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Diego Carvalho de Melo
RELATÓRIO DE MICROBIOLOGIA – AULA PRATICA DE FUNGOS
Disciplina: MicrobiologiaDocente: Renata Martins dos Santos
JUINA/ MT2015
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Introdução
Os fungos são seres eucariontes, unicelulares ou pluricelulares, heterotróficos e aeróbios ou
anaeróbios facultativos (leveduras). Pertencem ao Reino Fungi, segundo a classificação de Robert
Whittake em 1969 ou ao domínio Eukaryota, proposto por Thomas Cavalier-Smith em 2003.
Os fungos são um grupo bastante numeroso, formado por aproximadamente 200.000
espécies espalhadas por praticamente qualquer tipo de ambiente, são estudados pela micologia e
apresentam estruturas microscópicas e macroscópicas, tendo como seus principais representantes,
os bolores, mofos, orelha de pau, levedos, cogumelos de chapéu (conhecidos popularmente como
Champignon).
Há espécies de fungos patogênicas que causam doenças denominadas micoses como, por
exemplo, as frieiras, sapinho, histoplasmose, candidíase, dentre outras, porém, alguns fungos podem
estabelecer associações com outros organismos, como algas e raízes, denominadas,
respectivamente, líquens e micorrizas, sendo benéficas para ambas as partes, tal associação
denominada mutualismo.
Classificação dos Fungos
Os fungos são classificados em quatro subdivisões:
Os quitridiomicetos, são os prováveis ancestrais dos fungos. Vivem em meio
aquático e em solos úmidos próximos a represas, rios e lagos. Vivem da absorção da matéria
orgânica que decompõe e, muitas vezes, parasitam algas, protozoários, outros fungos,
plantas e animais. Algumas espécies causam considerável prejuízo em plantas de cultivo
(alfafa e milho).
Os ascomicetos, são os que formam estruturas reprodutivas sexuadas,
conhecidas como ascos, dentro das quais são produzidos esporos meióticos, os ascósporos.
Incluem diversos tipos de bolores, as trufas, as Morchellas, todos filamentos, e as leveduras
(Saccharomyces sp.), que são unicelulares.
Os basidiomicetos, são os que produzem estruturas reprodutoras sexuadas,
denominadas de basídios, produtores de esporos meióticos, os basidiósporos. O grupo inclui
cogumelos, orelhas-de-pau, as ferrugens e os carvões, esses dois últimos causadores de
doenças em plantas.
Os zigomicetos são fungos que podem atuar como decompositores ou como
parasitas de animais. Os mais conhecidos é o Rhizobux stolonifer, bolor que cresce em
frutas, pães e doces, seu corpo de frutificação é uma penugem branca que lembra filamentos
de algodão, recheados de pontos escuros que representam os esporângios.
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Os deuteromicetos, ou fungos conidiais, que já foram conhecidos como
fungos imperfeitos, costituem um grupo de fungos que não se enquadra no dos anteriores
citados. Em muitos deles, a fase sexuada não é conhecida ou pode ter sido simplesmente
perdida ao longo do processo evolutivo. De modo geral, reproduzem-se assexuadamente por
meio da produção de conidiósporos. A esse grupo pertencem diversas espécies de
Penicillium (entre as quais a que produz penicilina) e Aspergillus (algumas espécies
produzem toxinas cancerígenas).
Morfologia
Os fungos pluricelulares são constituídos pelos corpos de frutificação, que correspondem à
parte visível do cogumelo, responsável pela reprodução do fungo e o micélio que são vários
filamentos, em que cada um é denominado de hifa. As hifas podem ser cenocíticas, possuem um
citoplasma plurinucleado. Alguns fungos mais complexos apresentam hifas septadas (divididas),
onde cada septo pode ter um (monocariótica) ou dois núcleos (dicariótica). A parede celular é
formada de quitina.
Os micélios podem ser divididos em dois tipo: vegetativos e reprodutivos. O micélio
vegetativo é a parte correspondente a sustentação e absorção de nutrientes, se desenvolvendo no
interior do substrato. O micélio que se projeta na superfície e cresce acima do meio de cultivo é o
micélio aéreo. Quando o micélio aéreo se diferencia para sustentar os corpos de frutificação ou
propágulos, constitui o micélio reprodutivo.
Reprodução
Os fungos reproduzem-se assexuada e sexuadamente. A reprodução assexuada pode ser:
Brotamento (seres unicelulares);
Fragmentação do micélio, onde um micélio se fragmenta originando outros;
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Esporulações, acima dos corpos de frutificação estão os esporângios que
produzem os esporos, estruturas imóveis e resistentes a ambientes desfavoráveis. A
esporulação pode ser efetuada pelos seguintes esporos:
Esporos exógenos: formam-se na extremidade de hifas especiais
denominadas conidióforos. Esses esporos são denominados conídios e
caracterizam a Subdivisão Mitospórico. Ex. Aspergillus, Penicillium.
