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Senhor Horizontal e senhora Vertical
Noémie RévahIlustrações Olimpia ZagnoliTradução Adilson MiguelNível leitor a partir de 6 anosAnos escolares 1º - 2º anos56 páginas
a autora Noémie Révah nasceu na França, em 1976. Diplomada pelas escolas de Belas-Artes e Artes Deco-rativas de Paris, trabalhou no Centro Pompidou e no Museu de Arte e História do Judaísmo antes de tornar--se editora de livros da Michel Lagarde. Senhor Hori-zontal e senhora Vertical é sua primeira obra infantil.
a ilustradora Olimpia Zagnoli nasceu no norte daItália, em 1984. Adepta de um estilo gráfico de inspi-ração retrô, já expôs e publicou em diversos lugaresda Europa e nos Estados Unidos. Além de ilustrarlivros, colabora com revistas e jornais como The NewYork Times, The New Yorker, Télérama, Psychologies, The Washington Post e The Boston Globe. Entre seusclientes estão o Google e a editora de arte Taschen.
TEMAS Família / Geometria / Preferências / Corpo / Identidade
o livro Tendo como protagonista um simpático casal
geométrico, este álbum conceitual e lúdico explora as
preferências individuais para falar das possibilidades
de convívio na diversidade.
O senhor Horizontal, mais “pé no chão”, ama as
linhas retas. Gosta de tudo o que desliza na água ou no
asfalto, tem prazer em observar filas indianas e sonha
com caminhadas no deserto. Já a senhora Vertical, mais
aventureira, tem paixão pelo ar e por tudo o que sobe e
desce. Adora acrobacias e coleciona escadas de todo tipo.
Com design arrojado e paleta contrastante de cores,
Senhor Horizontal e senhora Vertical apresenta noções
básicas de geometria e senso de orientação espacial, ao
mesmo tempo que explora poeticamente temas mais amplos
e subjetivos, como traços de personalidade, identidade,
convivência, vínculos de parentesco e descendência.
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OBRA EM CONTEXTO
o s g o s to s d e ca da u m
Senhor Horizontal e senhora Vertical é um livro praticamente
todo construído sobre a caracterização dos personagens. Em
textos e ilustrações que interagem organicamente, os protago-
nistas vão sendo mostrados a partir de suas preferências, que
são opostas e complementares ao mesmo tempo.
Com uma breve frase introdutória — “Este é o senhor
Horizontal” —, o primeiro personagem é apresentado em
um retrato esquemático, porém significativo, de sua principal
característica, a horizontalidade, ressaltada pelas listras de sua
blusa. O mesmo acontece na dupla de páginas seguinte, em
que a senhora Vertical aparece com os braços bem esticados ao
lado cabeça, lembrando a letra V, com destaque para as listras
verticais de sua roupa.
caracterização
de personagensNo caso da literatura infantil, especialmente a voltada para leitores iniciantes e em processo, a caracterização de personagens tem papel crucial não só para despertar nas crianças o interesse pela narrativa, mas também para trazer novas significações às vivências e aos relacionamentos pessoais. A identificação com os personagens, mesmo que temporária, propicia ao pequeno leitor ver-se ou colocar-se no lugar do outro, ampliando sua capacidade de compreensão e levando-o a exercitar a empatia, base da socialização.
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Depois, vêm as preferências de cada um deles. Página a página,
vai ficando cada vez mais claro como texto e ilustrações interagem
e se complementam na construção da psicologia dos personagens.
“O senhor Horizontal ama as coisas que deslizam. Para ele, é uma
alegria bailar na pista de patinação. Seu sonho é tornar-se um
grande patinador artístico”, e, na respectiva imagem, os rastros da
patinação no gelo “deslizam” de uma página à outra. “A senhora
Vertical adora saltar, entrar em órbita e fazer acrobacias. Ela gosta
de se lançar no ar, como uma pulga ou um canguru”, e a ilustração
mostra a personagem de ponta-cabeça, saltando, movimento que é
indicado pelas linhas bem retas ultrapassando os limites da página.
As atividades praticadas pelo senhor Horizontal, assim como
seu temperamento, são indicadas por movimentos que o tempo
todo fazem alusão à horizontalidade: além de deslizar em pista
plana, ele aprecia, por exemplo, boiar no mar e ir em frente,
andando de moto, bicicleta e qualquer veículo com rodas. A
senhora Vertical, por sua vez, gosta, entre outras coisas, de su-
bir escadas e lançar-se do alto de um penhasco pendurada por
um elástico, além de ser fascinada por foguetes e arranha-céus,
atributos que sugerem seu gosto pelo movimento vertical.
