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PAINEL DAAFRICA
P u b l i c a o d e E x p e r i n c i a s C o s m o p o l i t a s
Ano I - N. 1 COGNPOLIS Setembro 2014
Edio Gratuita
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QUIZ - Teste seus Conhecimentos sobre a frica
01. Animais.Quais os animais conhecidos de "os 5 grandes" da frica?
02. Apartheid.Quais pases atuais tiveram seu territrio sob o regime do apartheid?
03. Ativista. O filme Cry Freedombaseia-se na vida de qual ativista sul-africano?
04. Candombl. De onde eram os negros que trouxeram o candombl para o Brasil?
05. Capitalismo. Qual regio africana pertencia empresa privada e quem era seu dono?
06. Cidade.Qual a cidade mais populosa da frica?a07. Cinema. Em qual pas localiza-se a 2 maior indstria cinematogrfica do mundo?
08. Clima.Quais os tipos climticos da frica?
09. Colnias.Quais foram os 2 nicos pases da frica que no foram colnias?
10. Diviso. Qual evento "autorizou" a diviso da frica entre pases europeus?
11. Economia. Qual o pas com maior economia da frica?
12. Empresa.Qual empresa fundou a cidade do Cabo na frica do Sul?
13. Extenso. Em termos de tamanho, qual a classificao do continente frente aos demais?14. Fsseis. Qual a idade dos fsseis dos homindeos mais antigos do planeta?
15. Geografia. Em qual pas se localiza o Cabo da Boa Esperana?
16. Geopoltica.Quantos pases tem o continente africano hoje?
17. Gorilas. Quais so os 3 pases conhecidos por abrigarem gorilas das montanhas?
18. Homindeos.Quais pases concentram o maior nmero de fsseis de homindeos?
19. Ilha. Qual pas fica na maior ilha da frica?
20. Imprio Britnico.Quais os pases que tiveram colonizao inglesa na frica?
21. Libertos. Qual pas africano foi fundado por escravos libertos?
22. Medicina. Qual pas da frica dispe da Medicina mais avanada?
23. Menor.Qual o menor pas africano que tambm o menos populoso e o mais rico?
24. Mudana.Qual o pas mais novo da frica?
25. Nobel. Qual pas da frica tem o maior nmero de nobelistas da paz?
26. Obelisco. Quantos obeliscos egpcios encontram-se em Paris e aonde esto?
27. Pas. Qual o pas mais populoso da frica?
28. Poder.Qual o lder africano h mais tempo no poder?
29. Populao. Quanto populao, qual a posio do continente frente aos demais?
30. Portugus. Quais pases, ex-colnias de Portugal, tem como lngua oficial o Portugus?31. Presidentes. Quantos presidentes negros a frica do Sul j teve?
32. Regies. Quais so as regies da frica, segundo a ONU?
33. Religio. H quanto tempo a Etipia se converteu ao cristianismo?
34. Separatismo. Quais regies buscam serem reconhecidas como pases?
35. UA.Qual a cidade sede da Unio Africana?
36. Universidade. Aonde fica a primeira universidade da frica?
37. Vinho. Quais europeus iniciaram a produo de vinho na frica do Sul, no Sc. XVII?
(Respostas no verso da contracapa)
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INTERCMBIOPublicao de Experincias Cosmopolitas
Ano I N. 1 C Setembro 2014
SUMRIO
APRESENAO 3
AFRICANOLOGIAAfricanofilia Giuliana Costa 5
COSMOVISO
Metodologia Autodidata Cosmovisiolgica Amy Bello 11
EXPERINCIAS EM FRICA
Entrevista com Malu Lindemann 33
LINGUSTICA
Olhares Multifocais sobre a Situao Sociolingustica emMoambique: Reflectindo Criticamente sobre Polticas
e Prticas Ildio Macaringue 39
MEDICINA
Condutas Profilticas na frica: Histria da Sade e Recomendaesao Viajante Fernanda Schveitzer e Ludimila Assis 53
VIAGENS INTERNACIONAIS
Entrevista comJudite Joaquim Raul 65
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INTERCONS Intercmbio Conscienciolgico Internacional
Instituio sem fins lucrativos voltada conexo das demandas
internacionais interassistenciais com voluntrios especialistas.
Facebook: https://www.acebook.com/intercons
E-mail: [email protected]
Site: www.interconsglobal.org eleone: (45) 3028.4102
Expediente
Editoras:
Amy Bello e Ktia Arakaki.
Capa : Matheus Nogueira e Ernani Brito.
Diagramao: Epgrae Editorial e Grfica Ltda.
Apoio: CEAEC.
Patrocnio: V.I.U.
Foto: Campus CEAEC, Simone Di Domenico, 2011
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Apresentao
O Continente Aricano o bero do Homo sapiens e o conceptculo da Humanidade. Estudara prpria procedncia, as razes e origens da civilizao planetria, torna-se tarea prioritria a toda
conscincia comprometida com a evoluo pessoal e coletiva.
A rica o neodesafio proposto a todos que reconhecem o compromisso histrico, milenar,assistencial e humanitrio com esse continente. chegado o momento de eetivar o trinmio conhecer--assistir-retribuir.
Conhecer o Continente Aricano o primeiro desafio. Essa uma das propostas do evento Painelda frica, realizao conjunta da instituio Intercmbio Conscienciolgico Internacional (INER-CONS) e do Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC).
A publicao que o leitor, ou leitora, tem em mos, rene trabalhos apresentados no painel,acrescidos de outros artigos inditos sobre a rica a partir de dierenciadas perspectivas interdisci-plinares, avorecendo a construo de viso cosmovisiolgica sobre o tema.
Aricanologia, Cosmoviso, Experimentologia, Lingustica, Sade e Viajologia so algumas dasespecialidades trabalhadas pelos autores nos substanciosos textos publicados nesse nmero da Inter-cmbio,revista de experincias cosmopolitas.
Assistir o Continente Aricano o segundo desafio, responsabilidade de todas as conscinciaslcidas quanto ao maximecanismo da Reurbanizao Intra e Extrasica em curso na erra. A premn-cia da rica enquanto local prioritrio na atual Era das Reurbanizaes notria se considerarmosas demandas de crescimento inclusivo e a meta de erradicao da pobreza no continente at o ano de2030 (Africa Progress Panel, 2014).
A dvida histrica com a dispora aricana compulsria atravs do trfico negreiro ainda exigerecomposio, notadamente pela tarea do esclarecimento. A INERCONS est arrecadando undospara a publicao do livro Projectiology, de Waldo Vieira, para distribuio nas bibliotecas do continente.
Retribuir ao Continente Aricano as oportunidades de vida, de vivncias pretritas (retrovidas)e tambm s uturas ressomas (Pr-Intermissiologia), o terceiro, certamente no o ltimo, grandedesafio. Foi para cumprir esse propsito que fiz o convite aos proessores Ktia Arakaki e Joo Aurlio,coordenadores da INERCONS, em nome do CEAEC, para a realizao conjunta do Painel frica.
A inspirao para a concepo desse evento surgiu durante a realizao de tcnica pessoal energ-tica dessa autora, denominada tenepes. Aps ter tido a ideia e ao soar o alarme do teleone celular indi-
cando o trmino da atividade, ao tomar o celular para desligar o sinal sonoro, encontro na tela do onemvel o aplicativo Google Maps ativado, com o mapa do Continente Aricano tomando a totalidadeda tela do aparelho. Mensagem entendida! Convite eito, oi prontamente aceito pela INERCONS,materializado pelo evento e pela presente gescon.
Votos de produtiva leitura a todos os pesquisadores e pesquisadoras aricanolicos.
Eliana Manroi
Jornalista, enciclopedista e Coordenadorada rea cnico-Cientfica do CEAEC.
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AFRICANOFILIA
Giuliana Costa
Registros de viagem, estou seguro, so interessantes na proporo em que o viajante vai, nocomo observador universal, mas com uma busca definida para seu prprio universo.1
Richard F. Burton
Objetivo.O presente texto apresenta vivncias pessoais na rica, segundo o paradigma cons-ciencial. Exemplificam-se atos e paraatos ocorridos neste continente, objetivando despertar o interesse,a curiosidade pesquisstica, a quebra de mitos sobre a rica, proporcionado o aumento da cosmovi-so, o universalismo e o sentimento de raternidade com o povo aricano.
Definio.A africanofilia a capacidade, propriedade, qualidade, vontade ou condio pessoalintraconsciencial de desenvolver o interesse pesquisstico pelo povo, cultura, Histria do continentearicano, com o objetivo interassistencial da tarea do esclarecimento (tares), segundo o paradigmaconscienciolgico.
Etimologia.A origem do termo frica incerta, talvez do idioma Fencio, afri, nome de triboberbere; habitantes do territrio de Cartago, ou do idioma Latim,Africa,de afri,aros; nome de povopraticamente desconhecido. Apareceu no Sculo II, a.e.c. O elemento de composiofiliaderiva doidioma Grego,philos,amigo; querido; queredor; agradvel; que agrada. Surgiu no Sculo XVIII.
Profisso. A motivao para ir rica esteve sempre relacionado profisso de geloga. Aolongo de carreira profissional de 13 anos, este tem sido o continente com maior presena, praticamen-te contnua nos ltimos 4 anos, embora no incio caracteriza-se somente por idas e vindas espordicas rica do Sul. No entanto, tal carreira no oi planejada intencionalmente por esta autora. Os atos(proxis inimaginada) orientaram-me a seguir este caminho.
Autovivncias. A seguir, apresentam-se resumos, apanhados de atos vividos na rica, dispos-tos em 2 perodos: pr e ps conhecimento da Conscienciologia:
Pr-Conscienciologia (Novembro de 2001 a Agosto de 2009).A primeira viagem ao continen-te aricano oi para a rica do Sul. Esta ase caracterizou-se por indas e vindas a este pas ao longo dequase 8 anos e pelo desconhecimento da Conscienciologia. Durante o intervalo de tempo menciona-do acima, ressaltam-se visitas s seguintes cidades sul-aricanas: Bloemfontein, Centurion, Cidade doCabo, East London, Irene, Johanesburgo, Kimberleye Pretria.
As viagens Johanesburgo e Kimberleyoram motivadas por eventos profissionais (reunies, vi-sitas e treinamentos). Passeios eram escassos, mas em algumas ocasies tive a oportunidade de visitarparques nacionais e minas de diamantes.
Parapercepes. Em Fevereiro de 2005, fiquei em Kimberleypor 4 meses. Esta cidade tem tra-dio em diamantes, sendo o primeiro local do planeta a ter mina de diamantes.
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Kimberley.A atmosera remonta ao Sculo XIX, quando fluxo maior de pessoas teve incio coma descoberta de diamantes. Ao andar pela cidade, percebe-se claramente o holopense daquela poca, re-orado pelos edicios e casas com arquitetura inglesa daquele perodo. A cidade chamada de antasmapor algumas pessoas. Alm disso, oi utilizada para campo de concentrao durante a segunda guerraanglo-ber (1899 1902). O local (para evitar de repetir cidade 3 vezes) permite voltar ao passado,esteja onde estiver. A entrada no Museu do Big Hole, localizado onde antes ora mina de diamantes, pro-
porciona ao visitante viagem no tempo, ao andar pela rplica da cidade poca da corrida dos diamantes.
