REVISTADO 54ºBAZAR/2013
CENTRO HISTÓRICODE PORTO ALEGRE
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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PRES
IDEN
TES
Iniciamos, no final do ano passado, nossa
gestão frente à Na’amat Pioneiras. Já no iní-
cio do ano, tive a oportunidade de participar
do Seminário de Lideranças para a Na’amat
Brasil, realizado em Israel. Oportunidade de
ver “in loco” o trabalho que Na’amat Israel,
a maior organização feminina do país, realiza
em prol das mulheres trabalhadoras, através
das creches, centros comunitários e do Cen-
tro Glickman, que acolhe mulheres vítimas da
violência. Também pudemos visitar escolas
agrícolas e profissionalizantes, destinadas aos
jovens. Todo este trabalho serve-nos de inspi-
ração para as nossas ações voluntárias.
Durante este ano, a Na´amat Pioneiras Por-
to Alegre vem realizando uma série de eventos,
alguns em parceria com outras organizações, vi-
sando manter acesa a chama do judaísmo e be-
neficiar a comunidade. Tem sido um trabalho de
equipe muito gratificante.
A escolha do Centro Histórico para o tema do
QUERIDAS CHAVEROT
54º Bazar Anual foi uma satisfação. Homenagear
o Centro Histórico de Porto Alegre significa resga-
tar a memória da cidade, através de seus prédios
conservados e restaurados, de fotos e depoimen-
tos que contam um pouco de nossa história. Esta
é uma missão também do judaísmo: preservar a
tradição e a história do povo judeu.
Todos os grupos da Na’amat estão se pre-
parando com muito esmero e carinho para que
tenhamos uma grande festa no dia 07 de julho.
Nessa ocasião, teremos o prazer de homena-
gear o ex-professor do Colégio de Aplicação da
UFRGS e ex-Secretário Estadual da Cultura Car-
los Jorge Appel, o presidente do Centro Hebraico
Riograndense Davi Castiel Menda, dona Eva So-
pher, presidente do Theatro São Pedro, e o poeta
Luiz Coronel, patrono da última Feira do Livro.
De braços abertos, esperamos toda a nossa
comunidade na sede da Hebraica.
Com um cordial Shalom, Sônia Unikowsky
Teruchkin.
Sônia Unikowsky Teruchkin,Presidente da Na’amat Pioneiras Porto Alegre
Céres Maltz Bin,Presidente Executivo Nacional
N a’amat Brasil parabeniza o centro Porto
Alegre pela escolha do tema que home-
nageia o Centro Histórico de Porto Ale-
gre no 54º Bazar.
As origens do Centro Histórico se confundem
com a própria origem de Porto Alegre. Essa re-
gião da capital gaúcha recebeu em 1752 os pri-
meiros casais de açorianos que fundaram a cida-
de e batizaram-na de “Porto dos Casais”.
Atualmente, prevalece nesse local a vida polí-
tica, cultural e de lazer nos encantadores prédios
históricos, tombados e restaurados.
Assim também acontece com a Na’amat
Pioneiras, uma organização judaica, que está
atenta ao presente, ao futuro e se orgulha do
passado, respeitando nossas raízes. Nós, cha-
verot Na’amat, temos a consciência do trabalho
consolidado e nos orgulhamos da experiência de
nossas vaticot. Essa trajetória baseada em erros e
acertos faz com que a Na’amat seja um crescente
a cada dia.
Temos o compromisso de perpetuar nossa
cultura, nossa história e nossas tradições, trans-
mitindo esses valores para os nossos jovens.
E assim, visando ao presente, nossos atos
são para que cada vez mais as mulheres e seus
filhos tenham melhor qualidade de vida, elevando
o status da mulher e sua consciência social.
No inicio deste ano, Na’amat Israel teve papel
de suma importância na elaboração do projeto
que, junto ao Knesset, culminou na assinatura da
“Declaração dos Direitos da Mulher”. No Brasil, o
centro Na’amat Belo Horizonte foi reconhecido
pela ONU por seu excelente trabalho para a Es-
cola Municipal Anne Frank de Belo Horizonte.
De olho no futuro, os centros Na’amat desen-
volvem um efetivo e eficaz trabalho com muito
dinamismo junto ao Dor Hemshech, com atuação
dentro dos princípios da Tzedaká e das Mitzvot,
assegurando assim que as novas gerações conti-
nuem a relevância de nosso trabalho.
A Na’amat Brasil se orgulha de ter sido fun-
dada aqui em Porto Alegre pelas mãos de tão
determinadas chaverot que foram verdadeiras
“Pioneiras”.
É preciso coragem para ser diferente e muita
competência para fazer a diferença, e as chaverot
Na’amat sabem fazer toda a diferença.
Na’amat Pioneiras
4 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
EDITO
RIA
LBAZAR ANUAL DA NA’AMAT PIONEIRAS
No final de 2012, foi lançada a sugestão do Centro Histórico como tema para
o 54ª bazar. Vibrei no mesmo momento. Vi o potencial do tema, em termos
de artigos e fotos para a revista. Lembrei que parte da comunidade judaica,
a sefaradi, estabeleceu-se no centro, com sua sinagoga e comércio.
Iniciei meu passeio fotográfico pela antiga Confeitaria Rocco. Segui para a Praça
da Matriz, onde estão, imponentes, vários prédios que marcam a história da cidade,
como o Theatro São Pedro, o Palácio Piratini, a Catedral Metropolitana, o Solar Palmei-
ro da Fontoura, o Memorial do Ministério Público, o Palácio da Justiça e a Biblioteca
Pública, entre outros. Uma curiosidade: o conjunto de esculturas produzido por Décio
Villares,que compõe o monumento a Júlio de Castilhos, no centro da Praça da Matriz,
completou em 2013 cem anos de existência.
Continuei em direção à Praça da Alfândega, cantada em prosa e verso pelos escri-
tores e poetas durante a realização da Feira do Livro. Lá encontramos o Museu de Arte
do Rio Grande do Sul (antiga Alfândega), o Memorial do Rio Grande do Sul (antiga sede
dos Correios e Telégrafos), o Santander Cultural, o Clube do Comércio, tendo ao fundo
o cais do porto. Já na Rua da Praia, passando a Rua Gen. Câmara (mais conhecida
como Rua da Ladeira), está o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo; do outro lado da
praça, encontra-se a Casa de Cultura Mario Quintana.
Segui para a Praça Montevidéu, onde está o prédio da Prefeitura Municipal, e en-
cerrei o trajeto na Praça XV, onde os aromas e sabores nos levam ao mercado público
e ao Chalé, tradicional reduto gastronômico da cidade.
Para escrever sobre o Centro Histórico, convidamos a museóloga Teniza Spinelli,
os jornalistas Claudia Laitano e Airton Gontow, a escritora Cintia Moscovich. Não po-
deria faltar a crônica de Luiz Coronel, cidadão emérito de Porto Alegre e patrono da 58ª
Feira do Livro. Nossa chaverá Lúbia Scliar Zilberknop nos descreveu suas lembranças
do centro da cidade. Ester Menda e Rita Burd nos contaram sobre a comunidade se-
faradi, que se estabeleceu inicialmente nas redondezas da Rua do Arvoredo (hoje, Rua
Coronel Fernando Machado). Cabe também um agradecimento ao Instituto Cultural
Judaico Marc Chagall, pela cedência das fotos antigas do Centro Hebraico Riogran-
dense.
Junto com Sônia Teruchkin, fomos recebidas no Theatro São Pedro, ou melhor, no
Multipalco por dona Eva Sopher. Encantamento, esta é a palavra para definir o que foi
esse encontro. Com seus 90 anos, completados em 18 de junho, é uma “CEO” e, ao
mesmo tempo, uma senhora simples, dona de uma inteligência e memória invejáveis.
Dona Eva nos relatou desde a sua chegada ao Brasil, fugindo do nazismo, até os dias
de hoje, com seus projetos para o Theatro São Pedro.
Porto Alegre pode se orgulhar de possuir o Centro Histórico, uma zona
fervilhante,com comércio, bancos, museus, teatros e muita cultura. Um centro que,
afinal, é a alma da cidade.
O 54ª Bazar Anual da Na’amat Pioneiras prestará no dia 07 de julho uma jus-
ta homenagem ao centro da cidade. Na sede da Hebraica, aguardamos vocês para
compartilhar essa grande festa!
BAZAR 2013
NA’AMAT PIONEIRASPresidente: Sônia Unikowsky
Teruchkin
Vice-Presidentes: Suzette Levy Nunes Teixeira
e Jane Altschieler
Coordenação do Bazar: Sarah Gerber e Celi Maltz Raskin
Conselho Editorial: Marili Scliar
Buchalter, Renata Fischer, Lúbia
Scliar Zilberknop, Celi Maltz Raskin,
Sônia Unikowsky Teruchkin, Suzette
Levy Nunes Teixeira
Coordenação: Enfato
Multicomunicação
Jornalistas responsáveis: Mariana
Turkenicz (Mtb 8691)
e Raquel Boechat (Mtb 8840)
Diagramação: Kike Borges
Fotos: Marili Scliar Buchalter, Acervo
Instituto Cultural Judaico Marc
Chagall
Pré-impressão e Impressão: Rittmann Gráfica e Editora |
Distribuidora: Faster
Tiragem: 1500 exemplares
Distribuição Gratuita
Trabalho Voluntário: Organização
das Mulheres Pioneiras / Na’amat
Pioneiras - Porto Alegre | Rua
Gen. João Telles, 329 / 3º andar
| CEP: 90 035-121 – Porto
Alegre/ RS | Fone/Fax: (051) 3311
0822 | Fale Conosco: E-mail:
www.naamat.org.br
Expediente
Na’amat Pioneiras
Marili Scliar Buchalter, Celi Maltz Raskin, Suzette Levy Nunes Teixeira,
Sônia Unikoswsky Teruchkin, Renata Fischer, Lúbia Scliar Zilberknop
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NA’A
MAT
ISRA
EL
Sônia Unikowsky TeruchkinPresidente da Na´amat Pioneiras Porto Alegre,
Diretora do Prêmio Exportação RS da ADVB/RS, Economista
SEMINÁRIO DE LIDERANÇA EM ISRAEL:
UMA IMPORTANTE VIVÊNCIA
Em janeiro último, tive a oportunidade, junto com mais
11 chaverot de outros estados, de participar do Se-
minário de Liderança em Israel da Na’amat Pioneiras
Brasil. Foi um período de grande aprendizagem e de esti-
mulante vivência.
Chegando lá, fui logo fisgada pelo carinho e amizade das
chaverot brasileiras, pela receptividade da Na´amat Israel, em
especial de Shirli Shavit, Diretora do Departamento Internacio-
nal, e pelos encantos do país.
Foram muito proveitosos os encontros com várias profis-
sionais da Na´amat Israel tanto em sua sede como nas visitas
realizadas. Dentre as várias apresentações sobre os direitos
das mulheres e das trabalhadoras, da importância do aconse-
lhamento jurídico, do tratamento, intervenção e prevenção da
violência doméstica, destaco a exposição de Galia Wolloch,
Presidente Na’amat Israel e Mundial. Essa salientou a relevân-
cia da igualdade de gênero na educação, no casamento, no
divórcio, nos salários, para as mesmas posições no merca-
do de trabalho, e na representatividade no Knesset. Ou seja,
uma sociedade mais igualitária, onde a mulher deve ocupar
um papel cada vez mais representativo.
Também realizamos visitas a várias creches e escolas
secundárias, tecnológicas e agrícolas. Em todos os lugares,
fomos muito bem recebidas e cada um, com suas peculia-
ridades, nos proporcionou momentos de muita emoção, em
especial os relatos de alunos e professores sobre suas vivên-
cias e o importante papel da Na´amat para essas instituições.
Cada encontro estava ligado à história da Na’amat e de Israel,
ambas intimamente relacionadas.
