outubro e novembro. É este o serviço da serra. Depois temos pessoas a trabalhar no Algarve, na construção civil e na hotelaria, que agora também já são poucas. Algumas estão a voltar à terra, à casa dos pais, porque o trabalho está a acabar. Semeiam a horta, como não têm trabalho tanto faz estarem num lado como noutro. Tínhamos aqui muito gado, cabras, ovelhas, suínos, e as pessoas também viviam disso, agora não há porque os velhos estão cada vez mais velhos e os novos foram-se embora.

Quantos habitantes tem a freguesia de São

Barnabé de acordo com o Censos 2011?

Segundo o Censos 2011 são mais ou menos 530 pessoas. Menos 100 pessoas, sensivelmente, em re-lação ao Censos anterior. A maior percentagem tem mais de 65 anos. Jovens temos muito poucos.

Quais sãos os principais problemas da freguesia?

Pessoas com muita idade e falta de trabalho. Não havendo trabalho as pessoas esmorecem ainda mais. Quando não há emprego surgem todos os problemas e mais algum, tudo se complica.

Sérgio PalmaPresidente da Junta de Freguesia de São Barnabé

VI Feira do Medronho aguarda quatro mil vistantes

Mais de quatro mil visitantes, entre forasteiros e f ilhos da terra, são esperados este f im de semana em São Barnabé durante a VI Feira do Cogumelo e do Medronho e o II Festival Internacional Licores e Aguardentes Tradicionais, uma ini-citiva da Câmara Municipal de Almodôvar e da Associação de Defesa do Património de Mér tola (ADPM) e que conta com o apoio/cof inanciamento de um conjunto de entida-des. Durante dois dias “recheados de atividades”, a serra do Caldeirão, “os seus recursos endógenos, as suas gentes e tradições voltam a estar em destaque no certame que pre-tende mostrar e valorizar os produtos do território, numa perspetiva de desenvolvimento sustentado e sustentável”, esclarece a autarquia. Do vasto programa destaque para

a conferência subordinada ao tema “Medronheiro – no-vos usos, novas oportunidades e novos mercados” (sábado, 10 horas), para o lançamento do Manual para a Gestão dos Recursos Micológicos Silvestres do Baixo Alentejo (domingo, 12 e 30 horas) e para as demonstrações de destilação de me-dronho e de plantas aromáticas (a primeira no sábado, pe-las 12 e 30 horas, e a segunda no domingo, às 14 e 30 horas). Será realizado ainda um workshop de cocktails (sábado, 16 e 30 horas) e um passeio micológico (domingo, 10 e 30 ho-ras). Venda e prova de licores e aguardentes de vários pa-íses, bailes, tasquinhas e restaurantes de gastronomia re-gional, animação de rua e vários espetáculos musicais são outras das propostas da organização.

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Entrevista

Governo extingue polos turísticos de Alqueva e do Litoral Alentejano

Turismo no Alentejo abranda cinco por cento em 2012

António Ceia da Silva, atual presidente da

Entidade Regional de Turismo do Alentejo,

é das poucas vozes que se levanta em de-

fesa da revisão do mapa turístico português.

Uma refundação que prevê a manutenção de

apenas cinto regiões em Portugal continen-

tal. E que muitos veem como uma espécie de

antecâmara do processo de regionalização

do País. A criação da nova Região de Turismo

do Alentejo implica a extinção dos polos do

Alqueva e do Alentejo Litoral, por agregação.

Uma medida positiva, na opinião de Ceia da

Silva, que nesta entrevista demonstra in-

teira disponibilidade para se candidatar à

presidência da futura entidade de turismo

do Alentejo que manterá a sede em Beja. Já

quanto aos resultados do setor, Ceia da Silva

revela que 2012 foi um ano “menos mau”.

Com uma perda “leve” de cinco por cento no

número de visitantes.

Entrevista Paulo Barriga Fotos Francisco Silva Carvalho

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É correto afirmar que esta redução das regiões

de turismo é mais política e menos técnica? Ou

seja, que é uma espécie de tubo de ensaio para

uma futura regionalização com base nas NUT II?

Nesse aspeto posso estar um bocadinho em contraciclo: defendo esta reorganização. Defendo, do ponto de vista genérico. Há quatro anos atrás, quando se começou a discutir a re-forma que acabou por dar nas entidades regio-nais de turismo, com a extinção das então re-giões de turismo, já nessa altura defendia cinco regiões apenas. Sou um regionalista convicto. Defendo claramente que Portugal, em termos globais, terá a ganhar muito se as regiões do interior tiverem aqui um poder efetivo e eleito democraticamente.

Mas isto é quase uma espécie de antecâmara

de um processo de regionalização do País.

Se for esse o objetivo, não acho mal. Repito, sou um regionalista. Agora em relação à própria lei da reorganização das regiões de turismo, sem-pre defendi que deviam existir apenas cinco en-tidades. Isto tem a ver com as marcas das pró-prias regiões, marcas fortes. O turismo é cada vez mais competitivo, o mercado é cada vez mais exigente. Hoje, o mundo muda muito rapi-damente, os turistas estão muito mais informa-dos e tem de haver marcas, marcas com força, com expressão, com capacidade de criar dinâ-micas de mercado, quer do lado da oferta quer do lado da procura. Portanto, sempre defendi claramente as cinco regiões que estão consubs-tanciadas nesta reforma.

A sua posição baseia-se essencialmente na ne-

cessidade de reforçar as marcas?

Curiosamente é uma posição muito técnica e pouco política. É ao nível daquilo que acho que deve ser o Plano de Desenvolvimento Turístico Nacional e as perspetivas de desenvolvimento das regiões. E as regiões só têm a ganhar com esta restruturação. O Alentejo tinha agora os

polos do Alentejo Litoral e do Alqueva e tinha a Entidade Regional de Turismo. O que, na mi-nha opinião não fazia sentido. O que faz sen-tido é que haja a aposta em áreas estratégicas que até podem e devem ser o Alqueva e o lito-ral. Mas daqui a 10 anos as nossas atenções po-derão estar centradas, por exemplo, no Vale do Guadiana ou no Parque de São Mamede. Mas sempre dentro de uma entidade regional de tu-rismo que será o Alentejo.

Qual é a grande vantagem para esta região

com a extinção, por exemplo, do polo do

Alqueva e do polo do Alentejo Litoral?

Não digo que isso traga vantagens. Quase que poderia devolver a pergunta. Que desvanta-gens é que isso traz? Se falarmos com os opera-dores, com os hoteleiros, com as câmaras, com os agentes privados, com os empresários. Não vejo nisso uma desvantagem. Principalmente se a nova entidade continuar a trabalhar es-sas zonas como áreas estratégicas de desenvol-vimento turístico. Não necessita de existir ne-cessariamente uma estrutura, porque repito, daqui a 10 anos podemos pensar que o Baixo Guadiana deve ser nesse momento uma área prioritária de desenvolvimento turístico es-tratégico, como podemos pensar que pode ser toda a zona do Parque de São Mamede ou po-dem ser outras zonas do Alentejo. E se tivermos estruturas não vamos desloca-las. Subscrevo é que o investimento feito nos últimos anos ao nível do Alqueva e do Alentejo Litoral deve ser continuado.

Foi dito pela própria secretária de Estado do

Turismo, Cecília Meireles, que esta é uma me-

dida economicista que visa reduzir anual-

mente, só em ordenados, cerca de um milhão

de euros. Isto vai refletir-se nos quadros desta

região? Pode garantir que não existirão despe-

dimentos na estrutura que atualmente dirige?

Naquilo que depender de mim, e naquilo

Estou disponível para liderar a futura

região de turismo do Alentejo,

se for esse o entendimento dos autarcas

e dos empresários do setor”.

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Dependemos em 83 por cento do mercado português e espanhol, que estão em profunda crise. Nos próximos anos é necessário avançar fortemente para a internacionalização.

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que eu li do documento, não existirão des-pedimentos. Sou o primeiro, e sempre fui ao longo destes anos que levo de presidente da Entidade Regional de Turismo, a defender os técnicos e os trabalhadores da região. Aliás, acho que nenhum dirigente, seja de que ins-tituição for, pode trabalhar sem os seus qua-dros. Para mim, que sou um técnico da área, apenas faz sentido trabalhar todos os dias com os nossos colaboradores e com os nos-sos técnicos. E isso é algo que vai continuar. Defendê-los-ei sempre e será sempre esta uma condição para continuar à frente dos destinos da região.

A atual equipa é suficiente para garantir a

marca Alentejo?

É suficiente. Temos feito um trabalho ajustado, dinâmico, tem havido uma valorização muito grande dos quadros. Eles próprios têm procu-rado evoluir ao nível das suas qualificações pro-fissionais e académicas. Hoje temos os mes-mos técnicos, mas estão muito mais habilitados e muito mais qualificados do que estavam há quatro ou cinco anos atrás.

E em relação à sede da futura região de tu-

rismo? Será em Évora, como há tanto tempo se

apregoa?

Não há motivo nenhum para que haja qualquer espécie de alteração. A sede é e será em Beja. E aqui deve continuar. Tudo o que seja alterar e mudar é estarmos a criar problemas e a ge-rar problemas onde eles não existem. Acho que se há uma coisa que provámos ao longo des-tes quatro anos é que funcionamos em todo o Alentejo. A questão da sede é importante, ob-viamente, mas o que é importante é que pos-samos estar em todos os concelhos numa ativi-dade permanente.

Neste quadro acha que faz sentido manter, a

par das regiões de turismo, as atuais agências

regionais de promoção turística? Não é um bo-

cado redundante?

Elas têm o seu papel a desempenhar. No Alentejo temos um entendimento perfeito com os empresários. Aliás, é importante dizer que, na nova lei, os sócios da agência vão ter maio-ria. Ou seja, os empresários, os sócios da agên-cia, vão ter maioria na definição dos novos esta-tutos, vão ter um peso muitíssimo importante na definição de qual vai ser a nova composição da assembleia-geral. A questão de haver duas instituições ligadas ao turismo, a Agência e a Entidade Regional, não tem levantado qualquer problema. Porque trabalhamos em conjunto. Há um entendimento perfeito com os empresá-rios. Adequamos as nossas estratégias aos em-presários do setor. Há uma articulação perfeita. Não se trata de uma redundância. É uma ques-tão de poder dar aos empresários uma maior participação naquilo em que eles mais querem participar que é na promoção externa do des-tino Alentejo.

O Polo Turístico do Alqueva vai perder visibili-

dade neste novo quadro?

Aquilo que é importante discutir é se ganhou visibilidade ao longo destes quatro anos.

Ganhou?

Não sei. Posso garantir que caso seja eu o presi-dente da futura entidade regional de turismo, o Alqueva vai ter um tratamento muito espe-cial. Posso adiantar que a primeira medida que penso propor aos agentes locais e aos autarcas daquela zona é que haja um Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico do Alqueva, a defi-nir já em 2013, para ser implementado nos pró-ximos anos.

José Calixto, presidente da Câmara de

Reguengos de Monsaraz, afirma que esta nova

lei é mais uma machadada no desenvolvi-

mento turístico da região…

O que posso garantir ao presidente José Calixto, e aos outros presidentes da zona do Alqueva, como sempre o fiz, é que caso seja o presidente da futura entidade regional de turismo tudo fa-rei para que o Alqueva tenha a preponderância que merece e se justifica para que seja devida-mente acompanhado do ponto de vista da es-tratégia turística.

Alqueva foi apresentado, há alguns anos a

esta parte, como uma espécie de eldorado do

turismo do Alentejo, o que não veio a concre-

tizar-se. Pensa que Alqueva se transformou

numa espécie de flop turístico?

Não, de maneira nenhuma. Repare, o mundo mudou. Os pressupostos em que estava mon-tada toda a atividade económica mudaram. Obviamente que o Alqueva não é uma ilha, no que respeita ao turismo. Os pressupostos que existiam com base num turismo residencial, com uma componente imobiliária muito forte, hoje não se colocam. As perspetivas e as dinâ-micas económicas do sector são hoje comple-tamente distintas. Obviamente que a maior parte dos operadores daquela zona, que tinham grandes investimentos, estão a reestruturar os seus projetos. Antes apostava-se numa compo-nente muito forte da dinâmica imobiliária, hoje mais na componente turística. São novos tem-pos. Não quer dizer que daqui a 10 ou 15 anos

não haja uma alteração. O Alqueva tem poten-cialidades enormes. Temos de ir ao encontro dos agentes e dos promotores e perceber quais são os novos caminhos a trilhar.

Esta reorganização está a ser feita sem escutar

os agentes...

Não somos nós que desenvolvemos a lei. A nossa atitude no turismo do Alentejo tem sido essa. Tem sido de ouvir os parceiros, os autar-cas, os empresários e acho que nos temos dado bem com esse formato. Bem ou mal, é impe-rioso que se feche o quadro regional de turismo para 20 anos, porque em Espanha, por exem-plo, não estão sempre a mudar as regiões turís-ticas de quatro em quatro anos. Ou no Brasil, na França, na Croácia… Que se discuta em sede da Assembleia da República, onde ainda a lei vai, mas que haja um entendimento global para no mínimo duas décadas, porque no turismo não se pode estar a brincar com marcas. Repito, nos países concorrenciais de Portugal não se está sempre a mexer na lei regional do turismo.

Algumas das suas respostas demonstram já

um discurso de campanha eleitoral. Está dis-

ponível para se candidatar à nova região de tu-

rismo do Alentejo?

Estou disponível para liderar a futura região de turismo do Alentejo, se for esse o entendimento dos autarcas e dos empresários do setor. Nestes

casos, a hipocrisia funciona ao contrário: se tra-balhar todos os dias de forma dinâmica pode ser entendido como campanha eleitoral. Diria que a estou a fazer campanha há quatro anos, desde o primeiro dia que entrei para a Entidade Regional de Turismo. Os unanimismos são sempre difíceis, mas penso que há um grande consenso em torno do trabalho que temos desenvolvido.

Qual é o estado atual das finanças da ERT?

Temos as nossas dificuldades, mas controladas. Não estamos no estado em que Portugal está. Vivemos de dificuldades, como vivem todas as instituições, mas temos tido alguma saúde finan-ceira, resultante de uma grande dinâmica que te-mos criado ao longo destes anos. Somos, se calhar, a entidade que melhor aproveitou os fundos estru-turais e os fundos comunitários ao longo destes úl-timos quatro anos e continuamos a fazê-lo.

Já é possível fazer uma espécie de balanço do

ano turístico no Alentejo?

É um ano complicado, difícil. O turismo vive muito da capacidade financeira dos cidadãos. Dependemos em 83 por cento do mercado por-tuguês e espanhol, que estão em profunda crise. Nos próximos anos é necessário avançar for-temente para a internacionalização do destino Alentejo, para ganharmos novos mercados e mais competitivos. Esta dependência muito forte do mercado português e espanhol leva a que, quando há uma quebra de consumo nestes países, as quebras tornam-se visíveis. Não nos podemos esquecer que tivemos três anos segui-dos como os melhores anos turísticos de sem-pre. Apesar de tudo, apesar dessa quebra, é um ano que acabou por ser menos mau.

Pode quantificar o “menos mau”?

Tivemos quebras que devem andar à volta dos cinco por cento. Mas atendendo que tivemos três anos consecutivos a subir, diria que o tu-rismo foi dos setores que melhor resposta teve no Alentejo neste ano de 2012.

Tivemos quebras que devem andar à volta dos cinco por

cento. Mas atendendo que tivemos três anos consecutivos

a subir, diria que o turismo foi dos sectores que melhor

resposta teve no Alentejo neste ano de 2012.

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Já está a funcionar o Ninho de Empresas de Ferreira do Alentejo, com o intuito de fomentar o empreendedo-rismo, principalmente entre os mais jovens, e atrair investimento para o concelho e até já existem interessa-dos em instalar-se.

Ferreira do Alentejo já conta com um Ninho de Empresas. A infraestru-tura, que pretende contribuir para o

desenvolvimento económico do concelho e da região, foi inaugurada na passada terça-feira.

De acordo com Aníbal Costa, presi-dente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, “o Ninho de Empresas in-sere-se dentro de uma estratégia maior do município, que tem vindo a ser de-senvolvida ao longo dos últimos anos, e que pretende atrair cada vez mais inves-timento privado para o concelho”. E re-alça: “Temos reforçado que Ferreira do

Alentejo está no centro do que é impor-tante e, ao mesmo tempo, temos dotado o concelho de infraestruturas que pro-porcionem todas as condições à insta-lação de empresas”, dando como exem-plo o Parque de Empresas, o Parque Agroindustrial do Penique e o Parque de Feiras e Exposições.

O Ninho de Empresas, de acordo com o autarca, “pretende dar um incentivo e um contributo ao empreendedorismo”, até porque, em sua opinião, “é fundamen-tal que cada vez mais se pense neste setor como uma alternativa, uma vez que o cha-mado ‘emprego público’ não pode ser hoje considerado como uma solução”.

“O desemprego que afeta os mais jo-vens é preocupante e é necessário propor-cionarmos-lhes condições, de modo a que possam criar o seu próprio emprego, o seu próprio negócio”, defende Aníbal Costa. E, neste sentido, avança: “Iremos ter no Ninho de Empresas a presença permanente

de uma equipa especializada em desenvol-vimento económico, com o intuito de pres-tar apoio a todos os interessados”.

A promoção do desenvolvimento eco-nómico surge como uma questão de im-portância maior no concelho de Ferreira do Alentejo e a câmara municipal avança que o “Ninho de Empresas tem ainda a vantagem de proporcionar a todos os inte-ressados um espaço a custo zero”.

O autarca garante que “já existem inte-ressados em instalar o seu negócio” e que “esta é uma oportunidade para todos os que têm Ferreira do Alentejo no coração e que aqui gostariam de desenvolver a sua atividade”.

Este é um projeto de médio/longo prazo e as expetativas da autarquia, segundo Aníbal Costa, “são as melhores”, uma vez que existem parcerias com várias en-tidades de modo a garantir o sucesso da infraestrutura.

Bruna Soares

Fomentar o empreendedorismo e atrair investimento

Ninho de Empresas inaugurado em Ferreira

Empreendedorismo Jovens empresários de Ferreira do Alentejo já têm local para iniciarem os seus negócios

CDU de Beja promove debates

A CDU de Beja promove até ao final

deste ano um ciclo de debates para

iniciar a reflexão e a discussão alargadas

e aprofundadas sobre o presente e o

futuro do concelho. O associativismo, o

desenvolvimento integrado e o território

são os temas a abordar nos debates do ciclo,

que a CDU vai promover no âmbito da sua

intervenção autárquica e que terminará em

dezembro com a realização do Encontro

Concelhio Autárquico de Beja da CDU.

Mário Simões visita distrito

Mário Simões, deputado do PSD, avançou

com um novo roteiro de visita. “14 semanas,

14 concelhos” arrancou na segunda-feira,

19, e durante toda a semana o deputado

esteve em Moura. Este mês segue-se ainda a

visita ao concelho de Alvito.

Câmara de Ferreira absolvida

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja

negou, segundo a Câmara Municipal de

Ferreira do Alentejo, “provimento ao pedido

do procedimento cautelar interposto por Paulo

Conde, absolvendo autarquia”. Recorde-se que

em causa está a decisão da Câmara de Ferreira

de suspender a distribuição de água a montes

isolados do concelho.

Cimal debate opções do plano

A Assembleia Intermunicipal da

Comunidade Intermunicipal do Alentejo

Litoral (Cimal) reúne-se na próxima quinta -

-feira, pelas 21 horas, na sala de sessões do

Município de Grândola. Em debate vão estar

as grandes opções do plano, bem como o

orçamento da Comunidade Intermunicipal.

Proposta para reformada organização judiciária

Aljustrel discorda da integração em Ourique

O município de Aljustrel discorda da sua integração na Comarca de Ourique. Recorde-se que na se-

quência da proposta para a reforma da or-ganização judiciária, a Câmara Municipal de Aljustrel foi informada que o concelho passaria a ficar abrangido pela referida co-marca, quando, até à data, a maioria das freguesias têm vindo a ser servidas pela Comarca de Beja.

A Câmara Municipal de Aljustrel, em comunicado, frisou o que considera

serem “os evidentes constrangimentos desta proposta”, referindo “a ausência de transportes públicos que façam a li-gação Aljustrel/Ourique”. Situação, esta, que, na opinião do município, “coloca em causa os direitos dos cidadãos, bem como o equilíbrio e coesão territoriais”.

A Câmara Municipal de Aljustrel adiantou que já solicitou uma reunião à ministra da Justiça, com o objetivo de ex-pressar a sua total discordância relativa-mente a esta situação.

IX Encontrode Empresários

em Mértola

A Câmara Municipal de Mértola promove amanhã, sábado,

pelas 14 e 45 horas, no Monte do Guizo, o IX Encontro de

Empresários. Este ano o encontro conta com a participação

do comendador Rui Nabeiro, que irá falar do sucesso da

sua empresa, a Delta. Espaço ainda para um debate sob o

tema “Desenvolvimento económico, perspetivas de futuro”,

que será moderado pelo jornalista António José Brito.

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Rua da Liberdade, 36 - BEJA

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Santander apoia estudantes carenciadosO Santander Totta e o Instituto Politécnico de

Beja assinaram um acordo que visa lançar um

programa de apoio para estudantes carenciados

daquela instituição de ensino superior e também a

atribuição de prémios de mérito para os melhores

alunos do IPBeja. O acordo é válido por três anos.

