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www.tribunafeirense.com.br R$ 1 ANO XIV - Nº 2.388 FEIRA DE SANTANA - SEXTA-FEIRA, 10 DE AGOSTO DE 2012 [email protected] ATENDIMENTO (75)3225-7500 5 e 6 7 4 8 MEC vai investigar escolas Denúncias de má execução de programas federais em escolas baianas levaram o MEC a vistoriar in loco a situação. De acordo com informações que chegaram à Direc 2 a inspeção deve ocorrer ainda este ano. Em Feira de Santana, já foram detectados problemas e a própria Diretoria Regional de Educação admite que alguns diretores de escolas têm dificuldade para gerir os recursos destinados ao programa Mais Educação, que visa transformar as escolas em tempo integral, mas vem sendo implantado precariamente. Uma ampla pesquisa eleitoral encomendada pela Tribuna Feirense está sendo realizada e será divulgada nas próximas edições. A pesquisa medirá intenção de votos, rejeição e vai investigar ainda que avaliação os feirenses fazem do governo estadual e municipal. São 22 quilômetros de aborrecimentos para quem é obrigado a passar pelo Anel de Contorno de Feira de Santana, cuja duplicação demora tanto que para alguns será inócua quando ocorrer, agora que o trecho, que deveria circundar a cidade foi absorvido pelo crescimento do município. É feio, muito feio o centro de Feira de Santana com barracas de ambulantes grandes como lojas, fixadas no chão da Sales Barbosa. Feita para ser um calçadão, portanto um espaço dedicado aos pedestres, a rua se transformou em “corredor polonês”. Não dá nem para um casal andar de mãos dadas. Até os representantes da categoria reconhecem que está demais. O presidente da Associação Comercial cobra providências. E os candidatos a prefeito pregam diálogo e convivência. Avenida de transtorno Pesquisa Tribuna Feirense Alunos e pais desconfiados Viagem ao centro da Feira Glauco Wanderley Imagem feita em um domingo, com o comércio fechado: centro favelizado e pouco espaço, mesmo com a rua vazia

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Jornal Tribuna Feirense, Feira de Santana

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Page 1: Edicao 10-08-12

www.tribunafeirense.com.br R$ 1ANO XIV - Nº 2.388FEIRA DE SANTANA - SEXTA-FEIRA, 10 DE AGOSTO DE 2012

[email protected] (75)3225-7500

5 e 6

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MEC vai investigar escolasDenúncias de má execução de programas federais em escolas baianas levaram o MEC a vistoriar in loco a situação. De acordo com informações que chegaram à Direc 2 a inspeção deve ocorrer ainda este ano. Em Feira de Santana, já foram detectados problemas e a própria Diretoria Regional de Educação admite que alguns diretores de escolas têm dificuldade para gerir os recursos destinados ao programa Mais Educação, que visa transformar as escolas em tempo integral, mas vem sendo implantado precariamente.

Uma ampla pesquisa eleitoral encomendada pela Tribuna Feirense está sendo realizada e será divulgada nas próximas edições. A pesquisa medirá intenção de votos, rejeição e vai investigar ainda que avaliação os feirenses fazem do governo estadual e municipal.

São 22 quilômetros de aborrecimentos para quem é obrigado a passar pelo Anel de Contorno de Feira de Santana, cuja duplicação demora tanto que para alguns será inócua quando ocorrer, agora que o trecho, que deveria circundar a cidade foi absorvido pelo crescimento do município.

É feio, muito feio o centro de Feira de Santana com barracas de ambulantes grandes como lojas, fixadas no chão da Sales Barbosa. Feita para ser um calçadão, portanto um espaço dedicado aos pedestres, a rua se transformou em “corredor polonês”. Não dá nem para um casal andar de mãos dadas. Até os representantes da categoria reconhecem que está demais. O presidente da Associação Comercial cobra providências. E os candidatos a prefeito pregam diálogo e convivência.

Avenida de transtorno

Pesquisa Tribuna Feirense

Alunos e pais desconfiados

Viagem ao centro da Feira

Glauco Wanderley

Imagem feita em um domingo, com o comércio fechado: centro favelizado e pouco espaço, mesmo com a rua vazia

Page 2: Edicao 10-08-12

2 Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012 política

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3Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012 opinião

Observató[email protected]

Valdomiro Silva

Alcione também desiste de candidatura,abandona Tarcízio e vai apoiar Ronaldo

Uma semana após o líder governista na Câmara, Maurício Carvalho, anunciar que não mais será candidato à reeleição e que estaria se afastando do mandato pelo período de 30 dias, mais um vereador surpreende os meios políticos, também desistindo de tentar a renovação do mandato no Poder Legislativo.

O veterano Alcione Cedraz, de quatro mandatos, não apenas desiste de buscar a quinta legislatura, mas também muda de candidato a prefeito. Em vez de apoiar Tarcízio Pimenta, que tentará a reeleição, o vereador filiado ao PSD retorna para o grupo do ex-prefeito José Ronaldo, que neste pleito de 7 de outubro coloca seu nome à apreciação do eleitorado para retornar ao Executivo.

Se a decisão de Maurício ocorreu de forma aparentemente pacífica, a de Alcione é cercada de polêmica. Houve reação da parte do deputado

federal Fernando Torres, presidente do PSD. Torres, que apoia Tarcízio, disse que Alcione teria traído o atual prefeito e que o vereador havia dado seu

aval à escolha do candidato do PSD ao Governo.

Alcione não diz abertamente, mas a conclusão a que se pode chegar de sua decisão é que o curto período de convivência com Fernando Torres no PSD não foi bem sucedido. O vereador havia deixado o DEM, que tem à frente em Feira de Santana o ex-prefeito Ronaldo. E agora, embora temporariamente permaneça no PSD, deverá deixar a legenda . Pode retornar para as hostes do Democratas.

Ao que tudo indica, Alcione vinha analisando a possibilidade de mudar de rumo nessas eleições há algumas semanas e Fernando Torres foi informado da possibilidade. Então, o deputado federal ameaçou, em entrevistas à imprensa, tirar-lhe a legenda, caso confirmasse que apoiaria

Ronaldo, em detrimento de Tarcízio, o candidato defendido pelo PSD.

O vereador, que aguardava uma reunião com o deputado para o dia seguinte, não gostou da pressão. Este teria sido o fato capital na decisão radical de mudar de candidato a prefeito e, consequentemente, a desistência da reeleição – afinal, tendo anunciado publicamente apoio a Ronaldo, ele não estaria confortável para concorrer em uma legenda aliada a Tarcízio.

Alcione Cedraz é o mais experiente político da atual legislatura, junto com o presidente da Casa, Ribeiro. São os de maior idade na atual composição da Câmara. Mas política costuma pregar peças até nos mais tarimbados. A troca do DEM pelo PSD, lá atrás, no final do prazo para filiações partidárias, acabou

não representando o que o vereador esperava. O diálogo com o líder do PSD parece não ter fluido bem, e há também algum sinal de arrependimento de Alcione em ter abandonado a antiga aliança com Ronaldo.

O vereador acaba ficando no prejuízo, ao menos momentâneo (não se sabe o resultado final, após a eleição de prefeito). Afinal, não poderá ser candidato à reeleição. Com seu potencial de votos, no DEM ou no PSD, por maior que fosse a concorrência, ele seria um dos mais fortes, com certeza. Agora, assiste ao pleito da arquibancada, embora deva se integrar com muita disposição à campanha do seu novo-velho candidato à cadeira de chefe do Executivo.

O prefeito Tarcízio Pimenta absorveu com tranquilidade essas duas defecções recentes em sua base.Nenhuma dúvida há que, depois dos próprios vereadores, que deixam forçosamente de ser candidatos, é o chefe do Executivo a outra parte mais prejudicada.

Alcione ainda não anunciou quem apoiará para vereador. Especula-se o nome do sargento Joel. Seguramente, ele não acompanhará Maurício Carvalho, que ao desistir de concorrer optou por defender uma candidatura do PDT de Tarcízio, a vereadora Eremita Mota. A tendência é que a escolha de Alcione contemple alguém do grupo de Ronaldo, provavelmente do DEM.

Tarcízio perde de uma só vez a possibilidade de reeleição de um dos vereadores que integravam sua base e votos que seriam em favor de sua própria vitória nas urnas.

Com Maurício, o prejuízo é menor, mas não deixa de ser considerável. O líder – ou seria ex-líder? – governista tentará transferir votos para sua colega Eremita, mas quanto a eleição de prefeito, que tanto o motivava até bem pouco tempo, ele nem sequer mencionou o nome de Tarcízio em seu discurso de “até mais”. Normalmente, deputados, senadores e vereadores se licenciam do mandato para que tenham mais tempo de se dedicar à campanha do seu candidato. Maurício se afasta inicialmente por 30 dias, mas não por esta razão, nem por motivo de

saúde. Justifica que é para tratar de assuntos pessoais.

Nos bastidores, o que se diz é que por não mais integrar a campanha do prefeito, faria parte da estratégia do vereador o afastamento da Câmara. Assim, bem ao seu estilo sutil, Maurício perderia vínculo com Tarcízio sem necessitar dos ruídos que causaria uma renúncia. Nesse caso, ele também não retornaria após os 30 dias ao mandato. Renovaria a licença, até passar a eleição.

Tarcízio parece estar confiante de manter o apoio de Maurício. Em entrevista à repórter Fátima Brandão, afirmou que a conversa entre eles foi nesse sentido. O fim do prazo deste primeiro período de afastamento e o que virá após certamente será suficiente para que se possa tirar conclusões.

Punição para dono de animalque causa acidente em rodovia

Prefeito confia no apoio de Maurício

A quarta-feira (8) foi marcada por uma tragédia em Feira de Santana. Um jovem industriário de 30 anos de idade perdeu a vida ao chocar-se, em sua motocicleta, com um cavalo, nas imediações do Parque de Exposições João Martins da Silva, na BR 324.

Aderbal perdeu a vida por uma causa estúpida: um animal atravessando o asfalto. Crônico problema enfrentado pelos motoristas, não apenas nas rodovias, mas também nas avenidas de Feira. É cena comum um equino ou bovino – nem vamos aqui falar dos cães - transitando nas pistas ou mesmo em pleno centro da cidade.

