EMEB VINICIUS DE MORAES
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PPP
Projeto Político Pedagógico
1
SUMÁRIO
O que é um PPP ......................................................................................................03
I - Identificação da Unidade Escolar .................................................................... 04
1. Quadro de identificação dos funcionários ......................................................... 05
2. Quadro de organização da Educação Infantil ................................................... 06
3. Histórico da unidade escolar ............................................................................. 06
II - Análise e reflexão das avaliações realizadas no ano de 2016 ..................... 07
1. Avaliação da Equipe de Gestão e Orientadora Pedagógica .............................. 17
III - Caracterização e Plano de Ação para os segmentos de atuação da escola
.................................................................................................................... 17
1. Caracterização da comunidade ........................................................................ 17
2. Comunidade escolar ......................................................................................... 18
2.1. Caracterização ....................................................................................... 18
2.2. Plano de ação para a comunidade escolar ............................................. 19
2.3. Avaliação ................................................................................................ 19
3. Equipe Escolar ................................................................................................. 20
3.1. Professores ........................................................................................... 20
3.1.1. Caracterização ................................................................................ 20
3.1.2. Plano de formação para os professores .......................................... 21
3.1.3. Avaliação ......................................................................................... 25
3.2. Auxiliares em Educação e Estagiários de Pedagogia ............................ 26
3.2.1. Caracterização ................................................................................ 26
3.2.2. Plano de formação para os auxiliares em educação e estagiários ... 26
3.2.3. Avaliação ......................................................................................... 27
3.3. Funcionários ......................................................................................... 27
3.3.1. Caracterização ................................................................................ 27
3.3.2. Plano de formação para os funcionários.......................................... 28
3.3.3. Avaliação ......................................................................................... 29
4. Órgãos Colegiados ........................................................................................... 29
4.1. Conselho de Escola .............................................................................. 30
4.1.1. Caracterização ................................................................................ 30
4.1.2. Composição .................................................................................... 30
4.2. Associação de Pais e Mestres – APM ................................................... 30
4.2.1. Caracterização ................................................................................ 30
4.2.2. Composição .................................................................................... 31
4.3. Plano de Ação do Conselho de Escola e APM ...................................... 32
4.3.1. Avaliação ......................................................................................... 32
IV – Organização e desenvolvimento do trabalho pedagógico ......................... 33
1. Objetivos – Fundamentação legal ..................................................................... 33
2. Concepção Pedagógica .................................................................................... 33
3. Orientações para Práticas Educativas .............................................................. 34
3.1. Reunião com Pais ................................................................................ 34
3.2. Período de Adaptação .......................................................................... 35
3.3. Sábados Letivos ................................................................................... 36
3.4. Datas Comemorativas .......................................................................... 38
2
3.5. Estudo do Meio .................................................................................... 39
4. Construção dos Conhecimentos pelas Crianças ............................................... 39
5. Levantamento de Objetivos e Conteúdos por Áreas de Conhecimento ............ 40
5.1. Linguagem Oral e Escrita ..................................................................... 40
5.2. Matemática .......................................................................................... 44
5.3. Corpo e Movimento .............................................................................. 48
5.4. Ciências e Educação Ambiental ........................................................... 51
5.5. Artes Visuais e Música ......................................................................... 54
6. Rotina ............................................................................................................... 59
6.1. Espaços Escolares e Atividades da Rotina .......................................... 59
6.2. Quadro de Rotinas das Turmas............................................................ 64
7. Avaliação das aprendizagens dos alunos ......................................................... 64
8. Acompanhamento dos instrumentos metodológicos ......................................... 65
9. Ações Suplementares ....................................................................................... 67
9.1. Atendimento Educacional Especializado - AEE .................................... 67
V – Calendário Escolar Homologado ................................................................... 70
VI – Referências Bibliográficas ............................................................................ 71
VII – Anexos ..................................................................................................... 71
3
O que é um PPP?
O Projeto Político Pedagógico se configura como um documento norteador da prática
dos profissionais que atuam na unidade escolar, sendo o parâmetro que orienta as ações de
planejamento, desenvolvimento e avaliação do trabalho educativo.
Segundo Ilma Passos Alencastro Veiga, autora de “Projeto Político Pedagógico Da
Escola: Uma Construção Possível”, 2002:
“O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido
explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico
da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso
sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no
sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. A dimensão
política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática especificamente
pedagógica (Saviani 1983, p.93). Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da
efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo,
responsável, compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações
educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua
intencionalidade”.
O processo de construção do PPP – Projeto Político Pedagógico – tem suas raízes no
início da década de 90, quando os Planos de Ação das unidades escolares, que se
apresentavam até então de forma reduzida na organização de propostas de atividades e da
rotina, foram reformulados levando-se em consideração princípios e diretrizes que deveriam
servir de base para as ações escolares da rede municipal de ensino e indicar toda a
organização educativa e administrativa da escola. O documento norteador do trabalho
pedagógico foi denominado então, nesta época, de PPE – Projeto Pedagógico Educacional.
Foi no início do novo milênio, ao incorporar concepções mais amplas ligadas à
democratização do ensino e gestão democrática escolar, que passou a denominar-se Projeto
Político Pedagógico – PPP.
O PPP da unidade deve ser revisto anualmente pela equipe escolar, dado seu caráter
dinâmico ao refletir o trabalho realizado pelos profissionais da escola em consonância com
as transformações que ocorrem na sociedade local e as discussões sempre atualizadas sobre
a educação e o mundo, atendendo aos princípios e diretrizes definidas pela Secretaria de
Educação.
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1ª Reunião com pais e Semana de Adaptação
I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
Escola Municipal de Educação Básica Vinícius de Moraes
Rua Núncio Interlich, 30 – Bairro Santa Terezinha
São Bernardo do Campo – CEP: 09770-250
Telefone: 4127-5355 / 4338-0508
e-mail : [email protected]
Horário de Atendimento:
Segunda à sexta-feira das 8h às 17h.
Horário de aula:
Manhã: das 8h às 12h
Tarde: das 13h às 17h
Equipe Gestora:
Diretora: Elaine Negri Cantadori
Coordenadora Pedagógica: Ana Paula Valério
Orientadora Pedagógica – OP:
Marilaine Favini
Equipe de Orientação Técnica – EOT:
Psicóloga: Ivone Antônio Corradi
Fonoaudióloga: Andrea Mariz de Medeiros Girardi
Terapeuta Ocupacional: Claudia Silvestre
Fisioterapeuta: Diones Ap. Ferreira Alves de Araujo
Atendimento Educacional Especializado Deficiência Intelectual – AEEDI
Adriana Borges Medeiros – Professora Ed. Especial - período da tarde
Marilene Vieira – Professora Ed. Especial - período da manhã
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1. QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS
Cargo ou Função Funcionário Matrícula Horário de Trabalho
Auxiliar de Limpeza
Claudete Nunes Barros Oliveira 61.686-4 2ª à 6ª feira - 9h às 18h
Lucia de Fátima B. Guimarães 61.600-0 2ª à 6ª feira - 9h às 18h
Sandra Regina Santos da Silva 19.331-5 2ª à 6ª feira - 7h às 16h
José Carlos Simões 60.060-3 2ª à 6ª feira - 7h às 16h
Auxiliar em Educação Lucia Naomi Ashimine 34.334-8 2ª à 6ª feira – 8h às 17h
Coordenadora Pedagógica
Ana Paula Valério 27.291-7
2ª e 5ª das 7h às 16h30 3ª e 6ª das 8h30 às 18h
4ª das 8h às 13h HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Cozinheiras Ivone Aparecida dos Santos
Terceirizada Convida
2ª à 6ª feira - 7h às 16h48
Mª Lucilene de Almeida Braga Terceirizada Convida
2ª à 6ª feira - 7h às 16h48
Diretora Elaine Negri Cantadori 7.347-2
2ª,3ª e 5ª das 8h às 17h 4ª das 8h às 18h 6ª das 8h às 12h
HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Estagiária de Pedagogia Elaine Cristina de S. Nascimento 79.190-9 2ª a 6ª feira – 13h às 17h
Fabiana Dias Fordiani 79.404-6 2ª a 6ª feira – 12h às 18h
Oficial de Escola Daniela Petrassi Cavalhero 26.477-0 2ª à 6ª feira – 8h às 17h
Professoras
Cilmara Leonete R.Braga 27631-0 2ª à 6ª feira - 13h às 17h
HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Eliane Aparecida Jacinto Souza 28.693-0 2ª à 6ª feira - 13h às 17h
HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Eliane dos Santos Almeida
41.416-9 2ª à 6ª feira - 13h às 17h
HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Janete Ap. da Silva Freitas 26.412-8 2ª à 6ª feira - 13h às 17h
HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Marcely Moretti Gomes 39.435-7 2ª à 6ª feira - 8h às 12h
HTPC – 3ª feira - 18h40 às 21h40
Rejane Leite Oliveira 28.761-9
2ª à 6ª feira – 13h às 17h HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Rita de Cássia Vargas Galo 37.488-0 2ª à 6ª feira – 13h às 17h
HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Rosângela Medeiros dos Santos 26.580-7 2ª à 6ª feira – 8h às 12h
HTPC – 4ª feira - 17h40 às 19h40
Rosemeire da Silva Nevacchi 17.623-6 2ª à 6ª feira – 8h às 12h
HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Sonia Hofer 31.117-7 2ª à 6ª feira - 8h às 12h
HTPC – 4ª feira - 18h40 às 21h40
Observação: Os integrantes do quadro do magistério usufruem recesso escolar no período
de 10/07 à 23/07/2017 e de 24/12 à 31/12/2017
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2. QUADRO DE ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Período Agrupamento Turma Professora Auxiliar em Educação /
Estagiária de Pedagogia
Total de
Alunos
Total de alunos
por período
Manhã
Infantil III A* Rejane Leite Oliveira Lúcia Naomi Ashimine 25
109
Infantil IV A Rosângela Medeiros dos Santos
- 30
Infantil IV B Marcely Moretti Gomes - 27
Infantil V A Sonia Hofer - 27
Tarde
Infantil III B* Cilmara Leonete R.Braga
Elaine Cristina de S. Nascimento
25
105
Infantil IV C* Rita de Cássia V.Galo - 30
Infantil V B* Janete Ap.da Silva Freitas
Lúcia Naomi Ashimine 24
Infantil V C Eliane Ap.Jacinto Fabiana Dias Fordiani 26
* Turmas acompanhadas pelo Atendimento Educacional Especializado - AEE
CAPACIDADE DE ATENDIMENTO DA UNIDADE ESCOLAR - 221 ALUNOS
3. HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR
O atendimento educacional às crianças de São Bernardo teve seu início em 1960 com
a inauguração do “Jardim da Infância Santa Terezinha” na Alameda Glória, no centro da
cidade. A ampliação da oferta de atendimento fez surgir os parques infantis durante a
década de 60, com a instalação dos NEI’s – Núcleos de Educação Infantil em vários bairros da
cidade.
Em 16/06/1968 a escola iniciou suas atividades, sendo denominada NEI de Vila Santa
Terezinha.
Na metade dos anos 70, com a preocupação de imprimir um caráter educacional
mais efetivo no desenvolvimento de suas atividades, as unidades passaram a ser
denominadas EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil). Em 25/05/1979 a escola passou
a ser denominada EMEI de Vila Santa Terezinha.
Até o início da década de 80 as EMEI’s eram identificadas pelos nomes dos bairros ou
vilas. A partir desta época foram sendo denominadas com nomes de artistas, intelectuais e
figuras ilustres do município. Em 19/03/1981 a escola recebe nova denominação em
homenagem ao diplomata, jornalista, crítico, poeta e compositor Vinícius de Moraes,
passando a designar-se EMEI Vinícius de Moraes.
Em 2001 com a nova organização do ensino na cidade que municipalizou as escolas
de 1ª à 4ª série do ensino fundamental, os prédios passaram a denominar-se EMEB’s
(Escolas Municipais de Educação Básica).
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A EMEB Vinícius de Moraes sempre teve, em toda sua trajetória de funcionamento,
lugar de destaque na avaliação da comunidade escolar quanto ao trabalho desenvolvido
pelos seus profissionais e pela qualidade da educação oferecida às crianças.
II. ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS NO ANO DE 2016
“Novas ideias abrem possibilidades de mudanças, mas não mudam. O que muda a realidade é a prática”.
Celso Vasconcellos
Final de mais um ano letivo...momento de reunir a equipe e convidar a comunidade para avaliar o trabalho educativo realizado pela escola.
Avaliação é crítica, é mobilização reflexiva para identificar os pontos fortes e as fragilidades da dinâmica escolar. Avaliação é propositiva, pois a partir destas constatações elaboram-se novos planos e diferentes metas para alcançar os objetivos educacionais expressos no PPP. Avaliação é agregadora, une o olhar do coletivo escolar sobre suas intenções e ações. Avaliação é comprometedora, pois reitera a missão de cada um dos profissionais da escola com uma educação de qualidade social. Avaliação é generosa, é o sonho de fazer a diferença na formação de cidadãos que construirão uma sociedade mais ética, mais justa, mais inclusiva, menos desigual.
Mas afinal, como tudo isso aconteceu na nossa escola? Podemos dizer que foi fazendo muitas PERGUNTAS! Perguntamos para os familiares
sobre a qualidade do que fazemos...Perguntamos se está faltando fazer alguma coisa que acham importante acontecer na escola...Perguntamos para a equipe escolar se fizemos bem o que nos propusemos a fazer...Perguntamos porque não conseguimos realizar várias coisas que planejamos fazer...Perguntamos o que poderíamos fazer mais...
E agora temos muitas RESPOSTAS! E com elas vamos resignificar nosso PPP e aprimorar o nosso fazer pedagógico. Elaboramos a seguir, para cada pressuposto do trabalho educativo, um quadro para organizar melhor tudo o que a equipe escolar pensou, discutiu e sugeriu para que de fato se traduza em ações. E também inserimos em quadros as observações e sugestões da comunidade escolar, tantos dos familiares quanto dos representantes dos órgãos colegiados, para posteriormente incluirmos nas propostas de trabalho da escola. Afinal, como disse Celso Vasconcellos: “novas ideias abrem possibilidades de mudanças, mas não mudam. O que muda a realidade é a prática”.
1- AVALIAÇÃO DA EQUIPE ESCOLAR
Sobre a Gestão Democrática... Considerando que Gestão Democrática é a participação e corresponsabilidade da
comunidade escolar (funcionários, alunos, famílias e outros membros da comunidade), dando voz a todos os envolvidos de forma que lhes faça sentido e que cada um se reconheça no PPP, desde o acesso, implementação do projeto, tomada de decisões até a avaliação, colocamos luz nos pontos a seguir: 1.Comunicação com e entre os membros da comunidade escolar
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2.Participação em atividades diversas: Reunião com Pais; Reunião APM / Conselho; Momentos formativos (HTPC/Reunião Pedagógica); Avaliação Semestral; Parcerias (UBS/Jovens Dentista)
Comunicação Interna e Externa
O que a escola propôs Equipe de gestão acessível e disponível. Informações claras para todos. Uso do caderno de recados (agenda) com os familiares.
Avanços e Dificuldades Gestão presente na escola e colaboradora. Em relação a algumas atividades que alteravam a rotina do lanche ou dos espaços, não foi avisado com antecedência. Dificuldade em alguns momentos para ler os bilhetes das famílias e colar os comunicados nas agendas.
Compromisso para 2017
Equipe de Gestão continuará atuante. Quando houver planejamento diferenciado no HTPC que altere a rotina, deixar por escrito para ser entregue por uma das professoras do período da manhã às equipes da cozinha e da limpeza. Compartilhar experiências e sugestões para o uso do caderno de recados tendo as crianças como parceiras no seu manuseio.
Reunião com Pais
O que a escola propôs Práticas formativas para informar e esclarecer as famílias quanto ao trabalho desenvolvido pela escola.
Avanços e Dificuldades Há um Plano de Formação Permanente consolidado pela CP onde são abordados os princípios e diretrizes das reuniões com pais. Foram elaboradas pautas interessantes e que atenderam as dúvidas e expectativas dos pais sobre o trabalho pedagógico assim como foram realizadas dinâmicas para participação dos familiares a fim de esclarecer na prática as concepções em que se pautam as propostas pedagógicas da escola. A organização de ter aula meio período no dia da reunião não é produtiva.
Compromisso para 2017
Todas as turmas deverão planejar a reunião com pais dentro dos mesmos parâmetros de qualidade. Mostrar na 2ª reunião com pais (geralmente no final de março/começo de abril) quais os objetivos para cada turma, projetos e sequências didáticas.
Atuação da APM/Conselho
O que a escola propôs Incentivar a participação dos responsáveis. Reuniões formativas.
Avanços e Dificuldades Pais e mães colaboraram em ações da escola (compras, manutenções). Reuniões com pauta para esclarecimento do trabalho pedagógico (PPP em casa; concepção do trabalho pedagógico – ludicidade, estudos do meio; datas comemorativas; sábados letivos). Comunicação constante com o grupo via e-mail (socialização das pautas e atas).
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Pouco quórum presente nas reuniões. Funcionários praticamente não conseguiram participar das reuniões.
Compromisso para 2017
Ampliar a participação das famílias: registrar as ações da APM e CE em fotos e divulgar; demais membros fazer campanha de incentivo. Pensar em estratégia para participação dos funcionários nas reuniões. Elaborar informativo periódico (trimestral?) divulgando as ações da APM e CE para a comunidade escolar.
Momentos formativos (HTPC e R.P)
O que a escola propôs Momentos de parceria, integração da equipe e socialização de práticas.
Avanços e Dificuldades Nas RP foram abordados assuntos pertinentes ao coletivo da escola. Nos HTPCs a socialização de práticas poderia ter sido mais ampliada. Alguns itens do Plano de Formação não foram efetivados.
Compromisso para 2017
Priorizar os Planos de Formação. Socialização como estratégia formativa. Priorizar assuntos. Reservar um período para planejamento coletivo.
Avaliação Semestral
O que a escola propôs Ampliar anualmente o retorno das avaliações respondidas pelas famílias. Replanejar o trabalho mediante as avaliações. Manter os dois modelos de avaliação semestral retomando o conteúdo ou alguma questão se necessário.
Avanços e Dificuldades Percentual de retorno maior que o ano anterior, embora algumas famílias tenham entregado depois do prazo. Realização de devolutiva das avaliações nas reuniões com a equipe escolar, com APM e CE e com os pais. As duas avaliações foram executadas a contento.
Compromisso para 2017
Manter o que está sendo realizado e qualificar os instrumentos de avaliação com novos olhares.
Parcerias: UBS; Jovens Dentistas; GCM; SAMU; Coleta Seletiva;
Comunidade Escolar (famílias, escola de música do bairro; CMAEI Paulo Bugni; EMEB Mario Martins)
O que a escola propôs Estar receptivos às parcerias que surgirem no decorrer do ano (muitas vezes de última hora!). Planejar considerando as possíveis parcerias da comunidade.
Avanços e Dificuldades Integramos as ações de outras secretarias realizadas na escola às atividades planejadas com as crianças para tornar as aprendizagens mais significativas.
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Ampliamos a participação da comunidade familiar com pesquisa de talentos musicais. Potencializamos alguns recursos do entorno agregando nos projetos coletivo ou das turmas (diversidade/inclusão; passagem para o fundamental; música e movimento).
