edição nº 02 (junho/2009)

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■ Em uma inauguração no lixão do Jardim Gramacho, que já está saturado, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou que a Comlurb, subordinada a ele, estuda instalar um novo lixão na Baixada Fluminense. As três cidades são Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Seropédica. JORNAL POPULAR DO BRASIL | ANO 1 | Nº 2 | JUNHO DE 2009 VEM MAIS UM LIXÃO POR AÍ Pg.06 Pg.02 Pg.03 JORNAL P O P U L A R UMA NOVA INFORMAÇÃO NA BAIXADA FLUMINENSE Pg.05 Pg.09 UM MERGULHÃO DE PROBLEMAS BAIXADA DUVIDA DO PAC MAGÉ COMEMORA SEUS 444 ANOS Popular.indd 1 28/03/2011 22:48:11

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Jornal Popular do Brasil - Edição Nº 02 (JUNHO/2009)

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Page 1: Edição Nº 02 (JUNHO/2009)

■ Em uma inauguração no lixão do Jardim Gramacho, que já está saturado, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou que a Comlurb, subordinada a ele, estuda instalar um novo lixão na Baixada Fluminense. As três cidades são Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Seropédica.

JORNAL POPULAR DO BRASIL | ANO 1 | Nº 2 | JUNHO DE 2009

VEM MAIS UM LIXÃO POR AÍ

Pg.06

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POPULARUMA NOVA

INFORMAÇÃO

NA BAIXADA

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UM MERGULHÃODE PROBLEMAS

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POPULAR

EXPEDIENTE:

Jornal Popular do Brasil

E-mail: [email protected]

Telefone: (21) 9219-0910.

Diretora Executiva: Anne Moreira.

Jornalista Responsável: Glauco Rangel (RJ 22774 JP).

Reportagens: Anne Moreira, Cristiane Freitas e Glauco Rangel.

Colaboradores: Alberto Marques e Valério Cerqueira.

Fotografi a: Poliana Campos.

Publicidade: Francisco Oliveira Dias.

Projeto Gráfi co e Diagramação: Admilson Trajano.

As colunas e artigos assinados, de responsabilidade de seus autores, não representam

necessariamente a opinião do jornal.

O JORNAL POPULAR circula em municípios da Baixada Fluminense e do Grande Rio.

O normal é ser feliz

É com esse lema que jo-vens e adultos com defi ci-ências especiais participam da Cozinha Experimental “Vida Prática”, que funcio-na no Instituto de Educação Governador Roberto Silvei-ra, em Duque de Caxias. O projeto teve início em 1998 e, hoje, conta com 24 estu-dantes divididos em duas turmas. Ele é destinado a jo-vens com idade a partir dos 14 anos.

- Aqui, eles aprendem atividades diárias de uma casa e são preparados para o mercado de trabalho. Nós temos alunos que são de ou-tras escolas e vêm participar de nossa ofi cina pedagógi-ca. Nosso objetivo maior é dar autonomia para eles - explica a professora res-ponsável pela Cozinha Ex-perimental “Vida Prática” e assistente social, Maria do Carmo Borges e Silva. Se-gundo ela, o projeto surgiu da necessidade de saber o que aconteceria com esses alunos quando crescessem, para onde eles iriam e como teriam autonomia. Além de aprender a cozinhar, os par-ticipantes treinam português

com a leitura dos livros de culinária e matemática na hora de calcular as medidas para preparar uma receita.

O carro-chefe da ativi-dade ensinada a esses alu-nos são as rosquinhas fritas, que eles fazem e levam para vender. Mas o trabalho não para por ai. Os estudantes deixam a cozinha limpa an-tes de sair. Faz parte do pro-jeto aprender a lavar, secar e passar, entre outras tarefas. “Estamos aprendendo a li-dar com uma casa. Eu me desenvolvo aqui para ajudar minha mãe. É importante que saibamos fazer as coisas para o mercado de trabalho”, diz Marta, de 28 anos, aluna da Cozinha Experimental há quase dez.

MERCADO - Além das rosquinhas, os alunos fazem bolos, empadas, risoles, ki-bes e outras delícias. Maria do Carmo explica que eles são responsáveis por vender, pesquisar preços no mercado e calcular os lucros. “Hoje, nós já temos 31 alunos empregados em empresas como Texaco, Ambev, Mc Donald´s e Editora Caras,

entre outras”. Alan, de 30 anos, é só elogios ao projeto. “É muito bom participar. As pessoas acreditam na gente, aprendemos muita coisa e podemos ajudar dentro de casa. Eu adoro isso aqui.” – confessa, emocionado. As mães também não têm o que reclamar e mostram grande satisfação. Ana Maria Lima, mãe da aluna Hiula, que in-gressou em uma das turmas há 15 dias, afi rma que já viu mudança. “Ela mudou da água para o vinho. Agora, só sai de casa depois que lava a louça. Esses ensinamentos são uma forma de cresci-mento para minha fi lha. Eu não penso em tirá-la daqui.” - garante.

Maria do Carmo disse ainda que, além de ensinar algumas das principais ativi-dades da rotina de uma casa e ampliar o convívio social, a Cozinha Experimental “Vida Prática” também ensina a pre-servar o meio ambiente. “Os alunos recolhem o óleo usado para fritar as rosquinhas e o transformam em sabão para geração de renda” – acrescen-ta a idealizadora do projeto, que é inédito no Brasil.

