Download - Revista Business Portugal | Novembro '15
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EDITORIAL
Editorial
Portugal a voar alto
SUPLEMENTO CLUSTER DA AERONÁUTICA05 - AICEP06 - PEMAS1 - Lauak
PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO28 - Município de Leiria32 - A Bloqueira de Vermoim34 - Isolar
Numa altura em que o futuro do país muda a cada dia, continuamos empenhados na nossa missão de revelar
um país diferente, inovador , positivo, de destaque. Acima de tudo, um país altruísta, que acredita que tem muito
para dar…. A si mesmo.
Nesta edição, e a propósito do AED Day 2015, trazemos-lhe um suplemento dedicado inteiramente à
aeronáutica, espaço e defesa, sectores fundamentais para a economia nacional, mas também do resto do
mundo, com foco no desenvolvimento tecnológico e inovação.
E não estivéssemos a destacar ‘altos voos’, para esta edição rumamos ao arquipélago da Madeira e regressamos
simplesmente deslumbrados! Há tanto para destacar que sentimos alguma dificuldade em conseguir retratar
tudo o que por lá encontramos e vivemos. Os cenários são absolutamente fantásticos, a histórica é única,
a palete de sabores é simplesmente fantástica, sem esquecer que a Madeira acolhe uma das sete praias
galardoadas com das melhores de Portugal. Estas são apenas algumas das razões pelas quais recomendamos
vivamente que embarque até ao arquipélago e se deslumbre, tal como nós.
Seguimos esta nossa viagem por um país à frente do seu tempo, que aposta fortemente na inovação nas
mais diversas áreas, através de vários projectos que mostram o lado mais empreendedor dos diversos agentes
económicos presentes em Portugal, fundamentais na árdua tarefa de gerar riqueza e emprego.
Estes são alguns dos temas que completam as nossas páginas da edição de Novembro, uma edição que onde
conhecemos um Portugal a voar alto. Faça o check-in e prepara-se para embarcar.
Diana Ferreira não segue o novo acordo ortográfico
FICHA TÉCNICA
Diretor
Fernando Silva
EDITORA
Diana Ferreira
REDAÇÃO
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Rita Carreira
Vera Pinho
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Liliana Machado
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Rui Roque
Sílvia Martins
PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN
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SECRETARIADO
Paula Assunção
GESTÃO DE COMUNICAÇÃO
Fernando Lopes
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José Alberto
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Rui Diogo
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A REVISTA BUSINESS PORTUGAL NAS REDES SOCIAS
DISTRIBUIÇÃO
Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID
Depósito Legal: 374969/14
Edição de novembro
Por Diana Ferreira
alguns destaques da edição de novembro
12 - município de porto santo
AÇÃO SOCIAL37 - Acredita40 - SCM Fornos de Algodres42 - Centro Social e Paroquial de Avanca
INOVAR PARA CRESCER48 - CARMIM51 - Olivaisgest54 - IDEFE - ISEG56 - Município de Alvaiázere60 - Freguesia de Nadadoura66 - Tal Simplicidade
08 - município da Câmara de lobos
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ARevista Business Portugal fez as malas e foi pela primeira vez
à ilha da Madeira. Uma viagem onde se pretendeu explorar,
conhecer e divulgar as potencialidades turísticas da região,
bem como, levantar o véu sobre o que podemos esperar da
ilha da Madeira no futuro. O fim de ano no Funchal, a Festa das Flores e
o Carnaval são os eventos que a maioria dos turistas conhece mas, numa
viagem pelo Arquipélago, percebemos muito facilmente que a Madeira
é muito mais do que o Funchal, a Festa das Flores e o Carnaval. O
clima temperado é propício a férias fora da época do verão. De fevereiro
até novembro é possível mergulhar nas águas quentes, que rodeiam
a ilha da Madeira e Porto Santo, com temperaturas que vão dos 19
aos 24 graus. Na ilha é possível a prática de todo o tipo de atividades
desportivas e de lazer, ao ar livre, como mergulho, vela, surf, windsurf e
pesca desportiva. Um passeio de barco ao longo da costa também é
aconselhável, bem como a ida a Porto Santo no navio Lobo Marinho,
já que pode ser surpreendido pelos golfinhos, baleias e lobos-marinhos
que percorrem o mar da região. Em Porto Santo, as unidades hoteleiras e
as gentes da ilha também estão de portas abertas e sorriso no rosto para
o acolher. A praia que tem ganho mais destaque devido ao seu extenso
areal dourado de nove quilómetros com água azul turquesa é a de Porto
Santo, considerada uma das Sete Maravilhas das praias de Portugal. As
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magníficas paisagens, a fantástica Floresta Laurissilva, património da Unesco,
os passeios pela levadas e pelos caminhos reais são propostas que têm atraído
milhares de turistas à região. A gastronomia aliada à simpatia dos madeirenses
tornaram o destino Madeira um dos mais requisitados a nível europeu,
procura que registou um acentuado crescimento durante este ano. A Região
Autónoma da Madeira tem cerca de 260 mil habitantes, distribuídos por onze
concelhos, entre a Costa Norte e Sul da ilha e Porto Santo. Historicamente,
a primeira ilha a ser descoberta pelos navegadores João Gonçalves Zarco e
Tristão Vaz Teixeira foi Porto Santo, em 1418, depois de uma forte tempestade
que afastou a embarcação da rota. A ilha da Madeira foi descoberta um ano
depois. A colonização do atual arquipélago teve início em 1425. A ilha da
Madeira é detentora de cenários pitorescos sem igual, proporcionados pelo
clima ameno e relevo acidentado do território. Em poucas horas, podemos
iniciar uma caminhada à beira mar e terminá-la no cimo da serra, no meio
da floresta, entre os cenários verdejantes da Floresta Laurissilva, passando
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pelas paisagens coloridas, construídas pelas diversas espécies de árvores e flores
presentes no território. As ofertas para uma estadia na Madeira são mais que
muitas, entre hotéis, unidades de turismo local, parques de campismo, estalagens,
pensões, quintas, turismo rural ou turismo de habitação, é só escolher o local que
considera mais indicado para pernoitar e descansar durante a viagem. Certo é que
uma semana não chega para conhecer toda a ilha. As diferenças entre a parte sul
e norte são notórias. O sul é mais ameno e plano, enquanto o norte é mais frio,
apresentando um relevo mais acidentado, onde abunda a água que é encaminha
para o sul, através das famosas levadas. No sul, predominam as plantações de
banana e cana de açúcar enquanto o milho domina o lado norte da ilha. A poncha,
a espetada em pau de louro, o bife de atum e as lapas são iguarias de prova
obrigatória e que se podem encontrar nos melhores restaurantes espalhados por
toda a região. Não faltam propostas para passar em beleza umas férias, na região,
em harmonia com a natureza. Nas próximas páginas apresentamos alguns dos
pontos mais emblemáticos e característicos numa visita pela ilha da Madeira e
Porto Santo. Madeira, o paraíso aqui tão perto.
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
A beleza natural da região aliada à qualidade da oferta gastronómica tornam o concelho de Câmara de Lobos um destino apetecível.
Visitar Câmara de Lobos é saborear os pratos típicos da região, provar a tradicional poncha da Madeira e percorrer os locais junto ao
mar e no meio da serra, pontos que são muitas vezes a montra da Madeira além-fronteiras. Tudo isto, conjugado com a simpatia dos
locais, tornam o concelho um ponto de paragem de eleição.
Câmara Municipal de Câmara de Lobos
Um destino de paragem obrigatória
Câmara de Lobos aposta na cultura, nas tradições e na gastronomia sendo
hoje o turismo um dos motores da economia da região. Anteriormente
era do mar, através da atividade piscatória, que viviam grande parte das
gentes da localidade. Em entrevista ao presidente da Câmara Municipal de
Câmara de Lobos, Pedro Coelho reconhece que “o turismo tem um papel fundamental
para a região, temos um plano estratégico ligado à vinha e ao vinho, ao enoturismo,
através de novas experiências, estamos a fazer essa promoção e já estamos a sentir
os efeitos”. O concelho é composto por cinco freguesias: Câmara de Lobos, Estreito
de Câmara de Lobos, Jardim da Serra, Quinta Grande e Curral das Freiras. Entre elas
há diferenças a destacar, devido sobretudo, à diversidade proporcionada pela geografia
da região. Em Câmara de Lobos, a Baía é a porta de entrada para o centro histórico
da cidade que ganhou uma nova vida, depois da requalificação, que está a permitir a
abertura de novos espaços ligados à hotelaria e restauração. No local pode provar-se,
por exemplo, a poncha tradicional da Madeira, bebida criada pelos pescadores, mas
que hoje é apreciada por todos os que visitam a região. O presidente do município,
Pedro Coelho revela que “registámos no INPI as marcas «Câmara de Lobos, capital da
Poncha, «Estreito de Câmara de Lobos, terra de vinho», «Jardim da Serra, capital da
cereja da Madeira e o Curral das Freiras, capital da castanha”, esclarece o entrevistado,
evidenciando a riqueza da região, onde está sediada a Confraria Gastronómica da
Madeira. Câmara de Lobos também é conhecida como tendo das melhores espetadas
em pau de louro da Madeira e ainda o melhor peixe espada preto, bem como, outras
iguarias ligadas ao mar. O concelho tem 35 mil habitantes, distribuídos por 52 km2, a
beleza paisagística da região faz com que muitas vezes seja utilizada como a montra
turística da Madeira, “temos o mais alto premontório da Europa que é o Cabo Girão,
o Curral das Freiras, considerado o coração da Madeira, o Jardim da Serra, que é
um verdadeiro planalto”, destaca o responsável do município. A cultura e as tradições
são as próximas apostas fortes para dinamizar o turismo na região, exemplo disso,
foram as férias que o estadista Winston Churchill passou em Câmara de Lobos e
pedro coelhoPresidente
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
que deixaram marcas até hoje, após o antigo primeiro-
ministro britânico ter pintado a Baía de Câmara de
Lobos. “No local vamos brevemente começar a fazer
o memorial do Churchill. Estivémos em Londres onde
reunimos com a Churchill Society e a neta de do antigo
primeiro-ministro. É uma marca que não temos sabido
explorar, mas é uma grande mais-valia para a região.
É pela cultura e educação que vamos dinamizar a
nossa terra”, destaca o autarca Pedro Coelho. Ainda
em termos culturais, o Museu da Imprensa-Madeira,
sediado em Câmara de Lobos, é outros dos pontos a
visitar e resulta de uma parceria com o Museu Nacional
da Imprensa do Porto. A autarquia está ainda a projetar
o futuro Núcleo Museológico do Vinho e da Vinha. A
potencialidade turística da região está a despertar o
interesse dos investidores estrangeiros, “temos unidades
de turismo que são empreendimentos de alemães e
franceses. Na antiga lota temos um projeto hoteleiro que
vai ser lançado em breve. Neste momento, estamos com
alguma procura neste setor, devido ao mar. Em termos
de camas hoteleiras, somos dos concelhos da Madeira,
aquele que se calhar tem menos, o que pode estar
relacionado com a proximidade ao Funchal, estamos a
tentar inverter esta situação, sem danificar a cidade e o
concelho. Vamos requalificar a entrada da cidade que
está um pouco descaracterizada. Queremos marcar o
concelho na esfera regional”, evidencia o presidente do
município Pedro Coelho. Uma outra aposta da autarquia
para rentabilizar o setor na região são as viagens de
catamaran entre o Funchal e Câmara de Lobos.
Festas e romarias
Até ao fim do ano o principal evento a ter lugar na
região está relacionado com a celebração do Natal e
o fim de ano. As propostas são diversas como revela
o nosso entrevistado, “temos previstas algumas
iniciativas para o final do ano, como a Aldeia Natal, no
Curral das Freiras, uma vila pitoresca, no coração da
Madeira, onde temos um presépio que é visitado em
média por 50 mil pessoas. Vamos ter concertos no
Museu de Imprensa-Madeira, teremos um mega bolo
rei no dia 4 de janeiro. Antes, vamos ter ainda a Noite
do Mercado que se realiza a 22 de dezembro”, revela
o interlocutor. Durante o ano, à semelhança do que se
passa em todo o Arquipélago da Madeira, o verão é
repleto de festas e romarias por todo o concelho, sendo
que a mais importante é a Festa de São Pedro, padroeiro
dos pescadores, que se comemora em junho. Este ano
foram cinco noites de música, gastronomia, animação,
marchas populares e fogo de artifício. As festas foram
organizadas pela Câmara Municipal de Câmara de
Lobos com o patrocínio dos fornecedores do município.
Futuro e economia
Para além do turismo, o concelho de Câmara de
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
Lobos vive da agricultura, onde a produção de vinho
e banana desempenham um papel fundamental
no desenvolvimento da economia local. O facto de
serem um concelho jovem potencia o crescimento
da economia, “somos o concelho mais jovem da
Madeira, o quarto mais jovem do país, mais de 37
por cento da população tem menos de 25 anos. Mais
de 50 por cento do Vinho Madeira é produzido em
Câmara de Lobos”, evidencia o autarca Pedro Coelho.
O futuro da região passa pelo desenvolvimento da
cultura e educação sempre numa proximidade com
os cidadãos, “o nosso programa eleitoral foi feito com
base na auscultação. Ouvimos os professores, fizémos
um plano para a educação. Ouvimos os comerciantes,
fizémos o programa para a dinamização da economia
local, reunimos com os agentes culturais, fizémos um
plano de ação para a cultura, o nosso trabalho tem sido
com base nesta auscultação e as nossas decisões são
feitas com base naquilo que conhecemos no terreno.
Mantemos uma grande proximidade com a população,
dizendo que sim quando possível e não quando não é
possível”, explica Pedro Coelho, presidente da autarquia
de Câmara de Lobos. Se num passado recente a ilha da
Madeira foi alvo de intervenções profundas ao nível das
infraestruturas, no presente “o objetivo é fazer pequenas
obras, em valor monetário, mas grandiosas porque
melhoram a qualidade de vida da população”, esclarece.
No entender do nosso entrevistado “o autarca do futuro
é aquele que quatro anos depois terá de encontrar um
concelho mais positivo, mais harmonioso, com níveis
de escolarização superiores aos que tinha no início do
mandato, temos apostado muito nessa vertente. Câmara
de Lobos estava antigamente associada ao estigma
e à exclusão social. Hoje está de cara lavada, as ruas
estão arranjadas e limpas, é essa imagem que temos
tentado passar para o exterior”, revela o presidente do
município. O futuro de Câmara de Lobos passa por
melhorar a qualidade de vida das populações através da
aposta e dinamização da cultura, educação e economia,
“onde o turismo e a educação serão os principais
impulsionadores”, conclui Pedro Coelho, presidente da
Câmara Municipal de Câmara de Lobos.
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
A ilha de Porto Santo foi considerada um dos segredos mais bem guardados do Oceano Atlântico. Fomos à descoberta desta preciosidade,
numa viagem encantadora, onde entrevistámos Filipe Menezes de Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Porto Santo.
câmara municipal de porto santo
Redescobrir Porto Santo
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
Porto Santo tem muitos segredos para oferecer.
O nosso slogan principal é precisamente ‘o
segredo mais bem guardado’ porque a ilha é
de facto uma pérola no meio do Atlântico que
tem muito para redescobrir”. É desta forma que Filipe
Menezes de Oliveira, presidente do município descreve
e apresenta a ilha de Porto Santo. O executivo liderado
pelo porto-santense assumiu funções há dois anos e já
conseguiu colocar Porto Santo no mapa mundial, como
um dos destinos turísticos mais atrativos da Europa.
Quem for à ilha pode “desfrutar do mar, da praia, mas
também da montanha. O mar é um recurso natural
com uma baía acolhedora. Temos também a vertente
do turismo de saúde e bem-estar, mergulho, percursos
pedestres e desportos náuticos e, ainda, os navio
cruzeiro”, revela o nosso interlocutor, acrescentando que
nesta vertente “é preciso continuar a semear para colher
frutos, num mercado que é de vital importância para
revitalizar o comércio porto-santense”. O verão deste
ano registou uma afluência de turistas sem precedentes
o que demonstra que o papel desempenhado pela
autarquia está a ter resultados. O autarca explica qual foi
a estratégia delineada quando assumiu funções, “quando
assumi o leme deste barco identificámos alguns eixos
prioritários, um deles era diferenciar o produto, aquilo
que temos para oferecer no Porto Santo, da marca
Madeira. Somos um concelho que é uma ilha e uma ilha
que é um concelho e, logo aí, começam as diferenças
em relação aos outros municípios que fazem parte da
Madeira. A insularidade traz constrangimentos onde os
bens e serviços encarecem bastante. Assim, é de vital
importância colocar o Porto Santo no mapa mundial não
virando costas à Madeira. É com muito contentamento
que verificámos que tivémos o melhor verão de sempre
e caminhamos para atingir níveis altos no inverno”,
destaca o autarca. Neste seguimento, Porto Santo está
a atrair turistas estrangeiros oriundos, sobretudo, do
norte da Europa, de países como Noruega, Dinamarca,
Inglaterra, Alemanha e a até do sul, Itália. Todo este
interesse pela ilha de Porto Santo “significa que temos
de nos virar para o turismo, à semelhança de todo o
país. É preciso servir e receber cada vez melhor, com
mais qualidade e temos de dar formação aos agentes
do setor, durante todo o ano, envolvendo as unidades
filipe menezes de oliveiraPresidente
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
hoteleiras neste espírito de fazer mais e melhor. Tivémos o cuidado de acolher os nossos
turistas, mostrando o que temos de melhor à chegada ao aeroporto, à semelhança dos
nossos irmãos madeirenses, que sabem fazê-lo como ninguém”, evidencia o nosso
interlocutor, acrescentando que “naquilo que for necessário, Porto Santo ir ao encontro
da marca Madeira iremos, naquilo que não houver necessidade não entramos em
atropelos”. O acréscimo de visitantes a Porto Santo mostra que “é um destino que
está na moda, mas há muitos portugueses que ainda não visitaram a nossa ilha”,
refere Filipe Menezes de Oliveira. No entanto, o desenvolvimento do turismo em Porto
Santo apresenta ainda alguns desafios, devido “aos constrangimentos no setor dos
transportes, daí a necessidade de reivindicar mais transportes, a preços mais acessíveis
e, sobretudo ligações aéreas de Porto Santo para Lisboa e Porto. É preciso atrair mais
companhias aéreas incluindo as low cost” explica o nosso entrevistado.
Beleza natural da ilha
A natureza torna Porto Santo um dos paraísos do Atlântico. Questionado sobre
os perigos a que a ilha está exposta, o autarca porto-santense explica que “a ilha
não pode continuar a ser estar isolada no meio do Atlântico, aliás Porto Santo tem
uma posição geoestratégica muito importante, foi aqui que aportaram os primeiros
descobridores portugueses João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, em 1418, e
Cristóvão Colombo. Quando assumi este leme, o Porto Santo era uma ilha fantasma,
estamos a sensibilizar as unidades hoteleiras para não pensarem só na maximização
do lucro. Temos um exemplo que é o Vila Baleira, aproveitando os voos divergidos
da ilha da Madeira. Temos que perceber onde queremos chegar, não queremos um
turismo de massas, para não descaracterizar a ilha. Quem procura Porto Santo sabe
que oferecemos segurança e tranquilidade, um destino onde a natureza nos invade”,
evidencia. Num concelho onde residem cerca de 5483 habitantes, a natureza também
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
é propícia ao turismo de investigação, uma componente que também representa uma
mais-valia para a região “queremos despoletar aqui o turismo de investigação, virado
para as aves, criar um geoparque. Temos também as areias que são terapêuticas e
neste sentido é fundamental atrair as pessoas para esta vertente. Temos que criar
pólos de investigação na ilha, temos esta riqueza mineral e, daí, a necessidade de
implementar um geoparque. Consultámos vários especialistas, entre eles o professor
Mário Caixão da Universidade de Lisboa, o professor João Batista, ligado desde sempre
à Universidade de Aveiro, entre outros. Neste momento, já temos as conclusões desse
estudo e já as remetemos ao Governo Regional”, revela o Filipe Menezes de Oliveira,
presidente do município do Porto Santo.