Compromisso para 2017
Complementar e enriquecer as parcerias. Incorporar nas práticas.
PPP em Casa
O que a escola propôs Organização do “PPP em Imagens”: Reunião pedagógica com a equipe escolar e pais do Conselho de Escola e APM para apresentar o projeto “PPP em Casa” e qualificar o “PPP em Imagens”. Reunião ordinária da APM e Conselho de Escola para apresentar o projeto “PPP em Casa”. Na Reunião com Pais do mês de abril apresentar o projeto “PPP em Casa”. Assim que aprovado pela SE organizar a dinâmica de envio às famílias.
Avanços e Dificuldades Foram realizadas duas ações: reunião pedagógica e reunião com a APM e CE para apresentação do projeto. Não foi dada continuidade nas ações para efetivar a prática.
Compromisso para 2017
Implementar o projeto
Conselho Mirim
O que a escola propôs Criação desta instância de participação dos alunos: - Estudo e socialização de práticas sobre conselho mirim. - Eleição de representantes mirins para que sejam protagonistas nas ações de avaliação da escola
Avanços e Dificuldades Iniciou-se a discussão sobre o protagonismo infantil. Não teve continuidade como Plano de formação.
Compromisso para 2017
Criação desta instância de participação dos alunos, realizando a formação da equipe escolar no 1º semestre e implementando no 2º semestre.
Sobre as Práticas Pedagógicas... Entendemos que por meio de uma ação planejada a escola busca o seu objetivo de
que as crianças aprendam cada vez mais e com autonomia, sendo imprescindível observá-los, conhecê-los, compreender suas diferenças, demonstrar interesse por eles, conhecer suas dificuldades e incentivar suas potencialidades. Por isso é importante refletir sobre: 1. O protagonismo da criança no processo educativo 2. Experiências de aprendizagem ligadas aos Projetos e Sequências Didáticas nas diferentes linguagens 3. Atividades coletivas 4. Visita de estudo do meio 5. Cuidados com Materiais e Espaços
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O protagonismo da criança no processo educativo
O que a escola propôs Considerar a criança na escrita dos projetos e sequências. Realizar a avaliação de aprendizagem individual sob esta perspectiva.
Avanços e Dificuldades Retomada constante com o grupo de professoras pontuando esta questão como diretriz de trabalho. Não houve uma sistematização para formação dos professores sobre esta concepção de criança. Qualificação da escrita das avaliações dos alunos através de ações formativas da CP.
Compromisso para 2017
Formação da equipe tendo em vista a implementação do Conselho Mirim.
Experiências de aprendizagem ligadas aos Projetos e Sequências Didáticas nas diferentes linguagens
O que a escola propôs Acompanhamento dos planejamentos, registros, escrita de projetos e sequencias didáticas pela CP. Projeto coletivo de Música e das Olimpíadas.
Avanços e Dificuldades Ação contínua realizada pela CP qualificando os instrumentos metodológicos. Ações da Equipe de Gestão oportunizando atividades ligadas aos projetos e sequências didáticas. Sistematização dos conteúdos de Música e das Olimpíadas nos planejamentos de cada turma adequando às faixas etárias. O Plano de Formação em Música não foi concluído. Construir maior conhecimento didático para sistematizar a postura científica e o trabalho de pesquisa nas crianças.
Compromisso para 2017
Dar sequência no Plano de Formação em Música. Trazer antes do HTPC de planejamento dos projetos e sequências a formação do Tim faz Ciência.
Atividades Coletivas
O que a escola propôs Encontros coletivos para socialização de saberes e aprendizagens: apresentações das turmas, talentos da comunidade, apresentações teatrais. Organização dos Circuitos Motores. Atividades de livre Escolha (intersalas). Oficinas.
Avanços e Dificuldades Encontros coletivos: foram realizadas apresentações musicais pela comunidade escolar e algumas peças de teatro com a equipe escolar. Praticamente não houve socialização de aprendizagens das turmas. Circuitos motores: não aconteceram dentro da periodicidade, faltou compromisso na montagem da atividade. Na época das Olimpíadas foi mais trabalhado. Atividades de livre Escolha (intersalas): não aconteceram. Oficinas: não aconteceram.
Compromisso para Planejar e proporcionar momentos de interação: duas ou mais
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2017 turmas socializando suas aprendizagens; atividades coletivas por período; intensificar apresentações teatrais. Colocar em prática as diretrizes do PPP.
Visitas de Estudo do Meio
O que a escola propôs Realização de dois estudos do meio por turma, custeados com os recursos da APM. Participação no projeto da SE: A escola vai ao Teatro Aproveitar a oferta de recursos do entorno escolar no planejamento dos projetos e sequências didáticas.
Avanços e Dificuldades Não foram realizados os dois estudos do meio por turma. As saídas se acumularam no 2º semestre. O entorno foi pouquíssimo utilizado como recurso de trabalho. Foram priorizados locais vinculados aos projetos e sequências, o que limitou as opções. Dificuldade no acesso aos locais gratuitos (horário, distância)
Compromisso para 2017
Iniciar as saídas no 1º semestre para não acumular. Desvincular a ideia de que o estudo do meio é sempre para finalizar um trabalho desenvolvido com a turma, pode ser um disparador do trabalho, uma etapa ou uma experiência de aprendizagem para ampliar o universo cultural das crianças. Cada professora deve controlar a devolução das autorizações e entrar em contato antecipadamente com as famílias que não entregaram o documento assinado. Nunca deixar para o dia do passeio, ou um dia antes.
Cuidados com materiais e espaços
O que a escola propôs Incluir no PPP orientações didáticas construídas com a equipe escolar. Observações nos espaços coletivos. Responsabilidade e uso consciente de materiais e espaços.
Avanços e Dificuldades Não foram construídas as orientações nem realizadas as observações de uso dos espaços e materiais. Houve um HTPC de organização da Biblioteca (livros e CDs) e em outro HTPC foram separados os jogos e materiais matemáticos, porém não foram organizados. Ainda há materiais guardados em locais errados, misturados, caixas aparecem quebradas.
Compromisso para 2017
Incluir no PPP orientações didáticas construídas com a equipe escolar. Realizar observações nos espaços coletivos. Estimular através de ações individuais e coletivas o conteúdo procedimental com as crianças em relação ao uso dos materiais.
Sobre o acesso, permanência e sucesso escolar...
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Estes itens remetem tanto ao direito nas bases legais quanto nas ações educativas. Associamos cada um deles a algumas ações da escola. Acesso: acolhimento inicial às famílias, esclarecimentos e informações claras Permanência: estrutura humana e material, práticas pedagógicas Sucesso Escolar: aprendizagem e desenvolvimento da criança
Acesso: acolhimento inicial às crianças e famílias, atendimento, esclarecimentos e informações claras
O que a escola propôs Regras para o atendimento: “A 1ª impressão é a que fica”; ser atenciosos, cordiais e tirar todas as dúvidas possíveis. Realizar na 2ª quinzena de dezembro, a reunião com pais de alunos novos. Realizar o acolhimento de acordo com as necessidades das crianças e familiares.
Avanços e Dificuldades Tudo foi realizado a contento.
Compromisso para 2017
Manter a qualidade das ações de acesso à escola.
Permanência: estrutura humana e material, práticas pedagógicas
O que a escola propôs Projeto Pedagógico de qualidade: Atendimento Educacional Especializado. Acessibilidade. Alimentação diferenciada para alunos com dietas especiais. Manutenção da escola (organização e limpeza). Acompanhamento da frequência dos alunos. Realizar parcerias com as famílias.
Avanços e Dificuldades Boas práticas pedagógicas atendendo as expectativas das famílias. Construção de vínculos positivos que favorecem a aproximação com as famílias e intervenções quando necessário. Acompanhamento do trabalho realizado pelos profissionais da escola por parte da equipe de gestão. Falta de funcionário no apoio a inclusão. Falta de profissional que acompanhe a circulação das crianças pelos espaços escolares (tipo inspetor de alunos). Maior cobrança da frequência de alguns alunos pela direção.
Compromisso para 2017
Continuidade no acompanhamento do trabalho de toda equipe escolar pela gestão. Ações a serem realizadas pela direção no acompanhamento da frequência dos alunos. Antecipação de cronograma para atendimento das necessidades das crianças pelo quadro de funcionários de apoio a inclusão existente na escola. Solicitação junto à SE de quadro compatível às necessidades da escola.
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Sucesso Escolar: aprendizagem e desenvolvimento da criança
O que a escola propôs Aprimorar o trabalho de cada um para que o trabalho de todos seja um sucesso. Qualificar continuamente a gestão democrática e as práticas pedagógicas da escola, Realização de avaliações semestrais: da aprendizagem de alunos e institucional.
Avanços e Dificuldades Esforço constante para envolver a todos na consecução dos objetivos da escola e alinhar concepção e prática no desenvolvimento das ações educativas. Qualificação da escrita das avaliações dos alunos através de ações formativas da CP. Uso das avaliações institucionais para redirecionar o trabalho educativo.
Compromisso para 2017
Dar continuidade a todas as ações formativas, de acompanhamento e supervisão do trabalho educativo.
2- AVALIAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR
A avaliação do trabalho realizado pela escola é constante. No final do semestre, nas reuniões com pais, nos eventos... Consideramos também que as observações sugestões e críticas realizadas nas conversas cotidianas, nos momentos de acolhimento diário das famílias na entrada e saída das crianças são passíveis de reflexão e redirecionamento do trabalho pedagógico com vistas a qualificar as práticas escolares. As questões abaixo forma respondidas pelos familiares no final do ano letivo de 2016:
O que a escola tem de positivo e deve ser mantido com a mesma qualidade:
- Acolhimento - Direção atenciosa - Atenção e responsabilidade quanto à entrada e saída das crianças - Clareza no repasse das informações aos pais - Abertura à comunidade - A parte pedagógica corresponde às expectativas - O trabalho com a inclusão - Eventos bem organizados - O tamanho da escola/ Escola pequena e mobiliário adaptado para a idade das crianças - Preservação do prédio escolar - Escola limpa e organizada/ Cozinha limpa - Qualidade dos brinquedos
O que pode ser aprimorado para qualificar o atendimento das crianças e comunidade
- A quantidade de crianças por sala poderia ser menor - Auxiliar em educação para as turmas do infantil III/ Inspetor de alunos para a educação infantil - Solicitar guarda municipal na entrada/saída da escola - Melhorar material áudio visual nas salas - Necessita de maior variedade de lanche/ Mais refeições/almoço
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- Mais passeios / Mais festas em datas comemorativas - Estudar alguma forma de que os dias de emenda e reunião pedagógica receber as crianças que os pais não têm com quem ficar - Exame preventivo de oftalmologia - Limpeza e manutenção da casinha com maior frequência - Abertura do portão 10 minutos antes para que os pais aguardem na área coberta/ Estender o horário de saída - Atraso no material e uniforme - Oferta de período integral - Horta na escola - Plano de alfabetização, encaminhar tarefas para casa/ Adotar pasta de leitura - Insetos no parque - Mais ventilação - A possibilidade de uma área de brinquedos coberta/ Substituição dos brinquedos de ferro do parque - Aulas de computação, música, teatro, inglês e esportes no contra turno - Incluir uma enfermaria com medicamentos e um profissional da saúde - Relatar na agenda acidentes na escola com a criança - Enviar e-mails para os pais com programação da escola
O que a equipe refletiu sobre as questões acima
É importante dar continuidade ao trabalho já realizado construindo vínculos de respeito, consideração e afetividade cada vez mais sólidos com as crianças e familiares. As ações e procedimentos referentes aos cuidados com os espaços e materiais e com a organização da escola devem ter continuidade na mesma linha de trabalho realizado até o momento. É necessário esclarecer as famílias sobre os princípios e a concepção do trabalho pedagógico e já temos um alinhamento da escola para atingir este objetivo: - retomar a importância do planejamento da 2ª reunião com pais (entre março e abril) com pauta sobre o trabalho a ser realizado ao longo do ano: concepção da educação infantil/rede municipal; apresentação da rotina; socialização dos projetos e das sequencias didáticas. - rever as estratégias utilizadas na reunião para que sejam mais eficazes quanto ao esclarecimento destas questões. - agendar reuniões pontuais com familiares caso necessário. - colocar em prática o “PPP Em Casa”. - incluir a participação dos familiares nos projetos desenvolvidos com a turma. - socializar as produções das crianças nos espaços da escola, nos eventos com as famílias (reuniões, sábados letivos, atividades específicas). As questões que esbarram na organização da rede e política de atendimento do governo poderão ser esclarecidas pontualmente, pois as indicações feitas pelas famílias foram quase que
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individualizadas. As ações que dependem da utilização dos recursos da APM serão discutidas nas reuniões ordinárias dos órgãos colegiados.
3- AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS: APM / CONSELHO DE ESCOLA
Os membros dos órgãos colegiados analisam a atuação do próprio grupo assim como as
práticas educativas organizadas e oferecidas na escola. Avaliando o ano de 2016
consideraram que puderam contribuir em muitos momentos na escola: com ideias e
sugestões em projetos e para o dia da família; com auxílio na confecção de vários materiais;
no apoio/acompanhamento em atividades externas (estudos do meio).
Foram realizados alguns apontamentos visando qualificar a atuação da APM e do
Conselho de Escola na efetivação dos objetivos educacionais da unidade escolar para o ano
de 2017, assim como sugestões para o desenvolvimento do trabalho pedagógico:
INDICAÇÃO AÇÕES QUEM ? / QUANDO?
Incentivar os demais familiares a participarem da APM e do CE
Esclarecer sobre a atuação dos órgãos colegiados (reunião com pais/folder) Conversar sobre a experiência de ser membro dos órgãos colegiados
Gestão escolar – mês de fevereiro Membros dos órgãos colegiados
Organizar grupos de apoio para auxiliar na organização de espaços e materiais (jogos e brinquedos; livros)
Verificar disponibilidade dos familiares e orientar sobre as tarefas necessárias
Gestão escolar – durante todo o ano
Casinha (ao lado do parque) Pensar pedagogicamente o espaço (pequenos grupos/organização/limpeza)
Gestão escolar, professoras, APM/CE (reunião pedagógica março)
Alimentação Incentivar o projeto Alimentação Saudável com textos informativos aos familiares, teatro, nutricionista, receitas, palestras com fono, dentista e verificar a possibilidade de educadores físicos junto a UBS
Gestão escolar, professoras – ao longo do ano
Parceria com a comunidade Realizar mutirões para pintura de brincadeiras no chão da escola, manutenção dos carrinhos de rolimã, plinto e bancos suecos/ realizar pesquisa de talentos e habilidades dos familiares/ formar grupo de teatro com pais, mães, familiares, responsáveis, funcionários/organizar estratégias para estimular participação nos órgãos colegiados e outras atividades da escola
Gestão escolar, professoras, APM/CE, familiares voluntários – ao longo ado ano
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Projetos didáticos (coletivos e com as turmas específicas)
Apresentar para APM/Conselho para que possam contribuir dando sugestões
Gestão escolar – reuniões ordinárias dos órgãos colegiados em março/abril/maio
“PPP em Casa” Colocar em prática Gestão escolar – 1º semestre
4- AVALIAÇÃO DA EQUIPE DE GESTÃO E ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
A parceria com a orientadora pedagógica contribuiu para qualificar a prática da
escola em suas ações formativas e para ampliar o olhar da equipe de gestão na construção
do PPP, sendo que suas observações foram sempre pautadas pelo respeito e valorização ao
trabalho da equipe escolar. As devolutivas sobre o PPP e o Plano de Formação
oportunizaram a reflexão e ampliaram as possibilidades do trabalho pedagógico.
Como forma de qualificar o acompanhamento semanal pela orientadora pedagógica, discutimos sobre os aspectos positivos e os aspectos que necessitarão ser qualificados nos encontros semanais em 2017.
III. CARACTERIZAÇÃO E PLANO DE AÇÃO PARA OS SEGMENTOS DE ATUAÇÃO DA ESCOLA
1. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE
A região onde se localiza a EMEB Vinícius de Moraes passou por mudanças significativas
ao longo das décadas. Bairro residencial e com comércio local, tornou-se lugar de grande
concentração de empreendimentos imobiliários, comércios e serviços bastante variados,
servindo de via de ligação para os bairros mais afastados do centro que se formaram com a
migração de pessoas de outras regiões da cidade e do país.
Por estar muito próxima do centro da cidade pode contar com
vários recursos públicos na área de educação, saúde, cultura e lazer,
tendo duas escolas de ensino fundamental – EMEBs Mario Martins de
Almeida e Prefeito Aldino Pinotti; duas de educação infantil – EMEBs
Vinícius de Moraes e Monteiro Lobato; Unidade Básica de Saúde;
Hospital Escola Anchieta;
Escola de Arte-Educação
Prof. Paulo Bugni; Espaço
Troca Livros; Chácara Silvestre e várias praças.
O atendimento do transporte público coletivo
com parada ao lado da escola é reduzido,
contando com apenas três linhas de ônibus
municipais, porém há outras linhas que transitam
nas imediações da unidade, sendo que o serviço do
Condomínio Arcádia
Espaço Troca Livro
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trólebus passa pela região central, numa distância não superior a 1500m.
As possibilidades de trabalho com os equipamentos públicos e particulares são variadas:
visitas aos mercados, quitandas e demais comércios com finalidade de desenvolvimento de
atividades ligadas aos projetos de Alimentação Saudável, sequências em matemática e
linguagem; parcerias com as escolas para uso das bibliotecas, laboratórios de informática e
ateliê de artes, entre outras.
Desde 2013 houve uma aproximação
com a UBS do Bairro Santa Terezinha,
estreitando ações conjuntas aos alunos que
apresentam necessidades de atendimento
médico ou multidisciplinar. Em 2014 com o
início do PSE – Projeto Saúde na Escola –
foram realizadas avaliações antropométricas
e testes de acuidade visual para
levantamento das condições de saúde dos alunos e posterior encaminhamento para
acompanhamento pediátrico e oftalmológico. A partir de 2015 somente foram efetivadas as
avaliações antropométricas. Também realizamos parcerias em relação à problemática da
Dengue, organizando dramatizações que contaram com a participação da equipe escolar e
das agentes comunitárias de saúde.
2. COMUNIDADE ESCOLAR
2.1. CARACTERIZAÇÃO
Comunidade escolar refere-se aos segmentos que participam de alguma maneira do
processo educativo desenvolvido em uma escola. Essa coexistência de pais, alunos,
funcionários, professores e atores sociais do bairro em que a instituição está inserida gera
experiências cotidianas nos sujeitos e entre os sujeitos. Assim, a comunicação que a escola
estabelece , reconhecendo as carências, expectativas e dificuldades diárias de todos os
segmentos que fazem parte dessa comunidade e as ações que propõe para integrar os
diversos grupos representam o desafio para se construir uma escola democrática. Ao se
caracterizar a comunidade escolar são identificados aspectos físicos e humanos que serão
considerados para a definição de um projeto educativo adequado às necessidades do
público atendido.
Na década de 70 a escola atendia, prioritariamente, os moradores do seu entorno. As
crianças desta época cresceram e alguns são, atualmente, pais, tios e até avós dos atuais
alunos. Muitos trazem nas memórias uma vivência familiar e escolar experimentadas num
bairro que não é mais o mesmo.