Os estudantes aprendem, com

Maria do Carmo, a preparar

delícias na cozinha

Cristiane [email protected]

Anne [email protected]

É com muito orgu-lho que apresentamos a você, meu caro lei-tor, a segunda edição do Jornal Popular do Brasil. Entre a idéia e a concretização do fato, foram meses de conversas entre alguns jornalistas, amantes da Baixada Fluminense, que tinham o sonho de produzir um jornal que, efetivamente, pudesse não só levar as notícias ao leitor, mas também levantar polêmicas e fazer questionamentos sobre projetos e ações do Poder Público e da sociedade em geral.

O inesperado acon-teceu. Finalmente em

Editorial

Resposta Popularabril, lançamos, com oito páginas, a primei-ra edição do Jornal Po-pular, nome pelo qual o veículo impresso se tornou mais conhecido, e sua boa receptividade nas ruas nos surpreen-deu. Esse fato fez com que pudéssemos alcan-çar mais um objetivo, aumentando o número de páginas, que ago-ra são doze, para levar ainda mais informações e conhecimento à popu-lação da Baixada.

Muito obrigada a todos,

A Equipe

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Prefeito do Rio quer trazermais lixo para a Baixada

A Prefeitura do Rio de Janeiro poderá construir um novo lixão na Baixada Fluminense. O anúncio foi feito pelo prefeito Edu-ardo Paes, em entrevista, durante a inauguração da Usina de Biogás do Aterro Metropo- litano de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, no dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Am-biente. Segundo o prefeito, por um compromisso de campanha assumido por ele, o aterro que seria con-struído pela Prefeitura em Paciência está descartado. “Estamos estudando novas alternativas em Nova Igua-çu, Seropédica e em Duque de Caxias, na Cidade dos Meninos, que é uma área enorme, pouco habitada e que pode resolver o pro-

blema da Região Metropo- litana”, afi rmou Paes.

A usina inaugurada no lixão do Gramacho vai aproveitar o lixo orgânico para a produção de biogás. Serão 160 milhões de metros cúbicos por ano. O projeto, o maior do Brasil em redução das emissões de gases de efeito estufa, está estimado em R$ 91 milhões até sua

fase fi nal. Segundo a conces-sionária que administra a usi-na, o sistema de exploração de biogás atende um meca- nismo de desenvolvimento limpo, o MDL, previsto no Protocolo de Kyoto, assinado há doze anos por países que se comprometeram a reduzir a emissão de gases do efeito estufa. O prazo de explora-ção é de 15 anos.

O documentário “Estamira”, do fotógrafo carioca Mar-cos Prado, mostrou ao mundo a vida de uma mulher que vive do lixão do Jardim Gramacho. Lançado em 2006, ele conquistou 25 prêmios em festivais nacionais e interna-cionais. Estamira é uma mulher com distúrbios mentais. A loucura, no entanto, foi tratada pelo diretor sob um foco poético.

O documentário a acompanha desde o início de seu dia, quando sai de sua casa, em Campo Grande, de madru-gada, num longo trajeto, primeiro de ônibus, depois a pé, em direção ao lixão de Jardim Gramacho, inaugurado em 1974, um gigantesco complexo onde são depositadas di-ariamente nove mil toneladas de lixo. Ali chegando, ela junta-se a um grupo, que inclui velhos, mulheres e even-tualmente até crianças, que procuram obter objetos e ali-mentos em estado razoável no meio do lixo, não raro, dis-putando o espaço com urubus e ratos.

Curiosamente, a prefeitura do Rio é uma das patroci-nadoras do fi lme. Quantas “Estamiras” o prefeito do Rio quer ver surgir na Baixada Fluminense?

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, pretende construir um novo aterro sanitário na Baixada Fluminense? Você, leitor, concorda com ele?

Envie a sua opinião: [email protected]

Quantas “Estamiras”ainda surgirão?

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Um novo imortal

Alberto [email protected]

Embora seja médico, o Dr. Alexandre Cardoso trocou o ja-leco e o estetoscópio pela tribu-na e ingressou na política, onde vem conseguindo uma reelei-ção tranquila a cada pleito. Do mandato parlamentar, ele só se afastou por pouco tempo para ocupar cargo, sob nomeação, no Governo do Estado. Primeiro, foi Secretário de Recursos Hí-dricos do Governo Garotinho, que tinha sob seu comando, en-tre outros, a Cedae e o Progra-ma de Despoluição da Baia de Guanabara. No Governo Sérgio Cabral, ele é o Secretário de

Ciência e Tecnologia do Estado, área que comanda as universida-des do Estado do Rio (Uerj), do Norte Fluminense (Uenf) e a da Zona Oeste (Uezo), a mais nova do governo, além da Faetec. No momento, Alexandre vem todas as segundas-feiras a Duque de Ca-xias para inspecionar, de perto, as obras de adaptação do antigo Fó-rum, na Praça Governador Rober-to Silveira, que será transformado no Museu da Vida.

Além de seus múltiplos afa-zeres como Secretário de Estado e presidente regional do PSB, ele ainda arranjou tempo para fazer pesquisas sobre a Baixada Flu-minense e promete lançar, ainda nesse mês, um livro contando a História de Duque de Caxias. É um grande desafi o, pois, embora seja uma das mais ricas cidades do Estado do Rio, cuja Prefeitura tem um orçamento de mais de R$ 1,24 bilhão para 2009, seu Poder Público tem ojeriza aos fundamen-

tos da história da cidade e à guarda e preservação de sítios históricos, que não são poucos.