Contratos de financiamento na EsdimeA Esdime promoveu, ontem, quinta-feira, em

Ourique, uma sessão de entrega de novos contratos

de financiamento Leader. No quadro do 3.º concurso,

segundo a Esdime, “foram aprovados 17 pedidos (seis

empresariais e 11 de instituições)”, que representam

“um apoio total de cerca de 1,5 milhões de euros,

estando prevista a criação de 11 postos de trabalho”.

Conselho Económico e Social em BejaRealiza-se, na segunda-feira, no Monte da Diabrória,

em Beja, o segundo encontro do Conselho Económico

e Social (CES), promovido pelo executivo municipal

da Câmara de Beja, com o objetivo de promover

a participação dos agentes económicos e sociais

nos processos de reflexão e tomada de decisão

incluídos no âmbito das áreas que representam.

IPBeja valoriza infraestruturas científicas O Instituto Politécnico de Beja assinou contratos de

financiamento das candidaturas apresentadas ao

InAlentejo/QREN no âmbito do Sistema Regional de

Transferência de Tecnologia, que permitirão a valorização

e o apetrechamento de vários laboratórios do instituto. O

IPBeja anunciou ainda que será criada uma Incubadora

de Empresas de Base Tecnológica, que ficará instalada no

edifício da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Estig).

O que significa para a Vidigueira ter sido eleita Cidade do

Vinho 2013?

Nós apresentámos esta candidatura porque é impor-tante para a região vitivinícola da Vidigueira ter um es-paço alargado para a promoção contínua dos seus vi-nhos. Assim, a partir de 2013 haverá um conjunto de iniciativas que terão como tema central o vinho, a sua produção e a sua promoção. Esta distinção permi-tirá um investimento f inanceiro considerável, desde logo na promoção dos nossos vinhos e produtores, mas também na realização de uma série de iniciativas. Nomeadamente marcando uma forte presença em fei-ras internacionais, principalmente em Espanha, para mostrar a qualidade dos nossos vinhos, e apoiar os nos-sos produtores e os seus negócios na conquista de novos mercados externos, visto o mercado nacional dar mos-tras de estar saturado.

Qual a importância da fileira do vinho no concelho de

Vidigueira?

É sem sombra de dúvida o principal pilar económico. A organização económica do concelho, principalmente nas freguesias de Vidigueira e Vila de Frades, assenta em inú-meras explorações de pequena dimensão, o que para mui-tas famílias funciona como um complemento que, ano após ano, lhes permite mais desafogo financeiro. Se aten-dermos que a estes produtores de vinho engarrafado alia-mos mais de 150 produtores de vinhos de talha, podemos então perceber a real dimensão que a vinha e o vinho têm na economia local.

Quais são os parceiros com que a autarquia conta para a

organização da Cidade do Vinho 2013?

Os principais parceiros são as adegas, mas também con-tamos com o apoio da Comissão Vitivinícola da Região

do Alentejo e do Instituo Politécnico de Beja, cuja mais-valia científica é importantíssima. Para além destes, to-das as instituições de referência do concelho já se dispo-nibilizaram para participar nas suas áreas de atuação, nomeadamente na organização de eventos, encontros ou congressos.

Se é certo que a iniciativa vai ter um retorno, principal-

mente na divulgação dos vinhos da região, também é ver-

dade que este conjunto de iniciativas obriga a algum in-

vestimento. Qual é o orçamento previsto e de onde vem

o dinheiro?

O orçamento previsto ronda os 700 mil euros, e vamos, desde já, partir à conquista de apoios financeiros candida-tando este projeto ao QREN, para que tudo isto possa ser financiado a uma taxa de 85 por cento.

Já pode adiantar alguma coisa sobre o programa?

Podemos desde já anunciar que as feiras temáticas da caça e da pesca, que terão lugar nas freguesias de Selmes e de Pedrogão, serão parte do evento. Para além disso, o conhe-cido Festival Pão e Laranjas irá ter uma nova filosofia e será transformado numa grande feira do vinho. Em setem-bro teremos a festa das vindimas, que integrará o concurso Miss Vindimas, promovido pela Associação dos Municípios Portugueses do Vinho, e, por fim, o encerramento com a Vitifrades e o histórico vinho de talha. Aníbal Fernandes

Manuel NarraPresidente da Câmara Municipal de Vidigueira

X SemanaAberta

em CabeçaGorda

A X Semana Aberta, uma iniciativa da Câmara Municipal de

Beja, está até hoje, sexta-feira, em Cabeça Gorda. O executivo tem

dedicado, durante toda a semana, a atenção à freguesia. “Uma

aproximação cada vez mais efetiva do executivo e dos serviços

aos seus munícipes” é um dos objetivos da ação. À semelhança

do que aconteceu em outras freguesias, a semana foi ainda

marcada por diversas atividades de âmbito cultural e social.

A fileira do vinhoé o principal pilar económicoda Vidigueira

Câmara de Sines tem PAEL A Câmara Municipal de Sines aderiu formalmente ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), através do qual terá acesso a um empréstimo de três milhões 823 mil e 306 euros para pagamento de dívidas vencidas a fornecedores. O contrato de financiamento do programa foi assinado com o Governo numa cerimónia reali-zada em Lisboa no passado dia 16, juntamente com outros 81 municípios cujas candidatu-ras já foram aprovadas.

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Projetos à espera de documentos

Privatização da ANA atrasa aeroporto de Beja

A privatização da ANA está a “atrasar” a instalação de duas uni-dades industriais no aeroporto de Beja, uma para manutenção e ou-tra para desmantelar aeronaves, num investimento total de 16 mi-lhões de euros, segundo o presi-dente do município.

Trata-se de projetos de duas em-presas portuguesas, um da Aeromec, para instalar um han-

gar de manutenção de aeronaves, num investimento de cinco milhões de eu-ros, e o outro da AeroNeo, em parce-ria com a multinacional suíça JetLease - Geneva, para instalar uma unidade para desmantelar aeronaves e reci-clar ativos aeronáuticos, num investi-mento de 11 milhões de euros.

A banca, para “desbloquear” finan-ciamento para os projetos, exige uma série de documentos relativos à forma como os terrenos para a instalação das

unidades vão ser cedidos às empresas, mas “a ANA, estando num processo de privatização, não está a avançar com a emissão dos documentos”, disse à Lusa o presidente da Câmara de Beja, Jorge Pulido Valente.

Trata-se de uma situação “compli-cada”, porque está a “atrasar” os projetos da Aeromec e da AeroNeo, que são “dois in-vestimentos fundamentais como âncora” para o desenvolvimento da indústria aero-náutica no aeroporto de Beja, disse.

A situação pode “comprometer” os projetos e a instalação das unidades no aeroporto de Beja, o que “seria dramá-tico”, alertou o autarca.

A Lusa contactou o diretor do aero-porto de Beja, Pedro Beja Neves, que se escusou a comentar as informações prestadas por Jorge Pulido Valente.

Segundo o autarca, o projeto da Aeromec “está mais avançado”, por-que o processo de licenciamento junto da Câmara de Beja já está “concluído”

e, por isso, “tem todas as condições para avançar no terreno assim que te-nha o fincamento assegurado”.

O projeto da AeroNeo está “um bo-cadinho mais atrasado” em relação ao da Aeromec, o que “rapidamente se re-solve”, porque “o processo de licencia-mento é muito rápido”, já que o plano diretor do aeroporto de Beja prevê a instalação de unidades industriais.

Ana prevê aumento de passageiros

Entretanto, a ANA prevê, ainda para este ano, um aumento do movimento de passageiros neste equipamento. Em 2011, desde a inauguração em abril até ao fim do ano, passaram pelo aero-porto 2.281 pessoas, e a empresa acre-dita num aumento no movimento en-tre cinco e dez por cento, em 2012.

No último sábado, o terminal es-teve mais uma vez em funcionamento, aquando da receção de um voo prove-niente da Alemanha.

10 Realizou-se em Sevilha um “Networking Meeting”, que reuniu

parceiros de Sevilha, Rzeszów e Beja, regiões que partilham a

importância dos clusters aeronáuticos para o seu desenvolvimento.

Várias entidades da região marcaram presença e o aeroporto de Beja,

como âncora de desenvolvimento, foi um dos assuntos em debate.

Aeroportode Beja

em destaque em Sevilha

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Extinção de freguesias de Serpa

A Câmara Municipal de Serpa, mais uma vez,

manifesta-se totalmente contra a Lei 22/2012 e a

subsequente proposta da unidade técnica para a

Reorganização Administrativa do Território. Considera

a autarquia que “esta reforma não resolve em nada

os problemas económicos nacionais e é contrária aos

interesses das populações, porque vai dificultar ainda

mais o acesso aos serviços públicos, sobretudo quando

se trata de populações idosas, com pouca mobilidade e

poucos recursos económicos, associando-se às várias

manifestações de repúdio que venham a ser realizadas”.

Manifesto pelas freguesias

Os eleitos de freguesias do distrito de Beja

reuniram-se, a pedido da Delegação Distrital de

Beja da Anafre, e aprovaram um manifesto contra a

extinção de freguesias, mantendo firme a sua oposição

às propostas de liquidação de freguesias do distrito

de Beja. Exigem a revogação imediata da Lei 22/2012

e apelam às assembleias municipais que recusem a

proposta de extinção de freguesias do seu concelho.

Ficou ainda decidido solicitar à direção da Anafre que

organize uma grande manifestação nacional contra a

extinção de freguesias.

PS contra desinvestimentos na região

O PS de Beja apresentou a sua posição sobre o

Orçamento de Estado (OE) para 2013, acusando o

Governo de desinvestir no Baixo Alentejo ao abandonar

projetos “âncora”, como a A26 e o aeroporto de Beja,

alertando que a região levará “gerações a recuperar”

o desinvestimento do executivo PSD/CDS-PP.

Segundo Pedro do Carmo, o Baixo Alentejo tem sido

“ridicularizado na capital com esta nova política

centralista do Governo”, o qual afirma que a região tem

investimentos “desnecessários”, como o aeroporto de

Beja, “que não serve para nada”, e quer estradas, mas

“não tem pessoas”. De acordo com o deputado socialista

eleito por Beja, Luís Pita Ameixa, o OE para 2013 é

“irreformável”, porque “insiste nas mesmas medidas de

austeridade, que já levaram ao deteriorar da situação

económica, financeira e social do país”.

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Nova marcha lentaé uma possibilidade

Em defesa do IP8

e do IP2

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Abertas inscrições para estágios Leonardo da Vinci Encontram-se abertas, até ao dia 31 de janeiro do pró-ximo ano, as candidaturas aos estágios Leonardo da Vinci-Get a Placement in Europe, destinados a licenciados e mestres pelo IPBeja. O início dos estágios está previsto para abril. Segundo o IPBeja, “o projeto Get a Placement in Europe (GaPE) pro-porcionará a sete diplomados do Instituto Politécnico de Beja a participação numa experiência profissional de qualidade em contexto internacional, favorecendo o desenvolvimento de competências profissionais e pessoais, a mobilidade e a sua in-tegração no mercado de trabalho europeu”.

A Cocas Produções, em parceria com os clubes de futebol da cidade de Beja (Despertar

Sporting Clube, Centro de Cultura e Desporto do Bairro da Nossa Senhora da

Conceição, Clube Atlético Operário, Núcleo do Sportinguista de Beja e Casa do Benfica

de Beja), apresenta hoje, sexta-feira, 23, uma coleção de “Cromos da bola – Beja”. A

caderneta abrange quatro escalões dos diversos clubes e é composta por 259 cromos.

Estará disponível em várias tabacarias, papelarias e cafés da cidade de Beja.

Os Cromosda Bolade Beja

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As entidades representativas da região analisaram, na segunda-feira, 19, as iniciativas realizadas em defesa da qualificação do IP2 e IP8, nomeadamente a visita às obras, a marcha lenta e a reunião com o presidente da Estradas de Portugal.

Durante a reunião sublinhou-se “a valorização da marcha lenta pela sua ampla expressão, revela-dora da preocupação dos cidadãos”, no entanto,

reafirmou-se a opinião de que “a região tem direito à me-lhoria das acessibilidades” e que “a qualificação do IP2 e a construção do IP8 são também interesse de todo o País”.

As entidades consideram, assim, que “de forma alguma deve ser desperdiçado o investimento já realizado” e que “devem ser adotadas medidas que garantam no imediato a segurança do tráfego”.

Decidiu-se ainda “realizar um conjunto de ações que têm em vista a sensibilização e a mobilização das popula-ções”, sendo que “o objetivo é também sensibilizar os de-cisores, no sentido de tomarem medidas para o prossegui-mento imediato das obras do IP2 e para a qualificação do IP8”.

As entidades vão, deste modo, renovar o pedido de au-diência ao secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas e solicitar ao presidente da Estradas de Portugal que, por escrito, atualize a informação relativa ao pro-cesso, bem como sobre as consequências da paralisação das obras. Vão também solicitar uma reunião ao conces-sionário das Estradas da Planície.

A reunião serviu ainda para convidar todas as entida-des da região a tomarem posição sobre esta matéria. O en-volvimento neste processo dos municípios e entidades do Alentejo Litoral também esteve em discussão.

Será ainda, segundo um comunicado de imprensa, lan-çada uma petição à Assembleia da República, que será en-tregue até meados de janeiro.

As entidades representativas da região admitem, por fim, a hipótese de, caso não haja até final do ano uma res-posta clara, promover a realização de novas iniciativas, in-cluindo uma marcha lenta.

JOSÉ

SER

RA

NO

Semana da Igualdade em Ferreira

A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo está a promover

mais uma edição da Semana da Igualdade, que decorre até

segunda-feira, dia 26. A iniciativa conta com a colaboração da

Associação de Desenvolvimento Terras do Regadio, das juntas de

freguesia e do Agrupamento de Escolas de Ferreira do Alentejo.

Novo site de Entradas

A Junta de Freguesia de Entradas vai colocar on line, na próxima

segunda-feira, dia 26, a sua página eletrónica na Internet. Acessível

em www.jf-entradas.pt, apresenta, segundo a autarquia, “uma

nova dinâmica, com mais informações institucionais, mas

também sobre turismo, cultura, ação social e educação”.

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Parlamento Europeu financia maior radiotelescópio do mundo

Moura vai olhar para os confins

do universoOs trabalhos para a instalação das 10 estações de antenas ao maior telescó-pio do mundo vão arrancar, em Moura, já em janeiro.

O Parlamento Europeu deu luz verde ao financiamento do Square Kilometre Array Telespcope (SKA),

o que quer dizer que uma das bases de en-saio do maior radiotelescópio do mundo irá ter morada na Herdade da Contenda, no concelho de Moura. Domingos Barbosa, do Instituto de Telecomunicações, confirmou à revista “Exame Informática” que as verbas necessárias para o início do projeto fazem parte do novo Programa Quadro Europeu e dos investimentos da União Europeia para o período entre 2014 e 2020.

Assim, já em janeiro do próximo ano, te-rão início os trabalhos que permitirão levar a energia elétrica ao local onde, em meados de 2013, arrancará a colocação da dezena de antenas que permitirão visualizar o universo.

A escolha de Moura para esta instalação é explicada por Domingos Barbosa por “não haver outro local no nosso continente que tenha tanta exposição solar e tantas condi-ções espetrais favoráveis”. A candidatura agora aprovada é liderada pelo Instituto

de Telecomunicações e pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, que assi-naram protocolos com a Câmara Municipal de Moura e a Lógica, Empresa Municipal. A Universidade de Lisboa e o Instituto Superior Técnico também se devem asso-ciar em breve ao projeto.

O orçamento previsto para a instalação e manutenção das antenas durante uma dé-cada é de 12 milhões de euros, dos quais já estão assegurados seis milhões provenien-tes de fundos europeus, o que garante ener-gia elétrica durante três anos.

Para além disso, os dinamizadores do projeto esperam que vários laboratórios e empresas portuguesas participem no SKA. Antes, porém, os proponentes da candida-tura precisam que a Fundação para a Ciência e Tecnologia aprove uma verba de 100 mil euros para custear o mapeamento do local e a instalação de outros requisitos técnicos.

No entanto, Domingos Barbosa disse à “Exame Informática” que “mesmo que não consigamos os 100 mil euros, a vinda da es-tação de ensaios para o Alentejo não fica ameaçada, mas para as entidades europeias ficará a ideia de que as autoridades e as em-presas nacionais não estão interessadas. O que tornará mais difícil a participação nos diferentes projetos científicos”, concluiu.

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Conversas sobre astronomia em Vidigueira A Câmara Municipal de Vidigueira organiza hoje, sexta-feira, a iniciativa “Conversas sobre Astronomia”, no Centro Multifacetado de Novas Tecnologias de Vidigueira, a partir das 16 horas. Às 17 horas poderá ser observada a lua através de binóculos e telescópios e, a partir das 17 e 45 horas, está agendada a identifica-ção dos pontos cardeais a partir da Estrela Polar, bem como a observação de Júpiter através de telescópios. A iniciativa é dirigida ao público escolar e a todos os interessado no tema.

A Câmara Municipal de Castro Verde, através do seu

Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento, está a promover,

entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro, o concurso de

fotografia “Castro e o Comércio”. A iniciativa integra uma

ação de promoção e valorização do comércio local de Castro

Verde, a desenvolver durante a época de Natal, e encontra-se

aberto a todos os interessados, profissionais e amadores.

Câmara de Castro promove

concurso de fotografia

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Prometido para setembro último, pelo ex-secretário de Estado da Cultura, o concurso público de apoio à criação artística só esta segunda-feira, 19, foi aberto pela Direção-Geral das Artes. E com valores anunciados que não per-mitem grandes expetativas por parte dos agentes culturais, pelo menos dos que desenvolvem a sua atividade em território alentejano. No bolo do apoio quadrienal, bienal e anual, o número máximo de projetos contemplados é de apenas sete, num montante total de 470 mil euros, que terá de distribuir-se por várias áreas artísticas: das artes plás-ticas aos cruzamentos disciplinares, passando pelo teatro, dança e música.

Texto Carla Ferreira

Ilustração Paulo Monteiro

Entretanto, a Baal 17 (Serpa) e a Lendias d’Encantar (Beja), as duas companhias de teatro do distrito (en-

tre perto de 20 de todo o País) que assina-ram recentemente um comunicado, jus-tamente a denunciar o atraso da abertura do concurso de apoio à criação, estão a de-linear o seu plano de atividades para 2013, praticamente sem rede. “Nós, com o nosso historial, acreditamos que conseguiremos efetuar uma candidatura que possa ser aprovada. As quantias que estão em causa é que não sabemos. De todas as formas, te-mos que avançar com a nossa atividade; não vamos ficar à espera desses resulta-dos para começar a trabalhar”, declara Rui Ramos, da Baal 17, informando que a primeira produção do novo ano será um espetáculo para a in-

Concurso da DGArtes abriu com atraso e é parco em fundos para a região

Teatro quase sem rede em 2013

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fância, baseado no livro Sonhar ao Longe, dos bejenses Jorge Serafim e José Francisco. A companhia, adianta o ator, conta para já com “uma pequena rede”, que é a própria Câmara Municipal de Serpa, ao abrigo de um acordo, mas sofreu em 2012 “uma re-dução de perto de 75 por cento” relativa-mente à venda de espetáculos para as au-tarquias, que costumava ser “uma grande de financiamento para nós”. Deste modo, se a candidatura à DGArtes não for apro -

vada, “temos que arranjar apoios de outra forma qualquer”. Ideias sobre isso já exis-tem, embora as “garantias sejam poucas”, mas não se pensa em reduzir pessoal, pelo menos para já. A Baal 17 mantém de mo-mento oito postos de trabalho e pretende “aguentar até ao final do ano para perce-ber se haverá algumas novidades ao nível do panorama nacional”. “Vamos continuar

como estávamos, com muito esforço, com alguns cortes, com salários em atraso”,

sendo certo, conclui, que,

sendo “o bolo a ser distribuído tão pequeno, pouco calhará a cada um”.

Para a bejense Lendias d’Encantar este apoio direto do Estado seria “fundamen-tal”. Isto porque de momento não pode con-tar com outras fontes de receita, os casos do subsídio por parte da Câmara de Beja, que continua a “não se pronunciar sobre os apoios ao teatro”, ou a venda de espetáculos aos municípios, “que é irrisória, sofreu uma quebra brutal”, diz Ana Ademar. Ainda que tenha recebido este ano um apoio da fun-dação EDP, ele dirige-se a um projeto es-pecífico (no Estabelecimento Prisional de Beja), faltando a garantia de manutenção da estrutura teatral, em si. E “é para isso que serve a DGArtes”, avisa a atriz, confes-sando que “será muito complicado sobre-viver em 2013”. Entretanto, e porque este “maravilhoso sistema” determina que se te-nha um plano de atividades, apesar de toda a precariedade em que assenta, ele está a ser feito com a equipa que existe: três tra-balhadores residentes e três estagiários, ao abrigo de um programa de estágios profis-sionais do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Para o ano, pretende-se estrear uma peça para a infância e um espe-táculo para o público em geral, com texto de um dramaturgo português; e manter os ci-clos “1 Ator, 1 Músico” e “Março em Teatro”. Planos que só serão concretizados, se uma série de “ses” forem cumpridos, concretiza Ana Ademar: “a DGArtes só nos apoia se nós provarmos que vamos conseguir vender um determinado número de espetáculos e que temos o apoio da Câmara Municipal do concelho em que estamos inseridos… É tudo um ‘se’ e às tantas é patético”.