Atualmente a comunidade atendida está mais diversificada, tendo as famílias
procedência de vários bairros. Em razão deste maior distanciamento geográfico, temos % de
alunos que se utilizam de transporte escolar particular. Do total de alunos matriculados,
UBS Santa Terezinha
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cerca de 60% reside nos bairros Santa Terezinha e Centro; os demais dividem-se entre os
seguintes locais: Vila São Pedro, Nova Petrópolis, Jd Palermo, Ferrazópolis, Jd Farina.
Buscamos conhecer os motivos pelos quais os responsáveis escolhem matricular seus
filhos nesta EMEB para definir ações e metas em relação ao trabalho, sendo que muitas
famílias destacaram o trabalho pedagógico de qualidade realizado pela equipe e oferecido às
crianças, quer sejam por terem filhos que já estudaram na escola ou por indicação de outras
pessoas; o acolhimento, respeito, consideração e carinho dispensados à comunidade
escolar; o histórico positivo da escola e sua representação na memória dos antigos alunos,
que hoje são pais, irmãos ou parentes das crianças que estudam atualmente; a tranquilidade
de ter uma escola pequena e bem organizada; a confiança no trabalho realizado pela escola
pública.
2.2. PLANO DE AÇÃO PARA A COMUNIDADE ESCOLAR
Justificativa:
As ações planejadas para a comunidade escolar consideram a importância do
estreitamento dos vínculos entre escola e familiares como base para a parceria do trabalho
educativo. Utilizando-se das avaliações do ano de 2016, reuniões com pais ou responsáveis e
conversas pontuais foi possível priorizar o plano de ação com a comunidade escolar.
Objetivos
Ações Propostas
(Metodologia) Responsáveis Cronograma
1. Compartilhar
experiências e
conhecimento entre os
membros da
comunidade escolar
aproximando os diversos
atores que integram os
segmentos da escola
para avançar na
construção coletiva de
um Projeto Político
Pedagógico de
qualidade, ampliando as
possibilidades de
participação de todos
nas ações pedagógicas
(talentos da
comunidade,
socialização de vivências,
- Realização de reuniões com pais
e com órgãos colegiados
abordando os temas elencados.
- Retomada sempre que necessário
junto à comunidade escolar dos
combinados, orientações e regras
de convívio e de organização
escolar, considerando as diretrizes
da SE e os princípios educacionais
expressos no PPP.
- Planejamento de atividades em
parceria com as famílias no tocante
ao compartilhamento de vivências
e saberes junto aos alunos estando
relacionados a projetos ou outras
propostas de trabalho.
- Promoção de atividades para a
comunidade escolar considerando
as características e vivências da
Equipe Gestora e
demais
integrantes da
equipe escolar de
acordo com a
ação planejada
- As ações
acontecerão
durante o ano
sempre que
houver
necessidade
de retomar as
reflexões ou
orientações
sobre os
assuntos
indicados.
- As reuniões e
os sábados
letivos
acontecerão
conforme
calendário
homologado
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entrevistas e pesquisas
familiares, etc)
2.Ampliar as informações
sobre os projetos
pedagógicos a rotina da
escola, as regras e
combinados com a
comunidade escolar
tendo por base os
princípios da qualidade
da educação e igualdade.
mesma e os objetivos expressos no
PPP (sábados letivos, reuniões com
pais, etc).
pela SE
- Haverá
atividades em
dias letivos
conforme
planejamento
da escola.
2.3. AVALIAÇÃO
Serão realizadas avaliações semestrais abrangentes no final de junho e começo de
dezembro (reuniões com pais, sábados letivos, comunicação com as famílias, atendimento à
comunidade) que permitam nortear o trabalho para continuidade do plano de ação, assim
como avaliações específicas das ações pontuais que venham a ocorrer.
3. EQUIPE ESCOLAR
3.1. PROFESSORES
3.1.1. CARACTERIZAÇÃO
A escola conta com quatro professoras titulares efetivas e uma professora substituta
por período. A formação profissional e o tempo de trabalho na rede municipal estão
descritos a seguir:
Nome
Situação funcional
Graduação Pós -
Graduação Início na PMSBC
Início na Escola
Cilmara Leonete R.Braga
Efetiva 30h designada
Tarde Pedagogia
Atividades físicas para
pessoas com deficiência
02/2001 02/2017
Eliane Aparecida Jacinto Souza
Efetiva 30h
Tarde Pedagogia
Ed. Inclusiva Neuropsicoped
agogia 02/2003 02/2010
Eliane dos Santos de Almeida
Titular sem sala 30h
Tarde Pedagogia
Ed.Fund. Arte e
Educação 02/2015 02/2017
21
A partir de 2015 foi incluído na carga horária do professor o Horário de Trabalho
Pedagógico – HTP, atendendo a legislação federal que garante ao professor a realização de
docência em 2/3 de sua carga horária, sendo reservado o 1/3 restante para formação em
horário de serviço. Desta forma, as professoras de educação infantil realizam quatro horas
de docência e uma hora de HTP diariamente em sua jornada de trabalho.
As professoras do período da manhã realizam o HTP diariamente no início do período
das 7h às 8h e as professoras da tarde finalizam sua jornada de trabalho com o HTP – das
17h às 18h.
No HTP diário o professor realiza a sistematização dos instrumentos metodológicos
(planejamento e replanejamento, registro, relatórios de aprendizagem individual do aluno),
atendimento à comunidade e formação continuada, através do
acompanhamento/devolutivas individuais com a coordenação.
Outro espaço de formação em serviço é o HTPC – Horário de Trabalho Pedagógico
Coletivo – que tem duração de três horas e acontece semanalmente às quartas-feiras a
partir das 18h40min, contando com a participação de todo o corpo docente, coordenadora
pedagógica e diretora escolar.
As escolas de educação infantil contam ainda com seis reuniões pedagógicas
distribuídas durante o ano. Este é um espaço formativo privilegiado, pois contamos com a
participação de toda a equipe escolar e, quando pertinente, convidamos os membros dos
órgão colegiados (APM e Conselho de Escola) assim como algum profissional que possa
contribuir com os temas abordados.
3.1.2. PLANO DE FORMAÇÃO PARA OS PROFESSORES
O Plano de Formação para os professores tem como premissa a qualificação da ação
docente e organização do trabalho, tanto no seu fazer individual quanto nas ações e
Janete Aparecida da Silva Freitas
Efetiva 30h
Tarde Pedagogia
Supervisão Escolar
03/1999 02/2013
Marcely Moretti Gomes
Efetiva 30h Designada
Pedagogia Psicopedag
Arte e Educação
09/2013 02/2017
Rejane Leite Oliveira
Efetiva 30h
Tarde Pedagogia
Educação Especial
02/2003 02/2013
Rita de Cássia Vargas Galo
Efetiva 30h Tarde
Administra ção
- 11/2011 02/2017
Rosângela Medeiros dos
Santos
Efetiva 30h Tarde
Pedagogia Ed.Inclusiva
Gestão Escolar 04/1999 02/2017
Rosemeire da Silva Nevacchi
Substituta 30h Manhã
Pedagogia - 04/2001 02/2014
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propostas coletivas que acontecem durante o ano na escola. São exemplos de algumas
destas ações coletivas: as reuniões trimestrais com pais e os eventos semestrais com a
comunidade. Há também ações comuns ao trabalho do professor como é o caso da
avaliação, realizada através dos relatórios de aprendizagem individual do aluno /
documentação pedagógica e os Projetos Coletivos cujo objetivo principal é a circulação de
aprendizagens e saberes entre todas as turmas, a partir de um tema comum.
Por isso, visando à qualificação deste “fazer contínuo”, que se repete ano a ano mas
que também precisa ser refletido e aprimorado para que, como bem menciona Teresinha
Rios, “faça-se de novo e não de velho”, ou seja, sempre um novo e qualificado fazer,
sistematizamos para o segmento docente dois planos de formação que se efetivarão ao
longo do ano.
O Plano de Formação 2017 tem por objetivo a formação continuada com temas
variados e de interesse da educação infantil, elencados a partir da observação das
necessidades formativas da equipe escolar ou de projetos coletivos de trabalho.
O outro, denominado Plano de Formação Permanente, tem por objetivo a
tematização, qualificação e estudo de ações que organizam o fazer pedagógico individual e
coletivo, qualificando e ressignificando as ações cotidianas realizadas na escola.
Os planos citados estão descritos a seguir.
PLANO DE FORMAÇÃO 2017
“Tematizações e Socializações – pesquisa e prática”
“ Tematizar a prática é quando professores analisam em
conjunto com um parceiro mais experiente situações
didáticas já vivenciadas. Essa ação permite a todos o
desenvolvimento da capacidade de estabelecer relações,
de saber explicar o que foi feito, de fazer escolhas mais
ativas e de selecionar uma dentre várias opções,
impedindo a repetição de velhos hábitos improdutivos ou
ações realizadas por tentativa e erro. É o momento da
tomada de consciência de teorias implícitas que vinham
sustentando seu fazer cotidiano, de confronto teórico e de
construção de novos referenciais para o trabalho." ( Maria
Cristina Köthe)
JUSTIFICATIVA
Considerando que:
- na avaliação de 2016 dos momentos formativos as professoras apontaram a necessidade
de ampliarmos as tematizações e socializações de prática;
- a análise de situações de sala de aula é uma estratégia que fornece reflexão, ajudando o
professor a identificar problemas, pensando em possibilidades, investigando;
23
- analisar práticas a partir de registros, vídeos e fotos constitui uma ferramenta privilegiada
de formação;
Optamos por trazer em nossos momentos formativos tematizações e socializações de
práticas visando a reflexão sobre as experiências de aprendizagem que os professores
proporcionam às crianças.
Objetivos
Gerais e específicos
Ações Propostas
(Metodologia) Responsáveis Cronograma
-Pesquisar o
conhecimento que os
professores deste
grupo possuem sobre
tematização e
socialização de
prática;
- Socializar este plano
de formação
- Planejar a
tematização ou
socialização em
parceria com o
professor
- Aprofundar o
conhecimento teórico
dos professores sobre
a tematização/
socialização realizada;
- Qualificar a prática
do profº a partir das
socializações e
tematizações
- Levantamento de conhecimentos
prévios da equipe docente sobre o
tema;
- Em HTPC socializar este plano de
formação e organizar com as
professoras um cronograma das
socializações/tematizações
-Organizaremos tematizações ou
socializações de práticas mensais
nos HTPC’s ;
- Trazer material teórico para
embasar a socialização/tematização
organizando este momento em
parceria com o professor.
- Acompanhamento e qualificação
dos instrumentos metodológicos do
professor com foco no
aprimoramento do conteúdo
tematizado/socializado, conforme
tabela abaixo.
Dupla Gestora
Coordenação
Pedagógica
Coordenação
Pedagógica
Coordenação
Pedagógica e
Professor
Coordenação
HTPC’s
HTPC do mês de
Abril
Mensal em HTPC
HTP
CRONOGRAMA DAS TEMATIZAÇÕES
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Junho ELIANE (Coleção interdisciplinaridade e inclusão)
Setembro CILMARA (Astronomia)/ REJANE (Ciências/TIM)
Julho ROSÂNGELA (Música)
Outubro SONIA (Corpo e movimento/ estações e/ou Tridimensional)
Agosto JANETE (Artes)
Novembro MARCELY / ROSE (Facilitadores e dificultadores da substituição)
Agosto RITA (Pnaic / letramento)
PLANO DE FORMAÇÃO PERMANENTE
“Quando seguimos as setas, o desconhecido e o
inesperado não assustam mais, porque se tem a
confiança de que elas nos manterão no caminho certo.”
(Jussara Hoffmann, 2001, p.16)
JUSTIFICATIVA: As práticas pedagógicas coletivas realizadas na escola como reunião com
pais, eventos com a comunidade, entradas coletivas, inter salas, etc..., necessitam de um
planejamento que promova o compartilhamento de objetivos, estratégias e organização,
sendo que esta ação formativa ocorre nos momentos de trabalho pedagógico coletivo
(HTPC). Estas ações são contínuas e fazem parte da estruturação do trabalho constituindo
assim um Plano de Formação Permanente como o que segue:
Objetivos
Gerais e específicos
Ações Propostas
(Metodologia) Responsáveis Cronograma
- Organizar o trabalho
pedagógico
(instrumentos
metodológicos do
professor)
- Avaliação inicial sobre as
características de cada turma;
- Retomar combinados do
planejamento
(acompanhamento do
organizador da
rotina/semanário)
- Refletir sobre o planejamento
a partir das modalidades
organizativas Projetos e
Sequências didáticas,
orientando, analisando e
acompanhando sua escrita;
Dupla gestora /
professoras
HTPCs Março e
Abril
- Qualificar os - Planejamento em subgrupos Dupla Gestora e HTPC anterior
25
momentos de reuniões
com pais ou
responsáveis para que
se tornem mais
formativos e
apresentem um
padrão de qualidade
por todos os
professores.
com no mínimo uma semana de
antecedência, destacando o
foco da reunião e as estratégias
que serão utilizadas pelo
professor.
- Socialização das estratégias a
serem utilizadas por todos.
- Avaliação dos encontros para
replanejamento da próxima
reunião.
Professores a reunião com
pais
- Considerar no
planejamento a
realização de Projetos
e Sequencias
Didáticas, as Diretrizes
voltadas à Cidadania
como:
Sustentabilidade,
Alimentação Saudável
e Pedagogia
Participativa.
- Planejamento e escrita dos
projetos,
- Socialização dos Projetos e
Sequências realizados;
- Qualificação dos projetos e
sequencias didáticas no
decorrer do ano com textos,
fotos, filmagens, reflexões;
- Planejamento dos eventos
com a comunidade (sábado
letivo), considerando as
Diretrizes voltadas à Cidadania.
Dupla Gestora HTPC
- Favorecer momentos
formativos que
qualifiquem a escrita
dos relatórios de
aprendizagem
individuais.
- Reflexão coletiva sobre
relatórios de aprendizagens
individuais.
- Orientação aos professores
quanto a procedimentos
necessários como datas.
Análise de relatórios de
aprendizagens individuais.
Dupla Gestora Primeiro HTPC
de Junho e
Novembro.
Momentos
formativos
individuais das
professoras
com a
coordenadora
pedagógica.
3.1.3. AVALIAÇÃO
No final do primeiro semestre (Julho) os professores avaliarão individualmente, através de
instrumento avaliativo elaborado pela gestão, os momentos formativos e o Plano de
Formação Permanente, relativos aos objetivos propostos e as ações coletivas realizadas. Já
no segundo semestre (Novembro) a avaliação será voltada ao Plano de Formação:
““Tematizações e Socializações – pesquisa e prática”
onde serão avaliados os conteúdos, as estratégias, a participação individual nos momentos
formativos coletivos e a qualificação do planejamento observado através do
acompanhamento dos instrumentos metodológicos e na prática do professor pela
coordenação.
26
3.2. AUXILIARES EM EDUCAÇÃO E ESTAGIÁRIOS DE PEDAGOGIA
3.2.1. CARACTERIZAÇÃO
O quadro de auxiliares de educação é definido pela Secretaria de Educação em
função do atendimento oferecido – se há classes de Infantil II e se há crianças com
deficiência cujas turmas necessitam de apoio. Há, portanto, dois tipos de auxiliares em
educação: os que acompanham as turmas de infantil II e os auxiliares de apoio à inclusão.
Os auxiliares em educação ingressaram nas escolas de educação infantil –
modalidade pré-escola – a partir do ano de 2009.
A função principal dos auxiliares em educação é cuidar, supervisionar e orientar os
educandos quanto a sua higiene corporal; orientar sobre hábitos alimentares, colaborar no
desenvolvimento de atividades recreativas e pedagógicas previamente estabelecidas;
participar e colaborar no preparo de atividades desenvolvidas na unidade de ensino.
A escola conta neste ano com uma auxiliar em educação de 40 horas.
Embora os auxiliares em educação não tenham horário especifico para realização de
formação em serviço (HTP ou HTPC), é autorizada a participação no HTPC da unidade escolar
com posterior flexibilização do horário. Neste ano, devido ao atendimento realizado nos dois
períodos, não será possível esta participação tampouco a realização de encontros formativos
específicos com este segmento. É importante ressaltar que estes momentos foram bem
avaliados por todos nos anos anteriores e trouxe qualificação à prática destas profissionais.
Os Estagiários de Pedagogia são contratados através de convênio firmado entre a
Secretaria de Educação e faculdades do município, não tendo vínculo empregatício com a
prefeitura. São alunos que frequentam o 2º e 3º ano da graduação e sua função é dar apoio
à inclusão.
3.2.2. PLANO DE FORMAÇÃO PARA OS AUXILIARES E ESTAGIÁRIOS.
Justificativa
Como estão muito próximos às crianças, é importante que conheçam a rotina escolar,
a organização e propostas de trabalho bem como o desenvolvimento infantil, qualificando
assim, as intervenções que realizam, além do conhecimento das normas e exigências
específicas do trabalho que realizam.
Nome Situação funcional Escolaridade Início na
PMSBC
Início na
escola
Lucia Naomi
Ashimine
Auxiliar em
educação
Superior Adm.
Empresas 03/2009 02/2011
Fabiana Dias
Fordiani
Estagiária em
Pedagogia
Cursando
Pedagogia 03/2017 03/2017
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Objetivos
- Apropriar-se da concepção pedagógica que permeia o ensino nesta EMEB;
- Entender o funcionamento da rotina escolar, tendo no seu trabalho o acompanhamento
da coordenadora pedagógica qualificando a prática pedagógica,
- Estreitar o trabalho de parceria com as professoras, qualificando o atendimento à
criança.
Ações Propostas (Metodologia)
- Entregar cópia antecipada do planejamento do professor,
- Envio das pautas dos HTPC’s por email,
- Disponibilização da pasta de registros e materiais utilizados para formação nos HTPC’s,
- Acompanhamento pela coordenação escolar nas práticas cotidianas.
Responsáveis
Coordenação
Cronograma
Pontualmente na prática cotidiana e durante todo o ano letivo nas Reuniões Pedagógicas.
3.2.3. AVALIAÇÃO
A avaliação do Plano de Formação ocorrerá na avaliação semestral e através do
acompanhamento do trabalho do auxiliar em educação.
3.3. FUNCIONÁRIOS
3.3.1. CARACTERIZAÇÃO
O quadro de funcionários das unidades escolares é determinado pela Secretaria de
Educação em função do atendimento oferecido, considerando a modalidade e o número de
classes do ano em curso.
A equipe de apoio realiza atividades que oferecem suporte para as ações
pedagógicas, assegurando que a infraestrutura da escola esteja adequada para o trabalho
desenvolvido com os alunos e familiares.
Na EMEB Vinicius de Moraes essa equipe é composta por um Oficial de Escola
responsável pelo atendimento na secretaria (acolhimento da comunidade, informações
interna e externas, documentação, sistemas informatizados, entre outras tarefas), três
auxiliares de limpeza da PMSBC que realizam a higienização e arrumação dos espaços
escolares e duas funcionárias terceirizadas da empresa CONVIDA responsáveis pelo preparo
da merenda escolar.
28
3.3.2. PLANO DE FORMAÇÃO PARA OS FUNCIONÁRIOS
Justificativa:
Considerando os princípios da qualidade da educação e da valorização do profissional
da educação entende-se que a formação em serviço contribua para aprimorar o trabalho
realizado por cada segmento em suas atribuições específicas e para o entendimento da ação
educativa inerente aos trabalhadores da área da educação.