E porque isto acontece? Por causa da impunidade. O experiente delegado de polícia José Carlos das Neves diz que nunca teve notícia de algum dono de animal que respondesse a processo devido a acidente dessa natureza. Irresponsáveis que não sabem o valor da vida alheia insistem em soltar cavalos para perambular em busca de alimento ou por qualquer outra razão. O resultado são tragédias como a que se abate neste momento sobre a família do funcionário da Pepsi.

O delegado afirma que o responsável por tais acidentes nas estradas é o dono do animal, que deveria responder por homicídio culposo. Mas, diz ele, sequer o

proprietário do cavalo é identificado. Admite assim o policial, implicitamente, que não há empenho das autoridades nesse sentido.

Morre Aderbal e outros tantos vão sucumbir, pois animais continuarão sendo soltos de dia e de noite, para que surjam de surpresa, como o símbolo da morte, diante dos automóveis e motocicletas. É preciso que se faça algo. E a solução é procurar e prender o causador desse tipo de acidente, que deve responder pelo crime que cometeu, pois tinha pleno conhecimento do risco.

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4 Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

Fundado em 10.04.1999www.tribunafeirense.com.br / [email protected]: Valdomiro Silva - João Batista Cruz - Denivaldo Santos - Gildarte RamosEditor - Glauco Wanderley Diretor de Planejamento - César OliveiraDiretora Financeira - Márcia de Abreu SilvaEditoração eletrônica - Maria da Piedade dos Santos

Rua Quintino Bocaiuva - 701 - Ponto Central - CEP 44075-002 - Feira de Santana - PABX (75)3225.7500/3223.6180

OS TEXTOS ASSINADOS NESTE JORNAL SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES.

Lana Mattos

Os engarrafamentos diários na Avenida Eduardo Fróes da Mota, mais conhecida como Anel de Contorno, são um drama na vida de quem é obrigado a usar a rodovia, tomada pelo tráfego pesado de caminhões que se deslocam entre o Nordeste e o Sul do país.

O tráfego é intenso em quase toda a extensão dos 22 quilômetros do anel rodoviário, sendo mais lento no trecho entre o antigo Clube de Campo Cajueiro, no cruzamento com a BR 324, até a entrada da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), no bairro SIM. Ali o fluxo de 15 mil veículos por dia é 50% maior que na BR-116 Sul, conforme dados da Polícia Rodoviária Federal.

“O Anel de Contorno só flui onde é duplicado”, observa o empresário Bruno Lima, referindo-se ao pequeno trecho entre os viadutos da Cidade Nova e Maria Quitéria. Pontos de ultrapassagem não há, o que ajuda a complicar o deslocamento. Bruno entende que os

22 quilômetros de trânsito congestionado

comerciantes instalados na área estão sendo prejudicados. “Muitas pessoas já evitam o Contorno, porque além do engarrafamento tem o risco muito grande de acidente”. Ele cobra o cumprimento das promessas dos políticos. “Dizem sempre a mesma coisa: ‘Esse ano a duplicação completa do Anel de Contorno será realizada’. Já privatizaram as BRs e nada”.

Outro ponto crítico é perto da Cerb, onde há sinaleira e quebra-molas. “Os caminhões, quando se livram da sinaleira, têm que passar pelo quebra-molas. Por terem vários eixos, passam muito lentos. Basta tirar o quebra-molas que vai melhorar, enquanto não for duplicado”, sugere o industrial Salvador Moreira. Ele conta que do Núcleo Tomba do Centro Industrial do Subaé até em casa no bairro Santa Mônica, gasta seis vezes mais tempo do que antigamente. “Eram cinco minutos. Hoje levo de 30 a 40 minutos, porque os caminhões engarrafam a pista de fora a fora, ninguém passa”, reclama.

A duplicação do Contorno é responsabilidade da Via Bahia, mesma concessionária que explora a BR 324. Porém o contrato com o governo federal prevê a duplicação apenas de uma parte da via. Justamente a que tem tráfego menor, do Hospital da Criança até o entroncamento com a BR 116 Sul, na altura da Pousada da Feira. O trecho recebe em média 6 mil veículos por dia.

A concessionária começou a trabalhar sob o viaduto do Cajueiro e promete concluir a duplicação até dezembro de 2013. Por hora o único efeito visível foi o aumento dos congestionamentos. “A concessionária pede a compreensão dos usuários, pois as obras são necessárias para trazer mais conforto e segurança”, solicita o assessor de comunicação da Via Bahia, Carlos Bonini.

Para o empresário Salvador, após a conclusão desta duplicação pela metade, o alívio será parcial também. “O problema não será resolvido enquanto

não for tirado de dentro da cidade o tráfego de caminhões pesados, que aqui passam diariamente buscando seus destinos, porque não têm outra alternativa”, arremata.

Para ele, mesmo uma duplicação dos 22 quilômetros não resolveria a questão. O ideal seria a construção de um novo anel viário mais distante. Mas isso está fora de cogitação, já que não existe sequer projeto neste sentido, conforme informou à Tribuna Feirense o engenheiro João Sílvio Monteiro, superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no estado da Bahia.

O Contorno atual foi concluído em 1974. Desde então, a cidade se expandiu para além de suas fronteiras. “O Contorno não é mais uma rodovia, ele está dentro da cidade. Precisamos de político que tenha representatividade para trazer o novo anel rodoviário, por que este já congestionou e está ficando insuportável”, constata Salvador.

Os vencedores ficam

Adilson Simas

Feira Ontem

O prefeito Colbert Martins fazia as nomeações para o segundo escalão do seu primeiro governo (1977/1982). Na coletiva de quinta-feira, 8 de fevereiro, disse aos repórteres que o secretário Luciano Vital, de Desenvolvimento Comunitário, continuaria tendo como seus auxiliares imediatos os médicos Mabel Nascimento Ramalho (Diretoria de Comunidade) e José Modesto (Diretoria de Saúde) que faziam parte do governo José Falcão

que havia findado.Quando Lucílio Bastos, do jornal Feira Hoje, questionou a falta de renovação, o prefeito respondeu lembrando seu tempo de técnico do Mecânico, o clube mais vezes campeão feirense de amadores:- Em time que está ganhando não se mexe...

Verba provoca usuraCom a gestão do vereador Antonio Carlos Coelho chegando ao fim, teve início verdadeira guerra na majoritária bancada do PDS pela presidência da Câmara. Os veteranos Dival (Vavá) Machado e Alberto (Beto) Oliveira estavam em plena campanha quando foram surpreendidos pelo novato Werther (Vevé) Mascarenhas Farias que saiu do silêncio para afirmar que não abria mão de sua candidatura.

Vavá reagiu sem piedade:- a criação da verba de representação para o presidente é que tem provocado toda essa usura...

Elke no Baile dos ArtistasUm dos muitos nomes famosos da televisão e do cinema que marcaram presença na chamada Micareta do Centenário em abril de 1973, Elke Maravilha, do júri do Chacrinha, chegou um dia antes, na sexta-feira, a fim de participar à noite do Baile dos Artistas realizado nos salões da Philarmônica Victória. Quando o sábado começou a clarear, o radialista Lúcio Bonfim, assessor do prefeito, se dirigiu à atriz dizendo que estava convidada

para conhecer e mergulhar nas piscinas do parque aquático do Feira Tênis Clube. Elke recusou sem perder a elegância:- olha benzinho, eu prefiro mesmo uma bicicleta para pedalar pelas ruas desta cidade sem ladeiras...

cidade

O caos em forma de Contorno: pista lotada dos dois lados, sem acostamento, mas com laterais usadas irregularmente

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5Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012 cidade

tExto E fotos: BatIsta CRUZ

De um lado ao outro a rua Sales Barbosa mede cerca de 14 passos de uma pessoa adulta. Estreita. As barracas fixadas em toda sua extensão formaram dois canais de passagem dos pedestres. Cada um com cinco passadas. Um terço da rua estreita ficou perdido. Caminhar nestes locais em períodos festivos, quando as pessoas vão às compras, não é nada agradável. Quando o fluxo de pessoas aumenta, acontece congestionamento de pedestres.

No centro, o crescimento no número de camelôs foi grande. Quando do relocamento para o Feiraguai em meados da década de 90 do século passado, a quantidade pouco passava de 500. Hoje, são mais de dois mil cadastrados na Afeva (Associação Feirense dos Vendedores Ambulantes). Outros – muitos - não estão ligados à associação. Inclusive os onipresentes vendedores de hortifrutigranjeiros.

A Sales Barbosa,

Camelôs ocupam o centro da cidade

Em alguns pontos, o espaço permite a passagem de apenas uma pessoa. Outras vezes o trânsito de mercadorias para abastecer lojas e barracas interdita completamente a rua

Para o presidente da Afeva (Associação Feirense dos Vendedores Ambulantes), Robson Leite, a solução para o problema na Sales Barbosa é a construção do shopping a céu aberto. O projeto foi apresentado no ano passado pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas). Ainda não se sabe a quantidade de comerciantes que seria contemplada com uma das vagas. Mas é certo que não vai atender a todos. Só a Afeva tem mais de dois mil associados.

Robson argumenta que o shopping vai organizar a atividade e atender as expectativas dos consumidores. O dirigente argumenta que tirar os camelôs de onde estão não resolve o problema. “Se tirar parte deles, onde a gente vai colocar?”

Mas reconhece que a superlotação de barracas não é benéfica para a categoria que representa. “Esta superlotação que diminui os espaços para que as pessoas circulem sem problemas não é boa para a gente. Todos saem perdendo devido à falta de organização”,

transformada em calçadão na década de 80, é um ponto tradicional do comércio popular feirense, principalmente roupas e confecções. Os ambulantes, quando começaram a chegar, usavam barraquinhas móveis, de madeira. Ao longo dos anos estes equipamentos foram substituídos por estruturas de metal, fixadas no passeio. Então se tornaram “donos do pedaço” e um problema para os transeuntes.

