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SIMBOLOGIA ELÉTRICA Nos esquemas elétricos industriais é utilizada uma simbologia de letras, onde cada uma
indica um determinado tipo de equipamento. Porém alerto vocês que existem diversos
tipos de simbologia. Além da respectiva letra são colocados números junto às letras, por
exemplo K1, K2, K3 e assim por diante. Isso significa que K1 é a primeira contatora,
K2 a segunda, K3 a terceira, etc. Essa mesma regra vale para os outros equipamentos.
Na região onde trabalho é mais comum a seguinte simbologia:
B – botoeiras, chave fim-de-curso, chaves de comando em geral;
C – capacitores;
D – contator auxiliar, temporizadores;
F ou E – dispositivos de proteção (relés);
H – sinalizador sonoro;
L – sinalizador luminoso;
K ou C – contator principal;
M – motores;
N – retificadores e baterias;
R – resistências;
S – sensores;
T – transformadores e auto-transformadores.
CONTATOS ELÉTRICOS INDUSTRIAIS Neste post vou explicar um pouco como funciona a lógica das numerações de contatos
nos equipamentos elétricos industriais.
Basicamente existem dois tipos de contatos: Normalmente Aberto e Normalmente
Fechado. Existem siglas para determinar cada um deles: NA ou NO são as siglas para os
contatos Normalmente Abertos ou ainda, em inglês Normal Open. NF ou NC são as
siglas para os contatos Normalmente Fechados ou ainda, em inglês Normal Close.
Um contato NA tem como posição de repouso aberto, quando ele atua vai trocar de
posição fechando o contato e assim que ele volta a para a posição de repouso ele voltará
a ficar aberto.
Um contato NF tem como posição de repouso fechado quando ele atua vai trocar de
posição abrindo o contato e assim que ele volta para a posição de repouso ele voltará a
ficar fechado.
Existem ainda os contatos chamados duplos, ou seja, eles possuem uma entrada comum,
mas duas saídas onde uma será a saída NA e a outra a saída NF. Este tipo é mais
comum em temporizadores e elementos de proteção.
Além desta codificação de NA e NF os contatos possuem uma lógica numérica com
dois dígitos, por exemplo: 21/22, 31/32, 43/44, 53/54, etc. Pegando o 21/22 como
exemplo: o último número 1 e 2 indica que o contato é NF, já o primeiro número que é
igual na entrada e na saída (2) indica que é o segundo contato do elemento. Já o contato
43/44 é um contato NA pois tem final 3 e 4, já o número 4 como primeiro algarismo
significa que este é o quarto contato do elemento.
Numeração com final 1 e 2 ou ainda 5 e 6 são indicadores de contatos NF (normalmente
fechados). A numeração final 1 e 2 é comum em contatoras e contatoras auxiliares, já a
numeração 5 e 6 é comum em relés e temporizadores.
Numeração com final 3 e 4 ou ainda 7 e 8 são indicadores de contatos NA
(normalmente abertos). A numeração final 3 e 4 é comum em contatoras e contatoras
auxiliares, já a numeração 7 e 8 é comum em relés e temporizadores.
O primeiro número em um contato serve para indicar se ele é o primeiro, o segundo ou
seja lá qual for a ordem dos contatos. Geralmente não tem tanta importância como a
indicação de NA ou NF que deve ser obedecida à risca. Se você tiver um esquema
aonde diz para ligar no 83/84 e você tiver um 43/44 disponível no mesmo equipamento
não terá problema algum de você utilizar o 43/44.
O importante quando se está efetuando a montagem de um painel elétrico é não repetir
um contato. O que quero dizer com isso é que se um contato já foi utilizado uma vez em
um circuito, ele não deve ser utilizado novamente para outra função.
Contatos duplos como por exemplo 15/16/18 significa que entre os bornes 15/16 este
contato é NF e entre o 15/18 este contato é NA. Tenha cuidado com este tipo de contato,
ele somente deve ser utilizado da forma que foi descrita nos esquemas elétricos pois
geralmente são contatos de equipamentos específicos que fazem funções específicas e
não genéricas como contatoras.
