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Revista Canavieiros - Dezembro 2011 1

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Revista Canavieiros - Dezembro 2011

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Revista Canavieiros - Dezembro de 2011

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Revista Canavieiros - Dezembro 2011

3Editorial

Depois de um ano contur-bado para a lavoura cana-vieira, o momento agora é

de cautela para investir com segu-rança no setor. Para isso, de acordo com Marcos Guimarães de Andra-de Landell, diretor do Centro de Pesquisa de Cana do IAC (Institu-to Agronômico) o “produtor rural tem que incorporar novas tecno-logias”. Acompanhe a entrevista exclusiva concedida a Canavieiros nesta edição.

Aproveitando o período de in-vestimento, o CTC (Centro de Tec-nologia Canavieira) lançou recen-temente, durante a edição 2011 do CanaShow, em Piracicaba, duas no-vas variedades de cana-de-açúcar, a CTC 23 e a CTC 24, que compõem a sétima geração de variedades do CTC. Confira estes novos materiais na Reportagem de Capa.

O deputado Federal (PPS-SP), Arnaldo Jardim, mostra o seu Pon-to de Vista em relação ao futuro do etanol. Para ele, é necessário que o governo “ajude” o setor, investindo em sua ampliação de produção.

Em Notícias Canaoeste o leitor poderá conferir o 1º Workshop Ca-naoeste/Copercana, realizado no Cred Clube, com o objetivo de des-pertar nos participantes habilida-des comportamentais que possam ser desenvolvidas. O Workshop foi ministrado pela coach e pales-trante da Central do Trabalho, Car-la Tambellini.

Ainda em Notícias Canaoeste as informações sobre o Seminário

Fitotécnico realizado pela Stab em parceria com a Canaoeste e Co-percana para produtores rurais e profissionais do setor, que discutiu soluções que aumentem a produti-vidade da cana-de-açúcar.

Desde 2008, a Copercana em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) mantém um confinamento de ovinos com ca-pacidade para 250 animais. Hoje, 18 cooperados fazem parte deste projeto, que busca padronizar a produção no campo. Confira mais informações nas Notícias Coper-cana deste mês.

Em Assuntos Legais, o advo-gado da Canaoeste, Juliano Bor-tolotti, fala sobre a prorrogação do prazo do georreferenciamento de imóveis rurais para os pro-prietários de áreas menores de 500 hectares.

O Destaque desta edição foi o trabalho de qualificação realizado com os colaboradores que traba-lhavam no corte de cana-de-açúcar, através do programa Renovação da UNICA (União das Indústrias de Cana-de-açúcar). Colaboradores da Viralcool, Destilaria Santa Inês, LDC SEV e Usina Pitangueiras receberam Certificados de Treina-mento Especializado em diversas áreas do setor.

Além disso, não deixe de con-ferir as Informações Setoriais com o consultor agronômico da Cana-oeste, Oswaldo Alonso, dados da Consecana e dica de leitura.

É hora de investir

Boa leitura!Conselho Editorial

RC

Conselho editoRial:Antonio Eduardo TonieloAugusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido VanzellaManoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio SicchieriOscar Bisson

editoRa:Carla Rossini - MTb 39.788

PRojeto gRáfiCo e diagRamação: Rafael H. Mermejo

equiPe de Redação e fotos:Carla Rodrigues - MTb 55.115Murilo SicchieriRafael H. Mermejo

ComeRCial e PubliCidade:Marília F. Palaveri(16) 3946-3300 - Ramal: [email protected]@revistacanavieiros.com.br

imPRessão:São Francisco Gráfica e Editora Ltda

tiRagem: 11.000 exemplares

issn: 1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuída gra-tuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias assinadas são de responsabilidade dos au-tores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte.

endeReço da Redação:A/C Revista CanavieirosRua Augusto Zanini, 1591 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550Fone: (16) 3946 3300 - (ramal 2190)

www.revistacanavieiros.com.br

www.twitter.com/[email protected]

Expediente:

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Revista Canavieiros - Dezembro de 2011

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Ano V - Edição 66 - Dezembro de 2011

Índice:

E mais:

Capa - 20CTC lança novas variedades

de cana-de-açúcar

Liberação aconteceu em Pira-cicaba durante a edição 2011 do Cana Show

10 - Notícias Copercana

13 - Notícias Canaoeste

24 - Notícias Sicoob Cocred

- Confinamento de ovinos Copercana

- 1º Workshop Canaoeste/Copercana- Jantar de confraternização Canaoeste- Stab realiza seminário fitotécnico para produtores- Plano de eliminação gradativa da queima da palha de cana-de-açúcar e protocolo

agroambiental do setor sucroalcooleiro - safra 2012/2013- Prorrogado decreto que aplicava pena de multa por falta de Reserva Legal averbada

- Balancete Mensal

Notas.................página 08

Circular Consecana.................página 12

Comunicação.................página 25

Informações Setoriais.................página 26

Artigo Técnico.................página 28

Cultura de rotação.................página 33

Destaque.................página 34

Mais Etanol.................página 36

Cultura.................página 37

Classificados.................página 38

05 - Entrevista

07 - Ponto de Vista

Marcos Guimarães de Andrade LandellDiretor do Centro de Pesquisa de Cana do IAC“O produtor rural tem que incorporar novas tecnolo-

gias”

Arnaldo JardimDeputado Federal (PPS-SP)

membro da Comissão de Minas e Energia Etanol: Definir seu futuro já!

25 - ComunicaçãoProjeto AGORA vence prêmio máximo como “Empresa do Ano de 2011” da Aberje

Iniciativa também conquistou o prêmio Master na categoria Comu-nicação Integrada

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Revista Canavieiros - Dezembro 2011

5Entrevista

Marcos Guimarães de Andrade Landell

“O produtor rural tem que incorporar novas tecnologias”

Carla Rossini

Revista Canavieiros: Marcos, houve uma quebra de produção da safra cana-vieira 2011/12, principalmente por fato-res climáticos e econômicos. Como você analisa a situação do setor mediante esse cenário?

Marcos Guimarães de Andrade Landell: Essa quebra de produção é re-sultado de uma série de fatores. A seca foi preponderante e acentuada a partir do mês de abril de 2010 e isso foi mui-to importante para esse acontecimento. Mas temos que nos lembrar dos nossos canaviais mais ve-lhos, ou seja, 30% da cana que foi colhida esse ano não deveria mais estar em culti-vo, já deveria ter sido substituída por outras mais novas. Lembro também que parte deste canavial mais velho, foi muito mal tratado há 4 anos. Naquele momento de crise do setor, os produtores deixaram de adubar ou adubaram parcialmente; pro-dutores não cuidaram bem do controle de mato e o canavial sofreu competição e até hoje esses canaviais estão muito sujos e ainda sofrendo o efeito das plantas dani-nhas. Um outro aspecto na minha visão

Essa é a opinião do diretor do Centro de Pesquisa de Cana do IAC (Instituto Agronômico), Marcos Guimarães de Andra-de Landell, que concedeu entrevista exclusiva à Revista Ca-navieiros, durante o I Encontro Técnico de Fornecedores da Alta Mogiana, realizado no Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto, no dia 29 de novembro.

Landell falou sobre a quebra de produtividade da safra ca-navieira 2011/12 e também sobre a participação dos produ-tores de cana no cenário atual. Na opinião do pesquisador, “o produtor tem que se atualizar, não pode ficar contemplan-do, assistindo tudo passar como se tivesse na frente de uma TV, tem que entrar também nesse filme e participar”, disse.

Confira a íntegra da entrevista:

que também coopera para essa situação de baixa produtividade ser acentuada, é a baixa adoção tecnológica. Os produtores multiplicaram as variedades que vinham plantando nos últimos 10 ou 12 anos atrás, basicamente as mesmas varieda-des, não está havendo uma evolução através do processo de adoção de novas variedades. Tudo isso resultou neste qua-dro triste. É difícil para um setor que já teve produtividades acima ou próxima a

90 toneladas conviver com uma produtivi-dade que se aproxima de 70 toneladas.

Revista Cana-vieiros: Os fatores econômicos também influenciaram?

Marcos Landell: Muitas vezes em fun-

ção das questões econômicas acabamos fazendo algumas opções e essas opções acabam voltando como bumerangue so-bre nós mesmos. Esse era o momento de ganhar dinheiro. Um momento muito significativo se o canavial tivesse capaci-dade de resposta e se fosse um canavial de bom potencial biológico. Não é isso que acontece, são canaviais velhos e com muitas falhas.

Revista Canavieiros: Como que as variedades de cana podem ajudar a re-cuperar essa produtividade?

Marcos Landell: Essas variedades que estão no mercado, são variedades com potencial de produção superior, principal-mente no primeiro e segundo corte. Na mi-nha visão, o fato dos produtores rurais ado-tarem novas variedades rapidamente, terá um impacto porque vai ser uma mudança no padrão de comportamento nos primei-ros cortes, ou seja, vamos ter produtividade que pode ser de 10 a 15 toneladas a mais que o primeiro corte em função do gran-de potencial dessas variedades. Isso não significa que elas (variedades) não tenham socas, mas que, de uma forma geral, todas têm apresentado um potencial de produção muito alto no primeiro corte. Isso garante um retorno líquido maior para o produtor de forma que consiga pagar o investimento feito na reforma. Novas variedades como a IACSP 95-5000, mesmo outros materiais como a RB 92-579 ou a CTC 4, são mate-riais que já mostraram que tem alta produ-tividade nesses cortes iniciais e que imagi-namos que tragam rapidamente o retorno para o produtor.

“...produtores adotarem novas variedades

rapidamente, terá um impacto na produtivida-de que pode ser de 10 a 15 toneladas a mais que

o primeiro corte...”

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Revista Canavieiros - Dezembro de 2011

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Revista Canavieiros: Na sua opi-nião, qual é o papel do produtor rural na recuperação do setor?

Marcos Landell: Penso que o produ-tor tem que pegar sua produção de novo, ou seja, tem que assumir o controle des-se volante. O que aconteceu nos últimos anos foi uma omissão do produtor que apenas fez o que a usina fazia. Usava as variedades que a usina disponibilizava e de uma forma geral, estava muito deses-timulado em função dos problemas de preço. O que o produtor tem que fazer? Primeiro, tem que fazer o seu próprio viveiro para produzir as variedades que poderão, por exemplo, dar os saltos. O produtor não pode continuar dependendo do que têm na usina ou na indústria. Ou-tros aspectos da produção, como contro-le de plantas daninhas, a parte nutricio-nal e o controle de qualidade de colheita, ou seja, uma série de operações que ele (produtor) foi se afastando e foi perden-do um pouco o caráter de produtor ou da atividade que sempre desempenhou. É possível reverter isso mudando de pos-tura, se tornando mais pró-ativo com a produção. Acredito que haja possibili-dade de reverter esse quadro, desde que os produtores assumam outra atitude e participem principalmente de treinamen-tos para adquirirem uma nova visão da produção. Enfim, tem que desconstruir os conceitos que tinha até então, porque mudou muita coisa, o plantio mecânico é um novo cenário que vai estar inserido a partir de agora, assim como foi a co-lheita mecânica. O produtor tem que se atualizar, não pode ficar contemplando, assistindo tudo passar como se tivesse na frente de uma TV, tem que entrar tam-bém nesse filme e participar.

Revista Canavieiros: Em sua apre-sentação, você disse que hoje, principal-mente no Estado de São Paulo, existe uma produção padrão, um conhecimen-to consolidado por parte dos produtores. Você analisa isso de forma negativa?

Marcos Landell: Não. Eu acho mui-to bom que tenha um conhecimento consolidado e que as pessoas estejam usando esse conhecimento para manter, pelo menos, níveis de produtividade em questão. No entanto, esses últimos 3 anos, sequer conhecimento consolidado foi utilizado plenamente, por exemplo, técnicas de nutrição foram deixadas de lado, muitos produtores não adubaram

de forma correta, controle de mato tam-bém não foi feito corretamente, que são os cultivos químico e mecânico. Quan-do lançaram mão disso, não consegui-ram nem mesmo manter aquela produ-tividade que se esperava. Mas acredito que além de manter esse conhecimento consolidado que é uma coisa muito boa, ou seja, é a cultura canavieira já incor-porada, o produtor tem que incorporar novas tecnologias.

Revista Canavieiros: Você também afirmou que há 10 anos a produtividade da cana está estagnada. O que é preciso para mudar isso?

