ed54dezembro10

36
Revista Canavieiros - Dezembro de 2010 1

Upload: rafael-mermejo

Post on 05-Dec-2014

206 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

1

Page 2: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

2

Page 3: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

3

Page 4: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

4

Conselho editoRial:Antonio Eduardo TonieloAugusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido VanzellaManoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio SicchieriOscar Bisson

editoRa:Cristiane Barão – MTb 31.814

JoRnalista Responsável:Carla Rossini - MTb 39.788

pRoJeto gRáfiCo e diagRamação: Rafael H. Mermejo

equipe de Redação e fotos:Carla Rodrigues - MTb 55.115Marília F. PalaveriRafael H. Mermejo

foto Capa: Divulgação CTC

ComeRCial e publiCidade:(16) 3946-3311 - Ramal: [email protected]@revistacanavieiros.com.br

impRessão:São Francisco Gráfica e Editora Ltda

tiRagem: 11.000 exemplares

issn: 1982-1530

A Revista Canavieiros é distribuída gra-tuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Cocred. As matérias assi-nadas são de responsabilidade dos au-tores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte.

endeReço da Redação:A/C Revista CanavieirosRua Dr. Pio Dufles, 532 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311 - (ramal 2190)

www.revistacanavieiros.com.br

www.twitter.com/[email protected]

Expediente: Editorial

É o que deseja o presidente da Canaoeste, Manoel Or-tolan, para os produtores de

cana no próximo ano: “disposição e entusiasmo para enfrentar os de-safios”. Ele assina o Ponto de Vista de dezembro.

A entrevista do mês é com o dire-tor técnico da Unica, Antonio de Pa-dua Rodrigues, que faz um balanço da safra 2010/11 e uma previsão para o próximo ciclo. Segundo ele, por conta do clima e das condições dos canaviais, a safra atual no Centro-Sul deve fechar próxima dos 560 milhões de toneladas, marca distante das 595,8 milhões estimadas em abril. No entanto, a demanda por etanol e açúcar estará aquecida no próximo ano, sinalizando bons preços.

A Reportagem de Capa traz o lan-çamento comercial de duas varieda-des de cana-de-açúcar do CTC (Cen-tro de Tecnologia Canavieira). As variedades CTC 21 e CTC 22 foram apresentadas no início de dezembro no Brasil Canashow, em Ribeirão Preto, que contou com a participação de representantes de usinas e asso-ciações de fornecedores de cana as-sociados ao centro de pesquisa.

O Destaque deste mês é o lança-mento da Uniceise (Universidade Corporativa do Setor Sucroenergéti-co), uma iniciativa do Ceise Br (Cen-tro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético) e do Inepad (Insti-tuto de Ensino e Pesquisa em Admi-nistração), com o apoio institucional da Unica e da Orplana.

Nas páginas da Copercana o leitor vai saber sobre a reunião com pro-

dutores rurais realizada em Frutal (MG). O objetivo do encontro foi apresentar a cooperativa e também informações técnicas aos produto-res. Também ficará sabendo sobre a participação da Copercana no 1º Workshop de Comunicação com Co-operativas promovido pela Basf, nos dias 14 e 15 de dezembro, e sobre o encontro sobre amendoim realizado pela Funep (Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão), ligada à Unesp de Jaboticabal.

O presidente da Canaoeste, Mano-el Ortolan, foi homenageado como “personalidade dos plantadores de cana” e o presidente da Coperca-na, Antonio Eduardo Tonielo, como “personalidade do cooperativismo” no 8º Prêmio Visão da Agroindús-tria no último dia 25 de novembro, no Espaço Golf, em Ribeirão Preto. Cerca de 300 convidados participa-ram do evento. Todas as informações sobre o prêmio estão nas páginas da Canaoeste.

Na seção Pragas e Doenças a Ca-navieiros traz a Ferrugem Alaranja-da, uma doença que foi descoberta nos canaviais do Brasil em dezembro de 2009. Para falar sobre o assunto, entrevistamos Adhair Ricci Júnior, especialista em tecnologia do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).

O Artigo Técnico deste mês é “Ma-nejo da época de corte do canavial por idade e ambientes de produção”, assinado por especialistas do CTC.

O leitor também vai conferir as informações setoriais com o assessor técnico da Canaoeste, Oswaldo Alon-so, dica de leitura e os classificados.

“Disposição e entusiasmo em 2011”

Boa leitura!Conselho Editorial

RC

Page 5: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

5

Ano V - Edição 54 - Dezembro de 2010

Índice:

E mais:

Capa - 22CTC lança duas variedades de cana: CTC 21 e CTC 22

6ª geração de cana-de-açúcar; com elevada preco-cidade e alto teor de saca-rose, são recomendadas para manejo de início de safra

10 - Notícias Copercana

06 - Entrevista

08 - Ponto de Vista

14 - Notícias Canaoeste

18 - Notícias Sicoob Cocred

28 - Artigo Tecnico

- Manejo da época de corte do canavial por idade e ambientes de produção

Rubens Leite do Canto Braga Jr. – Especialista em Tecnologia AgroindustrialMauro Sampaio Benedini – Gerente Regional FornecedoresCTC - Centro de Tecnologia Canavieira

- Copercana participa do encontro sobre Amendoim- Copercana participa do 1º Workshop de Comunicação com Cooperativas da BASF - Copercana e Syngenta realizam reunião com produtores

Antonio de Padua Rodriguesdiretor técnico da UnicaBalanço da safra

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanPresidente da Canaoeste

Balanço e perspectivas para o produtor de cana

- Canaoeste e Copercana recebem troféus do 8º prêmio Visão da Agroindústria

- Balancete Mensal

Circular Consecana

.................página 13

Destaque

.................página 15

Pragas e Doenças

.................página 16

Informações Setoriais

.................página 26

Artigo Técnico

.................página 28

Cultura

.................página 32

Agende-se

.................página 34

Classificados

.................página 34

Page 6: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

6

Antonio de Pa-dua Rodrigues

Balanço da safra

Carla Rossini

Canavieiros: De forma geral, como podemos classificar a safra 2010/2011?

Antonio de Padua Rodrigues: Es-tamos vivendo safras muito diferentes. A safra anterior foi uma safra muito chuvosa, uma safra muito produtiva do ponto de vista agrícola e de baixa con-centração do teor de sacarose. Tivemos muitos dias parados, que fizeram com que ficasse muita cana em pé, que ficou para ser colhida nessa safra. Já a safra 2010/11 teve uma condição totalmen-te diferente. Havia uma expectativa de crescimento razoável em cana-de-açúcar, mas o clima seco de maio até setembro fez com que tivéssemos uma quebra de produtividade de quase 10%. Isso acabou anulando todo o crescimen-to da oferta de cana que nós tínhamos como expectativa.

Canavieiros: E em relação aos preços?Padua: Em contrapartida à redução

“...dos últimos anos, esta foi a primeira sa-fra em que o setor veio com uma remuneração que cobre os custos de produção, proporciona-do principalmente pelo mercado de açúcar.”

Entrevista com:

O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodri-gues, faz um balanço da safra 2010/11 e uma pre-visão para o próximo ciclo. Segundo ele, por conta do clima e das condições dos canaviais, a safra atual no Centro-Sul deve fechar pró-xima dos 560 milhões de toneladas, marca distante das 595,8 milhões estima-das em abril. No entanto, a demanda por etanol e açúcar estará aquecida no próximo ano, sinalizando bons preços.

na produção, o ATR voltou a crescer 11, 12 kg por tonelada. Dos últimos anos, esta foi a primeira safra em que o setor veio com uma remuneração que cobre os custos de produção, proporcionado principalmente pelo mercado de açúcar. Isso trouxe um equilíbrio às empresas, ao capital de giro. O crédito voltou, as empresas foram menos dependentes de ofertar o etanol no mercado. Com isso, também o etanol passou a ter um pre-

ço remunerador, ou seja, nós crescemos aquilo que esperávamos, mas o merca-do foi muito mais regulado, muito mais ajustado e isso proporcionou níveis de preços satisfatórios à atividade.

