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TECIDO CONJUNTIVO SSEO
Organizado na forma de um sistema denominado esqueltico, o tecido conjuntivo sseo
forma os ossos, que tem como funes bsicas o suporte, a proteo, o movimento, a reserva de
minerais e produo de clulas sanguneas.
O tecido sseo um tipo especial de tecido conjuntivo que, assim como os outros
tecidos conjuntivos, apresenta grande quantidade de matriz extracelular onde suas clulas ficam
imersas.
Matriz
A matriz dos tecidos sseos rica em fibras colgenas, glicoprotenas e minerais, sendo
que estes representam aproximadamente 50% do peso da matriz.
Os minerais presentes so, principalmente, os ons Fosfato (PO4) e o Clcio (Ca3), mas
tambm h a presena do o Magnsio (Mg +2
), do Potssio (K +), do Sdio (Na
+) e do
Bicarbonato; mas em pequenas quantidades.
As fibras colgenas representam aproximadamente 95% do contedo da parte orgnica
da matriz ssea e a substancia fundamental representa cerca de 5% e amorfa, contendo
mucopolissacardeos cidos e neutros associados s protenas, as glicoprotenas.
A rigidez caracterstica da matriz se deve principalmente ao fosfato de clcio e as fibras
colgenas. A matriz ainda no calcificada recebe o nome de Osteide ou pr-osso.
Clulas
Principalmente nos ossos longos encontramos, revestindo quase toda a sua superfcie
externa,exceto nas suas extremidades para evitar seu desgaste, pois nessas reas h o constante
atrito entre os ossos vizinhos, uma camada quase impermeabilizante denominada peristeo
(peri= periferia, osteo= osso); que formado por 2 camadas: a mais externa composta por
tecido conjuntivo denso com muitas fibras e a mais interna composta por muitas clulas
mesenquimatosas, que so clulas jovens que originam os osteoblastos. A menbrana conjuntiva
que reveste a superfcie interna dos ossos denominada endsteo, que semelhante ao
peristeo, mas sendo muito mais fino.
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Do peristeo e do endsteo partem os vasos sanguneos que percorrem os canais dos
ossos canais de Havers e canais de Volkman- e que nutrem todas as clulas sseas.
Osteoblasto (do grego osteon,=osso, e blastos= jovem) - clula jovem que sintetiza a parte
orgnica (as fibras colgenas e as glicoprotenas) da matriz ssea.
So clulas cbicas e esto dispostas lado-a-lado, com arranjo semelhante ao do epitlio
simples e possuem prolongamentos citoplasmticos que se prendem aos prolongamentos dos
osteoblastos vizinhos. Possuem retculo endoplasmtico glanular e complexo de Golgi bem
desenvolvidos e ncleo grande.
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Quando o osteoblasto aprisionado pela matriz recm-sintetizada, ele passa a ser
chamado de Ostecito.
Ostecitos (do grego osteon, osso, e kyton, clula) - situados em cavidades no interior dos ossos,
o Ostecito o nome dado ao Osteoblasto amadurecido, pronto, definitivo.
So osteoblastos com forma achatada, semelhantes a uma amndoa, pois retraem seus
prolongamentos citoplasmticos, e como a matriz ssea est rgida, formam finssimos canais
por onde passam gases e alimento para elas.
No seu citoplasma, os Ostecitos armazenam o fosfato de Clcio, servindo como
reserva para o corpo.
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Osteoclasto (do grego klastos, quebrar, destruir) - clulas gigantes multinucleadas que destri as
clulas lesadas/envelhecidas do tecido sseo, abrindo espao para a regenerao ssea.
So clulas grandes, esfricas contendo, normalmente, de 6 a 50 ncleos. Seu citoplasma
apresenta lisossomos bem desenvolvidos e em grande quantidade e so clulas mveis, mas que
frequentemente se situam nas depresses da matriz ssea, as denominadas Lacunas de Howship.
Obsevando um osso serrado longitudinalmente a olho nu, principalmente os ossos
longos, percebemos que ele formado por partes densas, sem cavidades visveis, e por partes
esponjosas que perecem diferentes, mas tm a mesma estrutura histolgica bsica.
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Dentro dos tecidos sseos esponjosos, ocupando os espaos, h a presena da medula
ssea que, analisando sua funo, classificada em dois tipos:
1. Medula ssea vermelha, Medula ssea hematgena, tecido mieloide ou
tecido hemocitopoitico.
Constituda por clulas fixas clulas macrofgicas e adiposas, que so clulas
reticulares primitivas - e clulas livres clulas sanguneas (eritrcitos,
granulcitos, moncitos e plaquetas, assim como seus precursores).