“Mês da Música” arranca em Mértola com Arte das Musas Sete LágrimasA iniciativa “Mês da Música”, da

Câmara Municipal de Mértola, arranca

amanhã, sábado, dia 24, com o concerto

Arte das Musas Sete Lágrimas, no

Cineteatro da Mina de São Domingos,

pelas 17 horas. Em dezembro os

espetáculos terão lugar em Mértola. No

dia 1, pelas 21 e 30 horas, o Cineteatro

Marques Duque é o palco escolhido

para o concerto com Stockholm Lisboa

Project, e no dia 21, na Igreja Matriz,

pelas 21 e 30 horas, é a vez do concerto

de Natal, com Carlos Guilherme, Filipa

Lopes e Pedro Vieira de Almeida.

Ana Mourato leva “Literacia na Primeira Infância” à biblioteca de Castro VerdeA Biblioteca Municipal Manuel da

Fonseca, em Castro Verde, promove

hoje, sexta-feira, um workshop

com Ana Mourato, sob a temática

“Literacia na Primeira Infância”. A

ação é dirigida a pais, psicólogos,

educadores, bibliotecários, mediadores

de leitura, técnicos de educação, entre

outros, e tem inscrições limitadas a

25 formandos. No mesmo dia, pelas

17 e 30 horas, o espaço da Bebéteca

recebe uma sessão de contos para

bebés, entre os 0 e os 36 meses, também

dinamizada por Ana Mourato.

Recordar a Beja islâmica, através das coleções arqueológicas

do Núcleo Museológico da rua do Sembrano e do Museu

Regional de Beja/Núcleo Visigótico, por Abdallah

Khawli, é o desafio que se coloca a todos os interessados.

A iniciativa acontece amanhã, sábado, pelas 15 horas,

junto ao Núcleo Museológico do Sembrano, em Beja.

Passeios recordam

a Beja islâmica

Gerações do cante – Alentejo solidário É este o mote para um espetáculo que a Fundação Inatel, em articulação com as au-tarquias de Beja, Serpa e Almodôvar, está a apresentar nestas locali-dades ao abrigo das celebrações do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade Entre Gerações. Depois da passagem por Beja e Serpa, agora é a vez de Almodôvar receber este encontro de cantares do Alentejo, na quarta-feira, 5.

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OpiniãoO elogio de Salazare o novo estado velhoMarcos Aguiar Licenciado em psicologia

É repugnante que a figura de Salazar volte a ser recorrentemente in-vocada nos tempos conturbados que vivemos, quase sempre para justificar a bondade das opções de austeridade assumidas pelo atual governo. Dizem alguns, de forma mais ou menos velada, que Salazar era um homem sério – chegou à governança de Portugal

de bolsos vazios e partiu de bolsos igualmente vazios. E depois? Sendo válida e relevante esta premissa, terão as-sim havido muitos milhões de portugueses melhores que Salazar, porque, esses sim, viveram na penúria e nem por isso são hoje recordados como “grandes portugueses”.

Defende esta gente que para alcançar o “novo estado” bastaria retroceder 80 anos e aí encontraríamos mila-grosamente a solução para todos os nossos problemas – imagine-se! E este ideário retrogrado tem seguidores – muitos seguidores – que perfilham os pressupostos ideológicos e propagandísticos que presidiram à funda-ção da ditadura que durou meio século. A metamorfose para o “novo estado”, proposta pelo Governo PSD/PP, que assume agora a designação sub-reptícia de “Revisão das

Funções Sociais do Estado”, não é mais que o regresso ao esvaziamento do estado so-cial, à imagem do que Salazar preconizou durante o seu longo mandado de miséria, marcado por um conservado-rismo hipócrita e perverso, na moral e nos costumes, e por um falso liberalismo econó-mico, proveitoso apenas para meia dúzia de abastados e trá-gico para milhões e milhões de pobres.

Com o objetivo de pro-mover este “novo estado ve-lho” chega-se ao ponto de en-saiar reescrever a História, omitindo, intencionalmente, que foi no Estado Novo, com a conivência de Salazar e da Igreja, que “a família” encheu as arcas às custas de uma co-lossal maioria de famintos, continuando, no presente, a monopolizar a economia na-cional – Mello, Espírito Santo, Champalimaud, Ulrich, etc. –e a viver como se a democra-cia nunca tivesse cá chegado. Percebe-se o porquê da “fa-mília” (e da gentinha ridícula que vive na espuma do seus dias) desejar ardentemente o regresso a tão desditoso pas-sado, ainda que, no íntimo, todos saibam perfeitamente

que tal não garantiria, como defendem publicamente, o fim da corrupção, da injustiça ou da apregoada “crise de valores” – bem pelo contrário!

Tenham vergonha na cara, sejam corajosos (nem que seja só por uma vez na vida), assumam-se e digam: não acreditamos na democracia! Sim, somos antidemocratas e não sociais-democratas ou democratas-cristãos! O pró-prio Salazar, que vocês tanto admiram, nunca teve qual-quer problema em assumir-se e, por isso, até ele (que a terra lhe seja pesada), consegue ser menos mau que vo-cês – cobardes!

O des-blocoda esquerdaJosé Carlos Albino Agente de desenvolvimento local

Como é possível que o novo partido que nasceu para unir a esquerda, nos duríssimos tempos atuais, o queira fazer apenas na base das suas posições e orientações, en-quanto verdades absolutas, sendo que “os outros” só tem que a eles se juntar ?

Diálogo de ideias diversas e di-vergentes para encontrar um ca-

minho que “salve o País”, está fora de questão, pois quem não defende as verdades do Bloco não interessa. Compromissos programáticos para o futuro, imediato e de curto ou mé-dio prazo, nem pensar. O programa já está feito – expul-sar a troika, com um governo da “sua esquerda”. Sendo que esse governo responderá a todos os anseios e necessidades das pessoas, comunidades e grupos sociais atingidos pelas austeridades impostas pela troika. O Governo de Passos & Portas apenas obedece e só cairá quando nos livrarmos do FMI, da UE e do BCE. E alternativas aparecerão.

Suponho que a esmagadora maioria das pessoas que fa-zem o país real, não acreditam neste milagre, nem na fé que o inspirará. Assim sendo, os bloquistas e seguidores auto-excluem-se duma solução realizável para Portugal, na Europa de que hoje somos parte. Mas pior: farão excluir al-gumas forças sociais necessárias para um caminho de supe-ração da profunda crise em que vivemos.

Felizmente um quarto dos delegados da Convenção do BE não apadrinham esta via, sendo que a questão da li-derança bicéfala é um problema menor, embora o mais popularizado.

Considerando que todos os democratas progressistas, centrados à esquerda, têm que saber aprender uns com os outros, passando, principalmente, pelos partidos e movi-mentos em que muitos se integram, faço votos para que o Bloco ainda mude ou as pessoas o façam mudar.

“Donos da verdade” é o que menos precisamos nesta dura encruzilhada. Sabendo que o caminho é difícil e es-treito, apenas “sei que não vou por aí”, ou seja, nem pelo em-pobrecimento das austeridades ultra liberais do Governo, nem pelo “rasgar do memorando com a troika”, sem alter-nativas para cumprir com as obrigações do Estado para com as pessoas.

Unir, afirmar e mobilizar todos os democratas pro-gressistas para um programa e forte liderança de conver-gência exige-se! Pois, só com um muito amplo “bloco so-cial e político” venceremos as adversidades em presença, renegociando com firmeza responsável o memorando, no quadro dum combate por uma União Europeia solidária e democrática.

Vinculaçãode professoresFrancisco Marques Músico

Tive conhecimento na passada se-mana de alguns pressupostos que o Ministério da Educação e Ciência quer que venham a balizar o concurso ex-traordinário de vinculação de profes-sores e, infelizmente, mais uma vez, não fiquei surpreendido.

Porém, por mais paradoxal que possa parecer, também não posso di-zer que fiquei desiludido. Na verdade,

isso só podia acontecer se alguma vez tivesse pensado que o do-cumento que ia servir de base ao concurso ia ser um documento justo e pretendia resolver a sério um problema.

Mas, vejamos apenas alguns aspetos que me parecem poder classificar-se como incongruentes, sem consistência, e que me levam a ficar perplexo ao ponto de entender que devia partilhar com todos os leitores estas palavras.

Comecemos por abordar o critério de que para concorrer é necessário ter 3 600 dias de trabalho no ensino básico e secun-dário. Mas é possível haver alguém que trabalha há 3 600 dias (cerca de 10 anos) para o mesmo patrão que ainda não tenha um vínculo à entidade empregadora? Mas ainda sobre este requi-sito é importante destacar que esse tempo tem que ser prestado no ensino básico e secundário. Será possível que o tempo de tra-balho letivo prestado noutro nível de ensino, como por exem-plo no ensino superior, não releve para essa contagem de tempo de serviço?

Outro aspeto que merece ser mencionado prende-se com o facto de qualquer docente que pretenda ser opositor a este con-curso tem que concorrer obrigatoriamente a nível nacional.

Para além de me parecer que isto só revela a falta de dignidade com que estas políticas sem nexo têm olhado para o sistema de ensino, ainda se pode acrescentar que esta obrigação põe em evidência a precaridade com que infeliz-mente estes docentes se debatem ano após ano, sem saber onde vão ficar colocados e sempre à espera do ano em que o seu nome surja na lista dos “não colocados”.

Entre muitos outros pontos que me parecem de uma total falta de respeito por estes profis-sionais, de quem o Ministério se tem vindo a servir ao longo des-tes anos, sem mostrar a mínima consideração pelo seu trabalho, quero ainda salientar a desvalori-zação e a falta de reconhecimento pelas suas capacidades e conhe-cimentos, ao não ter em conta o tempo de serviço que exige para concorrer como tempo de serviço para progressão na carreia àque-les que porventura conseguissem ficar vinculados.

Penso que está na hora de se alterar esta forma de pensar e se opte por outras políticas educati-vas que ajudem a fazer da escola uma escola melhor.

Com o objetivo de promover este “novo estado velho” chega-se ao ponto de ensaiar reescrever a História, omitindo, intencionalmente, que foi no Estado Novo, com a conivência de Salazar e da Igreja, que “a família” encheu as arcas às custas de uma colossal maioria de famintos, continuando, no presente, a monopolizar a economia nacional – Mello, Espírito Santo, Champalimaud, Ulrich, etc. – e a viver como se a democracia nunca tivesse cá chegado.

Comecemos por abordar o critério de que para concorrer é necessário ter 3 600 dias de trabalho no ensino básico e secundário. Mas é possível haver alguém que trabalha há 3 600 dias (cerca de 10 anos) para o mesmo patrão que ainda não tenha um vínculo à entidade empregadora?

Discutamo-la [a democracia] a todas as horas, discutamo-la em todos os foros, porque, se não o fizermos a tempo, se não descobrirmos a maneira de a reinventar, sim, de a re-inventar, não será só a democracia que se perderá, também se perderá a esperança de ver um dia respeitados neste infeliz planeta os direitos humanos. E esse seria o grande fracasso da nossa época, o sinal da traição que marcaria para todo o sempre o rosto da humanidade que agora somos. Ensaio inédito de José Saramago, escrito em abril de 2003 e publicado pelo “Diário de Notícias” a 16 de novembro de 2011

14 As autarquias do Alentejo despertaram, em boa hora, umas mais cedo do que outras, para a questão do desenvolvimento

económico em cada concelho. Muitas vozes criticam a proliferação de parques industriais, de ninhos de empresas, de incentivos à instalação e à criação de negócios. Mas em pleno epicentro do tornado da crise, estas estão a revelar-se boas medidas. Como esta semana aconteceu em FERREIRA DO ALENTEJO, por exemplo. PB

Se falo do mercado, é por ser ele, nos tempos modernos, o instru-mento por excelência do autêntico, único e insofismável poder real-mente digno desse nome que existe no mundo, o poder económico e financeiro transnacional e pluricontinental, esse que não é democrá-tico porque não o elegeu o povo, que não é democrático porque não é regido pelo povo. Ensaio inédito de José Saramago, escrito em abril de 2003 e publicado pelo “Diário de Notícias” a 16 de novembro de 2011

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O sistema de organização social que até aqui temos designado como democrático tornou-se cada vez mais numa plutocracia (governo dos ricos) e cada vez menos uma democracia (governo do povo). É impossível negar que a massa oceânica dos pobres deste mundo, sendo geralmente chamada a eleger, não é nunca chamada a governar (os pobres nunca votariam num partido de pobres porque um partido de pobres não teria nada para prometer-lhes) Ensaio inédito de José Saramago, escrito em abril de 2003 e publicado pelo “Diário de Notícias” a 16 de novembro de 2011

15Um país sem CULTURA é um país sem alma, desenraizado, pobre. Portugal é hoje o reflexo desse

desalento cultural. Muitos dirão que existem necessidades muitíssimo mais prementes que a cultura. E terão razão, em parte. Mas a cultura, os agentes culturais, os criadores, são o alimento indispensável para qualquer democracia crítica e informada. PB

A Associação de Municípios Portuguese do Vinho elegeu VIDIGUEIRA como Cidade do Vinho 2013. Uma boa notícia

para o Alentejo, para a região a que Fialho de Almeida apelidou de “país das uvas”, para um setor que, a nível regional, continua a criar riqueza como poucos outros o conseguem. Em 2013, Vidigueira é oficializada como a capital do vinho em Portugal, título que há muitos anos detêm por mérito próprio. PB

As obrasnas Portas de MértolaManuel Dias Horta Beja

É através da refulgente vidraça do imu-tável e velhinho Luiz da Rocha, na parte em que esta mais se debruça sobre a rua, que se pode observar, com rara ni-tidez, não só a rua mas também as pes-soas que nela circulam e ainda pitores-cos e hilariantes episódios que as obras proporcionam:

A terra que se retira dos buracos é preciso removê-la para qualquer lado, não o podendo fazer para o céu, porque este, agora, não quer nada com a terra, então fica ao lado de onde saiu, impe-dindo de, em movimento, se cruzarem dois transeuntes, caso contrário ficam frente a frente a jogarem ao cu-cu-trás- -trás e foi assim que, num destes dias, um cavalheiro de modos grosseiros, tal-vez um montanhês ou um aldeão, ao não dar a prioridade à senhora, provocou o seu desequilíbrio, deixando-a sentada num monte de terra. Com a violência do impacto provocado por aquele bruto, que entretanto havia desaparecido, abriu-se a mala que a senhora dependurava no braço, ficando expostos à curiosidade pública objetos íntimos ou não que a dita mala continha.

Este incidente, mais tarde, relatado por um habitual cliente do Luiz da Rocha que ao ver aquele ajuntamento lá foi me-ter o bedelho, deu azo a violentas críticas por parte do citado cliente, por a senhora apenas enaltecer a saia, que era a primeira vez que a vestia, que a tinha comprado em Évora num estabelecimento de marca, que tinha custado 30 euros.

Esquecendo-se o relator que aquele era lugar impróprio para avaliação de previsíveis danos no arredondado tra-seiro da senhora.

Terminou o imbróglio com a in-tervenção de um outro cavalheiro que por ali passava. Este sim, protetor e de-fensor de damas e donzelas e das suas fraquezas!

Gentilmente pediu à senhora que lhe estendesse as mãos que entremeou nas suas e num movimento de extrema do-çura e rara suavidade arrancou a senhora àquele deprimente espetáculo e devol-veu-a à vertical que juntamente com a verticalidade produz o talento nacional.

Aliás, são as senhoras as maiores ví-timas destas obras. É frequente vê-las passar com um sapato na mão e outro no pé, em virtude do modelo, agora usado, nada ter que o fixe ao peito do pé e sendo

o salto bastante pontiagudo facilmente fica preso na terra.

Entretanto as obras prosseguem nem rápida nem lentamente, mas na mesma medida em que estes pasmacentos dias outonais vão encurtando e se aproxima outra avaliação da troika.

Não é boaeducaçãofugir à responsabilidadeEduardo Franco Beja

Eu vivi e vivo numa das regiões menos privilegiadas pela forma como se tem go-vernado Portugal.

Este é o meu Alentejo. E por aqui an-dei, muito do tempo da minha vida, até esta idade de 35 anos.

(…) Perguntei-me, por muitas vezes, como uma boa parte desta minha gente conseguia ter uma qualidade de vida, em que só a minha por vezes se conse-guia equiparar num belo de um par de sapatos.

A minha mãe sempre trabalhou para garantir pelo menos comida na mesa e para o filho andar bem calçado.

Ter um par de sapatos pode parecer até chato para uma criança, mas eu era feliz! E não é que sou um adulto feliz! Sou da geração que também teve um cubo de Rubik. Caríssimo! Recordam-se? Sim, tive um, não tive dois.

Ao dia de hoje agradeço à minha mãe por ter tido a inteligência e a consciên-cia social na forma como me educou e de poder acreditar no que aqui vos escrevo, meus amigos.

Usaste o tempo nessa mais que obri-gação, uma necessidade profética, em que, como tu, outros pais também o fizeram.

Não creio que estejam arrependi-dos de não terem acreditado no milagre da multiplicação do dinheiro, que mui-tos faziam crer, enquanto se ordenhava nas tetas da União Europeia e dos seus gestores.

E da consequência da ordenha, sem-pre pagaste o leite que eu bebi, até o acho-colatado, mas não fazíamos disso ban-deira do Estado e governo da nossa casa.

Tu sempre pagaste, enquanto muitos não se preocupavam o porque do que re-cebiam e quando o teriam que pagar.

Eram tempos em que não se dava muita relevância ao carma da economia nacional.

E assim, mãe, vivemos felizes no nosso Alentejo. Tal como alguns dos nossos

compadres e comadres, em que não nos envergonhamos de viver numa das regi-ões menos privilegiadas, pela forma como têm governado o nosso Portugal.

Nós ficamos por cá e lutamos cada dia, por uma qualidade de vida melhor, nunca nos importámos com epítetos so-ciais e rótulos marginais de quem desco-nhecia o Portugal do dia de hoje.

Isto é só o dia de hoje, no dia de ama-nhã ensina-me a minha experiência de vida que isto tende a melhorar, para isso tenho de ficar em Portugal, de preferên-cia no meu Alentejo.

Hotel São DomingosAntónio Bento Martins

Mina de São Domingos

Conforme podemos ler no “DA” de 12 de outubro, vai a empresa La Sabina, a her-deira da Mina de São Domingos, avançar com um processo de insolvência que levará ao desemprego os 11 funcionários da “uni-dade hoteleira”, que resultou da reconver-são do antigo palácio que foi sede da em-presa exploradora das minas, a designada Mason & Barry, Lda, por mais de 150 anos, segundo consta. O presidente da câmara diz que dispõe de “poucas informações e que se sente preocupado por causa dos tra-balhadores que vão ficar no desemprego”.

Mas, então, sendo um processo de in-solvência significa, desde logo, que a em-presa poderá fechar, devido aos prejuízos da época baixa, naturalmente. Quererá isto dizer que na época alta haverá lucros sufi-cientes para compensar os ditos prejuízos! Neste caso, seria uma questão de gestão e, assim, tomar medidas mais adequadas de regime de inverno: menores salários, horá-rios de trabalho, tarifas mais acessíveis aos utentes…

Parece ser verdade que existem boas relações entre a empresa La Sabina e a au-tarquia de Mértola; logo, talvez se possa exigir que as duas entidades, tal como tem acontecido em circunstâncias diversas no passado, encontrem uma solução possí-vel de evitar o desemprego aos funcioná-rios em causa e, portanto, as consequências daí resultantes para eles e suas respetivas famílias, num meio tão escasso de traba-lho como é, infelizmente, o concelho de Mértola, com incidência em particular na Mina de São Domingos e sua fregue-sia de Corte do Pinto! Quem não se lembra do enorme drama da paragem das minas, cujos autores, a empresa Mason e a própria La Sabina, lançaram em profunda crise toda uma população trabalhadora de mais de 3 000 almas ainda, nos dias de hoje, não totalmente recuperada?

Há 50 anosHomenagema um ilustre matemático de Mértola

A edição de 20 de novembro de 1962 abria com a notícia de uma “Homenagem póstuma a um ilustre

alentejano”, acompanhada (o que era raro) de uma foto do homenageado, o matemá-tico Aureliano Mira Fernandes. Ora leiam:

“Na Academia de Ciências de Lisboa, em cerimónia que se revestiu da mais alta solenidade e expressão, foi recentemente feito o elogio histórico de um ilustre pro-fessor daquele estabelecimento, que, no ramo sempre difícil da Matemática, gran-jeou uma invulgar projecção internacio-nal, mercê de profundos trabalhos de in-vestigação em tão alta ciência.

Prestou-se homenagem póstuma à fi-gura do Prof. Aureliano Mira Fernandes e honrou-se, assim, o Baixo-Alentejo, pois o grande matemático nasceu na Mina de S. Domingos. É justo, portanto, que se dê aqui o devido relevo ao acto.

