Federação das Indústrias do Estado da BahiaDiretoria Executiva / SDI - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
Relatório de Infraestrutura é uma publicação mensal da Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), produzida pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI).
Presidente: José de F. Mascarenhas
Diretor Executivo: Alexandre Beduschi
Superintendente: João Marcelo Alves (Economista, Mestre em Administração pela UFBA/ISEG-UTL, Especialista em Finanças Corporativas pela New York University)
Equipe Técnica: Marcus Emerson Verhine (Mestre em Economia e Finanças pela Universidade da Califórnia)
Ricardo Menezes Kawabe (Mestre em Administração Pública pela UFBA)
Carlos Danilo Peres Almeida (Mestre em Economia pela UFBA)
Everaldo Guedes (Bacharel em Ciências Estatísticas – ESEB)
Layout e Diagramação: SCI - Superintendência de Comunicação Institucional
Data de Fechamento: 26 de março de 2013
Críticas e sugestões serão bem recebidas.
Endereço Internet: http://www.fieb.org.br
E-mail: [email protected]
Reprodução permitida, desde que citada a fonte.
SUMÁRIO
Pág.
DESTAQUES DO MÊS 3
1. ENERGIA ELÉTRICA 7
2. PETRÓLEO E GÁS 10
3. LOGÍSTICA 15
4. ANEXOS 19
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 3
DESTAQUES DO MÊS
Governo vai testar novo modelo de ferrovias: Valec colocou à venda possibilidade de
transportar carga em linha da Bahia
O governo colocou à venda a possibilidade de transportar carga pela Ferrovia Oeste-Leste, que tem só 20%
construídos. A linha ficará pronta em dezembro de 2014, segundo a estatal Valec, responsável pela obra. O
trecho oferecido tem 536 km e liga Caetité ao porto de Ilhéus (BA).
Já há uma empresa interessada, segundo informou ao 'Estado' o presidente da Valec, Josias Sampaio
Cavalcante Junior. Trata-se da Bahia Mineração (Bamin), empresa controlada pela Eurasian Natural Resources
Corporation (ENRC), com sede na Inglaterra. "Mas é preciso abrir a oportunidade ao público, a outros
potenciais interessados".
Este será o primeiro teste da Valec no novo papel de revendedora de capacidade de carga, conforme o
modelo de ferrovias anunciado em agosto de 2012. A ideia é entregar a construção e operação de 10.000
quilômetros de ferrovias à iniciativa privada. O concessionário venderá toda sua capacidade de carga à Valec,
que a oferecerá a empresas que tenham carga própria ou de terceiros para transportar. A oferta anunciada
na quinta-feira é a primeira operação desse tipo.
A ferrovia é um caso um pouco diferente das demais ferrovias do pacote de logística, porque está em
construção pela própria Valec. Cavalcante explicou que, quando for concluída, a linha será oferecida à
iniciativa privada. Não é o mais usual. Na maior parte dos casos, o empreendedor privado ficará encarregado
da construção.
De acordo com nota técnica da Valec, as regras tarifárias e operacionais ainda serão detalhadas. Também não
estão determinados os procedimentos para os interessados fazerem reserva de horário para transportar a
carga. Segundo o presidente da Valec, a capacidade de carga foi oferecida agora, com tanta antecedência,
para conferir que tipo de empresa utilizará a ferrovia. Se for o caso, poderão ser feitas adaptações. A
expectativa é que nesse trecho o principal cliente seja mesmo a Bamin.
Corredor. Quando a ferrovia for estendida até Barreiras (BA), como é o plano, aí ela será também um
corredor de exportação para a soja produzida na região. As obras desse trecho foram suspensas para
modificação do traçado, que originalmente destruía duas cavernas. Por causa das mudanças, passa agora por
uma nova avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama). As obras serão retomadas este ano, espera Cavalcante.
Para que a ferrovia possa operar para exportação, porém, é necessário que fique pronto o novo porto de
Ilhéus. Há planos para instalação de um terminal privativo da Bamin e um porto público na região.
O presidente da ENRC no Brasil, José Francisco Viveiros, elogiou a decisão. "Fiquei muito feliz, porque é uma
indicação de que a Valec está comprometida com a conclusão da ferrovia". Segundo ele, a ferrovia é
importante para tornar viável o projeto da Bamin, que pretende extrair e exportar 20 milhões de toneladas
de minério de ferro por ano. A intenção é investir US$ 3 bilhões na mina, na compra de trens e num terminal
portuário privativo em Ilhéus.