Cultura, tradições e gastronomia
O mar permite que Porto Santo tenha uma riqueza gastronómica sem igual.
Questionado sobre o que há a destacar, o nosso entrevistado não tem dúvidas de
que “temos o melhor peixe do mundo, a melhor garoupa, o melhor bodião, o melhor
charuteiro, badejo e cherne. Tudo o que há no Porto Santo, ao nível do mar e da
terra, como tomates, alfaces, melões, melancias, uvas, batatas, tudo tem um sabor
extraordinário. Temos o bolo do caco que, contrariamente àquilo que se faz parecer,
não é originário da Madeira, mas sim de Porto Santo”, esclarece. O município faz
questão de preservar as tradições e costumes da terra, exemplo disso, foram as festas
do concelho “voltámos a dar um cariz tradicional à Festa de São João, espalhámos
a festa por todos os pontos da ilha. Fizémos o mesmo com a Festa Colombo, em
parceria com o Governo Regional”, explica o edil porto-santense.
Medidas e desafios do mandato
A equipa liderada por Filipe Menezes de Oliveira tomou posse há dois anos, o autarca
advogado de profissão revela que “sempre quis ser presidente de Câmara. Estou a
advogar por causas mais nobres e por questões de interesse público. A ilha estava
a ficar uma ilha fantasma, uma ilha perdida. Liquidámos a dívida, liquidámos o
Programa de Apoio ao Endividamento Local e já merecemos elogios por parte da
Direção-Geral das Autarquias Locais – DGAL. Fomos o primeiro município da Região
Autónoma da Madeira a consegui-lo, decorridos dois anos”, revele o nosso interlocutor,
acrescentando que esta poupança se deve ao que “imprimimos nos nossos atos
de gestão”. O presente do concelho passa agora pelas “pequenas obras que irão
representar grandes ações, através da valorização dos recursos naturais e patrimoniais,
como os moinhos e as casas de salão, dotando os miradouros de melhores condições
de acesso, como o miradouro da Fonte da Areia, um miradouro emblemático que
está fechado há muito tempo, estamos aguardando novos pareceres, e que tem uma
riqueza incalculável”, evidencia o nosso interlocutor. No que diz respeito à economia
da região, o presidente da autarquia considera que “é importante aliviar a carga fiscal
das famílias e das empresas captando investimento para a ilha, atraindo mais receita,
mais atratividade, numa conjugação de fatores positivos que irão atrair mais pessoas
à ilha. Apesar das contrariedades, o caminho é para a frente, sempre acreditei que
era preciso fazer mais e melhor. Fiz questão de me rodear de uma boa equipa com
objetivos bem definidos, isto não é fácil, mas estamos a caminhar num bom sentido”,
esclarece o autarca.
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
Projetando o futuro de Porto Santo
Questionado sobre os desafios para os próximos anos, o entrevistado revele que
vão “criar o plano estratégico de desenvolvimento, revitalizar o centro histórico da
cidade, criar mais postos de trabalho, dinamizar a economia aproveitando, os
fundos comunitários, ajudando também na ação social”. O autarca revela que é um
presidente que gosta de estar próximo da população, mas nos últimos dois anos, tal
não foi possível, porque teve de “passar muito tempo atrás da secretária, a tratar das
burocracias, sobretudo devido à parte fiscal e financeira relacionadas com as questões
de gestão. Agora, sinto necessidade de lidar mais de perto com a população. No fundo,
a parte dura da gestão já está a ser cumprida, estamos a pagar as nossas obrigações.
Os bons atos de gestão que imprimimos permitiram credibilizar a instituição perante
os nossos parceiros e fornecedores”, revela. O futuro da ilha de Porto Santo passa
por potenciar as mais-valias da região em termos turísticos, através da criação de
mais postos de trabalho. O trabalho da atual autarquia está a dar frutos e, no entender
do nosso interlocutor, “avizinham-se bons tempos, bons ventos. O Porto Santo está a
despertar cada vez mais interesse na senda internacional. A principal marca é deixar a
terra ir ao encontro da nossa identidade e tradição. No futuro, gostaria de ver um Porto
Santo mais desenvolvido, com qualidade de vida, que atraia turistas portugueses, mas
também outros oriundos sobretudo do norte da Europa. Pretendemos que as pessoas
consigam desfrutar do que temos de bom, mas sem descaracterizar o património,
atraindo a investigação e o mergulho. Porto Santo tem de estar virado para o
desenvolvimento e conhecimento. Temos aqui muitos pontos de atração e é importante
irmos ao encontro de uma agenda cultural para atrair cada vez mais pessoas à ilha, não
só para desfrutar da praia, mas também para os turistas terem mais espaços de lazer e
ocupação”, destaca o presidente da autarquia, Filipe Menezes de Oliveira.
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
Caraterização geográfica de Porto Santo
Situada em pleno Oceano Atlântico, Porto Santo dista 500 km
de África, 900 km Sudoeste de Lisboa, 1.300 km dos Açores e
somente a 50 km da Madeira, apresentando em relação a esta um
enorme contraste paisagístico. Com 42,48 Km² de superfície, 11,4
de comprimento e 6 de largura, a ilha apresenta uma configuração
pouco montanhosa. Ainda assim, as poucas elevações existentes são,
sobretudo, mais notórias a norte do Porto Santo, com destaque para
o Pico do Facho, cujo cume não excede os 517 metros. Ilha de
rara beleza, o Porto Santo é, pelas peculiaridades paisagísticas que
apresenta, um destino diferente dentro da Europa. A norte podemos
respirar o ar puro da montanha, proporcionado pelo já extenso pinhal
aí existente. Passear a pé por entre maravilhosas paisagens e usufruir
da sua beleza agreste num ambiente verdadeiramente idílico é, sem
dúvida, uma forma diferente de descobrir os encantos da natureza.
Recentemente recuperadas, as veredas, quer pela segurança que
oferecem, quer pela beleza a que acedem, constituem hoje os
circuitos ideais para levar a cabo este tipo de caminhada. No que
respeita à costa sul da ilha e, sobretudo, para os admiradores de
atividades balneares, a paisagem é, toda ela, dominada pelo dourado
dos 9 km de areias que fazem da praia do Porto Santo, seguramente,
uma das mais belas da Europa.
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
Uma baía em forma de meia-lua, um vale verdejante rodeado de altas montanhas, umas rochosas e escarpadas, outras luxuriantes de
vegetação. Estes são apenas alguns dos motivos para uma visita inesquecível a Machico.
Câmara Municipal de Machico
Terra de beleza e singularidade
Ogrande potencial de Machico é realmente
a sua paisagem, a sua geografia, o seu
acidentado paisagístico e a sua história.
Localizado na costa leste da ilha da Madeira,
a aproximadamente 22 quilómetros do Funchal, este
município tem um grande significado histórico. Foi aqui
que desembarcaram Gonçalves Zarco e Tristão Vaz
Teixeira, em 1419, quando descobriram a Madeira.
Com base nesse facto histórico, este ano Machico passou
a ter junto à Praia Amarela uma escultura evocativa
desse acontecimento. “O Município considerou que
essa referência e esse elemento arquitetónico deveriam
existir. A escultura corporiza um marinheiro a levantar o
padrão, uma peça bonita do escultor machiquense Alves
Paixão”, revelou o presidente da Câmara Municipal de
Machico, Ricardo Franco,
Para o autarca, o grande potencial não só de Machico,
mas de toda a Madeira é o turismo, desde logo pelo
seu clima temperado mediterrânico, que a nível da
Europa, é único, permitindo que durante todo o ano
as pessoas possam deslocar-se à Madeira e aos seus
vários concelhos e possam usufruir das paisagens, dos
passeios pedestres, da serra e do mar.
Machico tem um arco-íris de oferta em termos de
atividades de lazer, a começar pelas caminhadas, isto
ricardo francoPresidente
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
porque tem percursos fantásticos, alguns deles bastante conhecidos e reconhecidos,
como a Ponta de S. Lourenço, mas também muitas levadas, como por exemplo
Levada do Caniçal, um percurso que conjuga as culturas e tradições da Ilha da Madeira
com um misto de paisagens de mar e serra. Atualmente nota-se até que os próprios
madeirenses estão a aderir às caminhadas e aos trails.
Neste contexto, Ricardo Franco referenciou o MIUT – Madeira Island Ultra Trail, um
evento que se realiza no mês de abril, atravessa a ilha de lés-a-lés, no sentido noroeste-
sudeste, iniciando em Porto Moniz, ao nível do mar, com passagens pelos pontos mais
altos da ilha para depois regressar novamente ao nível do mar, em Machico. “De
ano para ano, tem ganho uma projeção muito grande, em 2014 contou com mais
de 700 participantes e, este ano, praticamente dobrou o número de participantes. É
uma prova obrigatória no circuito europeu, tendo sido integrada no restrito circuito do
UTWT – “Ultra Trail World Tour”, desvendou o autarca, sublinhando que todas estas
iniciativas são importantes para projetar Machico e a Madeira e para cativar cada vez
mais visitantes.
A oferta turística de Machico também passa pelo mar, cuja temperatura pode chegar
aos 24 graus, assumindo-se como local ideal para a prática de mergulho, canoagem
e surf. A praia de areia da Banda d’Além, também conhecida por Praia Amarela, na
cidade de Machico é uma referência incontornável, que todos os anos, regista grande
afluência de visitantes. “Importa dizer que se trata de uma praia com Bandeira de
Praia Acessível, que sinaliza uma infraestrutura adaptada a pessoas com mobilidade
reduzida, dar melhores condições aos investidores, nomeadamente na zona história,
com a recuperação de edifícios antigos, com o intuito de criar espaços de alojamento
local e de hostels”, aludiu.
Animação e cultura
No campo da animação e cultura, Ricardo Franco salientou dois dos eventos mais
emblemáticos de Machico, nomeadamente a Semana Gastronómica, um certame que
tem como objetivo divulgar a gastronomia tradicional da região, particularmente, a
do concelho de Machico e contribuir para a promoção socioeconómica e cultural da
localidade. Durante a ‘Semana Gastronómica’ os visitantes poderão deliciar-se com as
iguarias típicas do concelho de Machico e a assistir ao extenso programa de animação,
contando ainda com sessões de cozinha ao vivo, festival de cocktails, corrida da
bandeja, entre outros. Este evento conta anualmente com cerca de 150 a 200 mil
visitantes.
O Mercado Quinhentista de Machico é outro dos eventos emblemáticos, que se realiza
desde 2005. “Este projeto que nasceu no seio da Escola Básica e Secundária de
Machico, desde a primeira edição ganhou visibilidade e é hoje um sucesso, envolvendo
toda a comunidade e instituições do concelho, que através da recriação histórica
das vivências coletivas da capitania de Machico, nos primeiros anos de Quinhentos,
pretende sensibilizar para a defesa da nossa identidade cultural, valorizando-a no
contexto do património histórico português”.
Destaque ainda para as mais importantes festividades no Concelho, designadamente
os arraiais populares, bem como as festas religiosas, das quais se destacam a Festa do
Santíssimo Sacramento, no último fim de semana de agosto, na cidade de Machico, a
que esta associado a tradição dos Fachos, a celebração do Senhor dos Milagres, a 8
e 9 de outubro, com a impressionante procissão das velas e dos archotes, a Festa da
Nossa Senhora da Piedade, em meados de Setembro, com a procissão marítima, na
freguesia do Caniçal, e a Festa da Nossa Senhora da Guadalupe, na freguesia do Porto
da Cruz, que se celebra a 15 de agosto.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
O concelho da Ribeira Brava é um dos mais centrais da ilha da Madeira. É detentor de uma beleza natural ímpar, devido ao trajeto que
se pode fazer até à Serra da Encumeada. As paisagens que se estendem até ao mar e os percursos das levadas são alguns dos pontos
fortes que todos os dias atraem os turistas à região.
Câmara Municipal da Ribeira Brava
A natureza em todo o seu esplendor
O património histórico aliado à beleza paisagística da região fazem do
concelho da Ribeira Brava um dos locais obrigatórios de visita na ilha da
Madeira. A localização previligiada da vila favorece a região e quem a visita.
O concelho tem cerca de 13 mil habitantes, distribuídos pelas freguesias
de Ribeira Brava, Campanário, Serra de Água e Tabúa. Em entrevista ao presidente da
Câmara Municipal da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento explica que é uma vantagem
para o concelho estar localizado “no centro da ilha. Estamos perto do Funchal, perto da
Calheta e perto de São Vicente, na costa norte. O trabalho feito pelo Governo Regional
nos últimos anos, em termos de vias de comunicação, permite uma maior facilidade
nas deslocações, antes demorávamos uma hora de carro até ao Funchal, agora são
15 minutos. A Ribeira Brava é um local de paragem obrigatória. Temos turistas que
vêm também por conta própria à procura de percursos pedonais diferentes”, evidencia
o entrevistado. A oferta hoteleira aumentou na região fruto de investimentos privados
que procuram dar resposta aos turistas. O maior aumento está a ser registado nas
pequenas unidades de turismo local. Numa pequena descrição, onde são destacados
os pontos de interesse do concelho, o autarca Ricardo Nascimento faz notar que “na
Ribeira Brava temos algum património histórico e um grande património paisagístico.
Vir à Madeira e não atravessar a Encumeada é como ir a Roma e não ver o Papa.
É uma zona que atravessa a cordilheira central da ilha, o clima é fresco, mas com
paisagens fenomenais. Temos alguns percursos de levadas, que atravessam o nosso
concelho. Além disso, podem ser vistos pequenos núcleos habitacionais, onde se vê a
ruralidade da nossa terra, falo do Espigão, da Furna, da Doceira do Murão, Terreiros e
Lugar da Serra”. No que diz respeito à riqueza e património arquitetónico da região, o
espaço onde está instalada a Câmara Municipal é por si só um monumento, o “edifício
sede da autarquia é o Solar dos Herédias, casa do solar dos fundadores do concelho.
Ribeira Brava é um dos mais recentes municípios do país, fez 100 anos, em 2014 e
deve isto ao trabalho de Francisco Correia Herédia, que fez com que esta terra fosse
elevada a concelho”, destaca Ricardo Nascimento, presidente da autarquia. Para além
do Solar dos Herédia, existe também a Igreja Matriz, que data dos finais do século XV,
a Igreja de São Brás, no Campanário, a Igreja de Tabúa e a Igreja de Serra de Água.
Podem também ser visitados na região “o Museu Etnográfico da Madeira, que era um
antigo Convento Franciscano, do século XVIII e o Forte, que é neste momento, o ponto
de informação turística”, destaca o interlocutor. Depois de uma visita pelo concelho,
é possível também dar um mergulho numa das praias da Ribeira Brava “temos três
praias de referência, uma no centro da Ribeira Brava, galardoada com Bandeira Azul
e com estatuto de Praia Acessível. Há também uma pequena praia no Campanário, na
ricardo nascimentoPresidente
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
zona do Calhau da Lapa, onde o acesso só se faz de
barco ou por uma vereda pedonal. Por fim, temos uma
praia na Fajã dos Padres, uma zona turística em que o
acesso só é possível de barco ou de teleférico”, revela
Ricardo Nascimento. Ao nível da gastronomia, Ribeira
Brava tem também para oferecer a deliciosa espetada
em pau de louro, a carne em vinho de alhos, muito típica
do Natal e do Ano Novo e ainda a poncha. “Uma das
zonas onde se vende muito esta bebida é na Serra de
Água, é uma poncha diferente da de Câmara de Lobos”,
refere o entrevistado. Ainda a este nível há a destacar
o bolo preto ou bolo da noiva, que antigamente era
um das ofertas que os noivos davam aos convidados,
existem ainda várias sopas, onde importa salientar a
sopa de trigo.
Tradições e eventos
É nesta região que se realiza um dos maiores arraiais
da Madeira, “o São Pedro é maior arraial tradicional.
Vem gente de toda a ilha para estas celebrações. Temos
também as Festas do Senhor, que se realizam em junho,
julho e agosto e onde são feitos tapetes de flores que
enfeitam as ruas principais de todas as freguesias. As
pessoas trabalham uma semana inteira nos tapetes de
flores, para a Festa do Senhor, sobretudo na Ribeira
Brava e no Campanário”, destaca o édil.
Economia e futuro do concelho
As atividades económicas que dominam na região
estão sobretudo relacionadas com o setor terciário.
A agricultura também tem alguma expressão com as
plantações de bananas, cana de açúcar, batata e vários
produtos hortícolas, como a castanha nas zonas mais
altas. A crise económica também afetou a região,
sobretudo no setor da construção civil. Símbolo da
inovação, é na Ribeira Brava que está sediada “uma
das principais empresas do país que vende tecnologia,
a ACIN iCloud Solutions, o grande empregador do
concelho”, refere o autarca Ricardo Nascimento. O
município faz questão de apoiar as famílias e este ano
ofereceram “pela primeira vez os manuais escolares
aos alunos do primeiro ciclo. Apoiamos os alunos que
estão na universidade, trabalhamos em parceria com
associações de cariz social, aprovámos a criação do
cartão do idoso e aprovámos a medida do IMI familiar”,
revela o interlocutor. Questionado sobre os desafios
e projetos de futuro para a região, o autarca revela
que passam por “revitalizar o concelho em termos
empresariais e económicos, criando mais postos de
trabalho”. Um outro projeto de futuro ligado ao turismo
passa pela “georeferenciação”. Em jeito de convite, o
presidente da autarquia refere que a Ribeira Brava “é
uma terra linda, de pessoas acolhedoras, que vai do mar
à serra, com muito para oferecer aos seus vistantes”,
conclui Ricardo Nascimento.
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Situada na costa norte da ilha da Madeira, Santana tem as casas típicas, o mar e a serra. É neste concelho que podemos encontrar o
ponto mais alto da ilha, o Pico Ruivo. Fomos conhecer a região considerada, há quatro anos pela UNESCO, como Reserva Mundial da
Biosfera.
Câmara Municipal de Santana
Reserva Mundial da Biosfera e não só
O concelho de Santana é composto por seis freguesias: São Roque do Faial,
Faial, Santana, Ilha, São Jorge e Arco de São Jorge. Foi elevado a Muncípio
em 1832 e dele faz parte “uma das freguesias mais antigas da costa norte
da Madeira, que fez agora 500 anos, a freguesia de São Jorge”, revela em
entrevista Teófilo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Santana. Em termos de
extensão, é o segundo maior da ilha com 94 km2 e 7.700 habitantes. As atrações
turísticas estão relacionadas, sobretudo, com a oferta da natureza, “do mar à serra,
há de tudo para visitar. Quem visita Santana tem uma panóplia de escolhas, temos
a Reserva Natural Marítima que é a Rocha do Navio, na costa, que se pode visitar
via teleférico ou a pé por uma vereda. Na serra, há o ponto mais alto da Madeira, o
Pico Ruivo, com 1862 metros de altitude. O mar é aprazível para se fazer praia, mas
só na altura do verão, essencialmente, em três freguesias, Faial, São Jorge e Arco
de São Jorge”, explica o nosso interlocutor. Sem dúvida que o turismo de natureza
é a principal atração do concelho, como destaca o autarca Teófilo Cunha “somos
muito procurados por causa dos percursos pedonais, os caminhos antigos, apelidados
de caminhos reais. Somos detentores de um dos núcleos de caminhos reais mais
intactos de toda a ilha, principalmente entre a freguesia de Santana e São Jorge. É
um património que queremos recuperar e preservar. Há ainda a destacar as levadas,
que são das mais conhecidas da Madeira, a Levada do Caldeirão Verde, a Levada do
Caldeirão do Inferno e a Levada do Rei, estes são percursos que se podem fazer a
pé e demoram entre uma a três horas”. Ainda nesta perspetiva ligada à riqueza natural
do concelho, Santana tem “o Maciço Rochoso Central com 8.200 hectares, a Floresta teófilo cunhaPresidente
MADEIRA: BELEZA NATURAL
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Laurissilva com 15.000 hectares, Património Natural Mundial da Unesco desde 1999
onde predominam as lauráceas e está maioritariamente incluída no Parque Natural
da Madeira, criado em 1982, para salvaguardar este e outros preciosos patrimónios
naturais da Região Autónoma. No fundo, para quem gosta da envolvência com a
natureza a região tem muito para oferecer”, remata o edil de Santana. Apesar de toda
a diversidade natural, quando se chega a Santana percebemos que é neste concelho
que está a principal imagem da Madeira, “a nossa imagem de marca e imagem de
marca da Madeira são as casas típicas de Santana. Temos apoiado a recuperação
deste património, e nestes dois primeiros anos do nosso mandato já recuperamos 11
casas”, destaca o entrevistado, evidenciando a importância que estes aglomerados
representam para a região, atraindo todos os dias centenas de turistas. “Em termos
de património edificado, temos as casas típicas de Santana de duas águas, as de
São Jorge, diferentes, porque são de quatro águas e ainda a Igreja Matriz de São
Jorge, com 250 anos, considerada uma das três mais bonitas da Madeira, tem um
barroco tardio, com um enorme valor patrimonial, arquitetónico e religioso”, revela
Teófilo Cunha, presidente da autarquia.