Encarregou-se do elogio histórico de Mira Fernandes o sr. Prof. José Francisco Ramos Costa, director da Faculdade de Ciências de Lisboa, que descreveu a sua vida de estudante, referindo-se à sua bri-lhante carreira como tal, carreira que terminou pela obtenção sucessiva dos graus de bacharel, licenciado e doutor em Ciências Matemáticas pela Universidade de Coimbra, tendo alcançado em todos eles a classificação máxima de muito bom e louvor com 20 valores, o que constitui uma excepção tão rara como honrosa.

Lembrou, depois, as homenagens de que, em vida, foi alvo o Prof. Mira Fernandes, e que constituíram a prova ir-refutável de prestígio que aureolou a sua figura, e referiu, a seguir, a sua notável produção científica como investigador de altos méritos, aludindo a várias das suas descobertas no campo da Matemática, ci-tadas sempre com merecidos encómios em grande número de revistas científicas quer nacionais, quer estrangeiras, com os mais lisonjeiros comentários de professores al-tamente cotados.

A propósito de tais referências afirmou: ‘Quando um homem ilustra o seu nome pela inteligência e pelo saber fazendo pas-sar para além fronteiras o seu prestígio, já se não pertence a si mas à sua Pátria’”.

O autor do artigo evidenciou depois outras facetas do matemático alentejano – como por exemplo a de “cultor de belas le-tras” – e termina com uma sugestão:

“E a talhe de foice poderemos relem-brar agora uma tentativa frustrada de eri-gir ao ilustre cientista um busto na sua terra natal.

Não seria boa oportunidade reacender novamente tão louvável intento?

Mira Fernandes, como homem bom e como figura ilustre das Ciências, plena-mente o justifica.”

Carlos Lopes Pereira

Cartas ao diretor

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Reportagem

Raul Brandão

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O segundo lar-residência da Cercibeja abre na segunda-feira, 26

Mais um passo para a autonomia

Carlos Pratas, 26 anos, é já um trabalhador efetivo há quatro anos e está prestes a

acrescentar mais um passo no ca-minho de uma crescente autono-mia. Fomos interrompê-lo nas ta-refas que desempenha na herdade do Monte Novo e Figueirinha, onde se produz vinho e azeite junto a São Brissos, a escassos qui-lómetros de Beja. Envergonha-se, esconde a cara a sorrir, mas assim que nos encara já não volta atrás. Menciona a Cercibeja várias ve-zes. Não se esquece que foi atra-vés da instituição, sob o regime de formação em posto de trabalho, que encontrou um meio de sus-tento e de independência. “Lavo os depósitos, faço paletes, faço qualquer coisa que aparecer”, des-creve, e lembra que esteve ali por um ano, a “estagiar”, até o “pa-trão” se ter decidido pela sua in-tegração. “Gostou de mim e fiquei cá, meteu-me aqui efetivo”, orgu-lha-se.

Em breve, já na próxima se-gunda-feira, 26, vai ocupar uma casa nova mas não quer assumir nervosismos, embora lhe seja difí-cil disfarçar alguma tensão. “Vou estranhar um pouco, mas isso de-pois passa”, declara. É um dos 10

Carlos Pratas “Vou estranhar um pouco [a nova casa] mas isso depois passa” Fábio Chaminé Na Casa Pia “há muito tempo”, vai agora estrear novo quarto no “Vidas Coloridas”

Dez jovens adultos com deficiência mental vão passar a ter uma nova casa, a partir de

segunda-feira, o segundo edifício do lar-residência “Vidas Coloridas”, da Cooperativa de

Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Beja. Ou Cercibeja, como vulgar-

mente é conhecida. Esquecendo a nomenclatura oficial, o que a instituição pretende

é que estes homens e mulheres tenham ali a sua “casa” e façam deste lugar seguro um

ponto de partida para a autonomia. Que nem sempre significa ter um trabalho lá fora,

mas que também pode passar por aí.

Texto Carla Ferreira Fotos José Ferrolho

A nova morada é uma oportunidade de “crescerem

nas autonomias, porque aqui fazem um pouco de

tudo. Visitas, colónias de férias e os mais autónomos

até vão a bares, jantares, festas”. José Hilário Mendes

primeiros moradores do segundo edifício do lar-residência “Vidas Coloridas”, da Cercibeja, que abre portas cinco anos passados após a inauguração do primeiro, ocu-pando um espaço contíguo (na rua Mário Castrim). Carlos já lá esteve em visita e também já sabe com quem vai partilhar o quarto. “É bom, é ótimo”, comenta, acrescen-tando que desta é que vai ser. Vive atualmente na casa de um irmão e depois de ter rejeitado a primeira oportunidade de viver em re-gime de lar-residência, por causa de “uma namorada que me me-teu coisas na cabeça”, conta num sorriso envergonhado, reconhece agora que lá estará “melhor”.

O novo edifício, que represen-tou um investimento de 838 mil euros, comparticipado (a 85 por cento até aos 636 mil euros) por

fundos comunitários, é clara-mente um upgrade do primeiro. José Hilário Mendes, presidente da direção da instituição, compara-o a “um hotel de quatro ou cinco es-trelas” face ao anterior, “que pode-mos considerar um hotel de três estrelas”. “É assim a evolução dos tempos, com certeza que se ama-nhã fizermos outro será ainda melhor”, concretiza, enquanto vai mostrando os quartos já equi-pados com mobiliário e roupa de cama e onde até já se alinham, nas cabeceiras, fotografias emoldura-das da história de vida dos seus futuros ocupantes. Os quartos, en-tre individuais e duplos, exibem à porta o número das camas, como forma de controlar o tratamento da roupa, na lavandaria, garan-tindo que não se misture. Ali não há distribuição indiscriminada de

até vão a bares, jantares, festas”. Para os pais e outros familiares, por seu turno, é uma garantia de que podem ficar descansados, aconteça o que acontecer. “É um alívio para o coração: se eu ama-nhã já cá não estiver, tenho um sí-tio onde o meu filho pode ficar”, resume José Hilário Mendes, en-quanto traça um breve perfil dos “clientes” do lar-residência “Vidas Coloridas”: “estamos a falar de fa-mílias carenciadas, de utentes sem família, e de clientes de outras ins-tituições, cuja resposta para a sua deficiência não é a indicada”.

O novo lar-residência abre com uma capacidade para 20 utentes, apenas metade deles compartici-pados pela Segurança Social, ape-sar de o pedido de acordo origi-nal ter contemplado a totalidade das camas. O que significa que, de momento, a CerciBeja terá que ocupar as restantes “extra-acordo com a Segurança Social”, ten-tando encontrar jovens cujas fa-mílias tenham disponibilidade financeira para custear, na ínte-gra, “os cerca de mil euros men-sais” associados. Uma verba que deriva, explica o responsável, “de um encargo enorme com pessoal, para cumprir a legislação vigente.

lençóis, como acontece nos hospi-tais. Cada um mantém a sua pró-pria roupa de cama, o que é bem o espelho do “conceito de lar que temos, que é diferente”, ex-plica o responsável: “A nomencla-tura tem que ser a de lar mas isto é a casa deles”. E, como em casa, também se lhes pede que parti-cipem na manutenção do edifí-cio, despejando o lixo, lavando a loiça, pondo a mesa. Para os jo-vens adultos que agora entram, a maior parte originários do conce-lho de Beja – uma obrigatoriedade do próprio projeto – com idades entre os 18 e os 42 anos e portado-res de deficiência mental “ligeira a moderada”, a nova morada é uma oportunidade de “crescerem nas autonomias, porque aqui fazem um pouco de tudo. Visitas, coló-nias de férias e os mais autónomos

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Prestes a completar cinco anos, o primeiro edifício do lar-residência “Vidas Coloridas”, com uma capacidade de apenas 18 camas, fez aumentar, só por si, “a oferta de camas no Alentejo em 50 por cento”, lembra José Hilário Mendes, presidente da direção da

Cercibeja, para ilustrar a lacuna existente nesta área. Concretamente, quando foi feito o projeto para o segundo edifício, “havia cerca de 90 clientes sinalizados. Hoje, depois de atualizadas as inscrições, ainda restam 65”, adianta. O que está em causa é a impossibilidade de manter o apoio familiar a estes jovens com deficiência, quando os pais falecem ou se tornam incapazes, por ve-lhice ou por doença. É aí que entra a Cercibeja: “Queremos que sejam adultos autónomos, mas sempre com a nossa supervisão, a nossa ajuda. Têm as suas limitações. Estamos a falar da ges-tão deles próprios, ao nível do dinheiro, da higiene pessoal ou do saber estar com o outro, por exemplo”.

O próximo projeto da instituição bejense deverá localizar-se em Mértola, onde se vislumbra a abertura de um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO), fruto de um estudo da própria au-tarquia local e da rede social do concelho, que deu conta de “uma série de jovens sinalizados, com deficiência e sem resposta adequada”. O CAO de Mértola seria assim uma alternativa viável a deslocações diárias até às instalações da Cerci, em Beja. A Câmara disponibilizará o espaço e o projeto de arquitetura, garante José Hilário Mendes, que diz estar agora a analisar opções de fi-nanciamento. CF

Oferta de lares-residênciaé bastante lacónica no distrito

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Vidas Coloridas Os dois edifícios ficam irmanados na rua Mário Castrim

Empresa Líder em Beja

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Temos que contratar sempre uma pessoa por cada dois clientes”. Com a abertura do segundo lar, a instituição passa a contar com um total de 56 trabalhadores.

Ao lado, no edifício n.º1, os moradores pioneiros já tomaram o pequeno-almoço e tudo está a postos para entrar na carrinha da instituição rumo à quinta, onde, mal começa a estrada para Évora, a Cercibeja tem sediados os seus serviços e valências. Segunda- -feira é dia de atividades desporti-vas. Paula Graça, 38 anos, aparece de fato treino e sapatilhas e explica por que razão José Hilário Mendes lhe chama a “mulher da casa”. É que, dos 18 utentes, ela é a que mais tempo dedica às tarefas do-mésticas, por vocação, por gosto, e também por jeito. “Ajudo na lim-peza, a fazer as camas, a varrer o chão, a limpar os quartos”, des-creve, com brio, e conta que vivia na Fundação Manuel Gerardo de Sousa e Castro, uma instituição

“de pessoas carenciadas que não podem estar com as famílias”. Está no primeiro lar-residência praticamente desde que ele abriu portas e confessa que, apesar das “boas recordações do colégio”, es-tar ali “é muito melhor”. Divide o quarto com uma colega e não es-conde o entusiasmo pela chegada dos “novos vizinhos”, alguns deles já conhecidos. Também Patrício Rosa, 25 anos, que gosta de tra-balhar na horta da quinta, porque pode “ver as coisas a nascerem”, se mostra agradado com os novos moradores. “É mais uma compa-nhia”, confessa o antigo morador da Casa do Estudante que sonha com um “trabalho”, se possível, especifica, “num café, a servir às mesas”.

E é também na horta, junto às laranjeiras carregadas, que pa-ramos à conversa com Fábio Chaminé, nada mais, nada me-nos do que o futuro comparsa de quarto de Carlos Pratas, fun-cionário da sociedade agrícola Monte Novo e Figueirinha. Com 18 anos, vive atualmente na Casa Pia, onde se encontra “há muito tempo”, explica, evasivo, e o que mais deseja neste novo capítulo de vida é ter oportunidade de re-gressar ao estádio da Luz, em Lisboa. “Sou do Benfica e gos-tava de lá ir outra vez”. De resto, pouco dado a pormenores práti-cos – data de entrada, condições do quarto e por aí em diante – vive o presente e parece desfrutá--lo bem. Perguntamos-lhe o que prefere, entre o trabalho na horta e a sala de aula, onde aprende al-gumas noções de matemática e de língua portuguesa. Eis a resposta: “gosto mais de jogar à bola e de namorar”.

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Futebol juvenil

Vasco da Gama e Aljustrelense em casa no regresso da 3.ª Divisão

Que pontos tão preciosos

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Desporto

Campeonato Distrital de Benjamins (6.ª jor-nada): Série A – Ferreirense A-Aljustrelense, 2-2; Desportivo de Beja-Despertar A, 0-12; Alvito - -Vasco Gama, 1-9; Figueirense-Sporting Cuba, 2-8. Folgou o B.º Conceição. Líder: Ferreirense, 14 pontos. Próxima jornada (24/11): Sporting Cuba - -Ferrei rense A; Aljustrelense-Desportivo Beja; Despertar A-Alvito; Vasco Gama-B.º Conceição. Folga o Figueirense. Série B – Despertar B-Piense, 1-2; Sobral da Adiça-Ferreirense B, 0-7; CB Beja --Santo Aleixo, 1-16; Moura-Serpa, 0-3. Folgou o NS Beja. Líder: Santo Aleixo, 18 pontos. Próxima jor-nada (24/11): Serpa-Despertar B; Piense-Sobral da Adiça; Ferreirense B-CB Beja; NS Beja-Moura. Folga o Santo Aleixo. Série C – Odemirense-Ro-sairense, 18-0; Almodôvar-Castrense, 0-5; São Marcos-Ourique, 2-2; Milfontes A-Renascente, 0-2; Boavista-Milfontes B, 1-15. Líder: Odemirense, 16 pontos. Próxima jornada (24/11): Milfontes B-Odemirense; Rosairense-Almodôvar; Castrense - -São Marcos; Ourique-Milfontes A; Renascente --Boavista.

Campeonato Distrital de Infantis (6.ª jor-nada): Série A – Vasco Gama-Desportivo Beja, 4-3; NS Beja-Ferreirense, 0-2; Sporting Cuba --Alvorada, 10-0; Alvito-B.º Conceição, 9-1. Folgou o Despertar A. Líder: Despertar A, 15 pontos. Próxima jornada (24/11): B.º Conceição-Vasco da Gama; Desportivo Beja-NS Beja; Ferreirense-Sporting Cuba; Alvorada-Despertar A. Folga o Alvito. Série B – Amarelejense-CB Beja, 12-0; Operário-Moura, 1-8; Aldenovense-Serpa, 2-4; Guadiana-Despertar B, 4-3. Folgou o Piense. Líder: Amarelejense, 18 pontos. Próxima jornada (24/11): Despertar B-Amarelejense; CB Beja-Operário; Moura-Alde-no vense; Serpa-Piense. Folga o Guadiana. Série C – Aljustrelense-Almodôvar, 0-4; Renascente-Ode-mi rense, 0-4; Milfontes A-Boavista, 0-6; Milfontes B-Castrense B, 10-1. Folgou o Castrense A. Líder: Odemirense, 15 pontos. Próxima jornada (24/11): Castrense B-Aljustrelense; Almodôvar-Renascente; Odemirense-Milfontes A; Boavista-Castrense A. Folga o Milfontes B. Campeonato Distrital de Iniciados (5.ª jor-nada): Ourique-Vasco Gama, 2-1; Amarelejense - -Ser pa, 1-0; Odemirense-Milfontes, 4-1; B.º Con-ceição-Moura, 1-4; Rio Moinhos-Guadiana, 3-1. Folgaram Despertar e Sporting de Cuba. Líder: Odemirense, 15 pontos. Próxima jornada (25/11): Serpa-Ourique; Milfontes-Amarelejense; Moura --Ode mirense; Guadiana-Despertar; Sporting Cuba --Rio Moinhos. Folgam: B.º Conceição e Vasco Gama.

Taça Armando Nascimento Juvenis (3.ª jor-nada): Castrense-Despertar, 5-1; Serpa-Aljus-trelense, 5-1; Almodôvar-Moura, 3-2. Folgou o Desportivo de Beja. Líder: Castrense, 9 pon-tos. Próxima jornada (25/11): Despertar-Serpa; Desportivo Beja-Castrense; Aljustrelense-Moura. Folga o Almodôvar.

Campeonato Distrital de Juniores (4.ª jor-nada): Despertar-Desportivo Beja, 6-1; Vasco Gama-Sobral da Adiça, 6-1; Cabeça Gorda-Ode-mirense, 1-3; Aldenovense-Castrense, 2-0. Líder: Odemirense, 10 pontos. Próxima jornada (24/11): Castrense-Despertar; Desportivo Beja-Vasco Gama; Sobral da Adiça-Cabeça Gorda; Odemirense--Aldenovense.

Campeonato Distrital de Seniores Femininos (5.ª jornada): Odemirense-Serpa, 5-1; CB Almo-dôvar-Ourique, 0-7; Almansor-Vasco Gama (adiado 24/11). Folga a CB Castro Verde. Líder: CB Castro Verde, 10 pontos. Próxima jornada (1/12): Serpa-CB Castro Verde; Ourique-Odemirense; Vasco Gama-CB Almodôvar. Folga o Almansor.

Campeonato Nacional de Iniciados (11.ª jor-nada): Odiáxere-Desportivo Beja, 3-0; Desper-tar-V.Setúbal, 1-2. Líder: V.Setúbal, 30 pontos. 7.º Despertar, 10. 9.º Desportivo Beja, 4. Próxima jor-nada (25/11): São Luís-Desportivo Beja; Despertar--Odiáxere.

Campeonato Nacional de Juvenis (11.ª jor-nada): Despertar-BM Almada, 1-1; Louletano --Ode mirense, 5-0. Líder: V.Setúbal, 25 pontos. 9.º Odemirense, 5. 10.º Despertar, 4. Próxima jor-nada (25/11): Odemirense-V.Setúbal; C.Piedade --Despertar.

Campeonato Nacional de Juniores (10.ª jor-nada): BM Almada-Moura, 1-0. Líder: Oeiras, 30 pontos. Próxima Jornada (24/11): Moura-Lusitano VRSA.

A 1.ª eliminatória da Taça Distrito de Beja já provocou estragos em algumas das equipas com eventuais aspirações, nomeadamente o Serpa, detentor do troféu.

Texto Firmino Paixão

A Taça Distrito de Beja contou, esta época, apenas, com as equipas da 1.ª Divisão e, logo à primeira, caíram o

Almodôvar (derrota pesada na Amareleja), o Milfontes (tombou em casa com o São Marcos, na lotaria das grandes penalida-des), o Serpa (perdeu em Cabeça Gorda) e o Odemirense (derrotado em casa pelo Piense). Triunfo normal do Aldenovense, em casa, e do Sporting de Cuba, em Mértola.

Ao Rosairense e ao Desportivo de Beja (isentos desta eliminatória) vão juntar -se os vencedores da semana, entre eles, qua-tro clubes que, na época anterior, estavam na 2.ª Divisão. Resultados da eliminatória: Odemirense-Piense, 0-1 (ap); Amarelejense-Almodôvar, 4-1; Aldenovense-B.ºConceição, 2-1; Guadiana-Sporting Cuba, 2-3 (ap); Milfontes-São Marcos (1-1, 2-3 gp); Cabeça Gorda-Serpa, 3-1.

Pesca Desportiva A XX Gala dos Campeões da Associação

Regional do Baixo Alentejo de Pesca

Desportivas realiza-se no domingo, dia

25, pelas 10 horas, no Pavilhão Multiusos

da cidade de Serpa. A distinção dos

campeões da época 2012 será antecedida

de um passeio turístico pelo concelho

e almoço de confraternização.

Hóquei em Patins O Hóquei de Santiago e o Castrense jogam

amanhã em Santiago do Cacém a 7.ª jornada

do Nacional da 3.ª Divisão. Na ronda

anterior o Castrense perdeu em casa com

o Boliqueime (5/6) e o Santiago foi goleado

em Estremoz (11/5). Na 2.ª Divisão joga-se

a 8.ª jornada, em que o Vasco da Gama

de Sines recebe o Campo de Ourique e o

Grândola joga em Sintra. Na ronda anterior

o Grândola bateu o Vasco da Gama por 5/2.

Futsal Resultados da jornada do Distrital

da A.F.Beja: Ferreirense-IP Beja,

7-0; Luzerna-Vasco Gama, 4-5;

Safara-NS Moura, 0-8; Barrancos-

Vila Ruiva, 4-1; Almodovarense-

ADVNS Bento, 5-4; Baronia-

Alcoforado, 7-1. Folgou o desportivo

Beja. Líder: Ferreirense, 16 pontos.

Numa altura em que todos os pontos são ouro para as três equipas que estão na segunda metade da tabela,

vem aí mais uma ronda complicada.O Vasco da Gama fica na Vidigueira para

receber o Sesimbra, o Aljustrelense joga em casa com o Lusitano de Vila Real de Santo António.

Dois jogos de elevada dificuldade,

apenas, superável pelo facto de atuarem junto do seu público, o que é sempre fator de superação emocional. E os três pontos se-rão determinantes para ambas as equipas, no sentido de ultrapassarem a barreira do sexto lugar, independentemente das dife-rentes aspirações de cada um.

O Castrense tem uma saída difícil para Reguengos, mas a equipa tem alternado

bons e maus momentos (e lembramo-nos do inesperado triunfo em Lagoa) pelo que não será nenhum escândalo regressarem a Castro Verde com pontos.

O Moura tem uma descida para Lagos, adversário que lhe morde os calcanhares, com menos um ponto, pelo que será inevitá-vel pontuar no barlavento algarvio.