Sua principal funo a produo de glbulos sanguneos, armazenamento de
ferro e produo de clulas indiferenciadas que, levadas pelo sangue, vo se
estabelecer nos rgos linfoides e, atravs de mitoses sucessivas, vo originar
os linfcitos do sangue e da linfa.
Sua cor caracterstica devido presena de ferro, que armazenado na forma
de ferritina e hemossiderina no citoplasma das clulas reticulares primitivas, das
clulas de revestimento dos sisunides e macrfagos da medula ssea. A
ferritina a unio do ferro uma protena (apoferritina) e a hemossiderina, que
contm maior teor de ferro que a ferritina, um complexo heterogneo
contendo apoferritina e outras protenas, glicdios, lipdios e outras molculas.
Quando as clulas sanguneas atingem a maturao, as clulas sanguneas
formadas atravessam as paredes dos canais sinusides, canais formados pelas
fibras e clulas na medula, e caem no seu interior, sendo levadas pelo sangue ali
circulante para todo o corpo.
Est presente em grande quantidade nas crianas.
2. Medula ssea amarela
Constituda por grande numero de clulas adiposas, alguns macrfagos e clulas
reticulares primitivas.
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As clulas reticulares primitivas presentes so responsveis pelo aparecimento
das diversas clulas livres precursoras das clulas sanguneas, que quando esto
ativas, esse tecido se torna a medula ssea vermelha; assim logo conclumos
que a medula ssea amarela a medula ssea vermelha inativa, o que justifica o
fato de que as crianas (que seus tecidos esto em constante mitose e em
formao) possuem mais medula vermelha do que ssea se comparadas aos
adultos.
So responsveis pela reserva de nutrientes (devido riqueza de clulas
adiposas) e reserva de tecido hemocitopoitico (medula ssea vermelha).
Muitas vezes os limites entre as medulas amarelam e vermelha no so ntidos.
Os tecidos sseos ainda podem ser classificados em 2 tipos: o imaturo e o maduro; que
possuem as mesmas clulas, os mesmos componentes da matriz extracelular mas se diferem na
disposio da fibra colgena
I. Tecido sseo imaturo ou primrio
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As fibras colgenas formam feixes dispostos irregularmente, h menor
quantidade de matria inorgnica na sua matriz extracelular, e maior quantidade
de ostecitos se comparado ao tecido sseo compacto.
Cada osso, ao ser formado, possui esse tipo de tecido, por isso muito frequente
nas crianas.
II. Tecido sseo maduro, secundrio ou lamelar
As fibras colgenas formam feixes organizados em lamelas de 3 a 7 m de
espessura que se organizam de duas formas:
i. Paralelas umas s outras
ii. Dispostas em camadas concntricas em torno de canais com vasos,
formando os denominados Sistemas de Havers
Com o passar do tempo, o tecido sseo primrio substitudo gradativamente
pelo tecido sseo secundrio, por isso muito mais frequente nos adultos.
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Fraturas dos ossos e regenerao
Aps a quebra de um osso, sempre ocorre hemorragia local devido leso dos vasos
sanguneos ali presentes, h a quebra da matriz extracelular e morte das clulas sseas do local
fraturado. Logo aps isso, o peristeo e o endsteo prximos fratura proliferam intensamente
seus fibroblastos e formam um tecido que penetra entre as extremidades do osso fraturado,
envolvendo os pedaos quebrados e formando uma espcie de calo, denominada de calo sseo.
Simultaneamente, os osteoclastos iniciam a remoo das clulas sseas mortas e do cogulo
formado e o peristeo fornece novos osteoblastos que unem os pedaos quebrados e, aos
poucos, a estrutura ssea refeita e o calo sseo pouco remodelado, tanto que mesmo quando
a fratura consolidada, o calo permanece.
Alguns tipos de fraturas
1. Parcial- a fratura no osso incompleta
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2. Completa- o osso quebrado em 2 cotos
3. Exposta- o osso rompe a pele e fica exposto
4. Cominutiva- fratura em que o osso quebrado em vrios pedaos menores no local do
impacto entre 2 fragmentos maiores.
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5. Fratura em galho-verde fratura em que um lado do osso quebrado e o outro se
dobra; ocorrendo s em crianas.
6. Impactada- fratura em que um fragmento est firmemente preso dentro do outro.
7. Fratura por estresse- fratura parcial, resultante da incapacidade de suportar repetidos
esforos (conhecida como LER- leso por esforo repetitivo).