Objetivos Gerais e Específicos:
1. Discutir sobre alguns princípios de educação: respeito à diversidade e autonomia.
2. Refletir sobre a concepção de trabalho com crianças pequenas: cuidar e brincar
3. Organizar o trabalho realizado pelos funcionários orientando quando necessário a
respeito das questões específicas de cada um: tarefas a serem realizadas, práticas utilizadas,
resultados esperados, etc.
Ações Propostas (Metodologia):
- Tematização de assuntos em reuniões com o grupo de apoio ou nas reuniões pedagógicas a
partir de leitura de textos, apreciação de vídeos e exercício de observação da rotina da
escola.
- Análise semestral da divisão das tarefas de limpeza e reorganização diante das
necessidades observadas pelo grupo.
- Realização de intervenções individuais para ajuste de tarefa ou conduta quando necessário.
- Retomada do Manual de Procedimentos de Limpeza das Escolas Municipais enviado pela SE
se observada alguma questão técnica em relação ao serviço da equipe de limpeza.
- Retomada de orientações e procedimentos administrativos da escola e da SE para
direcionar o trabalho da equipe.
Responsáveis:
Nome Cargo/Função Escolaridade Início na PMSBC
Início na Escola
Claudete Nunes B. Oliveira Auxiliar de Limpeza
Ensino Médio 04/2008 04/2008
Lucia de Fátima Barroso Guimarães
Auxiliar de Limpeza
Ensino Fundamental
03/2008 03/2008
Sandra Regina S. da Silva Auxiliar de Limpeza
Ensino Fundamental
08/2005 08/2005
Maria Lucilene de Almeida Braga
Cozinheira Ensino Médio 04/2008 04/2008
Ivone Aparecida dos Santos Auxiliar de Cozinha
Ensino Médio 07/2009 07/2012
Daniela Petrassi Cavalhero
Oficial de Escola
Licenciatura em Matemática Pós graduação em Gestão de Projetos
03/1999 03/2017
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Direção escolar com apoio da Coord. Pedagógica nas ações formativas educativas.
Cronograma:
Calendário de Reuniões Pedagógicas
Encontros pontuais
3.3.3. AVALIAÇÃO
Serão observadas as atitudes em relação aos alunos e comunidade escolar e a
qualidade do serviço realizado na rotina diária de trabalho. O instrumento de avaliação
semestral contemplará questões que perpassam pelos assuntos abordados.
4. ÓRGÃOS COLEGIADOS
Os Órgãos Colegiados são espaços organizados para a participação da comunidade
escolar – pais, alunos, professores, funcionários – no desenvolvimento do trabalho
educativo. Compostos pela APM – Associação de Pais e Mestres – e pelo Conselho de Escola,
são os parceiros nas discussões sobre questões administrativas, financeiras e pedagógicas da
escola. Os representantes dos diversos segmentos de pessoas envolvidas no trabalho
educacional devem analisar o desempenho, as potencialidades e as dificuldades da escola
para propor soluções e apresentar sugestões para o desenvolvimento do Projeto Político
Pedagógico, colaborando em ações que promovam a melhoria da qualidade do trabalho
desenvolvido pela escola, e respeitando-se sempre as normas e diretrizes do Sistema
Municipal de Ensino.
A realização da 1ª Assembleia Geral garante a eleição dos membros da APM e do
Conselho de Escola da unidade escolar para o mandato do período, que neste ano vai de
01/04/2017 até 31/03/2018. Também são realizadas reuniões mensais com duração de duas
horas aproximadamente, conforme calendário escolar e horário definido pelo grupo de
representantes, com pautas de discussão previamente elaboradas conforme a necessidade
da escola.
Para que haja a maior participação possível de familiares, todos os membros do atual
mandato são convidados a conversar com os demais pais e incentivá-los a fazer parte da
APM e/ou do Conselho de Escola e a direção também faz os contatos com os familiares que
estão mais presentes no dia a dia da escola esclarecendo sobre a importância da sua
participação. Concomitantemente é enviado um bilhete aos pais ou responsáveis com
esclarecimentos sobre os Órgãos Colegiados e suas atribuições, convidando-os a
candidatarem-se como representantes dos segmentos de pais de alunos e da comunidade
escolar. Na sequência é enviada a convocação oficial para a Assembleia Geral, assim como é
divulgado o edital de convocação no portão da escola.
Com todas estas ações garantimos e oportunizamos aos pais o exercício efetivo da
participação coletiva na gestão da instituição.
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4.1. CONSELHO DE ESCOLA
4.1.1. CARACTERIZAÇÃO
Os Conselhos de Escola surgiram na década de 1980, período de pressões populares
por mais abertura política contrapondo-se à ditadura militar. Porém as redes públicas de
ensino tinham mecanismos de controle que os tornavam limitados em sua atuação e sem
representação significativa dos pais ou comunidade escolar.
Com a aprovação da Constituição Federal de 1988 apresenta-se pela primeira vez o
termo Gestão Democrática para as escolas. Os Conselhos Escolares passaram a ter lugar de
destaque quando se discute participação democrática, construção coletiva do trabalho
educativo e qualidade social da educação.
O Conselho de Escola da EMEB Vinícius de Moraes segue as diretrizes indicadas no
Plano Nacional de Educação – PNE – e no Regimento das Escolas Municipais de São Bernardo
do Campo e atua desde 2004 como um dos Órgãos Colegiados da escola.
4.1.2. COMPOSIÇÃO
Nome Segmento Função Condição
VALÉRIA GARCIA DE OLIVEIRA ESCANUELA
Pais 1ª Secretária Titular
TATIANA MAGER Pais Membro Titular
DULCINÉIA APARECIDA DE OLIVEIRA
Pais Membro Titular
MIKAELE MORAIS DE ARAUJO Pais Membro Titular
GISELE APARECIDA MARQUES DOURADO
Pais Membro Suplente
LETÍCIA FLORES CARVALHO Pais Membro Suplente
ELAINE NEGRI CANTADORI Diretora Membro Titular
MARCELY MORETTI GOMES Professora Membro Titular
ANA PAULA VALÉRIO Coord. Pedagógica Coordenadora Titular
ELIANE DOS SANTOS DE ALMEIDA Professora Membro Titular
DANIELA PETRASSI CAVALHERO Oficial de Escola Membro Suplente
LUCIA NAOMI ASHIMINE Aux. Educação Membro Suplente
4.2. ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES
4.2.1. CARACTERIZAÇÃO
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Entre 1920 e 1971 as Associações de Pais e Mestre já existiam nos sistemas
educacionais, porém em caráter facultativo. A partir daí foi estabelecida sua obrigatoriedade
em todas as escolas brasileiras.
Apenas no ano de 1977 a prefeitura de São Bernardo do Campo implantou o Estatuto
Padrão das Associações de Pais e Mestres, instituindo a APM como órgão auxiliar da direção
das escolas. Tinha como funções básicas prestar assistência constante ao escolar, intensificar
a integração entre a escola e a comunidade, promover torneios esportivos, reuniões e
palestras, organizar excursões e comprometer-se com a melhoria do ensino. Angariava
fundos através da contribuição dos pais, festas e eventos para a comunidade. Sua atuação
acontecia em parceria com a Caixa Escolar, criada para atender as necessidades de alunos
carentes.
Atualmente a entidade gerencia recursos repassados através de convênios firmados
com a Secretaria de Educação e com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação –
FNDE – órgão ligado ao Ministério da Educação, não recebendo mais contribuições dos pais
ou recursos advindos de eventos a serem pagos pela comunidade, respeitando assim o
princípio da gratuidade da escola pública.
Não há dúvidas que o objetivo maior da APM é comprometer-se com a melhoria da
qualidade da educação oferecida aos alunos.
4.2.2. COMPOSIÇÃO
Conselho Deliberativo
Nome Segmento Função
ELAINE NEGRI CANTADORI Diretor de Escola Presidente
ANA PAULA VALÉRIO Coord. Pedagógica 1° Secretario
RAQUEL MARTINHO PEREIRA Pais 2º Secretario
MAYARA DE OLIVEIRA GONSAGA Pais Membro
AMANDA CRISTINA PEREIRA CRUZ Pais Membro
Diretoria Executiva
Nome Segmento Função
ADRIANA BIAGGIO DA SILVA SANTOS Pais Diretor Executivo
YARA APARECIDA AVI ROSSI Pais Vice Dir. Executivo
FABIO MARTINS Pais 1º Tesoureiro
DEBORA RIBEIRO MARQUES GOMES Pais 2º Tesoureiro
FERNANDA BRITO LOURENÇO Pais 1º Secretario
VANESSA JORGIANA MOREIRA Pais 2º Secretario
Conselho Fiscal
Nome Segmento Função
FERNANDA OLIVEIRA DUARTE GOMES Professora Membro
KARINA MARLEI BRITO NERY Pais Membro
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REJANE LEITE OLIVEIRA Pais Presidente
4.3. PLANO DE AÇÃO DO CONSELHO DE ESCOLA E APM
Os órgãos colegiados se complementam em suas ações diante da natureza de suas
funções – deliberativa, consultiva e executiva. Por essa razão foi elaborado um plano de ação
conjunto para atender as necessidades da unidade escolar.
Objetivos
1. Colaborar no desenvolvimento de projetos com a comunidade escolar
2. Deliberar sobre as prioridades da utilização dos recursos financeiros
Ações Propostas
Efetivar a participação dos representantes dos órgãos colegiados ou de grupos de
voluntários no planejamento e execução de:
1. Projetos para a comunidade escolar:
- Aquisições para a organização de eventos variados ( providenciar materiais para realizar
atividades com os alunos e familiares)
- Participação como apoio em eventos.
2. Necessidades pedagógicas para os alunos:
- Aquisição de materiais pedagógicos, tais como brinquedos, jogos, livros e cd´s.
- Aquisição de material escolar, tais como papéis variados, tintas variadas e demais itens de
artes.
- Contratação de brinquedos infláveis ( sob análise devido à diminuição da verba repassada)
- Locação de ônibus para estudos do meio
3. Manutenção e organização do prédio e dos espaços escolares:
- Conservação dos espaços, mobiliários e equipamentos quando necessário (pintura,
consertos simples de hidráulica, elétrica, serralheria com material e/ou mão de obra;
conserto de mobiliários ou equipamentos; etc)
- Organização de grupos para trabalho voluntário na escola (biblioteca; organização do
ateliê)
Responsáveis
Equipe Gestora e Integrantes dos Órgãos Colegiados
Cronograma
Março a Dezembro
4.3.1. AVALIAÇÃO
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Será realizada a partir da análise das ações efetivadas e dos resultados alcançados e
também através de avaliação realizada com os diversos segmentos da comunidade escolar
ao final de cada semestre letivo.
IV. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
1. OBJETIVOS – FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
O desenvolvimento do trabalho pedagógico se fundamenta principalmente na Lei
9.394, de 20/12/1996 – Lei de Diretrizes e Bases, atendendo ao Objetivo da Educação Básica
em seu Título V – dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino; Capítulo II:
Seção I
Das Disposições Gerais:
“Art. 22°. A Educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a
formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
Seção II
Da Educação Infantil
“Art. 29°. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade (ou zero a cinco, na medida em
que as crianças de seis anos ingressem no Ensino Fundamental), em seus aspectos físico,
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.
2. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA
A concepção pedagógica da rede municipal de ensino e que orienta as ações
realizadas no contexto escolar tem por base a teoria sócio construtivista interacionista. Tais
estudos apresentam como ponto central a ideia de que aprendizagem e desenvolvimento
são produtos da interação social, ou seja, é no contato com outros indivíduos e com os
objetos de conhecimento – natureza, histórias, escrita, artes, música, brincadeiras corporais,
conversas, números, etc. – que as crianças passam a conhecer a cultura acumulada pela
humanidade, desenvolvem suas habilidades individuais e contribuem com seu conhecimento
no grupo em que estão inseridas. Assim, os Princípios fundamentam e as Diretrizes sinalizam
os caminhos que direcionarão estas ações.
O professor assume o importante papel de organizar situações que favoreçam as
aprendizagens das crianças, quer sejam elas cognitivas, afetivas, sociais, motoras ou morais.
Considerando que a atividade principal da criança é o brincar, entende-se que a maneira
mais significativa, eficaz e prazerosa para que elas construam conhecimentos sobre si
mesmas e sobre o mundo e desenvolvam competências intelectuais, físicas e emocionais,
seja através de jogos, brinquedos ou brincadeiras.
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As práticas escolares que garantem que o processo pedagógico se efetive com
sucesso devem estar pautadas pelos seguintes princípios e diretrizes:
Qualidade na Educação: norteará todas as ações realizadas no contexto escolar que vão
desde o primeiro atendimento à família até o efetivo e contínuo contato de todos os
integrantes da equipe escolar com as crianças;
Atendimento à Diversidade: todos serão respeitados em suas especificidades: nos
saberes que já trazem consigo, nos tempos e ritmos diversos e em suas características
próprias e distintas;
Autonomia: a criança é sempre estimulada a desenvolver e construir sua autonomia
contando com o apoio e a mediação dos adultos para que possa fazer escolhas,
desenvolver atividades individualmente, em pequenos grupos e em grupos maiores;
Gestão Democrática: garantirá a participação dos diferentes segmentos da comunidade
escolar nos processos consultivos e decisórios nas dimensões pedagógica, administrativa
e financeira;
Valorização do Profissional da Educação: um dos fatores que influenciam na qualidade
da educação é a valorização de todos os profissionais que atuam na escola e
consequentemente, direta ou indiretamente com as crianças. A formação continuada
realizada individual e coletivamente propõe principalmente a qualificação das tarefas
envolvidas no cuidado e na educação das crianças,
A gratuidade da escola pública: princípio constitucional que conferirá ao Poder Público a
responsabilidade pelo funcionamento e manutenção da escola pública;
O direito de todos à escola (e ao que ela oportuniza como atividade): todas as crianças
terão garantido e facilitado seu acesso à escola e a todas as atividades que ela
oportuniza, cabendo aos profissionais (professores, funcionários e gestores) realizarem
adaptações e mediações que contemplem e atendam a todas as crianças sem nenhuma
distinção. A permanência das crianças será garantida através do acompanhamento da
frequência escolar e viabilizada em parceria com toda equipe escolar no sentido de
promover para as crianças experiências lúdicas, contextualizadas e prazerosas;
A laicidade do ensino: em se tratando de uma escola pública, todas as religiões serão
aceitas, porém nenhuma será professada neste contexto, garantindo o respeito às
diferenças religiosas e combatendo qualquer espécie de pregação ou distinção à credos
e/ou crenças.
Todas as discussões e reflexões coletivas e individuais realizadas com a equipe escolar
são pautadas por tais Princípios e Diretrizes, culminando na construção coletiva deste
documento norteador das ações de todos os profissionais da unidade escolar.
3. ORIENTAÇÕES PARA PRÁTICAS EDUCATIVAS
3.1 REUNIÃO COM PAIS
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"Uma prática coerente com esta perspectiva exige do professor
o aprofundamento em teoria do conhecimento. Exige uma visão ampla
do seu grupo de alunos, das suas necessidades, das suas fases de
desenvolvimento. Pensar e respeitar os interesses dos pais dos seus
alunos, suas ansiedades e angústias como educadores. O professor
precisa estar atento ao significado de sua prática, discutindo,
refletindo, analisando, com base em fundamentos teóricos que lhe
permitam estabelecer uma relação com a sua vivência prática."
(Reunião de pais: sofrimento ou prazer? - coleção dirigida organizada
por Lino de Macedo).
A Reunião com Pais é objeto de reflexão, de questionamento e de preocupação há
bastante tempo na escola por ser um importante canal de comunicação entre família e
escola. É um momento privilegiado, onde são utilizadas diversas dinâmicas para socialização
do trabalho desenvolvido com os alunos e o trabalho pedagógico é divulgado utilizando-se
de registros, fotografias, filmagens. Os investimentos realizados ao longo dos últimos anos
têm surtido resultados positivos, com o objetivo dos pais conhecerem e participarem do
contexto do trabalho pedagógico.
As reuniões são realizadas trimestralmente onde os alunos têm garantido meio
período de aula ficando com outras professoras enquanto sua professora realiza a reunião
de pais (duas horas de reunião). A participação é alta tendo uma porcentagem em torno de
80% de participação dos pais ou responsáveis. O
grande objetivo que temos com estas reuniões é o
foco formativo, pois acreditamos na necessidade e
importância de discutir com as famílias os aspectos
pedagógicos das propostas desenvolvidas e
conteúdos trabalhados, buscando a parceria no
desenvolvimento das aprendizagens dos alunos.
Datas agendadas de reuniões de pais:
06/02 28 e 29/03 01 e 02/08 14 e 15/12
3.2. PERÍODO DE ADAPTAÇÃO
A entrada da criança na escola, em qualquer época do ano, é
um processo que pressupõe adaptação a uma situação nova por parte
do aluno, da família e da instituição. Cabe a escola propiciar condições
para que esse processo transcorra da forma mais tranquila e natural
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possível. É importante ressaltar que a adaptação não é somente uma
questão de tempo, mas principalmente de investimento e de
planejamento cuidadoso. (São Bernardo do Campo, 2007, p.168/169)
O período de adaptação para os alunos nas escolas municipais é determinado em
calendário elaborado pela Secretaria de Educação, tendo períodos distintos para cada
modalidade atendida – creche, infantil e fundamental.
Ao longo dos anos houve diversas experiências para se ajustar a necessidade de
adaptação e acolhimento às crianças e familiares com as exigências de cumprimento do
calendário escolar e possibilidades das famílias se adequarem aos horários diferenciados
organizados pelas unidades.
Há alguns anos as equipes gestoras realizam uma reunião no mês de dezembro com
os responsáveis pelos alunos novos matriculados para o ano seguinte da escola. Este
encontro aborda a Rotina da Educação Infantil e as expectativas dos pais em relação à escola
e vem surtindo bons resultados na semana de adaptação, diminuindo a ansiedade e
preparando a família para o ingresso da criança na escola.
3.3 SÁBADOS LETIVOS
A instituição de educação infantil é um espaço de vivências, experiências, aprendizagens. Nela, as crianças se socializam, brincam e convivem com a diversidade humana. A convivência com essa diversidade é enriquecida quando os familiares acompanham as vivências e as produções das crianças. Estando aberta a essa participação, a instituição de educação infantil aumenta a possibilidade de fazer um bom trabalho, uma vez que permite a troca de conhecimento entre familiares e profissionais em relação a cada uma das crianças. Assim, família e instituição de educação infantil terão melhores elementos para apoiar as crianças nas suas vivências, saberão mais sobre suas potencialidades, seus gostos, suas dificuldades. Isso, sem dúvida, contribui para aprimorar o processo de “cuidar e educar”. (Indicadores da Qualidade na Educação Infantil – Ministério da Educação – 2009)
Existem oportunidades variadas para participação das famílias na vida escolar de seus
filhos e várias funções que a interação escola-família pode ter: o cumprimento do direito das famílias à informação sobre a educação dos filhos; o fortalecimento da gestão democrática da escola; o envolvimento da família nas condições de aprendizagem dos filhos; o estreitamento de laços entre comunidade e escola; o conhecimento da realidade do aluno; entre outras. Dentre os momentos planejados para que esta relação se fortaleça, como as reuniões com pais, a participação nos órgãos colegiados, atendimentos individuais pontuais e contato diário na entrada e saída das crianças na escola – todos importantes para o aprimoramento do trabalho e melhoria na qualidade da educação – temos os sábados letivos definidos no calendário escolar pela Secretaria de Educação.