Canavieiros: A atual safra fechará em quanto?

Padua: A queda na disponibilidade de matéria-prima foi tão grande que o volume de cana processado até o mo-mento (início de dezembro) é pratica-mente o mesmo observado em toda a safra passada. Portanto, o crescimento da moagem na atual safra será determi-nado pela pouca cana a ser processada nas próximas quinzenas. Nesse cenário de queda de produtividade, final preco-ce de safra em muitas regiões e início das chuvas de final de ano, será muito difícil atingirmos 560 milhões de to-neladas de cana processadas na região Centro-Sul.

Page 7: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

7

Canavieiros: A quebra de pro-dução se deu exclusivamente pelo fator clima?

Padua: Eu diria que sim. Ele pode até ter sido agravado em algumas regiões pela falta de um cul-tivo adequado. Eu diria que o fato de estarmos com ca-navial envelhecido - com um canavial aonde mais de 40% da área são cortes com mais de quatro ciclos – e com poucas chuvas, isso ajudou a derrubar ainda mais (a produção). Então, foi uma combinação de clima com canavial envelhecido.

Canavieiros: Foi uma safra mais alcooleira?

Padua: No Brasil, a safra sempre será mais alcooleira. Nós vamos desti-nar mais de 55% da cana para o etanol e 45% para açúcar. Evidentemente, se comparada à safra anterior, o açúcar cresceu mais relativamente do que o etanol.

Canavieiros: O que esperar da sa-fra 2011/2012?

Padua: É uma safra de um ponto

No acumulado do início da safra no Centro-Sul até dezembro, a moagem de cana totalizou 543,67 milhões de toneladas, um crescimento de 8,86% em relação as 499,40 milhões de to-neladas verificadas no mesmo período de 2009. Porém, na segunda quinze-na de novembro, a moagem ficou em 18,40 milhões de toneladas, uma que-da de 27,95% em relação ao mesmo período do ano anterior quando foram processadas 25,54 milhões de tonela-das. Reflexo direto da disponibilidade de matéria-prima e do número de usi-nas que já encerraram a safra.

A quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) atingiu 131,61 kg por tonelada de cana-de-açúcar na segunda quinzena de novembro, 6,53 kg inferior ao valor obtido nos primei-ros 15 dias do mesmo mês. No acu-mulado desde o início da safra, a con-centração de ATR aumentou 7,35% relativamente ao mesmo período de 2009, totalizando 141,64 kg por tone-lada de matéria-prima.

Devido a essa recuperação na qua-lidade da matéria-prima, o incremento na quantidade total de produtos nesta safra deverá ser superior ao cresci-mento da moagem de cana.

Até o final da segunda quinzena de novembro, foram processadas 77,00 milhões de toneladas de ATR, valor 16,87% superior aquele observado no mesmo período de 2009.

No acumulado desde o início da safra 2010/2011, a produção de açú-car totalizou 33,02 milhões de tone-ladas, enquanto a de etanol alcançou 24,72 bilhões de litros, crescimento de 14,04% comparado ao mesmo período de 2009. Do total produzi-do de etanol, 17,51 bilhões de litros foram de etanol hidratado e 7,21 de etanol anidro.

de vista de mer-cado positiva por-que o potencial da demanda cresce muito mais do que a oferta. O Esta-do de São Paulo, principal Estado produtor, prova-velmente terá um contingente de cana menor ainda do que nessa sa-fra. Quer dizer, o clima afetou tam-bém a próxima safra, principal-

mente nas áreas que foram colhidas no início de safra. Evidentemente terá crescimento em outros Estados como Goiás e Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas. O mercado de açúcar conti-nuará aquecido e o Brasil continuará vendendo mais de 3 milhões de veí-culos flex.

Canavieiros: As usinas deverão encerrar a moagem quando?

Padua: Estimamos que 297 uni-dades tenham finalizado a safra até o final de dezembro e, na entressafra, o número de usinas em operação deve ficar abaixo de 20% do número ob-servado no mesmo período da safra 2009/2010.

“...o fato de estar-mos com canavial envelhecido - com um canavial aonde

mais de 40% da área são cortes com mais de quatro ciclos – e com poucas chuvas, isso ajudou a der-

rubar ainda mais (a produção).”

RC

Os números até dezembro

Page 8: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

8Ponto de Vista

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan*

Balanço e perspectivas para o produtor de canaPara quem vive da agricultura, ne-

nhum ano é igual ao outro. Além de todos os fatores que influen-

ciam o nosso negócio - como as ques-tões de mercado, de câmbio, de renda – há também aqueles sobre os quais não há qualquer forma de controle, como as variáveis climáticas. Dos mil e nove foi marcado pela chuva. Dois mil e dez pela estiagem.

Isso provocou alteração no ritmo da colheita – no ano passado houve atraso na moagem, enquanto a atual safra foi acelerada – e também impactou os ca-naviais. Houve uma queda sensível na produtividade agrícola no Centro-Sul, segundo o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira): em novembro a redução foi de 18,71% em relação ao mesmo período de 2009. No acumulado até dezembro, a quebra foi de 7,26%.

No final das contas, a safra deve fe-char abaixo das estimativas. Dificilmente o Centro-Sul atingirá 560 milhões de to-neladas de cana processadas. A primeira estimativa divulgada pela Unica em abril apontava para uma safra de 595,8 mi-lhões/ton, revisada em agosto para 570,1 milhões/ton. A safra passada fechou em 541,9 milhões/ton.

De qualquer forma, o balanço do ano acaba sendo positivo em razão da recu-peração dos preços. Por conta da baixa nos estoques mundiais ocasionada por problemas climáticos nos principais países produtores, as cotações do açú-car bateram recorde neste ano e a de-manda interna aquecida também elevou o etanol a preços razoáveis. Por tabela, a cana deve fechar a safra com preços me-lhores do que nos anos anteriores.

Esse cenário sinaliza boas perspecti-vas em termos de remuneração para uma nova safra que deverá começar mais tar-de – abril ou maio -, sem cana bisada e com percentual de renovação dos cana-viais acima da média. Ou seja, quem ti-

ver cana disponível terá bons preços. Isso reforça o que sempre temos dito aos for-necedores: é preciso cuidar do canavial de forma permanente, tanto na bonança como no período das vacas magras.

Outro ponto positivo deste ano para o associativismo e para o setor como um todo foi o ingresso de novas as-sociações de fornecedores à Orplana. Isso fortalece a representatividade dos produtores de cana e dá mais peso à classe nas mesas de negociações. A Or-plana termina o ano com 34 associadas e representando aproximadamente 18 mil fornecedores de cana.

As associações e cooperativas tam-bém conseguiram neste ano garantir boa representatividade política na Assem-bleia Legislativa de São Paulo e no Con-gresso Nacional com a eleição e reelei-ção dos candidatos alinhados ao setor. As associações, assim como a Canaoeste, se movimentaram para apoiar essas candi-daturas, já que há assuntos importantes e de interesse a serem discutidos.

Entre eles podemos destacar a refor-mulação do Código Florestal, que está em compasso de espera para ser votado pela Câmara dos Deputados. O primeiro passo foi dado em julho, com a aprova-ção do relatório na Comissão Especial criada para analisar a proposta. Também neste caso as associações participaram ativamente do processo de discussão na comissão e agora pressionam pela rápida tramitação do projeto.

Outra preocupação deste final de ano para as associações, além da necessidade de reformulação da legislação ambien-tal, é a atualização do sistema Conse-cana, que define os parâmetros para o pagamento da matéria-prima. A última revisão foi em 2006, retroativa à safra 2005/06. A discussão segue com dificul-dades de entendimento entre as partes, o que poderá trazer problemas para que a implantação ocorra no próximo ano.

