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Revista Canavieiros - Julho de 2007

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Revista Canavieiros - Julho de 2007

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Do Brasil para omundo

Conselho Editorial

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A Revista Canavieiros deste mês traz como reportagem de capa

um panorama geral sobre a produção emercados interno e externo de cachaça.Visitamos engenhos de cooperados daregião para descobrir quais as tendênci-as deste mercado e como os produtoresestão investindo e se preparando paraatender a uma demanda que não pára decrescer.

Existem hoje no país cerca de 30 milprodutores de cachaça que, juntos,totalizam mais de 5 mil marcas e faturamaproximadamente US$ 600 milhões aoano. O setor emprega 450 mil pessoasdiretamente e se for considerado toda acadeia produtiva esse número passa aser 1,3 milhões de empregos. Na tentati-va de criar um padrão de qualidade in-ternacional, em 2005, o governo federaladotou medidas para regulamentar aprodução de cachaça no país e garantira qualidade da cachaça vendida dentroe fora do país.

Na entrevista, o pesquisador do IEA,José Sidnei Gonçalves, prevê um grandeavanço nos canaviais do país, apesar deo preço da cana estar mais baixo do quena safra anterior. "Alguns espaços degrãos, em especial soja e algodão, serãoocupados com cana. Mas aí o problemanão é da cana, mas da guerra fiscal queestimula o plantio nos cerrados do Brasilcentral e do câmbio sobre-valorizado, queimpacta para baixo os preços internos",diz. Ele ainda defende a redefinição dopapel da Petrobras no mercado dosbiocombustiveis e comenta sobre a criseno setor de grãos.

O destaque desta edição fica com asfeiras e simpósios que aconteceram eque vão acontecer durante este mês.Apresentamos o balanço do I ForInd -Feira de Fornecedores Industriais doEstado de São Paulo - que aconteceu

Editorial

Revista Canavieiros - Julho de 2007

em Sertãozinho entre os dias 4 e 6 dejulho, no pavilhão da Fenasucro. Nesteano, pela primeira vez, a RevistaCanavieiros estará presente com umestande no Simtec - Simpósio Internaci-onal e Mostra de Tecnologia daAgroindústria Sucroalcooleira - emPiracicaba - SP. A feira contará com 150expositores e um público estimado demais de 22 mil pessoas.

Nas páginas da Copercana, você con-fere o balanço geral do AgronegóciosCopercana. A feira contou com a presen-ça de 3 mil cooperados e um faturamento42% maior do que o do ano anterior, atin-gindo a soma de R$ 85 milhões. EmUberaba foi realizada a inauguração dafilial da cooperativa e no dia 30 de junhofoi realizado o Dia de Campo pelaCopercana em parceria com a Star Má-quinas Agrícolas e a Destilaria Santa Inês.Na editoria da Canaoeste, o cooperadopode conhecer dois projetos oferecidospelo Netto Campelo Hospital e Materni-dade: um curso gratuito para instruir ges-tantes sobre as principais dúvidas dasmães "de primeira viagem" e o convênioodontológico exclusivo para associados.Na série de reportagens que apresentaas agências da Cocred, o leitor conhece aagência da cidade de Viradouro.

O artigo jurídico deste mês, continuaa tratar sobre a queima da palha de cana-de-açúcar e no "Culturas de Rotação", oencarregado técnico de projetos, EdgargMatrangolo Junior fala sobre a Produ-ção Integrada de Amendoim (PIA). Alémdos prognósticos climáticos, esta ediçãotraz, também, a avaliação da safracanavieira de outono, feita pelo Centrode Cana do IAC e pela ESALQ/USP. Eainda: dicas de português, indicação delivros, agenda de eventos do setor, re-percutiu e os classificados.

Boa Leitura!

Revista Canavieiros - Julho de 2007

IndiceIndiceIndiceIndiceIndiceEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

CapaCapaCapaCapaCapa

OUTRASOUTRASOUTRASOUTRASOUTRASDESTDESTDESTDESTDESTAAAAAQUESQUESQUESQUESQUES

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotícias

NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCocredCocredCocredCocredCocred

CanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoesteCanaoeste

Cocred inova em viradouro

Manoel Ortolan participa da posse dopresidente da UNICANetto Campello oferece curso para ges-tantes

A força dacachaça nacional

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NotíciasNotíciasNotíciasNotíciasNotíciasCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercanaCopercana inaugura filial em Uberaba - MGIII Agronegócios Copercana fatura R$85 milhões

CONSECANA

DESTAQUE

INFORMAÇÕESSETORIAIS

LEGISLAÇÃO

NOVASTÉCNOLOGIAS

INFORMAÇÕESTÉCNICAS

AGENDE-SE

CULTURA

REPERCUTIU

CLASSIFICADOS

Revista Canavieiros - Julho de 20070404040404

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CONSELHO EDITORIAL:Antonio Eduardo Tonielo

Augusto César Strini PaixãoClóvis Aparecido Vanzella

Manoel Carlos de Azevedo OrtolanManoel Sérgio Sicchieri

Oscar Bisson

EQUIPE DE JORNALISMO:Carla Rossini – MTb 39.788

Cristiane Barão – MTb 31.814

PROJETO GRÁFICO EDIAGRAMAÇÃO:

Rafael Mermejo

FOTOS:Carla Rossini

Marcelo Massensini

COLABORAÇÃO:Acampamento Vista Alegre

Carla RodriguesMarcelo Massensini

COMERCIAL E PUBLICIDADE:(16) 3946-3311

[email protected]

DEPARTAMENTO DE MARKETINGE COMUNICAÇÃO:

Carla Rodrigues, Carla Rossini, DanielPelanda, Giselle Mariano, Letícia Pignata,

Marcelo Massensini, Rafael Mermejo,Roberta Faria da Silva, Talita Carilli.

IMPRESSÃO:São Francisco Gráfica e Editora

TIRAGEM:7.500 exemplares

A Revista Canavieiros é distribuídagratuitamente aos cooperados, associados

e fornecedores do Sistema Copercana,Canaoeste e Cocred. As matérias assina-das são de responsabilidade dos autores.

A reprodução parcial desta revista éautorizada, desde que citada a fonte.

ENDEREÇO DA REDAÇÃO:Rua Dr. Pio Dufles, 532

Sertãozinho – SP CEP:- 14.170-680Fone: (16) 3946 3311

Ponto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vistaPonto de vista

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O processo de valorizaçãocambial acelerado dos últimosmeses tem gerado um estado deextrema preocupação no setoragroexportador brasileiro.

André Diz

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Engenheiro agrônomo,doutor em ciênciaseconômicas e pesquisadorcientífico do IEA

EntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevistaEntrevista

José Sidnei Gonçalves

Bebida conquista os maisexigentes paladares

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Antes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraAntes da PorteiraCavalgando rumo ao Pan 26Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.26Pag.Pag.Pag.Pag.Pag.

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Cana pode ocupar um terçoda área Agropecuária paulista

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José Sidnei GonçalvesJosé Sidnei GonçalvesEngenheiro agrônomo, doutor em ciências econômicas epesquisador científico do IEA

Entrevista

Cana pode ocupar um terçoda área Agropecuária paulistaCristiane Barão

Cultivada em 4,2 milhões dehectares sem São Paulo, a

cana deverá chegar a 6 milhões dehectares nos próximos anos, o querepresenta um terço da área ocupadapela atividade agropecuária em SãoPaulo. Essa é a estimativa do pesqui-sador científico José Sidnei Gonçal-ves, do IEA (Instituto de EconomiaAgrícola), órgão vinculado à APTA(Agência Paulista de Tecnologia dosAgronegócios), da Secretaria de Agri-cultura e Abastecimento do Estadode São Paulo.

Segundo ele, apesar de o preçoda cana estar mais baixo do que nasafra anterior, o avanço dos canavi-ais deve continuar, o que “não é ne-nhum absurdo”. “Alguns espaços degrãos, em especial soja e algodão,serão ocupados com cana. Mas aí oproblema não é da cana, mas da guer-ra fiscal que estimula o plantio noscerrados do Brasil central e do câm-bio sobre-valorizado, que impactapara baixo os preços internos”, diz.

Gonçalves defende a redefinição

do papel da Petrobras no mercado dosbiocombustíveis, acha que o modelode produção de biodiesel terá umareformulação nos próximos anos, ca-minhando para estratégias regio-nalizadas, e que a crise no setor degrãos está em pleno apogeu. Segun-do ele, os aumentos de preços do mi-lho e da soja no mercado internacio-nal deram algum alento. “Mas por al-gum tempo. Até lá há que se fazer al-guma coisa”, alerta. Leia, a seguir, aentrevista que ele concedeu àCanavieiros.

Perfil:José Sidnei Gonçalves é

engenheiro agrônomo, doutorem ciências econômicas e pes-quisador científico do IEA. Foicoordenador da APTA, agên-cia que engloba os seis insti-tutos de pesquisa da Secreta-ria de Agricultura e Abasteci-mento de São Paulo.

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Entrevista

“Essa questão de quevai faltar alimentos é

bobagem. Na época doProalcool, nos anos 70,

disseram o mesmo emuitos deles se

reconverteram e hoje sãoentusiastas do álcool”.

Revista Canavieiros: Há um li-mite para o crescimento da áreacom cana em São Paulo?

José Sidnei Gonçalves: A frontei-ra agropecuária paulista está esgo-tada desde a metade dos anos 70,ocupando algo em torno de 18 mi-lhões de hectares num total de 22milhões de hectares que representaa área total dos imóveis rurais. Emgrandes números, temos cerca de 3,4milhões de hectares de vegetaçãonativa, 600 mil hectares de estradase construções rurais; 10 milhões dehectares de pastagens, 1 milhão dehectares de lavouras florestais(pinnus e eucaliptus) e 7 milhões dehectares das demais lavouras.

Nos 8 milhões de hectares de la-vouras, temos 3,3 milhões de hecta-res da área colhida com cana e mais900 mil hectares das áreas novas decana, perfazendo uma área plantadade 4,2 milhões de hectares. As novasdestilarias de álcool em implantaçãojá determinam a ocupação com canade mais 1,2 milhão de hectares, atin-gindo, portanto, 5,4 milhões de hec-tares que deverão ser ocupados comcana nos próximos anos.

Há um limite para isso? Mantida aconvergência de fatores favoráveisdos últimos anos com preços do pe-tróleo dobrando, associado à questãoambiental em função da necessidadede reduzir combustíveis fósseis, há

pouco a ser feito. Proibir não adianta.Isso nos ensina uma leitura da própriahistória e lógica do capitalismo.

Revista Canavieiros: O preço dacana nesta safra deverá ficar abai-xo da passada, em torno de 20%.Você acredita que isso irá frear oavanço da cana, que foi muito fortenos últimos anos?

Gonçalves: Realmente esse repre-senta o limite mais consistente numaeconomia de mercado. A euforia sedeu com preços da cana acima de R$35 por tonelada, e atualmente tem re-giões em que o preço já baixou dosR$ 25 por tonelada. Se a trajetória depreços se mantiver, não apenas issoserá um freio no avanço como podemesmo suscitar em alguns espaços amarcha ré. Ainda que para o petróleoa mais de US$ 60/barril e câmbio a R$2,00/US$ seja interessante produzir

álcool em função do aumento da fro-ta de carros flexíveis, que atingirá

seu patamar mais alto em 5 a 7anos, há enormes obstáculos asuperar como a equalização datributação do ICMS entre as uni-dades da federação. Verifique queos preços do açúcar no mercadointernacional recuaram e tambémpodem fazer com que o avançocanavieiro se dê em menor ritmo.Mas ele (avanço da cana) conti-nuará por alguns anos ainda.

Revista Canavieiros: A canaé o principal produto agrícolado Estado. Há setores que vêemcom ressalvas o avanço da cana,que ela irá tirar área de grãos,que o Estado terá umamonocultura. Como você anali-sa essa questão?

Gonçalves: Temos atualmenteuma área de 4,2 milhões de hectarescom cana e devemos ocupar comessa gramínea algo em torno de 5,0milhões de hectares em alguns anos,podendo chegar a 6,0 milhões de hec-tares. Isso representa um terço daárea agropecuária paulista de 18,0 mi-lhões de hectares o que ainda nãorepresenta nenhum absurdo. Temos10 milhões de hectares de pastagense extensas áreas mais ao sul não pro-pícias para a cana. Com certeza, al-guns espaços de grãos, em especialsoja e algodão, serão ocupados comcana. Mas aí o problema não é dacana, mas da guerra fiscal que esti-mula o plantio nos cerrados do Bra-sil central e do câmbio sobre-valori-zado, que impacta para baixo os pre-ços internos. Se a cana continuar aremunerar melhor e com menor risco,não há o que fazer. Essa questão deque vai faltar alimentos é bobagem.Esses neo-malthusianos incorrigí-veis vez por outra vêm com esse ve-lho e centenário argumento. Na épo-ca do Proalcool, nos anos 70, disse-ram o mesmo, prognosticaram catás-trofes e muitos deles sereconverteram e hoje são entusias-tas do álcool. E não têm vergonha dedizer “esqueçam o que escrevi”.

Revista Canavieiros: O biodieselainda “não pegou” na região de Ri-beirão Preto, pelo menos. Você achaque o biodiesel vai deslanchar emSão Paulo?