Bloemfontein.Neste perodo, tive a oportunidade de visitar Bloemfontein, cidade vizinha Kim-berley. A cidade conta com inraestrutura melhor e edicios modernos, comparados Kimberley. Porser a capital judiciria da rica do Sul, o holopensene est associado s leis, justia. No entanto,percebe-se ainda energia dierente desta, trazendo mente a sensao de algo parado no tempo (estaenergia poderia estar associada ao campo de concentrao durante a segunda guerra anglo-ber e aomonumento erguido nesta cidade para lembrar crianas e mulheres mortas durante a guerra?).
Cidade do Cabo.Em viagem de carro, partindo de Kimberleyem direo Cidade do Cabo,
pude experimentar as variaes no holopensene, as energias de cada local, ao se passar por paisagenscompletamente dierentes: da regio do Karooao Cabo, h uma variedade de rochas e plantas com-pletamente distintas. O maior trajeto da viagem ocorreu em locais de paisagem aberta e plana comausncia de rvores e presena de pequenos arbustos. As poucas cidades ao longo do caminho mos-traram-se pouco populosas e com inraestrutura limitada. Percebia-se energia mais densa, orte, nempositiva nem negativa; dicil definir, mas soava estranha naquele momento.
Ao me aproximar da regio do Cabo, a energia era totalmente dierente, com presena de mon-tanhas e vegetao abundante. A energia percebida era mais acolhedora, menos densa, talvez propor-cionada pela proximidade do mar ou mesmo pela maior abundncia de energia consciencial. O holo-
pensene da Cidade do Cabo est associado ao lazer junto Natureza, local propcio para desassimilarenergias. As paisagens do mar com montanhas e vegetao rasteira, caracterizadas por arbustose gramneas, ormam cenrios de tirar o lego. Seguindo da Cidade do Cabo em direo a East London,atravs da Garden Route, o aumento de fitoenergia evidente, por este motivo esta estrada chamadade Rota dos Jardins.
Johanesburgo.A capital financeira da rica do Sul, Johanesburgo, sempre se apresentou hostile perigosa. O holopensene relacionado violncia e racismo era presente o tempo todo e observado nasatitudes das pessoas, por meio de tratamento seletivo pela cor da pele, ou seja, o apartheidainda per-durava nos relacionamentos interpessoais, apesar de ter sido extinguido oficialmente. Residncia e pr-
dios comerciais com a presena de guardas ortemente armados, deixavam a sensao de desconortoe insegurana. Alm disso, sentia algo mais por azer, algo estava pendente, uma ligao inexpli-cvel com a rica do Sul, mas no soube avaliar esta sensao. Centurion e Irene, cidades prximas Johanesburgo, caracterizam-se por serem opo de moradia para trabalhadores desta cidade. Noentanto, estive por alguns dias nestes municpios e no recordo de nenhuma parapercepo especfica.O mesmo se aplica Pretria.
Anlise.Nesta ase, alheia s tcnicas conscienciolgicas, no azia anotaes, muito menostrabalhava as energias. No entanto, estava sempre procura de algo, sempre envolvida com assun-tos msticos, praticando meditao, mas nada respondia s questes relacionadas s parapercepes
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e parapsiquismo de orma assertiva e clara. Em agosto de 2009, ltima viagem deste perodo, penseino voltar mais rica do Sul, mas estava enganada.
Do fundo da minha autoconscincia, eu eliminei a ideia, de que h motivo substancial parao vu de mistrio, como o de sis, que ainda encobre parte razovel do Oeste da frica. 2
Richard F. Burton
Ps-Conscienciologia (Julho de 2010 a Setembro de 2014).Em meados de maro-abril de2010, conheci a Conscienciologia por meio de pesquisa na internet sobre o tema projeo astral. En-trei em contato com o IIPC (Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia) em BeloHorizonte, MG, municpio onde residia poca.
Trabalho. Aps este evento, recebi proposta de trabalho para trabalhar em Mali, pas localizado no
oeste da rica, onde morei por quase 2 anos. Em seguida, morei em Moambique e Mauritnia, ondetrabalho atualmente.
Parapercepes.Apesar de no saber nada sobre Mali, segui para a cidade de Sadiola, locali-zada no oeste do pas, regio produtora de ouro. O contato ocorrido com a Conscienciologia, algunsmeses antes da viagem, resultou na aquisio de livros conscienciolgicos para ler e estudar enquantoestivesse em Mali.
Sadiola.Em Sadiola, na vila da mina onde morei, os domingos oram preenchidos com a leiturae estudo desses livros, alm de acompanhar as tertlias online. A prtica diria do estado vibracional con-tribuiu para a sustentabilidade energtica e pensnica, avorecendo ambiente para estudos e pesquisas.
Holopensene.O holopensene negativo do local reorado pelo uso constante de bebidas al-colicas, associado prostituio e anatismo religioso. Alm disso, o sacricio de animais para rituaisaricanos contribuam ainda mais para o assdio e manuteno do holopensene patolgico. Por algu-mas vezes, percebi nitidamente a presena de consciexes assediadoras e amparadoras tambm. EmMaro de 2012, o golpe de estado em Mali oi evento decisivo para sair do pas. Aps 20 meses no pas,passei perodo no Brasil e Europa, antes de ir para ete, Moambique.
Verbete.A viagem para o Brasil oi dierente das outras vezes, pois desta vez iria deender o pri-meiro verbete no ertuliarium, no CEAEC, Foz do Iguau, com o ttulo Preconceito.
Moambique.Continuei estudando a Conscienciologia em Moambique e azendo pesquisascom o trabalho das energias. A presena maior de fitoenergia e proximidade com o alojamento ondemorava, propiciou prticas energticas junto s rvores e mata tpica.
A vegetao local caracteriza-se por rvores pequenas e troncos finos. A olhagem seca, decor amarela com tons de marrom na poca da seca, as plantas parecem racas, mas s aparncia. Aoexteriorizar e absorver energias junto a essa vegetao percebia energia intensa, orte. A energia te en-
volve e ao voltar para casa, notava renovao das energias, como se o soma tivesse recebido uma doseextra de energia. O sol orte do local e o solo mais rido podem contribuir para a flora mais resistentee penso isso ser ator para essa vegetao ter mais energia. dierente de mata tropical, onde sente-seenergia mais solta e tem-se a sensao de rescor, desassimilao.
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Tete.Regio conhecida pela riqueza em carvo. Aps a instalao de mineradoras na regio, houvemigrao intensa de estrangeiros e da populao local, atrados por altos salrios. No entanto, a desco-berta do volume de uma das minas de reservas de carvo ter sido calculado erroneamente, ez a regioperder a credibilidade e confiana, de investidores e trabalhadores. As demisses tiveram incio noprimeiro semestre de 2013 e o boomdo carvo em Moambique estava acabado. As minas de etecontinuam, mas a ebre do carvo passou. As minas de carvo continuam em produo, mas sem os
holootes de antes. Ao apagar das luzes, deixei ete.Voluntariado.Ao sair de ete, passei uma temporada em Johanesburgo, rica do Sul, volunta-
riando na Intercmbio Conscienciolgico Internacional. O trabalho voluntrio consistia em pesquisasde locais para uturas atividades da Conscienciologia, possveis locais para instalao de instituioconscienciocntria e campus da Conscienciologia, grficas para impresso de livros e doaes de li-
vros conscienciolgicos para bibliotecas da rica. Essas atividades ocorreram no perodo de Junhode 2013 a meados de Agosto de 2014.
Mauritnia.Em Dezembro de 2013, surgiu a oportunidade de trabalhar em outra mina de ouro,desta vez na Mauritnia. Ao chegar na capital, Nouakchott, senti-me bem, como se estivesse retornan-
do para lugar j conhecido. Apesar da proximidade com Mali, o pas totalmente dierente, a comearpelos trajes tpicos do deserto (bouboue turbante) e a presena de pessoas com traos sicos rabes.A mina, localizada em asiast, no deserto do Saara, chocou-me logo na chegada: senti estar chegandoem outro planeta. Acomodaes idnticas dispostas geometricamente em retngulos idnticos emrea protegida por cerca, passou-me a ideia de campo de concentrao. A ausncia de rvores, vege-tao, pssaros amide e o terreno plano propiciam viso dierente, deixando o cu mais prximo dosolhos. No pude deixar de imaginar o motivo pelo qual os povos antigos do Egito e do oeste da ricadesenvolveram interesse por Astronomia: basta olhar para o cu e saber o motivo. A viso aberta do cue das estrelas permite expandir os pensamentos para alm deste planeta e despertam a curiosidade.Quase todas as noites, o cu mostra a bandeira da Mauritnia: a lua minguante com a estrela prxima,
no na mesma posio desenhada na bandeira, mas muito parecida.
Aeroenergia. A presena da aeroenergia muito intensa. Dentre as energias imanentes, esta a menos estvel, e penso por este motivo, influenciar os povos nmades a estar sempre em constantemudana. Em alguns momentos, pude perceber e ver, consciexes usando turbantes, com aparnciatpica do povo do deserto.
Anlise.As dierenas das experincias na rica antes e depois da Conscienciologia esto naabordagem das vivncias de modo mais amplo, expandindo e ampliando, tanto as pesquisas intercons-ciencias quanto intraconscienciais. O resultado das vivncias pessoais no continente aricano pode serexpresso pelo aumento da curiosidade pesquisstica em todas as reas do conhecimento humano.
Resumindo alguns pontos das experincias pessoais, segundo o paradigma consciencial, oramelaboradas as tabelas ilustrativas 1, 2 e 3 sobre energias imanentes, parapercepes e breve conscien-ciometria de cada pas visitado no continente aricano.
Energias imanentes.Os 4 tipos de energia imanente: aeroenergia, fitoenergia, geoenergia e hi-droenergia oram observados em todos os pases aricanos em que estive. No entanto, pude obser-
var a predominncia maior de determinado tipo de energia imanente em cada local. Para isso, elaboreia tabela 1, dispondo em ordem albetica os pases e cidades, seguidos da(s) respectiva(s) energia(s)dominante(s).
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abela 1. Energias Imanentes
Pas Cidades Energia
frica do Sul
Cidade do Cabo
Johanesburgo
Kimberley
Hidroenergia; geoenergia; aeroenergia
Fitoenergia.
Aeroenergia; geoenergia.
Mali Sadiola Aeroenergia; ftoenergia.
Mauritnia Tasiast Aeroenergia.
Moambique Tete Fitoenergia; hidroenergia.