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 4
Por enquanto, porém, está tudo em estágio inicial. A licença para exploração das minas já foi solicitada, mas
não saiu porque o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) suspendeu as outorgas em
novembro passado, por causa das discussões em torno do novo código de mineração. A ferrovia está em
construção e o porto, em fase de licenciamento. No momento, a Bamin explora minério de ferro em caráter
quase experimental, disse Viveiros. Ela extrai um volume pequeno, embarcado na ferrovia Centro-Atlântica,
para o porto do Espírito Santo, uma viagem de 1.400 km. (O Estado de São Paulo, 25/03/2013)
Apagão Logístico faz China cancelar compra de Soja
Gargalos enfrentados para escoar a produção podem frustrar previsões de que o complexo da soja - grão,
óleo e farelo - se tornaria, este ano, o primeiro item da pauta de exportações brasileira, desbancando o
minério de ferro. Nas projeções da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), com safra recorde e
preços elevados, o trio atingiria US$ 32,5 bilhões em vendas externas em 2013, contra US$ 30 bilhões do
minério de ferro. Se os cancelamentos de embarques de soja continuarem por causa dos crescentes atrasos
no fornecimento, no entanto, a tendência é que a média de preços do grão caia, comprometendo seu
desempenho nas exportações. A chinesa Sunrise, maior trading do país, já cancelou a compra de pelo menos
dois milhões de toneladas de soja, alegando atrasos na entrega por causa das longas filas nos portos. É a
primeira que uma empresa daquele país suspende contratos por problemas logísticos. A empresa diz que
deveria ter recebido seis navios em fevereiro e outros seis em março. E avalia a possibilidade de comprar da
Argentina. A China é o principal comprador da soja brasileira.
(...)
O problema é que o engarrafamento de caminhões nos portos de Santos e Paranaguá, os dois principais
canais de escoamento da soja, tende a piorar nos próximos meses com a estimativa de safra recorde do grão
de cerca de 83 milhões de toneladas. O pico da comercialização da soja é em abril e maio, quando a safra de
açúcar começa a ser escoada. Em seguida, milho e algodão também passam a disputar os mesmos
caminhoneiros, inevitavelmente provocando mais congestionamentos.
Ontem, a fila de caminhões na rodovia Cônego Domênico Rangoni, que leva ao porto de Santos, o maior da
América Latina, chegava a 25 quilômetros, quase o dobro da extensão da Ponte Rio-Niterói ou a metade de
todo o trajeto da avenida Brasil, principal artéria da capital fluminense. Já esteve pior: na terça-feira, de
acordo com a concessionária que administra a pista, eram 34 quilômetros de espera.
Tempo parado nas estradas é prejuízo não só para os caminhoneiros, mas também aos produtores e
exportadores. Em uma estimativa otimista, o Sindicato das Agências de Navegação Marítima de São Paulo
(Sindamar) disse que o prejuízo com a manutenção de navios que aguardam para serem carregados de grãos
é de US$ 150 milhões por dia - os exportadores arcam com o valor.
O presidente da entidade, José Roque, explica que essa conta considera duas situações ainda sem solução. A
primeira diz respeito, efetivamente, à demora para a chegada dos caminhões até o porto. A outra razão é a
chuva. Chove na região desde o domingo e, como não existem coberturas para abrigar o serviço de
desembarque/embarque de grãos, os navios não podem ser operados.
- Não adiante ter supersafra, se as empresas estão perdendo na ponta, sem conseguir escoar a produção. Há
muita retórica no governo e pouca ação. Estamos no fundo do poço da infraestrutura.
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 5
Como resultado da demora, um navio de granel sólido de 600 mil toneladas, que antes levava em média dois
dias para ser abastecido, agora precisa de até quatro dias para concluir o trabalho e navegar. A Codesp, que
administra o porto, diz que o problema se deve à falta de infraestrutura das estradas e que as condições
climáticas atrapalharam muito nos últimos dias. De acordo com dados oficiais, existiam ontem 33 navios
atracados no porto e outros 79 na barra, à espera de uma vaga na ancoradouro. Mas os números do
Sindamar são de até 150 parados para serem carregados.