O erro começou logo no nascimento do camelódromo levado para o que hoje é o Feiraguai. Os espaços nas ruas deixados pelos relocados foram imediatamente ocupados por novos camelôs. A falta de fiscalização estimulou a expansão e o centro da cidade foi invadido por estes comerciantes. A Sales Barbosa é um símbolo, mas a situação é vista em muitas outras ruas.

Os camelôs colocaram proteções contra chuva na frente dos seus estabelecimentos. Nestes espaços agora expõem seus produtos. Assim como os comerciantes

formais colocam tabuleiros em frente às lojas. Os puxadinhos de cada um aumentam a área de exposição dos produtos ao mesmo tempo em que diminuem o espaço de circulação para os clientes em potencial.

Além disso, vários tabuleiros são colocados bem no meio destes canais de circulação de pessoas, diminuindo ainda mais o espaço. Os carrinhos de mão dos vendedores de frutas e verduras também atrapalham o deslocamento das pessoas. Na mesma área circulam os carregadores de mercadorias, que abastecem lojas e bancas.

A dona de casa Marcelina Santos, que mora na Pampalona, disse que às vezes passa pela Sales Barbosa, mas que evita durante períodos festivos e segunda-feira. “É muita gente, é muita barraca, é muita bagunça. Às vezes eu fico desorientada com aquele mundão de gente. Não tem como a gente caminhar sem esbarrar nos outros”. Para ela, o problema apenas será resolvido com uma nova configuração das barracas.

“Do jeito que está não pode continuar. É ruim para a gente que passa, para os comerciantes e os camelôs”.

Para o eletricista José Paulo Campos, a falta de espaço afasta os consumidores da Sales Barbosa, mesmo que os preços dos produtos sejam competitivos. “Além de preços baixos, as pessoas gostam de conforto quando estão comprando. E andar com facilidade pode ser contado como um conforto para quem vai às compras nestas lojas”.

O agricultor Jonas de Almeida Nunes, que mora em Biritinga, afirmou que a situação vem piorando ao longo dos anos. “Alguns anos atrás a gente até que podia passar por aqui com certa facilidade, mas, agora, em determinados dias da semana a coisa fica difícil”. Ele estranha que os camelôs parecem não se importar muito com a situação. “Este amontoado de barracas afasta quem deseja comprar”, avalia.

Catarina Santana, funcionária de uma barraca, reconhece que a grande quantidade de barracas causa transtornos, mas não é fatal para os negócios. “Não é a ponto de que eles deixem de vir para cá, porque aqui eles encontram produtos de qualidade e preços baixos”.

Rita de Cássia Santana, que trabalha numa destas barracas, disse que o problema de congestionamento de pessoas acontece com maior frequência em frente das lojas maiores. “Aqui onde trabalho não acontecem essas coisas, porque as lojas desta área não são tão populares”, compara. Ela trabalha depois da entrada do Shopping Arnold Silva Plaza.

Para Conceição

Nunes, que gerencia uma loja no calçadão, as barracas atrapalham o deslocamento, mas “por outro lado, atraem os consumidores, que procuram nas nossas lojas quando não encontram nas bancas o que lhes agrada”. E analisa que para conquistar os clientes as lojas capricham no atendimento. “Este é o nosso diferencial”.

A vendedora Marli Marques concorda que o atendimento nas lojas é um diferencial mas ressalva que nem sempre as lojas levam vantagem. “É claro que a gente vende para pessoas que procuraram os camelôs. Mas inicialmente vieram procurar nas bancas, que tem os preços muito parecidos com os da gente”.

Solução pode ser um shopping a céu aberto

concorda Robson. Para o dirigente,

a multiplicação dos camelôs está relacionada às necessidades causadas pela falta de empregos formais e de qualificação profissional. “Se nada for feito, em termos de fiscalização, este número tende a crescer”, avisa.

O secretário do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Aristóteles Rios, disse não acreditar que o shopping a céu aberto seja executado neste ano. Mas para ele, a iniciativa vai atenuar os problemas causados pela ocupação desordenada na Sales Barbosa e pode refletir positivamente em outras áreas da cidade. Aristóteles acredita que o projeto deverá ser executado durante o mandato que será iniciado no dia 1º de janeiro, porém vai demandar muito recurso financeiro.

Outra opção, para abrigar o remanescente, é desapropriar um terreno ou um imóvel. “Além disso, o município deverá investir em segurança e fiscalização com o objetivo de impedir que as áreas desocupadas sejam tomadas por novos camelôs”, adverte.

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6 Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

Sim claro, o assunto é uma interminável novela onde está difícil identificar quem são os “mocinhos”. Sabe-se, no entanto claramente, quem são as “vitimas”.

A “Folha de São Paulo” trouxe esta semana importante análise do comércio ambulante, autoria de Raquel Rolnik, Bruno Miragaia, Juliana Avanci na seção Tendências/ Debates.

Daí localizarmos o início da atividade nos idos de 1850 quando findou o trabalho escravo e deu-se início ao trabalho livre. Ex-escravos nas ruas das capitais passaram a oferecer seus quitutes, seus trabalhos manuais, cultivos agrícolas, animais de pequeno porte, serviços braçais.

Em São Paulo a primeira tentativa de disciplinar este comércio deu-se através da lei 292/1969. A atividade vem adaptando-se e atravessando as várias performances da economia do país há mais de um século, vivendo momentos de grande incremento, outros de acentuada restrição, firmando-se em algumas cidades de maneira tão enraizada que chega a ser referência: 25 de Março e Sé em São Paulo, Baixa dos Sapateiros em Salvador, Recife Velho em Recife etc.

Transcrevo integralmente o texto a seguir para melhor compreensão do status atual: “Os Termos de Permissão de Uso foram concedidos em São Paulo desde 1965 para ambulantes de plantas ornamentais e estendidos como reserva de mercado aos deficientes físicos em 1986. A primeira tentativa de extinção dos ambulantes na cidade foi tomada por Ademar de Barros, em 1960 [aqui em Feira um ex-prefeito fez o mesmo] --, que se viu obrigado a recuar da decisão, por pressão social.

Essa política regulatória busca propiciar o desenvolvimento urbano e econômico local, criando oportunidades para geração de trabalho e renda, em especial aos trabalhadores mais vulneráveis, como idosos, deficientes e pessoas com baixa escolaridade, que têm menores chances de obter rendimentos de outra forma.

Desde 2009, a Prefeitura de São Paulo intensificou a (des)política de extinguir o comércio ambulante existente há décadas na cidade.

Sem qualquer planejamento de oferta de outras oportunidades e nenhum debate público, os pontos de comércio são extintos e os ambulantes removidos. O prefeito anuncia, às vésperas do fim do mandato ( em Feira não está acontecendo o mesmo? E também não já aconteceu em gestões passadas?) , a construção de shoppings populares nas periferias, sem demonstrar qualquer previsão orçamentária, terrenos disponíveis ou mesmo projetos e estudos dos locais. Tampouco há qualquer participação popular na tomada dessas decisões.”

Este ultimo parágrafo acima é onde reside o mérito do problema. Não se defende a simples exclusão da atividade do comerciante autônomo em via pública para privilegiar o comerciante estabelecido. Busca-se encontrar uma solução para tornar a qualidade de vida da cidade melhor, a implantação de reformas urbanas que simbolizem uma cidade inserida no século XXI, moderna, dinâmica e progressista.

Queremos ordem, respeito às leis de ocupação do solo, autoridades diligentes com a situação buscando conceder à cidade e aos seus cidadãos o direito de sobreviver do seu trabalho de forma digna e segura, sem insalubridade.

Todos pagamos impostos de forma direta ou indireta. Queremos o retorno em forma de eficiência de gestão. Não se pode conceder a administração do problema a quem tem interesse eleitoral e conseqüente desinteresse em contrariar prováveis eleitores. Aliás um raciocínio político equivocado e estrategicamente falido. Organizar o centro da cidade de maneira eficiente, com a participação técnica de profissionais da área e dos comerciantes envolvidos para ouvir as suas demandas, tem um peso eleitoral muito mais consistente, porque os responsáveis pela iniciativa ficarão na historia da cidade e na memória da comunidade.

Identificou as “vitimas” caro leitor? Somos todos nós!

Todos os candidatos à prefeitura de Feira de Santana pregam o diálogo para tratar a questão dos ambulantes. E alguns também defendem uma mudança profunda no Centro de Abastecimento, para que abrigue mais vendedores de hortifrutigranjeiros, retirando pelo menos parte deles das ruas centrais.

Zé Neto (PT) tem transformado o Centro de Abastecimento em uma de suas principais bandeiras de campanha. “São mais de 20 anos de abandono”, diz. Para o petista, o foco da central de abastecimento da cidade deveria ser mais voltado para o varejo. Mesmo assim, o espaço não seria suficiente para abrigar todos que estão vendendo pelas ruas. Por isso, ele advoga a transformação da feira da Estação Nova em um Ceasa, uma outra central, funcionando diariamente. Neto acrescenta a necessidade de qualificar melhor as feiras livres, ampliar a cobertura

Armando Sampaio Empresário de Turismo - Presidente da ACEFS- Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana

Camelôs: candidatos defendem convivência

na Cidade Nova e cobrir também a do Tomba. Adicionalmente seria preciso buscar áreas para implantar camelódromos bem estruturados, inclusive com estacionamento. Tudo deverá ser decidido em uma mesa de negociação com todos os envolvidos, a ser instalada no começo do governo. O candidato do Psol, Jhonatas Monteiro, identifica um local, que seria atrás do SAC, como um terreno próprio para abrigar algum tipo de camelódromo. É onde hoje se abriga a suspeita feira do rolo. Para ele é a única área com tamanho suficiente para receber grande número de vendedores. Como é particular, ele opina que a prefeitura deveria desapropriar. “O vendedor vai para a rua também porque não há um espaço adequado para comercializar”, teoriza. Jhonatas entende o ambulante como “patrimônio imaterial”, que está na origem da cidade e não deve ser combatido.

Ao contrário, precisa ser apoiado com cursos de qualificação e crédito para sustentar a atividade. A exemplo de Zé Neto, ele sugere que as partes envolvidas sentem à mesa para definir onde e como poderá haver ocupação de logradouros públicos com a atividade.