Firmino Paixão

O “Distritalão” regressa com feridas da taça

Um derby no Rio MiraÉ

um líder ferido, pelo prematuro afasta-mento da Taça Distrito de Beja, aquele que se apresentará no José Agostinho

de Matos, para medir forças com um motivado “Ferróbico”, que também ajudou o Serpa a fazer as malas da mesma prova. Numa ronda de jogos de elevado quilate, brilha intensamente o derby entre o Milfontes e o Odemirense. O Serpa vai curar as feridas no pelado do Rosairense, o Aldenovense estará em São Marcos a debater --se contra o crescente rendimento dos locais,

que eliminaram o Milfontes, e o Amarelejense, em Beja mostrará ao Bairro da Conceição os argumentos com que goleou o Almodôvar. O Piense terá pela frente um Sporting de Cuba di-fícil e o Desportivo de Beja com um teste difícil em Mértola, que o Guadiana vai querer ganhar. O campeonato é liderado pelo Almodôvar, com uma vantagem de quatro pontos sobre o Serpa e cinco sobre o Piense, mas a jornada é prome-tedora em termos de acertos, numa tabela em cujo rodapé se situa o Guadiana de Mértola.FP

Uma Taça surpreendentemente cheia com a revolta dos humildes

Um brinde ao futebol de segunda

Realiza-se amanhã, sábado, a 8.ª jornada do Nacional de Andebol

da 3.ª Divisão, com esse grande jogo a disputar na vila do Redondo,

entre o atual líder e a Zona Azul, de Beja, 2.º classificado. Da ronda

anterior vem um triunfo folgado dos bejenses sobre o Costa D’Oiro

(39/13). O CCP Serpa joga em casa com o Lagoa, vindo de um bom

triunfo no recinto dos Olhanenses (24/26). Depois da derrota em

Lagoa (36/18), o A.C.Sines recebe amanhã o Náutico do Guadiana.

Nacional da 3.ª divisão

em andebol amanhã

20.º Crosse dos Cavaleiros Os atletas Carlos Silva e Mónica Rosa, ambos do Sporting Clube de Portugal, ven-ceram as principais provas da 20.ª edição do Crosse dos Cavaleiros de Vale de Santiago, prova organizada pelo Núcleo Desportivo e Cultural de Odemira, com o apoio do Município local e da Associação de Atletismo de Beja.

Distritalão Desportivo de Almodôvar é o líder isolado

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Fernando Candeias

O t re i n a d or Fe r n a nd o Candeias assume a sua “costela de bejense”, em-

bora com naturalidade oficial de Santiago do Cacém, em cujo União Sport Clube se formou futebolista, desde os infantis aos seniores, es-calão onde representou o clube na antiga 2.ª Divisão B. Teve ou-tras experiências em campeonatos nacionais, nomeadamente na 3.ª Divisão, com as camisolas do Vasco da Gama de Sines e do Fanhões, antes de chegar ao Odemirense (1.ª Divisão Distrital) e ao Milfontes (2.ª e 1.ª Distrital). Foi no clube da foz do rio Mira que encetou a car-reira de treinador (habilitado com o nível Uefa B, com formação em Scouting e Liderança). No seu cur-rículo constam estágios ao lado de Manuel Cajuda (Guimarães), Litos (Portimonense) e Pedro Caixinha (Leiria). O seu trajeto como téc-nico tem quase a exclusividade no Praia de Milfontes, desde a época de 2005/6 (em que subiu a equipa à 1.ª Divisão Distrital), até à pre-sente temporada, com a exceção de 2007/8 em que ficou inativo. Neste trajeto à frente do Milfontes foi fi-nalista vencido da Taça Distrito de Beja (2010/11) e classificou-se em 2.º lugar do campeonato, na época seguinte. Esta época, com 36 anos e de novo no banco do Milfontes, procura o título que lhe enrique-cerá este perfil.

(1) MILFONTES/ODEMIRENSEEspero um derby emocionante e com o apoio dos nossos adeptos acredito que vamos ficar com os três pontos.

(X) ROSAIRENSE/SERPAJogo de tripla, entre duas das me-lhores equipas do campeonato. Mas aposto no empate.

(1) SÃO MARCOS/ALDENOVENSEO Aldenovense possui um plantel muito valioso e os bons resultados po-dem surgir já nesta difícil deslocação a São Marcos.

(X) BAIRRO CONCEIÇÃO/AMARELEJAJogo com incerteza no resultado. Aposto no empate, embora também seja natural a vitória cair para qual-quer um dos lados.

(X) GUADIANA/DESPORTIVO BEJAJogo em que nenhuma equipa quererá perder e, por via disso, o resultado po-derá ser o empate, com golos.

(2) CABEÇA GORDA/ALMODÔVARNão acredito que o Cabeça Gorda con-siga “roubar” pontos ao líder.

(1) PIENSE/CUBAJogo entre equipas com bons resulta-dos até ao momento, mas em que o fa-tor casa poderá ser determinante.

19Hoje palpito eu...Taça Fundação Inatel – 3.ª jornadaSérie A: Pedrógão-Sobral da Adiça, 3-2; Brinches -Luso Serpense, 1-2; Quintos - -Sal vadense, 0-0. Folgou o Ficalho. Líder: Luso Serpense, 6 pontos. Próxima jornada (24/11): Ficalho-Brinches; Salvadense-Pedrógão; Luso Serpense-Quintos. Folga o Sobral da Adiça.

Série B: Faro Alentejo-AC Cuba, 1-2; Neves-Berin ge-lense, 1-3; Penedo Gordo --Lou redense, 1-0. Folgou o São Matias. Líder: A.C.Cuba, 6 pontos. Próxima jornada (24/11): São Matias-Neves; Louredense-Faro Alentejo; Beringelense-Penedo Gordo. Folga o A.C.Cuba.

Série C: Mombeja-Fi guei-rense, 1-2; Alvorada-Santa Vitór ia, 0 - 0; Jungeiros --Va le da Oca, 1-2. Folgou o Messejanense. Líder: Vale da Oca, 9 pontos. Pró xi ma jornada (24/11): Messe-janense-Alvorada; Va le da Oca-Mombeja; Santa Vi-tó r ia-Jungeiros. Folga o Figueirense.

Série D: Alber noense --Sanjoanense, 4-0; Sete --Alcariense, 1-0; Fernandes - -Tr i n d a d e, 1- 6 . L í d e r : Trindade, 7 pontos. Próxima jornada (1/12): Sanjoanense - -Alcariense; Albernoense --Fernandes; Trindade-Sete.

Série E: Soneguense-Lu-zianes, 0 -1; Cercalense - -Amo reiras Gare, 1-2; Co-len se -S anta Luzia, 0 -1. Fol gou o Relíquias. Líder: Lu zianes, 9 pontos. Próxima jornada (25/11): Relíquias - -Cer calense; Santa Luzia --Soneguense; Amoreiras G a r e - Co l e n s e. F o l g a o Luzianes.

Série F: Milfontes-Campo Re dondo, 3- 0; S ab oia --Boavista, 4-0; Cavaleiro --Malavado. Folgou o Bem-posta. Líder: Saboia, 7 pontos. Próxima jornada (25/11): Bemposta -Saboia; Malavado-Milfontes; Boa vis-ta-Cavaleiro. Folga o Campo Redondo.

Série G: Santaclarense-Pe rei-rense, 4-0; Serrano-Almo do-varense, 4-0; Santa Clara -a -Nova-Nave Redonda, 3-3. Líder: Serrano, 9 pontos. Próxima jornada (2/12): Pe reirense-Almodovarense; San taclarense-Nave redon den se; San ta Clara-a-Nova-Serrano.

Apesar do empate em casa na última jornada, frente ao Odemirense, a for-mação da Casa do Benfica de Castro Verde mantém-se isolada no comando do Campeonato Distrital de Seniores Femininos.

Texto e foto Firmino Paixão

Três vitórias, um empate e o maior nú-mero de golos marcados são creden-ciais que mantém a equipa liderada por

Gonçalo Nunes, 32 anos, na corrida por um tí-tulo que na época passada, por pouco, lhe fu-giu. O jovem treinador fala da realidade da sua equipa e deixa uma análise muito lúcida sobre o futebol feminino do distrito de Beja, pondo em evidência a carolice e a entrega de quem lidera estes projetos.

A equipa está a jogar verdadeiramente “à

Benfica”?

É um facto. O empate em casa com o Odemirense nunca será um resultado nega-tivo, face às circunstâncias do jogo. A equipa de Odemira é complicada e tem uma posse de bola brilhante. Ficámos com uma atleta a menos, sinceramente, devido a um erro do árbitro da partida, não há explicação expulsar uma joga-dora que acabou por fazer uma entorse grave. A partir daí desvirtuou o jogo, porque a Carolina Silva lesionou-se, ele não mandou parar o jogo, erradamente, e o lance acabou em golo.

Uma expulsão e duas lesões limitarão as op-

ções para os próximos jogos?

Torna-se complicado, temos um plantel com 16 jogadoras, mas muitas estão a estudar, ou-tras a trabalhar e nos treinos já é muito di-fícil fazer alguma coisa com cabeça, tronco e membros. São limitações que nos podem

trazer contrariedades, mas vamos ter uma se-mana de paragem, pode ser a nossa sorte, mas causa mossa. A Carona, que é jogadora da sele-ção sub/17, uma jogadora com muito potencial, também fez uma entorse gravíssima num pé, ambas fazem muita falta à equipa.

O que mudou desde a última temporada que

tornou esta equipa mais competitiva?

A equipa no ano passado praticou um futebol muito bom. O que se notava talvez era uma ex-cessiva meninice, que, este ano, deixámos de ter porque houve uma evolução natural. O plantel manteve-se praticamente igual, entrou a Ana Rita Batista, a melhor marcadora do campe-onato da época passada, dá-nos muita força, mas não foi por aí que a equipa se alterou. Praticamos a mesma qualidade de futebol, te-mos a mesma estrutura, talvez estejamos pior quanto à disponibilidade das atletas, tendo em conta o meio escolar da maioria delas, muito pontualmente fizemos alguns acertos, mas não mudámos muito.

Venceram a supertaça da época passada, que-

brando a hegemonia do Aljustrelense. Eram já

sinais de que esta época seria bem-sucedida?

Durante a época demos sinais de que podía-mos também ter ganho o campeonato, mas ha-via muita ingenuidade na nossa equipa. Saber jogar futebol, ter bom toque de bola e saber po-sicionar-se no campo não prevaleceu sobre a maior maturidade que a equipa do Mineiro ti-nha. Batemo-nos taco a taco pelo campeonato, perdemos a taça no último jogo, por um golo e em inferioridade numérica. Agora, este ano, evoluímos, e essa evolução tem a ver com o nú-mero de treinos que vão tendo nas perdas, ob-viamente que só têm que evoluir.

A desistência do Mineiro permitiu que outros

projetos emergissem com mais fulgor?

Tenho pena do projeto do Mineiro ter ido abaixo, como tenho pena do Amarelejense, que tem uma equipa a treinar ainda hoje e não sei porque mo-tivo, à última hora, não participou no campeo-nato. O futebol feminino vem sendo potenciado para cada vez ter mais praticantes e adeptos. O Mineiro foi um caso paradigmático, uma equipa campeã, com uma boa estrutura e que desapa-rece de um momento para o outro. Vários clubes aproveitaram as suas jogadoras, nós temos uma, o Odemirense ficou com três belíssimas jogado-ras e o Vasco da Gama mais três.

Que objetivo persegue a Casa do Benfica de

Castro Verde?

Queremos ganhar jogo a jogo. Temos um plan-tel curto, não em número, mas em termos de trabalho no dia a dia, e isso prejudica-nos imenso, não podemos pensar que o campeo-nato é fácil. O Odemirense tem uma equipa ex-celente, o Vasco da Gama está a surpreender-me pelos resultados, porque jogam muito bem, o Almansor tem uma equipa muito complicada para ultrapassar, o Ourique está muito melhor do que no ano passado. Temos um leque de seis equipas capazes de vencer o campeonato. Nós precisamos de nos concentrarmos nas estraté-gias para vencermos sempre o próximo jogo. No final logo se verá como fica a classificação.

Na Taça Distrito de Beja (dia 24) o primeiro ad-

versário será o Serpa...

Entramos sempre em campo com humildade, mas para ganhar. O Serpa tem uma estrutura muito bem montada, jogam juntas há três épo-cas, a equipa é praticamente a mesma, sabem jogar à bola, vão criar-nos muitas dificuldades, mas será um jogo em que vamos tentar ganhar, se não for no tempo regulamentar, terá que ser nas grandes penalidades.

Casa do Benfica de Castro lidera o distrital de futebol feminino

Elas sabem jogar “à Benfica”

Casa do Benfica de Castro Verde Benfiquistas de Castro lideram campeonato distrital de seniores femininos

Diá

rio d

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ovem

bro

2012

20

Constatamos, hoje,

uma multiplicidade de

compêndios desportivos

que nos atiram para as

mais diversifi cadas ações,

tendo obviamente em conta

o fator da disponibilidade

física do ser humano.

Observamos que a prática

salutar do desporto não

escolhe idades e assume -

-se como uma executável

tarefa que, por incrível que

pareça, leva o mais singular

citadino do mundo a

entregar-se, sem rodeios,

à exercitação corporal.

Não importa as condições

climatéricas, a natureza

do terreno, tão-pouco os

dados pessoais contidos

no presunçoso Cartão de

Cidadão, uma ou outra

animosidade espontânea

com o camarada que

pisa o mesmo trilho,

mas o mais importante

da labuta proposta é

cooperar numa aventura

que traz prazer emocional

aos participantes. As

caminhadas afi rmam-se

como desafi os a gentes que

jamais ousaram envergar

um fato de treino e calçar

umas sapatilhas. Todavia,

a vida ganhou novos

contornos, ultrapassou

casuais obstáculos, sendo

certo que na atualidade

é comum observarmos

gentes com uma distinta

entrega ao exercício

físico. As caminhadas são

exemplos acabados de

uma substância desportiva

que cruza gerações,

onde os participantes

deslizam suavemente

sobre um terreno por

vezes desconhecido, mas

sempre despertos para

novas aventuras. A Secção

de Marcha P’ra Saúde da

Juventude Desportiva das

Neves levou a efeito no

pretérito domingo, 18,

a 4.ª Caminhada do Dia

Mundial do Não Fumador

nas Neves, que teve como

objetivo prioritário

suscitar na população

uma aproximação real ao

exercício físico. Felicita -

-se, pois, os promotores

do evento que, não

obstante o número de

caminhantes apurados no

acontecimento, ergueram

bem alto a razão que os

motivou. Fumar prova -

-se, cientifi camente, que

não é de facto a melhor

terapia para todos aqueles

que dedicam parte do

seu tempo livre à razão

desportiva. Aplaudo, com

enfâse, a disponibilidade

do cidadão comum

nas ditas caminhadas,

independentemente do

local onde elas ocorram.

Caminhadas

José Saúde

O Beja Basket Clube atravessa um período de transição, em que a maior aposta é o rejuve-nescimento da equipa sénior, independentemente dos resul-tados desportivos.

Texto e foto Firmino Paixão

Luís Caramba é o novo presi-dente do Beja Basket Clube, sucedendo a João Vilhena,

que renunciou por motivos de or-dem profissional. O novo líder do clube, também treinador da equipa principal, assume a continuidade de um projeto sustentado no trabalho de formação de jovens praticantes e nos princípios que deram origem ao clube. O seu maior desencanto é a es-cassez de miúdos para engrandece-rem o projeto e fortalecerem o futuro da modalidade na região.

Um novo líder e um tempo novo

para o Beja Basket Clube?

Não necessariamente, as ideias man-têm-se, o projeto estava a ser consoli-dado sobre uma base de formação e, este ano, por força, não só da idade, mas da vida e dos compromissos das pessoas, fomos forçados a intensifi-car aquele passo que já vínhamos a dar, embora o estivéssemos a fazer um pouco lentamente.

A que passo se refere,

concretamente?

Este ano, em termos de seniores, a equipa é constituída, em cerca de

oitenta por cento, por atletas vin-dos da nossa formação. São jogado-res muito jovens, alguns estão a estu-dar fora da região, mas não quiseram deixar o clube, nem permitir que se perdesse esta modalidade no escalão de seniores na cidade de Beja. Temos uma equipa, essencialmente, base-ada na formação, com dois ou três mais velhos, para darem alguma es-tabilidade ao conjunto.

Uma filosofia que abre um novo

ciclo?

Sim, é um novo ciclo que estamos agora a trabalhar, ainda não o tínha-mos feito com toda esta força, com tão grande percentagem de jovens, mas estamos satisfeitos com a res-posta que eles estão a dar, são jovens que nunca tinham jogado juntos. E eu, para além de não conhecer os ad-versários que temos para defrontar, também não conheço muito bem a minha equipa. Conheço os atletas in-dividualmente mas, enquanto cole-tivo, ainda estamos num processo de conhecimento mútuo.

Esperam fazer um bom campeonato?

Vamos fazer um campeonato na me-dida do possível, não será um bom campeonato, porque estamos habitu-ados a outro tipo de classificações que, este ano, não podemos ter como meta. O objetivo é consolidar esta equipa para, no futuro, podermos regressar aos níveis competitivos a que estáva-mos habituados. Temos que formar a equipa, não pensamos em mais nada.

Mas é esta equipa que dá visibili-

dade ao vosso projeto?

Não entendemos assim. Tanto os se-niores como os Sub/16, e temos mui-tos miúdos a praticar neste escalão, são eles próprios que promovem a modalidade e o clube, porque cha-mam muitos colegas para o basque-tebol. Nunca pensámos que a equipa sénior pudesse ser o foco das aten-ções, porque o nosso projeto baseia --se na formação, e aí sim, queremos estar focalizados.

Uma eventual qualificação para a

segunda fase da prova não está no

horizonte?

No estado em que está o basquetebol, uma segunda fase, pela qual nós an-teriormente lutávamos muito para nos qualificarmos e onde existia sempre muita competição, mas hoje em dia, não. Essa competição está desvirtuada. Quem tiver dinheiro vai, quem não tiver fica por aqui. As realidades são diferentes. Quem tiver poder financeiro vai em frente, quem não tiver não vai. Na época passada não pudemos lá ir, e tínhamos equipa para isso, para não hipotecarmos o futuro do clube, porque não tínha-mos meios financeiros.

Mas o projeto do BBC está

consolidado?

Sim, o nosso projeto está bem susten-tado, estamos com cerca de 40 atle-tas, já foram mais, mas já não temos equipa feminina, com alguma pena nossa, e temos um boa formação nos

escalões de Sub/14, Sub/16, temos mini basket e precisamos de muitos atletas para este escalão, porque, este ano, estamos um pouco mais fracos, mas é aqui, no mini basket, que que-remos fazer a maior aposta.

O que está a mudar com a presidên-

cia do Luís Caramba?

Nós formávamos uma equipa que se desmantelou um pouco, porque o nosso antigo presidente teve que se ausentar por razões profissionais. Mas as ideias são as mesmas, os res-tantes elementos são praticamente os mesmos e as raízes do projeto man-têm-se. Queremos que a modalidade evolua, tudo o que fizermos será na base da formação e das ideias que estiveram na razão da fundação do Beja Basket Clube.

As dificuldades são maiores que os

apoios, ou nem por isso?

Naturalmente que as dificuldades são grandes, mas, ao contrário das outras modalidades, nós queixamo - -nos de termos poucos atletas. Essa é a nossa maior queixa, precisamos de atletas e de dois cestos, mais nada. Mesmo com poucas condições, mas com muitos atletas, nós conseguire-mos pô-los a jogar, e isso é que nos importa e é fundamental. Os pais dos nossos miúdos fazem um esforço enorme para nos ajudar, por isso, mesmo que as entidades não nos apoiem, desde que tenhamos miú-dos manteremos o basquetebol nesta cidade.

Beja Basket Clube disputa o Campeonato Nacional da 2.ª Divisão

Queremos mais jovens a jogar basquetebol

Beja Basket Clube Seniores do clube (Luis Caramba, presidente e treinador com a bola na mão)

O Beja Basket Clube joga no domingo (17

horas) no recinto do Ferragudo, cumprindo

a 3.ª jornada do Nacional de Basquetebol

da 2.ª Divisão. Na jornada anterior a equipa

bejense perdeu no seu pavilhão por 64/57,

com a formação do Atlético de Reguengos.

Nacional de basquetebol

da 2.ª divisão no domingo

Diário do Alentejo23 novembro 2012

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Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

TRIBUNAL JUDICIAL DE CUBASecção Única

ANÚNCIOProcesso: 104/04.0TBCUB-AInventário/Partilha de Bens em Casos EspeciaisN/Referência: 608158Data: 07-11-2012Requerente: Joaquim José Lobo do CaboRequerido: Mariana Gertrudes Camacho Nobre Cabo

Nos autos acima identifi cados foi designado o dia 07-01-2013, pelas 10:00 horas, neste Tribunal, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na Secretaria deste Tribunal, pelos interessados na compra do seguinte bem:

Prédio urbano, destinado a habitação, sito na Rua da Amendoeiri-nha, n° 5, freguesia de Pedrógão e concelho da Vidigueira, inscrito na Matriz Predial sob o Artigo 235 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Vidigueira sob a fi cha n.° 00753/070797 freguesia de Pedró-gão, composto por corredor, 3 quartos (1 interior), sala com chaminé, casa de banho, marquise, cozinha, sala, despensa, alpendre, sala com lareira (era casão) e quintal com arrecadação e ainda logradouro na zona lateral ao alçado principal, com área coberta de 202,00 m2 e área descoberta de 98,00 m2.