Para a Canaoeste, em particular, este ano de 2010 também foi positivo. De-mos continuidade à meta de crescimento da associação para as áreas de expansão dentro da nossa região de abrangência, mantivemos nossos quadros de técnicos e colaboradores, estivemos presentes nos eventos do setor e participamos ativa-mente do processo de discussão de temas relevantes para o produtor de cana.

E se a entidade segue vigorosa e como uma das mais importantes associações de fornecedores de cana do mundo, isso se deve ao apoio recebido dos seus as-sociados, que tanto tem nos dado ânimo e força para prosseguirmos em nosso trabalho. Assim, ao término de mais um ano, temos de retribuir todo o estímulo e agradecer a confiança de todos os nossos associados e colaboradores.

Desejamos também um Natal reple-to de paz e harmonia e um Ano Novo de muita disposição e entusiasmo para enfrentar os desafios que teremos pela frente. Com certeza, nossa união será o principal combustível que nos levará ao alcance das soluções necessárias.

*presidente da Canaoeste (Associa-ção dos Plantadores de Cana do Oeste

do Estado de São Paulo)

RC

Page 9: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

9

Page 10: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

10Notícias Copercana

Copercana participa do encontro sobre Amendoim

Copercana participa do 1º Workshop de Comunicação com Cooperativas da BASF

Da Redação

Da redação

A Funep (Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão), ligada à Unesp de Jaboticabal,

realizou nos dias 25 e 26 de novembro, o VII Encontro sobre a Cultura do Amen-doim. O evento foi realizado na sede da universidade e contou com a presença de produtores, pesquisadores, estudantes, profissionais, representantes de municí-pios e cooperativas que estão envolvidos com a cultura do amendoim. Vários te-mas foram abordados, entre eles o mer-cado atual do grão, perspectivas para o futuro, plantio direto, nutrição e aduba-ção e uso de maturadores. Um dos desta-ques do evento foi a preocupação do se-tor com o futuro do amendoim na região de Sertãozinho, principalmente em áreas de renovação de cana-de-açúcar.

O gerente da Uname (Unidade de Grãos da Copercana), Augusto César Strini Paixão, participou do evento

A Copercana participou do 1º Workshop de Comunicação com Cooperativas promo-

vido pela Basf, nos dias 14 e 15 de dezembro. A iniciativa da empresa de agroquímicos teve como objetivo principal estreitar o relacionamento com as cooperativas, discutir ideias e trocar informações relacionadas à comunicação.

Participaram do evento gestores em comunicação das cooperativas Coper-cana – que foi representada pela jorna-lista Carla Rossini -, Coamo, Lar, Ba-tavo, Coplana, Comigo, Coopercitrus, Contrijal e Alfa.

No primeiro dia de evento, a progra-mação incluiu uma visita ao complexo químico da Basf, localizado em Guara-tinguetá, onde os visitantes conheceram

Realizado em Jaboticabal, evento reuniu representantes da cadeia produtiva

como palestrante e abordou o tema “A cultura do amendoim sob a perspectiva da Copercana”. Durante sua apresenta-ção, Paixão fez um resumo do Projeto Amendoim da cooperativa, que está sendo realizado com muito sucesso pela quinta safra consecutiva. Ele tam-bém comentou sobre a significativa di-minuição da área plantada com amen-doim na região ao longo das safras. “Se não houver uma parceria com as usinas

o projeto Mata Viva, laboratórios e assis-tiram palestras.

Já no segundo dia, após as pales-tras, debates e trocas de experiên-cias, para encerrar a programação do Workshop, os participantes visitaram a redação do Jornal Valor Econômico, onde foram recebidos pelo editor de

no fornecimento de áreas para o plantio de amendoim, a cultura corre o risco de acabar na região”, disse.

Após a apresentação, o gerente da Uname participou de um debate com re-presentantes dos principais municípios produtores do Estado e usinas, em que foi discutida a importância da cultura para os municípios e a preocupação com o futuro da cultura.

agronegócios, Fernando Lopes.

“A ideia da Basf de reunir gestores em comunicação foi muito boa e permi-tiu que experiências fossem trocadas en-tre os participantes. A programação e o atendimento da equipe da Basf também foram excelentes. Criamos um grupo muito integrado”, disse Carla.

RC

RC

Page 11: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

11

Copercana e Syngenta realizam reunião com produtoresCarla Rossini

A Copercana realizou em no-vembro uma reunião com produtores rurais da cidade

de Frutal (MG). O objetivo do en-contro foi apresentar a cooperativa e também informações técnicas aos produtores.

A reunião de Frutal foi realizada na Loja Maçônica da cidade, em par-ceria com a empresa Syngenta e com o apoio da Associação de Fornecedo-res de Cana do Rio Grande (APRO-VALE) e, contou com a presença de aproximadamente, cem pessoas.

Na ocasião, o diretor da Coperca-na, Pedro Esrael Bighetti, fez uma explanação sobre a cooperativa e o representante da Syngenta, Claucio Gaspareto, falou sobre o controle de plantas daninhas e de cigarrinhas das raízes utilizando as tecnologias da empresa. Além do diretor da Coper-cana, também participaram do encon-tro o gerente de Compras, Ricardo Meloni, e os funcionários da coope-rativa em Frutal, Marcos de Felício e Jaime Ribeiro Júnior.

A reunião aconteceu em Frutal e contou com o apoio da Associação dos Produtores de Cana do Rio Grande

Para o diretor da Copercana, Pedro Bighetti este tipo de evento aproxima a cooperativa dos produtores. “Nosso objetivo é estar cada vez mais perto do

produtor rural e colocar a sua disposi-ção a nossa rede de produtos e servi-ços”, disse Bighetti. RC

Page 12: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

12

Page 13: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

13

Consecana CIRCULAR Nº 12/10DATA: 30 de novembro de 2010

Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de NOVEMBRO de 2010. O preço médio do kg de ATR para o mês de NOVEMBRO, referente à Safra 2010/2011, é de R$ 0,3677.

O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mer-cados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a novembro e acumulados até NOVEMBRO, são apresentados a seguir:

Notícias Canaoeste

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à industria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a novembro e acumulados até NOVEMBRO, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/10, são os seguintes:

Page 14: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

14

Canaoeste e Copercana recebem troféus do 8º prêmio Visão da Agroindústria

Notícias Canaoeste

Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, e Antonio Eduardo Tonielo, presidente da Copercana e Sicoob Cocred também foram homenageados

O presidente da Canaoeste, Ma-noel Ortolan, foi homenageado como “personalidade dos plan-

tadores de cana” e o presidente da Co-percana, Antonio Eduardo Tonielo, como “personalidade do cooperativismo” no 8º Prêmio Visão da Agroindústria no último dia 25 de novembro, no Espaço Golf, em Ribeirão Preto. Cerca de 300 convidados participaram do evento.

O prêmio foi entregue a personalidades de destaque em todos os elos da cadeia su-croenergética. Na entrega, Ortolan também representou o presidente da Copercana, que não pode estar presente na solenidade.

Ele também recebeu os troféus pela Canaoeste como “destaque em

pesquisa e desen-volvimento” e pela Copercana como “destaque na co-mercialização de fertilizantes”.

A indicação das empresas e usinas foi feita com base em uma pesquisa realizada pela AR Empreendimentos e foi supervisio-nada pelo GEGIS (Grupo de Estudos de Gestão Industrial do Setor Sucro-alcooleiro), que conta com mais de 120 usinas como associadas. O even-

to teve o apoio de entidades como a Esalq, Simespi, Coplacana, CeiseBr e Orplana.