Portanto, o tempo todo o “jeito de ser” dos personagens,
descrito poeticamente no texto, dialoga com os conceitos de
horizontal e vertical representados nas ilustrações, tendo como
efeito belas metáforas de liberdade. É interessante notar que a
autora não utiliza adjetivos para descrever os personagens. Em
uma linguagem bastante concreta, típica da infância, o casal
vai sendo delineado com base em suas ações: o senhor Hori-
zontal, mais contemplativo e perseverante, gosta de observar
o deserto, boiar no mar, cultivar sementes e ver as ilhas surgir
no horizonte, enquanto a senhora Vertical, com seu espírito
ousado, procura emoções fortes no circo, subindo em árvores
ou viajando em um foguete.
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Nessa mesma linha, as ilustrações enfatizam as características
essenciais de cada membro do casal, mostrando-os praticamen-
te da mesma forma como foram apresentados no início (em
termos de vestuário e gestos). Também ressaltam suas ações,
dispondo-os em grandes fundos chapados, de cores vibrantes
e matriz reduzida de cores, que dão ao leitor a sensação de fa-
miliaridade, amplitude, liberdade e movimento. Além disso, os
cenários contêm pouquíssimos elementos, apenas os essenciais
para contextualizar o divertido jogo de preferências do senhor
Horizontal e da senhora Vertical.
Essa representação espacial, de estilo minimalista, amplia,
em conjunto com o texto estruturalmente simples, mas pleno
de metáforas subjetivas, os sentidos da narrativa e convida à
imaginação. Daí a importância de propor aos alunos atividades
relacionadas à leitura de imagens.
c h av e s d o p e rt e n c i m e n to
Além dos aspectos ligados à caracterização dos personagens,
Senhor Horizontal e senhora Vertical evidencia as diferenças,
valorizando-as. De modo acessível às crianças, mostra como
temperamentos distintos podem ser complementares, sugerindo
a possibilidade de convivência harmoniosa entre pessoas com
interesses e gostos diferentes. Com isso, abre caminho para
reflexões sobre diversidade e a maneira como ela enriquece as
relações — não apenas entre pares, mas também nos âmbitos
da família e da escola.
Depois de bem demarcadas as diferenças (sob a forma de
preferências individuais) e de ressaltadas as possibilidades de con-
vívio na diversidade, a autora lança a pergunta final: “Do que será
que o filho deles gosta?”. A ilustração que a acompanha — uma
criança de mãos dadas com o casal, vestindo camisa xadrez — é
uma metáfora bastante expressiva de como nossas características
(físicas ou subjetivas) são produtos de referências (genéticas ou
culturais) que nos antecedem e sofrem modulação do ambiente
e do convívio familiar e social.
Nesse final provocativo, que convida o leitor à participação
ativa, entram em jogo também as noções referentes ao perten-
cimento e à constituição familiar (descendência e vínculos de
parentesco), aspectos igualmente sugeridos na obra, que vale a
pena trabalhar em sala de aula.
leitura de imagensNa maioria das vezes, o primeiro contato das crianças com uma obra ilustrada se dá pela leitura das imagens, antes da leitura do próprio texto. Por esse motivo, é importante o incentivo à análise e ao questionamento, para que as crianças fundamentem suas interpretações e apreciem diferentes manifestações visuais.
Como se sabe, as ilustrações têm papel fundamental na literatura infantil, especialmente para leitores iniciantes e em processo. Em álbuns como Senhor Horizontal e senhora Vertical, mais do que contextualizar a narrativa, elas a complementam, constituindo uma segunda narrativa. Em alguns casos, podem também trazer chaves para a interpretação do texto, estimular reflexões ou até mesmo substituir as palavras.
Portanto, apontar detalhes das imagens chamando a atenção das crianças para as cores, o estilo e a maneira como dialogam com o texto verbal é uma ótima maneira de impulsionar sua visão crítica e apurar seu olhar estético.
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NA SALA DE AULA
a n t e s da l e i t u r a
1 Peça aos alunos que observem a capa e a quarta capa e le-
vantem hipóteses para as seguintes perguntas:
• O que é vertical? E horizontal?
• Quem será o senhor Horizontal? E a senhora Vertical?
• Vocês acham que eles se conhecem?
• Como estão os braços de cada personagem?
• As roupas deles são parecidas?
• Do que será que cada um deles gosta?
2 Leia para os alunos o texto da quarta capa e relembre-os
rapidamente das hipóteses que levantaram, verificando se
alguma se aproximou do que foi lido.
d e p o i s da l e i t u r a
1 Retome com os alunos as características de cada personagem,
valorizando suas diferenças:
• Do que o senhor Horizontal gosta? E a senhora Vertical?
• Quais as diferenças entre eles? E as semelhanças?
• Para concluir, pergunte qual personagem faz as ativida-
des mais interessantes, na opinião deles, pedindo que as
exemplifiquem.