Eventos, tradições e gastronomia
A região apresenta uma gastronomia rica sobretudo em peixe com várias sugestões “o
polvo, polvo de escabeche, atum de escabeche, bife de atum frito, peixe espada preto,
milho cozido, milho frito e o pão de Santana. Aliás, o milho faz parte dos pratos típicos
da Madeira, grande parte deste milho é produzido em Santana. Temos a espetada em
pau de louro e a carne da noite, carne de porco confecionada depois da matança do
porco, tradição que resiste mas, já teve mais expressão no concelho”, explica Teófilo
Cunha. É neste sentido, que todos os anos, a autarquia organiza a Festa Gastronómica,
“que se se realiza há mais de uma década, onde são convidados os restaurantes do
município, que ficam circunscritos aos Paços do Município. Há uma regra que têm
de seguir que é apresentar e confecionar o máximo de pratos típicos do município e
iguarias típicas da ilha da Madeira”, refere o autarca. À semelhança do que acontece
em todo o país, o concelho de Santana também celebra, entre os meses de junho a
setembro, as festas religiosas nas várias paróquias e localidades da região. Fora desta
época, o evento que tem mais importância é a Festa dos Compadres, que se realiza
sempre no fim de semana antes do Carnaval da Madeira, é o momento que marca a
“abertura do Carnaval madeirense, é uma tradição antiga que envolve, essencialmente,
a sátira entre compadres e comadres durante duas semanas, uma dedicada às
mulheres e outra aos homens. Durante estas semanas, são chamadas à ordem do
dia, aquilo que foi acontecendo ao longo do ano em cada freguesia ou sítio. No final,
fazemos um festival carnavalesco etnográfico, um cortejo onde as pessoas se vestem
à moda antiga e desfilam em carros alegóricos alusivos a um determinado tema. A
festa termina com o julgamento do compadre e da comadre, o ponto alto da festa”,
revela o nosso entrevistado, salientando a importância e o relevo que as tradições de
Carnaval representam na região, na área dos desportos radicais que, também são uma
aposta deste executivo, destacamos um, ‘Ultra Sky Marathon Madeira’, “prova de Trail
que se realiza em junho no nosso concelho, com desníveis na ordem dos 4 mil metros
acumulados e que podemos informar desde já, e em primeira mão, e com enorme
satisfação, que para o ano esta prova fará parte do circuito mundial da modalidade”.
Em jeito de convite, a natureza, o património, as tradições, gastronomia e os desportos
radicais são mais do que motivos suficientes para visitar “Santana, um destino a não
perder”, conclui Teófilo Cunha, presidente da Câmara Municipal.
MADEIRA: BELEZA NATURAL
casa típica da madeira
vista panorâmica do miradouro do pico
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
A CASTELOGEST atua na área da gestão de condomínios desde 1997. Com sede na cidade do Funchal, ilha da Madeira, orgulha-se de
estar no mercado há 18 anos: porque a qualidade de um condomínio também depende da excelência do seu administrador.
CASTELOGEST
O PARCEIRO IDEAL
Como surgiu a CASTELOGEST e quais os principais valores pelo qual o seu
trabalho se rege?
Constituída em 1997, A CASTELOGEST começou com uma modesta carteira de
clientes, tendo hoje uma forte e vincada presença no mercado, com uma evolução
extraordinariamente positiva, progressiva e regular.
A CASTELOGEST rege-se por princípios de ética empresarial, liderança, transparência,
rigor orçamental dos condomínios que administra e informação regular da situação
das contas, bem como na qualidade dos seus serviços. Com mais de 3.500 clientes/
condóminos, tem como principal ‘chave’ do seu sucesso a satisfação e fidelização dos
seus clientes.
Quais as principais dificuldades que o setor atravessa?
O setor atravessa várias dificuldades. A primeira assenta no facto de a atividade não
estar ainda regulamentada. E isso permite que qualquer um se possa considerar
apto para administrar condomínios. E daí haver vários e importantes riscos para os
condóminos.
Sobretudo a partir dos anos 90 houve um aumento desmesurado de empresas
e candidatos, o que fez que, rapidamente, este sector de actividade caísse em total
descrédito, por violação da confiança que a natureza dos serviços prestados exige aos
consumidores, quer por fraude, quer por incumprimento das funções que são inerentes
ao administrador do condomínio.
No espeto de administração de condomínios, atualmente, há mais dificuldades na
cobrança das quotas. A crise teve consequências também a este nível. A cobrança das
quotas torna-se mais difícil. Isto acarreta sobrecarga de trabalho e custos adicionais.
A CASTELOGEST tem sido há vários anos membro dos corpos diretivos da APEGAC
(Associação Portuguesa das Empresas de Gestão e Administração de Condomínios)
que tem lutado pela publicação da legislação que regulamente a atividade de
administração de condomínios e na qual uma normas que se sugere é uma coisa
tão simples como obrigar à apresentação de uma certidão de dívida ou não dívida, a
emitir pelo administrador do condomínio, sempre que uma fração de um prédio sob o
regime de propriedade horizontal é transmitida a terceiro. Desta forma, existindo dívida,
ela transmitir-se-ia sempre para o adquirente, como acontece noutros países, como é
exemplo a vizinha Espanha.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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MADEIRA: BELEZA NATURAL
Manuel gonçalvesAdministrador
Porquê optar por uma administração profissional?
Cabe ao administrador a gestão jurídica, financeira, de
manutenção e segurança, de seguros e administrativa
dos condomínios. À administração do condomínio (órgão
executivo) compete ainda executar as deliberações da
assembleia (órgão deliberativo).
O administrador é também o responsável pelo
cumprimento da legislação quanto a inspeções
obrigatórias. O exercício não profissional da atividade
de administração de condomínio não isenta o
administrador destas responsabilidades.
O recurso da administração do condomínio a uma
empresa profissional e, sobretudo, competente e
cumpridora, na prática, resultará em poupanças e
mais-valias para o condomínio (segundo opinião do
presidente da Apegac).
Do que destacamos os seguintes pontos:
* Maior capacidade negocial junto dos prestadores de
serviços dos condomínios (empresas de elevadores, de
jardinagem, de limpeza, obras, etc.)
* Maior capacidade técnica para prestar serviços
específicos para os condomínios.
* Conhecimento de legislação e aconselhamento para
práticas adequadas, como constituição do fundo comum
de reserva, seguro do prédio, cobrança de quotas, etc.
* Melhor gestão das contas bancárias sem despesas
para os condomínios atendendo ao número de contas e
ao elevado valor global em causa).
* Conhecimento aprofundado sobre elaboração de
processos de obras.
* Aconselhamento de formas de poupança, como
temporização da luz das partes comuns, periodicidade
da limpeza e jardinagem, tipo de contrato a celebrar
com as empresas de elevadores de acordo com a sua
antiguidade, etc.
A CASTELOGEST tem também negociado com várias
empresas e atividades parcerias, com o objetivo de
conseguir economias importantes para os condóminos
dos prédios que administra, ao recorrerem a esses
serviços.
E um fator muito importante: seguro de responsabilidade
civil profissional, que a CASTELOGEST subscreveu em
2008, para cobertura de eventuais danos que possam
ocorrer ao condomínio por atuação negligente ou com
dolo da administração, no exercício da sua atividade.
Quais são os objetivos e projetos de futuro para
a Castelogest?
Os objetivos da CASTELOGEST são servir o cliente,
manter a consolidação da sua posição no mercado
e, sobretudo, criar mais-valias para os prédios que
administra, através de uma gestão e manutenção
eficazes e obter solidez financeira dos condomínios.
Quando referimos o princípio de liderança queremos
afirmar que um gestor competente gere/administra, um
líder inova e desenvolve.
Enquanto um gestor competente produz bons resultados,
um líder produz bons resultado de forma sustentável,
mesmo em contraciclo.
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port
ugal
, um
mer
cado
estr
atég
ico
ADanosa, especialista no fabrico e comercialização de produtos
e sistemas para uma construção sustentável, inaugurou no dia
29 de outubro, a Danosa Portugal, em Leiria, instalações que
a tornam líder no isolamento térmico e na impermeabilização
dentro do mercado português. A cerimónia de inauguração reuniu cerca
de 300 profissionais da construção e contou com a presença de Raul
Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria.
O aumento de pedidos de poliestireno (XPS) dentro do mercado
ibérico, originou a compra, no ano passado, da Eurofoam Portugal,
empresa dedicada à fabricação de produtos de isolamento térmico.
Estas instalações e as de Tudela, permitiram à Danosa, triplicar a sua
capacidade de produção.
O conselheiro geral da Danosa, Manuel del Río explicou que “a aquisição
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
29
da Eurofoam Portugal reforçou a nossa posição, quando se fala de liderança
em Portugal e na Europa, possibilitando que a maior parte da nossa faturação
seja proveniente de fora de Espanha. Neste sentido, esta compra supõe
um grande passo no processo de internacionalização que temos vindo a
desenvolver há muito tempo, onde o mercado luso é fundamental devido ao
seu potencial de crescimento”.
Saiba mais nas próximas páginas sobre este investimwento e os seus parceiros.
inauguração da danosa em portugal
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PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO
Apoiar a criação de emprego e atrair investimento para o concelho tem sido um dos grandes objetivos do executivo presidido por Raul
Castro na Câmara Municipal de Leiria. O autarca entendeu que a vitalidade e o empreendedorismo dos agentes económicos locais e a
sua capacidade para gerar riqueza e emprego, constituem fatores decisivos para a afirmação de Leiria no contexto nacional.
município de leiria
A atração de investimento como âncora de desenvolvimento
O concelho de Leiria foi a localização estratégica escolhida pela empresa
espanhola Danosa para continuar o seu processo de internacionalização. A
inauguração decorreu no dia 29 de outubro e contou com a presença de
Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria.
À margem do evento, a Revista Business Portugal falou com o autarca, que considerou
uma honra e um privilégio receber a instalação de novas empresas do concelho. “É um
orgulho poder estar nesta inauguração, na medida em que se assiste à consolidação
de uma estratégia da Danosa, ao instalar-se em Portugal, especialmente em Leiria”,
referiu o presidente da Câmara Municipal, salientando o número de postos de trabalho
que são criados com este investimento. Raul Castro entendeu que o desenvolvimento
não é plausível sem as pessoas e, se falarmos em pessoas, temos necessariamente
que falar em postos de trabalhos, empresários e empresas. Por conseguinte, tem
feito parte da estratégia da edilidade “acarinhar” a instalação de novas empresas no
concelho, uma vez que estas desempenham um papel muito importante para que
Leiria continue a afirmar-se no panorama nacional e seja uma referência em vários
segmentos. “Hoje, podemos dizer orgulhosamente que Leiria, face ao seu tecido
empresarial, consegue garantir uma taxa de desemprego bastante reduzida, abaixo
da média nacional”, revelou, reiterando que o concelho oferece qualidade de vida,
boas respostas na esfera da saúde e da educação e boas oportunidades em termos
de empregabilidade.
Por outro lado, Raul Castro destacou a localização estratégica do concelho, com
excelentes acessibilidades, que permite chegar, de uma forma célere, aos principais
mercados. O Instituto Superior Politécnico de Leiria, como instituição de ensino de
referência, foi igualmente apontado pelo autarca como uma vantagem competitiva
do concelho para os empresários e empresas. Estão portanto reunidas as condições
para que Leiria seja uma boa solução para investir e viver. “Um olhar atento ao tecido
empresarial e a captação de investimento têm sido pontos de honra na estratégia deste
município, desde o primeiro minuto, por isso temos vindo a criar estratégias e sinergias
que sirvam de âncora para que, cada vez mais empresas queiram investir em Leiria”,
sublinhou o autarca.
Estratégias e dinâmicas concertadas
Raul Castro confessou que a herança deixada pelo anterior executivo não foi “muito
famosa”, por isso foi necessário proceder a uma revolução e iniciar um novo projeto
de desenvolvimento e afirmação para o concelho de Leiria.
É portanto com orgulho que o autarca referiu que menor despesa com pessoal,
maior investimento, pagamentos quase a pronto e eficiência financeira são alguns
dos indicadores que colocam o Município de Leiria no topo do ranking nacional
raul castroPresidente
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PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO
o presidente, raul castro, na inauguração da danosa em portugal
das autarquias de grande dimensão, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios
Portugueses.
Apesar das dinâmicas autárquicas preconizadas, no decorrer do mandato, Raul
Castro considera que há ainda um longo caminho a percorrer para alcançar uma
maior valorização e afirmação do concelho. “Queremos atrair cada vez mais visitantes
a Leiria”, disse o autarca, salientando que de acordo com um estudo efetuado pela
consultora internacional “Bloom Consulting”, Leiria assume-se como a terceira cidade
para viver em Portugal. E a melhor na Região Centro, uma qualificação que deve
orgulhar os Leirienses e as pessoas que vivem em Leiria. Por sua vez, no contexto dos
negócios, Leiria pode também afirmar-se como um dos principais concelhos, ocupando
a nível nacional a sexta posição, o que demonstra a vitalidade e o empreendedorismo
dos seus agentes económicos e a sua capacidade para gerar riqueza e emprego, fator
também decisivo para a afirmação de Leiria.
Ao nível do Turismo, Leiria continua a incrementar os seus fatores de atratividade,
potenciando a atividade turística e os recursos endógenos junto dos visitantes nacionais
e internacionais, com o desiderato de tornar Leiria um destino apetecível. “Queremos
alavancar o concelho e a região”, até porque Raul Castro acumula as funções de
presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), cuja atuação
visa o desenvolvimento integrado e sustentável de projetos e atividades de interesse
comum aos municípios, contribuindo para a competitividade, coesão e economia de
escala das intervenções do território. Neste contexto, o autarca deu nota da importância
e das vantagens da abertura ao tráfego civil da base aérea de Monte Real, uma vez que
constituiria “uma âncora muito forte que iria revolucionar esta região”.
Visão estratégica
Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria, deu conta que os objetivos
estratégicos assumidos para o concelho consistem na promoção do desenvolvimento
económico e social, na garantia das infraestruturas básicas para a melhoria da
qualidade de vida dos munícipes e na aposta no turismo e na animação cultural como
factor de afirmação de Leiria.
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A comandar os destinos da União de Freguesias de Marrazes e Barosa pelo segundo mandato está Isabel Afonso, que assumiu a
autarquia com verdadeiro espírito de missão e com uma vontade positiva de servir a freguesia e a sua população, tendo em conta que
é uma mulher de convicções e de causas, de princípios e valores, de trabalho e de diálogo.
União de Freguesias de Marrazes e Barosa
Uma filosofia de proximidade
A cumprir o segundo mandato à frente dos
destinos da União de Freguesias de Marrazes
e Barosa, Isabel Afonso assumiu o seu papel
movida pelo entusiasmo de poder devolver
à sua freguesia a dignidade e notoriedade de outros
tempos, o que se traduziu numa forte vontade de ver
os problemas resolvidos e de imprimir uma política
autárquica de proximidade.
“Escolhi uma equipa coesa, com experiências de vida
diversas e que pudesse encaixar soluções para a
freguesia, para fazer, de uma vez por todas, o que nunca
foi feito. Que a Marrazes fosse devolvida a dignidade e
importância de grande centro urbano e prolongamento
da cidade de Leiria”, revelou.
Isabel Afonso entende que o tempo ideal para estar na
liderança de uma junta de freguesia são duas legislaturas,
ou seja, a primeira para perceber as necessidades e
criar dinâmicas e a segunda para consolidar a visão
estratégica. Neste contexto, referiu que o seu grupo
de trabalho visa servir a freguesia e os interesses dos
seus habitantes, sendo este a grande máxima que tem
norteado o trabalho do executivo.
Volvidos seis anos da sua entrada na junta de freguesia,
Isabel Afonso considera que a primeira grande medida
adotada foi ligar as pessoas em termos afetivos.
“Quando chegámos à junta, percebemos que entre
trabalhadores havia disputas e mal entendidos, e não
existia um espirito de comunhão entre todos”, salientou,
acrescentando que o primeiro passo foi criar um espírito
de união assente no respeito, diálogo e entreajuda.
Se falarmos em obra física, o Lar de Terceira Idade
da AMITEI (Associação de Solidariedade Social de
Marrazes) representa, indubitavelmente, um grande
orgulho para a freguesia. A obra foi concluída dois anos
depois do previsto, uma vez que esteve parada durante
muito tempo e teve uma derrapagem financeira bastante
alta, no entanto a reestruturação da obra, permitiu
disponibilizar à freguesia uma resposta social de grande
importância.
Na esfera social, a presidente da junta de freguesia
salientou ainda o apoio às instituições e coletividades,
a Feira Social de Marrazes que vai na 4.ª edição e
que irá estender à Barosa, sendo a 1.ª edição a 12 de
dezembro de 2015, o Festival de Folclore, uma parceria
isabel afonsoPresidente
PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO
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com o Rancho da Região de Leiria, a disponibilização
de cabazes de natal, a realização do passeio anual da
freguesia, um conjunto de dinâmicas que promovem o
convívio e a socialização entre todos.
A união faz a força
A agregação das freguesias de Marrazes e Barosa foi
muito difícil, e segundo Isabel Afonso, causou muita
dor, sobretudo aos habitantes da Barosa, mas “tudo
temos feito e estamos a fazer para que se perceba que
estamos a falar de um todo. A união faz a força. A união
vem da vontade de querer fazer. A coesão está a fazer-
se e vamos conseguindo esse estar de mãos dadas”.
Uma freguesia com indústria
Marrazes e Barosa é uma freguesia urbana com alguns
apontamentos de ruralidade saudável, onde a indústria
tem uma predominância muito forte, desde logo com
a Zona Industrial da Cova das Faias, do Casal do Cego
e Gândara dos Olivais, e na zona da Barosa, existem
também dois polos industriais. “Estes espaços trazem
riqueza, postos de trabalho e projeção ao nosso
território”, destaca Isabel Afonso.
“É muito gratificante perceber quão apelativa é esta
zona do país, perceber que nestas imediações temos
as melhores condições para este desenvolvimento
industrial”, salientou a autarca, sublinhando a felicidade
sentida pelo executivo pela instalação na sua freguesia
de empresas de referência, como é o caso da Danosa.