Manoel Ortolan recebe o trofeu das mãos de Alex Ramos, organizador do evento

RC

Page 15: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

15

Para resolver o gargalo da mão-de-obra Da redação

A oferta de mão-de-obra qualifica-da transformou-se em um garga-lo para a maior parte dos ramos

da atividade econômica brasileira. Para a cadeia sucroenergética o cenário não é di-ferente. Além da expansão do setor, o que naturalmente aquece as contratações, um outro aspecto deve ser considerado: com o aumento da mecanização no campo, se faz necessária a requalificação dos trabalhado-res ocupados com o corte manual da cana.

A iniciativa privada já atua nessa dire-

ção. Um dos exemplos é o projeto Reno-vação, desenvolvido pela Unica, com o apoio de empresas e do BID (Banco Inte-ramericano), iniciado em fevereiro des-te ano. O objetivo é treinar e qualificar 7.000 pessoas por ano em seis regiões do Estado, entre elas a de Ribeirão Preto.

No último dia 17, por exemplo, mais

de 400 trabalhadores da região recebe-ram os certificados de conclusão para os cursos de eletricista industrial, eletricista instalador, caldeireiro, torneiro mecânico, soldador e tratorista. Até o final deste mês outros 600 devem ser diplomados nas re-giões de Araraquara e Barra Bonita.

No entanto, a qualificação é necessária

em todos os níveis. Neste sentido, no últi-mo dia 10, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, foi lançada a Uniceise (Uni-versidade Corporativa do Setor Sucroener-gético), uma iniciativa do Ceise Br (Centro

Destaque

Nacional das Indústrias do Setor Sucroener-gético) e do Inepad (Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração), com o apoio institucional da Unica e da Orplana.

Serão desenvolvidos programas de

extensão direcionados a atender deman-das técnicas de formação, MBAs, cur-sos gerenciais temáticos com nível Latu Sensu e um Programa For Presidentes, voltado exclusivamente a presidentes, vice-presidentes e diretores de empresas do setor de bioenergia.

De acordo com o ministro da Agri-

cultura, Wagner Rossi, que participou do lançamento, a Uniceise é um avanço im-

Iniciativas como a Uniceise, lançada no dia 10, e o Renovação, buscam suprir a necessidade de profissionais qualificados para a expansão do setor sucroenergético

portante para o setor sucroenergético e também para o setor industrial da região. “No passado, os problemas no Brasil eram o desemprego e a falta de oportu-nidade. Hoje estamos com um problema um pouco diverso, que é a possibilidade de se abrirem vagas, para as quais não tem gente preparada”, disse.

Segundo o presidente da Canaoeste,

Manoel Ortolan, que também participou da solenidade, a Uniceise é um passo im-portante na solução de uma das travas do setor. “A universidade é uma espécie de socorro ao setor, já que há necessidade de qualificar e requalificar mão-de-obra em todos os níveis”, disse.

Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste), Wagner Rossi (Ministro da Agricultura) e Ismael Perina Jr. (presidente da Orplana)Público presente

Durante o evento Wagner Rossi recebeu homenagem do CeiseBR

RC

Page 16: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

16

Ferrugem Alaranjada: perigo aos canaviais

Pragas e Doenças

Umidade e temperaturas altas favorecem a ocorrência da doença

A ferrugem alaranjada (Puccinia Kueehni) foi descoberta nos ca-naviais do Brasil em dezembro

de 2009. A constatação de que a doença estava presente em canaviais da região de Araraquara, interior paulista, foi divulgada pelo Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento. Deste período para cá, os produtores de cana brasileiros estão em estado de alerta.

“Apesar de muitos estudos estarem sendo realizados, o período ainda é muito curto para se ter todas as infor-mações sobre a doença”, alerta Adhair Ricci Júnior, especialista em tecno-logia do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira). Confira a entrevista que Ricci concedeu à Canavieiros:

Revista Canavieiros: O que signi-fica dizer que a ferrugem alaranjada é influenciada pelo ambiente?

Adhair Ricci Júnior: Quando se diz que a ferrugem alaranjada é influencia-da pelo ambiente significa que variá-veis ambientais ou climáticas, como umidade relativa do ar, precipitação e temperatura, afetam o desenvolvi-

mento da doença. Já foi observado que em temperaturas médias entre 17ºC e 24ºC e umidade relativa do ar acima de 90% são condições favoráveis para germinação dos esporos do fungo. En-tretanto, é necessário período de oito horas para ocorrer o processo. Embo-ra a germinação dos esporos, isolada-mente, não seja fator condicionante de ocorrência de doenças foliares, existe similaridade entre locais ou ambien-tes favoráveis à germinação de espo-ros com a severidade da ocorrência da doença. Em épocas chuvosas durante o verão, quando a temperatura média noturna e a umidade relativa são altas, o ambiente torna-se favorável para a germinação dos esporos da ferrugem alaranjada e conseqüentemente ocorre um aumento na ocorrência da doença. Durante o inverno, o momento com temperatura adequada à germinação dos esporos não coincide com a hora do dia em que a umidade relativa do ar é mais alta, ocasionando a diminuição da incidência da doença.

Revista Canavieiros: Em quais Estados brasileiros foi constatada a doença? No Estado de São Paulo, em quais regiões?

Ricci: A doença já foi constatada nos seguintes Estados brasileiros: São Paulo, Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. No Estado de São Paulo já foi observa-da em todas as regiões onde a cana-de-açúcar é cultivada.

Revista Canavieiros: Há como o produtor rural prevenir seu canavial da doença?

Ricci: A melhor maneira de um agri-cultor se prevenir contra esta doença é plantando variedades resistentes.

Revista Canavieiros: Diante de um canavial já infestado com a ferru-

gem, como o produtor de cana deve proceder?

Ricci: Infelizmente, não há muitas alternativas para produtor. Se a inci-dência da doença for muito severa, o mais indicado é reformar o canavial após a colheita, utilizando uma varie-dade resistente. O controle químico pode ser uma alternativa se utilizado na fase inicial de estabelecimento da doença, preventivamente.

Revista Canavieiros: O que o se-nhor pode dizer sobre a eficácia do controle com fungicida. É viável?

Adhair Ricci Júnior, especialista em tecnologia do CTC

Carla Rossini

Fot

o: D

ivul

gaçã

o C

TC

Page 17: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

17

Ricci: O controle da doença com fungicidas pode ser eficiente se aplica-do de maneira preventiva, isto é, antes que a doença atinja níveis de danos no canavial. Sabe-se que uma ou duas apli-cações de fungicida dificilmente serão suficientes para obtenção de um bom controle e este método representa um custo adicional. Só deve ser conside-rado quando a reforma do canavial não pode ser efetuada e onde a previsão de recuperação do canavial for suficiente para cobrir os custos do produto e da aplicação, com uma margem de contri-buição.

Revista Canavieiros: Economi-camente falando, quais são os danos que a doença pode causar?