Marcos Landell: Com certeza as no-vas tecnologias são o caminho. Traba-lhar encima dessa matriz de ambientes. Acredito muito e já vi isso gerar impac-tos muito significativos em empresas, mas tem que se ter uma nova visão da produção, fazer um bom trabalho ponto a ponto, um trabalho de agricultura de precisão para gerar ganhos significativos na produtividade.

Revista Canavieiros: Mudando de assunto, como que está o programa de melhoramento de cana-de-açúcar do

IAC e existe previsão de lançamento de novas variedades?

Marcos Landell: O programa está muito bem e tem sido aperfeiçoado em todas as suas etapas, desde a hi-bridação, através da nova estação de hibridação Serra Grande / Uruçuca na Bahia. Quanto aos lançamentos, acre-dito que em 2012 haja um lançamento de novas variedades.

Revista Canavieiros: Hoje, quais são as principais características que os programas de melhoramento procuram para lançar uma nova variedade?

Marcos Landell: Além de todas aque-las já faladas, como teor de sacarose alta, produtividade elevada e boa soqueira - uma coisa que é marca do IAC, são canas com perfil biométrico mais uniforme, ou seja, diâmetro uniforme com bastante perfilhamento. Isso mantém canas eretas que facilitem o processo de colheita me-cânica e facilitem o processo do plantio mecânico. A cana ereta é uma muda de melhor qualidade na plantadeira e temos observado isso. Todas essas característi-cas juntas devem compor uma variedade e de uma forma geral, as variedades tem todas essas características.RC

Sobre o I Encontro Técnico de Fornecedores da Alta Mogiana

O evento foi realizado através de uma parceria entre a Canaoeste, a LDC-SEV e o IAC. Aproximadamente 250 pessoas, entre fornecedores de cana-de-açúcar, profissionais das unidades industriais e da associação e lideranças do setor su-croenergético participaram do encontro que teve como objetivo discutir e tro-

car informações sobre aspectos técnicos que promovam uma maior produtivida-de e longevidade na lavoura canavieira. Para isso, vários temas foram abordados, como: planejamento e manejo da cana-de-açúcar, variedades, produção de mu-das, controle de doenças, principais pra-gas e novas tecnologias.

Entrevista

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Revista Canavieiros - Dezembro 2011

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A semana do Sugar Week 2011 propiciou eventos, tais como a 11ª Conferência Datagro e o

Prêmio Mastercana, para debater o pre-sente e o futuro do setor sucroenergéti-co. Demonstrou a urgência de medidas estruturais e estruturantes para o nosso setor estratégico para o Brasil, tanto no aspecto energético, como no econômico e no ambiental.

Sentido de urgência Após o anúncio da redução do teor

de mistura do anidro na gasolina, em vi-gor deste 1º de outubro, o governo nada avançou em relação ao pacote de medi-das de apoio ao setor que englobariam créditos para renovação de canaviais e de estocagem, além de modificações tribu-tárias para assegurar rentabilidade, espe-cialmente do etanol hidratado. Anuncia-dos, a redução da alíquota do imposto de renda das usinas e o crédito presumido de PIS Cofins para o etanol, não saíram do papel. Em suma, o governo continua reativo e omisso!

Na aprovação da MP 532, da qual fui relator, conseguimos refrear o temor intervencionista em relação aos novos poderes da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), mas alterações de conteúdo importantes para o setor, que havíamos introduzido, foram vetadas pelo governo federal, tais como: a garantia de participação da bioeletricida-de dentro da nossa matriz energética na-cional; determinação para que o BNDES ofereça e mantenha uma ampla linha de programas de estímulos e de financiamen-to para o setor; mudanças nas alíquotas da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) de forma a assegu-rar a competitividade do etanol em rela-ção a gasolina; e no regime de dutos ou futuros “etanoldutos” quando manteve a obrigatoriedade destes estarem atrelados ao regime de concessões.

Etanol VS GasolinaPrimeiramente, é fundamental evitar

a comparação de desiguais, pois mesmo com fortes oscilações na cotação do bar-ril de petróleo, o preço da gasolina não

sofre alterações desde 2009. Portanto, o processo de formação de preços dos combustíveis é radicalmente diferente! Há necessidade de definir uma equipara-ção de procedimentos!

Injustiça tributáriaEm janeiro de 2002, a participação dos

impostos sobre o preço da gasolina na bom-ba era de 47%, percentual que foi caindo ao longo dos anos para os atuais 35%. Em con-trapartida, os tributos embutidos no preço do etanol estão, hoje, em 31% (média Bra-sil), o que coloca em xeque a sua competiti-vidade. Em suma, não há nenhum tipo reco-nhecimento sobre os impactos positivos do etanol sobre a economia, a saúde pública, a qualidade do ar, a geração de empregos e de divisas para o País.

Há tempos também defendo a unifica-ção da alíquota de ICMS do hidratado, a exemplo do que fez o Estado de São Paulo que reduziu a alíquota de 25% para 12% o que aumentou a arrecadação, reduziu as fraudes e trouxe o mercado para formalidade.

Além da formação de preços e medidas de incentivo tributário, precisamos de po-líticas públicas capazes de garantir a esta-bilidade, previsibilidade e o planejamento para os biocombustíveis. Isso só será pos-sível com uma Política de Estado, clara e perene, para assegurar um crescimento sustentável da produção do “combustível do futuro”. Entre as medidas, destaco:

- Assegurarmos linhas de financiamen-to específicas para a renovação dos cana-viais e a construção de novas usinas;

- Ampliarmos do uso da bioletricidade pelo seu aspecto complementar a hidroe-letricidade, mas que vem esbarrando nos preços baixos ofertados pelos leilões de energia nova e problemas na definição de responsabilidades em relação à conexão;

- No transporte e logística é funda-mental fortalecermos as Parcerias Públi-co Privadas e agilizarmos os modelos de concessão para investirmos na ampliação dos chamados “alcooldutos”;

- Ampliarmos os contratos futuros por meio da redução do IOF nas operações;

- Buscarmos a vanguarda em pesqui-sa e tecnologia para desenvolver novas variedades e ampliarmos a produtivida-de por hectare, além de avançarmos na pesquisa rumo ao etanol celulósico. Para tanto defendemos o estabelecimento de uma Embrapa da Cana, órgão público criado para atender produtores de todas as regiões do país e o fortalecimento do setor Cana do IAC – São Paulo.

Mobilização Nacional No início de dezembro, o Fórum Na-

cional do Setor Sucroenergético lançou uma campanha nacional: +Etanol, que vai avançar em postos para um Plano Nacio-nal de Retomada da Produção de Etanol.

Contornar o risco de estarmos abrindo

mão “da fabulosa história do etanol, cons-truída nos últimos 35 anos”, por meio da produção, uso e pesquisa de biocombustí-veis. O governo precisa arregaçar as man-gas para retomarmos a nossa capacidade de investimentos na ampliação da produção de etanol. As vésperas da realização da Confe-rência das Nações Unidas sobre Desenvol-vimento Sustentável (Rio+20) precisamos nos apresentar como uma referência mun-dial no combate às emissões de gases de efeito estufa com o nosso etanol.

*Deputado Federal (PPS-SP) – mem-bro da Comissão de Minas e Energia

RC

Ponto de Vista

Arnaldo Jardim*

Etanol: Definir seu futuro já!

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8Notas

Nova Tecnologia

Associação de Equoterapia Vassoural realiza festa de confraternização

O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, participou do evento

O diretor da Copercana, Pedro Esrael Biguetti, intermediou um experimento entre a Usina Aralco e a empresa Jumil, para que uma nova tecnologia seja apli-cada. Trata-se da Plantadora Adubadora JM 7090 PD EXACTA que a usina está utilizando desde 1º de dezembro para fa-zer o plantio de soja na palhada de cana. A máquina possui vários pontos positi-vos, mas os principais são o rendimento operacional e redução de custos.

Luis Pereira (técnico agrícola responsável por tratos culturais do Grupo Aralco), Marcelo Fiorucci

(gerente agrícola corporativo do Grupo Aralco) e Pedro Esrael Bighetti (diretor da Copercana)

Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste), Edna e Nério Costa (prefeito de Sertãozinho), Beatriz Biagi (idealizadora do projeto), Edilah Biagi, Frederico Venturelli (prefeito de Pontal)

e Maria Zeferina Baldaia (vereadora de Sertãozinho)

A Associação de Equoterapia Vassoural realizou no dia 7 de dezembro, uma festa de confraternização com apresentação de praticantes que fazem parte do projeto que ajuda crianças, jovens e adultos - através do cavalo - com necessidades especiais, princi-palmente as que possuem lesões neuromo-toras, patologias ortopédicas, necessidades educativas e distúrbios comportamentais.

O encontro reuniu os familiares dos pra-ticantes, empresários que apóiam o projeto e autoridades como o prefeito de Sertão-zinho, Nério Costa, que foi acompanhado da primeira dama do município, Edna Gar-cia da Costa, a prefeita de Ribeirão Preto, Darcy Vera, e o prefeito de Pontal, Frede-rico Venturelli. O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan e o empresário, Maurílio Biagi Filho, do Grupo Maubisa, também estiveram presentes

A Equaterapia é um método terapêu-tico, com uma abordagem interdiscipli-nar, envolvendo as áreas de saúde, edu-cação e equitação, o tratamento busca o desenvolvimento biopsicossocial dos praticantes.

Beatriz Biagi, idealizadora do proje-to, explica que os serviços da entidade são disponibilizados de forma gratuita, por conta do apoio dos colaboradores. “Atualmente se beneficiam do projeto, 37 moradores de Pontal, Ribeirão Pre-to, Sertãozinho e Pitangueiras e para o próximo ano pretendemos dobrar esse número”, disse.

Desde a sua criação, a associação já ofereceu mais de cinco mil atendimentos a crianças e adultos com necessidades especiais.

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Revista Canavieiros - Dezembro 2011

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Prêmio ABAG/RP “José Hamilton Ribeiro”

CEISE Br apresenta o balanço de ações de 2011 para associados

A secretária da agricultura do estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, e lideranças do setor sucroenergético, prestigiaram a entrega do prêmio

Empresários de Sertãozinho e região ouviram o balanço de 2011 e as perspectivas para 2012 durante a apresentação do CEISE Br

No dia 7 de dezembro, a ABAG-RP (Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Pre-to) anunciou os vencedores do Prêmio Abag de Jorna-lismo 2011 e confirmou que a partir de 2012, em sua 5ª edição, o Prêmio passará a chamar “Prêmio ABAG/RP de Jornalismo José Hamilton Ribeiro”.

O CEISE Br - Centro Nacional das In-dústrias do Setor Sucroenergético e Bio-combustíveis, foi um grande articulador da indústria sucroenergética em 2011. Suas ações, através dos Comitês Técnicos e Setoriais, da Universidade Corporativa do Setor Sucroenergético (UNICEISE) e da união com os elos da cadeia produtiva fomentaram o desenvolvimento do setor como um todo. Para demonstrar aos seus associados e parceiros um balanço de ações promovidas e quais as perspectivas para 2012, o CEISE Br realizou o I Encon-tro Anual de Resultados e Perspectivas do CEISE Br, na noite de 8 de dezembro.

O evento teve início com uma palestra da economista Vanessa Nardy, analista de Agri-business Research & Knowledge Center da PriceWaterouseCoopers Auditores Inde-pendentes, que apresentou o estudo “Pano-rama do Setor Sucroenergético para a Safra Atual e Perspectivas para 2012/13”. Segun-do dados do estudo, as perspectivas para a próxima safra são boas, apesar de o encer-ramento precoce ter gerado uma quebra de safra estimada em 9%. “Será uma safra de recuperação, com os investimentos volta-

dos para a renovação dos canaviais. O crescimento da demanda mundial por etanol é de 13% ao ano, reforçando que há um grande potencial de mer-cado”, afirmou Vanessa, que ressaltou que o Bra-sil precisa de políticas públicas consistentes e estáveis para a retomada do setor.

Numa breve retrospectiva, Adézio Marques, presidente do CEISE Br, afir-mou que o ano de 2011 foi positivo para a entidade pois suas propostas geraram ações para o desenvolvimento do setor, como o documento enviado em fevereiro ao Ministério da Agricultura com propos-tas para a retomada dos investimentos na cadeia produtiva sucroenergética, numa ação em conjunto com a Força Sindical, a Prefeitura Municipal de Sertãozinho e embasada pela UNICA - União das In-dústrias de Cana-de-açúcar e da Orplana - Organização dos Plantadores de Cana do Estado São Paulo.

