edição 63 - revista de agronegócios - novembro/2011

36
1 NOV / 2011 www.revistadeagronegocios.com.br

Upload: revista-agronegocios

Post on 27-Mar-2016

246 views

Category:

Documents


9 download

DESCRIPTION

Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

TRANSCRIPT

Page 1: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

1NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

Page 2: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

2NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

Page 3: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

3NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

Page 4: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

4NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

AGRISHOW, contagem regressiva para 2012e-mails

ANTONIO JOÃO CAETANO([email protected])Bancário. Sacramento (MG). “Tenho um sítio cujo nome é “Recanto da Cachoei-ra”, onde tenho uma pequena lavoura de eucalíptos. Estou estudando mais uma pequena área para plantar café. Gostaria de saber como faço para assinar a Revista Attalea Agronegócios.”

ROBERTO AZEVEDO MACHADO([email protected])Agropecuarista. São Gonçalo do Sapu-caí (MG). “Gostaria de assinar a Revista Attalea Agronegócios.”

SELMA PAULINI([email protected])Estudante. Franca (SP). “Gostaria de sa-ber como faço para assinar a revista. Meu interesse decorre do fato de um dos meus fi lhos estar concluindo o 2° ano do curso de Agropecuária na ETEC “Prof. Carmeli-no Correa Júnior” neste ano, bem como da minha expectativa em fazer um curso de graduação em Agronegócios no próximo ano, para que possamos trabalhar na área rural”.

GRACIANO LISBOA NETTO([email protected])Engº Agrônomo e Consultor de Negó-cios da Cultive Distribuidora. São José do Rio Pardo (SP). “Gostaria de rece-ber a Revista Attalea Agronegócios. Sou agrônomo e acho a revista muito interes-sante e bem elaborada. Quando vou a Franca sempre leio em alguma revenda. a Revista Attalea Agronegócios.”

EDITORIAL

O destaque maior neste mês de novembro fi ca pela con-fi rmação de mais uma par-ticipação da Revista Attalea

Agronegócios na AGRISHOW. De 30 de abril a 04 de maio de 2012, estare-mos presentes com estande próprio. Além disto, nestes próximos seis meses estaremos retratando as principais in-formações e tecnologias relacionados ao agronegócio regional.

Nesta edição, publicamos mais um artigo sobre Óleos Lubrifi cantes, contando com o apoio do pesquisador Marcos Bormio, da Unesp de Botucatu (SP).

Na atividade leiteira, destaque para a raça “Girsey”, cruzamento en-volvendo animais Gir Leiteiro e Jersey,

que apresentam maior produtividade leiteira e idade média de parto inferior a 30 meses.

Na cafeicultura, abordamos os Dias de Campo nas Associações dos Produtores Rurais do Morro Vermelho e nos Pimentas; a obtenção de mudas de café sem-cafeína por pesquisadores da Unicamp e do IAC;

Na questão, mercado de café, des-taque para o artigo: “Raio-X do merca-do italiano de café”.

Destaque maior para a CBI Agro-pecuária, dos amigos Paulo Eduardo e Rita Ribeiro Maciel, ganhadora do prê-mio “Melhores do Agronegócio 2011”, organizado pela Revista Globo Rural.

Boa leitura a todos!

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

Page 5: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

5NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

Sami Máquinas Agrícolas realiza 10ª visita decafeicultores à fábrica da Jacto, em Pompéia (SP)

Pela 10ª vez consecutiva, a Sami Máquinas Agrícolas promoveu, nos dias 09 e 10

de novembro, a tradicional visita dos cafeicultores de Franca e região à fábrica da Jacto, que continua sendo um sucesso entre os produ-tores de café da região.

O grupo, com 40 pessoas, seguiu no dia 09/11 para a cidade de Marília (SP), onde fi cou hospe-dado em um confortável hotel e foi recebido pela diretoria da Jacto em uma churrascaria de destaque da cidade. No dia seguinte, dirigiu-se para Pompéia (SP), sede da empre-sa e distante 20 km de Marília, para uma visita completa às modernas

MÁQUINAS

instalações da Jacto, empresa que con-ta com mais de 2.000 profi ssionais. Lá conheceram não só todos os detalhes que envolvem a fabricação das máqui-nas, como também a linha de monta-gem das colhedeiras de café, com suas inovações para a safra de 2012.

Após o almoço, com a presença de todos os diretores e membros do Conselho de Administração da empre-sa, pertencentes à família Nishimura, a visita se concluiu na Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, entidade que leva o nome de seu fundador. Lá, todos

foram brindados com uma palestra sobre a Faculdade de Tecnologia Agrí-cola de Precisão, da Fundação Paula Souza (FATEC) instalada naquele cam-pus, bem como sobre o museu com peças históricas e reveladoras sobre a trajetória do Sr. Nishimura e de sua

FOTO

: Divu

lgaç

ão S

ami M

áqui

nas

Page 6: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

6NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

MÁQUINAS

A Agritech Lavrale, fabricante dos tratores e micro-tratores Yanmar Agritech, comemorou no início de novembro, dez anos de trabalhos focados em

oferecer os melhores produtos e soluções para a agricul-tura familiar.

Instalada na cidade de Indaiatuba (SP), a história da Agritech começou em 2001, quando o Grupo Francisco Stédile adquiriu a fábrica de tratores voltados ao pequeno produtor da Yanmar do Brasil, que havia iniciado sua produção em 1987. Com isso surgiu a Agritech Lavrale S.A., onde são fabricados os tratores e microtratores da marca. “Há dez anos eu disse que manteríamos a mesma estrutura e equipe da Yanmar do Brasil, hoje me orgulho de ver que 102 colaboradores, dos 138 que estavam aqui na época, continuam fazendo parte da Companhia”, disse o presidente Hugo Domingos Zattera durante a soleni-dade. Hoje a Agritech conta com 298 funcionários em sua planta de Indaiatuba.

A Agritech planeja e controla todo o processo de desenvolvimento de tratores e microtratores que são vendidos no País, com a qualidade dos motores Yanmar, testados e aprovados pelo mercado agrícola brasileiro há 50 anos. “Aumentamos nossas linhas de produtos, nossa produção e nossas vendas. Hoje somos um Grupo maior e mais forte”, completou Zattera.

Atualmente a empresa detém uma participação de 4,5% do mercado total de tratores, sendo que em 2011 a produção atingirá uma marca superior a 2,2 mil uni-dades. Mesmo com as constantes quedas do mercado de máquinas agrícolas, a Agritech vem mantendo um cresci-mento contínuo desde 2001. “O planeta encolheu. Hoje nossos concorrentes estão do outro lado do mundo e por isso precisamos ser criativos e competitivos. Nosso desa-fi o para os próximos dez anos será difícil, teremos que vencer o mercado mundial”, completou o presidente da Companhia.

Os programas de investimento em modernização da agricultura e conservação de recursos natu-rais (Moderagro) e em agricultura irrigável e ar-

mazenamento (Moderinfra) detêm as maiores taxas de crescimento na aplicação de recursos entre as linhas de crédito do Plano Agrícola. Pelo Modeagro, nos meses de julho a setembro de 2011, já foram liberados R$ 111,9 milhões dos R$ 850 milhões programados. Se comparado ao ano passado, o número cresceu 75,2%. Já o Programa Moderinfra teve um crescimento de 85,7% na aplicação de recursos. Nestes três meses já foram liberados R$ 43,6 milhões, contra R$ 23,5 milhões no ano passado. “Essas aplicações indicam a disposição dos agricultores em in-vestir em suas atividades produtivas”, analisa Caio Rocha, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento

A aplicação do crédito rural destinado ao Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), com a incorporação dos programas Propfl ora (Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas) e Produsa (Programa de Es-tímulo à Produção Agropecuária Sustentável) também teve uma das maiores taxas de crescimento entre as linhas de crédito do Plano Agrícola. Nos meses de julho, agosto e setembro de 2011 o crédito para o programa cresceu 50% em relação ao mesmo período de 2010, chegando a R$ 101,4 milhões. Nos primeiros três meses da safra pas-sada foram liberados R$ 67,4 milhões.

O total liberado em julho, agosto e setembro em todas as linhas de crédito para agricultura foi de R$ 30 bilhões, 2,7% mais do que no mesmo período de 2010.

Programa Modeagro - visa apoiar o desenvolvi-mento da produção de espécies de frutas com potencial mercadológico interno e externo e fomentar os setores da apicultura, aqüicultura, avicultura, fl oricultura, ovino-caprinocultura, ranicultura, sericicultura e suinocultura, pecuária leiteira e a defesa animal.

Programa Moderinfra - de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem que apóia o desenvolvimento da a-gropecuária irrigada sustentável, econômica e ambien-talmente, de forma a minimizar o risco na produção e aumentar a oferta de produtos agropecuários. Além de ampliar a capacidade de armazenamento da produção agropecuária pelos produtores rurais, proteger a fruticul-tura em regiões de clima temperado contra a incidência de granizo e apoiar a construção e ampliação das insta-lações destinadas à guarda de máquinas e implementos agrícolas e à estocagem de insumos agropecuários.

Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) - vai incorporar todas as ações que incentivam a produção de alimentos com preservação ambiental. No total, os proje-tos de investimento voltados as atividades agropecuárias que permitem a mitigação da emissão de gases de efeito estufa já têm disponibilizados R$ 3,15 bilhões para o ano de 2011 que poderão ser contratados com condições mais facilitadas, como taxa de juros de 5,5% ao ano, carência de até oito anos e prazo para pagamento de 15 anos.

AAgritech Lavrale, fabricante dos tratores e micro-

Agritech comemora 10 anos

Produtores buscam recursos para modernização

facilitadas, como taxa de juros de 5,5% ao ano, carência AA

A

Jacto.A excursão, formada por cafeicultores de todas as ci-

dades que compreendem a Alta Mogiana e o Sudoeste Mi-neiro, foi acompanhada pela equipe comercial da Sami Má-quinas, liderada pelo seu Diretor Comercial, o Sr. Sami El Jurdi. Segundo ele, este evento, já tradicional no calendário de atividades da empresa, aproxima o produtor rural do fa-bricante das máquinas. “Na Jacto, além de conhecer a em-presa e as pessoas responsáveis, ele tem o espaço reservado para expor suas sugestões de melhoria do produto”, comple-menta Sami.

Ao mesmo tempo, o Gerente Comercial da Jacto, Sr. Armando Carlos Maran, ressaltou a satisfação e a alegria em receber os usuários de suas máquinas: “tudo o que fazemos aqui é para o produtor, que adoramos receber em nossa casa. Esta iniciativa da Sami Máquinas é extremamente louvável e esperamos que perdure por muitos anos”, conclui Armando.

Assim, a expectativa de todos foi superada e enrique-cida, além das inúmeras informações recebidas, com a ami-zade e a troca de informações entre os participantes. “Vamos lá pessoal, comecem a se organizar para a viagem do ano que vem conversando com a equipe de vendas da Sami Máquinas e reservando seu lugar”, concluiu.

Page 7: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

7NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

Page 8: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

8NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

MÁQUINASMÁQUINASMÁQUINASMÁQUINASMÁQUINASMÁQUINASMÁQUINAS

Qual é a hora da troca do Óleo do Cárter?Marcos Roberto Bormio 1

Prolongar o tempo de utilização do óleo do cárter do motor do trator, na tentativa de ganhar tempo e dinheiro, na verdade

pode ser o início de um problema mais sério. A tendência de se prolon-gar o tempo de utilização do óleo lu-brifi cante do cárter do motor se deve à difi culdade de parar o trator para manutenção, prejudicando a produção, ou à obtenção de ganho com a reuti-lização do lubrifi cante. A importância da substituição do óleo lubrifi cante de um motor dentro dos prazos esta-belecidos pelo fabricante só pode ser desprezada quando houver controle do estado deste óleo lubrifi cante, através de acompanhamento de suas caracte-rísticas por análises de óleo.