Ricci: Neste primeiro ano de con-vivência com esta doença no Brasil, foram observadas perdas variando de 15% a 30% na produção agrícola (to-neladas de cana por hectare) e de até 20% na produção industrial (toneladas de açúcar por hectare) nas variedades mais suscetíveis. RC

Fonte: CTC

Page 18: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

18Notícias Sicoob Cocred

Balancete MensalCOOP.CRÉDITO PRODUTORES RURAIS E EMPRESÁRIOS DO

INTERIOR PAULISTA - BALANCETE - NOVEMBRO/2010Valores em Reais

ATIVOCIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 886.030.343,15

DISPONIBILIDADES 7.159.176,76 Caixa 6.862.070,94 Depósitos Bancários 297.105,82

APLICAÇÕES INTERFINANCEIRAS DE LIQUIDEZ 12.332.494,28 Aplicações em Depósitos Interfinanceiros 12.332.494,28

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS 274.596.483,12 Livres 244.647.944,48 Vínculados a Prestação de Garantias 29.948.538,64

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS 42.090.862,09 Direitos Junto a Participantes de Sistemas de Liquidação - Centralização Financeira - Cooperativas 42.090.862,09

OPERAÇÕES DE CRÉDITO 442.977.525,35 Empréstimos e Títulos Descontados 174.286.571,72 Financiamentos 3.109.747,74 Financiamentos Rurais e Agroindustriais 288.338.940,47 (-) Prov.p/Empr.e Títulos Descontados (13.065.276,28) (-) Prov.p/Financiamentos (23.955,15) (-)Prov.p/Fin.Rurais e Agroindustriais (9.668.503,15)

OUTROS CRÉDITOS 96.227.076,39 Avais e Fianças Honrados - Rendas a Receber 11.472,95 Negociação e Intermediação de Valores 211.140,75 Diversos 105.317.077,41 (-) Provisão para Outros Créditos (9.312.614,72)

OUTROS VALORES E BENS 10.646.725,16 Outros Valores e Bens 10.621.139,20 Despesas Antecipadas 25.585,96

PERMANENTE 29.948.020,08 INVESTIMENTOS 24.243.356,01

Participações em Coligadas e Controladas - Ações e Cotas 24.238.941,41 Outros 4.414,60

IMOBILIZADO DE USO 3.132.119,97 Imobilizações em Curso - Imóveis de Uso - Instalações, Móveis e Equipamentos de Uso 1.820.596,44 Outros 1.311.523,53

DIFERIDO 1.926.544,07 Gastos de Organização e Expansão 1.926.544,07

INTANGÍVEL 646.000,03 Ativos Intangíveis 646.000,03

COMPENSAÇÃO 3.506.746.382,94 COOBRIGAÇÕES E RISCOS EM GARANTIAS PRESTADAS 23.477.671,40 CUSTÓDIA DE VALORES 20.732.249,82 COBRANÇA 64.717.074,47 NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES - CONTROLE 2.875.624.957,32 CLASSIFICAÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITOS 522.194.429,93

TOTAL GERAL DO ATIVO 4.422.724.746,17

PASSIVOCIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 694.414.483,62

DEPÓSITOS 422.779.294,68 Depósitos à Vista 79.174.429,14 Depósitos Sob Aviso 31.084.211,85 Depósitos a Prazo 312.418.041,24 Outros Depósitos 102.612,45

OBRIGAÇÕES POR OPERAÇÕES COMPROMISSADAS - Carteira Própria -

REC.ACEITES CAMBIAIS, LETRAS IMOB. HIPOTEC. E DEBÊNTURES 9.438.427,15 Obrigações por Emissão de Letras de Crédito do Agronegócio 9.438.427,15

RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS - Obrigações junto a Participantes de Sistemas de Liquidação -

RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS 6.732,29 Recursos em Trânsito de Terceiros 6.732,29

OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS E REPASSES 215.378.322,47 Empréstimos no País - Instituições Oficiais 3.918.549,27 Empréstimos no País - Outras Instituições Oficiais - Repasses do País-Instituições Oficiais 211.459.773,20

INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS - Mercados Futuros-Ajustes Diários-Passivo -

OUTRAS OBRIGAÇÕES 46.811.707,03 Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados 71.924,54 Sociais e Estatutárias 7.281.983,07 Fiscais e Previdenciárias 501.686,03 Diversas 38.956.113,39

RESULTADOS EXERCÍCIOS FUTUROS 115.364,28 RECEITAS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 115.364,28

Receitas de Exercícios Futuros 115.364,28 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 210.530.491,96

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 210.530.491,96 Cotas-País 114.689.426,84 Reserva de Lucros 86.604.653,00 Sobras ou Perdas Acumuladas 9.236.412,12

CONTAS DE RESULTADOS CREDORAS 57.030.824,96 RECEITAS OPERACIONAIS 57.012.029,57

Rendas de Operações de Crédito 27.507.065,74 Rendas de Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 2.411.626,63 Rendas c/ Tít.Valores Mobil. e Instr.Financ. 1.360.123,44 Rendas de Prestação de Serviços 1.200.567,26 Rendas de Participações - Outras Receitas Operacionais 24.532.646,50

RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 18.795,39 Lucros em Transações com Valores e Bens 18.795,39 Outras Receitas Não Operacionais -

CONTAS DE RESULTADOS DEVEDORAS (46.112.801,59) DESPESAS OPERACIONAIS (46.083.655,59)

Despesas de Captação (12.740.009,85) Despesas de Obrigações por Empr. E Repasses (7.099.501,98) Desp.c/ Tít.Val.Mob. e Intr.Financ.Derivativos (31.886,97) Despesas Administrativas (10.779.319,83) Aprovisionamento e Ajustes Patrimoniais (14.306.182,50) Outras Despesas Operacionais (1.126.754,46)

DESPESAS NÃO OPERACIONAIS (3.126,74) Outras Despesas Não Operacionais (3.126,74) Prejuízos em Transações com Valores e Bens -

APURAÇÃO DE RESULTADO (26.019,26) Imposto de Renda (26.019,26)

COMPENSAÇÃO 3.506.746.382,94 COOBRIGAÇÕES E RISCOS EM GARANTIAS PRESTADAS 23.477.671,40 CUSTÓDIA DE VALORES 20.732.249,82 COBRANÇA 64.717.074,47 NEGOCIAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE VALORES - CONTROLE 2.875.624.957,32 CLASSIFICAÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITOS 522.194.429,93

TOTAL GERAL DO PASSIVO 4.422.724.746,17

SERTÃOZINHO/SP, 30 DE NOVEMBRO/2010

Page 19: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

19

Page 20: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

20

Page 21: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

21

Page 22: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

22CTC lança duas variedades de cana: CTC 21 e CTC 22

6ª geração de cana-de-açúcar; com elevada precocidade e alto teor de sacarose, são recomendadas para manejo de início de safra

Carla Rossini

Foram lançadas comercialmente as duas variedades de cana-de-açúcar do CTC (Centro de Tec-

nologia Canavieira). As variedades CTC 21 e CTC 22 foram apresenta-das no início de dezembro no Brasil Canashow, em Ribeirão Preto, que contou com a participação de repre-sentantes de usinas e associações de fornecedores de cana associados ao centro de pesquisa.

A CTC 21 e CTC 22 formam a 6ª geração de variedades lançadas desde 2005 pelo CTC. Segundo o diretor superintendente do CTC, Nilson Zaramella Boeta, a obtenção das novas variedades segue a linha de atender aos diversos ambientes de produção encontrados no Brasil, inclusive os mais restritivos. “Nos últimos anos, investimos na abertu-ra de pólos regionais de pesquisas, em áreas estratégicas do cultivo da cana-de-açúcar”, explicou o diretor.

Ainda segundo Boeta, antes da libe-ração para cultivo, as variedades CTC 21 e CTC 22 foram testadas para todas as variáveis agronômicas e industriais. “As novas variedades foram avaliadas com todos os detalhes técnicos por 25 empresas associadas, que representam os ambientes edafoclimáticos da cultu-ra no Brasil”, concluiu.

O diretor de Pesquisa e Desenvolvi-mento do CTC, Tadeu Andrade, desta-cou que as duas novas variedades são

de elevada precocidade, com alto teor de sacarose, recomendadas para mane-jo no início da safra, com colheita até os meses de julho e agosto. Ambas tam-bém apresentam, segundo ele, resistên-cia às ferrugens marrom e alaranjada, ao carvão e ao mosaico, à escaldadura e ao amarelecimento.

Em relação à broca da cana, segun-do Andrade, as variedades mostram resistência intermediária. “Durante os processos de hibridação, seleção e en-saios de competição, CTC 21 e CTC 22 foram comparadas às principais varie-dades hoje utilizadas no setor e regis-traram indicadores superiores de pro-dutividade agrícola, teor de sacarose e resistência a doenças”, ressaltou.

