Cultivo do Algodoeiro (doenças)
Importância
• Danos expressivos;
• Perdas econômicas em função dos danos;
• Aumento do custo de produção;
• Perda da qualidade do produto;
• Aumento dos níveis de inóculo;
• Quebra da resistência de cultivares.
Murcha de fusarium Fusarium oxysporium sp. vasinfectum
• Perdas expressivas;
• Sobrevive por longos períodos no solo:
• Favorecido pela presença de nematóides (Belonolaimus gracilis, Rothylenchus reniformise Meloidogyne sp):
• “Complexo Fusarium/Nematóide”
• Evitar: trânsito de máquinas, implementos ou qualquer dispersor de partículas de solo, de áreas infestadas para áreas isentas;
• Uso de cultivares resistentes;
• Rotação de culturas.
Murcha de fusarium Fusarium oxysporium sp. vasinfectum
Murcha de fusarium Fusarium oxysporium sp. vasinfectum
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...
• Folhas: manchas aquosas poligonais;
• Maçãs: manchas aquosas verde-escuro;
• Ramos, pecíolos e brácteas: manchas necróticas;
• Condições favoráveis: umidade relativa > 85%, alta pluviosidade, cultivos adensados e temperaturas (30 e 36ºC).
Mancha angular, bacteriose ou crestamento bacteriano Xanthomonas axonopodis malvacearum
• Transmissão pela semente;
• Sobrevivência em restos de cultura;
• Penetração por aberturas naturais;
• Afeta diversas partes da planta;
• Disseminação pela água de chuva;
Mancha angular, bacteriose ou crestamento bacteriano Xanthomonas axonopodis malvacearum
• Uso de cultivares resistentes;
• Rotação de culturas;
• Manejo da densidade de plantio;
• Uso de regulador de crescimento;
• Controle químico não se justifica;
Mancha angular, bacteriose ou crestamento bacteriano Xanthomonas axonopodis malvacearum
Mancha angular, bacteriose ou crestamento bacteriano Xanthomonas axonopodis malvacearum
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...
Perdas de 70% em cultivares suscetíveis;
• Transmitida pela semente;
• Ocorre em reboleiras;
• Identificada pelo trabalho do “pragueiro”.
Ramulose Coletotrichum gossipii
var. cephalosporioides
• Sementes sadias e cultivares resistentes;
• Rotação de culturas;
• Plantio em época adequada (escape);
• Químico: primeiros sintomas (amostrar);
• Associar com cultivares resistentes.
Ramulose Coletotrichum gossipii
var. cephalosporioides
• Carbendazin + trifenil hidróxido de estanho /trifloxistrobina + propiconazol /carbendazin + trifenil hidróxido de estanho/trifloxistrobina+propiconazol;
• Tebuconazole + trifloxistrobina: 0,6 l ha-1 prothioconazole + carbendazin: 0,3 + 0,8 l ha-1;
• Tebuconazole + trifloxystrobin: 0,6 l ha-1 + 0,25% Áureo;
• Prothioconazole + trifloxystrobin: (0,5 + 0,5 l ha-1 + 0,25% Áureo
Ramulose Coletotrichum gossipii
var. cephalosporioides
Ramulose Coletotrichum gossipii
var. cephalosporioides
Fonte: www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=284
Ramulose Coletotrichum gossipii
var. cephalosporioides
Fonte: www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=284
Ramulose Coletotrichum gossipii
var. cephalosporioides
Fonte: www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=284
Ramulose Coletotrichum gossipii var. cephalosporioides
Nós entumescidos e superbrotamento
Manchas estreladas nas folhas jovens
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...
Ramulose Coletotrichum gossipii
var. cephalosporioides
Superbrotamento
Enfezamento
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• Manchas necróticas: inícialmente azuladas (pulverulento após esporulação);
• Lesões: delimitadas pelas nervuras;
• Formato: irregular ou angular;
• Padrão: normalmente ascendente;
• Necrose: abaixo da camada de esporos;
• Amarelecimento e queda de folhas;
• Ocorre: 30 dias cultivares suscetíveis.
Mancha de ramulária, falso míldio, míldio aureolado ou mancha branca (Ramularia areola)
• Umidade relativa elevada > 85%: água livre na superfície foliar (madrugada);
• Alta pluviosidade e sombreamento;
• Noites úmidas seguidas de dias secos;
• Temperatura ótima: 25 – 30ºC;
• Déficit hídrico: esporos não abortam em períodos secos.
Mancha de ramulária, falso míldio, míldio aureolado ou mancha branca (Ramularia areola)
• Prothioconazole + trifloxystrobina: 0,5 + 0,5 l ha-1 + 0,25% Áureo;
• Tebuconazole + trifloxystrobina: 0,6 + 0,6 l ha-1 + 0,25% Áureo;
• Trifloxystrobina + cyproconazole: 0,6 + 0,5 l ha-1;
• Trifloxystrobina +propiconazole + óleo mineral 0,6 + 0,5 l / carbendazim + trifenil hidróxido de estanho 0,5 + 0,4 l / trifloxystrobina + óleo mineral 0,6 + 0,5 l / carbendazim + tebuconazole 0,5 + 0,5 l.