Gonçalves: Não pegou porquetodo o desenho do programa brasi-leiro está impregnado da idéia de quevão fazer isso com base na “agricul-tura familiar”. Os subsídios envolvi-dos são elevados e não sãomultiplicáveis para todo espaço pro-dutivo da agropecuária. Os próximoscinco anos irão redefinir esse proces-so, que deve caminhar para estraté-gias de produção regionalizada debiodiesel a partir de matérias-primasdiversas. Daí, acho que chega a vezde São Paulo e de Ribeirão, com baseem oleaginosas como soja e amen-doim. Mas ainda é cedo para avaliaressa tendência.

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Entrevista

“É preciso estar atento, pois oproblema (discussão sobre a

reserva legal em São Paulo) aindanão foi resolvido. Apenas deixoude ser mencionado em público”

Revista Canavieiros: Hoje discu-te-se muito a necessidade de pesqui-sa sobre o etanol celulósico. Vocêacha que haverá alguma mudançana direção das pesquisas como, porexemplo, buscar variedades commaior teor de celulose ao invés dese priorizar apenas o teor desacarose?

Gonçalves: Acredito que a naçãoque dominar esse processo vai serhegemônica. Mas nesse campo ain-da há pouco prognóstico a ser feito.No momento, questões mais urgen-tes estão postas como a definição dopapel da Petrobras no mercado debiocombustíveis. Esse modelo dasrefinarias está comprometendo oavanço desse segmento. Não faz sen-tido as usinas de Ribeirão Preto nãopoderem abrir postos de distribuiçãode álcool no seu entorno e venderemdireto ao consumidor. Em muitos pa-íses você vai à loja de conveniênciae pede para abastecer seu carrocom a bomba colocada na calça-da. Há que se discutir o equívocoestrutural desse modelo de mo-nopólio da energia. A Petrobrastem o monopólio do petróleo, queé obtido em bacias sedimentaresdefinidas e aí faz algum sentido.Mas para bicombustíveis (álcoole biodiesel), cuja produção se dá comespecificidades regionais, não faz omenor sentido esse “passeio de pro-duto”, levando até a refinaria e de-volvendo às vezes para consumo namesma região. Isso implica em cus-tos inaceitáveis. Há que se definirtambém como será gerenciado oalcooduto para exportação. Ou seja,no campo estrutural há que ser de-mocratizado o debate para que seja

construída a solução desejada.

Revista Canavieiros: Você é au-tor de um estudo que aponta preju-ízos para a produção agropecuáriapaulista se o decreto da reserva le-gal for aplicado. A discussão foisuspensa, aparentemente. Dá paraimaginar qual será o desfecho des-sa questão?

Gonçalves: A lei está aí e o decre-to também. Espero que o desfechoseja a revisão do absurdo do CódigoFlorestal, que obriga o retrocesso daatual dimensão da área plantada. E odecreto deveria ser simplesmente re-vogado. Não faz sentido governosestaduais se alvorarem na regula-mentação de leis federais. E regula-mentando contra os interessespaulistas. Por isso é preciso estaratento, pois o problema ainda não foiresolvido. Apenas deixou de ser men-cionado em público.

Revista Canavieiros: Os peque-nos e médios produtores serão osmais prejudicados se a medida (re-serva legal) entrar em vigor?

Gonçalves: Sim, porque são aque-les que têm menor disponibilidade fi-nanceira para utilizarem o mecanis-mo da compensação em outras pro-priedades e regiões. Para eles se apli-cados o Decreto e a Lei, tal como es-

tão, implicarão na redução da áreadisponível para plantio e criações.

Revista Canavieiros: Que análi-se você faz do Plano de Safra divul-gado pelo governo federal?

Gonçalves: Segue a mesma toadados anteriores, com a novidade deque reduziram a taxa de juros para osrecursos oficiais de crédito de 8,75a.a. para 6,75 a.a e o volume de recur-sos foi aumentado. Os preços inter-nacionais da soja e do milho em fun-ção da pressão dos biocombustíveisestimulam aumentos dos plantios.Noutras palavras, para commoditiesque tiverem preços, as condições sãoboas.

Revista Canavieiros: Você achaque a crise dos agronegócios estáchegando ao fim?

Gonçalves: Primeiro, para mimnunca existiu crise dos agronegócios.

Acabei de falar que o agronegócioda cana nos últimos anos foi mui-to bem. Logo é preciso qualificarque a crise atingiu principalmenteos agronegócios dos grãos e fi-bras, em grande medida soja, al-godão e arroz e localizada em es-pecial no Brasil central. Segundo,que, mais que câmbio, o problema

é petróleo. Antes, na euforia dosgrãos, o barril de petróleo custava US$30 que com um câmbio de R$ 3,00/US$produzia um preço interno desse pe-tróleo de R$ 90/barril. Com o petróleoatual a US$ 60/barril e câmbio a R$2,00/US$, o preço interno do barril depetróleo atinge R$ 120/barril. E isso écusto mais elevado da mecanizaçãodas culturas, dos insumospetroquímicos como adubos eagrotóxicos e do transporte rodoviá-rio até o porto. E essa questão aindaestá posta mesmo com o biodiesel, oque compromete produções mais dis-tantes dos portos de exportação. Ade-mais, há uma dívida ainda de R$ 140bilhões acumulada, o que obriga oslavradores a plantarem para não que-brarem. Noutras palavras, a crise estáem seu pleno apogeu. Apenas que osaumentos de preços do milho e da sojano mercado internacional deram algumalento. Mas por algum tempo. Até láhá que se fazer alguma coisa.

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Ponto de vista

Câmbio dilapida renda doprodutor ruralCâmbio dilapida renda doprodutor rural

* André Diz

qual passa o setor.Analisando os índices IPP (índice

de preços pago pelo produtor) e IRP(índice de preços recebidos pelo pro-dutor), no período de 2000-2006, che-gamos ao seguinte quadro. O item cus-to, se refere ao custo agregado, assimcomo o item receita. O primeiro sofreuuma elevação, no período analisado,de 103,92% enquanto o segundo, umaelevação de 72,95%. Como muitosinsumos utilizados na agricultura temsua formação de preço no mercado in-

ternacional (em dó-lar), era de esperarque a valorizaçãocambial fosse capazde reduzir alguns cus-tos para o setor, comocombustíveis fertili-zantes e agrotóxicos.Mas isso não ocor-reu. Tendo como basede comparação oscâmbios médios, de2002 a 2006 o real pas-sou por uma valoriza-

ção de 27,7 %, enquanto os combustí-veis tiveram elevação de 191,25%, osagrotóxicos de 67,26%, os fertilizantesde 77,99% e as sementes, elevação de115,98%, ficando evidente odescolamento dos preços da moedafrente aos insumos, ambos cotados emdólar.

Buscando verificar as alteraçõesdos preços relativos entre os insumos

O processo de valorização cam-bial acelerado dos últimos me-

ses tem gerado um estado de extremapreocupação no setor agroexportadorbrasileiro, com valorização de 10,97%desde início 2007.

Comparando-se as variações depreço no mercado internacional de al-gumas commodities desde 2000 e a va-riação cambial para o mesmo períodochegamos num cenário mais realista,conforme mostra o gráfico abaixo.

Mais do que uma análise ano a ano,essa análise evidencia os altos e bai-xos corriqueiros pelos quais passa osetor agroexportador e os impactos queessas alterações de conjuntura podemexercer sobre a margem de rentabilida-de dos produtores rurais, lembrandoque seus efeitos são cumulativos, tan-to em manutenção da solvência do ne-gócio, quanto no endividamento pelo

e a produção agrícola, mais uma vez,salvo algumas exceções, os movimen-tos são desfavoráveis ao setoragropecuário, conforme podemos verno gráfico abaixo.

Os dados do gráfico a baixo foramcalculados com os valores médios emostram o quanto de produto seria ne-cessário para adquirir um tonelada defertilizante, ou no caso dos maquinários,a quantidade de produto necessáriapara adquirir uma unidade de equipa-mento. Mesmo com um intenso proces-so de valorização no período (2000-2005)as relações de troca, ou melhor, os pre-ços relativos, se deterioraram.

Com toda dinâmica de preços relati-vos (cambial, insumos e preços inter-nacionais), não causa estranheza o cres-cente endividamento agrícola (estima-da entre R$ 80 e R$ 100 bilhões) e anecessidade constante de prorrogaçãodos pagamentos desse endividamento.

Somando se a esse quadro geral àsdificuldades de escoamento da safraagrícola, ancorados numa infra-estru-tura logística precária, um seguro agrí-cola pouco adequado e condições deendividamento penosas (juros no mer-cado interno), o cenário que se confi-gura se torna dramático.

* economista do Núcleo Econô-mico SRB (Sociedade Rural Brasi-

leira) - www.srb.org.br

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Copercana inaugurafilial em Uberaba - MG

0909090909Revista Canavieiros - Julho de 2007

Copercana inaugurafilial em Uberaba - MGCarla Rossini

ACopercana inaugurou no dia14 de junho, na cidade de

Uberaba, estado de Minas Gerais, sua7º loja de ferragens. Já funcionavamlojas da cooperativa nas cidades deSertãozinho, Cravinhos, Serrana,Pontal, Pitangueiras e Severínia e a lojade Uberaba é a primeira fora do estadode São Paulo.

Mais de 120 pessoas participaramda cerimônia de inauguração que con-tou com a presença do presidente daCopercana e Cocred, Antonio Eduar-do Tonielo, do presidente daCanaoeste, Manoel Ortolan e dos di-retores da Copercana, Pedro EsraelBighetti e Francisco César Urenha.Também participou da cerimônia o se-cretário municipal de Agricultura deUberaba, José Umberto Guimarães,além de cooperados, parceiros e repre-sentantes de usinas daquela região.

Em seu discurso, Antonio Eduar-do Tonielo lembrou que com a inaugu-ração da ampla e moderna filial, os co-operados e clientes da cidade e dosarredores, poderão desfrutar dos bonspreços e condições de pagamento quea Copercana oferece. "São oportuni-dades e condições de compra só vis-tas nos grandes centros urbanos", afir-

É a 7ª loja de ferragens da cooperativa

mou e completou:"nesta data tão signi-ficativa, queremoscompartilhar com osamigos aqui presen-tes esse momento dealegria por alcançar-mos mais um objeti-vo. O nosso sucesso,sem dúvida, se deveao apoio e a confian-ça que nossos coope-rados tem depositadonesta instituição, ali-ado ao esforço e a de-dicação de nossaequipe de trabalho".

A nova loja possui682 metros quadradosde construção e teráum agrônomo a dispo-sição dos cooperadospara orientação deprodutos e serviçosnas lavouras. "ACopercana acreditouno potencial dessa re-gião que está crescen-do junto com o setorsucroalcooleiro e eu estarei aqui paraatender as necessidades dos coopera-dos", afirmou o engenheiro agrônomo,

Flávio Guidi.

O secretário daAgricultura, JoséHumberto, agradeceuaos diretores daCopercana por acredi-tarem na cidade."Essa inauguração éuma demonstração deconfiança na nossacidade e estamos mui-to lisonjeados comeste ato", disse o se-cretário.

Fachada da loja de ferragens da Copercana em Uberaba

Antonio Eduardo Tonielo (presidente da Copercana e Cocred), Pedro EsraelBighetti (diretor da Copercana), Francisco César Urenha (diretor da

Copercana, Canaoeste e Cocred), João Ângelo Guidi (cooperado), ManoelOrtolan (presidente da Canaoeste e diretor da Copercana e Cocred) e José

Humberto Guimarães (secretário municipal de Agricultura de Uberaba)durante o descerramento da fita inaugural.

Ricardo Meloni (gerente do departamento de compras),Frederico Dalmaso (gerente de comercialização), Flávio Guidi(engenheiro agrônomo de Uberaba) e Manoel Sérgio Sicchieri(assessor das diretorias da Copercana, Canaoeste e Cocred).

Após a bênção no local e odescerramento da fita inaugural, osconvidados participaram de um coque-tel oferecido pela Copercana.

Os convidados visitaram o interior da loja após a cerimônia deinauguração

NotíciasCopercana

Revista Canavieiros - Julho de 2007

III AgronegóciosCopercana fatura R$ 85milhões

III AgronegóciosCopercana fatura R$ 85milhões

NotíciasCopercana

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As boas condições de compra ede pagamento oferecidas aos

cooperados durante o III AgronegóciosCopercana favoreceram o ótimo resul-tado da feira. Neste ano, o faturamentoteve um aumento de 42% em relaçãoao ano passado, totalizando um volu-me de negócios na ordem de R$ 85 mi-lhões. Em 2006, a feira faturou R$ 60milhões.

A feira foi realizada no Clube deCampo Vale do Sol, em Sertãozinho,durante os dias 20, 21 e 22 de junho.Segundo o gerente de comercializaçãoda Copercana, Frederico José Dalmaso,"a feira superou expectativas e conse-guiu um excelente volume de negóci-os", afirmou. Ainda segundo Frederico,o bom resultado se deve a participa-ção dos cooperados e as parcerias fir-madas com os expositores. "A partici-pação dos cooperados alavancaram osnegócios e isso é bom para a Copercanae também para os próprios coopera-dos", explicou Frederico.

Mais de três mil cooperados do sis-tema Copercana, Canaoeste e Cocredestiveram visitando a feira que contoucom cerca de 50 expositores e um siste-ma facilitado de compra de insumoscom oferta de créditos e condições van-tajosas de pagamento. O evento encer-rou com chave de ouro o primeiro se-mestre de 2007, período tradicional denegócios dentro do setor canavieiro,principalmente na área de agroquímicos.No total foram comercializados 2 mi-lhões de quilos/litros de defensivosagrícolas e 59 mil toneladas de adubo.Também foram comercializados calcário,implementos e equipamentos para agri-cultura de cana-de-açúcar, soja, amen-doim e milho.