As perspectivas para o próximo ano são excelentes. “O Governo Federal tem nas mãos um conjunto de pro-postas lançadas recentemente através do “Movimento Mais Etanol”, numa iniciativa inédita com toda a cadeia produtiva, visando o reconhecimento do etanol como solução econômica, social e ambiental para o País”, frisou Adézio. “Temos a oportunidade não só de retomar os investimentos no setor, mas também de alavancar a economia do Brasil”, finalizou.

Fonte: CEISE BR

Zé Hamilton, que par-ticipou da festa de entrega das premiações, se disse li-sonjeado e gratificado com a homenagem: “receber um prêmio de jornalismo é uma coisa gratificante, passar a ser nome de um prêmio dá um pouco de medo, é muita honra. E sendo como é, um

prêmio de agro, que é o mundo da ter-

ra, a parte mais brasileira do Brasil, é mais importante ainda”.

Os ganhadores em 2011 foram:

Modalidade Revista: Clivonei Roberto

Revista IdeaNewsMatéria: Programas de formação capa-

citam e transformam vidas na agroindús-tria do açúcar e do etanol. Ver matéria.

Modalidade TV: Manuel Dirceu Martins

EPTV Ribeirão - Globo News Reportagem: As novas tecnologias da

cana.

Modalidade Jornal: Venceslau Bor-lina Filho

Jornal Folha de São PauloMatéria: Fronteira agrícola recebe R$

50 bilhões.

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Revista Canavieiros - Dezembro de 2011

10Notícias Copercana

Confinamento de ovinos CopercanaO projeto desenvolvido pela cooperativa em parceria com o

Sebrae garante rentabilidade ao produtor e qualidade à carne

Desde 2008, a Copercana em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas) mantém um confi-namento de ovinos com capacidade para 250 animais, podendo ser ampliado para até 1000 animais, de acordo com as ne-cessidades dos cooperados.

Hoje, 18 cooperados fazem parte do projeto que busca padronizar a produção no campo, ou seja, todos os produtores utilizarem as mesmas tecnologias e os mesmos manejos sanitários para que os animais cheguem ao confinamento com características muito parecidas.

“Animais com a mesma idade e mesmo peso proporcionam excelente qualidade no produto final. Hoje, a cadeia da ovinocul-tura não está estruturada e o abate é reali-zado na clandestinidade, o que dificulta ob-ter números para poder dimensionar essa cadeia”, explicou o zootecnista e consultor do Sebrae, Sérgio Berteli Garcia.

Carla Rodrigues

De acordo com o veterinário da Co-percana, Gustavo Leal Lopes, o objeti-vo da parceria é aumentar a produção de ovinos no Estado de São Paulo. “Os produtores mandam para o confinamento os animais com desmama de até 3 meses, deixando para a cooperativa as etapas de engorda e abate, dispondo de espaço li-vre para colocar novas matrizes em sua área”, disse o veterinário.

Depois de levados para o confina-mento, existe a opção de venda imediata para a cooperativa ou após o abate, fica a critério do produtor. A cada 45 dias, a Copercana fecha um lote com animais de 35 a 45 quilos (peso vivo correspondente a animais com até 6 meses de idade) para abate no frigorífico e a comercialização das carnes é realizada pelos Supermerca-dos da rede Copercana.

Segundo Márcio Zeviani, supervisor dos Supermercados Copercana, o projeto trouxe vários benefícios para os clientes e também para a área de vendas dos su-permercados. “Os clientes já optam pe-los cortes individualizados, valorizando a carne que está consumindo, que apesar de ser pouco conhecida, é muito nutri-tiva. Para isso, melhoramos o preço da carne, e, com isso, conseguimos dobrar as vendas”, destacou Zeviani.

O produtor rural de Cravinhos, José Sebastião Zanetti (Fazenda Sede São Manoel) é um dos cooperados que fazem parte do projeto. Zanetti possui 205 ani-mais em sua propriedade e disse que a

etapa de comercialização era o que mais causava preocupação. “Nós produtores, sozinhos, temos dificuldade em realizar, de maneira correta, a venda da carne. Com a criação deste projeto, a Coperca-na se responsabiliza pela comercializa-ção, facilitando nossa atividade e garan-tindo um produto de grande qualidade”, explicou o cooperado.

Além disso, o projeto entre a Coper-cana e o Sebrae ajuda os produtores a se adequarem as novas leis ambientais. Por exemplo, a proibição de plantações próximas as sedes e rodovias, resulta em áreas inativas. Para aproveitar estas áreas, o produtor pode ocupá-las com pastagens para cria e recria de animais, e depois destiná-los (após o período de 3 meses) para o confinamento.

“Eu tenho a cana-de-açúcar como mi-nha principal cultura, mas por causa das novas leis ambientais, tenho muitas áreas que ficam ociosas, então as uso para cria-ção de cordeiro e aproveito para comple-mentar minha renda”, disse Zanetti. RC

Sérgio Berteli Garcia,

consultor do Sebrae

Márcio Zeviani, supervisor dos Supermercados Copercana

José Sebastião Zanetti,

produtor rural de Cravinhos

Gustavo Leal Lopes, veterinário da Copercana

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Revista Canavieiros - Dezembro 2011

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Revista Canavieiros - Dezembro de 2011

12Notícias Canaoeste

Consecana CIRCULAR Nº 10/11DATA: 30 de Novembro de 2011

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de NOVEMBRO de 2011. O preço médio do kg de ATR para o mês de NOVEMBRO, referente à Safra 2011/2012, é de R$ 0,5016.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a novembro de 2011 e acumulados até NO-VEMBRO, são apresentados a seguir:

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a novembro de 2011 e acumula-dos até NOVEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/11, são os seguintes:

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1º Workshop Canaoeste/Copercana

No dia 14 de dezembro, os cola-boradores das áreas assistencial agronômica, gestão ambiental

e topografia da Canaoeste e comercial agronômica da Copercana, participaram do 1º Workshop Canaoeste/Copercana, realizado no Cred Clube, em Sertãozi-nho. O evento foi realizado para desper-tar nos participantes habilidades compor-tamentais que possam ser desenvolvidas. O Workshop foi ministrado pela coach e palestrante da empresa Central do Traba-lho, Carla Tambellini.

“O principal objetivo da Canaoeste com esse encontro foi a integração en-tre os agrônomos e a inter-relação de suas experiências profissionais, já que a associação presta serviço de assistência técnica, extensão rural, desenvolvimento e pesquisa e a Copercana realiza a ven-da de produtos agrícolas, estratégia co-mercial e dinâmica de vendas. Com isso esperamos um maior poder de confian-ça dos agrônomos, desenvolvendo com ética e profissionalismo a gestão de lide-rança dentro de suas respectivas áreas de atuação, efetivando a satisfação dos pro-dutores e trazendo novos associados”, disse Luiz Carlos Tasso Júnior, diretor da Canaoeste.

Ao longo do dia, foram realizadas vá-rias apresentações e atividades através de vídeos, músicas, interações, dinâmicas e jogos corporativos, de forma interligada a conteúdos técnicos. Alguns dos temas debatidos foram: crenças e valores do ser humano, comportamento receptivo e defensivo, diferenças individuais e ego, percepção seletiva e relação interpesso-al, processo de auto-análise para mudan-ça pessoal, processo de comunicação, padrões do comportamento humano, ca-pacidade de flexibilidade e trabalho em equipe, linguagem do corpo e construção de novas relações.

De acordo com a palestrante, hoje as instituições que estão “antenadas” às exigências do cliente externo, devem es-tar “antenadas” também às necessidades do cliente interno, ou seja, seus colabo-

Carla Rodrigues

Programação contou com dinâmica e palestras sobre capacitação profissional

radores. O profissional dessa nova era tem presenciado um alto nível de adver-sidades devido as funções e desafios de gerenciar novas e diversas exigências do mercado, como: qualidade, estraté-gia, resultado, excelência, consultivo, pró-ativo, foco no negócio e no cliente, soluções, assertividade, tempo, entre outras. “O investimento em formação e desenvolvimento de profissionais está muito mais ligado à técnica, deixando o lado comportamental em segundo plano. O interessante, é que para dar conta das exigências modernas, é necessário que os dois lados do cérebro esquerdo (domi-nante) e direito (não dominante) estejam

integrados, equilibrando o uso das poten-cialidades”, explicou a palestrante.

O gerente do departamento técnico da Canaoeste, Gustavo Nogueira, também participou do evento e disse acreditar neste tipo de trabalho para melhorar o de-sempenho profissional de cada um. “As atividades realizadas durante o encontro permitem que os colaboradores se expo-nham mais facilmente e mostrem suas di-ficuldades. Posteriormente, com o apoio da empresa Central do Trabalho, preten-demos dar continuidade nestas atividades e corrigir nossas deficiências de atuação no dia-a-dia”, disse Nogueira. RC

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Jantar de confraternização Canaoeste

Para comemorar os bons resultados da Canaoeste em 2011 e iniciar 2012 com o “pé direito”, o presidente da

associação, Manoel Ortolan, organizou um jantar que reuniu gerentes e engenheiros agrônomos (da Copercana e Canaoeste), no Cred Clube, em Sertãozinho. A comemo-ração foi realizada no dia 14 de dezembro e foi prestigiada pelo diretor da Canaoeste, Luiz Carlos Tasso Júnior, pelo presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo e pelo diretor, Pedro Esrael Bighetti.

“Todos se esforçaram bastante para que os produtores superassem as dificuldades de 2011: diretores, técnicos, agrônomos e gerentes. Isso resultou num bom ano para a Canaoeste. Hoje, reunidos, relembramos fatos ocorridos e como um grupo unido ce-lebramos também a proximidade do Natal e do Ano Novo.”, disse Manoel Ortolan.

“Realizamos essa confraternização com a finalidade de reforçar os laços de amizade entre as diretorias e os colaboradores. Não podemos nos relacionar apenas em âmbito profissional, precisamos de união para ter-mos dinamismo na realização das nossas atividades que, quase sempre, são realizadas em grupo. Aqui não somos apenas colegas de trabalho, somos um grupo de amigos em busca dos mesmos objetivos”, disse Tasso.

Carla Rossini

RC

Notícias Canaoeste

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Stab realiza seminário fitotécnico para produtores

A Stab (Sociedade dos Técnicos Açucareiros Alcooleiros do Brasil) realizou, no dia 13 de dezembro, o

“Seminário Fitotécnico e Sistema de Pro-dução de Cana e Colheita Mecanizada”. O evento foi realizado em parceria com a Ca-naoeste, Copercana, Afocapi (Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba) e Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo).

Apoiado pela Orplana (Organização de Plantadores de Cana da Região Cen-tro-Sul do Brasil) e Udop (União dos Pro-dutores de Bioenergia), e coordenado por José Rodolfo Penatti (Afocapi), Luiz Car-los Tasso Júnior (Canaoeste) e Oswaldo Alonso (Canaoeste), o evento, que reuniu produtores, pesquisadores e profissionais do setor, aconteceu no Centro de Conven-ções do Centro Cana IAC (Instituto Agro-nômico) em Ribeirão Preto.

O presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, esteve presente e participou da abertura. Na ocasião, aproveitou a opor-tunidade para falar sobre a importância dos produtores e instituições do setor, em apoiarem eventos deste tipo, onde há uma grande troca de informações e expe-riências. Ortolan também parabenizou os produtores pela aprovação do novo Có-digo Florestal e disse que o momento é de cautela para investir com segurança.

Durante o encontro, vários temas fo-ram abordados sobre a cadeia produtiva

Carla Rodrigues

Em parceria com a Canaoeste e Copercana, evento discutiu soluções para aumentar a produtividade dos canaviais

do setor, entre eles: consórcios de produ-tores de cana, precisão em plantio, corte mecanizado, mudas de cana, fitotecnia, pragas, monitoramentos, sistematização, preparo de solo, tratos culturais, aduba-ção nitrogenada suplementar, climas, so-los e ambientes de produção.