O que Acontece com o Óleo - À medida que trabalha, o óleo tem suas características originais modifi cadas. A principal característica de um óleo lubrifi cante é a sua viscosidade, que pode sofrer uma alteração máxima de ± 10 % em relação ao valor de medição do óleo novo. De uma maneira geral, o que costuma ocorrer é a queda da viscosidade, sendo a principal causa a contaminação por combustível, que passa pelos anéis do pistão e se deposi-ta no cárter, diluindo ou, no popular, “afi nando” o óleo.

É claro que a contaminação varia de motor para motor. Um motor novo está menos suscetível à contaminação do que um motor já usado, pois à me-dida que envelhece, a contaminação aumenta. O desgaste natural contribui para isto, pois os bicos injetores passam a gotejar, a bomba injetora se desre-gula, os cilindros perdem compressão, etc. Um óleo de motor com 6% de Diesel sofre queda de viscosidade de aproximadamente um grau SAE, ou seja, um óleo SAE 30 passa a ser um óleo SAE 20, inadequado para o tra-balho indicado.

A principal conseqüência é o des-gaste acelerado por quebra do fi lme de lubrifi cação, o que ocasionará contato direto entre as peças e menor tempo de vida ao motor. A viscosidade também pode sofrer aumento. Uma das princi-pais causas para que isto venha a ocor-rer é o tempo excessivo de utilização

do óleo. O “engrossamento” acontece por acúmulo de produtos insolúveis provenientes da combustão e do des-gaste natural, ou que entram no mo-tor com ar de admissão ou por outro meio qualquer: fuligem, poeira, me-tais de desgaste e resíduos de oxidação por umidade (água). Estes elementos além de engrossarem o óleo também são abrasivos e causam desgaste por se interporem entre as peças em movi-mento.

Todos conhecem o resultado da presença de poeira no óleo. Outro dano causado é o desgaste excessivo das par-tes em movimento e, por incrível que pareça, óleo muito grosso difi culta o movimento e causa desgaste. Podemos ainda dizer que os aditivos, que são e-lementos químicos que melhoram o desempenho do óleo, se esgotam dei-xando de desempenhar suas funções, como proteger da corrosão, ferrugem etc.

Por que não Prolongar - Para ilustrarmos o que pode ocorrer quando se prolonga a utilização, analisamos dez amostras de óleos lubrifi cantes dos motores de cinco tratores Massey Fer-guson, sendo dois do modelo 275 e três do modelo 290.

Fazem parte das análises reali-zadas os testes de: viscosidade, ponto de fulgor, presença de fuligem, pre-sença de água e presença de elementos metálicos, onde foi verifi cada a pre-sença de ferro, cobre, cromo, chumbo alumínio, níquel e silício. Os parâme-tros de comparação para os valores ob-tidos nas análises são os do óleo novo utilizado nos motores dos tratores. Das dez análises realizadas somente em duas o óleo lubrifi cante estaria apto a continuar trabalhando, justamente naquelas em que o tempo de utilização estava aquém do tempo estabelecido para troca pelo fabricante.

Portanto, em 80 % das amostras onde em duas o óleo estava pratica-mente com o tempo de troca e, em seis com o tempo acima do estabelecido para a troca, houveram problemas de desgaste. Desta forma, fi ca claro ser bastante temeroso o prolongamento do tempo de trabalho do óleo do cárter do motor sem o acompanhamento sistemático através de análises de óleo.

Quando Trocar o Óleo - O API - American Petroleum Institute ou Instituto Americano do Petróleo é uma instituição americana que trata do

desempenho e classifi cação dos lubri-fi cantes e recomenda que os serviços de troca de óleo do motor, troca do ele-mento fi ltrante do óleo do motor e a manutenção e troca dos elementos fi l-trantes do ar de admissão acatem pelo menos as recomendações feitas pelos fabricantes de motores, quando não houver controle através de análises do óleo lubrifi cante.

As recomendações, por período ou quilometragem, são sempre con-servadoras, para não prejudicar ex-cessivamente a vida útil dos motores. Evidentemente, os períodos podem ser antecipados ou duplicados, dependen-do das condições de uso. Os fabricantes de veículos ou motores podem des-crever em seus manuais operacionais os detalhes de operação, nos quais se aplicam menores ou maiores períodos de trocas. Podemos exercitar situações, considerando que o óleo de última clas-sifi cação, sob condições normais, deve ser trocado com 200 horas de trabalho:

• 100 horas - uso do veículo sob condições predominantes de anda-pára, longos e freqüentes períodos em marcha lenta (utilização da TDP para acionar máquinas que requerem pouca potência), sob alta temperatura e carga e esforço adicional (implemento que exige carga maior do que o trator possa oferecer);

• 200 horas - veículo operado normalmente, com acoplamento de implementos para ele dimensionados;

• Tempo de trabalho - quando o número de horas de trabalho não é atingido, recomenda-se a substituição a cada 6 meses para óleo de base mine-ral e 12 meses para óleo sintético. Para motores inativos, o óleo poderá per-manecer no cárter no máximo 3 meses e 6 meses, respectivamente.

Procedimento para a Troca - Toda troca de óleo, seja de motor, caixas de engrenagens ou fl uído hi-dráulico, deve ser feita com o óleo quente, preferivelmente após o uso do veículo por um período que atinja a temperatura normal de operação. Após extrair o óleo pelo local de drenagem do reservatório, é aconselhável deixá-lo escorrer por algum tempo, por volta de 10 minutos, para assegurar que per-maneça no reservatório o mínimo pos-sível. Uma alternativa rápida, menos complicada e menos suja é sugar o óleo por uma bomba de sucção ligada a um tubo fi no introduzido pelo orifício da vareta de nível de óleo. Este pro-

1 - Tecnólogo mecânico formado em 1981, Mes-tre em agronomia 1992 e Doutor em agronomia em 1995, todos pela Faculdades de Ciências Agronômicas Unesp-Botucatu.

Page 9: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

9NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.brMÁQUINAS

cesso, no entanto, apresenta o incon-veniente de não remover totalmente o óleo. O veículo deve estar em local plano e adequado para qualquer extra-ção ou troca de óleo.

Que Óleo se deve Utilizar - Os melhores lubrifi cantes, óleo ou graxa, para serem utilizados no motor, no câmbio, no diferencial, no hidráulico e nos rolamentos e articulações do seu trator, são aqueles recomendados pelo fabricante do trator.

No caso dos motores, normal-mente são dadas algumas opções ao usuário. O óleo lubrifi cante para mo-tores de ciclo Diesel, que são os mais utilizados em tratores, são classifi cados pela viscosidade e pelo desempenho que oferecem.

A viscosidade é uma caracterís-tica controlada pela SAE (Society Au-tomotive Engineers). Existem óleos monograu, ainda bastante utilizados, onde a identifi cação é dada por um número (grau) antecedido da sigla SAE. É uma identifi cação que leva em conta a temperatura de trabalho do óleo a aproximadamente 100º C. Podemos ter óleos SAE 20, SAE 30, SAE 40 e SAE 50.

O desenvolvimento dos lubri-fi cantes possibilitou a fabricação dos óleos de múltipla graduação e de primeira qualidade. Esses óleos, SAE 20W 40, SAE 20W 50, SAE 5W 40 etc., são conhecidos como óleos multivisco-sos. São largamente usados porque ao dar partida no motor, o óleo está frio. Nesta temperatura ele deve ser fi no o sufi ciente para fl uir bem e alcançar todas as partes do motor. Já em altas temperaturas, ele deve ter a viscosi-dade adequada para manter a película protetora entre as partes metálicas. Por exemplo, os óleos SAE 20W 40 são formulados para cumprir os requisitos de viscosidade em baixa temperatura de um óleo monograu SAE 20 e os re-quisitos de viscosidade em alta tempe-ratura de um óleo monograu SAE 40.

Os óleos SAE 20W são testados para viscosidade de partida a -15°C, logo, eles são formulados para uso em temperaturas ambiente mais baixas. Já os óleos classifi cados como SAE sem a designação W têm suas viscosidades medidas somente a 100°C para assegu-rar viscosidade adequada em tempe-raturas operacionais normais do motor.

O serviço ou desempenho do óleo é classifi cado pela API. Para motores

Diesel, a classifi cação é dada por duas letras, sendo sempre a primeira delas a C de compression, compressão em in-glês, que identifi ca um óleo para motor de ignição espontânea ou Diesel.

A classifi cação propriamente dita é dada pela segunda letra. À medida que esta segunda letra avança no alfabeto, o óleo sobe de especifi cação, é mais moderno. Para melhor entendimento vamos dar alguns exemplos, supondo que o manual do seu trator especifi que o óleo SAE 15W 40 ou SAE 20W 50 API-CG-4, foram dadas duas opções de viscosidade. O grau 15W deverá ser utilizado em regiões mais frias e o grau 20W em regiões mais quentes, con-siderando-se a temperatura ambiente. O mesmo ocorre para a medida de alta temperatura, 40 para regiões mais frias e 50 para regiões mais quentes. O de-sempenho API-CG-4 deve ser seguido com maior rigor.

De nenhuma forma deve-se uti-lizar óleo de classifi cação anterior, por exemplo um API-CF ou inferior. Porém, pode-se utilizar um de especifi -cação mais avançada, por exemplo um API-CH-4. Estas especifi cações estão nas embalagens de qualquer marca de óleo utilizado.nas embalagens de qualquer marca de

A

Page 10: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

10NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

Com a proposta de ampliar sua participação junto às em-presas do setor de agronegó-cios, a Editora Attalea fi r-

mou mais uma vez sua participação na AGRISHOW - Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação.

A 19ª edição da AGRISHOW acontecerá de 30 de abril a 04 de maio de 2012, das 8 às 18 horas, no Pólo Re-gional de Desenvolvimento Tecnológi-co dos Agronégócios do Centro-Leste / Centro de Cana (Rodovia Antonio Duarte Nogueira Km 321 - Ribeirão Preto - SP).

A Revista Attalea Agronegó-cios participará com estande próprio, apresentando ao público visitante o que nossas empresas parceiras tem de novidade nos setores de máquinas, implementos, defensivos agrícolas, fer-tilizantes, pecuária leiteira e de corte, cafeicultura, silvicultura, cultivo de grãos, horticultura e fruticultura.

Faça parte deste evento. Di-vulgue, nos próximos meses, o seu negócio e seus produtos na Revis-ta Attalea Agronegócios e tenha o nome de sua empresa circulando na

Revista Attalea Agronegócios fecha parceria e participa mais uma vez da AGRISHOW

EVENTOS

AGRISHOW 2012.Nas próximas edições apresenta-

remos a história da feira e as principais novidades do próximo ano. Todas as edições a partir de novembro estarão circulando durante o evento.

Participe! Vincule o nome de sua empresa a principal feira de tecnologia das Américas.

A Feira - A AGRISHOW mostra as maiores novidades do agronegócio brasileiro. É uma feira essencialmente de negócios, marcada pelas demons-trações de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas em ação.Neste evento, os visitantes encontram todos os principais lançamentos de máqui-nas, implementos, sementes, defen-sivos, fertilizantes, enfi m de todas as tecnologias que estão sendo colocadas à disposição do agricultor e do pecua-rista brasileiros.

Empresário, garanta já sua par-ticipação. Seja um expositor. Com área de 360 mil metros quadrados, a 19ª AGRISHOW é a sua chance de realizar negócios, divulgar seus produtos e ser-viços para mais de 146 mil profi ssionais

do setor. Os números mostram o suces-so da última edição, que tem tudo para ser superado em 2012:

a) - 40,2% do público visitante é de-cisor fi nal de compra;

b) - 71% dos visitantes participam do processo de compras: agricultores, pecuaristas, agroindustriais, estu-dantes, industriais e empresários do setor;

c) - 98,6% dos expositores de 2011 tem intenção de retornar em 2012;

d) - 95,6% dos expositores fi caram satisfeitos.

e) - Crescimento de 15% das áreas de estandes;

f) - R$ 1,755 bi em negócios realiza-dos durante a feira;

g) - 146.836 mil visitantes de 50 países;

h) - 765 expositores de 45 países;i) - resença de 38 novas empresas

nacionais;j) - Presença de 22 novas empresas

estrangeiras.