Tarcízio Pimenta concorda que “é muito feio” o estado atual da Sales Barbosa e conta que já em seu mandato atual tinha o desejo de criar fora da cidade uma central de abastecimento para os atacadistas, deixando o Centro de Abastecimento para os varejistas, o que daria um grande alívio às ruas centrais, de onde sairiam os que vendem hortifrutigranjeiros. Segundo ele, o projeto não teria andado, devido a ingerências políticas, mas continua a ser um plano para um próximo mandato.

A outra ideia gestada nos últimos anos é o shopping a céu aberto na Sales Barbosa, que

não decolou por falta de recursos. “Houve conversas de políticos anunciando que viria recurso, mas nunca veio. Tentamos também o governo do estado, mas não conseguimos”, relata. O shopping iria embelezar e adequar as barracas, disciplinando mas mantendo o espaço para os donos das barracas que atuam na rua.

José Ronaldo respondeu por meio da assessoria que “através de estudo técnico realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico procuraremos otimizar o centro comercial de Feira de Santana, tornando confortável para as pessoas que fazem compras e também para quem precisa vender o seu produto, neste caso, conversando sempre com os comerciantes e também com os vendedores informais. Caso eleito, toda e qualquer melhoria será através do diálogo entre o poder público e os diversos segmentos envolvidos diretamente”.

A “Via Brasil” dos Ambulantes

Acontece nesta sexta-feira e sábado a XX Jornada de Cardiologia de Feira de Santana. No auditório do Sest/Senat, os profissionais da área vão tratar durante dois dias sobre diversos temas, em mesas redondas e conferências. Médicos de Feira de Santana e Salvador, além do paranaense Rodrigo Cerci, vão se revezar nas explanações durante as palestras e mesas

Cardiologistas realizam a XX Jornada em Feira

redondas. O primeiro tema a ser abordado é insuficiência cardíaca, em mesa redonda coordenada pela doutora Ivana de Lamônica. Em seguida, o médico feirense André Almeida, que preside a regional local da Sociedade Brasileira de Cardiologia, faz conferência sobre “Avaliação da função ventricular pelo ecocardiograma”. Na parte da tarde a hipertensão arterial sistêmica será o

tema da mesa redonda coordenada pela doutora Graça Mello.

Outros temas do encontro ainda na sexta serão Novas fronteiras na terapêutica farmacológica de síndromes coronarianas agudas, ergometria, condução da insuficiência coronariana crônica baseado em evidências, insuficiência coronariana aguda. No fechamento do encontro sábado, sessões rápidas chamadas “Como

eu faço” vão abordar diversos temas práticos em cardiologia. O evento se encerra com conferência de Gilson Feitosa, de Salvador, sobre “O que mudou na prática cardiológica nos últimos 5 anos”.

As inscrições serão feitas no próprio local do evento, entre 7:30 e 8:20 da manhã. O Sest/Senat fica no Anel de Contorno, na altura do 35º Batalhão de Infantaria.

Neste domingo Feira de Santana enfrenta a seleção de Santo Amaro pelo Intermunicipal. Apesar de jogar na casa do adversário, o selecionado feirense vai tentar a segunda vitória para melhorar sua posição no grupo.

Semana passada informamos erradamente que Feira jogou contra Santo Amaro na estreia,

Seleção de Feira enfrenta Santo Amaroquando o jogo foi contra Santa Bárbara, que venceu por 1 a 0.

Na segunda partida,

contra Miguel Calmon, jogando no Joia da Princesa, Feira venceu por 2 a 0.

Com três pontos, Feira está em terceiro. Santo Amaro tem 4 pontos e Araci lidera com 6.

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7Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

TexTo e foTos: JULIANA VITAL

Problemas com a gestão do recurso enviado pelo programa Dinheiro Direto na Escola e do Mais Educação (que visa implantar o ensino em tempo integral), fizeram o Ministério da Educação (MEC), decidir por uma fiscalização nas escolas estaduais da Bahia.

A inspeção não tem data marcada, mas deve ocorrer ainda este ano, de acordo com Edna Barreto, coordenadora do programa Mais Educação na Direc 02, já que há denúncias de mau funcionamento vindas de todo o estado. “Há uma sensação de que alguns diretores não conseguem gerir o programa corretamente. A falta de habilidade de administrá-lo é também um obstáculo enfrentado para a implantação”, lamenta.

Um dos casos ocorreu no Colégio Estadual Uyara Portugal, no conjunto Fraternidade, que sofreu intervenção em 2010 porque o então diretor não prestou conta da verba recebida do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).

Ao contrário do município, as verbas para o alimento e para a merenda escolar vão direto para a conta das escolas estaduais e são administradas pela direção. “Isso muitas vezes pode crescer os olhos de quem gerencia, que acaba destinando de forma equivocada o dinheiro”, relata a atual diretora do Uyara, Maria Candeias. Ela assumiu em 2011, encontrando péssimas condições estruturais e o projeto Mais educação parado.

Hoje o colégio conta com 2 mil alunos e 300 vagas para o programa Mais Educação. As atividades extras acontecem três vezes por semana, mas o correto seria todos os dias. São cinco oficinas. De acordo com a diretora, a verba limitada para o alimento, a falta de pessoal de apoio, merendeira e as muitas adaptações estruturais a serem feitas, impedem que o programa seja aplicado de forma ideal.

Em Feira de Santana o Mais Educação começou em 2008, apenas no Colégio Estadual Paulo VI, no bairro Aviário. O programa ajudou na educação de menores

O colégio Estadual Irmã Rosa Aparecida foi criado há 29 anos com a proposta de atender crianças em situação de risco, com defasagem na escola em relação à idade. Idealizada pela Irmã Rosa, a escola era mantida pela renda obtida através do Dispensário Santana em conjunto com o governo estadual.

Desde o princípio, a escola funcionou em tempo integral, promovendo a educação regular e oferecendo atividades extra curriculares no turno oposto. O prédio pertence ao Dispensário Santana e toda a infraestrutura de salas, refeitório, biblioteca, quadra de esportes, foi construída ao longo dos anos através dos recursos do FUNDAC e principalmente dos recursos do Dispensário e doações.

A escola começou a colocar o programa em prática ano passado, ampliando a ação da escola, que já ofertava oficinas de artes, dança, música, esportes e trabalho com horta. Agora também são oferecidas aulas de letramento, matemática, geografia, história e informática,

como reforço, para os 520 participantes do programa.

As metas educacionais previstas para a Unidade 3 deste ano foram alcançadas desde a Unidade 2. A escola não paralisou as aulas durante a greve dos professores da rede estadual.

Ao todo estudam 657 alunos, da creche a jovens que cursam o EJA (Educação de Jovens e Adultos) no turno da noite. De acordo com a coordenadora do Mais Educação na escola, Ivanete Silva, “o Mais Educação veio para somar os esforços já realizados pela irmã Rosa e todos que trabalham na escola, em prol das crianças desfavorecidas e em situação de risco”, afirma. Para ela, este trabalho proporciona o resgate da auto estima de crianças vindas de uma realidade violenta e sofrida. “Muitas chegam aqui agressivas e esse trabalho resgata a dignidade, proporcionando uma possibilidade de um futuro diferente dos pais delas. Este espaço foi criado principalmente para proteger”, comenta.

MEC vai fiscalizar escolas na Bahia

infratores, que utilizaram o local como um espaço de ressocialização. Em 2010, outras 64 escolas aderiram ao programa. Hoje são 86 das 143 escolas coordenadas pela DIREC 02 (Diretoria Regional de Educação).

A greve de mais de 100 dias na rede estadual paralisou o Mais Educação este ano na maioria delas. Porém o que a reportagem da Tribuna Feirense constatou é que independente da greve, vem existindo grande dificuldade na implantação.

O colégio Estadual de Feira de Santana, com 1.550 alunos, tem 300 vagas para o Mais Educação. No entanto, as atividades estão paradas desde 2011. “A escola enfrenta sérias dificuldades estruturais para adaptar-se à realidade de uma escola em tempo integral, e ainda não tive tempo para organizar essa situação. A prioridade agora é dar continuidade ao calendário escolar”, argumenta o diretor, Carlos Alexandre Batista, que assumiu o cargo há 3 meses.

O Colégio Monsenhor Mario Pessoa no Bairro Cidade Nova, com 400 alunos, tem 95 matriculados no programa, que oferece 6 oficinas (letramento, matemática, música, informática, saúde e dança). A escola passou por adaptações para receber os alunos no turno oposto, mas as condições estruturais não são ideais. O refeitório improvisado em uma sala de aula, tem

mesas e cadeiras em número insuficiente para os alunos comerem todos sentados. A biblioteca foi adaptada e os banheiros estão em reforma para receber os chuveiros.

As oficinas só acontecem de terça a sexta feira, e de acordo com a diretora Romilda Barbosa da Silva, as crianças só tomam banho no verão, já que não há pessoal de apoio suficiente para tomar conta dos banheiros. “Fomos orientados pelo próprio MEC a começar o programa como dá pra fazer, mesmo com pouca estrutura, pois implementando, mais verba virá. Escola perfeita não precisa de Mais Educação”, justifica a diretora. Segundo Romilda, está à frente do colégio há 5 anos, o ganho no desempenho escolar é grande e a mudança no comportamento maior ainda. “O programa tem dado oportunidade para a formação cívica dos alunos. Lá ensinamos desde como se comportar à mesa, a respeitar filas, respeitar os mais velhos, coisas simples para nós, mas que para eles não existiam”, relata. O monitor de matemática, Manoel Amorim acredita que o programa tem feito diferença. “Fazemos este trabalho pelo prazer em ver a mudança acontecer, porque se fosse pelo valor pago não compensaria”, declara. Katia Santos da Silva, 10 anos, tinha

muita dificuldade em matemática, até em operações simples como somar e subtrair. “Minha mãe não deixava eu participar do Mais Educação porque não moramos tão perto da escola, ela não tinha como me buscar à tarde. Mas eu insisti, pedi muito pra ela e agora me sinto mais bonita, pois emagreci com as aulas de dança e as minhas notas em matemática passam da média 8. Estou muito feliz”, comemora.