Carla Rossini

Feira apresentou um aumento de 42% nas vendas em relação ao ano passado

O presidente daCopercana, Cocred edo III AgronegóciosCopercana, AntonioEduardo Tonielo, dis-se que o resultado dafeira ficou dentro doesperado. "Nós con-seguimos atingir nos-sa meta e acredito quetodos os cooperadostenham conseguido re-alizar bons negócios",finalizou Tonielo.

Dentre as novidades apresentadasnesta 3ª edição do Agronegócios, mere-ce destaque o evento paralelo sobre pe-cuária. As palestras foram realizadas numambiente preparado e com curta dura-ção, em torno de 30 a 40 minutos. Assim,quem participou pode adquirir informa-ções sem ter que dedicar muito tempo.Para o ano que vem, o evento paralelosobre pecuária deve ser repetido.

Mais de três mil cooperados do sistema Copercana, Canaoeste e Cocredestiveram visitando a feira

O presidente e diretores da Copercana receberam a visita do presidente (Edivaldo Del Grande)e representantes da OCESP

Revista Canavieiros - Julho de 2007

NotíciasCopercana

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Cooperado ganha umTourinho PO durante a feira

A empresa Logística Ouro FinoLtda sorteou durante o IIIAgronegócios Copercana, umtourinho de Pura Origem da GenéticaOuro Fino. Concorreram ao sorteio,todos os cooperados que comprarammais de R$ 30 de qualquer produtoveterinário Ouro Fino durante a cam-panha da febre aftosa de 2007. O coo-perado de Cravinhos, Paulo EduardoF. de Soveral foi contemplado.

Parte externa da feira

Antônio Eduardo Tonielo (presidente da Copercana e Cocred)e Leopoldo Pinto Uchôa (presidente da Coopercitrus)

Frederico Dalmaso, Osny Garcia Junior, Antônio Eduardo Tonielo, RogérioBiasatto, Marcelo Gregorio, Flávio Cotrin e Leandro Amaral

Frederico Dalmaso, Franco e Pedro Esrael BighettiAntônio Wilson Lovato, Irineu (Cooperfértil) e

Antônio Eduardo Tonielo

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Rogério J. A. Prado (Carol), Nehemias Alves de Lima (Coopercitrus), PedroEsrael Bighetti (diretor da Copercana), Manoel Sérgio Sicchieri (Copercana),Nivaldo José Furlan (Cooperfértil) e José Antônio M. da Silva (Cooperfértil)

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Copercana e Star realizam“Dia de Campo”

NotíciasCopercana

Copercana e Star realizam“Dia de Campo”Carla Rossini

A Copercana e a Star Máquinas Agrícolas realizaram, no dia 30

de junho, um "Dia de Campo" para apre-sentação da Colhedora de Cana CC701.O evento foi realizado na Destilaria San-ta Inês, em Sertãozinho, e contou coma participação de mais de 200 coopera-dos do Sistema Copercana, Canaoestee Cocred.

O dia começou no auditório da des-tilaria onde os produtores assistiram umvídeo e uma apresentação da máquinaque é totalmente fabricada no Brasil eobedece aos mais rígidos controles dequalidade. Com capacidade de produ-ção de 40 a 45 toneladas por hora, anova máquina é fácil de operar e mano-brar, diminui a compactação do soloprotegendo as soqueiras de cana porser mais leve, além disso, apresentaexcelente qualidade de limpeza, propor-cionando economia de custo de trans-porte no canavial. A máquina aindaconta com um picador de cana, aciona-do hidraulicamente, composto por doisrolos sincronizados mecanicamente,cada um com três facas substituíveisfacilmente e rolos alimentadores deacionamento hidráulico e reversível quepermite a ejeção de qualquer objeto es-tranho que tenha sido recolhido pelamáquina. Ela também possui umacoplamento para o plantio de mudas.

Segundo Yung S. Bae, principal in-

O evento foi realizado na Destilaria Santa Inês, em Sertãozinho,e reuniu mais de 200 produtores canavieiros

vestidor da Star, a máqui-na apresenta uma soluçãopara pequenos produto-res, já que o custo dela éem torno de 50% menorque as máquinas que jáestão no mercado. "Essamáquina começou a serdesenvolvida há quatroanos e estamos procuran-do um nicho de mercadodiferente com uma máqui-na mais leve e mais baratapara que o pequeno pro-dutor possa investir econseguir comprar", dis-se Yung.

Para Célio Song, diretor adminis-trativo da Star, o mercado de colhedoradeve ganhar um novo rumo com a proi-bição das queimadas. "Resolvemos in-vestir nesse equipamento porque ve-mos um importante mercado surgindopara ele. Criamos um equipamento maisleve que não danifica a planta já que anossa maior preocupação é atender asnecessidades dos produtorescanavieiros", afirmou Célio.

Após a apresentação no auditório,os participantes foram para o campo,ver na prática, a CC701 trabalhando. Oscooperados sa-íram satisfeitos."Essa realiza-

ção e demonstração do equipamentona prática é muito válida para nós quetrabalhamos no campo. É uma ótimaoportunidade de vermos a máquina etirarmos dúvidas e assim, fazer uma boaescolha na hora da compra", afirmouRoberto Luiz dos Santos, gerente daPitangueiras Açúcar e Álcool.

O evento foi organizado pelo dire-tor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti,que convidou os cooperados para par-ticiparem, já que acredita ser muito im-portante essa demonstração no cam-po. "Esse tipo de evento é muito pro-

Célio Song, Pedro Esrael Bighetti e Yung S. Bae

Mais de 200 cooperados participaram do Dia de Campo

Na demonstração prática,os cooperados se entusias-

maram com a colhedoraCC701

Revista Canavieiros - Julho de 2007

NotíciasCopercana

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veitoso porque permite ao cooperadofazer uma avaliação do produto de-monstrado e também trocar informa-ções", disse e completou "agradeço atodos que nos prestigiaram com a pre-sença no dia de campo e espero em bre-ve, repetirmos esse tipo de evento, fi-nalizou Bighetti. O evento terminou comum almoço oferecido aos participantesno Cred Clube Copercana.

A Star Máquinas Agrícolas foifundada em 2003 e é uma empresa comalta capacidade de inovação aliada àqualidade nacional de engenhariapara desenvolvimento de máquinascolhedoras de cana-de-açúcar.

É uma empresa100% nacional que

conta com uma equipe de engenheiros,projetistas e mecânicos especializadosem máquinas pesadas. A Star Máqui-nas investe em pesquisa de engenha-ria para levar produtividade ao parquede produção de cana-de-açúcar a cus-tos mais reduzidos.

Durante duas horas, a máquinaficou trabalhando na demonstração

de campo

Célio Song (diretor administrativo da Star); José Pedro Tonielo(diretor do grupo Toniello); Pedro Esrael Bighetti (diretor da

Copercana) e Yung S. Bae (principal investidor da Star).

A Star

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Associados da Canaoestetêm convênio odontológicoexclusivo

Associados da Canaoestetêm convênio odontológicoexclusivo

A Canaoeste mantém, há maisde 40 anos, um serviço de

atendimento odontológico voltado, ex-clusivamente, a seus associados e fun-cionários. O programa CanaoesteOdontologia disponibiliza profissio-nais renomados, com instalações e ma-teriais de qualidade, atendimento dife-renciado e todos os recursos possí-veis para garantir o bem-estar de seususuários.

O atendimento começou a ser ofere-cido no Netto Campello Hospital e Ma-ternidade e depois foi transferido para asede da Canaoeste, em Sertãozinho. Em2002, o serviço passou por uma série demudanças para ampliação e moderniza-ção de suas instalações e equipamentose hoje está disponível em nove cidadesde abrangência da Canaoeste. Nestescinco anos já foram realizados mais de31.760 procedimentos, uma média supe-rior a 7 mil atendimentos anuais.

A associada Ana Maria Meloni uti-liza o Canaoeste Odontologia há quase20 anos e diz que não troca o convêniopor nenhum outro. Ela, o marido e os 3filhos sempre utilizaram o serviço du-

NotíciasCanaoeste

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Marcelo Massensini

rante todos esses anos. "Logo que meuprimeiro filho - hoje com 19 anos - co-meçou a ter dentes, eu procurei um den-tista da Canaoeste e, até hoje, o mesmodentista atende os meus 3 filhos", con-ta. "Uma vez levei meu filho em outrodentista e ele falou que não tinha nada.Quando trouxe no consultório daCanaoeste, a dentista descobriu que eleprecisava fazer um canal. Depois dissoeu fiquei fiel e estou muito satisfeita",completa a associada.

Segundo a dentista Marlei Seccani,uma das profissionais que atendem noconsultório da Canaoeste, construir umlaço de fidelidade com os pacientes éo primordial para manter um clientesatisfeito. "As recepcionistas costu-mam ligar para cada paciente, pergun-tando como estão, chamando para con-sultar. Tem dado muito certo. Se anali-sarmos as agendas de consultas, va-mos ver que os nomes se repetem sem-pre", comemora. "Da mesma forma quea Canaoeste tem investido na área mé-dica, ela tem cuidado muito da parteodontológica", completa.

Além de seus familiares,o Canaoeste Odontologiapode ser estendido aos fun-cionários de seus associa-dos. "O cortador de cana temo mesmo atendimento do as-sociado. Quando o fornece-dor vai contratar um funcio-nário ele oferece o convêniogratuito como um benefícioa mais", explica André LuisRosa, coordenador do Pro-grama Odontológico daCanaoeste. Ele ressalta ain-da que a Canaoeste investesempre na melhoria das ins-talações e na compra de no-vos equipamentos e materi-

ais odontológicos. "Nós vemos que éum serviço bom que tem atendido bemos associados. Se não, não teria tantaprocura. E outro benefício diz respeitoà tabela de preços, que é bastante dilu-ída. O associado só paga 40% dos cus-tos", finaliza André.

Entre os serviços oferecidos peloPrograma Odontológico da Canaoesteestão: exames clínicos e planos de tra-tamento; profilaxia, limpeza e aplicaçãode flúor, aplicação de selante; restau-rações; endodontia (canal); radiogra-fias e extrações.

Claudia Valeria Serica Alves Pitangueiras (16) 3952-4381Eduardo Anzanel Carrascoza Cravinhos (16) 3951-9400Gabriela Burjaili Barcelos Bebedouro (17) 3342-1039Giselle Del’arco Bortolan Severínia (17) 3817-3100Heraldo Nogueira Júnior Cajobi (17) 3563-1391Joelson Dos Santos Terra Roxa (16) 3395-1205Julio Cesar Pasti Cravinhos (16) 3951-9400Marcelo R. Pontes Camara Sertãozinho (16) 3947-7679Marcilene Meirelles Pereira Morro Agudo (16) 3851-2399Marcos Stein Cravinhos (16) 3951-9400Maria Da Glória C. Rodrigues Sertãozinho (16) 3947-7679Maria Do Carmo Lopes Sertãozinho (16) 3947-7679Marilia Campos Pinto Serverínia (17) 3817-1391Marlei Seccani Sertãozinho (16) 3947-7679Patricia S Selegato Tasso Serrana (16) 3987-9300Renata C Mazer Magro Sertãozinho (16) 3947-7679Valéria Crisina Domenici Sertãozinho (16) 3947-7679 Ana Maria Meloni

Relação do Dentistas Conveniados

Canaoeste Odontologia:mais de 7 mil atendimentospor ano

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Consecana

Ortolan participa de posse na Unica

NotíciasCanaoeste

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Aseguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entreguedurante o mês de JUNHO de 2007.

O preço médio acumulado do kg de ATR para o mês de JUNHO é de R$ 0,2687. O preço de faturamento do açúcar nomercado interno e externo e os preços do álcool anidro e hidratado, destinados aosmercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de ABRILa JUNHO e acumulados até JUNHO, são apresentados a seguir:

ConsecanaConselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo

Ortolan participa de posse na Unica

Opresidente da Canaoeste (As-sociação dos Plantadores de

Cana do Oeste do Estado de São Paulo),Manoel Ortolan, participou da solenida-de de posse do novo presidente da Unica(União da Indústria de Cana-de-Açúcar),Marcos Sawaya Jank, no dia 26 de ju-nho, na sede da entidade, em São Paulo.Também participaram da cerimônia o pre-sidente da Orplana, Ismael Perina Júnior,o vice, José Coral, o secretário de Agri-cultura de São Paulo, João Sampaio, oprefeito de São Paulo, Gilberto Kassab,conselheiros, consultores e representan-tes das usinas associadas.

Jank substituiu Eduardo Pereira deCarvalho, que permaneceu à frente daentidade por sete anos. Engenheiroagrônomo, é doutor em Economia pelaUSP e mestre em políticas agrícolaspela Faculdade de Montpellier, da Fran-ça. Foi consultor da Divisão deIntegração, Comércio e AssuntosHemisféricos do BID entre 2001 e 2002e assessor especial do Ministério doDesenvolvimento, em 1999. É um dosprincipais especialistas brasileiros emcomércio internacional.