A apresentação do gerente do depar-tamento técnico da Canaoeste, Gusta-vo Nogueira, foi sobre a importância da produção de mudas de cana para manter a sanidade e pureza das plantas. “Como estamos procurando aumentar a nossa produtividade, a produção de mudas sadias é fundamental para evi-tarmos a disseminação de doenças que venham comprometer nosso resultado final”, explicou Nogueira.

Segundo um dos coordenadores do seminário, Oswaldo Alonso, consultor agronômico da Canaoeste, o evento atendeu as expectativas do público já que as apresentações foram realizadas com alta qualidade técnica. “Procura-mos trazer palestrantes que transmi-tam informações técnicas, mas de uma maneira que o produtor entenda o que estão querendo dizer, principalmente na divulgação de novas tecnologias”, disse Alonso.

Para o produtor Fernando Freitas Tavares, o setor tem passado por várias transformações e acredita que a realiza-ção de eventos para atualizar o produ-

Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste

Gustavo Nogueira, gerente do departamento técnico da Canaoeste

Fernando Freitas Tavares, produtorOswaldo Alonso, consultor agrônomico da Canaoeste

tor sobre as novidades do mercado é de grande relevância para sua lavoura.

“Encontros como este, possibilita a gente a buscar informações para enfren-tar as modificações que o setor vem so-frendo de forma barata, com acesso a no-vas tecnologias e novos procedimentos”, afirmou Tavares.RC

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Plano de eliminação gradativa da queima da palha de cana-de-açúcar e protocolo agroambiental do setor sucroalcooleiro - safra 2012/2013

A Canaoeste estará executando no-vamente este ano a elaboração dos obrigatórios Requerimentos de Au-

torização de Queima Controlada da Palha de Cana-de-açúcar (safra 2012/13) para os seus associados. Os interessados devem procurar os escritórios regionais da associa-ção, a partir do dia 13 de fevereiro de 2012.

Os fornecedores associados que tiveram expansões ou reformas em seus canaviais, aquisições de propriedades por compra ou arrendamento, dentre outras situações, nas quais a área total ou soma das áreas contí-guas à serem colhidas na safra 2012/2013 sejam iguais ou superiores a 150 ha culti-vadas com cana-de-açúcar, deverão procu-rar os escritórios à partir de 16 de janeiro de 2012 até o dia 02 de março de 2012, para que possam ser agendadas visitas dos topógrafos para efetuarem as medições ne-cessárias das áreas. As solicitações fora do prazo estarão sujeitas a não serem atendi-das por motivo de tempo necessário para realização das mesmas.

Da redação

O departamento de Planejamento, Controle e Topografia da Canaoeste in-forma que o prazo para indicação, nos mapas, das áreas que serão colhidas com ou sem queima, na safra 2012/2013, de-verá ser feita até o dia 16 de março de 2012. Os mapas indicados após esta data estarão sujeitos a não realização do Pla-no de Queima por questão de prazo.

Na safra 2011/2012, por perda de pra-zo, muitos fornecedores não fizeram o Requerimento de Autorização da Quei-ma da Palha de Cana-de-açúcar, exigindo que a colheita da cana-de-açúcar tivesse que ser totalmente crua, mesmo em áreas não mecanizáveis. “Solicitamos o cum-primento da legislação vigente, do dia 13 de fevereiro até o dia 23 de março de 2012 para que sejam feitos os Requeri-mentos de Autorização da Queima da Palha de Cana-de-açúcar, em prazo hábil. Os requerimentos fora do prazo estabele-cido estarão sujeitos a não cumprimento do prazo estabelecido pela Secretaria do

Meio Ambiente”, disse Thiago Silva, ge-rente do departamento.

Os fornecedores devem estar muni-dos das documentações necessárias para a realização do pedido de autorização de queima da palha de cana-de-açúcar, den-tre elas, o CNPJ e a Inscrição Estadual de cada imóvel rural.

Para obter informações complementares sobre o Plano de Eliminação Gradativa da Queima da Palha de Cana-de-açúcar da sa-fra 2012/2013, os agricultores podem acom-panhar a Revista Canavieiros ou entrar em contato com os escritórios da Canaoeste.

Será obrigatório aderir ou renovar o Protocolo Agroambiental do Setor Sucro-alcooleiro os fornecedores cujo CPF/CNPJ estejam totalizando área maior ou igual a 150 ha. Os demais fornecedores poderão optar por fazer o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroalcooleiro. A Canaoeste re-comenda adesão ao Protocolo.RC

Prorrogado decreto que aplicava pena de multa por falta de Reserva Legal averbada

Em virtude da discussão no Congresso Nacional sobre o Novo Código Flo-restal, a Presidência da República,

através do Decreto nº 7.640/11, publicado no último dia 12 de dezembro de 2011, re-solve prorrogar o prazo para se averbar a re-serva florestal legal das propriedades rurais até 11 de abril de 2012, tendo em vista que o prazo final previsto no artigo 152, do Decre-to nº 7.497/2011, expirava em 11.12.2011.

Findo tal prazo, poderia o Governo aplicar multas aos proprietários rurais que não averbaram e/ou deram início ao pro-cedimento de averbação da reserva flores-tal legal de sua propriedade, penalidades estas que vão de advertência a multa diá-ria de R$-50,00 a R$-500,00 por hectare ou fração da área de reserva legal.

Juliano Bortoloti – Advogado da Canaoeste

Atualmente é pacífico tanto no Poder Executivo quanto no Poder Judiciário, que a obrigatoriedade de averbação de Reserva Legal subsiste na legislação vigente, sendo apenas a aplicação da sanção pela não averba-ção é que está prorrogada.

DECRETO N. 7.640, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2011Altera o art. 152 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, que dispõe sobre as

infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e estabelece o processo admi-nistrativo federal para apuração destas infrações.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA: Art. 1o O art. 152 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 152. O disposto no art. 55 entrará em vigor em 11 de abril de 2012.” (NR)Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de dezembro de 2011; 190º da Independência e 123º da República.

DILMA ROUSSEFF

Oportuno salientar que tal prazo não se presta às pessoas físicas e jurídicas que já estejam obrigadas, por sentença judicial definitiva, a fazê-lo, ficando es-tas adstritas aos termos da referida deci-são judicial.Veja abaixo a íntegra do decreto nº 7.640/2011.

Notícias Canaoeste

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Georreferenciamento de imóveis rurais – prorrogação do prazo

Novo Código Florestal aprovado no Senado

Prezados leitores, através do Diário Oficial da União de 22 de novembro de 2011, a presidente Dilma Rousseff

publicou o Decreto Federal nº 7.620/2011, que prorroga o prazo para que os proprie-tários de imóveis com área menor de 500 (quinhentos) hectares procedam ao georre-ferenciamento de sua área, ou seja, façam a medição e descrição perimetral do imóvel, através de equipamento de precisão utili-zando-se de satélites, por profissional ca-dastrado no INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) que, após, será aprovado por este órgão.

Referida prorrogação foi necessária, até mesmo diante da impossibilidade de todos os proprietários procederem à referida medição até a data limite de 21/11/2011, por motivos diversos (falta de estrutura do Poder Público, falta de profissionais suficientes, etc.).

De acordo com o novo decreto, os no-vos prazos em vigor são os elencados a seguir:

O Senado aprovou no dia 06 de de-zembro de 2011, o texto do novo Código Florestal por uma maciça

maioria, mas como houve mudanças em relação ao texto aprovado na Câmara dos Deputados, ele voltou a esta casa legislati-va no dia 12 de dezembro de 2012 para que os deputados deliberem sobre as alterações, rejeitando-as, alterando-as ou acatando-as.

Em virtude da proximidade do fim do ano civil e do fim dos trabalhos do Con-gresso, ficou acertado pelos parlamenta-res que a votação no plenário da Câmara dos Deputados se dará no dia 06 ou 07 de março de 2012.

Até lá, a Canaoeste estará acompa-nhando de perto as tratativas e evoluções sobre o assunto, através do “Brasil Verde Que Alimenta - Conselho dos Produtores Rurais”, que representa mais de 50.000 produtores rurais no Brasil. Trata-se de movimento formado por diversas as-sociações, sindicatos e cooperativas de

ciamento do imóvel. De igual forma, em processos de licenciamento ambien-tal exige-se que a matrícula do imóvel esteja georreferenciada.

Então, para aquele proprietário rural que ainda não realizou o georreferen-ciamento de seu imóvel rural, sugere-se que regularize-o o quanto antes, com a medição devida, com os mapas e me-moriais devidamente certificados pelo INCRA (Instituto Nacional de Coloni-zação e Reforma Agrária), para, após, encaminhá-los ao Cartório de Registro de Imóveis.

Área do Imóvel Novo Prazo250ha – 500ha 20/11/2013100ha – 250ha 20/11/201625ha-100ha 20/11/2019Abaixo de 25ha 20/11/2023

Por fim, cumpre aqui esclarecer que não existe penalidade pecuniária (multa) alguma para os proprietários que descumprirem o prazo para pro-ceder ao georreferenciamento de seus imóveis, não significando isso que não estarão sujeitos a outras “san-ções”, dentre as quais destacamos o impedimento de registro na matrícula imobiliária de atos de venda, subdivi-são, unificação, retificação do imóvel ou qualquer alteração na matrícula de-corrente de ato judicial.

Não podemos deixar de destacar, também, que os bancos estão exigindo o registro de hipotecas, títulos de cré-dito ou outros gravames na matrícula imobiliária para efetuar empréstimos e, alguns cartórios acabam exigindo que, para tanto, se proceda ao georreferen- RC

Juliano BortolotiAdvogado da Canaoeste

Assuntos Legais

Adézio Marques (presidente do CEISE Br), Antonio Eduardo Tonielo (presidente da Copercana), Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste), Paulo Canesin (diretor da Canaoeste),

Rodrigo Zardo (agrônomo da Canaoeste), Patrícia Milan (diretora executiva da Abag RP) e Helena Pinheiro Della Torre (coordenadora do grupo Brasil Verde Que Alimenta)

produtores rurais, tendo se organizado ao longo do ano de 2011 a partir de Ribei-rão Preto-SP., cujo objetivo é fortalecer a representatividade dos produtores rurais nas discussões sobre o novo Código Flo-restal, objetivando principalmente à pro-moção de segurança jurídica no campo.

O Brasil Verde que Alimenta é coor-

denado por produtores e lideranças do agronegócio, que conhecem com pro-fundidade o assunto, porque têm uma trajetória de vida no campo, onde cria-ram raízes e construíram uma história em defesa do Brasil.

A Canaoeste é uma das signatárias do movimento, além de ser uma de suas

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fundadoras. O “Brasil Verde Que Ali-menta”, através dos deputados e senado-res ligados ao agronegócio, auxiliou so-bremaneira na formatação da redação do novo Código Florestal, sugerindo altera-ções no texto, emendas, dentre as quais as destacadas no quadro abaixo.