O colégio Estadual Assis Chateaubriand conta com 4.500 alunos matriculados nos 3 turnos. Portador de uma grande estrutura, teria mais chances de ter o programa Mais Educação implementado desde 2010, de forma plena.

Mas, segundo a coordenadora do programa na escola, Jaciara Borges, mesmo com algumas adaptações no refeitório e banheiros, a grande dificuldade se encontra na falta de pessoal de apoio.

Poucos alunos estão integrados às atividades extras. Só no turno da manhã há 800 alunos no Ensino Fundamental e apenas 130 vagas para as cinco oficinas (letramento, matemática, xadrez, capoeira e educação ambiental). A procura maior vem por parte dos alunos da 5ª e 6ª série.

Os da 7ª e 8ª demonstram grande resistência em aderir. “São pré adolescentes, não se

sentem mais à vontade para participar das oficinas; ainda assim tentamos

oferecer atividades atrativas para estes alunos no intuito de convencê-los”, afirma Jaciara. No período da greve o programa ficou parado e só foi retomado há uma semana, o que também contribuiu para a evasão dos alunos nas oficinas.

Na Direc, a coordenadora Edna Barreto afirma que não tem como apontar dados para comprovar se houve melhorias no ensino, porque o MEC não dá autonomia para realizar avaliação o estado, sendo o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), calculado pelo ministério, o instrumento único para a medição dos resultados.

“O papel da DIREC é de intermediar as escolas e o MEC. Os diretores têm total responsabilidade sobre o programa, já que eles prestam conta de cada centavo investido”, relata a coordenadora.

Quem já era integral funciona melhor

O refeitório apropriado da escola Irmã Rosa e a sala de aula improvisada como refeitório na Monsenhor Mário Pessoa

Na Monsenhor Mário Pessoa o espaço da quadra é um campo de terra batida. Na Uyara Portugal o mato cresce em volta

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8 Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

Depois de 115 dias sem aulas, as escolas da rede estadual de ensino voltaram a funcionar, mas estudantes e pais duvidam que tenha jeito de recuperar os dias de aula perdidos, nem mesmo com a orientação da Secretaria Estadual de Educação de se utilizar os sábados para darem aulas, e estender a programação das atividades escolares até os meses de janeiro e fevereiro de 2012.

“Tem professor que não vem trabalhar antes e depois de feriado, quanto mais estar aqui em final de ano, em janeiro e fevereiro. Não estou contando com isso. Esse novo calendário vai ser criado para tentar nos enganar, mas não será executado. O fato é que nosso ano letivo foi perdido”, afirma um estudante de 3º ano que não quer ser identificado.

Fabiana de Jesus Santos, mãe de um menino de 6ª série, já decidiu que em 2013 o garoto vai repetir de ano. “Ele vem para a escola este ano para não ficar perambulando pela rua, mas no ano que vem é que vai fazer a sexta série de verdade, porque

Pais e alunos duvidam da reposição

Segundo Germano Barreto, diretor da APLB-Feira, a greve foi suspensa mas será marcada uma nova assembleia dentro de um mês para serem avaliados os rumos do movimento e as negociações com o governo.

Os pontos apresentados pela categoria no fim da greve pedem a readmissão dos demitidos e a retirada dos processos administrativos contra professores em estágio probatório; o cancelamento dos processos judiciais contra o sindicato, pagamento imediato dos salários cortados e repasse do dinheiro da contribuição sindical, além do retorno

agora só vai ter enrolação nos colégios. Isso que está acontecendo é uma falta de respeito sem tamanho com a população”, protesta.

A estudante Ana Paula Costa também cursa o 3º ano do Ensino Médio e está muito preocupada, pois se prepara para o vestibular e para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que também serve como seleção para instituições públicas e particulares de ensino de nível superior. “Nós já temos uma qualidade de ensino ruim em relação às escolas particulares. E com essa greve, eu realmente não me sinto preparada para fazer vestibular e Enem”, admite.

A jovem Talita Farias estudou em casa durante esse período e chegou a se matricular em um cursinho preparatório. “Pela lei, temos direito ao acesso a educação de qualidade, mas tive de ver meus pais se sacrificarem ainda mais para pagarem cerca de R$200,00 em cursinho para mim, arcando com um custo que não podiam, que não estava no orçamento da casa. Mais

que preocupante, nossa situação é dolorosa”, define.

O movimento grevista comprometeu totalmente o calendário letivo, que possui 200 dias no total. As atividades estiveram paradas por 115 dias. Somando o período em que as aulas foram suspensas devido à greve da Policia

Militar, em fevereiro, os estudantes frequentaram as escolas por menos de 40 dias em 2012.

A dona de casa Ana Nery dos Santos é mãe de uma estudante da 5ª série e está preocupada. “Essa é uma série de adaptação, já que a criança está passando do primário para o ginásio,

“Perdemos a guerra”, dizem professores

e essa greve desestabilizou ainda mais os estudos dela”. Ela fez questão de levar a menina à escola no primeiro dia de aulas, para saber da diretoria o que será feito para a reposição de conteúdo.

No comando da Diretoria Regional de Educação 2 (Direc 2), Nívea

Maria de Oliveira informa que o calendário de reposição de aulas deverá ser feito individualmente por cada unidade escolar, já que ficaram paradas por períodos diferentes.

Segundo a Direc, das 78 escolas estaduais de Feira, 52 estavam funcionando normalmente na última semana da greve e 24 funcionavam parcialmente. Duas ficaram fechadas durante os 115 dias da paralisação: o Centro Educacional Edith Gama Mendes Abreu, na Serraria Brasil e a Escola Estadual Reitor Edgard Santos, no Jomafa. A APLB discorda e contabiliza apenas 12 escolas funcionando na última semana de greve.

Conforme Nívea, menos de trinta diretores enviaram o calendário de reposição. “É preciso fazer isso o mais rápido possível, pois quanto mais cedo chegarmos a um acordo, mais rápido ele será cumprido”.

Na rede estadual de ensino de Feira de Santana atuam aproximadamente quatro mil professores, dando aulas para cerca de 50 mil alunos.

das negociações. O governo da Bahia respondeu à proposta acatando as solicitações referentes às demissões, processos administrativos, corte dos salários dos professores e repasse das contribuições sindicais. E prometeu pagar no dia 15 o salário suspenso durante a greve, desde que as escolas apresentem até segunda-feira (13) o calendário de reposição.

Para alguns professoes, a greve terminou sem vitória, visto que não foi alcançado o percentual de reajuste que pleiteavam (22%). “Nós perdemos a guerra. Prejudicamos milhares de jovens, as famílias deles, e também nos prejudicamos. O movimento foi desgastante e não obteve

o resultado esperado, para a dimensão da nossa ação”, afirma uma professora que não quer ser identificada.

A professora Maria Vitória Barreto, avalia que a greve serviu para mostrar o poder de mobilização das classes trabalhadoras e para que o governo e a sociedade notassem a real importância dos professores, passando a valorizá-los mais. Ela afirma que os professores na Bahia nunca estiveram tão unidos e provaram que têm força.

Ela acredita que a partir de agora a situação da educação na Bahia, passará a ter mais atenção de governantes, pais e alunos.

cidade

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9Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

Lana Mattos

Combater o analfabetismo não é tarefa fácil. E fica ainda mais difícil quando, além de ensinar, o professor tem que providenciar uma série de outros recursos para manter o curso funcionando. É o que ocorre com os educadores do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA Brasil) em Feira de Santana.

Só dá aula quem consegue formar uma turma de alunos. O lugar onde o curso deve acontecer precisa ser providenciado pelo professor (em escolas ou associações). E como é preciso ofertar adicionais como lanche e transporte, também há necessidade de conseguir parceiros que doem para o projeto.

O MOVA vai completar em 2013 dez anos de atuação, focada nos estados brasileiros com os índices mais altos de analfabetismo. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último Censo

Luta inglória contra o analfabetismo

o índice de pessoas em Feira de Santana com mais de 10 anos que não sabem ler e escrever foi de 8,6% da população, ou seja, 40,7 mil pessoas.

A Bahia, de acordo com a mesma fonte, é o segundo estado

com maior número de analfabetos do Brasil. O MOVA é uma parceria entre Federação Única dos Petroleiros (FUP), Petrobrás e Instituto Paulo Freire (IPF).

A metodologia é baseada nas ideias do

famoso educador, o que exige dos professores criatividade na atividade pedagógica. Segundo José Raimundo Nascimento, coordenador local do MOVA, a pretensão é levar os educandos a “conquistarem a cidadania plena, porque para Paulo Freire o ato de alfabetizar não se restringe apenas a ler e escrever”, explica.

Apesar dos percalços, os resultados aparecem. “Aprendi um bocado de coisa, eu não sabia nem assinar meu nome”, afirmou a aluna Zenaide Novaes Meira, de 48 anos. “Eu estou me sentindo outra”, festeja. A idosa Teodora da Silva está sendo alfabetizada aos 72 anos.

Ela contou que, depois do MOVA, já consegue pegar ônibus sem precisar de ajuda para ler o itinerário.

Como os alunos são de baixa renda, os monitores têm de angariar com os parceiros transporte e alimentação. “Tem

gente que vem de uma comunidade para outra estudar à noite”, explica Alexandre. É necessária condução também para realizar atividades em campo.

A professora Marina dos Santos Nonato explicou que o projeto só fornece o material pedagógico: uniforme, bolsa, caderno, lápis, lapiseira, régua, caneta, borracha e pincel para quadro. Estão em falta quadro escolar e recursos para xerox, entre outros itens. “Precisamos de bebedouros, carteiras, merenda”, lista.

É primordial a doação de alimentos, “até para manter o projeto vivo”, acredita

Alexandre. “Eu tenho educandos que trabalham o dia todo, chegam e já vão logo para a turma, não tomam café, e aí a gente tem que estar bolando alguma coisa para se alimentar, para poder manter o educando na sala”, explicou o professor. Para aulas

noturnas, por exemplo, é necessário, café, açúcar e adoçante, pois muitos alunos são diabéticos.