Mancha de ramulária, falso míldio, míldio aureolado ou mancha branca (Ramularia areola)
Mancha de ramulária, falso míldio ou mancha branca (Ramularia areola)
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Mancha de ramulária, falso míldio, míldio aureolado ou mancha branca (Ramularia areola)
Podridão das maçãs
• 170 espécies de microrganismos associados;
• Agentes primários: Colletotrichum gossypii; Xanthomonas axonopodis pv. Malvacearum;
• Comum em períodos mais úmidos;• Escurecimento do tecido das brácteas e
superfície externa da maçã;• Encharcamento do fruto, abertura precoce
e mumificação.
• Alta pluviosidade;
• Alta umidade relativa;
• Sombreamento do baixeiro;
• Ausência de aeração: interior do plantio;
• Presença de insetos sugadores.
Podridão das maçãs
• Adubação equilibrada;
• Uso de regulador de crescimento;
• Aeração no plantio;
• Manejo da densidade de plantio;
• Uso de sementes sadias;
• Controle de pragas (percevejos);
• Desfolha no período adequado.
Podridão das maçãs
Podridão das maçãs
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Mofo branco Sclerotinia sclerotiorum
• Suspensão irrigação: intervalos 3 a 4 dias;
• Rotação de culturas;
• Controle químico:
• Procimidona 500 g kg-1 (Sialex ou Sumilex 2 kg ha-1 – pivô - 3 aplicações intervalo de 10 dias);
• Tiofanato Metílico (Cercobin 700): 1,2 kg ha-1 em 02 aplicações.
Mofo branco Sclerotinia sclerotiorum
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...
Mofo branco Sclerotinia sclerotiorum
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Tombamento
• Rhizoctonia solani, Coletotrichum gossypii, Coletotrichum gossypii var. cephalosporioides, Fusarium spp., Pythium spp, Botriodiplodia theobromae e Macrophomina phaseolina.
• Fase de plântula: pós-emergência;
• Sementes: germinação (pré-emergência).
Tombamento
Lesões deprimidas e marromavermelhadas no colo e raízes das plântulas
Fonte: www.grupocultivar.com.br/arquivos/gc33_fungosalgodao.pdf
Tombamento
Fonte: www.grupocultivar.com.br/arquivos/gc33_fungosalgodao.pdf
• Plantas afetadas: > ou < redução no tamanho dos órgãos vegetativos.
• Folhas: amarelo típico (“gema de ovo”).
• Transmitido (mosca branca): Bemisia tabaci.
Mosaico comum (Abutilon mosaic virus)
Mosaico tardio, pseudo murcha, murcha vermelha (Tobacco streak virus)
• Sintomas: ponteiros das plantas (folhas menores e mosaico formado por áreas verdes-claros entre nervuras secundárias, contrastando com verde normal da folha).
• Plantas: sintomas diferentes associados ao vírus do mosaico tardio.
• Plantas: crescimento do ponteiro e aparecimento de coloração vermelho bronzeada ao longo das margens das folhas superiores e aparência de murcha (sem perda de turgescência, mas com epinastia).
Mosaico tardio, pseudo murcha, murcha vermelha (Tobacco streak virus)
Epinastia foliar e queda de folhas.
Mosaico das nervuras (Cotton leafroll dwarf virus)
• Plantas: porte reduzido, encurtamento dos entrenós (aparência compacta).
• Infecção tardia: aspecto compacto somente nos ponteiros.
• Folhas: leve amarelecimento ou palidez das nervuras.
• Transmitido (pulgão): Aphis gossypii.
• Forma mais severa: mosaico das nervuras.
• Nós extremamente curtos: redução drástica de desenvolvimento e coloração verde pronunciada.
• Nervuras das folhas: palidez típica e margens enroladas para baixo.
Mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito (Cotton leafroll dwarf virus)
• Transmitido (pulgão): Aphis gossypii.
• Recentemente caracterizado: “cotton leafroll dwarf virus” (CLRDV) da família Luteoviridae.
• Conhecido também: como “blue disease, “mosaico azul” e “enfermidade azul”.
Mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito (Cotton leafroll dwarf virus)
Mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito (Cotton leafroll dwarf virus)
Reboleira: plantas (folhas) menores e bordos enrolados, verde intensa.
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..
Resistente Susceptível
Mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito (Cotton leafroll dwarf virus)
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Mosaico das nervuras atípico (Cotton anthocyanosis virus)
• Nervuras: palidez e enrugamento das bordas (semelhante mosaico das nervuras Fazenda Ribeirão Bonito).
• Folhas: coloração avermelhada.
• Transmitido: (pulgão) Aphis gossypii.
Mosaico das nervuras atípico (Cotton anthocyanosis virus)
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..