Ao longo dos anos esta oportunidade de aproximação com as famílias extrapolou a ideia do “Dia da Família na Escola” como um evento festivo, assumindo um caráter
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educativo e formativo e sendo tratado como mais uma das práticas escolares importantes para a efetivação do PPP.
Portanto, em nossa escola, existem princípios para a realização dos eventos nos sábados letivos, tanto organizacionais quanto pedagógicos, que serão descritos a seguir.
1. É um trabalho coletivo e colaborativo Isto significa que todos da equipe escolar devem se envolver e empenhar com a atividade planejada do início ao fim, cumprir suas tarefas e ultrapassar a ideia de função e cargo para auxiliar a todos em tudo. Devem mostrar-se disponíveis e acolhedores com os colegas de trabalho, alunos e familiares, como deve ser em todos os dias de trabalho.
2. Deve ter um planejamento cuidadoso Isto significa antecipar a proposta que será realizada “com” e “para” a comunidade escolar, prevendo materiais a serem utilizados antes e durante o evento (na perspectiva da sustentabilidade e inevitabilidade de uso e dentro dos prazos estabelecidos), uso e organização dos espaços, divisão das tarefas, comunicação para todas as partes (interna com reuniões e avisos – externa com bilhetes, cartazes e convite). Estabelecer sempre um “Plano B” em razão de dificuldades com as condições do clima ou outras eventualidades que possam acontecer. As dúvidas devem ser esclarecidas antecipadamente ao evento para evitar alterações ou definições de última hora.
3. Precisa garantir um ambiente acolhedor e organizado para a comunidade escolar
Isto significa preparar os espaços com estética e cuidado, antecipando as necessidades de higiene, limpeza e organização (materiais de consumo, cartazes para banheiros, lanche, oficinas/atividades, assentos preferenciais, etc); cuidar da recepção e entrada dos familiares; antecipar com folder ou cartaz as informações sobre sequência/horários, espaços/locais e atividades que serão realizadas; planejar a circulação nos espaços evitando aglomerações; estabelecer estratégias para participação nas atividades propostas prevenindo superlotações nos ambientes; orientar a saída e manutenção do local para a continuidade do evento.
4. Tem por objetivo a socialização das vivências, experiências e aprendizagens das crianças
Isto significa que as propostas de atividades a serem compartilhadas entre as crianças e as famílias devem ser planejadas a partir de projetos ou sequências didáticas definidas pela professora ou pelo grupo de educadores, priorizando momentos lúdicos, significativos e prazerosos para todos.
5. Pressupõe participação ativa da criança e da família Isto significa que a criança possa realizar escolhas, manifestar opiniões, sugerir e participar do planejamento das atividades que serão desenvolvidas. Deverá ser protagonista de sua história, expressando o seu conhecimento e interagindo com seus familiares e colegas através de:
apresentações que envolvam diferentes linguagens plásticas, simbólicas, musicais e corporais (dramatização, dança, música, jograis, jogos e brincadeiras, etc);
mostras de trabalhos sistematizados durante o processo de aprendizagem (produções/atividades, cartazes, folders e demais registros realizados pela criança);
propostas de interação onde as famílias compartilham experiências com as crianças (oficinas em diferentes linguagens, vivências de brincadeiras ou atividades – dirigidas e livres, etc). 6. Deve possibilitar a participação das crianças que não puderam comparecer ao
evento
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Isto significa disponibilizar no dia letivo seguinte ao evento, sempre que possível, as propostas realizadas para que as crianças compartilhem as atividades com os colegas que estiveram ausentes. Segue o cronograma de sábados letivos do ano:
Dia Proposta Objetivo
24/06
Socialização das aprendizagens sobre cultura e festas regionais com foco nas brincadeiras tradicionais
- Socializar as pesquisas, vivências, aprendizagens e descobertas de cada turma sobre o tema cultura e festas regionais com foco nas brincadeiras tradicionais
21/10
Socialização dos Projetos das turmas e Projeto Coletivo da Escola: Brincadeiras de Todos os Tempos
- Socializar através de atividades interativas, exposições e vivências as aprendizagens proporcionadas pelos Projetos trabalhados durante o ano e Projeto Coletivo da Escola
3.4. DATAS COMEMORATIVAS
Por vários anos, os professores desenvolveram o trabalho na área de Ciências Sociais
e Naturais por meio de práticas que tinham como eixo datas comemorativas, quando eram
abordados conteúdos como: ritos tradicionais de nossa cultura (festa junina, por exemplo),
fatos e acontecimentos históricos (Descobrimento do Brasil, Dia de Tiradentes), diferenças
culturais (Dia do Índio), preservação do meio ambiente (Semana do Meio Ambiente, Dia da
Árvore, Semana da Primavera), comemorações festivas e religiosas (Dia das Mães, Dia dos
Pais, Páscoa, Natal, etc).
Estas práticas pedagógicas, muitas vezes, não faziam sentido para as crianças
pequenas. Eram descontextualizadas, como episódios soltos no ar. Os conhecimentos sobre
os conteúdos das festividades eram fragmentados e, quase sempre, simplórios (apareciam
apenas no dia da comemoração, eram restritos aos desenhos para pintar, lembrancinhas a
serem confeccionadas, músicas sem sentido).
Refletindo com a equipe escolar e familiares, concluímos que o trabalho com os
conteúdos ou temas relacionados às datas comemorativas na educação infantil, assim como
todas as demais propostas de trabalho nos diferentes campos de experiência, deve ser
planejado levando-se em consideração os seguintes pressupostos:
• O tema/conteúdo trabalhado é mais importante do que a definição de um dia a ser
comemorado na escola;
• Deve haver respeito à diversidade (incluir a todos em suas especificidades) e
laicidade (cultura religiosa de cada família) sem práticas discriminatórias;
• Que o assunto não seja vinculado ao consumo e a mídia, mas, em contrapartida,
permita pensar com criticidade sobre a influência destes em relação à sociedade;
• Intencionalidade do trabalho para promover a aprendizagem das crianças, com
clareza do que será transmitido como patrimônio cultural e/ou social, e do que será
oferecido como exercício da liberdade, fruição e expressão infantil (nas diversas
linguagens tais como música, dança, jogo simbólico, artes visuais, brincadeiras,
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escrita, etc), através de um processo de construção que considere as vivências das
crianças, seus conhecimentos prévios, interesses, capacidade;
• As propostas devem ter sentido para as crianças (ligadas à realidade ou mesmo
imaginário/simbólica), devem também propiciar aprofundamento e circulação do
conhecimento, ampliação de saberes, pesquisa e vivências socioculturais;
• Ter clareza que o trabalho possibilita a construção da identidade e da cultura para
cada criança, contribuindo para a construção da sua história;
• Deve promover o envolvimento de todos: dentro da escola (circulando informações,
conhecimento e experiências entre as turmas, os diferentes períodos, os
funcionários); com as famílias, favorecendo o enriquecimento de vivências e
conhecimentos de todos e para todos; com a comunidade do entorno, considerando
a cultura da região e os recursos disponíveis para o desenvolvimento do trabalho.
3.5. ESTUDO DO MEIO
As visitas educativas para estudo do meio são atividades e vivências realizadas fora
do espaço físico escolar. Esta prática contribui para a aprendizagem das crianças uma vez
que a escolha dos locais visitados acontece de acordo com os projetos e sequencias didáticas
trabalhadas, cuidando-se para que sejam sempre contextos educativos, significativos e
apropriados para a faixa etária.
Preferencialmente a equipe gestora deverá organizar uma visita antecipada ao local
(que poderá contar com a participar dos educadores) com o objetivo de verificar a
pertinência ao projeto de trabalho, a adequação do local à faixa etária, condições de
segurança, estrutura para alimentação, etc.
Através do convênio firmado entre Secretaria de Educação e APM da escola é
enviada uma verba que oportunizará uma visita educativa de estudo do meio por turma em
cada semestre.
O estudo do meio será agendado após levantamento de interesse ou intenção de
trabalho para cada turma ou agrupamento e constará como etapa dos projetos ou
sequencias didáticas elaboradas pelas professoras.
4. Construção dos conhecimentos pelas crianças
AFINAL, COMO AS CRIANÇAS APRENDEM?
A educação infantil, assim como a sociedade vem passando ao longo das últimas décadas
por grandes transformações. Se antigamente para realizarmos uma pesquisa era necessário
nos dirigirmos a uma biblioteca munidos de papel e caneta para copiarmos o conteúdo da
pesquisa em fontes como jornais, revistas, livros e a “barsa” – atualmente basta um “clic” e
conectividade para acessarmos uma imensa gama de informações. A quem procura a
informação cabe “filtrar” todo o conteúdo que é apresentado.
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Na educação infantil, as atividades de cópia, reproduções estereotipadas, com pouco
espaço para a criatividade e livre expressão deram lugar a perspectiva de trabalho com
projetos onde a criança tem maior protagonismo, suas hipóteses são consideradas e as
aprendizagens são compartilhadas.
Para que as crianças conheçam o mundo social e físico, se apropriando das diferentes
linguagens e tecnologias que circulam, elas precisam imergir nas situações, pesquisar suas
características, tentar soluções, perguntar e responder a parceiros diversos, em um processo
que é muito mais ligado às possibilidades abertas pelas interações infantis do que a um
roteiro de ensino preparado apenas pelo professor – orientação da Base Nacional Curricular
– Educação Infantil.
Assim a aprendizagem acontece em diferentes práticas cotidianas, experiências onde as
crianças interagem com parceiros adultos, companheiros da mesma idade e de outras idades
– a interação é um ingrediente importantíssimo neste processo. Conviver, brincar, participar,
explorar, comunicar, conhecer-se nesta perspectiva são direitos de aprendizagem. Na
sequência do PPP encontraremos os conteúdos e objetivos que farão parte do processo de
aprendizagem da criança na educação infantil e que constam na Proposta Curricular do
Município.
Estes conteúdos e objetivos serão alvo de estudo e reflexão da equipe escolar e da rede
municipal, pois neste momento vivenciamos um período de transição para uma nova
abordagem relacionada a “Campos de Experiências” de onde vislumbramos o nascimento de
um novo currículo para a Educação Infantil.
5. LEVANTAMENTO DOS OBJETIVOS E CONTEÚDOS POR ÁREA DE CONHECIMENTO
5.1. LINGUAGEM ORAL E ESCRITA
LINGUAGEM ORAL
Objetivos
Interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem
oral e escrita;
Desenvolver suas possibilidades de organização de ideias e comunicação;
Ampliar as possibilidades de narração de fatos e interlocução;
Estruturar sequência de ideias;
Ampliar a capacidade de argumentação, narração de fatos e interlocução.
Conteúdos
Uso das diferentes linguagens, da linguagem oral e escrita nas diversas situações de
interação presentes no cotidiano: conversar, narrar, descrever, argumentar e
expressar desejos, necessidades e sentimentos.
Solicitação de ações: sugerir, aconselhar, avisar, pedir a outras pessoas que façam
coisas ou convidá-las a fazer juntas.
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Respeito diante de colocações de outras pessoas, tanto no que se refere às ideias
quanto ao modo de falar.
Reconhecimento da necessidade da língua escrita para realizar ações cotidianas
(individual ou coletivamente).
Orientações Didáticas
Escutar a criança, dar atenção ao que ela fala atribuir sentido, reconhecendo que
quer dizer algo;
Responder ou comentar de forma coerente aquilo que a criança disse, para que
ocorra uma interlocução real, não tomando a fala do ponto de vista normativo,
julgando-se certa ou errada. Se não se entende ou não se dá importância ao que foi
dito, a resposta oferecida pode ser incoerente com aquilo que a criança disse,
podendo confundi-la. A resposta coerente estabelece uma ponte entre a fala do
adulto e a da criança;
Reconhecer o esforço da criança em compreender o que ouve (palavras, enunciados,
textos) a partir do contexto comunicativo;
Integrar a fala da criança na prática pedagógica ressignificando-a, isto é, possibilitar à
criança o uso contextualizado dos pedidos, perguntas expressões de cortesia e
formas de iniciar conversação;
O professor poderá favorecer situações que a criança possa apresentar
conhecimentos adquiridos para outros alunos da escola.
LINGUAGEM ESCRITA
Objetivos
Ler em diferentes situações,
Reconhecer o próprio nome e outros que lhe sejam significativos;
Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseio de diversos portadores,
Familiarizar-se com a função social da escrita;
Produzir textos coletivamente, respeitando a estrutura do gênero escolhido, tendo o
educador como escriba;
Ler com diferentes intenções e finalidades;
Familiarizar-se com a escrita por meio de manuseio de diversos portadores;
Compreender a função social da escrita;
Produzir e revisar textos, respeitando a estrutura do gênero escolhido;
Avançar nas hipóteses de escrita;
Escrever o próprio nome e os dos colegas;
Considerar e respeitar as variações linguísticas que fazem parte do Português falado.
Conteúdos
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Valorização da leitura e da escrita como fonte de entretenimento, de informação, de
comunicação, etc..
Interesse em ler e ouvir a leitura de diferentes gêneros, inseridos no próprio
portador;
Participação em situações que envolvem a necessidade de explicar e argumentar
suas ideias e pontos de vista.
Relatos de experiências vividas e narração de fatos em sequencia temporal e causal.
Reconto de histórias conhecidas, com aproximação às características do gênero.
Conhecimento e reprodução oral de textos de gênero literário (parlenda, poema,
canção, conto, lenda, etc.).
Reconhecimento do próprio nome em situações em que se fizer necessário.
Participação em situações em que as crianças leiam.
Participação em situações de leitura e escrita de diferentes tipos de texto a partir de
sua intencionalidade comunicativa como fonte de exploração e pesquisa (textos da
vida cotidiana: listas, calendários, rótulos, convites, bilhetes, cartas, receitas, avisos,
instrucionais, bula. Textos dos meios de comunicação: quadrinhos, jornais,
suplementos infantis. Textos literários: parlendas, poemas, canções, contos, fábulas,
lendas, mitos, etc. Textos de obras de referência: enciclopédias, livros de consulta
etc.).
Produção de textos individuais e/ou coletivos a partir de sua intencionalidade
comunicativa, considerando o destinatário, a finalidade do texto e as características
do gênero.
Prática de escrita de próprio punho, utilizando o conhecimento de que dispõe, no
momento, sobre o sistema de escrita.
Adequação do discurso oral de acordo com as várias situações comunicativas.
Busca de informação e consulta à fonte de diferentes tipos (jornais, revistas,
enciclopédias etc.).
Orientações Didáticas
Reconhecer a capacidade das crianças para escrever e dar legitimidade e significação
às escritas iniciais, uma vez que estas possuem intenção comunicativa;
Propor atividades de escrita que façam sentido para as crianças, isto é, que elas
saibam para que e para quem estão escrevendo, revestindo a escrita de seu caráter
social;
Propor atividades que permitam diversidade de estratégias nas formas de resolução
encontradas pelas crianças;
Ajudar as crianças a desenvolverem a habilidade de retornar ao texto escrito - reler o
que está ou foi escrito - para reelaborá-lo, ampliá-lo ou melhor compreendê-lo;
O professor poderá elaborar atividades onde possa haver ajuda cognitiva entre as
crianças. Ex. atividades onde tenham que resolver questões em duplas (ou outros
agrupamentos), para que se ajudem mutuamente;
43
As atividades propostas pelos professores deverão ser desafiadoras, mas ao mesmo
tempo possíveis de serem resolvidas;
A intervenção do professor é muito importante, adequando as situações de acordo
com a faixa etária.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve se dar de forma sistemática e contínua ao longo do processo de
aprendizagem, devendo estar centrada no processo de desenvolvimento do aluno e não no
produto, isto é, deve-se analisar as conquistas que ele foi capaz de realizar comparando suas
produções e estratégias com aquelas que ele mesmo era capaz de fazer em momentos
anteriores.
É aconselhável que se faça um levantamento inicial sobre o conhecimento prévio que
as crianças possuem sobre a escrita, leitura e linguagem oral, para que se possa planejar a
prática, selecionar os conteúdos e materiais, propor atividades e definir objetivos com uma
melhor adequação didática. As situações de avaliação devem se dar em atividades
contextualizadas, para que se possa observar a evolução das crianças.
Dos 3 aos 6 anos, desde que tenham tido oportunidades de vivenciar experiências
envolvendo linguagem oral e escrita, pode-se esperar que as crianças participem de
conversas, utilizando-se de diferentes recursos necessários ao diálogo, manuseiem materiais
escritos interessando-se por ler e ouvir a leitura de histórias e experimentem escrever
situações nas quais isto se faça necessário.
O professor deve estar comprometido com a alfabetização das crianças e todos os
aspectos nela envolvidos devem ser considerados. Os critérios de avaliação devem ser
compreendidos como referências que permitem a análise do seu avanço ao longo do
processo.
44
5.2. MATEMÁTICA
SISTEMA DE NUMERAÇÃO DECIMAL
Objetivos
Utilizar contagem oral, noções de quantidade, tempo e de espaço;
Recitar sequencia numérica;
Designar oralmente os números em situações de contagem;
Reconhecer números escritos,
Resolver situações–problema do cotidiano, que envolvam as operações de: juntar,
tirar, repartir;
Localizar-se espacialmente;
Estabelecer relações inversas (armar e desarmar objetos);
Manipular e explorar objetos e brinquedos para descobrir suas propriedades,
características e possibilidades associativas: empilhar, rolar, transvazar, encaixar, etc.
Construir as noções de número e sistemas de numeração;
Utilizar a contagem em situações nas quais reconheça a sua necessidade; controlar e
comparar quantidades; utilizar o número como ferramenta para resolver problemas;
Desenvolver estratégias para lidar com problemas do cotidiano;
Comunicar ideias matemáticas oralmente ou por meio de registros, convencionais ou
não;
Identificar um número numa série, explicitando seu sucessor e seu antecessor;
Comparar escritas numéricas, identificando algumas regularidades;
Identificar algumas regularidades do sistema de numeração decimal;
Identificar diferentes funções do número nos diferentes contextos;
Resolver mentalmente algumas combinações básicas de somar e subtrair e começar
a descobrir algumas regras do sistema de numeração e propriedades das operações
como a comutativa, associativa e outras;
Utilizar seus conhecimentos para lidar com situações-problema;
Explicitar suas hipóteses, procedimentos desenvolvidos e argumentar resultados
encontrados na resolução de situações-problema do cotidiano;
Utilizar e identificar elementos da linguagem matemática ou próximo dela (símbolos
numéricos, marcas ou signos alternativos) para registro de quantidades, sinais de
operações, representação de figuras e formas.
Conteúdos
Utilização da contagem oral, das noções de quantidade em jogos, brincadeiras e
músicas, junto com o professor, nos diversos contextos;
Comunicação de ideias matemáticas em diferentes situações do cotidiano;
45
Contagem oral nas brincadeiras e em situações nas quais reconheça a sua
necessidade;
Noções, de cálculo mental e de estimativa a partir do seu uso em jogos e situações
problema;
Operações matemáticas: adição e subtração;
Comunicação de ideias matemáticas, mediante o uso de linguagem oral, de notação
numérica e de registros convencionais ou não;
Elaboração de estratégias para lidar com problemas do cotidiano;
Identificação de um número numa série, compreendendo a noção de ordinalidade;
Identificação de números nos diferentes contextos em que se encontram e suas
diferentes funções: identificação, controle de quantidade, código;
Comparação de escritas numéricas, identificando algumas regularidades do sistema
de numeração decimal.