Suas prioridades à frente da entida-

Cristiane Barão

Marcos Sawaya Jank substituiu Eduardo Pereira de Carvalho

de serão buscar a abertu-ra de novos mercados ederrubar barreiras comer-ciais, principalmente parao etanol. De acordo comJank, a Unica deverá mon-tar escritórios em Wa-shington (Estados Uni-dos), Bruxelas (Bélgica) ena Ásia, provavelmenteno Japão, para trabalhar aabertura de mercado nospaíses mais protecionis-tas. Ele afirmou tambémque irá trabalhar pela equalização daalíquota do ICMS (Imposto sobre Cir-culação de Mercadorias de Serviços)no mercado interno. Atualmente, há setealíquotas diferentes desse imposto noBrasil, variando entre 12%, no caso deSão Paulo, e 30% no caso do Pará.

De acordo com Ortolan, todos oselos da cadeia estão confiantes no tra-balho a ser desenvolvido pelo novopresidente, que é, segundo ele, "jovem,cheio de entusiasmo e que conhece osetor". "A posse de Jank dá início aum novo momento na entidade, mar-cado pelo fortalecimento do mercadointerno e foco na abertura de mercado

lá fora."

O presidente da Canaoeste tambémressaltou a importância do trabalho de-senvolvido por Eduardo Carvalho, quemarcou a profissionalização do setor,e lembrou fatos importantes que tive-ram a participação da Unica nos últi-mos sete anos: a decisão da OMC fa-vorável ao açúcar brasileiro, o inícioda comercialização de contratos futu-ros de etanol na BM&F, em São Paulo,e na Bolsa de Valores de Nova York, oadvento dos carros flexíveis e a reali-zação do Ethanol Summit, no início domês e que foi o mais importante even-to do setor realizado no Brasil.

Manoel Ortolan (presidente da Canaoeste); José Coral (vice-presidente da Orplana); Marcos Jank (presidente da Unica); IsmaelPerina Júnior (presidente da Orplana) e Arnaldo Bortoletto (associa-

ção dos fornecedores de Cana de Piracicaba)

CIRCULAR Nº. 05/07DATA: 29 de junho de 2007

Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) e os do álcool anidro e hidratadodestinado à industria (AAI e AHI), incluem impostos, enquanto que os preços doaçúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do álcool anidro e hidratado, carburan-te e destinados ao mercado externo, são líquidos (PVU/PVD).

Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nosmeses de ABRIL a JUNHO e acumulados até JUNHO, calculados com base nasinformações contidas na Circular 01/07, são os seguintes:

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Netto Campello ofereceCurso para Gestantes

NotíciasCanaoeste

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O Netto Campello Hospital eMaternidade, mantido pela

Canaoeste e que há mais de 50 anosé referência em toda a região, criouem maio de 2007 um curso para ins-truir as gestantes "de primeira via-gem" sobre as principais dúvidas damaternidade. O curso é um sucessoe em apenas duas edições mais de90 pessoas já participaram das duasedições do projeto.

Ministrado pela enfermeira obsté-trica, Paula Miranda da Silva Parduccie dois médicos - um pediatra e um gi-necologista - que podem variar a cadaedição, o curso foi idealizado logo apósa reforma das dependências da Mater-nidade, no final do ano passado. Se-gundo Paula, o curso foi uma maneirade mostrar às gestantes todos os be-nefícios que a Maternidade do NettoCampello oferece, além de dar instru-ções que ajudem a futura mãe a cuidarde seu bebê.

O curso é dividido em doismódulos de 2 horas cada: no primeiro,são dadas instruções sobre cuidadoscom o bebê e amamentação (acompa-nhamento de um pediatra). No segun-do módulo, as gestantes aprendemsobre trabalho de parto, parto e cuida-

Marcelo Massensini

Netto Campello ofereceCurso para Gestantes

Mais de 90 pessoas já participaram do curso oferecido, gratuitamente, peloNetto Campello Hospital e Maternidade

dos no pós-parto (puerpério), coma presença de um ginecologista."Os pais têm muitas dúvidas. É umtema que ainda possui muitos ta-bus, principalmente o pós-parto eamamentação", explica a enfermei-ra. "Eles têm muito medo de cuidardo bebê e têm dúvidas sobre comotratar do umbigo, amamentar, darbanho, tipos de parto, etc. e nósabordamos todos esses assuntos",completa Paula.

Ainda segundo Paula, o grandemérito do curso é dar mais segurança econfiança às mães, tirando as princi-pais dúvidas sobre os períodos pré epós-parto. "É claro que nós sabemosque a teoria não é como a prática, maso curso diminui um pouco do medo eda ansiedade", diz. De acordo com adentista, Janaína Bononi Rossin, umadas participantes da segunda edição,a aula foi muito útil e tirou diversasdúvidas que ainda existiam. "Algumascoisas eu já havia lido na internet ouem livros, mas nada melhor do que terum reforço de uma equipe que estáacostumada a lidar com isso na práti-ca", explica.

Paula ressalta que o curso aconte-ce aos sábados para que o pai do bebêpossa acompanhar a gestante em to-das as etapas da gravidez. "A presen-ça do pai é muito importante. Nós sa-bemos que durante o pós-parto a mãeprecisa de muito apoio", diz. Segundoela, a presença dos pais nas duas edi-ções foi maciça e eles apro-varam o curso. Um deles é omédico Iris Ricardo Rossin,que acompanhou a esposaJanaína, grávida de 6 meses."É importante participar des-te momento com a esposaporque a responsabilidade

de ser pai é muito grande e nós temosque estar preparados para todos osmomentos", explica Rossin. A esposaaprovou a atitude do marido e disseque a participação dos pais é essenci-al para uma gravidez tranqüila. "Comomulher e como mãe, é muito bom ter acompanhia dele e saber que ele estásempre presente nessa caminhada dagestação", conclui.

A coordenadora de enfermagem doHospital, Izilda Bachega da Silva, co-memora a repercussão do curso: "Ocurso está sendo um sucesso! O anfi-teatro do Hospital lotou e ficamos mui-to felizes e as mães têm gostado. Nóssorteamos presentes para os bebês eos pais ainda ganham certificado". Osinteressados devem procurar a enfer-meira Paula, de segunda a sexta-feira,das 8h às 16h, pelo telefone (16) 3946-4577. O curso gratuito é exclusivo paragestantes que possuem algum dosconvênios parceiros do NettoCampello.

Dr. Iris Ricardo Rossinaprendeu a dar banho

no bebê

Paula Miranda S. Parducciministra o curso para 30

pessoas

Pais e Mães durante o curso de gestantes

Revista Canavieiros - Julho de 2007 1717171717

NotíciasCocred

BalanceteCooperativa de Crédito dos Plantadores de Canade Sertãozinho BALANCETE MENSAL - MAIO/2007

Valores em Reais

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Cocred inova emViradouro

NotíciasCocred

Cocred inova emViradouro

João Manoel Guerreiro abriu suaconta na Cocred logo no primei-ro mês de funcionamento daagência

Marcelo Massensini

Na segunda reportagem da sé- rie que apresenta todas as

agências da Cocred, você vai conhe-cer as vantagens e as novidades quea agência de Viradouro tem para ofe-recer aos seus cooperados.

Inaugurada em novembro de 2006,a agência possui aproximadamente280 cooperados. Clientes que, segun-do o gerente Gustavo José Marques,estão muito satisfeitos com o atendi-mento diferenciado oferecido pelaCocred. "Os cooperados elogiam ofato de termos uma sala reservadapara a gerência, onde o cliente podese sentir a vontade com o gerente",explica Gustavo. "Temos um atendi-mento bem diferenciado mesmo. Oagricultor chega, se sente confortá-vel, não enfrenta filas, etc. Todos têmelogiado", completa.

Um destes cooperados satisfeitosé o produtor rural João Manoel Guer-reiro que abriu sua conta na Cocredlogo no primeiro mês de funciona-mento na cidade. João conta que nãotem o costume de ir a bancos, masque quando vai à Cocred é semprebem atendido e resolve todas as pen-dências na hora. "Eu tenho uma apli-cação aqui na cooperativa e fiz segu-

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Fachada da Agência de Viradouro:280 cooperados em 9 meses

ro residencial e de máquinas agríco-las. O atendimento é excelente, o cus-to e as taxas são ótimos", comemoraGuerreiro.

O produtor rural e promotor de jus-tiça, Wagner Cotrim Volpe Silva, coo-

perado há 4 meses, diz que futura-mente pretende cancelar suas movi-mentações em outros bancos e man-ter somente as da Cocred. "O que euachei interessante foi a eficiência dacooperativa e a falta de burocracia.Fiz um financiamento e o dinheiro saiurápido, sem problemas. No outro ban-co demorou vários meses para o di-nheiro ser liberado", explica Cotrim.Para ele, o atendimento diferenciadoque é dispensado aos cooperados faza Cocred se destacar entre as outrasinstituições. "Sou sempre recebidopelo gerente, que resolve tudo nahora. Em relação a atendimento, paramim, aqui é a melhor agência", com-pleta.

Além dessas e de todas as outrasvantagens que somente os coopera-dos da Cocred possuem, a agência deViradouro tem um diferencial a mais:ela é a primeira agência da Cocred a

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NotíciasCocred

A COCRED

A Cocred - Cooperativa de Crédito dos Plantadoresde Cana de Sertãozinho - é a primeira cooperativa decrédito rural do Brasil a possuir o certificado de quali-dade ISO 9001. O certificado é o reconhecimento daqualidade e segurança dos produtos e serviços ofere-cidos pela Cocred. Graças a essa segurança econfiabilidade, o número de cooperados cresce a cadaano: apenas em 2006 foram mais de 1.300 novas ade-sões. Criada em 1969, a Cocred possui hoje, aproxima-damente, 5800 cooperados.

A cooperativa disponibiliza empréstimos e financia-mentos com juros baixos e isenção de taxas, aplicaçõesfinanceiras exclusivas para produtores rurais, cartõesde crédito, poupança, seguros e todos os serviços ofe-recidos pelos outros bancos. Além disso, investindona Cocred, você ajuda no desenvolvimento de sua ci-dade e região, já que o dinheiro investido é transforma-do em crédito para produtores rurais e o cooperadoainda participa da divisão das sobras anuais.

O cooperado Wagner Cotrim Volpe Silva e o gerenteGustavo José Marques

possuir terminais de auto-atendimento. Neles o coopera-do pode fazer saques, consultar saldos, extratos e efetu-ar pagamento de boletos com código de barras. Os termi-nais vão agilizar as visitas dos cooperados a agência e

facilitar o fluxo de pessoas, evitando filas e atrasos. Atédezembro, os terminais serão implantados em todas asagências.

Revista Canavieiros - Julho de 2007

A FORÇA DA CACReportagem de Capa

A FORÇA DA CAC

Uma bebida tipicamente bra-sileira que conquistou ad-

miradores do mundo inteiro: assim éa cachaça, que cada vez mais ganhaespaço em bares e restaurantes so-fisticados. Aquela velha história desó servir cachaça em botecos, ficoupara traz. Agora, a tradicional bebi-da brasileira quer se expandir e osprodutores trabalham para conquis-tar o mercado externo.

No Brasil é produzido anualmen-te 1,3 bilhão de litros de cachaça,segundo dados do PBDAC - Progra-ma Brasileiro de Desenvolvimentoda Aguardente e Cachaça. Isso sig-nifica que, para cada brasileiro, sãofabricado aproximadamente 7,5 li-tros de cachaça por ano. Desse to-tal, 11,3 milhões de litros (dados de2006), vão para o exterior.

Existem no país cerca de 30 milprodutores de cachaça, entre elesmicroempresas e pequenos produ-tores. Juntos, eles totalizam mais de5 mil marcas e faturam aproximada-mente US$ 600 milhões ao ano. Osetor emprega 450 mil pessoas dire-tamente e se for considerado toda acadeia produtiva esse número pas-sa a ser 1,3 milhões de empregos.

Mas, para conquistar o mercadointernacional é preciso muito esfor-ço e dedicação dos produtores. Lá,a concorrência com as tradicionaisbebidas como o uísque, a vodca e orum, é forte.

Na tentativa de criar um padrãode qualidade internacional, em 2005,o governo federal adotou medidaspara regulamentar a produção de ca-chaça no país. O órgão responsávelé o Inmetro - Instituto Nacional deMetrologia, Normalização e Qualida-de Industrial.

No Estado de São Paulo existemaproximadamente 10 mil engenhos,

Carla RossiniMarcelo Massensini Bebida conquista os mai

mas apenas um é certificado peloInmetro: o Engenho Tamanduá deOlímpia. O cooperado Roberto Apa-recido Rocha e seu sócio PauloDuarte Ferreira são os proprietári-os. Eles contam que para conseguira certificação, passaram por um ri-goroso processo de seleção. "Foramfeitas pesquisas e uma garimpagemnos engenhos para que fossem es-colhidos apenas aqueles que aten-dessem as normas exigidas peloInmetro. Nós conseguimos nos cer-tificar e o Engenho Tamanduá se tor-nou o primeiro e único engenho do

Estado de São Paulo com essacertificação", conta Paulo.

O Engenho Tamanduá foi cons-tituído juridicamente em 1.998. De lápara cá os proprietários se preocu-pam em produzir cachaça de quali-dade, com sabor suave para agradartambém os paladares femininos."Procuramos um mercado diferenci-ado que atenda também as exigênci-as das consumidoras", br incaRoberto.