A alta de um tipo de energia imanente nesta tabela no significa que ela no esteja presente,
mas somente que no oi percebida de orma mais intensa. Esta tabela apenas exemplifica experincias
pessoais ao trabalhar as energias (estado vibracional e exteriorizao de energias) nestes locais, ou
mesmo, pela abundncia de tipo especfico de energia.
Parapsiquismo.Dentre as parapercepes mais requentes, pde-se observar a maior ou menorpredominnica de determinado enmeno parapsquico, como indica a tabela 2.
abela 2. Parapsiquismo
Pas Cidades Parapercepes
frica do Sul Johanesburgo Clarividncia; parapsiquismo impressivo.
Mali Sadiola Clarividncia; catalepsia projetiva.
Mauritnia Tasiast Clarividncia; parapsiquismo impressivo.
Moambique Tete Clarividncia; ectoplasmia.
Conscienciometria.Para ilustrar os traores, traares e traais dos pases aricanos conhecidos,segue breve anlise conscienciomtrica, tendo como base o holopensene e os hbitos locais:
abela 3. Conscienciometria
Pas Trafor Trafar / Trafal
frica do SulAlegria; organizao; poliglotismo; valo-rizam o contato com a Natureza.
Autovitimizao; falta de verbao; racismo; xe-nofobia.
Mali Alegria; poliglotismo; respeito cultural.Falta de verbao; idiotismo religioso; nacionalis-mo.
Mauritnia Alegria; gentileza; poliglotismo.Falta de verbao; ginossomofobia; idiotismoreligioso; intolerncia cultural.
Moambique Alegria; hospitalidade; poliglotismo. Falta de verbao.
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Africa under the skin.Fato interessante observado em algumas pessoas e relatados pelas mes-mas a alta, o gosto, a saudade, a vontade de ficar, de estar na rica quando no se est aqui. Essaspessoas, incluindo esta autora, chamam isto deAfrica is under the skin. preciso vir para c para saber,sentir isso na pele, e declaro se isto ocorrer: a rica te pegou! Ou seja, voc descobriu algo que sempreesteve em voc, mas voc ainda no tinha conscincia. E uma vez aqui, voc, muito provavelmente, vairetornar, querendo ou no. At o momento, minhas pesquisas revelaram este ato. Acredito este ato
estar relacionado energia do continente, algo nico e, tambm a vidas anteriores.
Crescimento.Ultimamente, tem havido inmeras notcias sobre o crescimento populacionale o desenvolvimento econmico da rica. H muitas empresas estrangeiras, de todos os setores,investindo no continente. Apesar disso, ainda h muito para ser eito nas reas da sade e educao.
Mitologia.H muitos mitos sobre a rica, perpetuados ao longo de sculos por histrias, fil-mes e literatura. A primeira delas: rica no um pas, um continente. Fome e pobreza , pratica-mente, sinnimo do continente. Sem alar inmeras doenas possveis de se contrair aqui. Sim, h po-breza, ome, doenas na rica, mas h tambm riquezas naturais, culturais e povo muito inteligente.
interessante observar a ideia das pessoas sobre locais desconhecidos, onde elas no estiveram antese criam mitos injustificveis.
Desconhecimento. Ao conversar sobre a rica, ainda observo e recebo avisos dignos de riso.Um deles : nossa! Voc vai pegar doena com o ar de l. At o momento, no vi nenhum caso pare-cido com este. Fato interessante: nenhuma dessas pessoas pisou na rica nesta existncia. H simepidemias de doenas, mas tambm h epidemia de doenas no Brasil, Europa e pode acontecer emqualquer lugar. Ao alar dos problemas sociais existentes no Brasil para aricanos, eles no acreditam,pois para eles o Brasil muito desenvolvido.
Desmitificao.Os mitos sobre a rica somente sero quebrados quando as pessoas vierem
para c, ajudarem as pessoas (tares), conhecerem o povo e perceberem o quo eles se esoram paraser melhores. No entanto, h muita limitao sinptica, derivada dos idiotismos culturais, msticos,religiosos. A alta de educao e sade contribuem para perpetuar hbitos seculares sem sentido.
A MITIFICAO DA FRICA, CARREGADA DE NEGATIVISMOS OMAIOR ENTRAVE DA CONSCINCIA INTERESSADA EMAMPLIAR A INTERASSISTENCIALIDADE (TARES) NO CONTINENTE.
AT QUANDO VOC VAI CONTINUAR COMA MESMA ATITUDE?Bibliografia: Burton,Richard F.; Wanderings in West Africa;624 p.; 6 caps.; 11 cit.; 1 ded.; 5 enu.; 1 fig.; 1 or.; 1 ilus.;
10 listas; 1 mapa; 1 tab.; 2 vols.; 24 x 16 cm; enc.; pre.; Kessinger Publishing, LLC Legacy Reprints; EUA; 2010 (reimpresso);pginas 4 e 5.
__________
Nota 1: exto original: records of travel, I am assured, are interesting in proportion as the traveller goes forth, not a universalobserver, but with a definite pursuit to a small world of his own.
Nota 2: exto original: from the depths of my self-consciousness I had eliminated an idea, that there is some solid substantialreason for the veil of mystery which, like that of Isis, still shadows the fair proportions of Western Africa.
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Metodologia Autodidata Cosmovisiolgica:
Case Continente Africano
Amy Bello
RESUMO:Baseada em duas tcnicas mentaissomticas cnica do Cosmogramae a cnica da Anlise-Snteseaplicada Escrita a autora prope aMetodologia Au-todidata Cosmovisiolgicapara aquisio de conhecimento de maneira autodidata,recursiva, em busca da cosmoviso. A metodologia exemplificada com os resultadosdo caseContinente Aricano.
Palavras Chave: rica; Autodidatismo; Cosmograma; Cosmovisiologia; Escrita;cnicas Mentaissomticas.
INTRODUO
Objetivos. O objetivo do artigo apresentar duas tcnicas mentaissomticas cnica do Cos-mograma e a cnica da Anlise-Snteseaplicada Escrita e aMetodologia Autodidata Cosmovisio-lgicadesenvolvida a partir do uso destas duas tcnicas para suprir lacuna pessoal do conhecimento.O artigo exemplifica a aplicao da metodologia com o caseContinente Aricano.
Pblico-Alvo.Destina-se a pessoas interessadas na aplicao de tcnicas mentaissomticas cos-movisiolgicas para aquisio de conhecimento pelo autodidatismo.
Estrutura. O artigo est estruturado em 4 sees: cnica do Cosmograma; cnica de Anlise--Sntese aplicada Escrita;Metodologia Autodidata Cosmovisiolgica, Case Continente Aricano;Concluses.
Metodologia. O contedo apresentado neste artigo baseia-se na autopesquisa da autora durantea aplicao continuada da cnica do Cosmogramapor mais de 1 dcada (2003-2014) e do desenvolvi-mento daMetodologia Autodidata Cosmovisiolgicapara aquisio de conhecimentos sobre o ContinenteAricano (caseContinente Aricano) no perodo compreendido entre janeiro de 2013 e julho de 2014.
TCNICA DO COSMOGRAMA
Proposio. A cnica do Cosmograma oi apresentada pelo proessor e pesquisador WaldoVieira na Publicao Boletins da Conscienciologia,Vol. 2 n.1 jan./dez. 2000, com a proposta deser 1 dos 3 instrumentos da Conscienciometriapara a pesquisa da Conscienciologia. Segundo Vieira,o objeto de estudo do Cosmograma a matria, um derivado da energia, [que] constitui os objetos,coisas, realidades unitrias ou atos (enmenos, ocorrncias) do Cosmos.
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Definio. A cnica do Cosmograma a tcnica de leitura, seleo e anlise de matrias publica-das na mdia nacional e internacional, de todas as inclinaes poltico-partidrias, classificando-as se-gundo o principal tema abordado, de acordo com os princpios multidimensionais da Conscienciologia,objetivando alcanar, a longo prazo, a cosmoviso do holopensene humano e das realidades do Universo,pelo exerccio da associao mxima de ideias, da autocriticidade e da interassistencialidade pessoal.
Passo-a-passo. A cnica do Cosmograma consiste na aplicao dos seguintes 7 passos, em se-quncia uncional:
1. Leitura de Jornais e Peridicos: sicos / virtuais.
2. Seleo de Matrias:importncia consciencial.
3. Anlise da Matria: elenco; contexto; causas e eeitos; Especialidades da Enciclopdia daConscienciologia; entrelinhas; veracidade; desdobramentos; reerncias.
4. Classificao Sntese da Matria: materpensene; temas de pesquisa institucional / pessoal.
5. Arquivamento: sico / virtual; institucional / pessoal; temas de a-z /especialidades-subespe-
cialidades.6. Armazenamento:
a. Fsico: espao disponvel; tipo de pastas.
b. Virtual:computador pessoal / cloud.
7. Aplicao: debates; docncia; artigos; livros.
Posturas. A aplicao da tcnica do cosmogramacostuma ser desafiadora para o cosmogramti-co jejuno. Oito posturas so relevantes para o enrentamento de tal desafio, listadas a seguir, em ordemlgica:
1. Curiosidade. er curiosidade para aproundar-se na anlise da matria, buscando o pano deundo. Muitas vezes isto s conseguido pelo conronto com outras mdias ou pela observao dosdesdobramentos ao longo do tempo.
2. Benignidade. A postura benigna durante a leitura de atos protagonizados por consrus pro-filtica quanto manuteno do heteroperdoamento e do exerccio da interassistencialidade, dentroda maxiproxis de reurbanizao do planeta.
3. Tranquilidade.A pressa em acabar (livrar-se da matria) pode produzir quantidade, masa qualidade ficar a desejar. Entretanto, deve-se aceitar as dificuldades iniciais, e dar prosseguimentomesmo na incerteza, pois a segurana s vir com o tempo.
4. Dinamismo. Aps estabelecer a lista inicial de temas de pesquisa, de preerncia com temasguarda-chuva, estar sempre pronto para adicionar novos temas e alterar a organizao hierrquica dosmesmos. Lema: No ter medo de errar, pois az parte do processo, mas consertar quando detectadoo engano.
5. Antidispersividade. Por ser tcnica cosmovisiolgica requer medidas antidisperso quantoao volume de inormaes levantadas pela associao de ideias. Sugere-se o uso de memria externa(anotaes organizadas, planilhas de computador) para no se perder no processo.
6. Motivao. As tareas cosmogramticas envolvem dierentes tipos de aes e talentos. Paraa seleo de artigos basta leitura dinmica; por outro lado, a anlise e classificao do artigo requer
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leitura concentrada e autorreflexo. Organizar temas requer planejamento da pesquisa, inclusive dasgescons atuais e uturas, enquanto arrumar pastas requer trabalho sico. Observar o mood pessoal nahora de realizar as tareas mantm a motivao no trabalho e a otimizao dos resultados.
7. Paraperceptibilidade. Observar o extrasico essencial. A leitura ulcro de evocaese oportunidades para o desenvolvimento parapsquico baseado no binmio assdio-interassistncia.