Alguns locais sempre nos sensibilizam mais. Dentre esses,
pode-se destacar o centro de recreação fechado de Siderot,
um prédio antibomba, que atende a crianças e adolescentes
que não podem brincar nas ruas, tendo em vista a grande
proximidade com Gaza e os inúmeros ataques de mísseis à
cidade. Nessa oportunidade, ouvimos emocionantes relatos
sobre as técnicas antimísseis e de sobrevivência urbana. Ou-
tros importantes projetos são: o Centro Glickman, que atende
às mulheres e seus filhos, vítimas da violência doméstica, em
ambulatórios e abrigos; a Creche Hashalom (Paz) em Jaffa,
que é multirreligiosa, sendo compartilhada, em igual número,
por crianças judias, cristãs e muçulmanas que comemoram
as festividades das três religiões, com professoras judias e
árabes, ensinando desde cedo a importância da coexistência
pacífica; e o Centro Comunitário Na’amat em Carmiel, onde
participam mulheres judias, drusas, cristãs e árabes muçul-
manas que, através da sua integração, buscam contribuir para
a paz entre os cidadãos israelenses. Nesse Centro, tivemos
uma tarde de convivência e troca de experiências muito signi-
ficativa e divertida.
Dois interessantes museus foram muito apreciados:
Yitzhak Rabin, cuja vida esteve sempre intimamente
entrelaçada com a história do moderno Estado de Israel;
e o Museu “From Holocaust to Revival”, no Kibutz Yad-
Mordehai, sobre o Gueto de Varsóvia. As visitas a alguns
kibutzim oportunizaram importantes encontros e maior
conhecimento desse sistema e como ele vem se alterando
ao longo dos últimos anos.
O lobby do hotel foi o “point” do grupo de seminaristas.
Tomando um chá ou um café, havia, de manhã ou à noite,
até altas horas, animados comentários de nossas vivências e
como poderíamos aproveitá-las em nossos centros, dadas as
suas peculiaridades regionais. O companheirismo e a integra-
ção afetiva entre as chaverot contribuíram para o aproveita-
mento do seminário; já a convivência com as profissionais da
Na´amat Israel, seu amor e entusiasmo por todos os projetos,
ampliou sobremaneira nossa visão do papel da Na´amat para
a sociedade local. Com o maior conhecimento da importância
de nosso trabalho, cresceu muito o orgulho de ser Na´amat,
de pertencer a um grupo que faz a diferença. Obrigada à
Na´amat Brasil pela oportunidade.
Na sede da Na’amat com Galia e Shirli
Day Care Center Elyachim
Na’amat Pioneiras
6 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
HIST
ÓRI
ALúbia Scliar Zilberknop
Professora
CENTRO DE PORTO ALEGRE:
SESSÃO NOSTALGIASou de um tempo em que ir até o centro da cidade
era um acontecimento. O centro de Porto Alegre, nos
anos 40 e 50, possuía uma aura glamourosa, e as
pessoas se produziam especialmente, com belas roupas
e até (pasmem!) chapéus, para desfilar pela Rua da Praia.
Havia, inclusive, na entrada da Gal. Chaves, um fotógrafo
para o qual as “moçoilas” da época (e até os “galãs” – por
que não?) posavam para guardar, para a posteridade, aque-
le momento. Ah! A Gal. Chaves, com a confeitaria Cruz de
Malta, onde se saboreavam taças de sorvete e outras gulo-
seimas... Ali perto, na Rua da Praia, ficava a Livraria do Glo-
bo, na época, o maior reduto da intelectualidade gaúcha,
onde podiam ser vistos o Erico Veríssimo, o Mário Quintana
e tantas outras pessoas ligadas à cultura da nossa terra. E
o que dizer das confeitarias? Havia duas, excelentes, nessa
mesma rua: a Neugebauer, com um inesquecível mil folhas
de nata, além da famosa torta com os canudinhos recheados
de chocolate, que eu, criança na época, salivava só de olhar,
e a Schramm, mais na subida, com doces também memorá-
veis. Naquele tempo, não havia a diversidade gastronômica
que se vê hoje em Porto Alegre; no entanto, a minha memó-
ria resgata (entre poucos mais) quatro restaurantes: o Ghi-
losso, defronte à Praça da Alfândega, o Dona Maria, o Palá-
cio do Comércio e o Treviso, no Mercado Público, aonde a
gente, saindo dos bailes do Círculo Social Israelita (nos altos
do cinema Baltimore), ia comer um saboroso filé com fritas
de madrugada, convivendo democraticamente tanto com
as prostitutas, marinheiros e gigolôs que lá aportavam como
com a turma chique e aristocrática do Clube do Comércio (a
sociedade de maior prestígio nos anos 50 e que, mais tarde,
teve como “embaixatriz” a figura ímpar de Gilda Marinho).
Quando o apetite não pedia uma janta farta, havia também a
opção, maravilhosa, do sanduíche do Matheus, na Praça da
Alfândega. Outra lembrança da minha infância também é a
Banca 40 do Mercado Público, que ainda hoje, felizmente, se
mantém, com os seus sorvetes e a famosa salada de frutas.
E o que dizer do “footing” anos mais tarde, defronte à loja
Krahe ou à Casa Victor? A rapaziada ficava no meio da rua,
e as meninas desfilavam na calçada o charme, a elegância e
a beleza da mulher gaúcha. Fora do eixo da Rua da Praia e
transversais, havia a sorveteria Neve do Sul, na Rua Riachue-
lo, que fazia a distribuição, pela cidade, dos picolés e san-
duíches de sorvete nas conhecidas carrocinhas empurradas
pelos funcionários, que gritavam: sorveteiro! Outro marco
da Porto Alegre antiga é a suntuosa Confeitaria Rocco, cujo
prédio (hoje maltratado),na esquina das ruas Riachuelo e Dr.
Flores, foi palco de célebres festas de casamento, inclusive,
da coletividade judaica. Quanto às lojas, havia várias: as de
moda mais chique eram a Cecília Louro (mais tarde, Casa
Louro) e a Cardone, ambas na Rua da Praia. Nessa mesma
rua, também estavam a Sloper, onde as adolescentes eram
“habituées”, e a Casa Tschiedel. E os cinemas? Ah! As mati-
nês nos domingos... Não tínhamos shoppings e, como Porto
Alegre era uma cidade segura, sem a violência de hoje, os
cinemas, enormes e bonitos, eram edificados nas calçadas. Praça da Matriz
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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HIST
ÓRI
A
O Imperial, na Praça da Alfândega, era o mais procurado nas
matinês de domingo. O Rio (depois Guarani) ficava ao lado.
O Ópera, a poucas quadras desses dois. O Cacique, que os-
tentava dois belíssimos e enormes painéis do artista plástico
Glauco Rodrigues, era um cartão de visita da nossa capital,
além do Vera Cruz (mais tarde Vitória) e do Rex. Saindo do
cinema, ia-se a uma casa de chá muito bonita, localizada
na Rua da Praia, entre as ruas da Ladeira e Uruguai, onde
a gente lanchava e ouvia música ao vivo, numa atmosfera
agradabilíssima. E, para voltar para casa, nada melhor do
que pegar um bonde Petrópolis ou J.Abott no abrigo da Pra-
ça XV, onde também faziam ponto os fotógrafos “lambe-lam-
be”... Da minha vida estudantil, relacionada com o centro da
cidade, tenho algumas recordações marcantes: as aulas
de balê na escola da Profa. Lya Bastian Meyer, ao lado do
Theatro São Pedro, no local onde hoje está sendo erguido o
Multipalco; as apresentações do Orfeão Artístico do Instituto
de Educação, do qual eu fazia parte, na concha acústica do
Auditório Araújo Viana que, naquela época, ficava numa par-
te do terreno hoje ocupado pela Assembleia Legislativa;as
idas semanais ao centro, após as aulas da tarde, para com-
prar um disco do Gregório Barrios na Casa Coates, seguido
de uma banana “split” (grande novidade nos anos 50!) nas
Lojas Americanas; e a Parada dos “Bixos” (os jovens de hoje
nem imaginam o que seja isso...), em que nós, os calou-
ros da UFRGS, desfilávamos fantasiados na Salgado Filho
e na Rua da Praia, fazendo críticas políticas e palhaçadas.
O Theatro São Pedro também foi uma referência importante
na minha infância e adolescência: excelentes peças teatrais
e memoráveis concertos, como o do pianista Artur Rubins-
tein, no início dos anos 50, em que, devido ao excesso de
lotação, tiveram que colocar cadeiras extras no palco... Só
que o Theatro São Pedro, naquele tempo, ainda não havia
passado pela reforma empreendida pela D. Eva Sopher: os
camarotes, para preservar o “decoro” de suas ocupantes,
tiveram o seu gradil coberto de estuque, para que as pernas
e joelhos das finas damas da sociedade porto-alegrense não
fossem vistos pelos espectadores da plateia... Enfim, estas
são as recordações que eu guardo de uma região da cidade
que, há 40, 50 ou 60 anos, esbanjava “glamour” e deixou
muita saudade: o Centro Histórico de Porto Alegre!
Mercado Público
Chalé da Praça XV
Na’amat Pioneiras
8 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
HIST
ÓRI
ATeniza Spinelli
Museóloga
Nem todos conhecem os equipamentos culturais que
a cidade de Porto Alegre oferece. Caminhar pelo
Centro Histórico, visitar seus museus, é uma opção
inteligente para quem mora aqui e, por extensão, para to-
dos os que chegam a nossa cidade.
Os Museus, conceituados como instituições a serviço
da sociedade e de seu desenvolvimento, que adquirem, pre-
servam, pesquisam, expõem e comunicam os testemunhos
materiais e imateriais dos povos e de seu meio ambiente,
atraem e fascinam diferentes públicos, dinamizando a vida
social comunitária. As finalidades de estudo, educação e la-
zer são também da competência dos Memoriais e dos Cen-
tros Culturais, que executam funções análogas à dos mu-
seus, embora com suas características próprias.
MUSEUS NO CENTRO HISTÓRICO DE PORTO ALEGRE
Na Praça da Alfândega, por exemplo, o visitante pode es-
colher a tipologia de sua preferência. O Museu de Arte do Rio
Grande do Sul Ado Malagoli - MARGS - oferece exposições
temporárias e de longa duração de artistas gaúchos, nacio-
nais e internacionais, do desenho à pintura, da cerâmica à
escultura, da gravura às técnicas mistas, tapeçarias, instala-
ções e novas formas de expressão artística. Outra opção é
visitar o prédio do Memorial do Rio Grande do Sul, ao lado
do MARGS, também de estilo arquitetônico neoclássico, que
abriga o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, com seu
significativo acervo documental da história rio-grandense. O
Memorial do RS também oferece uma exposição permanen-
te sobre nossa história e seus personagens, através de visi-
tas guiadas e de uma programação de exposições, cursos,
palestras e oficinas, mostrando que a função educativa das
instituições de memória independe do nome que ostentam.
Ainda no prédio, há um espaço para lembrar os Correios,
com mostras filatélicas e lançamento de selos. Ao lado do
Memorial do RS, o Santander Cultural apresenta o que há
de mais avançado no campo das manifestações artísticas.
Em suas origens, com outro nome, o Banco mantinha um
Museu de valores, além da documentação bancária que lhe
deu origem. Fusão, reorganização e acoplamento de novas
funções têm sido uma constante no processo de desenvol-
vimento cultural das instituições contemporâneas. Saindo
do miolo da Praça da Alfândega, chegamos à esquina da
Caldas Júnior com a Rua dos Andradas, em frente ao jor-
nal Correio do Povo. Ali se situa o Museu da Comunicação
Hipólito José da Costa, que reúne um acervo diversificado
de imprensa, publicidade, propaganda, fotografia, cinema,
rádio e fonografia, televisão e vídeo. Podemos afirmar que
estamos diante de vários museus num mesmo prédio, tal a
importância desse acervo e sua diversidade, não encontrada
em nenhum outro museu desta tipologia na América Latina.