Surgida no bojo da campanha para expulsão dos franceses do Rio de Janeiro e logo depois da funda-ção da cidade do Rio de Janeiro, Duque de Caxias guarda apenas pedaços da sua história, pois não houve o cuidado de preservar do-cumentos importantes das antigas fazendas da região, sendo a mais famosa a de São Bento, dos frades beneditinos, que, no período colo-nial, foi a maior produtora de açú-car da região. Da antiga Igreja de São João Batista de Trairaponga, só restaram as paredes, que, nos anos 30 do século passado, foram restauradas e o templo, transfor-mado na atual Igreja de Santa Te-rezinha do Menino Jesus, no Par-que Lafaiete.

Do áureo tempo da coloniza-ção portuguesa e do Brasil Impé-rio, Duque de Caxias só conseguiu preservar os alicerces da casa onde nasceu o seu mais ilustre fi lho e Patrono do Exército Brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva, o “Duque de Caxias”.

A cidade, agora, aguarda an-siosa pela publicação do livro do deputado Alexandre Cardoso. Afi nal, será que ele conseguiu ele-mentos para contar a verdadeira história desse pedaço da Baixada Fluminense?

■ Entreouvido na Praça Governador Roberto Silveira, em Duque de Caxias, onde duas figuras ligadas ao prefeito conversavam animadamente:- Por que você não deixa o governo? Você vai se enterrar com o Zito!- Não tem problema! Até lá vou continuar defendendo uns bons trocados!■ O Secretário de Fazenda e Planejamento de Caxias, Raslan Abas, garantiu, em depoimento na Câmara, que a Prefeitura vai bem de orçamento, tendo conseguido arrecadar mais de 97% do que estava previsto para o período janeiro-abril de 2009. Para Zito, portanto, a crise global chegou como uma marolinha!

■ Pelo visto, a cidade continua crescendo, independentemente do que faça o governo municipal. O Caxias Shopping, inaugurado logo após as eleições, em novembro, já está preparando a sua primeira expansão, que deverá ficar pronta em 2011. Nos primeiros quatro meses de funcionamento, mais de quatro milhões de pessoas passaram pelo mais novo centro comercial da Baixada.■ Se for aprovada a PEC dos vereadores, que criará mais oito cadeiras em Duque de Caxias, teremos de volta ao plenário figuras conhecidas que foram derrotadas no último pleito.■ Um conhecido e atuante advogado acredita que tem vereador com mandato a perigo, pois, se forem aumentadas as vagas, o TRE terá de fazer novos cálculos. Assim, quem perdeu por meia dúzia de votos pode voltar com um novo quociente eleitoral.■ Mazinho garante que a Fundação Cultural de Duque de Caxias, que deverá administrar o Instituto Histórico e o Teatro Procópio Ferreira, sai ainda nesse ano.■ A propósito: a Assessoria de Imprensa da Câmara já saiu do “purgatório” e, hoje, ocupa uma espaçosa sala no 3º andar do prédio do Legislativo de Duque de Caxias. Os novos móveis também já estão chegando.■ Um aluno de pós-graduação da Unigranrio está curioso em descobrir por que o lendário Machadinho, que trocou no peito e na marra o nome da estação, de Vila Meriti para Caxias, não aparece nos livros que contam a campanha pela emancipação do antigo Distrito de Iguaçu. Ele morava no Parque Lafaiete e só existe um registro feito no jornal “Tópico”, do saudoso advogado Albino Vaz Teixeira e de um grupo de destemidos jornalistas da cidade.

PINGA-FOGO

Alexandre Cardoso deve

lançar livro até o fi m deste ano

Cerimônia de inauguração do Caxias Shopping

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Lançadas especialmente em cinco municípios da Bai-xada Fluminense, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Go-verno Federal, são uma dúvida para a maioria da população da

região. Nova Iguaçu, Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo e Mesquita foram os escolhidos para serem con-templados. Em quase todas as cidades, elas ainda não come-çaram ou foram interrompidas, levando vários moradores a não acreditarem nas promessas anunciadas. As obras esfriaram

Moradores da Baixada não acreditam no PAC

tanto que praticamente caíram no esquecimento ou diminuíram as esperanças de dias melhores em muita gente.

Reconhecidamente com problemas de demora na região, o Programa de Aceleração do Crescimento provocou uma reunião de emergência entre o ministro das Cidades, Márcio

Em Belford Roxo, um dos municípios mais carentes da Baixada Fluminense, es-tão previstos investimentos como a conclusão da Estação de Tratamento de Esgoto da Rua Marco Aurélio, no bairro Jardim do Ipê, no Lote XV. Construída há mais de dez anos pelo governo estadual, a estação nunca funcionou e está abandonada. Moradores da rua, cortada pelo Canal do Outeiro, não acreditam que o PAC chegue ao lo-cal: “Ouvi dizer que o Lula recebeu fi lmagens daqui e, sensibilizado com a miséria em que vivemos, liberou a verba. Mas já perdi as espe-ranças. Estamos esquecidos e largados. Ninguém lembra disso aqui não. Vivemos na vergonha e só Deus é que

Fortes, deputados estaduais que integram a Comissão de Acom-panhamento das Obras do PAC no Estado do Rio, alguns pre-feitos e representantes da Caixa Econômica Federal, entre ou-tros, em Duque de Caxias, no dia 5 de junho. No encontro, o ministro chegou a ser cobrado, como foi feito pelo prefeito de

Belford Roxo, Alcides Rolim. O prefeito de Nova Iguaçu, Lind-berg Farias, no entanto, elogiou o andamento das execuções do PAC no município. “Em dois anos, já fi zemos 50% do que projetamos. Estamos na frente de todos os nossos vizinhos e seremos os primeiros a inaugu-rar todas as obras”, garantiu.