8. Persistncia. Os resultados pessoais com a aplicao da tcnica do cosmogramaacontecema longo prazo, assim, deve-se insistir, perseverar.
Trafares. Os traares pessoais ressoam quando se l sobre determinados assuntos. A inflexibi-lidade, o baixo nvel de interassistncia e outros traos podem dificultar a leitura sobre, por exemplo,assuntos anticosmoticos e a srie, aparentemente infindvel e repetitiva, defatos feios e desagradveis.
Autopesquisa. Prestar ateno e registrar as reaes emocionais durante a leitura e anlise dosartigos instrumento til ao indicar temas de autopesquisa objetivando as reciclagens intraconscien-ciais, a autossuperao de traares e o upgrade do nvel de interassistncia pessoal.
Tetica. Para a autora, a motivao para manter o continusmo na aplicao assdua da tcnica,ao longo de mais de 1 dcada, oi a constatao dos resultados pessoais gradualmente aueridos, em9 campos principais, listados a seguir em ordem alabtica.
1. Autoconsciencialidade:autoconhecimento; amadurecimento consciencial.
2. Autorganizao: mental; ambiente de trabalho.
3. Escritrio Pessoal: biblioteca; hemeroteca; bancos de dados no computador.
4. Cultura:ampliao do nmero de linhas de conhecimento de interesse.
5. Docncia: Fatustica para exemplificar os temas abordados.
6. Interassistencialidade:empatia; percepo parapsquica; base de assistidos.
7. Mentalsoma:dicionrio cerebral; qualidade da associao de ideias.
8. Pesquisa: expertise.
9. Poliglotismo: proficincia em diversas lnguas.
TCNICA DA ANLISE-SNTESE APLICADA ESCRITA
Definio. A tcnica da anlise-sntese aplicada escrita (ASE) consiste na leitura e anlise de1 ou mais artigos ou matrias sobre mesma ocorrncia seguida de escrita de pequeno texto sntesesobre o assunto.
Objetivo. A ASEvisa desenvolver a habilidade de captar e expressar o materpensene do(s) tex-to(s) lido(s), exercitando assim a autocriticidade, a associao de ideias, a capacidade de sntese (prio-rizao e sequncia) e a escrita retilnea. eficiente erramenta antidispersiva e de fixao da memria,atuando complementarmente tcnica do cosmograma para o desenvolvimento mentalsomtico cos-movisiolgico.
Pesquisa. A Internet traz atualmente infinitas possibilidades de pesquisa gratuita sobre qual-quer tema. Esto disponveis centenas de bibliotecas virtuais e de jornais online,milhares de artigose blogues e milhes de inormaes postadas nas redes sociais. a era da artura inormacional.
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Interpretao. Dentro da prouso de inormaes, saber escolher a leitura, interpretar os atos,levantar hipteses e posicionar-se, undamental para debater, esclarecer e gerar neoverpons.
Escrita. A escrita a orma mais avanada de comunicao do pr-sereno. Viabiliza a diusodas ideias ao maior nmero de pessoas, servindo inclusive qual cpsula do tempo para o prprio autor.Ao promover o exerccio rotineiro da escrita de pequenos textos, a tcnica da anlise-sintese aplicada
escrita,baseada no autodiscernimento, autocriticidade, cosmoviso e exposio de ideias de maneiraretilnea, atua com eficincia no desenvolvimento da capacidade da boa comunicao escrita do autor.
METODOLOGIA AUTODIDATA COSMOVISIOLGICA, CASECONTINENTE AFRICANO.
Motivo. O desenvolvimento da metodologiaautodidata cosmovisiolgicaapresentada nesta seovisou atender ao desafio autoimposto de adquirir conhecimentos sobre o Continente Aricano, a partirdo reconhecimento de compromisso proexolgico nesta regio.
Cosmograma. Aps este reconhecimento, em 2013, a autora associou-se INERCONS e co-meou a leitura de livros e a coleta de inormaes sobre a rica utilizando a tcnica do cosmograma.
Facebook. A partir de outubro de 2013 o voluntariado na INERCONS envolveu a implantaoda fan pageda instituio no Facebook (https://www.acebook.com/intercons). O materpensene daINERCONS so as atividades de intercmbio conscienciolgico no mundo, mas o oco principal, nessemomento especfico, o Continente Aricano.
Metodologia. A demanda da rede social pela introduo requente de matrias, alinhou-se roti-na pessoal diria de leitura de jornais da tcnica do cosmograma.Desta maneira, ocorreu a aplicaoda ASE sobre as matrias relacionadas rica e a publicao no Facebookdos resultados de pesquisa,
diundindo assim o conhecimento para outras pessoas interessadas no tema, em especial, intermissi-vistas compromissados com o trabalho nesse continente.
Post.A ttulo de exemplo, eis 16 matriaspostadasno Facebookda INERCONS em ordem cro-nolgica da data de publicao:
01. 23/10/2013. [Satyagra House ] uma das casas onde Gandhi viveu na rica do Sul (1908-1909), localizada nos arredores de Johanesburgo. A casa chamada Te Kraal, oi projetada pelo arquitetoe amigo Herman Kallenbach. Atualmente um museu e guesthouse. Foto: Giuliana Costa. Detalhesem: http://www.satyagrahahouse.com/en/Museum-Johannesburg-exhibit.
02. 26/10/2013. COSMOGRAMA (Ramos, Iseu; http://iseu-tribos.blogspot.com.br/2011/05/
as-9-etnias-da-arica.html?m=1). Rpida descrio e imagens da principais tribos da rica do Sul.03. 14/11/2013. ANICONFLIOLOGIA (AlJazeera; African intellectuals ponder peace pros-
pects; disponvel em http://www.aljazeera.com/indepth/eatures/2013/11/arican-intellectuals-pon-der-peace-prospects-201311842345894374.html). O Congresso Dynamics of conflict, promises ofrenaissancereuniu intelectuais aricanos em Dohas, de 1-3 de Novembro, para discutirem as dificul-dades para o estabelecimento da Paz no continente.
04. 02/01/2014. FESA (POR DENRO DA FRICA; Ghat Festival: O Encontro dos uareguesno Norte da rica; disponvel em http://www.pordentrodaarica.com/cultura/ghat-estival-o-encon-tro-dos-tuaregues-no-norte-da-arica; 01/01/2014). Confira as otos do estival de fim-de-ano dos tu-aregues que acontece h 19 anos na cidade de Ghat, sudoeste da Lbia.
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05. 15/01/2014. COMUNICOLOGIA (CHRISIE, Jackie; Speaking the same Language?; BBC;disponvel em http://www.bbc.co.uk/blogs/bbcmediaaction/posts/Speaking-the-same-language-;13/12/2013). A produtora do programa de rdio Sema Kenya (O Qunia Fala) conta as dificuldadesque encontrou ao convidar participantes para o programa comemorativo dos 50 anos de indepen-dncia do pas. Os convidados nem sempre se sentiam confiantes j que o programa em kiswahili.Apesar dos quenianos aprenderem kiswahili na escola, apenas 40 % domina o idioma. A maioria alaum mnimo de 3 lnguas: a lngua natal, o kiswahili e o ingls, que a lngua ranca para negcios.
06. 21/01/2014. GOLPES (BBC; Judge raises Nigeria Baby Selling Scam concerns;disponvelem http://www.bbc.co.uk/news/uk-england-london-20082389; 25/10/2012). So muitos os golpes narica. Os mais conhecidos so os scams financeiros da Nigeria via email. Esta notcia, tambm naNigria, mostra esquema para enganar pais desesperados por filhos. Comuns tambm so os golpesromnticos, voltados principalmente para idosos e idosas, aplicados no Facebook e sites de namoroa partir de perfis orjados.
07. 18/02/2014. EVOLUCIOLOGIA (BAIMA, Cesar; odos Juntos e Misturados; O Glo-bo; disponvel em http://oglobo.globo.com/ciencia/historia/todos-juntos-misturados-11612438 ;
15/02/2014). Pesquisadores de Oxord, University College of London e Instituto Max Planck de Antro-pologia Evolucionria geram atlas gentico da histria humana de miscigenao (v. http://admixture-map.paintmychromosomes.com/).
08. 01/03/2014. EXPOSIES (MUSE NAIONAL DE LA MARINE; Le Voyage de lOblis-que : Louxor / Paris (1829-1836); disponvel em http://www.musee-marine.r/le-voyage-de-lobelisque-louxor-paris-1829-1836; acesso em 01/03/2014). De 12 de evereiro a 6 de julho de 2014, no Palaisde Chaillot, rocadro, Paris, a exposio Le Voyage de lObelisque reconta a histria do transportee erguimento do obelisco de Luxor (edificado no reino do Fara Ramss II e doado Frana pelo vicerei do Egito em 1830). O obelisco, que simbolizava um raio de sol petrificado - o ponto de contato
entre o mundo dos deuses e dos humanos - oi utilizado pelo Rei Luis Felipe para reurbanizar o localda guilhotina, na antiga Praa da Revoluo, renomeada Praa da Concrdia.
09. 12/03/2014. CONSRU (Le POIN, Arique; Rwanda : Simbikangwa ou la Banalit du Mal;disponvel em http://www.lepoint.r/monde/rwanda-simbikangwa-ou-la-banalite-du-mal-14-02-2014-1791800_24.php; 14/02/2014; Foto: AFP). Segue em Paris o julgamento do ex-premi Pascal Simbikangwapor cmplice no genocdio em Ruanda em 1994. Parecer de psiquiatra o compara a Eichmann e a ba-nalidade do mal definida por Hannah Harendt no julgamento de Nuremberg.
10. 16/03/2014. CAA (BELL, Alex; Global Protesters call on SA to Ban Canned Lion Hunting;SWRADIO AFRICA; disponvel em http://www.swradioarica.com/2014/03/14/global-protesters-call-
on-sa-to-ban-canned-lion-hunting/; 14/03/2014). March or Lions o nome do movimento de protestoem rente s embaixadas da rica do Sul em 60 cidades no dia 15/03. Denuncia a prtica do comrcioenlatado da caa aos lees (CACH) em que os animais so criados para serem vistos e acariciados pelosturistas enquanto bebs e posteriormente, j adultos, so transormados em trous de caa.
11. 05/04/2014. RAADOS: PAZ (ARAB, Sameh M.; Egypt: Ramses the Great, Te PharaohWho Made Peace with his Enemies and the First Peace reaty in History; OUREGYP; disponvelem http://www.touregypt.net/eaturestories/treaty.htm; acesso em 05/04/2014). O primeiro tratadode paz da humanidade j envolvia o Oriente Mdio. O tratado de Jadesh oi assinado entre Ramss II(talvez o maior ara, que governou 67 anos) e Hatusil III (rei dos hititas) c.a.1259 a.e.c. Foi possvelatravs da paz entre R e eshub (os deuses dos 2 povos).