Para o governo, as filas de caminhões são uma prova da falta de capacidade da infraestrutura em atender a
demanda. Segundo o ministro da Secretaria de Portos, Leônidas Cristino, para amenizar o problema no porto
de Santos é preciso aumentar a quantidade de terminais, adotar equipamentos mais modernos, além de
cobrir os terminais. Os problemas, diz, reforçam a necessidade de aprovação da MP 595, que reformula o
setor:
- A fila revela a falta de capacidade dos portos. Muita chuva e safra recorde agravam o problema.
O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, diz que a fila de caminhões
em Santos ocorre porque faltam armazéns e silos, um dos grandes problemas nos portos.
- Os portos brasileiros são muito fatiados (pequenos terminais) e não operam em escala, outro fator de filas.
Somente no Brasil, a carga sai do caminhão e entra no navio. Caminhão foi feito para rodar, parado é sinal de
ineficiência. (O Globo, 22/03/2013)
Governo vence queda de braço com portuários
Caiu ontem o monopólio para a contratação de trabalhadores nos portos. Em troca, reivindicações da
categoria serão acrescentadas ao texto da MP 595.
Os portuários cederam ao principal apelo do governo e aceitaram que as contratações nos terminais privados
não sejam obrigatoriamente feitas pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), segundo decisão anunciada
por sindicalistas no fim de uma reunião com integrantes do Executivo e do Congresso Nacional, ontem. Em
troca, foram aceitas algumas reivindicações dos trabalhadores, como a proibição de mão de obra temporária;
a criação de uma guarda portuária específica e regulamentada pela Secretaria de Portos; o estabelecimento
de uma renda mínima nos períodos de baixa movimentação; além de uma aposentadoria especial para os
trabalhadores em portos.
Todos esses pontos fazem parte da Medida Provisória 595, que altera o modelo de concessões de terminais.
O Conselho da Autoridade Portuária, que consta da MP, também terá participação paritária entre
trabalhadores e empresários, conforme pediram os trabalhadores.
Os sindicalistas afirmaram que a comissão que discutiu o assunto — presidida pelo líder do PT na Câmara,
José Guimarães, e relatada pelo líder do governo no Senado, Eduardo Braga — se comprometeu a incluir no
texto da MP a criação de um cadastro dos trabalhadores do setor que terá preferência nas contratações nos
portos privados. "Ogmo virou uma palavra maldita no governo", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-
SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, antes da reunião. Já na saída, Paulinho se disse otimista em
relação às conquistas do segmento. "Há uma pendência que o governo se comprometeu a construir", disse
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 6
ele, em referência ao cadastro. Na quarta-feira, fontes do governo afirmaram que o monopólio do Ogmo não
seria aceito pelo Planalto.
A última audiência pública da comissão, na próxima semana, deve ouvir a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann, e os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, da Bahia, Jaques Wagner, e do Rio Grande
do Sul, Tarso Genro. A conclusão do relatório, e sua aprovação na comissão, deve ocorrer até 10 de abril,
segundo o relator.
A MP dos portos, editada em dezembro de 2012, estabelece novas regras para as concessões de portos, que
visam agilizar e baratear o frete marítimo, reduzir o tempo médio de carga e descarga e aumentar a
competitividade do setor, considerado um dos principais gargalos para o crescimento do Brasil. O governo
espera que sejam investidos R$ 54,2 bilhões nos portos até 2017, e que sejam licitados 159 terminais
marítimos, sendo 42 novos. (...) (Correio Braziliense, 22/03/2013)
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 7
1. ENERGIA ELÉTRICA
1.1 Nível dos Reservatórios do Nordeste: Sobradinho
Fonte: ONS; elaboração FIEB/SDI.
O reservatório de Sobradinho alcançou o volume de 37,9% de sua capacidade máxima em fevereiro de 2013.
Tal valor é bem inferior ao registrado em igual mês do ano anterior, quando alcançou 88% do volume
máximo. O regime hidrológico da Região Nordeste este ano está abaixo do padrão, com expressiva redução
na afluência de água ao reservatório.
1.2 Energia Armazenada e Curva de Aversão ao Risco (2013) – Nordeste
Fonte: ONS; elaboração FIEB/SDI.