Eles produzem cachaça tradicio-

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Revista Canavieiros - Julho de 2007

Reportagem de Capa

CHAÇA NACIONALCHAÇA NACIONALmais exigentes paladares

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nal nas versões ouro e prata eTarulas (licores estilo Amarula) nossabores tradicional, café e milho ver-de. Outros produtos de destaquesão as cachaças compostas nos sa-bores coco queimado, canela, bana-na e limão. Quem visitar o engenho,que faz parte do roteiro turístico deOlímpia, vai encontrar uma loja deconveniência com ótimas opções,pois além das cachaças, eles tam-bém comercializam farinha de milhotemperada, rapadura, queijos e mel.

O Tamanduá tem capacidade deprodução de 130 mil litros/ano. O sí-tio Santo Antonio, onde o engenhofica instalado, tem 7 alqueires plan-tados com cana-de-açúcar, dosquais 3 alqueires são exclusivamen-te para a fabricação de cachaça. "Orestante da produção de cana entre-go em usinas da região", explicaRocha.

As evidências do sucesso da ca-chaça de Olímpia são muitas. Recen-temente, o Engenho Tamanduá par-

ticipou da IV Feira Internacional daCachaça - Brasil Cachaça que acon-teceu no Pavilhão Bienal doIbirapuera em São Paulo. "Este even-to é um dos mais importantes do

segmento e é muito importante paradivulgação dos nossos produtos etambém para desmistificar um con-ceito pejorativo sobre a cachaça",afirmou Paulo.

Os produtores reclamam que acachaça ainda carece de políticaspúblicas de incentivo à produção,venda e distribuição. "A reclamaçãoé principalmente dos produtores dabebida produzida em alambiquesque representam 35% da produçãonacional", conta Paulo.

Mas as perspectivas são excelen-tes. "Estamos nos firmando no mer-cado externo e pretendemos formarum mercado de comercialização maisefetivo", conta Rocha. O EngenhoTamanduá está participando de umprojeto do Sebrae (Serviço Brasilei-ro de Apoio as Micro e Pequenas Em-presas) para exportação de cachaçaà Alemanha. "Estamos em fase de 'na-moro' e em breve, com certeza, esta-remos exportando a CachaçaTamanduá mundo afora'", finaliza ocooperado.

Roberto Aparecido Rocha, Célio Recco (Cocred - Severínia) e Paulo Duarte Ferreira

O Engenho Tamanduá produz Tarulas nos sabores Tradicional, Milho Verde e Café etambém produz cachaças compostas de Cocô Queimado, Canela, Banana e Limão

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Reportagem de Capa

"Eu queria poder ter duas horascom todo mundo para falar sobre ca-chaça. Mostrar a produção, falar dosbenefícios e fazer as pessoas veremque a cachaça pode ser tão saborosaquanto um bom vinho. Mas eu não te-nho oito vidas", brinca Celso Paro, nocaminho de volta de sua FazendaCachoeirinha, em Barretos.

Após dois anos de testes, pesqui-sas e investimento, o cooperado, en-genheiro civil e químico, começou aproduzir e comercializar a cachaçaPiraporanga: uma cachaça artesanal erefinada, para quem realmente enten-de do assunto. "Sem dúvida ela é umadas melhores cachaças produzidas noBrasil. Nós tomamos todas as medidaspossíveis para fazê-la a melhor", expli-ca Paro. Ele conta que a produção co-meçou com uma brincadeira entre ele eum dos filhos. "Meu filho chegou deviagem e falou que alguns amigos, quesabiam que nós plantávamos cana,perguntaram por que ele não fazia ca-chaça. Amadurecemos a idéia e hojeestamos aí", conta o empresário quehoje já faz investimentos para exportara bebida.

Na viagem em direção à fazenda,com um olho na estrada e o outro sem-pre atento a qualquer movimentaçãoem sua fazenda, o cooperado falavasobre a história de sua família - vindada Itália há cinco gerações - e a tradi-ção na fabricação de cachaça. Parocontou que entre 1950 e 1959 sua famí-lia fazia uma cachaça chamada "3Xis",na cidade de Jaborandi, que fazia su-cesso entre todos que bebiam. "Eu lem-bro que quando eu ia pra São Paulo,naquela época, o porta-malas do"fusquinha" ia lotado de cachaça.Quando chegava lá, não durava nemum dia. Todo mundo queria"', contaorgulhoso o agricultor.

Graças ao sucesso na década de1950, Paro resolveu relembrar a receitade família para fazer uma cachaça tãoboa quanto à de sua infância. Para fa-bricar a cachaça, o cooperado usa an-tigos "segredos" de família. "Esses 'se-

CACHAÇA PRODUZIDA COM O "CORAÇÃO"gredos' são naverdade 'detalhes'que fazem à dife-rença", explica.Porém, o empresá-rio garante quenão usa nenhumtipo de produtoquímico, nem mes-mo para acelerar oprocesso de fer-mentação. Segun-do ele, esse pro-cesso é feito crian-do o melhor ambi-ente possível parao desenvolvimen-to das leveduras - bactérias que cau-sam a fermentação - com controle detemperatura, acidez, etc.

A Fazenda Cachoeirinha, que noano passado recebeu o prêmio Bungepor melhor produtividade e qualidadede canavial, tem 73 alqueires de cana,sendo que 10% da produção é desti-nada ao engenho que funciona da se-guinte maneira: a cana passa pelamoenda onde é separada a garapa e obagaço; a garapa é filtrada e decanta-da; depois de livre de impurezas, ela élevada para a fermentação em uma salaclimatizada e isolada (livre de insetose contato de pessoas não autorizadas),onde as bactérias agem e fazem a trans-formação do álcool em açúcar; depois,ela é conduzida por canos para uma

caldeira de cobre onde é destilada em3 horas em fogo à lenha (no lugar dalenha, Paro utiliza o próprio bagaço dacana).

Na destilação, os funcionários des-cartam o que eles chamam de "cabeçae cauda" e utilizam apenas o "coração":a parte mais pura da cachaça. "Parafazer uma boa cachaça é preciso tercoragem de descartar essas partes. Asbebidas feitas com elas causam a res-saca e o mau-cheiro que todos estãoacostumados", explica o cooperado."Por não usar esses dois estágios, aPiraporanga se torna uma cachaça maissuave, com aroma agradável e quembebe fica livre da ressaca no dia se-guinte", completa. Ele ressaltou quecom a "cabeça e a cauda" cada tonela-

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Processo para olacre

da garrafa daCachaça

Piraporanga

Antônio Celso Paro: “Uma boa cachaça pode ser tão saborosa quanto um bom vinho”

Revista Canavieiros - Julho de 2007 2323232323

Reportagem de Capada de cana rende 150 litros de uma ca-chaça normal; para boas cachaças mi-neiras, a proporção é de 80 litros portonelada de cana. No engenho de Cel-so Paro, com cada tonelada de cana sefaz 25 litros de cachaça, ou seja, a be-bida é feita com o "miolo da picanha",como o próprio empresário define.

Depois de toda essa seleção, a ca-chaça é envelhecida por um ano emtonéis de madeira. A madeira escolhi-da determina a cor, aroma e sabor ca-racterístico de cada uma. Envelhecen-do em tonéis de Jequitibá, consegue-se a cachaça branca; no tonel de Bál-samo, a amarela de sabor leve; comtonéis de Carvalho, a bebida apresen-ta coloração amarela suave e gostoleve/picante; e usando, ainda, o tonelde carvalho, mas com fermentação maisquente, produz-se uma cachaça comsabor, cor e aroma mais encorpados.Esses 4 tipos de envelhecimento origi-naram as variedades da cachaçaPiraporanga: Turmalina, Água-mari-nha, Topázio e Ametista.

Depois de mais de dois anos deespera, há pouco mais de um mês acachaça Piraporanga começou a sercomercializada. Alguns supermercadose lojas especializadas da região já es-tão vendendo o produto. "Nós leva-mos a cachaça para mostrar aos con-sumidores. As demonstradoras fazem

caipirinha de frutas para os clientes.Todos têm elogiado bastante", come-mora Paro. Apesar de estar feliz com asprimeiras vendas, o cooperado pensamais além e começou a investir na ex-portação da Piraporanga. Segundo elejá existe interesse nos EUA e na Euro-pa.

Tonéis de madeira Jequitibá, Carvalho e Bálsamo ajudam a dar saboresdiferenciados a cachaça

Revista Canavieiros - Julho de 2007

5º Simtec discute inovaçõestecnológicas para o setor

Destaque

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5º Simtec discute inovaçõestecnológicas para o setor

Acontece entre os dias 17 e 20 de julho, no Engenho Central em

Piracicaba, a quinta edição do SimpósioInternacional e Mostra de Tecnologia daAgroindústria Sucroalcooleira (Simtec2007). O intuito da feira é fomentar no-vas tecnologias, difundir as novidadesdo mercado e debater as perspectivasda cadeia sucroalcooleira em nível naci-onal e internacional. A edição deste anocontará com 150 expositores espalhadospelos mais de 30 mil metros quadradosde feira. Estima-se que mais de 22 milpessoas visitem a feira.

Neste ano, a Revista Canavieirostambém estará presente com um estandeno Simtec, onde o visitante poderá co-nhecer melhor o sistema Copercana,Canaoeste e Cocred e se informar sobreos assuntos mais pertinentes relaciona-dos ao setor sucroalcooleiro.

Entre as novidades do Simtec 2007,estão os simpósios de incentivo àtecnologia, as rodadas de negócios epalestras com especialistas vindo doexterior, além do pavilhão do Sebrae, quepossibilita a participação de micro e pe-quenas empresas. José de Jesus Vaz,coordenador da feira, explica que em ummomento em que todo o mundo se voltaao desenvolvimento de energiasrenováveis, o Simtec já atingiu um statusde evento importante do setor. "Chega-mos à quinta edição com a responsabili-dade de organizarmos um evento sério,com propostas objetivas e que prioriza acadeia sucroalcooleira em seu todo, ouseja, envolvendo prestadores de servi-ços, indústrias, entidades de classe, ins-titutos de pesquisa, centros detecnologia entre outros", conta.

De acordo com a organização do even-to, o Simtec propõe-se a ser um dosdivulgadores dos avanços tecnológicosdo setor e, para isso, conta com exposito-res que apresentarão ao público as novi-

Marcelo Massensini

Pela primeira vez, a Revista Canavieiros estará presente com um estande

dades em termos de equipamentos e ser-viços, além de simpósios e palestras quecontribuem para o desenvolvimento pro-fissional de seus participantes. "Procura-mos manter nosso foco na organizaçãode um evento que atenda ao setorsucroalcooleiro, desde o pequeno produ-tor rural até o alto executivo de grandesgrupos empresariais", explica Vaz.

A edição deste ano conta com umasérie de palestras que visam oaprofundamento das abordagens técni-cas e a divulgação de novas tecnologiasdo setor. Uma delas é a terceira ediçãodo Simbio - Simpósio sobreBiotecnologia na Cana-de-açúcar - quevisa divulgar pesquisas relacionadas aoaproveitamento da biomassa noprocessamento de biocombustíveiscomo fontes de energia limpa, renovávele sustentável. Pela primeira vez, ocorre-rão o Simcoger - Simpósio sobre Co-ge-ração de Energia - e o Simantec -Simpósio sobre Manutenção eTecnologias Industriais. (A programaçãocompleta da palestras está disponível nosite www.simtec.com.br).

A grande novidade de 2007 será apresença de uma empresa especializadano controle da emissão de carbono du-rante os preparativos e desenvolvimen-to no evento. A organização explica queo objetivo é contabilizar a emissão degáses durante e feira para reverter emações de preservação do meio ambiente(plantio de mudas na bacia do rioPiracicaba). José de Jesus Vaz, coorde-nador do Simtec, conta que "o públicoterá a oportunidade de medir o grau par-ticular de emissão de gás, numa simula-ção que indicará quantas mudas de ár-vores cada pessoa deve plantar paraequilibrar a poluição causada ao ambi-ente", explica e completa. "Queremosque os visitantes se familiarizem comações práticas de preservação ambiental,como o simulador de emissor de CO2".

Como nas outras edições doSimpósio, os micro, pequenos e médiosempresários de Piracicaba e região no-vamente terão a oportunidade de parti-cipar do evento através do pavilhão doSebrae (Serviço de Apoio às Micro ePequenas Empresas de São Paulo). Gra-ças a esta parceria com o Sebrae, quedivide os custos da aquisição dosestandes, esses empresários têm, nova-mente, a oportunidade de aumentar suasvendas e conseguir um reconhecimentomaior na região. "Além de subsidiar par-te dos custos dos estantes, também ofe-recemos apoio antes, durante e após oevento", explica o gerente regional doSebrae, Antonio Carlos Aguiar Ribeiro.

O Simtec é realizado pelo Simespi (Sin-dicato das Indústrias Metalúrgicas, Me-cânicas, de Material Elétrico, Eletrônico,Siderúrgicas e Fundições de Piracicaba,Saltinho e Rio das Pedras), a Coplacana(Cooperativa dos Plantadores de Cana doEstado de São Paulo), a Acipi (Associa-ção Comercial e Industrial de Piracicaba),o Ciesp/Regional Piracicaba - Centro dasIndústrias do Estado de São Paulo e Pre-feitura Municipal de Piracicaba.

Simtec 2006

Revista Canavieiros - Julho de 2007 2525252525

Destaque

FORIND 2007: Feirasupera expectativasFORIND 2007: Feirasupera expectativas

O Pavilhão da Fenasucro emSertãozinho serviu de espa-

ço para a realização da I Feira de For-necedores Industriais do Estado deSão Paulo, trazendo novidades e tam-bém grandes negócios. Para isso, oevento contou com 155 expositores devárias cidades do estado e outros jápresentes no interior paulista.