Já o coordenador de Pesquisa e De-senvolvimento, Arnaldo Raizer, sa-lientou que as duas novas variedades adaptam-se melhor aos ambientes com potencial de produção médio e alto, em condições específicas encontradas principalmente nas regiões Centro-Sul e Nordeste. “As soqueiras das duas va-riedades mostraram ótima brotação e longevidade, inclusive na colheita me-canizada de cana crua”, complementou o pesquisador. Raizer informou ainda que somente nos últimos três anos fo-ram realizados 41 ensaios técnicos en-volvendo a CTC 21 e a CTC 22.

Nos últimos cinco anos, o Centro de Tecnologia Canavieira liberou 20 va-riedades com a sigla CTC.

Equipe da Canaoeste que esteve presente no evento

Foto

s: D

ivul

gaçã

o CT

C

Page 23: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

23Reportagem de Capa

CTC21 e CTC22: Características Agronômicas e Tecnológicas

CTC21- Variedade muito precoce e de alto

teor de sacarose, com ótimo fechamen-to de entrelinhas e alta produtividade agrícola. As soqueiras apresentam óti-ma brotação e longevidade, inclusive na colheita mecanizada de cana crua. Com boa aptidão ao sistema de plantio meca-nizado, CTC21 apresenta PUI (Período Útil de Industrialização) e teor de fibra médios. É recomendada para início de safra, com moagem até o mês de agosto.

- Adaptada aos ambientes de médio a alto potencial de produção, não floresce nem isoporiza nas condições do Centro-Sul e do Nordeste. É altamente resistente às ferrugens marrom e alaranjada; ao car-vão, mosaico, escaldadura e ao amarele-cimento. Apresenta reação intermediária à broca Diatraea ou broca da cana.

Page 24: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

24

CTC22- Destaca-se pela alta produtividade,

longevidade das soqueiras e rápido de-senvolvimento. O teor de fibra é alto. Apresenta longo PUI (Período Útil de In-dustrialização) e alto teor de sacarose no início da safra. As soqueiras apresentam boa brotação e longevidade, inclusive na colheita mecanizada de cana crua.

- Variedade com ótima aptidão ao sis-tema de plantio mecanizado. Adaptada aos ambientes de médio a alto potencial de produção, floresce e isoporiza. Sua co-lheita é recomendada até o mês de julho, nas condições do Centro-Sul. Floresce muito nas condições do Nordeste. É al-tamente resistente às ferrugens marrom e alaranjada, ao carvão, mosaico, escal-dadura e ao amarelecimento. Apresenta reação intermediária à broca Diatraea ou broca da cana.

Fonte: Centro de Tecnologia Cana-vieira - CTC

Page 25: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

25

CTC22

CTC21 Outros lançamentosEm setembro, o IAC

(Instituto Agronômico), da Secretaria de Agri-cultura e Abastecimento do Estado de São Pau-lo, lançou três novas variedades de cana-de-açúcar: IACSP95-5094, IACSP96-2042 e IACSP96-3060. Elas adequam-se ao plantio mecânico e à colheita mecânica crua, dispen-sando a queima.

A IACSP95-5094 e IACSP96-2042 têm adap-tação muito boa à região do cerrado e trazem a perspectiva de otimizar a produtividade nas re-giões secas, antes ocu-padas por pastagens. A IACSP96-3060 tem longo período de utilização, ca-racterística que contribui na logística da cadeia de produção por flexibilizar o período de colheita.

A Ridesa (Rede In-teruniversitária de De-senvolvimento do Setor Sucroalcooleiro) tam-bém lançou em outubro duas novas variedades: RB965902 e RB965917, adaptadas aos climas es-pecíficos das diversas re-giões de cultivo do país, resistentes à "ferrugem alaranjada" e apresentam como diferencial a alta produtividade e ótima bro-tação, além de um exce-lente comportamento sob colheita mecanizada. RC

Page 26: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

26Informações Setoriais

CHUVAS DE NOVEMBROe Prognósticos ClimáticosAs chuvas do mês de NOVEMBRO de 2010 são apresentadas no quadro a seguir.

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

A média das observações do mês de NOVEMBRO (149 mm) “ficou” pouco abaixo da média das normais climáticas (178mm). Soma de chuvas significativamente superior ocorreu na Usina da Pedra, enquanto que nos demais locais as chuvas foram próxi-mas e abaixo das respectivas médias, destacando-se as chuvas bem abaixo das normais que ocorreram na Açúcar Guarani, Fazenda Monte Verde (Ca-jobi/Severínia), E.E.Citricultura de Bebedouro e Andrade.

O Mapa 1, abaixo, mostra que, já em meados (14 a 17) de NOVEMBRO, as condições

hídricas do solo, mesmo após as boas chuvas no final de setembro e início

de outubro, já se mostravam desfavo-ráveis no “quadrilátero” Araraquara-Pirassununga-Campinas-Piracicaba e como média disponibilidade de água do solo no extremo Oeste do Estado.

O Mapa 2, final de novembro de 2009, mostra que, mesmo com as excepcionais chuvas ao longo do ano, a faixa entre Bebedouro - São José do Rio Preto e ex-tremo noroeste do Estado encontrava-se

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de NOVEMBRO de 2010. Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de NOVEMBRO de 2009.

Page 27: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

27

RC

com baixa à crítica Disponibilidade de Água no Solo e com média a alta umida-de no solo nas demais regiões sucroener-géticas do Estado de São Paulo. Enquan-to que, ao final de novembro deste ano (Mapa 3), nota-se larga faixa de baixa à crítica Disponibilidade de Água no Solo entre as regiões Central a Oeste do Esta-do de São Paulo e bom reumedecimento na faixa leste e de Porto Ferreira - Limei-ra até Avaré.

Para subsidiar planejamentos de ativi-dades futuras, a CANAOESTE resume e cita abaixo o prognóstico climático de consenso entre INMET (Instituto Nacio-nal de Meteorologia) e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para os meses de dezembro de 2010 a fevereiro de 2011.

• As temperaturas médias poderão ser próximas a ligeiramente acima das nor-mais climáticas em toda Região-Centro Sul do Brasil;

• Como ilustradas no Mapa 4, as chu-vas previstas para os meses de dezem-bro a fevereiro poderão ser próximas às normais climáticas em quase toda área sucroenergética da Região Centro-Sul do Brasil, excetuando-se o Estado do Rio Grande do Sul.

• Como referência, as normais cli-máticas de chuvas para Ribeirão Preto e municípios vizinhos, pelo Centro Cana e Apta-IAC, são de 270mm em dezem-bro, 280mm em janeiro e 220mm em fevereiro, ou seja, a média das chuvas nestes três meses é de 8,5mm/dia.

A SOMAR Meteorologia, a exemplo do INPE e INMET, também prevê que as chuvas ficarão entre próximas das respectivas médias nos meses de dezembro a fevereiro, bem como semelhante previsão para o mês de março e com probabi-lidade para aquém da normali-dade climática no mês de abril, em toda região de abrangência CANAOESTE.

Quanto às condições climá-ticas previstas para dezembro e início do próximo ano, a CANA-OESTE recomenda aos produ-tores de cana que aproveitem ao máximo os dias e tempos dispo-níveis para efetuarem aprimora-dos tratos culturais, continuarem atentos para as infestações e in-dispensáveis controles das cigar-rinhas, generosas adubações e cuidadosas renovações de cana-

Mapa 3:- Água Disponível no Solo, 50 cm de profundidade, ao final de NOVEMBRO de 2010.Mapa 2:- Água Disponível no Solo ao final de NOVEMBRO de 2009.

viais (baixa produtividade, alta incidên-cia de ervas daninhas e os impactos da recente ferrugem alaranjada nas varieda-des suscetíveis), com vistas às certas e crescentes demandas por matéria-prima na(s) próxima(s) safra(s).

Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco CANAOESTE.

Mapa 4:- Prognóstico de Consenso entre INMET e INPE para a Região Centro-Sul durante o trimestre dezembro 2010 a

fevereiro 2011. Adaptado pela CANAOESTE

RC

Page 28: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

28Artigo Técnico

Manejo da época de corte do canavial por idade e ambientes de produção

1 – Época de corte para diferentes idades ou estágios.

O CTC (Centro de Tecnologia Ca-navieira) possui inúmeros resul-tados de pesquisa objetivando

obter variedades melhoradas. Os ensaios são plantados e conduzidos anualmente nas associadas em diferentes regiões e ti-pos de solos e colhidos em várias épocas, do início ao final de safra.

O CTC conduz, por outro lado, o PAMPA (Programa de Acompanhamen-to Mensal de Performance Agrícola), que acompanha a produtividade dos ca-naviais comerciais com a colaboração de mais de 170 usinas e destilarias filiadas ou não ao CTC.

Além disso, o CTC possui também o maior acervo de dados de mapea-mento de tipos de solos nas diferen-tes regiões climáticas, com quase dois milhões de hectares de solos mapea-dos exclusivamente para a cultura da cana-de-açúcar; os ambientes de pro-dução edafoclimáticos.

Rubens Leite do Canto Braga Jr. – Especialista em Tecnologia AgroindustrialMauro Sampaio Benedini – Gerente Regional FornecedoresCTC - Centro de Tecnologia Canavieira

Com todo esse acervo técnico de pes-quisa e coleta de dados de áreas comerciais, foram realizados estudos comparativos de dois tipos de manejos agrícolas, objetivan-do os maiores retornos econômicos;

1 - Época de corte nas diferentes ida-des do canavial ou estágios.

2 - Época de corte por ambientes de produção.

Comumente as práticas operacionais de safra direcionam para corte no início da safra a cana de 18 meses (10 corte), por estar relativamente mais adiantada na maturação. A colheita dos 20, 30 e demais cortes acontecem após o térmi-no da cana de 10 corte, ficando normal-mente as áreas de reforma para o final de safra, se estas não forem direciona-das para plantio de inverno ou de ano.

A avaliação de qual estágio se deva iniciar a safra; a cana de 18 meses (18M) ou canaviais mais velhos (so-queiras de idades de corte mais avan-çadas); mostra vantagem significativa para a segunda opção. Ou seja, iniciar a safra no canavial com maior núme-ro de cortes, terminando-a com a cana de primeiro corte (18M) tem vantagem expressiva, com retorno econômico de 17% (Figura 1). Figura 1 – Retorno econômico de duas opções de manejo de corte.

Foram estudadas as análises con-juntas de ensaios finais do Programa de Variedades do CTC, instalados nos anos de 2002, 2003 e 2004; totalizan-do 39 localidades e 54 variedades ava-liadas. Os resultados obtidos foram bastante interessantes, indicando ga-nhos significativos de produtividade, apenas com modificações nos mane-jos da colheita.

Page 29: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

29

2 – Época de corte por ambientes de produção

Figura 2 – Produtividade agrícola (t/ha) por épocas de corte.

Figura 3 – Produtividade (t/ha) em áreas comerciais (PAMPA) por épocas de corte.

Figura 4 – Pol%cana por épocas de corte.

Dificuldades práticas para viabilizar o procedi-mento existem como o corte tardio da cana de 18M de uma variedade precoce. Sendo precoce, não deve ser atrasado muito a data de corte, pois nos próximos anos, para “trazê-la” para o início de safra seria com-plicado. Mas essa cana pode ser deixada para colher por último entre as precoces e não em primeiro lugar como de costume. As canas de 18M de variedades não precoces certamente podem ser deixadas para meio/final de safra, o que também não é comumente realizado, pois normalmente também são colhidas em início de safra.

Portanto, deve-se deixar a cana mais produtiva (18M) para colher no período de maior produção de açúcar/ha. Semelhante à lei do mínimo arrependi-mento, procedimento sugerido pelo CTC, na déca-da de 80. Deixava-se para ser colhida no ponto de máxima maturação em setembro a variedade mais rica (SP71-6163), apesar de sua análise tecnológica indicar estar mais madura que outra, já nos meses de maio/junho (SP70-1143). Colhia-se primeiro a SP70-1143, pois o seu pico de maturação seria bem inferior ao da SP71-6163.

A análise dos ensaios mostra também resul-tados esperados nos quais a safra nos meses ini-ciais (maio/junho) resulta em 10% de ganho em t cana/ha relativamente aos meses finais (setembro/outubro), observado na figura 2, semelhante aos resultados de áreas comerciais do PAMPA das seis últimas safras (figura 3). Quando analisamos a qualidade da cana (pol% cana), os melhores re-sultados são direcionados para setembro/outubro como a melhor época de corte, como esperado, pela curva de maturação da cana (figura 4).

O resultado em t pol/ha (figura 5) e do retorno econômico (figura 6), mostram que também os ga-nhos são maiores em setembro/outubro, apesar da menor produtividade, devido à maior riqueza. Estes são resultados esperados, coincidindo com a época ideal de safra nos meses de julho a setembro.

A análise dos dados mostra também que a sim-ples opção de colher o canavial dos solos mais fra-cos (ambientes D e E) mais cedo, no início de safra, deixando os solos melhores (ambientes A e B) para o final de safra; resulta em aumento de produtividade de 5% (figura 7).

A colheita em final de safra resulta em baixo apro-veitamento do canavial para crescimento vegetativo no período chuvoso, pois o canavial estará brotando em dezembro/janeiro e quando necessita de alta de-

Page 30: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

30Artigo Técnico

Figura 5 – Toneladas de Pol/ha por épocas de corte.

Figura 6 - Retorno econômico por épocas de corte.

Figura 7 – Época de corte por ambientes de produção.

manda hídrica nos meses de inverno, coincide com o período seco na região Centro-Sul do Brasil. Desta maneira, toda cana colhida em final de safra, sofre queda de produtividade acentuada na safra seguin-te. Quanto mais severo for o período de estiagem, agravado com elevadas temperaturas, resultando em maior evapotranspiração, mais será sentida a colheita em final de safra na produtividade do ano seguinte.

Como nos solos mais férteis as plantas crescem e se recuperam mais rapidamente, devido ao maior potencial nutricional e de água no solo, sentem me-nos a colheita em final de safra.

Esse resultado de manejo deverá ser mais acentu-ado, portanto, nos ambientes climáticos menos favo-ráveis, IV e V, definidos pelo CTC. Por exemplo, um canavial colhido em solo arenoso fraco em final de safra na região de Iturama - MG (ambiente climático IV), não produz cana no ano seguinte, como dizem os produtores rurais da região. As quedas de produti-vidades nestes locais no ano seguinte, possivelmente serão bem mais acentuadas que os 5% obtidos nas médias dos ensaios.

Por outro lado, os produtores da região de Assis (ambiente climático I) possivelmente nem percebam a vantagem de se colher os solos mais fracos no iní-cio da safra e esta vantagem deverá ser menor que a média obtida nos ensaios.

O inconveniente prático nesse caso são as chuvas de final de safra que direcionam canaviais instalados em solos mais leves, de solos mais fracos para serem colhidos nessa época, em função da trafegabilidade. Deve-se deixar apenas alguns talhões em solos me-nos argilosos para esses dias problemáticos após os dias chuvosos.

O objetivo é diminuir o stress do canavial colhido em final de safra, que sofre mais, colhendo nesse período os solos potencialmente mais produtivos e com maior reserva de água que os solos mais fracos, arenosos.

A análise dos ensaios de pesquisa ratificados por resultados de áreas comerciais mostra que os dois manejos propostos podem resultar em ganhos sig-nificativos na produtividade do canavial, sem custos adicionais, apenas manejando as épocas de corte.