Continuando pela Rua dos Andradas, deparamo-nos com a
Casa de Cultura Mário Quintana, com várias opções que vão
dos cinemas aos teatros e de uma discoteca e duas biblio-
tecas ali sediadas, atendendo ao público adulto e infantil. A
Casa de Cultura mantém uma exposição de objetos perten-
centes ao poeta Mário Quintana, que lá residiu durante vários
anos, constituindo-se num referencial de sua vida e de sua Museu do MARGS
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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HIST
ÓRI
A
obra. Outros dois museus ocupam espaços da Casa de Cul-
tura: o Museu de Arte Contemporânea, com mostras de arte
nacional e internacional, e o Museu BANRISUL, com acervo
numismático e de objetos históricos daquele Banco. Conti-
nuando a caminhada em direção à Usina do Gasômetro, no
início da Rua da Praia, chegamos ao característico pavilhão
de madeira onde funciona o Museu do Trabalho, com um
acervo de instrumentos e máquinas, destacando-se as pren-
sas antigas e demais ferramentas que movimentam oficinas
de criação e impressão de gravuras. Em direção oposta à
Usina do Gasômetro, nas proximidades do Largo dos Medei-
ros, encontramos o Centro Cultural CEEE Erico Veríssimo, no
antigo prédio do Força e Luz, pertencente à Companhia Es-
tadual de Energia Elétrica. Ele abriga o Museu da Eletricidade
do RS, com uma exposição interativa, acervo tecnológico e
documentação sobre o tema. Noutro andar do prédio, en-
contra-se a biblioteca O Continente e um memorial de livros
e documentos do escritor gaúcho que dá nome à instituição.
Uma programação intensa movimenta esse Centro Cultural,
dentro dos propósitos que o norteiam. Por último, é preciso
lembrar do mais antigo museu do Rio Grande do Sul, criado
em 1903. Mas para isso é preciso sair do centro da Praça da
Alfândega e subir até os altos da Praça da Matriz, seguir à
direita, na Rua Duque de Caxias, 1205, e encontrar as edifi-
cações do Museu Júlio de Castilhos, que guarda um precio-
so acervo sobre a história do estado e do estadista Júlio de
Castilhos, que ali residiu e dá nome ao museu.
De tipologias jurídico-administrativas diferenciadas, de
tutelas públicas ou privadas, de variadas técnicas que vão
das artes visuais à literatura, da comunicação às tecnolo-
gias, todos esses equipamentos culturais que se encon-
tram no Centro Histórico de Porto Alegre estão abertos ao
público de forma permanente e gratuita, e seguem, em ge-
ral, os mesmos horários de funcionamento, com exceção
de segundas-feiras. É uma caminhada cultural pelo centro
da cidade que vale a pena fazer, pois os museus nos abrem
portas para o mundo e neles podemos revisitar o passado,
entender melhor o nosso tempo, mas também desfrutar de
bons momentos de alegria e lazer.
Museu do MARGS
MARGS e Memorial do RS
Na’amat Pioneiras
10 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
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TRO
SÃO
PED
RO
EVA SOPHER: SUA LUTA PELA CULTURA
Marili Buchalter e Sônia Unikowsky Teruchkin
Entrevistar Eva Sopher é uma experiência muito rica. Sua estrutura “mig-non” contrasta com a mulher forte que é no alto de seus 90 anos. Com uma postura firme e voz altiva, impõe-se contra todos os que possam obstaculizar seus objetivos. Obstinada, luta pela cultura gaúcha há mais de 50 anos e para isso tem enfrentado, como uma leoa que cuida de seus filhos, a burocracia.
Depois de reconstruir o Theatro São Pedro, está terminando o Multipalco, que, juntos, constituem um dos maiores complexos culturais da América La-tina. Uma obra, produto da paciência e da insistência de uma grande mulher
objetiva, que continua tendo esperança e se emociona com cada con-quista. O complexo do Theatro São Pedro é, de acordo com esta produ-tora, gestora, e muito mais, sua casa e seu templo.
Como foi sua chegada ao Brasil e como a senhora foi acolhida?Judia, saí aos doze anos de uma Alemanha sombria, atacada
pelo nazismo. Viemos viver no Brasil, onde sempre me senti
livre e respeitada. Eu tenho o judaísmo muito forte dentro de
mim e tenho uma educação germânica, porque nasci na Ale-
manha. Eu pratico a educação e pratico sim o judaísmo, mas
não frequento nada O templo pra mim é o Theatro São Pedro,
o partido politico é o Theatro São Pedro. Aqui é a minha casa,
o meu templo e o meu partido.
Como surgiu para a senhora o interesse pelas artes?O interesse pela cultura nasceu comigo, definitivamente.
Quando me perguntam por que lutar pela cultura, eu digo que,
na verdade, isso deveria ser importante para todos. Também
me perguntam se nunca perco a paciência e eu digo: acho
que não. Força de vontade não me falta. Eu crio minhas metas
e as coloco na minha frente e elas são maiores do que tudo.
Nós morávamos no Rio de Janeiro, onde conheci meu ma-
rido e onde nasceram nossas filhas. No Rio, eu era ligada à
PROARTE, desde os 16 anos, e lá fiz um projeto para jovens
assistirem aos últimos ensaios das orquestras e dos artistas
que vinham se apresentar. Depois, por motivos profissionais
de meu marido, nós nos transferimos, em janeiro de 1960,
para Porto Alegre. Chegando aqui, na primeira semana, en-
contrei um antigo colega que estava dando um seminário no
Instituto de Artes e o convidei para a nossa casa. Perguntei
como andava a cultura na cidade e ele respondeu: arregaça
as mangas e começa de uma vez. Então, fiz uma carta para a
PROARTE, comunicando que agora, como estava em Porto
Alegre, eu não poderia levar adiante o meu projeto no Rio de
Janeiro, mas que eu estava às ordens. Logo voltou a corres-
pondência, dizendo-me para reativar a PROARTE em Porto
Alegre. Então comecei.
Como surgiu seu interesse pelo Theatro São Pedro?Estimulada pela PROARTE, que era a entidade cultural da
época, já em março de 1960, três meses após nossa chega-
da, foi apresentado um concerto aqui no velho Theatro São
Pedro, que estava em condições lamentáveis. Eu não conhe-
cia ninguém na cidade. Fui descobrindo os espaços que de-
veria percorrer os quais depois se tornaram normais, utilizados
por todo mundo. E, em 1971, recebi a cidadania honorária de
Porto Alegre.
Marili Buchalter, Eva Sopher e Sônia Teruchkin
Theatro São Pedro
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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SÃO
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Como “sua vida” entrou na “vida” do Theatro São Pedro?Em 1975, um grande amigo jornalista e intelectual foi à nossa
casa e disse: eu venho com um convite do governador Sinval
Guazelli para te convidar a assumir a coordenação da restau-
ração do Theatro São Pedro. Nós já estávamos morando na-
quilo que eu chamava de casarão e que hoje é o Palácio das
Hortênsias do Governo do Estado (essa foi uma doação que
meu marido fez, após termos morado lá 10 anos). Eu disse:
sinto muito, porque, enfim, sou dona de casa, esposa de um
industrial, recebo autoridades e tenho uma entidade com até
mais ou menos 24 promoções anuais, que era a PROARTE.
Mas me comprometo a encontrar alguém que assuma o The-
atro São Pedro. Meu marido embarcou no dia seguinte em
viagem de negócios, pois era um alto executivo da Zivi Her-
cules. Quando voltou, uma semana depois, perguntou: quem
você encontrou para o Theatro São Pedro? E eu respondi: por
enquanto, ninguém. Nesse momento, meu marido disse: olhe
aqui, ou você faz, ou vão derrubar o Theatro São Pedro, assim
como derrubaram o irmão gêmeo dele, que era do outro lado
da rua. Quando ouvi essa frase, imaginei esse cenário; então
disse: pronto. Meu marido sempre teve uma grande visão,
sempre foi uma pessoa fora de série, assim como foi o nos-
so casamento, que o cigarro interrompeu depois de 41 anos.
Mas, quer dizer que, até hoje, faço questão de dizer que o
Theatro São Pedro existe graças a essa frase do meu marido.
Durante nove anos, eu ouvia: o Theatro São Pedro nunca vai
ficar pronto, não vai dar certo, não é possível. O próprio Paulo
Autran, em uma entrevista em que perguntaram sobre o The-
atro São Pedro, disse: Ah, esquece, tem uma mulher doida lá
dentro. Aliás, por falar em mulher doida, quando a Fernanda
Montenegro veio ver esta obra aqui, ela estava com o espe-
táculo “Dona Doida”, e aí, um dia, ela me disse: a dona doida
não sou eu, a dona doida é você.
Como surgiu o Multipalco?Quando o Theatro São Pedro estava finalizando, quase no fim
da obra, lamentávamos não ter um espaço adequado para
a administração do teatro. Então, fui pedir um pedacinho de
chão ao lado, onde havia na ocasião uma casa que tinha sido
boa, mas que, a essas alturas, já nem casa era, pois esta-
va completamente destruída. Fui ao então proprietário (a sua
mãe morava lá) e pedi que ele doasse esse terreno ao futuro
anexo do Theatro São Pedro. Ele não topou a ideia e fica-
mos sem a possibilidade de usar esse pedaço para fazer um
anexo.Solicitei então a um corretor de imóveis, que tinha ofe-
recido ajuda, que descobrisse de quem eram esses terrenos
todos em volta do teatro, que estavam degradados, fechados
e não eram usados a não ser por algum politico, que fez um
pequeno estacionamento no local. E, depois de mais de 20
anos, conseguimos, ao lado da centenária casa da cultura,
dez terrenos. E estamos fazendo um complexo cultural. Hoje
estamos aqui. Na verdade, isto aqui é maior que o Lincoln
Center, porém está no centro da capital dos gaúchos, no
mesmo chão da centenária casa do Theatro São Pedro. No
meio disto, ainda temos um galpão crioulo que, durante algum
tempo, nós não mostramos. Camuflamos com medo de algu-
ma secretaria achar ruim, até o momento em que eu senti a
importância de receber aqui os atores e atrizes que vinham de
fora, com um carreteiro ou churrasco depois do espetáculo.
Aí eu fiz questão de dizer: sim, o galpão crioulo existe. É mais
uma peça, regionalíssima, entre o centenário templo da cultura
e o prédio da cultura futura. E isso hoje é um fato que dificil-
mente pode ser repetido em qualquer capital de qualquer país
do mundo. Porque quem é que, a não ser com a ajuda de São
Pedro, consegue dez terrenos para poder fazer isto? Não me
importa mais estar na inauguração deste prédio ou não, pois
isto é irreversível. E, na verdade, Porto Alegre só vai entender
este complexo cultural depois de pronto.
E a burocracia? O mais difícil continua sendo a burocracia. Gastamos muito
tempo. No caso da luz, aqui no Multipalco, acho que levamos
mais de um ano para conseguir vencer a burocracia. Até ago-
ra, nós só podemos trabalhar de dia, pois a luz depende da
velha luz do Theatro São Pedro. Agora, finalmente, após um
ano ou mais, vamos fazer uma nova subestação de energia
elétrica. Então uma coisa depende da outra. Tudo é engessa-
do pela burocracia.
O que a Sra. diria para nós, trabalhadoras voluntárias?Eu parabenizo todas as mulheres que encontram a necessi-
dade e a realidade de fazer um trabalho voluntário. Quando as
pessoas me perguntam, mas e a sua idade? Eu respondo que
é exatamente isso que deixa a pessoa inteira. E nada é mais
gratificante que um trabalho voluntário.
Nós hoje temos aqui uma associação que se chama Associa-
ção Sol Maior. São 70 meninos e meninas entre 7 e 14 anos,
da periferia, em situação de vulnerabilidade, que recebem au-
las por voluntários de música: cordas, teclas e percussão. Nós
também temos oficina de literatura, já acontecendo aqui nas
salas que estão prontas.Essas crianças, quando vieram pela
primeira vez, e como estávamos terminando as salas aqui no
Multipalco, fizeram seus primeiros ensaios no Theatro São Pe-
dro. Elas choravam de emoção. E, no final do ano, quando
fizeram um concertinho na concha acústica, veio a família toda,
muitos pela primeira vez.Para popularizar a cultura, nós temos
muitos projetos de entrada franca também. E, por outro lado,
quando ocorre a apresentação do “Guri de Uruguaiana”, nós
enchemos o teatro. No último fim de semana, das 1800 pes-
soas que assistiram ao show, eu calculo que 98 a 99% nunca
tinham vindo ao Theatro São Pedro.Além disso, esta casa nun-
ca foi pichada. O respeito contagia. E o respeito que esta casa
põe para fora ela recebe.