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12. 23/05/2014. SINCRONICIDADES (MORGAN, Joe; Africa elects First Gay Black MP;GAYSARSNEWS; disponvel em http://www.gaystarnews.com/article/arica-elects-first-gay-black-mp220514; 22/05/2014). Zakhele Mbhele, o 1o parlamentar negro, assumidamente gay, da ricado Sul, toma posse na Assembleia Nacional, no dia 22/05, data em que se comemora na Caliornia oHarvey Milk Day, uma homenagem a Harvey Bernard Milk (Maio 22, 1930 Novembro 27, 1978)o 1opoltico americano, assumidamente gay, a ser eleito para um cargo pblico (1977, San Francisco
Board o Supervisors). Harvey oi assassinado 11 meses depois.
13. 30/05/2014. ONOMSICA (INDABA;ABC of Xhosa Names;disponvel em http://www.designindaba.com/news/abc-xhosa-names; 23/05/2014). Artista grfica Tandiwe shabalala apresen-ta o significado de diversos nomes Xhosa (ex. Amandla, Buntu, Chwayita, Daluxolo, Elethu, Fikile...),que surgiram ao final do apartheid quando os pais no precisaram mais dar nomes ingleses para seusfilhos (ex. Knowledge, Margaret, Mavis, Innocentia, Innocent, Jeffrey, Gloria...).
14. 04/06/2014. ESCAMBO (PAININ, Jason; In Mombasa, Africas First Alternative Curren-cy helps Kenyans fight Poverty; disponvel em http://www.csmonitor.com/World/Arica/2014/0603/In-Mombasa-Arica-s-first-alternative-currency-helps-Kenyans-fight-poverty; 03/06/2014; Foto:
http://koru.or.ke/bangla-pesa-launch). Em maio de 2013, economista americano Will Ruddick lanoua moeda inormal Bangla-Pesa na avela Bangladesh (20 mil pessoas) prxima a Mombasa, Qunia,estimulando o comrcio entre moradores.
15. 02/07/2014. CDIGO GRUPAL DE COSMOICA (GLOBO; Petio pede para Face-book excluir Perfil de Caadora de Animais na rica; disponvel em http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/07/peticao-pede-para-acebook-excluir-perfil-de-cacadora-de-animais-na-arica.html ;01/07/2104). Petio com mais de 44 mil assinaturas pede para o Facebook remover o perfil de Ken-dall Jones, 19 anos, que postou otos ao lado de lees, zebras, onas e outros animais abatidos por elaem suas caadas pelo Zimbbue, na rica.
16. 10/07/2014. URISMO (SPOONER, Samantha; 10 World Heritage Sites in Africa...whi-
ch youve probably never heard of;disponvel em http://mgarica.com/article/2014-07-06-10-world-heritage-sites-in-aricawhich-youve-probably-never-heard-o/#.U7p9I1dW-V ; 06/07/2014; Foto:Earth ouch, Flickr). A rica possui 129 locais entre os 1000 considerados patrimnios Mundiaispela UNESCO. Este artigo descreve 10 desses locais: 01. assili nAjjer: Arglia; 02. Dja Faunal Reserve:Camares; 03.iya: Etipia; 04. Royal Hill o Ambohimanga: Madagascar; 05. omb o Askia: Mali; 06.Banc dArguin National Park: Mauritnia; 07. Air and nr Natural Reserves: Niger; 08. VredeortDome: South Arica; 09. Archaeological Sites o the Island o Meroe: Egypt; 10. Koutammakou, Lando the Batammariba: Benin.
Consideraes.Eis 10 consideraes relevantes quanto s publicaes no Facebook, apresenta-
das em ordem lgica:1. Produo. Em 9 meses de trabalho, oram publicadas mais de 800 matrias, classificadas
sob mais de 240 temas, dos quais 116 (Anexo 1) tem mais de 1 matria. As ontes de pesquisa citadasincluram 234 sites dierentes (Anexo 2).
2. Confor. O confor de apresentao dos atos oi estabelecido gradualmente, a partir da ideiainicial de associar as postagens com as leituras de jornais. O fichamento do cosmograma oi simplifi-cado tendo em vista a volatilidade da ateno dos usurios das redes sociais e as limitaes de estilosde onte.
3. Links.Priorizou-se a incluso de matrias com linkspara disponibilizar ao leitor o acesso sontes de pesquisa.
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4. Diversidade. Para buscar a iseno quanto compreenso dos atos buscou-se a diversidadede ontes da mdia e o conronto das verses publicadas, por exemplo, pela BBC, RFI, Al Jazeera, a im-prensa portuguesa e a imprensa aricana nos vieses: partido no poder, partido de oposio.
5. Idiomas. Alm dos idiomas estrangeiros j conhecidos Ingls e Espanhol houve a ne-cessidade de investir na fluncia do Francs, para acessar a mdia da Frana, ex-colonizadora, aindamantendo orte presena comercial e poltica no norte da rica.
6. Sinaltica. A sinaltica energtica parapsquica oi observada na escolha da matria a publicare o aproundamento de temas especficos.
7. Fluxo. Seguiu-se nessas ocasies a abertura de caminho mentalsomtico avanado de pes-quisa. A associao de ideias levava escolha rpida, em sucesso, de links,com inormaes impor-tantes para a montagem do quebra-cabeas atolgico.
8. Banco de Dados. Mesmo quando no publicadas, as inormaes levantadas oram armaze-nadas, gerando banco de dados pessoal de sites, personalidades, eventos histricos, por exemplo, paraposterior pesquisa.
9. Princpio.Oprincpio dos fatos e parafatos orientarem a pesquisa, de ato, estabeleceu o norteda metodologia.
10. Tenepes. A regularidade das evocaes rica acarretou mudana no padro da tenepes.A hiptese da leitura direcionada de jornais, online, diria, equivaler segurar o touro pelos chiresquanto tenepes.
Planilha. Para administrar tal quantidade de atos, envolvendo tantos temas, pases, persona-lidades e momentos histricos, oi criada planilha de acompanhamento das matriaspostadas (data--matria), qual instrumento antidisperso.
Ciclo.A partir do entrecruzamento das matrias da planilha tornou-se possvel iniciar novociclo de anlise-sntese, 1 nvel acima, de associao de ideias, consolidao e fixao de resultados. Poroutro lado, a viso de conjunto indicou lacunas a suprir e novos temas a pesquisar.
Curso. Os resultados do ciclo anlise-sntese, 1 nvel acima, so a base do cursofrica em Cos-mograma, em desenvolvimento pela a autora.
Autoconfirmao.Para a autora, a verbao metodolgica do caseContinente Aricano auto-confirmou a proposta de a aplicao recursiva e sistemtica do ciclo de anlise-snteselevar ao desen-
volvimento da viso cosmovisiolgica e produo de gescon.
Megagescons. Exemplos de megagescons cosmovisiolgicas empregando a tcnica do cosmo-gramaso as obras de Vieira, Homo sapiens reurbanisatus e Homo sapiens pacificus.
CONCLUSES.
Parapsiquismo. cnicas mentaissomticas predispem oacoplamento com equipex dedicadaao desenvolvimento mentalsomtico das conscins levando ao desenvolvimento da sinaltica energ-tica parapsquica, insights parapsquicos, percepo das sincronicidades, entrada em trilha cognitivaavanada, upgradeno nvel de interassistencialidade e avano da tenepes.
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Gescon. A Metodologia Autodidata Cosmovisiolgica viabilizou a apreenso de conhecimentoem rea lacunada e a consolidao do mesmo pela escrita sistemtica de snteses, abrindo caminhopara a produo de escrita no crescendo post-artigo-livro.
O EXERCCIO DAARTICULAO INTELECTUAL NO CICLO ININTERRUPTOLEITURA-ANLISE-SNTESE-ESCRITA-ARQUIVO, BASE DA METODOLOGIAAUTODIDATA COSMOVISIOLGICA, PRESDISPE RUPTURA DA FREN-TE MENTALSOMTICA, PR-REQUISITO DO PARAPSIQUISMO AVANADO.
Referncias Bibliogrficas:
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09. Idem;Dicionrio de Neologismos da Conscienciologia; org. Lourdes Pinheiro; revisores Ernani Brito; et al.; 1.072p.; 1 blog; 21 E-mails; 4.053 enus.; 1facebook; 2 otos; glos. 2.019 termos; 14.100 (termos neolgicos); 1 listagem de neo-logismos; 1 microbiografia; 21websites; 61 res.; 28,5 x 21,5 x 7 cm; enc.;Associao Internacional Editares; Foz do Iguau,PR; 2014; pgina 295.
10. Idem; Homo sapiens pacificus; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.584 p.; 24 sees; 413 caps.; 403abrevs.; 38 E-mails; 434 enus.; 484 estrangeirismos; 1 oto; 37 ilus.; 168 megapensenes trivocabulares; 1 microbiografia; 36tabs.; 15 websites; glos. 241 termos; 25 pinacografias; 103 musicografias; 24 discografias; 20 cenografias; 240 filmes; 9.625res.; al.; geo.; ono.; 29 x 21,5 x 7 cm; enc.; 3 Ed. Gratuita; Associao Internacional do Centro de Altos Estudos da Cons-cienciologia (CEAEC); &Associao Internacional Editares; Foz do Iguau, PR; 2007; pginas 1.064-1.466.
11. Idem; Homo sapiens reurbanisatus; revisores Equipe de Revisores do Holociclo; 1.584 p.; 24 sees; 479 caps.;139 abrevs.; 12 E-mails; 597 enus.; 413 estrangeirismos; 1 oto; 40 ilus.; 1 microbiografia; 25 tabs.; 4 websites; glos. 241 ter-mos; 3 inogrficos; 102 filmes; 7.665 res.; al.; geo.; ono.; 29 x 21 x 7 cm; enc.; 3 Ed. Gratuita;Associao Internacional doCentro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC); Foz do Iguau, PR; 2004; pginas 1.123-1.451.
12. Idem;Tcnica do Cosmograma; Artigo; Boletins da Conscienciologia;Vol. 2; N.1; Anurio; 1 E-mail; 33 enus.;3 res.;Centro de Altos Estudos da Conscincia (CEAEC); Foz do Iguau, PR; Janeiro-Dezembro, 2000; pginas 33 a 52.