EM TEMPOREED ALCANTARA

São Paulo (SP) - (11) 3060-5044www.agrishow.com.br

E-mail: [email protected]

Page 11: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

11NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

Page 12: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

12NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

LEITE

Vacas ‘Girsey’ produzem mais leite e tem idade média de parição inferior a 30 meses

A idade média ao primeiro parto das vacas Girsey (cru-zamento das raças Gir, ze-buína, e Jersey, taurina), na

tradicional bacia leiteira de Mococa (SP), é de 28 meses, ou seja, quase 20 meses abaixo da média nacional, o que diminui o custo de criação de novilha (começa a produzir cedo) e aumenta a vida útil do animal. Com isso, a vaca produz mais leite na vida útil e o cria-dor passa a ter mais animais para ven-da, uma vez que é maior a taxa de nas-cimentos e menor a taxa de reposição.

Este é um resultado parcial do projeto “melhoramento genético de bovinos da raça Gir leiteiro e seus cruzamentos”, desenvolvido no Polo Nordeste Paulista/APTA Regional da Secretaria de Agricultura e Abaste-cimento. O Girsey incorpora a preco-cidade que é uma característica do Jer-sey, conta o pesquisador e coordenador do projeto Anibal Eugenio Vercesi Filho. Integram o projeto os pesquisa-dores Enilson Geraldo Ribeiro, Weber Vilas Boas Soares, Lenira El Faro, Vera Lúcia Cardoso, Cláudia Cristina Paro de Paz, José Ramos Nogueira, Maria Lucia Pereira Lima, André Fernandes Rabelo (Associação Brasileira de Cria-dores de Gir Leiteiro) e Fábio Carvalho Faria (UFMS).

Além disso, pesquisa da Embrapa, que testou três raças européias (Jérsey, Holandês e Pardo Suiço) sobre o Gi-rolando (cruzamento entre as raças Gir Leiteiro e Holandês), mostra que nas fi lhas de Jersey são duas lactações a mais e, consequentemente, dois be-zerros. “A expectativa é que tenham maior número de bezerros na vida, menor peso e maior produção de sóli-dos. A certeza é que a idade do primei-ro é menor e ocorre também menor intervalo entre partos nas Girsey.”

Porém, ressalva Anibal, a amostra ainda é pequena. “O ideal é que tivés-semos pelo menos 60 vacas de cada grupo genético; hoje, são cerca de 20 animais.”

Vantagens do Jersey - Entre as motivações para o cruzamento com Jersey, Anibal aponta que, em pes-quisa publicada no início da década, este grupo genético tinha a mesma produção de leite do holandês na vida útil, porém melhor produção de sóli-

dos (gordura e proteína). Como existe uma tendência para o pagamento pelo diferencial de qualidade (se pagava preço fi xo pelo leite), o cruzamento com o Jersey passou a ser uma opção muito interessante do ponto de vista econômico.

Outro motivo é o tamanho das vacas Jersey, explica Anibal. “Quando se trabalha com produção de leite a pasto, o que conta é a produção por hectare, e não por animal. Com animal de menor porte, tem-se mais animais por unidade de área, o que pode refl e-tir em maior produção.” Resultados de pesquisas (tese de mestrado de Anibal, de 2000, e trabalho de 2004, da pes-quisadora Vera Lúcia Cardoso do Polo Regional Centro Leste) demonstram que o peso da vaca adulta é uma ca-racterística importante em sistemas de produção de leite a pasto. Em ou-tras palavras, tirar leite a pasto de vaca muito pesada é antieconômico.

Nada mais oportuno no momento em que vai se tornar realidade no Bra-sil o pagamento do leite por qualidade (Instrução Normativa 51 entra em vi-gor em janeiro de 2012), diz Lúcio Ro-drigues Gomes, vice-presidente da As-sociação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL). “Essas duas raças (zebuína e taurina) se complementam

por agregar animais especializados em leite e com alto teor de sólidos. Além disso, o Gir, por ser adaptado aos trópi-cos, apresenta resistência ao ectopara-sita e menor incidência de mastite.”

Lúcio, que é produtor em Tau-baté (SP), conta que algumas coopera-tivas, principalmente de São Paulo e Minas Gerais, já estão pagando boni-fi cação pelo leite de qualidade - cinco centavos por litro, no caso do Vale do Paraíba. Tanto que, atualmente, um dos apelos comerciais das centrais de sêmen é sobre touros que transmitem a suas fi lhas a característica de produzir leite com elevado teor de sólidos.

Parceria com Produtores - Por volta de 2005/2006, o criador Otávio Roxo Nobre Barreira, da Fazenda do Conde, começou a prestar serviço de transferência de embrião para produ-tores de Gir e Girolando. “Depois, passamos a produzir os próprios ani-mais. A aceitação foi muito grande no mercado devido à escolha de animais de ponta para nosso rebanho (carac-terísticas semelhantes às das vacas do Estado), com o apoio dos técnicos do Pólo Regional que nos permitiu fazer essa genética diferenciada.”

Tanto que as novilhas de Otávio começaram a ganhar prêmio em pis-

Vacas Girsey produzem mais leite e o criador tem mais animais para venda. A idade média ao primeiro parto das vacas Girsey (cruzamento das raças Gir, zebuína, e Jersey, taurina), na tradicional bacia lei-teira de Mococa (SP), é de 28 meses, ou seja, quase 20 meses abaixo da média nacional, o que diminui o custo de criação de novilha (começa a produzir cedo) e aumenta a vida útil do animal. Com isso, a vaca produz mais leite na vida útil e o criador passa a ter mais animais para venda, uma vez que é maior a taxa de nascimentos e menor a taxa de reposição..

começaram a ganhar prêmio em pis-

FOTO

: Divu

lgaç

ão C

ATI /

SA

A

Page 13: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

13NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

A

Page 14: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

14NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

A

tas de feiras agropecuárias de grande expressão. E no torneio leiteiro de 2011, da Cooperativa dos Produtores de Leite da Região de Mococa, os ani-mais da Fazenda do Conde fecharam a média de 58 litros de leite. “A pista mostrou que os animais eram bons e bonitos; o torneio mostrou que os ani-mais eram produtivos. Assim, temos a chancela de que o projeto é bem-suce-dido.”

Hoje, Otávio tem serviço de produção de material genético e serviço de multiplicação de material genético para terceiros. “O Polo tem me ajudado na escolha de touros melhoradores do rebanho. Esse trabalho com o Girsey tem colaborado de forma decisiva no trabalho que faço com Girolando, ape-sar de ser outro cruzamento.”

A Fazenda do Conde vende 80% do seu material genético para produ-tores do Brasil inteiro. “Meu animal ´America Blitz Fiv do Conde´ per-corre hoje as maiores pistas do Bra-sil, levando esse material para fora da região. Nosso foco é fazer animais lei-teiros”, conta Otávio. A bacia leiteira é antiga e atrai pessoas de várias partes do País, observa.

Teor de Gordura e Proteína - Há

seis anos, quando herdou a Fazenda Angico, Augusto Tabilerti, o Guto, decidiu fazer cruzamento de seu gado Girolando com o Jersey. “A idéia era obter animais menores, mais produti-vos e persistentes no leite, para ter um pouco mais de animais.”

O tempo de lactação mais curto de animais Girolando pode ser estendi-do com a introdução do Jersey, observa Guto. “Na média, acho que a produção supera a do Girolando, sem contar que o teor de gordura e proteína do cruza-mento com Jersey é maior.”

Numa área de 15 hectares de pastagem e produção de alimento para a seca, Guto mantém 80 animais (va-cas, novilhas e bezerras), dos quais 40 vacas em lactação. A produtividade não é maior porque tem muito gado novo, ainda, observa.

Guto aponta a vantagem de o produtor usar mais as inovações pro-porcionadas pela instituição de pes-quisa. “Há seis anos, comecei tirando 200 litros de leite; no ano passado, cheguei a tirar quase 800 litros.” Hoje, a produção está em torno de 530 litros por causa da venda de 20 vacas e da renovação do rebanho com cruzamen-to das três raças, o chamado tricross

(Gir com Holandês e Jersey em cima). “Fui muito infl uenciado pelos técnicos do Polo”, resume Guto.

Gado com Melhor Genética - Com a expansão da cana e a perda de área de pastagem, o produtor dessa importante bacia leiteira modernizou a atividade e introduziu um gado com melhor genética e maior volume de leite em pequena área, observa Wag-ner Becker, presidente da Cooperativa dos Produtores de Leite da Região de Mococa. Nesse processo, ele destaca a rusticidade, precocidade e lactação do Girsey, “que não perde para nenhum outro tipo de cruzamento”. Também enfatiza o apoio do Polo Regional à co-operativa, na forma de abertura a visi-tas, cursos, dias de campo e orientação sobre manejo de pastagem e nutrição.

Wagner lembra que, com a cria-ção do Polo, a região ganhou uma equipe de pesquisadores para atuar em áreas como pecuária de leite, piscicul-tura, hortaliças, café, cana-de-açúcar, milho e economia rural. Para Wagner, é fundamental a recomposição da equi-pe, pois esses pesquisadores tem papel importante no contexto do desenvolvi-mento rural.

Em setembro de 2010, a Prefei-tura Municipal de Cássia dos Coqueiros (SP), em parceira

com a CATI Regional Ribeirão Pre-to, implantou o projeto Inseminação Artifi cial Volante (IA Volante) com a aquisição de um botij ão de sêmen que instalado na Casa da Agricultura local. Cada produtor assistido pelo projeto passou a adquirir as doses de sêmen, de acordo com as característi-cas do touro, seguindo as orientações do coordenador do projeto, o médico veterinário Gustavo Cunha Almeida Silva.

O objetivo do IA Volante é utili-zar a inseminação artifi cial como uma ferramenta para o melhoramento genético do rebanho dos produtores de leite do município, com os cruza-mentos entre raças, permitindo ga-nhos com heterose. “Como exemplos, podemos citar a utilização de touro Holandês em vacas zebuínas para ge-rar fêmeas girolanda (F1), que unem a rusticidade e resistência do zebu com

Projeto de Inseminação Artifi cial Volante mostra primeiros resultados em Cássia dos Coqueiros (SP)

as características de maior produção de leite da raça holandesa; outro é utilizar touro Jersey nas vacas F1 para obter animais Tricross (cruzamento de três raças), técnica que permite que se insi-ra a genética de animais (Jersey) com características de maior produção de sólidos totais (gordura e proteína) no leite, além de precocidade reprodutiva e animais de menor porte”, explica o técnico.

Para ser realizada a inseminação, o produtor observa a manifestação de cio das vacas ou novilhas e comunica a Casa da Agricultura ainda no perío-do da manhã para que a inseminação seja realizada a tarde, ou no período da tarde para ser realizada de manhã. O técnico agrícola Rosano Nogueira dos Santos, da Casa da Agricultura, é responsável por levar o botij ão até a propriedade e realizar o procedimento. Até o momento, 13 propriedades são assistidas pelo projeto e já foram rea-lizadas 158 inseminações.

Os produtores de leite de Cás-

sia dos Coqueiros (SP), já começam a ver os resultados de seu investimento com o nascimento das bezerras, que serão suas futuras matrizes leiteiras. O produtor José Carlos da Silva diz que “é nítida a diferença entre as bezer-ras nascidas de touros provados das bezerras nascidas de monta natural”. E o produtor Odair Francisco Cipri-ano comenta: “com o melhoramento da genética do rebanho logo con-seguirei ter menos vacas mas manter a produção diária igual, diminuindo meus custos e aumentando o lucro”.

Graças ao projeto, também é possível se realizar IATF (insemina-ção artifi cial em tempo fi xo) com a utilização de protocolos hormonais em vacas que já passaram o período voluntário de espera e ainda não manifestaram cio ou estão com algum problema reprodutivo (cisto folicular ou luteínico). As raças de touro mais utilizadas são Holandês, Gir e Jersey, respectivamente.