Theatro São Pedro
Na’amat Pioneiras
12 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
OS
LIVRO
S E O
CEN
TRO
HIST
ÓRI
CO
“A PRAÇA É DOS LIVROS COMO O CÉU É DO CONDOR”
Luiz CoronelPoeta e publicitário
Que este gênio precoce, Castro Alves, me conceda
o título a estas mal traçadas linhas. (Sempre que
penso o poeta baiano, que vem a morrer aos 24
anos, avalio a avalanche poética que ele nos legaria se
mais algumas décadas lhe fossem concedidas viver). Mas
ganhemos os trilhos, pois bem dizem os lusos, “quem não
sabe o que quer, quando acha não se dá conta.” A praça
não tem condores, mas livros ela os tem, em larga me-
dida. Amo Porto Alegre, cidade à beira do rio e em meu
coração. Gostaria de veicular uma campanha “Muro da
Mauá, Muro de Berlim, tudo que separa um dia tem fim.”
Gerações sucessivas de governantes ergueram muralhas
de pedra contra o estuário do Guaíba. O Sena ou o Reno
são arroios Dilúvio perto de nosso deslumbrante encontro das águas. Hoje, são pensados e atuados expedientes de
devolução do Guaíba à cidade e revitalização do Centro
Histórico. Bravo. Que assim seja. É ali, em espaço aberto,
que se realiza a Feira do Livro de Porto Alegre, entrando em
sua 59ª edição. Viver a experiência de Patrono da Feira nos
confere uma visão muito clara do significado do centro da
cidade para a população. A palavra pertencimento explica
essa relação. Os bairros são exclusivos. O centro, inclusivo.
Os positivistas nos legaram, em suas edificações com desti-
nação aos serviços públicos, prédios de soberba elegância.
Lembro o Quintana: “o problema da arquitetura moderna é
ela não saber fazer casas antigas”. A condição de escritor,
gaúcho dos quatro costados, daqueles para os quais a partir
do Mampituba tudo é exílio, faço alardes ao dizer que vive-
mos em um Estado ao sul de si mesmo. Quem ama o livro e
devota-se a Porto Alegre, bate palmas a tudo e todos que,
na medida de seus empenhos e possibilidades, vitalizem
nosso Centro Histórico. É ali que o livro assume seu momen-
to de maior majestade. Sempre ouvi dizer que os livros são
janelas para o mundo. Sim. Antes, porém, eu os vejo, antes
como espelhos, onde percebemos refletida, com nitidez, a
nossa identidade. Qual Jorge Luis Borges, não sei pensar
o paraíso sem uma biblioteca. E muito menos Porto Alegre
sem a sua Feira do Livro. É no Centro Histórico de Porto Ale-
gre que o coração de nossa gente bate mais forte. Abenço-
ada seja a poesia, e sua refinada alquimia com as palavras.
Viva os romances, eternamente a descobrir as nuanças da
alma. Bem-vindos os contos, com seu espanto conclusivo.
Em certo momento desta crônica, cheguei a pensar que es-
tava misturando temas, rompendo a unidade essencial de
um texto, eis que percebo que o centro da cidade e os livros
formam uma indissolúvel e única realidade.Biblioteca Pública
Praça da Alfândega
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
13
CEN
TRO
HIST
ÓRI
CO
Cláudia LaitanoJornalista
As pessoas, como as cidades, desenham seus ma-
pas a partir de um determinado centro histórico
– um país que ficou para trás, uma cidade, uma
praça onde a gente ralou os joelhos. Não importam a
distância, o tempo e nem mesmo a constatação de que
parte do nosso centro histórico evaporou-se do mundo
concreto para virar bingo ou templo religioso: o espa-
ço da infância e da adolescência é patrimônio tombado
na nossa memória. Sobrevive a guerras, migrações, de-
sastres naturais, ou arquitetônicos, quase como se um
pedaço de nós nunca tivesse saído de lá – e às vezes
nunca sai mesmo.
Não que o centro histórico confunda-se sempre com
uma espécie de paraíso perdido – às vezes, é um lugar
de onde se fugiu e para onde não se quer voltar nem em
cartão-postal. Mas é ali, no nosso primeiro ponto de re-
ferência geográfico, que as fugas e os eventuais retornos
começam a ser tramados antes mesmo que a gente se dê
conta. Se sabemos que Fellini nasceu em Rimini, que Itabi-
ra é um retrato na parede de Drummond (“mas como dói”)
e que Caetano Veloso começou a escutar música em uma
certa rádio de Santo Amaro é porque o centro histórico, às
vezes, não é só um lugar no mapa, mas uma maneira de
entender, ou não entender, o resto do mundo.
Meu centro histórico é o Centro de Porto Alegre. Minha
história com o bairro começa nos anos 1940, antes mesmo
de os meus pais se conhecerem. Meus avós paternos (sou
daquelas raras porto-alegrenses de terceira geração) muda-
ram-se naquela época para a primeira quadra da Riachuelo,
perto da Usina e da mítica Ponta da Cadeia. No terreno da-
quela casa antiga, seria construído o edifício Maria Madale-
na, onde meus pais foram morar quando se casaram e onde
eu e meus irmãos nascemos. Nosso jardim de infância foi o
Picapau Amarelo, ainda hoje funcionando na Praça Alto da
Bronze, e todos aprendemos a ler no grupo escolar Men-
na Barreto Neto, ao lado de casa. Pelo menos uma vez por
semana, meus avós me levavam para brincar na Praça da
Alfândega, algumas quadras mais adiante. Anos mais tarde,
a família subiu na vida e na Rua Riachuelo e se instalou no
edifício Jaguari, localizado atrás do Theatro São Pedro e da
Praça da Matriz .
As praças do Centro - Bronze, Alfândega e Matriz - ainda
hoje guardam para mim aquele mistério que só os locais que
A HISTÓRIA DE UMA CIDADE
nos evocam a infância conseguem preservar. A Bronze que
eu vi trocar o verde pelo concreto dos brinquedos futuristas,
instalados por ali no começo dos anos 70, na época em que
eu frequentava o Picapau Amarelo. A Alfândega que eu en-
contrava coberta de barraquinhas não apenas da Feira do
Livro, mas também durante as atividades do Lions Clube,
quando via minha mãe e as amigas vendendo panetones
para arrecadar fundos para as ações beneficentes do clube.
A Matriz com suas fantásticas criaturas de bronze que um
dia pareceram gigantescas à menina que eu fui (e que em
certa medida ainda sou).
Cuidar dessas praças é garantir que o passado de quem
brincou naquela vizinhança pode se ligar ao futuro de todas
as crianças que ainda vão passar por ali. Pois é do encontro
de infinitos “centros históricos” que se constrói no tempo a
história de uma cidade.
Praça da Matriz
Na’amat Pioneiras
14 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
SEFA
RADI
M Ester Miriam Menda
Psicanalista
O CENTRO HEBRAICO E A COMUNIDADE SEFARADI EM PORTO ALEGREOs judeus sefaradim começaram a pensar na América,
em busca de uma nova vida, como forma de fuga da
inquisição, aproveitando o evento das grandes navega-
ções, promovidas pela Espanha e Portugal. O novo mundo
trazia a esperança da liberdade de culto e a possibilidade
de crescimento e desenvolvimento. Esse grupo de judeus -
os sefaradim - levava consigo a cultura dos lugares vividos, e
não foi diferente na sua vinda para a América. Dessa forma,
eles trouxeram enorme contribuição a essas novas terras,
desde o norte até o sul. Com o passar dos séculos - no fim
do XIX e início do XX - novas perseguições ocorreram na
Europa, incentivando um novo grupo de judeus a atravessar
os mares rumo a esta terra de mil possibilidades: os aske-
nazim. Também os sefaradim vieram nessa época, devido a
conflitos e mudanças de política nos países em que viviam,
nada alentadores, que os incentivaram na mudança de lugar.
No Brasil, os judeus sefaradim participaram do desbra-
vamento ao atuarem nas conhecidas Entradas e Bandeiras;
foram usineiros no ciclo da cana-de-açúcar; embrenharam-se
pela Amazônia e, dessa forma, puderam manter suas tradi-
ções e seus cultos, longe da fúria assassina e doentia dos
inquisidores. Alguns historiadores chegam a mencionar que
25% do povo brasileiro é descendente dos judeus que para
cá vieram no início da colonização brasileira.
O maior afluxo de sefaradim, mais especificamente para a
cidade de Porto Alegre, deu-se entre os anos de 1910 e 1920,
ainda no século passado, na sua maioria vindos da Turquia,
mas também do Egito, Marrocos e Grécia. Deve-se ressaltar
que os sefaradim mantinham o mesmo idioma desde a saída
da Espanha em 1492 - o ladino. Eram em pequeno núme-
ro, por volta de 5% em relação aos askenazim, que já se en-
contravam no estado, por conta das colônias fundadas pelos
barões Hirsch e Phillipson, que encabeçavam a ICA - Jewish
Colonization Association - de atividade filantrópica.
Em Porto Alegre, os sefaradim escolheram o bairro Cidade
Baixa para morar, próximo ao centro da cidade, onde a maioria
instalou suas lojas, principalmente, de tecidos, famosas pela
qualidade de seus artigos. Dentre elas, pode-se destacar a
Vila de Bruxelas, Ilha da Madeira, Estrela das Sedas, Casa das
Sedas, Casa Safira e Casa Rodrigues. Na ânsia pelo saber, e
por considerar o estudo primordial, boa parte dos descenden-
tes desses pioneiros tornou-se profissionais liberais.
Pela identificação com os costumes e com o idioma co-
mum, formaram uma sociedade e construíram sua sinagoga;
um lugar não somente para os cultos religiosos, mas também
para atividades culturais e sociais: o Centro Hebraico. Foi o
segundo lar de muitos, que se reuniam para conversar, para
brincar, para tratar dos rumos da congregação. No entanto, o
destaque fica para o teatro, cujas peças eram escritas, dirigi-
das e interpretadas pelos próprios membros da comunidade,
que surpreendiam ao incluir expressões típicas ladinas, fora
do texto e do contexto, o que levava a plateia às gargalhadas.
Bons tempos - que passam - mas dão lugar a outros, na
dependência dos desejos, das necessidades de seus mem-
bros. Porém, algo de importante ficou: manter a cultura, a
história - que é vasta - , a culinária, os costumes. A atual Di-
retoria vem procurando resgatar essa cultura, não mais em
nível regional - já que o número de sefaradim no estado é re-
duzido - mas de forma universal, publicando mensalmente a
revista El Djudió, de belíssima apresentação visual e excelente
conteúdo, que chega atualmente a 63 cidades em 12 países,
tornando o Centro Hebraico Riograndense e os sefaradim do
Rio Grande do Sul cada vez mais reconhecidos e respeitados.Centro Hebraico Riograndense
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
15
SEFA
RADI
M
Eu me criei caminhando na Rua da Praia e reconhecen-
do, em cada vitrine, as lojas dos sefaradim. A nossa
Kehilá (comunidade) era muito unida. Em todos os
momentos importantes das nossas vidas, desde o nasci-
mento até a morte, estávamos juntos. Não se imaginava
compartilhar um casamento, Berit-Milá, Bar-Mitzvá, Festas
Religiosas sem a nossa “grande família”. Na verdade, nós
nos considerávamos uma grande família. Todos falavam e
cantavam em ladino.
Desde pequenos, frequentávamos o Centro Hebraico, e
nossas mães faziam parte das Damas de Caridade Sefara-
dies. Assistíamos aos meldados (orações) e, sempre que um
dos participantes pedia para repetir determinada reza “como
se dizia no meu lugar”, nós, tchudchuks (crianças), ríamos.