Orientações Didáticas
Propor atividades onde as crianças tenham que pesquisar os diferentes lugares onde
os números se encontram. Investigar como são organizados e com qual função, é
tarefa fundamental para que possam pensar e entender a organização do sistema de
numeração;
Garantir condições para que as crianças possam buscar por si mesmas as informações
que precisam (consultem umas às outras, buscando materiais para consulta),
possibilitando maior autonomia e utilização de seus próprios recursos;
Propor situações em que as crianças tenham que resolver problemas aritméticos e
não contas isoladas, contribuindo para que possam gerar estratégias e procedimentos
próprios;
Permitir a confrontação das soluções encontradas pelas crianças, visando descobrir o
melhor procedimento para cada caso, e reformular o que for necessário;
Estimular os alunos a adquirir uma postura diante de sua produção que os leve a
justificar e validar suas respostas, e observem que situação de erro são comuns e
podem produzir aprendizado;
Problematizar situações de acordo com as necessidades das crianças, garantindo uma
adequação dos desafios;
Garantir momentos para o trabalho com jogos, bem como a diversificação dos
mesmos;
Propor um trabalho com diversos tipos de jogos, possibilitando a graduação dos
desafios e exploração das possibilidades que estes jogos permitem.
46
ESPAÇO E FORMA
Objetivos
Situar-se e deslocar-se no espaço, a partir de pontos de referência;
Explicitar e representar a posição de pessoas e objetos, tendo um ponto de
referência;
Explorar e identificar propriedades geométricas de objetos e figuras;
Representar objetos;
Descrever e representar pequenos percursos e trajetos, observando pontos de
referência.
Conteúdos
Exploração de objetos e brinquedos, para descobrir as características e propriedades
principais e suas possibilidades associativas: empilhar, rolar, encaixar, etc.
Exploração do espaço;
Relação parte-todo;
Exploração de diferentes corpos e formas geométricas;
Explicitação e/ou representação da posição de pessoas e objetos, tendo um ponto de
referência;
Utilização de pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço;
Exploração e identificação de propriedades geométricas de objetos e figuras;
Descrição e representação de pequenos percursos e trajetos.
Orientações Didáticas
47
Propor atividades de representação plana. Ex.: desenhar objetos a partir de
diferentes ângulos de visão como visto de cima, de baixo, de lado (visão oblíqua,
frontal, vertical), maquetes, etc.;
Propor atividades de construção com materiais diversos: areia, massa de modelar,
argila, blocos plásticos, de encaixe, etc.;
Realizar trabalho com espaço a partir de situações que permitam o uso de mapas,
representações de caminhos, itinerários, lugares, localizações. Ex.: aproveitar
passeios próximos à escola, caça ao tesouro, elaborar um mapa para outro grupo
encontrá-lo;
Propor jogos que as crianças precisem movimentar-se no espaço. Ex.: jogo da velha,
damas, trilha, batalha naval, etc.;
Trabalhar com formas geométricas através da observação e representação da
natureza, exemplos: flores, casas de abelha, teias de aranha; ou obras de arte,
artesanato, pisos, mosaicos, etc.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Objetivos
Construir noções de padrões de medida de comprimento, massa, capacidade, tempo,
temperatura, intensidade elétrica etc.;
Estabelecer relações simples de grandezas e medidas em situações cotidianas;
Utilizar, nos procedimentos de medida, unidades convencionais ou não
convencionais;
Aprender a lidar com dinheiro, por meio de situações lúdicas ou de seu interesse;
Explorar e descobrir diferentes procedimentos para comparar grandezas;
Marcar o tempo por meio de calendários.
Conteúdos
Introdução às noções de medida de comprimento, peso, capacidade e tempo,
mediante o uso de unidades convencionais e não convencionais;
Comparação de grandezas de mesma natureza e medidas, explorando diferentes
procedimentos de medidas convencionais ou não, em situações cotidianas;
Resolução de situações-problema que envolvam os diferentes sistemas matemáticos
em brincadeiras ou em situações de interesse da criança.
Orientações Didáticas
Propor situações que despertem a curiosidade e interesse das crianças. Ex: atividades
de culinária, que envolvem diferentes unidades de medida;
Criar oportunidades para que as crianças pesquisem formas alternativas de medir
(medidas não convencionais: passos, pedaços de barbante, palitos), em situações nas
quais necessitem comparar distância e tamanhos;
48
Utilizar unidades de medidas padronizadas como resposta a um problema de
comunicação ou explicação do ato de medir;
Uso dos calendários de maneira a buscar sua função social. Ex: marcar o tempo que
falta para alguma festa, localizar datas de aniversário das crianças, de algum passeio;
Uso do relógio para prever a duração de alguma atividade. Esta deve ser uma
atividade permanente, e que venha de auxílio às necessidades de melhor
aproveitamento do tempo didático;
Utilizar-se do dinheiro com finalidades didáticas como fazer trocas, comparar valores,
fazer operações, resolver problemas. O dinheiro incentiva a contagem, o cálculo
mental e o cálculo estimativo;
Experiências com dinheiro em brincadeiras ou situações de interesse das crianças.
AVALIAÇÃO
Considera-se que a aprendizagem de noções matemáticas na educação infantil esteja
centrada na relação de diálogo entre o adulto e a criança e nas diferentes formas utilizadas
por estas para resolver situações - problema, registrar e comunicar qualquer ideia
matemática. A avaliação representa um esforço do professor em observar e compreender o
que as crianças fazem, os significados atribuídos por elas aos elementos de trabalho nas
situações vivenciadas. A avaliação terá a função de mapear e acompanhar o pensamento da
criança sobre noções matemáticas para reorientar o planejamento da ação educativa.
Dos 4 aos 6 anos, desde que a criança tenha tido oportunidades de vivenciar
experiências relacionadas às aprendizagens matemáticas, pode-se esperar que as crianças
utilizem conhecimentos da contagem oral, registrem quantidades de forma convencional ou
não, e comuniquem posições relativas a localização de pessoas e objetos.
5.3. CORPO E MOVIMENTO
49
Objetivos
Expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação, por meio da
exploração de gestos, sentimentos e ritmos corporais,
Deslocar-se no espaço
desenvolvendo uma atitude de
confiança nas próprias habilidades
motoras – andar, correr, pular, etc;
Conhecer diferentes culturas
corporais, por meio do contato de
jogos e brincadeiras,
Desenvolver a capacidade de
explorar dos diferentes materiais e
objetos, utilizando movimentos de
preensão, encaixe, lançamento, etc;
Realizar diferentes movimentos individualmente e em grupo,
Perceber suas possibilidades e limites de ação através da exploração de diferentes
qualidades e dinâmicas do movimento, como força, velocidade, trajetória, resistência
e flexibilidade;
Conhecer e aperfeiçoar diferentes possibilidades de movimento, aprendendo a
controlá-lo para utilização em jogos, brincadeiras, danças e demais situações,
compreendendo os movimentos como forma de expressão;
Explorar movimentos individuais e em grupos para perceber suas diferentes
possibilidades em cada situação;
Valorizar suas conquistas corporais e as do outro;
Conteúdos
Exploração de movimentos corporais, gestos, ritmos corporais por meio das
brincadeiras e nas demais situações de interação,
Conhecimento e respeito pelas culturas corporais, considerando a cultura local, nas
diversas épocas da história e por diferentes grupos sociais, por meio do resgate de
jogos, brincadeiras e danças,
Ampliação do conhecimento e respeito pelas culturas corporais, considerando a
cultura local, nas diversas épocas da história e por diferentes grupos sociais, por meio
do resgate de jogos, brincadeiras e danças.
Compreensão dos movimentos corporais, gestos e ritmos.
Desenvolvimento de atitudes de confiança nas próprias habilidades motoras tais
como: velocidade, força, resistência e flexibilidade, através do deslocamento no
espaço – andar, correr, pular, saltar, etc.
50
Desenvolvimento da capacidade de manuseio dos diferentes materiais e objetos,
utilizando movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc;
Realização de diferentes movimentos individuais e em grupo;
Reconhecimento das suas possibilidades e limites de ação por meio da exploração de
diferentes qualidades e dinâmicas do movimento: força, velocidade, trajetória,
flexibilidade e resistência.
Conhecimento e aperfeiçoamento das diferentes possibilidades de movimento,
aprendendo a controlá-lo para utilização em jogos, brincadeiras, danças e demais
situações.
Ampliação da capacidade de manuseio dos diferentes materiais e objetos, utilizando
movimentos de preensão, encaixe,
lançamento nas situações de jogo.
Valorização das regras de organização das
atividades de jogos.
Valorização das suas conquistas corporais e
as do outro.
Desenvolver a capacidade de construção e
o respeito às regras que organizam as
diferentes
Orientações Didáticas
O professor precisa estar bastante atento aos conhecimentos prévios das crianças
acerca de si mesma e sua corporeidade, para adequar seus projetos e a melhor
maneira de trabalhá-los com o grupo de crianças.
Propor atividades de danças e rodas cantadas;
Propor jogos de regras
simples de equilíbrio e coordenação: Morto
/Vivo, Corre Cotia, Seu Ratinho, Cabra Cega,
Dona Galinha e seus pintinhos, Coelhinho
sai da toca etc.;
Resgatar jogos, danças e
brincadeiras regionais.
Os primeiros jogos de regras são valiosos para o desenvolvimento de capacidades
corporais, trazendo oportunidades competitivas, em que as habilidades de cada
um podem ser valorizadas de acordo com os objetivos do jogo. Nesta faixa etária
é o professor quem ajuda as crianças a combinar e cumprir as regras,
desenvolvendo atitudes de respeito e cooperação, necessárias mais tarde no
desenvolvimento das habilidades desportivas.
Outra modalidade são os jogos cooperativos, onde todo mundo coopera e todos
ganham, pois eliminam o medo e o sentimento de fracasso. Eles reforçam a
confiança em si mesmo, como uma pessoa digna e de valor.
51
Propor atividades com materiais variados: bolas, cordas, bambolês, colchões,
plinto, bastões, saquinhos de areia etc;
Circuito é um tipo de atividade onde vários tipos de materiais são organizados
numa sequência que será percorrida pelas crianças sob a orientação e mediação
do professor. Para organizar um
bom circuito é preciso pesquisar as
possibilidades dos materiais e
investigar o desafio que eles podem
propor às crianças: saltar para
dentro, equilibrar-se, andar,
escorregar, rolar etc. Exemplos:
pneus ou bambolês para pular e
passar por dentro; bancos ripas de
madeira, cordas, barbantes para
delimitar caminhos trabalhando as habilidades motoras, ritmo, velocidade; caixas
de papelão para fazer túneis, agachar, arrastar, alongar, encolher; tecidos,
cordas, barbantes para fazer labirintos; colchonetes para virar cambalhotas,
amortecer saltos, equilibrar-se, fortalecer a musculatura, relaxamento etc. Uma
modificação na forma de organizar o circuito é transformá-lo em estações onde
são montadas quatro ou mais atividades e as crianças trocam após um
determinado tempo. Por exemplo, arremessar bola ao cesto, dependurar-se
numa corda, deslizar-se sobre uma superfície, pular sobre arcos. As crianças são
divididas em grupos e a cada sinal do professor elas rodiziam nas atividades. Um
dos grandes objetivos dessa forma de organização é a diminuição do tempo de
espera, pois todos os alunos estarão trabalhando ao mesmo tempo.
AVALIAÇÃO
A avaliação do movimento deve ser contínua, levando em consideração os processos
vivenciados pelas crianças, resultado de um trabalho intencional do professor. Deverá
constituir-se em instrumento para reorganização de objetivos, conteúdos, procedimentos,
atividades e como forma de acompanhar e conhecer cada criança e grupo.
Dos 4 aos 6 anos, desde que já tenham tido oportunidades de vivenciar experiências
envolvendo o movimento, pode-se esperar que as crianças reconheçam e o utilizem como
linguagem expressiva e participem de jogos e brincadeiras envolvendo habilidades motoras
diversas.
5.4. CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Objetivos
Observar e interagir com o meio, desenvolvendo a curiosidade pelo mundo;
52
Relacionar-se com seu próprio grupo social e com pessoas de diferentes culturas,
seus valores e formas de organização;
Vivenciar alguns procedimentos de pesquisa, observando, levantando hipóteses,
buscando respostas para suas indagações e socializando-as com o grupo;
Ter atitudes e comportamentos cooperativos, e que se mostrem solidárias no
convívio social,
Observar e interagir com o meio, conscientizando-se de seu papel na conservação ou
destruição do mesmo;
Interessar-se por diferentes culturas, seus valores e formas de organização,
estabelecendo algumas relações;
Realizar procedimentos de pesquisa, como formulação de questões, levantamento
de hipóteses, busca, localização e seleção de informações, socialização;
Demonstrar curiosidade sobre aspectos referentes a fenômenos naturais e sociais de
grande repercussão;
Ter atitudes e comportamentos cooperativos, solidários, e que valorizem a vida;
Estabelecer algumas relações entre os seres humanos e a natureza, valorizando a
preservação das espécies e a qualidade de vida no planeta;
Estabelecer relações entre algumas questões do presente e do passado, dando suas
explicações para os acontecimentos;
Conhecer alguns avanços tecnológicos e as mudanças decorrentes deles.
Conteúdos
O ser humano, suas relações com outros seres humanos e consigo próprio:
Construção de sua identidade a partir da convivência com pessoas de seu grupo e de
diferentes culturas,
Desenvolvimento de atitudes e comportamentos cooperativos e solidários,
Participação em atividades culturais da própria comunidade e de outras do presente
e do passado;
Conhecimento de algumas tecnologias como recurso para a solução de problemas
cotidianos.
O ser humano e suas relações com o meio natural:
Conhecimento do próprio corpo por meio de jogos e brincadeiras,
Observação e comparação de diferentes plantas e animais,
Estabelecimento de relações entre os fenômenos
naturais, e a vida humana.
Interação dos seres humanos com a natureza
valorizando a vida no planeta sob suas mais diversas
formas, criando vínculos e responsabilidades.
Utilização de recursos diversos para desenvolver a
53
observação de mudanças e permanências na paisagem.
Orientações Didáticas
Este trabalho deve incluir o respeito às diferenças existentes entre os costumes,
valores e hábitos das diversas famílias e grupos, e o reconhecimento de semelhanças.
O professor deve ter sempre a preocupação de não expor as crianças a
constrangimentos e não incentivar a discriminação;
Eleger temas que possibilitem o conhecimento de hábitos e costumes socioculturais
(lugares) com a articulação daqueles que as crianças já conhecem: alimentação,
vestimentas, músicas, jogos e brincadeiras, brinquedos, etc;
Levar as crianças à aprender, indagar e reconhecer relações de mudanças e
permanências nos costumes (diferentes épocas, vivências de seus pais, parentes,
etc). A intenção é que reflitam sobre o que é específico da época em que vivem e da
cultura compartilhada no seu meio social.
É fundamental que as crianças possam estabelecer relações com os temas tratados e
seu cotidiano, vinculando aspectos sociais e naturais;
Observando a paisagem, as crianças poderão também constatar as variações
decorrentes da ação humana;
Recorrer a diferentes encaminhamentos: fotografias, postais, textos informativos e
literários, conversas com pessoas da comunidade,
experiências de vida, etc;
Para que os objetos possam ser utilizados como fonte de
conhecimentos para as crianças, é necessário criar situações
de aprendizagem em se possa observar e perceber suas
características e propriedades não evidentes. Deve-se oferecer
às crianças novas informações e propiciar atividades diversas;
As crianças podem ser convidadas a conhecer diferentes
objetos e modos de usá-los por meio de fontes escritas,
ilustrações ou entrevistas;
O professor deverá trabalhar de forma constante e
permanente com as atitudes de cuidado necessárias para lidar com diferentes
objetos, de forma a evitar o desperdício, conservá-los e prevenir acidentes.
O contato com animais e plantas, a participação em práticas que envolvam os
cuidados necessários à sua criação e cultivo, a possibilidade de observá-los, compará-
los e estabelecer relações, facilita às crianças, ampliar seus conhecimentos acerca
dos seres vivos;
As relações que o homem estabelece com a natureza podem ser trabalhadas por
meio da observação direta quando ocorre na região onde está a escola: chuvas, seca,
arco-íris; ou de forma indireta por meio de fotografias, vídeo, ilustrações, jornais e
revistas, que tragam informações a respeito do assunto;
54
O trabalho com os fenômenos naturais é uma excelente oportunidade para
aprendizagens de alguns procedimentos como observação, comparação e registro
entre outros;
Há muitas atividades que podem ser desenvolvidas com as crianças que permitem a
observação dos efeitos do calor, como por exemplo: atividades de cozimento de
alimentos (culinária).
AVALIAÇÃO
O movimento de avaliação implica numa reflexão do professor
sobre o processo de aprendizagem e sobre as condições oferecidas por
ele, para que ela possa ocorrer. Caberá ao professor investigar a
adequação dos conteúdos escolhidos, das propostas lançadas, tempo e
ritmo impostos ao trabalho, investigar sobre as aquisições das crianças
em vista de todo o processo vivido, nas suas relações com os objetivos
propostos.
A observação é uma das técnicas que o professor dispõe para melhor conhecer o
comportamento de seus alunos, identificando suas dificuldades e avaliando seu
desempenho nas várias atividades realizadas em seu processo de aprendizagem.
A avaliação é uma tarefa permanente do professor, instrumento indispensável à
constituição de uma prática pedagógica comprometida com o desenvolvimento das crianças.
O propósito da avaliação não é detectar o sucesso ou o fracasso do aluno, mas
diagnosticar as dificuldades que apresentam para poder solucionar técnicas de ensino mais
adequadas e planejar novas formas de trabalho.
Dos 4 aos 6 anos, desde que já tenham tido oportunidades de vivenciar experiências
envolvendo aprendizagens significativas, pode se esperar que as crianças conheçam e
valorizem algumas manifestações culturais de sua comunidade e manifestem suas opiniões,
hipóteses e ideias sobre diversos assuntos colocados, sendo que para isto é necessário que o
professor promova situações significativas de aprendizagem.
5.5. ARTES VISUAIS E MÚSICA
ARTES VISUAIS
Objetivos
Participar de situações coletivas de organização do espaço, em sala de aula, no ateliê,
em espaços expositivos dentro e fora da escola.
Praticar ações de cuidados com os materiais pessoais e coletivos.
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Apreciar a produção artística de diferentes grupos sociais e movimentos artísticos,
além de imagens e objetos presentes no cotidiano, suas próprias produções e as dos
colegas.
Sentir prazer na realização de trabalhos artísticos.
Entrar em contato com elementos da linguagem visual - linha, cor, forma, textura, luz
e sombra, volume.
Conhecer e comparar diferentes modalidades artísticas - desenho, pintura, escultura,
colagem, entre outras.
Utilizar, conhecer e diferenciar diversos meios, suportes e instrumentos.
Descobrir diferentes possibilidades e experimentar combinações na utilização dos
materiais plásticos nos planos bi e tridimensionais.
Exercitar escolhas de materiais e modalidades artísticas.
Conhecer lugares que expõem trabalhos de arte - museus, galerias, arte pública, a
fim de reconhecer conteúdos trabalhados em sala de aula.