Na comparação da curva de energia armazenada, que engloba todos os reservatórios da região Nordeste,
vê-se que o nível acumulado em fevereiro de 2013 alcançou 41,8% do volume máximo, 50,9% abaixo do
registrado em igual período do ano anterior. O atual nível de energia armazenada situa-se 31,8% acima da
curva de risco calculada pelo ONS, tendo havido melhora em relação ao mês anterior, mas ainda em
nível/reserva preocupante.
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Volume Útil de Sobradinho (2012-2013) (em % do volume máximo)
2012 2013
0,0
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Energia Armazenada e Curva de Aversão ao Risco - Região Nordeste (2012 - 2013) (em % do volume máximo)
2012 2013 Risco 2013
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 8
1.3 Consumo de Energia Elétrica – Brasil (2012 – 2013)
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
O consumo nacional de energia elétrica apresentou alta de 5,4% em janeiro de 2013, na comparação com
igual mês do ano anterior. Em 12 meses, verificou-se alta de 3,9%. O aumento do consumo de energia elétrica
foi puxado pelo consumo residencial (11,4%) e comercial (11,1%), enquanto a classe industrial não
apresentou crescimento no período analisado.
1.4 Consumo Industrial de Energia Elétrica – Brasil (2012 – 2013)
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
Em janeiro de 2013, o consumo industrial apresentou queda de 2% na comparação com igual mês do ano
anterior. Em 12 meses, registrou-se queda de 0,3%. O comportamento do consumo de energia elétrica reflete
o fraco desempenho da atividade industrial nos últimos meses.
32.000
33.000
34.000
35.000
36.000
37.000
38.000
39.000
40.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo de Energia Elétrica - Brasil (2012-2013) (em GWh)
2012 2013
13.000
13.500
14.000
14.500
15.000
15.500
16.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo Industrial de Energia Elétrica - Brasil (2012 - 2013) (em GWh)
2012 2013
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 9
1.5 Consumo de Energia Elétrica – Nordeste (2012 – 2013)
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
O consumo de energia elétrica na região Nordeste apresentou alta de 6,1% em janeiro de 2013, na
comparação com igual mês de 2012. Em 12 meses, registrou-se alta de 4,8%. O aumento do consumo total da
região no ano foi puxado pelo consumo residencial, que registrou alta de 9,9%, contra aumento de 7,2% do
consumo comercial e incremento de apenas 1,4% do consumo industrial.
1.6 Consumo Industrial de Energia Elétrica – Nordeste (2012 – 2013)
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
Em janeiro de 2013, o consumo industrial de energia elétrica na região Nordeste apresentou leve crescimento
de 1,4% em comparação com igual mês de 2012. Em 12 meses, registrou-se alta de apenas 0,1%, ainda assim,
com influência da base de comparação deprimida, decorrente do “apagão” da CHESF ocorrido em fevereiro
de 2011.
5.000
5.300
5.600
5.900
6.200
6.500
6.800
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo de Energia Elétrica - Nordeste (2012-2013) (em GWh)
2012 2013
2.000
2.100
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2.400
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo Industrial de Energia Elétrica - Nordeste (2012-2013) (em GWh)
2012 2013
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 10
2. PETRÓLEO E GÁS
2.1 Preço médio dos petróleos – Cesta OPEP (2000-2013)
Fonte: OPEP; elaboração FIEB/SDI. Média de 2013 calculada com dados até 22/03/2013.
Os preços dos petróleos da cesta OPEP apresentaram forte aceleração entre 2004 e 2008, resultado da
elevação na demanda dos países em desenvolvimento, notadamente China e Índia. Esse movimento foi
interrompido após meados de 2008, quando a crise econômica global provocou recuo dos preços. A partir de
2009, no entanto, iniciou-se um processo de recuperação. Com dados atualizados até 22/03/2013, a média
dos preços no ano alcançou US$ 109,7/barril.
2.2 Preço médio mensal do petróleo – Cesta OPEP
Fonte: OPEP; elaboração FIEB/SDI. Média de fevereiro de 2013 calculada com dados até 22/03/2013.
28 23 24
28 36
51
61 69
94
61
77
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0
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2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
US$
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ril
Preço Médio do Petróleo - Cesta OPEP (2000 - 2013)
77
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Preço Médio Mensal do Petróleo - Cesta OPEP
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 11
2.3 Preço médio do Petróleo WTI (2006-2013)
Fonte: EIA - Energy Information Administration. Elaboração FIEB/SDI. Calculada com dados até 19/03/2013.