“A freguesia acolhe, mas também é projetada para fora
de portas, não só a freguesia, mas também o próprio
concelho de Leiria”, entendeu.
Na sua ótica, uma das vantagens competitivas deste
território para a atração de investimento e instalação
de novas empresas prende-se coma localização
estratégica, no coração de grandes acessibilidades,
que colocam a freguesia e o concelho, muito perto dos
grandes centros urbanos a norte e a sul.
Valorizar e afirmar a freguesia
Isabel Afonso confessou que a liderança da junta de
freguesia é vivida com amor e entusiasmo, por isso
mostrou-se otimista em relação ao futuro, desde logo
porque, finalmente, foi anunciado pela atual Câmara
Municipal de Leiria, o tão esperado Centro Educativo de
Marrazes, bem como os melhoramentos urbanísticos no
Bairro Social Dr. Francisco Sá Carneiro e a criação de
um espaço de desporto para beneficiar as vivências dos
seus habitantes.
Por outro lado, Isabel Afonso referiu a aposta em
devolver a Mata de Marrazes à freguesia e à cidade de
Leiria, acrescentando que a autarquia conseguiu adquirir
a antiga carreira de tiro e o objetivo é reflorestá-la.
“Outra das nossas preocupações é mexer nas malhas
urbanas apertadas dos aglomerados de Gândara dos
Olivais, Marinheiros e Marrazes”, salientou.
Isabel Afonso lembrou ainda que um dos sonhos que
ainda não saiu do papel é o Centro Cultural de Marrazes,
que visa instalar o Museu Escolar de Marrazes, que
possui um considerável espólio e acervo museológico,
além de um auditório e uma escola de música. Esta
última, a fim de colmatar as necessidades da Filarmónica
de S. Tiago de Marrazes.
A finalizar, a autarca deixou uma palavra de apoio
e esperança, prometendo continuar a lutar com
sensibilidade e competência para uma maior valorização
e afirmação da sua freguesia.
PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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A Bloqueira de Vermoim é uma empresa carismática que tem percorrido um percurso de afirmação empresarial, granjeando bons
resultados. A Revista Business Portugal quis saber quais os fatores que distinguem a empresa num mercado tão competitivo como o
atual e dar a conhecer o seu contributo no desenvolvimento e na criação de valor no contexto nacional.
A Bloqueira de Vermoim
Dedicação, confiança competência profissional
Situada no concelho de Vila Nova de Famalicão,
a Bloqueira de Vermoim é uma empresa de
cariz marcadamente familiar que iniciou a
sua atividade pelas mãos de Manuel Alves
Carvalho e Engrácia Dias de Abreu, um casal sonhador
e trabalhador, que realizou um dos seus sonhos ao
fundar uma pequena empresa à qual colocou o nome
individual Manuel Alves de Carvalho. Um percurso de
trabalho e dedicação que levou à criação da Bloqueira
de Vermoim, em 1994, sendo nos dias de hoje, uma
referência empresarial do nosso país.
Como resultado da visão e experiência do sócio
fundador Manuel Alves de Carvalho e os seus
herdeiros, a empresa têm-se evidenciado no setor
da comercialização de materiais de construção civil e
alcançado bons resultados.
José Carvalho, um dos filhos do fundador da empresa,
revelou em entrevista que, juntamente com o seu irmão,
Anselmo Carvalho, que cresceram no seio da empresa
e, naturalmente, acabaram por ir trabalhar e dar o seu
contributo para o desenvolvimento da Bloqueira de
Vermoim.
Com novas instalações desde 2005, a empresa está
vocacionada para a venda por grosso de materiais de
construção, atuando de norte a sul do país.
José Carvalho deu nota de que, depois de uma fase
menos positiva da construção, surgiu o novo paradigma
da reabilitação, o que levou a empresa a diversificar a
gama de produtos que disponibiliza.
Sempre com o intuito de estar um passo à frente
do seu tempo, salvaguardando igualmente o seu
posicionamento estratégico no mercado, a Bloqueira
de Vermoim pretende agora iniciar uma nova fase no
juosé carvalho, mário carvalho e anselmo carvalhoAdministração
PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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seu desenvolvimento com a abertura, em 2016, de
um espaço de venda ao público mais vocacionado ao
cliente particular. “Não queremos estar direcionados
apenas para um mercado, por isso criámos alternativas
de desenvolvimento, com investimentos para consolidar
a posição da empresa no mercado”, revela.
Parceiros de referência
Esta PME Excelência tem estabelecido ao longo do seu
percurso um vasto conjunto de parcerias de referência,
nomeadamente com a Danosa, Secil Cimentos, Telhas
CT-Cobert, Telhas Margon, Secil Martingança, Rações
Provimi, Tintas Sotinco e Fibroplac & Falper.
Na sequência da inauguração da nova fábrica da
Danosa, em Leiria, José Carvalho salientou que este
grupo espanhol fabrica uma grande variedade de
materiais e a Bloqueira de Vermoim estabeleceu esta
parceria com o intuito de ambas as empresas crescerem
juntas. “O crescimento da Danosa pode servir de âncora
para o crescimento da nossa empresa”, destacou,
acrescentando que a Bloqueira de Vermoim pretende
criar parcerias e sinergias com empresas que queiram
promover o desenvolvimento mútuo.
O segredo do sucesso
O responsável da Bloqueira de Vermoim considerou
que o trabalho e a qualidade imprimida são fatores
de sucesso. Desde o seu início que a empresa tem
procurado, sempre e como princípio fundamental,
a obtenção dos mais altos níveis de qualidade dos
seus produtos e serviços. A qualidade é uma opção
estratégica que desde o início da sua atividade tem
ajudado a consolidar todos os processos e a estrutura
organizacional, funcionando como catalisador para que
a empresa continue a evoluir. A equipa de trabalho da
Bloqueira de Vermoim, composta por dez profissionais
dedicados, é outro dos segredos do sucesso da
empresa.
Em termos de futuro, José Carvalho e Anselmo Carvalho
estão preparados para mudar com o mercado. Para tal,
pretendem ganhar raízes e experiência empresarial, para
continuar o rumo de crescimento e desenvolvimento
da empresa que nasceu pela mão de Manuel Alves
Carvalho.
A consolidação da empresa passará por um novo
espaço de venda dedicado ao cliente em particular e, a
longo prazo, “queremos abrir pequenos espaços noutras
localidades para ir ao encontro das necessidades do
pequeno cliente. Pretendemos através do conhecimento
e de visão de negócio, propor aos nossos clientes
produtos, serviços e soluções adaptadas às atuais e
futuras tendências de mercado”, remata José Carvalho.
PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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Com 18 anos de história empresarial, a ISOLAR tem conseguido marcar a diferença num mercado que se assume, cada vez mais
competitivo, através dos pressupostos de inovação, qualidade e profissionalismo. Com uma filosofia vanguardista, assume-se como uma
referência no sector onde gravita, espelhando um percurso de sucesso e visão estratégica.
isolar
Um percurso de sucesso e visão estratégica
Criada em 1998, a ISOLAR nasceu com o
objetivo de colmatar uma lacuna que existia
em Portugal, no segmento da distribuição de
materiais de isolamento térmico e acústico.
O desafio de Paulo Cabral, administrador da ISOLAR,
foi criar uma empresa que, para além de vender um
determinado produto, tivesse uma gama o mais
abrangente possível de produtos.
As primeiras instalações estavam localizadas em São
João da Talha e a esfera de atuação geográfica centrava-
se na Área Metropolitana de Lisboa. No entanto, volvidos
poucos meses da criação da empresa, começaram a
surgir solicitações comerciais de todo o país e surgiu a
necessidade de crescer em termos de infraestruturas.
Até que em 2007, com uma posição consolidada no
mercado e com um volume de faturação a rondar os
seis milhões de euros, a ISOLAR apostou na aquisição
de novas instalações entre Porto Alto e Benavente,
uma localização estratégica, no coração das grandes
acessibilidades. “A nossa vinda para estas instalações
teve muito a ver a necessidade que tínhamos para
responder aos clientes e estar numa zona mais central”,
sublinhou Paulo Cabral.
A ISOLAR tem como sua principal vocação a distribuição
e o apoio aos revendedores de materiais de construção,
atuando de norte a sul do país, assumindo-se como
uma referência no sector onde se insere. “Começámos
por comercializar materiais para isolamento, mas cedo
começámos a criar parcerias com algumas empresas,
expandindo a nossa gama de produtos para outras
áreas como a cofragem, drenagem, caixas para estores
e o gesso cartonado”, revelou, acrescentando que
a empresa distribui marcas conceituadas e líderes de
mercado como a ROCKWOOL, FIBROPLAC, SEMIN,
FIXOLITE, DANOSA e, em exclusivo para o nosso país
os produtos – MURALI (cornijas plastificadas e os tubos
de cofragem).
No caso da DANOSA, Paulo Cabral entendeu que se
trata de uma empresa de referência em Portugal, que
desenvolve produtos inovadores na área do isolamento
térmico e acústico e um parceiro de futuro.
Valorizando o passado, vivendo o presente e pensando
no futuro, a ISOLAR pretende continuar a adotar uma
filosofia vanguardista, tendo como linhas orientadoras
para a prossecução dos seus objetivos, a apresentação
de soluções de qualidade e o profissionalismo dos seus
colaboradores.
Projetos para futuro
Em entrevista à Revista Business Portugal, Paulo Cabral
revelou que a empresa apresenta um volume de
faturação de cerca de quatro milhões de euros anuais
e tem diversos projetos em carteira, nomeadamente, a
criação de uma fábrica de EPS.
Pese embora, a ISOLAR tenha capacidade e capitais
próprios para levar estes projetos avante, Paulo Cabral
salienta que a empresa se encontra numa fase de
avaliação e estratégia para o desenvolvimento desta
organização.
“Em 2016, vamos consolidar a área da reciclagem dos
produtos de construção, sempre com uma finalidade
para comércio para incorporar nos pavimentos, mas
a nossa perspetiva é criar um departamento ou até
mesmo uma empresa nesta área de atuação, porque
há muito potencial de crescimento, visando a reciclagem
para criação de novo produto”, avançou o administrador,
reiterando que a ISOLAR sempre soube o que queria
e todos os passos foram dados com muita cautela e
estratégia rumo à afirmação e valorização empresarial.
paulo cabralAdministrador
PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO
ação
soci
al
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Nesta edição vamos conhecer algumas das instituições portuguesas que desempenham um sério
e importante trabalho voltado para a ação social. Entidades que funcionam em prol do outro,
no sentido de atender às carências existentes nas comunidades que estão inseridas. As IPSS
(Instituições Particulares de Solidariedade Social) e as Santas Casas de Misericórdias são algumas
dessas instituições. Estas são organismos sociais que oferecem diversas valências, como por exemplo, lar
para idosos, unidade de cuidados continuados, creche, pré-escolar, atividades de tempo livre, centro de dia
e apoio domiciliário.
O apoio às crianças, aos jovens, à família, a proteção dos cidadãos na velhice e na invalidez, bem como o apoio
à capacidade de trabalho, subsistência, a educação e a formação profissional dos cidadãos, são alguns dos
objetivos destas entidades que marcam sua presença na medida que estão integrados à vida da comunidade.
Alguns das destas entidades surgiram por iniciativa da Igreja Católica, outras pelo associativismo de pessoas
que se preocupam com o crescimento social, cultural e humano da sua terra. Hoje, estas instituições são
organismos que oferecem instalações modernas e confortáveis, com profissionais qualificados que procuram
adotar uma relação de proximidade para com os utilizadores.
Para estas entidades a ação social é mais do que uma atividade diária, representa acima de tudo, um estar no
mundo numa perspetiva de igualdade e fraternidade. Segundo os dados da Cooperativa António Sérgio, há
neste momento 393 Misericórdias ativas em Portugal. O número de IPSS também é bem significativo, com
mais de mil unidades distribuídas pelo país. Tudo isto contribui para que estas instituições exerçam um papel
expressivo na economia social, pois além de atenderem um número elevado de utentes, também possuem,
em algumas zonas, o maior número de funcionários.
As instituições se colocam fundamentais para que a sociedade consiga dar uma resposta efetiva aos
problemas, no qual o poder público sozinho não é capaz de responder. Numa visita às unidades é possível
ver, que acima de tudo, todas cumprem um trabalho que resgata o que há de melhor no homem, ou seja,
a sensibilidade e a solidariedade para com os seus semelhantes. Num mundo em que o individualismo se
torna, cada vez, mais forte, estas instituições nos mostram que a preocupação com o bem-estar do outro
também deve fazer parte das nossas vidas. Nestas páginas que seguem, o leitor poderá conhecer um pouco
esta realidade e a opinião daqueles que estão a frente das instituições.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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AÇÃO SOCIAL
A ACREDITA é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, com sede no Largo do Soito em Travassós de Baixo, Viseu.
acredita
“INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA CRIADA PELA VONTADE EXPRESSA DA POPULAÇÃO”
Um homem com paixão pelo associativismo
que há 23 anos aceitou o desafio de dar
respostas às necessidades existentes na sua
zona, assim podemos definir o presidente da
Acredita, Aníbal Pinhel. Com uma forte sensibilidade
para as causas sociais juntou-se a outros membros da
comunidade e criou a associação que a Revista Business
Portugal foi conhecer. O presidente começa por nos
contar que a associação foi criada, em 1992, pela
vontade expressa da população, numa freguesia onde
não havia equipamento social. A Acredita surge para
preencher uma lacuna social e para isto foi necessário
promover e imbuir as pessoas de espírito associativo.
“Sentiu-se esta necessidade e as pessoas juntaram-se
para formar uma associação que na primeira ideia seria
na área cultural, recreativa e desportiva”, mas fiz-lhe
sentir que essa não resolvia as principais carências da
populaçao, afirma o presidente. Inicialmente, a instituição
foi constituída fruto de muito trabalho voluntário, um
pequeno apoio do Estado e um grande esforço dos
associados. “O nome Acredita é sugestivo, sou o
padrinho, foi um desafio interessante virado para o
lado social, defendendo sempre o associativismo. Isto
foi feito mesmo a pulso, unimos vontades e pessoas”,
acrescenta o nosso interlocutor. A primeira iniciativa da
instituição foi uma candidatura ao ‘Clique Solidário’ que
compreendeu uma ação voltada para a formação de
competências básicas nas áreas das novas tecnologias.
Com uma preocupação sempre direcionada à formação,
instituiu-se um centro de diplomas de competências
básicas que confere certificados em novas tecnologias.
A instituição desenvolve atividades no campo da ação
social, cultural, recreativa e desportiva. Oferece diversas
valências e equipamentos, nomeadamente, creche
com capacidade para 38 crianças, ensino pré-escolar
com 25 crianças, apoio domiciliário, sala de formação,
programa ‘Clique Solidário’, cantina social, sala de
convívio, grupo coral, eventos e jogos tradicionais.
Num clima de bem-estar social, preocupação e
sensibilidade com os serviços prestados à comunidade,
a instituição tem-se destacado pelo elevado grau de
qualidade do trabalho desenvolvido. O que pode ser
explicado também pela qualificação dos seus quadros,
na sua maioria licenciados. “Sempre fomos muito
criteriosos. Na implementaçao do SGQ, propusemo-nos
logo atingir os níveis ‘A’ do Instituto de Segurança Social.
Isto é uma atividade de serviço, e por isso tem muito a
ver com recursos humanos e nós privilegiamos sempre
o jovem e o saber”, afirma o presidente. O mais novo e
moderno equipamento social construído pela Acredita,
em parceria com o Estado é a Unidade de Cuidados
Continuados de Média Duração e Reabilitação. A obra
teve um orçamento de um milhão e oitocentos mil
euros. A unidade significou um importante impacto
na sociedade com a integração da associação na
Rede Nacional de Cuidados Continuados. Aníbal Pinhel
conta-nos que a Acredita pretende tornar-se, em breve,
numa referência na área da saúde numa perspectiva
de humanização dos cuidados. “Associações, como
a nossa, vem contribuir para a humanização da
saúde, pois estamos habituados a um relacionamento
interpessoal muito forte e acompanhamos passo a
passo as pessoas”, acrescenta o interlocutor.
A Unidade de Cuidados de média Duração dispõe de
30 camas em 11 quartos duplos e oito individuais.
As 20 camas da rede estão sempre ocupadas, o que
não acontece nas restantes dez em gestao privada. Os
serviços prestados são: cuidados médicos, cuidados
de enfermagem permanentes, fisioterapia, terapia
ocupacional, terapia da fala, apoio psicossocial,
cuidados de higiene e alimentação, cabeleireiro,
podologia e serviço de lavanderia. A instituição também
desenvolve, em parceria com a Câmara Municipal de
Viseu, atividades voltadas ao envelhecimento ativo que
contempla cerca de 150 idosos. Portanto, conclui-se
que a Acredita desempenha um papel de destaque
na zona, pois oferece um vasto número de atividades,
atendendo diariamente mais de 300 pessoas e emprega
55 pessoas.
Aníbal pinhelPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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AÇÃO SOCIAL
É no Distrito da Guarda que encontramos a Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira. Recebida pela direção, a Revista Business
Portugal foi perceber como esta instituição tem conseguido sobreviver ao logo de cinco séculos.
santa casa da misericórdia de celorico da beira
Cinco séculos de assistência à população
A Santa Casa da Misericórdia de Celorico da
Beira é uma instituição com cinco séculos de
existência e surgiu da iniciativa de um grupo
de irmãos que se juntaram em 1576. Nos
últimos 50 anos do século XX o Hospital da instituição
desempenhou um papel importante na área da saúde.
Com a revolução de abril esta Misericórdia voltou-se
para assistência aos idosos, com as infraestruturas do
antigo hospital a serem adaptadas para lar. Foi então
em 1972 que se fundou o Lar de São Francisco,
começando com 30 utentes. Nos anos oitenta sofreu
uma ampliação para 42 utentes, e hoje está aprovado
para 61, estando lotado. O atual provedor António Vaz
da Silva, o diretor técnico Fernando Brito e a animadora
Sociocultural Hermínia Vicente são as pessoas que estão
neste momento à frente da instituição e que têm trabalho
para o seu crescimento e desenvolvimento.
Fundação e desenvolvimento
Fundada no século XVI, esta instituição conseguiu, com
muito custo, sobreviver ao longo de cinco séculos, com
as suas instalações a crescerem e a serem adaptadas à
medida das necessidades da população. Ali encontramos
hoje um edifício com dois blocos, nomeadamente
o lar mais antigo e a parte onde estava o Hospital.
Ambos os espaços foram reabilitados, recuperados e
adaptados, havendo uma ligação entre os dois edifícios.
Este crescimento tem sido sustentado numa gestão
controlada dos gastos, sobrevivendo apenas com os
acordos de recuperação com a Segurança Social e as
mensalidades dos utentes.
Funcionamento e infraestruturas
A Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira
tem desempenhado um forte papel na assistência
social e saúde à população. Lar, Centro de Dia e Apoio
Domiciliário são os serviços que fazem parte das suas
competências, conseguindo assim oferecer um apoio
dentro e fora da instituição. Para o provedor António
Vaz da Silva a maior preocupação é “tentar dar o
melhor aos idosos”, isto é, a humanização dos serviços.
Neste âmbito, e para o conseguir, a instituição conta
atualmente com três enfermeiros e um fisioterapeuta a
tempo inteiro.
No que toca ao Apoio Domiciliário, neste momento dão
apoio a 30 famílias, englobando as refeições, higiene
pessoal, tratamento de roupas, enfermagem, bem
como acompanhamento/deslocações a consultas,
sendo que a maior preocupação é conciliar a casa
dos utentes com os serviços que a instituição lhes
pode prestar. Relativamente ao Centro de Dia, são 15
os utentes inscritos, e este serviço é prestado sempre
numa perspetiva de os manter ativos e aptos. Para
assumir todas estas valências, a instituição conta com
um edifício totalmente equipado, moderno e eficiente,
numa extensão de quatro pisos. Salienta-se que, na
parte do Lar, a maioria dos quartos são duplos, com
todas as comodidades, incluindo casa de banho
privativa. Destaque para a sala de fisioterapia, que foi
totalmente equipada há pouco mais de um ano. Temos
ainda o espaço da capela que se pode reconverter em
sala de reuniões e eventos sociais. Ademais, esta é uma
instituição detentora de um património rico, da qual faz
parte a sua Igreja da Misericórdia, a Capela do Calvário
e a Capela de São João.