VALOR BASE: 82,400,00 €VALOR A ANUNCIAR: 70% DE 82.400,00€ – 57.680,00€Nota: No caso de venda mediante proposta em carta fechada, os

proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado, à ordem da secretaria, no montante correspondente a 20% do valor base dos bens ou garantia bancária no mesmo valor (n.° 1 ao Art.º 897.° do CPC).

O Juiz de Direito,Dr(a). Elsa Gaiolas

O Ofi cial de Justiça,José Bicho

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJADIVISÃO DE SERVIÇOS URBANOS

AVISOEXUMAÇÃO DE CADÁVERES

JOSÉ DOMINGOS NEGREIROS VELEZ, Vereador do Pelouro dos Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Beja, faz saber que:

Nos termos dos Art°s. 39.° e 40.° do Regulamento do Cemitério e tendo decorrido o período sobre a data da inu-mação dos cadáveres a seguir mencionados, sepultados no Cemitério Municipal de Santa Clara, em Beja, foi resolvido proceder à sua exumação, pelo que se convidam os familiares ou responsáveis dos falecidos a entrar em contacto com os Serviços do Cemitério, no prazo de trinta dias, a fi m de ser acordada a data em que terá lugar a exumação e o destino a dar às ossadas.

Findo que seja o prazo fi xado no presente aviso, sem que os interessados promovam qualquer diligência, será feita a exumação, considerando-se abandonadas as ossadas existen-tes, as quais serão enterradas no próprio coval a profundidade superior à estabelecida no Regulamento.

Beja, 19 de Setembro de 2012.O Vereador do Pelouro,

José Domingos Negreiros Velez

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CÂMARA MUNICIPAL DE BEJAEXUMAÇÃO DE CADÁVERES

Óbitos ocorridos entre Abril e Setembro/2006

Sep. N°. Nomes654 – Jacinta Inácia Baião658 – Floriano Teixeira Quinze Dias660 – José Nunes661 – Sebastião Faria de Oliveira662 – Francisco José Pereira Ruas9269 – Feto-Morto fi lho de Natália Maria Fialho Ceríaco9272 – Rafael Domingos9273 – José António Madeira dos Santos Rosário9274 – Feto-Morto fi lho de Maria Custódia Freitas Afonso9275 – Joaquim Arsénio Gomes9276 – Manuel S. Braz da Costa Raposo9278 – Maria Carolina Conceição Caixinha Palma Pereira9281 – Virgínia da Conceição Morais Janeiro9282 – Manuel António Gracinda9284 – Nilda Pires Faria Andrade9285 – Maria Antónia Trincalhetas9286 – Joaquina Maria Candeias Bexiga da Silva9287 – Álvaro António Cobrinha9288 – Felicidade Marta Mariano9291 – Maria Vitória de Campos Mestre Quinta Queimada9292 – José Maria Luís9294 – Rita Alexandra Costa Bastos9296 – Mavilde de Encarnação Estevam Baptista9297 – Januário Gomes Varela9298 – Maria Antónia Branco9300 – Feto-Morto fi lho de Vera Lúcia Sobral Pereira Mateus Ventura9301 – Manuel Francisco Leitão9303 – André Paulino Castelhano9304 – Adriano de Matos9305 – Francisca Júlia9307 – Virgínia das Dores256 – Arménio Virgílio Sobral262 – Francisco EsperançaBeja, 17/09/2012

O Coordenador Técnico do CemitérioAntónio M. I. Barriga

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

ASSOCIAÇÃO CULTURAL

E RECREATIVA ZONA AZUL

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do art.° 23.° dos Estatutos, venho por este

meio convocar a Assembleia-Geral para o dia 17 de

Dezembro de 2012 na Sede do Clube, sita na Rua Frei

Manuel do Cenáculo, n°17, em Beja, com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

Ponto Único – Eleição dos Corpos Gerentes –

2013/2014

A Assembleia Geral Eleitoral funcionará das 19:30

horas às 23.00 horas.

16/11/2012.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

António Francisco Mestre Raposo

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CENTRO SOCIAL

S.JORGE E SRº.DAS PAZESVILA VERDE DE FICALHO

CONVOCATÓRIA

José Augusto Morais Moreira, Presidente da Mesa

da Assembleia-Geral do Centro Social S. Jorge e Srª.

das Pazes, convoca , nos termos do n.º 2 do art.º 30.º

dos Estatutos, todos os associados desta entidade no

pleno gozo dos seus direitos, para uma Assembleia

Geral, que terá lugar no próximo dia 30 de Novembro

de 2012, a partir das 15.00 h, nas instalações do Centro

Social, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

– Ponto um – Informações prestadas pela Direcção

acerca da actividade geral da Instituição;

– Apresentação e votação do Plano de Actividades

e Orçamento para 2013;

Informam-se todos os associados no pleno gozo

dos seus direitos, que conforme preceituado no ponto

1 do art.º 31.º dos Estatutos, a Assembleia Geral reunirá

à hora marcada na convocatória, se estiver presente

mais de metade dos associados com direitos a voto, ou

uma hora depois com qualquer número de presentes

em igual situação.

Vila Verde de Ficalho, 12 de Novembro de 2012.

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

José Augusto Morais Moreira

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE BEJA

CONVOCATÓRIANos termos dos art.° 28.° dos Estatutos da Liga dos Amigos

do Hospital de Beja, convoco todos os Sócios para uma reunião

da Assembleia-Geral a realizar no dia 12 de Dezembro de 2012,

em primeira convocatória para as 15h30m, na sala de conferên-

cias do Hospital José Joaquim Fernandes – Beja, na Rua Dr.

António Fernando Covas Lima, em Beja, com a seguinte ordem

de trabalhos:

1. Apreciação e Aprovação do Orçamento e Plano de

Atividades para 2013;

Se não estiverem presentes, à hora indicada, mais de me-

tade dos sócios com direito a voto, a Assembleia-Geral realizar-

se-á meia hora mais tarde, com os Sócios presentes.

Beja, 19 de Novembro de 2012.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral,

Joaquim Apolino Salveano de Almeida

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CLUBE DE PATINAGEM DE BEJA

CONVOCATÓRIAAo abrigo do n.° 1 do art.° 9.°, da alínea c) do art.° 13.º e

alínea c) do art.º 17.º dos Estatutos do Clube, venho por este

meio convocar a Assembleia Geral Ordinária para o dia 30 de

Novembro de 2012, pelas 20H30, na Sede do Clube, com a

seguinte ordem de trabalhos:

Ponto Único: Apreciação e Aprovação do Plano de Activi-

dades e Orçamento para o ano de 2013.

De acordo com o art.° 15.° dos Estatutos, se à hora mar-

cada para o início da reunião, não estiver presente o número

legal de sócios, a Assembleia iniciará os seus trabalhos uma

hora mais tarde.

Beja, 29 de Outubro de 2012.

O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral

Ana Maria Marujo Bule Ramos

institucional diversos

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA

EDITAL

SARA DE GUADALUPE ABRAÇOS ROMÃO, PRESI-DENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA

TORNA PÚBLICO: de acordo com o estipulado no n.º 1 do artigo 50.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro e artigo 10º do Regimento da Assembleia Municipal de Serpa, que no próximo dia 26 de novembro de 2012, pelas 18:00 Horas, no Cineteatro Municipal de Serpa, realizar-se-á uma sessão extraordinária deste Órgão Deliberativo, cuja ordem de trabalhos é a seguinte:

• Lei 22/2012, de 30 de maio e Proposta Concreta para o concelho de Serpa, apresentada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território.

E, para constar, se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afi xados nos locais públicos do costume.

Serpa, 21 de novembro de 2012

A Presidente da Assembleia MunicipalSara de Guadalupe Abraços Romão

Diário do Alentejo23 novembro 2012

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Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CENTRO DE PARALISIA CEREBRAL DE BEJA

CONVOCATÓRIAASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL

Nos termos da lei e dos Estatutos, convoca-se a Assem-

bleia Geral Ordinária do Centro de Paralisia Cerebral de Beja,

para reunir no próximo dia 21-12-2012, das 09:00 às 20:00

horas, na sede do Centro de Paralisia Cerebral de Beja, na Rua

Cidade de S. Paulo, com a seguinte ordem de trabalhos:

1. Eleição dos Corpos Gerentes para o triénio 2013-2015

Beja, 15 de Novembro de 2012.

O Presidente da Assembleia Geral

José Pinheiro Monge

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

COOPERATIVA AGRÍCOLA

DO GUADIANA DE MÉRTOLA

CONVOCATÓRIA

Nos termos do art. XXI, n.º 2 dos estatutos, con-

voco a Assembleia Geral da Cooperativa Agrícola do

Guadiana de Mértola, para uma reunião ordinária a ter

lugar no dia 07 de Dezembro de 2012 pelas 16.00 horas

na sala de reuniões da Cooperativa em Mértola, com a

seguinte ordem de trabalhos:

Ponto 1 – Apreciação e votação do orçamento para

o ano de 2013;

Ponto 2 – Outros assuntos de interesse para a

classe;

Nota: Considerando que a Assembleia Geral só

pode funcionar regularmente com a presença de

mais de metade dos seus sócios e no pressuposto

de que a maioria não venha a verificar-se, convoco

desde já para que a mesma se efectue uma hora

mais tarde daquela que se indicou, ou seja, às 17,30

horas, no mesmo local, e com o mesmo número de

sócios.

Mértola, 15 de Novembro de 2012.

O Presidente da Assembleia Geral

Manuel Pereira Cortes Cavaco

EDP Distribuição - Energia S. AGabinete de Comunicação www.edpdistribuicao.pt

avisoA EDP Distribuição informa que vai efetuar trabalhos de remodelação e conservação das redes sendo, para tal, necessário proceder à interrupção do fornecimento de energia elétrica, no dia 25 de novembro de 2012 (domingo), nos locais e períodos abaixo mencionados:

Direção de Rede e Clientes SulConcelho de OdemiraFreguesia de S. Martinho das Amoreiras: Aldeia Amoreiras, Herd. Escanchados, Mte Domin-gos de ègua, Mte Boavista, Rua Engº Amaro da Costa, Rua Amoreiras Gare, Mte Cerro da Horta, Mte Vale de Água, Mte Vale Rosa de Cima, Chaiça Madriz, Vale Lande, Mte Canas, Mte Coitinhos, Lugar Corpo Pardieiro, Lugar Vale Burrinha, Vale Vinha, Mte Vale Rosa, Mte Garreão, Mte Nascedios, Mte Monte das Pretas, Mte Novo Carrapateira, Mte Novo Vale Asna, Rua Corte Malhão, Sítio Monte Folhada, Mte Chá, Mte Pampilhais, Mte Corgo Metade, Lugar Portela Nova, Mte Beirão, Mte Estrada, Mte Vaga das Pedras, Lugar Laranjeiro, Estrada A, Rua Bico da Rocha, Rua C, Captação Água, Rua Cruzeiro, Rua Engº Amaro da Costa, Rua Escola, Rua Estalagem, Rua Feira, Rua Igreja, Rua Lagartixa, Rua Mercado, Trav. Mercado, Rua Estrada Nacional, Herdade Monte do Cerro, Mte Vale Sarnadas, Mte Cravada, Mte Barraquinha, Lugar Bebedouro, Mte Carniceiro, Mte Chassine, Mte Murtunheiras, Mte Ferroso,Mte Tripeca, Montinho Capela, Rua Travessa, Mte Novo Garcia Galego, Lugar Aldeia Conqueiros, Mte Salgueiro, Lugar Arramadas, Mte Bem Vistoso, Sítio Maravilhas, Sítio Vale Brique, Mte Barranco do Milho, Mte Cuco, Rua Eira da Rocha, Mte Vale Serrado, Largo do Poço Novo, Vale de Água, Bairro N. Portela, Rua Rua do Passal, Rua Portela, Rua Portela Atalais, Eira Rocha, Trat. Esgotos, Rua Vale Brique, Rua Velha Cemitério, Rua Cunqueiros, S. Martinho das Amoreiras, Largo Igreja, Rua Atalais, Trav. Igreja, Sobradinho, Bairro Social, Mte Relva, Lugar Vale Cuba, Mte Relvinha, Mte Azenha CimaLugar Vinhas e Selão. (das 08:00 às 14:00 horas).Freguesia das Relíquias: Rua Pereiro Grande, Relíquias, Lugar Malavada. (das 08:00 às 14:00 horas).

Concelho de OuriqueFreguesia de Garvão: Cour. da Casinha. (das 08:00 às 14:00 horas).

Durante o corte, as instalações para efeitos de segurança deverão considerar-se permanentemente em tensão.

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2011 Única Publicação

CLUBE BEJENSE DOS AMADORES

DE PESCA DESPORTIVA

CONVOCATÓRIAConforme o disposto no Artigo 16º dos estatutos do Clube,

convoco todos os sócios, a assistirem à Assembleia Geral

Ordinária que se realizará no dia 30 de Novembro de 2012,

pelas 20 horas na sua sede sita na Rua António Vilar e David

Abreu, 4-A, em Beja.

Se à hora marcada não comparecer o número legal de

sócios, face aos estatutos, a assembleia realizar-se--á uma

hora mais tarde com os sócios que estiverem presentes.

Ordem de Trabalhos:

1 – Apreciação e votação do relatório e contas do ano 2012.

2 – Eleição dos novos corpos gerentes para o ano 2013.

3 – Outros assuntos de interesse.

O Presidente da Assembleia Geral

Pedro Alexandre Faria Ferro

Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

CARTÓRIO PRIVADO DE ODEMIRAA cargo da Notária Ana Paula Lopes António Vasques

CERTIFICO, para fi ns de publicação que foi lavrada neste Cartório Notarial, no dia de hoje, de folhas vinte e cinco a folhas vinte e sete do Livro de Notas para Escrituras Diversas número “Cento e Setenta e Oito - E”, escritura de justifi cação, na qual:

1) António José Rosa Mendes Camacho, casado sob o regime de co-munhão de adquiridos com Catarina Maria Lourenço Camacho, residente em Foros da Pouca Farinha, Porto Covo, Sines, contribuinte fi scal número 170 322 645, declarou que é dono e legítimo possuidor do seguinte imóvel:

Prédio Rústico, denominado “Moinho Novo”, situado na freguesia de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, com a área de três mil seiscentos e cinquenta e seis metros quadrados, composto de horta, inscrito na respec-tiva matriz sob parte do artigo 81 da secção B, a confrontar de Norte com caminho público; Sul e nascente com Horácio Maria Rosa e a Poente com “Moinho das Laranjeiras”, a que se atribui o valor de mil duzentos e sessenta e seis euros e cinquenta e três cêntimos. Que este prédio é a desanexar do prédio misto, denominado “Moinho Novo”, situado na freguesia de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, inscrito na respectiva matriz cadastral rústica sob o artigo 81 da Secção B e na matriz urbana sob o artigo 1645, descrito na Conservatória do Registo Predial de Odemira sob o número seiscentos e dez da dita freguesia, onde se mostra registada a aquisição a seu favor por sucessão de seus pais, José Mendes Camacho e Lídia Maria Rosa, conforme inscrição Ap. mil trezentos e quarenta de sete de Julho de dois mil e onze. Que aquele prédio rústico veio à sua posse por doação meramente verbal feita por seus pais, em data que não pode precisar mas que terá sido por volta de mil novecentos e oitenta e nove, não tendo nunca sido celebrada a competente escritura de doação;

2) Carlos Manuel Rosa Mendes Camacho, casado sob o regime de comunhão de adquiridos com Florbela de Jesus Simões Camacho, residente em Ribeira da Azenha, Vila Nova de Milfontes, Odemira, contribuinte fi scal número 193 130 351, declarou que é dono e legítimo possuidor da parte restante daquele prédio, que constitui um prédio misto, denominado “Moinho das Laranjeiras”, situado na freguesia de Vila Nova de Milfontes, concelho de Odemira, com a área de três mil seiscentos e cinquenta e seis metros quadrados, composto de horta e casa de rés-do-chão, para habitação, com a área coberta de sessenta e um virgula dez metros quadrados, inscrito na matriz rústica sob parte do artigo 81 da secção B e na matriz urbana sob o artigo 1645, a confrontar de Norte e Poente com caminho público; Sul com Horácio Maria Rosa e a Nascente com António José Rosa Mendes Camacho, o qual veio à sua posse, por doação meramente verbal feita por seus pais, em data que não pode precisar, mas que terá sido no ano de mil novecentos e noventa e um, não tendo também, sido celebrada a compe-tente escritura de doação. Que assim possuem os identifi cados prédios há cerca de vinte e três anos o primeiro e de vinte anos o segundo, em nome próprio, de boa fé, na convicção de serem os únicos donos e plenamente convencidos de que não lesavam quaisquer direitos de outrem, à vista de toda a gente e sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o inicio dessa posse, a qual sempre exerceram sem interrupção, vedando--os, amanhando-os, colhendo os seus frutos, retirando dele todas as suas utilidades, habitando o segundo outorgante, conjuntamente com os seus pais, na parte urbana do prédio que lhe fi cou a pertencer, suportando todos os seus encargos, tudo como fazem os verdadeiros donos.

Trata-se, por conseguinte, de uma posse exercida em nome próprio, de uma foi-ma pública, contínua e pacífi ca. Que, dado o modo de aquisição invocado se encontram impossibilitados de comprovar o seu direito de propriedade plena pelos meios extrajudiciais normais.

Está conforme, nada havendo na parte omitida além ou em contrário do que se certifi ca.

Odemira, 05 de Novembro de 2012.

A Notária

Ana Paula Lopes António Vasques

Diário do Alentejo23 novembro 2012

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Diário do Alentejo n.º 1596 de 23/11/2012 Única Publicação

NÚCLEO DE VOLUNTARIADOMÈRTOLA

EDITAL

DR. MANUEL JOAQUIM DE JESUS PEREIRA,

PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL:

TORNA PÚBLICO que terá lugar no próximo dia

29 de Novembro de 2012, pelas 16:30 horas, na sede

desta associação, sita na Rua Dr. Afonso Costa, n.° 38

em Mértola, uma sessão ordinária da Assembleia Geral,

pelo que se convocam todos os sócios (beneméritos

e voluntários efectivos) para a referida reunião, com a

seguinte ordem de trabalhos:

1 – Período de “antes da ordem do dia”

2 – Aprovação do plano e orçamento para 2013

3 – Outros assuntos de interesse para a asso-

ciação

Se à hora marcada não estiverem presentes mais

de metade dos associados com direito a voto, a Assem-

bleia reunirá meia hora depois com qualquer número

de associados.

Mértola, aos 13 de Novembro de 2012.

O Presidente da Assembleia Geral,

Manuel Joaquim de Jesus Pereira

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. INÁCIA MATIAS DO NASCIMENTO PIO, de 63 anos, natural de Aljustrel, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ JOAQUIM MARQUES, de 92 anos, natural de Vila Ruiva - Cuba, viúvo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor DAVID GEORGE ALMOND, de 86 anos, natural de Chertsey - Inglaterra. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 16, do Hospital de Beja, para o cemitério desta cidade

BARRANCOS

†. Faleceu a Exma. Senhora D. JOSEFA SANCHES MARCELO, de 100 anos, natural de Barrancos, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 17, da Casa Mortuária de Barrancos, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu o Exmo. Senhor RAMIRO PAIXÃO LANÇA, de 80 anos, natural de Brinches - Serpa, casado com Exma. Sra. D. Maria Rosária Alberto Alvarez Lança. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 18, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

TRIGACHES

†. Faleceu o Exmo. Senhor JOSÉ ANTÓNIO GONÇALVES RIBEIRO, de 40 anos, natural do Barreiro, solteiro. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, da Casa Mortuária de Trigaches, para o cemitério local.

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIA ANTÓNIA DE JESUS, de 93 anos, natural de Santa Luzia - Ourique, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 19, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

BERINGEL

†. Faleceu o Exmo. Senhor SR. JOSÉ MARIA RAPOSO VENTURA, de 79 anos, natural de Beringel - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Maria António Gonçalves dos Reis. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.

SALVADA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. MARIANA FELÍCIA PALMA RODRIGUES, de 100 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.

Às famílias enlutadas apresentamos as nossas mais sinceras condolências.

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Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos

†. Faleceu o exmo. sr. Ângelo Francisco da Silva, de 69 anos, natural de Ervidel. O

funeral realizou-se no dia 16/11/2012 da Casa Mortuária de Albernoa

para o cemitério de Albernoa .

†. Faleceu a exma. sra. D. Mariana dos Reis Marujo de Sousa,

de 87 anos, natural de Sta. Clara de Louredo. O funeral realizou-se

no dia 20/11/2012 da Casa Mortuária

de Beja para o cemitério de Ferreira do Alentejo,

onde foi cremado. Será celebrada missa de 7.º dia no próximo

domingo, 25/11, na Igreja da Sé de Beja,

pelas 18 e 30 horas.

Apresentamos as nossas cordiais

condolências às Famílias enlutadas

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da Costa Picado5.º Ano de Eterna Saudade

Filha, netos e genro partici-

pam a todas as pessoas de

suas relações e amizade que

será celebrada missa pelo

eterno descanso do seu ente

querido no dia 29/11/2012,

quinta-feira, pelas 18 e 30

horas, na Igreja da Sé, em

Beja, e agradecem desde já

a todos os que nela compa-

recerem.