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ANEXO 1 PRINCIPAIS TEMAS CLASSIFICADOS
01. rica
02. Agricultura03. gua
04. Antagonismologia
05. Anticonflitologia
06. Antisubumanidade
07. Arqueologia
08. Assistencalidade/assistenciologia
09. Assistencalismo
10. Autorado
11. Autoritarismo
12. Aviao
13. Belicismo
14. Bibliografia
15. Biblioteca
16. Biografias
17. Blocos econmicos
18. Boicote
19. Caa/caada
20. Cartografia
21. Censura22. Cidades
23. Cinematografia
24. Comrcio
25. Comunicologia
26. Conerncias
27. Conflitologia
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28. Cooperao
29. Corrupciologia
30. Cosmograma
31. Criatividade
32. Criminologia
33. Cronologias
34. Cultura/culturologia
35. Democracia
36. Desconfiana
37. Desporto/esporte
38. Diplomacia
39. Ditadores/ditadura
40. Doao
41. Economia
42. Educao
43. Eeitologia
44. Elencologia
45. Empreendedorismo
46. Empresariado/ empresrio
47. Empresas
48. Epidemia
49. Escravatura
50. Evoluciologia
51. Exibies/exposies
52. Fauna
53. Festa
54. Filatelia
55. Filmografia
56. Fome
57. Fotografia
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58. Gemelidade
59. Genocdio
60. Geopoltica
61. Ginossomtica
62. Grupos
63. Heurstica
64. Histria/historiologia
65. Homoobia
66. Homossexualismo
67. Imigrantes/migrantes
68. Interassistencialidade/interassistenciologia
69. Intercmbio
70. Internet
71. Investimentos
72. Irracionalidades
73. Irracionalidade religiosa
74. Isl/islamismo
75. Justia
76. Liderana/lderes
77. Livro
78. Mediao
79. Modismos
80. Moedas
81. Monarquia
82. Museologia83. Msica
84. Negcios
85. Nosologia
86. Operaes
87. Pases
88. Palestra
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89. Paradoxo/paradoxologia
90. Pareceria
91. Pena dmorte
92. Personalidade
93. Poder
94. Poligamia
95. Politicologia
96. Programas
97. Projeto
98. Protesto
99. Publicaes
100. Racismo
101. Reconciliao
102. Represso
103. Saude
104. Sequestro
105. Surpreendncia
106. errorismo
107. este
108. Te independent
109. rabalho
110. radies
111. ransporte
112. ratados
113. urismo
114. Vacina
115. Violncia
116. Voluntariado
117. Zooconvivialidade
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ANEXO 2 FONTES DE PESQUISA
01. A bola
02. A olha sp03. About
04. Access gambia
05. Areaka
06. Arica 21 digital
07. Arican arguments
08. Arican horizons
09. Arican manager
10. Arican union
11. Aricasacountry
12. Agncia de notcias brasil-rabe
13. Al jazeera
14. All arica
15. Alternet
16. Amazon
17. Anda
18. Angonoticias
19. Apartheid museum
20. Bahia noticias
21. Bbc22. Bbc brasil
23. Biblioteca nacional de portugal
24. Biblioteca virtual de cincias humanas
25. Blackpast
26. Blogueiras negras
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27. Boutique.Arte
28. Brasilturis
29. Brazilarica
30. Brookings
31. Burtoniana
32. Business day
33. Cahier dtudes aricaines
34. Carrington
35. Catho
36. Catraca livre
37. Ceeac
38. Channel 4
39. China radio international
40. Christian post
41. Crculo angolano intelectual
42. Cnbc arica
43. Cnn
44. Common dreams
45. Conversa de historiadoras
46. Correio
47. Correio 24 horas
48. Correio do povo
49. Corrreio do brasil
50. Csmonitor
51. Cultura ponto a ponto
52. Daily mail
53. Daily nation
54. Death penalty worlwide
55. Design indaba
56. Destak
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57. Dezeen
58. Diario de noticias globo
59. Diario de s paulo
60. Diario digital
61. Dominio pblico
62. Drum connection
63. Ecowas news today
64. El mostrador
65. El pais brasil
66. Espresso and stroopwael
67. Euronews
68. Exame
69. Expresso
70. Fao
71. Fatima missionaria
72. Fernando nhantumbo
73. Forbes
74. France 24
75. Freeworld publications
76. Funag (undao alexandre de gusmo)
77. Gallery ezakwantu
78. Gaystarnews
79. Getaway
80. Ggn
81. Ghanaweb82. Gi natureza
83. Giraamania
84. Gizmodo
85. Global post
86. Globo esporte
87. Goal
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88. Growth business
89. Herdeiro de aecio
90. Histoire pout tous
91. Historiageografiayfilatelia
92. How we made in arica
93. Huffington post
94. Ibram
95. Imagens de marca
96. Imo
97. Inonet
98. Instituto cincia hoje
99. International business times
100. Isto e
101. Itapeva times
102. Jeune arique
103. Jornal a cidade
104. Jornal cana
105. Jornal de negocios
106. Jornal digital
107. Jornal do brasil
108. Jornal st
109. Jornalismo porto net
110. La presse
111. Le figaro
112. Le monde113. Le monde diplomatique
114. Le point
115. Legal.Un
116. Livenews
117. Local
118. Luanda digital
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119. Lusa
120. Lusomonitor
121. Mail&guardian
122. Maka angola
123. Maps o world
124. Mercado e eventos
125. Metropolitan museum o art
126. Mirror news
127. Mmaspace
128. Monitor mercantil
129. Mr hortons class
130. Muse national de la marine
131. National geographic
132. National museum o arican art
133. New era
134. New vision
135. News watch
136. Noticias ao minuto
137. Noticias r7
138. Ny times
139. O dia
140. O estado de s.Paulo
141. O globo
142. O mirante
143. O pais144. Povo
145. Ocean sole oundation
146. Ozy
147. Papermag
148. Por dentro da arica
149. Portal anglop
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150. Portal brasil
151. Portal da propaganda
152. Portal guandu
153. Portugal digital
154. Portugal gay
155. Public radio international
156. Pblico
157. Qantara
158. R7 noticias
159. Radio ergo
160. Radio onu
161. Rede angola
162. Reuters
163. Reuters brasil
164. Revista aro
165. Revista osis
166. Revista pesquisa apesp
167. Revista sankoa
168. Rfi
169. Ricardo stump
170. Rimes live
171. Roberto pascoal
172. Roger ebert
173. Royal arican society
174. Rtp175. Sahara reporters
176. Sahel sounds
177. Sangonet
178. Sanparks
179. Sapo
180. Satyagrahouse
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181. Screen arica
182. Sgate
183. Showme
184. Smithsonian
185. South arican history online
186. Sw radio arica
187. c daily planet
188. ecmundo
189. ed
190. edxeuston
191. erra
192. erra magazine
193. Te arica report
194. Te comment actory
195. Te daily telegraph
196. Te economist
197. Te guardian
198. Te long riders guild
199. Te national
200. Te red phoenix
201. Te south arican
202. Te straits times
203. Te telegraph
204. Te verge
205. Te wall street journal
206. Tis is arica
207. imes live
208. op documentary films
209. ouregypt
210. ransparency international
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211. ribuna da bahia
212. ribuna do norte
213. v124
214. v2 rtp
215. Udcp conflict encyclopedia
216. Uneca
217. Unesco
218. Unmultimedia
219. Usa today
220. Usaid
221. Veja
222. Ventureburn
223. Verdade
224. Vermelho
225. Voice o america
226. Voz da russia
227. Washington post
228. Washington times
229. Wikipedia
230. World news report
231. World time
232. Yale.Edu
233. Youtube
234. Zulu
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Foto: Malu Lindemann, 2014.
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Entrevista com Malu Lindemann
Entrevistadora: Giuliana Costa
Duas histrias pessoais de vivncias aricanas: Dar-es-Salaam, anznia e Marrakech, Marrocos.
I. Introduo e minicurrculo
Meu nome Maria Lucia Lindemann, Malu, sou brasileira de origem, nasci em ConselheiroLaaiete, Minas Gerais, em 2 de maro de 1967. Uma grande atrao por viagens e pela lngua rance-sa marcou, para resumir, meus anos de adolescncia e jovem adulta. Estudei engenharia qumica naUFRJ mas, sem me projetar nessa carreira, resolvi parar para pensar aceitando um emprego numaempresa rancesa de despoluio de rios (bacia do Rio Doce e Paraba do Sul) em 1991. Dentre di-
versas experincias nessa empresa, uma srie de sincronicidades me fizeram encontrar o homem queseria meu marido, em 93. Sou casada h 21 anos e temos dois filhos: Tais de 18 e Tomas de 16. Vive-mos tambm em Bordeaux, na Frana, onde me graduei em rancs na Universit Michel MontaigneIII e fiz a Escola de Belas Artes de Bordeaux; em Lisboa, Portugal e em Madrid, na Espanha, ondemoramos atualmente. Alm das responsabilidades amiliares aqui e no Brasil, dedico-me diariamentes tertlias conscienciolgicas onlinee s autopesquisas decorrentes e finalmente, ao estudo da lnguaespanhola para tentar uma vaga na universidade pblica para estudar Psicologia.
II. Entrevista
1. Dar-es-Salaam, anznia (fevereiro 1994 a abril 1996)
Me lembro-me dos meus amiliares e amigos dizendo, brincando, que eu tinha sido enganada,pensando que ia viver em Paris! A verdade que oi uma experincia excepcional. Revalorizamosaquilo que acilmente se banaliza. Percebi que minha vida seria no somente ora do Brasil como emdiversos outros pases e que certa responsabilidade estaria nas minhas mos. No pesei mais conse-qncias, a proposta me atraa. Assim oi. Nosso primeiro posto (diretor de uma Multinacional res-ponsvel por controle de qualidade de exportaes e importaes): Dar es Salaam, capital da anznia.
Chegamos em Dar em evereiro de 1994. Nessa altura a situao scio-poltica da regio no era
nada boa. Essa tenso devia-se a problemas ligados aos reugiados de conflitos antigos entre ronteiras(Burundi, Rwanda, anznia e Qunia), tema recorrente em vrios pases da rica (rivalidades entreetnias hutus (maioria) x tutsis (minoria).
No estou certa de se poder alar de choque cultural imediato. Quanto ao primeiro impacto vi-sual, para um brasileiro de classe mdia que tenha viajado por regies mais desavorecidas no prpriopas, poderia se ver sem maiores traumas naquela paisagem. Alm disso, ramos jovens e curiosose tudo novo parecia, interessantemente desafiador. Mas a verdade que a maneira de uncionar dosaricanos e daquela sociedade ainda tribal logo imps suas diretrizes.
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Pr a casa em uncionamento levou um certo tempo. No havia televiso, nem internet (noexistia ainda), raramente havia teleone, gua e luz. Essas coisas que, at ento, no tomam mais quealguns minutos para serem resolvidas. A gua, cor de barro, vinha num carro pipa. J havia encon-trado minha primeira atividade! nhamos um gerador de eletricidade diesel que uncionava quasetoda a semana. Com o tempo, o barulho daquela mquina se conundiu com o canto dos autoalantesdas mesquitas anunciando a hora do proeta. Isso era uma verdadeira invaso de domiclio. Ine-
lizmente no tnhamos escolha. Meu impulso oi no aproundar mais naquele tema e passar paraprxima pgina. Dessa orma, aquela cantoria diria azia parte do pano de undo. Afinal, ramos aliconvidados e como diz o outro, os incomodados que se retirem. De ato essa seria, com o tempo,uma boa divisa! Foi uma das minhas primeiras revalorizaes: a liberdade religiosa e ideolgica exis-tente no Brasil, ainda que de rabo de olho.