Para aqueles que ainda não viram a execução do programa em seu bairro, porém, Márcio Fortes deu uma explicação na reunião em Caxias: “Todos devem ter calma porque essa é apenas a primeira fase do PAC. Uma medida provisória vai permitir a criação do PAC-II, cujos investimentos poderão chegar a R$ 700 milhões somente na Baixada Fluminense”, assegurou o ministro. Ele disse que intensifi cou o monitoramento dos trabalhos com videoconferências e reuniões com representantes dos estados e prefeituras, além de criar um Gabinete de Gestão Integrada para dar suporte técnico aos municípios.

“Só Deus olha por nós”

Ministro pede calma a moradores

Ministro Márcio Fortes garantiu ampliação de prazos para a execução das obras atrasadas

A área onde a estação de tratamento

começou a ser construída está em total abandono

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olha por nós”, lamenta a dia-rista Sônia Silva, de 48 anos, 20 deles no Jardim do Ipê.

A desconfi ança nos inves-timentos do programa também é constatada em Duque de Caxias. Mais de um ano após ouvirem do próprio presidente Lula que a Vila Ideal e o Parque Vila Nova (antiga Favela do Lixão) ganhariam mais de quatro mil moradias e outros benefícios, quase nada foi feito até agora: “Só temos uma placa na entrada pela Avenida Dou-tor Manoel Teles anunciando as obras e mais nada”, reclama a dona de casa Sandra Cristina da Silva, de 40 anos, que mora desde que nasceu na Vila Ideal. “Moro aqui desde pequena e também não estou acreditando. Só esvaziaram o terreno e não fi zeram mais nada. O local

fi cou até mais perigoso”, diz a costureira Cleonice Xavier, de 42 anos.

Em São João de Meriti, município da Baixada que também carece de muitas mel-horias, a população ainda não tem informações precisas so-bre as obras, o que contribui ainda mais para o descrédito em relação ao PAC:

- Sei que está para vir o PAC, mas não sabemos quais ruas serão benefi ciadas, nem se os investimentos realmente virão. – duvida o comerciante Darlan Oppenheimer, de 49, dono de um bar na esquina entre a Estrada São João-Ca- xias e a Rua Celso Goulart, no Parque Analândia, onde, se-gundo levantamentos, 43 ruas vão receber drenagem, pavi-mentação e saneamento.

Glauco [email protected]

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Magé festeja aniversário de 444 anos

Foi com muita festa e animação que a popula-ção de Magé comemorou o aniversário da cidade no dia 9 de junho, quando o município completou 444 anos de fundação. A Prefeitura preparou três dias de comemorações, que contaram, no Centro da cidade, com o tradicional desfi le cívico e shows do cantor Dudu Nobre e da banda Brokes.

Magé - Com a extensão territorial de aproxima-damente 385 quilômetros quadrados e uma popula-ção estimada em 273 mil habitantes (IBGE), a região tornou-se município por ordem do Imperador Dom Pedro II e decreto do Conselheiro Tolentino, em 02 de outubro de 1857. Historicamente, a região se con-sagrou por abrigar o marco da 1ª Ferrovia do Brasil - Estrada de Ferro Barão de Mauá. Hoje, o muni-cípio está estruturado em seis distritos: 1º Distrito - sede; 2º Distrito - Santo Aleixo; 4° Distrito - Suruí; 5º Distrito - Guia de Pacobaíba - e 6º Distrito - Vila Inhomirim. Guapimirim foi o 3° Distrito da cidade, até ser emancipado em 1992.

Presidente da Câmara de Magé, Anderson Cozzolino, o Dinho, (centro) e

vereadores em solenidade de entrega de honrarias

Manoel, diretor - geral da Câmara e os vereadores Dinho e Amsterdã

A Câmara de Vereadores também festejou a data com uma solenidade para agraciar personalidades que contribuíram para o engrandecimento do município. Na ocasião, foi realizada a entrega de títulos de Cidadão Mageense e da medalha Cristóvão de Barros, maior honraria do Legislativo.

No discurso proferido na festa para a entrega das comendas, o presidente da Câmara Municipal de Magé, vereador Anderson Co-zzolino, sensibilizou o público presente quando discursou em de-fesa dos cidadãos e trabalhadores mageenses ao abordar a urgência da criação de novos postos de trabalho para o povo e a geração de renda para o município. Emocionado, conclamou aos seus pares vereadores e a sociedade para que juntas possam criar projetos e soluções com o objetivo de trazer o progresso para a cidade com a chegada de indústrias e novo comércio.

Pensando nesse 9 de junho, quando se co-

memora 444 anos de história e 220 anos de Emancipação Político-Administrativa, quero, nessa oportunidade em que me foi confiado o

cargo de Vice-Prefeito, parabenizar essa cidade de passado histórico

memorável e desejar que seu futuro seja igual-mente glorioso, mostrando ao Brasil nossa

história e tradições. Eu acredito em Magé! É só lutarmos... Parabéns Magé!