Então, nos olhavam e pediam silêncio.
Os meldados eram sempre cantados, e eu adorava ouvir
a voz do meu pai, que cantava muito bem. Mas todos can-
tavam. Todos participavam e sabiam ler em hebraico.
No Yom Kipur, os homens eram chamados à Habimah
(púlpito) para orar pelos parentes que partiram, pelo Brasil,
pelos governantes e, também, para ofere-
cer a sua Tzedakah, que era encaminhada
especialmente para cada setor da Kehilá.
Acabavam os Yamim Noraim (festas
desde Rosh haShana até Yom Kipur), e
era hora de cobrar as doações oferecidas
na Habimah.
Meu pai era encarregado de percorrer
as Butikas de los muestros. Uma quase
ao lado da outra, numa convivência feliz
e tranquila. Eu me achava o máximo ao
exercer essa tarefa tão importante. Fica-
va ao lado do meu pai, de mãos dadas.
Assim, íamos percorrendo a Rua da
Praia: saíamos da nossa loja, Safira, de
Zouvi Bensussan, e, em seguida, íamos
para a Villa de Bruxellas, dos Irmãos Cas-
tiel. Mais um pouco, a Estrela das Sedas,
de José (Pepo) Poyastro e Nicio Poyastro.
A Casa das Sedas, de Moisés e Rafael
(Kiko) Estrougo, era a próxima. Subindo
mais, em direção à Borges de Medeiros,
a Casa Alberto, de Alberto Zouvi; a Ilha da
Madeira, de Alberto Behar. Na frente, do
lado par da Rua da Praia, a Casa Gavillon, de Alberto Gavillon
Rita Zouvi Bensussan BurdEx-presidente do Centro Hebraico Riograndense
LEMBRANÇAS DA ÉPOCA EM QUE A RUA DA PRAIA ERA SEFARADI
e, na esquina, A Grande Moda, de David Rassi, e a Casa
Maia, de Moisés Maia.
Subindo a Marechal Floriano, A Valenciana, de Alberto
Behar; a loja de Alexandre Soria; a Casa Rodrigues, dos Ir-
mãos Rodrigues; a loja de Nicio Haleva, depois a Casa Açu-
cena, de Victor Elnécavé. A seguir, a loja de Ely Ben David; a
loja de Alberto Cohen; a Casa Popular, de Lieto Behar, que,
mais tarde, se mudou para a Fernando Machado com o
nome de Casa Suzana, e a loja de Lazar Taraboulus. Subindo
para a Riachuelo, a Casa Isa, de Alberto Haleva.
Infelizmente, esse universo sefaradi já não faz parte do
comércio de Porto Alegre. Os nossos amados pais foram
envelhecendo, e a nova geração seguiu em busca de outras
profissões.
Restou o exemplo de trabalho e convivência harmoniosa,
de respeito e de muita saudade.
(Agradeço a Jenny Elnécavé, que ajudou com sua memória a resgatar o nosso passado).
Rua da Praia
Na’amat Pioneiras
16 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
LEM
BRA
NÇAS
Por que me pedem um texto sobre o Centro de Por-
to Alegre? Saí da minha cidade natal ainda guri, aos
13 anos, dois dias após o bar-mitzvá, um depois da
descoberta de matzeivá da minha avó. Sei pouco, muito
pouco sobre o Centro... Que poderia escrever? Claro que
tenho minhas lembranças. Mas, de certa forma, Porto Ale-
gre inteira ocupa posição central na minha vida.
Mesmo há 38 anos em São Paulo, e até gostando da
maior metrópole do País, sinto-me permanentemente no exí-
lio. Porto Alegre é a minha cidade. É para onde corro e onde
me refugio e me energizo nos momentos mais cruciais.
Nesses anos todos de Diáspora, quantas vezes rumei
para a cidade, para buscar o carinho de amigos e parentes!
Para visitar apenas, passar em frente do Israelita, dos Grêmios
(o Israelita e o Tricolor), do Círculo, do prédio da infância - o
Jardim Emília - na Protásio Alves... Para simplesmente andar
pelas ruas da cidade!
Do Centro, como já confessei, sei muito pouco. Não co-
nheço os sebos que guardam tesouros da literatura.
Nunca fui a uma loja de discos.
Não tive a vivência de, após a faculdade, rumar para um
bar bom e barato para curtir sua música, petiscos e cerveja
gelada.
Não fui às exposições nos museus da Praça da Alfânde-
ga!
Ainda assim, é nas minhas andanças pelo Centro Históri-
co que mais percorro as ruas da memória: na banca 40, olho
para um casal, e vejo meus avós paternos namorando; ainda
na própria banca, onde paro para saborear a famosa sala de
frutas com nata e/ou sorvete, pego caderninho e caneta e
passo a contar quantos gremistas e colorados desfilam diante
dos meus olhos. Sim, aos 51 anos, reproduzo, sempre, essa
guerra de torcidas que fazia com meu pai, em dias de Gre-
-Nal. Ah, os dias de Gre-Nal! Valem camisetas, bonés e até
chaveiros nessa importante contagem de quem tem a maior
torcida!
Passo em frente ao Theatro São Pedro, onde fui o arauto
na peça do colégio e onde vi a minha prima Ziza dançar balé.
Ali pertinho, procuro pela antiga escolinha de artes, onde meu
irmão descobriu que era artista e percebi que minha habilida-
de motora estava apenas nos pés.
Entro em uma rua estreita e descubro uma galeria. Cami-
nho vagarosamente e, de repente, paro arrepiado, em frente a
uma barbearia. Como em um portal do tempo, lá estão meu
pai, meu irmão e eu. Terá sido uma das últimas vezes em que
estivemos juntos?
Nas Lojas Americanas, onde havia um delicioso cachorro-
-quente, minha avó materna sobe pelas escadas, enquanto
vamos pela escada automática. Meu Deus, eu não lembrava
que a “Vó Lota” tinha medo de escada rolante, essa maravilha
da modernidade! Não foi no Centro, mas nunca me esque-
Airton GontowJornalista
O MEU CENTRO
ci da cena na casa dos meus avós, na Vicente da Fontoura,
quando uma amiga disse com seriedade: “Rosalina, meu filho
me deu um despertador tão inteligente, mas tão inteligente,
que ele toca de manhã e, se eu não acordar, ele toca de novo!”
Na última vez em que estive em Porto Alegre, quando vol-
tava do Centro e passava pela Protásio, rumo à casa do meu
tio, na Anita Garibaldi, juro que vi um bonde!
Do bonde descia uma mulher baixinha, bonita, e dois guris
muito bem arrumados. Fazia muito calor. As crianças estavam
exaustas e tudo o que queriam era chegar em casa para des-
cansar e brincar, de shorts. Mas, ao pular do bonde, o filho
mais velho deixou cair algo no chão.
Olhei com atenção e, mesmo de longe, consegui ver que
era uma bala – dessas balinhas que tem uma carta de baralho
desenhada na embalagem. A doce mulher ficou muito nervo-
sa. Colocou a mão no bolso do guri e encontrou mais duas ou
três balinhas. Gritou! Olhou para o filho menor e perguntou se
ele sabia. Ele disse que tinha visto sim! Berrou com ele tam-
bém. Acho que deu-lhe um tapa e no mais velho também,
mas disso não tenho certeza (e também não contaria se sou-
besse, porque hoje seria politicamente incorreto).
Estava um calor infernal, e eu não via a hora de chegar na
casa do Tio Leonardo, mas olhei para o taxista e disse: “Volte
para o Centro, por favor”.
Vou silenciosamente no táxi, acompanhando o bonde até
a região central da cidade. Salto do táxi e sigo os persona-
gens até as Lojas Americanas. A mulher chama um vendedor
e ordena para o filho: “diz para ele o que fizeste e pede des-
culpas”. Ele olha encabulado e, chorando, abre a mãozinha
direita e diz: “eu peguei essas balinhas, desculpe”.
É final de tarde.
Com os olhos vermelhos, vou até a Casa de Cultura Mario
Quintana.
Quase não conheço o local.
Nunca fui às suas mostras.
Nunca curti as tardes musicais.
Nunca vi o pôr-do-sol ao lado dos amigos ou das primei-
ras namoradas.
Foi tão lindo o entardecer!
Aquele era o meu pôr-do-sol!
Aquela era a minha cidade!
Aquele era o meu Centro,o eixo que me faz andar, ainda
que um tanto trôpego, mais ou menos nos trilhos.
Eu só sabia chorar...
Praça Montevidéo
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20 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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Antiga Praça do Paraíso, a Praça XV de Novembro con-
templa três pontos emblemáticos e queridos da cida-
de de Porto Alegre: o Chalé da Praça XV, o Mercado
Público e o Paço Municipal, obras que foram dadas ao pú-
blico depois da segunda metade do século 19 e que signi-
ficaram um avanço na urbanização da capital dos gaúchos.
Reduto da boemia, o simpático Chalé da Praça XV foi
inaugurado em 1885. Como as lendas movimentam a vida
em sociedade, é certo que o Chalé tem estilo bávaro mas
origem controversa: não se sabe se foi construído aqui ou se
veio desmontado da Europa, como era costume na época.
O fato é que a estrutura de aço, madeira e vidro, que foi
inicialmente um quiosque para a venda de sorvetes e refres-
cos, marcava também o fim da linha dos bondes e era fre-
quentado por todo tipo de gente, ainda mais no cair da tar-
de, depois do trabalho, naquilo que ainda não era conhecido
como happy hour. Por causa da arquitetura e do chope de
colarinho maduro, o Chalé era também ponto de encontro
da colônia alemã da cidade.
Cíntia MoscovichEscritora
O MIOLO DE NOSSA MUI LEAL E VALOROSA
O Mercado Público foi inaugurado em 1844 e, anos de-
pois, em 1870, com um trabalho de ampliação, foi entregue
à população com formato muito similar ao que ainda hoje
é mantido, Apesar de se avizinhar com a prefeitura, depois
de um período de variado comércio de carnes, peixes e
verduras, o Mercado sofreu dois incêndios e, por causa de
enchentes, graves avarias. Com isso, a frequência declinou
e o prédio começou a sofrer a ação das intempéries e do
descaso.
Ao mesmo tempo, crescia a necessidade de uma sede
para a Intendência do município, que até então funcionava
em vários prédios alugados no Centro Histórico. José Mon-
taury, eleito pelo Partido Republicano em 1897, foi o res-
ponsável pela construção do primeiro prédio em estilo niti-
damente positivista da cidade, com arquitetura tendendo à
monumentalidade e estátuas e ornamentos francamente ale-
góricos. Em 1935, em homenagem ao centenário de Revolu-
ção Farroupilha, a comunidade espanhola doou à prefeitura
um chafariz, a fonte Talavera de la Reina, que infelizmente
Chalé da Praça XV
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013 21Na’amat Pioneiras
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foi sofrendo depredações ao longo do tempo e teve de, há
poucos anos, ser completamente restaurada.
Depois da grande enchente de 1941 e da construção do
muro da Mauá, a cidade, como que revidando a agressão
das águas, deu as costas para seu rio, que na verdade é
estuário, e para seu centro mais pulsante. Como os centros
e regiões portuárias das grandes cidades, nosso centro viu
um período de escuridão e penúria. Num bravo esforço de
recuperação, a prefeitura iniciou bem-vindas obras para res-
taurar o Mercado Público, criou calçadões — nosso Largo
Glênio Peres, em homenagem a um dos homens que mais
lutou pela democracia — e foi empreendida a reforma dos
terminais de ônibus.
O Chalé da Praça XV, fechado por mais de dez anos,
passou por uma reforma completa, obras custeadas pelo
Senac, que se tornou o novo permissionário, para abrigar
um restaurante com cardápio típico, a exemplo daquele que
funciona no Pelourinho, em Salvador. A reabertura do Cha-
lé foi uma bela festa, saudada por gaúchos muito ilustres,
como o escritor Moacyr Scliar, frequentador da casa desde
o tempo dos bondes: “Este é um espaço afetivo na vida de
Porto Alegre”, resumiu.