O objetivo da Feira foi proporcio-nar oportunidades de excelentes ne-gócios tanto para as grandes, quantopara as médias indústrias da região,que são marcadas pela presença depólos industriais e agrícolas.

Com o intuito de vender, a feiraapostou em um formato inovador, rea-lizando seus negócios de maneira di-

Carla Rodrigues

reta para suprir as necessidades deseus compradores através do Encon-tro de Negócios ForInd. Foram maisde seis mil visitantes e 12 milhões ven-didos. A partir daí, a feira deve atingiros 40 milhões durante os próximosmeses, superando a expectativa inicialde gerar 20 milhões.

Durante estes encontros foram re-alizadas mais de 970 reuniões de negó-cios entre as 53 empresas comprado-ras. Cada vendedor apresentava o seuproduto em reuniões de 15 minutos ese desempenhadas com sucesso, aefetivação da compra era feita de ime-diato. Segundo a organização do even-to, também foi proporcionado aos com-pradores acordos de representações,marketing e alianças estratégicas.

A ForInd trouxe entre seus exposi-tores, empresas fabricantes de equipa-mentos, produtos e prestadores de ser-viços para diversos segmentos indus-triais. A Feira também destacou segmen-tos de bebidas, citricultura, alimentício,eletro-eletrônico, metal-mecânico, cons-trução, papel e celulose, siderurgia,construção civil e aeronáutico, fundi-ção, indústria química, entre outros.

Revista Canavieiros - Julho de 2007

D ois filhos de um cooperado do sistema Copercana,

Canaoeste e Cocred vão participar daEquipe Brasileira de Hipismo nos Jo-gos Pan-Americanos do Rio, entre osdias 13 e 29 de julho. André Paro – fi-lho do cooperado Antônio Celso Paro,de Colina – ficou concentrado na VilaHípica em Ribeirão Preto até o dia 07,quando viajou para o Rio de Janeiro, jáseu irmão Carlos Eduardo Paro, quemora na Inglaterra, foi direto para o Rio.

Os dois irmãos vão competir namodalidade CCE (Concurso Completode Equitação), que é constituída por 3provas. No primeiro dia é a prova ades-tramento: um teste que demonstra a ha-bilidade e a submissão do cavalo. “Écomo se fosse um balé a cavalo. Temuma série de movimentos pré-determi-nados que temos que fazer e os juízesdão nota para esses movimentos”, ex-plica André Paro. No segundo diaacontece a prova de cross que, segun-do ele, é a prova mais difícil da modali-dade. É uma prova a campo aberto, comobstáculos fixos de 1,25m de altura. “Ocavalo salta para dentro d’água, saltamorros e obstáculos fixos”, explica ecompleta. “A prova dura 10 minutos e

é realizada a 570 metros por minuto,isso é bem rápido”. No terceiro diaacontece a prova de saltos do hipismoclássico. Ela é realizada em uma pistacom obstáculos de, também, 1,25m. Asoma dessas 3 provas é a nota final daequipe. Ganha o conjunto que tiver amenor pontuação.

O cavaleiro conta que começou noesporte, por volta de 1986, graças à tra-dição que sua cidade – Colina – temcom cavalos. “Colina, ainda hoje, éconsiderada a capital nacional do Ca-valo. Então eu acho que por causa detoda essa tradição, eu me envolvi egostei”, explica Paro. “Logo depois,um ou dois anos mais tarde, o Cacá(Carlos Eduardo Paro) veio atrás e co-meçamos juntos”, termina.

Durante os jogos do Pan, a EquipeBrasileira vai competir com as delega-ções dos EUA, Canadá, Argentina eChile e nas provas individuais, alémdestes países, com cavaleiros das An-tilhas Holandesas, Jamaica, Uruguai eMéxico. Porém, os brasileiros estãoconfiantes na vitória. “Nós estamoscom uma equipe bem forte, cavalos ecavaleiros bem experientes e vamos

buscar uma medalha”,explica André, que reco-

nhece o favoritismo dos atuais vice-campeões mundiais, os EUA. “Eles sãobons e vêm com a equipe principal, masnós estamos em casa e queremos ga-nhar deles”, finaliza otimista.

Apesar de toda a competência e ex-periência com o hipismo, André Paro nãose considera um cavaleiro profissional.“É um hobby. Mas um hobby levadomuito a sério”, conta. Tão sério queAndré já foi 3 vezes campeão brasileiro,medalhista no Sul-Americano de Hipis-mo e participante de vários outros cam-peonatos em diversos países. Quandonão está cavalgando, ele se dedica à pro-dução de sua fazenda. Estudante do úl-timo ano de agronomia, Paro conta queajuda o pai a cuidar da fazendacachoeirinha em Barretos. “Nós discuti-mos bastante, entramos em acordo. Àsvezes ele precisa de uma opinião maistécnica e pergunta pra mim”, completa.O irmão mais novo de André, Carlos Paro(Cacá), é cavaleiro profissional e há 4anos mora na Inglaterra, onde se man-tém exclusivamente do esporte.

Fazem parte da Equipe Brasileiraque vai disputar o Pan do Rio: AndréParo (Colina/SP) – com o cavalo LandHeir, Carlos Paro (Colina/SP) – comPolitical Mandate, Fabrício Reis (BeloHorizonte/MG) – com Butterfly eRenan Guerreiro (São Roque de Minas/MG) – com Rodízio, além dos reser-vas: Fernando Perracini (São Paulo/SP)– com seu cavalo Gaia, Guto Faria(Uberlândia/MG), – com Whollan,Jésper Martendal (Rio Claro/SP) – comLand Kimmy e Remo Tellini (Franca/SP), – com Milano. Saulo Tristão(Matão/SP) – com o cavalo Totsie eSerguei Fofanoff, o Guega (RibeirãoPreto/SP) – com Ekus, vão competirnas provas individuais. O técnico daequipe é Ademir Oliveira.

Cavalgando rumoao Pan

Antes da Porteira

Cavalgando rumoao PanMarcelo Massensini

André Paro e seu cavalo LandHeir, já participaram deOlimpíadas e de vários outroscampeonatos por todo o mundo

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Revista Canavieiros - Julho de 2007 2727272727

Antes da Porteira

Fabricio Reis Salgado, André Paro, Serguei Fofanoff, Jesper Martendal, Saulo Tristão,Renan Guerreiro, Guto Faria, Ademir Oliveira, Fernando Perracini, Remo Telline

ATLETAS DE QUATRO PATASUm dos pontos que diferem o hipis-

mo de outros esportes é que neste, oatleta é o cavalo, que tem tratamentodigno de estrela. Eles têm alimentaçãototalmente balanceada, com suplemen-tos, vitamina C, queratina entre outros.E assim como em outros esportes, o atle-ta (neste caso o cavalo) não pode usarnenhum tipo de anabolizante. “Oantidoping deles é muito sério”, escla-rece André Paro. Ele diz que é precisoter bastante paciência porque “como eleé o atleta, ele tem dores de atleta. A dife-rença é que ele não fala. Então é precisoter cuidado”, termina.

Ainda segundo Paro, o treinamentoé a fase mais importante. O cavalo preci-sa ter talento natural, porém o cavaleiro deve saber explorar isso adequada-mente. O treinamento é muito importante, principalmente para a prova de cross.“Na maioria das vezes, ele dá um salto e não sabe o que vai encontrar do outrolado. Tem que ter uma confiança total no cavaleiro e nesse ponto eles sãoiguais a gente, perdem a confiança uma vez só, para retomar depois é muitodifícil”, diz. André treina e compete há 11 anos com o mesmo cavalo: Land Heirque já disputou diversos torneios, inclusive as Olimpíadas de Atenas.

Paro o Concurso Completo, a raça que se destaca mais é o Puro-SangueInglês. O que não quer dizer que para competir no CCE o cavalo precise ser,obrigatoriamente, um Puro-Sangue. “Ele pode ser uma cruza de puro-sanguecom cavalo de salto, alguma coisa assim. O meu cavalo é cruzado. Ele é trêsquartos de puro-sangue inglês e um quarto de Holsteiner, que é uma raça desalto” explica Paro. Com essa cruza, André consegue uma mistura da velocida-de necessária para o cross e a técnica imprescindível para o salto. Entre oscavalos integrantes da Equipe Brasileira existem: Puro-Sangues, Anglo-Ára-bes, o cruzado de André e um Puro-Sangue Irlandês de Carlos Paro, que é umPuro-Sangue Inglês nascido na Irlanda.

Fabricio Reis Salgado

Renan Guerreiro

Jesper Martendal

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CHUVAS DE JUNHOe Prognósticos Climáticos

Informações setoriais

No quadro abaixo, estão anotadas as chuvas que ocorreram na região de abrangência da CANAOESTEdurante o mês de junho de 2007.

Engº Agrônomo Oswaldo AlonsoAssessor Técnico Canaoeste

Mapa 1:- Água Disponível no Solo entre 18 a 20 dejunho de 2007,

As somas das chuvas que ocorreram nos dias 1 e 2 (em alguns casos) deste mês, em todos os locais observados"ficaram" muito abaixo das respectivas médias históricas, deixando bem evidente os baixos índices de Disponibilidade deÁgua no Solo desde meados deste mês de junho (vide Mapa 1) para a região da ABAG RP (onde está inserida a região deabrangência da CANAOESTE) e todo Centro e Oeste paulista.

Na área canavieira do Estado de São Paulo, o índicede Água Disponível no Solo mostrava-se médio a bom(vide Mapa 1 ao lado) nas regiões de São João da Boa

Vista, Pirassununga, Limeira, Campinas, Piracicaba epróximo de Ourinhos. Nas demais regiões, o índice de

Água Disponível já se mostrava crítico e foi-se pronun-ciando em todo o Estado até o final do mês de junho

(vide Mapa 3).

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Informações setoriais

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de junho de 2006.

Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de junho de 2007.

Como subsídio a planejamentos deatividades futuras, a CANAOESTE re-sume o prognóstico climático de con-senso entre INMET-Instituto Nacio-nal de Meteorologia e INPE-InstitutoNacional de Pesquisas Espaciais paraos meses de julho a setembro.

- Na faixa equatorial do OceanoPacífico, próximo à costa do Equa-dor e Peru, as condições térmicas at-mosféricas e (negativas)do mar indi-cam formação do fenômeno La Niña,que poderá ser mais pronunciadodurante os meses de primavera (en-tre setembro a dezembro).

- A temperatura média poderá “fi-car” acima das normais climáticas nafaixa canavieira do Estado do Paraná enas Regiões Centro Oeste e Sudeste;

- Quanto às chuvas previstaspara os meses de julho a setembro,estas poderão “ficar” abaixo das res-pectivas médias históricas nos Esta-dos das Regiões Sudeste e CentroOeste, com exceção de todo o esta-do do Mato Grosso do Sul e das fai-xas à oeste dos Estados de Goiás,Mato Grosso e São Paulo que, comos demais estados da Região Sul,prevêm-se chuvas próximas das nor-mais climáticas.

- Exemplificando para RibeirãoPreto e municípios vizinhos, as mé-dias históricas pelo Centro Apta -IAC, são de 20mm em julho ou agos-to e 55mm em setembro.

Face às previsões efetuadas pelaSomar Meteorologia, a CANAOESTErecomenda muita atenção às Umida-des Relativas do Ar durante estes pró-ximos meses. Do mesmo modo, pelabaixíssima umidade do solo, devem serevitados os tratos culturais mecâni-cos.

Comparando-se os mapas 2 e 3, observa-se que os índices de Água Dis-ponível no Solo, em junho deste ano e do anterior, já se apresentavam comobem críticos em toda região canavieira do Estado de São Paulo, com exceção(em 2006) do extremo sudoeste e em alguns pontos isolados.

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Proibição de queimade cana

À exemplo do já anunciado na edição passada da Revista

Canavieiros, a Secretaria de Meio Am-biente do Estado de São Paulo, aumen-tando o rigor de sua fiscalização, fezpublicar no Diário Oficial do Estado de03 de julho de 2007 a Resolução SMA.nº 34, de 02 de Julho de 2007, dispon-do "sobre procedimentos relativos àsuspensão da queima da palha decana-de-açúcar ditados pela Lei Esta-dual nº 11.241/2003 e Decreto Estadualnº 47.700/2003".

Referida resolução proíbe o uso dofogo como método despalhador dacana-de-açúcar em todo Estado, entreos dias 6 de julho a 15 de outubro, so-mente no período diurno, que vai das6:00 horas às 20:00 horas, em virtudeda baixa umidade relativa do ar previs-ta pela Secretaria neste período e ho-rários.

Juliano Bortoloti - AdvogadoDepartamento Jurídico Canaoeste

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Legislação

De igual forma, a sobredita resolu-ção também determina, como nos anosanteriores, a proibição da queima dapalha da cana em qualquer horário dodia, quando a umidade relativa do arfor inferior a 20%. Esta proibição seráregional, após medição da umidade re-lativa do ar feita pelos equipamentosda Secretaria do Meio Ambiente, quese dará no período das 12:00 horas às17:00 horas.