Rozan Gomes da Silva - Vice-Prefeito

Fotos: Poliana Campos

Câmara também faz homenagens

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Núbia Cozzolino entrega obras na Ponte Preta

“Só faço obra de qualidade”

PIABETÁ - PONTE PRETA

Fotos: Poliana Campos

- Moro há 40 anos na Rua 1° de Janeiro e estou vendo tudo novo. Antes, só havia valas negras, mas, agora, melhorou muito”. A declaração, deixando clara a satisfação, foi do aposentado Alcir Artur da Silva, de 70 anos. Ele fez questão de comparecer à inauguração de obras em onze ruas do bairro Ponte Preta, em Magé. Na primeira fase das ações realizadas pela Prefeitura na região, elas receberam diversas melhorias, como pavimentação, iluminação e saneamento básico.

As obras, que, além da 1° de Janeiro, foram feitas nas ruas Mário Facine, da Paz, da Saudade, Nilo Peçanha e Recreio, entre outras, foram entregues ofi cial-mente pela prefeita Núbia Cozzolino, em um evento que teve a presença de mi-lhares de moradores da região. Recebida com festa, Núbia, que estava acompa-nhada de secretários municipais, vereadores e assessores, fez questão de ressaltar o trabalho que vem realizando na região e em outros bairros do município.

Em seu discurso anunciando a entrega das melhorias, a prefeita ressaltou que, durante muito tempo, os moradores dessas onze ruas foram obrigados a conviver com a lama e a falta de saneamento, mas que, agora, a situação é bem diferen-te. Ela ainda lembrou que, com as realizações mais recentes do seu governo, já passa de mil o número de ruas e avenidas de Magé que receberam importantes intervenções. Núbia discursa para a multidão que compareceu à inauguração

- Durante muitos e muitos anos, os moradores amassaram lama, já que, inexplicavelmente, nenhum governante se preocupou em fazer o que era preciso aqui. Só faço obra de qualidade e, hoje, estou entregando onze ruas asfaltadas, a maioria delas com manilhas. As obras vão continuar na Ponte Preta e, em breve, vou inaugurar várias outras ruas – disse a prefeita. Ela destacou também a construção do PSF Raphael Cozzolino, no mesmo bairro, e as ações que melhoraram a vida de quem mora nos bairros Paranhos, Humaitá, Parque Santana II e Novo Horizonte, entre outros: “O Parque Humaitá não tinha nada, mas agora tem tudo. Asfalto, urbanização e água encanada. Antes, era água de poço. Só tenho que agradecer à prefeita - disse o almoxarife Nélson dos Santos, que reside na Rua F há mais de 40 anos e também compareceu ao evento, que foi encerrado com a apresentação de artistas locais.

Rua Alfa

Rua Nilo Peçanha Rua da Saudade

Rua Carlos Facine Rua Mario Facine

Rua Comandante Ary Parreira Rua Nelson CintraRua Álvaro da Silva

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O Meio Ambiente na

Baixada Fluminense

Num momento em que só se fala em aquecimento global, a Baixada Fluminen-se resolveu mostrar que está fazendo a sua parte para pre-servar o meio ambiente. Na semana em que se comemo-rou o Dia Mundial do Meio Ambiente, várias atividades foram desenvolvidas para conscientizar a população.

CARNAVAL RECICLADO A preocupação com o meio ambiente ganhou também as avenidas. A Pimpolhos da Grande Rio, escola de sam-ba mirim da Acadêmicos do Grande Rio, de Duque de Ca-xias, utiliza 80% de material

reciclado para confeccionar suas fantasias, carros alegó-ricos e adereços: “São usa-das tampas de garrafa, saco-las de mercado, garrafas pet, esponjas, papelão, revistas, jornais, copos descartáveis, pneus, entre outros”, garan-te a assessora da presidência da agremiação, Rosângela Rosa. A arrecadação do ma-terial acontece com doações feitas pelas crianças que des-fi lam, pela comunidade e por empresas da região. A con-fecção das roupas fi ca por conta dos voluntários da es-cola de Belas Artes da UFRJ, que fazem as fantasias com a Comissão de Carnaval.

Segundo a assessora, as crianças da Pimpolhos também participam de um projeto que dura o ano todo e chama-se “Carnaval Pe-dagógico”. Com palestras e outras atividades, ele cons-cientiza os menores sobre a importância da preservação do meio ambiente. O projeto também se estende às esco-las municipais de Duque de Caxias, onde, através do lú-dico, é trabalhado o conceito da reciclagem.

Atualmente, cerca de 1.500 crianças desfi lam na Pimpolhos da Grande Rio.

ECO CULTURA - A ONG Vida Azul, em parceria com a Fundação Mokite Okada e a escola de samba mirim de Caxias, realiza eventos du-rante o ano para alertar sobre a preservação do meio am-biente. O projeto leva mudas para plantar nas escolas e ensina a produzir com ma-teriais reciclados. De acor-do com a responsável pela ONG, Ilda Penha, eles pro-moveram, no dia 8 de junho, a apresentação do projeto pi-loto “Pequenos Gestos”, que tem como objetivo trabalhar a área comportamental das crianças, utilizando peque-nos gestos de preservação ambiental.