Os próprios monitores não ganham vale-transporte. “No meu caso, eu saio do meu bairro e vou ensinar em outra comunidade, do outro lado da cidade”, relata Alexandre.

Eles recebem um salário mínimo e cartão-alimentação no valor de R$ 220 por mês, em média (o valor muda conforme o número de dias úteis).

Para ser professor/monitor do MOVA, basta ter o Ensino Fundamental completo. Os candidatos são indicados por instituições como sindicatos e associações e é feita uma seleção entre esses concorrentes. Depois acontece a formação inicial.Interessados em ajudar o MOVA podem falar com o coordenador local do projeto, José Raimundo, através dos telefones (75) 9919-5802 e 9201-8696.

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10 Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

O Google Maps agora mostra as condições de trânsito em Salvador com gráficos em tempo real. A capital baiana foi incluída no serviço junto com outras diversas cidades no país: Brasília, Campinas, Fortaleza e Porto Alegre. Já faziam parte do serviço Rio, São Paulo, BH, Curitiba e Recife. A informação é bem simples de analisar.

Google mostra o trânsito em SalvadorEsta é para o setor de “era só o que faltava”. Pesquisadores de uma universidade americana desenvolveram uma luva que vibra e trabalha em conjunto com um teclado, em que a luz se acende no momento

Não aprenda a tocar piano. Mas toqueem que a tecla deve ser pressionada, fazendo com que mesmo quem não sabe nada de partitura execute uma música no piano. A vibração na luva ocorre exatamente no dedo que deve fazer o movimento de pressionar

a tecla. Na verdade o equipamento não pode transformar ninguém em artista automaticamente. Isso não se consegue sem muito exercício. A ideia porém é facilitar o aprendizado.

À medida que você dá zoom no mapa, o sistema detalha as condições de trânsito naquele ponto específico. No momento em que este texto foi escrito, quase

9 da noite de quinta-feira, o trânsito era bom em quase toda a cidade (indicador VERDE), mas lento no Largo do Tanque (indicador VERMELHO).

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11Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

VaLMa sILVa

Para quem quer comprar carro novo, a hora é agora. O decreto que reduz o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a compra de automóveis tem prazo para ser encerrado dia 31 deste mês. A medida está em vigor desde 22 de maio deste ano, e tem aquecido as vendas no mercado local. Os bancos privados e públicos estão aumentando o volume de crédito, o número de parcelas e reduzindo a entrada para a aquisição do bem, além de diminuir o custo financeiro (juros) do empréstimo. As concessionárias da cidade comemoram os lucros por causa da redução do imposto. Tem empresa que está com fila de espera. Os mais procurados são os modelos básicos, de mil cilindradas (1.0), que têm preços mais acessíveis. Segundo Claudio Valverde, supervisor de vendas de uma concessionária, a maior parte dos clientes está aproveitando para trocar de carro ou é jovem e está adquirindo o primeiro automóvel. É o caso do administrador de empresas Cássio Juarez de Marques, que investiu as economias de quase três anos na aquisição de um carro. Como fez o pagamento totalmente à vista, conseguiu barganhar um valor ainda menor que o esperado. “Eu estava planejando pagar até R$40 mil, mas consegui comprar por R$36 mil. Ainda economizei R$4 mil que vão servir para despesas, como emplacamento e seguro, e acessórios e equipamentos, como sensor de estacionamento, bancos de couro”. Cássio revela que ia comprar o veículo em abril, porém, quando

Itamar VianArcebispo Metropolitano

Glauco [email protected]

Prefeito no topo da rendaO prefeito de Feira poderá não estar entre os melhores do Brasil, mas a partir

de 2013 seu salário estará no topo. O salário fixado pela Câmara de Vereadores em votação esta semana é o teto do que pode ser pago na administração pública nacional: R$ 26.713,13. O aumento foi de 62% em relação ao salário anterior de R$ 16 mil. Em quatro anos de mandato o eleito terá embolsado R$ 1 milhão, 282 mil. Até Jhonatas (Pso), que entregou declaração de bens zerada ao TSE, sairia milionário.

Vereadores generososComo o dinheiro não sai do bolso deles os vereadores podem ser assim

generosos. Mas é claro que a bondade não se limitou ao salário do prefeito. Na próxima legislatura, o mandato renderá a cada um dos 21 edis o valor mensal de R$ 15.031,76 (o vice prefeito terá direito ao mesmo valor).

Como no caso do prefeito, o aumento é na faixa dos 60% em relação ao salário atual, de R$ 9 mil. A base legal do aumento é a regra de que os vereadores podem ganhar até 75% do que recebem os deputados estaduais.

Resta-nos torcer para que a Câmara dos Deputados não consiga levar até o fim a intenção de extinguir o teto do funcionalismo, o que provocaria um estouro ainda mais dramático dos gastos com gente que não faz por merecer renda tão elevada enquanto o povo não pode obter os direitos mais básicos da existência humana.

Tempestade à vistaMuito mau sinal para Tarcízio Pimenta (e para todos os candidatos da

coligação) a perda de dois puxadores de voto como Maurício Carvalho e Alcione Cedraz, que jogaram o boné e desistiram de concorrer. Era muito cedo para o barco fazer água.

Bem cotado no FacebookEmbora ainda não tenha uma presença mais forte na internet, o candidato do

Psol, Jhonatas Monteiro, parece ter admiradores bastante ativos na rede mundial. O perfil Feira de Santana, no Facebook, lançou no dia 1 de agosto a enquete “Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria?”

No início da tarde de quarta-feira, o rasta tinha 173 votos, contra 152 de Ronaldo, 30 de Zé Neto e 18 de Tarcízio.

Escola denunciadaO vereador Frei Cal (PMDB) entrou com uma representação no Ministério

Público para que seja apurado o que ocorreu na obra que nunca termina, de construção da creche escola Eduardo Miranda, no bairro Jardim Acácia, que semana passada foi alvo de matéria aqui na Tribuna Feirense. Também denunciou o caso à Controladoria Geral da União e disse que iria até mesmo endereçar carta à presidente Dilma Roussef.

O vereador apresentou requerimentos - que não foram respondidos - pedindo informações à prefeitura sobre o porquê do atraso na conclusão do serviço, iniciado em 2008, no final do governo Ronaldo.

Justiniano França (DEM) manifestou preocupação com o risco de o problema com a Eduardo Miranda impedir a obtenção de recursos federais para outras obras do gênero.

Viva a capital!“Estamos fazendo sete quilômetros de cerca para proteção do parque,

três entradas, equipamentos culturais e esportivos para que o povo possa se beneficiar”. Assim o governador Jaques Wagner se manifestou sobre o investimento de R$ 100 milhões do governo do estado na “requalificação do Parque São Bartolomeu”. Com um candidato (Pelegrino) se esvaindo na campanha eleitoral, o governador dá um reforço nas ações na capital.

Em Feira de Santana, depois de 7 anos, o mesmo governador resolveu, já que é tempo de campanha eleitoral, autorizar a obra do Centro de Convenções, investindo R$ 13 milhões. Serão mais R$ 24 milhões na abertura e pavimentação da Nóide Cerqueira e até R$ 665 mil para as ruas do CIS. Estamos com sorte comparados a Santa Bárbara, onde o PT governa e que foi agraciada com investimentos de R$ 700 mil em pavimentação.

DesproporçãoSalvador com 3,5 milhões de habitantes tem 25% da população de 14

milhões de pessoas da Bahia. E quanto mais é aquinhoada em investimentos em detrimento do interior onde vive a maior parte da população, mais recebe migrantes iludidos com a miragem do progresso. Enxuga-se gelo.

Final da corrida pelo carro novo

soube da redução do IPI, decidiu esperar mais um pouco.Em outra concessionária, o gerente Ailton Almeida diz que a procura por carros aumentou o movimento na loja em 50%, em relação aos períodos normais. A busca, segundo ele, não é somente para o veículo de mil cilindradas. Tem gente que está aproveitando para comprar automóveis bem mais potentes, que também tiveram redução do IPI.O gerente de vendas de outra empresa do ramo, Paulo Roberto Brasil, afirma que durante o período de redução do IPI foram vendidos, em média, cem carros a cada três semanas. A quantidade seria vendida no dobro do tempo, em condições normais. E a expectativa é de que o volume de negócios aumente nos próximos dias, à medida em que for se aproximando o prazo para o fim da medida. “Sempre tem aqueles que deixam para a última hora. Estamos prontos para receber todos, mas quem está realmente interessado em fazer a compra precisa se apressar, pois corre o risco de não encontrar mais disponível o veículo que tanto deseja”.O objetivo do governo, com a redução do IPI, é estimular a atividade econômica e reduzir os efeitos do agravamento da crise financeira

internacional. Segundo o Ministério da Fazenda, a renúncia fiscal (valor que o governo deixará de arrecadar no período estipulado) das desonerações anunciadas é de R$ 2,1 bilhões. O objetivo é diminuir o custo dos carros em aproximadamente 10% nas revendedoras. Para a aquisição de automóveis, as empresas que estão instaladas no Brasil tiveram seu IPI para carros de até mil cilindradas (1.0) reduzido de 7% para zero. Para veículos de mil cilindradas a duas mil cilindradas (2.0) a alíquota para carros movidos a álcool ou flex (movidos a álcool e gasolina), foi diminuída de 11% para 5,5%. Para carros a gasolina de mil a duas mil cilindradas o IPI caiu de 13% para 6,5% para carros produzidos do Brasil e de 43% para 36,5% para os que vêm de fora do Mercosul e do México. Para carros importados de fora do Mercosul e do México a alíquota caiu de 37% para 30%. Para os demais importados a redução foi de 41% para 35,5%. No caso dos utilitários, a alíquota caiu de 4% para 1%, para empresas instaladas no país e para os importados, de 34% para 31%. Os carros nacionais e importados acima de duas mil cilindradas não tiveram desconto. Continuam com IPI de 25% e 55%, respectivamente.

cidade

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12 Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

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VaLMa sILVa Amamentar é um dos

mais belos e importantes gestos de amor. É através do leite que sai do seio da mãe para o seu filho que o bebê obtém todos os nutrientes e anticorpos de que necessita para se desenvolver com saúde. Além disso, o ato estreita os laços entre os dois. Entretanto, muitas mães não conseguem vivenciar este momento indescritível com os seus filhos, por não produzirem o alimento natural. Por isso, foram criados os bancos de leite humano.