Mais recentemente, as ações do Programa Monumenta
e a retirada dos camelôs revigoraram a Praça XV de Novem-
bro e a frequência do entorno. Além de um Mercado Público
completamente reformado — além das vendas tradicionais
de secos e molhados, das impressionantes saladas de frutas
com nata, sorvetes e especialidades culinárias, virou até polo
de temakerias, sushis e outras iguarias da cozinha japonesa
—, o mercado conserva tradicionais restaurantes e bares. O
Chalé da Praça XV atualmente abriga um restaurante espe-
cializado em culinária regional e internacional, com capacida-
de para 310 pessoas, incluindo um simpático terraço. Junto
à prefeitura, o Mercado e o Chalé saúdam todos aqueles que
chegam ao miolo agitado de nossa mui leal e valorosa.
Mercado Público
Mercado Público
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NA’AMAT PIONEIRAS –
Jantar grupo Coach NeurimDoação do Grupo Morashá para Damas de Caridade
Passeio Nova Petrópolis Grupo Kineret
53o Bazar Anual
Doação do Grupo Berta Siminovich ao Lar Esperança e Clínica Amparo
64 anos da Na`Amat Pioneiras
Confraternização dos Grupos Dor Hemshech
Almoço Grupo Chai
Jantar Grupo Prachim Jantar Clarinha Milman
Seminário Cultural anualExcursão a Santana do Livramento - Departamento de Turismo
Pizza da Primavera - Grupo Morashá
53o Bazar Anual
Apresentação do Coral Zemer no Ipa
Doação do 53o Bazar Anual
Doação do Grupo Coach Neurim ao Lar Maurício Seligman
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013 23Na’amat Pioneiras
VITR
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MAT
– EVENTOS 2012 - 2013
Posse Nova Presidente Centro Porto Alegre - Sonia Teruchkin
Campanha dos Brinquedos Grupo Morashá
Departamento Cultural Painel - O Dever da Memória 70 anos do Levante do Gueto de Varsóvia
Abertura dos trabalhos de 2013
Visita ao Lar Maurício Seligman com Coral Zemer
Abertura da Campanha anual 2013
Jantar Grupo Morashá Grupo Sara Barkait - Chá do Dia das Mães
Palestra Grupo Berta Siminovich
Cabalat Shabat em Capão da Canoa com Coral Zemer
Chá despedida Aliá Regina Libeskind
Almoço de Confraternização final de ano - posse nova diretoria
Departamento Cultural Doação para Damas de Caridade
Tarde Recreativa - Grupo Elisheva Kaplan
Noite Nhoque da Sorte - Grupo Clarinha Milman 75 anos Lúbia Zilberknop - Grupo Kineret
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Na’amat Pioneiras
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013 25Na’amat Pioneiras
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Foto: Antares Martins
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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Especialista e Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial
Doutor em Fisiologia Oral - University Medical Center Holanda
Speaker da ITI (International Team for Implantology) - Suíça
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DR. WILSON PIRILLO TAVARESPrótese em porcelanaDR. WILSON PIRILLO TAVARES FILHOCirurgião-dentistaSantos Neto, 1 - Fones: 3330-8572 e 9986-1102
DRA. ALESSANDRA N. RINALDI MALISKAEspecialista e Mestre em PeriodontiaMariland, 597 - Fone: 3345-3677
DRA. CLÁUDIA ROITMAN - CRO 7879Praça Dom Feliciano, 39 - Sala 901 - Fone: 3286-7003
DRA. IONE SUSLIK BARON - Cirurgiã-dentistaProtásio Alves, 3332 - cj. 202 - Fone: 3334-0267
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Cel. Bordini, 675 , cj. 302 - Fones:3388- 1965 e 3321- 319 7
DRA. ELIANE GULKO CARAVERPrótese e Implantes
ENGENHARIA/PROJETOS/CONSTRUÇÕES/INSTALAÇÕESBÁRIL EMPREENDIMENTOSIndependência, 1299 - Sala 302 - Fone: 3092-5050
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DR. JARBAS MILITITSKYAmélia Teles, 90 - cj 302 - Fones: 3332-4189 e 3330-4336
ESTACIONAMENTOESTACIONAMENTO E LAVAGEMLavagem c/Mão de Obra EspecializadaAv. Alberto Bins, 849 - Fone: 3224-6108
FARMÁCIASCALÊNDULAHomeopatia, Dermatologia, Cosmética, Manipulação de FórmulasBom Fim: Henrique Dias, 115 - Fones: 3311-1933/3311-4515Tristeza: Dr. Mário Totta, 625, Loja 104 - Fone: 3269-2962
DROGAMASTER - Farmácia de Manipulação Osvaldo Aranha, 1358 - Fone/Fax: 3312-1000Tele-entrega - Sedex para todo o estado
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REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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Na’amat Pioneiras
36 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
INSTITUIÇÕES E ENTIDADES JUDAICAS
Judaísmo, continuidade, cultura, história, tradição e orgulho de pertencer à Sinagoga mais antiga de Porto Alegre.
Venha se associar na União para continuar com as tradições de nossos pais e avós.
União IsraelitaPorto Alegrense
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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ABRAHAM GUELFAND HENRIQUE ROCHICHNERROSA ARENZON SAUTE SARA ARENZON
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ARON ENKFLORA ENKJAIRO ENKJOSÉ ENKDANIEL ENK
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BERNARDO CARNOS SOPHIA W. CARNOS BERNARDO PAKTERGENY PAKTER
BELA ENGELMANBELA LICHTENSTEIN BERNARDO FIALKOW BERTA FITERMAN COLMANBERTA MARONBERTA RUSSOWSKY SOIBELMANBERTA SIMINOVICHBERTA TAMPOLSKY LERMANN
BORIS ZILBERMANMALVINA G. ZILBERMAN REISE Z. GUDIS
CARLOS KNIJNIK SARA KNIJNIK
CAMILA BANONCARMEM DORA COPSTEINCARMEM SILVEIRA NETO FARIACECÍLIA DAVIDSON KUMPINSKYCECÍLIA LICHTENSTEIN CECÍLIA SLAVUTZQUECIPRA BORESTEINCLARA FERMANCLARA MILSTEINCLARA NAGELSTEINCLARA SAFROCLARA KOR WOFCHUK CLARITA NURKIN
DAVID JOSEPH KAPELDAVID LITVINDORA ROZMANDORA WOLFF (RG)DOREL GRUNBERGDR. ABRAÃO SUKIENNIKDR. JACOB KIRJNERDR. JAIME COPSTEINDR. JOSÉ GLOCKDR. JULIO GLOCKDUNHE ZIMMERMANN
DAVID TEITELBAUMELFRIDES TEITELBAUMSOLON TEITELBAUM
ELIAS AMIEL (Santa Maria)EMILIE FLEISCHERERNESTO SPRITZER (RJ)ESTER CHMELNITSKYESTHER TORICACHVILIEVA GOLBERTEVELYNE HERBORN
FANNY GUSFANY UNIKOWSKYFELIPE LIPA M. HAUZMANN GEIVA SANDLERGUILHERMINA SANBERGGUITA FEDERMANN (CURITIBA)HANNA WULFF VARGA DR. OBE RASKINHENRIQUE ACHTENBERGREBECA ACHTENBERG
HENRIQUE COROGODSKYCHEIVA COROGODSKY
HERSZ WOLF FRIDMANMINDLA FRIDMANFRANCISCO FRIDMAN
ISAAC SAUTEIDA SAUTE ISAAC NELSTEIN LIZA NELSTEIN
IDA CANTERGI ISAAC AINHORNISAAC NUDELMANISAAC RUBINISRAEL MALTZ (POLACO) ISRAEL PLATCHECK ISRAEL PIPKINISAAC PIPKINJOSÉ PIPKIN
ISSAK GOLANDINSKYOLGA GOLANDINSKI
JACOB ENGELMANCLARA ENGELMAN
JACOB KATZJACHETA (JANETE) KATZSARA KATZ
JACOB BERESNIACKJAIME JOVEGELEVICIUS
JAIME ZELTZER RAQUEL I. ZELTZER JAYME HOCHBERGMARIA HOCHBERGJAYME SALTZÉLIO ROSENFELD
JENI CARANGACHEJONAS WOLF JOSÉ ANAPOLSKYIDA ANAPOLSKY
JOSÉ AXELRUDJOYA AXELRUD JOSÉ BLIACHERIS (BLACHER)CLARA BLIACHERIS ÉRCIO BLIACHERISWILSON BLIACHERISLUIZA BLIACHERIS SZUCHMAN JOSÉ DAVID KUPPER (CURITIBA) JOSÉ ROGER GLASSERJOSÉ SPUMBERG
JOSÉ (PEDRO) LECHTMANAMÁLIA MALKA LECHTMAN
JOSÉ LEVY CALAHORAREBECCA LEVY
JOSÉ NEMETZ FANY ANA TESSLER NEMETZ JOSÉ PERELFLORA PEREL JOELSONS
JOSEF SCHAFRANDWORA SCHAFRAN
JULHIO MOLDEVITA ABRAMOVICH MOLD
LEÃO KNIJNIKELIZETE KNIJNIK LUIZ FITERMAN JENY FITERMAN LEA SOIBELMAN GRUTSCHKO LUISA CATTÁN MELAMED LUIZ ALBERTO RABENO COHENMALVINA PITERMANMARA SCHWARTZMANMARCOS RABINMARIA SIMINOVICH
MAURICIO FISCHMANNMARIA B. FISCHMANN
MAURICIO PIPKINFRIDA PIPKIN
MAURICIO SUSLIKSUELY SUSLIK SVIRSKY
MIKLOS ROSENFELDCLARA BERTA ROSENFELD
MAURÍCIO SZYLEWICZ (SP)MAX HERZBERGMINA ALCALAY
NATALIO SZUCHMANJANETE SZUCHMAN
NICOLAS SCHUL PHILIPALBERTO SCHUL
ODETE DVOSKIN PAULINA CUPERSTEIN PEDRO BERLIM JOANA KASSOW BERLIM TÂNIA BERLIM
PEDRO GLOCKBERTA GLOCK
RACHEL MATTATIARACHEL WAINSTEINRAFAEL ZOUVI RAQUEL CELNICREGINA LITVINREISLA MALTZREVECA GUELFANDROSA DUBOWROSANE SANDLERRUBEM MEIER VOLQUIND ROBERTO FITERMANALICE COSTA FITERMAN
RUBINAS (RAUL) GENSASMARTA BLIACHERIS GENSAS
SAMUEL NEMETZ ANA NEMETZ
SALOMÃO JOVEGELEVICIUSSALOMÃO KAUFMAN SAMUEL GENSASSAMUEL SUKIENNIKSARA KATZSARA NEIROS GROISMAN SARA VICTORS
SARA SCLIARMOACYR SCLIAR
SENDER SZAPSZAYNECHUMA SZAPSZAY
SIMÃO FRENKELROSA FRENKELJACOB FRENKEL ESTER F. RODRIGUES
SIMÃO KUPERSTEIN SIMÃO SCHWARTZMANSOFIA ALCALAYSOFIA KRUMHOLZ STELLA WECHSLERSUSANNE SCHALL
TOBIAS GOCMAN ANA G. GOCMAN
WALDEMAR CANTERJIANITA TESSLER CANTERJI
“Em memória das pessoas queridas que nos deixaram.”