LEITE

importante no contexto do desenvolvi-A

Page 15: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

15NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

Diferenciais da Chevrolet Vemafre atraem produtores rurais na compra de veículos

VEÍCULOS

Com o bom crescimento de vendas, além de um consumo aquecido com a ascensão da classe “C” graças às facilidades de crédito, General Motors passou a focar mais no Brasil. Prova disso são os

investimentos de 5,42 bilhões de reais até 2012 destinados à melhoria das plantas, das fábricas e de pessoal.

O foco da companhia será o investimento em tecno-logia. “Vamos investir 6% em desenvolvimento e pesquisa”, diz Denise Johnson, pre-sidente da fi lial brasilei-ra. A montadora conta hoje com uma equipe de aproximadamente 1.200 engenheiros - com mais contratações previstas - para a fabricação de seus produtos.

Um dos pontos le-vantados por ela para mostrar a importância do mercado brasileiro foi o bom desempenho da marca Chevrolet nos últimos 12 meses. Foram vendidas cerca de 660.000 unidades - um crescimento de 80% em relação ao mesmo perío-do no ano 2000. Com esse salto, o país se tornou o terceiro mercado da GM no mundo e o segundo para a marca Chevrolet.

Carros Conectados - Sobre o forte investi-mento em pesquisa e de-senvolvimento, Denise disse que a montadora planeja criar carros que tenham conectividade.

“Como os consumidores de hoje são jovens e muito liga-dos às redes sociais como Facebook e Twitter, queremos ter modelos que permitam acesso a esses recursos”, diz.

“Queremos trabalhar com banda larga 4G nos veículos com sistemas que possibilitem uma interatividade entre os usuários”, afi rma ela. “

Diferencial - Com forte atuação em Franca (SP) e região, a Vemafre - concessionária Chevrolet - atendeu so-mente neste ano mais de 100 produtores rurais. É um reco-nhecimento dos diferenciais dos carros Chevrolet, mas tam-bém a facilidade de utilização das linhas de fi nanciamento rural do Banco do Brasil.

A parceira entre a Vemafre e o Banco do Brasil tem agilizado todo o processo, desde o projeto até a entrega do veículo com condições exclusivas.

A Vemafre é uma concessionária fi lha da terra, genui-namente francana, dirigida por Fred Belini, Diretor Co-mercial da empresa; Giovani Teixeira, gerente comercial; e André Ferreira, consultor de vendas. “As taxas de juros do Pronaf (2% a.a.) e do Pronamp (6,25% a.a) são muito atraentes. Mas o nosso diferencial é o atendimento mais próximo do produtor rural, incluindo visitas diretamente na propriedade”, fi naliza André Ferreira.

Estande da Vemafre na 3ª EXPOVERDE, em Franca (SP)

próximo do produtor rural, incluindo visitas diretamente na A

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

Page 16: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

16NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

CAFÉ

Cooparaíso realiza dias de campo no ‘Morro Vermelho’ e nos ‘Pimentas’

A Cooparaíso, em parceria com a Epamig e a Emater, realizou nos dias 26 e 27 de outubro, dias de campo

voltados para a cafeicultura. A inicia-tiva buscou aprimorar o conhecimento dos produtores rurais. O diferencial foi a localização do evento, em ambos os dias os especialistas e engenheiros agrônomos foram até os bairros ru-rais, ou seja, até a “casa” do cafeicul-tor. Temas como pragas e doenças do cafeeiro, certifi cação e cultivares de café foram apresentados e debatidos pelos especialistas.

O primeiro dia do evento foi re-alizado na propriedade do produtor rural José Reis de Oliveira, também presidente da Associação da Comu-nidade dos Pimentas. Já no dia 27, o evento aconteceu na Associação da Co-munidade Rural de Morro Vermelho, localizada a 25 km de São Sebastião do Paraíso (MG).

No primeiro encontro foram quatro estações: “Manejo Integrado de Pragas”, com o Dr. Júlio César de Souza; “Manejo Integrado de Doen-ças”, com Dr. Vicente Luiz de Carva-lho; “Cultivares de Café”, com Dr. Gladyston Carvalho e “Certifi cação da Cafeicultura” apresentada por Homero Vieira e João Bosco Minto da Emater, além da engenheira agrônoma Lívia Colombaroli.

“Os produtores tiveram aula com

os doutores que puderam ser com-paradas a pós graduação, já que são os melhores especialistas falando sobre a cafeicultura”, afi rmou o educador co-operativista, Ilson José Aparecido.

Segundo a engenheira agrônoma, Lívia Colombaroli, o balanço dos dois dias de evento foi positivo, mais de 150 produtores rurais tiveram contato e aprenderam com os profi ssionais. “Com o dia de campo os produtores conhecem novas tecnologias e mane-jos efi cientes, com isso a cafeicultura se torna mais sustentável”.

Conhecimento Renovado – Ca-feicultor há anos, Alexandre Oliveira participou do dia de campo no bairro Pimentas. Ele destaca que renovou seus conhecimentos com as estações que difundiram tecnologia. “De uma forma geral, todas as estações focam as necessidades do pequeno ao grande produtor. São pesquisas e trabalhos a-tuais que mostram a realidade do dia-a-dia do produtor que lida na cafeicul-tura”.

Cleuci Helena é esposa de cafei-cultor e esteve atenta as palestras em cada estação. Segundo ela, saber as técnicas e manejos adequados são fun-damentais para o homem do campo. “É uma boa oportunidade para apren-der. Eu como esposa de produtor fi co atenta para sempre poder ajudar na

produção”, conclui.

Cultivares de Café – O doutor em Agronomia-Fitotecnia, Gladyston Rodrigues Carvalho, destacou durante o dia de campo a importância e neces-sidade de se escolher cultivares apro-priadas para a região. “Na região de São Sebastião do Paraíso observei poucas cultivares em meio às várias opções, os produtores se assustam com tanto volume. Hoje encontramos grupos de cultivares resistentes e grupos susce-tíveis a doenças, como a ferrugem”, disse.

A cultivar adequada para cada cafeicultor depende de vários fatores, como a topografi a. “É preciso conhecer a sua realidade, analisar região, clima e qualidade do solo para fazer a escolha correta”, orienta.

O espaçamento também deve ser analisado na escolha da planta ideal, pois o diâmetro é específi co de cada cultivar.

De acordo com Gladyston experi-mentar novas cultivares é importante desde que o cafeicultor lucre com a mudança. “É preciso experimentar o que é bom, pensando na sua proprie-dade. As fazendas experimentais da Epamig auxiliam na hora da escolha. Válido lembrar que plantio de novas cultivares é indicado para apenas 10% da área total de plantio”, fi naliza.Cultivar ‘Paraíso’

Cafeicultores atentos aos temas debatidos nas estações de campo.

A

FOTO

S: D

ivulg

ação

Coo

para

íso

Page 17: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

17NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.brCAFÉ

Cafeicultores de Franca (SP) e Cássia (MG) vencem 8º Concurso de Qualidade de Café da Cocapec

Page 18: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

18NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

CAFÉ

FAFRAM realiza Semana Agronômica e Semana de Medicina Veterinária

De 24 a 28 de outubro, a FAFRAM - Faculdade Doutor Francisco Maeda, de Ituverava (SP), pro-moveu a XXII Semana Agronômica e a VII Se-mana Científi ca de Medicina Veterinária. Partici-

param da solenidade de abertura dos eventos o presidente da Fundação Educacional de Ituverava, Paulo César da Luz Leão; os conselheiros da FE, Antônio Gonçalves Delgado e Vicente Paulo Vieira; o diretor da FAFRAM, Márcio Pereira; o diretor da FFCL, Antônio Luís de Oliveira; os coordena-dores de cursos, Vinícius Antônio Maciel Júnior (Agrono-mia) e Elzylene Légae (Medicina Veterinária); e os presiden-tes dos Diretórios Acadêmicos, Juliano Aparecido Balbino (Agronomia) e Lucas Cristiano (Medicina Veterinária).

“As semanas acadêmicas são de muita importân-cia, pois contribuem com o desenvolvimento do aluno e o crescimento da instituição. Durante essas semanas, são pro-movidos cursos e palestrantes visando fazer com que os alu-nos absorvam cada vez mais conhecimento, para que saiam da faculdade melhor preparados”, disse o presidente da FE, Paulo César da Luz Leão.

O diretor da Fafram, Márcio Pereira, elogiou. “É um motivo de orgulho e satisfação realizar essas semanas acadêmicas, que são tradicionais dentro de nossa instituição educacional”. “É um conhecimento que se soma ao minis-trado dentro da sala de aula. Isso é enriquecedor e fortalece ainda mais o ensino oferecido pela instituição de ensino”, afi rma a coordenadora do curso de Medicina Veterinária, Elzylene Légae.

A XXII Semana Agronomica teve como tema principal a sustentabilidade na agricultura e teve início com a pales-tra “Perspectiva do Agronegócio Brasileiro Frente à Globa-

lização”, ministrada pelo Economista Msc. Willy Gentil de Goes, professor da FEI e FAFIBE (Ribeirão Preto SP) e inte-grante do (InGTeC) - Grupo de Pesquisas do CNPq.

As Palestras - A programação foi extensa e muito bem elaborada pelos alunos da equipe do Diretório Acadêmico ‘Tsunezaemon Maeda’.

O tema Cultura do Eucalipto abordou palestras sobre a terceira cultura mais cultivada no nosso país na atualidade, com temas como gargalo de comércio, pragas, doenças e atu-alidades no seu manejo. Já o tema Física do Solo promoveu a exposição de fatores físicos do solo e possibilidades de cultivo com as diferentes maneiras de condução dos solos brasileiros, abordando sempre o lado sustentável do manejo do solo.

A Biotecnologia Agrícola foi inserida na programação tendo em vista as alterações promovidas na agricultura nas ultimas décadas e em um futuro próximo. Destaque para a palestra do Engº Agrônomo Elder Fragalle (da Pioneer), que abordou o tema “Tecnologia Bt”

A Produção Animal Sustentável teve como abordagem o tão comentado Bem-Estar Animal, melhoramento gené-tico em busca de maior produção e menor poluição. Tudo envolvendo a suinocultura, a avicultura, a bovinocultura e a ranicultura. Destaque para a palestra do Engº Agrº José Camilo Mendonça (Frigorífi co Camari), que abordou o tema “Visão Empresarial na Suinocultura”

No tema Agroenergia os participantes contaram com palestras atualizadas de empresas e centros de pesquisas que buscam novas fontes energéticas mais sustentáveis que as a-tuais sustentáveis.

A

O mesmo ocorreu com o tema Bolsas e Mer-cados do Agronegócio, onde as palestras tiveram como base as condições de mercado para a agri-cultura nos últimos, expectativas de crescimento e desenvolvimento do setor, métodos de comércio, maneiras de tornar o produto fi nal mais viável ao consumidor sem abalar o produtor, etc.

A Cafeicultura foi um tema a parte. Seis pa-lestras abordaram todos os aspectos da cultura. O Engº Agrº André Siqueira Rodrigues Alves (diretor da Casa do Café, Franca/SP) abordou o “Perfi l do Agrônomo na Cafeicultura”. A questão fertilidade foi abordada pelos agrônomos Everson Luiz Mo-carzel (Yara) e Israel Rosalin (Valoriza). Com rela-ção ao controle de pragas e doenças, abordagens dos agrônomos Weverley Aparecido Rizieri (RR.Ribeiro) e San Juan (Bayer CropScience). Finali-zando, o Engº Agrº Gabriel Moscardini (Adubos Triângulo) ministrou palestra sobre “Agricultura de Precisão”

De acordo com Juliano Aparecido Balbino, presidente do DA de Agronomia e graduando pelo 7º Ciclo, a semana foi excelente. “Contou com pa-lestrantes e cursos interessantes, que abordaram temas que estão diretamente ligados à nossa futura profi ssão”, fi nalizou.