Conteúdos
Escolha de materiais – meios, suportes e instrumentos
Exploração das possibilidades de diversos meios, suportes e instrumentos.
Cuidado com os materiais usados, bem como, trabalhos individuais e coletivos.
Elementos da linguagem visual, como composição, forma, luz, cor, textura, volume,
linha, ponto.
Criação de desenhos, pinturas, esculturas, construções, colagens etc.
Apreciação e valorização das produções de diferentes grupos sociais - arte infantil,
arte indígena, arte popular; arte de diferentes épocas e imagens do cotidiano.
Observação, narração, descrição e interpretação, por meio de leituras de obras de
arte.
Orientações Didáticas
Planejar atividades que levem em consideração os conhecimentos prévios,
principalmente os de artes;
A produção de uma atividade pode durar vários dias. Começar e terminar uma
atividade sempre num único espaço de tempo, não permite ao aluno construir
conhecimento sobre seu percurso de criação;
Possibilitar que o espaço macro (escola) e micro (sala) tenham a “cara” do grupo
que os habitam;
Valorizar e aceitar as produções das crianças expondo-as em diferentes espaços
da escola;
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Encaminhar situações de aprendizagem, em que o aluno tenha questões a
responder;
Alimentar a produção do aluno com diferentes modelos de imagens;
Propor atividades relacionadas à produção e apreciação;
Propor atividade permanente de oficina de percurso pelo menos uma vez por
semana;
A oficina de percurso é uma atividade descentralizadora e, portanto, sua
organização física deve assegurar ao aluno sua independência e
autogerenciamento do seu próprio trabalho;
A oficina de percurso permite sempre a livre escolha do aluno sobre o que fazer
de produção, e isto implica escolher que materiais usar, quanto tempo precisará
para terminar seu trabalho, se o fará sozinho ou não;
O papel da professora é de extrema importância em todos os momentos da
oficina, sendo que precisa desenvolver um olhar atento para o grupo e ao mesmo
tempo para o que cada criança está realizando;
Como as intervenções didáticas acontecem para favorecer avanços no processo
de criação dos alunos, é preciso olhar e intervir durante o processo e não apenas
nos resultados finais.
Trabalhar na rotina, atividades permanentes, independentes, sequenciadas e/ou
projetos;
A rotina deve favorecer às crianças todas as experiências significativas de
aprendizagem em artes visuais: FAZER, VER E REFLETIR;
A rotina precisa contemplar a criação de linguagens básicas e a mistura dessas
linguagens como: desenho, pintura, dobradura, escultura e colagem;
As atividades que serão trabalhadas na rotina devem variar na proposta de
materiais: suportes (papéis, sucata, cartolinas e outros lugares/materiais onde
serão feitas as imagens) e os meios (tinta, canetinha, argila, ou seja, o que será
usado para fazer a imagem);
A rotina deve contemplar atividades práticas de proposta (a professora escolhe
os materiais, as linguagens, a questão, o tempo e o espaço que serão trabalhados
pela criança) e de oficina de percurso ( a professora deve configurar e organizar
sobre o que, como, e quanto tempo as crianças terão para produzir seus
trabalhos).
As atividades organizadas na rotina devem propor uma experiência contínua e
sistemática das linguagens bidimensionais e tridimensionais;
As atividades não podem ser desarticuladas (únicas, isoladas, lineares, sem
significação e sem relação), mas, sim permitirem que as crianças revejam
conteúdos, percebam as ligações e relações entre elas, avancem em seu
conhecimento sobre arte e construam um percurso de criação pessoal.
Familiarizar-se com a arte, permitindo–se apreciá-la e questioná-la para que cada
vez mais ela se torne parte de sua vida e consequentemente das crianças;
57
Planejar momentos ou situações, em que os alunos entrem em contato com o
artista, seu processo de criação e seu produto final.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve buscar entender o processo
de cada criança, a significação que cada trabalho
comporta, afastando julgamentos, como feio ou
bonito, certo ou errado, que utilizados desta maneira
não auxiliam em nada o processo educativo. O
professor deverá observar sempre o grupo, tanto em
relação aos avanços quanto ao percurso individual de
cada criança. Estes apontamentos podem orientar o
professor na escolha dos conteúdos, colaborando
com as necessidades do grupo de crianças.
Em artes visuais a avaliação deve ter o caráter de análise e reflexão sobre as
produções. Isto significa que a avaliação deve explicar suas conquistas e as etapas do seu
processo criativo.
Vivenciar as experiências envolvendo artes visuais significa que as crianças utilizem o
desenho, a pintura, a modelagem e outras formas de expressão plástica para representar,
expressar-se e comunicar-se, desde que já tenham tido oportunidades anteriores de
vivenciar experiências envolvendo artes visuais.
MÚSICA
Objetivos
Recrear-se com brincadeiras e jogos rítmicos.
Divertir-se ao cantar sozinha ou acompanhada.
Expressar-se utilizando a voz, o corpo, materiais sonoros e o meio, na exploração e
produção musical.
Pesquisar fontes sonoras diferentes explorando possibilidades de produção de som e
silêncio.
Produzir e utilizar brinquedos sonoros em brincadeiras rítmicas, jogos sonoros e
composição musical.
Reconhecer e identificar fontes sonoras e elementos da música utilizando seus
conhecimentos em produções musicais.
Participar de jogos de improvisação com materiais diversos, utilizando, desta forma,
os conhecimentos que já possui sobre música.
Participar de atividades musicais de apreciação, improvisação, composição,
confecção de instrumentos e objetos sonoros, etc..., expressando sensações,
sentimentos e pensamentos.
58
Criar e reproduzir composições musicais.
Reconhecer elementos da música: som, silêncio, ritmo, altura, duração, intensidade e
timbre, utilizando esses conhecimentos em produções musicais.
Desenvolver atitudes de respeito e cuidado com os materiais musicais, com a voz e
com o corpo enquanto materiais expressivos.
Conteúdos
Participação de brincadeiras e jogos cantados e rítmicos.
Exploração de brinquedos sonoros.
Interpretação de músicas e canções diversas.
Escuta de obras musicais variadas e informações sobre a obra.
Produção musical: exploração, improvisação, interpretação e composição musical
utilizando os elementos da música: som, silêncio, ritmo, timbre, altura, duração e
intensidade.
Produção de objetos sonoros.
Participação em situações que integrem música, canções e movimentos corporais.
Orientações Didáticas
Garantir, na rotina da turma, a escuta e o canto de forma permanente. É necessário
preparar o ambiente no qual as atividades musicais se desenvolverão, pois elas
exigem concentração.
Os conteúdos sempre devem ser trabalhados em situações expressivas e
significativas para as crianças – isso promove a interação, a construção e a ampliação
do conhecimento e do gosto musical.
As propostas de atividades devem prever a participação ativa das crianças, com
desafios possíveis de serem resolvidos. É necessário que o educador esteja atento às
possibilidades das crianças, sabendo o que elas são capazes de fazer.
Os professores podem oportunizar a escuta das produções musicais do grupo, quer
sejam de improvisação ou de
composição, por exemplo,
gravando suas apresentações.
São essenciais as propostas de
escuta de diversos gêneros,
estilos, épocas, países e culturas.
Porém o educador deve ter o
cuidado de não oferecer somente
músicas do repertório “infantil”
nem impor seu gosto musical aos
alunos.
59
AVALIAÇÃO
A avaliação deve buscar entender o processo de cada criança, a significação que cada
trabalho comporta, afastando julgamentos, como feio ou bonito, certo ou errado, que
utilizados desta maneira não auxiliam em nada o processo educativo. O professor deverá
observar sempre o grupo, tanto em relação aos avanços quanto ao percurso individual de
cada criança. Estes apontamentos podem orientar o professor na escolha dos conteúdos,
colaborando com as necessidades do grupo de crianças.
6 - ROTINA
6.1. ESPAÇOS ESCOLARES E ATIVIDADES DA ROTINA
“A ROTINA estrutura o TEMPO (história), o ESPAÇO (geografia)
e as atividades onde seus conteúdos são estudados. É neste sentido
que a rotina é alicerce básico para que o grupo construa seus vínculos,
estruture seus compromissos, cumpra tarefas, assuma suas
responsabilidades para que a construção do conhecimento possa
acontecer.” (Rotina: Construção do tempo na relação pedagógica in
Série Cadernos de Reflexão – Organizadora: Madalena Freire)
Os conteúdos atitudinais e procedimentais são dois grandes eixos do trabalho na
educação infantil e permeiam o processo de ensino aprendizagem durante todo o tempo. As
atividades que se repetem com determinada periodicidade propiciam à criança o
entendimento do “Por quê, Para quê e Como”. E assim as crianças se apropriam da
organização deste novo grupo social do qual fazem parte: o escolar - bem como de ações de
saúde e higiene (como lavar as mãos antes das refeições e escovação dos dentes), dos
comportamentos socialmente aceitos como dizer: “Bom dia e boa tarde”, do procedimento
de utilização de diferentes espaços físicos: refeitório, sala multiuso, parque, etc....
Seguem abaixo a rotina e os combinados específicos desta unidade escolar:
Entrada e Saída dos alunos
Para melhor organizar a entrada e saída dos
alunos na escola, a equipe de gestão recebe as
crianças no portão, que se dirigem com autonomia
até as respectivas salas de aula. No horário de saída
os alunos permanecem em sala de aula e os pais ou
responsáveis vão buscá-los nas salas. Os
transportadores escolares podem retirar as crianças
cinco minutos antes do horário, evitando assim o
contra fluxo no portão. Os pais ou responsáveis que
chegarem atrasados na entrada ou na saída deverão se dirigir à secretaria da escola para
60
justificar o motivo do atraso, que será registrado com a devida assinatura e permanecerá
arquivado na unidade escolar. Quando os atrasos forem constantes a escola convocará os
familiares para esclarecimentos e busca de alternativas viáveis, visando não prejudicar a
criança e seu processo de aprendizagem. As saídas antecipadas ao horário normal de aula,
também são registradas para o controle da escola. Horário do período da manhã: das 8h às
12h e do período da tarde: das 13h às 17h.
Encontro Coletivo
Visando a socialização de saberes e aprendizagens este
momento coletivo acontecerá de acordo com os projetos
coletivos, apresentações da turma, talentos da comunidade,
apresentações teatrais, etc. Estes momentos serão
combinados em HTPC e no dia e horário marcado as turmas
se reunirão no salão.
Lanche
A autonomia da criança ao servir-se é um
princípio de trabalho e uma aprendizagem importante
no contexto social. Por isso são reservados em média
20 minutos para cada turma, em sistema de self-
service (cada criança recheia seu pão e coloca a
quantidade de suco ou leite que desejar, assim como
dos outros alimentos à disposição, como arroz doce,
sucrilhos, frutas etc.).
Na semana de adaptação o lanche ainda não funciona
com o sistema self service, visando o melhor
atendimento individual dos alunos nos conteúdos atitudinais e procedimentais deste
momento da rotina. Após a semana de adaptação as turmas do infantil IV e V já iniciam o
self service e as turmas de infantil II e III de acordo com o planejamento do professor.
Higiene Geral
Antes do lanche, considerando o princípio do “cuidar e
educar” realizam-se a higiene das mãos e após o lanche cada
turma organiza a escovação dos dentes. A escola recebe
também a visita dos dentistas do programa Saúde Bucal na
Escola.
Recreação Livre / Parque
Importante momento da rotina, o parque oportuniza as
crianças o brincar livremente, facilitador das interações sociais
e da construção do jogo simbólico. Cada turma tem em média
30 minutos para utilizá-lo, sendo que as turmas do Infantil II
61
têm 45 minutos para desenvolver esta atividade, devido às características da faixa etária.
Casinha
Sendo um espaço planejado e organizado para a realização do jogo simbólico propicia
ainda momentos ricos em interação e socialização. Conteúdos
atitudinais e procedimentais também são trabalhados pelo
professor para organizar o espaço com as crianças após sua
utilização. Neste ano organizamos kits simbólicos (médico,
cabeleireiro, escritório e pet shop) que serão utilizados na área
externa da casinha, organizando assim a circulação das crianças
neste espaço.
Biblioteca Circulante
Através desta proposta a criança tem a oportunidade de levar
para casa o livro de sua preferência para ser socializado com seus
familiares.
O acervo disponível encontra-se na sala de aula e na biblioteca,
sendo que o empréstimo do exemplar é feito às quintas feiras e a
devolução acontece na segunda feira seguinte ao dia do
empréstimo.
Para o professor, tanto o momento da escolha do livro pela criança
quanto o da devolução oportunizam ricas aprendizagens: incentivo
a pesquisa, reconto, desenvolvimento da oralidade, ampliação de repertório literário, etc.
Uma prática na unidade escolar que vem se estabelecendo com sucesso é a de propiciar na
primeira reunião com pais para dar início à atividade de empréstimo da biblioteca circulante
no ano letivo, a escolha do livro para seus filhos, tornando este momento da rotina ainda
mais significativo – envolvendo as famílias nos objetivos desta ação pedagógica.
Hora da Leitura
Ocorre diariamente, em ambientes próprios (biblioteca) ou
em outro local de acordo com o planejamento da professora.
Cada professora utiliza estratégias variadas para este tipo de
trabalho: ler, contar, dramatizar, mostrar as figuras, dividir em
capítulos, etc.
São apresentados diversos gêneros textuais nos diferentes
portadores de texto.
Atividades Diversificadas/Em pequenos Grupos
Acontecem diariamente com duração de aproximadamente 30 minutos. Os materiais são
organizados em caixas que contém brinquedos, jogos, materiais
para artes, leitura, escrita, kits de brincadeiras simbólicas, etc.
Os alunos escolhem onde querem ficar e ajudam na arrumação
dos materiais.
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É importante que haja uma proposta de atividades planejadas pelo professor com
diversidade de materiais, sempre pensando nas diversas áreas de conhecimento e nas
intervenções que ele poderá fazer para ajudar os alunos a avançarem em seus
conhecimentos.
Roda da Conversa
A professora organiza as crianças em espaço
apropriado (sala de aula, biblioteca, salão, área
externa, enfim onde planejar), deixando que
relatem fatos de seu dia a dia, suas experiências,
conhecimentos, acontecimentos, discutam
problemas que estejam ocorrendo na classe,
façam combinados, projetos, etc.
Ocorrem diariamente com duração entre 15
e 30 minutos.
Ateliê de Artes / Sala Multiuso
É o espaço onde se encontram materiais para o
desenvolvimento de propostas artísticas, sendo utilizado
uma vez por semana por aproximadamente uma hora.
Os materiais também podem ser levados a outros
espaços escolares de acordo com a proposta de
atividade planejada pela professora. Há ainda neste
espaço, fantasias e kits de jogo simbólico como: casinha,
cabeleireiro, pet, médico, etc... que podem ser utilizados
pelo professor neste e em outros espaços de acordo com a sua intencionalidade educativa.
Circuito
Nesta proposta as professoras
planejam obstáculos e desafios corporais a
serem explorados pelas crianças. Nesta
exploração as crianças criam novos
movimentos e estratégias onde sua
participação é ativa. Depois da atividade os
desafios são avaliados pelas crianças,
contribuindo para o planejamento da
proposta na quinzena seguinte. Para
consolidar esta atividade é necessário organizar o espaço com a disponibilização de diversos
materiais e que por esse motivo há um planejamento na equipe para que ocorram. Neste
ano de 2017 os circuitos acontecerão quinzenalmente, às quintas-feiras, tendo início na 1ª
semana de maio, sendo que as professoras do período da manhã o montarão e as
professoras do período da tarde desmontarão, ambos os grupos utilizando o horário de HTP
63
(das 7 às 8h e das 17 às 18h). O planejamento da atividade ocorrerá no HTPC do dia anterior.
Importante ressaltar que a professora faz adaptações nas estações montadas de acordo com
as especificidades da faixa etária e características de sua turma.
Intersalas Consiste numa atividade planejada com os objetivos de desenvolver atitudes de iniciativa, escolha, integração, socialização, responsabilidade, além de auxiliar na construção da autonomia das crianças. Esse processo de autonomia ocorre à medida que as crianças podem decidir em qual atividade desejam participar, a partir das propostas apresentadas. Nesse momento a escola passa a ser organizada por atividade e não por agrupamento específico de turmas. Assim, as crianças interagem com os colegas de outras turmas, bem como com outras professoras. Ao término da atividade, as crianças geralmente participam de uma roda de conversa, na qual falarão para os demais colegas sobre sua experiência e sua aprendizagem na atividade que vivenciou. A equipe escolar deve estar atenta nesse momento, a fim de promover a boa circulação dos alunos, sua segurança e participação. Realizamos esta proposta de duas formas, com oficinas e atividades de livre escolha, ocorrendo mensalmente na última quinta-feira do mês. Serão propostas atividades em duas modalidades: Oficina
Planejada com temáticas específicas – história, brincadeira, música, atividades
artísticas, etc - cada sala de aula ou outros espaços escolares abrigarão uma proposta As
crianças farão uma inscrição prévia. A atividade tem uma duração determinada e as crianças
participam até o término da proposta.
Livre Escolha
A proposta não apresenta um começo, meio e fim, permitindo que as crianças
escolham e transitem pelos espaços onde as atividades estão organizadas, geralmente são
planejadas brincadeiras simbólicas, diversificadas, circuitos.
Atividade Dirigida
O trabalho que será desenvolvido com as crianças será organizado pelo professor a
partir das modalidades organizativas, conforme segue:
Atividades permanentes: são aquelas que respondem às necessidades básicas de cuidados,
aprendizagem e de prazer para as crianças, cujos conteúdos necessitam de uma constância.
Acontecem regularmente durante todo o ano.
Sequência de Atividades: são planejadas sempre visando à graduação de desafios, levando-
se em consideração o nível de aprendizado do aluno e seus conhecimentos prévios. Estão
sempre dentro de um contexto específico.
Projetos: são conjuntos de atividades que trabalham com conhecimentos específicos que se
organizam ao redor de um problema para resolver ou um produto final que se quer obter.
Sua duração pode variar de acordo com seus objetivos.
Dentro das atividades dirigidas há ainda atividades de situações independentes, ou seja,
ocasionais. Estas atividades apesar de não estar relacionadas com os objetivos e conteúdos
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definidos, são sempre abordadas como suporte nas horas da notícia e nas rodas de
conversa.
Horta
6.1.1. QUADROS DE ROTINAS DAS TURMAS
HORÁRIO PERÍODO DA MANHÃ
PROFª / TURMA
LANCHE PARQUE CORPO E
MOVIMENTO BIBLIOTECA 2ª e 5ª feira
SALA MULTIUSO
CASINHA
ROSÂNGELA 9h30 às
9h50 8h50 às
9h20 11h às 11h30 10h às 10h30 2ª feira 3ª feira
REJANE 9h às 9h20 10h10 às
10h40 10h40 às 11h10 9h30 às 10h 3ª feira 4ª feira
SÔNIA 10h às 10h20
11h às 11h30
9h30 às 10h 10h30 às 11h 4ª feira 6ª feira
MARCELY 10h30 às
10h50 9h30 às 10h 9h15 às 9h35 8h45 às 9h15 6ª feira 5ª feira
11h40 – Saída (Transporte Escolar)
11h50 – Saída (Pais)
HORÁRIO PERÍODO DA TARDE
16h45 – Saída (Transporte Escolar)
16h50 – Saída (Pais)
7. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DOS ALUNOS
“A avaliação é vivida como processo permanente de
reflexão cotidiana. É neste sentido que o ato de avaliar é processual,
acontecendo no processo permanente de rever, refletir o passado para
se reconstruir o futuro no presente. Avaliar é questionar, é investigar,
é ler as hipóteses do educando, é refletir sobre a ação pedagógica para
planejá-la”. Avaliação e Planejamento: a prática educativa em questão
– Madalena Freire.