Crianças e adultos trabalhando na confecção

de fantasias com material reciclado

Foto: Divulgação

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COLETA DE ÓLEO DE COZINHA

Se você é daque-les que pensam que o óleo usado para fa-zer frituras não serve para nada e pode ser jogado no lixo nor-malmente, está en-ganado. E, se ainda acredita que esse óleo só serve para produ-zir sabão, também errou. É o que prova o profes-sor de física Rodrigo Diniz, que, após desenvolver um trabalho de escola para os seus alunos, viu que a reciclagem do óleo de fritura poderia se tornar uma atividade bem mais profi ssional.

Rodrigo diz que, em parceria com outro professor de física, Márcio Batista, decidiu procurar uma em-presa séria no ramo de coleta seletiva para, a partir daí, iniciar a prestação de um importante serviço. Isso ocorreu no ano passado: “Pensamos no que poderí-amos fazer para ajudar a preservar o meio ambiente e, então, veio a idéia de montar uma rota para fazer a coleta de óleo de cozinha em bares, restaurantes, hotéis, condomínios, casas de festas e outros estabe-lecimentos da Baixada” - relembra.

Segundo o professor, a coleta acontece há cada 15 dias, sendo feita com todos os equipamentos neces-sários. Nos estabelecimentos, são deixadas “bombo-nas” que armazenam o óleo até o dia do recolhimento. Depois, esse óleo é levado para a Reveg (empresa), onde, através de um procedimento, passa a servir de base para tintas e graxas. O recolhimento é gra-tuito e, em troca do óleo, são fornecidos produtos de limpeza.

Para aqueles que fazem esse trabalho de manei-ra clandestina, Rodrigo faz uma recomendação. De acordo com ele, é preciso que esteja tudo conforme as exigências legais, senão o meio ambiente continu-ará sendo prejudicado. O professor alerta ainda para a conscientização da população, que não deve jogar o óleo vegetal em pias, vasos e ralos. “É fundamental dar o destino certo para ele, pois o óleo, quando en-tranha no solo, pode comprometer o lençol freático e também a água. Se nós tivermos consciência, as nossas gerações futuras terão um planeta muito me-lhor” – sonha ele.

Quem quiser mais informações sobre essa coleta deverá entrar em contato pelos telefones 9975-3887 (Rodrigo) e 2450-0255 (Reveg).

Tanques de armazenamento do

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Programação do Teatro Raul Cortez

Confi ra a programação do mês de junho do Teatro Raul Cor-tez, em Duque de Caxias. Os convites antecipados estarão na bilheteria do teatro, na Praça do Pacifi cador, no Centro, das 14h às 19h. De quarta-feira a sábado, o funcionamento será das 9h às 19h. Outras informações poderão ser obtidas pelo telefone: 2771-3062.

20 e 21 de Junho

“O RETORNO AO PAÍS DAS MARAVILHAS” (Infantil)Sábado e Domingo, às 16hR$10 (inteira) e R$5 (meia)

Classifi cação Livre

“TODO AMOR QUE HOUVER NESSA VIDA” (Adulto)Sábado, às 20h, e Domingo, às 19hR$20 (inteira) e R$10 (meia)

Não recomendado para menores de 18 anos 27 e 28 de Junho “MARY POPPINS” (Infantil)Sábado e Domingo às 16hR$10 (inteira) e R$5 (meia)

Classifi cação Livre “COMÉDIA À LA CARTE” (Adulto) Sábado, às 20h, e Domingo, às 19hR$20 (inteira) e R$10 (meia)

Não recomendado para menores de 14 anos

Erros no Mergulhão

Obra jamais vista no muni-cípio, a passagem subterrânea do Centro de Duque de Caxias poderia estar sendo motivo de orgulho e satisfação dos caxien-ses. Contudo, isso não parece acontecer. Construída para ser uma moderna e confortável op-ção de deslocamento entre os dois lados da estação ferroviária e de acesso às plataformas, ela, popularmente batizada como “Mergulhão de Caxias”, já está se tornando alvo de críticas e reclamações. Inaugurada no início de abril, ela já apresenta problemas de funcionamento e de estrutura.

O principal motivo da insa-tisfação diz respeito ao sistema de escadas rolantes. São quatro ao todo, mas nem todas fi cam ligadas ao mesmo tempo. O desligamento é feito por reveza-mento. Isso obriga os usuários a descerem ou subirem como se estivessem em uma escada co-mum, descaracterizando assim o objetivo da obra, que é ofere-cer conforto aos pedestres.

- Toda vez que venho ao Centro de Caxias, encontro uma delas parada. Geralmente, é uma das escadas rolantes próxi-mas à Presidente Vargas. Acho que foi um investimento que não valeu de nada. O dinheiro poderia ter sido empregado em outra coisa - reclamou Gérson Bernardo Lima, de 39 anos, que teve que subir a escada comum carregando duas bolsas com compras. “Isso é castigo! Estou com artrose num joelho e ele está doendo”, queixou-se tam-

bém Maria Terezinha Eduardo, de 62, enquanto era obrigada a fazer o mesmo.

O problema ainda é cons-tante na escada rolante utilizada por pedestres que vêm da Ave-nida Doutor Plínio Casado e pretendem chegar à estação fer-roviária ou seguir em direção à Avenida Presidente Vargas, no outro lado da linha férrea. Ela costuma permanecer desligada durante parte do dia ou da noite, provocando desorganização na circulação dos usuários.