Page 19: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

19NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.brCAFÉ

Projeto CATI-CAFÉ reúne técnicos e produtores na regional Franca

A CATI Regional Franca promoveu, no dia 08 de novembro, o 5º Encontro de Técnicos e Agricul-tores do Projeto CATI Café, reunindo 80 produ-tores e técnicos no Sítio São Geraldo, propriedade

de Amarildo Dalpícolo, no município de Jeriquara (SP).Durante o evento foram apresentados os custos de

produção das 52 propriedades que são acompanhadas pelos técnicos de 10 Casas da Agricultura pertencentes à Regional Franca. Para falar sobre “Perspectivas de Mercado para o Café” foi convidado o pesquisador do Instituto de Economia Agrícola (IEA), Celso Vegro.

O projeto CATI Café teve início em 2006 por iniciativa da CATI Regional Franca. Na ocasião foram implantadas propriedades-piloto em cada um dos 13 municípios da Re-gional. Atualmente, 52 propriedades são assistidas e acom-panhadas pelos técnicos das Casas da Agricultura, tanto na área técnica quanto de gestão, com destaque para custos de produção. “Pelos resultados apresentados, percebemos, hoje, que um grande diferencial de custo está na adoção da colheita mecanizada em relação à colheita manual”, conta o diretor da CATI Regional Franca, Pedro Avelar.

O CATI Café tem tido uma boa aceitação pelos agri-cultores. A Regional Franca conta com 57 mil hectares de cafeeiros plantados e é conhecida como uma das mais im-portantes regiões produtoras do Estado de São Paulo, ofe-recendo um café tipo exportação, de alta qualidade.

Celso Vegro, pesquisador do Instituto de Economia AgrícolaA

FOTO

: Divu

lgaç

ão C

ATI /

SA

A

Page 20: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

20NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

CAFÉ

Nitrogênio de liberação lenta faz sucesso em cafezais de SP e MG

Pioneira em nutrição de plan-tas e com forte atuação nas la-vouras de café nas regiões da Alta Mogiana, Sul de Minas

Gerais e Triângulo Mineiro, a Nutri-plant apresenta uma ampla variedade de produtos, como micronutrientes de solo (FTE), foliares líquidos, foli-ares sólidos, fosfi tos, organominerais, cobalto e molibdênio, sais e produtos para fertirrigação. Além do café, os produtos Nutriplant também são mui-to utilizados em lavouras de eucalipto e de citros.

Na região de Franca (SP), uma das empresas parceiras da Nutriplant é a Casa das Sementes, tradicional reven-da de produtos agrícolas em diversos setores. A Nutriplant leva aos cafeicul-tores da região um programa completo de nutrição via solo (FTE e Endurene), complementado com produtos foliares de alta tecnologia.

De acordo com o Engº Agrôno-mo Fernando Jardine, supervisor de

vendas da Nutriplant, a empresa vem trabalhando com o Endurene na região da Alta Mogiana há dez anos, compro-

vando que o produto é garantido e já conquistou a confi ança dos cafeicul-tores. “O Endurene é um fertilizante de aplicação via solo, composto de ni-trogênio com moderna fonte de libera-ção lenta, além de fósforo, magnésio, boro e zinco. É muito mais nutrição e efi ciência. O Endurene é a fonte mais efi ciente em fornecimento gradativo de nitrogênio à planta”, explica Jar-dine.

Segundo ele, a liberação lenta re-duz a perda de nitrogênio por volati-lização e lixiviação; reduz a queima das raízes pelo contato do fertilizante ni-trogenado; fornece nitrogênio por até 8 meses; além de reduzir considera-velmente os custos operacionais. “Uma única aplicação garante maior resistên-cia da planta às condições de estresse hídrico.

Os principais adubos nitrogena-dos presentes no mercado apresentam algumas limitações no seu uso, como o alto poder de acidifi cação (caso do sul-fato de amônio), alta higroscopicidade (caso do nitrato de amônio) e elevadas perdas de Nitrogênio por volatilização (caso da uréia). Ocorrem ainda perdas de nitrogênio por erosão do solo, lixi-viação (em profundidade), imobili-

FOTO

: Fer

nand

o Ja

rdin

e

Page 21: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

21NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.brCAFÉ

A

zação e desnitrifi cação (perdas gaso-sas).

A utilização do Endurene tem mostrado excelentes resultados nas principais regiões cafeeiras do país. Seja através da aplicação no substrato na formação das mudas; seja em mistu-ras bem efetivadas na cova de plantio; ou ainda em aplicações localizadas em lavouras com 1 ano.

A liberação gradativa do ni-trogênio é o fator preponderante para este sucesso. “A fonte de nitrogênio sofre reação química com um produto diferenciado, conferindo proteção ao

nitrogênio e disponibilização lenta deste através da decom-posição bioquímica”, explica Jardine.

Com isto, o aproveitamento pelas plantas é superior quan-do comparado às outras fontes de nitrogênio.

“O cafeicultor deve fi car atento com o nitrogênio. Ele tem papel fundamental para o aumento da área foliar da planta e também na formação dos botões fl orais. Com isto, é fácil de-tectar se falta nitrogênio em sua lavoura. Sua defi ciência é mais observada nas folhas e na fase de granação.

Fernando Jardine em experimento com Endurene em plantio de café.

FOTO

S: F

erna

ndo

Jard

ine

Page 22: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

22NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

CAFÉ

Um raio-X do mercado italiano de café

O italiano Vincenzo Sandalj esteve re-centemente no Brasil e proferiu palestra

para empresários e exportadores de café no Rio de Janeiro (RJ). Foi uma aula magna sobre um dos mercados de café mais exi-gentes e tradicionais do mundo. Ex-presidente (2003-2004) da Associação de Cafés Especiais da Europa e atualmente à frente da mais antiga associação de café da Itália, a Associação de Café de Triste, Sandalj é uma das maiores sumidades no segmento de cafés especiais hoje no Velho Conti-nente.

Ele explicou que as pro-fundas diferenças subjetivas dos mercados europeus difi cultam a existência de uma defi nição pre-cisa sobre o que seria um café es-pecial. Cada país tem seus gostos e tendências, o que faz da Europa um “blend peculiar de diferentes tradições”.

No norte da Europa, os consumidores preferem o café fi ltrado, na Itália toma-se espresso, o café turco ainda pre-domina no sudeste europeu, e todos apresentam diferentes níveis de torra e métodos de extração (mais concentrados ou menos). A preferência dos consumidores, ressalta Sandalj, que determinará a criação de nichos para cafés especiais em cada um desses mercados.

O café espresso nasceu na Itália dos anos 50, vindo a se popularizar por toda Europa apenas nos anos 90. Atual-mente, o espresso corresponde a 30% do café consumido no país. Os outros 70% são preparados na chamada “cafeteira italiana”, que na Itália é apelidada simplesmente de “Moka”,

ou “macchinetta”.Atualmente, o mercado

italiano é dividido em três zonas, que apresentam características de consumo bem distintas, atendidas por aproximadamente 1.000 in-dústrias de torrefação.

No norte, a torração é mais leve e a extração do café na xícara é mais longa (café menos concen-trado). O consumo de cafés com leite, como macchiato e cappuc-cino, é muito popular. Há muitos blends com 100% arábica, e ou-tros com pequeno percentual de robusta. Raro encontrar um blend 100% robusta no norte da Itália. Há também uma preferência por cafés mais ácidos em direção ao noroeste, enquanto o nordeste do país gosta de blends mais doces.

Na região central da Itália, o percentual de robusta usado nos blends começa a subir, atingindo 50% em Roma.

A torração é mais escura e o nível de extração, mais concentrado. Uma camada espessa de espuma torna-se im-portante na medida em que desce o país em direção ao sul, enquanto o uso de leite cai substancialmente. O consumo de café fora de casa é maior do que no norte.

No sul do país, a torração é bastante escura e o espresso muito concentrado (ristretto). A espuma do café deve ser mais grossa que o próprio líquido, de maneira que o açúcar fl utue sobre ela sem afundar. O uso de leite é quase irrele-vante, e os blends tem predominância do café robusta, sendo muito comum os que apresentam até 100% da variedade. O consumo de café em bares é o dobro em relação ao norte.

O principal ingrediente dos blends usados em toda Itália é o arábica natural do Brasil, ao qual se acres-centam arábicas lavados e robustas. Os arábicas brasileiros e o café robusta possuem cerca de 37%, cada um, do mercado italiano; o restante é supri-do por arábicas lavados. Este tem sido um padrão constante desde o início do consumo de espresso no país, aceito em todas as regiões, com poucas diferenças. Corpo e doçura são as características mais apreciadas num clássico espresso italiano, sendo esta a razão pela qual o grão brasileiro é tão estimado.

Os aromas de amêndoas, avelãs, cacau, choco-late e mel, típicos dos melhores arábicas brasileiros, são hoje muito procurados pelos consumidores mais especializados.

Durante muito tempo, observou Sandalj, os cafés de forte acidez foram considerados inade-quados para um blend italiano tradicional, mas a crescente sofi sticação dos consumidores levou tor-radores a quebrarem várias regras.

Sandalj ressaltou ainda que enquanto outros países consideram o Brasil um mero fornecedor de cafés convencionais, os importadores italia-

GRÁ

FICO

: Rev

ista

do C

afé

Page 23: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

23NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.brCAFÉ

A

nos tem visto o país como uma de suas principais fontes de cafés fi nos. “Os italianos foram os primeiros a mandar uma mensagem clara aos brasileiros, e para o resto do mundo: os cafés naturais também podem ser os melhores gourmet”, lembrou.

Nos últimos tempos, porém, tem havido algumas mu-danças no mercado italiano de cafés gourmet. Em linha com as tendências internacionais, alguns torradores ampliaram o percentual de arábicas lavados em seus blends. Robustas la-vados também vem sendo bastante procurados por algumas indústrias. “Infelizmente, existem poucas fontes de robusta lavado no mundo”, observou.

Sandalj observou que os cafés chamados “éticos”, “orgânicos” ou “sustentáveis” tem um mercado reduzido na Itália, onde o sabor continua sendo o principal chama-riz. Entretanto, em divergência com a tradição italiana de fazer blends com várias origens, o mercado de espresso tem começado a aceitar alguns cafés de origem única.

Existem hoje na Itália cerca de 130 mil bares onde se pode beber café espresso. Mas a tendência do consumo fora de casa tem sido declinante, por causa do surgimento das máquinas caseiras, sobretudo do tipo com “pods”, ou cápsu-las, cujo consumo tem crescido em 20% ao ano e já responde por 5% do consumo total na Itália. O consumo fora de casa, em termos de quantidade, caiu de 30% para abaixo de 20% nos últimos 20 anos.

O consumo de cafés especiais, de maneira geral, tem crescido de maneira muito forte na Europa, mas especial-mente na Itália, que lidera esse segmento. Sandalj lembrou que a Itália é hoje uma grande re-exportadora de cafés torra-dos, tendo embarcado no ano passado 2,35 milhões de sacas. A importação total de café em 2010 foi de 8,25 milhões de

sacas, sendo que 6 milhões foram consumidas internamente.O mercado de cafés especiais é calculado ofi cialmente

em 25% do consumo total no país, mas na opinião de San-dalj este número é exagerado, e um percentual mais realista seria de 10%. O mercado de café no país, considerando os 1.000 torrefadores e 100 fábricas de máquinas de café espres-so, movimenta hoje cerca de 3 trilhões de euros por ano na Itália. (Fonte: Revista do Café - www.cccrj.com.br)

FOTO

: Rev

ista

do C

afé

Page 24: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

24NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

CAFÉ

Café naturalmente sem cafeína

Em 1963, a FAO, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para Agricultura e Alimentação, organizou uma expedição com pesquisadores de diversas partes do mundo à Etiópia, que tinha en-

tre seus objetivos a preservação do ‘AC’, uma variedade de café arábica naturalmente descafeinada e que corria risco de extinção. Os membros brasileiros da missão trouxeram se-mentes e mudas da variedade para estudá-la mais de perto, mas o ‘AC’ apresentou baixíssima produtividade nas terras brasileiras, o que desestimulou novas investigações.