Na’amat Pioneiras
38 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
PATROCINADORES DA NA’AMAT PIONEIRAS 2013
ADÉLIA ROITHMANNADELINA NAIDITCHADRIANA DA SILVA RIBEIROAIDA STERENALESSANDRA JOVEGELEVICIUSALESSANDRA SHARGORODSKY TERNER ANA BEATRIZ COPSTEIN WALDEMAR ANA MARIA PASCAROLO IOCHPE ANA OLCHIK ANA TRACHTENBERGANABELLA LOIFERMANANDREA WURZELANDRESSA B.SILVA FITERMAN (CURITIBA) ANGELA STEIN ANNA GROSSMANNANNA ZAMEL ANNITA SOIBELMANANNITA WOLFAUGUSTA COROGODSKYAUGUSTA KELBERT ÁUREA NUDELMANBEATRIZ CHWARTZMANN BEATRIZ FISCHMANN OSÓRIO BEATRIZ SAUTE GLOCKBEATRIZ PAPICH KROSTBEATRIZ STRAZASBEATRIZ ZIMMERMANNBEKY MORON DE MACADARBELA IGORBELA LITVIN BELA TEITELBAUMBELA FANI G. TVORECKI BELINHA NUDELMAN BERTA ROSA JOVEGELEVICIUS BERTA SALTZ BERTHA FAJERBETI BACALTCHUCK BETTY ZAMEL KATZBRIGIDA GURSKICATIA HELENA ROSA CECI LEWIN ZILBERKNOP (PELOTAS) CECÍLIA SUKIENNIK CEIRA LAKS CELI MALTZ RASKINCÉLIA BERGER CÉLIA BROCHMAN CÉLIA KRAVETZCERES MALTZ BIN CLARA GUELFAND
CLARA RABIN CLARA S. MALTZCLARICE K.GUSCLARICE A. CHARCHAIT(BRASILIA) CLAUDETE GARBARSKICLESSY BURSZTEJNCRISTIANE MENNA CZYZCRISTINA D. RODRIGUESDAISY SUSLIK POGORELSKYDANIELA MOLDDÉBORA GENSAS MESTER DEBORA PRESMANDELEUSE RUSSI DE AZEVEDODIVA R. KORNFELDDORA BERGERDORA CARDONIDORA GUDIS HENKINDORA PLATCHECKDORA TABASNIKDORINHA B. PILTCHER DORINHA RASKINEDA WAINSTEINELAINE RODRIGUES ELIANE KASSOW MASTRONARDI ELIANE KIVES ELIANE SUSLIK SIBEMBERGELKA KREITCHMANELOIR ZYLBERSZTEJN ENA RASKIN ENEIDA DIAMANTEENI GALBINSKYESTELA LEDERMAN SPRITZER (RIO) ESTELA WAINBERGESTER BERENICE VEISSIDESTER CARDONESTER GOLANDINSKIESTER K. ENGELMANESTER UNIKOVSKIESTHER GUELFANDESTHER HANDLEREUGÊNIA BERLIMEVA ESMERALDA BECKER EVA PIPKIN EVA SUKSTER FANI JAWETZ FANI MESTER FANI RATINECASFANI SALTZ ROSENFELD FANY EVA SELIGMAN FANY S. CHWARTZMANNFANNY CHMELNITSKY
FANNY ROSEMBERGFANNY DVOSKIN ZAMELFELA HALPERNFERNANDA AZAMBUJAFERNANDA C. UNIKOVSKYFERNANDA SIBEMBERG SPUNBERG FERNANDA STZILERFLÁVIA ASPESI SALTZ FLÁVIA VOGEL.FLORA AMIEL (SANTA MARIA)FLORA ZELTZERFLORA SHERMANFRIDA ENK KAUFMANGENY TURKIENICZGENY SIBEMBERGGESSY AMIEL FISCHMANGILDA L. NEMETZGLACI FAINGLUSGLADIR O. CONCEIÇÃOHELENA B. G. ROSENFELDHELENA FRIEDRICHHELENA KEISERMANHELENA RUBINHELENITA SCALETSKIHENIE O. NUDELMANHILDA PECHANSKYIDA C. GUS IDA ROCHICHNERIDA S. FRIDMANIEDA GUTFREINDIEDA NUDELMANINÊS GLOCKINÊS GOLBSPANIONE GALBINSKYISABEL SCHWARTZMANNIVONE HERZ JACQUELINE SPUMBERGJANE BEATRIZ CANTERGI GHIDALEVICH JANE MARIA GERSHENSONJANE WULFF ALTSCHIELERJANETA G. ZILBERMANJANETE CANTERGIJANETE F. A. CORTEZ (URUGUAIANA) JOCELI MARLI KUPPER TERNERJOICE NHUCH JUDITH SCLIAR JULIETA PRAWERKARINA RABINOVICHKARINA SCHAFRAN VOLQUINDLAURA VARGA LEVY
REVISTA DO 54º BAZAR | 2013Na’amat Pioneiras
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LAUREN COIFMAN GROSSLÉA FIALKOW LÉA RUSSOVSKY MACIELLÉA SCHWARTZLÉIA WAISMANNLEILA SIGAL SUSLIKLEONOR SCHWARTZMANNLIANA CENTENO CARVALHO ZOUVI LÍBIA GRUNBERGLÍDIA ROITMAN CARDONLINA HAUZMANLIZETE GLOCKLÚBIA SCLIAR ZILBERKNOPLÚCIA CRESPO RIBEIRO MOREIRALÚCIA M. RUBINSTEINLUCIANA BORENSTEINLUIZA BILESKILUIZA FAINGLUZLUIZA COPSTEIN WALDEMAR MALVINA BERESNIACKMALVINA DORFMANMALVINA SOIBELMANMÁRCIA SIGAL MARGARETH CHWARTZMANNMARGARIDA ARENZONMARIA CRISTINA FARIA GIGUERMARIA CRISTINA CAON JOVEGELEVICIUS MARIA MADALENA MARTINS KESSLER GERCHMANN MARIA N. FOLBERGMARIA HELENA FINKELMARIA HELENA LERRERMARIA KUPERSTEINMARIA SCHWARTZMANMARIA SOFIA BACALTCHUKMARIE ANNE MACADARMARILI SCLIAR BUCHALTER MARISA SIGAL MARISTELA GALBINSKIMARIZA TERUCHKIN MARLENE KAPEL MARTA FITERMAN MARTA NEMETZMARTA R. H. GLASERMARYSE MATTATIA WOFCHUKMATILDE GROISMAN GUS MENITA SIBEMBERG BONDARMERCEDES BOLOGNESEMICHELLE ROCHICHNER STEINMINA LAPTCHIKMIRA KUPPER (Curitiba)MIRIAM ABULIAC NADOLNY LEVINMIRIAN WEISS BLIACHERISMIRIAM LERRER TERNER
MIRIAM ZELTZER FIALKOWMÔNICA HERTZ COHENNARA B. SIROTSKYNELLY DE BERMANNICHA BRODACZNOÊMIA FAERMANNOÊMIA LITVINNOÊMIA NESTROVSKINOÊMIA SALTZ GENSASPATRÍCIA DAGNINO CHIWIACOWSKYOVETT SIGAL SUSLIKPATRÍCIA REGINA COHEN TVORECKI PATRÍCIA SANBERG PAULETE PAKTERPAULINA GLOCKPAULINA G. GORELIKPAULINA STIFELMANPAULINA SUSLIKPAULINA Z. KNIJNIKPÉROLA MALTZ ZOUVI (PAULINA) POLA WACHSMANN SCHANZER RACHEL TAMAR GURSKYRAIA KNIJNIK RACHEL KIRJNERRAQUEL B. MELAMEDRAQUEL CARDONRAQUEL SUSLIK (RUTH)RAQUEL TOBA SPRITZERREGINA BLIACHERISREGINA BUCHATSKYREGINA ESTER L. CHANINREJANE BEATRIZ KASPER GLASSERREJANE RATINECASRENATA FISCHERRENÉE RUBINRENÉE STEIN RITA SIMINOVICHROSA IOLOVICHROSA LEWKOWICZROSA SPUNBERGROSA WAGNERROSA WLADIMIRSKYROSALI PIPKINROSANA ENGELMAN ROSANE BORENSTEINROSANE PAKTER RASKIN ROSANNE PLATCHECKROSINHA SAPOZNIKRUTE MILMAN RUTH COIFMANRUTH FRIDMAN SABINA K. KANTERSABRINA PRIKLADNICKI SANDRA AKCELRUDSANDRA LEISTNER SEGAL
SARA BURSZTEJN SARA CANTERGISARA CHAIT SARA FETER SARA FRAJNDLICHSARA SIBEMBERG STOLNIKSARA WAINSTEIN SARAH N. GERBERSARINA ZOUVISARINHA S. HENKINSARITA CANTERGISARITA GUERCHMANSARITA ISCOVITZSHEILA LÉA HELER MEDEIROSSHEILA MALTZ SHEILA S. WAGNER SÍLVIA BLUM TARTAKOWSKYSÍLVIA CANTERGI. DE CANTERGISÍLVIA HALPERNSILVIA LILIANA SCHAFRAN SÍLVIA GENSAS SPIELMANNSIMONE ROBIM LEVEMFOUS SÔNIA DVOSKINSÔNIA FRIDMAN SÔNIA K. DRANOFFSONIA L.REICHERT ROVINSKISÔNIA UNIKOWSKY TERUCHKINSOPHIA NEMETZ MALTZSOPHIE ISDRA SUZANA S. MELZERSUZANNE REBOHSUZETTE LEVY NUNES TEIXEIRASUZETE S. ZYLBERSZTEJNTALY WERNICKTÂNIA DE LEON TÂNIA STEREN BARQUITÂNIA WAIS TÂNIA K. WLADIMIRSKYTANISE ROITMAN CARDONTANISE S. RODRIGUESTATIANA GIRON CARDON TEREZINHA SANDLERTHELMA SNE-0R SILVERSTONTILZA SIGAL SUSLIKVÂNIA CHATKINVERA ROWE MILMAN VERA SCHWARCZVIVIAN FISCHER VIVIAN SUSLIK ZYLBERSZTEJNYARA KNIJNIK YEDA CARNOSZELDA PRIKLADNICKIZELDI OLIVEN ZORAIA C.W. MARTINSZULAMAR PIPKIN
Na’amat Pioneiras
40 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
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AGATHA LERRER DINIZ (RIO) ALESSANDRO SCHWARTZ ALEX MALTZ SCHUL ALEXANDRE FRIDMAN VARGAS ALICE ALTSCHIELER TESSLER ALICE SUKIENNIK ALIZA BLUMAMANDA COPSTEINAMANDA GIORDANI CARDON AMIR RIBEMBOIM BLIACHERISAMIT HALEVY (ISRAEL) ANA CAROLINA HELER MEDEIROSANA CAROLINA ISDRA MOSZKOWICZANA FLAVIA W. FRIDMAN ANA LARA GORELIK PEREIRA ANA LAURA SZAPSZAY ANA LUISA TONATTO MELAMED ANA LUIZA C. DE MIRANDA ANA PAULA T. SUKIENNIK ANA TETELBOM SCHUCHMANN ANABELLA OLIVEN ANDRÉA MALTZ SCHUL ARIEL S. BARKAN ARIELA GENSAS MESTER ARTHUR COPSTEINARTHUR WAINSTEIN PAIVA ARTUR ZOUVI BEATRIZ C. DE MIRANDA BÁRBARA MOLD LEAL BENI BLIACHERIS BERNARDO ARAUJO CARDON BERNARDO DIAS COIFMAN BERNARDO GALO PAKTER BERNARDO MARTINS BERDICHEVSKIBERNARDO MOLD LEAL BERNARDO SCALETSKY BERNARDO SZAPSZAYBETINA KASPER GLASSERBIANCA SALTZ (USA) BRUNA WAINSTEIN GROSSMAN BRUNA ZOUVI BRUNO FRIDMAN SCHWETZBRUNO GRINBERG BELLEZACAMILA HUROVICH CAMILA SCALETSKY CARINA HENKIN AMIELCAROLINA HOROWITZ VIEIRA CAROLINA OLCHIK CANTERJI CAROLINE KAPELCAROLINE SALTZ GENSAS CATARINA CHIWIACOWSKY LEMOS CATHERINA ISDRA MOSZKOWICZ CECÍLIA WAINBERG CECÍLIA WENZEL BRODACZ CINTIA ROVINSKI