O diretor técnico Fernando Brito destacou a sua
metodologia diferente de atuação, com a integração dos
utentes que recebem apoio domiciliário nas atividades
da Instituição. A atual direção está a fazer um esforço
para mudar as ideias pré-concebidas relativas aos lares
de idosos, procurando abrir a estes utentes as suas
atividades, como é o caso da ginástica, dos ateliers
de trabalhos manuais, a musicoterapia e os jogos. A
animadora sociocultural Hermínia Vicente acrescentou
mesmo que “é muito importante dar vida aos anos e
não anos à vida”.
Crescimento e novas apostas
Consciente de que as Misericórdias estiveram algum
tempo fechadas para a comunidade, o corpo diretivo
da Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira tem
trabalhado para conseguir um maior envolvimento com
a comunidade. Exemplo disso é a iniciativa DVD filme
“As nossas gentes”, que pretende dar visibilidade ao
trabalho que é feito dentro da instituição pelos utentes.
A atual direção tem feito crescer a instituição, dotando-a
e adaptando-a, sempre com atenção à qualidade da
prestação de serviços e à realidade do utente. O diretor
Técnico avançou mesmo que há intenções de alargar
as valências da instituição para a área dos Cuidados
Continuados, uma vez que há cada vez mais idosos na
região, além de uma valência dedicada em exclusivo ao
problema da demência.
Paralelamente, um dos objetivos é então a formação e
certificação dos funcionários na área da demência. A
Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira é uma
instituição que se impõe no seu meio por todo o trabalho
que tem desenvolvido em prol da comunidade e que
pretende crescer sempre numa perspetiva de qualidade
e transparência.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
42
AÇÃO SOCIAL
A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres comemora no próximo ano o seu 350º aniversário. A Revista
Business esteve à conversa com o atual provedor, Luís Miguel da Fonseca, para conhecer o trabalho que esta instituição tem feito em
prol da comunidade.
santa casa da misericórdia de fornos de algodres
Uma instituição que promove a qualidade de vida
Tendo como fim a promoção, apoio e realização
de atividades que visem a melhoria do bem-
estar das pessoas, prioritariamente dos mais
desprotegidos, a Santa Casa da Misericórdia
de Fornos de Algodres tem voltado o seu trabalho para
as prestações de ação social e saúde. Como Provedor
desde janeiro de 2015, Luís Miguel Fonseca viu na
Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres
um projeto aliciante, sempre consciente de que a sua
missão é dar qualidade de vida às pessoas que mais
precisam.
Da fundação à gestão
Fundada em 1666, por decreto régio de D. Afonso VI, a
Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres teve
o seu início com a doação da Capela da Nossa Senhora
das Dores. Anos mais tarde, fundou-se o Hospital da
Misericórdia, edifício onde hoje funciona uma moderna
e funcional estrutura residencial para idosos. Em 2008,
esta Santa Casa procedeu ao alargamento dos seus
serviços, com a abertura de uma Unidade de Cuidados
Continuados, que na visão do Provedor Luís Miguel
Fonseca “tem uma capacidade enorme para dar
qualidade de vida aos nossos utentes”. Hoje, a gestão
luís miguel da fonsecaProvedor
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
43
AÇÃO SOCIAL
é feita exclusivamente pela Santa Casa, sem depender
de privados; uma gestão apostada num crescimento
sustentado, onde não há gastos supérfluos e o trabalho
em equipa é a chave do sucesso. São um total de
32 funcionários, nomeadamente seis enfermeiros, um
médico, dois diretores técnicos (ERPI/UCC), nutricionista,
animadora sociocultural, psicóloga, dois fisioterapeutas,
terapeuta da fala, TOC, Serviços Operacionais e
Administrativos. Trata-se de uma equipa muito jovem e
proativa, desafiada em tornar a prestação de cuidados
humanizada e individualizada, numa intervenção
interdisciplinar, promovendo o bem-estar do utente. O
Provedor Luís Miguel Fonseca não esquece o propósito
de criação das Santas Casas, alicerçado nas catorze
obras da misericórdia. “Os objetivos da Irmandades e
das Santas Casas é fazer o melhor de si, pro-bono, em
prol do outro”, relembra o Provedor, acrescentando que
um dos processos que mais orgulho lhe deu foi trabalhar
o Compromisso Santa Casa.
O envolvimento com a comunidade
Há 10 meses como provedor da Santa Casa de Fornos
de Algodres, Luís Miguel Fonseca sente que devolveu a
Santa Casa a Fornos de Algodres. “Por uma Irmandade
Aberta” é assim que o Provedor tem assentado todo
o trabalho desta instituição, que hoje é uma estrutura
aberta à comunidade, com os idosos a participarem
nas iniciativas da região. A Feira do Queijo da Serra
da Estrela, Caminhada Solidária, o projeto “Tricota esta
Ideia – Uma Manta pelos Direitos dos Idosos”, são disso
exemplo. De salientar o sucesso da primeira Feira da
Saúde, onde foram realizadas avaliações de condição
física e de saúde em rastreios gratuitos de enfermagem
e outras, que mostrou a capacidade de intervenção da
Santa Casa na comunidade.
De momento estão a ser feitas obras de requalificação
nas infraestruturas para dar mais dignidade aos utentes.
O objetivo é rentabilizar o espaço já existente, que conta
com uma sala de fisioterapia, uma sala de psicologia,
sala de tratamentos, cozinha equipada, sala de convívio,
e quartos de topo apetrechados com casa de banho
individual, entre outros. De salientar, os dois quartos
(três camas) particulares autorizados pela Administração
Regional de Saúde do Centro para as pessoas que
estão em lista de espera para a Unidade de Cuidados
Continuados. A taxa de ocupação mostra o bom trabalho
que tem sido feito na Santa Casa da Misericórdia de
Fornos de Algodres, com o lar a ter uma ocupação de
19 utentes e a Unidade de Cuidados Continuados 20
utentes.
O futuro e novas valências
Como pessoa ativa na comunidade, tendo já sido
vice-presidente dos Bombeiros e vereador na Câmara
Municipal de Fornos de Algodres, o provedor Luís
Miguel Fonseca cedo percebeu que só duas valências
não chegavam para as necessidades do concelho.
Neste sentido, vão tentar abraçar mais valências,
nomeadamente na área da Educação, de que é exemplo
o ensino pré-escolar. Para além disso, são entidade
promotora, com um projeto de três anos, para trabalhar
em prol do emprego e da exclusão social, através do
Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento
Social de 3ª Geração (CLDS-3G).
Paralelamente, no decorrer do próximo ano de 2016,
é objetivo da ISCMFA comemorar o 350º aniversário
através de um programa vasto que contemple a história
desta Irmandade. Foi lançada uma coleção de selos
comemorativa desta efeméride, e está previsto ainda a
realização de várias palestras e a celebração de uma
missa com a presença do Bispo de Viseu, D. Ilídio
Leandro.
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AÇÃO SOCIAL
O Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de Avanca, está localizado em Avanca, no concelho de Estarreja, Distrito de Aveiro. Ele
tem desenvolvido ao longo de anos um trabalho social que oferece uma grande variedade de valências.
Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de Avanca
UMA INSTITUIÇÃO FUNDAMENTAL AO SETOR SOCIAL
A instituição tem desempenhado um papel
fundamental no bom funcionamento da região
em que está inserida, no que diz respeito as
necessidades sociais existentes. Na liderança
da instituição encontramos o Padre José Henriques da
Silva. Foi ele que deu vida a este projeto, que hoje, além
de uma realização é também uma necessidade que se
faz vital ao povo daquela terra. Conta-nos que chegou a
Avanca, há 26 anos atrás, e encontrou um projeto ainda
inicial que não estava definido quanto à valência, mas
que, entretanto, era uma grande obra. “Eu gostei sempre
de obras, isso é uma questão de família. A preocupação
que eu tive foi terminar aquela obra, estavam prometidos
doze mil contos, na altura, para fazer a obra, mas aquilo
não chegava para nada. Ela só foi possível de facto pela
adoção de uma administração rigorosa, pela ajuda das
empresas e também pela ajuda do povo que tem sido o
grande benemérito”, afirma o padre.
Atualmente como respostas sociais, a instituição tem:
creche, pré-escolar, centro de atividades de tempos
livres, lar para idosos, centro de dia, serviço de apoio
domiciliário, um banco de ajudas técnicas e a Unidade
de Cuidados Continuados e Lar Dr. Egas Moniz. Na
creche há um acordo para 42 crianças, numa faixa
etária de quatro meses a três anos de idade. A creche
dispõe de berçário, uma sala de aquisição de marcha
e uma sala de transição. A pré-escolar dispõe de duas
salas, com crianças entre os três e os seis anos, sendo
o acordo para 44 crianças que são orientadas por
dois educadores, apoiados por dois ajudantes de ação
educativa.
No C.A.T.L. (Centro de Atividades de Tempos Livres), há
35 crianças do primeiro ciclo mais dez do segundo ciclo.
No Lar há 50 idosos apoiados por uma equipa composta
de profissionais diversificados. O Padre José Henriques
afirma que a instituição tem que se adaptar aos idosos,
adotando sempre uma postura de respeito e de cuidado,
mas também considera fundamental a presença
da família para o bem-estar deles. “Antigamente, as
pessoas iam para o lar por falta de apoio da família.
Naquela época as famílias eram muito numerosas. Hoje,
há uma necessidade, porque as famílias são pequenas e
o idoso acaba por ficar sozinho em casa, pois os filhos e
netos precisam de trabalhar”, sublinha o Padre.
No Centro de Dia estão 20 idosos. “Penso que eles
estão felizes porque há uma interação, eles passeiam,
realizam atividades e isso tudo é muito importante para
não caírem no isolamento”, acrescenta o padre. O SAD
(Serviço de Apoio Domiciliário) é outra valência da
instituição que atende 35 idosos.
O mais novo equipamento da instituição é a Unidade
de Cuidados Continuados e Lar Dr. Egas Moniz. O novo
equipamento entrou em funcionamento no dia primeiro
de outubro, de 2014, e contou com a presença do
Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. O equipamento
tem 28 camas, sendo 25 protocoladas e três por conta
própria. “Houve aqui um requinte, posso dizer que
tivemos um requinte, os tetos são acústicos, todos os
quartos têm varanda, exceto quatro. Tanto no Lar como
nos Cuidados Continuados os quartos têm varanda”,
afirma o Padre que fala com entusiasmo das condições
que oferece aos utilizadores.
josé henriques da silvaPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGALTEMA
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inov
ar pa
ra c
resc
er
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Inovar é a palavra de ordem nas empresas e nos mercados altamente competitivos, onde as novidades
são aguardadas com expectativa, principalmente quando se trata de novas tecnologias. As empresas
precisam estimular a inovação entre seus colaboradores para poderem ser competitivas, visando crescer
e, principalmente, conquistar novos mercados, sempre ávidos de produtos e serviços que os surpreendam.
A competitividade alavanca progresso e faz com que desafios sejam estipulados, incentivando a participação
dos colaboradores, para usarem a criatividade descobrindo soluções inovadoras que levem a empresa a ter
fatores distintivos que a tornem líder no mercado. Num mercado cada vez mais globalizado e exigente é
necessário encontrar fatores de diferenciação para captar e fidelizar clientes. Para crescer de forma sustentada
e ganhar vantagem competitiva, as empresas têm de ser inovadoras e eficientes, prestando serviços de
elevada qualidade, potenciando os seus canais de distribuição e promovendo eficazmente os seus produtos.
A inovação marca o ritmo da civilização atual, por isso o desafio passa por transformar ideias novas em
resultados sustentáveis e a inovação passa muito pela internacionalização e pela ligação aos centros de saber.
O conceito de inovação deve extravasar as fronteiras da ciência e da tecnologia, campos intuitivamente
associados à inovação, e alargar-se a muitos outros domínios de atividade. A inovação tem de ser perspetivada,
fundamentalmente, como alavanca do desenvolvimento. As suas forças motrizes que, no essencial, são a
investigação, a tecnologia, a concorrência, a qualificação dos recursos humanos, bem como a organização
e a dinâmica de acesso à informação qualificada e estruturada, deverão interagir e articular-se em redes de
cooperação, na persecução de objetivos integrados, criando as condições e um ambiente propício a uma
cultura generalizada de inovação, catalisador, absolutamente, essencial da melhoria da competitividade de
uma sociedade, nos diversos campos de atividade, sendo certo que inovar exige a capacidade de antecipar
o futuro.
A insatisfação com o presente e a vontade de transformação num futuro diferente devem ser consideradas
as grandes forças renovadoras das empresas. Uma inovação sustentada pode estabelecer o sucesso e o
crescimento de uma empresa, seja qual for a sua dimensão e posicionamento no mercado. Em Portugal, a
procura pela inovação começa a ser uma realidade e resultado disso mesmo é o surgimento de uma política
para a inovação assente nos pequenos e médios empresários, que apesar das dificuldades, conseguiram
vingar num mundo tão competitivo como é o mercado de trabalho.
Nesta edição da Revista Business Portugal colocamos em evidência alguns exemplos de empresas que
têm valorizando o passado, vivendo o presente e pensando no futuro, adotando uma filosofia vanguardista,
estando sempre um passo à frente do seu tempo, tendo como linhas orientadoras para a prossecução dos
seus objetivos, a simplificação da criação de conhecimento e a criação e disponibilização de soluções de
qualidade. Estes ideais expressam a sua determinação em oferecer as soluções mais avançadas que vão ao
encontro das necessidades de uma sociedade em constante mudança e evolução. Estes valores basilares
encontram-se ainda representados na manifestação do seu empenho em continuar este percurso de contínua
inovação.
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REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAR PARA CRESCER
Reguengos de Monsaraz, em pleno Alentejo, foi eleita a Cidade Europeia do Vinho 2015 pela Rede Europeia de Cidades do Vinho, que
integra, além de Portugal, países como a Alemanha, Áustria, Eslovénia, Espanha, França, Hungria e Itália, todos reconhecidos pela
sua excecional produção de vinho. Dado o prestígio e reconhecimento da região e dos seus vinhos, conversamos com Miguel Feijão,
presidente da Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz - CARMIM.
carmim - vinhos
A IMPONÊNCIA DOS VINHOS
A CARMIM nasce em 1971 pela vontade de 60 viticultores de se agruparem, de modo a contornarem
a difícil situação económica que, à época, se vivia. “A partir daí, temos vindo sempre em crescimento
contínuo”, refere o presidente da cooperativa, salientando que o apoio de todos foi crucial para que a
CARMIM tivesse o estatuto e o reconhecimento que tem hoje.
Os vinhos da cooperativa já foram galardoados com mais de 300 prémios nos diversos concursos nacionais e
internacionais em que participaram. Para tal, contribui em muito a qualidade da matéria-prima, ou não estivessem
as suas terras numa região denominada de origem, sem esquecer o capital humano e o complexo agro-industrial
dotado da mais alta tecnologia. A mesma, permite a receção de um milhão e quinhentos mil quilos de uva por dia,
o armazenamento até 33 milhões de litros e o engarrafamento de 24 mil garrafas por hora, ou não fosse esta, uma
das adegas mais bem equipada da Península Ibérica.
Diferentes sabores
Sob as marcas ‘Monsaraz’, ‘Terras D’El Rei’ e ‘Reguengos’, a oferta dos vinhos CARMIM contempla cerca de 40
referências, oriundas de castas bem definidas, “que tentamos preservar desde início, se bem que foi necessário, a
uma certa altura, adaptar outras tipologias consoante iam surgindo pedidos de clientes”, explica Miguel Feijão.
A adega presenteia os seus clientes com vinhos brancos e tintos, que vão desde os mais jovens a reservas, sem
esquecer os licorosos, rosés e espumantes. Há ainda tempo para a produção de aguardente.
O nosso interlocutor faz ainda questão de frisar que a ‘disciplina’ imposta aos seus associados é um componente
fundamental para o sucesso da CARMIM. “Exigimos que tratem as suas vinhas de modo precavido, aplicando os
fitofármacos de um modo sustentável e cumprindo sempre as orientações dos nossos técnicos, bem como as dos
técnicos da Ateva, que connosco colaboram. É esta postura que nos tem permitido evitar qualquer falha na nossa
capacidade de produção e qualidade ao longo de todos estes anos”.
Cidade Europeia do Vinho 2015
Reguengos de Monsaraz foi eleita Capital Europeia
do Vinho 2015, desafio que a CARMIM recebeu, de
imediato, de braços abertos. Mas, revela-nos Miguel
Feijão, o mesmo não aconteceu com todos os produtores
da região. “Houve alguma desconfiança inicialmente no
que diz respeito a esta nomeação. Começamos apenas
com quatro produtores e há que referir o empenho e
apoio da Câmara Municipal desde o primeiro minuto.
Felizmente as pessoas e os produtores foram-se
apercebendo do quão bom isto poderia ser, e que, na
verdade, tem sido para Reguengos e a adesão foi-se
alargando ao longo do tempo”. O nosso interlocutor
faz questão de agradecer publicamente o trabalho
de todos aqueles que estão envolvidos no projeto,
“estão todos de parabéns e graça à Cidade Europeia
do Vinho, já podemos afirmar que existe enoturismo
em Reguengos de Monsaraz e isso é uma mais-valia
para todos”, completa. Questionado sobre se o projeto
alcançou as expetativas, o nosso interlocutor afirma que
a agitação que Reguengos viveu, no último ano, graças
a este projeto e em torno do mesmo, revelam que as
expetativas foram amplamente superadas.
miguel feijãoPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAR PARA CRESCER
A Carmim – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz surgiu em 1971, apostando na produção de vinhos e azeites. Volvidos 43
anos, a qualidade dos vinhos, a par dos azeites Carmim passou a ser sinónimo de excelência.
carmim - azeite
Azeites de excelência e qualidade
A produção de azeite é uma aposta
preconizada pela CARMIM desde a sua
fundação, numa lógica de produção para os
associados. Passados 43 anos, a produção
de azeite passou a ter uma visão comercial, seguindo
uma lógica de promoção e divulgação do produto, que
apesar da sua quantidade limitada, representa já cerca
de quatro por cento da faturação da CARMIM.
“É uma produção de excelente qualidade que neste
momento, está a ser divulgada juntos dos consumidores”,
Além-fronteiras
Falar nos vinhos do Alentejo é, forçosamente, falar
em Reguengos de Monsaraz. A zona é mundialmente
conhecida pela sua tradição vitivinícola e é responsável
por um terço do total da produção de vinho de
Denominação de Origem do todo o Alentejo que, por sua
vez, em 2013, representou 43 por cento do volume de
vendas da quota de mercado comercial nacional total.
Atualmente, no universo CARMIM, 20 por cento da
produção está destinada à exportação, sendo que o seu
mercado mais forte é a Polónia, seguindo-se o Brasil,
os Estados Unidos da América, Angola, França e Suíça.
desvendou Rodrigo Caeiro, membro da direção
Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz,
sublinhando que podemos encontrar os azeites CARMIM
em lojas da especialidade e lojas gourmet, no contexto
do mercado alentejano, no entanto avançou que esta é
uma área na qual a CARMIM quer crescer.
Os azeites CARMIM estão divididos em três gamas:
azeites Terras d’el Rei, disponível em embalagem de
cinco litros; azeites Monsaraz, disponível em embalagens
de três litros e garrafas de 0, 25 litros, 0, 5 litros e 0,
75 litros; e por último a gama azeites Reguengos, um
produto gourmet.