Santa Vitória

Ferreira do Alentejo

PARTICIPAÇÃO E

AGRADECIMENTO

Maria Assunção

Mourão Rodrigues

RaposoNasceu 15/06/1931

Faleceu 16/11/2012

Suas irmãs, cunhadas e so-

brinhos vêm por este meio

participar o seu falecimen-

to e agradecer a todas as

pessoas que se dignaram a

acompanhá-la à sua última

morada ou que de outra for-

ma lhes manifestaram o seu

pesar.

Agradecimento e Missa de 7.º Dia

Os familiares e amigos vêm por este meio, muito reconhecidamente, agradecer à dire-ção e funcionários da Casa de Repouso Henry Dunant da Cruz Vermelha Portuguesa, De-legação de Beja, aos funcionários do Hospi-tal Joaquim José Fernandes de Beja e a todos quantos se dignaram acompanhar a sua ente querida à sua última morada ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.Participam que será celebrada missa de 7.º dia por sua alma no próximo domingo, 25/11, pelas 18 e 30 horas, na igreja da Sé de Beja, agradecendo desde já a todos os que se dig-narem assistir a este acto piedoso.

Diário do Alentejo23 novembro 2012

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Fonte: Marktest. Relatório de resultados da imprensa regional no período compreendido entre abril de 2010 e março de 2011

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27A Pluricoop e a Proletário Alentejano uniram esforços para ultrapassar

dificuldades existentes e acordaram condições para abastecer a loja Coop

de Beja, bem como assegurar a sua reabertura e gestão. A Coop Beja

reabriu assim com “novo fôlego”. O acordo inclui ainda a reabertura da

loja de Aljustrel, com data a anunciar, e melhorias no abastecimento e

gestão da loja de Alcaria da Serra.

Cooperativa Proletário

Alentejano reabriu com

“novo fôlego”

Agora é mais fácil deixar de fumar

Facilitas Healthcare investe na saúde da população de Beja

A Facilitas Healthcare é um franchi-sing de saúde e cuidado pessoal, lí-der mundial em clínicas de cessação tabágica, e inaugurou recentemente o seu primeiro espaço em Beja, sendo esta a nona inauguração em territó-rio nacional nos últimos meses. De portas abertas desde o dia 8 de ou-tubro, o principal objetivo é disponi-bilizar aos residentes da região apoio informativo e soluções para todos os que querem deixar de fumar e, con-sequentemente, prolongar e melho-rar a sua qualidade de vida.

Publireportagem Sandra Sanches

Portadora de uma terapia inovadora, a Facilitas Healthcare disponibiliza um tratamento soft-laser com a du-

ração de 90 minutos, através da aplicação de um laser especial de baixa densidade para que o cliente se torne num ex-fuma-dor. Segundo a Facilitas, é um tratamento indolor, não invasivo, seguro e sem efeitos secundários, pois o mesmo consiste na es-timulação dos pontos meridianos dos ou-vidos, sendo que os mesmos estão relacio-nados com o comportamento aditivo dos fumadores.

É um tratamento que atua em dois ní-veis, no eixo do vício e no eixo da emo-ção, gerindo sensações ao nível da calma e tranquilidade sem recurso a qualquer tipo de químicos. A clínica, que prevê dar

cobertura a mais de 23 mil habitantes, pa-rece enquadrar-se perfeitamente com a rea-lidade do País, segundo refere João Simões, diretor técnico da região de Beja: “Porque a saúde está primeiro que tudo, existe muita gente que quer deixar de fumar mas nem sempre tem a ajuda e eficácia necessária”, diz, adiantando que “é o tratamento que dá uma maior garantia de sucesso, 90 por cento, e é, sem dúvida, a maior inovação, indolor, não invasiva, oferecendo uma taxa de sucesso superior”.

Unicamente 90 minutos de terapia pa-recem ser necessários para um fumador deixar de fumar. A consulta divide-se em três momentos: consulta profissional, tra-tamento e gestão do dia a dia. Tenta-se compreender os hábitos de consumo do fumador, bem como a identificação do seu perfil. Passa-se para o tratamento re-alizado por profissionais especializados e assegura-se o acompanhamento do cliente durante um ano, de forma a que o mesmo consiga gerir o seu dia a dia. Sugestões como desintoxicação através da ingestão de chá, lidar com o stress, nutrição e bem-estar, são situações que a Facilitas tenta acompanhar.

Hugo Silva, administrador da Facilitas Healthcare em Portugal, afirma que “o cenário económico de Portugal exige que gastos supérfluos como o tabaco sejam eli-minados, uma decisão que só trará mais benefícios futuros, já que no próximo ano iremos assistir novamente a um aumento

do imposto sobre o tabaco que colocará o valor dos maços a rondar os cinco euros”.

Sem dúvida que muitos são os portu-gueses que já tentaram deixar de fumar, recorrendo a medicamentos e terapêu-ticas de substituição de nicotina, mas Hugo Silva revela que “provocam efeitos secundários e uma taxa de sucesso muito baixa”.

Os sintomas de abstinência do ex-fu-mador e a vontade irresistível de voltar a fumar levam frequentemente ao insu-cesso dos programas de cessação tabágica. A ansiedade, a hipersensibilidade e a de-pressão são geralmente muito ativas du-rante o período inicial de abstinência. A terapia Facilitas pretende evitar esse tipo de efeitos secundários e tornar o cliente num ex-fumador, mas para isso tem de existir um pouco de vontade e força de acreditar. Com base nos resultados das clínicas que colocam à disposição, conse-guem hoje afirmar e garantir o sucesso do programa para deixar de fumar através de uma única sessão. O sucesso desta terapia soft-laser nos EUA e Canadá, bem como a aprovação pelo governo da Holanda e a consequente integração no sistema nacio-nal de saúde, serve para atestar a eficácia e a base sólida deste tratamento.

Para a Facilitas Healthcare, “a conjun-tura atual é propícia a projetos desta na-tureza orientados à redução de custos e que contribuem para uma melhoria signi-ficativa da saúde”.

Paço do Conde aposta na exportação e enoturismo Apostar mais nas exportações e definir uma

estratégia consistente na área do enoturismo

são os dois principais desafios da Sociedade

Agrícola Encosta do Guadiana, produtora

dos vinhos Paço do Conde. Segundo o

administrador José Castelo Branco, “o tempo

não está fácil para ninguém mas, graças a uma

relação qualidade/preço muito boa, a adega

tem conseguido crescer cerca de 30 por cento

nas vendas”. Com cerca de 60 a 70 por cento

de garrafas vendidas no mercado externo,

“a preços superiores aos que se conseguem

praticar” em Portugal, Castelo Branco destaca

as vendas na América do Sul, especialmente

no Brasil. Em forte crescimento nos Estados

Unidos e no Canadá, começou recentemente

a exportar para a China. De futuro, o

empresário quer apostar no enoturismo.

Com o setor a registar evolução e o conceito

do vinho de quinta a ser valorizado, Castelo

Branco está consciente que “os importadores

querem ver a adega e as condições da

produção”.

Algarve e Alentejo promovem turismoAs entidades regionais de turismo do Algarve

e do Alentejo vão promover em conjunto

produtos turísticos das duas regiões, como

o turismo de natureza e a gastronomia.

A parceria promocional foi apresentada

pelos presidentes do Turismo do Alentejo,

Ceia da Silva, e do Turismo do Algarve,

Desidério Silva. “Numa altura em que o País

precisa de racionalizar e otimizar recursos

é necessário haver uma colaboração estreita

entre as duas entidades regionais de turismo

e por isso o Algarve e o Alentejo, devido à

proximidade geográfica e de identidade, vão

trabalhar em conjunto em diversas áreas do

turismo”, disse Ceia da Silva. O projeto, que

ronda um investimento de 200 mil euros,

comparticipado por fundos comunitários,

sendo que o esforço de cada entidade é de 15

mil euros, será implementado nos próximos

dois anos.

Presidente da CVRA espera que ViniPax regresse em 2013A presidente da Comissão Vitivinícola

Regional Alentejana (CVRA) lamenta que

a edição de 2012 da ViniPax tenha sido

suspensa e espera que a feira promovida pela

Câmara de Beja regresse em 2013. Na opinião

de Dora Simões, a ViniPax era “um evento

de prestígio, que conseguiu instalar-se,

promover-se muito bem e alargar-se para

fora do Alentejo, conseguindo inclusive

trazer até à região muitos jornalistas

estrangeiros”. Neste sentido a CVRA terá

“muito gosto” em colaborar na próxima

edição do certame, por tratar-se de “um

projeto com todo o interesse”.

EmpresasO O O OO O OO grgrgrgrgrgrgrgrupupupupupupuppo o o FaFacicililitat s s HeH althhcare nasceu nanaann A AAAAAAAAleleeeeleeeleeleel mamamamamamaanhnhn a,a,a,,ememememmm 2 2 222 22200000000000000007,7,7,7,777,7 e e a atutuualalmem nte e tem mam is dde 606 ccclílííííííínnnnininnininnnn cacacacas sssssesesesesesesesesesesesesesessesesesesessesssesssspapapapapaapapapapapapapapapapapapapapappapapappapaaaapalhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhlhllhhlhhadadadadadadadadadadadadadadadadadaaadadadadadada asasasasasasasaasasasasasasaaasaasasas p pp p p p p pp pp p ppppororooooooooooo 2 223 3 3 paísíseses da Europa, AmA érérrrérrrrérrrrricicicicica a e e ÁsÁsÁÁsÁÁ iaaaaaai . .O OO méééméémétotototototototototot dododododododododododo d d ddd dd d dddde e e e eeee eee cececcec ssssaçaçãoão ttabágá ica a que aplicaaaaaaaaaaa a aasssseneneee tatanununuumamam ttterererre apapapapapiaiaiaiaaaaia s s s s ssofofofofoo t-t-lalaseer,r iindn olor e não evassisisisissisivavavavavav , ,, cocoooom mmmmdududuraraaçããão dedede 999 9990 0 0 0 0000 mimimimimm nunutotos e e ee e umumumumuma aaaa taxaa dde e suuuusuuceeeeceeceeec sssssssso o o oo fififfif nanal lded 90 0 popoor r cececentntntnttnto.o.o.o.o.o. D DDesesdedededee qqqqq qqueueueueue i i i inininininininninniiiiiciciciiciciciciciciccciciciccicicicicccccccicicciicc ouooouooouo a a atitititiviviviidadadadaaddedededed , , , , o ooo mémétotododo Faccccilititasasssasss H HH HH eaeaeaaeaeaaaaeaaaaeaeaaaaeaaaeaaaaaaalllltltltlltlttltlttttltltltltlttltltltltthchchchchchchcchchchcchchchhchchchchcchchcchhchhhhhchhh arararrararrararrrararrree ee eeee ee jájájájájáájájájájájjjjj a aaaaa aaaaaaaa a aaaaajjujujujujjujujujjujujujujujjujjujujjjujjujujuujujujjjj dododododododoodododododododododdoododododouuuuuuuuuuuuuuuu u uu u mamamamaammmmmammamammamamammmamammamaisississsssisisisssisisssisisiis ddddddddddddddddddd deeeeeeeeeeeeeeeeee 50505050050505050505550505505055505000550555 mmmmmmmmmmmmmm mmm milliillilililililliliilil pessoas a a dedeixxara dddddde e eeeeee fufufufufufumaamamamamamar.r.r.r. NNNNNNNNa aaaa HoHoHHoHoH lalaandndaa, a a t tererrapappiiaiaii f fffazazazpaarte e do sissteema nnnnnacacioional dede saúaúde.

Beja tem novo serviço aberto 24 horas Há cerca de uma semana que Beja dis-ponibiliza o novo serviço Grab&Go em frente à Escola Secundária Diogo de Gouveia. Aberto 24 horas, com mais de 400 produtos disponíveis, 365 dias por ano, serve comidas e bebidas quentes e frias através de uma nova máquina. Grab&Go é uma resposta à falta de tempo no dia a dia.

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28 Nos próximos dias 28 e 30, na Biblioteca de Odemira, podes ouvir Alana a

Bailarina da Água, com texto de Alice Cardoso, e ainda ver as magnificas

ilustrações de Sandra Serra. Podes conhecer mais do trabalho desta ilustradora

em http://sandraetc.blogspot.pt/

Alana a Bailarina da Água para ser

ouvido em Odemira

A páginas tantas... A nova e independente editora Barca do Inferno estreia-se com o livro O Homem da Gaita, ilustrado por Rui Pedro Lou-renço. Inspirado numa canção de Zeca Afonso, que faz parte do álbum “Com as minhas ta-manquinhas”, editado em 1976. Numa terra cinzenta e sem ale-gria onde cada um vive mergu-lhado nas preocupações, um homem tem o dom de pôr toda a gente a dançar.

Havia na terraUm homem que tinhaUma gaita bem de pasmarSe alguém a ouviaFosse gente ou bichoEntrava na roda a dançar

Um dia passava Um sujeito e ao ladoUm burro com louça a trotarO dono e o burroOuvindo a tocataPuseram-se logo a bailar

Partiu-se a faiança Em cacos c’o a dançaE o pobre pedia a gritarAo homem da gaitaQue acabasse a fitaMas nada ficou por quebrarO Juiz de foraChamado na hora“Só tenho que te condenarMas quero uma provaSe é crime ou se é trovaFaz lá essa gaita tocar”

O homem da louça Sentado na salaLevanta-se e põe-se a saltarEnquanto a rabecaNão se incomodavaA sua cadeira era o parPulava o juristaDe quico na cristaNinguém se atrevia A pararE a mãe entrevadaQue estava deitadaLevanta-se E põe-se a bailar Vá de folia vá de foliaQue há sete anos me não mexia

Dica da semanaRebecca Szeto é uma artista plástica que vive na Califórnia e, segundo ela, brinca de uma forma subtil com a perceção que se tem dos objetos. Move-se entre a verdade e a ficção, que resulta em algumas pe-ças carregadas de humor. Re-corre a materiais que usual-mente designaríamos por lixo, mas é em pedaços de madeira e aço ferrugento que o seu tra-balho transforma-se em arte. Dá uma espreitadela em http://www.rebeccaszeto.com/por-tfolio.htm

PaisNão há volta a dar, o frio e a chuva vieram para ficar. Nada como um boneco de neve para alegrar os dias.

À soltaUma ideia simples para deco-rares a tua árvore ou mesa de Natal. Vais precisar de algu-mas rolhas, pequenos ramos, cola e contas vermelhas para o nariz das renas.

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Boa vidaComer Cataplana de bacalhau com feijão encarnadoIngredientes para 4 pessoas:500 gr. de feijão encarnado, 800 gr. de bacalhau (de preferência lombo), 1 dl. de azeite, q.b. de sal grosso, 2 cebolas, 4 dentes de alho, 1 folha de louro, 20 gr. de massa de pimentão, 2 cenouras, 2 dl. de vinho branco alentejano, 1 molho de coentros.Confeção:Demolhe o bacalhau durante 48 horas, mudando a água várias vezes. Corte-o aos cubos e reserve.Ponha o feijão de molho durante 12 horas.Numa panela coza-o em água com um pouco de sal. Reserve a água e o feijão.Numa cataplana faça um refogado com azeite, cebolas cortadas em meias luas finas, alhos picados, sal, cenoura cortada em rodelas muito finas, folha de louro e a massa de pimentão.Depois de tudo refogado, adicione o vinho branco e deixe cozinhar em lume brando até evaporar o álcool do vinho, com a cataplana semifechada. Destape a cataplana e junte o feijão cozido, a água da cozedura do feijão, o bacalhau aos cubos e coentros picados.Feche a cataplana e leve novamente ao lume brando por cerca de 10 minutos. Bom apetite...Notas: Cuidado com o sal, visto que o bacalhau e a massa de pimentão já contêm.Existe bacalhau congelado de muito boa qualidade, que pode encontrar à venda em qualquer supermercado, simplif icando assim a confeção da receita. Também existe feijão em lata de boa qualidade.

António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora

LetrasPrimeiras vontades: da liberdade política para tempos árduos

São nove, os ensaios, atra-vés dos quais André Barata – doutorado

em filosofia e professor na Universidade da Beira Interior – cria um percurso filosófico para discorrer sobre a possibi-lidade do homem manter-se na condição de “animal político” mesmo depois de todas as mor-tes anunciadas e para além do vaticinado fim da história.

A obra abre com uma ci-tação de Rancière: “O homem é um animal político porque é um animal literário que foge ao seu destino ‘natural’por se dei-xar desencaminhar pelo poder das palavras”. Ao princípio foi o verbo, é sabido. É pela escrita e pela leitura que a redenção se abre, em tempos árduos, em que a crise se tornou álibi para o processo de subtração em curso e por via do qual é ameaçada a liberdade política de cada um.

A subtração dos direitos está em curso e pela palavra - pelo pensamento – é que se faz o res-gate. É, portanto, um contributo fundamental o que Barata deixa nesta livro. Traça percursos al-ternativos para a sustentação da possível liberdade nas escolhas – o primeiro trabalho é ao nível da consciência de si e da resistência a essa lógica de substracção ao espaço público (em sentido aren-dtiano). A liberdade segundo Rousseau (e vontade geral); abor-dada por Isaiah Berlin (e o seu democratismo); como razão de ser da política, de acordo com Arendt; sensibilidade e demo-cracia, por Rancière; existen-cialismo e ação segundo Sartre além da esquerda libertária por Zizek. Mas ainda, numa se-gunda parte, três ensaios sobre a Modernidade retomada e vista a partir de três posições/condi-ções: tolerância, Identidade (por-tuguesa) e Ética Pública.

Maria do Carmo Piçarra

JazzBéla Szakcsi Lakatos “Live At The Budapest Jazz Club”

Verdadeira luminária do jazz húngaro desde que despon-tou em meados dos anos

1960, mas infelizmente pouco conhe-cido entre nós, Béla Szakcsi Lakatos é um pianista e compositor de primeira água, que tem vindo a erguer um per-curso de contornos idiossincráticos. Jogando com igual à-vontade nos ta-buleiros do jazz e da música dita “clássica”, refinou ao longo dos anos um pianismo excêntrico e de grande riqueza temática. Depois de uma fase de absorção das linhas de força da his-tória do jazz ao piano, Lakatos tor-nou-se conhecido sobretudo pela forma como tem incorporado ele-mentos do rico folclore húngaro e da tradição cigana na sua música, tor-nando-a algo que escapa a cataloga-ções simplistas. Nesta gravação, re-gistada ao vivo no Budapest Jazz Club, em outubro de 2010, exibe-se a solo e a um nível altíssimo, interpre-tando quatro peças de sua autoria e três leituras muito pessoais de stan-dards ultra conhecidos. Na peça de abertura, “Hungarian Intervals”, ex-plora numa lenta e longa ruminação os recantos mais insondáveis da mú-sica magiar, entrelaçando de forma muito particular uma profusão de ideias e motivos. Lakatos revela tam-bém fortes influências de composi-tores húngaros do século XX, como demonstra no pianismo torrencial de “I Dont Know (What Key I m in and What Notes I m Playing)”, dedi-cado a György Kurtág. Exibe um li-rismo tocante em “Body and Soul”, mas sobretudo ao processar “Blue in Green”, fazendo seu este imortal em-blema “milesiano”. Na melhor das versões, contudo, o pianista subverte de forma notável a melodia central de “Stella By Starlight”, insuflando de um sopro renovado o velho clás-sico de Victor Young. Se o pianista começara a jornada a pensar nos in-tervalos húngaros, termina-a com um improvável blues, com tudo a que tem direito, dedicado à bela cidade banhada pelo Danúbio. Sem dúvida um excelente disco, a descobrir em sucessivas audições.

António Branco

FilateliaO LVIII Dia do Selo é para a semana

No dia 1 de dezembro, a Federação Portuguesa de Filatelia – APM (FPF) promove, uma vez mais, a realização das comemorações do Dia do Selo.

Este dia grande para a filatelia nacional, assinala-se em Portugal desde 1955. Nesse ano o dia escolhido para a sua celebração foi 17 de janeiro, data provável da entrada em circulação, em 1855, dos primeiros selos de D. Pedro V.

As comemorações de agora estão a cargo da Secção Filatélica e Numismática do Clube Galitos (Aveiro), que este ano também celebra os 50 anos de edição da sua revista, “Selos & Moedas”.

A FPF aproveita a data para realizar o congresso ordinário a que os seus es-tatutos a obrigam. Da ordem de trabalhos destacamos o ponto “3”, que propõe a atribuição da Ordem de Mérito Filatélico a Jorge Luís Pereira Fernandes, dis-tinto filatelista já possuidor de várias distinções, entre as quais a Medalha de Mérito Filatélico da FPF (1965).

Segue-se o lançamento do Inteiro Postal e respetivo carimbo comemorati-vos dos 50 anos da revista “Selos & Moedas”.

De seguida, se o tempo o permitir, realiza-se um passeio em moliceiro pe-los canais de Aveiro.

Durante o almoço, proceder-se-á à entrega dos Prémios da FPF, seguindo--se o lançamento da revista comemorativa dos 50 anos de “Selos & Moedas”.

Para além do Inteiro Postal, os correios também emitiram um carimbo comemorativo; ambos estarão disponíveis no posto de correios que funcio-nará, das 10 às 13 horas, no Salão Nobre do Clube dos Galitos, sito na praceta Dr. Joaquim de Melo Freitas.