Agora, quase 50 anos depois da expedição pioneira, pesquisadores do IAC (Instituto Agronômico de Campi-nas) e da UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) puderam enfi m fazer com que o País produza café natural-mente descafeinado.

Persistência - ‘Procurar uma agulha no palheiro’. A expressão popular resume bem o árduo trabalho da Engª Agrônoma Maria Bernadete Silvarolla, pesquisadora do IAC (Instituto Agronômico de Campinas), que a levou a uma descoberta capaz de transformar a economia brasileira.

Você sabia que 10% do café consumido no mundo é descafeinado? Isso signifi ca que, por ano, aproximadamente 13,4 milhões de sacas de 60 quilos de café passam pelo pro-cesso de retirada da cafeína.

Com base nesse fato, em 1999, Maria Bernadete Sil-varolla iniciou uma pesquisa em busca de um pé de café naturalmente sem cafeína. “Eu propus avaliar introduções de café arábica recebidas da Costa Rica, mas provenientes da Etiópia”, diz Maria Bernardete.

Para isso, ela recorreu ao banco de germoplasma do IAC, uma espécie de “arquivo vivo” com mais de 100 mil plantas de café de diferentes variedades e procedências: África, Ásia, América Latina, entre outras regiões. O foco da busca foi um lote de café arábica com três mil cultivares.

Desde os anos 80, a equipe do melhorista de café Al-cides Carvalho, da qual Bernadete fazia parte, tentava obter uma planta naturalmente descafeinada através de hibridiza-ção. Os pesquisadores cruzavam o cultivar da família Arábi-

Maria Silvarolla, pesquisadora do IAC, mostra pés de café naturalmente sem cafeína.

ca, considerado o de melhor qualidade e do qual é feito o café que consumimos, com os de outras famílias com teor de cafeína reduzido. Só que estes rendiam uma bebida pouco palatável.

No fi m dos anos 90, à frente da pesquisa no IAC com o pesquisador Luiz Carlos Fazuoli e com a ajuda do pesqui-sador Paulo Mazzafera, que desenvolvia o projeto pela Uni-versidade Estadual de Campinas (Unicamp), a engenheira conseguiu recursos com o Consórcio Brasileiro de Pesquisa do Café para dar início à busca pela muda descafeinada.

Foram cinco exaustivos anos de pesquisa em labo-ratório avaliando a quantidade de cafeína presente nos grãos. Maria Bernadete estava quase desistindo, tinha avali-ado 80% do repertório, quando encontrou três exemplares potencialmente promissores para o objetivo do trabalho.

As sementes destes pés de café apresentaram apenas 0,07% de cafeína, enquanto o grão descafeinado industrial-mente possui 0,1% e o grão normal 1%. E elas estavam ali desde a década de 70. “Para nós, estes casos são mutações, fenômenos espontâneos na natureza”, diz Maria Bernadete.

Como os cultivares encon-trados apresentavam baixo vigor, a equipe decidiu fazer melhora-mento genético para aumentar a produtividade. “Usamos a técnica de induzir uma modifi cação no DNA de uma planta já existente. Sementes do cafeeiro comercial Catuaí Vermelho tiveram seus códigos genéticos alterados por dois tipos de agentes químicos e foram germinadas para dar ori-gem a nova planta.

No estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi analisada a presença ou não de cafeína em cerca de 28 mil plantas resultantes da germina-ção desenvolvida. A nova espé-cie não apresentou o composto e pode ser uma alternativa

FOTO

: Divu

lgaç

ão IA

C

Page 25: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

25NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.brCAFÉ

Os pesquisadores Bernadete Silvarolla e Luiz Carlos Fazuoli, do IAC, e Paulo Mazzafera, da Uni-camp, no banco de café do Centro de Café ‘Alcides Carvalho’

na produção desse tipo de bebida.Mas a pesquisa mostrou que o me-

lhoramento genético será difícil. “O gene que permite esta baixa dose de cafeína é bem recessivo, teremos que fazer diversos cruzamentos para chegarmos a uma linha inteira com a mutação. São os segredos da biologia”, explica Silvarolla.

A pesquisadora estima ser necessário ainda mais sete ou oito anos para se chegar a uma variedade comercialmente viável.

O problema é que demora. Do plantio da semente do café aos primeiros frutos, são quatro anos. De acordo com a pesquisadora, seriam necessárias, pelo menos, mais três ou quatro gerações da planta para obter o resultado esperado. Mas o fi nanciamento FINEP termina em neste ano. - Vamos continuar correndo atrás de recursos. Podemos atingir nosso objetivo em 12 anos se conseguirmos manter as pesquisa. Caso contrário, colo-que mais uns 40 anos aí”, afi rma.

Atualmente, a pesquisa liderada por Maria Bernadete conta com quatro pesquisadores de tempo integral e seis de tempo parcial. Quando o estudo estiver fi nalizado e as cul-tivares liberadas para o cultivo comercial, os cafeicultores terão uma opção de café de maior valor agregado, o que deve ser interessante, sobretudo, para os pequenos agricultores.

De qualquer forma, a descoberta é um trunfo guardado a sete chaves pelo IAC. Isso porque o café sem cafeína tem o mesmo gosto do café normal, enquanto o descafeinado in-dustrialmente não conserva o mesmo aroma e sabor. Além

disso, embora no Brasil o mercado de descafeinado seja me-nos de 1% das vendas, no mundo a porcentagem é 10% e nos EUA alcança 20%. Além disso, a população mundial está crescendo, o que deve elevar o consumo de café.

Quem também vai gostar da novidade são as pessoas que por algum motivo têm restrição à cafeína ou extrema sensibilidade à substância, a ponto de precisar evitar a bebi-da após certo horário para não prejudicar o sono. Esse grupo poderá comemorar tomando uma xicrinha de café minutos antes de se deitar.

A

FOTO

: Divu

lgaç

ão IA

C

Page 26: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

26NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

CAFÉ

A empresária Célia Aparecida da Silva Souza (Monte Alegre Soluções Con-tábeis) e o marido, Luiz Ferreira.

Fábio Ruellas, classifi cador, degustador e consultor em qualidade de café, foi um dos jurados a avaliar as amostras inscritas no 9º Concurso de Qualidade do Café da Alta Mogiana. Com uma atuação reconhe-

cida nacionalmente, Ruellas destacou a qualidade dos grãos e a organização do evento realizado em outubro pela AMSC (Associação dos Produtores de Cafés Especiais da Alta Mo-giana).

O Concurso recebeu cerca de 160 amostras em três categorias: café arábica preparado por via seca (café natu-ral), café arábica preparado por via úmida (cereja descascado ou despolpado) e micro lote, preparado em qualquer forma, proveniente de propriedade com até 10 hectares de área to-tal. “Encontrei excelentes cafés com notas altíssimas em aro-ma e sabor, e em outros atributos como doçura. Esta região produz grãos com qualidade muito boa. Os cafés que provei aqui estão entre os melhores da safra 2012”, afi rma Ruellas.

O consultor também chamou atenção para as caracte-rísticas e a qualidade dos grãos produzidos na Alta Mogiana. “É uma região com clima muito bom para este cultivo. Os cafés da Alta Mogiana são muito doces e com corpo avelu-dado. Vejo isso com uma vantagem competitiva, até porque doçura é um importante ponto na classifi cação”.

Para Ruellas o principal atrativo do Concurso pro-movido pela AMSC é a aposta no produtor. “Quase todos os concursos usam os mesmos critérios de avaliação. Aqui, o grande diferencial é a valorização do profi ssional”, diz.

‘Os cafés que provei no Concurso da AMSC estão entre os melhores desta safra’, afi rma consultor

O cafeicultor José Luiz S. Palma (Altinópolis/SP) recebe premiação das mãos de Gabriel Mei Alves de Oliveira, observados por André Luiz Cunha (presidente da AMSC) e Milton Cerqueira Pucci (diretor da AMSC). José Luiz foi o destaque do 9º Concurso da AMSC. Conquistou o 1º lugar na categoria Café Natural e fi cou em 2º lugar na categoria Cereja Descascado.

Silvia Cunha (Cooperfran), o marido Júnior e a fi lha Júlia.

concursos usam os mesmos critérios de avaliação. Aqui, o A

FOTO

S: E

dito

ra A

ttale

a

Page 27: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

27NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.brCAFÉ

A revista Globo Rural realizou no fi nal de outubro a sétima edição do prêmio Melhores do Agronegó-cio. O evento, que ocorreu no hotel Unique, em São Paulo (SP), premiou as empresas mais des-

tacadas em 30 segmentos do agronegócio.A grande campeã da noite, eleita entre as vencedoras

de todas as categorias, foi a cooperativa paranaense COAMO, que também levou um troféu por sua performance como In-dústria de Soja e Óleos. Também estiveram presentes a se-nadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a secretária es-tadual de Agricultura de São Paulo, Mônika Bergamaschi, que afi rmou que “premiar o agronegócio é premiar a com-petitividade e a efi ciência”.

A CBI Agropecuária (que integra o Grupo CBI Brasil) conquistou o prêmio Melhor do Agronegócio 2011 na cate-goria “Grãos”. “Temos a expectativa de elevar a produção em 2012”, diz o presidente do Grupo CBI Brasil, Paulo Eduardo Ribeiro Maciel.

O ciclo de alta do café estimulou a CBI Agropecuária a concentrar recursos na ampliação e na melhoria da quali-dade de sua produção do grão. Entre 2010 e 2011, o preço da saca exportada teve valorização superior a 40%, o que mo-tivou a empresa familiar a continuar investindo na cultura, que já faz parte de sua história há mais de 30 anos.

Neste ano, fatores climáticos e redução do número de fazendas da empresa afetaram a produção de café, que fi cou aquém do esperado. Por ser uma cultura bianual, em 2012, a colheita será naturalmente maior, quando os resultados da atividade deverão ser ainda melhores.

A CBI também contará com signifi cativa redução dos custos nas próximas safras, proporcionada pela maior me-canização e sistematização da cultura. As exportações de café corresponderam a 45% do total do faturamento do grupo. Depois vêm as fl orestas de eucalipto e sua industria-lização (35%). Seguem-se as atividades imobiliárias (13%) e a pecuária (7%).

A empresa tem 350 hectares ocupados com lavouras de café em cinco fazendas – duas em São Paulo e três em Minas Gerais. As áreas de fazenda que não estavam sendo utilizadas com café foram refl orestadas com eucaliptos. “A combina-ção tem se mostrado fantástica”, afi rma Maciel.

Melhor do Agronegócio: CBI Agropecuária fatura prêmio na categoria ‘Grãos’

Paulo Eduardo Ribeiro Maciel, diretor da CBI Agropecuária, recebe prêmio das mãos de Frederic Zoghaib, diretor-geral da Editora Globo.

Os cafeicultores Paulo Maciel e a esposa Rita Maciel (diretores da CBI Ag-ropecuária), ao lado de Mônika Bergamaschi (Secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo) e de Gabriel A. Mei Alves de Olivei-ra (diretor da AMSC - Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana)

com café foram refl orestadas com eucaliptos. “A combina-A

FOTO

S: D

ivulg

ação

Edi

tora

Glo

bo

Page 28: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

28NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

CAFÉ

A

Produtores de café de Guarané-sia (MG) têm sido estimulados a participar de cursos gratuitos do SENAR MINAS (Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural) sobre Manejo Integrado de Pragas e Doenças. A idéia é minimizar os pro-blemas nas lavouras de café, pois com o aprendizado há identifi cação mais rá-pida dos males na lavoura que podem evitar perdas futuras.

A iniciativa é do engenheiro agrônomo Antonio Carlos Fidélis, do Departamento Técnico da Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicul-tores de Guaxupé), Núcleo de Guarané-sia. Ele começou a incentivar os produ-tores cooperados a participarem dos cursos justamente para que eles saibam identifi car, antecipadamente, pragas e doenças e solicitem ajuda prévia a téc-nicos e profi ssionais da área.