O sistema telonico uncionava por call back. Chamvamos um nmero que nos chamava devolta com uma linha livre. udo seria ormidvel se eles chamassem de volta. No entanto, isso aconte-cia bem raramente. O ax era ento a melhor opo e o adotamos, elizes da vida.
Uma vez a casa em uncionamento, pude me dedicar ao estudo do swahili, ingls e rancs. Per-cebi que havia muitas mulheres na minha posio, estavam ali para acompanhar seus maridos, estescom contratos de expatriados. Recorrente eram as separaes e os divrcios depois de certo tempo.Podemos imaginar as razes. A criatividade era sem dvida la monnaie dchange(a moeda de troca)antitdio. Uma atividade inusitada acabou surgindo com o tempo. Uma certa mulher, de origem Bel-ga, munida de um savoir fairede costureira, possuidora de contatos com costureiros do Zaire (povobem conhecido pelo talento com tecidos) e com importadora de tecidos indianos e ingleses, criou umagrie e me convidou para ajudar. Conseguamos o material vindo da India, da Inglaterra e do Egito.Outras pessoas vieram participar e criamos momentos de bastante integrao, inclusive com artigosna mdia. Ainda que tenha durado pouco tempo trouxe a todas e todos boas idias para prosseguir.
A cidade de Dar era bem catica e suja. Na verdade, no me espantava tanto, visto meu prpriopas! Para compensar, os tanzanos eram simpticos e prestativos. Bastava notar que precisvamos dealgo que chegavam sem maiores dificuldades de comunicao. inham um sorriso cil e acolhedor.O tempo sempre podia esperar. No encontrei ningum correndo atrs do relgio. Muito pelo contr-rio. Estavam ali, inteiros naquele momento.
No me pareceu tampouco que havia ome naquele pas. A terra era rtil e se comia muita ba-nana, milho, batata doce e carne de caa. O ugali, prato tpico base de arinha de milho, empanzinavao povo, sustentando o corpo para todo o dia. Devo dizer que a maioria dos nativos que trabalhava nocentro de Dar, andava cerca de 3h por dia para chegar ao trabalho. Havia um nibus que encurtava
o trajeto, porm no dava para todos. As bicicletas eram tambm muito bem-vindas.
No centro, os indianos dominavam o comrcio e os servios, enquanto os aricanos, os am-bulantes e opcionais (assistentes nos portos, carregadores, seguranas, office boys,vendedores, em-pregados domsticos, etc ). Lembro-me de comer batatas doce na brasa elaboradas ali na calada (sepodemos chamar assim) numa lata com carvo em brasa (j vimos esse filme no Rio de Janeiro...).As garraas de gua mineral eram uma desafio. As tampas eram recondicionadas mo e revendidas.Recomendavam-nos beber coca-cola se estivssemos na rua. Com as grandes chuvas, muitas vezes erapreciso decidir rpido: ou desistamos tempo do trajeto ou ficvamos ilhados. Os buracos secos, queat ento passavam desapercebidos, enchiam dgua e cresciam como magia! Isso sempre me chamou
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ateno. Engoliam os carros mais pequenos e as margens das estradas. Estar ali era ser pau para todaobra. Lembro-me de amarrar nosso pequeno 4x4 a um landcruiserpara ajudar a reboc-lo pois escor-regava sem controle numa encosta com toda a amlia dentro! Cada uma...
Ento, to rpido quanto mudo de pargrao o pas mergulhou numa grande calamidade. No dia6 de Abril de 1994, o Presidente Juvenal Habyarimana do Rwanda e o Presidente Cyprien Ntaryamira
do Burundi morreram num desastre de avio. Ironicamente os dois lderes regressavam de uma Con-erncia de Paz em Dar-es-Salaam, que tinha sido convocada para discutir a implementao de umplano de partilha do poder entre os dois pases. Vale lembrar que os dois presidentes eram Hutus, etniamaioritria, 85% da populao da Rwanda. ropas leais ao presidente morto realizaram uma limpezatnica extremamente violenta em represlia. Bastava ser utsipara ter a sentena de morte decretadaa golpes de aco. A questo dos reugiados de Rwanda aumentou ainda mais as tenses, mas a anzniase recusou a participar dos conflitos armados. De maneira que os habitantes no soreram diretamenteameaas blicas. Hoje az 20 anos do genocdio e a populao luta para superar esse trauma. Do nossolado, me perguntava o que exatamente azamos por ali.
A questo da segurana era realmente necessria. Nossa casa era guardada por um Makonde(populao seminmade do norte da anznia, criadores de gado e grandes guerreiros) chamadoJohn. Seu oco era a deesa da casa e o azia muito bem com seu arco e flecha. Com suas roupas ver-melhas e seus mltiplos colares, dava ao cenrio um toque teatral, quase antagnico. Paralelamentehavia um servio de segurana privada para todo o quarteiro. Amigos alemes tiveram a amlia in-teira assassinada, pois tinham objetos e coisas que atiavam o desejo dos outros. Dessa maneira, nadamais usual, quando queriam algo, matavam quem bloqueasse e se serviam. Era to bsico quanto isso.Quanto mais simples a achada, mais seguros vivamos.
O instinto era sem dvida o leme daqueles barcos. Viviam conorme os desejos mais ebris. svezes, chegava na recepo da empresa onde trabalhava meu marido e no via mais a uncionria deontem. Perguntava. No era mais surpresa ouvir que a ulana morreu de aids, o beltrano de malria ouque o outro oi transerido. Viviam, um dia de cada vez, entre a morte de uns e outros sem grandestabus. Um contraponto eficaz se abrssemos os olhos.
Na anznia, de maneira geral, a religio islmica, catlica e judia conviviam em relativa tran-quilidade. Pelo menos no perodo em que vivemos ali. Claro que, em se tratando da rica, haviamagia negra, vudu e outras prtica anmicas. Ns, particularmente, no tivemos contato com essescostumes mais violentos. Convivemos sim com pessoas extremamente parapsquicas que eram videntese conversamos com grande naturalidade a respeito, at demais.
Nesse sentido, conhecemos uma amlia de azendeiros de origem grega que h muitos anosviviam em Dar-es-Salaam. Eram 5 filhos. Uns sessenta e poucos anos tinha a me, que liderava tudo.A casa dela, pois vivia separada dos outros, era inteiramente decorada e mobiliada com troncos demadeira de todo tipo de rvores. Intrigante. Era clarividente. Bastava olhar para a gente e, com jeito,desvendava nossas vidas discorrendo sobre tudo que percebia com imagem e legenda. As coisas acon-teciam como ela dizia. Umas, ali imediatamente, e outras 10 anos depois, quando nem mais morva-mos na anznia. No era uma figura tranquila, era bastante ansiosa e irrequieta. s vezes, se echavaem sua casa o dia todo e ningum conseguia ouvi-la ou v-la. Os filhos tambm eram sensitivos. Um,caador profissional de lees, muito procurado, dizia que alava com os animais. O outro, um poucoesquizornico, trabalhava na azenda. Uma vez, ouviu latidos de ces, se virou para ns e disse: vo
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entrar na casa de vocs. Assim, na lata! Alguns minutos depois, ao ouvir um latido distinto, corrigiu: No. Ser no vizinho de vocs. E dito e eito. No preciso contar os detalhes. D para engolir seco!
A solidariedade azia parte da nossa rotina. Isso era bem especial. Nossas necessidades eramcomuns e visivelmente claras para todos. A ao para o outro se tornava espontnea. Criamos ali bonsamigos com os quais ainda guardamos orte ligao. Judeus, romnios, gregos, suos, holandeses,
colombianos, argentinos, cubanos, ranceses e uma amlia de brasileiros cujos filhos estudavam naescola rancesa. Como no havia restaurantes, nem cinemas, trocvamos almoos e jantares sempreregados a histrias das mais esdrxulas contadas nas mais diversas lnguas. Alguns eram nativos daanznia, os aricanos brancos; grecos-tanzanenses, eram caadores profissionais. Outro, ainda rome-no-judeu, era de Arusha, cidade aos ps do Kilimandjaro. Era proprietrio de uma mina de tanzanitasnaquela regio (pedra preciosa muito rara, tpica da anznia) e de vez em quando nos regalava comuns pedregulhos. s quintas-eiras havia um programa dierente. Podamos ver filmes ao ar livre (seno chovesse) in the Marines House. Havia hamburgersvindos diretamente dos EUA. Ali conhecamosa situao poltica da regio, novidades do mundo e conversvamos sobre tudo.
Os safaris(viagem em swahili) nos parques nacionais da anznia como Serengeti, Lake Manyara,Selous e a beleza selvagem daqueles animais livres, as cores do pr do sol na savana, os baobs gigantes,deixaram imagens indelveis nos nossos arquivos mentais. Na ocasio de um saari no parque Selous, noite, durante o jantar , nos surpreendemos com a ausncia de uma colega que descansava em sua tenda.Como estvamos todos muito cansados, comemos rapidamente e omos dormir. No dia seguinte, ela noscontou que um hipoptamo escolheu a entrada da tenda dela para deitar, e ali ficou a noite toda.
Frequentemente, grupos am escalar o Kilimandjaro e tentar chegar s suas neves eternas (hojederretidas). O percurso era muito bem organizado, com carregadores de mantimentos e at cozinhei-ros especiais. Um pequeno descororto respiratrio costumava acontecer no meio do caminho, mas
tinham todo o aparato necessrio para remediar e o objetivo era alcanado na maioria das vezes. Osnativos sempre ali atentos e comunicativos. Para aqueles que alavam swahili traduziam as histriasmais singulares contadas pelos tanzanos.
Enfim, se tudo corresse bem, eram s boas recordaes e aprendizados. Quando muito, um p-nico para nos manter em alerta. No entanto, ainda que sentssemos a rica como um lugar sedutore exuberante, havia uma mistura entre encantamento e algo que no se podia confiar. Uma ameaaiminente. Era o que eu presentia o tempo todo. No ficvamos tranquilos. Mais uma vez, para o ca-rioca habituado a ter olhos nas costas, a tarea no era nova.
Alguns problemas de sade e acidentes de percurso preocuparam nossas vidas nesse perodo,
mas oram bem solucionados graas ajuda de mdicos estrangeiros e amigos ali residentes. Nossasada de Dar-es-Salaam se deu em meados de abril de1996 em direo Bordeaux, j com nossa filhaTais, com 3 meses de idade.
2. Marrakech, Marrocos, maro de 2012
Para comemorar meu aniversrio omos passar 3 dias em Marrakech, aproveitando o ganchode uma reunio de trabalho do meu marido. Organizei minha bagagem principalmente com meu ma-terial de desenhos ao ar livre e meus livros. Um carn de viagem de Marrocos e o estudo da histria dali
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poderiam ser boa pedida. Decidi que aria isso me infiltrando no meio daqueles artistas e comerciantese observaria como eles eram, o que pensavam, como uncionavam. Fiquei entusiasmada, e oi o que fiz.
Instalei-me para tanto, na grande praa no central de Marrakech, mundialmente conhecida,Jeema el Fna. Ali onde ningum dorme, tudo acontece e at as serpentes tem seu espao de expresso.