(1) Colher a cana de 18 meses depois das soquei-ras, respeitando suas características de maturação e;

(2) Colher os canaviais de solos mais fracos pri-meiro que os solos férteis;

O CTC instalará em 2011, ensaios em três regiões edofoclimáticas no intuito de validar esse manejo.

3 – Considerações finais

RC

Page 31: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

31

Page 32: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

32“General Álvaro Tavares Carmo”

Luís Augusto Barbosa Cortez

Bioetano de cana-de-açúcarP&D para produtividade

e sustentabilidade

O livro Bioetanol da cana-de-açúcar: P&D para produtividade e sustentabilidade é

uma coletânea de textos escritos a partir dos workshops do Projeto de Políticas Públicas PPP Etanol da Fapesp e também de autores convida-dos pela relevância de suas pesquisas a respeito do tema etanol. Esta publicação conclui a pri-meira fase do projeto que teve início em 2005 e se desenvolveu por meio de diversos workshops em todo o país.

A obra Bioetanol da cana-de-açúcar: P&D para produtividade e sustentabilidade ajudará os jovens pesquisadores neste importante momento mundial em que a cana-de-açúcar é foco de inte-resse como base para obtenção de combustíveis líquidos, bioprodutos (plásticos entre outros) e bioeletricidade.

A publicação do livro nas versões português e inglês traduz uma realização compartilhada com a comunidade científica ligada a matéria-prima cana-de-açúcar, geradora de absolutas inovações humanas e tecnológicas.

Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,

nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone :(16)3946-3300 - Ramal 2016

Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português.

“Casamento de sucesso é apaixonar-se muitas vezes pela mesma pessoa.” Robert Wagner

Cultivando a Língua Portuguesa

PARA VOCÊ PENSAR:

Dicas e sugestões, entre em contato: [email protected]* Advogada,Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua

Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.

32

“Ternura e bondade não sinalizam fraqueza, mas força e disposição.” Gibran Kahlil

“ A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso meio que se tem inventado para a divulgação do pensamento”

Carlos De Laet

1) PRESIDENTE OU PRESIDENTA?

Eis a questão atual, mas com a resposta antiga nas Gramáticas.Prezado amigo leitor a dúvida é sobre a expressão sem liga-

ções com questões políticas.Conforme o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa(VOLP), 5 edição-última-

editado pela Academia Brasileira de Letras, pág. 674:

PRESIDENTE adj.s.2g.s.m. (adjetivo e substantivo de dois gêneros e substantivo masculino)

PRESIDENTA s.f.( substantivo feminino)

Exemplos corretos: O Presidente disse... A Presidenta disse...

A intenção do VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa) é deixar para trás incômodos e entraves sobre possíveis dúvidas a respeito do vernáculo.

Quanto ao uso?- Ofereço ao público, querido amigo leitor, a tarefa de esclarecer dúvidas sobre a Lín-

gua Portuguesa.

2) O casal organiza a nova casa! Gostam da “antiguidade” dos móveis...

Com certeza, um casal moderno e atualizado com o VOLP!ANTIGUIDADE escrita correta. (sem o uso do trema)A regra: o trema, segundo o VOLP não existirá mais, com exceção de palavras deriva-

das de nomes próprios estrangeiros.

3) Apreciaram o lindo “VÔO” daquele pássaro raro... ...porém não apreciaram a nova regra ortográfica!

Segundo o VOLP: o hiato (é o encontro de dois sons vocálicos, um dos quais pronun-ciado numa sílaba e o outro na sílaba imediatamente posterior) “oo” deixa de receber acento nas palavras paroxítonas.

Veja, prezado amigo leitor:VO - O (oxítona) - correto: VOOVO - paroxítona (a sílaba tônica é a antepenúltima da direita para a esquerda)

Page 33: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

33

Page 34: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

34

VENDE-SE- Mbb 1519 79/80, vermelha, motor

e diferencial novo, pneus bons, funilaria nova, gabine leito. Tratar com José Ro-berto pelo telefone: (16) 9739-5398

VENDOCaminhão Canavieiro Mercedez Benz

L2635 6x4 plataformado, ano 1997, com 175.000Km, carroceria CAMAQ cana inteira. Úinico dono, quilometragem ori-ginal, sem batida ou tombo, comprados na concessionária MB de Jaboticabal/SP. Todas as revisões e manutenções feitas na autorizada. Nunca abriu motor ou di-ferencial. R$175mil. Caminhão Novo! Tratar com Fernando (16)9103-1071.

VENDE-SE- Caminhão Mercedes Benz Axor

2831, ano 2006, plataforma, motor novo, no chassis. Tratar com Alexan-dre pelo telefone: (16) 9254-7879

VENDEM-SE- D-20 deluxe, quatro portas, ano

93/93, completa em perfeito estado de conservação

- Caminhão MB 3340, traçado 6x4, ano 05/06, plataforma, ótimo preço: R$ 210.000,000 aceita contra oferta, único dono

Tratar com Airtom pelo telefone: (19) 9716-6201 ou ID 82*62956

VENDE-SE- SCANIA T113 95 6X2 130MIL - SCANIA T113 95 6X2 130MIL - EMPILHADEIRA 4 T 2003 Tratar com Plauto pelo telefone:

(41) 30351938 ou pelo email: [email protected].

VENDE-SECaminhão VW 24250 6x4 ano 92, fei-

to praticamente tudo no caminhão, com carroceria canavieira e bem calcado.

Tratar com Eduardo pelo telefone: (18) 91098638 ou pelo email: [email protected].

VENDEM-SE02 caminhões MB 2635 6x4 traçado- tremiado - só com a carroceria de cana inteira- engatado com julieta de cana inteiraCaminhões em ótimo estado de con-

servação e mecânica excelente, oportu-nidade para quem quer começar no ramo de cana estes caminhões é considerado os melhores para o transporte. Preços:

- Carroçeria de cana inteira ano 94/94 – R$ 138.000,00 - tremiado en-gatado – R$ 158.000,00.

- Com carroçeria de cana inteira ano 97/97 – R$ 148.000,00 - tremiado en-gatado 168.000,00

Tratar com Airtom: 19-9716-6201, id 82*62956 ou pelo email: [email protected]

Eventos em Janeiro / Fevereiro 2011CuRSO DE IRRIgAçãO: SISTEMAS, MANEJO E

gESTãO EM CONDIçõES DE CAMPO Empresa Promotora: CPT Cursos Presenciais Tipo de Evento: Curso / Treinamento Início do Evento: 24/01/2011 Fim do Evento: 26/01/2011 Local: Viçosa - MGLocalização do Evento: Rua Padre Serafim, 50/101 Site: www.cptcursospresenciais.com.brTelefone: (31) 3899-8300

Nome do Evento: Centro de Performance CRV Lagoa Empresa Promotora: CRV Lagoa Tipo de Evento: Leilão / Remate Início do Evento: 24/01/2011 Fim do Evento: 28/01/2011

Cidade: Sertãozinho - SPLocalização do Evento: CRV Lagoa Site: www.crvlagoa.com.br Telefone: (16) 2105-2218

Nome do Evento: 27ª. Reunião Anual do Ensaio de Profici-ência IAC para Laboratórios de Análise de Solos

Empresa Promotora: IAC Tipo de Evento: Reunião / Fórum / Workshop Início do Evento: 22/02/2011 Fim do Evento: 22/02/2011 Cidade: Campinas - SPLocalização do Evento: Anfiteatro Otávio Tisselli Filho,

Av. Barão de Itapura, nº 1481 Site: www.iac.sp.gov.br/aplicativos/leventos.asp Telefone: (19) 3236-9119

Page 35: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

35

Page 36: Ed54dezembro10

Revista Canavieiros - Dezembro de 2010

36