Após a citada data limite de 15 deOutubro de 2007, volta a prevalecer asregras vigentes na safra passada, jáenunciadas na edição anterior destaRevista Canavieiros, qual seja: poderáocorrer a suspensão da queima quan-do a umidade relativa do ar ficar abai-xo de 30% (trinta por cento) e acima de20% (vinte por cento), durante três diasconsecutivos. Neste caso, ficarásuspenso o uso do fogo como método

despalhador dacana-de-açúcar noperíodo compreen-dido das 6:00 horasàs 20:00 horas dodia posterior à de-claração de sus-pensão, efetuadapela Secretaria doMeio Ambiente,sempre às 16:00 horas do terceiro dia con-secutivo que perdurar a umidade acimadescrita; e, ainda, será suspensa a quei-ma durante qualquer hora do dia, quan-do a umidade relativa do ar for inferior a20% (vinte por cento). Tal suspensãoserá declarada pela Secretaria do MeioAmbiente às 16:00 horas do dia que seobservar tal umidade e será aplicada apartir das 6:00 horas do dia posterior areferida declaração. Nas duas hipóte-ses, a medição da umidade relativa do arse dará das 12:00 horas às 17:00 horas.

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Culturas de Rotação

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Produção Integrada deAmendoim (PIA)“Uma exigência em breve nacultura do amendoim”

A Produção Integrada (PI) sur- giu há 30 anos na Europa, com

o objetivo de minimizar o uso deagrotóxicos, visando obter produtos dequalidade com o mínimo de agressõesao ambiente. Atualmente existe umabusca por parte dos consumidores porprodutos sadios e ausentes de resídu-os, as cadeias de distribuidores e su-permercados têm exigido dos fornece-dores que levem em consideração: onível de resíduos de agrotóxicos nosalimentos, respeito ao meio ambiente eas condições de trabalho, higiene esaúde. A garantia de qualidade e aqui-sição de um alimento seguro é um di-reito do consumidor. A Produção Inte-grada pode ser definida como um sis-tema de produção baseado nasustentabilidade, aplicação de recursosnaturais e regulação de mecanismospara substituição de insumospoluentes, utilizando instrumentos ade-quados de monitoramento dos proce-dimentos e a rastreabilidade de todo oprocesso, tornando-o economicamen-te viável, ambientalmente correto e so-cialmente justo.

No Brasil a Produção Integrada sur-giu como parte do Programa de Desen-volvimento da Fruticultura (PROFRUTA),gerenciado pelo Ministério da Agricul-tura Pecuária e Abastecimento (MAPA),atendendo as exigências dos mercadosimportadores com relação a definição dePI citado acima. A partir daí criou-se oMarco Legal da Produção Integrada deFrutas (PIF) composto de uma ComissãoTécnica que estabeleceu normas e docu-mentos de acompanhamento, os quaisinstituem um sistema de livre adesão porparte dos produtores que assegura aidentificação de origem do produto e arastreabilidade dos processos ao longoda cadeia produtiva. Com base no Mar-co Legal da PIF são elaboradas para cadaproduto (cultura) normas técnicas espe-

cíficas, grade de agroquímicos, cadernosde campo e pós colheita, visando-se aobtenção de Certificação. O modelo pre-conizado e consolidado na PIF foi utiliza-do pelo MAPA para instituir o SistemaAgropecuário de Produção Integrada –SAPI.

Como o amendoim está incluídono mesmo grupo de Produção Inte-grada de Frutas, são exigidas as mes-mas normas e técnicas de produção.Por isso em agosto de 2006 criou-seum Comitê Gestor que elaborou asnormas técnicas para a cultura, asquais estão sendo testadas, valida-das e aplicadas em propriedadesselecionadas através de Projetos Pi-lotos. Portanto, torna-se necessárioque os produtores de amendoim seconscientizem da necessidade de seadequarem as exigências dos merca-dos externos e até mesmo internos,para não correrem o risco de em curtoespaço de tempo não conseguiremcomercializar suas produções.

Em um mercado altamente competi-tivo e com grande variação de preços,a preocupação por parte do produtorde amendoim pela diminuição dos cus-tos da produção é fundamental para osucesso financeiro de sua lavoura. Por-tanto a Produção Integrada de Amen-doim além das preocupações sociais ecom o uso correto do meio ambientevisará: uma diminuição da aplicação deagrotóxicos, uma racionalização do usode fertilizantes, adoções de práticas deconservação do solo que visem aumen-tar a infiltração da água no solo e dimi-nuição dos processos erosivos, um in-cremento da diversidade e populaçãode inimigos naturais de pragas e doen-ças; fatores estes que associados alémde uma diminuição de custos, nos daráum produto de melhor qualidade e maisseguro.

Segundo Edgard MatrangoloJúnior (encarregado técnico responsá-vel pelo Projeto de Produção Integra-da de Amendoim na Copercana), a co-operativa através da Unidade de Grãos(UNAME) deverá implantar 03 áreas deProjeto Piloto de Produção Integradade Amendoim na safra 07/08objetivando levantar dados para queas normas técnicas estabelecidas pos-sam ser avaliadas, revistas eatualizadas contribuindo assim para osucesso da PIA, suprindo também nos-sos técnicos de informações que pos-sam se levadas aos nossos coopera-dos produtores de amendoim.

* Edgard Matrangolo Júnior -encarregado técnico de projetos

Revista Canavieiros - Julho de 2007

IAC treina técnicos emclassificação de solo

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Novas Tecnologias

IAC treina técnicos emclassificação de solo

O AMBICANA (qualificaçãodos ambientes de produ-

ção de cana-de-açúcar) é um proje-to pioneiro do IAC que tem o intui-to de treinar técnicos para classifi-cação de solos. O projeto conta como acompanhamento de dois pesqui-sadores do IAC: Dr. Hélio do Prado(área de solos) e Dr. Marcos Guima-rães Andrade Landell (na área demanejo varietal).

O principal objetivo do projeto,criado em 2002, é caracterizar e qua-lificar os tipos de solos, a fim deidentificar as variedades mais ade-quadas para determinados ambien-tes, além de promover treinamentointensivo para técnicos das usinase dest i lar ias , possibi l i tando oenquadramento dos ambientes deprodução de cana-de-açúcar. Estetreinamento permite uma economiaem análises físicas de solos e possi-bilita que o agricultor identifique,previamente, problemas em solos,decidindo se é economicamente vi-ável, ou não, investir em determina-das áreas.

Até agora, mais de 35 empresasdos Estados de São Paulo, Goiás,Minas Gerais, Bahia, Tocantins,Mato Grosso do Sul contrataramesse projeto. "A magnitude do im-pacto econômico gerado peloAMBICANA depende do esforço daempresa em absorver os conheci-mentos e incorporá-lo como umarotina. Em outras palavras, toda atransferência de tecnologia sociali-za plenamente os conhecimentospara os técnicos e é raro ocorrer ocontrário", explica o pesquisadorHélio do Prado.

Os benefícios para quem partici-pa do projeto AMBICANA vão des-de a orientação na alocação das va-r iedades de cana-de-açúcar -

Marcelo Massensini

viabilizando ganhosque podem chegara 25% - até a redu-ção de custos e au-mento da longe-vidade da planta.Além de possibilitarque o agricultor es-colha, seguramente,novas áreas para ar-rendamento e com-pra, desde que feitoesses estudo antesda negociação.

No ano de 2005,o AMBICANA foitema da tese de doutorado da pes-quisadora Mirian Hasegawa naUNICAMP, constatando o impactoeconômico desse projeto sobre aprodutividade das empresas quecontrataram o projeto. Em 2006, foirealizado o I Seminário AMBICANAcom palestras dos técnicos das usi-nas conveniadas sobre os solos eas respectivas produtividades decana-de-açúcar. O evento contoucom a participação de mais de 150pessoas.

COMO FUNCIONA OAMBICANA:

Para um melhor treinamento, aempresa deve, primeiramente, esco-lher uma área de trabalho geografi-camente não contínua, com grandevariação de argila, coloração e, prin-cipalmente, de produtividade. Héliodo Prado esclarece que "nessas áre-as descontínuas acompanhamos ostécnicos da empresa na identifica-ção dos solos que depois repetemos mesmos procedimentos em ou-tras áreas da usina sem nossa parti-cipação", explica e completa. "Mes-mo assim retornamos, periodicamen-te, nesses mesmos locais por elespercorridos para eliminar dúvidas,

até que dominem o assunto".

A amostragem de solo é feita acada 10 ou 20 hectares com coletade amostras de solo nas profundi-dades de 0 a 20, 20 a 40 e 80 a 100centímetros, quando o solo for pro-fundo, ou na camada arável se fo-rem mais rasos. As amostras de solosão enviadas a um laboratório paraanálises químicas (matéria orgânica,pH, cálcio, magnésio, potássio,sódio, alumínio e hidrogênio) egranulométricas (argila, silte, areiafina e areia grossa). Prado explicaainda que "a estimativa do teor deargila pela sensação ao tato do solomolhado, faz com que o produtoreconomize com gastos desnecessá-rios com laboratório".

Segundo a legenda do IAC, ossolos são classificados quanto aoteor de argila, em cinco Latossolos,sete Argissolos (Solos Podzólicos),dois Nitossolos (Terras RoxasEstruturadas), quatro Cambissolose um Neossolo Quartzarênico (AreiaQuartzosa). "Essa legenda, por sersimples e funcional, facilita muito aaprendizagem dos técnicos e atémesmo dos empresários do setorsucroalcooleiro porque apresenta

Dr. Hélio do Prado,pesquisador do IAC

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Novas Tecnologias

opções de enquadramento nãomuito extensas", completa Pra-do.

Outro aspecto importante doAMBICANA refere-se à compa-ração de produtividade de ummesmo solo em locais com sig-nificativas diferenças de índicede chuva. Depois de analisadas,essas amostras são incorpora-das à tabela IAC de ambientesde produção que considera, emordem decrescente de importân-cia, a disponibilidade de água, atextura, a profundidade e adici-onalmente a fertilidade naturalabaixo da camada arável.

Nessas comparações regio-nais, por exemplo, foi destacadoporque os Nitossolos Vermelhoseutroférricos (Terras RoxasEstruturadas eutróficas), ouseja, solos com elevada fertilida-de natural, produzem mais de100t/ha (sem apl icação de

vinhaça e sem irrigação) quandoocorrem na região mais chuvosa,como a de Assis (SP) e apenas 84-88t/ha quando esse mesmo soloocorre na região bem mais seca,como Goianésia (GO).

Hélio do Prado esclarece que afertilidade natural do solo é impor-tante mas não pode ser consideradasem a influência do clima. "Um exem-plo que reforça nossa tese é a ocor-rência do solo mais fértil do Brasilcom reduzida produtividade mesmoquando irr igado. Apesar daelevadíssima fertilidade natural sãomuito pouco produtivos porque sãotambém salinos", termina.

Para mais informações sobre so-los e cana-de-açúcar, o pesquisadorHélio do Prado indica um livro es-crito por ele: "Pedologia Fácil - Apli-cações na Agricultura". A obra,publicada recentemente, pode seracessada nos sites www.fundag.bre www.pedologiafacil.com.br

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Avaliação da safracanavieira de outono

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Informações Técnicas

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Avaliação da safracanavieira de outono

Resultados e parâmetros de estimativa para 2007Maximiliano S. Scarpari*, Murilo A. Sandroni** e Glauber C. Pavan**

* Centro de Cana IAC, ** ESALQ/USP.

A competitividade atual doagronegócio canavieiro re-

mete-nos ao uso de modernas ferra-mentas de gerenciamento, as quaispermitem planejar de forma correta eprecisa todas as operações envolvi-das no canavial, desde as operaçõesde plantio até a entrega da cana naindústria. Para isso, a criação de esti-mativas confiáveis de produtividadeao longo de toda a safra é essencial.

Fazendo uma previsão de safra emescala menor para cada usina ou for-necedor que possua bom banco dedados e com os ambientes de produ-ção já classificados, o novo projetoPREVCLIMACANA IAC estima aprodutividade da safra toda já no seuinício. Estas estimativas de produti-vidade e maturação, já no início,norteiam muitas decisões degerenciadores principalmente quantoà época ideal de corte das áreas.

Foi observado que, na região deRibeirão Preto, entre os meses de ou-tubro de 2006 a meados de janeiro de2007 os índices pluviométricos fica-

ram acima da médiahistórica, com altanebulosidade e baixainsolação. Esses fa-tores associados re-duziram o ritmo decrescimento da cana-de-açúcar. Condi-ções climáticas ideaisesperadas para ocrescimento seriam:radiação solar inten-sa e precipitação bemdistribuída ao longodo período. Outroagravante está no déficit hídrico drás-tico que ocorreu entre os meses deabril a setembro de 2006 que afetou abrotação das socas, atrasando e pre-judicando o desenvolvimento da plan-ta.

Com este cenário climático bemdefinido, comparou-se a produtivida-de realizada da safra 2006/2007 com orealizado na safra em curso 2007/2008,usando modelos na estimativa da pro-dutividade. Os resultados mostram aprevisibilidade de queda da safra 2007/

Tabela 1. Comparativo entre safras 2006/2007 e 2007/2008 na região deRibeirão Preto.

PRODUTIVIDADE MEDIDA SAFRA 2006

Safra Corte anterior Corte atual TCH medidoOutono mai/05 mai/06 100,4Inverno ago/05 ago/06 100,5Primavera nov/05 nov/06 69,2

média 90,0

PRODUTIVIDADE ESTIMADA SAFRA 2007

Safra Corte anterior Corte atual TCH estimado % em relação safra 06Outono mai/06 mai/07 92,6 -8,4Inverno ago/06 ago/07 93,8 -7,1Primavera nov/06 nov/07 72,9 5,1

média 86,4 -3,5

08 em 3,5 % em produtividade (Tabela1), sendo a maior queda de 8,4 % já noinício da safra. Esta redução foi con-firmada pelos dados enviados por 9usinas na região de Ribeirão Preto.Outros locais do Estado de São Pau-lo, como a região de Catanduva e Oes-te Paulista, apresentaram a mesmatendência. Para melhor entendimentoda Tabela 1, expressou-se estes da-dos pela Figura 1.