No mês de agosto, em que se celebra o incentivo ao aleitamento, as entidades locais chamam a atenção das mulheres que podem se tornar doadoras, e sobre a necessidade das mães amamentarem os filhos o máximo que puderem. O bebê pode ser exclusivamente alimentado

Por vaidade, mães deixam de amamentar

com o leite materno até os seis meses de idade, mas muitas deixam de amamentar ainda no primeiro mês, por vaidade e comodidade.

O primeiro banco de leite de Feira foi fundado no Hospital Geral Clériston Andrade, em 1987. Depois surgiu o do Hospital Inácia Pinto dos Santos (Hospital da Mulher). No Clériston, o banco está passando por uma ampla reforma (a primeira grande obra, desde a sua criação). Mesmo assim as atividades estão mantidas.

Os dois bancos desempenham trabalhos semelhantes. Diariamente as equipes circulam pelos hospitais, orientando as parturientes quanto à importância da amamentação e a forma correta de fazê-lo. “A amamentação requer cuidados como a limpeza do seio, o posicionamento para o bebê sugar e

engolir corretamente, e como evitar que a mulher sofra com ferimentos”, explica Railúcia Martins, coordenadora do Banco de Leite do Hospital da Mulher.

Nos primeiros dias, a amamentação pode ser dolorida e até machucar. Só que a mulher que fica com o seio muito ferido tende a deixar de dar o leite materno ao bebê, por não suportar o incômodo. Pode ocorrer também o entupimento do duto mamário, o que impede a saída do leite, que acumula e provoca inchaço e dor.

Por causa disso, e pela vaidade, as autoridades de saúde têm se preocupado cada vez mais com o incentivo à amamentação. “Muitas mulheres se recusam a amamentar por causa do aspecto que o seio pode ganhar, de flacidez. Mas é pior para a saúde dela e do filho não amamentar”,

enfatiza Railúcia. Além disso, alerta, a mulher que amamenta tende a perder mais rapidamente os quilos extras que se ganham durante a gestação.

Diariamente, cerca de 20 mulheres dão à luz no HGCA, segundo a diretoria da unidade. O hospital é referência no atendimento a gestantes em situação de risco em Feira de Santana e toda a região. “Justamente por terem uma gravidez perigosa, muitas mulheres não conseguem amamentar os filhos, já que a maioria é prematura”, comenta Railúcia.

O aleitamento materno de prematuros é mais difícil pela necessidade de hospitalização prolongada após o nascimento. “Essa separação prejudica a formação do vínculo mãe-filho, fator essencial ao sucesso da amamentação”, explica Graciete Vieira, médica do banco da unidade.

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13Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

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14 Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012

DECRETO INDIVIDUAL Nº 426/2012

O PREFEITO MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, tendo em vista o que consta do processo de nº 30.2649/2012, e no Parecer da Procuradoria Geral do Município nº 513/2012, e com fundamento no art. 6º, incisos I, II, III e IV, da Emenda Constitucional nº 41/2003, combinado com o art. 32, da Lei Complementar nº 011/2002, e alterações contidas na Lei Complementar nº 028/2006, RESOLVE conceder aposentadoria voluntária por tempo de contribuição, com proventos integrais, à servidora ESTELITA SANTOS COSTA, matrícula nº 01020151-1, Gari, classe I, referência “A”, nível 07, lotada na Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico.

Gabinete do Prefeito Municipal, 09 de agosto de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIOR PREFEITO MUNICIPAL

JAIRO ALFREDO CARNEIRO FILHOSECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

DECRETO INDIVIDUAL Nº 427/2012

O PREFEITO MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, tendo em vista o que consta do processo de nº 30.2609/2012, e no Parecer da Procuradoria Geral do Município nº 500/2012, e com fundamento no art. 6º, incisos I, II, III e IV, da Emenda Constitucional nº 41/2003, combinado com o art. 32, da Lei Complementar nº 011/2002, e alterações contidas na Lei Complementar nº 028/2006, RESOLVE conceder aposentadoria voluntária por tempo de contribuição, com proventos integrais, à servidora SONIA MARIA DIAS CERQUEIRA, matrícula nº 01005669-3, Instrutora de Ofício, classe II, referência “A”, nível 06, lotada na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.

Gabinete do Prefeito Municipal, 09 de agosto de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIOR PREFEITO MUNICIPAL

JAIRO ALFREDO CARNEIRO FILHOSECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

DECRETO INDIVIDUAL Nº 428/2012

O Prefeito Municipal de Feira de Santana, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, tendo em vista o que consta do processo de nº 30.2674/2012 e do Parecer da Procuradoria Geral do Município nº 541/2012, e com fundamento no art. 51, § 3º, inciso I, alínea “a”, da Lei Municipal Complementar nº 011/2002, e disposto no art. 48, inciso I, da Lei Complementar nº 028/2006, RESOLVE conceder PENSÃO POR MORTE, COM PROVENTOS INTEGRAIS, ao cônjuge sobrevivente FERNANDO AUGUSTO DE CARVALHO ALVES, de forma vitalícia, face ao falecimento da ex-servidora JOSENILZA CAMPOS REGO ALVES, em 05.05.2012, Matrícula nº 04002460-6, Assistente Administrativo, situação funcional de servidora inativa.

Gabinete do Prefeito Municipal, 09 de agosto de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIOR PREFEITO MUNICIPAL

JAIRO ALFREDO CARNEIRO FILHOSECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

PORTARIAS INDIVIDUAIS DA PREFEITURA MUNICIPALDE FEIRA DE SANTANA

O Prefeito Municipal de Feira de Santana, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições,

RESOLVE:

Nº 458/2012 – considerando o que consta do processo administrativo nº 91104/2011 e do Parecer da Procuradoria Geral do Município nº 673/2012, RESOLVE conceder à servidora ELIETE SAMPAIO LIMA, Professora, matrícula nº 01009134-4, classe I, referência “B”, nível 05, lotada na Secretaria Municipal de Educação, 03 (três) meses de licença-prêmio, relativa ao período aquisitivo de 1º de julho de 2001 a 30 de junho de 2006, para ser gozada a partir de 15 de agosto de 2012.

Nº 459/2012 – considerando o que consta do processo administrativo nº 026842/2012, e do Parecer da Procuradoria Geral do Município nº 684/2012, RESOLVE conceder ao servidor ADRIANO SILVA SANTANA, matrícula nº 01076250-3, Motorista, classe IV, referência “A”, nível 01, lotado na Secretaria Municipal de Administração, licença sem vencimentos, para tratar de interesses particulares, pelo prazo de 03 (três) anos, com vigência a partir de 13 de agosto de 2012.

Gabinete do Prefeito Municipal, 09 de agosto de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIOR PREFEITO MUNICIPAL

JAIRO ALFREDO CARNEIRO FILHOSECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

PORTARIA Nº 456/2012

O PREFEITO MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, tendo em vista o que consta do processo de nº 30.2609/2012, e no Parecer da Procuradoria Geral do Município nº 500/2012, e com fundamento no art. 6º, incisos I, II, III e IV, da Emenda Constitucional nº 41/2003, combinado com o art. 32, da Lei Complementar nº 011/2002, e alterações contidas na Lei Complementar nº 028/2006, RESOLVE: I – Fixar a renda mensal na inatividade da segurada SONIA MARIA DIAS CERQUEIRA, matrícula nº 01005669-3, Instrutora de Ofício, classe II, referência “A”, nível 06, lotada na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, em R$ 796,16 (setecentos e dezesseis reais e dezesseis centavos), equivalente a 100% do salário de contribuição verificado no mês de maio/2012, constituído das seguintes parcelas: vencimento – R$ 622,00; adicional por tempo de serviço (28%) – R$ 174,16. II - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal, 09 de agosto de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIOR PREFEITO MUNICIPAL

JAIRO ALFREDO CARNEIRO FILHOSECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

ANTÔNIO CARLOS MACHADODIRETOR PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DE FEIRA DE

SANTANA

PORTARIA Nº 457/2012

O Prefeito Municipal de Feira de Santana, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, tendo em vista o que consta do processo de nº 30.2674/2012 e do Parecer da Procuradoria Geral do Município nº 541/2012, e com fundamento no art. 51, § 3º, inciso I, alínea “a”, da Lei Municipal Complementar nº 011/2002, e disposto no art. 48, inciso I, da Lei Complementar nº 028/2006, RESOLVE: I – Fixar a renda mensal ao cônjuge sobrevivente FERNANDO AUGUSTO DE CARVALHO ALVES, de forma vitalícia, face ao falecimento da ex-servidora JOSENILZA CAMPOS REGO ALVES, em 05.05.2012, Matrícula nº 04002460-6, Assistente Administrativo, situação funcional de servidora inativa, em R$ 789,94 (setecentos e oitenta e nove reais e noventa e quatro centavos), equivalente a 100% do salário de contribuição verificado no mês de abril/2012, constituído da seguinte parcela: vencimento – R$ 789,94. II - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal, 09 de agosto de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIOR PREFEITO MUNICIPAL

JAIRO ALFREDO CARNEIRO FILHOSECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

ANTÔNIO CARLOS MACHADODIRETOR PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DE FEIRA DE

SANTANA

PORTARIA Nº 455/2012

O PREFEITO MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA, Estado da Bahia, no uso de suas atribuições, tendo em vista o que consta do processo de nº 30.2649/2012, e no Parecer da Procuradoria Geral do Município nº 513/2012, e com fundamento no art. 6º, incisos I, II, III e IV, da Emenda Constitucional nº 41/2003, combinado com o art. 32, da Lei Complementar nº 011/2002, e alterações contidas na Lei Complementar nº 028/2006, RESOLVE: I – Fixar a renda mensal na inatividade da segurada ESTELITA SANTOS COSTA, matrícula nº 01020151-1, Gari, classe I, referência “A”, nível 07, lotada na Secretaria Municipal do Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, em R$ 1.063,62 (mil e sessenta e três reais e sessenta e dois centavos), equivalente a 100% do salário de contribuição verificado no mês de maio/2012, constituído das seguintes parcelas: vencimento – R$ 622,00; adicional por tempo de serviço (31%) – R$ 192,82 e insalubridade – R$ 248,80. II - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito Municipal, 09 de agosto de 2012.