PARTIDA SÉRIE/PARALELO Antes de explicar este tipo de partida, gostaria de agradecer aos meus leitores. Em
dezembro fiz um post para demonstrar a insatisfação com um comentário infeliz de um
leitor e hoje preciso fazer o inverso. Obrigado amigos leitores, que bom que posso
ajudá-los em suas dúvidas. Com comentários e mas de 200 acessos por dia fico cada dia
com mais ânimo de fazer o Quadro Elétrico crescer.
Este post faço para ajudar o amigo Ekap02 que está querendo ligar um motor de 12
terminais com tensões de placa 220/380/440/760V. A tensão da rede dele é 380V entre
fases. O esquema a se utilizar é o que chamamos de partida Série/Paralelo. Este sistema
é possível para motores de 9 e/ou 12 terminais. Divide-se em dois tipos: série-paralelo
triângulo (onde o triângulo é para partida em 440V e o duplo triângulo para rotação
nominal a 220V), aplicável às redes de 220 V, e série-paralelo estrela (onde o estrela é
para partida em 760V e o duplo estrela é para rotação nominal a 380V), para redes de
380 V.
Os esquemas são os da figura a seguir (aplicáveis tanto para motores de 9 quanto de 12
terminais):
A partida do motor é feita com as bobinas conectadas em série, fazendo com que tensão
se divida entre elas. Depois que o motor atinge rotação nominal, faz-se a troca as
ligações para paralelo, recebendo, assim, cada bobina a tensão total. A corrente de
partida fica reduzida em quatro vezes, e o mesmo acontece com o conjugado e a
potência. Assim, é extremamente recomendado fazer a partida a vazio e somente em
máquinas com baixo conjugado resistente de partida.
Para fazer este sistema de partida podemos utilizar uma chave manual estrela/duplo
estrela (caso do Ekap02) ou uma chave manual triângulo/duplo triângulo ou podemos
fazer um sistema de partida com contatoras conforme a figura a seguir.
Esta figura mostra o esquema para Partida Série/Paralelo Estrela/Duplo Estrela se
reversão (Ekap02 pode utilizar este também):
No momento da partida ligarão as contatoras K1 e K3 (fechamento em estrela) no
esquema de força, D1 contará um tempo e depois acionarão as contatoras K1, K2 e K4
(fechamento em duplo estrela).
PARTIDA DIRETA E DIRETA COM REVERSÃO A partida direta consiste em energizar o motor com a tensão de
funcionamento desde o instante inicial. É o sistema mais simples, fácil e barato de instalar, sendo também aquele que oferece o maior conjugado de partida do motor. Porém, neste sistema, a corrente de partida do motor é grande, fato que impossibilita sua aplicação com motores de potência muito elevada. Existem limites de potência para cada tensão de rede, conforme determinação da concessionária local, sendo na maioria dos casos de 5 CV nas redes de 220/127 V e de 7,5 CV nas redes de 380/220 V.
PARTIDA DIRETA SEM REVERSÃO
No esquema abaixo está um exemplo de partida direta sem reversão. F1, F2 e F3 são os fusíveis, K1 a contatora que alimentará o motor e F4 o relé térmico. No esquema de comando B0 desliga o motor e B1 liga. Ao pressionar B1 alimentará a bobina de K1 que trocará seus contatos de lugar fechando assim o contato 13/14 selando o motor na posição ligado. Ao pressionar B0 se desliga o motor. Para qualquer sobrecarga o contato 95/96 do relé abrirá desligando o motor.
PARTIDA DIRETA COM REVERSÃO
No esquema abaixo temos uma partida direta com reversão comum.
Temos duas contatoras, uma para cada sentido de rotação do motor, a reversão está na inversão de duas fases na saída dos contatos de força de K1 e K2.
Temos duas botoeiras de acionamento B1 e B2. Ao pressionar B1
energiza a bobina de K1 que selará pelo contato 13/14 de K1 que fechará e abrirá o contato 21/22 de K1 para não permitir a energização de K2 (intertravamento). Para se conseguir fazer a reversão é necessário desligar o motor por B0. Ao pressionar B2 energizará a bobina de K2 que selará pelo contato 13/14 de K2 e abrirá o contato 21/22 de K2 para não permitir a energização de K1 ao mesmo tempo (intertravaemento). B0 desliga o circuito.