“Nosso objetivo é evitar perdas ou desperdícios nas fazendas de café por meio do monitoramento. Os cursos do SENAR são uma ferramenta para este controle, pois funcionários de fa-

Cursos sobre Manejo de Pragas e Doenças minimizam perdas em fazendas de café em Guaranésia (MG)

zendas e os produtores saberão identifi car as pragas e doenças com mais facilidade e rapidez”, explicou Fidélis.

Conforme ele, as pragas mais comuns nas lavouras cafeeiras da região são o bicho mineiro, ácaros vermelhos e cigarras. Entre as doenças, estão a ferrugem, Cercospora, Pho-ma, Ascochyta e Pseudomonas. “Os cursos do SENAR ajudam muito no processo de manejo por ter boa metodologia para o público alvo, além de linguagem fácil e aprendizado prático. Os temas dos treinamentos são perfeitos para identifi cação das pragas e doenças e trazem atualização sobre o assunto. Sem falar que os cursos não têm custo para o produtor”, ressal-tou o técnico.

Neste ano, o convênio SENAR/Cooxupé já realizou dois treinamentos para 18 propri-etários de fazendas em Guaranésia. Fidélis conta que já teve retorno positivo de alguns funcionários solicitando orientação sobre o aparecimento de pragas e doenças nos pés de café. “Produtores que já fi zeram o curso vêm conversar de maneira diferente, com infor-mação embasada na identifi cação das pragas e doenças. Eles também já sabem fazer amostra-gens, apurar nível de danos no cafezal e tomar decisões, antes só realizadas na presença dos técnicos”, afi rmou Fidélis. “Assim, eles adian-tam o processo e sabem direcionar o problema, observando se é necessário ou não uma inter-venção química”, completou.

Para ele, o conhecimento adquirido é bom para funcionários, proprietários e tam-bém para técnicos. Como a iniciativa tem surtido resultado, Fidélis já pensa em expan-dir o projeto para outras fazendas de cidades da região, como Guaxupé (MG) e até Mococa (SP).

Os cafezais podem ser vítimas de pragas e doenças, que prejudicam o grão e dão prejuízo ao produtor

FOTO

: Divu

lgaç

ão S

ENA

R/M

G

Page 29: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

29NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

CAFÉ

A

Receita cambial apresenta elevação

O relatório, divulgado no último dia 17 de novem-bro, pela Secretaria de Produção e Agroenergia,

do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comér-cio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior apresenta os números da receita cambial com exportação de café verde, solúvel, e torrado e moído.

O relatório apresenta elevação nos primeiros dez meses do ano em comparação com o mesmo período de 2010.

Café Verde - A receita cambial com exportação de café verde apresen-tou elevação de 62,85% nos primeiros dez meses do ano em comparação com o mesmo período de 2010. O fatura-mento alcançou US$ 6,452 bilhões ante US$ 3,962 bilhões. O volume embarca-do no período teve alta de 2,26%, para 1.466.487 toneladas ante 1.434.114 nos primeiros dez meses de 2010.

O preço médio de exportação teve elevação de 59,26% no período, de US$ 2.763 a tonelada para US$ 4.400/t. A receita cambial cresceu entre todos os 15 principais destinos do café verde brasileiro até outubro. Os destaques de alta, em termos porcentuais, foram: Coreia do Sul (96,38%), Países Baixos (76,98%) e Japão (75,96%).

O principal comprador de café verde brasileiro até outubro, em vo-lume, foram os Estados Unidos, que apresentaram aumento de 8,33% ante os primeiros dez meses de 2010. O segundo principal importador foi a

Alemanha (queda de 1,81%). Entre os principais compradores, teve cresci-mento porcentual signifi cativo o vo-lume embarcado para Países Baixos (24,63%) e Coréia do Sul (22,16%). Em termos porcentuais, houve queda no volume vendido para apenas cinco destinos, além da Alemanha: Sué-cia (-8,33%), Reino Unido (-5,88%), França (5,26%), Finlândia (-2,68%) e Argentina (-1,42%).

Café Solúvel - A receita cambial com exportação de café solúvel apre-sentou elevação de 22,18% nos primei-ros 10 meses do ano em relação ao mesmo período de 2010. Os industri-ais faturaram US$ 532,504 milhões em comparação com US$ 435,845 milhões entre janeiro e outubro do ano passado.

O país exportou no período 64.301 toneladas, com aumento de 1,10% em relação a 2010 (63.601 t). O preço médio fi cou em US$ 8.281 a tonelada, ante US$ 6.853/t em 2010, representando elevação de 20,85%.

Segundo o relatório, os Estados Unidos foram o principal do destino do café processado brasileiro nos primei-ros 10 meses do ano, com elevação de 22,91% em termos de receita sobre 2010. Mas também foi signifi cativo o aumento da receita, em termos por-centuais, para Finlândia (375,58%), Indonésia (129,10%) e Coreia do Sul (85,47%). Entre os 15 principais desti-nos do café processado brasileiro, ape-nas dois países tiveram redução em re-ceita cambial.

O desempenho foi negativo para Reino Unido (-40,62%) e Mianmar

(-2,60%).O principal comprador de café

solúvel brasileiro nos primeiros 10 me-ses do ano, em volume, foram os Es-tados Unidos, que apresentaram queda de 6,69% ante 2010. O segundo prin-cipal importador foi a Rússia (-6,53%). Em termos porcentuais, houve aumen-to signifi cativo no volume vendido para Finlândia (230,71%), Indonésia (91,87%) e Coreia do Sul (52,18%). O volume embarcado reduziu para cin-co destinos (além de Rússia e Estados Unidos), entre os 15 principais merca-dos: Reino Unido (-52,81%), Mianmar (-20,60%), Chile (-18,32%), Alemanha (-10,50%) e Bélgica (-4,59%).

Café Torrado e Moído - A receita cambial com exportação brasileira de café torrado e moído apresentou eleva-ção de 18,61% nos primeiros dez meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os industriais fatura-ram US$ 21,347 milhões em compara-ção com US$ 17,998 milhões em 2010.

O País exportou no período 3.001 toneladas do produto, com redução de 17,21% em relação ao ano anterior (3.625 t). O preço médio da tonelada no período fi cou em US$ 7.113/t, ante US$ 4.965/t, representando elevação de 43,27%.

Segundo o relatório, os Estados Unidos foram o principal destino do café processado brasileiro, com au-mento de 33,08%, em termos de re-ceita. O segundo principal mercado é a Itália (alta de 24,27%), seguida de Japão (21,55%) e Argentina (queda de 23,78%). (Fonte: Agência Estado).

Page 30: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

30NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

CAFÉ

Leandro Gomes Ribeiro Costa 1

Muito já se ouviu falar sobre a palavra HEDGE. O conceito está relacionado à proteção, ou seja, garantias de preços que são realizadas através das famosas operações a termo, das CPR’s fi -

nanceiras e físicas, swaps, bolsa de futuros e mercado de opções. Quando produtores utilizam-se destes instrumentos estão na verdade vendendo antecipadamente parte da safra futura com o objetivo de se livrar dos riscos de mercado. Desta forma, a prática do hedge não pode ser confundida como a melhor opção de negócio, mas sim como uma al-ternativa para se alcançar as melhores médias de preços do mercado de café e de outras commodities.

Na contramão deste conceito, a especulação faz parte da vida dos seres humanos desde a sua origem e, por isso, sempre se especula com alguma coisa, com preço, com produtos, com caminhos a serem tomados, enfi m, em tudo sempre tem uma boa dose de especulação. Quanto ao merca-do de café, esta situação não é diferente. Aqueles que espe-ram por momentos oportunos de venda são os que acreditam em melhores vantagens em relação a este mercado. No caso do café e de outras commodities como milho, soja, açúcar, etc., deve se ter o cuidado para que, em função de uma espe-culação excessiva, não se perca o famoso “time de mercado”, ou seja, o “cavalo arriado”, sinônimo de hora certa de venda.

Infelizmente, em função da complexidade dos movi-mentos do mercado de café, passa a ser muito difícil dizer

Café & Hedge: é bom quando não convém!

qual é o melhor momento. A verdade é que cada um tem o seu, por isso sempre desconfi e dos gurus e videntes que fazem previsões e criam muitas expectativas sobre este as-sunto. Desta forma, livre-se do excesso de risco fazendo e praticando o hedge da sua produção.

Muitas vezes o hedge é compreendido como a venda antecipada de toda a safra, mas na verdade o hedge é a práti-ca da comercialização antecipada de um pequeno percentual daquilo que se irá colher no futuro, isto porque no mercado de café não existe apenas o risco de mercado, mas também os riscos operacionais, os riscos climáticos e outros que in-fl uenciam a produtividade e a produção. Enfi m, a prática do hedge é justamente para que o produtor não fi que com 100% do risco do mercado em suas mãos. Desta forma, e de acordo com este conceito, o produtor deve torcer sempre para errar nestas operações de venda futura, pois representam muito pouco mediante aquilo que eles ainda irão comercializar.

Contudo, o mercado de café é dinâmico, refl ete os sa-bores e dissabores de outros mercados mundiais e por isto as oportunidades são construídas e destruídas todos os dias. Desta forma, pode-se afi rmar que o hedge é uma prática que deve ser utilizada quando tudo está indo bem, quando os preços estão altos, talvez prometendo até novos e melhores patamares. Quando esta oportunidade passar, os preços fu-turos também não serão os melhores e as bases oferecidas pelas trades e outros agentes do mercado já não serão condi-zentes com aquilo que se esperava.

Embora a prática da comercialização seja única para cada realidade, seguem algumas sugestões interessantes para lidar com este mercado bonito, mas perigoso; confi ante, mas inesperado; e, muitas vezes, rentável, mas volátil:

1º) - utilize os instrumentos de hedge para proteger a safra futura contra inesperadas quedas de mercado;

2º) - utilize a CPR como um instrumento de hedge e custeio;

3º) - comprometa, na melhor situação, o máximo de 40% da safra futura, não mais;

4º) - se estiver muito confi ante em relação ao mercado, faça uma operação com uso do mercado de opções, é mais barato do que carregar o arrependimento e o prejuízo no futuro;

5º) - comprometa o café que está habituado a fazer, ou seja, se produz tipo 6/7 não se comprometa a entregar tipo 6;

6º) - observe as datas de colheita e fi nalização dos cafés para que os compromissos sejam cumpridos antes do prazo de vencimento;

7º) - o hedge é bom quando você não precisa vender, quando precisar já não será um bom negócio;

8º) - lembre-se que o mercado de café não é uma ilha, o mundo interfere constantemente nas bases de preço do seu negócio;

9º) - os fundamentos do mercado de café são bons, mas somente isto não garante manutenção de preço no mercado;

10º) - conheça seu custo de produção. Isso lhe ajudará a defi nir a hora das vendas.

Bons negócios!!!

1 - analista de mercado do Departamento de Café da Coccamig.

A

Page 31: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

31NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

Eucalipto: opção de renda para o pequeno produtor rural

SILVICULTURA

A maioria das espécies plantadas no Brasil apresenta um crescimento rápido, produz grande quanti-dade de madeira e subprodutos e tem fácil adapta-ção. Como toda plantação, ele necessita de certos

cuidados para sua boa produção e desenvolvimento. Plan-tá-lo é uma alternativa excelente de renda para produtores rurais, especialmente onde há demanda para seus produtos. O eucalipto, quando cultivado de maneira correta e respon-sável, interage com a natureza e ainda oferece inúmeros benefícios ao homem.

Para falar sobre o plantio de eucalipto como opção de renda para o pequeno produtor, o Prosa Rural desta semana recebe os pesquisadores da Embrapa Florestas (Colombo/PR), Antônio Bellote e Wilson Reis Filho.

Os plantios de eucaliptos normalmente têm como ob-jetivo a produção de madeira para usos múltiplos, como por exemplo: celulose, lenha, carvão, estacas, moirões e outros. É fundamental considerar a região e a localização da área a ser plantada, uma vez que a distância da área de produção e o mercado consumidor podem implicar em maiores custos de transporte e, assim, diminuir a sua renda.