2 Solicite aos alunos que formem pares e escolham atividades
bastante diferentes de cada personagem — por exemplo, en-
quanto ele “sabe tudo de ioga”, ela “procura emoções fortes”.
Escreva na lousa os pares que mostrem bem a oposição de
preferências. Em seguida, estimule a turma a discutir sobre
o fato de o senhor Horizontal e a senhora Vertical terem
gostos diversos mesmo sendo um casal.
Pergunte, então, se têm algum amigo que gosta de algo que
eles não gostam (uma brincadeira, um esporte, uma comida,
um programa de televisão...) e como decidem o que fazer
quando cada um quer uma coisa. Escute todas as alternativas
dadas pelos alunos para solucionar o impasse, valorizando as
que envolvam respeito e diálogo. Por exemplo: estipular um
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tempo para cada brincadeira ou programa de televisão, assim
poderão fazer tudo; tirar na sorte o que farão; conversar sobre
todas as opções que têm para escolherem uma coisa com a
qual ambos concordem; marcar quem decidiu a última coisa
a fazer para que na próxima vez seja o outro.
Para concluir, proponha a seguinte reflexão:
• As pessoas com quem convivemos gostam das mesmas
coisas que nós?
• Como seria se todo mundo gostasse das mesmas coisas?
• E se fôssemos todos iguais?
• Por que as pessoas não gostam das mesmas coisas?
3 Para abordar o tema da família, mostre aos alunos, no final
do livro, a foto de René Maltête, que inspirou a história de
Senhor Horizontal e senhora Vertical. Peça-lhes que identifi-
quem as semelhanças entre a foto e a obra que acabaram de
ler. Eles certamente apontarão as listras horizontais na blusa
do homem, as verticais na da mulher e o quadriculado na do
menino. Incentive todos a falar para que possam explorar os
detalhes da foto com mais profundidade, segundo o roteiro
a seguir:
• Onde eles estão?
• Por que o menino não está vestindo calça comprida?
• O que os três estão fazendo?
• O que fazem as outras pessoas que aparecem na foto?
• O que serão as barracas montadas?
• Vocês acham que o homem, a mulher e a criança são uma
família? Por quê?
• A foto é recente?
Proponha que os alunos se dividam em grupos de quatro
para responder à pergunta: “O que é uma família?”. Aproveite
para explicar o que são famílias natural, extensa e substituta.
Aqueça a discussão dos grupos com as seguintes perguntas:
O que define uma família?
• Por que as pessoas precisam de uma família?
• Que tipos de família existem?
• Qual a importância da família para cada um de vocês?
• O que vocês gostam de fazer quando estão com seus familiares?
famílias natural, extensa e substitutaCriado em 1990 com o objetivo de proteger a criança e o adolescente, o Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) define a família segundo trêsmodelos: natural, formada pelos paise descendentes; extensa ou ampliada,que vai além dos pais, composta porparentes próximos com os quais acriança ou o adolescente tem vínculosde afetividade e afinidade; e substituta,que substitui a família natural ou aextensa por meio de guarda, tutelaou adoção.
Para saber mais, acesse o ECA: <http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/camara/estatuto_crianca_adolescente_9ed.pdf>. Acesso em: out. 215.
© R
ené
Mal
tête
/Rap
ho
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Distribua cartolina e canetinhas coloridas entre os grupos
para que representem o conceito de família, em desenho ou
texto. Em seguida, peça que cada grupo apresente seu cartaz
aos outros.
Se achar pertinente, leia o trecho da canção “Não perca as
crianças de vista”, do grupo O Rappa, para ampliar a conversa:
“Família, um sonho ter uma família / Família, um sonho de
todo dia / Família é quem você escolhe pra viver / Família é
quem você escolhe pra você / Não precisa ter conta sanguínea /
É preciso ter sempre um pouco mais de sintonia”.
Ao final, deixe os cartazes expostos no mural.
4 Com o objetivo explorar as diferenças e os aspectos geo-
métricos do livro, proponha uma atividade de observação
das ilustrações com foco nos movimentos característicos
de cada personagem.
Para isso, peça aos alunos que dividam a lápis uma folha de
sulfite ao meio e nomeiem uma metade como Senhor Hori-
zontal e a outra como Senhora Vertical.
Oriente-os a identificar no livro, página a página, os movi-
mentos dos personagens que mais lhe chamaram a atenção,
reproduzindo seus traçados.
A ideia é que todos traços escolhidos sejam desenhados
na mesma folha, na parte correspondente a cada membro do
casal, sem tirar a ponta do lápis do papel.
Veja o modelo:
Conclua a atividade comparando os diferentes registros
de cada personagem feitos pelos alunos.