Esporo endógeno: esporos produzidos no interior de esporângios. Os
esporos, nesse caso são chamados de esporangiósporos e caracterizam a
subdivisão Zygomycoto e Chytridiomycota. Ex. Rhizopus, Mucor,
Absidia.
Já a reprodução sexuada envolve a união de dois núcleos compatíveis e é dividida em três
fases:
Plasmogamia: Fase caracterizada pela união de dois protoplastos. Os núcleos
haploides, da célula doadora (+) e o da receptora (-), permanecem juntos na célula receptora.
Nesta fase, os fungos superiores são chamados de dicários ou dicarióticos.
Cariogamia: Os núcleos se fundem para formar um zigoto diploide.
Meiose: O núcleo diploide origina um núcleo haploide (esporos sexuais), dos
quais alguns podem ser recombinantes genéticos.
Objetivo Geral
O presente trabalho foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de
Mato Grosso – Campus Juína, na aula de Microbiologia com a decente Renata Martins, tendo por
objetivo visualizar, interagir, compreender, desenhar e/ou fotografar os diversos componentes
encontrados nos fungos em uma abordagem prática no laboratório.
Objetivo Específico
Observar a morfologia dos fungos;
Observar as estruturas reprodutivas dos fungos;
Conhecer as bases para a identificação de alguns gêneros.
Materiais Utilizados
Microscópio e Lupa;
Lâminas prontas de Aspergillus, líquen, esporos e leveduras.
Fungos coletados no IFMT- Campus Juína.
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Lâminas, lamínulas, algodão, bisturi, bandejas.
Métodos
Para a aula prática, anteriormente foi estudado toda a parte teórica referente aos fungos e só
então os estudantes foram á aula prática que se iniciou com coleta em campo “mata do campinho –
IFMT”. Após a coleta os estudantes foram para o laboratório para preparar laminas com os fungos
coletados a fim de visualizar suas estruturas morfológicas e reprodutivas. Como a parte reprodutiva
é muito difícil de preparo, e apenas um dos acadêmicos conseguiu realiza-la, utilizamos então
algumas laminas prontas.
Alguns discentes utilizaram auxilio de equipamento fotográfico (Maquinas fotográfica e/ou
Celulares) como recurso para uma melhor compreensão e visualização, uma vez que eram poucas as
laminas prontas e tinha que ser feito o revezamento entre os estudantes para observação.
Conclusão
Durante as aulas vimos que os fungos tem um grande dentro de ecossistemas em que estão
inseridos, onde atuam na decomposição de matéria orgânica morta, devolvendo nutrientes ao solo
os quais podem ser reutilizados ou depositados. Os fungos também tem importância econômica,
seja na fabricação de alimentos ou em produtos fármacos, porém, a maior parte das enfermidades
das plantas e também muita enfermidade dos animais e dos homens.
Após as aulas de micologia, nota-se que há uma maior compreensão da turma em relação ao
tema abordado, o que demonstra claramente que aula pratica é um valioso instrumento para a
assimilação dos conteúdos ministrados, bem como na formação do acadêmico.
Referências
Ambiente Brasil, Fungos: Características e Importâncias. Disponível em < http://ambientes.ambientebrasil.com.br/biotecnologia/artigos_de_biotecnologia/fungos:_caracteristicas_e_importancias.html/>. Acesso em 01 jul 2015.
Portal Educação, Estágios de Reprodução dos Fungos. Disponível em <
http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/32596/estagios-de-reproducao-dos-fungos/>.
Acesso em 01 jul 2015.
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Chirstine L. Microbiologia. 10. ed.,
Porto Alegre: Artmed, 2010.
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Anexos
Figura 1. Coleta de Fungos em campo.
Figura 3. Visualização do material coletado.
Figura 2. Fungo Orelha de pau.
Figura 4. Visualização na Lupa.
Figura 5. Esporos Reprodutivos. (Objetiva de 10x) Figura 6. Hifas. (Objetiva de 4x)
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Figura 7. Fungo Aspergilus. (Objetiva de 10x)
Figura 9. Liquem. (Objetiva de 4x)
Figura 11. Esporos Vegetativo. (Objetiva de 10x)
Figura 8. Fungo Penicillium. (Objetiva de 10x)
Figura 10. Levedura. (Objetiva de 10x)
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Figura 12. Conídeos e conidiósforo do Aspergillus (Objetiva de 40x)