Fatores que podem infl uenciar na decisão são os preços pagos pela madeira e subprodutos na época do plantio e no futuro. Tomada essa decisão , recomenda-se considerar qual o destino da madeira e subprodutos, se é para lenha, carvão, celulose e papel, serraria, móveis ou outros usos.

Feito isso, para garantir o sucesso das plantações é im-portante considerar as condições de solo, clima, região, e com base nas informações técnicas necessárias como as de instituições de assistência técnica ou pesquisa, escolher as espécies de eucalipto que são mais indicadas para a região, propriedade rural e aos interesses e objetivos dos plantios.

“Os cuidados com o plantio do eucalipto vão desde o planejamento até a colheita. Primeiro, é preciso saber qual é a fi nalidade de uso para essa madeira, se é para a lenha, para a produção de carvão, para o uso em construção, serrarias ou qualquer outro uso. Defi nido isso, nós devemos nos preo-cupar com a escolha do local de plantio, com o preparo do solo, a adubação, a aquisição de mudas para plantio. Enfi m,

cuidados semelhantes àqueles que temos quando plantamos uma cultura agrícola”, destaca Bellote, durante sua partici-pação no Prosa Rural.

Segundo Bellote, o êxito na implantação de plantios de eucalipto depende, em grande parte, do padrão de qualidade das mudas plantadas, que, além de resistirem às condições adversas do local de plantio defi nitivo, deverão sobreviver e, por fi m, crescer satisfatoriamente, resultando em boas produtividades.

“Mudas de boa qualidade e também de boa procedên-cia são garantia de um plantio de sucesso. Por isso, quando o produtor for adquirir as mudas ele deve ter todo o cuida-do possível. Sugerimos que procure a extensão rural da sua região e solicite orientações para a compra”, ressalta.

São vários os fatores que infl uenciam a sobrevivên-cia das mudas no início do plantio, como a habilidade dos operários durante o plantio; a fi rmeza do solo ao redor das raízes e a profundidade das covas; as condições meteorológi-cas após o plantio; condições desfavoráveis do solo, como superfície alagada ou erosão; ataque de formigas, cupins ou fungos; competição de ervas daninhas. (Fonte: Embrapa Flo-restas). A

FOTO

: Edi

tora

Atta

lea

Page 32: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

32NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

DESTAQUE

A

21º Encontro Anual de Engº Agrônomos de Franca premia João Augusto Dedemo do Prado

João Dedemo (diretor da Dedeagro), entre a fi lha, Drielli Oliviera Dedemo e a esposa Lúcia Helena Oliveira Dedemo

Em noite festiva, os profi ssio-nais Engenheiros Agrônomos comemoraram o seu dia no Salão do Agabê, em Franca (SP).

Foi o 21º Encontro Anual de Engenhei-ros Agrônomos de Franca e Região, que contou com a participação de 300 pes-soas de Franca (SP), Restinga (SP), Pa-trocínio Paulista (SP), Altinópolis (SP), Igarapava (SP), Pedregulho (SP), Jeri-quara (SP), Ribeirão Preto (SP), Cristais Paulista (SP), São Joaquim da Barra (SP), Ituverava (SP), Batatais (SP), Cássia (MG) e Capetinga (MG).

O evento deste ano premiou João Augusto Dedemo do Prado o Engen-heiro Agrônomo 2011. João Dedemo é diretor da Dedeagro Comércio e Repre-sentações de Produtos Agrícolas, tradi-cional revenda de Franca (SP). Formado em 1984 pela Universidade Federal de Viçosa (MG), João Dedemo foi escolhi-do por voto direto, através da internet

Ao lado da esposa Lucia Helena, João Augusto Dedemo do Prado recebe a premiação de Engº Agrôno-mo de 2011 das mãos de Roberto Maegawa, representando a Comissão Organizadora do evento.

(uma inovação neste ano), com 24,56% dos votos, superando outras 24 indicações.

Fizeram parte da Comissão Organizadora 2011: Ro-berto Maegawa (Cocapec), Alex Kobal (Biolimp), Márcio Figueiredo (Cati), Belquice Rodrigues (Colégio Agrícola), Ivam Mendonça (Dedeagro), Antônio Rigolin Jr. (Casa das Sementes), Matheus Moscardini (autônomo), Lucas Giral-des (Casa do Café), Eder Viana (Laticínios Itambé), Paulo Peroni (Dedeagro), Pedro Avelar (Cati), Luciano Ferreira (Cocapec), Gisele Avelar (Colégio Agrícola) e Carlos Aran-tes Corrêa (diretor da Revista Attalea Agronegócios). “Pelo sexto ano consecutivo, fi z parte da Comissão Organizadora deste evento. Acho que contribui o sufi ciente para a con-tinuidade do Encontro Anual. A partir de 2012, serei ape-nas um convidado. Agradeço e parabenizo a participação de

todas as empresas patrocinadoras nestes últimos anos, que compreenderam a proposta publicitária e contribuiram fi -nanceiramente para que o evento fosse o sucesso que é. De-sejo sorte aos próximos organizadores”, afi rma Arantes.

Os sinceros agradecimentos às empresas patrocina-doras: Fênix, Irrigare, Basf, Syngenta, Bayer CropScience, Bayer Florestal, All Plant, Cocapec, Vemafre Chevrolet, Arysta LifeScience, Dedeagro, Fafram, Sami Máquinas, Bol-sa Agronegócios, Bolsa Irriga, Uniagro, Calcário Itaú, Gecal, Coonai, Cooperfran, Monte Alegre Soluções Agrícolas, Casa das Sementes, Credicocapec, Oxiquimica, Realpec, Viveiro Pavão, Ihara, Campo & Flores, Sind. Rural de Pedregulho, Sind. Rural de Franca, Homeopatia Brasil, Embrafós, Fertec, Casa do Café, Camari, DuPont e Cafeeira Francana. (Todas as fotos no site www.revistadeagronegocios.com.br)

Alex Kobal (diretor da Biolimp e membro da Comissão Organiza-dora) parabeniza João Dedemo.

FOTO

S: M

arist

ella

Vila

s Bo

as

Page 33: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

33NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.brDESTAQUE

O Engº Agrônomo João Carlos Seixas (Técnico em Desenvolvimento de Mercado da BASF) e a esposa.

O Engº Agrônomo Luis Gustavo Monteiro de Andrade (Syngenta RTV-Café) e a esposa.

O Engº Agrônomo Márcio Lima Freitas (RTV Bayer CropScience) e família O Engº Agrônomo Renato Pádua Duarte (RTV Basf Café) e a esposa.

O Engº Agrônomo Allan de Menezes Lima e a esposa Sheila Lima (diretores da Bolsa Agronegócios)

O Engº Agrônomo André Siqueira Rodrigues Alves (diretor da Casa do Café) e a esposa.

FOTO

S: M

arist

ella

Vila

s Bo

as

Page 34: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

34NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br

Wesley do Carmo Araújo (diretor da Irrigare Sistemas de Irrigação) e a namorada.

Fernando Rodrigues Pavão (Diretor do Viveiro Pavão e ), a esposa e os fi lhos.

O casal de Engº Agrônomos Ana Elisa Gomes Nogueira e Ricardo Padovan Nogueira (diretores da Solução Terra)

André Ferreira (Consultor de Vendas da Vemafre, Concessionária Chevro-let em Franca/SP) e a esposa.

O Engº Agrônomo Luis Fernando Rodrigues Puccinelli e a esposa O Engº Agrônomo Albino João Rocchetti e a esposa

DESTAQUE

FOTO

S: M

arist

ella

Vila

s Bo

as

Page 35: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

35NOV / 2011

ww

w.revistadeagronegocios.com

.br

Do trabalho do homem àsubstituição pela máquina

artigo

Olivier Genevieve - presidente da ONG Sucre-Ethique e Professor na Escola de Comércio INSEEC. Lyon - Paris. [[email protected] / [email protected]]

Um dos grandes paradigmas do pensamento moderno é a herança marxista que o capital e o salário são as

ferramentas das nossas sociedades mo-dernas, como a oferta e a procura são ferramentas do mercado e o preço e a qualidade são ferramentas da escolha do consumidor. Estas duas forças es-tão ou em luta – a visão do socialismo científi co, ou seja, o comunismo – ou chegam à um equilíbrio – a visão do socialismo utópico, ou seja, a social-democracia, ou capitalismo light.

Desde o famoso livro “O Capi-tal” do Marx (1818-1883) escrito em 1867 como sendo a “consagração de uma vida de refl exão”, em cima da miséria da sociedade da época, o pro-gresso econômico juntou-se ao pro-gresso tecnológico. Todavia, o espírito de escatologia ou seja, fi m de mundo será sempre vivo. Desde Joaquim de Flores até hoje em dia, com o fi m do mundo previsto para o 21 de dezembro de 2012, segundo o Calendário Maia. A revolução marxista foi um aborto com a queda do Muro de Berlim em 1998 e o “sistema capitalista” saiu vitorioso a não ser em lugares exóticos como Cuba ou a Coréia do Norte ou “bastar-doso” como a China Continental. Será por-tanto que o capitalismo se curou de suas “con-tradições” como Marx escrevia e até da auto-destruição que Marx tenta explicar ao longo do livro “O Capital”?

Desde a época do Marx, será que hoje em dia o capital não seria sinônimo de tecnolo-gia? Uma máquina de

cortar cana - que pode retirar até 120 empregos - custa, pelo menos nova, uns R$ 1,1 milhão de reais. A pergun-ta de “sempre” é: o que vamos fazer dos homens? A solução do “sistema econômico” foi o Estado Providência que, inerentemente, tem defeito de efi ciência

No meu artigo de fevereiro de 2011 pela Revista Attalea Agronegó-cios (número 54), tinha comentado so-bre o movimento trabalhista chamado de lubbismo, que queria quebrar as maquinas acusando-as de destruir o ganha-pão deles. Com certeza uma das fontes de inspiraçao do Karl Marx foi este movimento. Todavia, com a crise mundial, o primeiro-ministro inglês James Came-ron procura saídas com uma reindustrialação do país. País de negociantes, fez fortuna com a troca de tecidos no século 19, após passar o sé-culo 20 sendo negociante de serviços. A crise que está abalando as econo-mias modernas e, sobretudo, o estado providência (welfare, em inglês, ou seja “o ogro fi lantrópico” do poeta mexica-no Octavio Paz) da antiga Europa não

tem mais fôlego por mais uma vez ter que correr ao socorro dos bancos, ou seja, do capitalismo.

O economista Schumpeter (1883 –1950) analisou o capitalismo como um fenômeno de criação/destruição: uma invenção retirava uma antiga e criava um novo mercado como, ao mesmo tempo, destruía um antigo. Ele explicava que o capitalismo tinha na história grupos de invenção provo-cando revoluções: da máquina a vapor de James Watts, ao motor à explosão e, mais recentemente, à Internet.

Conhecemos, sobretudo da Eu-ropa Ocidental a sociedades de lazer para uma maioria da populaçao. Foi a substuição das antigas zonas industriais por parques de diversão: a Disneylân-dia de Paris é um exemplo, entre ou-tros. Estas sociedades existiram por ter um pedestal do estado providência no qual o sistema capitalista podia achar os mercados. Esta superfície econômi-

ca está cada vez mais pequena com a crise do endividamento mundial.

A solução é, como sempre, a educação e o espírito não de lucro mas de criatividade. A educa-ção precisa de soluções adaptadas a uma forma de sociedade sustentável, ou seja, de gera ção de empregos e, para a cria-tividade, precisamos li-berá-la de um diagrama pré-formatado. Isso é o desafi o de cada geração de seres humanos para puxar o fi m do mundo, em fren-te, para um futuro. A

Page 36: Edição 63 - Revista de Agronegócios - Novembro/2011

36NOV / 2011

ww

w.re

vist

adea

gron

egoc

ios.

com

.br