Analogamente, o preço do petróleo WTI (West Texas Intermediate) no mercado spot apresentou trajetória
de contínuo crescimento no período 2003-2008, decorrente da forte demanda dos países em
desenvolvimento. Tal como no caso dos petróleos da cesta OPEP, os preços do WTI também despencaram de
US$ 147,27 em julho de 2008 para cerca de US$ 33/barril em dezembro do mesmo ano. Ao longo de 2010, a
commodity registrou uma trajetória de crescimento progressivo, alcançando cotação máxima de US$
113,4/barril, em 29/04/2011. Por conta do agravamento da crise europeia, o preço do petróleo WTI recuou
gradativamente até o início de outubro de 2011 (US$ 75,40/barril), a partir de então, observou-se uma
recuperação dos preços, alcançando, em 31/12/2012, a cotação de US$ 91,8/barril sob a influência das
tensões geopolíticas no Oriente Médio. Posteriormente, a commodity sofreu queda nas cotações, abaladas
pela fragilidade econômica dos países desenvolvidos, especialmente da Zona do Euro.
2.4 Produção Nacional de Petróleo (2012-2013)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
A produção nacional de petróleo em janeiro de 2013 apresentou queda de 7,9% em comparação com igual
mês de 2012. Registrou-se um volume de 63,7 milhões de barris, equivalentes a 2,1 milhões de barris/dia. A
produção de petróleo da Bahia representou apenas 2,1% da produção nacional em janeiro, contribuindo com
42,6 mil barris/dia.
0
20
40
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-07
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-07
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-09
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09
no
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t-1
0n
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-11
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-11
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11
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11
no
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-13
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Preço Spot do Petróleo WTI (2007 - 2013)
51.000
56.000
61.000
66.000
71.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Produção Nacional de Petróleo (2012-2013) (em mil barris de petróleo)
2012 2013
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 12
2.5 Importação Nacional de Petróleo (2012 – 2013)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
Em janeiro de 2013, a importação de petróleo apresentou alta de 12,4% em comparação com janeiro de
2012. A tendência, no médio-longo prazo, é de queda nas importações por conta do aumento da produção
das bacias de Campos e Santos e nos campos do pré-sal. Em 2012, por exemplo, o Brasil importou 113,8
milhões de barris de petróleo, contra 121,1 milhões de barris em 2011.
2.6 Exportação Nacional de Petróleo (2012 – 2013)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
O Brasil exportou 5,2 milhões de barris em janeiro de 2013, registrando forte queda de 66,4% em
comparação com janeiro do ano anterior. No médio-longo prazo, a tendência é de aumento das exportações,
por conta do esperado incremento na produção nacional. O petróleo exportado foi do tipo pesado (extraído
de campos marítimos), pouco aproveitado nas refinarias nacionais, que foram projetadas para processar óleo
leve (de grau API maior que 31,1). Em 2014, o percentual exportado deverá diminuir com o processamento
de óleo pesado da Bacia de Campos pela refinaria da Petrobras integrada ao COMPERJ, que terá capacidade
para processar 165 mil barris/dia.
2.000
5.000
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11.000
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17.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Importação Nacional de Petróleo (2012-2013) (em mil barris de petróleo)
2012 2013
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Exportação Nacional de Petróleo (2012-2013) (em mil barris de petróleo)
2012 2013
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 13
2.7 Dependência Externa de Petróleo – Brasil (2012 – 2013)
Em janeiro de 2013, o Brasil realizou importação líquida (exportações menos importações) de 5 milhões de
barris de petróleo, equivalente a 7,6% da produção nacional. No mesmo período, a dependência externa foi
de 18 milhões de barris, equivalentes a 22% do consumo nacional de petróleo.
jan/12 jan/13
Produção de Petróleo (a) 72 66
Imp. Líq. de Petróleo (b) -7 5
Imp. Líq. de Derivados (c) 2 13
Consumo Aparente (d) = (a+b+c) 67 84
Dependência Externa (e) = (d-a) -5 18
Dependência Externa (%) (e)/(d) -7 22
Fonte: ANP, elaboração FIEB/SDI
Dependência Externa de Petróleo e Derivados (milhões bep)
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 14
2.8 Produção Nacional de Gás Natural (2011-2012)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
A produção brasileira de gás natural cresceu progressivamente durante o ano de 2012 (vide o gráfico acima).