PROFª / TURMA
LANCHE PARQUE CORPO E
MOVIMENTO BIBLIOTECA 2ª e 5ª feira
SALA MULTIUSO
CASINHA
RITA 14h50 às 15h10 14h10 às
14h40 16h às 16h30 15h30 às 16h 4ª feira 2ª feira
CILMARA 14h20 às 14h40 13h35 às
14h10 16h às 16h30 15h às 15h30 6ª feira 3ª feira
JANETE 15h15 às 15h35 16h às 16h30
14h às 14h30 13h30 às 14h 3ª feira 4ª feira
ELIANE 15h40 às 16h 15h10 às
15h40 14h30 às 15h 14h às 14h30 2ª feira 6ª feira
65
A avaliação na educação infantil é sistematizada semestralmente através dos
relatórios de aprendizagens individuais dos alunos e foram elencados alguns facilitadores
para esta escrita como, por exemplo: o olhar investigativo e reflexivo do professor
sistematizado em observações individuais dos alunos em diferentes situações do contexto
escolar, a observação e o constante estabelecimento de relações com o desenvolvimento
infantil.
Assim, cada professor elaborará estratégias para organizar-se e fazer os
registros/observações individuais de seus alunos e compartilhará com a Coordenadora
Pedagógica uma amostragem de seus relatórios individuais antes da entrega semestral para
uma devolutiva individualizada.
O relatório individual será escrito a partir das observações do professor, constando o
processo de aprendizagens e aquisições de cada aluno, ou seja, um percurso do que o aluno
avançou focando os objetivos, as intervenções e o que foi significativo e importante para o
aluno durante este processo, sendo lido pelos pais semestralmente e entregue para a
professora do ano seguinte.
“Quando usamos o termo documentação pedagógica, estamos na verdade, referindo-
nos a dois temas relacionados: um processo e um importante conteúdo desse processo. A
documentação pedagógica como conteúdo é o material que registra o que as crianças estão
dizendo e fazendo, é o trabalho das crianças e a maneira com que o pedagogo se relaciona
com elas e com o seu trabalho. Tal material pode ser produzido de muitas maneiras e
assumir muitas formas – por exemplo: observações manuscritas do que é dito e feito,
registros em áudio e vídeo, fotografias, gráficos de computador, o próprio trabalho da
criança, incluindo, por exemplo, arte realizada no ateliê. Este material torna o trabalho
pedagógico concreto e visível (ou audível) e, como tal é um ingrediente importante para o
processo de documentação pedagógica.” (Qualidade na Educação da Primeira Infância,
Dahlberg, Moss e Pence, pag. 194)
8. ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS
O acompanhamento dos Instrumentos Metodológicos do professor realizado pela
coordenadora pedagógica da escola acontece da seguinte forma:
- Às segundas-feiras as professoras entregam o semanário/organizador da rotina da
próxima semana. A devolutiva da coordenação poderá ser escrita ou através de um encontro
presencial. Para a entrega deste planejamento o professor poderá utilizar o recurso que
melhor se adéqua às suas necessidades. Assim, três professoras o fazem via email e cinco
professoras deixam seus planejamentos na caixa de madeira localizada na sala da gestão
escolar. Desde 2012, as professoras desta EMEB adotam um modelo de
semanário/organizador da rotina que vai se constituindo ao longo do ano – utilizam para isso
uma pasta ao invés da encadernação;
- Os projetos e sequencias de atividades são elaborados no Horário de Trabalho
Pedagógico Coletivo e compartilhados com a coordenação, que fará intervenções quando
necessário;
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- Os relatórios semestrais de aprendizagem individual dos alunos, são acompanhados
pela coordenação, inicialmente através de uma amostragem (3 à 5 relatórios), realizando em
seguida uma devolutiva individual com a professora. Os relatórios restantes são lidos e nova
devolutiva é agendada quando se fizer necessário.
O QUE É PARA QUE SERVE
Plano de Ação:
Planejamento
semanal e
registro
reflexivo
O planejamento semanal e o registro reflexivo compõem o
plano de ação do professor. O planejamento semanal é a
organização das propostas diárias inseridas na rotina
escolar. Já o registro reflexivo é a sistematização das
observações realizadas pelo professor ao longo da semana.
Relatório
individual de
aprendizagem
do aluno:
É um instrumento reflexivo que historiciza o processo de
construção de conhecimento do aluno elaborado a partir
do olhar reflexivo do professor.
Serão realizados dois relatórios semestrais mostrando o
processo de ensino aprendizagem percorrido pelo aluno e
encaminhamentos que auxiliaram neste processo. Estes
serão lidos pela Coordenadora Pedagógica e Diretora e a
devolutiva será feita individualmente pela coordenadora
pedagógica.
Registro
individual dos
alunos:
Cada professor elaborará estratégias para organizar-se e
fazer os registros/observações individuais de seus alunos,
compartilhados com a coordenadora pedagógica que serve
de apoio à memória das informações importantes que
subsidiarão a escrita dos relatórios.
Atividades de
rotina:
São distribuídas durante a semana de acordo com os
objetivos de aprendizagem de cada professora, descritos
em seu planejamento (organizador da rotina),
acompanhados semanalmente pela coordenadora
pedagógica.
Avaliação
Individual dos
alunos:
A avaliação dos alunos é realizada diariamente em forma de
observação e registros do professor documentados em seu
planejamento/registro reflexivo.
Planejamento
coletivo
Realizado pelas professoras em grupos, geralmente de
acordo com a faixa etária dos alunos. Poderá ocorrer nos
HTP’s ou HTPC’s em momentos específicos, de acordo
com a necessidade de organização de ações coletivas por
período ou da unidade escolar, onde as professoras
discutem sequencias didáticas e projetos. Este momento
propicia intervenção direta da coordenadora pedagógica
nas reflexões, planejamento e replanejamento.
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9. AÇÕES SUPLEMENTARES
9.1. AEE - ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Fundamentação Legal
O Brasil tem avançado nas discussões referentes à Educação Especial e várias leis
dizem respeito a este assunto:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 208, III, define atendimento educacional especializado
preferencialmente na rede regular de ensino.
LEI 9394/96 LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO, determina que no período de
três anos a contar de sua sanção, todas as creches passem para a administração
educacional, implicando sua transformação em instituições de educação. Isto faz das
creches e pré-escolas a primeira etapa da educação básica com a missão de
estabelecer os fundamentos sobre os quais se assentam os níveis seguintes da
escolarização. Cap. V da Educação Especial:
Art. 29 – Finalidade precípua da educação infantil que visa ao desenvolvimento
integral da criança nos seis primeiros anos de vida, com efetiva colaboração da
família e da comunidade
Art. 58 – Educação de alunos com necessidades educacionais especiais,
preferencialmente na rede regular de ensino
Art. 58, parágrafo 3º, oferta dos serviços de educação especial, na faixa etária de 0 à
6 anos de idade, integrados ao desenvolvimento do currículo de educação infantil.
Art. 62 - Definição de formação mínima de professores para o exercício da educação
infantil, em nível médio, na modalidade normal, em cujo currículo deve-se incluir a
educação de alunos especiais.
UNESCO – Considera a educação especial como forma enriquecida de educação em
geral, que deve contribuir para integração na sociedade dos portadores de
deficiência, de condutas típicas e de altas habilidades.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, em seu art. 54, III , afirma que: “É dever
do Estado assegurar à criança e ao adolescente (...) atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de
ensino.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA se inspira no “princípio de integração e no
reconhecimento da necessidade de ação para conseguir escola para todos, isto é,
escolas que incluam todo o mundo e conheçam as diferenças, promovam a
aprendizagem e atendam as necessidades de cada um. Este documento determina a
transformação das instituições educacionais em “Escola para Todos”, que tem como
princípio orientador a inclusão de todo aluno, em seu contexto escolar e
comunitário.
68
MEC, ( portaria Ministerial nº 555 de 05 de junho de 2007, prorrogada pela portaria
nº 948 de 03 de outubro de 2007).
ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA
A Secretaria Municipal de Educação de São Bernardo do Campo vem implementando
ações pautadas na concepção de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva,
seguindo as diretrizes do MEC (portaria Ministerial nº 555 de 05 de junho de 2007,
prorrogada pela portaria nº 948 de 03 de outubro de 2007).
A Educação Inclusiva, fundamentada em princípios filosóficos, políticos e legais dos
direitos humanos, compreende a mudança de concepção pedagógica, de formação docente
e de gestão educacional para a efetivação do direito de todos à educação, transformando as
estruturas educacionais que reforçam a oposição entre o ensino comum e especial e a
organização de espaços segregados para alunos público alvo da educação especial.
Nesse contexto, o desenvolvimento inclusivo das escolas assume a centralidade das
políticas públicas para assegurar as condições de acesso, participação e aprendizagem de
todos os alunos nas escolas regulares, em igualdade de condições.
Na perspectiva da Educação Inclusiva, a educação especial é definida como uma
modalidade de ensino transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, que disponibiliza
recursos e serviços e realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE de forma
complementar ou suplementar à formação dos alunos público alvo da Educação Especial,
que segundo o Decreto nº 6.571/2008 – Resolução CNE/CEB nº4/2009 art. 4º são:
I – Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física,
intelectual, mental ou sensorial (visual/auditiva);
II – Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um
quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas
relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição
alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno
desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra especificação;
III – Altas Habilidades e Superdotação.
O atendimento educacional especializado na unidade escolar acontece através de
itinerância semanal. As professoras da educação especial, a partir da solicitação da escola,
realizam a ação colaborativa onde observam a criança durante toda a rotina, qualificando a
intervenção realizada pelo professor, confeccionando e adaptando materiais e atividades da
rotina.
Em 2017 uma criança do período matutino e três do período vespertino serão
acompanhadas. A periodicidade deste acompanhamento é realizada conjuntamente com a
professora titular e equipe de gestão da unidade escolar, podendo ocorrer semanal,
quinzenal ou mensalmente, de acordo com a especificidade e necessidade de cada situação
apresentada.
De acordo com o disposto nesses documentos, o poder público deve assegurar aos
alunos público alvo da educação especial o acesso ao ensino regular e adotar medidas para a
69
eliminação de barreiras arquitetônicas, pedagógicas e nas comunicações que impedem sua
plena e efetiva participação nas escolas da sua comunidade, em igualdade de condições com
os demais alunos.
ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR
Orientações didáticas para crianças com deficiência partem de uma observação apurada,
pois cada caso tem suas especificidades. Importante lembrar que o professor precisa
conhecer o aluno: quem ele é, qual o seu jeito de fazer as coisas, o que é que lhe chama a
atenção, como se relaciona na sala, e seu jeito de adquirir conhecimentos. Seguem algumas
sugestões de adaptações:
1- Adequar o espaço físico e os materiais ao grau da necessidade que a criança possui:
emborrachados nas mesas, corrimãos nas escadas e banheiros, lápis e canetas especiais
se for o caso, etc.
2- Adequar os desafios das atividades tornando-os possíveis de serem realizados;
3- Ter contato frequente com a família para juntos adequarem melhores intervenções;
4- No caso dos alunos que necessitam de comunicação alternativa procurar adequar
materiais como caderno de comunicação, prancha de imagens, etc.
V. CALENDÁRIO ESCOLAR HOMOLOGADO
O calendário da unidade escolar foi homologado pela Secretaria de Educação em 05
de maio de 2017, através da Resolução SE Nº 10/2017, publicada no jornal Notícias do
Município, página 22, edição 1934.
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71
VI. REFERÊNCIAS
Revistas Pátio Educação infantil
BRASIL, Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Editora Parma, 1998.
SÃO BERNARDO DO CAMPO, Cadernos de Validação – 2001
SÃO BERNARDO DO CAMPO, Proposta Curricular, Educação Infantil, Caderno 2. Rettec Artes
Gráficas, 2007.
FREIRE, Madalena, Coleção Espaço Pedagógico, 1992.
HOFFMAN, Jussara, Um Olhar Sensível e Reflexivo sobre a Criança – Cadernos de Educação
Infantil. Rio Grande do Sul Mediação, 2002.
DVD Desenvolvimento Infantil (Wallon, Piaget e Vygotsky)
VII. ANEXOS
BIOGRAFIA DE VINÍCIUS DE MORAES
Marcus Vinícius Cruz de Melo Moraes, poeta, compositor, jornalista, crítico, ex-
advogado e ex-diplomata, nasceu no Rio de Janeiro, em 1913, vindo a falecer em 1980.
Graduou-se bacharel pela Faculdade Nacional de Direito (1935). Ainda estudante,
publicou o seu primeiro livro de versos "O caminho para a distância" (1933) e escreveu suas
primeiras letras de músicas populares para melodias de Paulo e Haroldo Tapajós. De 1936 a
1938 foi o representante do Ministério da Educação e Cultura junto ao serviço de censura
cinematográfica.
Em 1938 recebeu a primeira bolsa do Conselho Britânico para a Universidade de
Oxford, onde foi estudar língua e literatura inglesa. Já tinha então publicado mais três livros
de poesias: Forma e exegese, Ariana e A mulher e Nove poemas. De volta ao Brasil,
trabalhou como crítico de cinema de 1940 a 1942.
No ano seguinte ingressou na carreira diplomática onde serviu em Los Angeles, Paris
e Montevidéu. No Brasil continuou fazendo críticas de cinema, trabalhou no Instituto
Nacional de Cinema e escreveu a peça teatral Orfeu da Conceição, encenada em 1956 com
trilha sonora de Antonio Carlos Jobim.
A poesia de Vinícius de Moraes, inicialmente cheia de preciosismo e antítese, a seguir
se despoja, tanto na redução dos padrões métricos, quanto na progressiva economia de
expressão, assim ele encaminhava-se para uma nova visão de realidade, que se refletia
numa espécie de sensualismo e em certa forma, de engajamento social e político.
Em 1953, compôs com Tom Jobim, o samba “Garota de Ipanema", música que ficou
conhecida internacionalmente.
Foi um dos iniciadores do movimento da Bossa Nova. Publicou poesias para crianças
no livro Arca de Noé. Ultimamente, dedicava-se quase exclusivamente à música, tendo
criado letras para várias melodias de Toquinho, seu último parceiro. Seu trabalho para
crianças é muito rico e em nossa escola é usado cotidianamente.
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DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA DA ESCOLA
O projeto inicial desta unidade remonta à década de 70, sendo que visava atender a
demanda daquela época tendo como estrutura 1 salão, 1 diretoria, 1 refeitório, 2 banheiros,
2 salas de aula.
Atualmente sua estrutura conta com: 4 salas de aula, 8 sanitários infantis, banheiro
adaptado para deficientes, salão que comporta o refeitório e um espaço livre, cozinha com
despensa, banheiro exclusivo para as funcionárias da cozinha, sala da gestão, secretaria, sala
de professores com banheiro, 3 sanitários para funcionários, biblioteca, ateliê de artes,
parque, almoxarifado e uma casinha de bonecas de alvenaria.
PROJETOS COLETIVOS
Constituiu-se ao longo dos anos a prática do Projeto Coletivo na escola. Logo após a
avaliação do período inicial, a equipe escolar elenca, a partir de uma necessidade real ou
interesse coletivo, um tema que será alvo de estudo e pesquisa em todas as turmas. Este
tema será alimentado pela equipe gestora/professores com ações coletivas como: visitas
educativas de estudo do meio, apresentações teatrais, entradas coletivas, cartazes, enfim,
ações que circulem e socializem o objeto de estudo. Cada turma desenvolverá um projeto
com o tema adequado á faixa etária.
Neste ano de 2017, serão trabalhados os seguintes Projetos Coletivos:
BRINCADEIRAS DE TODOS OS TEMPOS
Cabe à escola resgatar as brincadeiras tradicionais, no intuito de
mantê-las presentes na memória cultural, possibilitando assim, a
sua conservação, transmissão e, ao mesmo tempo, sua exposição
a possíveis transformações. É importante considera-las como
saberes construídos historicamente, reconhecendo neles sua
riqueza. No Projeto Pedagógico Educacional, isso implica firmar
um compromisso que permita às crianças não só se apropriarem
desses conhecimentos, como também adotar uma postura
investigativa, curiosa, questionadora e criativa. Enfim, considerar
as brincadeiras tradicionais no contexto escolar é lidar com parte
significativa da memória cultural de um determinado grupo, que
pode descobrir o que há de mais rico nas histórias de cada um.
(Proposta Curricular de SBCampo, Educação Infantil, Caderno 2, Volume II, pag.33)
Cada professora sistematizará através de Projeto ou Sequência Didática objetivos de
aprendizagem específicos para a faixa etária de sua turma relacionada ao resgate das
73
brincadeiras tradicionais. Através de pesquisas e descobertas, as crianças socializarão como
se dá o seu brincar e farão um resgate das brincadeiras tradicionais.
Objetivos
Ampliar o repertório de brincadeiras das crianças, Divulgar espaços de brincadeira/brincar Aproximar as famílias da linguagem lúdica que é a brincadeira. Planejar com a participação das crianças uma atividade para ser compartilhada com as
famílias no evento de 21/10 sobre o tema Brincadeiras de Todos os Tempos.
Ações Propostas (Metodologia)
Pesquisa com pais sobre o brincar das crianças (Do que brinca seu (sua) filho (a)?)
Socialização das aprendizagens sobre o tema através de cartazes, folders, apresentações,
brincadeiras;
Organização do evento com a comunidade (24/06 e 21/10), a partir das brincadeiras
pesquisadas.
Responsáveis
Professores e Gestão
Cronograma
Durante o ano, início nos meses de março/abril.
PROJETOS E SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS TRABALHADOS EM 2017
Infantil III – Profª Rejane Leite Oliveira
Sequência Didática Corpo e Movimento, Projeto Explorando o Espaço Externo.
Infantil IV – Profª Rosângela Medeiros
Sequência Didática Arte, Sequência Didática Nomes, Projeto Brincadeiras de Todos os
Tempos
Infantil IV - Profª Marcely Moretti Gomes
Sequência Didática Nomes, Projeto Brincadeiras de Todos os Tempos, Projeto Animais
Infantil V - Profª Sonia Hofer
Sequências Didáticas: Ciências, Corpo e Movimento, Gêneros Textuais e Matemática/Jogos
Projeto Brinquedos e Brincadeiras
Infantil III - Profª Cilmara Leonete R.Braga
Projeto Explorando o Espaço Externo, Sequência Didática Corpo e Movimento
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Infantil IV – Profª Rita de Cássia Vargas Galo
Sequência Didática Matemática, Projeto Animais, Projeto Brinquedos e Brincadeiras
Infantil V – Profª Eliane Ap. Jacinto
Sequência Didática Diversidade, Sequência Didática Sustentabilidade, Sequência Didática
Matemática/Tampinhas, Projeto Brincadeiras de Todos os Tempos.
Infantil V - Profª Janete Ap. da Silva Freitas
Sequências Didáticas: Nome, Listas e Sequência Numérica, Projeto Cantar, Brincar, Dançar