A nível de características organoléticas e sensoriais,
Rodrigo Caeiro salienta que os azeites CARMIM são
muito suaves, característicos das variedades que são
predominantes da região, nomeadamente, a Galega e
a Cobrançosa. “Essencialmente, 80 por cento da nossa
produção é da variedade Galega, são azeites suaves,
amendoados, dourados, macios, muito bons para
temperar e muito saborosos. Estas características são
francamente diferenciadoras em relação aos azeites
existentes na grande distribuição”, consubstancia,
destacando que o fator solo e o microclima são
determinantes nesta diferenciação.
Visão de futuro
A atual direção da Cooperativa Agrícola de Reguengos de
Monsaraz tem como objetivo a promoção e divulgação
dos seus produtos, “criando valor acrescentado,
permitindo assim que os seus associados obtenham do
esforço que dedicam a esta produção, um valor mais
correto que permita rentabilizar as suas estruturas”,
clarificou Rodrigo Caeiro.
Paralelamente, a CARMIM pretende aumentar a
capacidade de receção, bem como potenciar o próprio
relacionamento com os associados, para que estes se
sintam motivados para cuidar dos olivais e levem toda
a sua produção para a CARMIM. “Penso que, num
horizonte de cinco anos, estamos em condições de
conseguirmos aumentar a produção”, avançou.
Rodrigo Caeiro revelou ainda que a CARMIM apresentou
uma candidatura ao PDR 2020, para adquirir uma nova
linha de engarrafamento, no sentido de dar resposta
às encomendas, em termos de azeite engarrafado, e
melhorar os depósitos de armazenamento, com intuito
de cada vez mais garantir o cumprimento das normas
de higiene e segurança no trabalho vigentes.
A CARMIM tem ainda como desiderato proceder a uma
reestruturação das gamas, uma renovação da imagem
e a disponibilização de um sub-produto, que será o
galheteiro para entrar na restauração, “uma referência
que ainda não temos, juntamente com o vinagre, que
também vamos produzir”, revelou Rodrigo Caeiro,
sublinhando a aposta na modernização da estrutura da
cooperativa, que resulta da aplicação prática daquelas
que são as exigências do mercado, por forma a
demonstrar que Reguengos e a CARMIM não são só
vinhos, mas também azeites de excelência e qualidade.
rodrigo caeiroMembro da Direção
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAR PARA CRESCER
restaurante mauritânia real
artur moreiraSócio-Gerente
Um bom prato de marisco? Sim, por favorAberto há 20 anos, o Restaurante Mauritânia Real distingue-se, em Matosinhos, pela sua especialidade em marisco. Quem vai ao
restaurante encontra uma grande variedade de pratos tradicionais portugueses de qualidade e a bom preço, bem como um ambiente
familiar. Quanto aos pratos de marisco, estes são sempre preparados na hora.
Artur Moreira, sócio-gerente do Mauritânia Real está nesta casa desde a
sua abertura, “Sou um apaixonado pela restauração. Comecei muito cedo
e muito novo nesta atividade. Quando me foi feito um convite pelo grupo
Mauritânia para gerir esta casa eu aceitei de imediato. Desenvolvi-a ao
máximo, dando tudo de mim, todo o meu empenho e dedicação”, afirmou-nos Artur
Moreira.
De referir, que o Mauritânia Real é um dos cinco restaurantes, distribuídos por Leça da
Palmeira e Matosinhos, pertencentes ao grupo Mauritânia.
Com capacidade para 120 pessoas, sendo os lugares repartidos por dois pisos, os
preços dos pratos do Mauritânia Real variam entre os 12 e 13 euros por pessoa.
Pratos estes que, nas palavras do sócio-gerente, acompanham os tempos para ir ao
encontro dos gostos dos clientes.
Desde a sua abertura, o restaurante tem alternado entre picos altos e menos altos,
mas em todas as situações a gerência soube sempre reagir à situação em que se
encontrava. Artur Moreira explicou à equipa da Portugal em Destaque que “fomos
remodelando o espaço para ir ao encontro dos mais jovens para não permitir que o
restaurante envelhecesse com o cliente”. Fazendo assim, com que conseguissem dar
uma resposta capaz às situações de crise e captar um grupo de clientes mais jovens,
na faixa etária dos 30 anos, os quais “podem garantir mais 20/30 anos de fidelização
à casa”, afirma Artur Moreira. E adianta, “fomos crescendo e quando a crise chegou
e se acentuou já estávamos equilibrados e preparados para aguentar toda esta fase”.
Situado numa zona central da cidade de Matosinhos, o Restaurante Mauritânia Real
está aberto todos os dias do ano das 12h às 00h30, com serviço de restauração,
snack-bar e take-away e com parque de estacionamento privativo. Os pratos mais
procurados no Mauritânia Real são o bacalhau à Mauritânia, frito com cebola, presunto
e uma camada de maionese, acompanhado de batata frita, a francesinha e os já
famosos preguinhos em pão. O arroz de lagosta e o arroz de marisco também são os
pratos ex-libris desta casa.
A qualidade do Mauritânia Real prima-se, igualmente, pelo tratamento que é dado
ao cliente, “tentamos fidelizar o nosso cliente e sempre que chega um cliente novo,
queremos que goste do nosso serviço e do nosso atendimento para que volte uma
segunda vez. E se voltar, temos de estar extremamente atentos porque significa
que gostou de alguma coisa. É um teste e temos de corresponder de novo às suas
expectativas”.
Assim, o restaurante Mauritânia Real é uma casa com um número considerável de
clientes habituais de há muitos anos e bastante reconhecido em Matosinhos. A equipa
também é ela constituída por 19 pessoas com bastantes anos de casa que vão
mantendo as receitas tradicionais, mas evoluindo conforme a necessidade, “há alguns
pratos que temos de manter porque são a imagem da casa, mas a ementa foi-se
adaptando com o tempo e com a procura que se tem sentido na cidade”, explica-nos
o sócio-gerente.
Para além de uma página no facebook e do site do restaurante, Artur Moreira considera
que a divulgação da casa e dos seus serviços é feita maioritariamente pelo ‘boca a
boca’. “A imagem da casa, a imposição da nossa qualidade e do nosso serviço é o
suficiente para divulgarmos o Mauritânia Real”.
Quanto ao futuro do Restaurante Mauritânia Real, “para já não tenho nenhum projeto
em cima da mesa mas posso dizer que não vou ficar por aqui. Todos nós temos
sonhos e projetos. E eu sou um ambicioso”, conclui Artur Moreira.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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O aumento das responsabilidades levou à divisão da Carlos A. S. Marques, Lda, resultando em duas empresas, com funções distintas.
Uma dedica-se à contabilidade e outra, a OlivaisGest trabalha, desde 2009, no ramo da administração e gestão de condomínios. Mas a
experiência na área começou, em 1999, altura em que a empresa de Carlos Marques passou a gerir as primeiras frações. Fomos ouvir
o protagonista de mais um negócio de sucesso, regido pela honestidade e competência.
OlivaisGest – Administração de Condomínios
“A formação e a regulamentação são fundamentais”
O prédio onde está situada a sede da
OlivaisGest foi o primeiro que a empresa teve
a cargo, enquanto responsável na gestão e
administração de condomínios. O sucesso
levou a que, mais tarde, tivessem mais solicitações,
levando ao crescimento do negócio. “Começámos por
ser um gabinete de contabilidade com a designação
de Carlos A. S. Marques, Lda, fundado em 1978.
Em 1994, estreámos este edifício, ao fim de dois
anos, fomos convidados para fazer a contabilidade do
condomínio, em troca do pagamento da quota. Anos
mais tarde, passámos a fazer também a gestão e já lá
vão 16 anos. Depois, começámos a ser convidados para
fazer mais condomínios na zona dos Olivais”, relata o
administrador da OlivaisGest, Carlos Marques. No final
de 2009, o acentuar do trabalho levou a que a empresa
fosse dividida em duas, surgindo a OlivaisGest, com
sede em Lisboa, ao lado da Gare do Oriente. Atualmente,
administra cerca de 60 condomínios, a maioria na Grande
Lisboa, fora desta região “temos um em Sesimbra e
outro no Estoril, não trabalhamos com condomínios fora
desta zona, porque o custo da deslocação faria subir o
preço dos nossos serviços”, esclarece o administrador.
Quando a OlivaisGest foi criada, a administração decidiu
“admitir pessoal e fazer formação específica. Temos dois
gestores de condomínios, um administrativo e contamos
ainda com os Contabilistas Certificados, que apoiam na
contabilidade. Trabalhamos com uma rede de parceiros,
para a limpeza e manutenção dos edifícios”, acrescenta
o nosso interlocutor. A empresa assegura a coordenação
dos procedimentos da área administrativa, a cobrança
de quotas, o pagamento a fornecedores, o cumprimento
dos regulamentos em vigor, a manutenção e o controlo
das contas bancárias dos condomínios, apresentando a
contabilidade de forma transparente. Questionado sobre
o panorama do setor, Carlos Marques entende que “a
atividade da gestão de condomínios está a atravessar
uma fase semelhante à que atravessou a contabilidade
há cerca de 25 anos. Temos pessoas que não têm
competência para isto, há pessoas desonestas no ramo,
mas também há pessoas sérias (a maior parte) que
estão a tentar lutar pela profissão. A atual direção da
APEGAC tem sido bastante proativa, através de ações
de formação, que antes não existiam. A associação
tem tentado lutar pela regulamentação. Há dois pilares
importantíssimos nesta atividade, são eles: a formação
contínua dos profissionais e a regulamentação, sem isto
não há crescimento”, remata o entrevistado. No que
diz respeito ao peso que o setor tem na economia, o
responsável da OlivaisGest explica que “o mercado ainda
é pequeno, as empresas de gestão de condomínios não
representam uma grande fatia no mercado, daí que não
seja dada a devida atenção ou importância por parte
das entidades oficiais”, considera. Projetando o futuro,
a OlivaisGest vai continuar a apostar na “formação
contínua dos colaboradores e num crescimento
e evolução sustentados, onde o passa palavra é
fundamental. Queremos continuar a ser a empresa séria
e de competência, que somos hoje”, finaliza Carlos
Marques, administrador da OlivaisGest.
carlos marquesAdministrador
INOVAR PARA CRESCER
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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Habitalimpa é uma empresa pioneira na Gestão e Administração de Condomínios. Um trabalho feito com dedicação, honestidade e
satisfação, é desta forma que funciona a Habitalimpa, uma das empresas mais notórias e respeitadas do setor de Gestão e Administração
de Condomínios.
habitalimpa
UMA EMPRESA QUE MARCA A DIFERENÇA
Criada em 1982, surge fruto da sensibilidade
de Vitorino Saraiva Gomes, um homem
empreendedor que fala com amor de sua
empresa e do trabalho que desenvolve há 33
anos. “Aqui toda gente nos conhece, sabem a maneira
como trabalhamos, somos uma empresa honesta e de
confiança, razão porque temos uma boa carteira de
clientes. Isto é um serviço simpático, contactamos com
muita gente e aprendemos com eles e eles também
apreendem connosco”, afirma.
Com um sorriso no rosto e suavidade no uso palavras,
Saraiva Gomes fala-nos de como iniciou o seu
empreendimento, numa época que a zona de Telheiras,
onde tudo começou, era um lugar problemático.
“Quando eu cheguei cá, vindo do Porto, não tínhamos
segurança, não havia luz, nem telefone, vivíamos
uma situação preocupante”, afirma. Mas apesar das
adversidades existentes, o nosso interlocutor não
desanimou e colocou-se, de imediato, a pensar no que
poderia fazer para favorecer o seu bairro e, ao mesmo
tempo, ganhar a vida. “Depois de fazer um estudo de
mercado pensei nesta área. Na altura, os primeiros
clientes que eu contactei ficaram encantados, porque
viram um problema resolvido que dificilmente seria mais
Saraiva GomesAdministrador
INOVAR PARA CRESCER
53
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
bem resolvido por eles”, diz.
A empresa presta serviços de limpeza e de administração,
gestão e manutenção de condomínio, atuando com
planos contratuais específicos às exigências de cada
condomínio. O gerente da empresa, Ricardo Antunes,
conta-nos que a empresa presta um serviço diferente,
pois na Habitalimpa o gestor do condomínio ocupa-
se prioritariamente com a constante visita aos prédios.
Assim, conseguem mais facilmente identificar as
possíveis necessidades existentes. Desse modo, o
gestor não fica sobrecarregado com outras atividades
e está sempre atualizado sobre o que se passa no
condomínio que gere. “Na nossa empresa, o gestor
andar na rua, quando há uma infiltração numa casa ele
desloca-se à mesma, vai acompanhar a companhia de
seguros, fala com o morador e vai conhecer o local.
Isso é uma grande diferença das outras empresas,
porque conhecemos o problema e a pessoa”, completa.
O gerente explica ainda que este trabalho só é possível
porque a empresa está organizada num sistema de
trabalho que permite uma divisão de trabalho por setores,
assim o gestor não necessita tratar de pagamentos no
banco ou enviar cartas ao correio.
Na área da limpeza, a empresa oferece uma variedade
imensa de serviços, como por exemplo, limpeza
de condomínios, escritórios, garagens, fachadas,
apartamentos, obras, desentupimento, desinfeção de
condutas do lixo, desentupimento de caixas de esgoto
e limpeza de coberturas e caleiras. “Temos cerca de
36 colaboradores na área de limpeza que formam
uma equipa qualificada, trabalhando com os melhores
produtos, utensílios e uma maquinaria moderna.
Além disso, temos a porta aberta e quando há algum
problema tentamos resolver logo, porque não somos
perfeitos, mas tentamos ser”, completa Saraiva Gomes.
Atualmente, a Habitalimpa administra 170 condomínios
que estão distribuídos em Telheiras, Odivelas e Lisboa.
O número impressiona, sobretudo, porque 60 por cento
deles estão administrados pela empresa há 33 anos, ou
seja, desde do início da sua atividade. “O sucesso veio
do trabalho de qualidade, da confiança, da honestidade
e da sinceridade para com os nossos clientes, portanto,
foi aí o nosso maior sucesso. A nossa maior publicidade
tem sido feita pelos nossos clientes, penso que esta é a
melhor publicidade”, acrescenta Saraiva Gomes.
Outro fator que pode explicar o sucesso da Habitalimpa
é a relação de proximidade que estabelece com seus
clientes, pois além de prestar os serviços utilitários
há sempre um espírito de amizade posto em cada
contacto. “Os nossos condóminos por vezes não vem
tratar de assuntos do condomínio, mas procuram-nos
para desabafar sobre a própria vida, consideram que
temos experiência e por isso somos bons conselheiros”,
completa.
A empresa considera que além do profissionalismo e da
seriedade também é necessário que haja sensibilidade
para trabalhar neste setor, pois há diferentes perfis de
clientes com níveis económicos distintos. Destaca ainda
que há muitas empresas que se lançam nesta atividade
por pensarem que é um trabalho fácil, no entanto, é
uma atividade complexa e morosa. “Isto é uma atividade
que requer dedicação, há muitos problemas, mas com
a experiencia que temos sabemos resolver todas as
situações. Isto é acima de tudo uma atividade que nos
alegra”, coloca Saraiva Gomes. De portas abertas à
comunidade, a empresa coloca-se a inteira disposição
para tirar qualquer dúvida sobre o setor.
INOVAR PARA CRESCER
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAR PARA CRESCER
O IDEFE (Instituto para o Desenvolvimento e Estudos Económicos, Financeiros e Empresariais, SA) criado em 1993 tem como objectivo
desenvolver a ligação do ISEG às empresas, à administração pública e com a sociedade em geral, designadamente através da formação
pós-graduada, dos cursos de curta duração para executivos e ainda na prestação de serviços de consultoria nos mais variados setores
de atividade.
IDEFE – ISEG
Aposta em formações com conteúdos inovadores
Qual o principal propósito do IDEFE – ISEG?
Os programas formativos do IDEFE visam aprofundar
as competências técnicas e de gestão dos seus
participantes, que inclui cerca de 30 cursos de Pós-
Graduação, um MBA com acreditação da AMBA e vários
cursos de formação para executivos com temáticas
muito especificas.
O que diferencia o IDEFE – ISEG dos restantes
institutos a nível nacional?
O ISEG é mais antiga escola de Economia e Gestão
em Portugal, mas ao longo dos anos, o ISEG procurou
sempre manter uma posição de liderança entre as
escolas universitárias nacionais, através das unidades
de investigação, e da regular atividade de prestação
de serviços de alta qualidade aos agentes económicos
da sociedade em que está inserido. Desenvolveu,
igualmente, importantes laços de intercâmbio científico
e cultural internacional. Para além disso, o ISEG
procura inovar na forma e nos conteúdos da formação,
oferecendo cursos de pós-graduação cada vez mais
orientados para uma realidade empresarial internacional.
Em que áreas incidem a vossa oferta?
O ISEG, através do Idefe, disponibiliza cerca de
30 pós-graduações, algumas com foco setorial
(exemplos: Winebusiness, Agribusiness, Gestão e
Avaliação Imobiliária, e Administração de Organizações
Religiosas), e outras especializadas por área científica
(exemplos: Análise Financeira, Economia, Marketing,
Sales Management, Gestão de Projetos, e Contabilidade
e Fiscalidade).
Disponibilizam pós-graduações, MBA, CEDE e
formações executivas. É possível esclarecer-nos
um pouco sobre as mais-valias de cada uma
destas áreas?
A experiência no mercado de trabalho exige conteúdos
focados em áreas científicas ou em setores de atividade.
equipa do iseg
As Pós-graduações, o MBA e os Cursos Executivos são apropriados para quem quer
aprofundar os conhecimentos. Anualmente, o ISEG tem cerca de 700 alunos em cursos
executivos.
Por exemplo, o MBA ISEG destina-se primariamente ao middle management, ou seja, ao
corpo directivo que ocupa uma posição central nas organizações, e em particular àqueles
executivos que, estando nessas posições centrais, aspiram a ascender na carreira, e por
conseguinte necessitam de aumentar as suas competências em várias vertentes.
Uma recompensa intrínseca com a formação num MBA é a atualização e aquisição
de várias competências destinadas a aumentar a eficácia do trabalho dos gestores. O
desenvolvimento das soft skills em liderança e gestão eficaz de equipas, por seu lado,
permite aumentar as competências não-técnicas essenciais para se vir a assumir posições
de maior estatuto e relevo nas organizações. Por fim, as unidades curriculares destinadas à
gestão da mudança, inovação e empreendedorismo, têm como propósito a criação de uma
atitude orientada para a transformação criativa nas organizações e indústrias portuguesas.
Para os profissionais e executivos, que dispõem de pouco tempo e pretendem resolver
lacunas específicas de conhecimento e competência, o ISEG oferece cursos de Formação
Executiva com menos horas, em horários pós-laborais, que vão de encontro às restrições
profissionais. Exemplos são “Finanças para Gestores não Financeiros”, “Futuros Opções e
Swaps”, “Fast-track MBA”, e o “Luxury Brand Management”.
Qual a importância da contínua formação nos profissionais portugueses?
Presentemente, investir em formação contínua, pode ser um adjuvante profissional, pois
permite obter competências em áreas específicas, em alguns casos complementares à
licenciatura, ou adquirir know-how noutra área de estudo, o que se traduz em vantagens
competitivas quer para uma carreira já consolidada ou ainda no seu início.
Independentemente do patamar académico ou profissional de cada um, apostar
em formação é sempre uma escolha acertada, pois representa um investimento com
impacto muito positivo junto dos empregadores. O próprio contexto de crise em que nos
encontramos, com menor oferta de emprego, impõe uma ‘seleção natural’ favorecendo os
que possuem mais formação.