1. Início das APPs ripárias a partir da borda da calha do leito regular dos cur-sos d’água (art. 4°);

2. Vinculação no conceito de leito re-gular à regularidade das águas durante o ano (art. 3°);

3. Dispensa de APPs nos cursos d’ água artificiais (art. 4°);

4. Exclusão das várzeas das APPs (art. 4°);

5. Alteração do conceito de topo de morro (art. 4°);

6. Dispensa de APPs nos reservatórios d’água artificiais não decorrentes de bar-ramento de cursos d’água (art.4°);

7. Isonomia, para fins de aplicação dos benefícios desta lei, das proprieda-des com até 4 módulos fiscais que desen-volvam atividades agrossilvipastoris à agricultura familiar (§ único art 4°);

8. Exigência de indenização por interes-se social no caso de criação de novos tipos de APPs, o que somente pode ocorrer ato do Chefe do Poder Exceutivo (art. 6°);

9. Permissão, sem condicionantes, de acesso às APPs para obtenção de água por pessoas ou animais (art. 9°);

10. Manutenção de todas as ativida-des agrossilvipastoris em inclinações en-tre 25 e 45° (art. 11);

11. Possibilidade de redução do per-centual de Reserva Legal para 50% nas regiões de floresta da Amazônia Legal quando a área do município for ocupada em mais de 50% por unidade de conser-vação ou terras indígenas ou quando o Estado as tiver em percentual superior a 65% (§§ 5° e 6° art. 12);

12.Cômputo de todas as APPs conser-vadas ou em recuperação no percentual de Reserva Legal (art. 15);

13.Dispensa da necessidade de aver-bação da Reserva Legal em cartório de registro de imóveis (art.18);

14. Simplificação do processo de iden-tificação e registro da RL (§ 10 art. 18)

15. Criação do CAR possibilitando a regularização ambiental de todas as pro-priedades irregulares (art. 29);

16. Necessidade de demonstração de nexo causal nos casos de uso de fogo (art. 38);

17. Exigência de criação pelo Governo de um programa de pagamento por servi-ços ambientais em até 180 dias (art. 41)

18. Autorização para que o Governo possa, através de um programa específico, converter as multas referentes a autuações por desmatamentos promovidos sem au-torização ou licenças (§9° art. 41);

19. Criação dos PRAs, que associados ao CAR, possibilitarão a regularização ambiental de todas as propriedades ru-rais (art. 59)

20. Delegação de significativa compe-tência aos Estados para tratar de assuntos peculiares na elaboração do PRA (art. 59);

21. Suspensão da aplicação das mul-tas durante o período de regularização, iniciando-se logo após a publicação da lei (art. 59);

22. Conversão das multas pecuniárias em melhoria da qualidade do meio am-biente após cumprimento do termo de compromisso (art. 59);

23. Possibilidade de consolidação de atividades agrossilvipastoris, de ecotu-rismo e de turismo rural iniciadas até 22 de julho de 2008 (art. 61)

24. Estabelecimento de exigência mí-nima de recomposição de APPs ripárias em metragem inferior às atualmente es-tabelecidas (art. 61);

25. Estabelecimento, para agricultura familiar e propriedades equivalentes, de limite de recuperação equivalente à área de Reserva Legal exigida para o imóvel, podendo ser inferior ao mínimo estabele-cido pela regra geral (art. 61);

26. Garantida a manutenção das resi-dências e infraestrutura nas APPs ripárias independente de sua localização (art. 61);

27. Garantia de manutenção das ativi-dades de reflorestamento e demais cultu-ras lenhosas, perenes ou de ciclo longo nas inclinações acima de 45°, topos de morro, bordas de tabuleiro e campos de altitude (art. 63);

28. Garantia de manutenção de ativi-dade de pecuária extensiva nos tipos de APP acima citados quando vegetação na-tural for campestre (art. 63);

29. Facilitação de regularização da Reserva Legal, mediante compensação até mesmo fora do Estado, desde que no mesmo bioma (art. 67);

30. Possibilidade de recomposição com até 50% de espécies exóticas au-mentando a possibilidade de renda na RL (art. 67);

31. Exigência de RL para agricultu-ra familiar e equivalentes somente até a participação correspondente a área ocu-pada pelos remanescentes de vegetação nativa existentes em, 22 de julho de 2008 (art. 68)

32. Resgate do direito adquirido para estabelecimento de percentual de Reserva Legal, conforme a lei no tempo (art. 69);

33. Autorização para que a CAMEX estabeleça restrições às importações de produtos advindos de países que não observem padrões de proteção ambien-tal compatíveis com as do Brasil (art. 75). (fonte: Frencoop – Frente Par-lamentar do Cooperativismo e Brasil Verde Que Alimenta).RC

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20 CTC lança novas variedades de cana-de-açúcar

Liberação aconteceu em Piracicaba durante a edição 2011 do Cana Show

O CTC (Centro de Tecnologia Ca-navieira) realizou em Piracicaba, no dia 7 de dezembro, a edição

2011 do Cana Show, reunindo empre-sários, produtores rurais, profissionais do setor e pesquisadores com o objetivo de discutir estratégias e soluções para que o setor sucroenergético, através do aumento da produção e redução de cus-tos, enfrente os desafios que tem pelos próximos anos para atender a crescente demanda pelo mercado de açúcar, etanol e energia.

Segundo Luiz Antonio Dias Paes, gerente de Produtos do CTC, esta safra (2010/11) apresentou 20% de queda em produtividade devido a vários fatores, como: ambiente (solo), pragas e do-enças, clima (florescimento) e geadas. “Além dos fatores climáticos que contri-

Carla Rodrigues

buíram para um resultado negativo desta safra, ainda tivemos um período ruim de investimentos na lavoura, diminuição das áreas renovadas, redução dos tratos e uma desaceleração de novas unidades”, explicou Paes.

O diretor técnico da Unica (União das Indústrias de Cana-de-Açúcar), Antô-nio de Pádua Rodrigues, também esteve presente no evento e falou sobre as mu-danças e perspectivas de mercado. Para ele, o setor tem condições de aumentar o mercado de etanol hidratado. Ele afirma que, atualmente, o país tem capacidade de moer 750 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. “Até 2015, o país preci-sa moer 100 milhões de toneladas a mais para abastecer a frota flex. Se usarmos corretamente as tecnologias desenvolvi-das temos condições de aumentar a ofer-

ta de cana em 160 milhões de toneladas, que serão destinadas a produção de eta-nol hidratado”, disse Pádua.

Com o objetivo de aumentar sua com-petitividade no setor nacional e interna-cional, o CTC foi convertido numa So-ciedade Anônima (SA), totalizando em 154 empresas acionistas, que, juntas, res-pondem por 60% da moagem de cana do país. Hoje, o CTC mantém unidades nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, atendendo aproximadamente 12 mil fornecedores de cana.

O CTC atua em diversas áreas de pes-quisa, sendo elas: industrial, logística e agronômica. Também atua em pesquisas com variedades, plantio, colheita meca-nizada, biotecnologia, controle biológico de pragas, muda sadia, geoprocessamen-to, imagens de satélites, cartas de solos, ambientes de produção, geração de ener-gia, produção de açúcar e etanol de pri-meira e segunda geração.

“O CTC é um centro importantíssimo no desenvolvimento de pesquisas. Even-tos como este demonstram que realmente a sua grande função é facilitar a vida do

Os palestrantes do CTC: Marcos Casagrande, Tadeu Andrade, Luis Roberto Pogetti, Gustavo Leite, Arnaldo Raizer e Sabrina Moutinho Chabregas juntamente com os representantes da Basf e Bayer, Luis Louzano e Adré Abreu

Luiz Antonio Dias Paes, gerente de Produtos do CTC

Antônio de Pádua

Rodrigues, diretor técnico

da Unica

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CTC 23

agricultor, produzindo mais cana, obten-do maior produtividade, e, consequente-mente, diminuindo seus custos”, comen-tou Ismael Perina, presidente da Orplana (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil).

Durante o encontro, vários temas fo-ram abordados, como: desempenho das variedades comerciais do CTC, o futuro da cana-de-açúcar a partir da biotecnolo-gia, análise da safra atual, expectativas para as próximas safras, biomassa, eta-nol de segunda geração e perspectivas da economia brasileira.

Para o pesquisador do CTC, Tadeu de Andrade, este encontro também serviu

para chamar a atenção das usinas que, na realidade, não são apenas produtoras de etanol e açúcar e sim, de uma plata-forma para diferentes produtos. “O açú-car é plataforma para outros produtos, o etanol para outros ainda, sendo assim, é importante que o produtor saiba que não é somente produtor de cana e sim de uma plataforma de outros produtos que bene-ficiam a sociedade e geram renda para ele (produtor)”, explicou Andrade.

Além disso, o CTC, que mantém o maior banco de germoplasma do mundo, anun-ciou a liberação de duas novas variedades de cana-de-açúcar para plantio comercial, a CTC 23 e a CTC 24, que compõem a sétima geração de variedades da empresa. De acordo com Arnaldo José Raizer,

pesquisador do CTC, essa liberação foi focada principalmente numa demanda de mercado. Todos os anos são libera-dos materiais com alguma aptidão, para determinada região, época de safra ou para alguma vantagem agronômica. Neste ano, o foco foi em final de sa-fra, com variedades tardias, devido aos problemas climáticos que geraram uma

Ismael Perina, presidente da Orplana

Tadeu de Andrade,pesquisador do CTC

Arnaldo José Raizer, pesquisador do CTC

Colmo Palmito Nó

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perda de produtividade muito grande, principalmente nas regiões mais secas. “As variedades CTC 23 e 24 atendem exatamente esse período. São materiais com capacidade de chegar ao final da safra com uma oportunidade boa, não perdem muito com a seca (que começa no meio da safra), não florescem, o que é uma vantagem e tem uma capacidade de brotação muito rápida neste período, que é uma época onde já há chuva durante o corte da cana”, afirmou Raizer.

Outro ponto importante nestas novas variedades é o aumento do açúcar e da fibra. Os dois materiais têm um teor de fibra um pouco maior do que os mate-riais que são processados nessa época e

CTC 24

Colmo Palmito Nó

também são resistentes (melhores que os padrões) a doenças e pragas, como ferru-gens e broca, agregando 15% de ganho na produtividade de açúcar por área. “O foco da CTC 23 é voltado mais para os estados de Minas Gerais e Goiás por ser uma variedade com maior tolerância a seca e é um material que chega melhor no final da safra. A CTC 24 já é uma recomendação para as regiões com chu-vas melhores distribuídas, como em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, lo-cais que respondem mais onde a seca não é tão pronunciada. Nossa expectativa é

de que em até quatro anos essas regiões estejam com 10% de uso dessas novas variedades”, disse Raizer.

O pesquisador ainda lembrou da varie-dade RB86 7515, que hoje é a principal deste nicho e apresenta bons resultados, mas perde um pouco de competitivida-de para a colheita mecanizada. “A ideia é dividir um pouco o espaço dela com a CTC 23 e 24, o que facilita para o produ-tor manejar um canal mais diversificado, até pelo quesito de segurança e também no desenvolvimento de doenças.

Público presente

O evento contou tambem com um estande do CTC apresentando aos visitantes as pragas da cana e os tipos de solos existentes

RC

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Revista Canavieiros - Dezembro 2011

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24Notícias Sicoob Cocred

Balancete MensalCOOP. CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO

INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - NOVEMBRO/2011Valores em Reais

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Projeto AGORA vence prêmio máximo como “Empresa do Ano de 2011” da Aberje

O Projeto AGORA conquistou na quinta-feira (24/11) o prêmio máximo nacional de Jornalis-

mo Empresarial como “Empresa do Ano de 2011” da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). Além da principal premiação, o Projeto AGORA também conquistou o prêmio nacional de Comunicação Integrada durante cerimônia realizada no Espaço Rosa Rosarum, em São Paulo (SP). An-teriormente, o AGORA já havia venci-do a premiação regional para São Paulo na categoria Comunicação Integrada, o que o qualificou para concorrer ao prê-mio nacional.

“É uma enorme conquista para a ca-deia produtiva da cana-de-açúcar, que se uniu e conseguiu realizar um trabalho dig-no com resultados surpreendentes, envol-vendo professores, alunos, comunidades, jornalistas e formadores de opinião,” afir-mou o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (ÚNICA), Marcos Jank, que recebeu os prêmios representando as 11 entidades e as oito empresas que com-põem o Projeto AGORA. “Este prêmio é uma homenagem a todos aqueles que realizam o Projeto AGORA e às milhares de pessoas que dele se beneficiam. Estão todos de parabéns,” completou.

Jank lembrou que é fundamental re-conhecer e agradecer aqueles que acre-ditam e participam do Projeto AGORA, iniciativa que ele descreveu como “ver-dadeiramente colaborativa e vencedora,” graças ao empenho e envolvimento de seus integrantes. São eles:

• As associações e sindicatos de pro-dutores de açúcar e etanol dos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Per-nambuco, Paraíba e Alagoas;

• As entidades Ceise-Br e Orplana;

• As empresas Amyris, Basf, BP, De-dini, Banco Itaú, FMC, Monsanto e Syn-genta.

Comunicação

Iniciativa também conquistou o prêmio Master na categoria Comunicação Integrada

O presidente da UNICA registrou, também, um agradecimento às agências que apoiam as diversas iniciativas do Projeto AGORA, que dividem, também, a responsabilidade pelos bons resultados obtidos. São elas a CDN Comunicação Corporativa, a Calia Y2, a Editora Hori-zonte e a RP Consultoria.

Sobre os prêmiosPara obter o título de “Empresa do

Ano 2011” nesta 37ª edição do Prêmio Aberje, o Projeto AGORA atingiu a maior nota entre todos os ganhadores nas diferentes categorias da premiação nacional: 9,98 pontos de um máximo de 10. As notas resultam das avaliações feitas pelas comissões julgadoras de cada categoria. Esta edição do Premio Aberje utilizou cerca de 200 jurados em todo o Brasil.