CÍNTIA TETELBOM SCHUCHMANN DAFNE KIVES DAN NELSTEIN FIALKOW DANA SCHAMES DANI BURSZTEJN LERMANN DANIEL GENSAS MESTER DANIEL ROSENHEIN (ISRAEL) DANIEL S. SPUNBERGDANIELA GURSKI DANIELA MALTZ RASKIN DANIELA RUBIN DANIELA SCHWARTZ DANIELA TEITELBAUM FRIEDMAN DANIELLE KASPER GLASSER DAVI FIRPO TURIK DAVID CHANAN DA ROSA GRINBERG DAVID MALTZ KRANTZ DAVID PRESMAN DÉBORA OLIVEN DÉBORA SIMINOVICH GURSKI DÉBORA SOIBELMAN DÉBORA WAINSTEIN PAIVA DEBORAH LEISTNER SEGALDENIS MALTZ BIN DENISE ROVINSKI DIEGO ANDRÉ EIFEREDUARDA BRODACZ DE VASCONCELLOS EDUARDA JOVEGELEVICIUS EDUARDO DALL’AGNOL RODRIGUESEDUARDO FRIDMAN VARGAS EDUARDO FOLBERG EDUARDO KIVES EDUARDO MALTZ RASKIN ELISA TETELBOM SCHUCHMANN ESTER PRESMAN ESTHER FAJER FERNANDES (SEVILHA) ETIELE AMIEL CORTEZ (URUGUAIANA) FABIANA FARIA GIGUER FÁBIO SANBERG SCHUCHMANN FELIPE CANTERGI FRIDMAN FELIPE FOLBERG FELIPE LECHTMAN NETO FELIPE P. NEMETZ FELIPE SALTZ (USA) FELIPE SANBERG SCHUCHMANNFELIPE SCHWARCZ BERLIM FERNANDO ROSOLEN KIJNER FERNANDA HALPERN FAERTES FERNANDA KESSLER PEREIRA FERNANDA S. SUKIENNIK FERNANDA SOIBELMAN
FERNANDO ROSOLEN KIJNER FLÁVIA GURSKI FRANCISCO MILMANGABRIEL CZYZ GABRIEL HERNAN EIFER GABRIEL ISDRA MOSZKOWICZ GABRIEL OLCHIK BORGESGABRIEL SCHWARCZ MACHADO GABRIEL SIMINOVICH GURSKI GABRIEL SIVIERO SIBEMBERG GABRIEL TEITELBAUM FRIEDMAN GABRIEL V. DE MIRANDA GABRIELA CHIWIACOWSKY LEMOS GABRIELA FRIDMAN GABRIELA GUELFAND GABRIELA KESSLER PEREIRA GABRIELA RAPAPORT AVERBUCH GABRIELA TONATTO MELAMED GABRIELLE POGORELSKY ESPOSITO GEORGIA PAKTER GIOVANA LAPUENTE GUELFANDGUILHERME SCHWARTZMAN RODRIGUES GUILHERME V. DE MIRANDA GUSTAVO BOSA (FLORIPA) GUSTAVO FRIDMAN SCHWETZ GUSTAVO RAPAPORTGUSTAVO SCHAFRAN VOLQUINDGUSTAVO SCHWARCZ BERLIM HANAH GOLBSPAN HANNAH SHARGORODSKY TERNER HENRIQUE ISCOVITZ HENRIQUE LERRER TERNER HENRIQUE MOBÜS NHUCH HILA TURKIENICZ IAIR IUGT IAN KERSZ IAN RATINECAS IANIV SHARABANI (ISRAEL) IASMIN GOLBSPAN IGNÁCIO ISDRA SNIADOWER INBAL SHARABANI (ISRAEL) ISABELA CARDON UNIKOVSKIISABELA NAIDITCH BERGERISABELLA G. MÜLLER ISABELLE WAINSTEIN GROSSMANN IURI COPSTEIN IURY AMIEL CORTEZ JAIME CARRION FIALKOWJACQUES ENGELMAN KAUER JAYME CAON JOVEGELEVICIUSJULIA ADAMS PEREZ RASKINJULIA ALTSCHIELER TESSLER JÚLIA BERESNIACK SCHEIRRJULIA BURSZTEJN LERMANN
JOVENS PATROCINADORES NA’AMAT PIONEIRAS 2013
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JÚLIA CHIWIACOWSKY LEMOSJULIA COIFMAN SZALANSKI JULIA PAKTER JULIA ZOUVI JULIANA W. FRIDMAN JULIANO SCHWARTZ LAIS T. SUKIENNIK LAYLA WAINSTEIN GROSSMAN LAURA ALEIXO IGOR LAURA KIVES LEANDRO WASCHSMAN SCHANZER LENA LEISTNER CLOTTESLEONARDO SCHUCH ZILBERKNOPLIORA SEMERIA MELAMED LÍVIA GUERREIRO SZAJMAN LORENZO Z. DE MIRANDA LUCA MACADAR FERRERA LUCAS FRIDMAN SCHWETZ LUCAS SIVIERO SIBEMBERG LUCAS SOIBELMAN MENEZESLUCAS SUSLIK LUCAS ZOUVI GERBER LUISA CHATKIN LUISA RIBEIRO KREITCHMANN LUÍSA SCALETSKY LUÍSA WLADIMIRSKI CIRIACOLUIZ ALBERTO COHEN TVORECKILUIZ SPECHT ZILBERKNOPLUÍZA SPUNBERG MANOELA SCHNEIDER MANUELA ISDRA RAJCHENBERG MAOR SHARABANI (ISRAEL) MARCEL CANTERGI FRIDMAN MARCELA FISCHER FRIEDMAN MARCELO AXELRUD MARCELO GENSAS SPIELMANN MARCELO GUERREIRO SZAJMAN MARCELO HENKIN AMIEL (STA. MARIA)MARCELO MALTZ SCHUL MARCELO W. FRIDMAN MARIA AUGUSTA GALBINSKIMARIA EDUARDA BOSA (FLORIPA) MARIANA FOLBERG MARIANA NAIDITCH DE SOUZA MARIANA SCHNEIDER MARINA LEVENTAL (USA) MARINA NISSEMBLATH ROSENFELD MARINA PAKTERMARINA ZILBERKNOP MENDES MARIO PESCAROLO IOCHPE MARTINA IGOR MARTINA SCHWARCZ MACHADO MARTINA ZOUVI GERBER MATHEUS WAINBERG DE ALES MATHEUS ZILBERKNOP MENDES MAURICIO SZAPSZAY
MAX NELSTEIN FIALKOW MAYA KRUTER ERIJMAN MEYR SHLOMO ZAGURY(RIO) MICHAEL MILMAN MORIAH ZAGURY (RIO) MOSHE GUENDELMAN TVORECKI NATAN LEVENTAL (USA) NATAN PRESMAN NATAN ROZENFELD OLCHIK NATASCHA BERGER MURACHOVSKYNICOLAS BERLIM TORRES NICOLAS VAITSES CARNOS NICOLE DIAMANTE WAJNTRAUB NICOLE MACADAR CAVALHEIRO NICOLE GIORDANI CARDON NICOLE KAPEL OFIR WLADIMIRSKY (ISRAEL) OLÍVIA KNIJNIK DINIZ OREN SELIGMAN (ISRAEL) PAULA G. ROISENBERG PAULINHO NAHARI (USA)PAULO KREITCHMANN NETO PEDRO BECKER FITERMAN ( Curitiba) PEDRO CARDON UNIKOVSKI PEDRO L. ZOUVI PEDRO TURIK FIRMINO PEDRO W. SCHANZER DE OLIVEIRA PIERRE COPSTEINPIETRO SIBEMBERG COSORACHEL SPECHT ZILBERKNOP RAFAEL AMIEL CHARCHAIT (BRASÍLIA) RAFAEL CZYZ RAFAEL DALL’AGNOL RODRIGUES RAFAEL FARIA GIGUER RAFAEL FONSECA GORELIK RAFAEL GALEGO GHIDALEVICH RAFAEL H. WEINSTEIN RAFAEL HOROWITZ VIEIRA RAFAEL L. ZOUVI RAFAEL PRESMAN RAFAEL SALTZ GENSAS RAFAEL SPUMBERG SEUSRAFAEL TOBIAS COHEN TVORECKI RAFAELA BRODACZ DE VASCONCELLOS RAFAELA COIFMAN GROSS RAFAELA FISCHER FRIEDMAN RAFAELA WAINSTEIN RAFAELLA G. MÜLLER RAISSA TURIK FIRMINO RAPHAEL ZILBERKNOP MENDES REBECA AMIEL CHARCHAIT (BRASÍLIA) REBECA ISCOVITZ RENATA AXELRUDRENATA H. WEINSTEIN
RENATA TERUCHKIN DA COSTA RENATO AMIEL CHARCHAIT (BRASÍLIA) RICARDO H. WEINSTEIN RICARDO PESCAROLO IOCHPE ROBERTA LEISTNER SEGALROBERTA PESCAROLO IOCHPE ROBERTO AXELRUDROBERTO MALTZ RASKIN ROBERTO SALTZ ROSENFELD RODRIGO CHAIT FREITAS RODRIGO FRIDMAN RODRIGO LERRER TERNER RODRIGO PRIKLADNICKI RODRIGO RAPAPORT RODRIGO ROSOLEN KIJNER RODRIGO SALTZ ROSENFELD ROGER ROZENFELD OLCHIK RONI COHEN RONI MALTZ BIN SABRINA NADOLNY LEVIN SABRINA S. BARKAN SALO JOVEGELEVICIUSSAMANTA NAHARI (USA) SAMI MALTZ BIN SAMUEL FAJER FERNANDES (SEVILHA) SARAH G. ROISENBERG SARAH SHARGORODSKY TERNERSHACHAR HALEVY (ISRAEL) SOFIA WAINSTEIN SOPHIA COIFMAN GROSS STEPHANIE KESSLER GERCHMANN SUZANA OLIVEN TAL KOSMAN TAMARA OLIVEN TATIANA S. ZAGO TESS SZAPSZAY THEILA ZAGURY (RIO) THEO HALPERN FAERTES THEO HUROVICH THÉO ISDRA SNIADOWERTHIAGO KREUTZ GROSSMANNTHIAGO SCHUCH ZILBERKNOP URIEL IUGT VICENTE WENZEL BRODACZVICENZO DAYRELL BERGER VICTOR BECKER FITERMAN (CURITIBA) VINICIUS ISDRA SNIADOWER VITOR OSTERMAN GROSSMANN YAEL ROSENHEIN (ISRAEL)YAFA LECHTMAN YONI TURKIENICZ ZIR WLADIMIRSKY (ISRAEL) ZVI BLUM (ISRAEL)
Na’amat Pioneiras
42 REVISTA DO 54º BAZAR | 2013
NA’AMAT PIONEIRAS - PORTO ALEGRE, ATRAVÉS DE SEUS GRUPOS ANY RERIN,
AVODÁ, BERTA SIMINOVICH, CHAI, CLARINHA MILMAN, COACH NEURIM, ELISHEVA
KAPLAN, HAMSA, HATIKVA, IACHAD, KIDMÁ, KINERET, MORASHÁ, PAULINA
CUPERSTEIN, PRACHIM, SARA BARKAIT e SHEMESH,
CONVIDA PARA O
54º BAZAR ANUAL“O CENTRO HISTÓRICO
DE PORTO ALEGRE”
Domingo, dia 7 de julho, das 10h às 18hNa Hebraica/RS - Rua Gen. João Telles, 508 (correalização Hebraica/RS)
HOMENAGEADOS:Carlos Jorge Appel
Davi Castiel Menda
Eva Sopher
Luiz Coronel
ENTIDADES BENEFICIADAS:Associação Israelita Damas de Caridade
Casa do Artista Riograndense
Instituto do Câncer Infantil
Instituto da Criança com Diabetes
Lar da Criança Anne Frank
ALMOÇO, CHÁ DA TARDE, SHOWS MUSICAIS E DE DANÇAS, LEILÃO DE ARTES,
RECREAÇÃO INFANTIL, BRECHÓ, COMIDAS TÍPICAS JUDAICAS, ARTIGOS DE ISRAEL,
ARTIGOS DE COZINHA E MESA, ARTESANATO E VESTUÁRIO.