Há a noção da mais valia da formação contínua num mercado de trabalho cada
vez mais competitivo? Porque devem optar pelo IDEFE para a sua formação? O
que vos distingue das restantes instituições?
O mercado tende a procurar cada vez mais indivíduos que se diferenciem dos demais, i.e.,
não é suficiente possuir uma boa formação académica de base e ser um bom técnico.
A globalização veio forçar a diferenciação, e nesse sentido, as organizações valorizam
cada vez mais, a par dos conhecimentos técnicos, as competências sociais de cada um. O
desenvolvimento de competências interpessoais, como espírito de liderança, capacidade
de comunicação, gestão do tempo, e de trabalho em equipa, entre outras, são muito
valorizadas e podem fazer a diferença num CV.
Quais as estratégias para se conseguir desenvolver a relação da escola com as
empresas?
O ISEG pretende continuar a estender a cadeia de valor do ensino para o serviço pós-
formação, procurando ajudar o desenvolvimento das carreiras profissionais dos nossos
alunos e ex-alunos.
Por onde passa o futuro do IDEFE – ISEG?
Naturalmente, o foco passará a nível nacional por apostar em formações com conteúdos
inovadores e que proporcionem soluções à medida para os executivos e para as empresas.
A internacionalização será muito provavelmente outro percurso a desenvolver, quer seja,
através da oferta formativa local para alunos estrangeiros lecionada em português ou
inglês, ou por outro lado, mediante a realização de cursos no exterior em função das
realidades locais.(+351) 213 925 813
|
MBA ISEG 33ªed (2016-2018)
Candidaturas AbertasCondições Especiais até 31 de Dezembro
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
MBA_Nov.pdf 1 16/11/2015 17:41:19
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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Desde há quase uma década que a Growtrade inova nas soluções de Gestão, Web e Mobilidade, assente numa política de capital
humano, situação que tem garantido grande estabilidade, quer na estratégia quer na estrutura empresarial.
growtrade
o seu crescimento é o nosso negócio
Qual a génese da GROWTRADE e qual o seu
posicionamento estratégico?
Júlio Maia de Matos (Director Comercial) - A mobilidade
é uma realidade presente na necessidade das empresas
há vários anos e os colaboradores da Growtrade, há mais
de 15 anos, que desenvolvem soluções de mobilidade,
garantindo-nos a pole position do desenvolvimento de
software focado nesta vertente, com muito trabalho e
excelentes profissionais.
Qual é o core business da GROWTRADE e quais as
principais áreas de competência?
Luís Nina (CEO) – Desenvolvimento e implementação
de soluções informáticas de gestão transversais e
integradas. A Growtrade conta com um vasto conjunto
de competências e, nesta medida, temos implementado
projetos em áreas que passam pela mobilidade (auto
venda, pré-venda, assistência técnica e vending e apps
empresariais) a soluções globais de gestão (ERP’s)
com a informatização de processos, tais como gestão
de retalho, fabricação, comerciais e fidelização (CRM),
logística (WMS e logística de alto impacto), entre outros.
A ligação da Growtrade ao conhecimento, objetivos e
necessidades dos clientes, levou ainda à coordenação
da implementação de projetos de Business Intelligence
e BPM (Business Performance Management), no sentido
de associar a informação à tomada de decisão quer
operacional quer estratégica.
Quais as soluções disponibilizadas pela
GROWTRADE e quais as suas vantagens
competitivas?
LN - São inúmeras as soluções disponibilizadas pela
Growtrade, sobretudo porque se baseiam em produtos
altamente customizáveis, permitindo tornarem-se um
“fato à medida” de cada cliente.
JMM - A Solução de Mobilidade do Vending foi
concebida para simplificar e agilizar as operações
de gestão e controlo das máquinas de vending. Uma
das principais vantagens da sua utilização é o nível de
rapidez que assegura nas operações de abastecimentos,
permitindo realizar rotas mais longas, sempre em
modo offline, a sincronização da informação recolhida
é efectuada a qualquer altura, sem a necessidade de
ligação permanente a dados móveis.
A integração da solução Growtrade com os moedeiros
adiciona ao controlo total de stocks o confronto com
o controlo dos valores recebidos nos moedeiros,
verificando assim os desvios que normalmente existem.
Através do software, a empresa tem a possibilidade da
gestão do parque de máquinas, definição de rotas, bem
como um conjunto elevado de análises que vão desde a
rentabilidade por máquina, aos produtos mais vendidos,
valor de inventário, taxa de quebras, entre outras.
Aliados aos seus produtos, a GROWTRADE oferece
um conjunto de serviços de qualidade nas áreas
da Consultoria, Formação e Desenvolvimento. Em
que consistem concretamente estes serviços?
JMM - Os nossos serviços vão desde a consultoria ao
nível de sistemas de informação, onde passamos a ser o
diretor informático dos clientes, até ao desenvolvimento
de ferramentas, sites, apps que identificámos como
sendo críticas para as organizações.
Qual a importância das parcerias estabelecidas
pela GROWTRADE?
LN - Um dos nossos valores é a procura incessante pela
excelência. Acreditamos em parcerias como espaços de
intensa aprendizagem e partilha de experiências, onde a
especialização e know-how de cada parceiro permitam
criar valor para os nossos clientes.
Quais os valores adotados pela GROWTRADE
que têm permitido seguir um rumo de afirmação
empresarial?
JMM - A capacidade de criar satisfação aos nossos
clientes, através da melhoria dos seus processos,
da funcionalidade dos seus meios humanos, do
conhecimento que as ferramentas lhe disponibilizam
para uma gestão e crescimento do seu negócio.
Que objetivos estão nos horizontes da
GROWTRADE?
LN - O nosso futuro passa por continuar a apoiar os
nossos parceiros a nível nacional, e ajudando no suporte
às suas operações a nivel internacional, com a expansão
dos nossos serviços.
JMM – Cimentar a posição da Growtrade noutras áreas
além do Vending, Assistência Técnica e Manutenção,
Field e Trade Marketing, é o objetivo para 2016.
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Alvaiázere é uma vila portuguesa conhecida internacionalmente como a Capital do Chícharo. Marcada pelas características da sua
paisagem e pelos seus relevos calcários do maciço do Sicó, a sua biodiversidade e qualidade ambiental são alguns dos fatores que
merecem destaque e atenção como mote de desenvolvimento local. Mas muitos são os projetos que Célia Marques e o seu Executivo
têm para o progresso e crescimento de Alvaiázere.
município de alvaiázere
A capital do chícharo
É com orgulho na voz que Célia Marques fala
de Alvaiázere, ou não fosse esta a vila que
a viu nascer e crescer. Deixou a sua terra
para estudar, mas depressa sentiu ser a hora
de voltar e fazer algo por Alvaiázere. Primeiro como
arquiteta, atualmente como presidente da Câmara
Municipal, Célia Marques tem visto esta ‘Terra de Sicó’
ganhar um novo alento.
“Alvaiázere é uma terra muito particular. Temos uma
paisagem singular, fruto do nosso património cársico,
mas também da maior mancha de carvalho cerquinho da
Europa”, refere a nossa interlocutora, sem esquecer de
fazer menção à “luz diferente que existe em Alvaiázere”.
O seu solo calcário propicia a existência de inúmeras
outras espécies vegetais e animais, de que se destacam
as orquídeas selvagens e as oliveiras milenares.
Chícharo a festival
Localizada exatamente na transição entre o litoral e
o interior, Alvaiázere tem ganho relevo no panorama
nacional, graças a um alimento característico da região,
o chícharo. Com honras de festival gastronómico, esta
leguminosa foi muito popular em épocas remotas. “Foi
a convite de dois alvaiazerenses que surgiu o festival.
Assim que apresentaram o projeto à Câmara Municipal,
o mesmo foi imediatamente aceite”, refere a nossa
interlocutora. “O festival conta já com 15 edições e tem
sido muito gratificante perceber que a população e o
comércio local têm aderido à iniciativa”. Aquando do
festival, são lançados alguns concursos gastronómicos
com a utilização deste produto, de onde já nasceram
doces e salgados à base de chícharo. Mas, afinal, o
que é o chícharo? “O chícharo, também conhecido por
‘xíxaras’, é uma leguminosa muito rica em proteínas,
hidratos de carbono e sais minerais, cultivada desde
épocas remotas como um legume comestível. Em
Alvaiázere é muito utilizado nas migas, acompanhadas
com azeite, couves e broa”.
Mas outras produções têm ganho destaque na região,
nomeadamente a oliveira para a produção de azeite
“de uma qualidade superior graças ao nosso solo
característico, muito rico em calcário”, mas também
frutos vermelhos e ervas aromáticas. “Os nossos
produtores já recebem encomendas de todo o país, têm
vindo a crescer significativamente”, refere a edil.
Turismo em ascensão
Com uma aposta forte no turismo, e inserido no projeto
‘Alvaiázere – Património Gerador de Riqueza’, que
contempla 11 antigas escolas primárias e um antigo
forno de cal, todos desativados, a Câmara Municipal
procedeu para já à requalificação de quatro antigas
escolas primárias centenárias e transformou-as em
mini unidades de alojamento e centros de interpretação,
cada um dedicado a um tema diferente. “Cada
escola é completamente diferente das outras, a única
obrigação a que nos impusemos foi manter a fachada
exatamente como a original”, refere. “Em vez de deixar
este património ao abandono, vender a particulares ou
ceder a associações, a Câmara decidiu recuperar as
escolas e reconvertê-las em espaços de turismo de
habitação”. De referir que as escolas foram entregues a
quatro arquitetos diferentes, todos eles residente ou com
origens em Alvaiázere.
Estes são apenas algumas das razões para marcar uma
visita a Alvaiázere na sua agenda.
célia marquesPresidente
INOVAR PARA CRESCER
Bem próximo de Penafiel, a freguesia de Guilhufe e Urrô nasce da recente reforma administrativa, sendo uma das mais populosas
do concelho. Vitorino de Oliveira, outrora presidente da antiga freguesia de Guilhufe, cumpre este seu mandato com espírito de
responsabilidade, mas igualmente ciente de que tem feito tudo em prol dos seus fregueses, como comprovam as obras e projetos já
realizados nestes dois primeiros anos de mandato.
junta de freguesia de guilhufe e urrô
Exemplo de união e proximidade
Ao contrário de muitas uniões de freguesias,
este é um caso de sucesso. O nosso
interlocutor elucida que esta união foi
benéfica para ambas as freguesias, “até
porque as gentes de Guilhufe e Urrô foram sempre
muito próximas, elo que não se sentiu uma perda de
identidade, como aconteceu em várias freguesias do
país”.
Fazendo um balanço destes dois primeiros anos de
mandato, Vitorino de Oliveira refere as obras mais
importantes que estão já concluídas, e que tanta falta
fazia aos habitantes de Guilhufe e Urrô. “Fizemos várias
obras de reparação da pavimentação das estradas da
freguesia, assim como a construção de passeios, alguns
muros e também sinalização e colocação de passadeiras.
Mas das obras mais importantes e que estão finalizadas
é a questão do saneamento e das águas pluviais”, refere
o edil. Algumas pinturas exteriores e a iluminação das
estradas completa o rol de obras já concluídas. Mas há
muitos mais projetos para este Executivo.
Projetos a curto prazo
A construção da Casa da Associação para o Centro de
Dia é ATL da freguesia é já uma certeza deste Executivo
para os seus fregueses. Com a elaboração deste projeto,
a freguesia contará com um belo e funcional edifício
para acolher a população mais idosa, no seu centro
de dia, mas também os mais novos, em ATL, além de
outras valências que aqui terão lugar, nomeadamente o
apoio domiciliário.
“Esta é uma obra da comunidade e que vai ao encontro
e anseio de todos, pelo que todos vamos ser necessários
para a sua concretização”, refere Vitorino de Oliveira.
O edil, assim como o seu Executivo, está ciente de
que esta obra é um grande desafio, uma vez que é
necessária a intervenção de todos. “Contamos com
o apoio incondicional e imprescindível da Câmara
Municipal, assim como à paróquia, na pessoa do senhor
Padre, que cedeu à freguesia o território onde este
empreendimento crescerá”.
A requalificação da Avenida Central de Guilhufe é
também uma ambição deste Executivo, projeto esse
que tem já o aval das entidades competentes. Assim,
esta Avenida, parte da Estrada Nacional 15, sofrerá, em
breve, uma duplicação das vias, construção de passeios
e ainda uma rotunda, num investimento total de cerca de
três milhões de euros. “Com a localização do hospital na
freguesia e o grande afluxo de ambulâncias, a saída da
A4, a zona industrial e a zona comercial existente e com
o início da entrada da cidade, assim como o facto de
muitas pessoas se deslocarem da Estação de Paredes
para o hospital, é de uma importância vital a construção
de passeios para uma maior segurança dos peões, uma
vez que as bermas existentes não oferecem qualquer
segurança devido ao tráfego que ali circula diariamente”,
refere o presidente da Freguesia de Guilhufe e Urrô.
A romaria de S. Simão
A 28 de outubro, Urrô enche-se de gente para honrar o
S. Simão. Milhares de pessoas percorrem os caminhos
do concelho a pé até chegarem à Capela de S. Simão
para o pagamento das suas promessas. A feira que
decorre durante uma semana já não tem a dimensão
de outros tempos, mas continua a ser uma das tradições
mais conhecidas do concelho de Penafiel. Este Santo
Apostólico é, segundo os crentes, especialmente eficaz
contra os cravos (verrugas da pele) e em defender as
populações das trovoadas.
Aproveite ainda para visitar a Igreja Matriz de Guilhufe e
a Igreja Matriz de Urrô, além do miradouro no S. Simão
e as capelas de S. Brás e da Póvoa.
vitorino de oliveiraPresidente
REVISTA BUSINESS PORTUGALINOVAR PARA CRESCER
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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No concelho de Nazaré, encontramos a Freguesia de Famalicão com cerca 21,8 km2 e 2000 habitantes. A Revista Business Portugal
fez uma visita a esta terra dotada de uma natureza exuberante.
Freguesia de Famalicão de Nazaré
FREGUESIA COM GRANDE POTENCIAL TURÍSTICO
Uma combinação única de paisagens
fascinantes, ar puro e integração com a
natureza, a Freguesia de Famalicão é tudo
isto, e ainda mais. Aqui, o visitante poderá
encontrar além das belezas naturais, uma gente solícita
que recebe o visitante com simpatia.
O presidente da Junta de Freguesia, José Filipe, conta-
nos que a freguesia tem uma área de floresta e outra de
mar, além da pitoresca zona de São Gião. Reconhecidas
pelo potencial turístico, estas zonas ainda estão pouco
desenvolvidas. “Temos aqui muitas casas antigas que
poderiam ser reabilitadas em função do turismo rural, o
que poderia gerar cerca de 1.500 empregos. No verão,
Famalicão fica sem casas para alugar, pois a procura é
grande”, afirma.
A praia do Salgado é um dos principais recantos de
beleza e de bem-estar da freguesia. Esta fica protegida
ao norte, pela Serra da Pescaria, e ao sul pela Serra
dos Mangues, e oferece, além da tranquilidade, uma
natureza propícia à prática de asa delta e do parapente.
A água balnear da praia foi distinguida com o certificado
‘Qualidade de Ouro’, pela associação ambientalista
Quercus. O certificado reconhece a qualidade de
excelência da água balnear. A praia do Salgado encanta
rapidamente aqueles que por lá passam por suas areias.
A Igreja de S. Gião, localizada na Quinta de São Gião,
é outro importante monumento turístico e histórico.
Classificada como Património Monumento de Interesse
Nacional, a antiguidade da igreja foi destacada, pela
primeira vez, por Frei Bernardo de Brito, no seu livro
‘Monarquia Lusitana’. O livro faz referência às várias
inscrições romanas existentes na igreja. É também
considerada um templo visigótico pelo escritor Eduíno
Borges Garcia. Assim, a igreja constitui-se num relevante
marco da história da sociedade ocidental que merece
ser conhecido.
No entanto, a igreja encontra-se, neste momento,
fechada por necessitar de uma restauração. “Existe um
projeto de restauração em curso que será desenvolvido
a partir de recursos do fundo comunitário. Temos a
perspetiva que em 2016 teremos a abertura do quadro
comunitário”, completa o presidente da freguesia.
O visitante pode ainda aproveitar a área de floresta
da freguesia para realizar caminhadas, piqueniques
e passeios. “O turismo tem várias vertentes. Temos o
turista que prefere a agitação, e outro que prefere o
ambiente da natureza. O turismo é uma aposta de futuro
que tem de ser colocada em prática”, afirma o secretário
da Junta da Freguesia, José Marques. A região tem
como base económica a agricultura e a fruticultura. Há
também, em significativo crescimento,a indústria de
anabela gomes, josé filipe e josé marquesTesoureira, presidente e secretário
INOVAR PARA CRESCER
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
61
fibras de madeira.
Numa viagem a esta terra, deve também reservar um
tempo para conhecer a vida portuguesa, as festas
populares que acontece ao longo do ano, regadas
pelo bom vinho e os bons sabores da região. “Temos
aqui a festa de Nossa Senhora da Vitória e a Festa das
Tasquinhas no qual os visitantes podem conhecer as
coisas típicas da nossa região” completa o presidente.
No campo da educação encontramos a Universidade
Sénior de Nazaré – Polo de Famalicão, que funciona
nas antigas instalações da Junta da Freguesia. “Estamos
a auxiliar os idosos da nossa freguesia no transporte.
Assim, fazemos o seu transporte para as aulas de
ginástica e de natação”. A junta também disponibiliza
o transporte para as crianças do pré-escolar e do 1º
ciclo sem nenhum custo. “Hoje, este transporte é
fundamental, pois temos uma freguesia muito dispersa,
assim os pais ficam sossegados”, finaliza o presidente.
No plano da saúde , a Freguesia de Famalicão conta
com um polo da Unidade de Saúde Familiar Global da
Nazaré com consultas de Medicina Geral e Familiar,
Diabetes e Hipertensos.
A Freguesia de Famalicão têm como futura ambição, a
expansão do espaço físico do Polo de Saúde, e garantir
os cuidados de saúde primários na Freguesia, com
todas as valências exigidas pelas OMS, nomeadamente
saúde materno-infantil.
No campo cultural, pode conhecer a Orquestra Juvenil
da Freguesia que fomenta e promove o ensino da
música a custos muito reduzidos, permitindo fazer
apresentações em eventos e nas procissões realizadas
no verão. Segundo o presidente, a Freguesia protocolou
uma importante iniciativa em conjunto com um
agrupamento de escolas. A ação consiste na presença
do maestro nas escolas primárias, a fim de incentivar a
prática da música.
Ainda no campo cultural,pode contatar mais de perto
com o Agrupamento de Escuteiros nº 924, que existe
na freguesia há mais de 27 anos, o qual está inserido
no núcleo escutista do Oeste e na Região de Lisboa.
O escutismo na nossa localidade surge como
consequência do método escutista, contribuindo para
a educação dos nossos jovens, seguindo valores que
estão patentes na Lei e Promessa escutistas, onde
cada um se sinta realizado como indivíduo tendo um
papel positivo e de construção da sociedade em que
coabita. Só assim, envolvendo os jovens na realidade
local e fazendo deles parte ativa, se consegue colocar
em prática o método escutista idealizado há mais de um
século por Robert Baden-Powell.
O Agrupamento 924, prima por ter atividades próprias
de escutismo católico, entre as quais: acampamentos,
refleções, caminhadas, jogos, formação, participação
ativa na realidade da manifestação religiosa/paroquial,
participação em atividades escutistas locais na vivência
com a comunidade, participação em iniciativas de cariz
humanitário, sensibilização para a proteção da floresta,
ativa dinamização na participação da proteção / impacto
ambiental tanto na costa marítima bem como do meio
envolvente, mantendo assim uma constante relação
com as entidades locais.