Em 2013, a tendência se mantém. Tendo em conta o balanço do gás natural no país, verifica-se que a sua
oferta no Brasil alcançou a média de 100,3 milhões m3/dia em janeiro de 2013, contabilizando incremento de
29,1% em relação ao registrado em igual mês do ano anterior. Em janeiro 2013, vê-se que a oferta média
diária de gás natural cresceu 51,3% em relação ao verificado no mesmo mês do ano anterior.
1.400
1.600
1.800
2.000
2.200
2.400
2.600
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Produção Nacional de Gás Natural (2012-2013) (em milhões m³)
2012 2013
Produção Nacional¹ 71.093 75.852
- Reinjeção 11.256 9.476
- Queimas e Perdas 4.493 3.901
- Consumo Próprio 10.713 10.512
= Produção Nac. Líquida 44.631 51.963
+ Importação 21.672 48.322
= Oferta 66.303 100.286
¹ Não inclui Gás Natural Liquefeito
Fonte: ANP, elaboração FIEB/SDI
Balanço do Gás Natural no Brasil (mil m³/dia)
Média em
Jan/2012
Média em
Jan/2013
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 15
2.9 Produção Baiana de Gás Natural (2012-2013)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
O volume de gás produzido na Bahia em janeiro de 2013 alcançou 291 milhões de m3 (ou 9,4 milhões de
m3/dia), registrando alta de 21,2% em comparação com janeiro de 2012. A produção baiana respondeu por
10,2% da produção brasileira de gás natural em 2013.
3. LOGÍSTICA
3.1 Movimentação de Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador-BA (2012-2013)
Fonte: Infraero; elaboração FIEB/SDI.
Em fevereiro de 2013, a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador caiu 9,2% em
comparação com o registrado em igual mês de 2012. Em 2013, acumula queda de 12,3% em relação ao ano
anterior. A movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador alcançou 1,4 milhões de
passageiros no primeiro bimestre de 2013, equivalentes a 6,8% do movimento nos aeroportos do país.
150,0
180,0
210,0
240,0
270,0
300,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Produção Baiana de Gás Natural (2012-2013) (em milhões m³)
2012 2013
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador (2012-2013) (em mil)
2012 2013
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 16
3.2 Movimentação de Cargas no Porto de Salvador-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em dezembro de 2012, a movimentação de cargas no porto de Salvador apresentou alta de 9,5% em
comparação com igual período do ano anterior. Em 2012, verificou-se um acréscimo de 1,2% em comparação
com 2011, alcançando o montante de 3,6 milhões de toneladas, sendo: 6,3% de carga geral, 8,5% de granel
sólido, 83,4% de carga conteinerizada e 1,8% de produtos líquidos.
3.3 Movimentação de Contêineres no Porto de Salvador-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
A movimentação de contêineres no porto de Salvador, em dezembro de 2012, registrou alta de 24%, em
comparação com igual período do ano anterior. Em 2012, acumulou o montante de 255,4 mil contêineres,
contra 242,4 mil contêineres movimentados no ano anterior, registrando crescimento de 5,4%.
0
50
100
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Cargas no Porto de Salvador (2011-2012) (em mil toneladas)
2011 2012
0
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8
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24
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Contêiner no Porto de Salvador (2011-2012) (em mil TEUs)
2011 2012
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 17
3.4 Movimentação de Carga Sólida no Porto de Aratu-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em dezembro de 2012, registrou alta de 23,3%, em comparação com o mesmo mês de 2011. Entretanto, Em
2012, a movimentação de granel sólido no porto de Aratu alcançou a movimentação de 1,7 milhão de
toneladas, registrando queda de 4,4% em comparação com 2011. Segundo a Codeba, a redução em 2012 se
deveu: (i) à forte importação de fertilizantes verificada em 2011, quando as empresas formaram estoques,
aproveitando-se da baixa do dólar; e (ii) do menor nível de atividade no setor agrícola baiano em 2012, em
função da seca. De outro lado, as empresas fabricantes de fertilizantes alegam enfrentar dificuldades em
relação à logística e aos custos portuários em Aratu.