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8. Patolgica- fratura causada pelo enfraquecimento do osso causado por neoplasias,
osteomielite, osteoporose ou estomalcia.
Armazenamento de clcio
O tecido sseo o maior reservatrio de clcio e fosfato do corpo humano, pois cerca
de 99% desses elementos se encontram no esqueleto, na matriz extracelular. Nos casos de
necessidade de clcio para o organismo, h a sua transferncia para o sangue que o leva para o
local necessitado.
A transferncia do clcio pode estar envolvida em 2 mecanismos:
1) Remoo simples de ons clcio para a corrente sangunea
2) Ao do paratormnio, hormnio produzido pelas glndulas paratireoides (localizada na
regio dorsal da tireoide) que conduz a um aumento do numero de osteoclastos, com
consequente reabsoro ssea e elevao do teor de clcio no sangue.
Uma dieta pobre em protenas gera deficincia de sntese da matriz ssea orgnica e a
deficincia de vitamina D leva a uma deposio insuficiente de clcio no osso, j que essa
vitamina favorece a absoro de clcio no intestino delgado. Sua ausncia conduz ao
raquitismo e, consequentemente, a defeitos na confeco de matriz ssea.
Sistema esqueltico
O sistema sseo est diretamente relacionado ao sistema muscular, pois ambas so
responsveis pelo movimento do corpo e composto pelos ossos (formado pelo tecido
conjuntivo sseo) e pelas cartilagens (formada pelo tecido conjuntivo cartilaginoso).
Os ossos do sistema esqueltico se organizam formando o esqueleto; que composto
por aproximadamente 206 ossos, num adulto. Suas principais funes so de proteo das
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estruturas vitais do organismo, apoio para os rgos, base mecnica para os movimentos.
O esqueleto dividido em 2 pores: o esqueleto axial (composto pelos ossos da
cabea, pescoo e do tronco) e pelo esqueleto apendicular (composto pelos membros superiores
e inferiores) unidos por meio das cintura escapular e plvica
Tipos de ossos:
o Ossos longos
Visualmente percebemos que possuem o comprimento maior que a largura, so
constituda por um corpo e duas extremidades e so um pouco curvados, garantindo maior
resistncia impactos. Nos ossos longos, suas extremidades so denominadas epfises e so
esponjosas, com muitas fendas, e revestido com uma fina camada compacta. A parte cilndrica
do osso, denominada difise, vista a olho nu compacta, mas apresenta algumas microscpicas
fendas e, mais internamente, esponjosa delimitando o canal medular, por onde a medula ssea
percorre.
A leve curvatura caracterstica dos ossos longos permite ao osso absorver o impacto do
peso do corpo em vrios pontos, o que possibilita a melhor distribuio do peso corpreo. Os
ossos longos tm suas difises (parte central) formadas por tecido sseo compacto e apresentam
grande quantidade de tecido sseo esponjoso em suas epfises (extremidades).
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Ex: fmur (na perna).
o Ossos curtos
Tem aparncia semelhante de um cubo, pois seu comprimento praticamente igual
largura. So esponjosos em seu interior e revestidos por uma camada de tecido sseo compacta
em toda sua periferia.
Ex: ossos do carpo (na mo).
o Ossos chatos
So ossos planos e finos, caracterstica que os d a capacidade de proteo dos e grande
espao para os rgos que ele reveste.
So ossos finos compostos por 2 camadas de tecido sseo compacto separados por uma
camada de tecido sseo esponjoso; essas camadas so denominadas, na ordem de dentro para
fora, de tbua interna (tecido sseo compacto), dploe(tecido sseo esponjoso), tbua externa
(tecido sseo compacto).
Ex: ossos frontal e parietal (na cabea)
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o Ossos alongados
So ossos longos, achatados e estreitos que no apresentam canal central.
Ex: costelas (no tronco).
o Ossos pneumticos
So ossos com formato no geomtrico com muitas cavidades internas, onde, por
exemplo, nos ossos da face, se localizam os seios nasais. So ossos que apresentam pouco peso
em relao ao seu volume.
Ex: esfenode (na bacia).
o Ossos irregulares
So osso que apresentam formas complexas e sem nenhuma equivalncia em suas
medidas.
Ex: vrtebras (na coluna vertebral).
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o Ossos sesamides
So ossos que esto presentes no interior de alguns tendes onde h considervel
impacto mecnico, tenso e frico, como na planta dos ps e nas palmas das mos.
Ex: ossos encontrados na planta dos ps.
o Ossos suturais
So ossos pequenos encontrados dentro das articulaes e entre alguns ossos do crnio.