No campo social, a freguesia dispõe de um
centro social com múltiplas valências, desde logo
berçario,creche,centro dia, cantina social (única no
concelho), ATL, Serviço de Apoio Domiliário, entre
outras. “A direção tem como futura ambição a construção
de um lar de idosos, uma necessidade que se faz
sentir, pois temos uma freguesia muito envelhecida”,
acrescenta o presidente. A freguesia também estabelece
parcerias com outras coletividades, no sentindo de
apoiar a implementação de projetos sociais e culturais
que contribuam para o desenvolvimento da comunidade.
A construção de um centro escolar e a conclusão do
pavilhão desportivo são alguns dos projetos para o
futuro. “Queremos dotar a freguesia com condições
para a prática desportiva e também criar condições para
que os alunos do centro escolar possam desenvolver
as atividades desportivas dentro da componente letiva”,
conclui o secretário da junta. O presidente José Filipe
aproveita para deixar uma mensagem de Feliz Natal e
um próspero Ano Novo a todos os seus fregueses e aos
leitores da Revista Business Portugal.
INOVAR PARA CRESCER
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
62
A Freguesia de Nadadouro faz parte do concelho de Caldas da Rainha, sendo formada por uma área de 10km2 e uma população de
2000 habitantes.
Freguesia de nadadouro
“UMA FREGUESIA DE LINDAS PAISAGENS E TRANQUILIDADE”
Numa terra onde se pode ouvir o canto dos
pássaros e todos os sons que a natureza
oferece, somos recebidos pela linda lagoa
de Óbidos e pelo sol que, em pleno mês
de novembro, faz um dia de verão. A Freguesia de
Nadadouro é um recanto de tranquilidade e de contacto
com a natureza. A presidente da Junta Alice Gesteiro,
afirma que o visitante encontra em Nadadouro, além
paisagens fantásticas, boa comida e sossego, mas que
ao mesmo tempo está perto de tudo. “Estamos perto da
cidade de Caldas da Rainha e também estamos menos
de 1 hora de Lisboa. Aqui é um lugar excelente para
relaxar, passear, andar á pé ou de bicicleta”, acrescenta.
O nome Nadadouro teria surgido a partir de um hábito
dos pastores de gado que saiam da Serra do Bouro até
aquela zona da Lagoa que hoje pertence a freguesia.
Eles traziam o gado para pastar e, nos intervalos,
banhavam-se na Lagoa. A partir daí, passaram a chamar
aquela terra o ‘Nadadouro’. O nome curioso da terra
explica também a relação de respeito e o sentimento
de preservação dos moradores para com a lagoa. “Há
certas zonas junto da lagoa onde podemos ficar a ouvir
o silêncio”, a ouvir os passarinhos que cantam, a ouvir o
peixe que salta e os patinhos e toda a fauna a andarem
por aí. Há colónias de flamingos chegam aqui para a
ALICE GESTEIROPresidente
INOVAR PARA CRESCER
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63
nossa lagoa”, afirma a presidente da Junta.
A Lagoa de Óbidos é o mais extenso, sistema lagunar
costeiro da costa Portuguesa, com aproximadamente
6.9km2 e uma profundidade média de dois metros.
Sua fauna é constituída por diversas espécies piscícolas,
nomeadamente, o linguado, a dourada, a choupa, a
tainha e outros. Há também, entre outras espécies, a
amêijoa, o berbigão, o camarão, a enguia, o caranguejo
verde e o mexilhão. A atividade piscatória é realizada ao
longo da lagoa e tem um importante papel na economia
da região.
O que contribui para uma culinária rica em pratos a
base de peixe e de mariscos. Uma das especialidades
da região é a enguia que pode ser preparada de várias
maneiras, “temos o ensopado de enguia, a caldeirada
e as enguias fritas. Temos melhor enguia de Portugal”,
sublinha a presidente. Ela justifica que o sabor único da
enguia pescada na zona pode ser explicado pelo fato da
água da lagoa ser salgada “a nossa fica mais inteira é
diferente por exemplo daquela que é pescada noutras
zonas, que é mais mole. A nossa enguia tem um sabor
especial”.
Para aqueles que gostam das praticas desportivas
aquáticas há também diversas modalidades que são
praticadas na lagoa, como por exemplo, a Vela, o
Windsurf, a Canoagem, o Remo, o Kitebord, o Jetski,
o Ski náutico, o Stand Up Paddleboarding. “Temos a
aqui escola de vela. Há muita gente de fora que vem
praticar, sobretudo no verão. Fazer a lagoa de canoa é
um espetáculo” sublinha a presidente.
A lagoa é, sem dúvida, um espaço de contemplação
da natureza que desperta uma paz interior e faz-nos
sentir parte daquele ambiente único. “Já tem havido
muita gente que chega aqui e diz que já percorreu
por aí vários sítios, mas depois quando chegam aqui e
observam aquela lagoa, a mistura do azul com o verde
da natureza, das plantas ficam encantados”, acrescenta
a presidente.
Na freguesia também é possível encontrar restauração,
cafés e infraestruturas desportivas. “Temos das melhores
infraestruturas desportivas do concelho de Caldas
da Rainha, com um campo de futebol sintético e um
pavilhão gimnodesportivo onde se praticam vários
desportos”, refere a presidente. Na parte cultural há o
Rancho Folclórico Esperança na Juventude constituído
por crianças e adultos que cantam músicas do
Nadadouro, de Sintra, de Viana do Castelo e de várias
partes de Portugal, até mesmo o Vira da Madeira. Na
área social, temos uma IPSS que presta apoio à 3ª
idade, prevendo os seus estatutos também o apoio
social noutras áreas.
A Junta da Freguesia afirma que também há uma
intenção de requalificar alguns percursos pedestres,
mas, que, entretanto, já há percursos aos quais o
visitante pode ter acesso por meio da aplicação on-
line ‘City Guide’. A aplicação está disponível de forma
gratuita no ‘Google Play’, nela o utilizador tem acesso
aos caminhos históricos, aos percursos turísticos, a
agenda cultural e outras informações sobre a região.
Entre os elementos mais emblemáticos do Património
Histórico da Freguesia, destaca: a igreja que completa
160 anos, em abril, e a Escola Primária. “A escola
primária foi construída pela ordem do grande industrial
Francisco de Almeida Grandela, ele construiu escolas
também em outras freguesias, mas apenas a nossa
e a de Foz do Arelho ainda funcionam como escola”,
sublinha a presidente. Revela-nos ainda que este ano
será inaugurada uma exposição itinerante sobre a vida
e obra de Grandela. A exposição passará pelas cinco
freguesias onde existe um vasto património construído
pela Família Grandela.
No Nadadouro há também as festas populares como
o Carnaval com quatro noites de bailes, o Cortejo
de Oferendas e a festa em honra de Nossa de Bom
Sucesso que é a padroeira da freguesia, entre outras.
“Somos uma freguesia simpática e acolhedora, com
paisagens deslumbrantes, onde as pessoas se sentem
bem”, conclui a presidente.
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INOVAR PARA CRESCER
dream gym
“Este espaço é o local onde podes atingir os teus objetivos”O DreamGym nasceu há 11 anos, da vontade de concretizar um sonho antigo por parte de Sérgio Fonseca, ex-atleta de culturismo, que
tinha como objetivo criar um espaço onde as pessoas pudessem atingir os seus objetivos, em termos de sáude e bem estar. Sediado
em Vila do Conde, “Born to Win” é o lema deste espaço. Em entrevista à Revista Portugal em Destaque, o empresário fala-nos sobre a
dinâmica deste ginásio, uma referência neste setor.
Um sonho concretizado e objetivos por cumprir
Hoje em dia, mais que nunca, a sociedade em geral preserva cada vez mais e melhor
a sua saúde e em termos estéticos, cada vez mais se preocupa com a sua aparência
física e bem-estar interior. Em termos de competição, em Vila do Conde, há uns anos,
havia um défice de espaços onde os atletas de alta competição pudessem treinar e
desenvolver as suas aptências. Assim, Sérgio Fonseca, cria o espaço ideal que não
existira até então.
“O Dream GYM nasceu há quase doze anos, a 1 de dezembro de 2003, foi um sonho
tornado realidade por mim e uma das principais característica do meu ginásio acho que
é o ambiente familiar, onde quase toda a gente se conhece e se ajuda mutuamente
para cumprir os seus objectivos pessoais, sendo para competição ou o simplesmente
pelo seu bem-estar. O DreamGym não é apenas um ginásio, tão pouco um ginásio de
sonho, é o lugar onde cada pessoa pode atingir os seus objetivos”, começa por nos
explicar o empresário.
Culturismo, uma forma de vida
Sendo um ex-atleta de alto rendimento de culturismo, a partilha de experiências e a
procura de atletas desta modalidade no DreamGym, surgiram de imediato.
“Eu diria que o Culturismo é uma paixão. O meu ginásio está direccionado para o
culturismo mas não só. Pessoalmente o que realmente me motiva é preparar atletas
para competições desta modalidade, é a minha zona de conforto”, revela.
Sendo o principal objetivo deste desporto, a harmonia e perfeição do corpo, o
empresário considera que esta variante desportiva começa, só agora, a ser valorizada
pela sociedade em geral.
“Eu acho que os anos vão passando e a mentalidade da sociedade está um pouco
mais aberta para este desporto. Há uns anos era um desporto mal visto pela população,
aliada a diversos fatores, normalmente uma pessoa mais musculada é apelidada de
pouco inteligente. As pessoas não sabem ou não têm a noção, que para atingir um
determinado nível, têm que possuir conhecimentos não só a nível de treino, como de
nutrição, aliada a uma vida regrada”, enaltece Sérgio Fonseca.
Em termos de aconselhamento, vários atletas e outros ginásios procuram o nosso
sérgio fonsecaAdministrador
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAR PARA CRESCER
entrevistado para aconselhamento posterior derivado à sua vasta experiência na
área.
“Felizmente, tenho atletas de outros ginásios de várias zonas do país que me pedem
alguma ajuda, também posso dizer que tenho amigos em Espanha , França , Suíça,
Irlanda e Brasil, que me pedem algumas dicas ou trocamos ideias sobre métodos de
treino, dietas, entre outros”.
Outras modalidades e métodos de trabalho
Para além de culturismo, o DreamGym disponibiliza outras modalidades no seu
espaço como manutenção, cardio, step, aeróbica e ginástica localizada e são vários os
treinadores especializados nestas áreas no ginásio. Para além disso, disponibiliza ainda
cerca de 26 máquinas de treino distribuídas por três amplas salas.
“Na sala de musculação, o Bruno Vale e o Paulo Furtado são os treinadores de serviço
sendo que aos sábado e domingos, é o Ricardo Rodrigues. Nas aulas de grupo, a
professora Paula Lapa assegura toda a dinâmica da aula. São treinadores com muita
experiência nas várias modalidades onde estão inseridos”, explica.
Com métodos de trabalho rigorosos e adaptados às necessidades de cada cliente, as
perspetivas de futuro deste espaço são de contínuo crescimento a todos os níveis e o
empresário promete novidades para breve.
“Futuramente ,espero que tudo continue a correr, pelo menos como correram estes
quase 12 anos, mas acredito que muito em breve haverá novidades do Dream GYM,
talvez para o ano”, conclui Sérgio Fonseca.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAR PARA CRESCER
clinica veterinária do castêlo
15 anos a tratar da saúde animalSituada na cidade da Maia, a Clínica Veterinária do Castêlo, nasceu em Maio de 2000 com o objetivo de colmatar uma certa carência
deste setor na região. Carlos Paulos, médico veterinário e fundador da clínica, começou a sua formação académica e profissional em
virologia na área de investigação, no IIVA e Faculdade de Medicina Veterinária de Luanda.
equipa da clínica veterinária do castêlo
Em Portugal, esteve ligado ao Laboratório Nacional de Investigação. Veterinária
durante cerca de cinco anos. Dedicou-se à avicultura industrial, concretamente
em aviários de multiplicação e em nutrição animal (fábrica de rações para
animais) por quase 3 décadas.
Atualmente, possui a Clínica Veterinária do Câstelo com uma equipa constituída
por quatro médicos veterinários e três auxiliares de veterinária onde, com meios
de diagnóstico auxiliares como radiografia digital, análises clínicas, ecografia, ECG,
endoscopia e dois internamentos, disponibiliza consultas de medicina geral e profilaxia,
cirurgia geral e ortopédica, banhos e tosquias, entre muitos outros serviços veterinários,
tendo desde sempre disponibilizado urgências 24 horas e consultas domiciliárias, com
duas ambulâncias.
Columbofilia, o desporto com mais atletas federados a nível nacional
Carlos Paulos pioneiro e uma referência na medicina e patologia aviárias, assegura
outra vertente que a clínica dispõe, desde sempre, a columbofilia. Disponibilizando um
vasto conhecimento em clínica desportiva, como responsável técnico da Associação
Columbófila do Distrito do Porto há 22 anos, fornece apoio técnico e clínico de
excelência ligados ao pombo-correio.
O que pouca gente sabe é que este é um desporto com mais de dois milhões de
atletas federados, enquanto o futebol tem apenas 150 mil. Na perspetiva de Carlos
Paulos, este tipo de atividades lúdicas deveria ser mais introduzido nas escolas, já
que desenvolve o espírito competitivo, exige dedicação e contribui para alternativas a
comportamentos desviantes.
Certificação Cat Friendly Clinic
Em Maio deste ano, a clínica recebeu o certificado de “Cat Friendly Clinic” pela
Internacional Society of Feline Medicine. Em Portugal existem apenas 15 clínicas
certificadas, três na região norte. A aquisição deste certificado exige a realização de
REVISTA BUSINESS PORTUGAL
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INOVAR PARA CRESCER
formações em bem-estar felino, bem como a alteração do ambiente da clínica
de forma a torná-la o menos stressante possível. Assim, a clínica possui uma
entrada, sala de espera e consultório exclusivos para gatos, bem como ma
panóplia de equipamentos específicos, como máquinas de tosquia e balanças
próprias para felinos. Mas ser “cat friendly” não é só isto. Toda a equipa está
sensibilizada para a natureza única do gato, proporcionando um atendimento
especializado para tal.
“Com a Cat Friendly o objetivo é que os animais, neste caso os felinos e seus
tutores, venham à nossa clínica com o mínimo stress e possam receber de nós
os melhores cuidados. Nestas condições, o diagnóstico e o tratamento serão
mais fáceis, a recuperação melhor e a cura mais rápida e mais consistente”,
explica Carlos Paulos.
Evolução da medicina veterinária ao longo dos tempos
Hoje, admite Carlos Paulos, as pessoas têm uma maior preocupação em tratar
dos seus animais nas mais diversas áreas e a nutrição animal tem sido um
importante aliado no tratamento animal.
“Corria o ano de 1978, ainda na Policlínica Pecuária Central de Aveiro, éramos
nós que cozinhávamos as rações para os animais, em grandes panelas, de
forma totalmente artesanal, ainda que, com as necessidades específicas e
princípios nutritivos subjacentes mas, nesse sentido, a medicina veterinária
evoluiu muito. Em termos de nutrição, estamos muito avançados e até costumo
dizer que tomara os humanos estar tão bem cientificamente apoiados quando
se trata de alimentação comercial como a que nós e os tutores dos animais
hoje dispõe, não só com as rações fisiológicas, mas também com as dietéticas.
Depois de uma medicação alopática, explica o empresário, é possível fazer a
manutenção de uma doença ou a reversão de determinado problema que afeta
aos animais, apenas através da nutrição dietética específica”.
Hoje, admite Carlos Paulos, existe ainda uma outra área de maior preocupação
que é a do comportamento animal, com crescente importância na sociabilização
familiar e na medicina veterinária.
Foi neste sentido que a Clínica organizou este ano, dois seminários, tendo sido
o primeiro exclusivamente direcionado para o comportamento felino e conceito
“Cat Friendly”. Dada a boa adesão por parte dos proprietários, o segundo
também incluiu o comportamento canino e a vertente do ensino e dos princípios
do adestramento. Estes seminários, com entrada gratuita, tiveram o intuito de
transmitir aos tutores, conhecimentos que lhes permitam proporcionar às suas
mascotes a melhor qualidade de vida, prevenindo simultaneamente patologias
comportamentais, bem como comportamentos indesejados no seu dia a dia.
Projetos de futuro
A pensar no próximo ano, o objetivo passa por investir nas medicinas
alternativas, nomeadamente a acupunctura laser – foto-bio-modulação, já que,
acredita, será uma mais-valia no tratamento de algumas doenças, com redução
de riscos ou efeitos secundários.
Um projeto que a clínica acarinha e quer manter é a realização anual de
seminários gratuitos para tutores. Carlos Paulos acrescenta ainda que
“Estes seminários tiveram boa receptividade e representam uma excelente
oportunidade de troca de conhecimentos e experiências”.
Paralelamente, outro objectivo é manter a actualização constante do site da
clínica e redes sociais com conteúdos relevantes e conselhos práticos para
os donos e seus animais de companhia, (o veterinário à distância de um click)
estando também em execução uma área dedicada à adoção de animais.
TS_MAIACentro Empresarial Câstelo da MaiaRua Manuel Assunção Falcão, 273 - Arm. 94475-041 Avioso Sta. Maria - MaiaT +351 229 864 393
TS_SANTO TIRSOZona Industrial Alto da Cruz, Lote 24780-470 Santo TirsoT +351 252 853 586
www.talsimplicidade.pt
Com base numa equipa com mais de 20 anos de experiência, a Tal Simplicidade!
iniciou a sua atividade com a vontade clara de conquistar o mercado nacional
das Artes Gráficas.
Após a aquisição de máquinas de impressão offset folha a folha de pequeno
e médio formato (35 x 50 cms e 50 x 70 cms), o crescimento da empresa
ditou a aquisição de uma máquina de grande formato (70 x 100 cms), de uma
rotativa de grande formato e também de uma rotativa a 4 cores para impressão
de formulários o que propulsa a empresa para o topo das maiores gráficas
nacionais.
Com base no crescimento sustentado, a Tal Simplicidade! além do polo industrial
na Maia, alargou a sua produção para um pólo industrial em Santo Tirso.
A preparação para a Certificação da empresa torna-nos numa indústria gráfica
sólida com uma implantação em todo o território nacional e internacional.
No nosso departamento de pré-impressão utilizamos ambientes de Mac e Pc e
uma vasta gama de programas de manipulação de imagem e imposição.
Contamos também com um moderno CTP que permite o processamento de
chapas automático garantindo igualmente a obtenção de chapas com uma
reprodução fidedigna dos ficheiros enviados.
Para nos auxiliar na obtenção de excelentes resultados de impressão dispomos
de calibradores com tecnologia alemã.
Todos os nossos colaboradores possuem uma vasta experiência na área da
Pré-Impressão de modo a satisfazer as necessidades dos nossos clientes,
disponibilizando-se para em parceria com eles, possamos atingir os melhores
resultados.
Dispomos de equipamento para impressão digital da última geração que nos
permite satisfazer o cliente em pequenas quantidades e em prazos reduzidos.
• Impressão de etiquetas e autocolantes.
• Catálogos e brochuras.
• Cartões, convites, ementas, cartazes, etc.
• Personalização com dados variáveis.
O resultado de um bom trabalho gráfico depende não só de uma boa
pré-impressão e impressão, mas, igualmente, de um primoroso acabamento.
Na Tal Simplicidade! temos a preocupação de possuir um vasto parque de
equipamentos para acabamento, tais como máquinas para plastificar, dobrar,
cortar, coser à linha, colar à capa, linha de revista, estampar, corte e vinco, entre
muitas outras.
Os nossos clientes são a nossa fonte de inspiração. É para eles que a Tal
Simplicidade! disponibiliza um vasto staff de profissionais muito competentes,
que são o garante da qualidade do nosso trabalho.
Consulte-nos e verá que somos a escolha certa para ir de encontro aos desafios
do mercado da sua empresa.
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