Download - Semana da Infância 2012 - Vamos à Piscina
À terça-feira, vamos à piscina municipal da AzueiraEsta atividade, dinamizada no âmbito da parceria entre as salas do Jardim
de Infância e a Associação de Pais e Encarregados de Educação da EB1/JI
de S. Miguel, nasceu da evidência de que o espaço de adequação ao meio
aquático é uma estratégia fundamental para o desenvolvimento integrado e
holístico da criança e, com o apoio da Câmara Municipal de Mafra, tornou-
se possível após um espaço de preparação e análise detalhada das
condições necessárias e existentes.
Findo o primeiro semestre de atividade, tornou-se evidente, quer no espaço
de avaliação individual, quer no espaço de avaliação global, os efeitos
notórios no crescimento e no desenvolvimento de competências das
crianças que frequentam a atividade.
IMPORTÂNCIA DE UMA BOA ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO
Entende-se por adaptação ao meio aquático, “o processo que envolve a
iniciação à natação, recorrendo ao domínio do corpo na água, com base nos
objetivos de cinco domínios: equilíbrio, respiração, imersão, propulsão e salto”
(Campaniço, 1988).
A natação favorece a tomada de consciência do aluno em relação a si, ao
meio, ao grupo e à sociedade, contribuindo no seu desenvolvimento e
favorecendo o desenvolvimento de todas as suas aptidões.
A natação dá-nos a possibilidade de, utilizando a água, desencadearmos na
criança uma nova vivência que irá provocar novas capacidades de adaptação.
O meio aquático cria novas sensações, modifica o equilíbrio abrindo um largo
campo de experiências à capacidade motora sob o efeito de uma certa
ausência de gravidade.
O equilíbrio, a respiração e a propulsão são as componentes básicas inerentes
ao ato de nadar e cujo domínio é necessário para garantir um comportamento
ajustado na água.
“Saber nomear e utilizar diferentes equipamentos e utensílios, utilizar
objetos para construir novas formas, reconhecer e nomear diferentes cores,
sensações e sentimentos…” (OCEPE, p.81)
“Descobrimos que afinal existem
brinquedos que podemos utilizar na
piscina para brincar, jogar e criar, assim
como fazer experiências na sala”
“Há, por exemplo, conteúdos relativos à biologia, conhecimento dos órgãos
do corpo, dos animais, do seu habitat e costumes, plantas, etc., e ainda a
experiências da física e da química (luz, ar, água, etc.) que podem ser
realizadas por crianças em idade pré-escolar…” (OCEPE, p.81)
“Através da orientação no espaço,
onde nos encontramos, aprendemos a
orientar-nos no nosso corpo”
“Brincar com a água, encher e esvaziar recipientes pode ser, por
exemplo, um meio de compreender que o ar ocupa espaço, experimentar o
princípio dos vasos comunicantes, questionar porque há objetos que
flutuam e outros que vão ao fundo…” (OCEPE, p.81)
“Por sermos curiosos, descobrimos
que nem só os materiais que
experimentámos são leves ou pesados.
Quando estamos dentro da água também nós
ficamos leves e flutuamos”
“Estão também neste caso a geografia que pode alargar-se para além do
meio imediato, ou aprofundar-se e diversificar-se a partir dele…”
(OCEPE, p.82)
“Ao entrarmos no autocarro estamos a partir à
descoberta. Pomos o cinto de segurança e aí vamos
nós!Mas caminhar também nos
leva a explorar outros sítios e outros meios.”
“Assim, a partir de uma situação ou problema, as crianças terão
oportunidade de propor explicações e confrontar as suas perspetivas da
realidade…” (OCEPE, p.82)
“Ao ouvirmos contar uma história, a
nossa imaginação voa…
Mas é tão giro ver que há histórias que
falam da nossa vida.”
“O Conhecimento do Mundo deverá mobilizar e enriquecer os diferentes
domínios de Expressão e Comunicação (…), a linguagem e a matemática;
implica também o desenvolvimento de atitudes de relação com os outros, de
cuidado consigo próprio, de respeito pelo ambiente e pela cultura que
também se relacionam com a área de Formação Pessoal e Social…”
(OCEPE, p.83)
“A jogar com as palavras, os gestos, os traços, as tintas e
os borrões para recriar as nossas experiências na
água, interessamo-nos pelo mundo que nos
cerca, criando, explorando transformando e
respeitando-o.”
“Assim, a educação para a saúde e higiene fazem parte do dia a dia do
jardim de infância, onde a criança terá oportunidade de cuidar da sua
higiene e saúde…” (OCEPE, p.84)
“Aprendemos a despir-nos e a vestir-nos e que
existem regras que devem ser
cumpridas, como passar o corpo na água antes e depois de irmos
para a piscina, ou não correr…”
“O tratamento da área do Conhecimento do Mundo não visa promover um
saber enciclopédico, mas proporcionar aprendizagens pertinentes com
significado para as crianças que podem não estar obrigatoriamente
relacionadas com a experiência imediata…” (OCEPE, p.85)
“E nós a pensar que os berlindes serviam só
para jogar……afinal também
pintamos com eles e fazemos experiências que nos mostram que
os líquidos e os sólidos são diferentes.”
ME (1997) Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Editorial do
Ministério da Educação, Lisboa.
Silva, A. & Campaniço, J. (1988) Prontidão aquática. I Seminário da Natação. UTAD, Vila
Real, pp 11-130.
Obrigado!Os educadores de Infância.
Irene Carreto
Henrique Santos
Filomena Andrade