Obviamente, a previsão de produ-tividade feita logo no inicio do mêsde janeiro para o final da safra geracerto grau de incerteza. Entretanto,esta estimativa pode ser utilizada comgrande acerto para o início da safracomo se confirmou com dados apre-sentados na Tabela 1. Uma re-estima-tiva pode ser realizada para minimizareventuais erros da previsão feita parao fim de safra. A previsão de produti-vidade efetuada para cada unidade oufornecedor e sob seu sigilo, guia todoo seu planejamento evitando surpre-sas indesejáveis ao longo da safra.Com a adesão de novos parceiros aoprojeto, conseguiremos abranger umamaior área no Estado de São Paulo, eessa representatividade melhora acalibração e a validação do modelo deestimativas.

Figura 1. Ajuste e representação gráfica dosdados obtidos da Tabela 1.

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Agende-seAgende-seAgende-seAgende-seAgende-seJulho e Agosto Julho e Agosto Julho e Agosto Julho e Agosto Julho e Agosto de de de de de 20072007200720072007

REUNIÕES TÉCNICAS DA CANAOESTEComeça a partir do dia 16 de julho, com o apoio da Bayer

CropScience e parceria de usinas da região, o ciclo de Reu-niões Técnicas da Canaoeste. Os encontros contarão compalestras ministradas pela Equipe Técnica da Canaoeste,funcionários das usinas parceiras e profissionais da BayerCropScience, sobre os seguintes temas: Situação e Pers-pectivas da Safra 2007/2008; Protocolo Agroambiental;Avisos Climatológicos; Tratos Culturais; e BAYER: Inova-ções Tecnológicas.

VEJA A PROGRAMAÇÃO:16/07 - Barretos17/07 - Viradouro18/07 - Colina19/07 - Severínia23/07 - Pitangueiras25/07 - Morro Agudo26/07 - Bebedouro30/07 - Sertãozinho01/08 - Pontal02/08 - Cravinhos

Para informações sobre os locais das reuniões entrarem contato com o respectivo escritório regional.

V AGRIFAM - FEIRA ESTADUAL DA AGRICULTURAFAMILIAR E DO TRABALHO RURAL

Data: 02 e 05 de agosto de 2007Local: ITETRESP - Instituto Técnico e Educacional para

Trabalhadores Rurais – Agudos – SPTemática: Feira Estadual com freqüência anual, que visa

contribuir na melhoria das condições do trabalho rural (agri-cultor familiar e assalariado rural)e aprimorar o agronegóciofamiliar na áreas de insumos, máquinas e equipamentos,crédito, tecnologia, capacitação e profissionalização, pro-movendo sua integração e proporcionando aos trabalha-dores rurais a oportunidade de expor e negociar os seusprodutos, especialmente os agro-industrializados.

Mais Informações: (11) 3826 - 8900

CONFERÊNCIA SOBRE EXPORTAÇÃO ECOMERCIALIZAÇÃO DE ETANOL

Data: 08 e 09 de agosto de 2007Local: Hotel Blue Tree Faria Lima - São Paulo - SP

Revista Canavieiros - Junho de 2007 3535353535

Temática: Análises do mercado mundial de etanol, no-vos destinos de exportação, transformação do etanol emuma commodity internacional, formação de preços, aspec-tos jurídicos do comércio exterior, alternativas de distribui-ção e infra-estrutura para exportação, gargalos logísticos esoluções como o álcoolduto proposto pela Petrobrás serãoalguns dos temas em pauta na conferência.

Mais Informações: (11) 3017-6808

4º ENCONTRO SOBRE A CULTURA DOAMENDOIM

Data: 23 e 24 de agosto de 2007Local: Centro de Convenções da FCAV/Unesp de

Jaboticabal - Jaboticabal - SPTemática: Apresentação do panorama brasileiro e mun-

dial e exposição de temas técnicos sobre esta cultura emcrescimento. Informações: www.funep.fcav.unesp.br

Mais Informações: (16) 3209-1300

6º CONGRESSO BRASILEIRO DEAGRIBUSINESS

Data: 27 e 28 de agosto de 2007Local: Hotel WTC - Av. das Nações Unidas, 12.559 -

São Paulo - SPTemática: O congresso é realizado pela Associação Bra-

sileira de Agribusiness (ABAG), com patrocínio da Abimaq,Anfavea, Banco do Brasil e apoio do Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento e Abag de Ribeirão Preto.Mais Informações: (11) 3285-3100

NEGÓCIOS AMBIENTAISSUSTENTÁVEIS 2007

Data: 29 de agosto a 01 de setembro de 2007Local: EXPOTRADE - Curitiba - PRTemática: A cada dia surgem novos sinais de que a

vida na Terra está em risco. Muito se fala, mas ainda épouco o que tem sido feito para salvar o planeta. Nossofuturo está em jogo e, se queremos deixar um planeta habi-tável para os nossos filhos e netos, é preciso agir agora.Assim, o objetivo do evento é fomentar os negócios naárea ambiental para que as soluções viáveis possam serimplantadas e a preservação do meio ambiente seja disse-minada.

Mais Informações: (44) 3031-3071

Revista Canavieiros - Julho de 20073636363636

Cultura

CultivandoCultivandoCultivandoCultivandoCultivandoa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua Portuguesaa Língua PortuguesaEsta coluna tem a intenção de maneiraEsta coluna tem a intenção de maneiraEsta coluna tem a intenção de maneiraEsta coluna tem a intenção de maneiraEsta coluna tem a intenção de maneiradidática, esclarecer algumas dúvidas adidática, esclarecer algumas dúvidas adidática, esclarecer algumas dúvidas adidática, esclarecer algumas dúvidas adidática, esclarecer algumas dúvidas arespeito do portuguêsrespeito do portuguêsrespeito do portuguêsrespeito do portuguêsrespeito do português

BibliotecaBibliotecaBibliotecaBibliotecaBiblioteca“GENERAL ÁLVARO

TAVARES CARMO”

Advogadae Prof.ª de Português e Inglês

Mestra—USP/RP,Especialista em Língua

Portuguesa, Consultora dePortuguês, MBA em Direito e

Gestão Educacional,Escreveu a Gramática

Português Sem Segredos(Ed. Madras)

com Miriam M. Grisolia

RENATA CARONE SBORGIA

ENERGIA DA CANA DE AÇÚCAR NO BRASIL

“Ambiente limpo não é o que mais se limpa e sim oque menos se suja”

Chico Xavier

“Experiência é o nome que damos aos nossos pró-prios erros”

Oscar Wilde

“Adoro as coisas simples.Elas são o último refúgio de um espírito complexo”

Oscar Wilde

PARA VOCÊ PENSAR:

1) “HAJA VISTO” os exemplos dos mais velhos são sempre inte-ressantes...

Ficarão mais interessantes com a correção do Português...Prezado amigo leitor, a expressão correta é HAJA VISTA.HAJA VISTA é uma locução invariável equivalente a “VEJA”.

2) Ele conquistou sua liberdade financeira “A MENOS DE” doisanos...

Será??? Dica útil: HÁ MENOS DE: o HÁ encerra idéia de passado e pode ser substitu-

ído por “FAZ”.Ex.: Ele conquistou sua liberdade há menos de (faz) dois anos.

A MENOS DE: indica distância, quantidade ou tempo futuro e NÃOpode ser substituído por FAZ.

Ex.: Encontrava-se a menos de cinco metros do carro.(indica dis-tância)

Falou a menos de 100 pessoas.(indica quantidade)Estava a menos de 2 anos da aposentadoria. (indica tempo futuro)

3) “A GROSSO MODO”, Pedro explicou a situação da empresa paraos funcionários.

E os funcionários não devem ter entendido a explicação!!!Por favor, prezado amigo leitor, o correto é GROSSO MODO.GROSSO MODO: significa de maneira grossa, aproximadamente,

genericamente.

Ex.: Grosso modo (genericamente), Pedro explicou a situação daempresa para os funcionários.

Isaias C. Macedo

O Brasil produziu 311 milhões de toneladasde cana em 1998 (25% da produção mundi-

al) em 5 milhões de ha, com concentração no Sudestee Nordeste (~60% em S. Paulo). Há 50 mil produtoresde cana e 308 unidades de processamento industrial,todas privadas, levando a 17.7 milhões de toneladasde açúcar e 13.7 milhões de m3 etanol por ano. Aindústria da cana no Brasil mantém o maior sistemade produção de energia comercial da biomassa, nomundo, através do etanol (substituindo cerca de 40%da gasolina) e do uso quase total do bagaço (equivalen-te a 11 milhões t de óleo) como combustível. A áreaocupada para a produção de etanol corresponde a 0.8%da terra própria para agricultura, no Brasil.

Depois de mais de vinte anos de uso em larga escalado etanol como combustível automotivo, o conheci-mento adquirido sobre os impactos ambientais, sociaise econômicos do sistema agro-industrial permite anali-sar com certa segurança o ciclo completo e a suasustentabilidade. Assim, o livro analisa aspectos como:Os balanços energéticos para o ciclo, e as relações entrecombustível fóssil utilizado e energia renovável resul-tante, mostrando as tendências e impactos de novastecnologias. Considerando a legislação atual (eliminan-do gradualmente a queima de cana no campo) são ava-liados os impactos na redução de poluentes atmosféri-cos nos próximos 12 anos; o aumento da disponibilida-de de biomassa para energia é base para estimativa deemissões evitadas de CO2, adicionalmente.

Macedo ainda trata de assuntos como a redução dapoluição local em centros urbanos e o uso de herbicidase pesticidas comparado com outros sistemas agrícolasimportantes no Brasil (soja e milho). Por último, olivro discorre sobre a geração de empregos (volume equalidade) é quantificada na sua evolução em dez anos,e tendências para os próximos anos. Os resultados jáobtidos e as possibilidades de melhoria indicam a gran-de evolução ocorrida, e o interesse em um esforçocontinuado para uma agro-indústria sustentável base-ada na cana de açúcar, com a produção simultânea dealimentos e energia.

Os interessados em conhecer as sugestões de lei-tura da Revista Canavieiros podem procurar a Bi-blioteca da Canaoeste, na Rua Augusto Zanini,nº1461 em Sertãozinho, ou pelo telefone (16)3946-3300 - Ramal 2016

Revista Canavieiros - Julho de 2007 3737373737

Repercutiu

“Apesar de os biocombustiveis produzidos com óleo de girassol estarem emalta, atualmente, o etanol fabricado a partir da cana-de-açucar no Brasil é oúnico com viabilidade econômica e que reduz claramente as emissões”.

O jornal espanhol El Mundo em reportagem publicada no dia 03 de julho.

“Temos que combater alguns mitos como aquele que diz que a bioenergiavai provocar fome no mundo e mostrar que essa é uma oportunidade nãoapenas para o Brasil, mas também para outros países tropicais, que estãoentre os mais pobres”.

Marcos Jank, presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) durante a coletiva de imprensa que anunciou sua posse no cargo.Ele disse ainda que a Unica vai abrir escritórios em Washington, Bruxelas ena Ásia para defender a abertura de mercados ao álcool brasileiro.

“A fome no país diminuiu nomesmo período em que aumentou o usodos biocombustíveis. O plantio da cana-

de-açúcar não comprometeu oudeslocou a produção de alimentos. Na

realidade, a cana ocupa menos de 10%da área cultivada do país, ou seja,

menos de 0,4% do território brasilei-ro. Essa área – é bom que se diga – ficamuito distante da Amazônia, região que

não se presta à cultura da cana”.

O presidente da República, LuizInácio Lula da Silva, na ConferênciaInternacional de Biocombustíveis em

Bruxelas. Ele destacou, ainda, aredução de 40% do consumo e

importação de combustíveis fósseisno Brasil com o uso do álcool de

cana-de-açúcar. Além disso, afirmouque o país evitou a emissão, desde

2003, de mais de 120 milhões detoneladas de carbono.

“O Brasil é importante pelo quenos pode vender e porque pode nos en-sinar como fazê-lo”.

O porta-voz europeu de Energia,Ferran Tarradellas antes da Conferên-cia Internacional de Biocombustíveisnos dias 6 e 7, em Bruxelas. A UniãoEuropéia estabeleceu que até 2020 osbiocombustíveis deverão representarpelo menos 10% de todo o combustí-vel consumido pelo setor de transpor-te europeu.

“Todos nós temos consciência de fecharmos arodada. Agora temos consciência também de queessa é uma oportunidade única de conseguirmosuma verdadeira redução dos subsídios agrícolas

e uma verdadeira ampliação no acesso aosmercados dos países ricos”

O ministro das Relações Exteriores,Celso Amorim, afirmando que o Brasil

será ambicioso na retomada de negocia-ções da Rodada de Doha com a União

Européia e Estados Unidos, em Lisboa,onde ocorre a primeira reunião entre chefes

de Estado e de Governo do Brasil e da UniãoEuropéia.

Revista Canavieiros - Julho de 2007

Revista Canavieiros - Julho de 20073838383838

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