3.5 Movimentação de Carga Líquida no Porto de Aratu-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
A movimentação de carga líquida no porto de Aratu, em dezembro de 2012, registrou forte alta de 77,9%, em
comparação com igual mês de 2011. Em 2012, alcançou a movimentação de 3,6 milhões de toneladas,
registrando incremento de 19,5% em relação a 2011. Tal resultado sofre influência da base deprimida do ano
anterior, por conta da expressiva redução nas importações de nafta, decorrente da interrupção do
fornecimento de energia elétrica que afetou a produção do Polo Industrial de Camaçari em 2011.
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50
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200
250
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Granel Sólido no Porto de Aratu (2011-2012) (em mil toneladas)
2011 2012
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300
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Carga Líquida no Porto de Aratu - Bahia (2011-2012) (em mil toneladas)
2011 2012
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 18
3.6 Movimentação de Carga Gasosa no Porto de Aratu-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em dezembro de 2012, a movimentação de carga gasosa no porto de Aratu alcançou 53,7 mil toneladas
contra 16,3 mil registradas em igual período do ano anterior. Em 2012, acumulou o montante de 519,4 mil
toneladas, contra 411,4 mil toneladas registradas em 2011. O crescimento da movimentação de carga gasosa
também é explicada pela base de comparação deprimida da primeira metade do ano anterior, quando a
produção do segmento petroquímico foi impactada pela interrupção do fornecimento de energia elétrica.
3.7 Movimentação de Carga nos Terminais de Uso Privativo da Bahia (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em referência à movimentação de carga nos terminais de uso privativo (TUPs), em dezembro de 2012,
registrou-se alta de 13,3% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Em 2012, alcançou
movimentação de 22,6 milhões toneladas, registrando queda de 2,4% em comparação com 2011.
0
10
20
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40
50
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Carga Gasosa no Porto de Aratu - Bahia (2011-2012) (em mil toneladas)
2011 2012
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Cargas nos Terminais de Uso Privativo(2011-2012) (em milhões toneladas)
2011 2012
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 19
4. ANEXOS
5.1 Brasil: Evolução do Transporte de Carga por Ferrovia
Carga Transportada (em milhares de TU)
Fonte: ANTT, elaboração; FIEB/SDI. (*) dados até junho de 2012
5.2 Brasil: Total de Telefones x Acesso Móvel Pessoal - SMP (2003-2011)
Fonte: Anatel; elaboração FIEB/SDI.
Concessionárias 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
ALLMN 5.047 5.583 6.380 5.551 6.928 8.232 10.072 10.498 11.611 6.385
ALLMO 2.229 2.709 3.497 3.355 2.690 3.235 2.778 4.430 4.421 1.787
ALLMP 23.411 20.545 4.438 4.221 3.473 5.229 4.917 6.719 7.490 2.567
ALLMS 19.556 20.088 21.677 28.942 26.536 26.763 26.073 25.975 27.067 11.459
EFC 63.259 74.268 80.633 92.591 100.361 103.670 96.267 104.949 113.748 54.130
FERROESTE 1.752 1.458 1.483 1.511 862 996 646 471 400 186
EFVM 118.512 126.069 130.962 131.620 136.604 133.211 104.317 131.755 132.865 64.102
FCA 21.601 25.384 27.557 15.177 18.957 19.280 17.455 21.242 19.209 11.275
FNS - - - - - 1.424 1.639 2.012 2.562 1.281
FTC 2.302 2.459 2.403 2.627 2.635 3.038 2.856 2.637 2.448 1.349
MRS 86.178 97.952 108.142 101.998 114.064 119.799 110.954 123.030 130.009 64.897
TLSA 1.264 1.261 1.420 1.519 1.814 1.643 1.467 1.529 1.431 715
TOTAL 345.111 377.776 388.592 389.113 414.925 426.520 379.441 435.248 453.260 220.133
20,0
50,0
80,0
110,0
140,0
170,0
200,0
230,0
260,0
290,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
(Milh
õe
s)
Total de telefones Acesso móvel pessoal - SMP
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | MARÇO 2013 20
5.3 Domicílios particulares, por existência de microcomputador com acesso à Internet (2003-2011).
Fonte: IBGE/PNAD; elaboração FIEB/SDI.
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011
(Mil
un
idad
es)
Brasil Nordeste Bahia