Mosaico das nervuras atípico (Cotton anthocyanosis virus)
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Vermelhão
• Sintomas: final do ciclo das plantas.
• Áreas: avermelhadas ou arroxeadas entre as nervuras das folhas.
• Nervuras das folhas: verde típica (limitando vermelha ou arroxeada).
• Transmitido (pulgão): Aphis gossypii.
Vermelhão
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Murchamento avermelhado
• Plantas: 40 a 80 dias.
• Folhas: epinastia, dobradas para baixo, proximidades e paralelamente às 2 nervuras maiores laterais;
• Folhas: amareladas e posteriormente avermelhadas;
• Folhas: murchamento intenso em algumas ou todas;
• Temperatura mais elevada das folhas afetadas: mediante contato manual, comparando-se com folhas sem sintomas (seca ou morte completa das plantas).
• Plantas afetadas: podem rebrotar e readquirir aparência normal (grau de infestação for menos grave).
Murchamento avermelhado
Murchamento avermelhado
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Atlantico_18.09_08h_viroses(E..
Murchamento avermelhado
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Avaliação e quantificação das doenças no campo
• Intensidade: quantidade de doença;
• Incidência: percentagem de plantas doentes ou de suas partes;
• Severidade: percentagem de área atingida pelos sintomas.
Meloidogyne incognita nematóide das galhas
• Espécie mais importante: agricultura das regiões tropicais e subtropicais;
• Galhas nas raízes: 1 ou + fêmeas (centenas de ovos);
• Ovos geram juvenis de 2º estágio: forma infectiva;
• Sítio de alimentação (Cenócito): células gigantes.
• Temperatura: 25 a 30º C;
• Textura do solo: + areia mais indivíduos, quando há hospedeiros (Asmus, 2004);
• Danos maiores: > 50% de areia;
• Associação: Fusarium oxysporum f. sp. Vasinfectum (+ danos).
Meloidogyne incognita nematóide das galhas
• Rotação de culturas: Crotalaria spectabilis, Panicum maximum, Brachiaria humidicola, Brachiaria decumbens e Brachiaria brizantha;
• Evitar: sorgo e aveia preta;
• Cultivares resistentes;
• Produtividades baixas: pequenos e médios produtores;
Meloidogyne incognita nematóide das galhas
Meloidogyne incognita nematóide das galhas
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...
Meloidogyne incognita nematóide das galhas
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• Fêmeas imaturas vermiformes: estágio infectivo.
• Penetração da parte anterior do corpo: no córtex radicular;
• Sítio de alimentação (sincício): célula da endoderme que aumenta de tamanho:
• Torna-se sedentário: parte posterior do corpo fora da raiz (aumenta de tamanho em forma de rim).
Nematóide reniforme Rotylenchulus reniformis
• Redução: volume do sistema radicular;
• Reboleiras: maiores que dos outros;
• Perdas em produtividade: altamente dependentes da densidade populacional;
• 400 e 600 nematóides / 200 cc de solo: à época do plantio.
Nematóide reniforme Rotylenchulus reniformis
Nematóide reniforme Rotylenchulus reniformis
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...
• Fêmea e todas fases juvenis: vermiformes e móveis (endoparasitas);
• Fêmeas: galerias no córtex radicular;
• Lesões radiculares: coalescência das galerias produzidas por vários nematóides;
• Ovos: depositados no interior das galerias;
Nematóide das lesões Pratylenchus brachyurus
Nematóide das lesões Pratylenchus brachyurus
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...
Nematóide das lesões Pratylenchus brachyurus
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...
Nematóides
Fonte: www.cnpa.embrapa.br/.../algodao/.../Montevideo_15.09_14h_...
Estresse (seca)
• Folhas pendentes e murchas, cinza-esverdeada fosca e aparência geral flácida;
• Mais evidentes no meio do dia.
Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf
Danos (2,4-D e outros herbicidas hormonais)
• Elongação foliar;• Nervuras irregulares e
pontas das folhas enrugadas ou encurvadas e voltadas para baixo.
• Folhas pode permanecer verde bastante normal, mas haverá um inchaço anormal na parte do caule bem na linha do solo.
Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf
Dano (glifosato)
• Amarelecimento: nervuras das folhas permanecem verdes e do caule avermelhadas.
• Sintomas passageiros clorose: podem ocorrer em cultivares transgênicas (glifosato-resistentes).
Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf
Dano (denitroanalina)
• Plantas baixas e enfezadas, coloração normal;
• Ramos e folhas: parecem mais densos por causa dos internódios encurtados).
• Raízes: podem parecer podadas, com poucas ramificações laterais.
Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf
Dano (prometryne)
• Descoloração:• Espaços internervais,
ao passo que nervuras das folhas propriamente ditas permanecem verdes.
• Confundidos com desordens nutricionais.
Fonte: www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/.../$FILE/Algodao14-17.pdf
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Autor: Prof. Luiz Henrique Batista SouzaDisponibilizados por Daniel Mota (www.danielmota.com.br) sob prévia autorização.