Buraco no teto

O Mergulhão também pos-sui dois elevadores, instalados especialmente para o acesso ou saída de pessoas em cadeira de rodas. Cada um fi ca em uma das extremidades da passagem subterrânea, porém, um deles não funciona. Mas, como se não bastassem essas defi ciências, os pedestres que transitam pelo

local ultimamente têm se depa-rado com duas outras situações desagradáveis.

Por causa das últimas chu-vas, infi ltrações fi zeram com que parte do teto caísse, abrindo um grande buraco bem em fren-te às escadas de acesso à Aveni-da Presidente Vargas, um trecho de muito movimento, por onde passam muitas pessoas que se dirigem a um ponto de ônibus. A cada chuva forte, a passagem subterrânea acaba sendo fechada para que funcionários da limpe-za possam retirar a água. Isso é feito também nas primeiras ho-ras do dia, antes de sua abertu-ra, porque a infi ltração inunda o piso durante o período noturno.

E na hora de buscar orien-tação sobre a direção em que pretende seguir, o usuário se depara com o seguinte: Em al-gumas placas pode-se ler Ave-nida Plínio “Cassado” (em vez de “Casado”) e “Praça Duque de caxias”, havendo aqui erro de identifi cação – na verdade, é uma avenida – e de ortografi a com o c minúsculo. Além disso, há placas informando somente o horário de abertura – e ainda as-sim errado -, deixando em bran-co o de fechamento do Mergu-lhão. De segunda a sábado, ele abre às 8h – não às 6h -, sendo fechado às 20h.

Fábrica de produtos químicosassusta moradores em Caxias

Uma fábrica de produ-tos químicos está preocu-pando moradores do bairro Chácaras Rio-Petrópolis, vizinho a Figueira, no se-gundo distrito de Duque de Caxias. Localizada na Rua Almeida Garret, a Contecom já sofreu três incêndios nos últimos anos - o segundo de grandes proporções – e, quase di-ariamente, um forte cheiro de gás tem incomodado muito aqueles que residem nas proximidades.

Alguns moradores che-gam a se sentir mal e todos

temem que um novo in-cêndio venha a acontecer na fábrica, cujo galpão en-contra-se tomado de tam-bores contendo produtos químicos. A área em volta possui diversas residên-cias: “Tenho muito medo de um novo incêndio e o cheiro, parecido com o cheiro de gás de cozinha, é insuportável. Constante-mente, sinto falta de ar e temo também que esses produtos possam provo-car câncer.” – reclama um morador que preferiu não se identifi car.

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Passagem pela metade nos domingos e feriados

“Pilares da História” Chega à nona edição

Caxias encerra primeiro Painel Cultural da Baixada

Andar de ônibus em Duque de Caxias fi cou mais barato nos domingos e feriados. Des-de 7 de junho, está em vigor a “Tarifa Companheira”, inicia-tiva que, nesses dias, reduz em 50% o preço da passagem nas linhas municipais. A medida, inédita em todo o Estado, será permanente e o desconto vai benefi ciar usuários de 80 linhas que circulam somente dentro de Duque de Caxias, contan-do com aproximadamente 350 ônibus. Para ter direito à “Tarifa Companheira”, pagando apenas a metade do preço normal, o

Uma grande solenidade marcou o lançamento da re-vista “Pilares da História” na Câmara Municipal de Duque de Caxias. Importante fonte de conhecimento para pesqui-sadores, estudantes, historia-

passageiro terá que utilizar di-nheiro. Caso decida usar o Rio-card, ele pagará o preço normal da tarifa, sem a redução.

O desconto será reembolsa-do às empresas pela Prefeitura, que promete fi scalizar o núme-ro de passageiros para evitar fraudes. No primeiro dia de validade da tarifa promocional, um domingo, adesivos foram colados nos abrigos de ônibus e nos coletivos cujas linhas fa-zem parte do novo sistema. Fis-cais da Secretaria Municipal de Transportes e Serviços Públi-cos acompanharam o cumpri-

dores e amantes da Baixada Fluminense, ela chegou à 9ª edição, trazendo textos e fotografi as que retomam a tarefa de discutir e sociali-zar a história, a cultura e o patrimônio da região. Nesse novo material impresso, o leitor vai encontrar espe-cialmente assuntos relacio-nados aos municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti, Magé e Belford Roxo.

No evento, realizado no fi nal de maio e que também lembrou o Dia da Baixada Fluminense – 30 de Abril -, professores, historiadores e outras personalidades liga-

das à cultura e à história da re-gião foram homenageadas. En-tre os agraciados, os professores Gênesis Torres – presidente do Instituto de Pesquisas e Análi-ses Históricas e de Ciências So-

A Câmara Municipal de Duque de Caxias encerrou em 15/06, com entrega de certifi -cados, o projeto do primeiro “Painel Cultural da Baixada: do século XX aos dias de hoje.” O curso teve duração de um mês e levou os alunos, entre eles uni-versitários e professores, a uma refl exão cultural com informa-ção e debate.

De acordo com o organiza-dor do curso, Edielio Mendon-ça, a importância que a história cultural que a Baixada tem den-

mento da medida e orientaram motoristas, cobradores e passa-geiros.