Sentei-me num lugar mais isolado e desenhei a praa e toda aquela gente em movimento usan-do as cores de pigmentos locais (souck,mercado local) que havia comprado na vspera. Colei coisas(recortes de cartes postais e de papis manuscritos em rabe, restos de tickets de avio, pedaos demapas, grafismos recolhidos de olders, etc) enchendo algumas pginas. Decidi ento que estava nahora de ousar um pouco mais e avancei no meio da multido. Sentia-me bem.
Claro, fiquei atenta reao dos muulmanos, bem conhecidos por suas atitudes bruscas e ma-chistas. Ento, para acilitar minha penetrao, sentei ao lado de uma dessas moas que pintam asmos com henna natural atravs de uma seringa sem agulha, maneira indiana. Muitas ganham a vidaazendo isso. Conversei com ela em rancs, se chamava Ftima. Expliquei que tambm era artista e aziacarnets de voyage.E papo vem e vai. Mostrei os desenhos que havia eito e ela ficou entretida. Pergun-tava tudo. Estava encantada e eu com aquela nova situao.
De repente ela ficou sria e me perguntou quanto eu cobrava. Percebi que a coisa ali era azer ne-gcio. Expliquei que era um caderno de histria de lugares onde estive, no era para vender. Segundomeu pedido, em vez de pintar minha mo, pintou numa pgina desse caderno. Na hora de pagar mepediu um dinheiro (500 dirhams, mais ou menos 40 euros). No aceitei e fiquei brava. A conversacomeou a esquentar e o que acalmou os achos oi a questo de eu tambm ser artista e conhecermuito bem os altos e baixos financeiros, deveramos ser solidrias. Pediu-me desculpas e ficamosamigas. Paguei 50 dirhams ela aceitou, sem reclamar. Disse-me que eu era pior que os berbres(etniaantiga do norte da rica que oi muito prspera, amosos negociantes). No sabia muito bem quem
eram esses caras, mas fiquei na minha. O importante que estvamos de acordo. Amigos da regio jme haviam alertado em tomar cuidado com os valores pedidos ali na praa.
Achei que eu tinha conquistado mais alguma horas ali naquelepoint e continuei a desenhar.
De repente passa uma estrangeira, creio ser inglesa, fica olhando, conversa e me pergunta quan-to era. Mais uma vez vi que a praa tem um eeito bom! Disse que os desenhos no estavam venda.Me pediu que pensasse que voltaria depois. No mesmo instante, um vendedor de cinzeiros (vendiacada um a 10 dirhams e gritava em todas as lnguas) viu a cena. Foi alar com um ulano apontandopara mim, meio agitado. Aparentemente alava mal rancs e o amigo traduzia tudo.
Continuei no meu papel de artista de praa, com certa apreenso. Vi que minha presena alicausou um certo rebolio. O tal do ulano se aproximou e praticamente me ordenou que mostrassemeus desenhos para eles. Mostrei calmamente mais uma vez todo meu caderno. No sei o que me deu,talvez um certo medo de ficar em silncio, e perguntei se ele conhecia o alabeto. Para qu? oquei noponto raco... O homem explodiu gritando com o amigo em rabe e no entendi nada.
Mais calmos, o amigo veio me dizer que tinha ficado nervoso porque dizia que esse negciode alabeto no servia para nada, era um grande porcaria, uma tolice, etc. No concordei e mostreiuma outra pgina com caligrafias rabes eitas por um artista que tinha conhecido no dia anterior,na Fundao Omar Yusse. Completei dizendo que tinha pago 100 dirham para ele. Repeti que no,
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alabeto no intil. Naquele momento os dois amigos se entreolharam mudos. Logo repetiram 100dirhams? Senti minha pele em perigo. O vendedor de cinzeiros me ordenou, com tom de ameaa,que o ensinasse a azer aquilo tudo. Expliquei que no era possvel. inha levado 45 anos para chegarnaquele ponto e que, alm do mais, no sabia alar rabe, mas ele sim. As coisas bvias tomaram ou-tro rumo. Surpreendeu-me. Pena que no entendi o que diziam a seguir, mas, enfim, a mensagem oipassada a trancos e barrancos. A exploso dissipou e fiquei eliz com o eeito que pairava no ar. Ouso
acreditar que a idia possa ter servido para um ou para outro. Em todo caso, peguei o que era paramim. Arrumei minha coisas e estava indo embora quando o vendedor me gritou (como de hbito)dizendo: InshaAllah!, InshaAllah!
Vejo como a ignorncia traz arrogncia. Podemos perder muitas oportunidades por pensar quetemos razo ou que sabemos tudo. Espero, de verdade, que o vendedor de cinzeiros tenha dado umpasso a rente, aprendido o alabeto e esteja ganhando melhor sua vida. disso que o povo aricanonecessita, esclarecimento, educao bsica para criar mais autocrtica e azer melhores escolhas. Deato, o que todos precisamos, no ?
III. Concluso:Como no podia deixar de ser, escrevendo minhas vivncias na anznia 20 anos depois e pon-
do em palavras o ocorrido na praa Jeema al Fna, fiz despertar percepes adormecidas e surpreen-dentes. Obrigada Ktia Arakaki e Giuliana Costa por complotarem ao meu avor. Sabe l o que serdespertado a partir daqui!
Hoje, 14 de julho de 2014, levando em conta maior autocrtica recuperada com autopesquisase com o conhecimento da cincia Conscienciologia, penso que h uma casustica bem mais complexaatrs desse percurso de viajante. Sigo minhas pesquisas pessoais e agradeo sempre ao grande amparoque tive durante todos esse anos de viagens internacionais e sobretudo nesse momento. Compartilho
aqui uma rase, muito ntima, que me acompanha desde o momento que soube da nossa mudanapara rica, ou seja em 1994, que : - No todo mundo que tem uma vida dessas, voc tem ideia dasua misso? odos ns temos um cochicho desses no p do ouvido. Ignorava o contedo proundodessa rase. Admito que continuo ignorando. Com o conceito de programao existencial, essa perguntacriou mltiplas acetas e, admito, fiquei petrificada. O desconhecimento sobre o tema do autoparap-siqusmo intelectual de ato coisa serssima. Pude perceber contraponto valioso com o verbeteAuto-
parapsiqusmo artstico msticoda proessora Mlu Balona, e aproveito para agradecer pelo seu talentodidtico. Sigo ento com maior discernimento (azendo ora para) e colocando a multidimensiona-lidade no meu dia a dia.Adelante,mas sem atropelarmos a ns mesmos. De ato, temos todos coisaa ensinar. Boas energias para todos ns.
Madrid, 14 de julho de 2014Maria Lucia Lindemann
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Olhares Multifocais Sobre a Situao
Sociolingustica de Moambique:
Reflectindo Criticamente sobre
Polticas e Prticas
Ildio Macaringue1
RESUMO: Neste trabalho, o oco radica na anlise das polticas lingusticas e dasituao sociolingustica e sociocultural de Moambique decorrente da conflunciade vrias lnguas e culturas para compreender os processos de nativizao/ nacionali-
zao da lngua portuguesa no pas. Ao longo do trabalho usou-se, com regularidade,o termo nacionalizao tendo em vista evidenciar os processos subjacentes apropria-o do Portugus em Moambique, perspectivando o pressuposto poltico-ideolgicode ser uma lngua oficial e de unidade nacional, lngua de Estado e da nacionalidademoambicana. O interesse em pesquisar a temtica prende-se com as ambivalnciasdas bases epistemolgicas da poltica lingustica do pas que preconizou a oficializa-o do Portugus sem o nacionalizar e nacionalizou as lnguas bantu, tambm desig-nadas lnguas autctones, e que o discurso oficial as tipifica como lnguas nacionais,no obstante estarem ragmentadas geograficamente, ou seja, sem extenso territo-rial nacional, sem as oficializar. Desta eita, pode-se concluir que a actual situaolingustica de Moambique vulgariza a poltica lingustica que preconizou a normaeuropeia como padro no pas, tendo em considerao que a legislao determinaum modelo de alar e os usos da lngua outro modelo, consagrando-se aqui um pro-cesso dicotmico entre o ideal pereito assente na norma como reerncia inclusivae no exclusiva e o real pereito assente nas normas comuns do quotidiano.
Palavras-chave: Polticas lingusticas, Portugus de Moambique, Nacionalizao,Lngua(gem).
Introduo
Moambique, semelhana dos demais pases aricanos, herdou uma poltica lingustica/ cul-tural europeia significativa em decorrncia do processo de colonizao que ormalmente oi chan-celado na Conerncia de Berlim (1884-1885), Alemanha, com a adopo do princpio de ocupaoeectiva do continente aricano que tinha em vista regular a orma como as potncias deviam ocuparos territrios com a salvaguarda da necessidade de respeitar as reas ocupadas anteriormente por ou-tras potncias, acto que mais tarde no se verificou em alguns casos.
1 Por Ildio Enoque Alredo Macaringue. Mestre em Sociedade, Cultura e Fronteiras pela Universidade Estadual do Oestedo Paran - UNIOESE (Brasil), Ps-graduado (Especializao) em Lngua Portuguesa e Literaturas de Expresso Portu-guesa pela Universidade de Aveiro (Portugal) e Licenciado em Ensino de Portugus pela Universidade Eduardo Mondlane(Moambique). E-mail: [email protected]
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A Conerncia de Berlim pode ser enquadrada nas consequncias da expanso europeia quese iniciou no sculo XV com destaque para Portugal e Espanha, considerados percursores, pases queoram posteriormente seguidos por Inglaterra, Frana, Blgica, Holanda, Itlia e Alemanha.
A partilha do continente aricano, que mais tarde veio a ser decisiva no desencadeamentodas duas guerras mundiais (1914-1918; 1939-1945) em uno dos desentendimentos na poltica de
ocupao colonialista, oi eectuada de orma arbitrria, isto , desordenada. Com isso, no oram res-peitadas as caractersticas peculiares de alguns dos grupos nativos como, por exemplo, etnia, culturae crenas, e houve casos em que povos aliados oram separados e os inimigos juntados, acto que athoje constitui oco de tenso em algumas regies.
A colonizao europeia contribuiu, igualmente, para o deslocamento das ronteiras lingusti-cas e culturais em rica, tornando-as mais hbridas e complexas, cujo processo acabou impactandodecisivamente nas lnguas e culturas europeias no continente, tornando-as endogeneizadas matrizsociocultural, sociossimblica e poltico-ideolgica das antigas colnias.
No caso de Moambique, oco de pesquisa, colonizado por Portugal at 1975, ano em que al-canou a independncia, o Portugus oi usado pela metrpole como um mecanismo de dominaocultural, poltico-intelectual e ideolgica, implantando nos dominados afalsa conscinciade que assuas lnguas e culturas eram ineriores para justificar a sua aculturao e os esoros de apagamentoda histria sociocultural dos moambicanos. odavia