TARCÍZIO SUZART PIMENTA JÚNIOR PREFEITO MUNICIPAL

JAIRO ALFREDO CARNEIRO FILHOSECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO

ANTÔNIO CARLOS MACHADODIRETOR PRESIDENTE DO INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DE FEIRA DE

SANTANA

Page 15: Edicao 10-08-12

15Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012 cultural

*Mais dicas culturais em: www.infcultural.blogspot.com

Sandro [email protected]

Cultura e Lazer

SÁBADO 11/08

SEXTA-FEIRA 10/08SHOWS AO VIVO

Domingo tem Teatro recomeça

Festival Gospel com inscrições abertas

Sandro Penelú faz show especial para os pais

O Projeto Domingo Tem Teatro vem atraindo o público residente não só da cidade de Feira de Santana, mas também de cidades circunvizinhas, que encontram nele a opção cultural que faltava para animar as manhãs de domingo. Neste

recomeço, 12, Dia dos Pais, o público pode conferir o espetáculo “O Salone”, do grupo Nariz de Cogumelo, a partir das 10h30min. A peça é uma homenagem do grupo à palhaçaria clássica dos circos brasileiros, a partir da rotina atrapalhada de um salão de beleza.

Inspirado na cultura italiana, o espetáculo é marcado pela trilha sonora ao vivo, além de um toque da comédia tradicional, com um texto que diverte tanto as crianças quanto os adultos. A apresentação se dá no Teatro do Cuca.

Até o próximo dia 15, estarão abertas as inscrições (gratuitas) para o Festival Gospel 2012, promovido pela prefeitura de Feira de Santana, através da

Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer e a Fundação Cultural Municipal Egberto Tavares Costa. Os interessados devem comparecer no Departamento de

Atividades Culturais do Centro de Cultura Maestro Miro, das 8h às 11h e das 14h às 16h.

O primeiro colocado receberá um prêmio de R$ 3.000,00.

Neste domingo, a partir do meio-dia, o Marrufas Bar e Pizzaria estará presenteando os seus clientes com um show do cantor Sandro Penelú, em homenagem ao Dia dos Pais.

Uma opção imperdível pra quem curte boa música, bom ambiente e, é claro, a companhia e o carinho do paizão.

O Marrufas fica na Av. Maria Quitéria, próximo à Fan.

A mistura de Guymeo Jumonji

ordAchsoN GoNçALVes

Guymeo Jumonji. O nome pode soar estranho para quem ainda não conhece, mas está cada vez mais presente nos palcos feirenses. Com composições que carregam influências de ícones como Chico Buarque, Elis Regina, Legião Urbana e Paralamas do Sucesso, ele tem conquistado espaço no cenário local.

Seu primeiro trabalho profissional foi lançado no final de 2010, o DVD “Guymeo Jumonji ao vivo”, gravado no Centro de Cultura Amélio Amorim. Ainda este ano ele irá lançar um CD deste mesmo show, e um novo álbum autoral em 2013. Aos 33 anos e com 16 composições próprias, Guymeo trilha o difícil caminho de sobreviver da música em Feira de Santana. “Santo

Guymeo Jumonji traz em sua essência um estilo ainda pouco explorado no mercado musical baiano. Suas músicas passeiam entre o Pop/Rock e MPB. Ele não se arrisca a dizer que suas composições têm a “honrosa centelha” de Chico Buarque, mas admite que tudo o que ouve influencia no que produz.

“Bandas como Legião Urbana e Paralamas têm influência no meu trabalho, Elis Regina me ensinou muito sobre emoção, dicção, improviso, voz”, revela. O artista externa ainda sua insatisfação com

a “indústria musical” de um modo geral, nos tempos de hoje. “Acho evidente e inegável que a música tem sofrido ultimamente uma troca de valores sobre o que é bom ou não. As canções são cada vez mais simples, repetitivas e menos profundas. Talvez as gerações mais novas encarem isso como uma evolução, pois já nasceram nesta situação. Mas os melhores artistas não são tão reconhecidos, na minha opinião. O público aclama alguns heróis e na maioria das vezes se deixa manipular”, aponta.

TRAJETÓRIAGuymeo começou a

tocar nos bares de Feira de Santana aos 20 anos. Pouco tempo depois mudou-se para Salvador, quando integrou a banda de pop-rock Marvel Soul, formada com amigos. Aos 30, retornou para Feira de Santana, onde retomou sua carreira solo.

Em 2008 conquistou pela primeira vez o prêmio Vozes da Terra, nas categorias Melhor Canção e Melhor Intérprete. Em 2010 venceu o concurso musical novamente, na categoria Melhor Canção.

Influências do rock e da MPB

de casa não faz milagre, enquanto está em casa. Mas acredito que dependendo do segmento musical que este artista seguir, com uma boa produção, com um trabalho legal, ele consegue viver bem, apesar da classe ser muito desorganizada (sem me excluir). Alguns dos artistas que mais caracterizam a identidade real da música de Feira de Santana não estão na mídia”, acredita.

Guymeo nasceu em Conselheiro Lafayete, em Minas Gerais, mas aos três anos de idade mudou-se com a família para Feira de Santana. O nome é de origem hebraica (uma adaptação da terceira letra do alfabeto). O sobrenome, de ascendência japonesa, herdou do pai. E o nome rendeu muita provocação na escola. “Na época não existia a definição de Bullying. Pior para mim”,

brinca o artista. Ele conta que descobriu

o talento para a música na adolescência. “Eu assistia shows de calouros da época e pensava: eu canto melhor que esse guri! Depois, com 16 anos, nas olimpíadas do colégio onde estudava, a bandinha que estava tocando me chamou pra cantar uma música de Legião Urbana [Eu Sei]. Depois que terminei, meus amigos me acusaram de ser “cara de pau” por estar dublando a voz de Renato Russo. Fiquei a semana inteira perguntando pra eles se eles tinham realmente achado que eu estava dublando a música de Legião Urbana, pois eu estava realmente cantando.Neste mesmo ano ganhei um violão, ao vencer um concurso de poesias do colégio. Foi aí que começou”, lembra.

Com muitos anos de estrada, Guymeo lamenta qualidade dos sucessos atuais

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16 Feira de Santana, sexta-feira, 10 agosto de 2012 cidade

JINGLE DE JHONATAS:

“Feira tá doente e o doutor não tem remédio” a música de campanha do candidato rasta (numa batida reggae) mandou indireta pra Tarcízio TARCÍZIO PIMENTA:

“Vejo no trânsito o cidadão xingando, protestando. Ele acha que Feira não tem que ter engarrafamento. Aí só ele indo morar numa cidade de primeiro mundo”

ZÉ NETO:

“Foi criado este grande engodo que é o transbordo, que chegou como a maravilha da modernidade e se mostrou, na prática, ineficiente”RICARDO NOBLAT:

“O julgamento do Mensalão não revelará o PT que temos porque esse já sabemos qual é. Revelará o STF que temos”

BIAGGIO TALENTO:

“Retocaram tanto a foto de Lula para as placas dos candidatos do PT que muita gente o está confundindo com o ex-governador César Borges”jornalista de A Tarde critica o excesso de Photoshop na propaganda eleitoral

os PsICÓLoGos e educadores falam dos chamados comandos iniciais, são as atitudes, palavras e exemplos dos pais, nos primeiros anos de vida da criança. Para ela, os pais sabem tudo, são autoridades absolutas. E por isso gravam posturas que vão perdurar pela vida inteira. A criança, que é elogiada, cresce em todos os sentidos, a criança que é desprezada vai formar uma auto-estima baixa.

PADRE Charboneau escreveu um dia uma “Mensagem para os Pais”: Ele afirmou: Só uma vez nosso filho terá três anos e estará doido para sentar em nosso colo; Só uma vez ele terá cinco anos e quererá brincar conosco; Só uma vez terá dez anos e desejará estar conosco, em nosso trabalho; Só uma vez será adolescente e verá em nós um amigo com quem conversar; Só uma vez estará na universidade e quererá trocar idéias conosco. Se nós perdermos essas oportunidades, nós perderemos nosso filho para sempre e ele não terá pai.

a fIGURa paterna, portanto, é um desses valores de nossa vida, quer a enfoquemos do ponto de vista puramente humano, quer do ponto de vista da fé. Em que pese hoje as funções de pai e mãe dentro do lar terem deixado de ser bem definidas como foram no passado, o pai continua sendo para os filhos fonte de vida, segurança, proteção. E também, ternura, carinho, confiança, honestidade e ética.

DEUs aBEnÇoE nossos pais! Os que celebrarão seu dia junto com os filhos em volta de uma mesa farta, os que vão celebrar seu dia longe dos filhos mas dando sua vida por eles, os que dirão a Deus de sua alegria por terem casa, trabalho e saúde, os que pedirão socorro a Deus porque sentem que a cada dia, por força do desemprego, do baixo salário, está ficando cada vez mais difícil honrar com seus compromissos de pai. Deus Pai abençoe nossos pais, estejam eles por aqui ou lá com Deus no céu. Parabéns a você, pai!

O exemplo do paiNuma tarde quente de feriado, o pai levou seus dois filhos – sete e cinco anos – ao circo. Era recompensa pelo bom aproveitamento escolar. Na bilheteria foi informado: para crianças com menos de seis anos a entrada é grátis, para os outros, é cinco reais. O pai pagou os 10 reais. Foi à vez do funcionário comentar ao pai: podias ter economizado os cinco reais, eu nunca poderia saber se o garoto tem mais ou menos de seis anos. Com serena sabedoria, o pai explicou: o senhor não saberia, mas eu saberia e os garotos também.

[email protected]

Itamar VianArcebispo Metropolitano

Luzes noCaminho

ASSIM FALOU