Recorde-se que os Prémios de Mérito Filatélico – Literatura a entregar – são sempre referentes ao ano anterior, neste caso o ano de 2011. Serão atribuídos a:

Prémio “O Philatelista” – Melhor Periódico: Revista “O Timbre”, revista da Confraria Timbrológica Meridional Armando Álvaro Bóino de Azevedo (Évora).

Prémio “A. Guedes de Magalhães” – Melhor Autor: Eduardo José Oliveira e Sousa, pelos seus artigos publicados em diversas revistas filatélicas.

Prémio “Carlos Trincão” – Outras Obras: publicações (Boletim de divul-gação, Catálogo e Palmarés) da Filexgaya 2011 – Exposição Filatélica, do Clube de Colecionadores de Vila Nova de Gaia.

Prémio “Juvenil de Literatura Filatélica”: Gonçalo Silva Barros Lima, pelos seus artigos publicados na Revista “Vale do Neiva Filatélico”.

O Dia do Selo nunca deixou de se assinalar em Portugal. Em 1955 a FPF editou uma carta especial a imitar as de antigamente; a própria folha de texto era dobrada de forma a formar o sobrescrito.

No ano seguinte foram emitidos sete carimbos que foram usados um em cada colónia. Não houve carimbo em Portugal. A partir de 1957 nunca mais os correios deixaram de assinalar a data com a emissão de produtos filatélicos, quase sempre carimbos comemorativos, tanto em Portugal como nas colónias.

A ilustração mostra-nos os carimbos do Dia do Selo do ex-ultramar de 1972.

Geada de Sousa

André BarataDocumenta208 págs.16 euros

Béla Szakcsi Lakatos – “Live at the Budapest Jazz Club”Béla Szakcsi Lakatos (piano).Editora: Budapest Music Center RecordsAno: 2010

O Oli é um cachorro com menos de três meses, muito dócil e sociável. Ele e o seu irmão foram

encontrados abandonados no meio de um descampado… estavam sem água e comida há já

vários dias. Agora estão a recuperar numa família de acolhimento temporário e em breve estarão

prontos para serem vacinados. Pensamos terem cruzamento com rafeiros do Alentejo e por

isso vão ficar de porte grande. Gostaríamos de encontrar uma “família cinco estrelas”… que

tenha espaço e muito amor para dar a estes amigos de quatro patas para que não voltem a sofrer

nada parecido com o que já viveram. Contactos: 962432844 [email protected]

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Fim de semana

Paulo Ribeiro sobe amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, ao palco do Cineteatro

Municipal de Castro Verde para apresentar o seu mais recente trabalho:

“No Silêncio das Casas”. Este é o segundo trabalho a solo do cantautor, que

dá a conhecer um conjunto de canções intimistas. Natural de Beja, o seu

nome está ligado a projetos como Anonimato, Baile Popular ou Mosto. “No

Silêncio das Casas” contou com as participações de Viviane, Zeca Medeiros

e vários músicos, como é o caso de Mário Delgado ou Celina da Piedade.

Paulo Ribeiroapresenta

“No Silêncio das Casas”

em Castro

Feira do Livro de Mértola encerra amanhãAté amanhã, sábado, pode ser

visitada a Feira do Livro de

Mértola, que decorre no salão

dos bombeiros voluntários.

Hoje, sexta-feira, destaque para

o teatro de marionetas e para a

apresentação das publicações

do Campo Arqueológico de

Mértola. Amanhã, sábado,

a Feira do Livro de Mértola

promove um encontro, pelas

16 horas, com o autor Eduardo

Aleixo, que apresentará o seu

livro Os Caminhos do Silêncio.

António Paisana expõe em FerreiraÉ inaugurada amanhã,

sábado, na Capela de Santo

António, em Ferreira

do Alentejo, uma exposição

de pintura da autoria de

António José Paisana.

A mostra pode ser

apreciada até ao dia

10 de dezembro.

“Selene” na igreja de São Barnabé hoje à noiteA Igreja de Santa Suzana de São Barnabé, concelho de Almodôvar, acolhe

hoje, sexta-feira, pelas 21 horas, a iniciativa “Música In Patrimonium”,

que consiste em encontros de música clássica e antiga. Alexandre Gabriel

(harpa céltica e guitarra), Gonçalo do Carmo (guitarra clássica, oud

e fídula) e Rita Damásio (voz) vão juntar-se em atuação e apresentam

“Selene”. Na verdade, o recém-criado projeto musical resulta do

encontro das afinidades dos três músicos com percursos muito distintos

e cuja atividade atravessa praticamente todos os géneros musicais.

Andaluzia no MusibériaDecorre no Centro Internacional de Músicas e Danças do Mundo

Ibérico (Musibéria), em Serpa, durante este fim de semana, o workshop

que dá destaque à Andaluzia. Flamenco, alegria, bulerias, fandango

e sevilhanas são algumas das propostas. Haverá ainda espaço para

oficinas de castanholas e de cajón flamenco. Amanhã, sábado, no

auditório Musibéria, pelas 21 e 30 horas, acontece ainda um espetáculo

com Callesierpe (Sevilha) e Ana Castilla com “bailaores”.

Vin&Cultura em Ervidel

É tempo de provar o vinho

Ervidel volta a receber a festa do vinho do concelho de Aljustrel. Este fim de semana todos os caminhos vão dar à Vin&Cultura, que, ano após ano, promove as iguarias da

terra, as tradições e a identidade de um povo. O principal destaque, como não poderia deixar de ser, vai para

o vinho novo. Novembro é o mês em que se abrem as talhas e, neste sentido, todas as adegas da freguesia abrem portas e dão a provar a locais e forasteiros o aclamado néctar.

O largo, junto ao Salão de Festas de Ervidel, vai encher-se de barraquinhas repletas dos melhores produtos locais e regionais, que vão desde a doçaria ao artesanato. A música, à semelhança das outras edições do evento, marcará o ritmo da festa que não esquece os petiscos e o convívio.

“Promover, valorizar e comercializar o vinho, entre outros pro-dutos agrícolas do concelho, e proporcionar oportunidades de ne-gócio, cativar e incentivar o investimento, bem como contribuir para o desenvolvimento e revitalização do mundo rural, são os principais objetivos deste certame”, segundo a Câmara Municipal de Aljustrel, organizadora do evento, em colaboração com a Junta de Freguesia de Ervidel, os produtores de vinho locais e o movi-mento associativo.

Este ano a edição da Vin&Cultura irá contar, no domingo, com a transmissão do programa “Somos Portugal”, da TVI. Segundo a autarquia, “este programa de cariz popular, com seis horas de emissão em direto, entre as 14 e as 20 horas, propõe-se a fazer uma grande divulgação do evento, de Ervidel e de Aljustrel, enquanto destino gastronómico e turístico, mas também de outros pontos de interesse do concelho”. Programa, este, que contará com a atuação de diversos artistas nacionais, o que, de acordo com a organização, “trará ainda mais animação ao evento”.

Espetáculo de dança “Drácula” no palco do Pax Julia O Pax Julia Teatro Municipal de Beja recebe, amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, o espetáculo de dança “Drácula”, protagonizado pela Vórtice Dance Company. Uma iniciativa da Rede Arte Sul, que conta com cofi-nanciamento Inalentejo/QREN/UE.

Feira do Livro de Mértolaencerra amanhãAté amanhã, sábado, pode ser

visitada a Feira do Livro de

Mértola, que decorre no salão

dos bombeiros vooooluntários.

Hoje, sexta-feira, destaque para

o teatro de marionetas e para a

apresentação das publicações

do Campo Arqueológico de

Mértola. Amanhã, sábado,

a Feira doooo Livro de Mértola

promove um encontro, pelas

16 horas, com o autor Eduardo

Aleixo, que apresentará o seu

livro Os Caminhos do Silêncio.

António Paisanaexpõe em FerreiraÉ inaugurada amanhã,

sábado, na Capela de Santo

António, em Ferreira

do Alentejo, uma exposição

de pintura da autoria de

António José Paisana.

A mostra pode ser

apreciada até ao dia

10 de dezembro.

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Novo filme sobre Florbela Espanca:Poetisa é vampira e apaixona-se por homem que se transforma em rafeiro alentejano em noites de lua cheia

Depois do filme “Florbela”, realizado por Vicente Alves do Ó, a sétima

arte continua a apostar na história de vida da poetisa nascida em

Vila Viçosa. Uma investigação conjunta Cahiers du cinéma/Cinema

Melius descobriu que está a ser produzido um filme dedicado à au-

tora destinado a um público mais jovem. A trama desenrola-se em

torno do amor proibido de Florbela, uma vampira de uma família

de latifundiários que gere as suas herdades durante o dia e de noite

ataca camponeses indefesos, por um rapaz que se transforma num

rafeiro alentejano de dois metros nas noites de lua cheia, como se

pode ler neste poema exemplificativo da paixão e sofrimento da po-

etisa: “Deixas-me o coração exangue/não te consigo atacar a goela/

perco a vontade de ingerir sangue/mesmo que seja em cabidela!”. O

filme conta com a participação de atores como Nicolau Breyner (no

papel de Florbela), de Nicolau Breyner (no papel de primeiro e se-

gundo maridos de Florbela), de Nicolau Breyner (no papel de escri-

vaninha onde Florbela escrevia) e do ator brasileiro Tony Ramos, que

interpretará o papel de rafeiro alentejano, podendo, deste modo, ex-

planar os seus dotes artísticos e capilares.

Inquérito Em Grândola um pescador foi atingido por uma bala de um fuzileiro a um quilómetro de distância. Acredita em coincidências?

BASÍLIO PACÍFICO, 43 ANOS

Pessoa que sofre espasmos musculares no céu da boca

Depende do ponto de vista! Olhe, no último ano sofri coincidências a sério –

levei com aumentos de impostos, comeram-me metade do subsídio de Natal,

a minha mulher deixou-me por um moçambicano dotado, o Benfica perdeu

o campeonato quando teve cinco pontos de avanço, a minha filha casou-se

com um tocador de djambé e o meu gato foi atropelado –, mas continuo a

defender que devemos levar as coisas de forma positiva. Agora, saber que o

João Pedro Pais vai lançar um novo álbum é algo que não posso admitir!

TEODÓSIO TRINCHEIRA, 38 ANOS

Fuzileiro e produtor de medronho

Acredito que foi uma coincidência o sacana do pescador estar no cami-

nho da minha bala… Eu a fazer pontaria a uma perdiz e o canalha teve

de se debruçar para atar os sapatos? Não há direito! Agora ainda são capa-

zes de me pedir uma idemnização por ter aleijado o senhor. E quem é que

paga a bala? E a perdiz para o jantar? Agora, que o fulano teve sorte, isso é

mais que certo… Foi uma coincidência feliz não me ter lembrado de usar

a bazuca…

VIRGÍLIO VERDEMÃ, 51 ANOS

O primeiro pescador em Portugal a ser alvejado pelos fuzileiros

Cá para mim não há coincidências, mas sim atos divinos. Eu, quando levei o

meu balázio, levava uma vida de deboche: havia noites em que me deitava

quase às 23 horas, era menino para beber uma ou duas cervejas por ano e na

estrada era capaz de andar a 60 km/h, sempre a abrir… Depois do balázio

vi a luz! –Só me apercebi depois que era um paramédico a apontar-me uma

lanterna para os olhos. Desde então tornei-me solidário: agora colaboro com

o Banco Alimentar, o Banco de Sangue de Ervidel e o Banco de Esperma de

Porto Covo.

Exclusivo mundial: Não confirmo,nem desminto apresenta o primeiro rascunho do orçamento da Câmara de Beja para 2013

Pensava que era só o “Correio da Manhã” que publicava documentos

bombásticos? Engana-se, caro leitor. Aqui, na Não

confirmo,

nem

desminto,

também

fazemos

jornalismo de

investigação.

Neste caso,

depois de um

suborno a

uma secretária

com uma caixa

de achigãs e

um frasco de

Channel N.º

6 (comprado

nos ciganos),

acedemos àquele

que é o primeiro

rascunho do

orçamento para a

autarquia bejense,

como pode ver em

seguida.

media de lisboa indignam-se

por haver em beja

investimentos em projetos

como o aeroporto,

a estig e a Água potÁvel

A inauguração das instalações da Estig ficou marcada pela polémica. Contudo, tal não se deveu ao facto de ter uma pala que podia ser uma rampa de lançamentos para Space Shuttles, mas sim por terem surgido notícias de que se trataria de um investimento avultado para não ter alunos. Ao que apurámos, o movimento de indignação pelo “esbanjamento de dinheiros públicos”, que surgiu, inicialmente, nas redes sociais rapidamente saltou para os media de Lisboa: “Era imperativo falar nisso. Afinal, tudo o que fica nesse sítio longínquo é jogar dinheiro à rua… Beja é o exemplo do regabofe que desgovernou Portugal! Aeroporto? Escolas? Vai-se a ver e qualquer dia exigem estradas alcatroadas, ou mesmo água potável! O que é que querem a seguir? Máquinas de raio-x e medicamentos? Um chazinho de camomila não resolvia essa dor lancinante no peito? Qualquer dia temos de os deixar votar, não?”, afirmou um blogger e comentador com penteadinho à fosga-se.

FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO

ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL | Presidente do Conselho Directivo José Maria Pós-de-Mina | Praceta Rainha D. Leonor, 1 – 7800-431 BEJA | Publicidade e

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Fernandes, Firmino Paixão | Colunistas António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Rute Reimão

Opinião Ana Paula Figueira, Beja Santos, Bruno Ferreira, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Domitília Soares, Filipe Pombeiro, Filipe Nunes, Francisco Marques, João

Machado, João Madeira, João Mário Caldeira, José Manuel Basso, Luís Covas Lima, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Martinho

Marques, Nuno Figueiredo, Ruy Ventura, Viriato Teles | Publicidade e assinaturas Ana Neves e Dina Rato | Departamento Comercial Sandra Sanches e Edgar Gaspar | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha | Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação (alemtudo@

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Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP

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Hoje, sexta-feira, o céu apresentar-se-á muito nublado em toda a região e a temperatura oscilará entre sete e os 16 graus centígrados. Amanhã, sábado, podem cair aguaceiros e no domingoo céu deverá estar limpo.

Luís Afonso tem novo livro

Luís Afonso, cartunista, tem um novo livro. O Comboio

das Cinco trata-se, na verdade, do “primeiro livro de

Lopes, o escritor pós-moderno”. É, segundo o autor,

“como não poderia deixar de ser, uma história para

os dias de hoje”. Um professor perdido no Alentejo,

quase sem sair do mesmo sítio, vê-se envolvido numa

vertiginosa aventura que o levará longe, a um desfecho

inesperado. Diz-se que este livro dava um filme, ou

não fosse Lopes uma criação de Luís Afonso. “Lopes,

o escritor pós-moderno, começou a pensar escrever

um livro no final dos anos oitenta. Andou pela revista

‘Grande Reportagem’, onde, para ganhar a vida,

passou a ser repórter pós-moderno. Esteve parado uns

tempos e regressou à atividade na revista ‘Sábado’, em

2004. Ninguém lhe tira da cabeça que é um enorme

talento na escrita, um nome a letras de ouro na história

da literatura”. O lançamento do livro aconteceu na

passada sexta-feira, em Lisboa.

I Encontro de Tunas Solidário

Acontece na terça-feira, 27, pelas 21 e 30 horas, o

I Encontro de Tunas Solidário. O espetáculo, que

pretende encher o auditório do IPBeja, reverte a

favor da Cáritas Diocesana de Beja. À entrada cada

espetador só tem deixar produtos alimentares ou

produtos de higiene pessoal. O espetáculo conta com

a participação da Tuna Académica da Escola Superior

de Educação (ESE’S Tunis), da Tuna Académica de

Enfermagem de Beja (TAEB), da Tuna Feminina

Universitária de Beja (TFUB), da Tuna Académica da

Escola Superior de Tecnologia e Gestão (Ma’Estig’ama

Tuna), da Tuna Universitária de Beja (TUB) e da Tuna

Académica da Escola Superior Agrária (Semper Tesus).

O espetáculo solidário conta ainda com a participação

especial dos Adiafa.

Mostra internacional em Beja

Encontra-se patente na Casa da Cultura de Beja a

exposição internacional “Prove um Gole de Café

Espacial” organizada pela associação brasileira Café

Espacial com a colaboração da Bedeteca de Beja. Depois

de estar exposta no Brasil, a mostra chegou a Portugal,

nomeadamente a Beja, e por cá ficará até ao dia 31 de

dezembro, seguindo depois para a Argentina.

A Crioula é o seu décimo livro. O que dis-

tingue esta obra?

Apesar de se tratar do quarto livro na área do romance histórico, pois os outros seis estão incluídos nos âmbitos do tra-balho académico e ensaio, o que o distin-gue é o tema. O meu conhecimento do Tarrafal e do seu campo de concentração (hoje, espaço histórico) levou-me a per-ceber o sofrimento que aquela gente vi-veu no período entre a sua reabertura, em 1960, e o encerramento, em 1974, pois os prisioneiros passaram a ser os naturais das colónias, da própria ilha de Santiago e do concelho do Tarrafal. Tive o privilégio de conhecer uma crioula de 94 anos, Nha Beba, que me relatou o seu percurso de vida, baseado nas dificulda-des, na luta e na adversidade. Por exem-plo, o simples facto de uma sua irmã ter “furtado” purga rendeu-lhe a ida para as roças de São Tomé. Esse conhecimento foi decisivo, bem como o facto de o mu-nicípio de Grândola ter uma geminação com o congénere do Tarrafal. Mas foram razões do conhecimento local que me le-varam a escrever A Crioula.

Este romance histórico transporta-nos

para África. Há uma fronteira ténue en-

tre a ficção e a realidade?

Exatamente. No fundo, o livro estabe-lece um diálogo entre aqueles que par-tiam com a alma aberta a novas expe-riências para o então Ultramar e os que os recebiam. Tenta retratar a cumplici-dade que sempre existiu entre povos co-lonizados e colonizadores, numa relação que não tinha nada a ver com o regime. O próprio Amílcar Cabral afirmava que a luta não era contra o povo português, mas sim contra o regime. Sempre houve um laço de fraternidade entre os dois po-vos e eu procuro na narrativa enaltecer essa ligação fraterna. Neste caso, a perso-nagem ida da “metrópole” numa viagem

de aventura, acabou por ficar enfeitiçada por aquelas paragens, tornando-se num “crioulo” tão amante da morabeza, como aqueles que lá tinham nascido. Esta é uma obra que enaltece o papel

da mulher crioula. Trata-se também de

uma homenagem?

Sim, porque a mulher crioula, no caso concreto de Cabo Verde, muito contri-buiu para a resistência e para o despertar da sociedade, no que dizia respeito à li-bertação do seu povo. Ela sentia a angús-tia do isolamento, pois o mar que cercava a ilha era, simultaneamente, a liberdade e a prisão, as incertezas do futuro, mas também era persistente, lutadora e sen-sível às atrocidades do regime. Alzira, a personagem que incorpora este papel, parece assumir, de forma marcante, esse desígnio.

O Alentejo, o concelho de Grândola, de

certa forma, acaba também por estar

presente neste romance. A ligação à sua

terra é intrínseca à sua escrita?

Essa ligação está permanentemente pre-sente em todos os meus livros, sejam eles ficcionados, sejam fruto de situações re-ais. Os alentejanos sempre que se des-locam para outras paragens transpor-tam a sua cultura e o seu estado de alma. Este romance, rico em valores de que o ser humano é possuidor, não podia pres-cindir de uma personagem tão mar-cante como é a do médico que partiu de Melides rumo ao Tarrafal. Ela vai ao en-contro da figura de um médico que vi-veu em Grândola, Dr. Manuel Reis, que esteve preso no campo de concentração, e que era estimado, não só pelos restan-tes reclusos, mas também pelos habitan-tes de Chão Bom, aldeia existente junto ao presídio, com quem trocava o medi-camento Atebrina, que combatia a bi-liosa, por víveres. Bruna Soares

António GamitoChaínho62 anosNatural de Grândola

António Gamito Chaínho dedicou grande parte da sua vida ao ensino. Para além de dar aulas, foi presidente da Escola Secundária António Inácio da Cruz, entre outras instituições. Foi ainda consultor para o ensino, na cooperação com São Tomé e Príncipe. Exerceu o cargo de vereador na Câmara de Grândola e foi presidente da Comissão Liquidatária do Ex-Grémio da Lavoura-1976. Desde 2005 que é o presidente da Assembleia Municipal de Grândola. Conta com 10 obras publicadas.

António Gamito Chaínho apresenta A Crioula

“Um romance rico em valores”

A Crioula é o quarto romance histórico escrito pela pena de António Gamito Chaínho, natural de Grândola. O seu conhecimento sobre o Tarrafal e o seu campo de concentração

fê-lo perceber o sofrimento que aquela gente viveu e, inevitavelmente, estas razões levaram-no a escrever este livro. No fundo, a sua mais recente obra estabelece, garante,

“um diálogo entre aqueles que partiram com a alma aberta a novas experiências para o então Ultramar e os que os recebiam”. Um retrato da cumplicidade entre os povos

colonizados e os colonizadores, numa relação que não tinha nada a ver com o regime.

quadro de honra

O “DA” está no canal 475533 doNº 1596 (II Série) | 23 novembro 2012

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