ECONOMIA ECOLÓGICA E OS ACORDOS GLOBAIS
Prof. Peter MayPresidente da ECOECO
A atual transformação global é qualitativamente diferente?
• A dramática expansão da escala de consumo de recursos naturais a nível global
• A relativa escassez de recursos naturais, renováveis e não renováveis (alta inflação e instabilidade no preço dos recursos naturais, incluindo alimentos)
• Ressurgência do nacionalismo dos recursos naturais• A mudança nos termos de troca dos países ricos em
recursos naturais• Desvinculação do crescimento econômico entre a
"periferia" e os centros econômicos tradicionais do capitalismo global (mudanças na geografia e vínculos de crescimento)
• Volatilidade: interligação dos mercados em tempo real, provocando fluxos de capitais em detrimento da estabilidade do sistema global
Tendências dos sistemas terrestres
Fonte: Steffen et al., 2015
Além dos limiares planetários
J. Rockström et al. Nature 2009
Curva ambiental de Kuznets(de novo!)
Det
erio
raçã
o
Declínio na qualidade ambiental
Ponto de Virada
Renda per capita
Melhoria na qualidade ambiental
Tunel abaixo da curva (?)
Transferência de tecnologia
CADÊ AO PONTO DA VIRADA?
Pegadas ecológicas globais: “Fat Planet”
Ano em que o pico de pesca foi alcançado Pico
Pré-pico
Pós-pico
Source: Millennium Ecosystem Assessment and Sea Around Us project
Source: NASA
Avaliação dos Serviços dos Ecossistemas (Millenium Ecosystem
Appraisal)
Desmatamento nos trópicos 2000-05
Hansen M. C. et.al. PNAS 2008;105:9439-9444
% of loss of world humid tropical forest:
Brazil: 47.8Pan-Asia: 34.3
Africa: 5.4
Apropriação dos serviços da natureza pelo homem
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Conversão doSolo
Concentraçãode CO2
Uso de Água Fixação deNitrogêneo
PlantasInvasoras
Extinção dePássaros
RecursosPesqueirosMarinhos
Vitousek, P. M., H. A. Mooney, J. Lubchenco, and J. M. Melillo. 1997. Human domination of Earth's ecosystems. Science 277:494-499
A Nova Economia Institucional
Elinor Ostrom (Nobel de Economia de 2009) em “Governing the Commons” (1980) examina como grupos de usuários de recursos manejados coletivamente, com base de cooperação e comunicação servem como fundamentos para a institucionalização em diferentes escalas de regras para a gestão coletiva de recursos naturais de acesso aberto, e resolução de conflitos, sem recorrer à privatização ou controle central.
O grande paradoxo é que, justamente quando o mundo está
se revelando cada vez mais interdependente, e precisando de
coordenação e controles supranacionais sobre a
volatilidade explosiva do capital financeiro especulativo, assim
como das outras efeitos ecossistêmicos com implicações
globais, tais entidades se revelam enfraquecidas, faltando na
credibilidade necessária para assumir tais tarefas
coordenadoras.
Coordenação multilateral?