Para conquistar a premiação nacional na categoria Comunicação Integrada, o Projeto AGORA competiu com a Bra-silcap Capitalização (Lixo Extraordiná-

Marcos Jank (esq.) recebeu os prêmios em nome de todos os integrantes do Projeto, acompanhado da coordenadora do AGORA, Solange Buzzetti, da assistente, Amanda Turano e do diretor de comunicação corporativa, Adhemar Altieri

rio); Lafarge (Integração novas unidades no Nordeste e Centro-Oeste); Vale, com dois projetos (Caminhão Vale e Circui-to mineração – uma nova plataforma de comunicação com stakeholders); Companhia de Telecomunicações do Brasil Central – CTBC (Novo posicio-namento de uma nova marca); MASB Desenvolvimento Imobiliário (Case Vi-bra MASB); e Sociedade Hospital Sa-maritano (novo complexo hospitalar do Hospital Samaritano).

Lançado em 2009, o Projeto AGORA representa uma iniciativa pioneira de comunicação e marketing institucional, cujo modelo vem influenciando a co-municação em diversas cadeias produ-tivas, particularmente do agronegócio nacional. As empresas e entidades par-ticipantes trabalham juntas e de forma integrada, realizando ações que não te-riam o mesmo impacto ou abrangência se deflagradas por uma só empresa.

Fonte: Unica

RC

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26Informações Setoriais

Chuvas de outubro e Prognósticos Climáticos de dezembro a fevereiro

No quadro a seguir, são apresentadas as chuvas do mês de novembro de 2011

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoTécnico Agronômico da Canaoeste

A média das observações de chuvas durante o mês de NOVEMBRO (204mm) foi próxima da média das normalidades climáticas de todos os locais informados (179mm). Mas os dados mostram a irre-gularidade das chuvas, pois, enquanto que a média do “polígono” Ribeirão Pre-to, Pitangueiras, Jaboticabal, Bebedouro, Barretos, Franca e Batatais “ficou” se-melhante à média de todos os locais, nos demais, chegou a ser uma vez e meia su-perior à de todos os locais observados. No Mapa 1, referente ao período de

14 a 16 de novembro na área sucro-energética paulista, pode-se obser-

var estreitas faixas no Centro e Norte com baixa disponibilidade de água no solo e já crítico no extemo Noroeste do Estado que, como notarão no Mapa 3, foi-se acentuando durante a segunda quinzena do mês.

Nos Mapas 2 e 3, pela ordem, correspon-dentes aos finais dos meses de novembro de 2010 e de 2011, nota-se muita semelhança dos índices de Disponibilidades de Água no Solo. Entretanto, a faixa leste do Estado “terminou”, neste ano, com maior índice de Água Disponível e numa faixa mais extensa que o mesmo mês do ano anterior.

Para subsidiar planejamentos de ati-vidades futuras, a Canaoeste resume o prognóstico climático de consenso entre INMET - Instituto Nacional de Meteo-rologia e INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para os meses de de-

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 14 a 16 de novembro de 2011 Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de novembro de 2010.

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RC

zembro 2011 a fevereiro 2012, conforme mostrado no Mapa 4.

• Para os meses dezembro a fevereiro, as temperaturas médias deverão ser pró-ximas das respectivas médias históricas em toda região Centro Sul;

• Com relação às chuvas, durante o mesmo período, “ficarão” em torno das normais climáticas, mas com probabi-lidade de ocorrência de chuvas abaixo das respectivas médias nestes próximos meses no Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina, já como consequência “da volta” do fenômeno La Niña;

• Como referência de normais climá-ticas de chuvas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro Apta-IAC, e em média, são de cerca de 9mm/dia calendário.

A SOMAR Meteorologia prevê tam-bém, que para esta região de abrangência da Canaoeste as chuvas poderão “ficar” próximas às respectivas normais climá-ticas e com as mesmas variações acima assinaladas. Porém, mesmo com muita antecedência, que a climatologia para (2ª quinzena, principalmente) março poderá ser mais favorável às operações de plan-tio da cana.

Face estas previsões climáticas para estes próximos meses, a Ca-naoeste recomenda aos produtores de cana mui-ta atenção mesmo em monitoramentos/contro-les de pragas (leia-se, cigarrinhas), doenças e ervas daninhas. Reco-menda, também, que em canaviais sem falhas e já com cobertura total do solo possam proceder à adubação foliar com N-Nitrogênio + Mo-Moli-bdênio, visando aumen-tar produtividade para a próxima safra, face à crescente demanda por matéria prima na próxi-ma safra.

Entretanto, canaviais depauperados por pisoteios, falhas, pragas, doenças e ervas daninhas irão exigir reformas, visando melhor produtividade nas safras futuras.

Mas, atenção! Qualidade das mudas é fundamental para assegurar produtivida-de e longevidade dos canaviais. A relação custo/benefício é por demais de favorável quando se empregam mudas sadias.

Mapa 3:- Água Disponível no Solo ao final de novembro de 2011.Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de novembro de 2010.

Mapa 4:- Adaptação pela CANAOESTE do Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para o trimestre

dezembro/2011 a fevereiro/2012. Prognóstico também este, praticamente igual aos dois anteriores.

RC

Estes prognósticos serão revistos a cada edição da Revista Canavieiros. Prognósticos climáticos relevantes ou fatos serão noticiados em nosso site www.canaoeste.com.br.

Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco Canaoeste.

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Uso do Afla-guard no controle preventivo da aflatoxina através do mecanismo de bioexclusão competitiva

IntroduçãoAs aflatoxinas tem sido uma constan-te preocupação da cadeia produtiva do

amendoim não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Resultado do metabolismo de fungos do gênero Aspergillus sp. que infectam diversas culturas alimentícias ainda no campo, são substâncias de alta toxidez, com efeitos adversos variados na saúde de seres humanos e animais.

No final da década de 1980, o pes-quisador norte americano Joe Dorner, do Laboratório Nacional de Pesquisa do Amendoim do USDA – o Ministério da Agricultura Americano, passou a liderar os trabalhos de uma equipe que se dedi-cou ao desenvolvimento de um produto capaz de prevenir, ainda no campo, a contaminação dos grãos de amendoim por aflatoxinas.

A hipótese testada foi a de que a intro-dução de altas populações de um micro-organismo competidor poderia reduzir o crescimento de populações toxigênicas de Aspergillus, num processo que foi deno-minado de “bioexclusão competitiva”.

Diversas cepas de Aspergillus sp. fo-ram testadas, avaliando-se a capacidade de competir e a incapacidade de produzir aflatoxinas ou quaisquer outras substân-cias tóxicas ou toxigênicas.

O trabalho resultou na identificação uma cepa de Aspergillus flavus de ocor-rência natural no ambiente que tinha características genéticas bastante favorá-veis, com supressão natural completa da sequência genética responsável não ape-nas pela produção de aflatoxinas, como também de qualquer outra substância tó-xica ou precursora das aflatoxinas. A cepa foi identificada como Aspergillus flavus NRRL 21882, e a sua coleção original encontra-se sob a guarda do USDA.

A equipe do Dr. Joe Dorner testou ao longo de vários anos diversas formu-lações e doses diferentes, até chegar à solução que deu origem ao Produto For-

Pedro A. J. Faria Jr. / Eng. Agrônomo / Diretor da Biosphere Indústria e Comércio de Insumos Agrícolas Ltda.

Artigo Técnico

mulado comercial Afla-guard®, que foi registrado nos EUA em 2004. No Brasil, o produto recebeu o registro em 2011, e está disponível para os produtores de amendoim já nesta safra.

II. Modo de Ação e Posicionamento do Afla-guard®

O Produto Formulado à base de As-pergillus flavus NRRL 21882 é um in-sumo biológico formulado como um granulado sólido, que utiliza grãos de cevada secos e inteiros como veículo dos esporos do fungo.

Na cultura do amendoim, o produto é aplicado uma única vez por safra, entre os 40 e os 80 dias depois da emergência, na dose de 22,4 kg por hectare; ao entrar em contato com o solo úmido, os esporos do fungo presentes nos grãos de cevada germinam e o micélio rapidamente colo-niza todo o grão, penetrando em seguida no solo. Por este processo, rapidamente se estabelece no meio uma alta popula-ção da cepa não toxigênica, que passa a coexistir no solo junto com todo o resto da população de microorganismos.

É sabido que as contaminações por aflatoxinas decorrem sempre de uma situação de estresse das plantas no cam-po, notadamente quando este estresse é causado por déficit hídrico; nestas condi-ções, normalmente as populações de As-pergillus sobrevivem e se sobrepõe aos microorganismos antagônicos.

Campos tratados com o Afla-guard® terão, nestas condições, uma população de Aspergillus flavus NRRL 21882 não toxi-gênica em condições de vantagem compe-titiva com as outras populações; assim, a colonização das estruturas vegetais se dará preponderantemente pela cepa não toxi-gênica, levando a reduções extremamente significativas nos níveis de aflatoxinas.

Trabalhos realizados no Brasil, duran-

te o período experimental, demonstram repetidamente reduções entre 86% e 99% nos índices de aflatoxinas em lotes

de amendoim em casca e beneficiados. Estes resultados repetiram os resultados comerciais obtidos nos EUA desde o re-gistro do produto, em 2004.

III. Considerações sobre a seguran-ça do produto

A Estabilidade Genética do FungoO Aspergillus flavus NRRL 21882 é

uma cepa de ocorrência natural, que foi isolada a partir de um lote de amendoim que apresentava sinais visuais de con-taminação pelo fungo sem, no entanto, apresentar contaminação por aflatoxinas. Estudos de genética molecular com-provaram que esta cepa pertence a um restrito grupo de fungos no qual toda a sequencia genética responsável pela pro-dução de aflatoxinas foi suprimida por uma mutação natural.

Esta característica torna extremamen-te improvável a recombinação genética desta cepa com outras cepas toxigênicas, conferindo a ela um caráter de estabilida-de importante para sua utilização como biocontrolador.

Os Riscos para a Saúde HumanaEmbora estejamos tratando de um

produto biológico, precauções de segu-rança na aplicação e na manipulação do Produto Formulado são fundamentais e obrigatórias; o uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual) conforme reco-mendado na bula do produto deve ser uma rotina, tanto quanto para qualquer outro produto químico ou biológico.

Com o uso adequado do EPI, os riscos para a saúde humana decorrentes do uso do Produto Formulado são muito baixos. Os testes toxicológicos realizados pelo Laboratório Huntingdon, na Inglater-ra, mostraram que o Aspergillus flavus NRRL 21882 não tem ação patogênica nem infecciosa.

No entanto, indivíduos imunodepri-midos podem ser vítimas de infecções oportunistas, e, assim, não se recomenda que pessoas nestas condições venham a

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trabalhar com aplicação, manipulação ou formulação deste ou de qualquer outro produto biológico ou químico.

O Risco AmbientalEmbora a estratégia seja a introdução

de uma grande população de Aspergillus flavus NRRL 21882 no solo, não ocorre a reprodução descontrolada do fungo; na verdade, esta cepa tem como característi-ca uma menor agressividade quando com-parada com as cepas toxigênicas, o que faz com que a bioexclusão competitiva dependa de reinoculações periódicas.

Da mesma forma, tampouco ocorre o aumento permanente das populações de Aspergillus sp. no solo tratado, mas sim uma substituição temporária das popu-lações toxigênicas por populações não toxigênicas, cujos níveis decaem natu-ralmente com o tempo.

IV. Eficiência Agronômica

Os testes de eficiência agronômica feitos nos EUA e no Brasil mostraram uma redu-ção sistemática e consistente dos níveis de aflatoxinas em lotes de amendoim prove-nientes de campos tratados com Aspergillus flavus NRRL 21882, quando comparados a campos não tratados. Os resultados comer-ciais nos EUA a partir de 2004 repetiram os resultados das áreas experimentais.

Em seminário apresentado no Brasil durante o Encontro de Amendoim reali-zado na UNESP de Jaboticabal em agos-to de 2008, o Dr. Joe Dorner apresentou resultados que reportam que em um lote de 814 toneladas de amendoim beneficia-do proveniente de campo tratado com o Afla-guard®, apenas 11,7% das amostras apresentavam índices de aflatoxinas aci-

ma de 4 ppb, contra 68,7% das amostras provenientes de campos não tratados.