Alguns usuários elogiaram a medida. Outros, no entan-to, não fi caram tão satisfeitos, como dona Jurema de Andrade Bomfi m, de 42 anos, diarista e moradora do bairro Itatiaia. Ela disse não entender por que a promoção não vale também nos sábados. “Esse também é um dia em que o movimento é muito grande e muitas pessoas têm que trabalhar. A Prefeitura tinha que pensar nisso”, assina-lou a passageira.

ciais da Baixada Fluminense (IPAHB) – e Rogério Torres, fundador e atual presidente da Associação dos Amigos do Instituto Histórico da Câmara de Duque de Caxias. Ambos receberam o título de Cidadão Duquecaxiense, maior honra-ria do Legislativo.

Ainda na cerimônia, o pre-sidente da Câmara Municipal, Dalmar Lírio Mazinho, ressal-tou a importância de Duque de Caxias ter uma Casa de Cultura que, em parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada, passe a promover shows popu-lares: “Somente com educação e cultura é possível transformar a sociedade.” – enfatizou ele.

tro do Estado do Rio de Janeiro merece discussão. “O conheci-mento teórico e prático é vital para as novas gerações. Quem sabe, no futuro, estaremos con-tribuindo para construir uma História da Cultura na Baixada Fluminense”, comentou Edie-lio, que é ator, diretor-teatral e diretor-administrativo do Teatro Municipal Procópio Ferreira.

O organizador garantiu que o projeto vai continuar e que está previsto para 13 de julho o início de uma nova turma.

Agente fi scaliza ônibus que seguia para o Parque das Missões

Ediélio Mendonça, organizador do curso,

e a primeira turma com o certifi cado

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Tania Amaro, diretora do Instituo

Histórico Vereador Thomé Siqueira

Barreto e organizadora do projeto

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Caxias ganha Centro Avançado de Ensino Profissionalizante

Aqueles que pretendem aprender outro idioma ou fazer um pré-vestibular têm agora uma oportunidade. Está fun-cionando em Duque de Caxias o Centro Avançado de Ensino Profi ssionalizante (CAEP). Ele fi ca em Jardim Primavera, no segundo distrito do município, e oferece cursos gratuitos em dife-rentes áreas.

A unidade do CAEP foi inau-

gurada no dia 8 de junho pelo prefeito José Camilo Zito e pelo presidente da Fundec (Fundação para o Desenvolvimento Tecno-lógico e de Políticas Sociais de Duque de Caxias), Wagner Bo-telho. Além do pré-vestibular, os interessados vão encontrar cursos de informática, inglês, espanhol, auxiliar de recursos humanos, decoração de interio-res, pequeno empreendedor e o

preparatório para concursos. Ini-cialmente, foram abertas 1.725 vagas.

De acordo com o prefeito Zito, uma das metas do seu go-verno é colocar Caxias entre os municípios com melhor rede de ensino, e a possibilidade de ofe-recer à população ensino profi s-sionalizante atualizado contribui para o desenvolvimento da cida-de: “Quanto mais gente quali-

fi cada e preparada tiver, haverá mais emprego, renda e cidadania para os moradores da região. O nosso dever é oferecer cursos para que a população possa ser introduzida no mercado de tra-balho. – destacou ele.

O presidente da Fundec tam-bém enfatizou a importância do estudo e de um curso pro-fi ssionalizante para os jovens: “Aquele que possui uma profi s-

são tem muito mais chances de ser contratado, enquanto quem não tem ouve somente que não há vaga. E aqueles que não estu-darem não conseguirão disputar as oportunidades do mercado.

Para se inscrever, o interes-sado deve levar cópia da carteira de identidade, do comprovante de residência e de escolaridade e duas fotos 3x4. O CAEP fi ca Rua Marquês de Baependi, 593.

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Os motoristas ganharam uma terceira opção, em Duque de Caxias, para chegar à Li-nha Vermelha e à Rodovia Presidente Dutra. Há poucos dias, começou a funcionar a via alternativa construída ao lado do 14° GBM (quartel do Corpo de Bombeiros), no bairro Lagunas e Dourados. O acesso a essa nova passagem é pela Avenida Doutor Manoel Teles. Ele benefi cia principalmente motoristas que vêm dos bairros Prainha, Bar dos Cavaleiros, Engenho do Porto, Bela Vista, Parque Lafaiete e Centenário, além do Lagunas e Dourados. As outras duas opções para aqueles que pretendem seguir pela Linha Vermelha, saindo de Caxias, são acessar a via expressa na divisa com Vigário Geral - nas proximidades com o Parque Vila Nova (antiga Favela do Lixão) -, ou pela Rodovia Washington Luiz.

A Câmara Municipal de Duque de Caxias encerrou em 15/06, com entrega de certifi cados, o projeto do primeiro “Painel Cultural da Baixada: do século XX aos dias de hoje.” O curso teve duração de um mês e levou os alunos, entre eles universitários e professo-res, a uma refl exão cultural com informação e debate.

De acordo com o orga-nizador do curso, Edielio Mendonça, a importância que a história cultural que a Baixada tem dentro do Estado do Rio de Janei-

Novo acesso para a Linha Vermelha em Caxias Tigres do Brasilcampeão estadual Sub-20

ro merece discussão. “O conhecimento teórico e prático é vital para as no-vas gerações. Quem sabe, no futuro, estaremos con-tribuindo para construir uma História da Cultura na Baixada Fluminense”, comentou Edielio, que é ator, diretor-teatral e dire-tor-administrativo do Te-atro Municipal Procópio Ferreira.

O organizador garantiu que o projeto vai continuar e que está previsto para 13 de julho o início de uma nova turma.

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