Senhor Horizontal Senhora Vertical
Para saber mais
Para o aluno
• HOFFMAN, Mary; ASQUITH, Ros.Bem-vindo à família! São Paulo: EdiçõesSM, 2014. Com muito bom humor, a obramostra como as famílias se constituem(por reprodução natural ou assistida, poradoção, por fusão de famílias etc.) e deque forma são diversas umas das outras.
• MARTINS, Isabel Minhós. Pê de pai.São Paulo: Cosac Naify, 2009. Comilustrações de cores vivas e texto plenode metáforas, o livro mostra as diversasformas que um pai assume para agradarao filho: de avião a esconderijo, de motora cofre e assim por diante.
• MONTI, Toni. Três coisas que eu gosto.São Paulo: Edições SM, 2013. Por meiode uma lista tríplice de coisas favoritas,o narrador brincalhão tira conclusõesinusitadas sobre a amizade, os encontrose o poder da linguagem.
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5 Como exposto anteriormente, Senhor Horizontal e senhora
Vertical é um ótimo exemplo de imagens como forma de
expressão. Por meio das ilustrações, o livro transmite ao leitor
características de cada personagem de maneira divertida,
bem-humorada e inteligente, valendo-se de poucos traços,
cores marcantes e pequenas interferências que fazem toda
a diferença para o deleite da leitura.
Atividades simples, como as descritas a seguir, vão estimular
o desenvolvimento visual, aumentar a percepção do espaço e
trabalhar outra forma de expressão que não a oral, indo além
do “desenho livre” ou da mera reprodução de elementos da
história, por exemplo. Desse modo, proponha semanalmente:
Desenho de memória
Solicite aos alunos que desenhem algo que já tenham visto,
como uma bicicleta, utilizando apenas a memória.
Desenho de observação
Coloque um objeto na sala de aula e peça que o desenhem,
prestando atenção à simetria, à proporção e à distância.
Desenho de imaginação
Proponha algo que instigue a imaginação. Por exemplo,
questione como seria a casa de determinado personagem de
uma história que eles conheçam.
Desenho de experimentação
Sugira que desenhem com o apoio de outros objetos (arame,
fita crepe etc.) e em suportes variados (na areia, na terra, com
pincel e água no chão do pátio, com uma lanterna no escuro...).
6 Finalmente, chegou o momento de refletir com a turma
sobre os gostos do filho de duas pessoas tão distintas. Para
isso, mostre a última imagem da história e pergunte:
• Quem está segurando as mãos do garoto?
• Como é a blusa dele? É diferente da blusa da senhora Ver-
tical e da do senhor Horizontal? Por que tem esse formato?
• Do que será que o filho gosta? De algo bem diferente do
que gostam os pais ou será uma mistura entre os gostos do
pai, os da mãe e os dele mesmo?
Para o professor
• BRASIL. Ministério da Educação.Construção da autoimagem. Portal doProfessor. Plano de aula para EducaçãoInfantil, com atividades que visam aconstrução de um autoconceito positivo:descrever a si mesmo, pensar em si, falarsobre o que gosta de fazer, de comer etc.Disponível em: <http://portaldopro-fessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18429>. Acesso em: out. 2015.
• MAZZAMATI, Suca M. Ensino de dese-nho nos anos iniciais do Ensino Fundamen-tal: reflexões e propostas metodológicas.São Paulo: Edições SM, 2012. Livro adota-do pelo PNBE do professor em 2013 queaborda os diversos ângulos do desenhoinfantil em sala de aula. Em complemento,veja também relato de curso sobre o temapromovido pela autora em: <http://veracruz.edu.br/doc/ise/ise_prof_suca_mazzama-ti_curso_cevec.pdf>. Acesso em: out. 2015.
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elaboração do guia Catarina Cavallari (pedagoga formada pela PUC-SP, lecionou por dez anos no Ensino Fundamental 1 e hoje desenvolve materiais de apoio ao professor); edição Graziela R. S. Costa Pinto; preparação Marcia Menin; revisão Carla Mello Moreira.
Agora, explore com os alunos as páginas anteriores do livro.
Ressalte como a ilustradora usou o tempo todo as três cores
básicas no fundo (vermelho, amarelo e azul), provocando sen-
sação de amplitude espacial, como as roupas dos personagens
não se alteram ao longo do livro, o que os torna rapidamente
identificáveis, e como os traços e os detalhes (formigas no
chão, desenhos grandes e pequenos com páginas “limpas”)
reforçam ou ampliam os sentidos do texto.
Proponha, então, que desenhem o menino seguindo
a mesma linha do livro. Para isso, sugira que mantenham a
roupa quadriculada, escolham uma cor única para pintar o
fundo da página e desenhem algo que ficará em destaque,
um elemento representativo do que eles criarão.
A ideia é que, seguindo essa estrutura, eles façam várias
páginas tendo o menino como personagem. Será divertido!