Mais, ficou provado que o controle das raças toxigênicas ainda no campo estendeu a proteção também ao amendoim armaze-nado em casca; embora estes testes ainda não tenham sido repetidos nos Brasil, pela lógica os resultados devem ser semelhan-tes. O argumento é simples: se a maior fonte de inóculo das raças toxigênicas está no solo do campo, e se este solo for tra-tado de forma a substituir as populações destas raças pelas do Aspergillus flavus NRRL 21882, é justamente o inóculo deste último que será encontrado nos armazéns. Assim, sendo ele uma cepa não toxigênica, se ocorrerem condições de ambiente ina-dequadas ocorrerá sim a colonização das vagens pelo fungo, mas não haverá conta-minação do lote por aflatoxinas.

Evidentemente, o controle sempre se expressa na redução percentual da con-taminação; assim, é de se esperar que, se ocorrerem condições extremamente adver-sas, o percentual de redução alcançado não permita alcançar os índices de tolerância.

São, no entanto, situações que não re-presentam a média das ocorrências, e sim fatos extraordinários. Em condições nor-mais de contaminação, o Produto Formu-lado à base de Aspergillus flavus NRRL 21882 poderá, sim, representar uma ferra-menta adicional na obtenção de níveis de controle de aflatoxinas em amendoim.

V. O Afla-guard® e as outras medidas de prevenção contra aflatoxinas

O uso do Afla-guard® propicia uma boa prevenção na contaminação por afla-toxinas na fase agrícola das culturas, mas

não elimina a necessidade das boas práti-cas de colheita e pós colheita.

É sempre bom lembrar que a aflatoxina não é o único fator que pode depreciar a qualidade do amendoim; assim, um bom manejo de colheita, transporte e armaze-namento evita que a carga seja afetada por fatores que alteram o sabor, o odor e a cor dos grãos, reduzindo seu valor e até inviabilizando sua comercialização para indústrias que exigem qualidade. Ainda, é fundamental que as indústrias de processa-mento continuem a exercer controle rígido de suas linhas de produção, no sentido de preservar a qualidade do produto recebido do campo. Neste sentido, a rastreablidade passa a ser também um importante fator de prevenção, na medida em que permite uma segregação de lotes com diferentes riscos de contaminação, evitando assim a conta-minação cruzada.

Nos últimos 12 anos, a indústria do amen-doim tem investido pesadamente em tecno-logia e equipamentos para que o produto fi-nal seja seguro do ponto de vista alimentar. Nenhuma destas ações pode ser substituída, mas certamente o uso do Afla-guard® trará uma confiabilidade maior a toda a cadeia produtiva do amendoim, reduzindo as per-das e agregando valor ao produto final.

Ainda, deve-se levar em conta também que a indústria de óleo de amendoim re-cebe matéria prima de qualidade inferior, com altas taxas de contaminação por afla-toxinas que afetam também a qualidade final do óleo e do farelo. Esta nova tecno-logia poderá conferir também ao chama-do “resíduo de óleo” uma contaminação bem menor de aflatoxinas, com reflexos positivos para um importante elo da ca-deia produtiva do amendoim.RC

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Revista Canavieiros - Dezembro de 2011

30Artigo Técnico

Fechamento parcial da safra 2011/2012A safra 2011/2012, iniciada em março de 2011, encontra-se na 1ª quinzena do

mês de dezembro e, neste trabalho, são apresentados os dados obtidos até a 2ª quinzena de novembro, em comparação com os obtidos na safra 2010/2011.

Na Tabela 1, encontra-se o ATR médio acumulado (kg/tonelada) do início da safra até a 2ª quinzena de novembro, em comparação com o obtido na safra 2010/2011, sendo que o ATR da safra 2011/2012 está 4,56 Kg abaixo do obtido na 2010/2011 no mesmo período.

Thiago de Andrade SilvaPlanejamento, controle e topografia Canaoeste

As tabelas 2 e 3 contêm detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2010/2011 e 2011/2012.

Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelosFornecedores de Cana da Canaoeste das safras 2010/2011 e 2011/2012

Tabela 2 – Qualidade da matéria-prima entregue pelos Fornecedores de Cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de novembro, da safra 2010/2011.

Tabela 3 – Qualidade da matéria-prima entregue pelos Fornecedores de Cana da Canaoeste, até a 2ª quinzena de novembro, da safra 2011/2012.

Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011

O Gráfico 1 contém o comportamen-to do BRIX do caldo da safra 2011/2012 em comparação com a 2010/2011.

O BRIX do caldo da safra 2011/2012

ficou abaixo em todas as quinzenas, em relação a 2010/2011, sendo de forma mais acentuada na 2ª quinzena de março, exceto no mês de outubro em diante que ficou acima.

O Gráfico 2 contém o comportamento da POL do caldo na safra 2011/2012 em comparação com a 2010/2011.

Pode-se observar que a POL do caldo apresentou comportamento parecido do BRIX do caldo, exceto na segunda quin-zena de novembro.

O Gráfico 3 contém o comportamento da pureza do caldo na safra 2011/2012 em comparação com a 2010/2011.

A Pureza do caldo da safra 2011/2012 ficou muito abaixo da obtida na 2010/2011, do início da safra até a 2ª quinzena de abril e também na 2ª quin-zena de novembro, com maior acentu-ação na 2ª quinzena de março, ficando

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Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011

próximo do mês de maio em diante, se igualando, praticamente, a partir da 2ª quinzena de julho.

O Gráfico 4 contém o comportamento da fibra da cana na safra 2011/2012 em comparação com a 2010/2011.

De modo geral, a fibra da cana na sa-fra 2011/2012 ficou abaixo da obtida na 2010/2011, com exceção da 1ª quinzena de abril e da 2ª quinzena de novembro, ficando bem abaixo na 2ª quinzena de março e de forma menos acentuada na 2ª quinzena de maio.

O Gráfico 5 contém o comportamento da POL da cana na safra 2011/2012 em comparação com a 2010/2011.

A POL da cana obtida na safra 2011/2012 está muito abaixo daquela obtida na 2010/2011 em todas as quin-zenas, sendo a diferença mais acentuada na 2ª quinzena de março, exceto nas duas quinzenas de outubro e novembro, tendo ficado bem acima nas duas 1ª quinzenas.

O Gráfico 6 contém o comportamento

do ATR na safra 2011/2012 em compara-ção com a 2010/2011.

O ATR apresentou um comportamen-to semelhante ao da POL da Cana.

O Gráfico 7 contém o comportamento do volume de precipitação pluviométrica registrado na safra 2011/2012 em com-paração com a 2010/2011.

A precipitação pluviométrica mé-dia ficou acima dos valores observa-dos em 2010, nos meses de fevereiro,

março, abril, ju-nho, agosto, ou-tubro e novembro de 2011, sendo que nos meses de março e outubro a precipitação pluviométrica fi-cou muito acima, quando compa-rada com a de 2010; Nos meses de janeiro, maio, julho e setembro a precipitação

Gráfico 2 – POL do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

Gráfico 4 – Comparativo das Médias de Fibra da cana

Gráfico 5 – POL da cana obtida nas safras 2011/2012 e 2010/2011

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Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) por Trimestre, em 2010 e 2011.

Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) registrada em 2010 e 2011

Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2011/2012 e 2010/2011

RC

pluviométrica desta safra ficou abaixo daquela observada em 2010, de forma mais acentuada no mês de setembro.

O Gráfico 8 contém o comportamento

da precipitação pluviométrica acumula-da por trimestre na safra 2011/2012 em comparação com a 2010/2011.

Em 2011, observa-se um volume de chuva muito acima no 1º e 4º trimes-tres e um pouco maior no 2º trimestre, se comparado aos volumes médios de 2010. O 3º trimestre, praticamente se igualou ao volume médio observado em 2010.

O teor médio de ATR na 1ª quin-zena de novembro está muito acima

se comparado com a mesma da safra 2010/2011, permanecendo acima a partir do mês de outubro, diferen-temente das quinzenas anteriores da safra 2011/2012 em relação a

2010/2011; mesmo assim, ainda exis-te uma diferença considerável entre o teor médio de ATR da safra 2011/2012 e o da 2010/2011, da ordem de 4,56 kg de ATR.

Artigo Técnico

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Amendoim: mais que sabor, saúde

Além de ser muito gostoso, o amen-doim é um alimento que traz uma série de benefícios para a saúde.

Consumido na medida recomendada de aproximadamente 30 gramas diárias, de preferência no final da tarde, e com ga-rantia do selo ABICAB, o amendoim pode ajudar o rejuvenescimento, no for-talecimento dos ossos e em muito mais. Confira a seguir tudo o que o amendoim pode fazer pelo seu bem-estar e aproveite o melhor desse delicioso alimento:

(14, 15, 21, 25, 27) A favor da bele-za: Além de ser um alimento que possui renovadores celulares e protege contra o envelhecimento precoce, sua ação anti-inflamatória e proteção aos vasos san-guíneos combatem o enfraquecimento de unhas e cabelos, além de afastar der-matites e seborréia.

(8) Ácido fólico ou folato: É essen-cial para a formação correta do sistema nervoso do feto.

(4) Ácidos graxos monoinsatura-dos: Conhecidos como gorduras do bem, os ácidos graxos monoinsaturados con-tribuem para evitar o aparecimento de doenças cardiovasculares, como a ate-rosclerose (entupimento das artérias).

(11, 12) Cálcio: Fortalece a estrutura óssea e previne osteoporose. Deve ser sempre consumido em conjunto com magnésio.

Ferro: Importante na dieta de gestan-tes, também é extremamente necessário ao longo da vida toda, pois é parte das células vermelhas e sua carência é diag-nosticada como anemia.

(7, 18) Fibras: Geram saciedade e ajudam no emagrecimento.

(2, 6, 10) Fósforo e Potássio: Ajudam a afastar a fadiga e dão pique total para quem pratica atividades físicas. O fósforo ajuda na formação dos ossos e é fundamental na constituição do rim. Já o potássio, melhora a contração muscular e é um aliado para quem pratica exercícios físicos.

(5, 9) Gordura: Importante ao corpo

Informações divulgadas pela ABICAB

por ser fonte concentrada de energia, aju-da no transporte e absorção das vitaminas lipossolúveis (insolúveis em água), além de ser precursora de diversos hormônios e proteger as membranas celulares.

(18, 19, 22) Gorduras monoinsatu-radas: Ajudam a perder peso, pois são responsáveis por manter o nível de açú-car no sangue estável, ativar o metabo-lismo da queima de gorduras e a conver-ter os estoques de gordura corporal em energia.

(3, 13, 16, 24) Magnésio: Importante para a circulação, fortalecimento dos mús-culos e para cicatrizações, essencial para o sistema nervoso e para afastar o estresse.

(15, 17, 23) Omega 3: Reduz, mo-deradamente, os níveis de triglicérides no sangue e a pressão arterial. Junto ao Omega 6 previne o envelhecimento, por

funcionar como renovador celular.(15) Omega 6 : Renovador celular,

previne o envelhecimento precoce.

(16) Selênio: Eficaz na redução do es-tresse celular, físico e emocional.

Sem colesterol: Mesmo com alto va-lor calórico, não contém colesterol por ser de origem vegetal.

(1, 3, 26) Vitamina E: Combate ao excesso de radicais livres e previne tu-mores, além de ser responsável por aumentar a resistência dos músculos, reduzir dores e preservar o sistema imu-nológico.

(2, 20) Vitaminas do complexo B: Essenciais ao sistema nervoso, são auxi-liares na digestão, além de afastarem o mau humor por ajudarem na formação de neurotransmissores como a serotonina, que é sinônimo de bem-estar.

Cultura de rotação

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Usinas da região qualificam trabalhadores rurais

Colaboradores da Viralcool (uni-dade de Viradouro), Destilaria Santa Inês, LDC SEV (unidade

de Sertãozinho) e Usina Pitangueiras receberam Certificados de Treinamento Especializado em cursos de mecânica industrial, operador de colhedora e mo-torista canavieiro, através de uma parce-ria entre as indústrias, o Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Projeto Renovação da UNICA – União da Indústria de Cana-de-açúcar. A ceri-mônia de entrega dos diplomas foi rea-lizada no dia 14 de dezembro, em Vira-douro, e contou com representantes de todas as entidades envolvidas.

O Projeto Renovação foi criado em 2009 e é considerado o maior programa de requalificação já implantado pelo se-tor sucroenergético no mundo. Ele sur-giu depois que o governo instituiu a eli-minação gradativa da queima da palha da cana-de-açúcar e a mecanização passou a ser uma realidade dentro do setor. Ape-sar dos efeitos positivos da mecanização, o setor se sensibilizou com os trabalha-dores rurais que perderiam seus empre-gos. Dessa forma, surgiu o Renovação, que qualifica os trabalhadores para que sejam deslocados para outras atividades, evitando assim o desemprego na cadeia produtiva de cana.

Destaque

Através do programa Renovação (UNICA), as indústrias beneficiaram colaboradores que trabalhavam no corte de cana-de-açúcar

Carla Rossini

“Os cursos com carga superior a 300 horas, visam a promoção do trabalhador de forma ampla, ou seja, incluem desde conceitos básicos de cidadania até estí-mulos ao empreendedorismo”, disse Ma-ria Luiza Barbosa, da responsabilidade social corporativa da UNICA.

Durante mais de um ano, a Usina Vi-ralcool foi a sala de aula dos trabalha-

Maria Luiza Barbosa (UNICA), Cláudia Toniello (Destilaria Santa Inês), Antonio Eduardo Tonielo Filho (Viralcool), Renata Toniello (Viralcool) e Antonio Eduardo Tonielo (Grupo Toniello)

dores rurais que receberam o diploma. Durante a cerimônia de entrega dos certi-ficados, o presidente do Grupo Toniello, Antonio Eduardo, disse que o Brasil não pode perder a oportunidade de melhorar as condições de vida dos seus trabalha-dores. “Estamos passando por um mo-mento único em nosso País e temos que aproveitar as boas oportunidades para qualificar os nossos trabalhadores. As

Maria Hemília Fonseca, professora da USP que acompanhou o curso

Os colaboradores da Viralcool (unidade de Viradouro), Destilaria Santa Inês, LDC SEV (unidade de Sertãozinho) e Usina Pitangueiras receberam os diplomas do Projeto Renovação

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João Ribeiro Paiva, colaborador da Destilaria Santa Inês

Elton Carlos da Silva Bianchini, colaborador da Usina Viralcool

indústrias de cana-de-açúcar, através de parceria com a UNICA, estão fazendo a sua parte”, disse Tonielo, e completou: “precisamos de técnicos para operar as nossas indústrias, as máquinas e os ca-minhões. É justo darmos a oportunidade para trabalhadores que já colaboram com as nossas empresas, oferecendo melho-res condições de vida”.

A professora Maria Hemília Fonseca, responsável pela cadeira de direito do trabalho e seguridade social da Faculda-de de Direito da USP – Ribeirão Preto, acompanhou o curso para um projeto de pesquisa aprovado pela Fapesp (Fun-dação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) em 2010. Segundo Maria Hemília, as aulas são ministradas por docentes qualificados e muito engajados com o projeto, permitindo assim, a re-qualificação profissional. “Acompanhei um aluno que nunca tinha conduzido um caminhão. Depois que o curso terminou o acompanhei em sua primeira experi-ência como motorista e pude comprovar que ele tinha uma nova profissão. A re-qualificação é totalmente possível e viá-vel”, disse a professora.

Depoimentos:

Os trabalhadores que participaram do programa enxergam um novo hori-zonte em suas vidas.

“Tenho uma nova profissão e me sinto mais valorizado depois que fiz o curso. Já estou pronto para trabalhar como motorista na próxima safra, mas quero melhorar ainda mais”.

João Ribeiro Paiva, 47 anos, colaborador da Destilaria Santa

Inês, que recebeu o diploma de motorista canavieiro

“O curso foi muito bom e serviu de estímulo para eu buscar novos apren-dizados. Vou melhorar a minha renda financeira e também a parte social da minha família. Agora, eu tenho uma profissão promissora”.

Elton Carlos da Silva Bianchi-ni, 29 anos, colaborador da Usina

Viralcool, que recebeu o diploma de operador de colhedora ;

Compuseram a mesa para a entrega dos diplomas: Renata Toniello (Viralcool); Pedro Araújo (Senai - Sertãozinho); Antonio Eduardo Tonielo (Grupo Toniello); Cláudia Toniello (Destilaria Santa

Inês); Antonio Carlos da Silva (LDC SEV) e Eduardo Prezinhas (Usina Pitangueiras)

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UNICA lança o “Movimento Mais Etanol”

O setor sucroenergético brasileiro, reconhecido mundialmente como protagonista do mais bem suce-

dido projeto de substituição de combus-tíveis fósseis por renováveis do planeta, tem todas as condições para dobrar de ta-manho até 2020 e atender à demanda por seus produtos, que continua crescendo fortemente dentro e fora do Brasil. Mas esse crescimento só pode se concretizar com a introdução de políticas públicas estáveis e consistentes, essenciais para a reconquista da competitividade do setor.

Essa foi a mensagem central do jan-tar organizado no dia 6 de dezembro, em Brasília, pela UNICA - União da Indús-tria de Cana-de-açúcar, que recebeu cerca de 200 convidados no centro de eventos Unique Palace. Participaram do encontro, conselheiros da entidade, empresários e trabalhadores do setor sucroenergético, deputados, senadores, representantes de diversos ministérios e agências governa-mentais, entidades ligadas à cadeia pro-dutiva da cana-de-açúcar, sindicatos e organizações não-governamentais. O pre-sidente da Copercana e Sicoob Cocred, Antonio Eduardo Tonielo e da Canaoeste, Manoel Ortolan, também participaram do encontro em que a UNICA e seus parcei-ros da cadeia sucroenergética lançaram uma nova iniciativa que se tornará mais visível nos próximos meses: o “Movi-mento Mais Etanol.”

Em sua apresentação, o presidente da UNICA, Marcos Jank, falou sobre a necessidade de políticas públicas que restabeleçam e consolidem a competiti-vidade do etanol hidratado. “Se quere-mos continuar suprindo metade do com-bustível utilizado por veículos leves no Brasil e metade do açúcar negociado no mundo, temos que dobrar nossa produção, atingindo a ambiciosa meta de 1,2 bilhão de toneladas de cana-de-açúcar até 2020,” frisou Jank. Para ele, a exemplo do que tem sido feito com a gasolina, a principal política que deve ser adotada para restaurar a competitivi-dade e retomar o crescimento do etanol é a desoneração tributária.

Jank mostrou que houve uma forte redução da tributação sobre a gasolina

nos últimos anos, sem alteração dos tributos aplicados ao etanol. A Cide (Contribuição de Intervenção no Do-mínio Público), por exemplo, que em 2002 era equivalente a 14% do preço da gasolina na bomba, hoje equivale a apenas 2,6%. “Com isto, a diferença entre as cargas tributárias sobre a ga-solina e o etanol é hoje de apenas qua-tro pontos percentuais (ver gráfico ao lado), o que não valoriza uma série de benefícios proporcionados pelo etanol, colocando o Brasil na contramão do que se pratica em boa parte do mundo,” frisou Jank.

A longa lista de benefícios gerados pela produção e uso do etanol em larga escala no Brasil inclui a geração de mais de um milhão de empregos, a interiori-zação do desenvolvimento, o estímulo à tecnologia nacional, a geração de divisas por meio da exportação e reconhecidos impactos na saúde pública, com a queda no número de casos de doenças respirató-rias e mortes na medida em que aumenta o uso do etanol em áreas urbanas.

Mas o principal destaque é o reco-nhecimento mundial do etanol de cana-de-açúcar como o mais avançado bio-combustível do planeta na mitigação do aquecimento global, ao reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa em até 90% se comparado com a gasolina. Por tudo isso, a UNICA estra-nha a forma como o sistema tributário brasileiro vem privilegiando a gasolina nos últimos anos.

A UNICA sugere a eliminação do PIS-Cofins no etanol hidratado, a intro-dução de financiamentos para estocagem de etanol, construção de novas usinas (greenfields) e medidas que permitam a expansão mais rápida da bioeletricida-de. Essa opção energética limpa avança muito lentamente devido a uma série de entraves regulatórios e burocráticos.

Paralelamente às medidas que pre-cisam vir do governo, o presidente da UNICA frisou que o setor sucroenergéti-co também deve contribuir. “Temos que perseguir reduções de custos, por meio

Fonte: ANP e legislação vigente. Elaboração: UNICA. Nota: valores obtidos tomando-se como base o preço médio dos

combustíveis no País; para o cálculo de ICMS médio no Brasil utilizou-se a alíquota mais frequente entre os Estados.

de ganhos de eficiência e produtividade e do desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias, que darão ao setor ga-nhos de escala,” afirmou.

Segundo Jank, o Movimento Mais Etanol vai centrar esforços na conscien-tização de formadores de opinião e toma-dores de decisões nos setores público e privado, por meio de ações em parceria com entidades e empresas da cadeia pro-dutiva da cana-de-açúcar. É esperado o envolvimento de setores-chave, como as distribuidoras de combustíveis, a in-dústria automobilística, revendedores de automóveis, máquinas e implementos agrícolas e fornecedores do setor sucro-energético em geral. Completando o es-forço, uma campanha de esclarecimento será lançada no início de 2012.

Ao destacar os objetivos do Movi-mento Mais Etanol, Jank apontou a con-solidação do etanol como tema estraté-gico para a economia, o meio ambiente e o próprio futuro do país. “É preciso concentrar o diálogo nos fundamentos positivos do setor sucroenergético e nas perspectivas de ganhos econômicos, ambientais e sociais, que só vão se concretizar se acontecer a retomada do crescimento que todos desejamos. Essa retomada depende de políticas públicas fundamentais para o crescimento susten-tável do setor,” concluiu.

Fonte: Unica

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Mais Etanol

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“General Álvaro Tavares Carmo”

Biblioteca da Canaoeste completa 39 anos

No último dia 14 de dezembro, a Biblioteca “General Álvaro Tavares Carmo”, mais conheci-da como biblioteca da Canaoeste, completou 39 anos de existência, coroando um nobre trabalho prestado a todos os associados e colaboradores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Co-cred, assim como a cidade de Sertãozinho e seus munícipes.

Hoje a biblioteca possui um acervo de apro-ximadamente 14 mil livros em diversas áreas do conhecimento: enciclopédias, dicionários, livros técnicos voltados para área de agronomia e agri-cultura, ciências gerais, marketing, administra-ção, artes (cinema/teatro/musica), auto-ajuda, espiritismo, psicologia, sociologia, antropolo-gia, ciência política, direito, filosofia, biografias, revistas, jornais, literatura infantil, juvenil e uni-versal.

Além disso, a biblioteca da Canaoeste conta com o auxílio de uma sala de pesquisa com três computadores e acesso a internet. As aquisições de novos livros são realizadas mensalmente de acordo com a necessidade e indicações dos lei-tores.

Parabéns à Biblioteca da Canaoeste pelo tra-balho realizado, que desde sua fundação, contri-bui para o desenvolvimento cultural, educacio-nal e social de todos os colaborados do sistema e da população sertanezina.

Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,

nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :(16)3946-3300 - Ramal 2016

Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português.

“ Querer bem não tem beiradas.” Guimarães Rosa

Cultivando a Língua Portuguesa

PARA VOCÊ PENSAR:

Dicas e sugestões, entre em contato: [email protected]* Advogada, Prof. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua

Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

1) Maria tomou a vacina “anti-rábica”.

...e a Língua Portuguesa está com raiva!

O correto é: antirrábica.

Segundo o Novo Acordo Ortográfico, desaparecerá o hífen em palavras em que o segundo elemento começar com “R”.

No exemplo: anti - 1 elementoRábica- 2 elemento - palavra começa com “r” - dobrar o “r” e tirar o hífen

2) Pedro escreveu no documento a palavra “ interracial”. Não entendeu por-que o chefe deu bronca...

O chefe está sabendo sobre as Novas Regras Ortográficas!O correto é: inter - racial.Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o hífen será mantido quando o prefixo ter-

minar em “r”.

No exemplo: inter - prefixo terminado em “r” - usar o hífenRacial - segundo elemento

3) O “sequestro” terminou sem vítimas.

... todos estão aliviados e contentes!E a Língua Portuguesa também com o uso correto da expressão sem trema.Segundo o Novo Acordo Ortográfico, o trema deixará de existir (regra geral).

“A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.” Mário Quintana

“A arte de viver é sim-plesmente a arte de convi-ver... Simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!” Mário Quintana

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